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2015 Equipe Semadesal: Raimundo Campos Marineia Santos Melquisedeque Cruz Andréia Reis MANUAL PARA LIDERES DE MISSÕES TEMA 2015 PREPARANDO A IGREJA PARA OS DESAFIOS MISSIONÁRIOS DO NOVO SÉCULO

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2015

Equipe Semadesal: Raimundo Campos

Marineia Santos

Melquisedeque Cruz

Andréia Reis

MANUAL PARA LIDERES DE MISSÕES

TEMA

2015

PREPARANDO A

IGREJA PARA

OS DESAFIOS

MISSIONÁRIOS

DO NOVO

SÉCULO

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SEMADESAL

Preparando a Igreja para os desafios Missionários

do Novo Século

Prof.ª Cristina Ferreira Ramos Bispo1

1 Bacharel em Teologia e Administração, Especialista em Docência do Ensino Superior, Teologia Bíblica e Planejamento Estratégico; Mestranda em

Divindade.

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Esse é o 5º Treinamento para Líderes de Missões.

É um evento que capacitará Líderes para obra missionária.

O evento este ano vai dar ao treinando uma visão panorâmica do mundo atual, ensiná-lo a ter um

olhar missionário para os últimos acontecimentos internacionais e capacitá-lo para a tarefa de fazer

de sua igreja, um Agente de Missões.

Palestrante:

Prof.ª Cristina Ferreira Ramos Bispo

Conteúdo:

* Uma visão do mundo de hoje;

* O tipo de missionário que o mundo precisa;

* Um olhar missionário para a igreja Perseguida;

* Tornando a Igreja em um agente de missões.

Informações:

Site: http://www.semadesal.com/

E-mail: [email protected]

Contato: (71) 3241-2182 (71) 9166-3052

Andréia Reis.

Secretária Semadesal

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[ 7 ]

INDICE

CULTO DE MISSÕES – MAIO de 2015. ......................................................................................................... 11

CULTO DE MISSÕES – JUNHO/2015............................................................................................................. 19

11 Cidades Sem Nenhuma Presença Evangélica – Brasil - .......................................................................... 19

CULTO DE MISSÕES – JULHO/2015 ............................................................................................................. 37

CULTO DE MISSÕES – AGOSTO/2015 ......................................................................................................... 43

CULTO DE MISSÕES – SETEMBRO/2015.................................................................................................... 48

CULTO DE MISSÕES – OUTUBRO/2015 ...................................................................................................... 53

CULTO DE MISSÕES – NOVEMBRO/2015 .................................................................................................. 61

CULTO DE MISSÕES – DEZEMBRO/2015 ................................................................................................... 66

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MANUAL PARA LIDERES DE MISSÕES

SEMADESAL

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Este material foi preparado para você,

Líder de Missões da Semadesal.

Ele contém informações para os cultos mensais Realizados nas Igrejas e Congregações.

Faça bom uso do mesmo.

Equipe Semadesal.

Raimundo Campos

Marineia Santos

Melquisedeque Cruz

Andréia Reis

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MANUAL PARA LIDERES DE MISSÕES

SEMADESAL

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MANUAL PARA LIDERES DE MISSÕES

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CULTO DE MISSÕES – MAIO de 2015.

MISSÕES URBANAS

OBJETIVO DO CULTO DE MISSÕES EM MAIO:

1. Levar a Igreja a adorar ao Senhor.

2. Levar a Igreja a despertar para IR.

3. Levar a Igreja a conhecer os desafios do presente século.

4. Levar a Igreja a interceder pelas cidades (especialmente Salvador.)

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MANUAL PARA LIDERES DE MISSÕES

SEMADESAL

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MISSÕES URBANAS2

CIDADES PARA DEUS!

mundo e o Brasil há décadas passam por um processo acelerado de

urbanização: A urbanização é um fenômeno mundial. Cerca de metade da

população mundial, que já atingiu a cifra de seis bilhões e meio de pessoas,

mora em cidades. Na década de 60, a população urbana representava 34% da população

do planeta. Esse número saltou para 44% em 1992, e existe uma estimativa de que

61,01 % da população mundial estejam vivendo em cidades até 2025.

No Brasil, o assunto não é diferente, muito embora, o crescimento aqui foi mais

acelerado que outros países. O Brasil deixou de ser um país essencialmente rural no fim

da década de 60, quando a população urbana chegou a 55,92%. A mecanização das

atividades rurais e a atração exercida pelas cidades como lugares que oferecem

melhores condições de vida são dois dos principais fatores do êxodo rural.

Atualmente, o país conta com 81,23% de seus habitantes morando em áreas

urbanas (IBGE - censo 2000). Houve um acréscimo de 26,8 milhões de habitantes

urbanos desde o último censo de 1991, devido ao crescimento vegetativo nas áreas

urbanas, à migração com destina às cidades e à incorporação pelo IGBE de áreas, que

em censos anteriores, eram consideradas rurais.3

Esse fenômeno de “abandono” do campo e de migração para centros urbanos,

não é um fato isolado do contexto

brasileiro, mas de toda América Latina e

parte mais oriental da Ásia. Já a África e

Ásia (mais ocidental) apresentam um

crescimento urbano acelerado, mas

proporcionalmente diferente da América

Latina, porque sua fase de

industrialização cresceu principalmente

2 http://pt.slideshare.net/Hjbteixeira/como-falar-e-fazer-missoes-urbanas-hoje . 3 http://www.missaourbana.com.br/

O

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MANUAL PARA LIDERES DE MISSÕES

SEMADESAL

[ 13 ]

nas últimas 3 décadas, e o deslocamento da população rural para esses polos, deram-se

principalmente nos últimos 20 anos. Hoje a população urbana do continente africano é

de 37, 5% da população total, mas em crescente expansão.

De acordo com a ONU (Organização das Nações Unidas), até 2015 4 bilhões de

pessoas viverão em cidades. O número de cidades com mais de 10 milhões de

habitantes (megacidades) será de 26 até o ano supracitado. Para comparar, em 1950,

existia apenas uma cidade com esse número de habitantes em todo planeta, Nova York.

As cidades, principalmente nesses “dois terços” do mundo, não crescem apenas

em população, mas também em problemas sociais, econômicos e políticos. Pobreza,

violência, fome, doenças, favelas, etc os problemas são imensos. Parte considerável da

população das maiores cidades dos “dois terços” vivem em favelas.

Problemas mais graves que atingem as grandes cidades:

a. As Favelas - Essa é uma questão

urbana gravíssima, pois, o espaço

geográfico das cidades não comporta

tal fenômeno de crescimento,

gerando essa característica irregular

e imprópria de moradia. Há

formação de grandes comunidades

onde não há infraestrutura e nem a

presença do estado, mantendo assim

um estilo miserável nesses “guetos” construídos nos morros ou à beira de um córrego.

b. A Violência - Essa é comum a todo centro urbano, gerando nos cidadãos um estilo

diferente e desconfiado de vida. As pessoas se enclausuram, fogem do contado com a

outra pessoa, por medo ou receio, deixam de sair a determinadas horas do dia ou da

noite.

c. Ausência de Políticas Sociais adequadas – Uma boa parte dos cidadãos não tem

acesso às políticas sociais que os inserem na vida como uma pessoa preparada para o

mercado de trabalho.

d. Os viciados e o Tráfico – Pessoas que vivem à margem da sociedade certamente são

mais vulneráveis a esse tipo de problema: as drogas. Desde cedo crianças são expostas a

essa condição, na escola e no lugar onde moram.

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MANUAL PARA LIDERES DE MISSÕES

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e. Os Encarcerados - Nas grandes cidades ou em seus arredores são construídos grandes

presídios que mais parecem cidades muradas. É o lugar dos cidadãos que descumprem a

lei, e mais uma vez, vemos na sua grande maioria aqueles que estavam à margem da

sociedade.

f. Os Doentes - Nos grandes centros urbanos há uma infinidade de grandes hospitais que

sempre estão com as suas capacidades bem perto do máximo. Há hospitais em que o

número de doentes, somado ao de profissionais supera - em número - boa parte dos

municípios brasileiros.

g. A Prostituição – Um número enorme de pessoas, sobretudo mulheres degradam suas

vidas na prática da prostituição constituindo assim um grupo de risco e vulnerável a

outras espécies de males.

Esses são alguns dos muitos fenômenos urbanos em nosso país que influencia a

vida de todos os cidadãos e que também exige da Igreja uma atenção especial.

Da população mundial atual, 47 % vivem em cidades. Em

2006, serão 50%, e 24 anos depois, em 2030, serão 60% da

população (4,9 bilhões de pessoas).

A Cidade e a Cultura4

A cidade não é apenas população e problemas sociais, mas uma concentração cultural.

Olhando para isso, é possível entender que a cidade deixou de ser um conceito

geográfico e passou a ser um conceito sociológico.

Por um lado, as pessoas que migram de diferentes regiões procuram se concentrar,

formando “guetos culturais”. São formados grupos que tentam manter vivas as tradições

da terra natal, como os Centros de Tradição Gaúcha, espalhados por todo país. Isso é

uma maneira de fortalecer os laços culturais.

4 www.missaourbana.com.br

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MANUAL PARA LIDERES DE MISSÕES

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Contudo, as influências externas

tendem a transformar a cultura natal em

algo mesclado com outras culturas. Em

muitos momentos, a cultura da terra

natal não representa tanto e os

principais valores culturais aprendidos

são misturados com outros em diversas

situações. Acontece uma fusão de elementos culturais diferentes, ou até mesmo

antagônicos, em um só elemento, continuando perceptíveis alguns sinais originários.

Diante disso são formados grupos que compartilham de interesses e gostos análogos.

Por outro lado, existe uma cultura que é própria da urbanização, levando os habitantes

da cidade, tanto os de classe média alta como os de classe baixa, a pensarem de modo

individualista.

COMO ENVOLVER TODA A IGREJA EM MISSÕES URBANAS:5

“... de quem todo o corpo, bem ajustado e

consolidado pelo auxílio de toda junta, segundo a

justa cooperação de cada parte, efetua o seu próprio

aumento para a edificação de si mesmo em amor."

– Efésios. 4:16.

Se a igreja não foi doutrinada e nem treinada para o trabalho de "missões

urbanas", as pregações, dias especiais de missões, ofertório especial para missões,

testemunhos, etc. não surtirão os efeitos esperados, que é conseguir colocar a igreja na

rua para a pregação do evangelho. Na hora a igreja poderá até se quebrantar e aparentar

disposição para o trabalho, mas, com o passar do tempo o ânimo se esfriará e tudo

voltará às mesmas. Por quê? Primeiro, não se deve esperar que todos na igreja exerçam

as mesmas funções. "E ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas,

outros para evangelistas e outros para pastores e mestres, com vistas ao

5 http://www.armazemdeideias.net/missoes/missoes_nacionais/missoes_nacionais_missoes_urbanas.html

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MANUAL PARA LIDERES DE MISSÕES

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aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do seu serviço, para edificação do

corpo de Cristo." Efésios 4:11-12.

Com muita oração e discernimento é

preciso que a liderança procure identificar qual o

ministério ou dom especial que o Espírito Santo está

dando a cada um e procurar alocar os membros da

igreja em atividades inerentes às suas vocações.

Segundo, uma vez alocados

vocacionalmente, é preciso dar treinamento aos

membros por área de ação:

1. Os que demonstram vocação para a pregação receberiam a ministração de um

Curso Prático Para Pregadores Leigos.

2. Os que têm aptidão para o ensino seriam enviados para cursos especiais de

Treinamento para Professores e Líderes, antes de trabalhar com grupos de

Alfabetização e Estudos Bíblicos.

3. Outro grupo seria treinado para Trabalho Especial de Visita a: Hospitais,

Reformatórios e Penitenciárias.

4. Músicos orientados sobre Atividades Musicais em Trabalhos de Evangelização.

5. Os Conselheiros receberiam treinamento para Práticas de Aconselhamento por

telefone e pessoalmente.

6. Os vocacionados para Intercessão, sobre "Oração de Intercessão", "Paixão Pelas

Almas Perdidas", etc.

7. A equipe mobilizada para utilização de mensagens pelo Correio, treinamento

sobre "Como Utilizar Bem o Cadastro de Novos Decididos".

8. Treinamento para irmãos que queiram organizar estudos/discipulado em

residência de novos convertidos.

9. Os Diáconos devem ser mobilizados para a Ação Social recebendo cursos sobre

Estratégias para Ação Social na cidade.

10. Os idosos devem ser alcançados através de grupos treinados especialmente para

esse fim.

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MANUAL PARA LIDERES DE MISSÕES

SEMADESAL

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Sugestão de Jogral para apresentação desse Tema:6

6 http://www.jograis.com/evangelismo/43.htm

MISSÕES, É JÁ A ÚLTIMA HORA! 1,2 – Igreja, não há mais tempo a perder! Todos: É já a última hora! 3,4 – Enquanto ficamos de braços cruzados, o mundo corre a passos largos para o abismo! Todos: É já a última hora! 5,6 – Enquanto ficamos parados reclamando das condições, desesperados por bênçãos materiais, as almas perecem sem Deus, sem paz e sem salvação! Todos: O mundo clama por Missões e é já a última hora! 1 – Hoje mais do que nunca, a situação do mundo está alarmante! 2 – A cada momento, ouvimos notícias que abalam as nossas estruturas. 3 – No mundo, terremotos de fortes dimensões causam destruição em larga escala. 4 – Ondas de frio ou de calor devastam cidades na Europa e na América do Norte. 5 – A guerra em países da já tão sofrida África extermina populações inteiras de forma alarmante. 6 – O crescimento do Ateísmo e a expansão do Islamismo, Budismo e outras religiões nos mostram num quadro preocupante que o mundo não sabe para onde seguir. Todos: É já a última hora! 1 – Aqui no Brasil, a violência tem destruído centenas de vidas, apesar das ações governamentais. 2 – O crescimento do tráfico de drogas tem arruinado milhares de famílias a ponto de muitos cometerem suicídios e assassinatos e muitos jovens perdem suas vidas, vítimas tanto das drogas quanto dos traficantes. 3 – O espiritismo, o ocultismo, o aborto, a perversão sexual, a imoralidade, o desrespeito aos pais e às autoridades são propagados pela mídia todas as horas do dia.

4 – A pobreza e a miséria levam crianças e adolescentes a venderem seus corpos, sua consciência e sua inocência. 5 – De todos os que estão presentes aqui, quem não tem um parente que sofre por essas situações? 6 – Quem pode dizer que a sua própria família não necessita de um encontro com Jesus, de uma providência urgente de Deus? Todos: O mundo clama e é já a última hora! Todos nós, todos os dias, somos desafiados a tomarmos uma posição ao lado de Cristo e propagar o evangelho a toda criatura. 1 – No entanto, muitas vezes, preferimos nos isolar em nosso próprio comodismo e deixamos de cumprir a ordem de Jesus. 2 – Não nos dispomos a ir, não nos dispomos a orar, não nos dispomos a contribuir. 3 – Enquanto isso, o mundo se prepara caminha para a destruição como um cego prestes a cair em um abismo. 4 – É hora de despertar e lembrar que o céu não foi feito apenas para nós. 5 – É desejo de Deus que todos se salvem e venham ao conhecimento da verdade. 6 – Por isso mesmo, o próprio Deus veio em busca de Adão quando este pecou, Jesus veio ao mundo morrer numa cruz para nos salvar e o Espírito Santo desceu do céu para habitar nos crentes no dia de Pentecostes. 1 a 3 – E se Deus se dispôs a vir em busca de nossas almas, se o Espírito Santo nos chama todos os dias à santificação, se o sacrifício de Cristo nos desafia a também entregarmos nossas vidas por amor dos pecadores, como ficar calado? 4 a 6 – Como dizer “não” a uma tão grande responsabilidade? Como ficar parado de um tão grande desafio quando as almas perecem sem Deus, sem paz e sem salvação? Todos: Missões, é já a última hora! 1 – Como, pois, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem não ouviram? 2 – E como ouvirão, se não há quem pregue? E como pregarão, se não forem enviados?

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MANUAL PARA LIDERES DE MISSÕES

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3 – Deus conta comigo e contigo para nos usar: quer seja indo, quer orando, quer contribuindo com aqueles que se dispõem a ir! 4 – Você sabe dizer quantos missionários a nossa igreja tem? 5 – Tem dedicado um pouco que seja do seu tempo para orar por eles? 6 – Adotou alguma família de missionários como sua responsabilidade de oração? Todos: É já a última hora e é chegado o tempo de vermos a diferença entre o que serve a Deus e o que não serve! 1 – É hora de mostrar com nossas ações que nós servimos a Deus! 2 – Deus quer usar as nossas mãos, contribuindo com alegria para o engrandecimento do seu reino da terra. 3 – Deus quer usar os nossos pés, levando-os aos confins do mundo onde quer que haja uma alma sedenta de ouvir a mensagem do evangelho. 4 – Deus quer usar a nossa voz, proclamando aqui em nosso estado, nossa cidade, nosso bairro, o perdão da cruz! 5 – Deus quer usar as nossas vidas entregues voluntariamente em consagração para fazer o que nos mandar onde quer que seja!

6 – E Ele mesmo nos promete: Todos: Antes que eu te formasse no ventre, eu te conheci; e, antes que saísses da madre, te santifiquei e às nações te dei por profeta! 1 – E pelejarão contra ti, mas não prevalecerão contra ti, porque eu sou contigo, diz o Senhor, para te livrar! 2 – Olha, ponho-te neste dia sobre as nações e sobre os reinos, para arrancares, e para derribares, e para destruíres, e para arruinares; e também para edificares e para plantares! 3 – Então, por que temer? Entrega o teu caminho o Senhor, confia nele e Ele tudo fará! 4 – Senhor, desperta em nós o desejo missionário! Ajuda-nos a entender e a cumprir a tua vontade aqui na terra! 5 – Ajuda os teus servos que estão em outros países levando a tua palavra! 6 – Inflama a tua Igreja com o teu poder. Aviva-nos, Senhor! Todos: Pois vemos claramente que é já a última hora, ajuda-nos, Senhor, a fazer missões! Missões, é já a última hora!

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MANUAL PARA LIDERES DE MISSÕES

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CULTO DE MISSÕES – JUNHO/2015

MISSÕES NAS CIDADES DO INTERIOR

11 Cidades Sem Nenhuma Presença Evangélica – Brasil -

RAFAEL DUQUE OUTUBRO 2010.

Sempre que falamos em missão, pensamos logo em ir para o exterior, mais e o

nosso Brasil, o evangelho já tem chegado aos quatro cantos do nosso País?

Veja estes dados do censo do IBGE do ano de 2000:

Existem 71 cidades com menos de 1% de evangélicos.

A Região Nordeste do Brasil está muito atrás do restante do Brasil em termos de

presença evangélica.

Enquanto que 12 estados brasileiros apresentam taxas acima de 20%, o

Nordeste não há nenhum estado com mais de 15% de evangélicos em sua população.

Em 6 estados nordestinos a população de Evangélicos está abaixo de 10%:

Alagoas, Ceará, Paraíba, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe. Desses seis estados,

Paraíba é o que possui a maior concentração de cidades com menos de 5% de

evangélicos.

Alagoas fica com o lamentável índice de estado com a maior concentração de

cidades com menos de 1% de evangélicos.

O estado do Piauí é o que possui a população com o mais baixo percentual de

evangélicos do país.

A capital baiana – Salvador – cidade nacionalmente conhecida pelo grande

número de adeptos da Umbanda e do Candomblé, só aparece na 172ª posição da lista.

Em 11 cidades brasileiras, o índice de evangélicos é “zero”, ou seja, o censo do IBGE

não contabilizou nenhum único evangélico.

O Rio Grande do Sul é o estado onde se concentra o maior número de cidades

com índice “zero” de evangélicos – 9 cidades ao todo. As 11 cidades sem nenhuma

presença evangélica são: Queluzito (MG), Carrapateira (Pb), Boa Vista do Sul (R.G.

do Sul), Nova Alvorada (R. G. do Sul), Nova Roma do Sul (R.G. do Sul), Protásio

Alves (R. G. do Sul), Relvado (R. G. do Sul), Santo Antônio do Palma (R. G. do

Sul), São Jorge (R. G. do Sul), União da Serra (R. G. do Sul), Vespasiano Correa

(R. G. do Sul).

OBJETIVO DO CULTO DE MISSÕES EM JUNHO:

1. Levar a Igreja a adorar ao Senhor.

2. Levar a Igreja a despertar para IR.

3. Levar a Igreja a conhecer os desafios do presente século.

4. Levar a Igreja a interceder pelas cidades (especialmente Salvador.)

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MANUAL PARA LIDERES DE MISSÕES

SEMADESAL

[ 20 ]

MISSÕES NAS CIDADES DO INTERIOR

Por Sérgio Lyra7

Pense Nisto!

Meninos de rua. Favelas e morros. Violência urbana e tragédias dos

guetos. Super população. Fome e prostituição infantil. Inércia governamental.

Assuntos como estes são geralmente citados quando se fala em missões urbanas,

e a nossa mente logo associa tais problemas às grandes cidades. Não há como

questionar que as grandes aglomerações urbanas produzem um número enorme

de problemas, contudo, não é correto pensar em missão da igreja na cidade

focalizando apenas os grandes centros. Há centenas de pequenas cidades no

interior do nordeste que necessitam de uma ação missionária, poderíamos até

dizer que há um verdadeiro clamor nas cidades do interior, principalmente

quando este interior é do nordeste brasileiro.

Ao decidir pensar sobre plantação de igrejas, tendo como sítio de

trabalho e análise as cidades do interior brasileiro, em particular a região pobre

do nordeste, reconheço que o desafio não é mais uma questão optativa, mas sim

uma questão de coerência entre fé e prática cristã. Neste pouco tempo que você

decidir ler este artigo, procurarei chamar sua atenção para tirá-lo do estado de

alienação e acomodação, a mesma me fez ficar inerte por três anos. Desejo ser

7 http://www.cemu.com.br/novoportal/portal

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MANUAL PARA LIDERES DE MISSÕES

SEMADESAL

[ 21 ]

para você uma voz profética a favor daqueles que vivem nas cidades do interior

e ainda não ouviram a mensagem de Jesus.

Nossos Municípios

Quando se fala em município é

preciso diferenciar quando se fala

em cidade. Por exemplo: existe a

Prefeitura da Cidade do Recife e a

Prefeitura Municipal de Caruaru.

Qual a diferença? A resposta é

simples, quando nos referimos a

um município, ali há uma área

urbana, onde se localiza a cidade, e uma área rural (no caso de Recife não há

mais área rural alguma!). O nosso foco aqui estará voltado para a área urbana

dos municípios, que em alguns locais pode significar até alguns vilarejos. A

grosso modo, para efeito de classificação, três perfis podem ser traçados para

essas cidades do interior.

a) Cidades Polos

Trata-se daquelas cidades do interior que praticamente refletem a

realidade da capital. Bons exemplos são Petrolina-PE, Campina Grande-PB e

Mossoró-RN. Apesar de serem de menor porte que as capitais de seus estados,

oferecem universidades, comércio e lazer diversificados, industrias, transporte

aéreo e, via de regra, na área rural, ao seu redor concentram-se bons polos de

agroindústria, pecuária, etc. Nestas cidades pode-se identificar o “espírito do

progresso” expresso através do uso de tecnologias avançadas, bons resultados

econômicos, sem, contudo, significar diminuição do contingente pobre.

b) Cidades Pobres

O perfil destas cidades se caracteriza por certa estagnação sócio-

econômica. Freqüentemente são cidadelas que conseguem sobreviver com

atividades de subsistência, através de uma agricultura de risco, fruto da incerteza

das condições climáticas, artesanato e pequenas atividades pastoris ou pequenos

Page 22: Semadesal

MANUAL PARA LIDERES DE MISSÕES

SEMADESAL

[ 22 ]

negócios. Ao se andar por estes aglomerados urbanos, um senso de “precisa

melhorar” é patente. Contudo, a mesmice, por ignorância ou mesmo por falta de

opção, impõe o estilo de vida simples e pobre em praticamente todos os aspectos

da cidade, das casas à sede da prefeitura, do posto médico ao cemitério, do “bar

da pinga” à lanchonete da rodoviária.

c) Cidades Perdidas

Chamo de cidades perdidas não porque a possibilidade de restauração

inexiste, mas porque tais vilarejos são completamente desconhecidos e

esquecidos de quase todos. São apenas lembrados por aqueles neles residem, por

alguns poucos geograficamente a eles ligados, e por uma pequena minoria que

deles se lembram por laços familiares. A quantidade deste tipo de agrupamento

no nordeste brasileiro não é pequena. Milhares e milhares de retirantes para a

capital saíram dessas minúsculas áreas urbanas. Nesses municípios, os recursos

tecnológicos são quase inexistentes, o serviço de saúde pública é ineficiente e

agricultura é rudimentar e de sobrevivência. Ali tudo parece buscar “mudar de

vida”. As cidades perdidas são a estampa da miséria, onde sobreviver é a

questão, incertezas, sazonalidade do clima, “rezar para não sofrer mais...” e

mortes prematuras são assuntos constantes.

Page 23: Semadesal

MANUAL PARA LIDERES DE MISSÕES

SEMADESAL

[ 23 ]

Se a realidade

socioeconômica da

maioria daqueles que

vivem no interior já nos

corta o coração, o que

dizer da chegada tardia

do evangelho nesses

lugares? Quem tem

pregado o evangelho a

estas pessoas? Quantas

igrejas das cidades polo

têm atuado

missiologicamente nas

pequenas cidades do interior? Na verdade, a nossa constatação reflete uma

realidade insustentável. Sem querer fazer nenhuma gradação de prioridade entre

locais para se plantar igrejas, mas ao mesmo tempo se inquietando porque “os da

casa” estão sendo esquecidos na distribuição dos obreiros e dos investimentos,

não temos como negar que existem mais organizações para-eclesiásticas agindo

nas cidades pobres do interior do que as igrejas metropolitanas. Para não sermos

injustos, é preciso que se diga que grande parte do avanço do trabalho

missionário que ali se dá, ocorre por causa das igrejas do próprio interior. Igrejas

com poucos recursos, mas compartilhando dons, talentos e abençoados e

abençoadores pregadores leigos.

Como se Faz Missão nas cidades do Interior Hoje?

Sempre entendendo missões, de acordo com a definição de Laussane, como

evangelização e ação social, advogo que essas duas ações não são irmãs gêmeas,

mas sim, verdadeiras irmãs siamesas, vitalmente inseparáveis, pois pulsam em

harmonia com único coração, o coração de Deus. Despreocupando-me com o

uso particular que porventura venha sendo feito por algumas instituições

missionárias, os termos que aqui utilizo apenas denominam uma estratificação

de quatro tipos de ações missionárias que ocorrem em nossas cidades do interior

do nordeste do Brasil.

Page 24: Semadesal

MANUAL PARA LIDERES DE MISSÕES

SEMADESAL

[ 24 ]

a) Invasão

Talvez este seja o

método “mais

conveniente” para as

igrejas das

metrópoles, pois é de

curta duração e

investimento

temporário. Não

deixando de

reconhecer que o

Espírito de Deus age sempre de forma soberana e surpreendente, por outro lado

não podemos nos curvar a qualquer metodologia que apresente deficiências sem

propor melhorias, ao invés de simplesmente criticá-las e condená-las. Defino a

minha classificação de invasão como a ação missionária da igreja que

geralmente se caracteriza por mobilizar pessoas das cidades maiores para uma

espécie de “mutirão evangelístico” em uma determina localidade. A proposta

não é ruim, contudo, na sua grande maioria, o “invasor” nunca se vê como parte

da realidade, onde irá ficar apenas por alguns dias. Recentemente um colega

participou de um projeto deste e ao chegar comentou: “É doído demais! Há

muito o que fazer por ali. Não sei se agüento ir uma segunda vez. É preciso fazer

algo a mais”. Note que a ação de invasão produziu um sentimento de “é preciso

fazer algo mais” no participante, e isto é bom. Contudo, ao mesmo tempo, gerou

um senso de inadequação e a dúvida de continuar voltando ao campo. Na

verdade, a ação de invasão é boa para o cristão ao produzir um abençoado

choque que quebra a barreira da alienação entre a cidade-polo e a cidade-

perdida. Mas, o que dizer da frequente pergunta feita pelos que lá ficaram:

“Quando é que vocês vão voltar?”. Na invasão, responder esta pergunta com a

verdade é muito doloroso para os dois lados.

Page 25: Semadesal

MANUAL PARA LIDERES DE MISSÕES

SEMADESAL

[ 25 ]

b) Participação Financeira

Este tipo de ação diverge bem da proposta de

invasão. Na participação financeira, geralmente

o processo ocorre com a decisão da liderança da

igreja, ou de um grupo de igrejas, com o

objetivo de financiar um projeto missionário no

interior. Nesta ação há também prol e contra. A

princípio, a proposta produz a preservação da

distância entre os membros da igreja

mantenedora e a comunidade alvo do interior.

Embora a decisão de participar financeiramente possa produzir um pouco de

conhecimento da realidade do interior, dificilmente produzirá o incômodo e a

inquietação, por mais efetividade que a ação de invasão normalmente produz,

fruto do contato pessoal. Contudo, a bem da verdade, é preciso que se diga que

tais parcerias se mostram tremendamente viáveis e acessíveis a praticamente

todas as igrejas das grandes cidades.

Certa vez, ensinando um grupo de plantadores de igrejas do Instituto Bíblico do

Norte na bonita cidade de Garanhuns-PE, pedi aos

alunos um projeto real para o campo onde eles

estagiavam. Chamou-me a atenção um projeto de

uma aluna, voltado para um vilarejo de

aproximadamente 2.000 habitantes chamado Alto

de São Francisco, perto da cidade de Lajedo-PE.

Dentre os dados coletados naquele projeto estavam

o perfil de uma pessoa “rica” do local: Possui casa

com 4 cômodos (sala, cozinha, quarto e banheiro

dentro da casa); e renda mensal de US 330.00 e

tem bicicleta. Pensando em um missionário local

que já vivenciasse o perfil do seu público alvo, quão facilmente igrejas da capital

e das cidades polo poderiam abraçar um projeto barato como este, manter um(a)

obreiro(a) e fazer uma grande diferença ali? Quantos irmãos e irmãs das igrejas

metropolitanas não poderiam fazer algo ali e atingir literalmente a todos?

Page 26: Semadesal

MANUAL PARA LIDERES DE MISSÕES

SEMADESAL

[ 26 ]

c) Manutenção

Ao falar de manutenção, o meu foco se volta para as próprias cidades do interior.

Sem objetivar criticar quem quer que seja, não podemos negar a visão quase

míope de pastores e líderes, miopia esta que lhes limita apenas visualizar a

manutenção do nível de trabalho que lhes foi confiado. É super óbvio que cada

líder tem a responsabilidade de cuidar da sua comunidade, contudo, a

“enfermidade de liderança” a que me refiro se caracteriza por produzir igrejas

sonolentas ou ativistas, mas sem sonhos, sem pensar no tamanho do Reino e a

obra missionária a elas confiada. A manutenção sempre pergunta: “Era sempre

assim, e por que temos que mudar? Não está dando certo? A igreja não está em

paz?” Deixe-me compartilhar uma conversa que ainda hoje me choca. Em um

encontro com dois colegas pastores, ouvíamos o inconformismo de um deles que

lamentava o estilo de pastorado-rotina (manutenção), ele estava insatisfeito

como pastoreava e o seu desabafo sincero fazia com que eu começasse a me

envolver emocionalmente com a sua crise. De repente, o outro colega fez três

perguntas rápidas, e recebeu como resposta três “sim”; Eis as perguntas: “O

conselho de presbíteros apóia você?; A igreja gosta da sua pregação? Seu

salário está em dia?” Ao ouvir os “sim”, concluiu: “Ah, amigo, deixe de agonia,

relaxe! Você não tem problema algum!” Ele começou a ri e eu a lamentar.

Independente da realidade da igreja local, o Senhor Jesus nos ordena a fazer

muito mais do que manter (João 15:8), é preciso também sonhar com a expansão

do reino de Deus. Milhões de

pessoas residem nas cidades do

interior. É preciso que os líderes

reexaminem seus ministérios, sua

comunhão com o Espírito Santo, e

avaliem seus projetos missionários.

É preciso chorar pelas cidades,

assim como Jesus fez.

Page 27: Semadesal

MANUAL PARA LIDERES DE MISSÕES

SEMADESAL

[ 27 ]

d) Encarnação

Eis aqui uma proposta a ser analisada com carinho e oração. O termo é

utilizado para retratar um modelo que procura espelhar a opção que Jesus adotou

por nós. Esta é a ação onde se busca vivenciar e abraçar a realidade de público

alvo que vive no interior. Para isto acontecer, é preciso ter em nós o mesmo

sentimento que houve em Cristo (Fl 2:5), é preciso renúncia e decisão de ir e

abraçar a realidade que desejamos atingir com o evangelho de Jesus. Esta ação

não dever ser vista como uma opção antropocentrista de evangelização, nem

muito menos como uma atitude que permita negociar a doutrina ou barateá-la

para se obter resultados. A opção pela identificação com aqueles a quem se

prega implica em quatro atitudes:

(1) Invadir o reino de trevas com a proclamação do evangelho, implantando os

valores do Reino de Deus.

(2) Investir financeiramente viabilizando a ação.

(3) Manter o que foi alcançado, congregando os convertidos na igreja e

doutrinando-os na Palavra.

(4) Expandir a partir do conquistado.

Como tornar essas ações viáveis? O que é preciso para isto acontecer? Se eu

consegui levar você a pensar sobre isto, acredito que já atingi o meu primeiro

objetivo.

Page 28: Semadesal

MANUAL PARA LIDERES DE MISSÕES

SEMADESAL

[ 28 ]

Partindo para a Ação:

Sonhando com missões nas cidades do interior do nordeste:

Pessoalmente não

creio que estamos

distantes de um

avivamento missionário

no povo de Deus no

nordeste brasileiro,

levando o evangelho a

milhões de nordestinos

que ainda não conhecem

a Cristo como o único Salvador. Como uma semente que germina e com o passar

do tempo pode se transformar em uma frondosa árvore, acredito que o Senhor

das missões está plantando muitas destas sementes. Uma delas, creio eu, foi o

primeiro Congresso Nordestino de Missões em Caruaru-PE em outubro de 2002.

Pelo menos em mim, a semente já possui caule e folhas, viçosas folhas desejosas

de ventilar o surgimento de muitos frutos para a glória de Deus.

Como minha contribuição singela, exponho aqui um projeto que se

fundamenta em seis aspectos a serem refletidos, discutidos, ampliados,

remoldados e adequados na busca de se tornar uma base missiológica plantação

de igrejas e elaboração de projetos de ações missionárias para as cidades do

interior.

1. Conhecimento do contexto

Alguém pode pensar e dizer: “Quem já evangeliza na cidade do Recife

pode evangelizar em qualquer outro lugar.” O que está por trás desta frase

equivocada é que a capacitação recebida para alguém servir, trabalhar e

evangelizar na capital, a capacita também para o interior. Afinal, pode-se achar

que quem se preparou e serviu na cidade grande, não terá dificuldade na cidade

pequena. Sou testemunha de acusação contra aqueles que assim pensam. Tenho

verificado a imensa dificuldade de alunos do seminário que vindo de igrejas de

médio porte e, aceitando convite para pastorear no interior, encontram muitas

Page 29: Semadesal

MANUAL PARA LIDERES DE MISSÕES

SEMADESAL

[ 29 ]

dificuldades por não fazerem a diferenciação dos contextos. Para fazer missão

nas cidades do interior é preciso conhecer um pouco o interior. Como um

começo para se conhecer o contexto proponho:

■Uma visita da liderança a uma cidade onde haja um projeto funcionando, para

conhecer e avaliar aspectos tais como: Quando e como iniciou; Qual o público

alvo; qual o perfil e preparo teológico-missionário dos obreiros, quanto tempo

investiu/investe; quais e quantos são os recursos; Quais as principais

dificuldades do passado e do presente; etc.

■É recomendável começar por uma cidade de aproximadamente 2 horas de

distância (150 km). Isto facilita idas e vindas mais freqüentes e o atendimento

dos imprevistos com mais facilidade.

■É de extrema valia que um grupo de pessoas da igreja missionária plantadora

planeje e passe alguns dias ou semanas na cidade alvo, com a finalidade de

produzir experiência real.

■Durante a estada conheça e levante o perfil local, ande pela cidade e converse

com o povo e com as autoridades locais. Visite a prefeitura, a delegacia, o posto

médico, a escola, etc. Planeje ficar durante o dia da feira, identifique como os

problemas são sanados (subsistência, doenças, delinquência, drogas, etc.).

Page 30: Semadesal

MANUAL PARA LIDERES DE MISSÕES

SEMADESAL

[ 30 ]

Identifique as realidades econômicas, políticas, sociais e principalmente a

religiosa.

■Ao voltar promova um fórum de discussão com a igreja, envolva mais pessoas,

visualize parcerias, amadureça as idéias à luz da oração e da orientação do

Espírito Santo.

2. O perfil do missionário

Eis aqui um assunto que

merece nossa atenção redobrada.

Permita-me lhe relatar um exemplo.

Um colega de ministério estava

participando de uma invasão

missionária em uma cidade do interior

e foi atraído para perto ao ver passar

pela rua uma procissão da Igreja

Católica a virgem Maria. Ao se aproximar, a senhora que liderava a procissão,

sem o conhecer, lhe perguntou porque ele não participava. Ele ficou assustado e

silenciou um pouco e então respondeu mais ou menos assim: “Vim para trazer

um recado do filho da virgem Maria para esta cidade.” A mulher com quem ele

falava parou a procissão, ajuntou as outras em sua volta e disse: “Pessoal, este

moço aqui veio para trazer um recado do filho de nossa senhora”. O fato o

deixou quase sem ação, mas o seu preparo e sua intimidade com a pregação do

evangelho permitiram que ele superasse a surpresa e anunciasse a Jesus, nascido

da virgem Maria, como Deus e Salvador.

Treinamento para o campo missionário é uma área que necessita

seriamente ser repensada. Jamais direi que os pobres necessitam mais de pão do

que de Jesus, porém, também, jamais direi que Jesus não se preocupou com os

problemas materiais das pessoas pobres. Frequentemente tenho visto igrejas que

de pronto recomendam a formação teológica (entenda como capacitação

teológica para proclamação) ao descobrirem a vocação missionária de alguém

que deseja sair da comunidade local para pregar o evangelho. No caso de

Page 31: Semadesal

MANUAL PARA LIDERES DE MISSÕES

SEMADESAL

[ 31 ]

pessoas chamadas para pregar nas cidades do interior, creio que algo a mais

precisa ser dito e feito.

Após conhecermos a realidade e

necessidades do cidade-alvo, considerando

a realidade do nosso interior super carente

de professoras, agrônomos, técnicos de

saúde, médicos e veterinários e outros

profissionais, sou do parecer que

juntamente a pregação do evangelho, um

ou mais profissionais missionários

poderiam completar o perfil da equipe

pioneira que vai chegar com a mensagem

do evangelho. A nossa ação precisa

enfrentar a realidade onde o evangelho será anunciado. É aí que vejo a extrema

necessidade de termos os missionários fazedores de tendas, homens e mulheres

como Áquila e Priscila, que abriam as portas da sua casa, servindo e pregando,

divulgavam a preciosa mensagem do evangelho, e isto sem descaracterizar um

milímetro se quer a ação e a necessidade de obreiros dedicados com

exclusividade à Palavra e ao cuidado pastoral.

O que fazer? Proponho o encorajamento e a utilização dos membros de nossas

igrejas para se envolverem com a proposta de atingir as cidades do interior e a

criação ou adequação de escolas de treinamento local, onde aqueles que forem

chamados pelo Espírito Santo para essa obra possam aprender a pregar o

evangelho sem abandonar a sua profissão. A igreja que pastoreio já implantou

esta proposta com muito sucesso. A escola tem o propósito de treinar teológica e

missiologicamente profissionais cristãos para desempenharem ações

missionárias pioneiras, e há boas notícias, homens e mulheres aposentados ou

prestes a se aposentar estão sendo impactados pela idéia.

Não posso deixar de reconhecer que dois aspectos que precisam, ainda, serem

bem analisado. Pelo tempo, deixo apenas a identificação dos mesmos para

reflexão e estudos posteriores. O primeiro aspecto refere-se a identificação do

perfil de treinamento a ser oferecido àqueles que irão assumir as novas

Page 32: Semadesal

MANUAL PARA LIDERES DE MISSÕES

SEMADESAL

[ 32 ]

comunidades onde o trabalho pioneiro florescer. O segundo aspecto pode ser

chamado de estratégia de permanência, ao invés da opção de sempre enviar

obreiros das cidades pólo para o interior, pode-se utilizar a realidade de cada

cidade para dali identificar obreiros preciosos, treiná-los e entregá-los ao campo

onde estão.

3. Planejamento Estratégico

O que se deve fazer? Como vamos fazer? De onde virão os recursos?

Quais as pessoas envolvidas? Quanto tempo será preciso? Perguntas como estas

não podem ficar sem respostas, quando se trata de se planejar uma ação

missionária. Contudo, jamais optaremos por credenciar a estratégia como causa

dos resultados. Por outro lado, também jamais concordaremos com aqueles que

se valem de espiritualizações para encobrir a ausência de planejamento. Ao

tomar conhecimento do contexto e tê-lo estudado com afinco e critério, muito

pode ser planejado para o futuro de curto, médio e longo prazo. Se não

planejarmos o treinamento, os meios, identificarmos e especificarmos os

métodos, recursos e não estabelecermos metas e controles, podemos sofrer sérios

reveses. O Dr. Russel Shedd muito bem afirmou que “o tempo de se fazer

missões apenas com empolgação e sem suporte, acabou”. Planeje, mas sempre

se lembre que mesmo podendo e devendo planejar, a última palavra será sempre

do Espírito Santo de Deus.

Page 33: Semadesal

MANUAL PARA LIDERES DE MISSÕES

SEMADESAL

[ 33 ]

4. Contextualização

Nunca estarei cansado de afirmar que apenas as Escrituras Sagradas são

inerrantes (sem erro algum), imutáveis (nunca precisarão de revisões ou

acréscimos) e supra-culturais (estão acima daquilo que qualquer cultura admite

ou exige). É preciso que se faça uma diferenciação entre costumes evangélicos

(que podem ser até bons e recomendáveis) e doutrinas bíblicas. Isto permite que

identifiquemos o que pode e o que não pode ser colocado sobre a mesa de

negociação. Deixe-me dar um exemplo. Em um domingo pela manhã do verão

nordestino eu e Jamile, minha esposa, voltávamos da cidade de Garanhuns onde

havíamos passado uma semana ministrando para os alunos do curso de plantação

de igrejas. Ao passarmos pela cidade de São Pedro, diminuindo a velocidade por

causa dos quebra-molas, me deparei com algo que chamo de tradição

descontextualizada. Do lado direito do carro ouvi o canto de um hino, que me

era bem conhecido, vindo de um pequeno templo à beira da rodovia.

Coincidência ou não, era uma igreja presbiteriana. Diminuí tanto a velocidade

que quase parei o carro no acostamento. Vi na igreja umas 15, no máximo 20,

pessoas ali, inclusive algumas de paletó e gravata (o calor estava de matar). Ao

olhar para o outro lado da rodovia fui tomado pelo espanto. Estava ali, bem ali

na frente da igreja. Pensei tão alto que gritei: Está ali! O casal de estudantes que

voltavam conosco, e estava no banco de trás, assustado perguntou: “Quem

pastor? Quem?”. Ri um pouco e mostrei como a feira parecia um verdadeiro

formigueiro em alvoroço. Pessoas fervilhavam de um lado para outro, mas o

relógio marcava 9:45, era hora da escola dominical. Quem imaginaria a igreja

poder estar na feira naquele horário? (Para a maioria dos evangélicos brasileiros,

9 horas do domingo é hora sagrada e inegociável). Pergunto: Quanto poderia ser

feito naquela feira em prol do evangelho? Quantas pessoas não poderiam ser

duplamente atendidas?

Contextualização significa

anunciar uma antiga e

inegociável mensagem em

outra roupagem adequada ao

contexto. Contextualização é

Page 34: Semadesal

MANUAL PARA LIDERES DE MISSÕES

SEMADESAL

[ 34 ]

rejeitar a tentação de propagar franquias denominacionais e plantar “igrejas

iguais” na capital e no interior como se as realidades, situações, e principalmente

as pessoas, fossem as mesmas. Contextualizar significar viver e aplicar os

princípios do evangelho onde chegamos como cristãos, sem impor ao que nos

ouvem nossos costumes e preferências. Contextualizar significa entender o

salmo 24 em todas as suas extensões e viver coerente com a fé que, de fato,

TUDO pertence ao nosso Deus, e uma vez moldado e orientado pela sua Palavra,

fazer TUDO para a Sua glória

5. O Uso de Parcerias

Não é o ideal que as igrejas só

consigam ser parceiras

missionárias através de

instituições para-eclesiásticas.

Não é o bastante contentarmo-

nos com “igrejas ricas”

investindo financeiramente em

“igrejas pobres”. Advogo a idéia

de que as parcerias devem produzir aproximação de pessoas cristãs o máximo

possível, promovendo a troca ministerial de dons e talentos naturais. Fomos

criados para viver em comunhão com Deus e uns com os outros. Em parte, creio

que este aspecto da koinonia precisa ser adicionado aos projetos de parcerias

atuais e aos que estão para ocorrer. Porém, há algo a mais a ser buscado em

parceria. Se por um lado não é difícil ver igrejas de uma mesma denominação

unidas em prol de um projeto missionário (digo que este é o primeiro e mais

fácil nível de parceria), por outro, estas parcerias não resolvem a inaceitável

intenção de expansão denominacional, como proposta missionária (“cidade sem

uma igreja da denominação é sempre cidade-alvo. Identifico aqui um aspecto

que precisa de reflexão e estudo, a elaboração de parceria com porte e amplidão

muito maiores, sem renunciar àquelas do nível primeiro. O que fazer com as

centenas de áreas urbanas do interior do nordeste que possuem menos de 5% de

evangélicos? Até quando não trabalharemos unidos como igrejas em parcerias

missionárias? Até quando desobedeceremos ao pedido de Jesus em sua oração

Page 35: Semadesal

MANUAL PARA LIDERES DE MISSÕES

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[ 35 ]

sacerdotal (João 17:21)? Não se trata de ecumenismo doutrinário, fusão sem

critério ou proposta para “aumentar a massa e “fazer pressão”. Sabemos muito

bem com quem podemos compartilhar nossa fé em prol do evangelho. Fica aqui

registrado o meu grito e apelo: É preciso mudar e se irmanar, é preciso parcerias

missionárias mais amplas.

6. Recursos a Mais

Certa vez em uma escola dominical da nossa igreja, falávamos em classe única

sobre projetos de ação social. Ao terminar minha palestra uma professora que

estava nos visitando, pediu a palavra. Eu a conhecia, o que não sabia era que ela

trabalhava em um órgão governamental que liberava recursos para instituições

sem fins lucrativos. Ela expressou estar muito feliz ao ouvir os projetos

intencionados pela igreja e disse (aqui está a minha surpresa): “Temos verbas

para dar em parcerias com projetos como estes que vocês estão falando aqui.

Meu trabalho é buscar instituições sérias”. É claro que não basta ser uma igreja e

ter um bom projeto e os recursos surgirão, essas parcerias exigem outros

requisitos, mas o fato de uma igreja ser uma pessoa jurídica séria e ter um

projeto viável, abre algumas portas que nunca pensamos existir. Fora das

parcerias com órgãos públicos, há boas alternativas com ONG´s e também com a

iniciativa privada. Note bem, não se trata de pedir dinheiro, mas de se

caracterizar como uma sociedade confiável que pode receber verbas de outras

instituições também idôneas. Ao se falar em buscar recursos fora da igreja, outra

face precisa ser mostrada. Por detrás de toda ação missionária, há sempre uma

plataforma, e para mim, tal base precisa sempre ser dar toda a glória para Deus.

É preciso denunciar e rejeitar em alto e bom som dois perigos.

O primeiro está relacionado com qualquer proposta ou tentativa de ação que se

alie com os pressupostos da teologia do evangelho social, ou de qualquer

teologia que defenda, apóie ou promova uma missiologia antropocêntrica. Nossa

visão não é tornar a igreja um departamento de ação social, nem de longe apenas

motivar a igreja para se envolver com a solução das necessidades materiais, que

sabemos serem urgentes em muitas nas cidades do interior. Contudo, ignorar a

realidade pobre e doída do nosso povo sofrido das cidades perdidas é, sem sobra

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MANUAL PARA LIDERES DE MISSÕES

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[ 36 ]

de dúvida, pecado! Reafirmo a proposta de John Stott, “evangelização e ação

social são dois braços da mesma missão”.

O outro perigo é a manipulação política. Quando ampliamos o nível de nossa

ação em uma cidade ou quando recursos de órgãos públicos estão envolvidos, a

variante política, via de regra, irá surgir, pois toda ação séria chama a atenção.

Creio que é preciso encarar e discutir este aspecto político com serenidade e não

com paranóias. A igreja como instituição nunca deve ser partidária, porém isto

não significa que o povo missionário de Deus deva ser uma voz política ausente.

Como igreja, somos e devemos sempre ser reconhecidos como uma voz a favor

da justiça, um povo que aplaude o bem e denuncia as injustiças, como preceitua

as Escrituras. Sem negociatas ou conchavos do tipo “toma-lá-dá-cá”, é possível

dialogar e conviver com o contexto político no interior sem se deixar contaminar

por aquilo que de maléfico nele exista. O profeta e líder Daniel e os jovens

Misael, Ananias e Azarias (Dn 1) são bons exemplos disto.

Sugestão de Aula em Vídeo para apresentação desse Tema:8

www.youtube.com/watch?v=mtWSQSDzBrk

Vídeo enviado por Igreja Presbiteriana Betânia em São Francisco - Niterói - RJ.

Tema: Missões Urbanas - Preletor: Pr. Antônio Carlos Costa

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MANUAL PARA LIDERES DE MISSÕES

SEMADESAL

[ 37 ]

CULTO DE MISSÕES – JULHO/2015

MISSÕES URBANAS E CRIANÇAS

OBJETIVO DO CULTO DE MISSÕES EM JULHO:

1. Levar a Igreja a adorar ao Senhor.

2. Levar a Igreja a despertar para IR.

3. Levar a Igreja a conhecer os desafios do presente século.

4. Levar a Igreja a interceder pelas crianças.

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MANUAL PARA LIDERES DE MISSÕES

SEMADESAL

[ 38 ]

MISSÕES URBANAS E CRIANÇAS

Sempre ouvimos dizer que as crianças são o futuro da igreja. Na verdade,

elas não só são o futuro como também o presente.9

A maneira como as crianças são tratadas em determinadas igrejas

comprova que muitos cristãos estão completamente equivocados em relação ao

papel missionário das crianças. As criança dispõem de bastante energia, são

curiosas, sinceras e possuem um grande potencial de comunicação.

Infelizmente, na maioria das vezes, muitas crianças são distraídas durante

os cultos, quando na verdade deveriam estar sendo evangelizadas e treinadas

com o propósito de alcançar outras crianças e também seus familiares com a

mensagem de Jesus Cristo.

As atividades na igreja que envolvem crianças são muito trabalhosas e

cansativas. O profissional que lida diretamente com elas precisa ser bem

preparado e possuir o dom específico para o desempenho do seu ministério

infantil. Quem trabalha com ministério infantil deve constantemente estar

participando de treinamentos para o aprimoramento de seu trabalho ministerial.

Existem diversas instituições que ministram congressos e seminários para

desenvolvimento de cristãos que têm ministério infantil.

9 http://www.missoesurbanas.com/discover-new-adventures-publisher/97-futurodaigreja.html

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MANUAL PARA LIDERES DE MISSÕES

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[ 39 ]

"Educa a criança no caminho em que deve andar; e até quando envelhecer

não se desviará dele." (Provérbios 22:6)

Quando uma criança é evangelizada, ela passa a carregar uma semente da

palavra de Deus em seu coração, que poderá amadurecer a qualquer

momento. Uma criança treinada e que conhece a palavra de Deus é capaz de

testemunhar eficazmente o plano de salvação para toda a família. Uma criança

convertida hoje poderá se tornar um adulto maduro na palavra amanhã.

Assim, entendemos que as crianças não são o futuro da igreja. As

crianças são uma das forças missionárias mais eficazes a serviço do reino de

Deus.

Como conduzir uma criança a Jesus10

A mensagem da Bíblia para as crianças.

Ensinando as crianças de acordo com a idade,

para manter o coração limpo e para ter um

lugar no céu.

Quando evangelizar crianças:

Na fase inicial da vida não há necessidade de falar de pecado e de culpa para

uma criança.

Será melhor encher o seu coraçãozinho da presença de Deus através da leitura da

Bíblia, de cânticos e de oração.

Quando tiver mais idade, a criança vai compreender o que quer dizer

desobedecer a Deus.

Então, também poderá entender que o pecado nos separa de Deus.

E que precisamos crer em Jesus para sermos amigos de Deus, para ter nossos

pecados perdoados e para alcançar um lugar no Céu.

Nessa idade, o plano de salvação pode ser apresentado para uma criança.

Veja um modelo a seguir.

O plano de salvação para uma criança

Quando fazemos coisas más, entristecemos a Deus, nosso Criador,

Quando não ajudamos as pessoas que precisam de nós, Deus também

fica triste,

10 http://www.absvida.com.br/como_conduzir_uma_crianca_a_cristo.html

Page 40: Semadesal

MANUAL PARA LIDERES DE MISSÕES

SEMADESAL

[ 40 ]

Aí então, o pecado entra em nossa vida,

O nosso coração que estava limpo vai ficar sujo,

O pecado nos faz sofrer muito porque nos separa de Deus,

Mas Deus nos ama muito,

Por isso Ele enviou Jesus, seu Filho, para nos ajudar,

Jesus morreu na cruz por nós,

Ele fez isso para perdoar todos os nossos pecados,

Quando cremos e aceitamos a Jesus, Ele limpa o nosso coração, e

Com o nosso coração limpo ficamos amigos de Jesus e filhos de Deus.

Ofereça a Salvação em Jesus Se você estiver certo de que a criança ouviu e entendeu o plano de salvação,

peça para ela aceitar Jesus em seu coração. Se a criança não entender, explique

que "aceitar Jesus" quer dizer deixar Jesus entrar no coração. Jesus vai limpar o

coração e ficar morando sempre nele.

Ore com a criança

Se a criança disser que aceita a Jesus, conduza-a numa oração, pedindo-lhe para

repetir suas palavras.

Por exemplo: "Senhor Jesus, neste momento, eu te aceito como meu único e

suficiente Salvador, perdoa todos os meus pecados, limpa o meu coração de

todas as coisas ruins e fica morando no meu coração por todos os dias da minha

vida, amém".

Material para você despertar a Igreja para alcançar crianças e trabalhar com ela:

O REINO DE DEUS E AS CRIANÇAS - www.youtube.com/watch?v=hZpxPr73Z9U

BÍBLIA GRATUITA PARA CRIANÇAS - https://www.bible.com/pt/kids

MATERIAL - http://ministeriodeevangelismoinfantil.blogspot.com.br/2010/09/evangelizando-

criancas-de-7-10-anos-com.html

FANTOCHES - http://ministeriodeevangelismoinfantil.blogspot.com.br/2010/08/evangelizando-

com-fantoches.html

CONTANDO HISTÓRIAS -

http://ministeriodeevangelismoinfantil.blogspot.com.br/2010/08/contar-historias-para-

criancas.html

EVANGELISMO DE CRIANÇAS - http://cantinhodatialilica.blogspot.com.br/2010/04/como-

evangelizar-criancas.html

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MANUAL PARA LIDERES DE MISSÕES

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[ 41 ]

BRINCADEIRAS - http://brincandocomcores.blogspot.com.br/

FANTOCHES - http://tialucimar.blogspot.com.br/2015/04/fantoches-contos-de-fadas.html

JOGOS DIDÁTICOS -

http://tialucimar.blogspot.com.br/search/label/Jogos%20Did%C3%A1ticos

MATERIAL - http://tialucimar.blogspot.com.br/search/label/Moldes

MÁSCARAS - http://tialucimar.blogspot.com.br/search/label/M%C3%A1scaras

LIÇÕES PARA CRIANÇAS - http://caminhandocomamor.blogspot.com.br/

Sugestão de Jogral para apresentação desse Tema:11

IDE. O MUNDO CLAMA POR PAZ.

(Apresentado por Crianças)

TODOS= Ide por todo mundo pregai o evangelho a toda criatura quem crer e for

batizado será salvo, porem quem não crer será condenado.

1= Ide a tempo e fora de tempo. Cumprindo o mandado de Jesus. Sendo dele o

verdadeiro exemplo andando firme e mostrando a luz.

2 = Cristo é a única esperança, nosso mundo clama por paz. Jesus é quem dar

bonança, a sua graça nos satisfaz.

3= Levantai os vossos olhos e vede os campos esperando para ceifar. Sai

enquanto é tempo e aporta está aberta, porque em breve tudo terminará.

TODOS= Multidões, povos e mais povos clamam pela falta de paz e nesta busca

estão clamando que os evangelizemos.

4 e 2= Mas Deus já tem providenciado homens de grande valor, que tem

entregue suas vidas em busca do pecador.

1e 3= Então vamos cumprir o ide porque:

11 http://www.jograis.com/evangelismo/43.htm

Page 42: Semadesal

MANUAL PARA LIDERES DE MISSÕES

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[ 42 ]

TODOS A seara do senhor é muito grande e os trabalhadores são poucos

demais, ide enquanto é tempo levar o evangelho de cristo que vida eterna nos

traz.

Page 43: Semadesal

MANUAL PARA LIDERES DE MISSÕES

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[ 43 ]

CULTO DE MISSÕES – AGOSTO/2015

NOSSOS MISSIONÁRIOS

OBJETIVO DO CULTO DE MISSÕES EM AGOSTO:

1. Levar a Igreja a adorar ao Senhor.

2. Levar a Igreja a despertar para IR.

3. Levar a Igreja a conhecer os desafios do presente século.

4. Levar a Igreja a interceder por nossos Missionários.

Page 44: Semadesal

MANUAL PARA LIDERES DE MISSÕES

SEMADESAL

[ 44 ]

NOSSOS MISSIONÁRIOS

Esse culto de Missões deve ser inteiramente dedicado aos nossos

missionários nacionais. O líder de Missões deve mobilizar a Igreja para orar por nossos

missionários e a Igreja deve estar ornamentada com cartazes relatando o trabalho de cada missionário.

A palestra ou pregação deve ser proferida por alguém que esteja no campo missionário.

MISSIONÁRIOS ESTADUAIS

NOME

CAMPO ATIVIDADES CONTATO

GENILSON

E NARA

REIS

CATU IMPLANTAÇÃO DE

IGREJA

[email protected]

EDNALDO

QUINTO E

JACIARA

BARRA GRANDE DO

MARAÚ

IMPLANTAÇÃO DE

IGREJA

[email protected]

DALVA

ALMEIDA

PRESÍDIOS DA BAHIA EVANGELISMO

/ASSISTÊNCIA

A PRESÍDIOS

[email protected]

ROMENIL

DE JESUS E

CINTIA

IBICOARA IMPLANTAÇÃO DE

IGREJA

[email protected]

JOÃO DA

CRUZ E

ANA DA CRUZ

SETE BREJOS – MUNIZ

FERREIRA

IMPLANTAÇÃO DE

IGREJA

RAIMUNDO

CAMPOS E

NÚBIA

BASE/

SEMADESAL/

MUNDO NOVO

SECRETÁRIO DE

COMUNICAÇÃO/AUXÍLIO

À DIRETORIA

[email protected]

EDNALVA

FARIAS E

TACIANO

JOCUM-BAHIA

PROJETO CABO

VERDE

MISSÕES URBANAS E

TREINAMENTO DE

OBREIROS

[email protected]

JOSE

PAULO

ITATIM IMPLANTAÇÃO DE

IGREJA

[email protected]

ALEX

JUSTOS

PRESIDIOS/SALVADOR EVANGELISMO

/ASSISTÊNCIA

A PRESÍDIOS

JURANDI

SOUZA

FILHO

IMPLANTAÇÃO DE

IGREJA

CORAÇÃO DE MARIA [email protected]

CRISTIANO

BORGES

IMPLANTAÇÃO DE

IGREJA

LAJEDAO DO TABOCAL

ELIOMAR

GOMES DE

IMPLANTAÇÃO DE

IGREJA

MUNDO NOVO

Page 45: Semadesal

MANUAL PARA LIDERES DE MISSÕES

SEMADESAL

[ 45 ]

Missionários da SEMADESAL levam a Palavra de Deus ao Presídio em

Juazeiro/BA.

Page 46: Semadesal

MANUAL PARA LIDERES DE MISSÕES

SEMADESAL

[ 46 ]

MISSIONÁRIOS TRANSCULTURAIS:

NOME

CAMPO ATIVIDADES CONTATO

ADAILTON E HILDA

BARBOSA

FOZ DO IGUAÇU

IMPLANTAÇÃO DE IGREJA

[email protected]

CLÁUDIA OLIVEIRA

INDIA TRABALHOS EDUCACIONAIS

[email protected]

ADAILTON E SABINE ANJOS

ALEMANHA TREINAMENTO DE LÍDERES E

EVANGELISMO PESSOAL

[email protected]

JAIR BARBOSA E ADENILDES

GUINÉ BISSAU

TRABALHOS COM FAMÍLIAS E

TREINAMENTO DE LÍDERES

[email protected]

EDUARDO MENEZES

ÁFRICA DO SUL

TRABALHOS COM CRIANÇAS

REFUGIADAS

[email protected]

TONI E RITA COELHO

GÂMBIA TREINAMENTO DE LÍDERES NA BASE DA JOCUM E EVANGELISMO

PESSOAL

[email protected]

GILDO SOUZA E VALDECI

VENEZUELA IMPLANTAÇÃO DE IGREJA

[email protected]

IRAILDES E LUCSON PIERRE

HAITI EDUCAÇÃO E IMPLANTAÇÃO

DE IGREJA

[email protected]

JOSÉ LUIS E YOMARY

REPÚBLICA DOMINICANA

IMPLANTAÇÃO DE IGREJA E GRUPOS DE

DISCIPULADO

[email protected]

JOSEMAR MENEZES E ESMERALDA

EQUADOR IMPLANTAÇÃO DE IGREJA/ TRABALHO INFANTIL

[email protected]

PATRÍCIA SANTO

CABO VERDE EVANGELISMO, TREINAMENTO

DE OBREIROS NA BASE DA JOCUM

[email protected]

MOSES E ABIGAIL

ÍNDIA EDUCAÇÃO E IMPLANTAÇÃO

DE IGREJA

[email protected] (comunicação em inglês)

SANDRA MARINHO

ARGENTINA IMPLANTAÇÃO DE IGREJA

[email protected]

MARIA HELENA

GUINÉ-BISSAU

EDUCAÇÃO INFANTIL E

EVANGELISMO

[email protected]

ELI ROSANGELA

APOIO Á PROJETOS

APOIO A MINISTÉRIOS

[email protected]

Page 47: Semadesal

MANUAL PARA LIDERES DE MISSÕES

SEMADESAL

[ 47 ]

SILVINA ALVES

APOIO Á

PROJETOS

MINISTERIO

INFANTIL APEC E TREINAMENTO

DE LIDERES

[email protected]

MARIA DAS NEVES

ARGENTINA AUXILIANDO A MISS. SANDRA

MARINHO

[email protected]

LUIS CARLOS

BOLIVIA

IMPLANTAÇÃO DE IGREJA

[email protected]

ARACY OLIVEIRA

BASE SEMADESAL

IMPLANTAÇÃO DE IGREJA

[email protected]

ADAMASTOR BOLIVIA EVANGELISMO, EDUCAÇÃO, PALESTRAS E CULTOS COM

JOVENS UNIVERSITARIOS

[email protected]

LEYDES MEXICO EDUCAÇÃO E IMPLANTAÇÃO

DE IGREJA

[email protected]

OSVALDO HONORIO

GUINÉ-BISSAU

TRABALHOS EVANGELISTICOS

COM POVOS FELUPE /GUINE

BISSAU

[email protected]

MISSIONÁRIOS NACIONAIS

NOME CAMPO ATIVIDADES CONTATO

EDVALDINA E

FRANCISCO

DIAS D’AVILA

TRABALHOS EVANGELISTICOS

[email protected]

INDIMÁRIA MEIBLE

BASE SEMADESAL

IMPLANTAÇÃO DE IGREJA [email protected]

MIRELA E TOLGA

ESPIRITO SANTO

EVANGELISMO/DISCIPULADO [email protected]

Page 48: Semadesal

MANUAL PARA LIDERES DE MISSÕES

SEMADESAL

[ 48 ]

CULTO DE MISSÕES – SETEMBRO/2015

MISSÕES URBANAS E IDOSOS.

OBJETIVO DO CULTO DE MISSÕES EM SETEMBRO:

1. Levar a Igreja a adorar ao Senhor.

2. Levar a Igreja a despertar para IR.

3. Levar a Igreja a conhecer os desafios do presente século.

4. Levar a Igreja a interceder por nossos Idosos.

Page 49: Semadesal

MANUAL PARA LIDERES DE MISSÕES

SEMADESAL

[ 49 ]

MISSÕES URBANAS E IDOSOS

Amados o Senhor nos manda

anunciar a sua palavra para todos

independente da sua faixa etária. Isso

significa que a Nossa Missão também é de

alcançar os idosos com a graça de Deus

através do evangelismo e discipulado.

Deus tem levantado pessoas para realizar

uma obra missionária com idosos, auxiliando-os nos desafios do envelhecer e

estimulando-os a ter plenitude de vida através de uma prática de fé e adoração

genuína em Cristo Jesus.

A cada ano que se passa, com as descobertas

e pesquisas científicas na saúde, as pessoas

estão envelhecendo e tendo mais longevidade

no seu viver. Por isso tem sido muito notório

a presença de idosos em qualquer local

público, principalmente na igreja evangélica.

E esse tem sido um grande desafio, pois dispomos de programações cristãs para

diversos públicos, porém limitado ás necessidades específicas da terceira idade.

Pois as pessoas que envelhecem enfrentam problemas de saúde que os tornam

frágeis, limitados e dependentes. Apresentam perda da identidade diante da

mudança de papéis sociais, dificuldades nos relacionamentos, que culminam

com a discriminação, desprezo e isolamento social. Sofrem também alterações

psicológicas que causam ansiedade, medo

e depressão por estarem vivendo o fim das

suas vidas. E como nós estamos assistindo

os idosos em nossas igrejas diante de suas

complexidades biopsicossociais e

espirituais?

Page 50: Semadesal

MANUAL PARA LIDERES DE MISSÕES

SEMADESAL

[ 50 ]

A igreja evangélica poderá

oferecer assistência integral aos

idosos, acompanhando-os nas

suas dificuldades, ensinando-os a

superar os desafios e a

potencializar suas habilidades e

aptidões através do estímulo e

prática da fé cristã. A implantação de um Projeto Missionário Sénior despertará

a igreja a sensibilidade do cuidado pastoral dos que se encontram na velhice,

como também capacitará a liderança a buscar meios de como alcançar e

ministrar de forma sábia ás pessoas na idade avançada.

Sendo assim a igreja alcançará os idosos da comunidade, e os que forem

congregados ou membros poderão adorar a Deus ainda mais com integridade no

envelhecer. A realização deste Projeto auxiliará a igreja a realizar programações

e eventos específicos à terceira idade, promovendo a missão integral aos idosos

proporcionando saúde física, mental, social e espiritual aos que estão

envelhecendo ou para os que já estão na velhice.

Um Projeto Missionário Sénior tem como meta principal o treinamento de

líderes para a ca-pacitação e desenvolvimento de evangelismo prático e

acompanhamento espiritual de pessoas idosas nas nossas igrejas evangélicas por

meio de dicas, orientações, sugestões de atividades extras, e modelos de

programações para a terceira idade.

Page 51: Semadesal

MANUAL PARA LIDERES DE MISSÕES

SEMADESAL

[ 51 ]

Com este projeto os idosos poderão:

-Viver a velhice com maturidade e longevidade,

-Ter programações de lazer e ocupação,

-Resgatar autonomia, cidadania e integração social,

-Desenvolver habilidades motoras e intelectuais,

-Exercitar a prática da mordomia cristã ao Senhor,

-Exercitar dons e talentos ministeriais,

-Cultivar uma fé sólida capaz de influenciar e alcançar outros idosos.

As programações do projeto poderão

ser mensais, semanais ou quinzenais realizados na igreja ou em outros ambientes

externos de passeio como praças, praias, clubes, hotéis, etc

A equipe para a realização deste projeto

deverá ter um líder para atuar junto aos demais líderes da igreja local, auxiliares

para: o preparo dos lanches, para estar na recepção, fazer registros, auxiliar nas

liturgias das reuniões, e no evangelismo, assim como estabelecer parcerias com

alguns profissionais de saúde, humanas e tecnologia.

As reuniões deverão conter assuntos conforme o interesse e necessidade dos

idosos. A elaboração das ações precisam ser bem definidas e divulgadas com

antecedência para os idosos participarem e compartilharem as suas opiniões e

experiências. Faça um evangelismo na sua comunidade convidando os idosos

para as programações. Reserve o momento dos lanches com refeições saudáveis,

devido o risco de doenças crónicas como hipertensão (pressão alta), diabetes

mellitus, hipercolesterolemia (colesterol elevado), doenças cardiovasculares e

pulmonares.

Page 52: Semadesal

MANUAL PARA LIDERES DE MISSÕES

SEMADESAL

[ 52 ]

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MANUAL PARA LIDERES DE MISSÕES

SEMADESAL

[ 53 ]

CULTO DE MISSÕES – OUTUBRO/2015

MISSÕES NACIONAIS INDIGENAS

OBJETIVO DO CULTO DE MISSÕES EM OUTUBRO:

1. Levar a Igreja a adorar ao Senhor.

2. Levar a Igreja a despertar para IR.

3. Levar a Igreja a conhecer os desafios do presente século.

4. Levar a Igreja a interceder pelos povos Indígenas.

Page 54: Semadesal

MANUAL PARA LIDERES DE MISSÕES

SEMADESAL

[ 54 ]

MISSÕES NACIONAIS INDIGENAS

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MANUAL PARA LIDERES DE MISSÕES

SEMADESAL

[ 55 ]

Povos Não Alcançados

A Realidade Indígena no Brasil12

Em 1573 Frei Ernesto Fonseca analisa os habitantes do novo país conquistado

pela força portuguesa, afirmou que:“... além de contrários ao trabalho e

disciplina de qualquer tipo, seguem práticas tão pagãs e alheias a Deus que

torna-se improvável que tenham uma mente evoluída que possa compreender a

salvação, ou serem dignos dela”

12 http://www.novastribosdobrasil.org.br/

Page 56: Semadesal

MANUAL PARA LIDERES DE MISSÕES

SEMADESAL

[ 56 ]

Creio que seja correto pensarmos que a visão da grande massa de brasileiros

não tenha mudado muito ao longo destes últimos 500 anos e que as primeiras e

errôneas impressões sobre os indígenas influenciaram a nossa missiologia

bíblica e estratégia missionária para o Brasil até hoje. Convivemos com esta

visão distorcida a respeito da comunidade nativa do nosso país quando até o

termo “índio” passou a ser sinônimo de preguiça ou ignorância e “programa de

índio” aponta para algo mal planejado e que sempre dá errado.Calcula-se que

havia 1,5 milhão de indígenas no ano de 1530 enquanto hoje eles não passam de

300.000 em todo o território nacional entre os quais escondem-se as mais duras

realidades e desafios espirituais e assim somos chocados com pessoas como a

índia Thuthurudé da tribo Deni que um dia exclamou:“Ore por mim ! Quero

ouvir o evangelho antes de morrer”.

Realidade Populacional e Linguística

Trata-se de uma realidade desconhecida por muitos onde mais de 300.000 índios

dividem-se em cerca de 251 etnias distintas representando mais de 180 línguas

diferentes. Dentre estas, apenas 26 possuem o Novo Testamento completo

traduzido em seus idiomas e outras 59 possuem porções, entretanto mais de 120

tribos necessitam urgentemente de uma tradução das Escrituras. Apesar das 25

Agências Missionárias que bravamente atuam entre os índios em nosso país

ainda contamos com mais de 100 tribos totalmente não alcançadas além de

outras 19 em fase de estudo.Segundo estatísticas de junho de 2001 do Banco de

Dados do Departamento de Assuntos Indígenas da AMTB (tendo o Pr Rinaldo

de Mattos como organizador e o missiólogo PauloBottrel como pesquisador) o

cenário indígena é como se segue:

Para entendermos a realidade indígena atual olharemos rapidamente

alguns aspectos.

Tribos conhecidas: 218 (população: 353.881)

Tribos isoladas: 33 (população: 1.853)

Tribos a serem pesquisadas: 50 (população estimada: 2.735)

Tribos com existência duvidosa: 48 (população: 2.217)

Total de tribos existentes: 349 (população: 360.686)

Page 57: Semadesal

MANUAL PARA LIDERES DE MISSÕES

SEMADESAL

[ 57 ]

A situação das tribos indígenas em relação à distribuição da própria

população segue o seguinte diagrama:

52 tribos com menos de 100 pessoas.

115 tribos entre 100 e 1.000 pessoas.

53 tribos entre 1.000 e 10.000 pessoas.

5 tribos entre 10.000 e 20.000 pessoas.

2 tribos entre 20.000 e 30.000 pessoas.

1 tribo com mais de 30.000 pessoas.

23 tribos com população indeterminada.

Em relação ao evangelho as tribos indígenas são classificadas da seguinte

forma:

72 não alcançadas,

46 alcançadas só por Missões Católicas,

4 alcançadas só por Leigos,

2 alcançadas só com Tradução,

75 alcançadas satisfatoriamente,

8 alcançadas e com Liderança Autóctone,

9 com situação indeterminada,

118 sem presença missionária evangélica.

A realidade a respeito desta centena de tribos brasileiras não alcançadas

envolve línguas complexas, lugares inacessíveis, possibilidade de embates

tribais, enfermidades, isolamento e especialmente restrições legais. É preciso

sentar e calcular o preço da construção da torre.

Ronaldo Lidório.

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MANUAL PARA LIDERES DE MISSÕES

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MANUAL PARA LIDERES DE MISSÕES

SEMADESAL

[ 59 ]

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MANUAL PARA LIDERES DE MISSÕES

SEMADESAL

[ 60 ]

Testemunho do Pr. Indígena Henrique Dias Terena.13

Sendo o evangelho uma

boa notícia, como pode ser tão

ruim assim?

Tem que se lembrar de

que onde ela chegou trouxe

grandes benefícios; tanto no

campo espiritual como na área

social.

Creio que também é

necessário dizer que alguns

missionários, bem no início,

cometeram alguns erros ao

comunicar o evangelho ao povo

indígena. Porém, esses abnegados irmãos desconheciam métodos e técnicas

apurados como os de hoje, tais como: preparo lingüístico , antropológico e

mesmo missiológico. Hoje porém, as missões evangélicas têm a preocupação de

preparar melhor seus missionários, corrigindo os erros cometidos no passado. As

missões têm procurado levar o evangelho do padrão transcultural e

contextualizado, e para cada povo. Isso tem que ser observado e levado em

consideração.

Será que não temos o direito de receber o evangelho na nossa própria

cultura? Somos tão diferentes assim? Será que não nascemos, vivemos

morremos também? Do ponto de vista de Deus somos todos iguais e

merecedores da mesma o centro foi idealizado para ser um local onde seja

possível reunir e expor todas as produções literárias, de caráter religioso ou não,

feitas pelas missões, sem levar em conta a finalidade e a área de atuação em que

as mesmas estão sendo utilizadas. Além da parte literária, serão reunidos

também no mesmo local artesanatos indígenas.

Conhecer Jesus não é somente privilégio do homem branco; é do índio

também. Mais de 50% das tribos nunca ouviu falar de Jesus Cristo.

Há lágrimas nos meus olhos e dor no meu coração em saber que muitos

parentes meus estão morrendo sem nunca ouvir de Jesus, aquele que dá valor à

vida.

Não queremos ser mais tratados como coitadinhos ou eternas vítimas.

Somos humanos e também temos sentimentos. Sabemos o que queremos e temos

conhecimento do que é bom ou ruim.

A nossa preocupação tem como objetivo conscientizar a igreja de Cristo

quanto a questão indígena. Pouco se tem ouvido de manifestação de

solidariedade do povo evangélico. Agora chegou a hora. Desafiamos o povo

evangélico a somar esforço conosco, a se tornarem companheiros e verdadeiros

aliados nessa batalha. AYNAPUYAKUÉ (Obrigado na língua Terena).

13 Extraído da Revista Confins da Terra, Junho de 2002. Pr. Henrique Dias Terena - Membro do

CONPLEI (Conselho de Pastores e Líderes Evangélicos Indígenas).

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MANUAL PARA LIDERES DE MISSÕES

SEMADESAL

[ 61 ]

CULTO DE MISSÕES – NOVEMBRO/2015

MISSÕES e POVOS NÃO ALCANÇADOS.

OBJETIVO DO CULTO DE MISSÕES EM NOVEMBRO:

1. Levar a Igreja a adorar ao Senhor.

2. Levar a Igreja a despertar para IR.

3. Levar a Igreja a conhecer os desafios do presente século.

4. Levar a Igreja a interceder pelos povos Não Alcançados

Page 62: Semadesal

MANUAL PARA LIDERES DE MISSÕES

SEMADESAL

[ 62 ]

MISSÕES e POVOS NÃO ALCANÇADOS.

Que são Povos Não Alcançados?14

Um povo é um grupo significativamente grande de indivíduos que

entendem ter uma afinidade comum uns pelos outros. Eles compartilham a

mesma linguagem, religião, etnia, localidade, ocupação, ou mesmo um

combinado disto. Um povo tem um nome é apto para ocupar um local.

O termo Não Alcançado ou Não Evangelizado surgiu para definir um

grupo de indivíduos no qual não há uma comunidade nativa de crentes (cristãos)

capazes de evangeliza-lo.

Muitos destes grupos não tem conhecimento de quem é Deus. Não

conhecem a Jesus, seu filho e desconhecem a necessidade de salvação. Alguns

destes grupos não tem sequer uma estrutura de linguagem escrita formada, não

lêem nem escrevem em seus próprios idiomas. Já outros possuem uma bem

dividida estrutura social, dominam a escrita e possuem uma forte e milenar

estrutura religiosa.

O que se requer para evangelizar estes grupo de povos não alcançados?

Oração, iniciativa e treinamento adequado entre outras coisas. Não existe um

manual com respostas prontas ou receitas mirabolantes, (muito embora existam

procedimentos comuns) pois cada grupo não alcançado, possui barreiras e

14 Manual de Intercessão, Prá Mídia publicações, p.14-1998 - Revista IDE – nº 22, p. 06 – 1999

Page 63: Semadesal

MANUAL PARA LIDERES DE MISSÕES

SEMADESAL

[ 63 ]

problemas únicos a serem vencidos. Para cada um destes existem estratégias e

oportunidades específicas a serem buscadas, antes que o alcance efetivo seja

posto em ação. São oportunidades e estratégias percebidas principalmente no

lugar de oração, e lá vencidas em primeira instância. Estes grupos permanecem

inalcançados ou ocultos porque são verdadeiramente difíceis de se alcançar, do

contrário a tarefa já teria sido terminada. Por outro lado uma intervenção maior

por parte das igrejas se faz necessária, investindo em iniciativas missionárias

voltadas ao alcance destes grupos. Parcerias entre agências e igrejas acabam

surgindo como resposta a esta lacuna de influência que encontramos na história

da Igreja.

Hoje o número exato dos grupos de povos não alcançados varia de

acordo com as definições. Podem ser categorizados em mega ou mini povos,

povos minoritários, povo etnolingüístico, povo socio-econômico etc. O

Movimento AD 2000 considerava não alcançados, povos com uma população

superior a 10.000 pessoas, o que colocaria dentro desta categoria no Brasil,

apenas os ribeirinhos amazônicos. Outras , pelo menos, 130 diferentes tribos

ficariam de fora, e cerca de 50 delas nunca foram de fato contactadas ainda pelo

homem branco. Estima-se no mundo todo mais de 10.000 grupos.

A lista de quem são os não

alcançados é imensa, e passa por todos os

continentes, grandes metrópoles,

vilarejos, aldeias e tribos. Eles não estão

apenas em lugares de difícil acesso como

a maioria de nós imagina. Algumas vezes

é possível encontrar grupos inteiros, isolados por barreiras idiomáticas ou

culturais. Quem sabe, num lugar bem próximo a você que lê este texto agora.

Entretanto os propósitos de Deus para as nações são imutáveis e verdadeiros.

Elas estarão representadas no grande dia diante do trono. Precisamos orar e

alcançar estes povos, pois esta foi a ordem Jesus: fazer discípulos de todas as

nações. Que assim seja.

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MANUAL PARA LIDERES DE MISSÕES

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[ 64 ]

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MANUAL PARA LIDERES DE MISSÕES

SEMADESAL

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MANUAL PARA LIDERES DE MISSÕES

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[ 66 ]

CULTO DE MISSÕES – DEZEMBRO/2015

MISSÕES MUNDIAIS E A IGREJA SOFREDORA

OBJETIVO DO CULTO DE MISSÕES EM DEZEMBRO:

1. Levar a Igreja a adorar ao Senhor.

2. Levar a Igreja a despertar para IR.

3. Levar a Igreja a conhecer os desafios do presente século.

4. Levar a Igreja a interceder pela Igreja Sofredora

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MANUAL PARA LIDERES DE MISSÕES

SEMADESAL

[ 67 ]

Classificação da Perseguição Religiosa15

Onde seguir as palavras do Senhor Jesus pode custar a própria vida: conheça

os 50 países em que a perseguição aos cristãos atinge o nível mais elevado

Onde houver alguém que se comprometa a seguir a Jesus de coração, ali

haverá um cristão perseguido.

A CLASSIFICAÇÃO:

Um dos objetivos mais

importantes de se monitorar a

situação religiosa dos países é

para que a Portas Abertas defina

onde sua ajuda é mais urgente.

A lista relaciona 50 países

segundo o grau de perseguição que os habitantes cristãos mais enfrentam. Sua

atualização é feita considerando-se os acontecimentos e o ambiente religioso do

país ao longo do ano anterior.

ATUALIZAÇÃO

Os dez países onde os cristãos enfrentaram a maior pressão e violência no

período de formulação dos relatórios foi: Coreia do Norte, Somália, Iraque,

Síria, Afeganistão, Sudão, Irã, Paquistão, Eritreia e Nigéria.

Neste ano, dois países ingressaram na lista dos 10 onde há mais perseguição aos

cristãos: o Sudão (de 11º para 6º); e a Eritreia (de 12º para 8º). Outra mudança é

a entrada de três novos países: México (38º), Turquia (41º) e Azerbaijão (46º).

Desde 2002, e também para a Classificação dos Países Perseguidos 2015,

a Coreia do Norte continua a ser o lugar mais difícil do mundo para praticar o

cristianismo. O país passou por expulsões, em que mais de 10.000 pessoas foram

banidas, presas, torturadas ou assassinadas por causa questões sociais, políticas e

religiosas.

15 www.portasabertas.org.br/cristaosperseguidos/classificacao

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MANUAL PARA LIDERES DE MISSÕES

SEMADESAL

[ 68 ]

A Arábia Saudita abandonou o Top 10, mesmo a situação dos cristãos

permanece tão ruim quanto antes. Isso vale também para os outros dois países

que abandonam a lista dos maiores perseguidores: Maldivas e Iêmen. Ambos

têm recebido a mesma pontuação que o ano anterior.

Não se engane ao imaginar que a violência é a forma predominante e mais

invasiva de perseguição; em muitos casos, a opressão pode ter um efeito ainda

mais devastador. Isso explica porque não necessariamente quanto maior a

violência física contra os cristãos, maior é a perseguição.

AS CINCO ESFERAS DA PERSEGUIÇÃO CONTRA OS CRISTÃOS

1. INDIVIDUALIDADE

A pessoa não é livre para: escolher qual religião quer seguir; orar a Deus dentro

de casa ou em lugar público; possuir um exemplar da Bíblia ou outros livros

cristãos para uso pessoal etc.

2. FAMÍLIA

A perseguição vem por meio de pais, irmãos, tios, avós, primos e outros. O

convertido é impedido de praticar sua fé em casa e enfrenta problemas em

assuntos civis como casamento, enterro de familiares, herança e outros.

3. COMUNIDADE

O cristão sofre pressão por meio de atitudes preconceituosas, regras de

convivência, casamento forçado, dificuldade de acessar recursos, pressão para

renunciar a fé, discriminação no trabalho, intimações à delegacia etc.

4. NAÇÃO

O cristão enfrenta oposição, pois não há leis que garantam liberdade de culto e

prática da fé. É considerado crime pregar a Palavra e, em casos mais extremos,

até a conversão ao cristianismo. O cristão enfrenta problemas para tirar o

passaporte, sair do país, se reunir com outros cristãos.

5. IGREJA

Enfrenta dificuldades em realizar atividades como cultos, reuniões de oração,

batismos, estudos bíblicos, entre outros. Ter acesso à Bíblia e a outros materiais

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MANUAL PARA LIDERES DE MISSÕES

SEMADESAL

[ 69 ]

cristãos é quase impossível. A opressão pode vir de todas as esferas: vizinhos,

governo, polícia, família.

Novos países em 2015:

Turquia (41), México (38) e Azerbaijão (46)

Após ter sido retirada da Classificação por vários anos, a Turquia volta em 41º

lugar.

A combinação da persistência de restrições legais e comentários

negativos de alguns funcionários do governo para com os cristãos, hostilidades

sociais e a ascensão do islamismo, continuar a restringir e perseguir cristãos

turcos, que tem de lidar com várias barreiras sociais que são impostas por

questões religiosas. Tanto na igreja como a nível nacional. O estado impõe

restrições sobre os cristãos que, condenados ao ostracismo, recebem pressão

também para voltar ao islamismo.

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MANUAL PARA LIDERES DE MISSÕES

SEMADESAL

[ 70 ]

Apenas duas denominações são reconhecidas: a Igreja Ortodoxa Grega e

a Igreja Apostólica Armênia, que juntas formam apenas setenta por cento da

população cristã do país. Além disso, a legislação turca proibiu seminários de

formação de obreiros de qualquer denominação. À medida em que a violência

ganhou notoriedade, quatro igrejas na Turquia foram atacadas no período de

pesquisas da Classificação.

O México também volta à Classificação, após não constar da lista nos

anos anteriores. Com um aumento na pontuação de mais de dez pontos, também

está entre os mais elevados na perseguição de 2015. O país chegou a este ponto

principalmente em detrimento da evolução do crime organizado e registro de

incidentes mais violentos contra cristãos. Nos últimos anos, a principal base de

ligação com o narcotráfico mudou da Colômbia para a América Central e

México. As igrejas e organizações cristãs são alvos dos grupos criminosos,

porque são consideradas fontes de receita para extorquir dinheiro dos líderes

religiosos. Entre novembro de 2013 e outubro de 2014, pelo menos 15 cristãos

foram mortos no México, vítimas de perseguição do crime organizado. Seis

líderes cristãos, ex membros do narcotráfico, foram mortos por se recusarem a

voltar para o crime. Um obreiro ugandense que foi para o México como

missionário foi encontrado assassinado e jogado em uma fossa. Nas

comunidades indígenas, convertidos entre religiões tradicionais também têm

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MANUAL PARA LIDERES DE MISSÕES

SEMADESAL

[ 71 ]

sido vítimas de violência. Muitas vezes, suas casas foram destruídas e centenas

de pessoas foram forçadas a fugir. Cerca de oitenta casos de abuso físico foram

relatados nos estados do sul do país.

Na Classificação da Perseguição Religiosa 2015, o Azerbaijão recebe 50 pontos,

ocupando o 46º lugar. Em geral, a situação dos cristãos no país continua a ser tão

difícil quanto antes, mas este ano a Portas Abertas tem acesso a mais

informações sobre a perseguição no país, o que representa melhor visão sobre a

situação do cristão perseguido. É cada vez menor o número de igrejas que

podem funcionar legalmente. As atividades religiosas não registradas são

puníveis por lei, e as multas para quem violar essas regras são altíssimas e o

registro de funcionamento é quase impossível. O autoritarismo do governo visa

restringir todas as expressões públicas de religião que poderiam se tornar uma

ameaça ao regime. Não só os cristãos são vítimas de perseguição, mas também

outras minorias religiosas ou expressões radicais do Islã. Muitos cristãos não

conseguem encontrar ou manter postos de trabalho e são vigiados de perto pelos

serviços secretos.

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MANUAL PARA LIDERES DE MISSÕES

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[ 72 ]

MATERIAL DE APOIO PARA O CULTO:

VÍDEOS INFORMATIVOS:

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MANUAL PARA LIDERES DE MISSÕES

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[ 74 ]

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