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Tribunal de Justiça do Estado do Pará CÓDIGO DE NORMAS DOS SERVIÇOS NOTARIAIS E DE REGISTRO DO ESTADO DO PARÁ Belém - Pará - 2015

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Código de Normas Extrajudiciais do Estado do Pará

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  • 1

    Tribunal de Justia do Estado do Par

    CDIGO DE NORMAS DOS

    SERVIOS NOTARIAIS E DE

    REGISTRO DO ESTADO DO PAR

    Belm - Par - 2015

  • TRIBUNAL DE JUSTIA DO ESTADO DO PAR

    Presidente Desembargadora Luzia Nadja de Guimares Nascimento

    Vice-Presidente Desembargador Milton Augusto de Brito Nobre Corregedor da Regio Metropolitana de Belm Des. Ronaldo Marques Valle Corregedora das Comarcas do Interior Desa. Maria de Nazar Saavedra Guimares

    Tribunal Pleno / Desembargadores Milton Augusto de Brito Nobre Rmulo Jos Ferreira Nunes Luzia Nadja Guimares Nascimento Vnia Valente do Couto Fortes Bitar Cunha Raimundo Holanda dos Reis Vnia Lcia Carvalho da Silveira Constantino Augusto Guerreiro Maria de Nazar Silva Gouveia dos Santos Ricardo Ferreira Nunes Leonardo de Noronha Tavares Marneide Trindade Pereira Merabet Clia Regina de Lima Pinheiro Maria de Nazar Saavedra Guimares Leonam Gondim da Cruz Jnior Diracy Nunes Alves Ronaldo Marques Valle Gleide Pereira de Moura Jos Maria Teixeira do Rosrio Helena Percila de Azevedo Dornelles Maria do Co Maciel Coutinho Maria Edwiges de Miranda Lobato Roberto Gonalves de Moura Vera Arajo de Souza Maria Filomena de Almeida Buarque Elena Farag Odete da Silva Carvalho Edina Oliveira Tavares

  • 3

    CDIGO DE NORMAS DOS

    SERVIOS NOTARIAIS E DE

    REGISTRO DO ESTADO DO PAR

    Coordenao Des. Ronaldo Marques Valle

    Corregedor de Justia da Regio Metropolitana de Belm

    Des. Maria de Nazar Saavedra Guimares Corregedora de Justia das Comarcas do Interior

    Tribunal de Justia do Estado do Par

    Belm - Par - 2015

  • Tribunal de Justia do Estado do Par Presidente

    Des. Luzia Nadja Guimares Nascimento

    Realizao

    Corregedoria de Justia da Regio Metropolitana de Belm Des. Corregedor Ronaldo Marques Valle

    Corregedoria de Justia das Comarcas do Interior Des Corregedora Maria de Nazar Saavedra Guimares

    Juzes Auxiliares da Corregedoria de Justia da Regio Metropolitana de Belm Charles Menezes Barros

    Silvio Csar dos Santos Maria

    Juzes Auxiliares da Corregedoria de Justia das Comarcas do Interior

    Jos Torquato Arajo de Alencar

    Rubilene Silva Rosario

    Produo Editorial Escola Superior da Magistratura Projeto Editorial/Grfico - Reviso Lais Zumero Editorao Eletrnica Venncio Moreira Junior

    Qualquer parte desta publicao pode ser reproduzida desde que citada a fonte

    Endereo:

    Av. Almirante Barroso n 3089 - Bairro: Souza - CEP: 66613-710 - Belm - PA.

    Telefone: (91) 3205-3537 Email: [email protected]

    Telefone: (91) 3205-3535 Email: [email protected]

  • 5

    APRESENTAO

    Quando assumimos as Corregedorias de Justia, encontramos publicado o Provimento Conjunto n 09/2012 CJRMB/CJCI, que versava sobre a Consolidao das Normas aplicveis aos servios Notariais e de Registro de Imveis no Estado do Par.

    Todavia, em razo da dificuldade em exigir o cumprimento desse ato normativo s Serventias localizadas no interior do Esta- do, bem como, suas peculiaridades, entendemos por bem, na oca- sio, suspender a sua eficcia, atravs do Provimento Conjunto n 002/2013 CJRMB/CJCI, at ulterior deliberao.

    No decorrer do binio, comearam a surgir inmeras consul- tas encaminhadas pelos Oficiais de Tabelionato de Notas e de Re- gistro, assim como por particulares, visando a esclarecer acerca de procedimentos materiais e formais a serem aplicados a quando da prtica de atos notariais e de registro, o que trouxe a necessidade de se elaborar um Cdigo de Normas dos Servios Extrajudiciais do Estado do Par, abordando todos os servios extrajudiciais delega- dos, uniformizando procedimento e entendimento.

    A reunio em texto nico e sistematizado de todas as normas internas relativas aos Servios Notariais e de Registro permite, a um s tempo, eliminar eventuais repeties ou divergncias entre os atos normativos, suprimir os dispositivos revogados, expressa ou tacitamente, assim como queles considerados em confronto com a Legislao Federal, a Constituio Estadual e as Leis de Organi- zao Judiciria do Estado, alm de conferir unidade ao corpo de nossa legislao interna.

    Deste modo, as normas de servios relativas execuo das atividades notariais e de registro, os seus procedimentos materiais e formais e a disciplina necessria ao exerccio da funo corre- cional foram compiladas em um nico instrumento. Tal documento possui 1.122 artigos e denominado Cdigo de Normas dos Servi- os Notariais e de Registros do Estado do Par, e na forma do art. 38, da Lei Federal n 8.935, de 18.11.94, visa a assegurar que estes

  • 6

    servios, que se constituem funes pblicas, mas executadas por meio de delegao a particulares, sejam prestados com eficincia, segurana, celeridade, validade e legalidade.

    Belm (Pa), 26 de janeiro de 2015.

    Desembargador Ronaldo Marques Valle Corregedor de Justia da Regio Metropolitana de Belm.

    Desembargadora Maria de Nazar Saavedra Guimares Corregedora de Justia das Comarcas do Interior.

  • 7

    SUMRIO

    DAS DISPOSIES PRELIMINARES

    LIVRO I

    PARTE GERAL

    TTULO I DOS SERVIOS NOTARIAIS E DE REGISTRO 16

    TTULO II DOS TABELIES E OFICIAIS DE REGISTRO 18

    CAPTULO I DOS TITULARES 18 CAPTULO II DAS ATRIBUIES 18 CAPTULO III DA RESPONSABILIDADE 20 CAPTULO IV DOS IMPEDIMENTOS E INCOMPATIBILIDADES 20 CAPTULO V DOS DIREITOS E DEVERES 20 CAPTULO VI DOS PREPOSTOS 22

    TTULO III DO INGRESSO NOS SERVIOS NOTARIAIS E DE REGISTRO 23

    CAPTULO I DA OUTORGA DE DELEGAO 23 CAPTULO II DA INVESTIDURA 23 CAPTULO III DA ENTRADA EM EXERCCIO 24 CAPTULO IV DA VACNCIA 24 CAPTULO V DA INTERINIDADE 25 CAPTULO VI DO MDULO CARTRIO, DO SISTEMA SIAE 28 CAPTULO VII DA TRANSIO 29

    TTULO IV DO FUNCIONAMENTO DOS TABELIONATOS E OFCIOS DE REGISTRO 31

    CAPTULO I DO HORRIO DE FUNCIONAMENTO 31 CAPTULO II DO LOCAL DE FUNCIONAMENTO 33 CAPTULO III DO SERVIO 34

    TTULO V DOS LIVROS E ARQUIVOS 34

    CAPTULO I DAS DISPOSIES GERAIS 34 CAPTULO II DO LIVRO DE REGISTRO DIRIO AUXILIAR DA RECEITA E DA DESPESA E DO LIVRO DE CONTROLE DE DEPSITO PRVIO 36

    Seo I Do Livro de Registro Dirio Auxiliar da Receita e da Despesa 36

    Seo II Do Livro de Controle de Depsito Prvio 39

    Seo III Das disposies comuns ao Livro de Registro Dirio Auxiliar

    da Receita e da Despesa e do Livro de Controle de Depsito Prvio 39

    CAPTULO III DA RESTAURAO DE LIVROS 40

  • 8

    TTULO VI DOS ATENDIMENTOS ESPECIAIS 41

    TTULO VII DAS CERTIDES E TRASLADOS 42

    TTULO VIII DO DOCUMENTO ESTRANGEIRO 44

    TTULO IX DOS DOCUMENTOS ASSINADOS COM USO DE CERTIFICADO DIGITAL 44

    TTULO X DOS SELOS DE SEGURANA 45

    CAPTULO I DA OBRIGATORIEDADE 45 CAPTULO II TIPOS DE SELO DE SEGURANA 46 CAPTULO III DO PEDIDO DE SELOS DE SEGURANA 48 CAPTULO IV DA DANIFICAO, FURTO OU EXTRAVIO DO SELO 49

    TTULO XI DOS EMOLUMENTOS E DA TAXA DE FISCALIZAO 50

    CAPTULO I DOS EMOLUMENTOS 50 CAPTULO II DA TAXA DE FISCALIZAO 51 CAPTULO III DO CONTROLE JUDICIAL DAS PRESTACES DE CONTAS DOS EMOLUMENTOS E DO PAGAMENTO DA TAXA DE FISCALIZAO JUDICRIA 56

    TTULO XII DO SINAL PBLICO 57

    TTULO XIII DA CENTRAL ELETRNICA DE ATOS NOTARIAIS E REGISTRAIS 57

    CAPTULO I DO SISTEMA ELETRNICO DA PENHORA ON LINE 57

    CAPTULO II DA CENTRAL DE INDISPONIBILIDADE DE BENS 59

    TTULO XIV DO SISTEMA JUSTIA ABERTA 63

    TTULO XV DO MALOTE DIGITAL 63

    TTULO XVI DO PROCEDIMENTO DE SUSCITAO DE DVIDA 63

    LIVRO II

    DOS TABELIONATOS DE NOTAS

    TTULO I DA LOCALIZAO 65

    TTULO II DOS TABELIES DE NOTAS E DA FUNO NOTARIAL 66

    TTULO III DOS ATOS NOTARIAIS 70

    CAPTULO I DISPOSIES GERAIS 70 CAPTULO II DAS ESCRITURAS PBLICAS 71 CAPTULO III DAS ESCRITURAS PBLICAS DE CESSO DE DIREITOS HEREDITRIOS 77 CAPTULO IV DAS ESCRITURAS PBLICAS DE AQUISIO DE IMVEL RURAL 79 CAPTULO V DAS ESCRITURAS PBLICAS DE DESMEMBRAMENTO DE IMVEL RURAL 82

  • 9

    CAPTULO VI DAS ESCRITURAS PBLICAS DE INVENTRIO E PARTILHA, DE SEPARAO E DE DIVRCIO 83

    Seo I Das disposies referentes ao inventrio e partilha 84

    Seo II Das disposies comuns separao e ao divrcio

    consensuais 87

    Seo III Das disposies referentes separao consensual 89

    Seo IV Das disposies referentes ao divrcio consensual 90

    CAPTULO VII DAS ESCRITURAS PBLICAS DE CONSTITUIO E DISSOLUO DE UNIO ESTVEL 90 CAPTULO VIII DAS ATAS NOTARIAIS 92 CAPTULO IX - DOS TESTAMENTOS 93 CAPTULO X DAS DECLARAES ANTECIPADAS DE VONTADE 97 CAPTULO XI DAS PROCURAES 98 CAPTULO XII DO RECONHECIMENTO DE FIRMAS 100 CAPTULO XIII DA AUTENTICAO DE CPIAS 102

    TTULO IV DOS LIVROS NOTARIAIS 103

    TTULO V DA ESCRITURAO DOS ATOS 104

    LIVRO III

    DOS TABELIONATOS DE PROTESTO E OFCIO DE REGISTRO DE DISTRIBUIO

    TTULO I DAS DISPOSIES GERAIS 105

    TTULO II DA DISTRIBUIO, RECEPO E PROTOCOLIZAO 108 TTULO III DOS PRAZOS 111

    TTULO IV DA INTIMAO 113

    TTULO V DA SUSTAO DE PROTESTO 114

    TITULO VI DO PAGAMENTO 114

    TTULO VII DO REGISTRO DE PROTESTO 115

    TTULO VIII DO CANCELAMENTO DO PROTESTO 116

    TTULO IX DAS INFORMAES E CERTIDES 118

    TTULO X DOS LIVROS E ARQUIVOS 120

    LIVRO IV

    DO REGISTRO DE TTULOS E DOCUMENTOS

    TTULO I DAS ATRIBUIES 121

    TTULO II DOS PRINCPIOS ORIENTADORES 122

    TTULO III DOS LIVROS E SUA ESCRITURAO 122

  • 10

    TTULO IV DO REGISTRO 124

    CAPTULO I DOS CRITRIOS PARA REGISTRO 125

    TTULO V DA ORDEM DOS SERVIOS 125

    TTULO VI DAS NOTIFICAES 126

    TTULO VII DOS REGISTROS UNICAMENTE PARA CONSERVAO (ARQUIVO MORTO) 128

    TTULO VIII DOS REGISTRO DE DOCUMENTOS RELATIVOS

    A TRANSAES DE COMRCIO ELETRNICO E SIMILARES 130

    TTULO IX DA AUTENTICAO DE MICROFILMES 131

    CAPTULO I DA AUTENTICAO DE MICROFILMES 131

    CAPTULO II DAS CERTIDES E AUTENTICAES DE CPIAS 132

    TTULO X DAS DISPOSIES FINAIS 132

    LIVRO V

    DO REGISTRO CIVIL DE PESSOAS JURDICAS

    TTULO I DAS DISPOSIES GERAIS 132

    TTULO II DAS FUNES E ATRIBUIES 133

    TTULO III DOS LIVROS 133

    TTULO IV DAS VEDAES 134

    TTULO V DO REGISTRO 135

    TTULO VI DAS AVERBAES 136

    TTULO VII DO ARQUIVAMENTO 136

    LIVRO VI

    DO REGISTRO CIVIL DAS PESSOAS NATURAIS

    TTULO I DAS DISPOSIES GERAIS 137

    CAPTULO I DO OFICIAL DE REGISTRO CIVIL DAS

    PESSOAS NATURAIS 137

    CAPTULO II DA FUNO REGISTRAL 137

    TTULO II DOS LIVROS DA ESCRITURAO E DA ORDEM DO SERVIO 138

    TTULO III DAS CERTIDES 141

    TTULO IV DAS OBRIGAES SUPLEMENTARES 141

    TTULO V DO REGISTRO DE NASCIMENTO 143

  • 11

    CAPTULO I DISPOSIES INICIAIS 143

    CAPTULO II DA COMPETNCIA PARA REGISTRAR 143

    CAPTULO III DO DECLARANTE 144

    CAPTULO IV DA CAPACIDADE PARA DECLARAR 144

    CAPTULO V DOS PRAZOS 145

    CAPTULO VI DO REGISTRO TARDIO 145

    CAPTULO VII DOS DOCUMENTOS NECESSRIOS PARA O REGISTRO 145

    CAPTULO VIII DA FILIAO 146

    CAPTULO IX DOS ELEMENTOS DO REGISTRO 147

    CAPTULO X DO NOME 149

    CAPTULO XI DOS REGISTROS ESPECIAIS DE NASCIMENTO 150

    CAPTULO XII DO REGISTRO NAS UNIDADES INTERLIGADAS 151

    TTULO VI DO CASAMENTO 154

    CAPTULO I DAS DISPOISES GERAIS 154

    CAPTULO II DA CAPACIDADE PARA O CASAMENTO 154

    CAPTULO III DOS IMPEDIMENTOS 155

    CAPTULO IV DAS CAUSAS SUSPENSIVAS 155

    CAPTULO V DO PROCESSO DE HABILITAO PARA O CASAMENTO 156

    Seo I Da competncia e dos documentos necessrios

    habilitao 156

    Seo II Dos esclarecimentos e do regime de bens 159

    Seo III Do edital de proclamas 159

    Seo IV Do processamento da habilitao 160 CAPTULO VI CELEBRAO DO CASAMENTO 161 CAPTULO VII DO ASSENTO DE CASAMENTO 162 CAPTULO VIII DO CASAMENTO RELIGIOSO COM EFEITOS CIVIS 163 CAPTULO IX DO CASAMENTO EM CASO DE MOLSTIA GRAVE E DO CASAMENTO NUNCUPATIVO 164 CAPTULO X DA CONVERSO DA UNIO ESTVEL EM CASAMENTO 165

    TTULO VII DO JUIZ DE PAZ 165

    TTULO VIII DO BITO 166 CAPTULO I DISPOSIES INICIAIS 166 CAPTULO II DOS DOCUMENTOS NECESSRIOS 167 CAPTULO III DOS ELEMENTOS DOS REGISTROS 168 CAPTULO IV DOS BITOS OCORRIDOS EM SITUAES ESPECIAIS 169

  • 12

    TTULO IX DOS DEMAIS ATOS RELATIVOS AO ESTADO CIVIL 170

    CAPTULO I DAS DISPOSIES GERAIS 170

    CAPTULO II DA EMANCIPAO 170

    CAPTULO III DA INTERDIO 171

    CAPTULO IV DA AUSNCIA 172

    CAPTULO V DAS SENTENAS DE ALTERAO DE ESTADO CIVIL 173

    CAPTULO VI DO TRASLADO DE CERTIDES DE REGISTRO CIVIL

    DAS PESSOAS NATURAIS EMITIDAS NO EXTERIOR 174

    CAPTULO VII DO REGISTRO DE NASCIMENTO DE NASCIDOS

    NO BRASIL FILHOS DE PAIS ESTRANGEIROS A SERVIO DE SEU PAS 175

    CAPTULO VIII DA OPO PELA NACIONALIDADE BRASILEIRA 175

    CAPTULO IX DA TUTELA 176

    CAPTULO X DA GUARDA 177

    CAPTULO XI DA UNIO ESTVEL 178

    TTULO X DAS AVERBAES 179

    TTULO XI DAS ANOTAES 183

    LIVRO VII

    DOS OFCIOS DE REGISTRO DE IMVEIS

    TTULO I DAS DISPOSIES GERAIS 185

    TTULO II DOS PRINCPIOS 185

    TTULO III - DAS ATRIBUIES 186

    TTULO IV DOS LIVROS, SUA ESCRITURAO E PROCESSO DO REGISTRO 192

    CAPTULO I DO EXAME E CLCULO 193

    CAPTULO II DO LIVRO N 1 PROTOCOLO 194

    CAPTULO III DO LIVRO N 2 REGISTRO GERAL 199

    CAPTULO IV DO LIVRO N 3 REGISTRO AUXILIAR 207

    CAPTULO V DO LIVRO N 4 INDICADOR REAL 208

    CAPTULO VI DO LIVRO N 5 INDICADOR PESSOAL 209

    CAPTULO VII DO LIVRO DE REGISTRO DE AQUISIO

    DE IMVEL RURAL POR ESTRANGEIRO 209

    CAPTULO VIII DO CONTROLE DE INDISPONIBILIDADES 212

    CAPTULO IX DOS ARQUIVOS 213

    CAPTULO X DAS PESSOAS 213

  • 13

    CAPTULO XI DOS TTULOS 214

    CAPTULO XII DA QUALIFICAO 216

    CAPTULO XIII DAS RETIFICAES DO REGISTRO 219

    CAPTULO XIV DA AVERBAO E DO CANCELAMENTO 224

    TTULO V DAS CERTIDES E INFORMAES 227

    TTULO VI DA ALIENAO FIDUCIRIA DE BENS IMVEIS 228

    TTULO VII DAS CDULAS DE CRDITO 235

    TTULO VIII DOS PARCELAMENTOS DE IMVEIS URBANOS E RURAIS 237

    CAPTULO I DAS DISPOSIES GERAIS 237

    CAPTULO II DO PROCESSO E REGISTRO 240

    CAPTULO III DAS INTIMAES E DO CANCELAMENTO 243

    CAPTULO IV DOS DEPSITOS NOS LOTEAMENTOS

    URBANOS IRREGULARES 246

    TTULO IX DO GEORREFERENCIAMENTO 247

    TTULO X DO CONDOMNIO EDILCIO 249

    CAPTULO I DA INSTITUIO DO CONDOMNIO EDILCIO 249

    CAPTULO II DO REGISTRO DE ATRIBUIES DE UNIDADES 255

    CAPTULO III DO HABITE-SE PARCIAL 256

    CAPTULO IV DA CONVENO DE CONDOMNIO 257

    CAPTULO V DO REGISTRO DA INCORPORAO IMOBILIRIA 259

    CAPTULO VI DO PATRIMNIO DE AFETAO 265

    CAPTULO VII DO CONDOMNIO DE CASAS TRREAS, ASSOBRADADAS,

    GEMINADAS E ASSEMELHADOS 266

    CAPTULO VIII DOS CONDOMNIOS ANTERIORES AO CDIGO CIVIL 268

    TTULO XI DA REGULARIZAO FUNDIRIA 268

    CAPTULO I DA REGULARIZAO FUNDIRIA DE ASSENTAMENTOS

    URBANOS 268

    CAPTULO II - DO PROCEDIMENTO GERAL DO REGISTRO DO

    PROJETO DE REGULARIZAO FUNDIRIA 271

    CAPTULO III DA REGULARIZAO DE CONDOMNIO DE

    FRAES IDEAIS 277

    CAPTULO IV DA DEMARCAO URBANSTICA 279

    CAPTULO V DA LEGITIMAO DE POSSE 282

  • 14

    CAPTULO VI DA REGULARIZAO DE GLEBAS URBANAS

    PARCELADAS ANTES DA LEI N 6.766/1979 283

    CAPTULO VII DA ABERTURA DE MATRCULA PARA REA

    PBLICA EM PARCELAMENTO NO REGISTRADO 284

    CAPTULO VIII DA ABERTURA DE MATRCULA DE IMVEL PBLICO 285

    CAPTULO IX DA INDIVIDUALIZAO DE IMVEL RURAL

    EM CONDOMNIO 286

    CAPTULO X DAS DISPOSIES FINAIS 288

    LIVRO VIII

    DO TABELIO E OFICIAL DO REGISTRO DE CONTRATOS MARTIMOS 289

    LIVRO IX

    DO PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR

    TTULO I DAS DISPOSIES GERAIS 290

    TTULO II DO AFASTAMENTO PREVENTIVO 291

    TTULO III DAS INFRAES ADMINISTRATIVAS 292

    TTULO IV DAS PENALIDADES 292

    TTULO V DA PRESCRIO 294

    TTULO VI DAS NORMAS COMPLEMENTARES DAS FASES

    DO PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR 295

    LIVRO ESPECIAL

    DAS DISPOSIES FINAIS E TRANSITRIAS 299

  • 15

    DAS DISPOSIES PRELIMINARES

    Art. 1. Este Provimento dispe sobre o Cdigo de Normas dos Servios No- tariais e de Registro do Estado do Par que deve ser observado pelos notrios e registradores, pois disciplina as atividades das serventias, o qual dever ser aplicado subsidiariamente s disposies da legislao pertinente em vigor.

    Pargrafo nico. A no observncia destas normas acarretar a responsabili- zao do notrio ou registrador, na forma das disposies legais.

    LIVRO I

    PARTE GERAL

    TTULO I

    DOS SERVIOS NOTARIAIS E DE REGISTRO

    Art. 2. Servios notariais e de registro so aqueles de organizao tcnica e administrativa destinados a garantir publicidade, autenticidade, segurana e eficcia dos atos jurdicos.

    Art. 3. Tabelio, ou notrio, e oficial de registro, ou registrador, so profis- sionais do direito dotados de f pblica, aos quais delegado o exerccio da atividade notarial e de registro.

    Art. 4. Os servios notariais e de registro sero prestados de modo eficiente e adequado, nos dias e horrios estabelecidos por este Provimento, atendi- das as peculiaridades locais, em local de fcil acesso ao pblico e que oferea segurana para o arquivamento dos livros e documentos.

    Art. 5. O servio, a funo e a atividade notarial e de registro se norteiam pelos princpios especficos de cada natureza notarial e registral, alm dos seguintes princpios gerais:

    I da f pblica, a assegurar autenticidade dos atos emanados dos servios notariais e de registro, gerando presuno relativa de validade;

    II da publicidade, a assegurar o conhecimento de todos sobre o contedo dos registros e a garantir sua oponibilidade contra terceiros;

    III da autenticidade, a estabelecer uma presuno relativa de verdade sobre o contedo do ato notarial ou registral;

    IV da segurana, a conferir estabilidade s relaes jurdicas e confiana no ato notarial ou registral;

  • 16

    V da eficcia dos atos, a assegurar a produo dos efeitos jurdicos decor- rentes do ato notarial ou registral;

    VI da oficialidade, a submeter a validade do ato notarial ou registral con- dio de haver sido praticado por agente legitimamente investido na funo;

    VII da reserva de iniciativa, rogao ou instncia, a definir o ato notarial ou registral como de iniciativa exclusiva do interessado, vedada a prtica de atos de averbao e de registro de ofcio, com exceo dos casos previstos em lei;

    VIII da legalidade, a impor prvio exame da legalidade, validade e eficcia dos atos notariais ou registrais, a fim de obstar a lavratura ou registro de atos invlidos, ineficazes ou imperfeitos.

    Art. 6. vedada a prtica de ato notarial e registral fora do territrio da cir- cunscrio para a qual o agente recebeu delegao.

    Art. 7. Verificada a absoluta impossibilidade de provimento por concurso pblico da titularidade de servio notarial ou de registro, seja por desinte- resse ou inexistncia de candidatos, o servio poder ser anexado precaria- mente a outro da mesma comarca ou de municpio contguo por ato do rgo competente do Tribunal de Justia.

    Art. 8. Autorizada a providncia prevista no artigo anterior, os livros sero encaminhados ao servio da mesma natureza mais prximo, ou quele loca- lizado na sede da respectiva comarca ou de municpio contguo, a critrio do Juzo ou da Corregedoria (Lei n 8.935/94, art. 44).

    Art. 9. Os delegados ou designados para responderem por serventias extra- judiciais devem cadastr-las e manter-lhes os dados atualizados no Cadastro Nacional de Cartrios do Ministrio da Justia e o Cadastro Nacional da Cor- regedoria Nacional de Justia no stio http://www.mj.gov.bt e http://www. cnj.jus.br/corregedoria.

  • 17

    TTULO II

    DOS TABELIES E OFICIAIS DE REGISTRO

    CAPTULO I

    DOS TITULARES

    Art. 10. Os titulares dos servios notariais e de registro so os:

    I tabelies de notas;

    II tabelies de protesto de ttulos e outros documentos de dvida;

    III oficiais de registro de distribuio de protesto;

    IV - oficiais de registro de ttulos e documentos;

    V - oficiais de registro civil das pessoas jurdicas;

    VI oficiais de registro civil das pessoas naturais;

    VII oficiais de registro de imveis.

    VIII tabelio e oficial do registro de contratos martimos

    CAPTULO II

    DAS ATRIBUIES

    Art. 11. Aos tabelies compete:

    I formalizar juridicamente a vontade das partes;

    II intervir nos atos e negcios jurdicos a que as partes devam ou queiram dar forma legal ou autenticidade, autorizando a redao ou redigindo os ins- trumentos adequados, conservando os originais e expedindo cpias fidedig- nas de seu contedo;

    III autenticar fatos.

    Art. 12. Aos tabelies de notas compete com exclusividade:

    I lavrar escrituras e procuraes pblicas;

    II lavrar testamentos pblicos e aprovar os cerrados;

    III lavrar atas notariais;

    IV reconhecer firmas;

    V autenticar cpias.

    Pargrafo nico. facultado aos tabelies de notas realizar todas as gestes e diligncias necessrias ou convenientes ao preparo dos atos notariais, reque- rendo o que couber, sem nus maiores que os emolumentos devidos pelo ato.

  • 18

    Art. 13. Aos tabelies de protesto compete privativamente:

    I protocolizar de imediato os ttulos e outros documentos de dvida;

    II intimar os devedores dos ttulos e outros documentos de dvida para acei- t-los, devolv-los ou pag-los, sob pena de protesto;

    III receber o pagamento dos ttulos e outros documentos de dvida proto- colizados, no trduo legal para lavratura do protesto, deles dando quitao;

    IV lavrar o protesto, registrando o ato em livro prprio;

    V acatar o pedido de desistncia do protesto formulado pelo apresentante;

    VI averbar:

    a) o cancelamento do protesto;

    b) as alteraes necessrias para retificao dos registros efetuados;

    c) de ofcio, as retificaes de erros materiais do servio;

    VII expedir certides de atos e documentos que constem de seus registros e papis.

    Pargrafo nico. Havendo mais de um tabelio de protesto na mesma locali- dade, ser obrigatria a prvia distribuio dos ttulos e outros documentos de dvida.

    Art. 14. Aos oficiais de ttulos e documentos, civil das pessoas jurdicas, civil das pessoas naturais e de registro de imveis compete a prtica dos atos relacionados, na legislao pertinente, aos registros pblicos, de que so in- cumbidos independentemente de prvia distribuio, mas sujeitos os oficiais de registro de imveis e civil das pessoas naturais s normas que definirem as circunscries geogrficas.

    Art. 15. Aos oficiais de registro de distribuio compete privativamente:

    I quando previamente exigida, proceder distribuio equitativa pelos ser- vios da mesma natureza, registrando os atos praticados; em caso contrrio, registrar as comunicaes recebidas dos rgos e servios competentes;

    II efetuar as averbaes e os cancelamentos de sua competncia;

    III expedir certides de atos e documentos que constem de seus registros e papis.

  • 20

    CAPTULO III

    DA RESPONSABILIDADE

    Art. 16. Os tabelies e oficiais de registro respondero pelos danos que eles e seus prepostos causarem a terceiros na prtica de atos prprios da serventia, assegurado aos primeiros o direito de regresso no caso de dolo ou culpa dos prepostos.

    Art. 17. A responsabilidade civil e administrativa independe da criminal.

    Art. 18. A responsabilidade criminal ser individualizada, aplicando-se, no que couber, a legislao relativa aos crimes contra a Administrao Pblica.

    1. A individualizao prevista no caput no exime os tabelies e os oficiais de registro de sua responsabilidade civil.

    2. A responsabilidade administrativa ser apurada na forma do procedi- mento previsto no Livro IX deste Provimento.

    CAPTULO IV

    DOS IMPEDIMENTOS E INCOMPATIBILIDADES

    Art. 19. No so acumulveis os servios enumerados no art. 10 deste Pro- vimento.

    Pargrafo nico. Os servios mencionados podero, contudo, ser acumula- dos nos municpios que no comportarem, em razo do volume dos servios ou da receita, a instalao de mais de um deles.

    Art. 20. Na serventia de que sejam titulares, os tabelies e oficiais de registro no podem praticar pessoalmente atos de seu interesse ou no interesse de seu cnjuge ou de seus parentes, na linha reta ou na colateral, consangune- os ou afins, at o terceiro grau.

    CAPTULO V

    DOS DIREITOS E DEVERES

    Art. 21. Os tabelies e oficiais de registro gozam de independncia no exerc- cio de suas atribuies, tm direito percepo dos emolumentos integrais pelos atos praticados na serventia e s perdero a delegao nas hipteses previstas em lei.

    Art. 22. So direitos dos tabelies e dos oficiais de registro:

    I exercer opo, nos casos de desmembramento ou desdobramento de sua serventia;

  • 21

    II organizar associaes ou sindicatos de classe e deles participar. Art. 23. So deveres dos tabelies e dos oficiais de registro:

    I manter em ordem os livros, papis e documentos de sua serventia, guar- dando-os em locais seguros;

    II atender s partes com eficincia, urbanidade e presteza;

    III atender prioritariamente s requisies de papis, documentos, infor- maes ou providncias que lhes forem solicitadas pelas autoridades judici- rias ou administrativas para a defesa das pessoas jurdicas de direito pblico em juzo;

    IV manter em arquivo as leis, resolues, regimentos, provimentos, regula- mentos, portarias, avisos, instrues de servio e quaisquer outros atos que digam respeito sua atividade;

    V proceder de forma a dignificar a funo exercida, tanto nas atividades profissionais como na vida privada;

    VI guardar sigilo sobre a documentao e os assuntos de natureza reser- vada de que tenham conhecimento em razo do exerccio de sua profisso;

    VII afixar, em local visvel, de fcil leitura e acesso ao pblico, as tabelas de emolumentos em vigor;

    VIII observar os emolumentos fixados para a prtica dos atos do seu ofcio; IX dar recibo dos emolumentos percebidos;

    X observar os prazos legais fixados para a prtica dos atos do seu ofcio;

    XI fiscalizar o recolhimento dos impostos incidentes sobre os atos que de- vam praticar;

    XII facilitar, por todos os meios, o acesso documentao existente pelas pessoas legalmente habilitadas;

    XIII encaminhar ao juiz de direito com jurisdio em registros pblicos as dvidas levantadas pelos interessados, obedecida a sistemtica processual fixada pela legislao respectiva;

    XIV observar as normas tcnicas estabelecidas pelas Corregedorias de Jus- tia e pelo Juiz de Registros Pblicos.

    Art. 24. Os tabelies e oficiais de registro do Estado do Par devero, embora sejam pessoas fsicas, requerer a inscrio da serventia no Cadastro Nacional da Pessoa Jurdica do Ministrio da Fazenda CNPJ, para fins exclusivamente fiscais, comunicando o respectivo nmero Corregedoria de Justia.

  • 22

    CAPTULO VI

    DOS PREPOSTOS

    Art. 25. Os tabelies e os oficiais de registro podero, para o desempenho de suas funes, contratar escreventes, escolhendo dentre eles os substitutos, e auxiliares como empregados, com remunerao livremente ajustada e sob o regime da legislao do trabalho.

    1. Em cada servio notarial ou de registro, haver tantos substitutos, es- creventes e auxiliares quantos forem necessrios, a critrio de cada tabelio ou oficial de registro.

    2. A nomeao de substitutos e escreventes, assim como sua destituio, dever ser feita por meio de Portaria Interna que, no caso dos escreventes, dever discriminar as atribuies de cada um dos designados.

    3. Cpia da Portaria Interna mencionada no pargrafo anterior dever ser encaminhada por ofcio ao Juiz de Registros Pblicos da respectiva comarca e Corregedoria de Justia, pelo Malote Digital, at o 15 (dcimo quinto) dia do ms subsequente ao da nomeao ou destituio.

    4. Devero ser encaminhadas ao Juiz de Registros Pblicos e Corregedo- ria de Justia as informaes sobre a contratao e dispensa de auxiliares, no mesmo prazo previsto no pargrafo anterior.

    5. Os escreventes podero praticar somente os atos que o tabelio ou o oficial de registro autorizar.

    6. Os substitutos podero, simultaneamente com o tabelio ou o oficial de registro, praticar todos os atos que lhe sejam prprios, exceto, nos Tabeliona- tos de Notas, lavrar testamentos.

    7. Dentre os substitutos, um deles ser designado pelo tabelio ou oficial de registro para responder pelo respectivo servio nas ausncias e nos impe- dimentos do titular, devendo a designao ser comunicada nos termos do 3.

    Art. 26. O gerenciamento administrativo e financeiro dos servios notariais e de registro da responsabilidade exclusiva do respectivo titular, inclusive no que diz respeito s despesas de custeio, investimento e pessoal, cabendo-lhe estabelecer normas, condies e obrigaes relativas atribuio de funes e de remunerao de seus prepostos, de modo a obter a melhor qualidade na prestao dos servios.

  • 23

    Pargrafo nico. Aos responsveis pelo servio designados interinamente defeso contratar novos prepostos, aumentar salrios dos j existentes na unidade, ou contratar novas locaes de bens mveis ou imveis, de equipa- mentos ou de servios, que possam onerar a renda da unidade vaga de modo continuado, sem a prvia autorizao da Corregedoria de Justia. Todos os investimentos que comprometam a renda futura da unidade vaga devero ser objeto de projeto encaminhado para aprovao do respectivo Tribunal de Justia (Resoluo CNJ 80, art. 3, 4).

    TTULO III

    DO INGRESSO NOS SERVIOS NOTARIAIS E DE REGISTRO

    CAPTULO I

    DA OUTORGA DE DELEGAO

    Art. 27. Os servios notariais e de registro so exercidos em carter privado, por delegao do Poder Pblico.

    CAPTULO II

    DA INVESTIDURA

    Art. 28. A investidura na delegao, perante a Presidncia do Tribunal de Jus- tia do Estado ou ante o Corregedor de Justia do Estado do Par ou magistra- do por ele designado, se dar dentro do prazo de 30 (trinta) dias da expedio do ato de outorga da delegao, prorrogvel uma nica vez, por igual perodo.

    1. A investidura ocorrer em solenidade coletiva, em data e local oportu- namente divulgados pela Presidncia do Tribunal de Justia ou pela Correge- doria de Justia.

    2. Eventuais requerimentos para investidura fora da solenidade coletiva ou para prorrogao de prazo devero ser protocolizados diretamente na Presi- dncia do Tribunal de Justia do Estado, no prazo mencionado no caput deste artigo, para oportuna designao de nova data e local para o ato.

    3. Para a investidura, o candidato se desincompatibilizar previamente de eventual cargo, emprego ou funo pblica, inclusive de outro servio nota- rial ou de registro, por ele ocupado.

    4. Na solenidade de investidura, o candidato prestar o compromisso de, bem e fielmente, com lealdade e honradez, desempenhar as atividades da serventia para a qual recebeu delegao, cumprindo as leis e os atos norma- tivos que regem os servios notariais e de registro.

  • 24

    5. No ato de assinatura do termo de investidura, o candidato apresentar documento de identidade oficial com foto e entregar, devidamente preen- chida, declarao de no cumulao de cargo.

    6. No ocorrendo a investidura no prazo marcado, ser tornada sem efei- to a outorga da delegao, por ato da Presidncia do Tribunal de Justia do Estado do Par.

    CAPTULO III

    DA ENTRADA EM EXERCCIO

    Art. 29. O exerccio da atividade notarial ou de registro ter incio dentro de 30 (trinta) dias, improrrogveis, contados da investidura nos moldes do art. 28 deste Provimento.

    1. Dentro de 5 (cinco) dias, contados do exerccio, o novo delegatrio pro- videnciar o encaminhamento de cpia dos documentos abaixo relacionados Corregedoria de Justia:

    I termo de exerccio;

    II formulrio de cadastro devidamente preenchido, conforme modelo for- necido pela Corregedoria de Justia;

    III documento de identidade oficial;

    IV Cadastro de Pessoas Fsicas no Ministrio da Fazenda CPF.

    2. Se o exerccio no ocorrer no prazo legal, o ato de delegao do servio ser declarado sem efeito pela Presidncia do TJPA.

    Art. 30. Aps a investidura, o concursado poder oficiar Presidncia do Tri- bunal de Justia do Estado do Par solicitao sobre a designao de data para sua entrada em exerccio.

    CAPTULO IV

    DA VACNCIA

    Art. 31. A delegao a tabelio ou a oficial de registro se extinguir por:

    I morte;

    II aposentadoria facultativa;

    III invalidez;

    IV renncia;

    V perda da delegao.

  • 25

    1. A aposentadoria facultativa ou por invalidez ocorrer nos termos da legislao previdenciria.

    2. As situaes enumeradas no caput deste artigo sero imediatamente comunicadas Presidncia do Tribunal de Justia do Estado do Par, Cor- regedoria de Justia e ao Juiz de Registro Pblico da Comarca que estiver vinculada a serventia.

    3. Extinta a delegao, a Presidncia do Tribunal de Justia do Estado do Par declarar, por Portaria, a vacncia da serventia e designar o substituto mais antigo como tabelio ou oficial de registro interino para responder pelo expediente at o provimento da vaga mediante concurso pblico.

    4. Havendo razo fundada, a Presidncia do Tribunal de Justia do Estado do Par poder, a qualquer momento, por Portaria, revogar a nomeao do tabelio ou oficial de registro interino, nomeando outrem para responder pelo expediente, aps a ouvida da Corregedoria de Justia.

    CAPTULO V

    DA INTERINIDADE

    Art. 32. Os tabelies e oficiais de registro interinos nomeados, ao assumirem a serventia, assinaro termo e prestaro o compromisso de guardar e conser- var os documentos, fichas, livros, papis, microfilmes e sistemas de computa- o, selos de fiscalizao e todo o acervo pertencente ao servio at a efetiva transmisso do servio ao novo delegatrio aprovado em concurso pblico.

    Pargrafo nico. Na data da assinatura do termo mencionado no caput deste artigo, ser apresentado ao Juiz de Registros Pblicos da Comarca em que a serventia estiver vinculada o Livro de Registro Dirio Auxiliar da Receita e da Despesa para conferncia e visto.

    Art. 33. O termo de compromisso dever conter:

    I a qualificao e a assinatura do tabelio ou oficial de registro interino;

    II a serventia para a qual tenha sido designado;

    III o nmero da Portaria de designao e a autoridade que a tiver expedido; IV a data de incio do exerccio na interinidade;

    V a declarao de que se responsabiliza pela prestao do servio nos mol- des da legislao em vigor enquanto responder pela serventia; VI o compromisso de transmitir ao novo titular em bom estado de conserva- o os livros, fichas, documentos, papis, microfilmes, selos de fiscalizao e todo o acervo pertencente ao servio, inclusive banco de dados em conjunto

  • 26

    com os softwares e as atualizaes que permitam seu pleno uso, bem como as senhas e dados necessrios para o acesso de tais programas, garantindo a continuidade da prestao do servio de forma adequada e eficiente, sem interrupo. Art. 34. O termo de compromisso ser conferido e assinado pelo Juiz de Regis- tro Pblico, pelo interino, e encaminhado, atravs de cpia, Corregedoria de Justia.

    Art. 35. O tabelio ou oficial de registro interino encaminhar ao Juiz de Re- gistros Pblicos da Comarca, no prazo de at 30 (trinta) dias teis contados da data da assinatura do termo de compromisso, com cpia Corregedoria de Justia, inventrio contendo as seguintes informaes:

    I relao dos livros existentes na serventia, com nmero inicial e final de cada livro, bem como o ltimo nmero de ordem utilizado na data do inven- trio;

    II nmero e data do ltimo recibo de emolumentos emitido na data do inventrio;

    III relao dos selos de fiscalizao em estoque na serventia, com indicao da respectiva sequncia alfanumrica inicial e final;

    IV relao dos microfilmes ou outro sistema usado pela serventia para es- criturao ou arquivamento dos documentos;

    V relao dos programas de informatizao usados pela serventia, bem como forma de backup e nmero de mdias existentes;

    VI relao dos funcionrios, com descrio dos cargos, salrios e forma de admisso;

    VII certides de dbito para com o INSS, FGTS e demais encargos trabalhis- tas, previdencirios e fiscais;

    VIII indicao de eventuais dvidas trabalhistas, previdencirias e fiscais, do respectivo montante e situao atualizada da serventia em relao s dvidas;

    IX relao dos demais materiais de expediente, mveis e imveis que sejam utilizados pela serventia e que o interino queira colocar disposio do novo titular, mediante negociao entre ambos.

    Art. 36. Todos os responsveis interinos por serventias notariais e de registro vagas devem proceder ao recolhimento de eventual quantia que, em sua ren- da lquida, exceda ao teto remuneratrio de 90,25% (noventa vrgula vinte e cinco por cento) do subsdio dos Ministros do Supremo Tribunal Federal STF, salvo deciso judicial contrria.

  • 27

    Art. 37. Os recolhimentos a que se refere o art. 36 deste Provimento devero ser efetuados atravs de depsito identificado por CPF ou CNPJ, na conta do Fundo de Reaparelhamento do Poder Judicirio, e o comprovante do depsi- to integrar a prestao de contas.

    Art. 38. O interino prestar contas ao Setor de Arrecadao do Tribunal de Justia do Estado do Par at o dia 10 (dez) do ms subsequente ao vencido, com a especificao das receitas e despesas, estas instrudas com documen- tos comprobatrios, e preencher o balancete resumido, proposto pelo Con- selho Nacional de Justia, disponvel no sistema SIAE do Tribunal de Justia do Estado do Par, nos termos previstos no art. 39 e seguintes deste Provi- mento.

    1. A prestao de contas dever, no mnimo, e se for o caso, indicar:

    a) A identificao oficial da Serventia, o perodo de abrangncia, o Cdigo Nacional da Serventia e o endereo da sede;

    b) Saldo de caixa (remanescente do ms anterior, receita do ms (emolumen- to, aplicaes financeiras) e valor total;

    c) Seguros de incndio/roubo/danos e responsvel civil.

    2. O valor da remunerao do interino ser lanado como despesa ordin- ria.

    3. Ao responsvel por delegao vaga defeso contratar novos prepostos, aumentar salrios dos prepostos j existentes na unidade, ou contratar novas locaes de bens mveis ou imveis, de equipamentos ou de servios que possam onerar a renda da unidade vaga de modo continuado, sem a prvia autorizao do respectivo Tribunal a que estiver afeta a unidade do servio. Todos os investimentos que comprometam a renda da unidade vaga devero ser objeto de projeto a ser encaminhado para a aprovao do Tribunal de Jus- tia (art. 4 da Resoluo CNJ n 80/2009 e deciso prolatada pelo Ministro Gilson Dipp no Evento 4289 do PP n 000384-41.2010.2.00.0000).

  • 28

    CAPTULO VI

    DO MDULO CARTRIO, do Sistema SIAE

    Art. 39. Os tabelies e oficiais de registro nomeados interinamente remete- ro ao Setor de Arrecadao do Tribunal de Justia do Estado do Par, por meio eletrnico, at o dia 10 (dez) de cada ms, os dados relativos ao ms anterior concernentes receita, despesas, encargos e dvidas relacionadas s serventias com vacncia declarada e que estejam sob sua responsabilidade.

    1. A remessa de que trata o caput deste artigo ser realizada pelo sistema SIAE, mdulo cartrio, agregado ao Sistema de Servio Notarial e de Registro j implantado e em uso por todas as serventias do Estado do Par, acessvel atravs da utilizao do login e senha prprios para o sistema.

    2. Na hiptese de a serventia acumular mais de um servio, devero ser informados os dados separadamente para cada um deles.

    Art. 40. Na planilha do mdulo Cartrio, do Sistema SIAE, os campos espec- ficos sero preenchidos com os seguintes dados:

    I - saldo de caixa (Remanescente do ms anterior);

    II - receita do ms (Emolumentos e aplicaes financeiras);

    III - despesas:

    a) obrigaes trabalhistas/previdencirias;

    b) remunerao bruta do Interino;

    c) aluguel;

    d) gua;

    e) despesas administrativas (materiais de consumo);

    f) outros/investimentos.

    IV - seguros:

    a) incndio/roubo/danos;

    b) responsvel civil

    V - recolhimentos diversos;

    Pargrafo nico: Os tabelies e oficiais de registro interinos mantero arquiva- da na serventia toda a documentao relativa s despesas, encargos e dvidas informados, conforme incisos II e III do caput deste artigo, para fins de even- tual anlise pela Corregedoria de Justia ou pelos fiscais do Setor de Arreca- dao do TJPA.

  • 29

    Art. 41. Os tabelies e oficiais de registro interinos que deixarem de remeter ou que remeterem de forma inverdica as informaes devidas estaro sujei- tos s medidas administrativas disciplinares cabveis espcie, nos termos do disposto na Lei n 8.935, de 18 de novembro de 1994.

    Art. 42. Todas as informaes contidas no mdulo Cartrio relativas s ser- ventias relacionadas em edital de concurso em andamento sero disponibili- zadas para oportuna consulta pelos candidatos aprovados e habilitados para a fase de escolha de serventia, quando solicitado pelo interessado junto ao Setor de Arrecadao do Tribunal.

    Pargrafo nico. Fica vedada a extrao de cpias, a fotografia ou qualquer outra forma de reproduo ou transmisso eletrnica dos dados de que trata este Captulo pelos candidatos aprovados em concurso, pelos seus procu- radores, pelos servidores, pelos magistrados ou por qualquer outra pessoa.

    CAPTULO VII

    DA TRANSIO

    Art. 43. O tabelio e o oficial de registro, a qualquer ttulo, tm o dever de transmitir ao novo responsvel pelo servio, em bom estado de conservao, livros, fichas, documentos, papis, microfilmes, carimbos e outros instrumen- tos de chancela, mdias, selos de fiscalizao e todo o acervo pertencente serventia, inclusive banco de dados em conjunto com os softwares e atualiza- es que permitam o pleno uso, bem como as senhas e dados necessrios ao acesso a tais programas, garantindo a continuidade da prestao do servio de forma adequada e eficiente, sem interrupo.

    1. O novo responsvel pela serventia indenizar o responsvel anterior pelos custos com softwares, cabendo tambm indenizao caso o novo titu- lar opte por utilizar as instalaes da serventia, mveis, utenslios e demais bens necessrios ao seu normal funcionamento, mediante negociao entre ambos.

    2. Tratando-se do software necessrio ao acesso ao banco de dados da serventia, mesmo no havendo consenso sobre o valor da indenizao, ser ele disponibilizado de imediato, caso seja possvel, podendo o preo ser dis- cutido em juzo.

    3. Quando a vaga resultar de falecimento, as indenizaes cabveis sero pagas ao esplio.

    Art. 44. A transio nos servios notariais e registrais inicia-se a partir da data da outorga de delegao.

  • 30

    Art. 45. Havendo necessidade, o novo responsvel poder solicitar ao Juiz de Registros Pblicos o acompanhamento da transio por servidor da comarca, a ser nomeado preferencialmente dentre os oficiais de justia avaliadores, que far a verificao de acordo com o inventrio previamente protocolizado pelo responsvel anterior na forma do art. 35 deste Provimento.

    Pargrafo nico. O servidor far relatrio circunstanciado constando poss- veis falhas e inconsistncias apuradas e entregar cpia dele ao interino e ao novo delegatrio.

    Art. 46. Em nenhuma hiptese, o responsvel anterior da serventia poder deixar de entregar todo o acervo e prestar todas as informaes necessrias para a entrada em exerccio do novo responsvel, no ato de transio.

    1. Em caso de descumprimento do disposto no caput deste artigo, o Juiz de Registros Pblicos nomear servidor de sua confiana para a realizao do inventrio e cumprimento do processo de transio.

    2. Protocolizado o inventrio, ser ele mantido na Vara de Registros Pbli- cos para acompanhamento do processo de transio e possvel interveno, em caso de falta de transparncia ou perigo quanto continuidade dos ser- vios e segurana do acervo.

    Art. 47. Aps a entrada em exerccio, o novo responsvel que detectar a falta de algum item relacionado no inventrio ou outro essencial segurana da sua atividade dever comunicar o fato imediatamente ao Juiz de Registros Pblicos.

    Art. 48. No caso de transio, todos os atos praticados a partir da entrada em exerccio pelo novo responsvel so de sua responsabilidade, cabendo-lhe os emolumentos respectivos e a incumbncia de recolher os valores da Taxa de Fiscalizao.

    1. Nos casos em que houver prenotao, a regra do caput deste artigo se aplica mesmo que ela tenha sido realizada anteriormente entrada em exer- ccio do novo responsvel.

    2. O novo responsvel repassar ao responsvel anterior quaisquer valo- res que venha a receber referentes a atos anteriormente finalizados e assina- dos, deduzidos os valores da Taxa de Fiscalizao, se ainda no tiverem sido recolhidos, responsabilizando-se pelo efetivo recolhimento.

    Art. 49. Nos servios notariais e de registros, o responsvel anterior apresen- tar ao novo responsvel, na data da transio:

    I a relao dos atos no praticados e os respectivos valores, discriminados individualmente, a qual tambm ser entregue ao Juiz de Registros Pblicos;

  • 31

    II a soma dos valores pagos pelas partes a ttulo de depsito prvio;

    III a guia de recolhimento da Taxa de Fiscalizao, referentes aos atos prati- cados at o ltimo dia em que a serventia esteve sob a sua responsabilidade, ainda que referentes frao do perodo dos recolhimentos devidos. Art. 50. Nos Tabelionatos de Protesto, sero observados os seguintes proce- dimentos: I sero repassados pelo responsvel anterior ao novo responsvel, nos montantes originalmente pagos pelo apresentante, os valores de depsitos prvios referentes a ttulos e documentos de dvida que tenham sido susta- dos durante a interinidade; II o responsvel anterior repassar ao novo responsvel os valores referen- tes liquidao de ttulos e outros documentos de dvida que j tenham sido pagos pelo devedor, mas ainda no se encontrem liquidados pelo Tabeliona- to de Protesto; III caso subsistam ttulos e documentos de dvida que tenham sido liqui- dados pelo responsvel anterior, mas cujos valores ainda no tenham sido transferidos aos apresentantes, ele far jus aos emolumentos respectivos e repassar ao novo responsvel os valores referentes liquidao para o de- vido repasse aos credores.

    TTULO IV

    DO FUNCIONAMENTO DOS TABELIONATOS E OFCIOS DE REGISTRO

    CAPTULO I

    DO HORRIO DE FUNCIONAMENTO

    Art. 51. Os Tabelionatos de Notas e os Ofcios de Registro Civil das Pessoas Naturais, de Registro de Ttulos e Documentos, de Registro Civil das Pessoas Jurdicas e de Registro de Imveis prestaro atendimento ao pblico de 6 (seis) 8 (oito) horas dirias de acordo com hbitos e costumes da cidade, de segunda a sexta-feira.

    1. O horrio de expediente ser informado ao Juiz de Registros Pblicos e Corregedoria de Justia.

    2. Os tabelies e oficiais de registro mantero, constantemente afixado ou instalado em local bem visvel na parte externa da serventia, aviso, cartaz, quadro ou placa de sinalizao indicando com clareza os dias de funciona- mento e os horrios de atendimento ao pblico.

    Art. 52. O Servio de Registro Civil das Pessoas Naturais ser prestado tam- bm aos sbados, domingos e feriados pelo sistema de planto.

  • 32

    1. A escala de Planto ser fixada por Portaria expedida pelas Corregedo- rias de Justia e publicada no Dirio da Justia Eletrnico D.J.E., trimestral- mente.

    2. O Planto ser realizado nas dependncias do respectivo Cartrio, pe- rante o oficial escalado ou seu substituto legal designado.

    3. O horrio de Planto ser das 08 s 14 horas, devendo o Registrador de planto afixar as Portarias das Escalas de Planto em local de fcil identifica- o e acesso populao.

    4. Na fixao da Escala de Planto, ser observado rodzio, na Comarca onde existir mais de um Cartrio de Registro Civil das Pessoas Naturais, de forma a manter igualdade entre os Registradores Civis.

    5. No decorrer do Planto, devero ser praticados todos os atos inerentes atividade do registro civil.

    Art. 53. permitida a realizao de permuta entre os Registradores Civil das Pessoas Naturais de sua Comarca, diante da impossibilidade de obedincia da Escala de Planto, devendo o pedido ser formulado, por escrito, Corre- gedoria de Justia, at 05 (cinco) dias teis antes do Planto, devidamente aquiescido pelo Registrador que ir permutar.

    Art. 54. O descumprimento ou a inobservncia das normas estabelecidas neste Provimento sujeitam os oficiais de registro s penalidades previstas na Lei n 8.935, de 18/11/94.

    Art. 55. Salvo a hiptese disciplinada no art. 52 deste Provimento, os servios notariais e de registro no funcionaro:

    I aos sbados e domingos;

    II nos dias em que se comemorem os feriados nacionais e estaduais, civis ou religiosos, assim declarados em lei (1 de janeiro, 21 de abril, 1 de maio, 15 de agostos, 7 de setembro, 12 de outubro, 2 de novembro, 15 de novembro, 25 de dezembro, Sexta- feira da Paixo, no dia de Corpus Christi, com data mvel, e na data em que se realizarem eleies gerais no Pas);

    III na segunda e na tera-feira da semana do carnaval;

    IV nos dias de guarda referentes aos feriados religiosos e civis, declarados em lei municipal;

    V nos dias 24 e 31 de dezembro.

    Pargrafo nico: Na quarta-feira de cinzas, o expediente se iniciar s 12 (doze) horas, sem intervalo.

  • 33

    Art. 56. O expediente dos servios notariais e de registro somente poder ser suspenso na comarca pelo Juiz de Registros Pblicos, com cincia da Corre- gedoria de Justia, em situaes de urgncia ou imprevisveis, como na ocor- rncia de incndio, de calamidade pblica, falecimento do titular, dentre ou- tros; ou nos casos de mudana de endereo ou transio, ocasio em que os ttulos apresentados a registro no Ofcio de Registro de Imveis devero ser recebidos normalmente, procedendo o oficial de registro ao seu lanamento no protocolo conforme dispe a Lei n 6.015, de 31 de dezembro de 1973 Lei dos Registros Pblicos.

    Pargrafo nico. A suspenso do expediente dos servios notariais e de regis- tro nos demais casos s ser autorizada por ato da Corregedoria de Justia.

    Art. 57. Todos os ttulos apresentados no horrio regulamentar e que no forem registrados at a hora do encerramento do servio aguardaro o dia seguinte, quando sero registrados preferencialmente aos apresentados nes- se dia.

    Pargrafo nico. O registro civil de pessoas naturais no poder, entretanto, ser adiado.

    Art. 58. vedada a prtica de ato notarial ou de registro fora do horrio re- gulamentar ou em dias em que no houver expediente, salvo nos casos ex- pressamente previstos em lei ou com autorizao expressa da Corregedoria de Justia, sendo civil, criminal e administrativamente responsvel o tabelio ou o oficial de registro que praticar ou autorizar o ato.

    Pargrafo nico. Para atender a chamados de emergncia, poder o tabelio de notas lavrar testamentos ou atas notariais fora dos dias e horrios regu- lamentares.

    CAPTULO II

    DO LOCAL DE FUNCIONAMENTO

    Art. 59. Cada servio notarial ou de registro funcionar em um s local, veda- da a instalao de sucursal.

    Pargrafo nico. Os tabelies e oficiais de registro informaro na placa de identificao da serventia, em destaque, sua natureza.

    Art. 60. Os tabelies e oficiais de registro envidaro esforos para que as ins- talaes da serventia sejam acessveis s pessoas portadoras de deficincia ou com mobilidade reduzida.

  • 34

    Art. 61. A mudana de endereo, nmero de telefone, endereo de corres- pondncia eletrnica (e-mail), stio eletrnico ou outro meio de comunicao utilizado pela serventia dever ser imediatamente comunicada ao Juiz de Re- gistros Pblicos e Corregedoria de Justia.

    1. Em caso de mudana de endereo, o tabelio ou oficial de registro po- der publicar a alterao nos meios de comunicao onde entrou em exerc- cio, a fim de facilitar ao usurio a localizao do servio.

    2. A publicao referida no pargrafo anterior se restringe informao do nome da serventia e do novo endereo, vedada a incluso de qualquer tipo de propaganda dos servios prestados.

    CAPTULO III

    DO SERVIO

    Art. 62. Ressalvadas as hipteses obrigatrias, os atos notariais e do registro sero praticados:

    I por ordem judicial;

    II a requerimento verbal ou escrito dos interessados;

    III a requerimento do Ministrio Pblico, quando a lei autorizar.

    Art. 63. Os oficiais de registro adotaro o melhor regime interno de modo a assegurar s partes a ordem de precedncia na apresentao dos seus ttu- los, estabelecendo-se, sempre, o nmero de ordem geral.

    Art. 64. Nenhuma exigncia fiscal ou dvida obstar a apresentao de um ttulo e o seu lanamento no protocolo com o respectivo nmero de ordem nos casos em que da precedncia decorra prioridade de direitos para o apre- sentante.

    Pargrafo nico. Independem de apontamento no protocolo os ttulos apre- sentados apenas para exame e clculo dos respectivos emolumentos.

    TTULO V

    DOS LIVROS E ARQUIVOS

    CAPTULO I

    DAS DISPOSIES GERAIS

    Art. 65. Os livros podero ser previamente encadernados ou em folhas soltas, deles constando termo de abertura e termo de encerramento devidamente as- sinados pelo tabelio ou oficial de registro ou preposto com poderes para tanto.

  • 35

    Pargrafo nico. Constar no termo de abertura a data em que o primeiro ato do livro for praticado e no termo de encerramento a data em que o ltimo ato do livro for praticado.

    Art. 66. Os livros previamente encadernados tero de 100 (cem) a 300 (tre- zentas) folhas numeradas.

    Art. 67. Os livros em folhas soltas tero at 300 folhas numeradas, em ta- manho padronizado pela serventia, recomendando-se o uso dos tamanhos Ofcio ou A4.

    1. Cada folha, tanto no anverso quanto no verso, atender s seguintes especificaes:

    a) margens superior e inferior suficientes para a boa qualidade da impresso;

    b) margem lateral interna adequada para futura encadernao;

    c) espao necessrio para eventuais anotaes e averbaes, bem como para colheita das rubricas das partes, observadas as determinaes legais.

    2. Os livros em folhas soltas, logo aps concludo seu uso, sero encader- nados, vedada a utilizao de grampo ou parafuso.

    Art. 68. O livro poder ultrapassar o limite de folhas de modo a permitir a fi- nalizao do ltimo ato praticado, fazendo constar da folha de encerramento meno sua data e natureza.

    Art. 69. Os livros de registro, bem como as fichas que os substituam, somente sairo da respectiva serventia mediante autorizao do Juiz de Registros P- blicos ou da Corregedoria de Justia.

    Pargrafo nico. Independe de autorizao judicial ou da Corregedoria de Justia a retirada do livro da serventia nos casos de celebrao de casamento civil em local diverso ou de encadernao, durante o tempo estritamente necessrio, sob a responsabilidade do titular da serventia, ou do interino.

    Art. 70. Adotado o sistema de escriturao eletrnica ou de registro eletrni- co, a serventia dever obrigatoriamente adotar sistema de backups, que ser atualizado com periodicidade no superior a 1 (um) ms e ter ao menos uma de suas vias arquivada em local distinto da serventia, facultado o uso de servidores externos ou qualquer espcie de sistema de mdia eletrnica ou digital que contenha requisitos de segurana.

    1. Dever ser formado e mantido arquivo de segurana dos documentos eletrnicos que integrarem o acervo do servio notarial ou de registro, me- diante backup em mdia eletrnica, digital ou outro mtodo hbil sua pre- servao.

  • 36

    2. Os arquivos eletrnicos, os backups e o banco de dados integraro o acervo da serventia e devero ser transmitidos ao novo titular da delegao em caso de extino da delegao anterior, ou ao novo responsvel pelo ser- vio, em conjunto com os softwares que permitam o seu pleno uso e atuali- zao.

    Art. 71. Os livros, fichas, documentos, recibos e demais papis mantidos fisi- camente na serventia sero arquivados mediante utilizao de processos que facilitem as buscas.

    CAPTULO II

    DO LIVRO DE REGISTRO DIRIO AUXILIAR DA RECEITA E DA DESPESA E DO LIVRO DE CONTROLE DE DEPSITO PRVIO

    Seo I

    Do Livro de Registro Dirio Auxiliar da Receita e da Despesa

    Art. 72. Todos os servios notariais e de registro possuiro Livro de Registro Dirio Auxiliar da Receita e da Despesa, nos termos do Provimento n 34, de 9 de julho de 2013, da Corregedoria Nacional de Justia, que no se confunde e no substitui livro contbil previsto em legislao fiscal, com observncia das disposies deste Captulo.

    Art. 73. O Livro Dirio Auxiliar da Receita e da Despesa poder ser impresso e encadernado em folhas soltas, as quais sero divididas em colunas para ano- tao da data e do histrico da receita ou da despesa, obedecido o modelo usual para a forma contbil.

    Art. 74. O histrico dos lanamentos ser sucinto, mas dever sempre iden- tificar o ato que ensejou a cobrana de emolumentos ou a natureza da des- pesa.

    1. Os lanamentos compreendero to somente os emolumentos per- cebidos como receita do delegado do servio notarial ou de registro, pelos atos praticados, de acordo com o Regimento de Custas e Emolumentos, bem como outras quantias recebidas em depsito para a prtica futura de atos.

    2. Sero lanadas separadamente, de forma individualizada, as receitas oriundas da prestao dos servios de diferentes especialidades.

    3. A receita ser lanada no Livro Dirio Auxiliar da Receita e da Despesa no dia da prtica do ato, mesmo que o tabelio ou oficial de registro ainda no tenha recebido os emolumentos.

  • 37

    4. No sero lanadas no Livro Dirio Auxiliar da Receita e da Despesa as quantias recebidas a ttulo de depsito prvio, mencionadas no art. 83 deste Provimento, que devero ser escrituradas somente em livro prprio.

    5. Convertido em pagamento de emolumentos, o montante relativo ao depsito prvio ser escriturado na forma prevista neste artigo.

    Art. 75. No lanamento da receita, alm do seu montante, haver referncia que possibilite sempre a sua identificao, com indicao, quando existente, do nmero do ato ou do livro e da folha em que praticado, ou ainda do protocolo.

    Pargrafo nico. Considera-se o dia da prtica do ato para fins de lanamento da lavratura do termo ou do pagamento do ttulo, para o servio de protesto de ttulos; o da lavratura do ato notarial, para o servio de notas; o do regis- tro, para os servios de registros de imveis, ttulos e documentos e pessoa jurdica; e o do pedido da habilitao para o casamento, ou da lavratura dos assentos de nascimento ou bito, para o servio de registro civil das pessoas naturais.

    Art. 76. A cobrana parcial e/ou no cobrana de emolumentos, no exime o Tabelio e o Oficial do pagamento integral, da taxa de ficalizao e demais encargos devidos, ressalvadas as hipteses de iseno, no incidncia ou di- ferimento previstas na legislao especfica.

    Art. 77. A despesa ser lanada no dia em que se efetivar.

    1. As despesas realizadas em dias em que no houver expediente na ser- ventia sero lanadas no primeiro dia til subsequente.

    2. So consideradas despesas passveis de lanamento no Livro Dirio Au- xiliar todas as decorrentes de investimentos, custeio e pessoal que forem promovidas, a critrio do titular da delegao, para a prestao do servio pblico delegado. Dentre outras, consideram-se despesas decorrentes da prestao do servio:

    a. locao de bens mveis e imveis utilizados para a prestao do servio, includos os destinados guarda de livros, equipamentos e restante do acer- vo da serventia;

    b. contratao de obras e servios para a conservao, ampliao ou melho- ria dos prdios utilizados para a prestao do servio pblico;

    c. contratao de servios, inclusive terceirizados, de limpeza e de segurana;

    d. aquisio de mveis, utenslios, eletrodomsticos e equipamentos man- tidos no local da prestao do servio delegado, inclusive os destinados ao

  • 38

    entretenimento dos usurios que aguardam pela prestao do servio e para a manuteno de refeitrio;

    e. aquisio ou locao de equipamentos (hardware), de programas (softwa- re) e de servios de informtica, includos os de manuteno prestados de forma terceirizada;

    f. formao e manuteno de arquivo de segurana;

    g. aquisio de quaisquer materiais utilizados na prestao do servio, inclu- dos os utilizados para a manuteno das instalaes da serventia;

    h. plano individual ou coletivo de assistncia mdica e odontolgica contra- tado com entidade privada de sade em favor dos prepostos e seus depen- dentes legais, assim como do titular da delegao e seus dependentes legais caso se trate de plano coletivo em que tambm includos os prepostos do delegatrio;

    i. despesas trabalhistas com prepostos, includos vale alimentao, vale trans- porte e quaisquer outros valores que integrem a respectiva remunerao;

    j. custeio de cursos de aperfeioamento tcnico ou de formao jurdica des- tinados aos prepostos ou ao titular da delegao, regulamente escrito, desde que voltados exclusivamente ao aprimoramento dos conhecimentos jurdi- cos, ou, em relao aos prepostos, ao aprimoramento dos conhecimentos em sua respectiva rea de atuao;

    k. encontrando-se a delegao vaga, o valor que for recolhido a ttulo de Im- posto Sobre Servio - ISS devido pela prestao do servio extrajudicial.

    Art. 78. Admite-se apenas o lanamento das despesas relacionadas serven- tia notarial e de registro, sem restries.

    1. Sero arquivados os comprovantes das despesas efetuadas, incluindo aquelas com pagamento de salrios, com as contribuies previdencirias devidas ao Instituto Nacional do Seguro Social INSS ou ao rgo previden- cirio estadual, ao Fundo de Garantia por Tempo de Servio FGTS, assim como os comprovantes de reteno do imposto de renda, quando incidente.

    2. Os comprovantes das despesas com manuteno ordinria da prestao do servio sero arquivados pelo perodo mnimo de 5 (cinco) anos.

    Art. 79. Ao final do ms, sero somadas a receita e a despesa, apurando-se separadamente a renda lquida ou o deficit de cada unidade de servio nota- rial e de registro.

    Art. 80. At o 15 (dcimo quinto) dia do ms de janeiro, ser feito balano referente ao ano anterior, indicando-se a receita, a despesa e o lquido ms a

  • 39

    ms, apurando- se, em seguida, a renda lquida ou o deficit de cada unidade de servio notarial e de registro no exerccio.

    Pargrafo nico. desnecessria a remessa do balano anual das serventias Corregedoria de Justia, salvo quando requisitado.

    Art. 81. Anualmente, por ocasio da Correio Ordinria Anual, o Livro Dirio Auxiliar da Receita e da Despesa ser apresentado para visto ao Juiz de Regis- tros Pblicos ou a Corregedoria de Justia, que determinar, sendo o caso, as glosas necessrias, podendo, ainda, ordenar sua apresentao sempre que entender conveniente.

    Pargrafo nico. Sempre que solicitado, a qualquer tempo, pelos fiscais da Arrecadao do Tribunal de Justia do Estado do Par, o Livro Dirio Auxiliar da receita e da Despesa dever ser apresentado.

    Art. 82. O Livro Dirio Auxiliar de Receitas e Despesas deve ser encerrado diariamente pelo tabelio ou oficial de registro, ou pelo responsvel interina- mente pela unidade vaga.

    Seo II

    Do Livro de Controle de Depsito Prvio

    Art. 83. As serventias cujos servios admitam depsito prvio mantero, se-

    paradamente, Livro de Controle de Depsito Prvio, aberto para controle das

    importncias recebidas a esse ttulo, at que sejam os depsitos convertidos

    em pagamento de emolumentos ou devolvidos, conforme o caso.

    Pargrafo nico. A escriturao do Livro de Controle de Depsito Prvio, que

    poder ser impresso e encadernado em folhas soltas, no dispensa a emis-

    so do respectivo recibo em favor do usurio do servio, correspondente aos

    valores depositados de forma prvia.

    Seo III

    Das disposies comuns ao Livro de Registro Dirio Auxiliar da Receita e da Despesa e ao Livro de Controle de Depsito Prvio

    Art. 84. Os livros previstos nas Sees I e II deste Captulo sero abertos,

    numerados, autenticados e encerrados pelo tabelio ou oficial de registro,

    ou pelo responsvel interinamente pela unidade vaga, podendo ser utilizado,

    para tal fim, processo mecnico de autenticao.

  • 40

    Pargrafo nico. O termo de abertura dever conter o nmero do livro, o fim a que se destina, o nmero de folhas que contm, o nome do delegatrio do servio notarial ou de registro ou do responsvel pela delegao vaga, a declarao de que todas as suas folhas esto rubricadas e o fecho, com data e assinatura.

    Art. 85. A responsabilidade pela escriturao do Livro Dirio Auxiliar da Re- ceita e da Despesa e do Livro de Controle de Depsito Prvio direta do tabelio ou oficial de registro, ou do responsvel interinamente pela unidade vaga, mesmo quando escriturado por seu preposto.

    Art. 86. A impresso do Livro de Registro Dirio Auxiliar da Receita e da Des- pesa e do Livro de Controle de Depsito Prvio ser realizada diariamente.

    CAPTULO III

    DA RESTAURAO DE LIVROS

    Art. 87. O extravio ou a danificao que impeam a leitura e o uso, no todo ou

    em parte, de qualquer livro dos servios notariais ou de registro devero ser

    imediatamente comunicados ao Juiz de direito da Vara de Registros Pblicos

    e Corregedoria de Justia.

    Art. 88. A restaurao de livro extraviado ou danificado dever ser solicitada

    ao juiz de direito da vara de registros pblicos ou, nas comarcas em que no

    houver vara especfica, ao juiz de direito de vara cvel, pelo tabelio ou oficial

    de registro, e poder ser requerida pelos demais interessados.

    Pargrafo nico. A restaurao poder ter por objeto o todo ou a parte do

    livro que se encontrar extraviado ou deteriorado, ou do ato notarial ou regis-

    tro especfico.

    Art. 89. Uma vez autorizada a restaurao nos termos do art. 88, se for pos-

    svel vista dos elementos constantes dos ndices, arquivos, traslados, certi-

    des e outros documentos apresentados pelo tabelio ou oficial de registro

    e pelos demais interessados, a restaurao do livro extraviado ou danificado,

    ou de ato notarial ou registro, ser efetuada desde logo.

    Art. 90. Para a instruo do procedimento de autorizao de restaurao,

    poder a autoridade indicada no art. 88 deste Provimento requisitar novas

    certides e cpias de livros, assim como cpias de outros documentos arqui-

    vados na serventia.

  • 41

    Art. 91. A restaurao do assentamento no Ofcio de Registro Civil das Pesso- as Naturais a que se referem o art. 109 e seus pargrafos da Lei dos Registros Pblicos poder ser requerida perante a autoridade indicada no art. 88 deste Provimento, no domiclio da pessoa legitimada para pleite-la, e ser proces- sada na forma prevista na referida lei.

    Pargrafo nico. Quando proveniente de jurisdio diversa, o mandado au- torizando a restaurao dever receber o cumpra-se do Juiz de Registros Pblicos ou do diretor do foro a que estiver subordinado o Ofcio de Registro Civil das Pessoas Naturais em que lavrado o assento a ser restaurado.

    TTULO VI

    DOS ATENDIMENTOS ESPECIAIS

    Art. 92. Se algum comparecente ao ato no puder ou no souber escrever, outra pessoa capaz assinar por ele, a seu rogo, podendo assinar por mais de um comparecente se no forem conflitantes seus interesses, devendo cons- tar do ato o motivo da assinatura a rogo.

    1. A pessoa que assinar a rogo deve ser conhecida e de confiana daquele que no puder ou no souber assinar e deve ser alheia estrutura da ser- ventia.

    2. Deve ser colhida, se possvel, a impresso digital do polegar direito de quem no puder ou no souber assinar, com os cuidados tcnicos necess- rios obteno de traos ntidos.

    3. Impossibilitada a coleta no polegar direito, poder ser colhida no es- querdo ou em outro dedo da mo, ou ainda em dedo do p, fazendo constar referncia ao dedo sucedneo.

    Art. 93. Se algum dos comparecentes no souber a lngua nacional e o tabe- lio ou oficial de registro no entender o idioma em que se expressa, parti- cipar do ato tradutor pblico como intrprete, ou, no o havendo na loca- lidade, estando impedido, incomunicvel ou impossibilitado de comparecer, participar outra pessoa capaz que, a critrio do tabelio ou oficial de regis- tro, tenha idoneidade e conhecimentos bastantes.

    Art. 94. No atendimento pessoa portadora de deficincia visual, o tabelio ou oficial de registro exigir a apresentao de documento de identidade ofi- cial e lhe far a leitura do ato praticado em voz alta, fazendo dele constarem o nmero e o rgo expedidor do documento apresentado, a assinatura de 2 (duas) testemunhas e a do prprio interessado, se souber assinar.

  • 42

    Art. 95. Quando para a prtica do ato for obrigatria a identificao do inte- ressado, dever ser apresentado o original de documento de identificao oficial com foto que permita o efetivo reconhecimento do portador, e dentro do prazo de validade, se houver.

    TTULO VII

    DAS CERTIDES E TRASLADOS

    Art. 96. Traslado o instrumento pblico mediante o qual expedida a primei-

    ra cpia integral e fiel do teor de escritura pblica, com a mesma data.

    Art. 97. Certido o instrumento pblico expedido em razo do ofcio e que

    contenha, alternativamente:

    I a cpia integral e fiel do teor de escrito existente em livro ou arquivo da

    serventia;

    II o resumo de ato praticado ou de documento arquivado na serventia;

    III o relato da realizao de atos, conforme quesitos;

    IV a negativa da existncia de atos.

    1. No caso de emisso de certido de inteiro teor, cabe ao tabelio ou ofi-

    cial de registro emitir certido dos atos praticados, documentos arquivados ou

    digitalizados.

    2. No caso de emisso de certido conforme quesitos, a parte dever indicar

    com clareza as informaes que deseja obter.

    Art. 98. O traslado e a certido de inteiro teor podem ser extrados por qual-

    quer meio reprogrfico desde que assegurada a fidelidade da cpia ao original

    e indicada a localizao do texto reproduzido.

    1. A margem superior do anverso da folha consignar as designaes do Esta-

    do, da comarca, do municpio, do distrito e do servio notarial ou de registro e,

    no caso de traslado, a espcie e o nmero do livro, bem como o nmero da folha.

    2. Caso o traslado ou a certido extrados por meio reprogrfico contenham

    mais de uma lauda, o instrumento notarial que lhes conferir autenticidade

    deve ser lavrado ao final do texto ou, na falta de espao disponvel, em folha

    parte, mencionando-se a quantidade de laudas, que sero todas numeradas e

    grampeadas ou coladas, de modo a caracterizar a unidade documental.

    3. Para efeito do pargrafo anterior, considera-se lauda cada face da folha

    de papel.

  • 43

    4. Ficando em branco o verso de qualquer folha, o espao dever ser inu-

    tilizado ou no anverso devero ser inseridos em destaque os dizeres VERSO

    DA FOLHA EM BRANCO.

    Art. 99. Nas serventias em que for implementado o Selo de Fiscalizao Ele-

    trnico, autorizada a extrao do traslado e da certido por meio eletrnico

    desde que assinada digitalmente com o uso de certificado digital, que deve

    atender aos requisitos da Infraestrutura de Chaves Pblicas Brasileira ICP-

    -Brasil.

    Pargrafo nico. Na hiptese do caput deste artigo, as escrituras e outros

    documentos pblicos podero ser remetidos pela internet diretamente pelo

    tabelio ou oficial de registro ou seus prepostos ao Ofcio de Registro de Im-

    veis, a outras serventias ou ao interessado.

    Art. 100. A serventia que efetuar o registro de documentos e imagens dever,

    a requerimento dos interessados, emitir certido de todo o arquivo registra-

    do ou, conforme quesitos, de parte dos mesmos.

    Art. 101. Os traslados e as certides fazem a mesma prova que o original,

    devendo deles constar obrigatoriamente a identificao do servio notarial

    e de registro expedidor, com o nmero ordinal do tabelionato ou ofcio, a

    atribuio, a localidade, o nome do tabelio ou oficial de registro, o endereo

    completo e o nmero de telefone.

    Art. 102. Da busca realizada, ser entregue ao interessado comprovante da

    prtica do ato, nas hipteses em que dela no resultar o fornecimento de

    certido.

    Pargrafo nico. O comprovante de busca conter a identificao disposta no

    art. 101 deste Provimento e mencionar apenas a localizao ou no do ato,

    indicando o perodo solicitado.

    Art. 103. A certido negativa somente ser emitida mediante requerimento

    verbal ou escrito do usurio.

  • 44

    TTULO VIII

    DO DOCUMENTO ESTRANGEIRO

    Art. 104. Para produzirem efeitos em reparties da Unio, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territrios e dos Municpios, a includas as serventias notariais e de registro, todos os documentos de procedncia estrangeira de- vem observar as seguintes disposies:

    I os documentos que tenham sido expedidos por autoridade pblica do pas estrangeiro ou que contenham a sua assinatura devem ser legalizados unicamente perante as Reparties Consulares do Ministrio das Relaes Exteriores no pas de origem;

    II os documentos pblicos ou particulares devem ser traduzidos para a ln- gua portuguesa por tradutor juramentado e inscrito na Junta Comercial;

    III para produzir efeitos legais no Brasil, os documentos emitidos em pases estrangeiros devem, assim como suas respectivas tradues, ser registrados no Ofcio de Registro de Ttulos e Documentos, nos termos do item 6 do art. 129 da Lei dos Registros Pblicos.

    Pargrafo nico. No podem ser realizados avisos, comunicaes, intimaes ou notificaes extrajudiciais em lngua estrangeira, mesmo que conste do documento tambm uma verso do texto em lngua portuguesa, salvo se acompanhados de traduo efetuada por tradutor juramentado, na forma do inciso II do caput deste artigo.

    Art. 105. O procedimento previsto no art. 104 deste Provimento no se aplica aos instrumentos lavrados em Embaixada ou Consulado Brasileiro no exterior.

    TTULO IX

    DOS DOCUMENTOS ASSINADOS COM USO DE CERTIFICADO DIGITAL

    Art. 106. Nos termos do art. 10, 1, da Medida Provisria n 2.200-2, de 24 de agosto de 2001, as declaraes constantes dos documentos em forma eletrnica produzidos com a utilizao de processo de certificao disponibi- lizado pela ICP- Brasil presumem-se verdadeiras em relao aos signatrios.

    Pargrafo nico. O documento eletrnico produzido na forma do caput deste artigo pode ser objeto de registro ou averbao, de acordo com a legislao vigente, devendo o oficial de registro, para tanto, consignar a data e a auten- ticidade das assinaturas eletrnicas constantes do documento, bem como se o documento sofreu alteraes aps ter sido assinado por qualquer um de seus signatrios.

  • 45

    TTULO X

    DOS SELOS DE SEGURANA

    CAPTULO I

    DA OBRIGATORIEDADE

    Art. 107. - obrigatria a aplicao do Selo de Segurana em todos os atos notariais e de registro ou submetidos a exame a quando da prtica de atos notariais e de registro, o qual integrar a forma de autenticao de cpias de documentos, reconhecimento de firmas, abertura e encerramento de livros, inclusive aqueles com folhas soltas, certides, escrituras, procura- es, testamentos, decorrentes de processo eletrnico ou no, bem ainda quaisquer outros papis entregues aos usurios dos servios notariais e de registro para certeza e comprovao de direitos.

    1. Cada ato notarial ou de registro praticado receber um Selo de Segu- rana, sendo vedada a sobreposio de selos.

    2. A sobreposio a que o pargrafo anterior se refere a sobreposio fsica de um selo sobre outro, o que pode comprometer a identificao do tipo, srie e numerao de todos os selos constantes de um mesmo docu- mento.

    3. Ausncia do Selo de Segurana acarreta a invalidade dos atos e papis mencionados no caput deste artigo e a consequente responsabilidade do ti- tular do servio pela omisso.

    Art. 108. O Selo de Segurana autoadesivo e microsserilhado, de modo que depois de colado, no possa ser removido, conter numerao sequencial e srie e ser dotado de elementos prprios de segurana, tais como, antiscan- ner, fundo especfico formado por linhas ou por linhas e letras, texto Poder Judicirio Estado do Par em microletras positivas, braso e cabealho sen- svel ao tato (calcografia) ou holografia.

    Art. 109. vedado o repasse do Selo de Segurana de uma serventia para outra, caracterizando a desobedincia ao disposto neste artigo como infra- o disciplinar punida na forma da Lei Federal n 8.935 de 18 de novembro de 1994.

    Art. 110. Os selos dos atos relacionados na Tabela de Emolumentos sero apostos nos documentos entregues aos usurios.

    Pargrafo nico. Os atos que pela sua natureza no so lavrados e/ou regis- trados em livros devem ser apostos no 1 traslado e/ou 1 via do ato a que se referem.

  • 46

    Art. 111. O carimbo da serventia e a assinatura do responsvel sero apostos sobre parte do selo de fiscalizao, de tal forma que no comprometa a ntida visualizao de seus dados identificadores (tipo, srie e numerao).

    Art. 112. No caso do documento possuir mais de um ato, sero utilizados tantos selos quantos forem os atos.

    Art. 113. Se um documento possuir mais de uma folha e for praticado apenas um ato, somente um selo ser utilizado e ser colado onde houver a assina- tura do serventurio.

    Art. 114. Na autenticao de documento contendo vrias folhas, os selos cor- respondentes podero ser distribudos no documento, em sequncia e sem que haja interrupo.

    Pargrafo nico. No verso do documento autenticado ser utilizado o carim- bo EM BRANCO.

    Art. 115. Pela autenticao de cpia da frente e do verso do CPF, do ttulo de eleitor ou documento de identidade vlido em todo o territrio nacional, ser aposto apenas um selo.

    Art. 116. Nas certides expedidas s entidades integrantes do Poder Pblico beneficiadas com iseno de emolumentos, ser aplicado apenas um selo do tipo gratuito, independentemente do nmero de devedores ou buscas efetuadas.

    Art. 117. permitido s Serventias Extrajudiciais cobrar dos usurios o res- sarcimento dos valores pagos pelos selos de segurana que validam os atos praticados.

    CAPTULO II

    TIPOS DE SELO DE SEGURANA

    Art. 118. O Selo de Segurana ser confeccionado em onze (11) modelos, com cores e tonalidades especficas, variveis periodicamente, conforme dis- puser ato das Corregedorias de Justia, tendo as seguintes denominaes:

    I - reconhecimento de firma;

    II - autenticao;

    III - certido;

    IV - gratuito;

    V - geral;

  • 47

    VI - escritura pblica;

    VII - procurao pblica;

    VIII - certido de nascimento - 1. via;

    IX - certido de bito - 1. via;

    X - certido de nascimento - 2. via gratuita;

    XI - certido de bito - 2. via gratuita.

    1. Cada tipo de selo ser utilizado de acordo com sua finalidade, tendo as seguintes especificaes:

    I - Reconhecimento de Firma - para declarar a autoria e veracidade da assina- tura lanada em qualquer documento;

    II - Autenticao - para autenticar as cpias de documento pblico ou parti- cular;

    III - Certido - ser aposto em todas as certides expedidas que no tenham selo especfico, como as de nascimento e bito, independentemente da atri- buio;

    IV - Gratuito - ser utilizado em todos os documentos de interesse da Unio, Estados, Distrito Federal e Municpios, bem como nos demais atos em que a iseno autorizada por lei, exceto as primeiras e segundas vias em condi- es de gratuidade das certides de nascimento e bito;

    V - Geral - ser usado para atestar todos os atos que no possuam selos espe- cficos e nem estejam em condio de gratuidade, inclusive nos 2 traslados de Procurao e Escritura Pblicas;

    VI - Escritura Pblica - nas escrituras referentes s transaes imobilirias e outras especificadas em lei;

    VII - Procurao Pblica nas procuraes e substabelecimentos apresenta- dos aos Cartrios de Notas para lavratura no Livro competente;

    VIII - Certido de Nascimento 1. Via nas primeiras vias de certides de nascimento;

    IX - Certido de bito 1. Via nas primeiras vias das certides de bito;

    X - Certido de Nascimento - 2. Via Gratuita - nas segundas vias gratuitas de certides de nascimento;

    XI - Certido de bito - 2. Via Gratuita - nas segundas vias gratuitas de cer- tides de bito.

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    2. Os selos sero aplicados em obedincia estrita sequncia numrica, ou seja, o primeiro lote entregue dever ser totalmente consumido antes da utilizao do segundo e assim sucessivamente.

    3. Os Selos de Segurana dos tipos Gratuitos, Certido de Nascimento - 1 e 2 Vias Gratuitos e Certido de bito - 1 e 2 Vias Gratuitos sero forne- cidos sem nus as serventias, vedada qualquer cobrana de emolumentos.

    Art. 119. A dispensa ou a reduo dos emolumentos, a qualquer ttulo, no importar na dispensa da aplicao do Selo de Segurana.

    CAPTULO III

    DO PEDIDO DE SELOS DE SEGURANA

    Art. 120. O pedido poder ser efetuado via internet, fac-smile ou pelo cor- reio, mediante o preenchimento do formulrio de Pedido de Selos de Segu- rana, disponvel no stio www.tjpa.jus.br, devendo sempre conter a identifi- cao por senha ou assinatura do funcionrio previamente cadastrado, junto com o respectivo comprovante de recolhimento do valor devido ao Fundo de Reaparelhamento do Judicirio, atravs de boleto bancrio.

    1. Para acesso via internet, o (a) titular da Serventia dever oficiar Coor- denao Geral de Arrecadao, solicitando o cadastramento e a senha provi- sria - tanto pessoal quanto de prepostos que o titular indicar que poder ser alterada a quando do seu recebimento, contendo o nome do responsvel pela compra e recebimento dos selos, que ser o responsvel direto por sua guarda e destinao.

    2. O descredenciamento tambm dever ser solicitado quando houver alterao de pessoal na Serventia (desligamento, entrega de Cartrio, etc.).

    3. Para as serventias que utilizarem os formulrios manuais, os mesmos devero ser remetidos ao Servio de Comercializao de Selos de Segurana, atravs de meio postal ou via fax, devidamente acompanhado do boleto de pagamento, que dever ser assinado pelo funcionrio previamente cadastrado.

    4. As serventias podero receber os Selos diretamente junto ao Servio de Comercializao de Selos de Segurana, nas dependncias do Tribunal de Justia, desde que o recebedor seja o funcionrio responsvel previamente cadastrado ou mediante autorizao expressa do Oficial Titular, com o com- petente registro do ato.

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    5. O pagamento dos valores referentes aquisio de Selos de Segurana s poder ser realizado atravs de boletos bancrios, modelo FEBRABAN, que no podem ser xerocopiados, ou utilizados por serventia diversa da identifi- cada no boleto, na Conta do Fundo de Reaparelhamento do Poder Judicirio, na instituio bancria credenciada junto ao Tribunal de Justia do Estado.

    6. O recolhimento dos valores de aquisio dos Selos de Segurana realiza- do atravs de qualquer outro meio (depsito bancrio, boleto xerocopiado, boleto de serventia diversa identificada) ser considerado como no efetu- ado.

    7. As serventias que no disponham de equipamento ou de acesso in- ternet, solicitaro Diretoria do Frum das Comarcas o agendamento de dia e hora para o acesso pgina do site deste Tribunal, a fim de que possam realizar o pedido de aquisio de Selo de Segurana.

    Art. 121. O pedido e o respectivo pagamento de aquisio de selos devero ser efetuados at o dia 10 de cada ms, considerando o movimento mensal da serventia.

    1. O pedido e o respectivo pagamento de aquisio de Selos de Segurana, realizados aps a data estabelecida no caput deste artigo, sero considerados como pedido emergencial, e implicar o pagamento de uma taxa de servio, proibido o seu repasse aos usurios, sob pena de responsabilidade e aplica- o das sanes cabveis previstas na Lei Federal n 8.935/94.

    2. O prazo de remessa dos Selos de Segurana ao cartrio ser de dez dias teis para pedidos normais e de cinco para os emergenciais, contados do protocolo do pedido, aps a devida comprovao do recolhimento do valor devido pela aquisio dos selos.

    Art. 122. Cada serventia ser responsvel pelo arquivamento de todos os do- cumentos referentes ao pedido e ao recebimento dos Selos de Segurana que solicitar.

    CAPTULO IV

    DA DANIFICAO, FURTO OU EXTRAVIO DO SELO

    Art. 123. Havendo danificao, furto ou extravio do selo, a serventia perti- nente comunicar o fato, dentro do prazo improrrogvel de quarenta e oito (48) horas, Coordenadoria Geral de Arrecadao, relatando a quantidade e respectiva numerao, sem prejuzo de sua responsabilidade nos casos de culpa ou dolo.

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    1. Em caso de danificao, a serventia dever remeter os Selos de Segu- rana Coordenadoria Geral de Arrecadao, que publicar mensalmente a relao no Dirio da Justia, procedendo em seguida destruio dos referi- dos selos.

    2. Em caso de furto ou extravio do selo, a serventia dever formalizar o ocorrido junto autoridade policial para o competente registro do Boletim de Ocorrncia, comunicando em seguida Secretaria de Planejamento, Co- ordenao e Finanas, que proceder, imediatamente, remessa Correge- doria de Justia competente para as providncias cabveis.

    TTULO XI

    DOS EMOLUMENTOS E DA TAXA DE FISCALIZAO

    CAPTULO I

    DOS EMOLUMENTOS

    Art. 124. A cobrana de emolumentos pelos atos notariais e de registro prati- cados pelas Serventias Extrajudiciais deve observar rigorosamente os valores constantes da Tabela de Emolumentos vigente, observadas as notas nela cons- tante.

    Pargrafo nico. Os emolumentos so base de clculo para a aplicao do per- centual de 10% (dez por cento) devido pelas Serventias a ttulo da Taxa de Fis- calizao das atividades notariais e registrais. A inobservncia do disposto no caput deste artigo, que resultar em prejuzo ao recolhimento da referida taxa, enseja cobrana complementar da taxa de fiscalizao devida a este Tribunal, sem prejuzo das penalidades constantes na Lei n 8935/1994 e no Provimento Conjunto n 017/2014.

    Art. 125. A prestao de contas dos emolumentos recebidos feita atravs de Boletim de Emolumentos, no modelo nico vlido para todas as serventias, sendo obrigatrio o preenchimento de todos os seus campos, para posterior remessa Coordenao Geral de Arrecadao, por meio eletrnico de dados ou pelo correio.

    1. As serventias isentas do pagamento da Taxa de Fiscalizao de acordo com o art. 20 do Provimento Conjunto n 003/2008, tambm esto obrigadas a remeter Coordenao Geral de Arrecadao o Boletim de Emolumentos, deixando sem preenchimento os campos denominados: Nota, N de Procedi- mento, Valor da transao e Valor do Repasse TJE.

    2. Os Cartrios de Notas podem informar a quantidade de reconhecimentos de assinatura e autenticao de documentos realizados diariamente, com a sequncia inicial e final de cada um dos tipos de selos de segurana utilizados.

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    CAPTULO II

    DA TAXA DE FISCALIZAO

    Art. 126. A Taxa de Fiscalizao instituda pelo art. 3, inciso XV, da Lei Com- plementar n 21, de 28.02.94, com a redao modificada pela Lei Comple- mentar n 042, de 18.12.2002, dever ser recolhida mensalmente, at o dia cinco (05) do ms subsequente, mediante boleto bancrio fornecido pelo Sis- tema Integrado de Arrecadao Extrajudicial Cartrio Extrajudicial, no site do Tribunal de Justia do Estado em favor do Fundo de Reaparelhamento do Judicirio - FRJ.

    Pargrafo nico. As serventias no informatizad