para as dores da alma
DESCRIPTION
A alma também se machuca. E diante dessa dor, viajamos ao nosso interior em busca da solução para o que tanto nos aflige. É lá que encontramos as respostas que nunca havíamos entendido. Encontramos o “eu divino”, que nos mostra uma luz que nos guia, um farol indicando a saída. Para as Dores da Alma busca o entendimento das emoções que tanto nos transformam e amadurecem. É uma coletânea de textos sobre as emoções vividas por todos nós e que marcam nossas vidas. Um livro para os que creem nas Palavras de Jesus e em Sua sabedoria; um alívio para a alma; um acalento para os momentos difíceis.TRANSCRIPT
Para as dores da alma
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Para as dores da alma
Acalentos para a alma e para os momentos difíceis da vida. Um livro para amparar aqueles que necessitam de um
conforto amigo, baseado no Evangelho de Jesus.
Walter Hassin
São Paulo, 2014
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2014
IMPRESSO NO BRASIL
PRINTED IN BRAZIL
DIREITOS CEDIDOS PARA ESTA EDIÇÃO À
NOVO SÉCULO EDITORA LTDA.
Alameda Araguaia, 2190 – 11º Andar
Bloco A – Conjunto 1111
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Copyright © 2014 by Walter Hassin
Coordenação editorial: Ana Claudia de Mauro
Diagramação: Selma Consoli – MTb 28.839
Capa: Christian Pinkovai
Preparação: Vera Ayres
Revisão: Equipe Novo Século
Texto de acordo com as normas do Novo Acordo Ortográfico da
Língua Portuguesa (Decreto Legislativo nº 54, de 1995)
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
Índice para catálogo sistemático:
1. Autoajuda : Psicologia aplicada 158.1
Hassin, Walter Sormanti
Para as dores da alma : acalentos para alma e para os mo-
mentos difíceis da vida... / Walter Sormanti Hassin. -- 1. ed.
-- Barueri, SP : Novo Século Editora, 2013. -- (Coleção novos
talentos da literatura brasileira)
1. Autoajuda - Técnicas 2. Autorrealização 3. Confi ança em
Deus 4. Conduta de vida 5. Espiritualidade I. Título. II.
13-02876 CDD-158.1
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Agradecimentos
Este livro é dedicado a Deus, que me tocou a alma para
que eu pudesse perceber que a dor não é só física;
A minha mãe Adele, que me ensinou o caminho da Fé, e
a meu pai Walter Querino , que me deu um o norte na vida;
Aos meus irmãos Rejane, Sandra e Eduardo, que me
fortaleceram com o amor fraterno e me apresentaram meus
irmãos de coração: Carlos, Jorge e Luana;
Aos meus tios sempre presentes Vera Lúcia e Taylor;
À D. Lidia, Sr. Airton, Júlio, Amanda e Wandré, meu irmão
de alma e suporte para meu sonho se realizar;
Às minhas eternas amigas Fernanda Toledo e Juliana
Souza Fernandes que tanto me apoiaram em meus momentos
difíceis;
À minha querida amiga e colaboradora Beth Szafi r, que
me ensinou na prática a vivência de sua fé;
E, por fi m, agradeço aos meus pacientes, que, de uma
forma indireta, fi zeram-me entender um pouco mais as dores
da alma.
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Prefácio
Fiquei extremamente honrada com o convite do Walter
para escrever este prefácio, por inúmeras razões.
Primeiramente porque esta obra, para mim, é semelhante à
uma Bíblia. Um livro de cabeceira que somente as pessoas que
tiverem a felicidade de tê-lo, poderão absorver suas palavras.
Conheci o autor há pouco tempo e hoje o considero um
grande amigo de infância – pássaros da mesma linhagem que
se aninham.
Faço minhas orações diariamente e mesmo quando não
sou atendida prontamente, sei que Ele sabe o que faz! Só aten-
de a nossos clamores no Seu tempo e quando os julga, são os
melhores para nós.
É importante lembrar que você está lidando com a maior
força existente no Universo, quando estiver em sua oração. A
força que criou o próprio Universo: Deus. Só Ele pode criar
os caminhos para realização de nossos desejos.
Faça uma lista mental dos valores positivos que você
possui. Quando encaramos mentalmente esses valores e pen-
samentos fi rmemente, as nossas forças começam a fi rmar-se
e com o auxílio de Deus, tiram-nos da derrota para conduzir-
-nos à vitória!
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Vitória que desejo a Walter e a seus leitores.
Foi uma benção em minha vida ter tido a oportunidade
de conhecê-lo!
Não percam esta grande oportunidade de ler esta admi-
rável obra Para as Dores da Alma!
São Paulo, 31 de janeiro de 2013.
Beth Szafi r
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Não julgueis, para não serdes julgados
E essa frase sempre é rebatida de nossos corações quando
necessitamos julgar o ato do próximo.
Por que é mais fácil observar a falha do outro do que a
nossa?
Por que é mais prático raciocinar de uma maneira im-
pulsiva?
E por que determinar a sentença de uma forma tão lógica?
Talvez façamos isso para livrarmos nossa “mea culpa” e
termos o prazer inconsciente de que não somos só nós que
erramos. Pobres humanos...
O julgamento é um ato tão inerente à nossa capacidade
humana que avaliamos o erro do outro baseado apenas na
nossa verdade.
E quando temos a nossa verdade, damos o direito para
que os outros também a tenham...
Jesus quando dizia Eu sou a verdade, Ele, com sua inteli-
gência plena, queria nos ensinar que só há uma verdade, que
Ele carregava.
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10 WALTER HASSIN
Há várias mentiras, mas só uma verdade.
E essa só a conheceremos em outros campos. Campos
do Senhor, onde o julgamento será independente das classes
sociais e culturais. Dia esse que todos tememos, pois a resposta
jaz está em nossas consciências. Já iremos ao júri sabendo
nossa sentença e isso nos assusta.
Que prazer mórbido o ser humano tem para denunciar a
falha do outro. Não há erros para Deus, e sim, falhas.
Ele as entende, e espera um recomeço a partir de onde
falhamos.
Um fi lósofo antigo dizia que há um prazer inconsciente
do ser humano em saber do erro do outro, pois, assim, vê que
não só ele erra.
Que triste! Que atitude desumana.
Era para nos unirmos e aconselharmos nosso irmão em seu
momento de fragilidade moral, e não para atirarmos pedras,
como Jesus sabiamente quis nos ensinar com a mulher adúlte-
ra. Somos ainda pequenos. Pequenos na moral e na caridade.
Passamos por auditores dos erros dos outros, dizendo que
jamais faríamos o que o outro fi zera.
Mentira! Não sabemos se, no lugar dele, faríamos algo
ainda pior...
Mas sempre estamos com a razão. Criamos uma verdade
infl exível em nós mesmos. Viramos concha. E, tudo o que
foge dela, julgamos como erro. E apontamos.
E que prazer em apontar!
Façamos o contrário:
Vamos apontar vetores de compreensão e misericórdia.
Vamos tirar os preconceitos que a sociedade rotula àqueles
que falharam.
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PARA AS DORES DA ALMA 11
Jesus ia até os mendigos e as mulheres da vida não para os
julgarem, mas para saber o que precisavam para se libertarem.
Façamos isso e assim nos tornaremos mais humanos,
mais fl exíveis às situações que talvez estivessem conosco. Isso
se chama compaixão.
A pior sentença já está na consciência de quem errou.
Apontar o erro só machuca ainda mais, e coloca a pessoa em
uma posição de total exclusão.
O momento é de inclusão, de aproximação, como Jesus
fazia e ainda faz.
Ele conforta o coração e a consciência de quem falhou,
mostrando que há chances de melhorar e de se arrepender. E
isso nos liberta.
Um abraço amigo, uma palavra consoladora, faz, como
que por encantamento, libertar as algemas mentais dos que
já se tornam prisioneiros de si próprios.
Vamos deixar de ser “juízes”, pois só há Um.
E o Seu modo de julgar é diferente de qualquer lei escrita
pelo mais inteligente humano.
Pois Ele não pune. Ele não humilha. Ele não exclui.
Um pai amoroso com seu fi lho, mesmo diante de um erro,
tenta ensiná-lo o correto. E o perdoa.
Lembremos sempre da passagem do fi lho pródigo, na
qual, para mim, o ator principal é o perdão do pai, que recebe
o fi lho de braços abertos.
Sejamos esse pai.
Deixe que Deus seja o juiz.
Somos irmãos e humanos, como qualquer um.
E para isso precisamos do maior ato que podemos ter
aprendido com Jesus: compaixão!
Não julgueis, para não serdes julgado (Mt 7.1).
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Desânimo diante da vida
Quando desanimamos diante da vida, deixamos de usu-
fruir da doce herança que a nós foi dada.
Se procurarmos dentro de nosso íntimo o motivo do
desânimo, veremos que sempre é por estarmos com falta de
fé em nós mesmos.
Temos que lembrar: o que não é amor é sempre medo. E
nada mais.
Mas temos que aprender a escolher. E, quando assim
fazemos, percebemos que é a nossa vontade que cria nosso
estado interno e externo.
Se tivermos consciência desse momento, usaremos essa
vontade a nosso favor. E ela tem o poder de nos restaurar em
segundos.
E nos mostra o que realmente somos e o que realmente
temos em nosso interior: a serenidade da alma.
Mergulhemos mais fundo em nós mesmos, para reconhe-
cermos que nossa “casa” necessita de ordem.
Faremos assim uma releitura de nossa essência e, toda
vez que assim o fi zermos, perceberemos mais e mais que essa
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PARA AS DORES DA ALMA 13
“casa” se transforma em um belíssimo “lar”, cheio de aconchego
e serenidade.
Essa é a lei básica para cada um de nós:
[...] amar o próximo como a si mesmo (Mc 12.33). Vivamos
o segundo mandamento, pois é com esse amor próprio que
perceberemos com mais lucidez o limite de cada um que nos
acerca.
Para mim, acho que todos os Mandamentos se resumiriam
nos dois primeiros, pois, amando a Deus acima de todas as
coisas e o próximo como a nós mesmos, todos os outros oito
seriam literalmente consequência dos dois primeiros.
Temos o livre-arbítrio para o que desejamos viver e cabe
a nós, toda vez que fi zermos a escolha, avaliarmo-nos diante
das escolhas.
A Luz estará sempre em nós todas as vezes que escolher-
mos por nós.
Sejamos pacientes conosco mesmos, para aceitarmos esse
sentimento que brota espontaneamente em nosso interior,
como se fôssemos inspirar o perfume de uma fl or.
Perfume esse que vem da Essência Divina que brota da
nossa vontade de ser feliz!
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Infi delidade
Dor.
Dor que não fere. Que não machuca.
Que não faz sangrar.
Dor que nos tira o chão.
Que nos faz ter a certeza de que temos coração.
Sensação de vazio de colo, sem ao menos ter o perdido.
Grito mudo que só a alma ouve.
Lágrima seca, que inunda nossas emoções.
O agora para.
O absoluto do agora nos sufoca.
Pensamentos acalentadores tentam nos amenizar nos
dizendo que tudo não passa de um equívoco.
Revolta que ao mesmo tempo nos fere com sua lança da
indignação.
O ser amado se torna incompreendidos.
Os porquês se tornam “não entendidos”.
Atropelamos vãos pensamentos tentando nos culpar de
onde erramos.
Um erro inverso. Um parto invertido.
Ficar órfão de sentimento.
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PARA AS DORES DA ALMA 15
A noite invade o dia. A luz se faz sombra.
Vontade infantil de voltar a ser criança, quase feto, para
proteger nosso eu machucado.
O fi el se faz infi el.
A infi delidade cresce e toma um espaço até então jurado
nunca existir.
Mas ela está lá. Se concretizando e tentando nos apavorar
e tomar atitudes precipitadas.
O eu divino tenta se defender nos lançando frases como:
Atire a primeira pedra... Quem de nós nunca errou?
Perdoar não sete, mas setenta vezes sete...
O Humano em luta com o Divino.
O racional em luta com o emocional.
A batalha existencial insiste em iniciar.
Mas, de repente, imagens vindas lá de trás, de momentos
felizes;
De sorrisos e gargalhadas compartilhados em fi delidade...
Lágrimas divididas em juras de amor.
Laços eternos de amor...
O momento é apenas de pausa. Se é que a vida nos permite
isso: pausar.
Pausa para pensar. Pausa para repensar.
Reconstruir o que havia sido construído.
O valer a pena. Ou melhor, a certeza de que valerá a pena.
E o coração nos insiste em dizer que ainda há chances.
Chances de conversar, de trocar, de cicatrizar, de renovar.
O que mais machuca na infi delidade é o ato infi el de quem
o foi.
Ser infi el ao seu próprio princípio. E isso dói. Talvez ainda
mais.
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16 WALTER HASSIN
Hoje entendo a frase quase que simbólica de Nelson
Rodrigues:
“Perdoa-me por me traíres.”
Frase perfeita, que agora se faz construída quando a vi-
venciamos...
Precisamos focar o nosso maior propósito.
Propósito de que há chances e mais chances.
Há erros e mais erros.
E quando Jesus dizia: [...] vai-te, e não peques mais (Jo
8.11), talvez Ele já entendesse perfeitamente o que seríamos
como humanos.
Recomeçar...
Retomar a vida, que já havia se iniciado.
Renascer.
Renascer com um único vertente: Ser feliz!
Seremos sempre infi éis a nossos atos.
Mas quando os campos da infi delidade invadem os cam-
pos do amor, a reação é quase irracional. Instintiva. Como se
fôssemos animais.
Que Ele nos ampare, enquanto estivermos passando por
momentos como este,
Fazendo-nos olhar o outro como um todo. Com toda sua
história de vida. Com toda sua humanidade.
E, assim, talvez o perdoaremos, até mesmo por nos per-
doarmos.
Deus seja nossa âncora para esse barco em deriva, e seja o
farol para que não nos percamos em nossa grandiosa viagem.
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