olhar para o futuro 15

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Este livro vai mostrar como enfrentar um dia depois de um término de relacionamento, como prosseguir para que os filhos não passem por traumas após a separação dos pais, retratar momentos na sociedade, na família, a nostalgia ao chegar à noite e sentir que falta alguém para conciliar trabalho e lazer. O peso da responsabilidade nos causa sofrimentos internos, neste momento tudo fica sem chão, nesta hora a importância de buscar alternativas, encontrar o seu eu interior, buscar novos horizontes toma conta de nós

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Olharpara o futuro

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São Paulo - 2015

F á t i m a D i a s

Olharpara o futuro

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Copyright © 2015 by Editora Baraúna SE Ltda.

Capa Jacilene Moraes

Diagramação Felippe Scagion

Revisão Alessandra Angelo Primavera

CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO-NA-FONTESINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ

________________________________________________________________

D53o

Dias, Fátima Olhar para o futuro / Fátima Dias. - 1. ed. - São Paulo: Baraúna, 2015.

ISBN 978-85-437-0478-4

1. Dias, Fátima. 2. Mulheres - Brasil - Biografia. 3. Motivação. 4. Sucesso. I. Título.

15-26046 CDD: 920.72 CDU:929-055.2

________________________________________________________________31/08/2015 31/08/2015

Impresso no BrasilPrinted in Brazil

DIREITOS CEDIDOS PARA ESTAEDIÇÃO À EDITORA BARAÚNA www.EditoraBarauna.com.br

Rua da Quitanda, 139 – 3º andarCEP 01012-010 – Centro – São Paulo – SPTel.: 11 3167.4261www.EditoraBarauna.com.br

Todos os direitos reservados.Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio, sem a expressa autorização da Editora e do autor. Caso deseje utilizar esta obra para outros fins, entre em contato com a Editora.

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Sumário

Apresentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7

Olhar para o futuro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13

A saudade mais cruel que senti . . . . . . . . . . . . . . . . . 14

Da cidade para o campo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17

Buscando ajuda . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20

Do convencional para o orgânico . . . . . . . . . . . . . . . 22

Lutar para sobreviver . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24

De empregado para ser dono . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31

O caminho da escola . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34

Da escola primária para o ginásio . . . . . . . . . . . . . . . 36

Saudade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37

O simples desejo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38

Celebridades . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40

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Conquistas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41

Oportunidades . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44

Em tudo se paga um preço . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46

Reconhecimento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48

Decisão impensada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50

Não espere por reconhecimento . . . . . . . . . . . . . . . . 53

Juventude . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 56

A capacidade de amar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 59

Perdas: saber enfrentar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 61

Volto a dizer . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 66

Fidelidade absoluta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 69

A vida é um contrato de riscos . . . . . . . . . . . . . . . . . 72

Não substime o silêncio de uma separação . . . . . . . . 75

Consciência ou felicidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 83

Sabedoria . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 86

Em tudo há um tempo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 89

Vencendo a morte . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 95

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ApreSentAção

Caro amigo leitor, espero por meio deste livro po-der mostrar parte do que vivi e especialmente agradecer por fazer parte de suas leituras; espero que com este instrumento escrito, bem como com os relatos de fatos reais de uma forma clara alegre e ao mesmo tempo ár-dua e dolorosa, mas também cômica e dramática, você descubra que, como todo mundo, eu tive sonhos que não pude realizar, passei por sonhos que sonharam para mim e vivi uma vida que eu não escolhi, e que só depois de muito tempo eu pude me encontrar realmente.

Ele também fará você recordar a pérola dos seus pensamentos que todos nós temos guardado, em espe-cial as mulheres que se identificam umas com as outras; o simples fato de ser mãe, esposa, filha e continuar jo-vem, ser mulher de negócios, mulher administradora do lar e econômica, também sem abrir mão dos pra-zeres que seus sonhos lhe propõem de viver como uma bela mulher, todos nós temos sonhos e eles nos levam a crer do que somos capazes e aonde podemos chegar,

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são eles que nos estimulam, que afloram a adrenalina e desejo em nós; quando somos crianças temos sonhos mirabolantes, extravagantes, cômicos, o desejo de viver com desafio e obter novas descobertas, sem sonhos a vida se torna insuportável, morna, sem cor ou sabor, e tudo parece ser impossível, o simples fato de ver uma pedra se imagina uma montanha e a vida passa a dar golpes fatais em suas realizações.

Alguns anos atrás as mulheres eram tratadas como donzelas, como algo disputado entre os rapazes, todos a desejavam, mas apenas um poderia ter. Para os homens da época conquistar sua amada era como vencer um duelo ou como receber um prêmio que foi conquistado com muita honra.

A maneira como uma mulher se comportava e se vestia despertava certa admiração nos cavalheiros, as pessoas tinham medo de errar e observavam os erros dos outros para não cometer os mesmos erros, hoje se ve-mos uma pessoa errar vamos fazer melhor para mostrar que somos capazes, a vida hoje é de grandes desafios, de grandes descobertas, de certa forma isso é maravilhoso porque os erros produzem conhecimento, geram opor-tunidades e o medo se transforma em coragem.

Com este livro você vai conhecer uma pessoa que venceu o medo, o trauma, as frustrações e até a própria morte; esta pessoa sou eu, passei pelos piores momen-tos que um ser possa passar.

O que tem por trás de um ser gentil e caridoso!Quando conseguimos transformar o medo e a so-

lidão em oportunidade, amor, paciência e coragem, to-

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dos nós passamos por momentos de grandes decepções porque mesmo não acreditando temos dentro de nós uma natureza agressiva, todos somos seres que supor-tamos por um limite e quando este limite emite um si-nal vermelho, se somos pacientes e temos sensibilidade do amor em nós podemos lidar com isso passivamente, caso contrário isso nos faz um ser agressivo.

A maneira com que enfrentamos a rejeição, de-cepção, erros, perdas, sentimento de culpa, conflito nos relacionamentos, não devemos esquecer que somos uma pessoa legal e que os olhos estão voltados para nós, mesmo sendo humilhados publicamente, ainda assim a primavera nasce e desabrocha em nós e a cada sofri-mento uma lição de vida.

Por isso compartilhar minha vida foi uma escolha que fiz, porque tive vontade de construir um sonho, um elo em diversos ângulos da vida.

Abrir para a vida sem medo de errar e permitir que o próprio eu jorre para fora uma história é uma arte da vida, essa é uma harmonia que nós mesmos des-conhecemos, porque tudo que é novo, tudo que vem aflorar de dentro nos assusta, porque é uma experiência que vem como uma agulha que vem tecendo ponto a ponto de nossa história.

Espero que você, caro leitor, entre no seu próprio mundo imaginário de sua vida, que relembre suas ori-gens e suas raízes e verá que suas lembranças são ricas e preciosas; somos como uma borboleta quando sai do seu casulo, mesmo sabendo que vai viver tão pouco tempo ela vive intensamente com liberdade, mesmo te-

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mos limites saberemos conservar em nós as lembranças do que vivemos, o que podemos viver e sentir a intensa virtude para a vida. É como se em nós transbordasse o saber lentamente para que venha dar origem à essência do saber do próprio eu, você vai redescobrir as formas, as fontes, os caminhos trilhados.

É como uma catapulta ao arremessar seus projé-teis, ou como uma gangorra que leva ao alto sempre partindo do chão.

Desejo que você sonhe do seu jeito e possa ser você mesmo, imagine trilhar suas lembranças e saltear para pousos ousados em seu coração, compartilhe seus sonhos junto aos seus faça ser acolhido. Você verá como a transformação vai fazer seus sonhos virar realidade, que o sopro da busca pelo saber, o tempo e o existir está em nossas mãos, em nossa memória, basta lembrar que a vida é só uma.

Escrever este livro me exigiu refúgio e muita concen-tração, porque eu estou produzindo riscos e rabiscos que vêm tomando formas, ideias e sonhos, por isso exige de mim profunda concentração, tal que nada posso dispen-sar sequer as migalhas de uma breve atenção. Algumas noites o sono passa a ser um capricho irregular, a escrita incorpora em nós como um cavalo, que luta com forças, os músculos incomodam de dor, os dedos cansam, a mente já cansada extraindo mais e mais pensamentos, visões e formas ao mesmo tempo, como o estado de um fio desen-capado que ao tocar causa um curto.

Por isso os poetas, escritores, se refugiam em seu mundo como um estágio de metamorfose, com mansidão os pensa-

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mentos escorrem pelos dedos, do menor ao maior com mo-vimentos em sintonia que firmemente seguram a caneta que desliza sobre o papel criando letras e formas. Fazer o prazer em prazo se cumprir, mesmo que meu rosto e minha pele e meus olhos faltam a falar em meio ao silêncio, sinto necessi-dade de compor o que me tem no meu consciente, na minha mente, sou meu próprio prisioneiro por um instante, por um minuto sinto-me como uma borboleta gigante que adentra pela janela procurando um ponto para repousar.

Sinto-me feliz por expor um pouco a todas as pessoas, inclusive as mulheres que ficaram radiantes ao perceber que em qualquer lugar do universo tem uma mulher igual a todas as mulheres, e que todas são prin-cesas, como quando sentimos o frescor da primavera e que desfila por todas as partes tão singelas, como se nem tocasse no chão, no seu imaginário, seja ela mulher da cidade ou do campo, todas são princesas, a mulher é como uma pérola em meio à chuva, as mulheres deve-riam ter direito a um mundo todo feito de espelhos o que seria ele seu servo fiel mesmo que o tempo chega e ficamos velhas ele seria nosso servo fiel e não perderia seu encanto, espelho, espelho meu.

Veja a pureza e dedicação de uma mulher com a chuva na floresta, uma sintonia de repique, o vento vem que traz a chuva de verão, as folhas sacolejando a per-cutir a cada gota aquosa que desaba do alto do céu azul.

Neste momento, as aves e insetos se recolhem e aquele imenso arvoredo ganha asas e se move em uma iminência de voos que não chega a se alçar, e tão logo tudo se acalma e retorna a brilhar o sol, assim é a mulher.

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As mulheres de anos atrás amavam a vida e sen-tiam grandes esperanças sobre todas as coisas, sobre-tudo a fé no futuro breve ou longínquo, acreditava na beleza, na harmonia, na existência superior que conspi-rava e provia o bem-estar da família, a concordância e a felicidade eram uma honra ao casal, isso era a felicidade mútua do casal, a dádiva do casal se manifestava em alegria terna, coisa que hoje em dia não se vê tanto em-penho, respeito e honraria entre os casais; os relaciona-mentos de hoje são frágeis, como se o relacionamento estivesse na plateia assistindo no palco da sua própria vida, basta um descontentamento para que a alegria e o amor dê lugar à melancolia e timidez, abandona--se nos braços do vácuo como se um trapézio viesse em seu socorro nas ribeiras, toma a solidão como sua companheira e a cumplicidade da impaciência, aquele amor terno passa a ser rústico, ilusório, passos que já fazem parte do passado, passado mais que perfeito e, de repente, abandonam o rastro da memória, vem as bala-das, os barzinhos que atravessam a navalha do perigo, a insaciável sede de vingança investe seu pudor contra a incerteza do próprio eu.

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oLHAr pArA o Futuro

Este livro vai retratar momentos da sociedade, os dramas familiares, a dura tarefa de após um relaciona-mento terminado, vai retratar minha vida e de muitas outras como eu, mesmo sendo perseguido pelo ex, sen-do humilhada, o melhor remédio era calar diante dele e buscar ajuda, para que seus filhos ainda crianças não viessem a passar por traumas de separação dos pais e crescerem como seres frustrados, por isso, pelo amor que senti por meus filhos fiz uma colocação para não manchar a memória daquele que me fez tanto mal, me calei e fiz do pai dos meus filhos um homem que sim-plesmente foi embora, mas que deveriam amá-lo mes-mo nada nos dando, nem nos ajudando no momento da separação, era um fardo para todos nós, mas ao olhar para aquelas três crianças eu teria que assumir todo os papéis de uma casa, se eu falasse mal do pai deles eu es-taria afastando eles de mim, não foi fácil, eu buscava re-fúgio no Senhor e na palavra, e assim ele me orientava.

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A SAuDADe mAiS CrueL Que Senti

Como é triste ver um filho ainda jovem sair de casa por não ter outra opção de vida, por não poder sonhar a realidade na terra do nada. Por muitos dias eu fiquei horas e horas pensando e chorando o que fazer com minha princesa que estava desabrochando para a vida, com apenas 17 anos saiu de casa para morar em outro estado, em outra cidade, junto a pa-rente que mal conhecia, depois de uma longa con-versa com minhas irmãs para que acolhessem minha filha, pedia a ela para estudar e não deixar de estudar, chegou aquele dia que eu jurei nunca ter acontecido, ela pegou uma mala com apenas alguns trocados no bolso, viajou para Joinville, mas o destino nos pregou uma cruel situação, chegando lá minha irmã disse que por uns dia dava para ficar, mas não cumprindo com a palavra mandou minha filha morar com um primo que estava noivo, certo dia conta ela que a na-morada, vendo a prima na casa do noivo, exigiu que

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ele a tirasse dali, ele a levou de volta para a casa da minha irmã que nada me comunicou, e minha filha ficou morando um tempo, depois começou a pagar aluguel para a tia com direito a dormir em uma ca-minha sabe Deus como.

Os dias se passavam, a saudade aumentando, o so-frimento tomando minhas forças, chegou o outono, eu e meus dois filhos morando em um sítio a 18 km de Campo Grande, MS, todos os dias eu olhava esperando minha flor voltar, o mais triste era quando chegava o entardecer do dia, o sol avermelhado se despedindo do dia, a poeira que subia da estrada de chão dando lugar a escuridão e não se via mais nada, apenas rugido de animais selvagens que rosnavam no alto da serra.

Minhas lágrimas caíam como caía a gota de chuva do telhado, eu chorava de saudade, mas eu ti-nha que ser forte, pois dois menores estavam comigo que dependiam de mim, do meu carinho, do amor e da minha força para trabalhar, minha filha mais nova ficou doente, depressiva, com a partida da mais velha, eu tinha que encontrar forças para trabalhar, tirar de onde não tinha para sorrir, brincar e ajudá--los no dever da escola.

Todos os dias me batia uma tristeza àquela hora que se iniciava a noite isso era cruel para mim, sig-nificava que mais um dia havia ficado para trás e que o tempo não voltava mais, a cada dia que se passava a distância aumentava mais, era como um teatro das sombras pela cortina, ou um personagem sem ros-to ou como uma sombra que caminha sem deixar