hipertensão portal
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HIPERTENSÃOPORTAL
AILLYN FERNANDA BIANCHI
CLÍNICA CIRÚRGICA - AMBULATÓRIOFACULDADE DE MEDICINA – UNIC
XXIII
A pressão portal normal é de 5 a 10 mmHg; considera-se HIPERTENSÃO PORTAL quando existe um aumento
persistente da pressão portal acima desses níveis.
Varizes de esôfago: quando maior que 12 mmHg maior chance de
rotura.
INTRODUÇÃO
FISIOLOGIA
ANATOMIA
FISIOPATOLOGIA
FISIOPATOLOGIA
AUMENTO DO FLUXO SANGUÍNEO
ASCITE
COLATERAIS
CONSEQUÊNCIAS
• ENCEFALOPATIA
• ESPLENOMEGALIA:
- Anemia
- Plaquetopenia
- Leucopenia
PRINCIPAIS CAUSAS
HISTÓRIA E EXAME FÍSICO
QUEIXAS INESPECÍFICAS: • Perda ponderal• Mal-estar• Fraqueza CIRROSE!!!• Alcoolismo prévio• Hepatites
Telangiectasias
Baço palpável + Sinais de doença hepática crônica Eritema palmar Atrofia testicular
GinecomastiaHIPERTENSÃO PORTAL
EXAME FÍSICOCirculação colateral em Hipertensão Portal secundária à esquistossomose
EXAME FÍSICOSíndrome de Cruveilhier-Baumgarten
TRÍADE
Veias umbilicais
dilatadas e
proeminentes +
Sopro umbilical +
Hipertensão Portal
EXAME FÍSICOHP por cirrose hepática
DIAGNÓSTICO Suspeitar de hipertensão porta em todo paciente que apresente uma
combinação dos seguintes achados: ascite, esplenomegalia, encefalopatia ou varizes esofagogástricas.
Hemograma
Dosagem de albumina sérica
INR prolongado
Função hepática
AST/ALT
TAP
Sorologia para hepatite
Eletrólitos: hiponatremia,
hipocalcemia, alcalose
metabólica
US - Doppler Método de escolha.
Acurácia em detectar veia porta trombosada e colaterais.
Evidencia o calibre da veia porta.
Tamanho do baço.
O uso concomitante da fluxometria pelo Doppler permite
uma estimativa do fluxo da porta.
DIAGNÓSTICO
Está SEMPRE INDICADA na suspeita ou após diagnostico
de HP.
DIAGNÓSTICO
A presença de varizes
esofagogástricas fecha o
diagnóstico de HP!!
EDA
Angio-TC e RM Métodos não invasivos.
Elevada acurácia para diagnosticar trombose
da veia porta.
Indicados em caso de dúvidas ao US.
DIAGNÓSTICO
DIAGNÓSTICO Angiografia
Exame invasivo.
Consegue delinear a anatomia das colaterais do
sistema porta.
Vasos, aneurismas, fístulas e lesões vasculares.
Utilizado no planejamento cirúrgico da HP.
COMPLICAÇÕES Direta ou indiretamente associadas à formação de
colaterais porto-sistêmicas.
VARIZES ESOFAGOGÁSTRICAS HEMORRAGIA DIGESTIVA ALTA ASCITE
PERITONITE BACTERIANA ENCEFALOPATIA HEPÁTICA
VARIZES ESOFAGEANAS
São dilatações das veias do terço inferior do esôfago, que se tornam
tortuosas.
Estão direta ou indiretamente relacionadas às colaterais.
Desenvolvem-se a partir da veia gástrica
esquerda, veias gástricas curtas e veias esofagianas
Complicações mais frequentes da HP.
Principal causa de hemorragia digestiva alta na HP.
EDA melhor exame!
PATOGENÊSE DO SANGRAMENTO
• Pressão venosa tem que exceder 12 mmhg!!• LEI DE LA PLACE
• As três variáveis preditivas de sangramento:
- Classificação CHILD-PUGH.- Tamanho das varizes.- Presença e gravidade de marcas vermelhas.
TENSÃO PAREDE RAIO DA VARIZ PRESSÃO ESPESSURA PAREDE SANGRAMENTO
A CLASSIFICAÇÃO CHILD - PUGH
FATORNUMERO DE PONTOS
1 2 3
Bilirrubina (mg/100 ml) < 2 2-3 > 3
Albumina (g/100 ml) > 3,5 2,8 - 3,5 < 2,8
Tempo de protrombina (aumento em segundos) 1-3 4-6 >6
Ascite Sem ascite Leve Moderada
Encefalopatia Não Minima Avançada
A 5-6 pontos B 7-9 pontos C 10-15 pontos
Medida da Reserva Hepática Funcional
PONTUAÇÃO RISCO DE SANGRAMENTO MORTALIDADE
CLASSIFICAÇÃO DAS VARIZES ESOFÁGICAS
Grau 1 (pequeno calibre): varizes minimamente elevadas, sem tortuosidade, < 5mm de diam.
Grau 2 (médio calibre): varizes elevadas, tortuosas e ocupam menos de 1/3 do lúmen, entre 5-20mm diam.
Grau 3 (grosso calibre): varizes elevadas, ocupam mais de 1/3 do lúmen, > 20mm diam. DIÂMETRO ESPESSURA RISCO SANGRAMENTO
VARIZES GÁSTRICAS
• Isoladas ou associadas as varizes esofágicas• 10% do sangramento• difícil de reconhecer• assemelham-se com a mucosa gástrica• Tratamento farmacológico
GASTROPATIA HIPERTENSIVA PORTAL • Alterações da mucosa gástrica• sangramento difuso em toda mucosa• áreas esbranquiçadas reticulares entremeadas a áreas róseas• Pode causar melena e anemia ferropriva• Tratamento farmacológico
OUTRAS CAUSAS DE SANGRAMENTO
TRATAMENTOConduta no sangramento agudo
• TRATAMENTO NÃO CIRÚRGICO• Estabilização do paciente: - controle respiratório - volemia ( reposição de volume com cristalóides e sangue)
- PA • EDA (logo após estabilização do pcte; determinar causa; intervenção
terapêutica).• Antibioticoterapia profilática ( infecções são comuns; em 50%
risco de infecção).
TRATAMENTO Terapia endoscópica (escolha no sangramento agudo)
- Escleroterapia - Ligadura elástica sangramento em 80 – 90%
TRATAMENTO
TERAPIA FARMACOLÓGICA
• Drogas vasoconstritoras(Vasopressina, Terlipressina, octreotida, somatostatina )
- Efeitos adversos: PA, bradicardia, DC e vasoconstrição coronariana
• Drogas vasodilatadoras - controlar pressão sanguínea
(Nitroglicerina ) Vasopressina + nitroglicerina
TRATAMENTO Tamponamento por Balão
- Falha na escleroterapia ou no tratamento farmacológico.
- Cessação imediata do sangramento. - Graves complicações: ressangramento, perfuração do esôfago, obstrução da via aérea, broncoaspiração. - Realizar tratamento definitivo após esvaziamento do balão.
TRATAMENTODerivação portossistêmica transjugular intra-
hepática – TIPS
- Descompressão porta sem operação
- Tratamentos farmacológicos e endoscópicos não obtiveram sucesso.
- Contra- indicação absoluta: insuf. Cardíaca direita e doença policística hepática.
- Contra- indicação relativa: trombose da veia porta, tumores hepáticos hipervascularizados e encefalopatia.
Derivação portossistêmica transjugular intra- hepática – TIPS
TRATAMENTO MANEJO CIRÚRGICO
- Falha das medidas menos invasivas.
- Objetivo: descompressão do sistema porta!
- 3 procedimentos empregados no manejo da HP:
Derivações portossistêmicas
Procedimento de desvascularização
Transplante de Fígado
TRATAMENTO DERIVAÇÕES PORTOSSISTÊMICAS:
- Derivação entre o fluxo porta e o sistema venoso sistêmico de baixa pressão.
- 3 Derivações:
• Não seletivas (totais) - Descomprime toda a HP presente.• Seletivas - Reduzem a pressão porta para niveis de 12 mmhg descomprime as
varizes esofágicas, mantem HP.• Parciais – Descomprimem as varizes porém mantem HP.
DERIVAÇÕES PORTOSSISTÊMICAS
Não seletivas (totais)
ANASTOMOSE PORTOCAVA
• TERMINO – LATERAL • LATERO - LATERAL ANASTOMOSE
ESPLENO RENAL CONVENCIONAL
DERIVAÇÕES DEINTERPOSIÇÃO DE LARGO CALIBRE
Ótimas para controle da hemorragia e ascite.
Diminui muito o fluxoporta e por isso aumenta probabilidade de complicarem com encefalopatia e insuf.hepatocelular progressiva
Seletivas DERIVAÇÃO
ESPLENORRENAL DISTAL
Indicado em pacientes que possuem função hepatocelularPreservada(ex:esquistossomos) Contra indicada na
presença de ascite importante
Parciais DERIVAÇÃO
PORTOCAVA CALIBRADO
Prótese liga v. porta com v. cava.
Reduz pressão porta até um nível (geralmente 12 mmhg)
Pacientes candidatos são cirróticos
Mantém fluxo porta
DERIVAÇÃO PORTOSSISTÊMICA NÃO SELETIVA (TOTAIS)
DERIVAÇÕES PORTOSSISTÊMICA SELETIVA
DERIVAÇÃO ESPLENORRENAL DISTAL
DERIVAÇÃO PORTOSSISTÊMICA PARCIAIS
DERIVAÇÃO PORTOCAVA CALIBRADO
PROCEDIMENTO DE DESVASCULARIZAÇÃO(desconexão ázigo-portal)
DESVASCULARIZAÇÃO ESOFAGOGÁSTRICA
+ TRANSECÇÃO ESOFÁGICA
+ ESPLENECTOMIA
• Pacientes não candidatos a derivação, com trombose venosa esplâncnica difusa e em pacientes com trombose de anastomose esplenorrenal distal.
• Insuficiência hepática avançada com ou sem sangramento.• Proporciona a descompressão hepática total.
• Indicações: - hipoalbuminemia <2,5 g/dl.- tempo da protrombina >5s.- encefalopatia hepática crônica.- ascite refratária.
• Contra-indicações:- infecção ativa ou sepse. - doença cardiovascular.- hepatite B em fase replicativa. - HIV +- tumores hepatobiliares metastáticos.
TRANSPLANTE DE FÍGADO
Sobrevida em 5 anos alcança 70%
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
GUYNTON & HALL; (tradução: Barbara de Alencar Martins et al). Tratado de
Fisiologia Médica. 11 ed, Rio de Janeiro: Elsevier, 2006.
SABISTON JR., David C.; TOWNSEND, Courtney M et al. Sabiston tratado de
cirurgia: a base biológica da prática cirúrgica moderna. 18. ed. Rio de Janeiro:
Elsevier, 2010.