AULAS PARA 3°ANOS

ARTE POPULAR 02

PROF. JÚLIO FRANCA

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TERCEIRO ANO DO ENSINO MÉDIO

A ARTE PRIMITIVA

Arte primitiva, também chamado de arte ingênua, saiu para a cultura da arte no final do século 19, quando houve uma grande distinção entre a Europa tecnologicamente avançada e a América do Norte em comparação com o resto do mundo.Trata-se, como muitos afirmam, uma palavra etnocêntrica que é um subproduto da era colonial, quando muitas pessoas viram aqueles que não fazem parte da cultura cristã como pessoas “primitivas”.Obra de arte trazido de volta para a Europa e América feitos por tribos na África, ilhéus do Pacífico, e osaborígines na Austrália todos ganharam o rótulo de arte primitiva. Eventualmente, ela veio para abrangerqualquer arte feita pelos povos nativos da América do Sul, África, Austrália e Oceania. No entanto, trabalhosde arte da China, Índia e os países islâmicos normalmente não caem sob a arte primitiva.

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A ARTE PRIMITIVA

O Primitivismo também recebeu o nome de arte naif, sendo criado pelos artistas que davam ênfase a arte simples e sem grandes ornamentos.Não é só por que sua forma de fazer arte era de certa forma pobre, que as artes não possuíam valor, pois ao contrário do que se imagina, a arte aplicada nesse estilo é rica em informações, pois sua simplicidade torna mais fácil o entendimento do observador, que ao olhar o quadro ou escultura, já tem a exata noção da mensagem na qual o artista gostaria de transmitir para o público.Os temas do dia-a-dia estão nas pinturas Naifs ou primitivas de cores fortes, com perspectivas livres, para dar profundidade, e aspectos líricos representando sonhos. A roça, a pesca e as paisagens com rios e lagos se misturam ao casario urbano cheio de pessoas sem rostos. Cenas inéditas e surpreendentes, densas em religiosidade, minuciosamente pintadas, revelam a criatividade desses pintores semiletrados, com clarões de grande criação pictórica. Heitor dos Prazeres retratou as danças populares sem os recursos eruditos da pintura, como luz e sombra.

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A ARTE PRIMITIVA

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TERCEIRO ANO DO ENSINO MÉDIOA ARTE PRIMITIVAHeitor dos PrazeresA arte primitiva foi também chamada de naif no início do século 20,quando valorizada pelos artistas eruditos que acolheram comomanifestação de valor próprio. As características dessas obras são assoluções plásticas diferentes daquelas da academia ou das escolas deartes, como o emprego da perspectiva, a mistura das cores e as zonasdos claros e escuros. Além disso, recursos para se conseguir os efeitos deilusão, que aproximam a representação do objeto ou a consciência deque se está rompendo regras estilísticas. Na obra representada acimapodemos observar o frevo tradicional dança

https://www.youtube.com/watch?v=Hsb_OcHqqhchttps://www.youtube.com/watch?v=0xEnkEP5qe4

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A ARTE POPULAR E ARTE ERUDITA

A arte popular e a erudita se entrelaçam nos temas e nas soluções plásticas, uma alimentando a outra. Os santeirospopulares se inspiram nas imagens dos santos e oratórios barrocos eruditos, e há artistas eruditos que têm como base decriação as gravuras da literatura de cordel. Na religiosidade africana, o candomblé, com suas roupas de capim, tecidos emetais, inspirou a obra de Carybé, artista argentino que viveu na Bahia. Os instrumentos dos orixás e suas simbologiasnortearam a obra de Rubem Valentim, e a cor vermelha mais o branco e o preto estão presentes na obra do escultorEmanoel Araujo. Esses dois artistas baianos pertencem ao movimento do abstracionismo. Vale lembrar que Tarsila doAmaral, em viagem a Minas Gerais, em 1924, descobriu os rosas e os azuis de gosto popular, que passou a empregar emmuitas de suas telas, como em A cuca, Mamoeiro etc.

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A ARTE POPULAR E ARTE ERUDITA

DEFINIÇÃO:Arte Popular: passada adiante pela oralidade, não tem o sentido de evolução e mudança, está ligada a valores e a culturado local onde é criada, geralmente rural. Criação social.

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A ARTE POPULAR E ARTE ERUDITA

DEFINIÇÃO:Arte Erudita: Suas técnicas e história dependem da escrita, tem um sentido de mudança e inovação, o artista aprende astécnicas e tenta ir mais longe. Criação individual.

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TERCEIRO ANO DO ENSINO MÉDIOA ARTE POPULAR E ARTE ERUDITAMestre VitalinoNas suas obras, o cotidiano do povo nordestino está representado pelo casamento. Nela, vêem-se os noivos montados em um animal, com os personagens tipicamente paramentados para a ocasião. O noivo, em sua posição ereta, mostra uma hierarquia a partir de seu tamanho em proporção à noiva, que vai na garupa do animal, levando seu pequeno buquê em uma das mãos. A posição dura, com perfis marcados, provoca olhares em direções diversas. A noiva, à sombra do noivo, exibe uma expressão de surpresa e se segura antes do galope do animal. O noivo, por sua vez, está levemente inclinado para trás. A coloração da peça é bastante sutil, com pigmentos minerais, destacando a rédea e o relho do animal e das mão do noivo. As roupas dos personagens são mais claras do que o corpo do animal e há um destaque maior nos rostos, na botina, na gravata, no chapéu do noivo e nos pequenos olhos em branco e preto do casal e do animal. Nota-se ainda o nome de Vitalino carimbado em destaque na pequena peça. Quando há uma base nesse tipo de obra, a identificação se localiza na parte inferior.

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TERCEIRO ANO DO ENSINO MÉDIOA ARTE POPULAR E ARTE ERUDITAMestre Vitalino

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A ARTE INCOMUM OU ART BRUT

Muitos artistas ainda podem ser chamados de genuínos e intuitivos; outros, de mais difícil rotulação, são aqueles quefazem uma arte incomum ou brut. Não é preciso classificar nem os artistas, nem a arte, mas há expressões artísticasreconhecidas naqueles que criam em momento de sã consciência ou alternando estados mentais e espirituais, vivendo àmargem da sociabilidade. Para esses casos, críticos e psicanalistas nos dão diretrizes de apreciação e julgamento. Tanto noRio de Janeiro como em São Paulo, hospitais psiquiátricos se valeram da expressão artística para o tratamento dospacientes. As obras desses artistas internos estão na origem do Museu de Imagem do Inconsciente, criado pela psiquiatraNise da Silveira em 1952 e inaugurado em 1973

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A ARTE INCOMUM OU ART BRUT

Arthur Bispo do Rosário é um dos artistas esquizofrênicos (que apresentam distúrbios de demência precoce) mais divulgados no Brasil e no exterior. Sua obra se destaca pela contemporaneidade no uso dos objetos agrupados ou dispostos à maneira da pop art, superando as barreiras da pintura e do desenho. Em vez de usar telas ou papel, empregou tecido; deixou tinta e lápis para utilizar a linha para bordar. Seus materiais não eram novos, mas reaproveitáveis. Utilizando basicamente sucatas transformadas em objetos dispostos de maneira diferenciada, o artista aguça a mente de espectadores e críticos. Durante o período em que esteve se tratando no Rio de Janeiro, no hospital do Engenho de Dentro, Bispo do Rosário produziu sua obra mais conhecida: Manto da apresentação. O manto é um vestuário da realeza, ou seja, utilizado em cerimoniais religiosas. Na história da arte é muito comum essa representação simbólica de proteção. O Manto de Bispo tem dimensões de atemporalidade. É bordado no direito e no avesso, com gol plissada e galões nas ombreiras, de onde pendem os cordões de cortinas

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REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICABOZZANO, Hugo [et.al]. Arte em interação. Volume Único.São Paulo: IBEP, 2013.CHIPP, H.B. Teorias da Arte Moderna. Volume Único. SãoPaulo: Martins Fontes, 1993GOMBRICH, E.H. A história da Arte. Rio de Janeiro: EditoraGuanabara, 1978.youtube.