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Number 17 • Fall 2005

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Number 17 • Fall 2005

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Número 17 Primavera 2005
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Viagem Maravilhosa à China e Celebração dos 80 anos do Mestre Yang Zhenduo
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Re: Note
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You may let this in English, because brazilian people will understand that and also, is very nice to read like that!!
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A Revista da Associação Internacional do Estilo Yang de Tai Chi Chuan
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2 NÚMERO 17 • FALL 2005 • © WWW.YANGFAMILYTAICHI .COM

VVocê realmente sabe que está indo paraalgum lugar quando tem que sentar num

avião por 12 horas seguidas, para chegar lá.Emergindo da área da chegada internacionaldentro da multidão de centenas se pessoasesperando por seus conhecidos, nós apontamoso logo da Associação e fomos encontrados pornossos amigos sorridentes; Wei e Ning, a filhado Mestre Yang Jun. Eles nos levaram para umônibus e assim começou nossa Aventura naChina. Pelos próximos 20 dias nós viajamos pelocoração da China, visitando lugares que temencantado poetas e pintores por milhares deanos.

No próximo dia nós tivemos nossa primeiraprática de taiji num local atrás do hotel; umgrupo de 50 estrangeiros e o Mestre Yang Jundurante o aparecer das luzes daquela manhã deShanghai. De tempos em tempos tínhamos quequebrar as fileiras de alunos para deixar umabicicleta passar. Shanghai é uma cidade tãocosmopolita que nosso grupo raramentechamava atenção dos transeuntes. Entrandoem nossos ônibus para nossa primeiraexcursão todos tínhamos aquele bom humorparecido ao de crianças na escola indo parauma viagem especial. Observar Shanghai rodaratravés das janelas nos deixava paralisados,pela imensa vitalidade da vida das ruas; as lojasestavam cheias de atividade e todos estavamocupados com seus negócios. A mesma cena repetiu-se por toda a viagem, a incrívelenergia da economia Chinesa e a inexaurível criatividade de sua força de trabalho.

Andando na vila de Zhouzhang nós deixamosa China moderna para trás e vagamos atravésde uma cidade de canais e árvores salientes,graciosas pontes e casas que de alguma formasobreviveram os altos e baixos dos últimos 400anos da história Chinesa. Numa residência, aserenidade ordenada das paredes e jardins, aparca elegância da estética da Dinastia Mingera profundamente impressionante. Enquanto avila estava abarrotada de turistas e vendedorescantando em Inglês, “Hello, hello, venha daruma olhada!” ali permaneciam ecos de umavida calma e vagarosa; barcos flutuantes aoinvés de ônibus e motocicletas. Aquela noitenós estávamos num passeio de barco nocoração das margens de Shanghai e logo apósde volta, completamente sufocados, dentro daChina moderna. Este foi um tema constante emnossa viagem: viajar no tempo, do moderno aoantigo e de volta ao moderno, freqüentementena mesma tarde.

Nosso vôo para a cidade de Haungshan nanoite seguinte atrasou inexplicavelmente pormais de duas horas. Isto também foi uma constante em nossa viagem; correr aos aeroportos, despachar a bagagem do grupo eentão esperar por várias horas pelo avião. Porbênçãos, nós tínhamos algumas criançasconosco: a excelente Stephanie (8) de Montreale os filhos do Mestre Yang Jun: Ning (13) e Yajie(3) de forma que passávamos estes atrasosfazendo aviõezinhos de papel ou jogando volleycom um balão de gás ou apenas brincando.

Dave Barrett, Editor

Aboard the Tuijia pea pod boats

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A bordo dos botes Tuijia
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PRIMAVERA 2005
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Chegamos a cidade de Huangshan ameia noite. O restaurante e os funcionários estavam esperando a 3 horas por nós e por isso obrigatoria-mente nos sentamos a apreciamos osquitutes de Anhui tais como saposcozidos e cobras sautée. Durante anossa prática matinal sob o beiral dohotel, o céu se abriu iluminando asredondezas e choveram cães e gatos.

Nós deixamos nossas pesadasbagagens no hotel e com uma pequenasacola com necessidades básicastomamos os ônibus para ascender àmontanha amarela e passar a noite noPico de Jade. As nuvens estavambaixas, trovejava freqüentemente echovia pesadamente.

Começamos a subir os degraus emdireção à via férrea, o primeiro de milhares que iríamos subir, olhandopara cima através da névoa e

imaginando o que estaria acima. Oteleférico levava seis pessoas por vez,e na medida em que nos elevávamosdentro da nuvem não podíamos ver ooutro bondinho na frente. Mais oumenos no meio do caminho, a névoacomeçou a se dissipar e meus colegas de viagem exclamavam sur-presos, dá para chorar em face atanta beleza revelada. Por estar numtipo de paisagem tão diferente, tão deoutro mundo e ainda familiar com aspinturas, eu tenho que contar estacomo a melhor trilha de paisagens deminha vida.

Pelas próximas 24 horas nós estávamos numa paisagem vertical detorres, entre névoa e pinhos antigos.Aquela tarde o céi clareou e nósfomos pelas velhas estradas atravésda Montanha Amarela com nomescomo “fio do céu”, “parede testa coragem”, “escada das nuvens de

cem degraus”. Tudo cortado nogranito vivo, alguns precipíciosenormes com correntes para sesegurar e numa queda verticalde 800 metros. O por do Sol emHaungshan: novas vistasatravés do horizonte longínquode infinitas montanhas, arfresco e estrelas; isto real-mente era a paraíso na terra.

Na próxima manhã muitosde nos despertamos as 4horas para observar atravésdas montanhas. Nossaprática matinal no terraçoem frente ao Pico de Jadefoi uma inspiração.Quando eu girei completa-mente no “vôo diagonal”senti como se estivessevoando através das montanhas como umdos sábios imortais daantiguidade. Alguns denós decidimos subir aoPico Capital Celestialaquela manhã,descendo pelo Pinhodas Boas Vindas,através da PonteCelestial e ase s c a d a s s e dirigiam direta-m e n t e p a r acima. Pelo meiod o c a m i n h onuma pulsação,n u v e n ssopraram parad e n t r o , o trovão soou ecomeçou achover. Nossoguia intrépidob a l a n ç o u ac a b e ç a et o d o s n o sa l i v i a m o svoltando parabaixo, poisr e a l m e n t eq u e r í a m o ssobreviver aesta excursãopara ver mais daChina!

EDITOR CHEFEYang Jun

EDITORDave Barrett

CONTRIBUIÇÕESYang Jun

Dave BarrettRoberta LazzeriHolly Sweeney

Sara OlsenBill Walsh

DISIGNER GRÁFICOMarco Gagnon

www.martialgraphics.com

Tanto cartas, críticas e complementos relativas a

forma e conteúdo desta revista, são bem vindas.

Favor enviar correspondência em

formato eletrônico para:

[email protected] Via correio para:

International Yang StyleTai Chi Chuan Association

4076 148th Ave NERedmond, WA 98052 USA

Fone: 1-(425) 869-1185

© Todos os direitos reservados.

Qualquer reprodução sem permissão

é estritamente proibido.

Please recycle

3NUMBER 17 • FALL 2005 • © WWW.YANGFAMILYTAICHI .COM

Yang Laoshi with Han Hoong Wang

Morning practice on Huangshan

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Yang Laoshi com Han Hoong Wang
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Por favor recicle
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No caminho de volta para o Picode Jade eu encontrei um carregadorcom duas cestas grandes penduradas num pau de bambu emsuas costas. Ele tinha um bastãopara apoiar-se calçado com aço,com um corte em V no topo e detempos em tempos ele parava,apoiava-se no bastão e descansava.Eu imaginei que ele devia ter porvolta de sessenta anos magro comoum galgo, de shorts e sandálias,camisa enrolada nos ombros, nomeio da garoa. Ele estava subindo amontanha por volta de três horasdesde a cidade abaixo, carregandovegetais em uma das cestas e umapequena máquina copiadora naoutra. Observando este homem subiros degraus, seu gongfu (kung fu) eraprofundo e impressionante. Haviaum ritmo antigo em seu trabalho: umpasso acima, então a carga movia-sesuavemente e ele esperava por umimpulso para dar o próximo passo.Tudo nno hotel do Pico de Jadedesde as colheres de sopa até asroupas de cama, foram levadaspelos carregadores através destesdegraus verticais. É claro que istotem sido feito por séculos emHuangshan; clãs inteiros da cidadeabaixo têm subido estes degrausatravés de suas gerações. Já no

topo eu o vi com as cestas vazias eeu não penso que seus pésestivessem tocando o solo.

Aquela tarde, viajando de voltapara baixo junto a linha de trem, nosônibus, descendo para dentro domiasma do calor, poluição e barulhoque é a China moderna; havia aindaos claros ventos de Huangshansoprando através de nossas mentes.

Cruzando a rua de nosso hotel nacidade de Haungshan havia um parque com uma estatua muitoestranha: meio camelo e meio esfinge, que nos observava praticartaiji como o sol inesquecível que surgia no horizonte. A maioria dosgrupos que praticavam exercícios jáestavam saindo do parque quandonós nos reunimos às 6:30 da manhã.Nós descobrimos que mesmo aquelahora do dia, o calor do Sudeste daChina e como colocar-se sob umcobertor úmido de lã.

Nós exploramos duas vilas: Xidi ehong, imaculadas desde a dinastiaQing. Elas eram labirintos de ruasestreitas e velhos templos no borbulhante sol do meio dia. À tarde,esperando que os perdidos retornassem aos ônibus, eu ensineia Stephanie e a Ning como atirarpedras no lago de lótus que havia

em volta da vila Hong. O jovem Yajietambém quis brincar, atirando montinhos de pedras dentro da águae segurando seus dois braços no arcomo se tivesse ganhado a Copa doMundo. Mestre Yang Jun se uniu anós, atirando pedras, longe na água.Por um momento o peso de suaresponsabilidade como líder daviagem ficou de lado e ele pulou dealegria com uma excelente jogada.Nosso vôo de volta a Shanghai estava atrasado como de costumepor duas horas. Chegamos de volta aShanghai no hotel a 1 da manhã paranos despertar as 5:30 para voar paraChengdu.

Até agora nosso grupo tinha formado um admirável espírito decorpo: ajudando-nos mutuamente,brincando, com paciência e alegria.A viagem começou a ser sentidacom alguns ficando enfermos porcausa de mudança de dieta e faltade sono. Outros se adiantavam emcarregar suas malas e observar seubem estar. A mãe de Stephanie,Helen é medica e nos tivemos duasenfermeiras de alto nível também emnosso grupo, junto com medicamentossuficientes para tratar todo o exercito de Napoleão em sua retirada de Moscou! Antes do finalda viagem todos fomos de alguma

At the Buddha's feet The Giant Buddha at Leshan

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Aos pés de Buda!
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O Buda Gigante em Leshan
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forma beneficiados por seus cuidados.

Na província de Szechuan nósvisitamos diversos lugares incríveis.Leshan (Montanha Feliz) onde está omaior Buda da China, esculpido emuma encosta ao lado do rio. Subindoa encosta você vê o que parece seruma pequena colina com folhagem.Chegando mais perto e olhando parabaixo, aí estava o topo da cabeça doBuda e seus pés estavam a uns 100metros abaixo da encosta do rio.Descendo mais degraus verticais eolhando para cima, bem acima, comum sorriso inefável, o Buda olhapara o leste através do rio comandando os dragões do rio paraque permaneçam calmos e civilizados. Aquela noite nós chagamos aos pés do Monte Emei edurante o jantar fomos avisadossobre a horda de macacos que nosesperavam no próximo dia durantenossa visita ao templo Hua Zang.Não usar roupas vermelhas, nãopendurar correias, não alimentar osmaçamos e se abordados, nãorepelir os macacos. Evidentementehaviam guardas do parque parafazer isto. Na manhã seguinte nósesperamos em fila por volta de 45minutos junto com mil outros turistas(todos Chineses) para subir em maisuma linha de teleférico para oTemplo. Outra viagem dentro dasmontanhas, andando para cimaatravés das maravilhosas florestasde Emeishan um sino do templotocava profundamente no meio danévoa. Quando chegamos no Temploo céu abriu e uma chuva torrencialcaiu sobre nós. Um de nossos membros disse que em Kentuckyeles chamam este tipo de chuva de“afogador de sapos”! Águas caiamsobre os templos e corriam montanha abaixo. Realmente nocaminho de volta eu vi um sapo afogado, mas nenhum macacosequer. Em vão nós subimos na

Montanha do Macaco, e novamentenão haviam macacos, apenas a floresta verde jade e as águas correntes límpidas. Uma viagem detrês horas de ônibus nos levou devolta a Chengdu; alguns dormiram,outros conversaram longamente,Stephanie, Ning, Erwin e eu fizemosbagunça no fundo do ônibus.

Nosso vôo no dia seguinte paraChongning foi miraculosamente pontual. Chongning, junto a Wuhan eNanjing são chamadas de as trêsfornalhas da China; e realmentemerecem o nome pelo calor intenso.Afortunadamente todos os nossosônibus tinham ar condicionado masdepois de mais três horas de viagemchegamos no final da tarde com ventos de fornalha para visitar aspedras esculpidas em DazuBaoding. Nada na área ao nossoredor nos preparou para o que nosesperava. A região era rural e indescritível, nós andamos para aentrada da pequena ravina eentramos na mais fantástica áreasuspensa de figuras esculpidas naspedras no limite das encostas.Datando da Dinastia Song (960-1279)estas esculturas foram protegidaspelo Premier Zhou Enlai dosrompantes dos Guardas Vermelhosdurante a Revolução Cultural. Umaparte completa de um lado da montanha era um vasto panoramade paraísos e infernos Budistas.Legiões de bodhisattvas no topo egangues de demônios no fundo, eestas figuras foram esculpidas paraeducar peregrinos iletrados nasabedoria das virtudes morais econseqüências das más ações. Opor do Sol iluminava a cena comuma luz tênue dando vida às esculturas. Entrei numa gruta completamente escura. Na medidaem que meus olhos se ajustava o solsaiu de trás de uma nuvem e a grutacomeçou a brilhar e lá, quanta vidahavia! Uma dúzia de bodhisattvas

em profunda meditaçãopermaneciam ali tranqüiloscomo o vem fazendo há milanos A magia e o profundomistério daquele momentoestarão comigo para sempre.

Neste ponto de nossa aventura nós já estávamos naestrada por nove dias, passamos por 5 hoteis diferentes e quatro vôos.Assim, foi com grande entusiasmo que abordamosno Yangtze Angel, nossacasa flutuante pelas próximas quatro noitesenquanto cruzávamos o RioYangtze abaixo. Umachance para desfazer asmalas, lavar roupas, secaras meias, colocar nossospés para cima e olhar a vista suavemente passando pelos nossosolhos. Práticas bemcedo nas manhãs nodeck, preguiçosast a r d e s t i r a n d osonecas e lendo, e asnoites na discoteca.Sim, havia uma discoteca no barcoe danças notur-nas.Na segundanoite eu deixei afesta da discote-ca e fui andarpelo deck pas-sando uma horasob a luz da luacheia central-izada sobre opoderoso rio.A vila escuraia passandos i l e n c i o s a -mente. Meuspensamentosestavam comLi Bai e todosos outros poet-as que can-taram sobre aLua e o Rio. Eupude sentir ocoração da China

DIRETORIAYang Zhen Duo

Chairman

Yang JunPresidente

CONSELHOHan Hoong Wang

V.P.

Mei Mei TeoV.P.

Nancy LuceroAssistente de Presidência

Pat RiceConselheira

Fang HongSecretária

Marco Gagnon Departmento de Comunicações

e [email protected]

Jerry KarinWebmaster

[email protected]

Dave BarrettJournal Editor

[email protected]

Horacio LopezDepartmento de Treinamentos Padrões

[email protected]

Han Hoong WangDepartmento de Serviços a Membros

[email protected]

Bill WalshDepartmento de Relações Públicas

[email protected]

Mei Mei TeoDepartmento de Assuntos Europeus

[email protected]

Angela SociDepartamento de Assuntos Latino Americanos

[email protected]

Claudio MingariniDiretor Técnico de Treinamento

Nacional da Itá[email protected]

INTERNATIONAL YANG STYLE TAI CHI CHUAN ASSOCIATION

A International Yang Style Tai Chi ChuanAssociation é uma organização sem fins lucrativos dedicada ao desenvolvimento

do Estilo Yang Tradicional do Tai Chi Chuan.

USA4076 148th Ave NE

Redmond, WA 98052 USAPhone: 1-(425) 869-1185

CHINANo. 10 Wu Cheng West StreetTaiyuan, Shanxi P.R.C. 030006

Tel.: 86-351-7042713

EUROPAOrnstigen 1, 18350 Taby,

Sweden Tel.: +46-8-201800

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Morning practice aboard the Yangze Angel

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Prática matinal a bordo do Yangze Angel
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PRIMAVERA 2005
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batendo. Na manhã seguinte acordando às 4 horas para esperar onascer do Sol, pude ouvir os pássaros despertando através dasmontanhas, as estrelas aindaestavam ali e a lua cheia havia desaparecido. Gradualmente outrosapareceram para a prática damanhã. Nosso ritmo de prática parecia com o do rio e das encostasque passavam.

Depois da prática da manhãcomeçamos a passar pelas duasprimeiras das Três Gargantas; colinas verdes em forma de torrenos dois lados do rio brilhando noSol da manhã. Verdadeiramenteesta é uma das vistas mais maravilhosas do mundo. Fizemosuma viagem pelo Rio Shennong,deixando um pouco as correnteslamacentas do Yangtze, abordandoalguns botes que nos levaram paracima das correntes até que a águafosse tão limpa que pudéssemosbeber. Os Tuijia, carregadores debarco saltaram nas ondas puxando-nosalguns tão rapidamente que algumas vezes seus narizestocavam as águas. Eu quis muitopular nas águas e ajuda-los a puxaro bote. Mas não éramos turistas eeles, os carregadores, e euprovavelmente não teria agüentadoum minuto puxar o bote. Nas águaslimpas e sob um céu azul nós nos

viramos, e rapidamente começamosa voltar e ouvimos as velhascanções de amor que os carregadores cantam na medida emque voltam para as docas.

Esta foi uma demonstração deextraordinária habilidade e força,unida a ritmo, som e bom humor.Naquela noite passamos através daterceira Garganta e passamos nossaúltima noite no barco dançando comos tripulantes.

Wuhan estava extremamentequente também. Antes do adventodo ar condicionado, a populaçãointeira tinha o costume de trazersuas camas para as ruas todas asnoites de verão para dormir fora.Fizemos um tour pela represa dasTrês Gargantas, um projeto monumental e audacioso, aparentado,por assim dizer, que constrói umagrande muralha de milhares de milhas para manter as hordasMongóis encurraladas. Algumacoisa no espírito Chinês aspira aoque é massivo, projetos que mudama terra e esta represa é a maisrecente de suas empreitadas.Wuhan era o ponto favorito do presidente Mao; ele adorava nadarno rio Yangtze neste ponto. Nós visitamos sua vila particular no LagoDong, colocamos pequenos sapatosde plástico e andamos dentro nahistória. A vila de Mao estava

The stone carvings at Dazu Baoding

The Shennong River

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Pedras esculpidas em Dazu Baoding
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O Rio Shennong
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intocada desde sua morte. A pinturaesta descascando e as capas nãomudaram. Sua escrivaninha ecadeira parecem esperar que ogrande líder retorne de um mergulhono rio Sua cama ainda tem um vincono centro. A última esposa de Mao,a suprema encarnação do mauJiang Qing tinha sua cama pertotambém intocada, o espelho e suasescovas de cabelo ainda estão ali.Um projetor velho de filmes estavaem outro quarto junto com um aparelho de TV dos anos 60 e umgravador. Nada foi movido ourestaurado, apenas tiram o pó dosobjetos levemente. Esta foi uma visitaprofundamente desconcertante.Quando perguntamos porque a vilanão era mantida o guia simplesmenteexplicou que muitos dos pioresexcessos da Revolução Culturalforam pensados aqui nesta vila e elanão é para ser tocada. Muito poucosgrupos ter permissão para visitá-la.

Naquela tarde nosso vôo paraBeijing estava atrasado e fizemosnossa conexão para Taiyuan e chegamos ao hotel depois da meianoite para o próximo dia quando oseventos especiais que celebrariamos 80 anos do Mestre Yang iriamacontecer. Este dia auspiciosocomeçou com o encontro de muitosde nossos amigos internacionaisque chegaram para a viagem de 10dias e aumentaram nosso grupopara 180 pessoas. Nosso pequenogrupo de 50 viajantes intrépidos sedispersou entre tantas mesas nocafé da manhã, velhos amigos sereuniram e novos membros forambem vindos.

O primeiro evento foi a apresentação do novo grupo de discípulos, formalmente reconhecidospelo Mestre como alunos avançados.Em grupos de seis e les seenfileiraram em frente do MestreYang e receberam seus certificadose fizeram três reverencias. Foi umaocasião solene e alegre; muitos tinham estudado, praticado e trabalhado por mais de vinte anospara aquele momento. Pela primeiravez haviam seis discípulos nãoChineses incluídos e eu entre eles.Tudo que posso dizer é que enquanto fiz as reverencias diantedo Mestre havia um brilho especialem seus olhos e um grande sorriso

em seu rosto. Meus pensamentoestiveram com meu primeiro professor de taiji, Dr. Yuet Sun Chan,falecido agora por mais de 13 anos.Ele tinha a esperança de que euencontrasse um professor de taiji denível mais elevado para estudar,uma vez que a China começara aabrir suas portas no inicio dos anos80. Eu senti que tinha feio o melhorque podia com relação a este tema.

À tarde nos reunimos na arenapara um programa especial dedemonstrações em honra do MestreYang. Por três horas, mais de 25 performances diferentes foramrealizadas começando com umgrupo espetacular de dança doLeão. Grupos internacionais participaram também como osFranceses que cantaram “L aVie emRose” e dançaram como seestivessem num pequeno café deParis. O grupo de Michigan dançou eo grupo da Suécia entreteve a todosusando roupas estranhíssimas edepois ficando em formação arapraticar taiji. Mestres visitantes fizeram suas práticas assim como osmelhores da Associação de Shanxi.O evento terminou com uma dançade rock realizada por Bill Walsh eHolly Sweeney, depois da qual todaa audiencia foi convidada a valsarem massa. Mestre Yang desceu paraa quadra e dançou belamente. Entãoa musica mudou para um sambabrasileiro, e o estilo livre tomouconta. Quando Mestre Yang estavajá saindo da quadra parou um poucopara dançar brevemente um booguie hooguie. Eu só posso pedira você, gentil leitor, para imaginar oque foi observá-lo balançandosuavemente seu corpo, como umpavão que abana sua cauda levemente, diante dos aplausos detodos nós extasiados com a cena!

O banquete de aniversário estavamagnífico com mais de 500 convidados. Inúmeros brindes foramfeitos e o espírito de todos se elevouem função do Fen Jiao, uma bebidadestilada bastante forte. Muitas pessoas trabalharam incansavelmentee viajaram muito para estar nestacelebração e o Mestre yang estavaprofundamente tocado por todos ospreparativos que haviam sido feitospara aquele momento.

Na manhã seguinte embarcamosem cinco ônibus para uma viagemde quatro horas nas montanhas daprovíncia de Shanxi. A estrada iasubindo e subindo e as vistas dosabismos eram lindas. Na medida emque íamos mais alto, o ar clareava eas montanhas brilhavam na medidaem que entravamos nos vales dost e m p l o s c o n h e c i d o s c o m oWutaishan. Nossa casa pelos próximos quatro dias foi um grandehotel onde ficamos com o MestreYang e uma porção de sues discípulos mais avançados. Por trêsmanhãs Mestre nos ensinou assitidopor seus alunos e traduzido por seuneto o Mestre Yang Jun. Às tardesíamos para visitar os templos daregião e ao terceiro dia já estávamosexaustos e alguns diziam, “O que?Outro templo? Nao!” Entretantocada um deles era único, antigo eimpressionante. Havia mais degrauspara subir, barganhas a serem feitase pinturas para comprar.

Na última manhã do seminarioMestre Yang disse adeus atodos osamigos que vieram de tão longe paracelebrar com ele e estava obviamente profundamente tocado.Nós também, estávamos sempalavras com gratidão por ele haverviajado conosco, e nos ensinadomais uma vez e agora retornado asua aposentadoria. Ter esta oportunidade de estudar com ele,ouvir a vitalidade de sua voz e sentiro profundo compromisso que eletem com sua arte foi o ponto maisalto de nossa viagem. Todoscenários, vistas, lugares antigos,inclusive todo o chá da China não secomparam com a graça e sabedoriade nosso dotado professor entrandoem seus 80 anos de idade.

Os últimos dois dias a viagemestava minguando. Mais viagens deônibus intermináveis, templos, e vistas, entrada e saída de aviões.Quando voltamos a Beijing e nospreparamos para voltar para casa,exaustos e alegres e finalmente saturados de aventura; levamos osorriso inexaurível do Mestre Yangconosco e seu brilho especial nosolhos como o mais precioso presente que poderíamos obter naChina.

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PRIMAVERA 2005
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T ai Chi Chuan é um tesouro dasartes marciais chinesas com uma

longa história. Cada escola de Tai Chitem uma séria de história familiarescom relação ao desenvolvimento e continuação do Tai Chi Chuan de umageração para a próxima. O Estilo Yangde Tai Chi Chuan, primeiro iniciou quando Yang Luchan tornou-se conhecido. Posteriormente, Banhou eJianhou tiveram que treinar duro paramelhorar as habilidades e técnicas eatravés deles a Forma evoluiu da FormaCurta para a Forma Média. Mais tarde,Yang Chengfu mudou a Forma para aForma Longa para conciliar com as circunstâncias da época. As ações delelideraram o Estilo Yang de Tai Chi Chuanpara tornar-se a mais popular Forma deTai Chi Chuan a ser praticada. Depoisdisso, os quarto irmãos, Zhenming,Zhenji, Zhenduo, e Zhenguo continuaramdesenvolvendo e promovendo o Tai ChiChuan fora da China.

Apesar de ter quase 200 anos desdesua criação, o Estilo Yang de Tai ChiChuan está ainda se fortalecendodepois de seis gerações. De minhaprópria experiência pessoal, sinto queisto é devido à perseverança das gerações e o esforço de transmitir ashabilidades de nossa Família para opróximo. Quando eu era muito jovem,vivia com meus avós. Não era fácil parameus avós criar-me. A essa altura, meuavô estava em Xinzhou e minha avó e euestávamos em Huaiyin. Eu não estavaainda com três anos de idade. Minhaavó não somente tinha que trabalhar,mas ao mesmo tempo tinha que cuidarde mim. Como nós vivíamos nas

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"Quando estava aprendendo e praticando para melhorar minhas técnicas, naturalmente aprendi e me familiarizei com os métodos de ensino de meu avô."
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montanhas, a água tinha de ser carregada para cima com baldenaquela época, um balde por vez.Apesar de meu avô estar a mais decem milhas de distância, ele frequentemente pedia emprestado abicicleta dos amigos de trabalho, poisassim ele poderia visitar minha avó eeu durante os finais de semana.

Mais tarde, quando eu ainda nãoestava com seis anos, fui viver commeu avô em Xinzhou onde ele trabalhava. Toda manhã, meu avô eestudantes dele praticavam ao ar livre.Como usualmente eu acordava maistarde, eu levantava depois que meuavô tinha terminado as práticas damanhã. Porém, um dia levantei maiscedo e percebi que eu estava sozinho.Fiquei assustado com a porta da casaque estava trancada e eu não poderiasair. Comecei a chorar, mas ninguémpoderia me ouvir. Mais tarde, olheipara fora pela janela e vi meu avô e umgrupo de pessoas praticando artesmarciais a uma certa distância. Dirigi-me para abrir a janela e pularpara fora para encontrar meu avô. Apartir deste momento, porque eu estava com medo de ficar sozinho,implorei para meu avô acordar-meantes dele ir praticar de manhã. Issomarcou o início da fase de aprendizadode minha carreira nas artes marciais.Eu ainda lembro a primeira vez quedemonstrei o Tai Chi Chuan no meujardim de infância.

Meu avô foi rigoroso em disciplinar-me.Como aprender artes marciais é acumular e requerer um treino diáriode kungfu, isto foi tedioso, um negócio

monótono para uma criança. Apesarde meu avô requerer-me persistênciaem minha prática toda manhã, isto nãoafetou meus estudos durante o dia. Defato, meu avô usualmente acordava-mede manhã para praticar depois que eletinha feito a prática dele. Ele poderiaentão usar aquele tempo parapreparar o lanche o qual levaria para otrabalho. O inverno no norte da China émuito frio. Assim, quando se pratica aoar livre, se você não tem um certo nívelde habilidade, você poderá sentir umfrio doloroso e penetrante através desuas mãos e pés. Quanto mais tempovocê fica ao ar livre, mais insuportávelfica. O vidro das janelas freqüentementeestá com uma cobertura grossa degelo, ficando impossível de dentro enxergar o lado de fora. Assim, quandoeu praticava, eu frequentementeaumentava a velocidade e economizavana ordem para terminar a tarefa quemeu avô tinha designado. Meu avôfrequentemente dizia-me, “Por quê suapratica está rápida ?” Eu respondia, “Eusegui suas instruções e completei aprática” . Assim, um dia enquanto euestava praticando ao ar livre, meu avôderreteu o gelo da janela com o calorda mão dele e viu o que eu estavafazendo. Depois que terminei minhasessão de prática, meu avô com umaexpressão forte na face, me mandourefazer a prática estritamente de acordo com as instruções dele. A partir deste dia em diante, eu nuncamais ousei fazer cortes em minhaprática.

Meu avô fortemente esperava terum sucessor para continuar as artes

marciais da família. Enquanto ele mesupervisionava e estimulava em minhaprática, ele também me permitia sentiro entusiasmo dos praticantes de TaiChi Chuan assim como o respeito queas pessoas tinha por ele. Quando euestava aprendendo e praticando paramelhorar minhas habilidades, eu naturalmente aprendia e me familiarizavacom os métodos de ensinar de meuavô. Assim, comecei a acompanharmeu avô nas viagens de ensino pelaChina e mais tarde nas viagens para oestrangeiro, minha vida e o Tai ChiChuan tornaram-se entrelaçados. Em1982, depois de sugestões e apoio deentusiastas do Tai Chi Chuan, meu avôfundou a Associação de Tai Chi ChuanEstilo Yang da Província de Shanxi emTaiyuan. Quando eu era jovem, já tinhaacompanhado meu avô em encontrosda Associação e participado de competições e demonstrações daAssociação. Como resultado, fui capazde nutrir minha organização e gerenciar minhas habilidades. NaAssociação, ocupei posições incluindomembro do corpo de diretores,secretário assistente, juiz chefe e vice-presidente de operações. Emcompetições ocupei posições seguindoos postos: juiz, assistente de juiz chefee juiz chefe. Todas estas experiênciasdo passado ajudaram-me no planejamento, desenvolvimento,gerenciamento e aspectos de treinamento para a criação daAssociação Internacional de Tai ChiChuan.

Meu avô é um tipo de pessoa compassiva. Assim, a adoração e o

Por Yang Jun - Traduzido por Mui Gek Chan

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respeito que ele recebe não ésomente por causa das habilidadesdele, mas mais importante que isso,é devido à virtude marcial dele. Éfácil para praticantes de artes marciais falarem sobre virtude marcial, mas na verdade é difícil tê-la. Quando meu avô estava ensinando, independente de vocêser jovem ou velho, ele sempre erapaciente respondendo e explicandosem ficar ofendido. Além disso, elediscutia e explicava para vocêcomo praticar. Ele não rebaixava aspessoas elevando a si mesmo. Emmuitos anos que eu vivi e ensineicom meu avô, o discurso e amaneira dele são profundamenteimpressos em mim. Ele é meu modelo, quem eu tendo seguir. Eleensinou-me como lidar com situações e como tratar com aspessoas. Em poucos anos desdeque eu comecei a ensinar de umaforma independente, tive quereconhecer meus métodos de ensinar e como tratar as pessoas.

Em 1980, seguido da reformaeconômica da China, meu avôrecebeu repetidos convites de praticantes do estilo Yang de TaiChi Chuan para viajar para fora daChina para ensinar. Eu estava entãocom vinte anos de idade quandoacompanhei meu avô para o

estrangeiro, assim ele poderia meeducar e treinar. De 1990 parafrente, eu e meu avô viajamos paraos Estados Unidos, Canadá, Brasil,Reino Unido, França, Alemanha,Suécia, Itália, Suíça e Cingapurapara ensinar o Estilo Yang de Tai ChiChuan e por esse motivo, a posturade fundação para desenvolverinternacionalmente o Estilo Yang deTai Chi Chuan. Em 1998, com meuavô apoiando os praticantes de TaiChi Chuan estrangeiros e dandoassistência, fundei a AssociaçãoInternacional de Tai Chi ChuanEstilo Yang para promover e organizar o desenvolvimento do TaiChi Chuan fora da China. Foi emSeattle em 1999 quando aAssociação foi formalmente iniciada. No mesmo ano, eu mudeipara os Estados Unidos para promover o trabalho e dirigir aAssociação Internacional e ensinarTai Chi Chuan. No final de 2004, aAssociação Internacional tinhadesenvolvido 30 Centros YangChengfu de Tai Chi Chuan nosEstados Unidos, Reino Unido,Alemanha, Suécia, Itália, França,Suíça, Canadá, Brasil e Argentinacom mais de 2000 membros. AAssociação também organizou ecoordenou importantes atividadesna China. Em 2002, quando aAssociação de Tai Chi Chuan EstiloYang de Tai Chi Chuan da Provínciade Shanxi celebrou o 20o aniversárioem com o 2º Encontro e CompetiçãoInternacional de Tai Chi ChuanEstilo Yang Tradicional da Provínciade Shanxi, a Associação foi responsável por organizar 248encontros internacionais. As emocionantes per formances contribuíram para um sabor internacional no evento. Este registro mostra o mais elevadonúmero de amigos internacionaispraticantes de Tai Chi Chuan participando da Associação deShanxi responsável pela atividade.Depois de 6 anos de desenvolvimento,a Associação Internacional Estilo

Yang de Tai Chi Chuan tem mostrado ser uma das maioresorganizações de Tai Chi ChuanEstilo Yang e por esse motivo é umaforça significativa.

Depois que eu mudei para osEstados Unidos, enfatizei nãosomente a promoção do Estilo YangTradicional de Tai Chi Chuan internacionalmente, mas tambémum lugar para enfatizar o desenvolvimento do Tai Chi Chuanna área de Seattle. Em1999, ummês depois de mudar para aAmérica, abri um Centro YangChengfu de Tai Chi Chuan emChinatown em Seattle. Como meuavô e eu não tínhamos ido a Seattleantes, a maioria das pessoas deSeattle não estavam familiarizadascom o Estilo Yang Tradicional de TaiChi Chuan. Além disso, a língua foium obstáculo. Foi difícil no começoe todo mês nossas despesas excediam a renda. Entretanto, como apoio e assistência de muitosestudantes e amigos, a escolacresceu e ficou mais forte. Em 2001, o principal escritório daAssociação Internacional mudoupara Redmond e ficou a pelo menos500 metros do quartel-general daMicrosoft. O escritório de Redmondé minha segunda escola na grandeárea de Seattle. Hoje, minha escola tornou-se uma escola de TaiChi Chuan com significativa influência. No verão de 2003, aestação de TV China Guangdongveio para uma especial entrevista eo programa já foi transmitido naChina. O que me fez muito feliz foique depois que fui morar em Seattlenos Estados Unidos, meu filhonasceu. Agora tenho uma filha eum filho. Minha filha chama-seYang Yaning e meu filho Yang Yajie.Em chinês os caracteres para filhae filho combinam com a forma dapalavra “bom”. Eu seguirei os passos de meu avô e usarei osmétodos dele para educar meus filhos e espero que eles possamcarregar a tradição da família.

Meu Avô guiou-me em minha Jornada pela Vida do Tai Chi

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Aventura na China em Fotos
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The new disciples Taiji friends

Dawn on Huangshan

The Disciple ceremony

At the Ghost City, Fengdu

Master's demonstration

Climbing the stairs on Huangshan

The Michigan group

Master Yang Jun with his brother, Yang Bin

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Os novos discípulos
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Amigos Taiji
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Demonstração de Mestres
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Em Huangshan
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O grupo de Michigan
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Cerimônia dos Discípulos
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Mestre Yang Jun e seu irmão Yang Bin
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Amigos na Cidade Fantasma, Fengdu
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Morning practice on Jade Screen Peak, Huangshan

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an Practice with the Master, Wutaishan

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Prática matinal no Pico de Jade, Huangshan
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Escadas do Templo em Wutaishan
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Prática com o Mestre, Wutaishan
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Descida das escadas desde o Buda gigante em Leshan
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Françoise Desagnant, Angers, França Anne Buchanan, Michigan, USA

NNa China, o que trabalha é considerado correto e

verdadeiro, o que não trabalha éconsiderado errado e falso. Deacordo com este padrão, nossaviagem, seminario ou qualquer queseja a aventura que chamamos quetenha ocorrido na China com iníciono dia 10 de Julho e finalizando nodia 2 de Agosto de 2005, foi algo quechegou bem perto do que é corretoe verdadeiro. Momento que aconteceuneste verão passado, e que usualmente chamamos de férias :quando a maioria de nós dá um intervalo em nosso trabalho dedicando estes 22 dias para nosrenovar e tentar encontrar a melhorforma de fazer isso de maneira queno fim posamos sentir nutridos, re unificados e essencialmente reconsiliados com o universo.Começando em Shanghai, atravésde Huangshan, Chengdu, Emeishan,passando pelas Três Gargantas eTaiyuan para atingir o pináculo emWutaishan e os Mil Templos, obrigada a família Yang, nós tivemosuma experiência inesquecível euma enorme coleção de momentosextraordinários: Tai Chi Chuan pode ser praticado em qualquer

lugar...claro...mas que tal no fundode uma imensa montanha no RioYangtze as 5:45 quando você nempode ver suas próprias pontas dospés no meio da névoa? Ou noúmido terraço da MontanhaAmarela, entre o Pinho das BoasVindas e o Pinho da Despedida,poucos minutos depois de umnascer do Sol eletrizante; ou nocoração de uma cidade que desperta,a poucos metros de um velho discípulo de Yang Chengfu. Que talfazer o teste de ranking no fundo deuma piscina de hotel (sim, ela estava vazia!)? Ser nutrido e elevado:que é o duplo significado de Yang eisto é o que experimentamos emcircunstancias para sempre vividasem nossas mentes e corpos, quando e onde o link entre os sereshumanos foi re instalado, entre nóse o mundo. Um novo e fresco equilíbrio entre nossos três componentes: vital, moral e cerebral. Durante estas três semanas eu deixei a essência deminha vida me levar, sem resistência, sem perguntar porque,onde, apenas estando onde estava,ali mesmo, eu estava na China!

Jornada Tai Chi

Enquanto viajamos através davasta China, tudo o que vimos

era como uma pintura de cartãopostal. Tenho muitas memorias detai chi em parques diferentes, segurar pandas vermelhos, sentir asensação de histórias antigasenquanto passeavamos pelas vilas,templos e cavernas escavadas quetem milhares de anos. O maisimportante foi o espírito da famíliatai chi. A ligação de estar intimamente conectado a pessoas ecompartilhar as experienciasdurante a viagem. Praticar tai chijuntos nas montanhas, caminharatravés da névoa de Huang shan. Anévoa da montanha tem um efeitoetéreo enquanto surge e flui fazendo com que a paisagem setransforme por um momento. Abeleza da montanha é inspiradoraquando voce sobe os intermináveisdegraus de pedras esculpidas. Ovento frio sopra em voce, fazendoseu espírito voar livremente. Asárvores de pinheiro acenam paravoce desde as as encostas. Nósnos uniamos cedo na manhã escurae com ventos para observar onascer do sol para cumprimentar o

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Memórias
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dia. Foi inspirador inclinar na montanha e ver o mundo se abrirdiante de meus olhos. Sentir o significado da frase do tia chi :estável como uma montanha. Estaé uma de minhas memóriasfavoritas dentre muitas

O Povo Tuijia

Eu adoraria compartilhar umaexperiência do ultimo dia de

nosso cruzeiro no “Yangtze Angel”,um barco cinco estrelas Chinês enosso lar por quatro dias. Ocruzeiro em si mesmo foi umamudança no ritmo de todos quefomos capazes de manter nossabagagem no mesmo lugar podalguns dias! Viajar através das TrêsGragantas foi uma experiênciaestonteante; nós praticávamos taichi de manha com Mestre Yang Junquando veio a noticia de que estávamos por atravessar aprimeira garganta.

Foi o ultimo dia entretanto o maisespecial para mim. Nós desenbar-camos do Angel e tomamos umbonde rio acima por quase umahora. Então nosso grupo desembar-cou novamente para entrarmos emtrês botes com 15 pessoas aproximadamente por bote, parafazermos nossa viagem. Os Tuijia(terra de família – literalmente) éum povo que vive na área que éuma parte da província Hubei. OsTuijia são um dos povos que constituem uma das muitas minorias nacionais na China e queviveram naquela área montanhosado rio por mais de mil anos. Oshomens tuijia eram os tripulantesdos botes. Pode ser que a mudançana cor da água dê uma idéia melhorde nossa progressão: o yangtze éum rio espesso e opaco e lamacento,uma vez que chegamos a estaçãode barcos, a água mudou para umacor espessa esverdeada. Então omais incrível é que uma vez quetomamos o pequeno bote, a águatornou-se clara como cristal comrochas multicoloridas belíssimasem seu fundo. Nós primeiro fomoscorrente acima e haviam correntes

de forma que nossa tripulaçãopulou fora do bote e com longascordas nos PUXARAM através doscanais de correntes que foramfeitos através do alinhamentodestas rochas coloridas em fileirasbem retas. A volta a estação de barcos foi rápida e divertida.

Nosso belo guia e seus colegascantaram canções de amor paranós depois que passamos as correntes. A tripulação juntou algumas pedras coloridas desde ofundo do rio e as colocaram aoredor do bote. Eu tenho diversasdelas num pote em minha cozinhade forma que o povo Tuijia nuncafique longe de mim.

NÓS VIEMOS, NOS VIMOS, NOSSOSCORAÇÕES FORAM

CONQUISTADOS

W Nós viemos à China desdetodas as partes do mundo

para participar da Aventura naChina 2005 e o evento deAniversário do Grande Mestre YangZhenduo.

Nós viajamos de avião, de ônibuse botes desde um tesouro a outrona China.

Nós comemos macarrão, onde osmacarrões são famosos, bolinhos,onde os bolinhos são famosos,comida apimentada em Szechwané claro e comida vegetariana naMontanha Wutai.

Nós revimos velhos amigos efizemos novos.

Nós subimos escadas infinitas delugares fantásticos e caminhamosquando a névoa se elevou no picoYi Ling para revelar as encostasmagníficas de granito de HuangShan e bravamente nos despertamosas 3 da manhã para ver o Sol nascere então praticar Tai Chi no ar damontanha.

Nós navegamos rio Yantze abaixoentre as gargantas que logo serãoinundadas com águas eternas eouvimos canções do povo Tuijia , ospuxadores dos botes enquanto nos

levavam através das ondas clarasdas correntes de Shennong.

Nós praticamos Tai Chi nos botes,em estradas em parques através daChina e fomos honrados com asinstruções dadas a nós pelo GrandeMestre Yang Zhenduo e MestreYang Jun.

Nós brincamos, e dançamos comnossos amigos Tai Chi e novos amigos chineses a bordo do benevolente Yangtrze Angel.

Nós celebramos os 80 anos doMestre Yang Zhenduo com grandealegria num dia que começou com anomeação de novos discípulos,alguns dos quais, pela primeira vez,eram não chineses. Nós fomos surpreendidos junto com o Mestrepelas danças folclóricas e performances de diversas regiões.Houve demonstrações de tai chi ede artes marciais incluindo umaperformance muito especial feitapor um grupo de artistas marciaismuito jovem e finalizando comdança social iniciada por salsa eswing por Helen e Sergio, Bill eHolly.

Nós terminamos a noite com umgrande banquete, vinho, um bolo denove andares e mais entretenimentocom o Mestre Yang Zhenduo e suaesposa elegante e humilde. Este foium mais do que merecido respeitopara um Tesouro Nacional daChina.

Nós falamos durante as noitessobre nosso amor ao tai chi e o queaprendemos e o que ainda estamosaprendendo, compartilhando nossospensamentos, esperanças, sonhospreocupações e cuidados.

Nós rimos muito.

Dormimos pouco,

Compramos incessantemente

Barganhamos sempre

Compramos muitos suvenirs

Nos tornamos uma família

Experimentamos uma aventuraque nenhum de nos vai esquecer

Obrigada Yang Jun, Fang Hong etodos aqueles que ajudaram a a fazer tudo isso possível.

Susan Smith, Michigan, USA

Jo Anne Sellars, New Jersey, USA

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MINHA NETA NASCEUNESTE VERÃO DIA

19 DE JULHO !!

Onde eu estava neste momento ?Começando a navegar o rio

Yangtze, um magnifico episodio denossa grande viagem Aventura naChina 2005. lembro-me que fizemosum brinde aquela noite pelo sucessodo nascimento de Alice. Pode serque um dia ela me pergunte porqueeu estava tão longe quando ela nasceu : eu vou saber o que responder.

« Querida Alice, aquela viagem foitão rica, tão cheia de aprendizado ebondade. Eu estava rodeado depessoas muito especiais : o GrandeMestre Yang Zhenduo, a familiainteira de Yang Jun, todos os meuscolegas de viagem e todos os companheiros chineses bondosos anossa volta. Hoje eu posso dizerque sou uma melhor pessoa do queera antes, refletido pela companhiade todos eles.

A viagem me ajudou a fortalecerminhas crenças e meu conhecimentoda arte. Estar com todas aquelaspessoas, visitar locais históricos esagrados, foi uma experienciainesquecível, renovando meus melhores sentimentos. Viajar semestas pessoas teria sido umagrande pena. Nós estivemos sempre em harmonia, algumasvezes escalando degraus infinitosou esperando aviões, ou em ônibus,ou admirando pinturas, esculturas,construções, templos, falandomuitos idiomas, experimentandomilhares de pratos delicados eespeciais, admirando a natureza ouos maravilhosos artesanatos e sempre, eu estava na melhor dascompanhias, todos sorrindo, brincando e todo momento era umbelo momento.

Assim Alice, agora, nós podemosapreciar mil histórias sobre aViagem ao orienta e voce vai verque eu acredito : existem mais pessoas boas no mundo do que pessoas más. O que acontece éque as boas pessoas não gostam defazer publicidade. » Queridos amigos Viajantes, tenho saudadesde todos vocês !

Me diverti muito por 21 diasem nossa viagem. O grupo

era carinhoso e todos como irmãose irmãs se cuidavam mutuamente.Fiquei satisfeita de ver tantoslugares antigos e de uma culturatão rica. A melhor parte de minhaviagem foi quando o Grande MestreYang Zhenduo nos deu o seminário.Ele tem toda a energia para nosensinar durante 3 horas pelas trêsmanhãs de noss estada em Wu TaiShan. Eu fiquei tão feliz que oMestre Yang tenha feito questão denos dar o seminário. Tivemos muitasorte de haver recebido seus ensinamentos no seu aniversário de80 anos.

Seus movimentos eram elegantese poderosos. Eu estive em muitasaulas suas em muitos momentos nopassado. Quando eu ouvi novamentesuas palavras senti-me tão renovadae excitada. As horas do semináriopassaram muito rápidas, ninguemnecessitou de intervalos ! O GrandeMestre Yang acordava cedo todasas manhãs e andava pelos gruposde prática e inclusive dava pequenasinstruções ! Fui tão abençoada de receber correções dele outravez !

Erwin JonghVisscher

Para mim como novo membroda Associação e o único

Holandês, esta viagem foi tambémum bom meio de encontrar outrosmembros. Eu encontrei o Mestreyang Jun há poucos anos atrás emminha busca por um novo mestre.Nosso primeiro contato foi muitobom e afável. Nós compartilhamosa mesma filosofia sobre o taijiquan.

Viajar pela China não foi apenasandar num país que eu nunca haviaestado antes, mas também umaforma de aprender mais sobre aAssociação Internacional. Foi realmente uma aventura estar numpaís estrangeiro por um tempolongo numa pequena área com

pessoas que eu não conhecia.Quando encontrei todos, fui bemvindo calorosamente dentro dogrupo. Foi como voltar para casaapós 25 anos, para uma família hámuito tempo perdida. Todos erammuito cuidadosos e interessado emajudar. Eu me tornei parte desta boaamizade. Visitar as mais belaspartes da China como a MontanhaAmarela, Wutaishan e Leshan comseu grande Buda são algumas dasimagens iluminadoras desta viagempara mim.

Mesmo os momentos mais difíceisforam compartilhados com amigos.Muitas vezes ficamos parados nosaeroportos por causa de atrasos deaviões. Esperando pelo vôo vocêdescansa ou brinca. Brincar foi quemais fizemos, para transformar emum bom momento aquele maumomento.

Eu aprendi muito sobre o taiji.Tive sorte de ter a chance depraticar com Mestre yang em diversas ocasiões. Recebi umacompreensão mais profunda eabrangente do taiji. Todos queriamcompartilhar suas experiênciascom os outros de forma a beneficiar. Eu troquei experiênciascom muitos novos amigos de taijiquan que me ajudaram a melhorar meu conhecimento.Espero que outros tenham sido ajudados por minhas experiências.Também foi muito bom fazer meuprimeiro teste de ranking na Chinaonde o taijiquan nasceu. Estou felizde haver passado!

Diverti-me muito em conhecer atodos e estou orgulhoso de fazerparte desta família taiji. Eu digo istoporque 50 pessoas da viagem longaagiram e interagiram como umafamília. E é assim que a Associaçãotemem é, uma grande família. Istome faz sentir bem, por ser partedesta família. Tenho muitas recordações boas e alguns momentos preciosos desta viageme quero agradecer a todos que fizeram isto possível.

Jorge Catino, São Paulo,Brasil Han Hoong Wang, Michigan, USA

O Holandês

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Foi em Hangzhou em 1988 que fuipela primeira vez apresentada a

Yang Zhenduo num encontro que agorase parece a um momento do destino esubseqüentemente fiquei estudandocom ele durante um mês em Taiyuan.Entre 1990, sua primeira visita aWinchester, Virginia, quando organizamoso “A Taste of China” (evento anual denome “Sabor da China”) e seus últimosensinamentos oferecidos no exteriorna Europa em 2003, muitos estudantesvindos de todas as partes do globoaprenderam a praticar o Estilo YangTradicional do Taijiquan, aprenderam arespeitar e a amar o Mestre Yang e aapreciar seus métodos de ensino.

Durante nosso tour através da Chinaem 2005, fomos convidado a “mais umavez”. Neste caso isto significou que oMestre Yang, deixou de lado por ummomento o seu merecido descanso,pois já está aposentado, para instruir nosso grupo de visitantesestrangeiros. Porque viajamos tanto,ele disse “desde tão longe e de tantospaises diferentes” para celebrar seusoitenta anos, ele quis mostrar seuapreço a nossa devoção. Esta foi umacontribuição totalmente inesperada desua parte; o plano original era que eleobservasse enquanto Yang Jun ia oferecer as aulas diárias.

A cada dia em Wu Tai Shan, estegrupo de estudantes agraciados, sereunia no estacionamento do hotelnuma formação de vinte por oito.Assim nos começamos a observarintensamente ao Mestre Yang a

ensinar da uca maneira que só elepode. Ele aparentava estar tão feliz emnos ver ali, como nós estávamos vendoa ele.

Com as vistas dramáticas de Wu TaiShan, envolvida por montanhas verdese o céu como proteção, refrescadospelo ar frio e sol brilhante nósentramos numa terra mágica aondeera fácil nos imaginar vivenciandouma experiência dentro de algumcenário clássico Chinês onde Mestrese discípulos se encontravam diariamente e de forma contínua. Aliparecíamos subsistir, pelo menos porum momento, sem qualquer conexãocom nossas vidas normais, ondepodíamos dar completa atenção aosnossos treinamentos e desenvolvimentointerior. Tivemos algumas interrupçõespara comer interessantes refeições evisitar templos clássicos do Budismo eperegrinar em algumas montanhassagradas chegando ao topo de algunspicos para observar desde aí, montanhasmais altas para cima e abaixo, os valesturbulentos, cheios de pessoas. Osmomentos ocasionais como infindáveisbarganhas para a compra de badulaques, encontros para chás comamigos, os surreais exames de ranking, apenas contribuíram para quea ilusão de nosso ser se localizasse emalguma montagem arquitípica.

Com a restrição de ter apenas trêshoras por dia por três dias para cobrirtoda a série da Forma Tradicional,Mestre Yang tomou o comando tantodo programa como do tempo. Para

guiar nosso treinamento e passar omaior tempo conosco ele focalizou osfundamentos da Primeira Parte e emseu “Lema dos Vinte Caracteres”.Como muitos dizeres que são profundos,parecem simples, mas tem grande profundidade. Ele explicou estesprincípios e ilustrou sua efetividade emtodas as partes de todos os movimentosda forma e como seguindo este lemapodemos criar a sensação do corpotrabalhando todo em conjunto.

Quando eu o vi demonstrar o iniciodo movimento “Limpar o joelho” demaneira tão suave e precisa eu vi oquanto suas duas mãos trabalham juntas,tudo movendo-se com sincronicidade.Subitamente compreendi o que querdizer a frase dos clássicos do taijiquan:uma parte se move, todas as partes semovem, uma parte está qieita, todas aspartes estão quietas. “Ele era a perfeitaincorporarão deste princípio” disseTerrill Samura do Colorado.

Mestre Yang usou um método excelentede ensinamento: fazer correção aogrupo usando alunos individuais comoexemplo. Mestre Yang e os alunospraticavam simultaneamente um movimento e então ele pedia que ogrupo comparasse o movimento doaluno com o dele e observar que diferenças havia. “Você observe: fazemos o mesmo?” perguntava.“Como pode o movimento do aluno sermelhor?” Este foi realmente um presente para todos nós, na medidaem que podíamos observar os pontosde correções e encorajamentos e

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Pat Rice, Virginia, USA

“Mais uma vez!” é uma frase que os alunos de Yang Zhenduo escutam freqüentemente duranteseus seminários internacionais. Na verdade esta foi uma das poucas frases em Inglês que ele dominou

e ela sempre apresentada com uma mistura de deleite, compartilhando um pequeno momento dehumor e sinais nos mostrando que ainda temos que praticar muito e trabalhar muito.

Seminar class at Wutaishan

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comparar-nos ao padrão estabelecido.Praticávamos os movimentos liderados porseus alunos avançados e então sendoobservados por seus olhos agudos, repetia,“mais uma vez” até que ficasse satisfeitovendo que estávamos progredindo aomenos em direção a um aperfeiçoamento.

Para aqueles poucos afortunados queforam selecionados a ficar de modelos oupara aqueles que bravamente foram voluntariamente para o palco, foi uma oportunidade única. E para a maioria denós aquela experiência de aprendizadotranscendente foi o ponto alto de nossaviagem inteira.

“Para mim, foi uma revelação”, diz DaveBarrett, doOregon. “Ele me colocou natransição de Limpar o Joelho, então colocou seu punho na arte baixa de minhascostas e me mostrou como fazer a transição para frente desde a cintura,empurrando com uma energia que eraespecial e inexorável. Espero sempre merecordar daquela sensação. Para os outroseu imagino que deve ter sido a mesma sensação de ser tocado, testado e guiadopelas mãos de um mestre.”

Foi um prazer inesperado termos sidoensinados pelo Mestre Yang e mais ainda,foi muito especial ter yang Jun como seutradutor, de maneira que sabíamos que

estávamos recebendo a verdadeira

essência em cada instrução ou explicação. Um dos alunos participando de seu

primeiro seminário com Mestre Yang,expressou muito bem seus sentimentos,estando completamento extasiado.“Estudar com o Mestre”, ele disse, “écomo tentar tomar um gole de água numamangueira contra incêndio!”

Desde a profundidade de sua experiênciade vida, desde a sua herança tão única ecom grande bondade e humor e sobretodas as coisas seu amor ao taijiquan,Mestre Yang nos deu um presente inestimável.

Como Mestre Yang finalizou a seção coma saudação tradicional e um caloroso,“Tongxuemen, zai jian!” o grupo de formaentusiástica respondeu, “Yang Laoshi, zaijian!” expressando nossa apreciação aonosso amado professor e gratidão por seusensinamentos. Mas poucos de nós nosencontramos incapazes de falar, movidosalém das palavras, por estarmos aprendendodiretamente dele mais uma vez..

Seu descanso e sua aposentadoria lhepermitem agora ter tempo para retrospectivas,pesquisar, escrever e para inventar ofuturo, assim possivelmente esta tenhasido realmente sua ultima seção de ensinamentos completos, mas nós sempreestaremos esperando por “mais uma vez!” Pat Rice é diretora Winchester, Virginia, Yang ChengfuCenter/Shenandoah Taijiquan Center, e diretora do "A Taste of China."

OLema dos Vinte Caracteres ébreve e ainda seu significado

é muito profundo e valioso. Apesarde que apenas as várias partes dosmembros superiores sejam mencionadas, seguir o lema podeestabelecer o movimento numacorrente de causalidades nas quaisas mudanças aqui afetam as outraspartes do corpo. Esta conexão nãoé apenas mental, mas você poderealmente sentir que precisamenteeste movimento dos membrossuperiores faz com que você“afunde o peito” o que faz com que‘as costas se arredondem’, levandoao ‘relaxamento da cintura equadris’ e finalmente fazendo comque o movimento surja dos ‘pés àcintura’ de maneira que ‘todas asjuntas estejam interconectadascomo um todo’. Você pode conseguir a sensação interna deintegração de todos estes princípiose como eles se relacionam entre si.A sensação da energia (jing4 gan3)criada por isto e a sensação docorpo todo trabalhando junto sãocoisas que todo praticante tem quetrabalhar e realmente experimentar.Isto é crucial para o aprendizadosatisfatório do taiji. Assim,podemos ver que o Lema dos VinteCaracteres separadamente se relacionam com cada postura individual do taiji e como um todo,determinam a execução da formainteira. Eu espero que os alunos de forma diligente procurem compreender isto e experimentema ‘sensação da energia’ conduzidospor este ‘estender’, ‘puxar parabaixo’ e ‘conectar’. Isto vai colaborar com o seu nível geral detreinamento tão bem como a prática de conectar o interno e oexterno. Yang Style Tai Chi Chuan Lema dos Vinte Caracteres- Extraído do Yang Zhenduo, Yang Shih Taiji, 1997

2006 Seminars________________________________Hand Form . . . . . . . . . . . . Jan 14-15, 2006Saber Form . . . . . . . . . . . . . . Jan 17, 2006STOCKTON . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . CA

Contact: Dr. Raymond TomTel.: (209) 952-8582

[email protected]________________________________49 Hand Form . . . . . . . . . . Feb 18-19, 2006EAST BRUNSWICK . . . . . . . . . . . . . . . . NJ

Contact: Andy Lee [email protected]

________________________________Hand Form. . . . . . . . . . March 11-12, 2006MANCHESTER. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . NH

Contact: Michael Coulon(603) 623-2371

[email protected]

________________________________Hand Form . . . . . . . . . . . . . April 1-2, 2006O’FALLON . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . IL

Contact: LeRoy Alsup(618) 622-0547 or Cell: (618) 719-9638

[email protected]________________________________Hand Form. . . . . . . . . . . April 15-17, 2006Saber Form . . . . . . . . . . April 19-20, 2006PARIS. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . FRANCE

Contacts : Duc Nguyen Minh& Carole Nguyen Minh

Tel: 33-1-69 33 33 64Fax: 33-1-60 12 24 19

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________________________________Beginners Hand Form . . . . May 14, 2006ROMA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ITALY

Contacts : Claudio MingariniTel: (W) 39-6-8610590 Cell: 39-347-3635333

[email protected]________________________________Saber Form . . . . . . . . . . May 16-17, 2006Hand Form. . . . . . . . . . . . May 18-20. 2006MILAN . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ITALY

Contact: Giuseppe TurturoTel:39-2-29527422 • Cell:39-334-3409091

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Contact: Frank GrothstueckTel:9-221-625629

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Contact: William Wojasinski or Carl Meeks

[email protected] or [email protected]

________________________________Hand Form . . . . . . . . . . . . . July 3-5, 2006Saber Form. . . . . . . . . . . . . July 6-7, 2006Winchester. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . VA

Contact: Pat Rice : (540) 667-7595 [email protected]

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Contact: Sergio ArioneTel: (514) 684-9584 • Fax (514) 684-8291

Toll free in NA : (888) [email protected]

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Contact: Dave Barrett Tel: (503) 357-8917

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Contact: Han Hoong WangTel:(248) 680-8938

[email protected]________________________________49 Form. . . . . . . . . . . . . . . Oct 10-11, 2006Saber Form . . . . . . . . . . . Oct 12-13, 2006Hand Form . . . . . . . . . . . . Oct 14-15, 2006RIBEIRAO PRETO . . . . . . . . . . . . . BRAZIL

Contact: Fernando De Lazzari Tel::55 16 3911-1236

[email protected]________________________________

O Lema dos 20

Caracteres

Extend the elbow outward;leave a hollow in the

armpits. The elbows pull down the

tops of the shoulders, connect the wrists and carry along

the fingers.

Pelo Mestre Yang Zhenduo, Traduzido por Jerry Karin

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Note
Cotovelos para fora abrindo as axilas. Cotovelos para baixo, puxando ombros para baixo, conecte os punhos e una com os dedos.
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Note
SEMINÁRIOS 2006
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Note
PRIMAVERA 2005
Page 19: New 17 yang2005 Brazil · 2016. 12. 16. · montanha por volta de três horas desde a cidade abaixo, carregando vegetais em uma das cestas e uma pequena máquina copiadora na outra

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Retornando a Taiyuan este verãopassado me senti como se

estivesse voltando para casa. Quandocheguei ao parque para a prática naprimeira manhã, meus amigos tinhamapenas começado a forma longa.Rapidamente me uni a eles sentindo comose nunca os tivesse deixado. Este verãonão apenas estudei espada e sabre comYao Junfang, um discípulo do Mestre YangZhenduo, mas também tive aulas de forma49 com alunos de Yao Laoshi, todos quetornaram-se discípulos em Julho.F ina lmente , eu t i ve d iversas oportunidades de observar o Mestre Yangensinando na Montanha Wutaishan,como parte de nossa “Aventura na China”e também no Parque Yinzin em Taiyuan.

Apesar de que a maioria das pessoasna China aprendem taiji nos parques demanhã seguindo um grupo, os alunos deYao Laoshi ensinam um pouco mais formalmente, aulas sobre a Forma 49 em10 aulas de uma hora durante duas semanas. Como ouvi a Guo Xiaofang cantando os movimentos, me ocorreu queeu havia feito a mesma coisa, somenteque em Inglês, em aulas com Gary Lee emGrand Valley em Michigan nos mesesanteriores. Entretanto, enquanto Garyensinava 25 alunos sozinho, Guo Laoshitinha pelo menos cinco assistentes parauma aula de 11 alunos. Enquanto um delesficava na frente para que pudéssemossegui-lo, os outros iam percorrendo a salapara fazer correções. Apesar de que a

aula formalmente terminava as 8:00, amaioria dos alunos ficava por mais meiahora para treinar um pouco mais. Destaforma, eles foram capazes de aprender aforma inteira num tempo relativamentecurto. Nas aulas de Gary, como aquelasque eu tive com Han Hoong Wang emDetroit, nós começávamos pela posturafixa. Eu nunca havia participado destaaula na China; entratanto a maioria dosalunos chega antes na aula e se alonga.

Eu tive aulas particulares com YaoLaoshi no parque às tardes. Não era algofora do comum as pessoas observar-metrabalhar os movimentos e algumas vezesoferecerem sugestões. Uma tarde, achuva nos forçou a mudar para uma partecoberta do escritório do parque. Eu tive achance então de encarar o desafio de nãobater nas paredes ou decapitar outrosque também estavam utilizando o mesmoabrigo que nós. Uma outra tarde, tive queme esforçar em focalizar e manter aatenção, devido ao sistema de som do“Hotel Califórnia”.

Yao Laoshi começava minhas aulasexplicando os movimentos primeiro edepois me observando realizá-los até queficasse satisfeita com minha performance.Depois me deixava realizar o movimentosozinha repetidas vezes. Quando minhamente se dispersava e eu voltava aos

meus velhos hábitos, era levada de volta aatenção por um agudo “NO”, a únicapalavra que ela conhece em Inglês. “Ni buting!” (“Você não está escutando”)Conversamente, um movimento executadocorretamente engendrava um “tinghaole”, você ouviu bem. Ela foi relutanteem me permitir praticar enquanto nãoestivesse presente para me observar,dizendo que “quando eu me virar, você vaierrar”. Sempre que me frustrava, YaoLaoshi me dizia para escrever em meucaderno as anotações de correções outomar um copo de água. Numa tarde particularmente úmida, eu estava cansada e tendo dificuldades com omovimento “empurrar e bloquear aesquerda e a direita”. E no momento justoquando eu estava a ponto de abaixar aespada de forma frustrada, minha amigaHo Yuhua veio correndo com barras desorvete. Depois deste momento, Ho trouxesua espada para praticar comigo. Aolongo destas próximas poucas semanas,acho que experimentei todos os tipos de sorvete que haviam disponíveis no parque.

Como fiz no verão de 2004, também pratiquei com alunos de Yao Laoshienquanto se preparavam para suas competições. Em geral Yao Laoshi ficamais relaxada quando trabalha com seusalunos mais avançados e eles tiveramalgumas discussões bem animadas sobre o que fazer com o sabre no movimento “Golpear o Tigre a Direita”.

Glenda Liu Quarnstrom

Glenda and Duan Laoshi

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Note
Glenda e Duan Laoshi
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Note
PRIMAVERA 2005
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Freqüentemente ficávamos até que asluzes eram apagadas no parque!!Durante uma das práticas, Guo Xulingque ganhou várias competições medisse para “fang song” (relaxar).Quando eu respondi que estava tendodificuldades em compreender este conceito, ele disse “man, man de (façade vagar)”. Por isto ele quis dizer nãoapenas executar os movimentos deforma vagarosa, mas também resistir atendência de esperar por resultadosinstantâneos.

Um Domingo de manhã no parqueYinzi, Yao Laoshi permitiu-me ser partede um grupo de doze alunos queestavam executando a forma espadapara o Mestre yang Zhenduo. Depoisque terminamos, ele trabalhou conoscoparte a parte no “ursa menor”.Observar o Mestre Yang ensinar emWutaishan foi muito interessante. Maisrelaxado do que quando estava ensinando em Taiyuan ele fazia uso deexpreesões faciais e exemplos negativos, “like this? Nooo”. Talvez eletenha adotado esta abordagem inovadora como método de ultrapassaras barreiras da língua. Entretanto, elenão precisa de tradução para expressar a alegria que sente quandoesta ensinando. Andy Lee que tem sidoaluno do Mestre Yang por muitos anos,em contou que eles sempre a tratoucomo uma filha, expressando preocu-pação sobre sua quantidade de sono eque não perca suas refeições. MestreYang chama afetuosamente a YaoLaoshi de sua “jummei (irmã menor)”.

Um outro domingo, pude observarDuan Yinlian, uma discípulo do Mestreyang que tem 73 anos de idade, trabalharcom um pequeno grupo de alunos.Finalmente ela veio até onde eu estavae disse, “mostre-me como você ‘songqua’ (relaxe seu qua)”. Eu nem haviachegado ao movimento “acariciando acauda do pássaro” e ela já estavamovendo sua cabeça dizendo “zhen buxing” (realmente terrível), um comentárioque ela repetia freqüentemente aosoutros também. Para enfatizar seuponto, ela movia suas mãos periodica-mente de maneira desgostosa. Masentão, ela tocou um ponto em meucotovelo, imediatamente soltando umfluxo de energia que estava bloqueada.Depois de uma hora ou mais, ela abruptamente se foi, sinalizando o finalda seção. Na medida em que ia embora, virou-se para trás em minhadireção e disse “estou feliz que vocêvoltou”.

Em Wutaishan, eu pratiquei mãos denuvens enquanto esperava no hotelminha hora para o teste. Um dos professores franceses me observou eusando gestos exagerados indicou queeu devia seguir minhas mãos com meusolhos. Lembrei-me que havia recebido amesma correção em Chinês de YaoLaoshi e em Inglês de Gary. Passei noteste, graças ao que aprendi com YaoLaoshi, seus alunos, Duan Laoshi e também das aulas que tive com HanHoon Wang em Detroit. Foi Gary Leequem primeiro me ensinou a “agarrar acauda do passaro” e quem continua a

me inspirar com sua dedicação ao taiji e ao ensino.Ele me desafia a buscar a perfeição dentro de mimmesma e me permite ter espaço para trabalharatravés de meus acessos de dúvidas “pós modernistas” sempre que cometo erros. Sem seuscutucões, encorajamento e apoio eu não teria tidominhas experiências na China.

Tuiji

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Note
Puxador de barco Tuijia, puxando contra a corrente.