ds dia 26 04 2016

21
O Presidente da República rumou ao sul de Portugal, mais precisamente ao Alentejo, para projetar a região no país. Durante três dias, o chefe de Estado distribuiu afetos, parou para cumprimentar toda a gente que o abordou, mas também para mostrar o que existe neste território que representa um terço da nação. No seu estilo próprio, Marcelo Rebelo de Sousa chamou a este seu primeiro roteiro “Portugal Próximo” porque disse entender que deve ser próximo das populações que deve estar, ouvindo-as e dando-lhes voz. Filipe Fialho apurado para o Campeonato do Mundo de Juniores André Barrinha quer ser Campeão do Mundo na modalidade Pub. SUL FUNDADOR E DIRECTOR: MANUEL MADEIRA PIÇARRA DIRECTORES ADJUNTOS: MARIA DA CONCEIÇÃO PIÇARRA e MANUEL J. PIÇARRA diário do PUBLICAÇÕES PERIÓDICAS PREÇO AVULSO: 0,75 € (75 CÊNTIMOS ) Rossio - Évora PERIODICIDADE DIÁRIA TERÇA-FEIRA, 26 DE ABRIL DE 2016 ANO: 47.º NÚMERO: 12.759 Atletismo .... PÁG. 13 Prémios ETIS .... PÁG. 2 Dark Sky@ Alqueva premiado pela Comissão Europeia “Portugal Próximo” foi o primeiro roteiro Marcelo projectou a região Presidente da República “sentiu pulso” dos alentejanos Único município nacional a desenvolver “Serpente Papa-Léguas” Évora .... PÁG. 19 A cerimónia de entrega dos prémios ETIS (Sistema Europeu de Indicadores de Turismo) decorreu em Bruxelas. Entre um total de 12 destinos europeus que venceram prémios pela gestão de um turismo sustentável e acessível, incluindo feitos ambientais, incluiu-se o Dark Sky@ Alqueva na categoria 2, ETIS Social and Cultural Impact Achiever, tendo sido o único representante português. O projeto “Serpente Papa-Léguas é desenvolvido pelo Município de Évora há dois anos, sendo este o único concelho a nível nacional a participar nesta iniciativa europeia. Alqueva .... PÁG. 7 Deputado socialista defende revisão do plano de ordenamento Norberto Patinho, deputado socialista eleito pelo círculo de Évora questionou o ministro do Ambiente sobre se está prevista ou se o governante tem disponibilidade para promover com urgência a revisão do Plano de Ordenamento da Albufeira de Alqueva, considerando que este instrumento de gestão do território “tem de deixar de representar um constrangimento para o desenvolvimento da região”. Patinagem .... PÁG. 18 .... PÁGS. 10, 11 e 12

Upload: diario-do-sul

Post on 28-Jul-2016

259 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

Edição Diário do SUL - dia 26Abril2016

TRANSCRIPT

Page 1: Ds dia 26 04 2016

O Presidente da República rumou ao sul de Portugal, mais precisamente ao Alentejo, para projetar a região no país. Durante três dias, o chefe de Estado distribuiu afetos, parou para cumprimentar toda a gente que o abordou, mas também para mostrar o que existe neste território que representa um terço da nação. No seu estilo próprio, Marcelo Rebelo de Sousa chamou a este seu primeiro roteiro “Portugal Próximo” porque disse entender que deve ser próximo das populações que deve estar, ouvindo-as e dando-lhes voz.

FilipeFialhoapurado parao Campeonatodo Mundode Juniores

AndréBarrinhaquer serCampeãodo Mundona modalidade

Pub.

SULFUNDADOR E DIRECTOR: MANUEL MADEIRA PIÇARRA DIRECTORES ADJUNTOS: MARIA DA CONCEIÇÃO PIÇARRA e MANUEL J. PIÇARRA

diário doPUBLICAÇÕES

PERIÓDICAS

PREÇO AVULSO: 0,75 € (75 CÊNTIMOS )

Rossio - Évora

PERIODICIDADE DIÁRIATERÇA-FEIRA, 26 DE ABRIL DE 2016

ANO: 47.ºNÚMERO: 12.759

Atletismo

.... PÁG. 13

Prémios ETIS

.... PÁG. 2

Dark Sky@ AlquevapremiadopelaComissão Europeia

“Portugal Próximo” foi o primeiro roteiro

Marceloprojectoua regiãoPresidenteda República“sentiu pulso”dos alentejanos

Único município nacionala desenvolver “Serpente Papa-Léguas”Évora

.... PÁG. 19

A cerimónia de entrega dos prémios ETIS (Sistema Europeu de Indicadores de Turismo) decorreu em Bruxelas. Entre um total de 12 destinos europeus que venceram prémios pela gestão de um turismo sustentável e acessível, incluindo feitos ambientais, incluiu-se o Dark Sky@ Alqueva na categoria 2, ETIS Social and Cultural Impact Achiever, tendo sido o único representante português.

O projeto “Serpente Papa-Léguasé desenvolvido pelo Município de Évora

há dois anos, sendo este o únicoconcelho a nível nacional

a participar nesta iniciativa europeia.

Alqueva

.... PÁG. 7

Deputado socialistadefende revisãodo planode ordenamento

Norberto Patinho, deputado socialista eleito pelo círculo de Évora questionou o ministro do Ambiente sobre se está prevista ou se o governante tem disponibilidade para promover com urgência a revisão do Plano de Ordenamento da Albufeira de Alqueva, considerando que este instrumento de gestão do território “tem de deixar de representar um constrangimento para o desenvolvimento da região”.

Patinagem

.... PÁG. 18

.... PÁGS. 10, 11 e 12

Page 2: Ds dia 26 04 2016

2 RegionalTERÇA-FEIRA , 26 DE ABRIL DE 2016 diário do SUL

Pub.

O ex-presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Rio, disse quinta-feira à noite que a regiona-lização pode dar um novo impulso a Portugal e defendeu um debate nacional para um processo com “cabeça, tronco e membros”.

O antigo autarca, que intervi-nha em Coimbra, assumiu a sua mudança de opinião relativamente ao processo de regionalização, que chegou a ser alvo de um referendo nacional em 1998 .

“O país nestes quase 20 anos não melhorou em termos de des-centralização e desconcentração, bem pelo contrário, piorou. Eu acreditava que o sistema tinha virtualidades que iam permitir um país mais equilibrado, mas falhou e eu estava enganado”, disse o economista, perante cerca

de meia centena de participantes.Segundo Rui Rio, que esteve 12

anos à frente da Câmara do Porto, há muitas pequenas e médias reformas que o Estado pode fazer para alterar o seu funcionamento, mas a única que pode dar um grande impulso ao país é a regio-nalização.

“Não consigo descortinar nenhuma grande reforma que possa dar esse abanão no regime. A única que eu vejo é a regionali-zação”, sublinhou o antigo autarca, convicto de que o país tem de encontrar a “escala adequada para podermos caminhar o mais possí-vel no sentido da otimização”.

Baseando-se na sua experiência de autarca no município do Porto, em que citou vários exemplos, Rui Rio considerou que Portugal deve

“ter uma escala intermédia onde cabem determinadas competên-cias que permitam poupanças melhores do que aquelas que não se conseguem à escala nacional”,

O antigo presidente da Câmara da cidade invicta entende que a regionalização pode ser uma solução face à situação económica do país, ao descrédito que há nas instituições, ao afastamento das pessoas relativamente à política e à excessiva concentração e centra-lização em Lisboa.

“Considerando estes fatores, acho que valia apena o país fazer um debate a sério sobre uma nova possibilidade de gerir os recursos que temos à nossa disposição, que é, no fundo, criar um patamar intermédio que nos possibilite fazer mais e melhor, mas com

menos despesa pública”, frisou.Quanto a uma futura divisão do

país por regiões, Rui Rio disse ter dúvidas na sua arquitetura orgâ-nica, entre as cinco regiões plano conhecidas ou as cinco regiões plano mais as áreas metropolita-nas de Lisboa e Porto, na medida em que estas duas áreas “se não ficarem automatizadas podem acabar por fazer o que Lisboa faz ao país”.

“Na questão das finanças regionais para mim é vital que seja com mão de ferro, com uma lei altamente restritiva, para não acontecer o que aconteceu nas autonomias espanholas, com mui-tas delas altamente endividadas, que no limite não deve permitir capacidade de endividamento”, sublinhou.

Rui Rio defende regionalização

O primeiro-ministro, Antó-nio Costa, escusou-se a comen-tar, em Beja, o anúncio feito pela líder do CDS-PP, Assun-ção Cristas, de que iria levar a votos no parlamento uma resolução sobre os Programas de Estabilidade e Nacional de Reformas.

António Costa visitou a Ovi-beja, feira que cumpre a sua 33ª edição e que o governante qualificou como “um exemplo

António Costa visitou Ovibejado que tem sido a renovação da agricultura no Alentejo” e em Portugal.

“Esta é uma grande inicia-tiva, lançada pelo saudoso engenheiro Castro e Brito, que recentemente nos deixou, mas felizmente deixou esta herança, que é de facto um exemplo do que tem sido a renovação da agricultura no Alentejo e da pujança dos criadores. Acho que é um excelente exemplo

que nos devia inspirar a todos do que é necessário fazer para continuar a valorizar o país, o território e as nossas pro-duções”, afirmou o primeiro-ministro.

António Costa sublinhou que esta valorização tem sido uma realidade “no azeite, no vinho, na criação de gado e nas indústrias agroalimen-tares” e continuar a ser uma aposta no futuro.

cerimónia de entrega dos prémios ETIS (Sistema Europeu de Indicadores de

Turismo) decorreu na passada Sexta-feira, dia 22 de Abril, em Bruxelas. Entre um total de 12 destinos europeus que venceram prémios pela gestão de um turismo sustentável e acessível, incluindo feitos ambientais, incluiu-se o Dark Sky@ Alqueva na categoria 2, ETIS Social and Cultural Impact Achiever, tendo sido o único representante português.

O Dark Sky@ Alqueva abra-çou, com a sua rede de parceiros locais, regionais e nacionais, a implementação do ETIS desde 2013 e acompanhou as duas fases de testes realizadas pela DG Grow, da Comissão Euro-peia, tendo conseguido realizar com sucesso os sete passos que constituem este Sistema.

Os resultados obtidos permi-tiram orientar melhor as estraté-gias e fornecer dados fundamen-tais para a Gestão Integrada do Destino Dark Sky@ Alqueva.

É um prémio importante para

o Programa neste momento em que intensifica o combate contra a poluição luminosa e natural-mente precisa que este tema seja considerado prioritário no desenvolvimento deste destino turístico. Mensagem esta clara-mente transmitida aquando da entrega do prémio e referen-ciada pelos oradores em diversos

momentos da cerimónia. Durante o evento, Luigi

Cabrini, presidente do Global Sustainable Tourism Council (Conselho de Turismo Sustentá-vel Global) da Organização Mun-dial de Turismo da ONU (OMT) e principal orador indicou que: «O ETIS pretende criar padrões claros que nos ajudam a definir o

que significa realmente o turismo sustentável de forma mensurá-vel. Estes destinos vencedores fizeram com que o turismo traba-lhasse em prol das comunidades locais e visitantes de igual forma, trazendo benefícios financeiros e culturais enquanto minimizam os impactos sociais e ambientais negativos.»

Uma nova caixa de ferramen-tas do ETIS 2016 foi lançada na cerimónia de entrega dos pré-mios como uma contribuição tangível da Comissão Europeia, tendo em vista o Ano Internacio-nal de Desenvolvimento Susten-tável do Turismo da Organização Mundial de Turismo da ONU (OMT) em 2017. A nova caixa

de ferramentas, que engloba 43 indicadores principais e um conjunto de indicadores suple-mentares, foi desenvolvida como resultado das fases piloto e está disponível em todas as línguas oficiais da UE para permitir aos destinos Europeus monitoriza-rem, medirem e melhorarem as práticas de turismo sustentável.

Dark Sky@ Alqueva premiado pela Comissão Europeiacom o prémio “ETIS Social and Impact Achiever”

A

Page 3: Ds dia 26 04 2016

3Tema de AberturaTERÇA-FEIRA , 26 DE ABRIL DE 2016diário do SUL

DIRECTORMADEIRA PIÇARRA

NOTA DO DIANOTA DO DIA

Oiça também na

pela manhã ou em www.diariodosul.com.pt

diár

io d

o SU

L DIRECTOR E FUNDADOR: MANUEL MADEIRA PIÇARRA

PROPRIEDADE: PIÇARRA - DISTRIBUIÇÃO DE JORNAIS, LDA.

DIRECTORES ADJUNTOS:MARIA DA CONCEIÇÃO PIÇARRA; MANUEL J. PIÇARRA

EDITORES EXECUTIVOS:PAULO JORGE M. PIÇARRA (Cart. Prof. N.º 5214)JOSÉ MIGUEL S. M. PIÇARRA (Cart. Prof. N.º 5216)e-mail: [email protected]

FOTOGRAFIA - DIÁRIO DO SUL

COORDENADORES PUBLICITÁRIOS:ANTÓNIO OLIVEIRA / CARLOS EVARISTO DINIZe-mail: [email protected]

CONTACTOS (geral): Tels: 266 730 410 * 266 741 341 • Fax: 266 730 411

ASSINATURAS:ÉVORA: Trav.ª de St.º André, 6-8 — Apart.: 2037 — 7001-951 ÉVORA CodexTels. 266 730 410 • 266 741 341 • 266 744 444 e-mail: [email protected]

REDACÇÃO: Roberto Dores (Cart. Prof. N.º 2863); Maria Antónia Zacarias (Cart. Prof. N.º 4844); Bruno Calado Silva(Cart. Prof. N.º 4479); Marina Pardal (Cart. Prof. N.º 9157) e-mail: [email protected]

COLABORADORES:A. Mira Ferreira; Dr. Carlos Zorrinho; António Gomes Almeida; Dr. Carlos Almeida; Dr. Luís Galhardas; Mário Simões; João Aranha; J. Correia; A. Moreira; M. O. Diniz Sampaio; Alexandre Oliveira; Dr. Bravo Nico; Dr.ª Lurdes Pratas Nico; Pe. Rui Rosas da Silva; Dr.ª Maria Reina Martin; Marcelino Bravo; Arq.º Fernando Pinto; Major Velez Correia; António Ramiro Pedrosa Vieira; Prof. Costa Coelho; Jorge Barata Santos; Dr.ª Paula Nobre de Deus; J. Ventura Trindade; José Eduardo Carreiro; Dr. Henrique Lopes; Dr. Luís Assis; Orlando Fernandes; Pe. Madureira da Silva; José Palma Rita; Diamantino Dias; Carlos Cupeto.

ESTATUTO EDITORIAL:ver em www.diariodosul.com.pt

Impressão Rotativa: Grafi alentejo - ÉVORATIRAGEM: 4.500/EdiçãoN.º Registo: 100262 NIPC: 506 754 413 • ISSN: 1647-6816

MEMBRO: NOTÍCIAS DE PORTUGALNOTÍCIAS DE PORTUGALNOTÍCIAS DE PORTUGALNOTÍCIAS DE PORTUGAL

SIGA-NOS EM:

.com/diariodosulevora

.com/DiarioSul/webtvalentejo

/diariodosul/diariodosul

videos.sapo.pt/diariodosulvideos.sapo.pt/diariodosul

www.diariodosul.com.pt

/plus.google.com/106894821106265898002

Piçarra - Distribuição de Jornais, Lda.

CAPITAL SOCIALManuel José Madeira ..................... 8,12%Manuel José S.M. Piçarra ............ 22,97%Paulo Jorge S. M. Piçarra ............ 22,97%Maria da Conceição Piçarra ......... 22,97%José Miguel S.M. Piçarra.............. 22,97%

DISTRIBUIÇÃODISTRIBUIÇÃO

(porta a porta)(porta a porta)

A saúde e a luta dos cientistas em busca de aliviar o sofrimento são sempre motivo de esperança.

Por isso quando são anunciadas novas con-quistas para erradicar as doenças a Humanidade deveria sentir-se agradecida a todos aqueles que dedicam as suas vidas a pesquisar nos laboratórios todas as razões das enfermidades.

Como se sabe para além dessas dedicações dos cientistas há elevados custos a vencer e anos e anos são precisos para lançar um medicamento nos mercados.

Esses avultados custos nem sempre obtém dos Governos as verbas necessárias e é preciso que haja mecenas que venham ajudar aos estudos e experiências.

Há felizmente Instituições privadas e de particu-lares que aparecem a dar o seu contributo para as grandes causas da SAÚDE.

Temos visto Fundações que em vários países apoiam os cientistas e ainda há dias Sean Parker que é magnata da Tecnologia doou 220 milhões de euros para fi nanciar a investigação científi ca no avanço para o tratamento do cancro pelos moder-nos avanços da imunoterapia.

O benemérito tem apenas 36 anos, é apaixona-do pela música e investidor no Facebook e cola-bora em 6 laboratórios que nos Estados Unidos aprofundam estudos na área da oncologia.

Bem haja por ajudar a Humanidade.

(...)Há felizmente

Instituições privadas e de

particulares que aparecem

a dar o seu contributo

para as grandes causas

da SAÚDE(...)

Carlos Zorrinho quer impedir assimetriasno desenvolvimento da União Digital

“Não podemos repetir na União da Energia e na União Digital os erros que cometemos no desenho da União Económica e Monetária”, afi rmou Carlos Zorrinho, esta manhã, na Comissão para Indústria, a Investigação e a Energia (ITRE), numa troca de pontos de vista com Gunther Oettinger, Comissário responsável pela área da Economia e Sociedade Digitais.

Para o eurodeputado socialista, “num

momento em que procuramos evitar que, no plano da circulação de pessoas, se reergam barreiras já há muito destruídas, no plano dos serviços e redes digitais, a prioridade tem de ser destruir barreiras e garantir um espaço de concorrência sem choques assimétricos”.

Na sua intervenção, Carlos Zorrinho sublinhou ainda que “a União Europeia precisa de um mercado digital único, mas esse objetivo não é um fi m: é um instrumento para a criação de uma União Digital que permita à União Europeia assumir um papel de liderança na transição energética e na revolução digital.”

Invocando a sua qualidade de

relator, na Comissão ITRE, do Regulamento que visa assegurar a portabilidade transfronteiras dos serviços de conteúdos em linha no mercado interno, o eurodeputado comentou a proposta da Comissão Europeia, referindo que ela “tem a vantagem de ser simples e a desvantagem de não ser clara”, e pediu explicações sobre os pontos mais críticos: “os critérios para defi nir onde reside o consumidor e como isso se verifi ca e os critérios de avaliação da adequação da qualidade do serviço prestado”. Questionou, a propósito, o

Comissário sobre “como pensa que se pode colmatar estas falhas sem montar uma indesejável máquina burocrática?”

Suportado na ideia de que “o risco do mercado único é a concentração de operadores a partir dos mercados regionais mais fortes e a deterioração da oferta proveniente dos mercados mais frágeis”, o deputado Carlos Zorrinho perguntou ainda ao Comissário Gunther Oettinger “que medidas vão ser propostas pela Comissão para combater este fenómeno?”.

Bastonária dos Advogados apela à luta contra atropelos

a direitos constitucionaisbastonária da Ordem dos Advogados, Elina Fraga, apelou a uma maior participação dos

cidadãos na defesa dos direitos consagrados na Constituição da República Portuguesa, que este ano completa 40 anos, sob pena de retrocessos graves.

“Todas as reformas que foram feitas nos últimos anos representam um retrocesso ou recuo nos direitos, nas garantias e nas liberdades e cada um de nós tem assistido a esse atropelo aos direitos fundamentais que estão consagrados na Constituição sem erguer com veemência a sua voz”, afi rmou.

Durante a conferência “A justiça e os cidadãos”, a bastonária e o presidente do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público, António Ventinhas, vincaram que o combate ao terrorismo e à corrupção, ainda que complexo, não pode ser pretexto para a eliminação de direitos consagrados na Constituição.

O combate “deve ser feito mas com respeito por direitos de defesa, com respeito pelas garantias consagradas sob pena de passarmos a ter um Estado totalitário”, disse Elina Fraga observando que o direito à liberdade e à privacidade

só deve ser constrangido na medida exclusivamente necessária.

A Constituição da República Portuguesa de 1976 e o Tribunal Constitucional têm-se mostrado determinantes, na atualidade, para fazer frente às tentativas de cortes nos direitos constitucionais dos cidadãos, referiu António Ventinhas.

O direito à presunção de inocência é, segundo a bastonária, um dos mais afetados na atualidade, com os meios de comunicação a acompanharem o desenvolvimento dos processos antes de chegarem a julgamento ou de ser conhecida a sentença.

“Esses julgamentos, que são feitos na praça pública, que são feitos nos pelourinhos da modernidade, que são os órgãos de comunicação social, são perigosos e destroem princípios e valores que considero imprescindíveis a uma democracia como é o princípio da presunção de inocência”, comentou.

Uma situação que a bastonária frisou que “tritura” irremediavelmente a honra e a vida das pessoas acusadas que, mesmo em caso de absolvição, difi cilmente conseguem reparar os danos causados.

A

Page 4: Ds dia 26 04 2016

diário do SUL4 OpiniãoTERÇA-FEIRA , 26 DE ABRIL DE 2016

Bencatel

Depois do Ministro da Cul-tura — Dr. João Soares — ter propalado publicamente a polí-tica das bofetadas àqueles que tinham ideias diferentes das dele — uma atitude claramente negativa de um cidadão filho

De bofetada em bofetadaApontamento Semanal

J. Ventura Trindade

de um denominado “pai da democracia”, o Dr. Mário Soares — eis que outro ministro do actual Governo da geringonsa se “espalha”, publicamente, ao imiscuir-se indevidamente num problema cuja condução e solu-ção cabia à hierarquia militar.

A demissão do Chefe do Estado Maior do Exército foi a crítica com “luva branca” que o

Governo recebeu pela ineficácia (incompetência?) da actuação do seu ministro da Defesa. Com efeito o problema do Colégio Militar, suscitado com as decla-rações infelizes e imprudentes do Sub-Director do Colégio deviam ser resolvidas ao nível da hierarquia militar — e selo-ia concerteza — e o sr. Ministro da Defesa devia, com bom senso,

ter mantido recatado silêncio público — (mantendo-se, como seria natural devidamente infor-mado) e não se imiscuir no dia-a-dia da vida do Colégio Militar.

Mas não; a tentação do po-der, do quero-posso e mando e a pouca aptidão governativa de que deu provas, levaram-no a uma atitude altamente nefasta no seio da Instituição Militar.

Não subscrevo a sugestão do ex-capitão revolucionário de Abril — Vasco Lourenço — que alvitrou que nenhum general devia aceitar ser Chefe do Estado Maior do Exército,

em substituição do seu colega demissionário.

Mas talvez seja recomendável dizer ao sr. Ministro da Defesa que, de futuro, (se tiver futuro governativo, claro!) que não se imiscua na hierarquia militar, sobretudo da forma como o fez. Ser ministro não lhe dá a prerro-gativa de asneira.

Para já basta-lhe o “espalhan-ço” em que se meteu, como aconteceu com o seu ex-colega da Cultura. É certo que os srs. Ministros têm o precedente gra-ve e mau exemplo do seu 1.º Mi-nistro que, a despropósito, não

se tem recatado (e outros cama-radas socialistas) nas afirmações públicas, até já repetidas (!) sobre o Governador do Banco de Portugal, assunto suficien-temente importante para ser tratado, não na praça pública, mas no recato dos gabinetes ao nível do Governo.

Com atitudes destas do pró-prio Chefe do Governo os seus ministros seguem-lhe o (mau) exemplo.

Não sendo certa a atitude é óbvio que tal aconteça. Com exemplos destes vindos de cima......

42 anos após o 25 de Abril de 1974, comemoramos o dia em que se concretizou o sonho de um povo inteiro, que ansia-va por ser livre.

Para aqueles que como eu nascemos após esse dia, e que alguém apelidou de “ge-ração rasca”, cometendo uma tremenda injustiça, é difícil acreditar como é que o povo se sujeitou a tamanhas injustiças, sem direitos básicos, numa vida de pobreza, fragilizado, controlado e perseguido por ser diferente e por defender os trabalhadores e o povo.

Uma perspetiva de ABRIL para as gerações pós-revoluçãoPara a geração de 80, nas-

cida já em plena liberdade, o fascismo era coisa do passado, habituamo-nos a ouvir falar de democracia, do direito à mani-festação, do poder organizar-se coletivamente, da passagem à legalidade dos partidos po-líticos e da génese de novos partidos, do direito de falar e escrever livremente, todas estas conquistas de Abril constituí-ram um precioso legado para a minha geração.

Abril abriu, sem dúvida, a porta para uma fascinante oportunidade de progresso e desenvolvimento democrático, tendo em vista a construção de um país livre, mais justo e mais fraterno, onde o povo tem o direito e a responsabilidade de escolher os seus governantes.

O direito ao trabalho e ao

trabalho com direitos; o direito à protecção de saúde; o direito à educação e à cultura e a justa e igualitária repartição da rique-za foram alguns dos princípios fundamentais que a revolução tinha como objectivo ver imple-mentados e cumpridos.

Hoje, a 42 anos de distância, aqueles que não vivemos o reverso da medalha pergunta-mos, será que alguma vez estes objectivos foram cumpridos na totalidade?

A resposta será certamente que não. E não porque não fos-sem bons, justos e dignificantes mas sim porque a realidade prova e evidencia o contrário principalmente no nosso distri-to e interior do país.

Os sucessivos governos PS, PSD e CDS, que desde então se revezaram na condução

dos destinos do país até hoje, fizeram esmorecer, suavizar e adormecer a verdadeira génese de Abril.

O aumento do desemprego por falta de investimento e ajuda governamental para o desenvolvimento do interior, o trabalho precário, o continuo desinteresse pela construção de um novo hospital distrital em Évora, o encerramento de urgências e centros de saúde neste distrito, o encerramen-to de serviços públicos de proximidade como tribunais, repartições de finanças, escolas e redução da oferta universitá-ria, o aumento de propinas e a sobrecarga de impostos que levam à asfixia financeira das famílias, demonstram que o que tem falhado é uma vontade e uma determinação política,

na concretização destes objec-tivos, por parte de quem se tem alternado durante estas décadas no poder e para quem o futuro dos jovens passa em grande parte pela emigração.

Se nos questionarem, aque-les que pertencemos a uma geração pós-revolução, que su-postamente teve todas as facili-dades e privilégios, precisamos de um novo “25 de Abril”?

A resposta será com certeza que precisamos de retomar urgentemente o caminho que Abril pretendia traçar, imple-mentar as suas conquistas, os seus direitos, a sua determina-ção e principalmente a certeza de querer construir uma socie-dade mais solidária.

O Poder Local, conquista de Abril, sofre atualmente um ataque profundo e diversifica-

do, nunca o pilar do Estado Democrático, referência de proximidade e participação local, foi tão fortemente ataca-do. A pretexto do controlo da dívida pública, controlam-se as ações, as opções e as políticas das autarquias locais ao serviço das populações. A atual lei das Finanças Locais remeterá à asfi-xia gradual dos municípios e a extinção de freguesias já imple-mentada e quiçá de municípios só acentuará a diferença da qualidade de vida da população do interior do país em relação ao litoral e grandes centros populacionais.

É necessário lutar pelos valores e princípios de Abril todos os dias, porque quando não lutamos a derrota é certa, mas quando lutamos são duas as opções no resultado final, a derrota mas também a vitória.

* Licenciado em Filosofia

n Vitor Mila*

Comboio em Évoraotros mundos www.otrosmundos.cc

n Carlos A. Cupeto*

Antes dos comboios, duas notas prévias: desde os 14 anos (abril de 1974) que não esqueci o ensinamento do meu saudo-so pai – “temos é que acabar com os pobres e não com os ricos”; cresci no Chafariz d’ el Rei à beira da linha do comboio e a gostar de os ver passar.

De seguida, para que não haja dúvida, desejo não 50 comboios mas 500 a passar por Évora todos os dias. To-dos sabemos que “sol na eira e chuva no nabal” não existe, isto é, se queremos trabalho para criar riqueza no Alentejo temos alguma coisa na outra face da moeda, neste caso são os comboios e o incómodo que eles poderão causar.

Confesso que não perdi cinco minutos a ler questões técnicas de que nada compre-endo e de impactes ambientais (destes já percebo alguma coisa), desses que por aí há. Habitualmente só servem para cumprir legislação elaborada

por tecnocratas, não preservam o ambiente e servem, não para garantir a sustentabilidade mas antes a miséria, leia pobreza se preferir. Na verdade, nesta nossa terra,o “eles comem tudo e não deixam nada” já não se aplica, só restam uns ossos. Por isso meus queridos conterrâne-os e alentejanos, não deixemos que boicotem mais a nossa terra. Que passem muitos com-boios em Évora. Ruído? Risco? Claro que sim. E os aviões que há décadas pontuam os céus de Évora? Não fazem ruído e não têm risco? Querem mais risco, ruído e todo o tipo de impactes negativos do que a Feira da S. João no centro histórico e em cima dos hotéis?

Uns, de boa fé, sem infor-mação nem boa capacidade de raciocínio entram facilmente no comboio que vai “estragar” Évora, outros não querem o comboio próximo da sua quinta ou moradia, tal como querem a rua limpa mas não querem con-tentor à porta da sua casa, os piores são os que se governam

da pobreza e, por isso, não querem o comboio como não querem nada que crie riqueza. Só há “bons” sindicatos, daque-les que bem conhecemos, se houver desemprego. Viva, mais uma vez, a “desigual distribui-ção da riqueza e igual distribui-ção da miséria: comboios fora do Alentejo já!” Se os comboios passassem a 10 ou 20 quilóme-tros de Évora o grito de protes-to seria: “queremos que a linha passe por Évora para beneficiar a cidade.”

O tenho procurado, sem sucesso, saber: quais são as alternativas?; quanto custam?; e de onde vem o dinheiro? Bem sei que muitos vão dizer: mais uma vez é só os números que interessam. Não só mas também e de forma essencial. E se as assinaturas que por aí an-dam tiverem força para atrasar e comprometer o projeto, que já devia estar construído há 20 anos, quanto é que isso custa à região e à cidade? E quem nos vai ressarcir de mais esse even-tual atraso?

MelhoramentoPúblico

A avenida denominada das Escolas, onde se realizam os eventos, normalmente os bailes das festas em honra de Santa Ana, acaba de receber o melhoramento em canteiros de mármore branco produzido pelas pedreiras da região, levando diversos bancos em pedra escura, dando-lhe um embelezamento notável de bom gosto.

Nos intervalos da ornamen-tação, é composta de flores, dando uma vista alegre de boa apresentação.

Este trabalho é da Câmara Municipal de Vila Viçosa que atenta às suas necessidades e de boa apresentação, o seu pre-sidente e seu elenco camarário estão atentos. Bem haja.

Bencatel e seus habitantes sentem-se gratos em verem que a sua terra não está esquecida pela sua Câmara da qual se encontra integrada.

Na rua principal - General Humberto Delgado, encontra-se em reparação em diferentes partes dos passeios quebrados ou deteriorados.

Joaquim Inácio S. Correia

Regional

Associação Humanitária dos Bombeiros

Voluntários de Évora

Serviços prestados durante o mês de Março passado, por este Corpo de Bombeiros, assim discriminados:

Transporte de doentes para o H.D. Évora e outros ................. 1075Km percorridos nestes serviços …........................................ 31758Horas despendidas nos mesmos …......................................... 1400

Acidentes ….................................................................................... 15Doenças súbitas …....................................................................... 455 Km percorridos nestes serviços ….......................................... 6125Horas despendidas nos mesmos …........................................... 417

Transporte de doentes p/Hospitais Lisboa/Setúbal/Outros ........ 91Km percorridos nestes serviços …........................................ 26027Horas despendidas nos mesmos …......................................... 1000

Incêndios ….................................................................................. 17Km percorridos nestes serviços ….......................................... 309 Inundações, Aberturas Portas e Outros …................................... 53Km percorridos nestes serviços …........................................... 3718Horas despendidas nos mesmos …........................................... 183Serviços a casas de espetáculo …..................................................18Km percorridos nestes serviços …..............................................155Horas despendidas nos mesmos …............................................. 44

Total dos serviços ….......................................................... 1724Total Km percorridos ….................................................. 68092Total de horas despendidas …......................................... 3044Homens que desenvolveram estes serviços …................... 82

Page 5: Ds dia 26 04 2016

5OpiniãoTERÇA-FEIRA , 26 DE ABRIL DE 2016diário do SUL

n Alexandre Varela*

PARA QUE MUDÁMOS DE GOVERNO?

A festa parece ter terminado mal passámos o primeiro tri-mestre do ano, com o regresso da ditadura das finanças a con-trolar as contratações e os gastos públicos dos vários ministérios, pois parece que o governo já leva a sério as assustadoras re-visões em baixa das previsões de crescimento para a economia portuguesa, bem como a derra-pagem do défice para além das estimativas colocadas no Orça-mento de Estado de 2016.

A estimativa do governo para um crescimento de 1,8% do PIB em 2016 parece continuar a ser a mais otimista de todas, depois de seis instituições terem revisto em baixa o crescimento da economia portuguesa desde janeiro, que ocorrerá, segundo o governo, em consequência da degradação da conjuntura internacional.

Por isso, lá para o verão, é provável que vejamos o governo a anunciar um plano B que an-tes dizia não ter, nem ser neces-sário, se o consumo interno não

José Palma Rita – [email protected]://largodasalteracoes.blogspot.com/

der sinais de maior dinamismo, associado a uma substancial criação de emprego e/ou se as exportações abrandarem em di-reção a alguns dos nossos mer-cados de destino, como sejam o Brasil e Angola.

A Universidade Católica assus-tou sobremaneira o governo ao apresentar um corte da estima-tiva do crescimento português de 2% para 1,3% e uma revisão em alta do défice que, poderá ser superior a 3% do PIB, no final do corrente ano, sentindo poder vir a tornar-se inevitável a aplicação de medidas adicionais de consolidação orçamental.

Enquanto o primeiro-minis-tro visita a Grécia e anuncia, para português ver, que prepara o reforço de uma frente euro-peia anti austeridade, o seu ho-mólogo grego prepara-se para ceder às pressões da Comissão Europeia e dos credores do país e aplicar mais austeridade por via do aumento dos impostos, neste caso o IVA. A margem negocial com Bruxelas parece ser pequena na apresentação do programa de estabilidade através do qual o governo portu-guês apresentará as perspetivas de crescimento e orçamentais até 2020, a que acresce a sombra do pessimismo do FMI na des-credibilização das estimativas do governo, cuja governação pode-rá conduzir o país a divergir da União Europeia por mais cinco

anos, em matéria de crescimen-to económico.

Assumindo o compromisso político de não cortar nos rendi-mentos, nomeadamente salários e pensões, restará ao governo, tal como agora acontece na Grécia, a subida de impostos, continuando a invocar ter di-minuído a austeridade, o que, estará longe de ser verdade. Mas, não é com a verdade que o governo e os seus protagonistas parecem preocupados, mas sim com a manutenção no poder, a qualquer custo, mesmo que o estimado fraco crescimento da economia seja insuficiente para gerar emprego, tal como denun-ciava o PS no passado recente, relativamente a estimativas mais elevadas de crescimento pelo anterior governo.

Ora, não foi este regresso às medidas de contingência que os partidos do governo prome-teram ao eleitorado em cam-panha eleitoral, quando o país estava a recuperar a trajetória de crescimento económico, de forma gradual e sustentada. O que ganhou então o país e os portugueses, com a troca de um governo que começava a aliviar paulatinamente a aplicação de algumas das medidas que estão para regressar a curto prazo? Era necessário trocar o governo para aplicar a mesma receita? Estamos melhor hoje do que há um ano atrás?

Se há coisa que a designada «Era do Conhecimento e da Informação» não defraudou fo-ram as expectativas em torno da reprodução e, dentro de certos limites, da democratização da informação. Por certo, as fugas de informação combinadas com a irreversibilidade da sua disseminação em massa têm proporcionado boas novelas sobre temas como o WikiLeaks ou, mais recentemente, o caso dos Papéis do Panamá.

Estranhamente, o fenómeno das fugas fiscais não tem motiva-do grande entusiasmo político. Recordo a esse respeito o cha-mado «pacote anti-corrupção» do deputado João Cravinho, chumbado na Assembleia da República pelo seu próprio partido.

Apesar da dramática difusão dos segredos dos Papéis do Panamá não foi precisa mais do que uma semana para que o espanto e a indignação dessem lugar à indiferença, terminando

Erradicar a Pobreza como Factorde Desenvolvimento Económico e Social

tudo num resignado encolher de ombros.

Da penumbra, saíram mi-lhões de documentos compro-metedores para pessoas de todo o mundo. Em contrapartida, na penumbra têm entrado ao longo de décadas, biliões e biliões de dólares com percursos submer-sos e fugidios tolerados pelas administrações fiscais de países que vêm agora exigir austerida-de e impor um novo contrato social aos que menos têm.

No momento do 40º Aniver-sário da Constituição da Repú-blica Portuguesa, importa reflec-tir sobre a forma como temos promovido a sua concretização e, a este propósito, o tema da tributação fiscal está necessaria-mente na ordem do dia. Em pri-meiro lugar, porque os milhões amealhados livres de impostos não têm uma particular preo-cupação social. Pelo contrário, são muitas vezes aplicados em negócios em que campeiam a precariedade do vínculo laboral, a pressão financeira sobre o pequeno produtor, a obtenção de regalias e benefícios fiscais do próprio Estado e, em muitos casos, financiamento a fundo

perdido em nome da coesão europeia: são os estados a fi-nanciar o investimento privado quer pela isenção de impostos e benefícios fiscais quer pela de-pauperação do tesouro público, como nos casos do BPN, BES, BANIF, PPP’s, entre outros. Em segundo lugar, porque uma so-ciedade equilibrada e com uma justa redistribuição fiscal exige menos impostos para suportar prestações sociais, despesa com segurança, com cuidados de saúde primários, habitação, etc., proporcionando maior robustez económica, maior confiança e coesão social.

É inegável que alguns in-dicadores registaram notáveis progressos ao longo destes 40 anos. Contudo, as assimetrias e desigualdades – territoriais, sociais, económicas, no acesso a serviços públicos – que daí resultam não corresponderam às garantias constitucionalmen-te consagradas. Em Portugal, os 20% mais ricos são seis vezes mais ricos do que os 20% mais pobres. Mais grave é concluir-mos que uma insignificante minoria detém mais de 90% da riqueza nacional. Feitas as

contas, poder-se-á compreen-der melhor a extensão de um problema como o da pobreza num país em que 47,8% da po-pulação se encontra em risco de pobreza, decrescendo esse valor para 19,5% após as transferên-cias sociais. Ou seja, é o esforço do Estado que retira milhões da pobreza económica sem que os problemas das pessoas – as ou-tras privações – sejam resolvidos de facto. Em 2008, a Assembleia da República aprovou duas re-soluções com vista à erradicação da pobreza. Volvidos 8 anos, as estatísticas oficiais denunciam o agravamento das condições de vida da generalidade dos portu-gueses, motivando por sua vez o envolvimento cívico de muitos e distintos cidadãos em redor do Movimento para a Erradicação da Pobreza.

É por isso fundamental que o Estado entenda a Justiça Fiscal não apenas como um imperati-vo moral, mas também, enquan-to instrumento de correcção das assimetrias que, essas sim, só não coram de vergonha quem já a perdeu.

* Sociólogo

CRÓNICA DA SEMANAVisto do Alentejo N.º 1.198

Dr. CARLOSZORRINHOLiberdade

a manhã libertadora do 25 de Abril de 1974, eu estava em

Luanda e tinha 14 anos. Já passaram entretanto 42 anos. Os primeiros portugueses nascidos em liberdade são hoje quarentões e já quase não temos no mundo dos vivos, testemunhas doperíodo anterior ao Estado Novo.

Tudo isto me leva a reflectir sobrea liberdade em liberdade, num mo-mento em que nuvens negras nos mostram to-dos os dias que a história nunca chega ao fim e que nada está adquirido para a humanidade.

É contra a liberdade que atuam os fundamentalistas religiosos, os intolerantes, os promotores da fraude e da elisão fiscal, os traficantes de armas, pessoas e estupefacientes, os exploradores de mão-de-obra sem garantias sociais, os censores da

liberdade de expressão e os usurpadores da sustentabilidade no uso dos recursos comuns do planeta.É contra a liberdade que atentam os ditadores e os manipuladores de sentimentos e fragilidades das massas.

A liberdade é o primeiro dos direitos e aquele que mais confronta o indivíduo consigo próprio. O que faze-mos com a nossa liberdade? A que preços, conscientes ou inconscientes, vamos ceden-do a nossa liberdade? Porque é que ao longo dos tempos a liberdade, irmã gémea da realização do indivíduo e da felicidade, se transformou tantas vezes em desigualdade extrema, opressão dos mais fortes sobre os mais fracos e indignidade de condições de vida para uma parte significa-tiva da humanidade?

Convido-vos, caros leitores, a reflectirem em liberdade sobre a liberdade que têm e sobre o que fazem com ela, como forma de assinalar os 42 de liberdade

política em Portugal. Liberdade política não

é liberdade absoluta, mas é a base necessária para que possamos lutar por ela, e infelizmente, como as noticias nos reportam todos os dias, uma parte muito significativa da humanidade ou não tem acesso a essa liberdade política, ou acede a ela de forma extremamente distorcida e condiciona-da.

Nós, graças aos Capi-tães de Abril e à interpre-tação que eles souberam fazer da vontade do povo, vivemos com liberdade política há mais de quatro décadas.

Temos um privilégio extraordinário de que por vezes não temos consci-ência. Usemos pois esta data para tomarmos cons-ciência da liberdade que temos e para encontrar-mos, enquanto cidadãos e enquanto comunidade, os melhores caminhos para sermos dignos e activa-

N

Minha querida Mãe.

Agradeço a Deus pelo sol, pois mesmo com céu nu-blado e soprando ventos furiosos, nasce todas as manhãs espargindo sua luz radiosa pelo vasto infinito.

Agradeço ao Senhor o ter-me concedido a alegria desta efémera passagem por este mundo cumprindo a minha missão e enriquecendo a minha essência como ser huma-no na busca suprema do sentido da vida.

Agradeço a aurora, o doce luar, sereno e suave que pre-enche os sulcos da minha alma.

Tenho tanto que agradecer! Mas, sinto-me magoada por ELE te ter levado tão cedo querida Mãe! Como gostaria, de poder’voltar ao teu regaço e assim dulcificar as mágoas que tanto me tem envolvido ao longo da vida.

Longe de mim questionar os desígnios de Deus, po-rém, partiste tão cedo! Eras única, entendias as minhas traquinices e a minha forma se ser, e, os teus conselhos amigos como me fizeram tanta falta. Ah Mãe! Onde quer que estejas certamente que desabrocham flores, as pétalas dançam no ar e germina nessa outra dimensão o sorriso e o Amor. Se te é possível, faz que a brisa que passa do-cemente vá pcnteando e suavizando a cabeleira dos meus pensamentos. Nesta carta que te envio flamejam tantos sentimentos!

Olha Mãe, quando vires o Pai dá-lhe um abraço meu, e outro, muito apertado ao Francisco, cumprimenta tam-bém todos os nossos amigos, que já são tantos...

E por hoje, termino esta carta minha querida Mãe, di-zendo: até qualquer dia.

A tua filha que nunca te esquece Natália.

Natália Parelho Fernandes

Carta para o Céu

Page 6: Ds dia 26 04 2016

“Coisas com Arte ”

n José Eliseu

6 domQuixoteTERÇA-FEIRA, 26 DE ABRIL DE 2016 diário do SUL

dom QuixoteSuplemento de Artes e Letras

Este Suplemento é parte integrante do jornal «Diário do Sul» e não pode ser vendido separadamente

O CANTE ALENTEJANONinguém sabe o porquê desta magiaDeste cante, tão puro e tão dolenteQue lembra sofrimento e nostalgiaDe quem tanto lutou, antigamente.

Apanhando azeitona, dia a diaA ceifar de madrugada, ao sol poenteA sua dura luta se seguiaLavrando a terra, sob o sol ardente

Tudo nos fala aqui, neste cantarInspirado, só por quem sabe entoarE quem compõe, tão puro cancioneiro

O povo alentejano, é coração...Que canta com amor e devoçãoE que faz comover o mundo inteiro.

Leolinda Trindade

ALGUÉM DIFERENTEEncontrei, na vida, alguém diferenteMotivo de meus versos, meus anseios!Por ela, em cada dia, meus receios,Obsessão constante em minha mente.

Sua imagem em mim é tão presente,Sentindo seus olhos como esteios!Sonhando luas como devaneios!...Nesta dor enorme de a ter ausente.

Viajo consigo nesta fantasia!Minha nau quer fugir desta raziaBaloiçando ao sabor da tempestade.Sinto-a mais perto, quase a tocar-me…

Como se ali estivesse fixa a olhar-me,Realizando, enfim, minha vontade.

JGRBranquinho - “Little White”

SAUDADEHá pessoas que são eternizadasNão por matéria, que a matéria passaMas por obras que são realizadasEssas ficam não são simples fumaça!

O orgulho é pecado, compreendoMas Deus vai perdoar-me certamenteNa minha opinião, não é sofrendoQue guardamos amor na nossa mente.

O amor tem sentido nesta vidaEle não tem país, não tem idadeO meu não terminou, foi de partidaDepois de semear felicidade.

Maria Tereza Grave

DAQUI MAIS AO SULDoce melodia

Uma doce e muito suave melodia,Chegou, leve, aos meus ouvidos.Não sei quem a tocava. Donde vinha.Mas conseguiu despertar-me os sentidos.

Quedei-me ouvindo-a com atenção.Fitei o céu muito azul, de sol iluminado.Lembrei a minha infância, adolescência,Maioridade, em cenário e filme, gravado.

O tempo parou naquele preciso instante.Consegui dar passos de dança, mesmo sentada.Saboreando todo o vivido. A minha verdade.

E a doce melodia, aos poucos foi-se afastando,Pois por mim ela foi escrita e imaginada,Para diminuir e amenizar a minha saudade.

Maria José Murteira Silva Correia

EU TAMBÉM AMO ESTA TERRATambém gosto da charneca, e da cidadeTambém sei beijar o sol e o rosmaninhoTambém gosto do Alentejo e da liberdade...que esta terra dá, no seu cantinho.

É aqui onde moro... E fui meninaNesta terra tão pisada e solidáriaPresa ao tempo... Na sombra imagináriaQue na minha mocidade... Foi divina

E quando a lua bate... murmurandolembra uma cidade... meditandoPois ela é Princesa, e muito querida

Do Alentejo e do mundo, sem igualÉ a joia deste nosso PortugalA terra onde nasci... E me deu vida!

Natividade Coelho

QUADRA SOLTAS(À minha família

e amigos)Os escritos que vos deixoEm tantas folhas dispersosComo nos disse o AleixoSão os meus modestos versos.

Mas reparem que eu não estouSempre, sempre deprimenteO que eu era já não souPorque o tempo é inclemente.

Tracei caminho que conduzÀ vitória desejadaArrastei a minha cruzDura luta foi travada.

Segui sempre, sempre em frenteNum percurso dolorosoA tarefa, foi ingenteComigo fui mui rigoroso.

Caminheiro sem bordãoDo sonho fui peregrinoMomentos de exaltaçãoOs tive desde menino.

Sabem da minha loucuraDe não poder estar paradoSempre em busca da aventuraPor vezes amofinado.

Falo de PAZ como encantoMas é grande o desalentoEla não passa de prantoPois foi levada p’lo vento.

Velez Correia

PREOCUPAÇÃOQuero escrever um poema,fruto da inspiração,mas o permanente tema,causa-me preocupação.

Não consigo ignorar,os que não têm pão,não têm onde morar,eles rezam em vão...?

Eu, também vivo revoltado!Não o consigo esconder.De José Régio, leio “O Fado”,mas quero continuar a viver.

Por vezes, sou demasiado directo,e, saio prejudicado,por muita gente, sinto afecto,por outros... Sou odiado.

Tenho a preocupação,De ser cumpridor e honesto,na boca, tenho o coração,tento fazer o que acho certo.

José António Banha

Tarde Alentejana na CES-VIVERA Casa do Educador, a Casa Mãe como nós os associados lhe chamamos

foi a criadora da Univwersidade Sénior do Seixal e do CES-Viver uma sec-ção da mesma que apoia calorosamente em termos de cultura e preenchi-mento de tempos mortos de alguns idosos do concelho.

É sempre com muita alegria que ao orientar a animação escolho temas alentejanos para o programa.

Foi no passado dia 5 de Abril que apresentei o programa elaborado por mim:

- Sessão de boas vindas aos Jograis da APP (Associação Portuguesa de Poetas).

A sessão iniciou-se então com a leitura de alguns contos alentejanos do livro “Cozendo, O Pão, Costurando a Vida”.

Seguiu-se a declamação de alguns poemas nomeadamente de temática alentejana.

Por fim uma alentejana de Ourique surpreendeu-nos com uma exce-lente e fiel síntese (em que não faltava o humor e ironia ou não fosse do Campo Branco) que encantou todos os presentes.

Por fim houve o lanche partilhado e o salutar convívio e os pedidos insistentes de os jograis voltarem.

A orientação e ideia deste programa foi de Maria Vitória Afonso que coordenou. Usaram da palavra a Presidente executiva da CES-Viver, o poeta Fernando Correia que disse poemas de sua autoria e várias utentes muitas delas de origem alentejana.

Maria Vitória Afonso

— Em contos alentejanos, Maria Vitória cozinha belas histórias, cos-tura vidas, diz não ter comido o pão que o diabo amassou, antes alimenta a alma com o pão do espírito.

Há histórias com muita graça!— Lembro, Sr. Ramos (penei-

reiro) e a bondade da D. Engrácia.— Jantei com a ti Joanita, um

jantarinho de mistura que estava delicioso, com feijão batata e massa e com o cabo e a faca.

— Para fazer a digestão, porque era dia de “TODOS OS SANTOS”, percorri ruas, bati às portas, - Quem não dá bolinho, dá pão com touci-nho” - em troca recebia figos nozes e bolotas. Mas o mais importante foi o final. Quando se compara o sorriso de uma octoge nária, com um por do sol outonal!

— Lembro aos bons garfos, que uma dobrada com feijão branco pode caldear personalidades e dar origem a duches com final feliz.

— Joana Pé de Bácoro, a Zezinha Cebola, a Maria Presunta, a Pardala, - meninas virgens, (Com nomes destes só podem ser virgens). Cinderelas sem o saberem, viviam de sonhos mas sem a noção de príncipe. Os moços até eram giros e tinham muito “patuá”. O Dentinho de Ouro, oBraço Curto, o Mentira Fresca.

— Ah! A Joaquina Bacalhoa con-seguiu casar e até contou o que se passou na noite nupcial à sua amiga Catrina Rosa. Imaginem, que ela es-treou uma camisa de dormir branca, com renda e folhos, mas logo a seguir, porque estava impaciente, o noivo disse: - Já estreou a camisinha? Atão agora dispa!

— Se existisse uma passadeira na rua de Relíquias, a galinha da tia For-tunata não teria morrido atropelada e ela, não teria de a comer toda!

— Aprendi como se faz uma bar-rela, e como é o barreleiro. Objecto de cortiça, cilíndrico com cerca de um metro de diâmetro.

— DIABO CRUZES CANHOTO! — Foram as palavras proferidas por-Julieta Belchior, quando o marido lhe pediu que não mais voltasse a passar pela ”Lagoa das Bruxas”. Seis meses sem andar, e a doença do Joaquinito, foi um preço demasiado alto que pagou num dia em que ia levar o almoço ao marido.

— Quando o meu marido mor-rer, eu não vou chorar... que Deus lhe perdoe!... Palavras de Maria

do Norte, que não amava o pai dos seus 14 filhos. Quantas vezes, embriagado a punha fora de casa mesmo sendo noite. A sua história de vida, denota a força anímica e a coragem desta mulher do povo, operária conserveira, a mesma que num vale de lágrimas, chora a morte do seu cão, mas no momento de receber o seu beijo de despedida ele abre os olhos, e Maria do Norte grita eufórica e radiante - o meu Benfica ressuscitou!

— A tia Chica Juilha, octogenária de aspecto jovial risonha e bem disposta, dona de uma memória privilegiada e invejável, e de uma grande lucidez. Tinha a capacidade de fazer quadras populares ad-ivinhas orações e contar histórias tradicionais. As crianças adoravam a ti Chica. Ela sabia cativar com peque-nos mimos — rebuçados, fruta e até pequenos retalhos que sobravam da sua tarefa de costureira que as me-ninas agradeciam e confeccionavam vestidos para as bonecas. Uma noite veio-lhe uma “espertina”. Não é que a ti Chica, viu entrar pela fechadura da porta do quarto, seis mulheres a planar no ar! — Não teve dúvidas: Eram bruxas. Claro que a ti Chica não é mentirosa!

— Encontro em Odemira, a autora dos Contos Alentejanos, sen-tada num banco do Jardim da Fonte Férrea, vive um saboroso encontro com o passado. Recorda momentos da sua juventude, momentos não de solidão mas de reflexão sobre a vida e sobre o Alentejo, escrito na poesia e nas suas crónicas, pintado de belezas naturais. Fala de livros proibidos emprestados por amigos e de escritores.

— Em Espanha, “Maria la Portuguesa” em Portugal - Maria Espanhola.

Apesar de viver em Portugal, os santos da sua devoção são: Nues-tra Sñora del Rocio e La Virgem Marcarena. Uma história bonita e sentida que vale a pena ler.

— Uma história a três - O doutor, e um casaL - Doutor pessoa confessa de uma grande paixão pela escrita. — O marido — artista plástico, das Belas Artes, amante e declamador de poesia. Maria Vitória, paciente do pé doente, escreveu como só ela sabe escrever.

Bem-haja, um beijinho poético e de amizade.

Contos Alentejanos - Cozendo o Pão - Costurando a Vida

Coisas com arte, abre mais um ciclo no contexto da arte portugue-sa e nada melhor para abrir esta rú-brica do que trazer a estas páginas um grande artista do panorama das artes plásticas em Portugal, António Carmo.

António Carmo vai estar repre-sentado no Forum Municipal de Castro Verde até ao dia 20 de Maio integrado no programa Cultural XXVI Primavera no Campo Branco, com uma mostra denominada “Co-res da Memória“.

“Cores da Memória” são, mais que tudo, o deslumbramento de uma luz solar, tão intensa que Antó-nio Carmo tem vindo a desenvolver

com desenvoltura numa rigorosa técnica, onde os personagens parecem cintilar como estrelas efervescentes numa rotundidade rubensiana, onde o lirismo está bem patente e pontuado por um colorido vibrante, fruto de uma alquimia bem preparada que o atira para a universalidade, dando-lhe uma maturidade cada vez mais só-lida. Possuidor de um currículo vas-tíssimo que vai da passagem pelos grandes palcos expositivos quer em Portugal quer no estrangeiro, Antó-nio Carmo é sem sombra de dúvida um dos nossos grandes pintores.

Page 7: Ds dia 26 04 2016

7RegionalTERÇA-FEIRA , 26 DE ABRIL DE 2016diário do SUL

Perante o ministro do Ambiente

Pub.

orberto Patinho, depu-tado socialista eleito pelo círculo de Évora questionou o minis-

tro do Ambiente sobre se está prevista ou se o governante tem disponibilidade para promover com urgência a revisão do Plano de Ordenamento da Albufeira de Alqueva, considerando que este instrumento de gestão do território “tem de deixar de rep-resentar um constrangimento para o desenvolvimento da região”.

O deputado interpelou o ministro João Matos Fernandes durante uma audição parlamen-tar, recordando que a última revisão do plano que gere o ordenamento do maior lago ar-tificial da Europa tem dez anos, condicionando alguns investi-mentos, já que qualquer projeto com vocação turística tem que ter um mínimo de cem hectares com plano de pormenor e plano de urbanização.

“Foi um retrocesso. O único

Deputado socialista defende revisão do plano de ordenamento de Alqueva

investimento de qualidade é a Amieira Marina, com 20 hect-ares, que não seria hoje possív-el”, sublinhou o parlamentar do PS, sublinhando que a albufeira tem um plano de ordenamento que “limita o desenvolvimento da região”, enquanto alertou para o “enorme potencial da barragem e do grande lago”.

Norberto Patinho desta-cou ainda estar em causa o crescimento económico, defen-dendo que deverão ser criadas condições para inverter a atual situação, recorrendo “a um cor-reto ordenamento do território, em que se garanta a preservação e valorização ambiental e do património, mas que permita

n Roberto Dores um correto aproveitamento do potencial turístico do plano de água e da sua envolvente”

“Sendo evidente o enorme potencial da Barragem e do extenso plano de água, sendo o crescimento económico deter-minante para o futuro do país, existindo por parte do atual gov-erno uma atenção especial para com o interior, é fundamental que se criem condições, para se concretizarem objetivos ini-ciais que não se concretizaram na dimensão das expectativas criadas”, sublinhou ainda o deputado.

Patinho sugeriu a criação de um “instrumento” que potencie a “dinamização e diversifica-ção da base económica, uma nova cultura empresarial, a promoção do emprego através da dinamização da atividade turística, permita a construção de infraestruturas e equipamen-tos que estabeleçam a articula-ção das aldeias ribeirinhas e a sua valorização enquanto peças fundamentais de uma malha de animação turística”.

N

L u í s S e r t ó r i o Ovídio apre-senta o Pro-jeto Fotográ-fico intitu-lado Labore – com sa-bedoria, for-ça e beleza. A inauguração será dia 05 de Maio, às 19 horas, na Fábrica Bra-ço de Prata, Rua Fábrica de Material de Guerra nº1, 1950-128 Lisboa. O Projeto estará em e x p o s i ç ã o entre 5 e 28 de Maio de

2016, sala Kandinsky, Terças das 20h às 02h, Quartas e Quintas das 18h00 às 02h00, Sextas das 18h às 04h00 e Sábados das 14h00 às 04h.

Labore promove um olhar de cidadania exaltando o valor do trabalho e sublinhando a sua dignificação num percurso simbólico marcado pela análise contrastante das diferenças entre os tipos de trabalhos executados e os desempenhos que lhe dão forma, son-dando em permanência as semelhanças.

Labore é um itinerário pelo âmago de duas profissões onde se procura evidenciar toda a sua amplitude funcional, interpelando o observador para a sabedoria, a aplicação prática do conhecimento e a busca da perfeição e da beleza, sempre subjacentes na valorização social que é associada a cada desempenho profissional.

Labore - com sabedoria,força e beleza

Page 8: Ds dia 26 04 2016

diário do SUL8 RegionalTERÇA-FEIRA , 26 DE ABRIL DE 2016

Largo Doutor Alves Branco, 207000-649 Évora

Telefone: 968824751

A Consulta de Desenvolvimento

Infantil

vigilância de saúde das crianças e jovens em Portugal é feita

pelo médico de família ou pelo Pediatra. Estes médicos vigiam o crescimento, o desenvolvimento psico-motor (quando e como andam, falam, aprendem e se comportam as crianças) e fazem educação para a saúde. Quando encontram alterações do desen-volvimento psicomotor como atraso na fala e linguagem, lin-guagem pouco perceptível, dificuldades de compreensão do que se lhes diz, atraso na marcha (no andar), dificuldade em comunicar e socializar com as outras crianças, dificuldade em aprender na escola, dificuldades em se concentrar, comporta-mentos inadequados, enviam para uma consulta de desen-volvimento (também apelidada de neurodesenvolvimento), para avaliação e intervenção.

A consulta de desenvolvim-ento infantil é efectuada habitu-almente por um Médico Pediatra especialista nas alterações do neurodesenvolvimento. Este Pediatra nunca trabalha sozinho mas, sempre em equipa com vários terapeutas como psicólo-gos educacionais e clínicos, técnicos de reabilitação, téc-nicos e professores de ensino especial e terapeutas da fala.

Nesta consulta é feita uma entrevista aos pais e à criança, e inicia-se a avaliação do desen-volvimento da criança. O objec-tivo é perceber como está o desenvolvimento psicomotor, onde há “atrasos” ou problemas, qual a repercussão destes na vida e aprendizagem desta criança,

A para depois se iniciar a interven-ção adequada. Também são investigadas as causas dos prob-lemas apresentados. A avaliação mais detalhada e a intervenção será habitualmente feita pelos vários técnicos da equipa. Assim, quando encontramos uma cri-ança com uma perturbação do desenvolvimento temos vários objectivos em vista: investigar a etiologia (causa) para estabel-ecer o prognóstico e a evolução, fazer um perfil funcional para adequar a intervenção, des-encadear o processo de inter-venção e posteriormente moni-torizá-lo.

É muito importante que o diagnóstico das alterações de desenvolvimento seja feita cedo para se iniciar intervenção pre-cocemente. Quanto mais pre-coce for a intervenção melhor é a evolução pois estamos a aproveitar a plasticidade neu-ronal dos indivíduos mais jovens.

Na Consulta de neurodesen-volvimento são seguidas crian-ças e jovens com Deficiência Mental (mais conhecida como atraso mental), com as suas variadas causas como a Trissomia 21, X-frágil e outras, as Perturba-ções do Espectro do Autismo, as Perturbações da Linguagem, as Perturbações Específicas da Aprendizagem (Dislexia e Discal-culia), a Perturbação do Desen-volvimento da Coordenação Motora, a Perturbação de Hiper-actividade com Défice de Aten-ção, a Perturbação de Oposição e a Perturbação de Conduta.

Dra. Paula Pires de Matos

Centro localizado em Évoraé polo do Diferenças

presta apoio na áreado Nerodesenvolvimento

e do Comportamento

Às 5.ªs no Castelo de ArraiolosAcordo com a Direção Regional de Cultura do Alentejo

A Freguesia de Arraiolos, a Câmara Municipal de Arraiolos e a Direção Regional de Cultura do Alentejo assinaram dia 19 de abril, na sede da Freguesia de Arraiolos um acordo para a realização de atividades culturais no Castelo de Arraiolos as quais vão decorrer no mês de Agosto.

O programa que será divulgado, brevemente, pretende valorizar o Castelo de Arraiolos, Monumento Nacional, singular pela sua muralha redonda.

Isaura Serra, Sílvia Pinto e Paula Amendoeira, em representação da Freguesia de Arraiolos, da Câmara

Municipal de Arraiolos e da Direção Regional de Cultura do Alentejo, respetivamente,

assinaram o acordo e realçaram a oportunidade deste evento cultural.

Assembleia Municipal de Viana do Alentejoreúne no Monte do Sobral

No próximo dia 29 de abril, pelas 21h30, a Assembleia Municipal de Viana do Alentejo reúne no Monte do Sobral, um local histórico e emblemático, palco da reunião que deu origem ao movimento dos Capitães de abril.

A iniciativa pretende enaltecer os valores de abril, numa altura em que passam 42 anos da revolução dos cravos e que se assinalam os 40 anos do poder local democrático com as primeiras eleições autárquicas.

Esta ação surge no âmbito das

comemorações de abril promovidas pelo Município de Viana do Alentejo e pelas Juntas de Freguesia que inclui diversas atividades de cariz cultural e desportivo.

O espetáculo musical com Luís Galrito e os “Canto Livre”, em Viana do Alentejo, no dia 24, à noite, é um dos pontos altos destas comemorações, que incluem ainda a sessão protocolar que decorre dia 25 de abril, pelas 14h30, no Cineteatro Vianense, seguido do visionamento do filme “ Selma: A Marcha da Liberdade”.

Elvas é a 7.ª melhor cidade do AlentejoDe acordo com o recente

estudo Bloom Consulting Portu-gal City Brand Ranking, da empresa Bloom Consulting, o município de Elvas é classificado como o 7º melhor da região do Alentejo ,de acordo com os critérios de avaliação baseados e m t r ê s c a t e g o r i a s : Negócios (investimento); Visitar (turismo) e Viver (talento).

Segundo o estudo “a média geral de posições da categoria de turismo desta região subiu em relação ao ano passado”, categoria onde o município de Elvas apresentou a sua melhor classificação, ocupando a 6ª posição na categoria “Visitar”. Esta posição representa uma melhoria do desempenho do município na aposta da divulgação do

s e u p a t r i m ó n i o . N a s restantes categorias ocupa a 11ª posição em “Negócios” e a 7ª em “Viver”, num universo de 58 municípios.

Relativamente ao estudo do ano anterior, o concelho de Elvas manteve a mesma posição no ranking regional e, a nível nacional, posiciona-se em 86º num total de 308 municípios avaliados.

Cartaz da Semana da Juventude e Académica de Elvas apresentado

Nuno Mocinha , presidente da Câmara Municipal, apresentou, hoje, aos meios de comunicação social, em conferência de imprensa realizada nos Paços do Concelho, o cartaz para a Semana da Juventude e Académica de Elvas, que este ano se realiza entre os dias 10 e 14 de maio, num recinto coberto, instalado no Parque da Piedade para o evento.

O programa do evento arranca, na terça-feira, dia 10, com a atuação, no recinto, das tunas convidadas, o cantor Quim Barreiros e Dj Diazz e Thom Mistical e dois Dj´s elvenses.

Na quarta-feira, dia 11, sobem ao palco os grupos elvenses MadeIN e Double Mars e o rapper Dillaz, seguidos da dupla Dj Kamala & Filipe Gonçalves, que encerram o segundo dia.

No terceiro dia, quinta-feira, dia 12, a cidade recebe a banda

D.A.M.A e o cantor Jimmy P. O animador da Rádio Comercial Dj Wilson Honrado e Gao Percussion encerram a noite.

Sexta-feira, dia 13, atuam a banda ÀTOA, David Carreira e, para terminar a noite em grande, a conhecida Dupla Mete Cá Sets.

Na última noite da Semana da Juventude e Académica, sábado, dia 14, sobem ao palco um conjunto único de artistas nacionais e internacionais. Os Soversion, banda cover elvense, abre a última noite, seguidos do cantor C4 Pedro e dos ícones do Reggae, a banda Inner Circle, considerada a maior banda da Jamaica. Diego Miranda é o último a “tocar” no recinto do Parque da Piedade.

A Semana da Juventude e Académica de Elvas é uma organização da Câmara Municipal de Elvas, Escola Superior Agrária de Elvas e da Associação de

Estudantes da ESAE e conta com a colaboração da Escola Secundária D. Sancho II e Instituto Português do Desporto e da Juventude. Nesta edição tem como patrocinadores a Nissan, Artipel e Super Bock.

Quanto aos preços de entrada no evento, o primeiro dia tem entradas gratuitas. No dia 11 o bilhete tem o preço de 4 euros, dias 12 e 13 5 euros, e dia 14 custa 8 euros. A pulseira semanal custa 12,5 euros.

A pensar naqueles que pretendem apenas assistir aos Dj´s, desenvolvemos um preço unitário especifico, que é cobrado para assistir apenas à atuação do Dj, nestes dias do evento (10 de maio- gratuito, 11 de maio-2 euros, 12 e 13 de maio-3 euros, e 14 de maio-5 euros).

Os portadores do Cartão Smartjovem, do Cartão Idade de Ouro e Família Mais têm direito a

descontos, sendo que também as empresas e instituições que adquiram mais de 30 bilhetes têm desconto na compra dos mesmos.

As crianças e jovens até aos 15 anos (inclusive) não pagam entrada, devendo recolher o bilhete no próprio dia, mediante apresentação do Cartão de Cidadão.

Os bilhetes estarão à venda a partir 14 horas de amanhã, quinta-feira, no Posto de Turismo.

Page 9: Ds dia 26 04 2016

9RegionalTERÇA-FEIRA , 26 DE ABRIL DE 2016diário do SUL

Pub.

n Marina Pardal

O

Guia “Boa Cama, Boa Mesa” Fotos Exclusivas

restaurante Fialho, em Évora, é distinguido com o Garfo de Ouro, do

Guia “Boa Cama, Boa Mesa”, há 14 anos consecutivos. Esta é uma publicação do jornal Expresso que elege, anualmente, os melhores restaurantes e alojamentos a nível nacional.

Segundo Amor Fialho, res-ponsável por este espaço de res-tauração, “há 14 anos que este guia é editado e todos os anos o nosso restaurante é distinguido com o Garfo de Ouro”.

Garantiu ainda que “nenhum outrorestaurante conseguiu esta nomeação durante 14 anos se-guidos, sendo para nós bastante importante esta distinção”.

O proprietário do restaurante Fialho salientou que “este feito mostra que conseguimos pres-tar um serviço de qualidade ano após ano”, considerando que “para a cidade de Évora também é uma honra ter um dos seus restaurantes entre os 25 melho-res do país há 14 anos”.

Amor Fialho referiu ainda que “todos os anos são eleitos 25 restaurantes com o Garfo de Ouro e há um que recebe o Garfo de Platina”, frisando que “há outros restaurantes que são

Restaurante Fialho distinguido com Garfo de Ouro há 14 anos consecutivosmencionados no guia, mas não têm estas distinções”.

Com mais de 70 anos de existência, o restaurante Fialho começou com Manuel Fialho, pai de Amor, Gabriel e Manuel. Na altura, esse espaço não tinha as características que apresenta hoje.

“Era uma taberna, onde preparávamos petiscos como ca-rapaus fritos, caracóis ou iscas”, recordou Amor Fialho, salien-tando que “era uma clientela pobre, mas com a experiência do meu pai este espaço foi-se transformando”.

Acrescentou ainda que “eu estive na Índia e vim de lá com uma ideia nova, fazer frangos no churrasco, algo que não havia em Portugal, depois apostámos nos mariscos e foi assim que começámos a iniciar uma nova casa, com novos clientes”.

Com 82 anos de idade, Amor Fialho evidenciou que este é um projeto familiar. “Eu faço parte da segunda geração e é a terceira geração, com o meu filho Rui e a minha sobrinha Helena (filha de Gabriel Fialho, já falecido), que vai assegurar a continuidade do restaurante”.

Em relação a Gabriel Fia-lho, o irmão lembrou que ele era “uma lenda na cozinha e ensinou a sua arte aos nossos colaboradores para que o res-

taurante mantenha a sua linha gastronómica”.

Pratos como o cação de co-entrada, carne de porco à alen-tejana, ensopado de borrego ou perdiz à Fialho são referências desta casa.

Uma das suas apostas é também nas entradas, sendo exemplos o grão com bacalhau, favinhas com enchidos ou pas-téis de massa tenra.

Nas sobremesas pode des-tacar-se a doçaria conventual, como o fidalgo, pão de rala, tecolameco, queijadas de re-queijão, sericaia com ameixas de Elvas ou encharcada.

Amor Fialho disse que “atu-almente, o nosso restaurante é uma casa internacional e

recebemos aqui personalidades de várias áreas”, apontando que “uma das nossas apostas é na qualidade, pois só compramos aquilo que é bom”.

Outro aspeto focado foi que “o papel dos funcionários é muito importante para este sucesso que temos conseguido, pois contamos com uma equipa de bons profissionais “.

Realçou ainda que “não temos problemas de sazonali-dade, estamos sempre cheios, pelo que é aconselhável fazer marcação antes”.

O mesmo responsável subli-nhou que “temos uma lotação de 90 lugares, mas não preci-samos de mais, porque depois passaríamos a ter de fazer co-

zinha industrial e nós não que-remos isso, queremos manter a qualidade”.

O restaurante Fialho está situado no centro histórico de

Évora, mais concretamente na Travessa das Mascarenhas n.º 16. Encerra à segunda-feira. Mais informações pelo telefone 266703079.

Amor Fialho, proprietário do restaurante Fialho.

Page 10: Ds dia 26 04 2016

diário do SUL10 RegionalTERÇA-FEIRA , 26 DE ABRIL DE 2016

On Maria Antónia Zacarias

“Portugal Próximo” foi o primeiro roteiro do Presidente da República

Marcelo Rebelo de Sousa “sentiu o pulso”Presidente da República rumou ao sul de Portugal, mais precisamente ao Alentejo, para projetar a região no país. Durante três dias, o chefe de Estado distribuiu afetos, parou para cumprimentar toda

a gente que o abordou, mas também para mostrar o que existe neste território que representa um terço da nação. No seu estilo próprio, Marcelo Rebelo de Sousa chamou a este seu primeiro roteiro “Portugal Próximo” porque disse entender que deve ser próximo das populações que deve estar, ouvindo-as e dando-lhes voz. No dia dedicado ao Alentejo Central, na passada sexta-feira, visitou a Universidade de Évora, a Fundação Eugénio de Almeida e o Centro Humanitário de Évora da Cruz Vermelha Portuguesa, tendo de seguida partido para Reguengos de Monsaraz e para Portel, onde dois patrimónios identitários estiveram em evidência, o vinho e o cante.

Reunião semanal entre primeiro-ministro e Presidente da República decorreu em Évora

Otimismo é transversal relativamenteàs metas do Programa de Estabilidade

A reunião semanal do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, com o primeiro-ministro, António Costa realizou-se na passada sexta-feira, num hotel de Évora, no âmbito de uma visita do chefe de Estado de três dias ao interior do Alentejo. No final, o primeiro-ministro disse estar otimista relativamente às metas do Programa de Estabilidade, afirmando que serão cumpridas através de um processo “tranquilo” de “consolidação orçamental”, tendo declinado a necessidade de novas medidas. E anunciou que Marcelo Rebelo de Sousa relativizou igualmente os alertas nacionais do Conselho de Finanças Públicas sobre o Programa de Estabilidade.

O primeiro-ministro afirmou que o foco nesta matéria deve ser a “tranquilidade”. “Vamo-nos concentrar em executar este orçamento. A execução felizmente está a correr bem e nada indica que seja necessário tomar novas medidas”, avançou, contrariando as notícias que “alarmaram tanto as pessoas sobre planos B, planos C e planos D”. Neste sentido, disse partilhar do “otimismo” do Presidente da República, em relação à avaliação que a Comissão Europeia fará do Programa de Estabilidade apresentado pelo governo português. E acrescentou: “O senhor presidente tem uma visão

otimista sobre essa matéria. Eu acompanho-o nessa visão”.

Esta ideia foi frisada, mais tarde, pelo Presidente da República que salientou que “a palavra decisiva, que verdadeiramente importa, é a da Comissão Europeia”. E prosseguiu: “Com o devido respeito pelo Conselho de Finanças Públicas, o que nos interessa é saber se a Comissão Europeia considera as previsões demasiado otimistas, se aceita ou não os números que são avançados pelo Governo”, considerou Marcelo Rebelo de Sousa.

Marcelo Rebelo de Sousa passou toda a manhã de sexta-feira na cidade de Évora, Património da Humanidade. Nesta visita, o ensino, a investigação, a cultura e as causas humanitárias foram os seus focos principais. Iniciou o roteiro com uma visita ao Colégio do Espírito Santo da Universidade de Évora, onde foi recebido pelo presidente da Câmara Municipal de Évora, Carlos Pinto de Sá e pela reitora da Universidade de Évora, Ana Costa Freitas.

O momento musical, no Claustro principal, pelo Grupo Académico Seistetos, fez reviver o Presidente da República dos seus tempos de professor. De seguida esteve na sala dos Atos, em que assinou o livro de honra da instituição e onde afirmou que esta instituição de ensino superior tem “um passado que faz parte da história do nosso país, um presente notável e um futuro promissor”. O chefe de Estado agradeceu formalmente

à Universidade de Évora, “o seu contributo para o prestígio da nossa pátria”.

Universidade PopularTúlio Espancaevidenciou aintergeracionalidade

Nesta visita à academia eborense, o Presidente da República participou ainda numa atividade de educação popular, na sala José do Egipto, no Colégio do Espírito Santo, promovida pela Universidade Popular Túlio Espanca/Universidade de Évora. O diretor desta universidade, Bravo Nico explicou que foram já abertas cinco escolas no Alentejo, o que significou “uma oportunidade de aprender a mais de mil cidadãos alentejanos”. O responsável evidenciou que o intuito é desenvolver nos jovens estudantes competências para a sua vida futura, “não só a possibilidade de organizar estes

projetos e de os concretizar, mas outras também como a i n t e r g e r a c i o n a l i d a d e , responsabilidade e cooperação num desígnio comum que é o direito à educação ao longo da vida”.

Uma das “janelas curriculares de educação popular” é a realização de uma sessão de preparação de uma visita de estudo a Badajoz e à Universidade da Extremadura, tendo sido entregue um convite ao Presidente da República para se juntar a esta viagem. De acordo com o diretor da Universidade Popular Túlio Espanca, a presença do Presidente da República nesta atividade é “um sinal de apoio e de estímulo ao nosso trabalho”. Um reconhecimento reiterado por Marcelo Rebelo de Sousa que sublinhou a relevância da aprendizagem ao longo da vida e o contacto entre várias gerações. “A formação não acaba aos 23 anos. É preciso que as pessoas estejam sensibilizadas

Page 11: Ds dia 26 04 2016

11RegionalTERÇA-FEIRA , 26 DE ABRIL DE 2016diário do SUL

Fotos Exclusivasdos alentejanos e projetou a regiãopara voltarem à universidade para se atualizarem e transmitirem conhecimento a outras gerações”, frisou, acrescentando que as universidades devem estar abertas a todos para que “possam aprender uns com os outros”.

Continuando o périplo da educação, o Presidente da República saiu a pé do Colégio do Espírito Santo para o Palácio do Vimioso, outro polo da Universidade de Évora, para visitar o Laboratório Hércules que é uma unidade de investigação multidisciplinar onde trabalham técnicos e especialistas em conservação e património bem como cientistas de diversas áreas, tais como químicos, geólogos, bioquímicos, geoquímicos, conservadores-restauradores, historiadores e arqueólogos.

“Levar o Alentejoa Belém”através da FEA

De seguida, e mudando de registo, Marcelo Rebelo de Sousa elegeu o património edificado como determinantes para a cultura do povo alentejano. Visitou a exposição “Estados de Rememoração” de Reto Pulfer no Fórum Eugénio de Almeida e o Paço de São Miguel da mesma fundação. Aqui, o Presidente da República disse ter vontade de “levar o Alentejo a Belém” tendo em conta a agenda de mostras e momentos culturais que estão agendados para estes dois espaços da cidade de Évora.

Estórias de vida de refugiados sensibilizaramMarcelo Rebelode Sousa

A manhã a estender-se para o início da tarde ocorreu no Centro Humanitário de Évora da Cruz Vermelha Portuguesa (CVP), onde estiveram presentes a vice-presidente da CVP, Cristina Louro, a coordenadora nacional do Programa de Acolhimento aos Refugiados da CVP, Joana Rodrigues, a diretora técnica do Centro Humanitário de Évora, Carla Vieira e a presidente da Universidade Sénior, Maria Jesus Florindo.

O chefe de Estado almoçou com refugiados, mas antes falou e ouviu o que tinham para dizer, mostrando-se solidário com duas estórias de vidas que

representam tantas mais. Nour Nasser é refugiado sírio e vive em Évora há cerca de dois meses. Deixou a sua família em Damasco, na Síria, e tentou atravessar o mediterrâneo, mas, na primeira tentativa, o barco, de oito metros e com 65 pessoas a bordo, começou a meter água e as pessoas tiveram de pedir ajuda à guarda costeira. Tentativa falhada que só veio a ser concretizada três meses depois quando viajou da costa turca para a Ilha de Samos, na Grécia, onde conseguiu entrar no programa de recolocação de refugiados. Admitiu que escolheu a Alemanha como destino, mas calhou-lhe na sorte Portugal de onde apenas conhecia “Cristiano Ronaldo, Luís Figo e o Benfica. “Mas agora estou feliz por estar em Portugal, é gente como nós, somos parecidos e temos o latim como base da nossa língua”, afirmou. Um pedido foi feito por um outro refugiado sírio que chegou a Portugal, acompanhado pelo seu pai de 86 anos, mas que deixou as três as filhas e a esposa grávida na Turquia.

O Presidente da República considerou que a Europa “é a culpada” pelos problemas que existem no encaminhamento de refugiados, afirmando que Portugal está disponível para “receber uns milhares” e que “acabam por vir umas dezenas”. E prosseguiu: “Há qualquer coisa que não funciona bem. Não sei se é um problema burocrático, se é administrativo. O certo é que o total de refugiados que já foi recebido por países da União Europeia é

insignificante para o que foi prometido e para as necessidades”.

Movimentocontra o traçado Sines-Caia pediu intervenção do PR

O movimento de cidadãos “Évora Unida” aproveitou a vinda de Marcelo Rebelo de Sousa para entregar um documento contra o traçado da

nova linha ferroviária entre Sines e Caia. Em declarações aos jornalistas, o chefe de Estado disse que irá analisar, tendo considerado que a ideia “bastante importante em termos de valorização local e regional. Vou ver o que é que como Presidente da República posso fazer para, de alguma maneira, acolher uma aspiração dos cidadãos”. O professor frisou que “a iniciativa em si própria já é um exemplo de democracia”.

Page 12: Ds dia 26 04 2016

11?????????????-FEIRA , ?? DE ??? DE 2016diário do SUL

MARCELO REBELODE SOUSA

Page 13: Ds dia 26 04 2016

diário do SUL12 RegionalTERÇA-FEIRA , 26 DE ABRIL DE 2016

PORTALEGRE

n João Trindade

Presidente da República no “Portugal Próximo”

“Cumpro uma promessa eleitoral com as pessoas e o País”

Presidente da Republica, Professor Marcelo Rebelo de

Sousa no âmbito da sua opção designada de “Portugal Próximo” uma forma das Presidências Abertas) deslocou-se no dia 21 de Abril ao Distrito de Portalegre. Primeiro esteve na Vila de Fronteira, depois inaugurou um Lar da Misericórdia para Idosos em Cabeço de Vide. Mais tarde foI recebido na CMP pelo Executivo presidido por Adelaide Teixeira, Autarcas. Empresários, Entidades Civis e Militares. Á porta do Município, escutou o Grupo Sénior da Escola Silvina Candeias. distribuiu e recebeu afectos de crianças, jovens e adultos. Na Galeria S. Sebastião assinou e deixou um testemunho no Livro de Honra. Passo seguinte, Marcelo Rebelo de Sousa deslocou-se à Praça da Republica, tinha mais de 600 pessoas á sua espera, os

estudantes da ESE estenderam as capas, a Tuna Papas Misto animou. Um curto passeio a pé do Presidente da Republica até á Praça do Município, e nova recepção de Docentes e Estudantes do IPP. Já na Sé Catedral, cheia de gente, foi recebido pelo Bispo da Diocese de Portalegre e Castelo Branco, D. Antonino Dias, para assistir á apresentação pública do projecto de reabilitação e instalação do

tesouro da Catedral de Portalegre, inserido na Rota das Catedrais, objectivo iniciado em 2009. No ciclo de comunicações, D. Antonino Dias evocou a História da Igreja “construída há 220 anos que ultimamente tem causado grande preocupação por evidentes sinais de degradação”. A Sé Catedral possui o maior conjunto de retábulos maneiristas de Portugal. O Cónego Bonifácio Bernardo e o Padre Francisco

O

Valente, nas suas comunicações, tornaram evidente a necessidade de intervenção na Igreja com projecto dos arquitectos Rui Duarte e Ana Paula Pinheiro.

Contam com o apoio da CMP, CCRA e da Direcção Regional da Cultura do Alentejo representada pela sua Directora, Ana Paula Amendoeira. Num momento

oportuno Marcelo Rebelo de Sousa desvalorizou um possível desgaste, frisando que “está a cumprir uma promessa eleitoral com as pessoas e o País”.

O

“O Presidente da República fica felizquando corre bem ao País”

chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa, respondeu aos

que questionam o seu discurso de esperança e o apoio ao Governo afirmando que “o Presidente da República fica feliz quando corre bem ao país”.

No final de um jantar na Escola de Hotelaria e Turismo de Portalegre, o Presidente referiu que às vezes lhe perguntam “por que é que insiste tanto em ter esperança naquilo que existe e naqueles que são responsáveis pela governação” e deu a resposta: “Porque eu quero que eles tenham sucesso, porque o sucesso da governação de Portugal é o sucesso de Portugal”.

Na presença do ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, Marcelo Rebelo de Sousa deixou, contudo, um recado ao executivo do PS: “Espero que aquilo que foi prometido em relação a uma preocupação de incentivar investimentos no interior venha a corresponder à realidade. Foi um dos compromissos do senhor primeiro-ministro”.

Antes, congratulou-se com o crescimento do turismo em Portugal.

Num discurso de cerca de dez minutos, o Presidente da República respondeu também, pela segunda vez no dia de hoje, àqueles que questionam a quantidade de iniciativas que tem tido desde que iniciou funções, a 09 de março.

“Quando de vez em quando me perguntam - e a comunicação social gosta muito de perguntar - se não há o risco de aparecer muitas vezes, eu pergunto: como é que é possível estar próximo estando distante? Ou se está próximo ou não se está próximo”, declarou.

Marcelo Rebelo de Sousa acrescentou que o seu compromisso “é a proximidade dos portugueses” e defendeu que isso “não é ficar no Palácio de Belém e de vez em quando aparecer aos portugueses”.

O Presidente da República esteve na Escola de Hotelaria e Turismo de Portalegre, que apontou como “um exemplo de sucesso”, encerrando assim o primeiro de três dias de visita ao interior alentejano.

, diz Marcelo rebelo de Sousa

Page 14: Ds dia 26 04 2016

13DesportoTERÇA-FEIRA , 26 DE ABRIL DE 2016diário do SUL

n Por: Mahayla Haddad

ATLETISMO

- Quando é que começaste com o atletismo?

Foi há cinco anos. Antes eu fazia natação e em 2012 comecei a fazer algumas provas de atletis-mo, porque no desporto escolar comecei a destacar-me e então do clube vieram falar comigo e eu disse que sim. Fui fazendo algumas provas, mas continuava a treinar só natação. Depois, em 2013,comecei de vez em quando a treinar o atletismo, e em 2014 deixei finalmente a natação e dediquei-me só ao atletismo. Portanto, a sério são três anos mas ao todo são cinco.

- Disseste,no comentário a uma foto, que estás a treinar sozinho, longe da equipa. Isso dificulta?

Sim, é sempre mais difícil porque como não tenho aquele compromisso de ir treinar com

Filipe Fialho (G.D. Diana) apurado para o Campeonato do Mundo de JunioresDepois de recentemente se ter sagrado Campeão Nacional de

Corta-Mato, nas Açoteias, Filipe Fialho garantiu agora o direito de representar Portugal no Campeonato do Mundo de Atletismo, no escalão de juniores, após a conquista do título nacional de 10 mil metros, na Maia, com o tempo de 31’08”99.

O jovem atleta do Grupo Desportivo Diana, com uma época de sonho e que confirma todo o seu potencial e o trabalho de-senvolvido por esta agremiação desportiva, representou Portu-gal no Troféu Ibérico de 10.000 metros, acabando por se tornar Campeão Nacional da categoria, com um “tempo histórico” para Évora.

Com esta prestação, Filipe Fialho alcançou os mínimos para o Campeonato do Mundo de Juniores, que se realiza de 19 a 24 de Julho, na Polónia. A marca alcançada supera em pouco mais de um segundo o tempo de qualificação para o Mundial e esta-belece ainda novos recordes regionais dos 10000m, no escalão de Juniores e Sub 23.

Filipe Fialho, que em 2015, já tinha sido Campeão Nacional de Juniores de 3000m obstáculos, e este ano se sagrara também vice-campeão nacional júnior de 3000m em pista coberta, é o único Português com mínimos de acesso ao Mundial de Junio-res, na disciplina de 10000m. O Filipe poderá ser o primeiro atleta de um clube do Distrito de Évora a participar num Campe-onato do Mundo de Atletismo de Pista.

Para além de atleta, este jovem eborense é estudante univer-sitário e enfrenta as dificuldades e desafios que hoje se colocam aos atletas numa cidade, como Évora, que não tem ainda uma pista em que possam fazer regularmente a sua preparação. Por isso, justifica-se ouvi-lo.

o grupo de treino, ou com alguém, é sempre mais compli-cado. Agora já me adaptei bem e sigo os treinos à risca mas no início da época foi mais difícil ainda mais porque tive uma lesão e porque entrei na vida universitária. É óbvio que com uma equipa de treino é sempre mais fácil. Por exemplo, em treinos que são longos, correr e falar com as pessoas ao mesmo tempo dá mais prazer e passa mais depressa. Também da par-te da Universidade há muitos trabalhos e a pressão e exigên-cia são grandes. Ás vezes tens vontade de não treinar. Tendo aquele compromisso de treinar com alguém é sempre mais fácil; mas agora já estou adaptado, já me habituei.

- O que fazes para superar a dificuldade? Como são os trei-nos sozinho em Lisboa, onde estás a estudar?

Eu treino no estádio do Ina-tel, que é relativamente perto do Instituto Superior Técnico e da minha casa. Vou a correr pra lá, dou umas voltas ou faço o percurso e depois acabo por correr para casa. Talvez uma maneira de o tempo passar mais depressa, e custar menos, é ir a ouvir música durante o treino. Ajuda-me a ter mais força, a descontrair e deixa de ser tão monótono. Também ajuda não pensar que “ainda falta tanto”ou que a semana ainda é tão gran-de e há treinos todos os dias, às vezes até mais do que um por dia. É pensar só no amanhã ou no próprio dia que vai passando mais depressa.

- O que significa para ti ser do “Diana”?

Para já é um grande orgulho pertencer a este Clube. Tenho um treinador, que também é treinador dos outros atletas to-dos, do qual gosto muito. Gosto

muito de pertencer ao Grupo Desportivo Diana. É um Clube que conta com muito pouco, por exemplo só agora há uma pista e ainda nem está aberta, mas que já tem muitos anos. O atletismo (e falo só do atletismo porque não conheço muito a outra parte do clube mas sei que têm êxitos) há muito tempo que praticam e sempre conse-guiram tirar bons resultados. Ultimamente temos tido sempre grandes resultados a nível na-cional, sobretudo nas camadas mais jovens, mas também em termos de equipa.

Acho que com muito pouco fazemos muito e há que enalte-cer isso e estar orgulhoso.

- O Campeonato Nacional de Corta Mato é conside-rado a principal prova da época.Tinhas dito que teu ob-jetivo era fazer o teu melhor e talvez ir ao pódio. Agora que conseguiste ocupar o lugar mais alto o que é que isso significa pra ti?

Sim, o Corta-Mato Nacional Longo é considerada a prova mais importante do meio-fundo e faz parte da maioria dos calen-dários dos atletas nacionais. O meu objetivo é sempre fazer o melhor, e neste caso era alcan-çar o pódio, mas acreditava que era possível fazer melhor e corri para isso mesmo . Estou muito feliz e orgulhoso com a minha prestação e o resultado alcança-do ! É o culminar de uma época de inverno que não começou da melhor maneira, mas eu e o meu treinador, João Ferrão (ao qual quero agradecer), conse-guimos dar a volta a esse obs-táculo inicial , tornando-se na minha melhor época de inverno de sempre, acabando assim da melhor maneira!

- Como é que a prova de-correu ? Houve algum obstá-culo ou correu tudo como era esperado?

Correu muito bem, sim. O maior obstáculo talvez tenha sido o percurso do Cross. É muito duro, com partes rápidas, partes duras , subidas e desci-

das, mas é bastante agradável, ao meu jeito, e talvez o melhor percurso onde já corri. O calor à hora da prova também foi uma dificuldade adicional mas acabou por correr tudo bem com algumas coisas um pouco imprevistas , outras mais previsí-veis, e à medida que a prova foi avançando fui acreditando cada vez mais que era possível .

- Há quase um mêsfos-te vice-campeão nos 3000 metros,em Pista coberta, e agora venceste no Corta Mato. Tendo ótimos resulta-dos nas duas, qual delas é a tua favorita?

É verdade. Apesar de gostar bastante da prova de 3000 m, pois é uma prova não muito lon-ga e rápida, para mim a favorita é mesmo o corta-mato! São pro-vas mais duras, mais dinâmicas , normalmente com mais espaço para correr, o que às vezes em pista pode tornar-secomplica-do, como já tem acontecido. O corta-mato é também talvez eu onde seja mais forte .

Page 15: Ds dia 26 04 2016

diário do SUL14 RegionalTERÇA-FEIRA , 26 DE ABRIL DE 2016

Évora

Neste mês de Abril, encontra-se a decorrer, na Universidade de Évora, o VIII Ciclo de Conferên-cias sobre Educação Comunitá-ria, uma iniciativa conjunta da Universidade Popular Túlio Espanca e do Departamento de Pedagogia e Educação/Escola de Ciências Sociais.

Foi neste contexto que, no passado dia 19 de Abril, pelas 18 horas, se realizou a confe-rência intitulada “A formação desenvolvida através das empresas e das entidades pri-vadas: o caso da Competir –

Delegação de Évora”.As Conferencistas foram a Dra.

Filomena Pina (Coordenadora da Delegação da Competir em Évora) e a Dra. Carla Ramalho (Técnica de Orientação, Reconhecimento e Validação de Competências no Centro para a Qualificação e o Ensino Profissional - CQEP da Competir).

Foram abordados, entre outros aspectos, o seguinte: (i) a missão da Competir enquanto empresa de formação; a planificação e organização da formação profis-sional; (iii) o papel do CQEP nos

processos de formação e de qua-lificação de jovens e de adultos, tendo em vista não só a melhoria das condições profissionais, mas também a aquisição de competên-cias no domínio pessoal e social.

Esta sessão foi organizada por duas alunas (a frequentar o 2.º ano da Licenciatura em Ciências da Educação), Mariana Cocharro e Beatriz Clemente, no âmbito do trabalho prático da unidade cur-ricular de Educação de Adultos lecionada pela Professora Lurdes Pratas Nico.

As conferências/sessões são

aulas abertas ao público e gratui-tas para todos.

O Ciclo de Conferências inte-gra-se no projecto “Janelas Curri-culares de Educação Popular no Ensino Superior Universitário” - financiado pela Fundação Calouste Gulbenkian e promo-vido pela Universidade Popular Túlio Espanca - e tem o apoio do Grupo de Comunicação Social Diário do Sul e Rádio Telefonia do Alentejo, da Delta Cafés e da Escola Comunitária de São Miguel de Machede/SUÃO-Associação de Desenvolvimento Comunitário.

Formação profissional e aprendizagem ao longo da vida em debate na Universidade de Évora

No dia 27 de abril (quarta-feira) pelas 11 horas, o Clube Taurino do Agrupamento de Escolas de Alter do Chão, no seu programa TAUROMAQUIA SOLIDÁRIAvai organizar uma Marcha Solidáriacom partida da escola sede, e que percorrerá algumas ruas da vila de Alter. Nesse dia, vão estar presentes vários elementos da comunidade escolar desde o pré-escolar até ao 12º ano, incluindo professores, bem como todos aqueles que se queiram associar, pais e encarregados de educação, funcionários não docentes e comunidade escolar no geral.

Quase 300 organizações e mais de 30 mil pessoas vão caminhar ou correr pelos Médicos do Mundo. Na nossa Marcha Solidária vão participar todos os que estejam solidários com esta causa, doando o valor que cada um

possa e queira, sendo a verba entregue posteriormente aos Médicos do Mundo. A Corrida/Marcha Solidária é um projeto dos Médicos do Mundo (MdM) que, desde 2007, desafia a comunidade a organizar corridas, marchas ou caminhadas, com um duplo objetivo: refletir sobre o tema da edição, “Educação para a Cidadania Global”, e angariar fundos para apoiar as populações mais vulne-ráveis através de projetos da MdM.

Mais de 330 mil pessoasparticiparam nas quatro edições passadas da Corrida Solidária.

Todos os que queiram participar são bem-vindos, em ajudar uma nobre causa.

Todos juntos faremos a diferença para um mundo melhor, ajude e participe.

CONUNICADO V Marcha Solidária

O Museu de Arte Contemporâ-nea (MACE) de Elvas acolhe, no dia 27 de abril, às 14 horas, a ação de sensibilização “A Arte de Viver o Parkinson”, uma iniciativa da Associação Portuguesa de Apoio e Intervenção Neurológico (Aparsin), integrado no mês do Parkinson.

O mês de abril está consigando à doença do Parkinson, uma doença crónica e de caracter neu-rodegenerativo que afeta o sis-tema motor, cuja implicação nos movimentos corporais leva a tre-mores, rigidez, lentificação dos movimentos corporais, instabili-dade postural e alterações da marcha.

“A Arte de Viver o Parkinson” tem como objetivo a partilha

de informação e conhecimento sobre a doença, numa abordagem à patologia num contexto teórico-prático, desde a sua fisiopatologia até à intervenção.

O evento inicia com uma ex-posição de estátuas vivas, com a

colaboração da Academia de Música de Elvas, em simbologia a alguns dos sinais do Parkinson.

Sob o tema “Olhar o Parkinson além do T(r)emor”, segue-se uma palestra que conta com a presen-ça de vários profissionais de saúde especializados na área e com o testemunho de um doente de Parkinson, onde serão debati-dos assuntos relacionados com as causas, sinais, sintomas, preven-ção e estratégias no cuidado da doença.

A ação encerra com um workshop, no qual todos podem participar, de “Dançaterapia na doença de Parkinson”.

Este evento conta com o apoio da Câmara Municipal de Elvas.

Mês do Parkinson - Ação de sensibilização no MACE

O Centro Cultural e Despor-tivo Desportalegre, promoveu em parceria com a Santa Casa da Misericórdia de Portalegre,

O Mercado Municipal de Vila Nova de Santo André recebe a partir de amanhã, pelas 17h00, as Tasquinhas do Vilas, even-to que tem como objetivo a promoção e a divulgação do melhor que se faz na região, nomeadamente ao nível da gastronomia, do artesanato, dos serviços e da cultura.

Até ao dia 15 de maio, o mercado funcio-nará durante a manhã como habitual local para compra de produtos frescos da região, mas durante a tarde e noite será transfor-mado num local onde as iguarias locais serão confecionadas e onde os visitantes podem degustá-las.

Durante este período vão decorrer di-versas actividades. A entrada é gratuita e as Tasquinhas do Vilas funcionam de quarta a domingo. Quartas, quintas e domingos das 17h às 24h, e às sextas, sábados e vésperas de feriado das 17h às 02h.

Tasquinhas do Vilas no Mercado Municipal de Vila Nova de Santo André

A Biblioteca Municipal Manuel da Fonseca, em Castro Verde, comemorou 21 anos de existência com um programa onde cabem conversas com escritores, música e a tradicional açorda de letras.

Ao longo destes 21 anos, segundo o município, a biblioteca “tem apostado numa relação de proximi-dade com as populações do concelho, promovendo um serviço de itinerância pelas freguesias e a dinamização de

projetos que têm potenciado o acesso à leitura”.

A biblioteca disponibiliza mais de 50 mil documentos e um total de 46 periódicos.

Os registos dão conta de 423 mil empréstimos e 5.218 utilizadores inscritos.

Companhia de Dança Contemporâneaem digressão nacional

A Companhia de Dança Con-temporânea de Évora (CDCE) apresenta este mês, no âmbito de uma digressão nacional, as criações “Terra Chã” e “Eros e Psiquê”, da coreografa Nélia Pinheiro.

A obra “Terra Chã” será

apresentada, no dia 27 deste mês, pelas 21:30, no Teatro Municipal de Bragança, no âmbito do Festival Bragança Dança.

Por sua vez, a obra “Eros e Psiquê” vai ser apresentada no dia 29, pelas 21:30, no

Fórum Cultural José Manuel Figueiredo, na Moita, durante as comemorações do Dia Mun-dial da Dança.

Os figurinos de ambas as criações são de José António Tenente e o desenho de luz da autoria de Paulo Graça.

Castro Verde

Biblioteca celebra 21 anos

uma sessão de jogos recreativos no Centro Comunitário dos Assentos.

Os utentes do Centro, loca-

lizado no Bairro dos Assentos, disputaram nove multi-jogos desportivos de recreação indivi-duais, tendo Estrela Bonacho e José Garção sido os vencedores com 24 pontos, seguidos de Avelina Rosa com 22 pontos e de Severina Calado com 21 pontos.

O coordenador do Centro Comunitário, Miguel Mota, assistiu e participou nos jogos tendo o animador do Despor-talegre contado com a colabora-ção institucional de Ana Crucho e Celeste.

Os vencedores foram con-templados com prémios ofe-recidos pelaDelta Cafés e pela Fundação PT.

Idosos do Centro Comunitário dos Assentosem Jogos Recreativos com o Desportalegre

Page 16: Ds dia 26 04 2016

��������

������

����������������������������

�������������������

������������������������������

��������������������������

������������������������

�����������������������������

������������������������������

������������������

�������������������������������

������������������

����������������

�������

�����������������������

�������������������������

�������������������������������

���������������������������������

�������������������������������

������������������������

����������������������������

�����������������������������

�������

��������������

����������������������������

�������������������������

�������������������������������

��������������������������������

����������������������������

�������

���������������

����������������������������

�������������������������������

�����������������

�������

���

�������������������

�������

�������������������

������������

������������

���������

���������������������������

����������������������������

��������������������������

������������������������

�������������

���������������������

�������

����������

����������������������������

�������������������������

����������������������

���������������������

�������

����������������

�������������������������

�������������������������

���������������������������

�����������������������������

���������������

���������������������

�������

��������������������

������������������

���������������������������������

���������������������������������

����������������������������

��������������������������������

�������������������������������

�����������������������������

�����������������

�������

��������������������

����������

������������������������������

������������������������������

���������������������������

�������

����������

������������������������������

����������������

��������������������

�������

��������������������

���������������

�������������������������������

������������������������������

���������������

�������

��������

���������������������������

���������������������������

����������������

���������������������

�������

���������������

�������������������������

�������������������

��������������������

�������

15 PublicidadeTERÇA-FEIRA , 26 DE ABRIL DE 2016diário do SUL

Page 17: Ds dia 26 04 2016

diário do SUL16 PublicidadeTERÇA-FEIRA , 26 DE ABRIL DE 2016

Page 18: Ds dia 26 04 2016

17SociedadeTERÇA-FEIRA , 26 DE ABRIL DE 2016diário do SUL

NECROLOGIA

Pub.

Num local priveligiado na cidade de Évora, com quartos duplos e individuais, com wc privativo, am-

plas salas, espaços circundantes ajardinados, máxima higiene e ambiente familiar. Visite-nos, estamos na

Aceita IdososResidência para Seniores Vista Alegre

Av. Dr. Francisco Sá Carneiro, 385 7000 - 757 ÉvoraTm: 929 372 974

Alvará N.º 2|2014

Pub.

Seus familiares, colegas e amigos, na impossibilidade de o fazer pessoalmente como seria seu desejo, vêm por este meio participar a todas as pessoas das suas relações e amizade que será celebrada Missa pelo eterno descanso do seu ente querido, dia 27 de Abril de 2016 (Quarta-feira), pelas 18:30 horas na Igreja da Sagrada Família (Álamos) - Évora, agrade-eterno descanso do seu ente querido, dia 27 de Abril de 2016 (Quarta-feira), pelas 18:30 horas na Igreja da Sagrada Família (Álamos) - Évora, agrade-eterno descanso do seu ente querido, dia 27 de Abril de 2016 (Quarta-feira),

cendo desde já a quem se dignar a assistir a tão piedoso ato.

NUNO DA CONCEIÇÃO RAMOS LOPES

(Motorista Servilusa Évora)Missa de 30.º Dia

SERVILUSA SERVILUSA SERVILUSA (800 204 222

Agência Funerária Pestana

Pub.

VIDA RELIGIOSAExposição em Vila Viçosa

A Régia Confraria de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa promove a exposição “Simples na Oração, Grandes na Fé”, de Gabriela Marques da Costa, no âmbito das comemorações dos 370 anos da proclamação da Padroeira de Portugal.

Crianças de Évora encontram-secom o Arcebispo

Uma vez mais, todas as paróquias da cidade de Évora que têm catequese estão a motivar as suas crianças do 1.º ao 6.º ano, para rezar em conjunto, num momento de oração que será presidido pelo arcebispo de Évora, D. José Alves.

O Encontro está agendado para as 11h00, do próximo dia 30 de Abril (sábado), na igreja de Maria Auxiliadora (Salesianos), em Évora, numa organização do Departamento Diocesano da Catequese da Infância e da Adolescência.

Page 19: Ds dia 26 04 2016

diário do SUL18 EntretenimentoTERÇA-FEIRA , 26 DE ABRIL DE 2016

06:32 Repórter África07:00 Zig Zag11:05 Os Últimos Dias Da Pide12:00 Inesquecíveis Viagens De Comboio13:00 Liberdade 2114:00 Sociedade Civil15:00 Ténis: Estoril Open16:30 Zig Zag20:38 Rapazes Do Nada21:00 Jornal 221:45 Página 222:00 Uma Aldeia Francesa22:50 Literatura Aqui23:20 Mário De Sá-Carneiro, O Fim Do Princípio00:10 Eurodeputados00:40 24: Live Another Day01:25 A Fé Dos Homens01:55 E2 - Escola Superior De Comunicação Social02:25 Ténis: Estoril Open03:55 Sociedade Civil04:55 Euronews

06:00 Edição Da Manhã

08:45 A Vida Nas Cartas: O

Dilema

10:00 Queridas Manhãs

13:00 Primeiro Jornal

14:30 Dancin’ Days

15:45 Grande Tarde

19:00 I Love Paraisópolis

20:00 Jornal Da Noite

21:30 Coração D’Ouro

22:30 Poderosas

23:30 A Regra Do Jogo

00:30 C.S.I.

01:30 Investigação Criminal

02:30 Jura

03:15 Televendas

06:00 Manchetes 306:30 Bom Dia Portugal10:00 A Praça13:00 Jornal da Tarde14:15 Bem-vindos a Beirais15:00 Agora Nós18:00 Portugal em Direto19:00 Telejornal19:45 Man. City x Real Madrid - Liga dos Campeões (Direto)21:45 Futebol: Liga dos Campeões (Resumos)22:45 Nelo & Idália23:30 5 Para a Meia-Noite00:45 Programa a designar01:15 Forever02:00 O Outro Lado03:00 Os Nossos Dias03:45 Televendas05:00 Filhos da Nação05:30 Hora dos Portugueses (Diário)05:45 Online 3

diário do sulTVPROGRAMAÇÃO TELEVISÃO

RTP 1 RTP 2 SIC TVI

DISTRITO DE ÉVORAALANDROAL – AlandroalenseARRAIOLOS – MisericórdiaBORBA – Carvalho CortesESTREMOZ – CostaÉVORA - DianaMONTEMOR-O-NOVO – SepúlvedaMORA – Falcão, CentralMOURÃO – CentralPORTEL – Fialho REDONDO – Xavier da CunhaREGUENGOS MONSARAZ – ModernaVENDAS NOVAS – NovaVIANA DO ALENTEJO – NovaVILA VIÇOSA – Torrinha

DISTRITO DE BEJAALJUSTREL – PereiraALMODÔVAR – RamosALVITO – Nobre SobrinhoBARRANCOS – BarranquenseBEJA – SilveiraCASTRO VERDE – AlentejanaCUBA – MisericórdiaFERREIRA DO ALENTEJO – Salgado MOURA – Nataniel PedroSERPA – Serpa Jardim VIDIGUEIRA – Pulido Suc.

DISTRITO DE PORTALEGREALTER DO CHÃO – Alter; PortugalARRONCHES – Esperança; BatistaAVIS – Nova de Aviz

CAMPO MAIOR – Campo MaiorCASTELO DE VIDE – FreixedasCRATO – Misericórdia; MatosELVAS – LuxFRONTEIRA – Vaz GAVIÃO – Gavião MONFORTE – JardimNISA – Ferreira Pinto; Moderna PONTE DE SÔR – Cruz Bucho PORTALEGRE – ElvasSOUSEL – Mendes Dordio; Andrade

LITORAL ALENTEJANOALCÁCER DO SAL – AlcarenseGRÂNDOLA – PabloSANTIAGO DO CACÉM – Corte Real SINES – Atlântico

Farmácia de Serviço Tempo

ÉvoraSol Máx.: 25º C Min.: 9º C

Terça-feira, 26

BejaSol Máx.: 25º C Min.: 9º C

PortalegreSol Máx.: 21º C Min.: 12º C

Évora - PSP- 266760450- GNR - 266748400- Protecção Civil- 266777150- Bombeiros Voluntários- 266702122- Hospital Espírito Santo - 266740100- Taxis- 266735735- Estação Caminhos Ferro - 707210220- SEF- 266 788 190 / 808 202 653- Universidade de Évora- 266740 800- Acção Social U.E.- 266 745 610- Piscinas Municipais- 266 777 186

Elvas- Bombeiros Voluntários- 268636320- PSP - 268639470- GNR - 268637730- Hospital Santa Luzia - 268 637600- Centro Saúde - 268622719- EDP - LTE - 800505505- Serviço de Águas - 268622267- Câmara Municipal Elvas - 268639740- Táxis - 268622287- Estação Caminhos Ferro - 707210220- Rodoviária do Alentejo - 268622875- Tribunal Judicial Elvas - 268639156

Telefones de Urgência- Repartição Finanças - 268622527

Beja- PSP - 284313150- GNR - 284311670- Protecção Civil - 284313050- Bombeiros Voluntátios - 284311660- Hospital de Beja- 284310200; 284310215 (horário nocturno)- Câmara Municipal - 284311800- Serv. Protecção Civil - 284311814- Posto de Turismo - 284311913- EMAS - 284313450 / 284313455- EDP - 284005000 / 800506506- Táxis de Beja - 284 322 474- Gare Rodoviária - 284313620- Caminhos de Ferro CP - 707210220

Portalegre- PSP- 245300620- GNR -245330888- Protecção Civil- 245201203- Bombeiros Voluntários - 245300120

06:00 Todos Iguais

06:30 Diário Da Manhã

10:10 Você Na TV!

13:00 Jornal Da Uma

14:45 Mundo Meu

16:00 A Tarde É Sua

19:00 The Money Drop

20:00 Jornal Das 8

21:42 A Única Mulher

22:55 Santa Bárbara

00:00 Love On Top: Extra

01:00 Grimm

02:00 O Escritório

03:00 Queridas Feras

05:00 TV Shop

meo 643891meo 7000

Faça Like na nossa página do facebook

Prémio para Comenda GrandeReserva Tinto2012

Patinagem Artística

André Barrinha quer ser Campeão do MundoJuvenildo Grupo Desportivoe Recreativodos Canaviaisé Vice-Campeão Nacional

eborense André Barrinha, vice-campeão nacional de Patinagem Livre, na categoria de

juvenis, pelas cores do Grupo Desportivo e Recreativo dos Canaviais quer vir a ser o próximo Campeão do Mundo da modalidade, sendo atualmente um exemplo em Évora de perseverança e determinação.

“Vou ser se sincero: sonho em ser Campeão do Mundo e todos os dias procuro melhorar a minha prestação”, afirma, de uma forma convincente, este jovem de apenas 17 anos que encontrou no desporto o seu espaço de afirmação.

“Sei que não é fácil e o facto de

O no último nacional, disputado em Rio Maior, ter ficado em segundo lugar, muito por culpa da minha inexperiência, a que se juntou um enorme nervosismo, mostra que ainda tenho muito trabalho pela frente”.

É esta clara noção do caminho que ainda tem de percorrer que faz de André Barrinha uma referência junto dos jovens da sua idade em Évora, aproveitando até à exaustão a totalidade o tempo do treino, orientado por Marília Soares.

Piões, saltos, Axel, duplo Toe Loop, Salchow são algumas das figuras que André Barrinha executa ao longo de duas horas, três vezes por semana, até chegar à perfeição, com os atletas mais novas a

observar atentamente a técnica do colega

“Ele, se pudesse, treinava 24 horas” afirma orgulhosamente o pai, Pedro Barrinha, que apenas lamenta a ausência de mais apoios para este tipo de modalidade desportiva. “É tudo para quem menos precisa”, diz. “Nós é que suportamos as despesas todas. Até quando vai para estágio”.

Tinha apenas sete anos quando André Barrinha descobriu a patinagem. “A culpa é da minha irmã. Foi ela que lá em casa começou a praticar e eu depois segui-lhe os passos”.

Já com dez anos de experiência, e com muitos troféus regionais e nacionais conquistados, entre os quais também se destaca o de Campeão do Torneio Interassociações, André Barrinha treina agora para o próximo desafio: - o Campeonato Nacional 2016, agendado para Julho.

“Esse é agora o meu grande objetivo e toda a coreografia que tenho vindo a treinar nos últimos tempos e doravante visam atingir esse patamar. Não é fácil, pois os meus oponentes são igualmente de grande valor, mas acredito que a experiência adquirida no ano passado vai-me ajudar a conseguir ser Campeão Nacional”.

Depois de já ter experimentado patinar sobre gelo, André Barrinha mantém-se indefetível e nada o fará largar as “quatro rodas”, “É muito diferente, mas eu prefiro a patinagem artística tradicional”, em que a Itália é a grande potência.

A Secção de Patinagem do Grupo Desportivo e Recreativo dos Canaviais tem apenas três anos de existência, contando neste momento com cerca de quatro dezenas de praticantes nas suas fileiras.

Fotos Exclusivas

Page 20: Ds dia 26 04 2016

19RegionalTERÇA-FEIRA , 26 DE ABRIL DE 2016diário do SUL

O

Entrevista na RTA sobre “Desafio pela Saúde”

n Marina Pardal

Fotos Exclusivas

Pub.

projeto “Serpente P a p a - L é g u a s ” é desenvolvido pelo Município de

Évora há dois anos, sendo este o único concelho a nível nacional a participar nesta iniciativa europeia.

Promover formas de deslocação sustentáveis no percurso que os alunos do 1.º ciclo fazem entre a casa e a escola é um dos objetivos deste projeto, que envolve diversas escolas de Évora.

Este foi um dos temas destacados em mais uma entrevista realizada na Rá-dio Telefonia do Alentejo, a propósito do “Desafio pela Saúde”.

Recorde-se que várias dezenas de atividades de-correram em Évora e em Mérida durante três dias no âmbito da quarta edição do “Desafio pela Saúde”.

Centradas sobretudo em 24 horas (das 12 horas do dia 8 às 12 horas do dia 9), as iniciativas decorreram também no dia 7 de abril, quando se assinalou o Dia Mundial da Saúde.

Da parte portuguesa esti-veram envolvidas várias enti-dades, para além da Câmara de Évora, como a Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares – Região Alentejo, Hospital do Espírito Santo de Évora, Administração Regional de Saúde do Alen-tejo, Agrupamento dos Cen-tros de Saúde do Alentejo Central, Instituto Português do Desporto e Juventude e Universidade de Évora.

Nesta entrevista, cujo mote foi a Educação para a Saúde participaram Tere-sa Engana (da Divisão de Juventude e Desporto da CME) e Luís Socorro (da DGEstE – Alentejo).

Durante a conversa fala-

Évora é o único município nacional a desenvolvero projeto “Serpente Papa-Léguas”ram de diversas iniciativas relacionadas com o “Desafio pela Saúde”, nomeadamen-te a caminhada das escolas, mas também destacaram vários projetos, entre eles a “Serpente Papa-Léguas”.

Para início de conversa foi importante esclarecer o que é isto de educação para a saúde. Foi salientado que, “em contexto escolar, edu-car para a saúde consiste em dotar as crianças e os jovens de conhecimentos, atitude e valores que os ajudem a fazer opções e a tomar deci-sões adequadas à sua saúde e ao seu bem-estar físico, social e mental, bem como a saúde dos que os rodeiam, conferindo-lhes assim um papel interventivo”.

Segundo Teresa Engana, “o‘Desafio pela Saúde’ é uma oportunidade de re-fletir sobre esta questão, através de atividades que sejam divertidas e nos deem prazer, desde a competição ao lazer”.

A professora de Educação Física acrescentou que “a caminhada das escolas foi um desses momentos, que envolveu perto de quase dois mil alunos, professores e auxiliares de educação de escolas do concelho de Évora”.

Luís Socorro explicou que “esta caminhada partiu de uma ideia relacionada com um projetodo 1.ºciclo que a autarquia está a de-senvolver, o ‘Serpente Papa-Léguas’”.

Focou também que “nes-sa caminhada, com cerca de três quilómetros, os partici-pantes passaram por vários pontos de Évora, ficando assim a conhecer o patrimó-nio da cidade”.

Este professor de Edu-cação Física reforçou ainda que “as crianças tinham um pequeno livrinho (Pa-trimónio na Algibeira) para descobrirem certos porme-nores durante o percurso”.

Na sua opinião, “através

desta iniciativa foi possível dar o mote para que a prá-tica da atividade física conti-nue ao longo de todo o ano, fazendo também chegar a mensagem às famílias”.

Quanto à “Serpente Papa-Léguas”, Teresa Engana real-çou que “é um jogo europeu que visa que as crianças e os pais façam a viagem casa-escola-casa da forma mais sustentável possível, ou seja, a pé, de bicicleta, em transportes públicos oua partilhar o carro”, exempli-ficando que “basta que um paiestacione um pouco mais longe da entrada da escola e já conta para este jogo”.

Frisou ainda que “quando uma criança utiliza um meio de deslocação sustentável, recebe um autocolante que depois é colocado num car-taz gigante com a serpente”.

De acordo com a téc-nica da Câmara de Évora, “o jogo realiza-se durante duas semanas e depois os professores escolhem cer-tos prémios, consoante os resultados, que pode ser, por exemplo, mais tempo de intervalo”.

Luís Socorro evidenciou que “a autarquia de Évora é a única a nível nacional que está a participar neste projeto”, referindo que “há outras autarquias interessa-das, mas ainda não há nada concreto”.

No que diz respeito a outros projetos relaciona-dos com a educação para a saúde, mencionaram “a pro-moção da educação para a saúde junto das escolas, que já existe há alguns anos e do qual quase todas as escolas fazem parte”.

Ambos os professores de educação física destaca-ram também “os percursos pedestres que existem na cidade, mesmo sem estarem assinalados dessa forma, como é o caso do circuito à volta das muralhas da cidade que muitas pessoas utilizam para caminhar ou correr”.

Luís Socorro, da DGEstE – Alentejo, e Teresa Engana, da Divisão de Juventude e Desportoda CME, durante a entrevista na RTA.

Page 21: Ds dia 26 04 2016

Pub.

MOURA

ANO: 47.º NÚMERO: 12.759 PVP: 0,75€ TERÇA-FEIRA, 26 DE ABRIL DE 2016

Pub.

Agência do Banco de TempoA cidade de Moura vai ter, a par-

tir de hoje, uma agência do Banco do Tempo, “uma rede de apoio de proximidade que proporciona a partilha e a troca de serviços em que a moeda usada é o tempo”.

Segundo a Câmara de Moura, a agência visa apoiar pessoas e a conciliação entre a vida familiar e profissional, através da oferta de

soluções práticas da organização do quotidiano e construir uma cultura de solidariedade.

A título de exemplo, explica o município, através do Banco do Tempo, do qual todos os inte-ressados podem ser membros, se uma pessoa precisar de um serviço de canalização será feito por um canalizador, que contabilizará

o tempo gasto no serviço, por exemplo uma hora.

Posteriormente, se o canaliza-dor precisar de um serviço de cos-tura será feito por uma costureira, que despenderá também uma hora para fazer o trabalho e o tempo do canalizador fica liquidado e a costureira ganha uma hora.

SINES

Protocolo de cooperação com porto de LuandaA Administração dos Portos de

Sines e do Algarve (APS) anunciou ter celebrado um protocolo de cooperação com a Empresa Por-tuária de Luanda (Angola).

O documento foi assinado em

Sines, distrito de Setúbal, durante uma reunião entre os membros dos conselhos de administração das duas organizações.

Segundo a APS, o convénio consiste no intercâmbio de conhe-

cimentos e experiências técnicas nos domínios da atividade portu-ária e dos transportes marítimos, consubstanciados na formação prática em contexto de trabalho nas áreas de gestão portuária.

No dia 20, após denuncia de um roubo através de esticão de um fio em ouro, por indiví-duos que se faziam transportar num automóvel, elementos pertencentes à Esquadra de Investigação Criminal da PSP de Évora, encetaram diligências

para encontrarem os suspeitos. Após controlo do veículo foram detidos 5 indivíduos, sendo quatro homens e uma mulher, com idades compreendidas entres os 28 e 37 anos de idade. Foi recuperado o fio em ouro que foi apreendido, assim como

o veículo automóvel de marca BMW 316i, onde se faziam transportar.

No dia 21 foram os detidos presentes á Autoridade Judi-ciária, que decretou a medida de coação de prisão preventiva para todos.

PSP de Évora detém cinco indivíduos por roubos