2012-09-12 calor e temperatura
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teoria para mperatura e
a Materia, temperatura e calor
Conceito fisico de temperatura
Conceito fisico de calor
Processos de varia~a.o de temperatura
> > > Utilizamos uma serie de objetos com a finalidade de dificultar ou facilitar o processo de aquecimento ou de resfriamento. Panelas de ferro, de alum1nio, de barro; cabos de madeira, de plastico (baquelita); caixas de isopor; fogoes; refrigeradores; circuladores de ar; estufas e coletores solares sao alguns aparelhos que possuem propriedades associadas a transferencia de energia devido a diferen~a de temperatura entre eles.
Este capitulo trata dos conceitos fisicos de temperatura e de calor. Vamos identificar e caracterizar os diferentes processes pelos quais obtemos o aqueci mento (ou resfriamento) dos objetos pela transferencia de energia, exclusivamente por diferen~a de temperatura.
MATERIA, TEMPERATURA E CALOR
Atividade experimental .
No nosso dia-a-dia, utilizamos o tato para
·r o grau de aquecimento dos objetos. Consi- r-·
mos um objeto quente quando sentimos que
Fa~a uma lista de diferentes objetos e materiais que estao a sua volta e anote as sensa~oes termicas ( quente ou frio) obtidas pelo tato. Ao final, dis
cuta com os colegas seus resultados. possui uma temperatura maior do que a de
o corpo. Para essa comparac;ao, usamos o ta
Quando provamos nossa com ida, por exemplo, 1
_ ,..,r,pn" mos se esta quente ou fria pelo contato
nossos labios.
Nos dias quentes de verao, e muito agrada
chegar a casa, tirar os tenis e as meias e andar
-~::a lc;o. 0 contato do pe com o chao proporcio
sensac;oes distintas: o carpete e o tapete, por --------plo, estao quentes, mas a lajota de ceramica,
parede e o metal da geladeira estao frios. Mas
que esses objetos estao de fato com tempera-
Se voce colocar uma das maos num recipiente com agua quente e a outra num recipiente com
agua fria e, depois, puser as dBBuas num terceiro
recipiente contendo agua morna, o que vai sentir
em cada uma das maos? Como tato, voce sera capaz de medir a temperatura real da agua morna?
Atividade experimental Pegue tres recipientes e coloque,
em cada urn deles, quantidades iguais de agua: fria, morna e aquecida, ate o ponto em que seja possivel toca-la.
Coloque, simultaneamente, uma das maos no recipiente com agua quente e a outra no recipiente com agua fria. Em seguida, coloque as duas maos no recipiente com agua morna.
0 que se pode dizer sobre a temperatura da agua moma levando-se em conta as sensa~;oes obtidas pelas maos?
Essa experiencia mostra q e o a o ao e um born recurso para determinar a e peratura dos objetos, pois cada mao e e ma sensac;ao diferente da agua morna. Se usassemos dois ter-
135
-z • .... Q
-• ... • ,. • • .... X ... "" > .... c:: ,. > ... 0
.... • t"" 0 ,.,
o Iugar das maos, entretanto, ca<;ao da temperatura da agua mor
se ·a a mesma, nao importando se fo-ra colocados anteriormente na agua
ente ou na fria .
Antes de prosseguirmos com esse es-udo, mostraremos mais um exemplo de
como o conhecimento e construfdo pela ffsica . Apresentaremos duas concep<;6es de calor, elaboradas em epocas distintas: o calor como uma substancia e o calor como transferencia de energia.
Figura 1: Termometro.
Teoria do calor como substancia No seculo XVII I, o calor era considerado
uma especie de substancia invisfvel ou um tipo de fluido, como a luz, a eletricidade eo flogfstico (fluido que se imaginava ser o responsavel pela combustao). Quanta maior a quantidade desse f luido " calor" em um objeto, maior seria sua temperatura. Num ambiente isolado, o objeto poderia guardar essa substancia "calor" , mantendo sua temperat ura constante. Em cantata, dais objetos a temperaturas diferentes troca riam o flu ido "calor", que iria do corpo mais quente para o mais frio, ate que suas temperaturas fossem iguais, ou seja, ate que fosse atingido o equiHbrio termico entre eles. Quando tal estado era alcanc;ado, imaginava-se que a passagem dessa substancia cessava.
Essa teoria considerava ainda que o " calor" era atrafdo pela mate ia e sua quantidade total era constante: ele nao r:J dia ser criado nem destrufdo.
Embora a teoria do calor como uma substancia explicasse satisfatoriamente o processo de eouilfbrio termico, nao justificava outros fenornenos, porque era precise admitir que essa subs:a ·a nao tinha massa, pois, mesmo muito aque-
• um objeto tinha a mesma massa de outro a ~ 2 emperatura menor. Logo, a substancia "ca- • -.ambem denominada cal6rico, apresentava
::.= ::: _e(sticas muito especiais: penetrava facil--~c: a materia, era atrafda por ela, nao podia ~;::;.a em destrufda e nao possufa massa.
as eorias da ffsica, busca-se explicar Siili5fc:CJ(E-...,e .e a maior quantidade possfvel de
fenomenos. Como a teoria do cal6rico explicaria o aquecimento provocado pelo atrito entre dois objetos?
Quando esfregamos as maos, gradativa
mente elas se aquecem. 0 mesmo fato se verifica
quando furamos urn metal com uma broca. Esse
t ipo de aquecimento esta relacionado ao atrito en
tre objetos. No seculo XVIII, Benjamin Thompson,
que trabalhava numa fabrica de canhoes, perce
beu que, ao fazer um furo no cano de um canhao
de metal, produzia-se um grande aquecimento, o
que significava que a quantidade de cal6rico esta
va aumentando. A hip6tese de que todo aquele
calor ja estivesse na pec;a levaria a conclusao de
que o canhao deveria derreter antes mesmo de ser
furado, o que era um absurdo. Foi o pr6prio
Thompson quem reelaborou o conceito de calor
como o movimento das partfculas que constitufam
os materiais.
Figura 2: 0 aquecimento produzido pelo atrito nao e explicado pela teoria do cal6rico.
Apesar disso, a teoria do calor como subs
tancia foi aceita pelos cientistas durante todo o se
cu lo XVIII e, cotidianamente, muitas vezes conside
ramos o calor como uma substancia.
Teoria cinetico-molecular da materia Elaborada principalmente durante o seculo
XIX pelo ffsico britanico-americano Benjamin
Thompson (conde de Rumford, 1753-1814), pelo
f fsico alemao Rudolf Clausius (1822-1888) e pelo
matematico e f fsico escoces James Clerk Maxwell
(1831-1879), a teoria cinetico-molecular procura
va explicar inicialmente a constituic;ao da materia
no estado gasoso e como ela esta organizada. Pos
teriormente, devido a seu sucesso, ela possibilitou
compreender a organizac;ao da materia em outros
estados: o lfquido e o s61ido.
A palavra "cinetico" - ou "cinetica" - tem m grega e significa movimento. E uma pri
pista para entendermos essa teoria. Os ffsicos
a elaboraram consideraram duas hip6teses:
A materia no estado gasoso e formada de mimlsculas particulas, denominadas moleculas, com tamanho da ordem de 10- 8 em.
No estado gasoso, as moleculas estao em movimento aleatoric ou desordenado.
Ou seja, havia no estado gasoso um enorme de moleculas se movimentando ao acaso.
Ainda segundo essa teoria, por causa do tamaas moleculas do gas estariam completamente
--,.;,r::.rl::.c: umas das outras, nao havendo interac;ao
e elas, a nao ser nos curtfssimos instantes em
elas colidem entre si, alterando sua trajet6ria .
De acordo com essas hip6teses, era possfvel crever 0 comportamento dos gases e compre-
der algumas de suas propriedades. Por exemplo, gases nao apresentavam forma ou volume defi
es porque as moleculas, no estado gasoso, nao
ariam ligadas umas as outras; eles apresenta-
vam baixa densidade e facil compressao por causa da grande distancia que have
ria entre suas moleculas.
A teoria cineticomolecular permite tambern distinguir os conceitos de temperatura e calor, como veremos a seguir.
Figura 3: Representa~ao do movimento das moh!culas de urn gas, segundo a teoria ci netico-molecular.
1. Como a teoria do cal6rico explica o equilibria termico atingido, ap6s a mistura, entre duas amostras de agua, inicialmente a temperaturas diferentes?
2. A teoria do cal6rico consegue explicar o pro/
cessci de aquecimento obtido com o atrito? Justifique sua resposta.
3. Quais as duas hip6teses fundamentais da teoria cinetico-molecular da materia?
4. Como e compreendida a intera~ao entre as moleculas na materia no estado gasoso, na teoria cinetico-molecular?
CONCEITO FISICO DE TEMPERATURA
Do que depende a velocidade das .m.IDle!CUlas em urn gas?
A hip6tese de que as moleculas de um gasesjam em constante movimento aleat6rio permite gumas considerac;6es sobre suas velocidades. Esse ovimento depende exclusivamente da temperatu
ra do gas e, por esse motive, e denominado movi-mento termico desordenado. A temperatura am-·ente, por exemplo, a velocidade media das mole
culas de um gas e da ordem de 500 m/s.
Quando a temperatura de um gas au menta, em media a velocidade de suas moleculas tambem
aumenta. A temperatura, a velocidade e a energia cinetica media das moleculas sao conceitos intimamente ligados.
A temperatura de urn gas e uma medida
relacionada com a intensidade da agita~ao
(movimento desordenado) das moleculas que
o constituem.
Moleculas muito agitadas => temperatura alta.
Moleculas pouco agitadas => temperatura baixa.
137
... 0
D > ..., > "" > >
"' 0
n > I'"" 0
""
PIRA T AS 00 TIET~ William Thomson (ou lorde Kelvin), matematico e ffsico escoces (1824-1907), considerou
que a energia de movimento das moleculas dos
gases ati ngiria um valor mfnimo de temperatura,
ao qual ele chamou zero absoluto, e propos uma
escala de temperatura com infcio exatamente no
zero -absolute. Esta escala passou a ser denomina
da escala absoluta ou escala Kelvin.
Figura 4: 0 que levou o guarda a multar os carros? Que sugestao voce daria para desfazer esta situa~ao?
As diferentes escalas de temperatura A elabora~ao de uma escala de temperatura envolve a escolha arbitraria de dois valores como
parametres, que podem corresponder a fenomenos fisicos conhecidos: a fusao da agua (gelo) e a ebuli~ao da agua.
Anders Celsius, astronomo sueco que viveu entre 1701 e 1744, propos uma escalade temperatura que hoje e adotada intemacionalmente, conhecida como escala Celsius. Ele adotou o valor zero para a temperatura de fusao da agua e 0 valor 100 para a temperatura de ebuli~ao da agua. Dividiu o intervale entre as duas situa~oes em cern partes iguais, denominando cada parte como um grau (par essa razao, essa escala tambem pode ser chamada de centigrada). Desse modo, a fusao do gelo foi associada a temperatura ooc (le-se zero grau Celsius) e a ebuli~ao da agua, a 100°C (cern graus Celsius) , quando a pressao atmosferica vale 1,0 atm (ao nivel do mar).
Se comparaqnos dais termometros, urn na escala Kelvin e outro na escala Celsius, poderemos verificar a correspondencia entre os valores em cada uma das escalas:
Observe que cada valor de temperatura na escala Kelvin corresponde a urn valor na escala Celsius adicionado de 273, ou seja,
T = tc + 273
em que T e a temperatura em Kelvin e tc, em Celsius. Outras escalas de temperaturas foram sugeridas, dentre as
quais destaca-se a do fisico germano-holandes Gabriel Daniel Fahrenheit (1686-1736), adotada ate hoje nos paises de lingua inglesa. Nessa escala, o valor 32 corresponde a fusao da agua eo valor 212, a sua ebuli~ao. Assim, o intervale entre esses dois pontos tern 180 divisoes, cada uma equivalendo a urn grau Fahrenheit (1 °F).
Comparando-se os valores de temperatura da fusao do gelo e da ebuli~ao da agua nas escalas Celsius e Fahrenheit, constatamos que a varia~ao de urn grau na primeira escala corresponde a varia~ao de 1,8 grau na segunda. Como o valor 0°C corresponde ao valor 32°F, podemos converter graus Celsius em graus Fahrenheit usando a seguinte expressao:
tF = 1,8 · tc + 32
e tF e a temperatura Fahrenheit e tc, a temperatura Celsius.
esc ala Celsius
escala Kelvin
373K
293K 273K
OK
Figura 5: Compara~ao entre as escalas Celsius e Kelvin.
------- ----------Alguns valores aproximados de temperatura
interior do freezer -1 rc interior do refrigerador entre 4,0 e 7,0°C
------ - - -· - -------corpo humano 36,5°C
---- -- -- --~------~-- ·- ---~ -- -64 km abaixo da superficie da Terra 1800°C ------------- - -----------1------ -- ---
filamento da lampada 2 soooc ==;·P~~-q~;!-pa~~~-umi~o_ .1- is~oo~
bomba atomica 500 ooooc interior do Sol 10000000°C
bomba de hidrogenio ' 100 000 000°C
Tabela 1
Os conceitos de energia intema e de equilibrio termico
Segundo a teoria cinetico-molecular, um gas ideal e composto de moleculas em movimento,
separadas umas das outras e sem interac;ao entre si. Do ponte de vista energetico, podemos dizer
que tais moleculas tem, em media, uma energia ci
netica constante se nao houver mudanc;a de temperatura. A energia cinetica total de suas molecu
las ~ a .~!!~~9!~!-~~-~__r:na do gas, tambem chamada energia termica .
A energia interna nao depende s6 da temperatura. Se aumentarmos o mlmero de moleculas na amostra do gas, a energia interna tambem aumentara, mesmo que a temperatura se mantenha constante.
Se duas amostras de um mesmo gas, separa
das em dois recipientes (figura 6), tem igual numero
moleculas, mas temperaturas iniciais diferentes,
as energias cineticas medias de suas moleculas sao
mbem diferentes.
Se colocarmos as duas amostras em conta
' abrindo o registro indicado na figura 6, as mo
ulas com maier velocidade percorrerao maiores ancias, invadindo mais rapidamente o outro re
iente, colidindo com as mais lentas e transferin
parte de sua energia cinet_ica.
A B
{
moleculas com maior energia Maior temperatura cinetica media.
gas com maior energia interna.
Figura 6: Representa~o de duas amostras de urn mesmo gas a diferentes temperaturas (TA > T8 ) .
0 resu ltado desse processo e que, ap6s um certo tempo, a energia cinetica media das moleculas vai se aproximando de um mesmo valor. t exatamente nisso que consiste o conceito de equilfbrio termico na teoria cinetico-molecular da materia.
Temperatura, energia intern::-l equihorio termico sao conceitos q1~e j fazem parte da teoria cinetico-mole- 1 cular da materia e s6 podem ser compreendidos se considerarmos a ideia de que a materia e constituida de moleculas em movimento; Para uma determinada substancia, o grau de agita~ao ( energia cinetica media) de suas moleculas esta associado a sua temperatura, e o somat6rio das energias dessas moleculas corresponde a sua energia intema.
0 equilibrio termico entre duas substancias ocorre quando a energia cinetica media de suas moleculas e a mesma, ou seja, quando possuem a mesma temperatura.
No estado gasoso, a energia cinetica media das moleculas depende apenas da temperatura do gas. Podemos calcular esta energia cinetica media pela expressao:
3 Ec =- k·T. 2
T e a temperatura em Kelvin, Ec e a energia cinetica media em joules e k, uma constante cujo valor, no SI, e 1,38 X 10- 23 J/K.
J
139
c::: :c > .... ... Cl
"' -> ., > "' > > .... ... :c ., ... "' > .... c:::
"' > ... Cl
n > I""' Cl
"'
5. Como a teoria cinetico-molecular da materia define a temperatura de urn gas?
6. (Fuvest-SP) A televisao noticia que a temperatura em Nova York chegou aos 104 graus (naturalmente, 104 graus Fahrenheit). Esta temperatura equivale a:
a) 44°C. c) 36°C. e) 0°C. b) 40°C. d) 30°C.
7. Existe alguma temperatura com o mesmo valor na escala Celsius e na escala Kelvin? Se existe, qual e?
8. Existe alguina temperatura com o mesmo valor na escala Celsius e na escala Fahrenheit? Se existe, qual e?
9. Uma am astra de gas hidrogenio tern 6,0 x 1023 moleculas e esta a 100 K. Calcule:
a) a energia cinetica media das moleculas; b) a energia cinetica total (energia interna)
da amostra.
10. No que consiste a energia interna para a materia no estado gasoso?
11. Como a teoria cinetico-molecular da materia explica o equilibria termico de duas amostras de ga~, inicialmente a temperaturas diferentes?
CONCEITO FiSICO DE CALOR
Por que a energia interna de urn gas aumenta quando ele e aquecido?
Quando um gas recebe energia, a velocidade media de suas moleculas aumenta. ConseqOentemente, a energia cinetica total das moleculas do gas aumenta, ou seja, sua energia interna sofre um acrescimo. 0 efeito perceptfvel e o aumento da temperatura do gas, uma vez que ela representa uma forma indireta de medir sua energia cinetica media. Essa mudanc;a de temperatura ocorre porque o gas recebe energia de uma fonte que esta a uma temperatura maior que a dele.
Figura 7: Urn gas aquecido por uma fonte, neste caso urn bico de Bunsen, aumenta sua temperatura. lsso significa que suas moleculas tern sua energia cinetica media aumentada.
~ . I
. -r
_,.,...
Figura 8: Dois sistemas gasosos a temperaturas ferentes, quando misturados, atingem o equil termico. A temperatura de equilibria termico <n menor que TA e maior que T8 •
Tambem vimos que, quando duas amostras
e gas a temperaturas diferentes sao colocadas
em cantata, o equilibria termico e atingido ap6s ma troca de energia entre elas. Assim, sempre
e existir uma diferen~a de temperatura entre is slstemaso_u_objetos, uma certa quantiaade de
ergia e transferida do objeto mais quente para
Calor e a transferencia de energia
de urn objeto ou sistema para outro, devido, exclusivamente, a diferenc;a
de temperatura entre eles.
Note que existem duas maneiras de transfe
energia de um sistema para outro: par interme
do trabalho realizado par uma for~a, como ja em mecanica, e pelo calor. Nesse caso, s6 transferencia de energia quando houver di
-_,..,,.., de temperatura entre os sistemas.
Vamos analisar, com base nos conceitos de e calor, o que acontece quando uma pes
.....t-rcr•::~ uma mao na outra. 0 trabalho realiza
for~a muscular transfere energia para as ma parte dessa energia transforma-se em cinetica das maos, que se movem; a outra
e transferida para suas moleculas, aumen
sua energia cinetica media e, conseqOente-
ando a pessoa deixa de esfregar as maos, ..,"""'n-> . 0 ambiente esta a uma temperatura
menor que a das maos e, assim, ha transfer de energia das maos para ele. 0 resultado e rna diminui~ao da energia cinetica media das molecu
las das maos e, portanto, de sua temperatura.
Voce deve ter percebido que, para a ffsica, a
palavra calor tem um significado diferente daquele
empregado no dia-a-dia. t comum uma pessoa
dizer que esta com calor. Fisicamente, entretanto,
o calor nao esta nas pessoas, objetos ou sistemas.
Ele representa um modo de transferir energia de
um sistema para outro, par causa da diferen~a
de temperatura entre eles. A energia total que as
moleculas de um objeto possuem e considerada
sua energia interna, e nao seu calor. A frase "Es
tou com calor" nao tem sentido para a ffsica .
Calor e temperatura sao a mesma coisa?
Estes conceitos estao intimamente li
gados, mas sao diferentes. Temperatura e
uma medida do grau de agitac;ao (energia ci
netica media) das moleculas de urn sistema.
Calor e uma forma de transferir energia de
urn objeto ou sistema para outro decorrente,
exclusivamente, da diferenc;a de temperatu
ra entre eles.
141
0 lJil
> .... > ;JCJ
> >
"' 0
..., > .... 0 1011
> o-1 ... X ..., ... :o:l > o-1 c:: :o:l > ... 0
n > I"'" 0 :o:l
12. 0 que deve acontecer para que a temperatura de urn objeto varie?
13. Defina calor.
14. Quando dois sistemas atingern o equilibria terrnico, o que acontece corn a transferencia de energia?
15. Cite as duas rnaneiras possiveis de transferir energia de urn sistema para outro.
16. Quando urna broca fura urna parede, ha transferencia de energia? Justifique sua resposta.
17. Quale a diferen~a entre calor e temperatura?
PROCESSOS DE VARIA~AO DE TEMPERATURA
0 processo de aquecimento de uma colher e o mesmo que o de um pouco de agua?
Vimos que calor e a transferencia de ener
gia de um sistema para outro, quando existe dife
renc;a de temperaturas entre eles. Esta transferen
cia pode ocorrer de tres formas: por convecc;ao, por conduc;ao e por irradiac;ao.
Convec~ao
Por que o congelador fica na parte de dma da geladeira?
Quando esquentamos agua numa chaleira,
a parte da agua que esta no fundo, aquecida pelo
contato com o metal quente, aumenta de volume,
torna-se menos densa e sobe. Ao mesmo tempo,
seu Iugar vai sendo ocupado pelas camadas mais
densas, ou seja, mais frias, que estavam acima dela.
Assim, formam-se correntes de circulac;ao no inte
rior do liquido, denominadas correntes de convecc;ao. Como resultado, toda a agua da chaleira e aquecida. 0 movimento causado pelas correntes
de convecc;ao nao deve ser confundido com a tur
bulencia que ocorre durante a ebulic;ao do lfquido.
0 movimento do ar na atmosfera, o vento,
e resultado das correntes de convecc;ao. Como as
temperaturas variam muito durante o dia, os ven
os sao diferentes nas varias regi6es do planeta . 0
142
vento constante das regi6es pr6ximas ao equador,
por exemplo, ocorre porque o Sol aquece mais a
superffcie da Terra nessas regi6es, fazendo com
que o ar fique menos denso e suba. 0 ar frio dos
p61os, mais denso, move-se proximo a superffcie
terrestre para ocupar o Iugar do ar que subiu.
Figura 9: Urn aquecedor deve ser colocado proximo ao solo.
Quando colocamos um aquecedor numa
sala, como na figura 9, o ar aquecido sobe e pro
voca a formac;ao de correntes de convecc;ao. Os condicionadores de ar, por sua vez, devem ser ins
talados na parte superior das paredes, porque lan
<;am ar frio pela parte de cima. Esse ar, mais denso
e, enquanto oar mais quente desloca-se para formando as correntes de convee<;ao, que
·geram o ambiente. 0 mesmo processo resfria erior da geladeira (figura 1 0): o congelador e
•*>c:ado na parte de cima e as prateleiras sao vapara facilitar o deslocamento das correntes
l O: ·A movimentac;ao do ar no interior da gepelas correntes de convecc;ao, mantem sua
~-o:~atm·a baixa.
A transferencia de energia por convec~ao e caracterfstica de materiais fluidos (lfquidos e
Com a teoria cinetico-molecular, ate agora para gases, e possfvel interpretar 0 pro-
de convec~ao da seguinte forma: quando · e aquecido, ha um aumento da energia ci-
molecular faz com que o gas se expanda, maior volume e, consequentemente, sua densidade. Note que a conyec~ao
de um gas: as correntes de convec~ao .
de que as moleculas de um gas estao em movimento aleat6rio e que as corren
convec~ao caracterizam um movimento or
que se soma a este movimento aleat6rio.
os lfquidos tambem acontece um proces
s6 que ha uma intera~ao entre as que estao muito mais pr6ximas umas
das outras do que nos gases. Essa i ntera~ao e de natureza eletrica (conforme veremos com mais deta
lhes na parte 3) e mantem as moleculas ligadas umas
as outras. Desse modo, a energia interna dos lfquidos
nao e apenas cinetica, como nos gases, ha tambem um
t ipo de energia - denominada energia potencial - as
sociado a essa interac;ao entre as moleculas. A ligac;ao
entre as moleculas justifica o fato de um lfquido ter
volume definido e dificilmente poder ser comprimido.
Apesar de ligadas umas as outras, as moleculas num lf
quido podem trocar de posic;ao e, por isso, ele pode
fluir, assumir a forma do recipiente que o contem e
produzir correntes de convecc;ao em seu interior. Ou
seja, nos lfquidos, a transferencia de energia tambem
ocorre por convecc;ao, por intermedio da movimenta
~ao de suas moleculas.
Nos liquidos, o volume e definido
porque suas rnoleculas se atraern ele
tricarnente. Eles quase nao podern ser
cornprirnidos porque as rnoleculas se
repelern eletricarnente.
~~-----~-
_j
Figura 11: Nao sao s6 os liquidos que nao tern forma pr6pria.
Condu~ao
Por que OS cabos de panelas sao de madeira ou de plastico?
Quando colocamos uma panela no ogo, a parte que esta diretamente em con ato com a chama esquenta rapidamente. As outras partes da pa
nela, mesmo distantes da chama, aquecem-se por
143
c
"' > ... > "' > > ..... ... :c ... ... "' > ..... c::
"' > ... c n > t"' c
"'
... 0
n > l"' 0
"'
um processo denominado condu<;ao. Mas o cabo --~-------~ ~---~---~--~
da panela, geralmente de madeira ou de plastico,
j esquenta bem menos. Por isso, dizemos que a ma-
l deira e o plastico sao piores condutores termicos que os metais.
I I
Atividade experimental Coloque uma colher de madeira e
outra de metal em uma panela onde terminamos de esquentar arroz para servir (figura 12). Depois de 3 minu-
L tos toque na parte das colheres que ficou proxima, mas fora do contato direto com o arroz. 0 que voce observa? Procure explicar o que aconteceu. -· tac
.C'C Cta Q)'C -·-::::1 ~
Figura 12: Arroz cozido.
A figura 13 ilustra a capacidade de condu
<;ao termica de algumas substancias. 0 condutor e um cubo, de aresta 1,0 m, cujas faces inferior e su
perior estao a temperaturas constantes de 18°( e
17°(, respectivamente.
Alguns materiais, em geral s6lidos metalicos, como a prata e o alumfnio, sao bons condu
tores termicos. Outros, no entanto, sao isolantes,
como o vidro, a agua, a madeira e o ar. Para uma
mesma diferen<;a de temperatura, um bom condu
tor transfere energia mais rapidamente que um mau condutor. Por essa razao, as panelas sao feitas de metal, como alumfnio ou ferro, e seus ca
bos, de madeira ou plastico.
No inverno, quando a temperatura ambien
te e baixa, usamos agasalhos para dificultar a transferencia de energia de nosso corpo, que esta
a uma temperatura mais alta do que o ambiente. ,..... __________ -~--Qual a importancia, neste proces
so, do ar que fica entre as malhas do tecido?
~ -- .~.~~~--------
Voce ja viu um passaro no inverno? Ele pro
tege-se do frio eri<;ando as penas e mantendo ar
entre elas. Como o ar e um bom isolante termico,
ele dificulta a transferencia ~e energia do corpo -~ passaro para o ambiente.
Portanto, se retirarmos o ar que fica retido entre a Ia de um agasalho, ele perdera parte de sua
capacidade de isolamento.
201 J 1""·"'1 uu·u 1 0,600 J 0,125 J 0,024 J .
---- - -----1-- ·--------:~ / --,.."::: ____ ____________ _ ___ ..,.- -
I / [i S°C] prata agua ar ./:/ · ·r::::~:::::::::::::::::::::::::::::::::::::==::::::::::::::-.:.:::::::::::::=:=::-.:::::::::.:.::-.::====:=:::::-.::::::::::::::==:::::::::::::::::::::::::::::.:::::::::::::::::::::::::::::::::r./
Figura 13: Um cubo de prata de 1,0 m de aresta tem faces a temperaturas de 17°C e 18°C. A cada segundo, 419 J de energia atingem a superficie de menor temperatura.
144 ----
· Em uma sala fechada, o ar, o tapete, o piso
de madeira e a parede estao em equilibria termico,
tSto e, tem a mesma temperatura. Em geral, a tem
peratura de nosso corpo e maier que a da sala, e
a transferencia de energia de nosso corpo para os
demais objetos. Se, descalc;os, pusermos um pe no
tapete e o outre no piso de pedra, perderemos
aior quantidade de energia para a pedra do que
para o tapete. Por que isso acontece? Por causa da
d erenc;a de condutividade termica dos materi
a : a pedra e melhor condutora que o tapete.
Alem da diferenc;a de condutividade, a
antidade de energia transferida por conduc;ao
pende da espessura do material. Por isso, a
agua leva mais tempo para esquentar em uma
nela grossa (figura 14). A vantagem e que a pa
la aquece-se uniformemente e mantem a agua
Figura 14: A agua aquece rapidamente em uma panela fina, mas s6 nas proximidades da chama.
A area de contato, o tempo de contato e a
.,"""''"~a de temperatura determinam a quan
de energia transferida por conduc;ao. Ani
IS como o cachorro, o gato eo urso enrolam-se
ndo esta frio, diminuindo a area de contato
o meio externo e perdendo, dessa forma, me
energia. Voce pode perceber a influencia da
de contato tocando, primeiramente, s6 a
do dedo em um azulejo e, depois, toda a
Figura 15: Os mais se esticam quando o ambiente esta muito quente.
Quando o intervale de tempo de contato e pequeno, a quantidade de energia trocada e me
ncr. Por isso, conseguimos tocar rapidamente um
ferro aquecido, mas nao podemos segura-lo por
algum tempo. A diferenc;a de temperatura tam
bern e importante: se colocarmos a mao em uma
chaleira com agua a 70°(, receberemos mais ener
gia do que se ela estiver a 40°(, para o mesmo
tempo de contato.
Como se exptica o processo da condu~ao com o modelo cinetico-molecular?
Este processo ocorre principalmente nos
s61idos, cujas moleculas, ou melhor, os fons, estao
bem mais pr6ximos que nos lfquidos e gases.
Como a interac;ao entre os fons e muito intensa,
eles vibram em torno de sua posic;ao, mas nao
saem do Iugar. Por isso, os s61idos tem volume
e forma definidos e sao praticamente incom
pressfveis. No estado s61 ido, a energia interna e constitufda de energia cinetica de vibrac;ao e de
energia potencial de interac;ao entre os fons, como
nos lfquidos.
Retomemos o exemplo da panela no fogo.
Os fons do material da panela que estao pr6ximos
da chama recebem energia e vibram mais intensa
mente, aumentando sua energia cinetica . Como
ha forte interac;ao entre eles, os fons vizinhos pas
sam a vibrar mais tambem e assim por diante. Esse
processo resulta no aumento da tempera ura da
parte da panela que nao estava diretame e a
chama do fogo. Note que e um processo difere e
da convecc;ao: as partfculas da materia vibram,
mas nao se deslocam no interior do objeto, como
no processo de convecc;ao.
145
Irradia~ao
E possivel transferir energia sem que haja meio material?
A energia do Sol, que aquece nosso plane
ta, viaja pelo espa~o interplanetario. Essa transmis
sao de energia nao e feita nem por convec~ao nem
por condu~ao, porque nao ha um meio material
entre o Sol e a Terra. A energia chega ate n6s por
um tipo de radia~ao, que se propaga tanto na
materia como no vacuo. Essa forma de transmis
sao de energia e denominada irradia~ao.
Figura 16: Quando estamos em frente a uma fogueira, recebemos energia por irradia~ao.
Quando aproximamos a mao de um objeto
muito quente, como uma lampada de filamento,
um aquecedor eletrico, uma fogueira, sentimos a
transferencia de energia por i rradia~ao . lsso acon
tece com todos os objetos com temperatura supe
rior ao meio, mesmo que esteja ocorrendo condu
c;ao ou convec~ao. Na realidade, esses processes
ocorrem concomitantemente, em geral com a pre
dominancia de um sabre os outros. Se a tempera
tura do objeto e muito alta, a transferencia de
energia e muito maier pelo processo de irradia~ao.
A irradia~ao esta associada a natureza ele
tromagnetica da materia. A radia~ao, ao atingir
um objeto, aumenta a vibra~ao das partfculas ele-
146
tricas no interior de suas moleculas e, conseqOentemente, aumenta a energia cinetica media dessas
partfculas. 0 resultado macrosc6pico e a tempera
tura do objeto aumentar.
A emissao de radia~ao tambem esta associ
ada a vibra~ao de partfculas carregadas. A rapidez
com que a energia e irradiada ou absorvida depen
de da temperatura e das caracterfsticas da superff
cie do objeto. As superficies escuras e rugosas, ou
- • Atividade experimental nJCI
~ "g Pinte uma moeda de preto ou pren-.S :E da-a com urn pregador de madeira e re-
= "-~ vista-a com fuligem, queimando-a com a chama de uma vela. Depois de esfriar, coloque-a ao sol com outra moeda igual, mas sem a pintura.
Toque em cada uma delas depois de 10 minutes e anote o que voce sentiu.
Existem varios tipos de radia~6es: radia~ao
visfvel (luz), radia~ao ultravioleta, raios X, raios gama,
etc. A que aquece os objetos e denominada radia
~ao infravermelha ou radia~ao termica. A radia
~ao infravermelha tem varias apl ica~6es, desde tera
peuticas ate belicas. Algumas armas emitem radia
~ao infravermelha, que e refletida no alvo e volta
para uma tela, na qual se transforma em luz visfvel.
Com as radia~6es, pode-se "ver" na escuridao.
Figura 17: Esta foto mostra as regioes onde ha emissao de radia~ao termica. As cores branca, vermelha e amarela indicam as regiaes em que ha maior ocorrencia desse fenomeno.
Existem materia is, como o vidro, que dificul
tam a passagem da radiac;ao termica, mas permi
tem a passagem de luz. Numa estufa com cober
tura de vidro, as plantas absorvem parte da luz que
entra e, uma vez aquecidas, emitem radiac;ao in-
ravermelha . Como o vidro nao permite a passa
gem da radiac;ao, o interior da estufa se aquece. Figura 18: Por que dentro de uma estufa a temperatura e maior que fora dela?
Vivemos numa estufa? A parcela da energia solar
que atravessa a atmosfera aque
ce a Terra, que emite radia~ao
infravermelha, conforme ilustra
o esquema.
Esta radia~ao nao conse
gue escapar totalmente para o
espa~o por causa da atmosfera,
que desempenha o mesmo papel
do vidro de uma estufa. Sem ela,
a Terra seria 30°C mais fria; per
tanto, os gases da atmosfera (dio
xide de carbone, metano, vapor
d'agua, etc.) garantem as condi
~oes adequadas a manuten~ao da
vida no planeta. Se a quantidade
desses gases aumentar, a radia
~ao retida pela atmosfera sera
maier, aumentando a temperatu
ra do planeta.
Como as industrias, os car
ros, etc. liberam constantemente
gases para a atmosfera, alguns ci
entistas afirmam que, nos pr6xi
mos 50 anos, podera haver urn
aumento de, aproximadamente,
2°C na temperatura media do pla
neta. Isso poderia provocar o de
gelo das caletas polares, elevando
o nivel dos mares e inundando re
gioes mais baixas, e mudan~as
climaticas, que colocariam em ris
co a vida de plantas e animais.
1 3
Essa radia~ao infraverrnelha e refletida pelas rnoleculas de algumas substancias, entre as quais o C02
A energia emitida pelo Sol atinge a Terra. Parte
dela e refletida pelas camadas superiores
/ da atmosfera.
e o vapor d'agua. Corn isso, a temperatura do planeta aurnenta. Tudo funciona como se a atmosfera fosse "1lrna gigantesca estufa.
2 0 planeta absorve o
que resta da energia e, por sua vez, emite
radia~ao infraverrnelha.
.... , _:.,.1·::::: I ••• ~ = ium .,,1, 111 ..... ,- mm ••• tit ::::: := mm :::
Os vulcoes lanr;arn aeross6is (particulas s6lidas que ficarn suspensas na atmosfera) . Refletindo a energia vinda do Sol, eles amenizarn o efeito estufa.
Figura 19
' Polui~ao A rnaior cota de emissao de gases cabe a queirna de cornbustiveis nos carros, fabricas e usinas do rnundo industrial., ,~
Queimad as
A queima das rnatas aumenta
-em 10% a emis,sao de C02•
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147
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Quantidade de carbono no ar o grafico ao lado
As dnerentes regiiies g do mundo tl!m um ~ 8
consume muito dne- " renciado de energia. ~ 7
~6
Na America do Norte, ~ 5 por exemplo, o consu- i 4
mo e sete vezes maior -8 que a media mundial. -8
~ .. Maior consume de § 1
energia significa lan~ar mais gas carb6-
mostra a quantidade de carbono na atmosfera, ao Iongo da hist6ria.
0 mundo pre-industrial de 200 anos atras respirava 590 bilhiies de toneladas de carbone.
Hoje, chegamos a 760 bilhiies. A previsao e de que essa quantidade dobre em 2100.
Consumo de energia ~ . ca por habltante/ano. .2. ,._f(\en
oo~o!\e
eY.·u'Ass
nico na atmosfera. popula~iio em milhoes de habitantes
Figura 21 Fonte: ONU
ESTOIJ PENSANOO EM COMPRAR UM ARCONt>ICtONAtlOM. NXO AGUano MAtS es5e EFE110
ES'TIJFA!
Embora a discussao sobre o controle da emissao
de gases que provocam aumento da temperatura envol
va a participa~ao de todos os paises, ha enorme dife
ren~a na responsabilidade de cada urn por essa emis
sao. Para termos uma ideia dessa diferen~a, basta ob
servar como se da, no mundo, o consumo da energia
originada de combustiveis f6sseis, como mostra o gra
fico a seguir.
Note que na America do Norte, o consumo de
energia e muitas vezes maior do que a media no mun
do. Levando-se em conta que, quanto maior o consumo
de energia, maior a quantidade de gases lan~ados na
atmosfera, pode-se perceber que paises devem investir
mais no controle de emissao de gases. As noticias que
divulgam as dificuldades nos acordos internacionais
em torno do controle de emissoes desses gases eo cus
to envolvido na recupera~ao e controle da degrada~ao
ambiental refl.etem a polemica envolvida na questao
dos criterios que decidirao a parcela de responsabilida
de e, portanto, de
dinheiro a ser de
sembolsado por
pais.
Figura 22
A transferencia de energia por diferenc;a de temperatura pode ocorrer por tres processes: convecc;ao, conduc;ao e irradiac;ao:
,. r A con~o pr:~o~a ~: li~~-1 dos e gases, que, ao serem aquecidos, I
criam correntes no fl.uido, facilitando I seu aquecimento.
148
A condu~io acontece, em geral, I nos s6lidos; estes materiais possuem I ions que, ao serem aquecidos, aumen
tam a vibra~ao, transmitindo-a rapi-
damente aos ions vizinhos.
Na irradia~io, a transferencia de
energia se da pela radia~ao infravermelha; nao e necessaria a presen~a de
materia.
I
18. Por que urn liquido ou urn gas come~am a se movimentar quando sao aquecidos?
19. Duas bandejas foram colocadas em uma prateleira de geladeira. A parte da geladeira abaixo desta prateleira come~ou a refrigerar muito mal. Por que isso aconteceu?
20. Por que a energia interna de urn liquido na e s6 composta de energia cinetica?
21. Por que o aquecimento de urn solido ocorre pelo processo de convec~ao?
2 2. Por que a comida e aquecida em pane las metal e servida em travessas de ou vidro?
23.
24.
25.
26.
27.
Em fisica, e correto dizer que urn agasalho e
quente? Justifique sua resposta.
Quais os fatores que influem na quantidade de
energia transferida no processo de condur;ao?
Utilizando o modelo cinetico-molecular, des
creva as modificar;oes no movimento dos ions de urn solido durante o processo de condur;ao.
0 que diferencia a irradiar;ao dos processos
de convecr;ao e de condur;ao?
Na figura, o forno
esta ligado e a
energia e transfe
rida para o corpo
da pessoa. Qual e
o processo predo
minante na trans
missao dessa ener
gia? Justifique sua
resposta. Exerdcio 27
28. Por que o interior de urn carro exposto ao sol
fica muito quente?
2 9. (PUC-SP) Em qual dos casos a seguir a propa
gar;ao de energia se da, principalmente, por
condur;ao?
a) Agua quente que cai do chuveiro.
b) Fumar;a que so be pela chamine.
c) Cigarro que se acende mediante o uso de
uma lente que concentra os raios de sol sobre ele.
d) Xicara que se aquece como cafe.
e) Agua aquecida numa panela sobre a cha
ma, no fogao.
(Med. Taubate-SP) Se voce tivesse de entrar
num forno quente, preferiria ir:
a) nu.
b) envolto em roupa de seda.
'- c) envolto em roupa de la recoberta com aluminio.
d) envolto em roupa de la.
~ e) envolto em roupa de linho preto.
31. Determine quais sentenr;as sao verdadei:ras
'(\o cr;o (V) ou falsas (F): () / o- . ~ .
0} a) Quando urn gas e aquecido, sua energia.
interna aumenta.
b) Nos liquidos e s6lidos, a energia interna e
composta de energia cinetica e potencial.
c) Nos s6lidos, a transferencia de energia
por diferenr;a de temperatura ocorre
principalmente por condur;ao.
d) Na convecr;ao, a materia vibra, mas nao
muda de lugar, indo de baixo para cima.
e) No vacuo, a (mica forma de transmissao
de energia e a condur;ao.
f) A sensar;ao de quente ou frio, que senti
mos ao tocar objetos, esta relacionada
com sua condutividade termica.
32. (PUC-SP) Nas garrafas termicas, ha uma pa
'(\o/ cQ rede dupla de vidro. As paredes sao espelha-
~ ~ das e entre elas ha vacuo. Descubra a alter-., . ~ 0 nativa correta:
a) 0 vacuo entre as paredes evita perdas de
energia por radiar;ao.
b) As paredes sao espelhadas para evitar
perdas de energia por condur;ao.
c) As paredes sao espelhadas para evitar
perdas de energia por convecr;ao.
d) 0 vacuo entre as paredes acelera o pro-- . cesso de convecr;ao.
e) As paredes sao espelhadas para evitar
perdas de energia por radiar;ao.
superficie espelhada
Exerdcio 32
149
-> .... > ,. > > ...
0
.... > ... 0
"'