metodo individualizado para a iniciac;;aoao surf · arvore era cortada. nas raizes fazia-se urn...
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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANAAdriano Diez Previdi
METODO INDIVIDUALIZADO PARA A INICIAC;;AO AO SURF
Curitiba2005
08
ADRIANO DIEZ PREVIDI
METODO INDIVIDUALIZADO PARA A INICIAQAO AO SURF
Trabalho de Conclusao do Curso deEducay8.o Fisica da Faculdade deCiencias Biol6gicas e da Saude daUniversidade Tuiuti do Parana, sob aOrientac;:ao do Pro: Hugo Ferrante.
Curitiba2005
UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANAFACULDADE DE CIENCIAS BIOLOGICAS E DA SAUDE
CURSO DE EDUCA<;Ao FislCA
A COMiSsAo EXAMINADORA ABAIXO ASSINADA APROVA 0 TRABALHO DECONCLusAo DE CURSO.
METODO INDIVIDUALIZADO PARA A INICIA<;Ao AO SURF
ELABORADO POR:ADRIANO DIEZ PREVIDI
COMO REQUISITO PARCIAL PARA OBTEN<;Ao DO GRAU DE LlCENCIADO EMEDUCA<;Ao FislCA, APROFUNDAMENTO EM TREINAMENTO DESPORTIVO.
COMissAo EXAMINADORA:
Prof: Hugo Ferrante - Orienlador
,"'9:,,.,-,",,;,2 moe
Curiliba2005
SUMARIO
1 INTRODU<;AO1.2. OBJETIVOS DE ESTUDO1.2.10bjetivo geralt .2.2 Objetivo especifico2 REVISAo DE LlTERATURA2. t HISTORICO DO SURF2.2 SURF NO BRASIL2.3 SURF NO PARANAAspectos gerais2.4 METODOLOGIAS CONHECIDAS UTILIZADAS PARA A APRENDIZAGEMDO SURF2.4.1 Metoda marreco de ensine do surf2.4.2 Metodo surf indoor wellness2.4.3 Metodo da prainha escaia de surf2.4.4 Metodo brothers rosa de surf2.5 FASES DO DESENVOLVIMENTO MOTOR2.5.1 Conceito2.5.2 Fase motora reflexiva2.5.3 Estagio de codificar;ao de informa((Oes2.5.4 Estagio de decodificac;ao de informac;5es2.5.5 Fase de movimentos rudimentares2.5.6 Estagio de inibic;ao de reflexos2.6 FASE DE MOVIMENTOS FUNDAMENTAlS2.6.1 Estagio inicial2.6.2 Estagio elementar2.6.3 Estagio maduro2.7 FASE DE DESENVOLVIMENTOS ESPECIALIZADOS2.7.1 Estagio transit6rio2.7.2 Estagio de aplica<;ao2.7.3 Estagio de utilizac;ao permanente3 APRESENTA<;Ao DO METODO DE TREINAMENTO INDIVIDUALIZADOPARA A INICIA<;Ao AO SURF4 METODOLOGIA4.1 TIPO DE PESQUISA4.2 POPULA9AO E AMOSTRA4.2.1 Popula<;ao4.2.2 Amostra4.3 LOCAL4.4 MATERIAL4.5 PROTOCOLO4 APRESENTA<;AO DOS RESULTADOS E DISCUSSQES5 CONCLUSQESREFERENCIASAPENDICES
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20222323232425262627272829303030313131
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RESUMO
METODO INDIVIDUALIZADO PARA A INICIAyAO AO SURF
Autor: Adriano Diez PrevidiOrientador: Prof: Mestre Hugo Ferrante
Curso de Educa<;ao FisicaUniversidade Tuiuti do Parana
o objetivo dest8 trabalho fol aplicar urn treinamento na inicia<;c1o individualizada
do surf para pessoas sem experi?mcia e sem ncx;:ao desse esporte, realizando
movimentos corporais respeitando a individualidade de cada individuo. 0 metoda e
desenvolvido em dais niveis: aprendizagem e aperfeh;oamento tecnico. 0 primeiro nlvel
e a aprendizagem, conhecimento dos fundamentos, e educativos necessarios para a
assimila<;ao e born entendimento do surt fornecendo ao atuno nor;6es basicas de
salvamento, primeiros socorras, e manutenlfao do equipamento, proporcionando ao
atuno, conhecimentos praticos e te6ricos do surf e conseqClenternente urn trabalho de
consci~ncia ambiental. 0 segundo nivel ° aperteiyoamento tecnico: ensinar maneiras
corretas para poder surfar, aprendizagem das manobras do surt e n090es do mar, clima
e ventos. A avaliac;ao €I feita ao termino de cada etapa. 0 atuno somente alcanc;ara °nfvel automatizado ap6s treinar muito, muitas repetic;6es para que 0 controle motor seja
realmente efetivo. Todas as informay6es contidas nesse estudo funcionaram para estes
individuos, porem algumas modificac;6es foram feilas de acordo com a individualidade
de cada votuntario, pensando sempre em adequar 0 trabalho de forma especifica.
Palavras-chave: dropar, swell.
R: Engenheiro Emilio Guetter 25CEP: 81630-150a-mail: [email protected]
INTRODUQAO
METODO INDIVIDUALIZADO PARA A INICIAyAO AO SURF
1.1JUSTIFICATIVA
o conteudo deste estudo e voltado a aten,ao no proeesso da
aprendizagem e do ensina individualizado, urn metoda segura, 0 qual delimita a
etapa blisica da aprendizagem deste esporte e 0 que engloba aprender a deitar e
sentar sobre a praneha, os movimentos para remar, furar e dropar (deseer) a onda,
atendendo as necessidades e individualidades biol6gieas de cada individuo.
Segundo Farias (2000), num passado, distante, 0 homem vivia 0 seu
cotidiano repleto de surpresas e desafios selvagens. As caminhadas em busca de
alimento sempre propiciaram urn anconlro com fatos inesperados. Em lodos as
afazeres, na luta pala sobrevivencia, era incluido 0 receio das intemperies do clima e
cuidado com os oulros seres da natureza. A sua organiz89aO tempo - espa90
estava subordinada ao sana e a vigilia.
Ainda, na sociedade alual, 0 homem encontra uma saris de situa90es
repleta de desafios em seu cotidiano. Os sustos e os medos sao gerados de
diversas formas: em urn trAnsito ca6tico, uma monotonia que enclausura 0 seu livre
ir e vir, entre outras.
o surf como qualquer outro esporte apresenta caracteristicas particulares
na sua pratica, 0 que requar urn campo de conhecimento e investiga980 especfficos,
bem como solicita,oes diretamente relacionadas com a atividade (TWAIN, M. 2001).
Na sua pratica e caracterfstico de cidades litoraneas, mas nada impede que sua
aprendizagem se inicie fora dessas condi<;:oes, urn exemplo pode ser citada na
capital paranaense, Curitiba, que e uma cidade que se localiza a 80Km do litoral, 0
que torna 0 surf uma modalidade vilivel, jli que 0 deslocamenlo para as praias se
torna um tanto quanto nipido e economico em fun,ao da distancia.
A busca de mecanismos que possibilitem a sensa,ao de liberdade,
silencio e a privacidade, como a proporcianada pel a cantata com a natureza, sao
uma das metas do ser humanos. E tambem a meta de uma soeiedade mais
eonseiente na interatividade entre a natureza e 0 homem. No mundo de informa<;:ao
e das maquinas, 0 sar humane busea encontrar mecanismos de liberdade e de
extravasamento das opressoes da vida diaria. Lutar contra as eorrentezas, subir
arvores e escalar montanhas, caval gar animais selvagens e entrar em oceanos para
deslizar numa onda contra urn dia a dia cercado de rotinas, perigos e situa<;:6es
estressantes e imprevistas, e neste aspacto 0 surf passa a sar uma alternativa
consideravel e ao alcanee de diversas camadas sociais.
1.2 OBJETIVOS
1.2.1 Objetivo Geral
Desenvolver uma tecnica de ensino para a pratica do surf na qual 0
aprendiz tenha resultados rapidos, eficientes, seguros e controlados por avalia«oes.
1.2.2 Objetivo Especifico
Este trabalho tern como objetivos especificos:
- Verificar a rela<;:aoentre 0 meio ambiente e os praticantes de surf
- Seguir as etapas de aprendizagem, atendendo as necessidades e
individualidades biol6gicas de cada indivfduo.
2 REVISAO DE LlTERATURA
2.1 HIST6RICO DO SURF
Sabe-S8 que 0 surf e urn esporte tipicamente havaiano, par eles
inventados, difundido e popularizado a nivel mundial. A restrita bibliografia sabre a
surf aponta 0 seu surgimento nas IIhas Polinesias, atrav8S dos povos nativQs, em
virtude de sua pr6pria cultura de subsist~ncia, a pesca Constantemente tinha que se
atirar ao mar com seus barcos f81t05 artesanalmente para pescar, e quando
voltavam, deslizavam sabre as ondas para chegar mais rapido a terra firma. De
acordo com Gutenberg (1989) este ritual acabou se tornando um habito entre as
civiliza,oes daquela regiao.
Mais tarde, param, nas ilhas do Hawaii, 0 surf comertou a sar praticado
pel os antlg05 reis havaianos com pranchas felta5 de madeira. extraido de arvores
locais (Rosa, 1996). Conta-se que a rei Tahito, conhecido por Moiheka foi a primeiro
polinesio surfista que chegou ao Havai. Parem, em 1778 quando a navegador
James Cook descobriu 0 arquipelago, ele afirmou que jei existiam surii3tas nas ilhas.Cook considerou 0 surf uma atividade relaxante, mas diversos missionarios
protestantes que habitavam 0 local nao tiveram a mesma opiniao e durante todo 0
sEkulo 18 desestimularam a pratica do esparte. Os nativos possufam urn ritual
religioso para a fabrica,~o das suas pranchas. Uma vez escolhida a arvore, a ritual
era iniciado. Colocava-se ao pe do tranco urn peixe vermelho chamado kumu e a
arvore era cortada. Nas raizes fazia-se urn buraco onde, com uma orac;:ao, era
enterrado a kumu. Em seguida era dado inicio ao trabalho de modelagem au shape
(forma da prancha); as ferramentas, lascas de pedras e pedac;os de coral eram
usados ate chegar a fonmadesejada. Com coral granulado (pokaku auna) e um tipo
de pedra bem dura (oahi) era iniciado a trabalho de acabamento para eliminar todas
as marcas da fase anterior e tentar alisar a superfrcie 0 maximo passlvel. Com a
superffcie lisa, eram aplicadas as raizes de uma arvore chamada hili, para dar uma
cor negra. Outras substAncias eram utilizadas para impermeabilizar a madeira como
forma de encera-Ia (Bastos, 1987),
No meio da popula98.0nativa havaiana 0 surf era intimamente ligado as
raizes culturais. Ao realizarem determinadas manifestac;oes religiosas, os nativos
deixavam oferendas pr6ximas it base dos coqueiras para crescer urn outro coqueiro.
Esse ritual fazia parte de uma manifesta9ao cultural aborigine havaiana.
expressando agradecimento pelos alimentos fornecidos pelos coqueiros e pelas
folhas do pe de coco na constru,ao dos tel hades das moradas e para propiciar 0
surfe.
De acordo com Farias (1995), era urn ritual festiv~, onde os chefes
agradeciam aos deuses as farturas do mar, das ondas e os prazeres de brincar nas
suas aguas. Alguns indfcios apontam 1500 anos atras como sendo 0 periodo em
que as polinesios desciam as ondas com pranchas de surf feitas de tabu as de
madeirite (compensado dos navios ingleses). Como no Hawai, 0 surf na Polinesia
estava associ ado as raizes religiosas, culturais e de algum modo. sociais.
As rafzes culturais do surf, atraves do ritualismo, impunham aos nativos
uma determinada hierarquia de pratica. Aos reis e suas preles era permitido surfar
na posigao de pe. As pranchas maiores eram denominadas de alia. Tinham sete pes
de tamanho e eram mais aperfei,oadas, pois faziam parte de todo um ritual de
confecc;ao e so podiam sar utilizadas pela realeza. As pranchas men ores ou alaia.
pranchas mal acabadas, desprezadas pel os cllefes, eram destinadas aos nativas ou
suditos que estavam mais proximos da familia real. 0 restante da tribo tinha
restric;oes para a sua preitica. Ja naquela apoca as aborigines pertencentes a familia
real realizavam competic;oes, lutas mortais e outros com bates par causa do surto
Praticar 0 surf era proveito dos mais nobres e destel11idos (Farias. 1995). Ate 0 infcio
do seculo, a maioria dos havaianos praticava 0 surf como atividade de lazer. Este
habito passou a ser encarado de outra forma quando 0 entao campeao ollmpico de
nata980. 0 havaiana Duke Kahanamoku, comer;ou a divulgar 0 esporte em autros
pafses par onde passava, quando exercia sua funr;:ao. Ate 0 infcio do SEkula 20 0
esporte permaneeeu por baixo ate conheeer 0 nome do "pai do Surf' Duke
Kahanamoku, que manteve 0 surf verdadeiramente vivo gra,as a sua simples e pura
persistencia palo esporte dos reis. Ate entaD, 0 mundo nao tinha ideia do que era 0
Hawai, muito men os 0 surf, entretanto nas Olimpiadas de 1912, em Estocolmo, Duke
Kahanamoku ganhou uma medalha de ouro na nata,ao quebrando 0 recorde
mundial nos 100 m estilo livre e uma de prata no revezamento 4 x 200. Duke fez 0
rnundo saber que ale era urn suriista da praia de Waikiki, situada no arquipelago
havaiano e que 0 surf era 0 ate de cavalgar as ondas do mar. Esta foi provavelmente
a primeira vez que 0 mundo OLlviu falar do Havai e do surto Oito anos mais tarde,
nas Olimpiadas de Antuerpia, Duke ja aos 30 anas, conquistou medalhas de ouro e
9
gra<;asa esse feito. provou ser 0 nadadar mais rlipido do mundo. Eo dito que Duke
amava 0 surf mais do que a natac;aoe que era 0 melhar surfista da epoca. Ap6s sua
vit6ria em", Estocolmo ele introduziu 0 surf na America em 1913 e na Australia em
1915, sendo que, gra<;as it sua posi,ao de campeao olimpico, seus esfor,os nao
foram em vao. Tais esfo",os vingaram e floresceram, formando 0 embasamento do
que seria 0 surf na Era Moderna. Ele morreu em 1986, aos 94 anos, mas ate hoje
todos as surfistas lembram daquele que foi e sempre sera lembrado como 0 "paj'"dosurf madamo!
Em muitos paises 0 surf come,ou a ser praticado regularmente, e par
volta dos anos 20 coms9aram a aparecer 05' primeiros campeonatos na Calif6rnia
(Rosa, 1996). Bob Simons eriou a prirneira prancha de fibra em 1949. Em meados
de 1950, as pranchas passaram a ser comercializadas e na decada de 60 0 surf
tornou-se competitiv~ e profissionalizante. A partir dai a evolu<;aodas fabricas de
pranchas. roupas e Qutros equipamentos destinados aD surf foram constantes. Em
1975, 0 surf estava sendo reconhecido mundialrnente como um esporte ligado
diretamente a natureza, ganhando assim urn numero consideravel de praticantes em
varios locais ands as condic;oes do mar eram propicias. Foi criada entaD uma
entidade a fim de desenvolver 0 surf profissional -a IPS (International Profissional
Surfers), realizando campeonatos pelos principais pontos de pratica de surto
Atualmente quem organiza e realiza 0 circuito mundial de surf e a ASP (Association
of Surting Professionals).
Este esporte que atrai milhares de adeptos todo ano, ja conta com varios
servi90s especializados, Garno as condiyoes do surf, transmitidos pelas radios
diariamente. 0 servi90. alem de fornecer as dire<;6es do vento e da ondulac;ao
(swell), 0 tamanho das ondas e a temperatura da agua, indica qual a praia mais
adequada a pratica naquele dia. Mesma se 0 suriista tiver perdido as horarios do
boletim das ondas, ele tem disponivel, a qualquer hora do dia, 0 servi,o telef6nico
conhecido como "disque-surf', que fornece as mesmas dados ja mencionados e a
visibilidade para 0 mergulho na costa".
Os shapers (fabricantes de prancha) de hoje tambem utilizam 0
computador para aperfeic;oar 0 seu trabalho e dar um melhor acabamento no shape
das pranchas. Alem disso, a nova mania e conferir os dados das condic;oesde surf
via internet, anda, atraves de urn mapa, 0 surtista fica sabendo a direQao e 0
tamanho das ondas em qualquer lugar do mundo.
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2.2 0 SURF NO BRASIL
Segundo 0 site www.vidavit6ria.com.br na decada de setenta, em plena
ditadura militar, cabeludos chamados de vagabundos, drogados e irresponsaveis
vagavam pelas praias desfrutando das maravilhas do litoral brasileiro. Esses
mesmos "vagabundos' abriram as portas para 0 Surf no Brasil. Em cada estado da
Costa Brasileira, ha uma geraC;aoque presenciou 0 crescimento do surf numa apaca
que havia centenas de picos e andas a serem descobertos. Sem previs6es de andase contando 56 com 0 instinto de aventureiros asses jovens cabeludos, que hoje sao
pais de familia e empresarios responsaveis, viveram uma das melhores e mais
divertidas epacas do Surf Brasileiro.
Lapa Coutinho, que hoje vive surrando grandes ondas nas IIhas
Havaianas, Braulio e Mauricio Abubakir sao alguns dos grandes nomes da hist6ria
do Surf brasileiro, em Salvador. No Brasil, as primeiras pranchas, entao chamadas
de "tabuas havaianas", chegaram pelas maos de turistas e funcionarios de
companhias aereas. Detalhe: nessa apaca a prancha tinha 3,60 metros e pesava
oitenta quilos. A hist6ria comec;aem 1938 com a, provavelmente, primeira prancha
brasileira, feita pelos paulistas Osmar Gonc;alves,Joao Roberto e Julio Putz, a partir
da materia de urnas revistas americanas, que dava medidas e 0 tipo de madeira aser usada. Nos anos 50, um grupo de cariocas, liderado por Paulo Preguic;a,Jorge
Paulo Lehman e Irencyr Beltrao, comec;oua descer as ondas em Copacabana, com
pranchas de madeirite, inspirados nas pranchas de balsa que um piloto comercial
americana da rota Hawaii-Rio, trazia em suas viagens, que nao tinham ftutuac;aonem envergadura. Em 1962, enquanto no Rio 0 Sr. Moacir criou uma tacnica para
dar envergadura aos pranch6es, em SP, Homero Naldinho, com 14 anos, fazia suas
madeirites que mediam apenas 2,2m (0 tamanho das Minimodels, que surgiram
somente em 1967), pois as placas de madeirite tinham esse tamanho. Em 1963,
George Bafly e Arduino Colassanti, comec;arama shapear as primeiras pranchas de
isopor. Com uma lixa grossa presa a uma madeira, levavam dais dias para fazer
uma prancha. A referencia era uma foto de revista.
Em 1964, Mario BraC;aoe Irencir, conheceram 0 australiano reter Troy,
Que trouxe outlines (templates) e no,ces de shapear de seu pais. Ainda usava a
madeirao como lixa, 0 ralactor de coco e a grosa. Mais tarde apareceu 0 "Suform"importado, mas 0 bloco ainda era de isopor. Enquanto isso, em SP, Homero fazia as
II
primeiras pranchas de madeira oca inspirado em pranch6es gringos. As primeiras
pranchas de fibra de vidro importadas da California chegaram ao Brasil tambem em
1964. Em 1965, 0 Coronel Parreiras fundou a primeira fabrica de pranchas no Brasil:
a Sao Conrado Surfboard, no RJ. Parreira adaptou para 0 shape uma tecnica usada
no aeromodelismo: apos colar a longarina com a curva desejada, usava fio quente
para cortar 0 fundo e 0 deck acompanhando a curva da longarina. A seguir cortava 0
outline e dava 0 finish. Seus shapers Mario Bra<;aoe Giro Beitrao. Mais tarde, Carlos
Mudinho tambem passou a shapear na Sao Conrado. Enquanto isso, em SP, alem
de Homero, Eduardo Faggiano, 0 Coco, Nelsinho e Lagartixa, faziam pranch6es de
madeira envergados com calor. Mas logo aderiram ao isopor e a tecnica do fic
quente, a exemplo do pioneiro, Parreiras. Em 1967, Penho volta do Hawaii, trazendo
a primeira plaina Skill e a tecnica de shapear. Porem, as minimodels haviam
acabado de surgir e ninguem sabia exatamente 0 que shapear: Faziam-se miniguns
e minipranch6es, mas nada com embasamento te6rico. Nessa epoca surgiram as
shapers Mi<;ari, Rico, Wanderbilt, Tlto Rosemberg. Marcelo "Caneca", Otavio
Pacheco, Maraca, Zeca Guaratiba, IS50Amsler, Paulo Aragao e Dentinho. Em 1969,
Parreiras lan<;a 0 poliuretano branco com quimica importada Clark Foam.
Paralelamente, Homero cria a primeira fabrica de pranchas de SP e passa a comprar
blocos Clar'k Foam do Cel Parreiras, inovador, Homero alcan<;oupopularidade em
todo 0 Brasil. Alem de ter criado, provavelmente, a primeira maquina de shape do
mundo, dava garantia de urn ana para suas pranchas modele Homero Luxo e de
seis meses para 0 modelo "Superlight" Nessa mesma epoca, Tito Rosemberg
voitava da Europa e EUA, com um Know-How bastante avan<;ado para a epoca,
passando a dividir 0 mercado brasileiro com Homero. Em 1970, 0 surf explodiu, e a
moda era shapear a propria prancha. Surgiram entao muitos nomes: No Rio, Bocao
e Betao, Pepa Lopes e Jorge Pritman, Lype Dylong, Daniel Friedman, Ricardo
Bravo, e mais tarde Heinrich Reinhard, Heitor Fernandes, Italo Marcelo, Gustavo
Kronig e Victor Vasconcelos. Entre outros. Em S.P. Guto Navarro (Maui) Eduardo
Argento (Twin), Brito (Moby), Flavio La Barre, Longarina, Paulo Rabello, Pascoal,
Jorge Portugues, Jorge Limoeiro, e mais tarde Almir Salazar, entre outros. Em 15 de
junho de 1965, foi fundada a primeira entidade de surfe do pais, a Federa<;ao
Carioca. Ela organizou 0 primeiro campeonato em outubro daquele ano. 0 surf s6 foi
reconhecido como esporte pelo conselho Nacional de Desportos em 1988.
12
No Brasil a hist6na do surf e bem mais recente. Estamos praticamente na
terceira gerac;ao de surfistas, caminhando para a quarta gera'tao que paraee estar
sendo multo bem estruturada.
Agora vern a polemica, 0 surf no Brasil teve sau, ponta-pe inicial nas
ondas de Santos-SP au nas do Rio de Janeiro? As duas "escolas" defendem teses
diferentes, mas 0 que importa e 0 surf cresceu muito e continua crescendo.
Ha uns dois anos atras, urna pesquisa divulgou que no Brasil ja havia
2.500.000 de surfistas praticantes e um sem numero de simpatizantes e
consumidores da moda surf. Ap6s anos de preconceito da sociedade, que deflnla as
surflstas como vagabundos ratos de praia e maconhelros, a surf deu a volta par clma
e hoje e respeitado, como um dos principals esportes praticados no Brasil. Sao
advogados, empresarios, medicas, dentistas, professores, Pais de familia, artistas,
politicos, todos as ramas da sociedade brasileira. Como nao podia deixar de ser,
varias pessoas que trabalham, com au na Tv, musicos, artistas, cantores, leones de
outros esportes, abra9aram 0 surf como seu esporte preferido au hobby, divulgando
ainda mais para todo 0 Brasil esse maravilhoso estilo de vida.As pessoas famosas que surfam, de uma forma au de outra, colaboram
para 0 crescimento do surf no Brasil, mostrando que e urn esporte serio e unico.
Pessoas como 0 Governador de Minas Gerais, Sr Aecio Neves, que passou alguns
an os curtindo a vida nas andas do Rio de Janeiro.
o Principe de Orleans e Bragan9a, herdeiro da monarquia brasileira que
durante muitos anos viajou pela Brasil e pelo exterior procurando ondas perfeitas. Os
musicos e compositores Evandro Mesquita (Blitz) que curtiu as ondas do Pier de
Ipanema e ate hoje e urn apaixonado pelo surf, Supla que ja surfou ate no Peru,
Gabriel 0 Pensador, Digao dos Raimundos, Rodolfo (ex Raimundos), a jogadora de
volei Ana Mozer que hoje surfa de pranchao, Gustavo Kuerten um dos melhores
tenistas do mundo que ja fez ate Tow in nas ondas do Hawai, Ricardo Zonta piloto
de Formula 1, os atoras Globais (TV), entre outros.
2.30 SURF NO PARANA
Segundo 0 Livro de Regras da (F.S.P.), em 1983 um grupo de surfistas
paranaenses resolveu estruturar a esporte fundando a ASSOCIA<;:Ao
PARANAENSE DE SURF. Em 1997, a mesmo grupo de surfistas reassumiu a
Ll
administra,ao da APS, sendo entao a entidade totalmente reestruturada, 0 Circuito
Paranaense de Surf Amador e 0 Ranking Paranaense de Surf amador reeditados.
Em to de junho de 1999 foi fundada a FEDERA<;,iiO DE SURF DO PARANA,
objetivando a forma,ao da equipe de Surf Amador e que a FEDERA<;,iiO DE-SURF
DO PARANA realiza anualmente 0 Circuito Paranaense de Surf Amador. evento que
permite projetar as atletas paranaenses na mfdia e asparte, sejam os maiores
beneficiados.
A FEDERA<;AO DE SURF DO PARANA e lima entidade administrativa
estadual do Surf, fHadaa Confederar;ao Brasileira de Surf. registrada no Cartario do
1· Ofieio de Registro de Titulos e Documentos da Comarca de Curitiba sob 0 nO de
ordem 16674, inscrita 00 CNPJ sob 0 n' 03.654.55010001-12, reconhecida como
entidade utilidade pLlblicafundada em 10 de junho de 1999 pela uniao das seguintes
entidades: Associar;ao Paranaense de Surf, Associar;ao Surf Vibration e
Organizar;ao Centralizadora de Esportes Aquaticos de Matinhos. A FEDERA<;AO
DE SURF DO PARANA tem por finalidade:
- Estruturar, desenvolver, organizar e difundir 0 Surf a nivel estadual;
- Dirigir e fiscalizar dentro do Estado do Parana, Circllitos,
Campeonatos, Tomaics, Escolas, Cursos e todo e qualquer evento relacionado co 0
Surto de acordo.
- Zelar pela aplicar;ao da lei 9.615198 e pelas determinar;oes emanadas
pelo MinistEirio do Esporte e Turismo e pela Secretaria Estadual de Esporte e
Turismo do Parana, bern como tazer cumprir as regras e preceitos estabelecidos
pela CONFEDERA<;,iiOBRASILEIRA DE SURF e pela INTERNATIONAL SURFING
ASSOCIATION (ISA). entidades regulamentadora do Surf;
- Representar a modalidade do Surf perante os orgaos publicos,
autarquicos e entidades, particulares em defesa de seus interesses e direitos.
- Divulgar e conscientizar a popula<;aoa importilncia do Surf perante a
sociedade;
Expedir as Associac;oes filiadas, com forc;a de mandamentas a serem
acatados, os Codigos, Regulamentos, Regimentos, Resolu<;6es,
Circulares, InstruQaes e Avisos e outros quaisquer atas necessarios aorganizaQao,ao funcionamento e a disciplina do Surf.
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Associa90es filiadas it FEDERA<;:AO DE SURF DO PARANA:
- ASSOCIA<;:Ao SURF VIBRATION
- ORAGANIZA<;:Ao CENTRALIZADORA DE ESPORTES AQUATICOS
DE MATINHOS
- ASSOCIA<;:AO DE SURF DE PARANAGUA
- ASSOCIA<;:Ao DE SURF DO PICO DE MATINHOS
- ASSOCIA<;:Ao DE SURF DOS AMIGOS DA PRAIA BRAVA DE
GUARATUBA
- ASSOCIA<;:Ao DE SURF DE IPANEMA
ASSOCIA<;:Ao LONGBROTHERS DE SURF DO PARANA
ASSOCIA<;:Ao DE SURF FE MIN INA DO PARANA.
Sao Poderes da FEDERA<;:AO DE SURF DO PARANA, Assembleia Geral,
Diretoria e Cansalha Fiscal e Executivo.
A ASSEMBLEIA GERAL, poder maximo da Federa9ao de Surf do Parana.
E constituida pela reuniao da Diretoria, das Associa90es Filiadas e do Conselho
Fiscal e Executivo. -
A DIRETORIA DA FEDERA<;:AO DE SURF DO PARANA (1999 a 2003)
asta assim composta:
-Presidente: JUCA DE BARROS
-Vice-Presidente: Jose Alvaro Naia
-Diretor Executivo: Sylvio Gumz
-Diretor Tecnico: Paulo Taques
-Tour Manager. Assessor TeenieD e Secretario: Augusto de Paula.
o CONSELHO FISCAL E EXECUTIVO da Federa9aO de Surf do Parana,
6rgao fiscalizador das atividades financeiras e tecnicas da entidade, e composto dos
seguintes membros.
- Representante dos Arbitros: Joao Zimermmann Junior
- Representante dos Atietas: Daniel Belotti
- Representante das Associa90es Filiadas: Daniel Angotti
- Representante dos lojistas: Milton Veiga Concei9aO
- Representante dos Rep. Comerciais: Marcos Douglas da Silva -
Representante da APS: Rogerio Nero Vianna- Representantes da Imprensa: Rafael Perez e Sergio Laus.
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ASPECTOS GERAIS:
Ventos: A primeira, importante e fundamental ideia e que as ondas sao
produtos de tempestades em oceano aberto. Essas tempestades sao chamadas
formalmente de Sistema de Pressao Baixa. A ci~ncia hoje oj capaz de prever essas
tempestades via satelite e tal vigilancia se tomou tao sofisticada que as surfistas
mais atentos as previs6es do tempo sao capazes de prever os melhores dias de
5urtO. Para isso e preciso entender urn pouco como essas tempestades agem.
Essas tempestadss castigam a superfieie do oceano, criando energia para a
Forma,ao das andas, imagine uma lagoa onde voce jogue uma pedra no meio dela.
Energia e movimento serao criados e pequenas ondulac;5es "ao viajar para todos as
lados. Uma tempestade com fortes ventos em alto mar, a principia, funciona como
uma sarie de pontcs de energia atirados na superffcie do oceano. Ondas sao criadas
atraves dessa a,ao dos ventos. Outro ponto importante. A saber. e que as swells do
oceano praticamente nao movimentam as aguas. Somente a energia esta em
movimento. Quanto maior (pedra maior} sera a energia.
a tamanho de uma ondula9ao e determinado par tres caracterfsticas dos
vantes:
A potencia dos ventos. 0 tempo que ele esta soprando. A distancia
percorrida. Devido aos ventos, raramente, manter a mesma fon;a e direQ8.o por
longos periodos. algumas ondula<;oestendem a ficar confusa. Isso acaba formando
picas individuais, onde a tipo de fundo, (areia, pedra, coral) mare e correntes serao
fundarnentais para boas ondas. Normalmente essas ondas tern vida curta, nao
passando de dais dias e e muito comum em tempestades perto da costa. Ondas
grandes: porern por pouco tempo. Ventos que percorrem uma longa distancia com
boa pot~ncia e mesma dire9ao resultam em ondas com mais consistt!!ncia e
qualidade. E geralmente quebram por tres dias consecutivos au mais.
y swell, ondula,ao: significam a mesma coisa.
Como uma onda se forma: As ondula90es sao derivadas de tempestades
que ocorrem em alto mar. Par exemplo, no polo sui forma-se uma frente fria,
o caminho dessa frente fria sera sUI-norte, pelo litoral brasileiro. Pelo ar,
ela traz as nuvens e as chuvas. No mar, ela gem 0 movimento ondular que atinge a
costa, em delos. Par que nao hit ondas em alto mar? Exatamente devido aprofundidade, que impede que a onda quebre e dissipa essa energia continuamente
16
e quando a ondulayao chega na costa, 0 funda impede que 0 movimento continue, 0
movimento e interrompido e a onda estoura.
Mares: Para muitos surfistas. principalmente que viajam muito, eimportante tambem ter urn born entendimento sobre mares e como elas agem nos
melhores picas.A maioria das mudan~ase variaya8s que acontecem em costas do mundo
inteiro sao causadas, pela mudan,a do nfvel do mar: Esse movimento de mares que
ocorrem freqGentemente em todos as mares e oceanos e 0 resultado da influenciagravitacional que 0 sol e a lua exercem em nossa planeta. Tal movimento Dearre
como correntes e periodos de oscila90es no nlvel da agua, varian do de lugar para
lugar e dia para dia.
Davida a proximidade. a influencia da Lua e duas vazes mais significante
que a influimcia exercida pelo Sol, as intervalos consecutivos entre as passagens da
Lua sao de 24h50m. A mare cheia ou baixa ira avan,ar, em boa parte do mundo, 50
minutos por dia. Se a mare cheia de uma ter,a-feira qualquer acontecer as 15:00h,
na quarta-feira sera as 15:50h. E alguns lugares como 0 Tahiti, cnde a influencia
lunar e dominante, as mares altas e baixas ocorrem na mesma hara todos os dias.
Essa variac;ao e criada em parte pejos varios tipos de oceanos e mares
(mar) que existem, cada um com seus padr6es de mares e suas for,as
independentes. Em algumas areas assas fan;:as combinam e rasulta em and as corn
maior qualidade. Em Qutras 0 resultado e 0 inverso.Quando a lua asta nova au cheia, a Terra, a lua e Sol estao alinhados na
mesma dire<;ao. A fory8 gravitacional e 0 movimento de mares nassas spocas saomajores. Normalmente resultam em melhores andas. Quando a Lua e 0 Sol estao no
mesmo angulo em relayiio it Terra eles tendem a concentrar suas for,as
gravitacionais urn no Dutro, 0 que rasulta em urn movimento de mares reduzido. As
andas aparecem com urn resultado de forc;as restauradoras em um fluida que tai
retirado de seu estada de equilibria inicial. 0 modele ciassico no estudo de ondas
para dinamica dos fluidos considera a onda ideal do tipo senoidal. Essa aproxima<;iio
simplifica a progressao da onda sabre a superficie. masmo quando sao irregulares.
Seus tipos irregulares aparecem constantemente modificados na
superffcie, de maneira a ser sempre sobreposta por outras. Desta forma, qualquer
onda observada e na verdade 0 somatorio de varias ondas com alturas,
comprimentos de onda e frequencias diferentes. E 0 angulo de fase permite as
17
varias defasagens de ondas. ista e, permite que 0 maximo ocarra em diferentes
horarios.Quando uma onda se propaga as particulas de agua tambem se
movimentam para cima e para baixo, descendo cfrculos verticais que par sua veztarnam-se exponencialmente menores conforme aumenta a profundidade.
Desta forma, denomina-se agua profunda com relac;aoa uma dada onda
de superficie aquela em que sua profundidade e pelo menos a metade do
comprimento de onda. Na pn\tica, a relac;aode profundidade, (h) com 0 comprimento
de onda e:
,. Aguas profundas h > 14
,. Profundidade de transic;ao125 < h < 14
,. Agua rasa h < 125
Apesar dos modelos conceituais acima descritos. as ondas do mar nao 5
obS8IVadas de forma simples. Seu tipo irregular aparece constantemente modificado
na superifcie, de maneira a serem sempre sobrepostas par Qutras.
Os maximos da onda podem ser decompestos por analises das medias
harmonicas (au Fourier) dentro de urn vasto numero de ondas senoidais dediferentes frequencias, dire<;6es,amplitudes e fases, e cada componente de onda
propaga-se mais n\pido que compenentes de altas frequencias.
Alem do mais, por nao serem distantes uma das Qutras, usa-se 0 concaito
de velocidade de grupe, que e a velocidade, na qual a energia da onda se propaga.
Sa considerar 0 fluxo de energia devido ao tram de onda, a anergia cinetica eassociada com 0 movimento de Partfculas em 6rbitas aproximadamente fechadasque nao sao propagadas de maneira significativa.
Entao em aguas profundas, 0 efeito e que se metade da energia move-se
com velocidade de fase, a qual 13como S9 toda a energia propagasse com a metade
da velocidade de fase. A integridade da onda e mantida pelo balango continuo entre
as energias cineticas e potenciais.Essa superposi~ao de varias ondas ocorre devido a constante interat;8.o
do vento que provoca ondas com cristas pequenas, denominadas wind sea. Ascristas mais longas, com apar~ncia senoidal. sao geradas por ventos distantes ao
local da onda observada e sao denominados de swell, podendo propagar-se
milhares de quilometros. As ondas comeQam em alto mar e viaja muito alem de sua
origem para alcan,ar 0 fundo pr6ximo 11costa, tomar forma e tamanho e enfim,
18
quebrar. A forc;:ade uma onda aD quebrar, e proporcional a altura e esta, par suavez, varia de acordo com as caracterfsticas geograficas e metereo16gicas do lugar
fundo de areia, pedra, coral, direc;ii.odo vento..
Existem basicamente dois tipos de ondas: gordas e cavadas;
- Onda gorda (ou cheia): Parte de cima da espuma comec;aa astourar a
desliza sobre a pareda.
- Onda cavada (ou tubular): a crista da onda (lip) e arremessada
abruptamente para frente. Dica: Para iniciantes, as ondas gordas sao melhores. Os
surlistas avanc;ados preferem ondas cavadas porque proporcionam mais velocidadee 0 tuba, uma das manobras favoritas dos surfistas. Como saber onde 8sM born
para surfar?
No Brasil, 0 Inverno e a melhor estac;:ao para 0 surfe. 0 verao e epoca deondas pequenas. As previsoes do tempo e dos ventos sao uteis para 0 surfista
decidir para qual praia vai descer.Da acordo com 0 tipo e a dire,ao da ondula,ao, da para saber para onde
ir. PDr exemplo: quando entra uma ondulac;:aode sui, Maresias VaG ter onda. Masondula,ao de leste nao entra nessa praia, devido a posi,ao geografica da praia.
Camburi (em Sao Sebastiao), Vermelha do Norte e Felix (em Ubatuba), Guaruja e
Sao Pedro recabem bem swell de leste. Litoral de sao Paulo, as ondas que chegam
nessa parte do Brasil geralmanta vern do suI. Muitos surfistas ficam felizes quando
sabem que vai entrar uma frente fria, porque junto dela vira a ondulac;ao. Oepois de
algum tempo quebrando de sui, as ondula,oes se deslocam e a dire,ao de onde
vem passa a ser sudeste. Mais ou menos tres dias, a frente fria continua subindo e aondulal;8.0 vira de leste.
, Correntes: As correntezas dependem do tipo da ondula,ao. As
maiorias sao laterais. agem de um lado para 0 outro da praia. Existem eorrentezas
que puxam para 0 fundo do mar e por isso sao mais perigosas. As ondula90es vemsempre de apenas uma dire,ilo. Toda a agua precisa voltar para 0 lunda a essa
movimento ocorre na dirsc;ao oposta, criando uma correnteza. Oiea: - Marque urn
ponto em terra e quando estiver no mar, verifique sua posi({ao em relac;ao a esseobjeto fixo.
> Fundo: 0 fundo do mar proximo i:t costa ia um dos fatores que mais
interterem na maneira como uma onda quebra.
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Ha tres tipos principais de fundos. que influenciam as caracteristicas de
forma<;aoe de qualidade das ondas:
1. Fundo de areia: A maioria dos fundos no Brasil e de areia. Esse tipo de
fundo esta em constante modifica<;ao, pais depende do vento e da chuva (que
aumenta a volume dos rios que desembocam no mar). Par esse motivD, as and as
quebram cada hora em um lugar, com formas diferentes, Apesar de as ondas nao
sar das melhores, as suriistas nao S8 machucam muito quando caem nesse funda.2. Fundo de pedra: Sao formadas pr6ximas de encostas que t~m origem
no mar, como em Backdoor, em IIheus, na Bahia. Sao as continuidades de morros
sem a cobertura da areia. A bancada de pedra e fixa e par isso a ondula<;aoe mais
previslvel e perfeita. As ondas quebram no masma lugar.3. Fundo de coral: Encontrado proximo a ilhas e uma bancada viva,
tambem chamada de reef. Esse tipo de fundo proparciona otimas ondas grandes e
tubulares. A maioria das praias do Havai, Indonesia, Tahiti apresentam fundo de
coral. Cui dado! A bancada e rasa e cortante. Qutros fatores menes significativos
tarn bam contribuem, como: os banhistas, pescadores locais, animais e seres
marinhos, quantidade de surfistas na agua, tamanhos e far<;adas ondas, fon;a do
vento que tanto influenciam 0 mar e 0 surf em geral. tambem e abordada no<;oesde
seguran9a;1. Com as materiais: como transporta-Ias, como armazena-Ias e
aumentar a vida utH dos mesmos, como evitar fasces e escoria90es, como agir no
momenta de quedas e escorreg5es em cima da prancha;
2. Com as banhistas: como evitar lesoes, como nao ofertar perigo.
quais ondas devem ser pegas, zona de risco;
3. Com os outros surfistas: que distil.ncia tomar, como proceder na
ernerg~nciade um surfista vindo em sua diretyao; zonas de perigo:
posicionamento na onda; quem esta na prefer~ncia:corn animais e
seres marinhos como agir quando avistar algum, 0 que fazer quando
mordida ou queimados por ales; emergencias, afogamentos.
desmaios. fraturas, etc.
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2.4 METODOLOGIAS CONHECIDAS UTILIZADAS PARA A
APRENDIZAGEM DO SURF
a surfe como qualquer outro esporte, S8 utiliza na sua aprendizagem demetodologia e processos que conduzam a uma efetiva~aosegura e eficaz no ensinado esporte. Toda pessoa que deseja aprender a surfar com seguranc;adeve procurar
a orientac;:aode uma escola de surto Saber nadar e indispensavel, mas ninguemprecisa ser um grande nadador para aprender a surfar. 0 ideal e aprender a surfar
num banco de areia anda nao haja muita profundidade e a correnteza nao seja muitoforte. 86 as suriistas mais experientes devell1 S8 aventurar para alem da linha da
arrebentaQao. Principalmente nos dias de onda medias au grandes. E importantesaber que as correntezas nos cantos das praias sao perigosas para aqueles que naotern muita intimidade com 0 mar
E importante saber que as correntezas nos cantos das praias saoperigosas para aqueles que ainda nao tern muita intimidade com 0 mar.
Existem varias metodologias, algumas mais abrangentes outras maisrestritas, porem poucas ou quase nenhuma possuem um embasamento cientffico euma preocupa,ao com a parte fisica do aluno, devido a lalta de prolissionais da area
da Educac;aoFisica interagindo nas ac;oesde ensino-aprendizagem.
A seguir, algumas das metodologias mais utilizadas no Brasil serao
analisadas.
2.4.1 METODO MARRECO DE ENSINO DO SURF
Um dos aspectos que exigem 0 maior cuidado esta relacionado com a
seguran,a, a qual, e motivo de grande preocupac;ao.Os alunos sao acompanhados
pelos instrutores durante todas as aulas, que sao ministradas em grupos de quatro
ou podem ser particulares (personal trainner), numa atmosfera divertida e de facil
compreensao. Neste metodo todos os praticantes recebem diploma. quando da
conclusao do curso. As aulas deste metodo sao ministradas por Fernando Moniz
(Marreco) Surfschools e equipe. entidade internacional que rege 0 funcionamento
das escolas de surfe nos paises em que mantem relacionamento.
A fotografia e urn dos recUl"Sos utilizados no processo, poiS sao tiradas
fotos dentro d'agua durante 0 curs~, que auxiliam no processo de avaliac;ao, ah?m de
servir. para que os alunos guardem a recorda~1i.ode sua introduc;aono esporte
Todo material e fornecido pela escola: pranchas, roupas de borracha,
cordinhas, parafinas, etc, Como 0 surfs e urn esporte que depende das condic;5es
metereol6gicas (ondulac;ao, mares, ventos), poderao ocorrer alterac;oes nos
cronograrnas das aulas. As aulas transcorrem normalmente indepenctentes dos dias
chuvosos. 0 ideal seria boas ondas com sol. Mais vale boas ondas com chuva do
que um dia de sol e sem ondas.
Nos primeiros dias deve-se evitar a coral, principal mente no caso dos
iniciantes E muito facil acontecer um acidente se um surfista iniciante resolver
disputar as ondas com as mais experientes. 0 surfista iniciante deve ficar lange do
coral, assim ele estara seguro sem atrapalhar as surtistas mais experientes. 0
surfista tern que saber identificar as diferentes condic;6esdo mar. Ele precisa saber
onde fica a banco de areia, se aquele pica tern urn canal, como as correntezas
funcionam etc. 0 ideal e que ele aprenda a utilizar a forc;a do mar a seu favor. Eimportante conhecer as pontos cardeais e os ventos para que, com a tempo ele
fique familiarizado com alguns termos tEicnicos utilizados pelos demais surfista.
Aprender a utilizar as diferentes ondulac;6es, tambem e muito importante. A
ondula<;ao,tarnbem e muito importante. 0 surfista deve saber quais sao as praias
que na hara de entrar no mar, todo surfista deve ter cuidado com a "quebra-coco" esec;aoda onda que vai quebrando perto da areja. Geralmente e no "quebra-coco"
que ocarre a grande maioria das acidentes. Depois que a surfista iniciante tiver
capacidade para ficar de pe na prancha e dropar as ondas, ele estara apto para se
sentar atras da rebentac;ao. 0 surfista tern que saber escolher a onda certa. remar
para ela e quando ser que esta com velocidade suficiente, subir na prancha e sair
surfando. E nesta hora que uma boa remada e importante.
Entender 0 efeito do vento nas aguas e possibilidades de fundos
diferentes que viabilizam a formac;aodas ondas e 0 ponto de partida te6rico para
qualquer surfista que pretenda levar a serio 0 seu esporte. A. forma<;aodas ondas
depende principalmente da 898.0 do vento incidindo sabre a agua do mar. Se na ha
ou nao houve vento provocando 0 swell na direc;aodo esperado. nao havera ondas
perfeitas. As ondas come,am em alto mar e viaja muito alem da sua origem para
alcanc;ar fundo proximo a costa, tamar forma e tamanho e, enfim, quebrar.
22
A for,a de uma onda ao quebrar na praia e proporcional a sua altura e
esta. por sua vez, varia de acordo com as caracterfsticas geograficas e
metereol6gicas do lugar: fundo de areia, de pedra, de coral, dir89ao do vento, etc.
o fundo do mar proxima a costa e urn dos fatares que mais interierem na
maneira como uma onda quebra. Ele pode ser de areia, se estender ao longo de
uma extensa plataforma continental e suavizar a entrada do swell no Iitoral; pode
ondula,ao entre com mais for,a; pode ser de pedra e dependendo da situa,ao
favorecer au nao a intensidade das ondas. Outros fatores menos significativos
tambern contribuem.
2.4.2 METODO SURF INDOORWELLNESS
Segundo 0 site www.Surfindoor.com.br na metodologia englobam-se estas
modalidades de aprendizagem divididas por etapas. Estas modalidades sao
especificas para crian,as, jovens e adultos.
KIDS: e direcionado para 0 publico infantil, baseado nos conteudos
da recrea,ao aquatica e nata9iio infantH, esta modalidade alem de facilitar 0
aprendizado da nata'1aa, a crian'1a aprende a surfar brincando.
Wellness: e voltado para 0 publico infanto-juvenil, juvenil-adulto, que
deseja aprender ou esta come,ando a surfar e tern dificuldades. De forma ludica e
prazerosa, 0 aluno aprendera todos os fundamentos, procedimentos de seguran,as
e fatares ambientais em aulas praticas e te6ricas.
Legends: direcianado para a velha guarda do surf, que pega onde
de pranchinha, funboard ou longboard. 0 Legends diminui 0 indice de lesoes e
revitaliza todas as fun,oes organicas, atraves de tecnicas orientais de flexibHidade,
alongamento e respira,ao especificas para 0 surf.
Weekend: e direcionada para empresarios e demais pessoa
interessada em aprender a surfar, mas nao dispoe de tempo durante a semana. Este
curso e realizado no final de semana, com aula teorica·pratica na academia no
sabado e pratica no litoral no domingo. 0 curso e dividido em dois mOdulos e
realizado nos fins de semana com aulas te6ricas·praticas na academia e na litaral.
2.4.3 METODO DA PRAINHA ESCOLA DE SURF
Com 0 objetivo de iniciar 0 atleta na pn\tica ao Surf. a escola desenvolva
seu trabalho em dais n(veis: aprendizagem e aperfeic;oamento tecnicQ, atendendo
alunos em todas as faixas etarias, ambos as sexos e em todos as nfveis tecnicos
(desce 0 iniciante ate surfistas que ja estao competindo).
Conhecimento dos fundamentos e educativos necessarios para
assimila~ao e 0 born desenvolvimento do surf.
Fomecer aos alunos nogoes basicas de evolu98..0 historica do
esporte. regras. noc;:oes de salvamento, primeiros socarras, fabrica9~o e
manuten,ao do equipamento.
Proporcionar aos alunos uma orientac;:ao didatico-pedag6gica na
aprendizagem da modalidade surfe
Proporcionar aos alunos, conhecimentos praticos e te6ricos do surf.
Este metoda constitui-se de aulas teoricas, praticas e aulas teorica-pratica.
2.4.4 METODO BROTHERS ROSA DE SURF
Fundada por Peterson Rosa (surfista paranaense nascido em Matinhos e
um dos brasileiros mais bem colocados a nfvel mundial, sendo tri-campeao
brasileiro). a eSGola Gonta atualrnente com 47 alunos, com preen didos na faixa etaria
entre 8 a 30 anos (2004). A escola esta aberta a todos que tenham 0 interesse em
aprender a surfar, nao estando restrita a habitantes da cidade. Ficar de olho em
alguns novas talentos que possam surgir e uma das metas do projeto.
2.5AS FASES DO DESENVOLVIMENTO MOTOR
o processo do desenvolvimento motor revela-se basicamente par
altera,oes no comportamento motor. Todos n6s bebes. crian,as. adolescentes e
adultos - estamos envolvidos no processo permanents de aprender a mover-se com
controle e competencia, em rea<;a.o aos desafios que enfrentamos diariamente em
um mundo em constante muta,ao. Podemos observar diferen,as
desenvolvimentistas no comportamento motores, provocados por fatores pr6prios do
individuo (biologia). do ambiente (experi~ncia) e da tarefa em si (fisicoslmecanicos).
2-1
Podemos fazer isso pela observa,ao das altera,oes no pracesso (forma) e no
produto (desempenho). Assim, um meio primario pelo qual 0 processo de
desenvolvimento motor pode sar observado e 0 estudo das altera90es no
comportamento motor no decorrer do cicio da vida. Em outras palavras, 0
comportamentomotor observavel real de um individuo fornece uma "janela" para 0
processo de desenvolvimento motor. assim como indic890es para as processos
motores subjacentes.
2.5.1 CONCEITO
o processo de desenvolvimento motor pode sar considerado sob aspecto
de fases e sob 0 aspectode estagios
o movimento observavel pode ser agrupado em tres categorias:
movimentos estabilizadores, movimentos locomotores e manipulativos QU
combinayoes desses tres. Em sentido mais ample, urn movimento estabilizador e
qualquer movimento no qual algum grau de equilibrio e necessario (isto e,virtualmente toda atividade motora rUdimentar). Em senti do mais estreito. urn
movimento estabilizador e aquele nao-locomotor e nao-manipulativo. A categoria
convenientemente inclui movimentos como girar, virar-se, empurrar e puxar, que nao
pod em ser classificados como locomotoras e manipulativos. Neste livra, a
estabilidade. como "categoria de movirnento"', e considerada mais do que urn terrno
abrangente e proveitoso, porem, nao sa trata de um termo global aplicavel a lodo
movimento. .A. estabilidade refere-se a qualquer movimento que tenha como
objetivo obter e manter 0 equilibrio em rela,ao a for,a de gravidade. Assim,
movimentos axiais (outro termo algumas vezes usado para movimentos na.o-
locomotores) e posturas invertidas e posturas de rolamento corporal sao
consideradas como movimentos estabilizadores.
A categoria de movimento locomotor refere-se a movimentos que
envoi vern mudan<;as na localizac;:ao do corpo relativarnente a urn ponto fixo na
superf(cie. Caminhar. correr, pular, fixar apoiado em urn pe s6 au saltar urn
obstaculo e desempenhar uma tarefa locomotora. Em nosso uso do termo,
atividades como ralar para frente e ralar para tras podem ser cOllsideradastanto
como movimentos locomotores quanto como movimentos
estabilizadores/locomotores porque 0 corpo esta rnovendo-se de um ponto a outro.
estabilizadores porque tem como objetivo a manuten<;aodo equilibrio em situa<;ao
de equilibrio incomum.
A categoria de movimento manipulativo refere-se tanto a manipula<;ao
motora rudimentar quanto a manipula<;aomotora refinada. A. manipula<;aomostra
rudimentar envolve a aplicayao de fOf98 au a rec8py8o de fon;:a de objetos. As
tarefas de arremessar, apanhar, chutar e derrubar um objeto, bem como prender e
rebater sao movimentos manipulativDs motores rudimentares. A manipula98,o motora
refinada envolve 0 usa intrincado de musculos da mao e do pulsa. Costurar, cartar
com tesouras e digitar sao movimentos manipulativDs motores refinados. Grande
numero de movimentos envolve a combina9ao de movimentos estabilizadores,
locomotores elou manipulativos. Par example, pular corda envolve locomo<;ao
(pular), manipula<;ao(girar a corda) e estabilidade (manter 0 equilibrio). Oa mesma
forma, jogar futebol envolve habilidades locomotoras (correr e pular). manipulativos
(driblar, passar, chutar e cabecear) e estabilizadores (esquivar-se, atingir, girar e
virar-se).
Em resumo, S8 0 movimento serve como janela para 0 processo de
desenvolvimento motor, entao a maneira de estudar esse processo e pelo exame da
progressao sequencial de habilidades motoras ao longo de toda a vida.
2.5.2 FASE MOTORA REFLEXIVA
Os primeiros movimentos que 0 feto faz, sao reflexivos. Os reflexos sao
movimentos involuntarios, control ados subcorticalmente, que formam a base para as
fases do desenvolvimento motor. A partir da atividade de reflexos, 0 bebe obtem
informa<;i5essobre ambiente imediato. As rea<;oesdo bebe ao toque, 11luz, a sons e
a altera<;oesna pressao provocam atividade motora involuntaria. Esses movimentos
involuntarios e a crescente sofisticar;ao cortical nos primeiros meses de vida p6s-
natal desempenham importante papel para auxiliar a crian<;aa aprender mais sobre
seu corpo e 0 mundo exterior.
as reflexos primitivos pod em ser classificados como agrupadores de
informa90es a medida que auxiliam a estimular a atividade cortical e 0
desenvolvimento. Sao ca<;adores de alimentac;ao e protetores porque h8.
consideraveis evidencias de que seiam filogeneticos por natureza.
26
Os reflexos primitivos comp5em a Segunda forma de movimento
involuntario e sao notadamente similares na aparencia, a comportamentosvoluntarias posteriores, mas sao inteiramente involuntarios. Esses reflexos parecemservir como equipamentos de testes neuromotores para mecanismos
estabilizadores, locomotores e manipulativQs que serao usados mais tarde comcontrole consciente. 0 reflexo primario de pisar e 0 reflexo de arrastar-se, parexamplo, relembram intimamente as comportamentos de caminhar voluntario
posterior e de engatinhar. 0 reflexo palmar de agarrar e intimamente relacionado
aos comportamentos voluntarios posteriores de agarrar e soltar. 0 reflexo vertical
labirintico e os reflexos de sustenta<;ao estao relacionados as habilidades de
equilibria posteriores.
2.5.3 ESTAGIO DE CODIFICAc;:Ao DE INFORMAC;:OES
o estagio de codifica<;aode infonma<;5esda fase de movimentos reflexivos
e caracterizado por atividade motora involuntaria observavel no periodo fetal ate
aproximadamente 0 quarto m~s do periodo p6s-natal. Nesse estagio os centros
cerebrais inferieres sao mais allamante desenvolvidos do que 0 c6rtex motor e estaoessencialmente no comando do movimento fetal e neonatal. Esses centros cerebraissao capazes de causar rea<;6es involuntarias a inumeros esHmulos de intensidade e
dura<;iiovariadas. Os reflexos, agora, servem de meios primarios pelos quais 0 bebe
e capaz de reunir informa<;6es, buscar alimento e encontrar prote<;ao ao longo domovimento.
2.5.4 ESTAGIO DE DECODIFICAc;:Ao DE INFORMAC;:OES
o estagio de decodifica<;iio de informa<;5es (processamento) da fase
reflexiva come<;a aproximadamente no quarto mes de vida. Nesse periodo, ha
gradual inibi<;aode muitos reflexos a medida que os centros cerebrais superiorescontinuam a desenvolver~se.as centros cerebrais inferiores gradualmente cedem 0
controle sobre os movimentos esqueletais e sao substitufdos por atividade motora
voluntiiria mediada pela area motora do cortex cerebral. 0 estagio de decodifica<;iio
substitui a atividade sens6rio-motora por habilidade motor-perceptiva. !Isto e, 0
desenvolvimento do controle voluntario dos movimentos esqueletais do bebe
~7
envolve 0 processamento de estimulos sensoriais com informac;6es armazenadas,nao simplesmente reaC;aoaos estimulos.
2.5.5 FASE DE MOVIMENTOS RUDIMENTARES
As primeiras formas de movimentos voluntarios sao os movimentos
rudimentares, observados no bebe, desde 0 nascimento ate, aproximadamente aidade de dais anos. Os movimentos rudimentares sao determinados de formamaturational e caracterizam-se par uma seqliencia de aparecimento altamente
previsivel. Esta sequencia e resistente a altera90es em condi<;i5esnormais. 0 nivel
com que essas habilidades aparecem, porem, varia de crian98 a crianc;a e depende
de fatores biol6gicos, ambientais e da tarefa. As habilidades motoras rudimentares
do beb~ representam as formas basicas de movimento voluntario que saonecessarias para a sobreviv~ncia.Elas envolvem movimentos estabilizadores, comoobter 0 controle da cabeC;8,pescoc;oe musculos do tronco, as tarefas manipulativasde alcanQar e sol tar; e os movimentos locomotores de arrastar-se, engatinhar e
caminhar. A fase de movimentos rudimentares de desenvolvimento pode ser divididaem dois estagios que representam progressivamente ordens superiores de controlemotor.
2.5.6 ESTAGIO DE INIBII;:Ao DE REFLEXOS
a estagio de inibiQao de reflexos cia fase de movimentos rudimentaresinicia-se no nascimento. No nascimento, os reflexos dominam 0 repertorio demovimentos do beb~. Dali em diante, entretanto os movimento do bebe sao
crescentemente influenciados palo cortex em desenvolvimento. 0 desenvolvimento
do cortex e a diminui93.o de certas restric;6es ambientais fazem com que variasreflexos sejam inibidos e gradualmente desapare<;am. Os reflexos primitiv~s e
posturais sao substituidos par comportamentos motores voluntario. Quanto ainibi<;aode reflexos, 0 movimento voluntario e fragilmente diferenciado e integrado
porque 0 aparato neuromotor do bebe esta ainda em estagio rudimentar de
desenvolvimento. Os movimentos, embora com objetivos, parecem descontrolados e
grosseiros. Se 0 bebe deseja entrar em contato com um objeto, haver<j atividade
28
global da mao inteira, pulso, ombro e ate no tronco 0 processo de movimentar a
mao para 0 contato com objeto, apesar de voluntario, apresenta falta de controle.
Estagio de pre-controle - Par volta de urn ana de idade, as clian9as
com8(fam a ter precisao e controle maiores sabre seU$ movimentos. 0 processo de
diferenciaC;ao entre as sistemas sensoriais e motor e a integra9ao de informac;oes
motoras e perceptivas. em urn todo mais significativ~ e coerente, acontecem. 0
rapido desenvolvimento tanto de processos cognitiv~ superiores, quanta de
processos motores encoraja rapidos ganhos nas habilidades motoras rudimentares
nesse estagio. No estagio de pre-controle, as crian9as aprendem a obter e a manter
seu equilibria, a manipular objetos e a locomover-se palo ambiente com notavel grau
de proficiemcia e controle, considerando-se 0 curto perfodo que tiveram para
desenvolver essas habilidades. 0 processo maturacional pode explicar parcialmente
a rapidez e a extensao do desenvolvimento do controle dos movimentos nessa fase,
mas 0 crescimento da proficiencia motora nao e menos assombroso.
2.6 FASE DE MOVIMENTOS FUNDAMENTAlS
As habilidades motoras fundamentais da primeira infancia sao
conseqO(mciada fase de movimentos rudimentares do periodo neonatal. Esta fase
do desenvolvimento motor representa um periodo no qual as crian,as pequenas
estao ativamente envolvidas na explora,ao e na experimenta,ao das capacidades
motoras de seus corpos. E um perfodo para, descobrir como desempenhar uma
variedade de movimentos estabilizadores, locomotores e manipulativos, primeiro
isoladamente e, entao, de modo combinado. As crian,as que estao desenvolvendo
pad roes fundamentais de movimento estao aprendendo a reagir com controle motor
e competencia motoras a varios estfmulos. Entao obtendo crescenta controle para
desempenhar movimentos discretos, em sarie e continuos, como fica evidenciado
par sua habilidade em aceitar altera,oes nas exigencias das tarefas. Os padroes de
movimento fundamentais sao pad roes observaveis basicos de comportamento.
Atividades locomotoras (correr e pular), manipulativas (arremessar e
apanhar) e estabilizadares (andar com finneza e c equilibrio em um pe s6) sao
exemplos de movimentos fundamentais que devem ser desenvolvidos nos primeiros
anos da infancia.
29
Uma das principais concep90es erradas sobre 0 conceito
desenvolvimenlista da fase de movimentos fundamentais €I a noc;:aode que ass as
habjlidades sao determinadas maturacionalmente e sao poucas influenciadas pela
tarefa e par fatores ambientais. Alguns especialistas em desenvolvimento infantil
(nao na area de desenvolvimento motor) tern escrito repetidamente sabre 0
desdobramento "natural" do movimento e das habilidades motoras infantis e a idEiia
de que as crian~as desenvolvem essas habilidades simplesmente par ficarem mais
vel has (matura~ao). Embora a maturac;ao realmente desempenhe papel basico no
desenvolvimento de pad roes de movimentos fundamentais, nao deve sar
considerada como a unica influ~ncia. As condi<toes do ambiente - a saber,
oportunidades para a pratica, encorajamento, instru~ao e a ecologia (cenario) do
ambiente em 5i -des em penh am papal importante no grau maximo de
desenvolvimento que as padroes de movimento fundamentais atingem.Os recursos e as limitadores de nivel contidos na tarefa, no indivfduo e no
ambiente tem efeito profunda na aquisi~ao de habilidades motoras fundamentais.
Varios pesquisadores e profissionais que desenvolvem instrumentos deavalia(fao tem tentado dividir as movimentos fundamentais em estagios sequenciaisidentificaveis. Para as objetivos de nosso modelo consideraremos toda a fase de
movimentos fundamentais como tendo tr~s est8.giosseparados, mas frequentementesobrepostos: a inicial, a elementar e a maduro.
2.6.1 ESTAGIO INICIAL
a esta9io inicial de uma fase de movimentos fundamentais representa asprimeiras tentativas da crian~a orientadas para a objetivo de desempenhar uma
l1abilidade fundamental. 0 movimento, em si, e caracterizado por elementos que
faltam au que sao -de forma impr6pria -marcadamente sequenciados e restritos. pelo
usa exagerado do corpo e par fluxo ritmico e coordena(f8.o deficientes. Tipicamente,os movimentos locomotores, manipulativos e estabilizadores da crianc;ade dois anos
de idade estao no nivel inicial. Algumas crian,as podem estar all;m desss nivel no
desempenho de alguns padroes de movimento, porem, a maiaria esta no estagio
inicial.
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2.6.2 ESTAGIO ELEMENTAR
<o estagio elementar envolve maior controle e melhor coordena<;aoritmica
dos movimentos fundamentais. Aprimora-se a sincroniza<tao dos elementos
temporais e espaciais do movimento, poram, as padroes de movimento nesse
estagio sao ainda geralmente restritos au exagerados, embora mais bern
coord enados. Crianyas de inteligencia e funcionamento ffsico normais tendem a
avanc;ar para 0 estagiD elementar, primariamente. aD 10ngo do processo de
matura<;ao.
2.6.3 ESTAGIO MADURO
o 85tagio maduro na fase de movimentos fundamentais e caracterizado
por desempenhos mecanicamente eficientes, coordenados e controlados. A maioria
dos dados disponiveis sobre a aquisi<;ao de habilidades motoras fundamentais
sugare que as crianc;as podem e devem atingir 0 estagiD maduro aos cinco au seis
anos de idade. As habilidades manipulativas que requerem acompanhamento ainterceptac;ao de objetos em movimento {apanhar. derrubar, rebater}, desenvolvem-
S8 urn pouea mais tarde em funyao das exiglmcias visuais e motoras classificadas
dessas tarefas.
2.7 FASE DE DESENVOLVIMENTOS ESPECIALIZADOS
A fase especializada do desenvolvimento motor e resultado da fase de
movimentos fundamentais.
Ferramenta que se aplica a muitas atividades motoras complexas
presentes na vida diaria, na recreaQB.o e nos objetivos esportivos. Esse e urn perfodo
em que as habilidades estabilizadores, locomotoras - e manipulativas fundamentais
sao progressivarnente refinadas, combinadas e elaboradas para 0 uso em situa90es
crescentemente exigentes. as movimentos fundamentais de sal tar em urn pe s6 e
pular, por exemplo, podem agora ser aplicado a atividades de pular corda, ao
desempenho de danr;as folcl6ricas e ao desempenho do saito triplo na pista e em
competi<;6es.
31
o aparecimento e a extensao do desenvolvimento de habilidades na fase
de movimentos especializados depende de muitos fatores da tarefa, individuais e
ambientais. 0 tempo de rea~ao e a velocidade do rnovimento a coordena98,O, 0 tipo
de corpo, a altura e 0 peso, os habitos, a pressao do grupo social a que se pertence
e as estruturas emocionais sao apenas alguns desses fatores. A fase de
movimentos especializada tern tr~s estagios.
o processo ao longo da fase de habilidades motoras especializadas
depende do desenvolvimento de habilidades motoras fundamentais maduras.
2.7.1 ESTAGIO TRANSIT6RIO
Em algum periodo, nos seus sete au oito anos de idade, as crianc;as
geralmente entram em um 8stag;0 de habilidades motoras transit6rias. Nessa
perfodo. 0 individuo coms9a a combinar e a aplicar habilidades motoras
fundamentais ao desempenho das habilidades especializadas no esporte e em
ambientes recreacionais. As habilidades motoras transit6rias contem as masmas
elementos que as movimentos fundamentais. mas com forma, precisao e controle
maiores.
2.7.2 ESTAGIO DE APLICAQiio
Aproximadamente, dos 11 aos 13 anos, mudan,as interessantes
acontecem no de-senvolvimento das habilidades do indivfduo. No estagio anterior, as
habilidades cognitivas limitadas da crian,a, as habilidades afetivas e as
experi~ncias.combinadas com a avidez natural desse ser ativo, fizeram com que 0
foco normal sobre 0 movimento fosse amplo e generalizado a todas as atividades.
No estagio de aplica,ao, a sofistica,ao cognitiva crescente e certa base ampliada
tornam 0 individuo capaz de tornar numerosas decis6es de aprendizado e de
participac;8.o baseadas em muitos fatores da tarefa. individuais e ambientais.
2.7.3 ESTAGIO DE UTILlZAQiio PERMANENTE
o estagio de utilizar;ao permanente da fase especializada de
desenvolvimento motor com~a par volta dos 14 anos de idade e continua por toda a
vida adulta. 0 estagio de utilizac;ao permanente representa 0 pinaculo do processo
de desenvolvimento motor e e caracterizado pela lisa do repert6rio de movimentos
adquiridos pelo individuo por tada a vida. Fatores como tempo disponlvel, dinheiro,
equipamento, instalac;Oes e limitac;oes ffsicas e mentais afetam esse estagio. Entre
outros pontos, a nivel de participa<;ao de urn individuo em certas atividades
dependera do talento, oportunidades, condi<;6esfisicas e da motiva<;aopessoal. 0
nfvel de desempenho permanente de um individuo pode variar desde 0 status
profissional e olfmpico ate competic;oes universitarias e escolares, incluindo a
participa<;ao em habilidades organizadas au nao-organizadas, competitivas au
cooperativas, esportivas recreacionais ou da simples vida diaria.
o objetivo basico do desenvolvimento motor e da educa<;aomotora de
uma pessoa e aceitar 0 desafio de alterar 0 processo contfnuo de obtenc;:8.oe de
manutenc;:ao do controle motor e da compet~nciamotora no decurso da vida toda.
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Figura 1 - A Ampulheta das fases do desenvolvimento motor de acordo
com GALLAHUE, 2001.
o objetivo do instrutor. preocupado com a desenvolvimento motor e com a
educacao motora do jovem, Ii incentivar a melhora, de tal forma que haja progressao
desenvolvimentista e organizacional s8udavel ao longo das fases de habilidades
especializadas e de habilidades motoras fundamentais.
3 APRESENTAi;:AO DO METODO DE TREINAMENTO
INDIVIDUALIZADO PARA A INICIAi;:AO AO SURF
o surf como qualquer Dutro esporte. S8 utiliza na sua aprendizagem de
metodologia e processos que conduzam a uma efetiva<;ao segura e eficaz no ensina
do esporte, saber nadar e indispensavel, mas ninguem precisa sar um grande
nadador para aprender a surfar.
Urn dos aspectos que exigem 0 maior cuidado esta relacionado com a
seguran<;a, a qual, e motivo de grande preocupa<;ao, alem de respeitar as limites
Hsicos de cada individua, 0 aluno e observado de perta pelo professor e as aulas
sao ministradas numa atmosfera divertida e de facil compreensao.
Todo a material e fornecido pelo professor: pranchas, roupas, cordinhas,
parafinas, etc. Como a surf e um esporte que depende das condiy5es
metereol6gicas (ondulayao, mares, ventos), podem ocorrer alterayoes nos
cronogramas das aulas. 0 professor desenvolve seu trabalho em dais niveis:
aprendizagem e aperfei<;oamento tecnico, atendendo aluno (s atendendo alunos de
todas as faixas etarias a partir dos cinco anos de idade. ambos as sexos e em todos
as nfveis tecnicos apresentados pelo iniciante.
- Aprendizagem: conhecimento dos fundarnentos, e educativos
necessarios para a assimila~ao e bom entendimento do surf. Fornecer ao aluno
nO<!oes basicas de salvamento, primeiros socorros, e manuten9ao do equipamento,
proporcionando ao aluno. conhecimentos praticos e te6ricos do surf e trabalhos de
consciencia ambiental.
- Aperfei90amento tecnico: ensinar as maneiras corretas, para poder
surfar.
- Aprendizagem das manobras do surf, noc;:6es do mar e clima e ventos.
A seguir sera analisada a primeira parte do estudo:
Conhecimento dos fundamentos: equilibrio. coordena98.o, reflexo,
agilidade motora. for,a.
NOQoes basicas de salvamento e primeiros socorras, e preservac;ao do
material utilizado.
o individuo recebera conhecimentos teoricos sobre a pratica do surf, como
videos explicativos, e materias didatico-pedag6gicas sobre 0 mesmo.
Serao realizadas aulas praticas ap6s 0 ensino te6rico, estas aulas serao
realizadas na praia ja com 0 material especifico para 0 aluno (prancha, cordinha,
roupa, parafina), trabalho de conscientiza,ao ambiental, objetivando a preserva,ao
dos oceanos e restingas.
Segunda parte do estudo:
Ensinar os fundarnentos basicos do surf como: deitar na prancha, remada,
ficar de pe na prancha, furar a onda, e queda da onda.
Realiza,8o de manobras como: rasgada, batida. floater, tubo.
No,oes metereol6gicas a respeito das condi,6es ideais do mar para se
poder praticar com seguran,a 0 asporte.
Esse metoda par ser individualizado respeita as caracteristicas fisicas e
motoras individuais, OU seja. para cad a indivfduo antes do inlcio das aulas e feita
uma anamnesel questiom\rio a partir da qual sera program ada a aula.
Aula pratica:
Apes estudo da anamnese do individuo serao realizados exercfcios
especificos de acordo com suas respostas.
As aulas com~am com alongamento (membros inferiores e membros
superiores), aquecimento articular especifico, e voltado para 0 surf.
Em seguida 0 aluno passara por no,oes de flutua,ao e deslize em varias
posi'1oes e pianos, em seguida inicia-se com dsslocamentos atrav8S de palmateios
(movimenta<;6es de bra<;os com 0 objetivo de propulsionamento), e imers6es em
todas as dire~6es e posi,6es possrveis como decubito dorsal, decubito frontal e
lateral realizando giros e cambalhotas (giro em torno do eixo e do seu pr6prio carpal.
Aqui 0 aluno ja inicia a aprendizagem propriamente dita como: equilibrio,
deslocamentos, palmateios, remada em todas as dire<;6es e sentada na prancha
com a utiliza~aode membros inferiores e membros superiores e com varia'1oes de
velocidade.
o primeiro recurso ensinado e 0 equilibrio deitado em decubito dorsal,
com 0 palmateio em seguida e a remada na mesma posic;ao simulando uma
situac;ao real no mar.
o aluno pratica esses mavimentos fora da agua com repeti<;6es de acordo
com 0 nivel motor de cad a individuQ, apes 0 aluno ira vivenciar essa experiencia
dentro do mar, com 0 auxilio constante do professor que estara com 0 mesmo dentro
da agua para maior seguran,a do aluno, cad a aluno tera um tipo especifico de
prancha (tamanho peso).
As aulas seguem uma sequencia 16gica: equilibria em cima da prancha
(deitado, sentado, em pel, palmateios, remada, peixinho ou joelhinho e subida na
prancha (drop) e queda da onda.
Ao termino destas aulas praticas 0 aluno passa par uma ultima aula,
porem teo rica, abrangendo alguns assuntos importantes para quem pratica esse
esporte como: 0 cuidado com cacos de vidro na areia, 0 usa de preteter solar, como
cuidar de seu material bem como carrega-Io, limites de seguran,a entre um surfista
e outro dentro da agua, limite de aproxima,ao dos banhistas. encostas e pedras,
correntezas, as varias tipos de onda, ventos, tombos corn a prancha, afeia para os
tombas, ondas grandes, roupas adequadas para a pratica do esporte, salvamento
aqUatieD com prancha. alimentac;ao (horarios e cardapio) alongamentos essenclaisantes e apos a surf e preven,ao de lesoes.
Com issa 0 aluno podera desfrutar de momentos agradalleis para 0 seulazer e ter consci~ncia do seu prOprio cor po e da importancia da natureza em nossas
vidas.
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4 METODOLOGIA
4.1 TIPO DE PESQUISA
Trata-se de uma pesquisa de campo, caracterizada pela presen,a
intensiva do pesquisador e as ferramentas de coleta de dados sao a observa<;ao,
entrevistas e instrumentos projetados pelo mesmo.
4.2 POPULA<;AOE AMOSTRA
4.2.1 Popula<;ao
A popula<;ao constitui-se de voluntarios que tenham interesse em
participar do metodo individualizado para a inicia~ao do surf.
4.2.2 Amostra
A amostra constitui-se de dois indivfduos que saibam nadar e estejam
interessados na pratica desta modalidade e sem nenhuma nO<;20te6rico/pratica dosurf.
4.3 LOCAL
As coletas de dados e as analises dos resultados foram feitas em piscina elogo ap6s na praia.
4.4MATERIAL
j... Prancha;
>- Cordinha;;. Parafina;
Roupa de Lycra;
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4.5 PROTOCOLO
A avalia<;ao foi por meio de uma ficha de observa<;ao detalhada, no qual
observam-se tr~s niveis de aprendizagem do aluno:
1. Nfvel elementar
o iniciante ja consegue realizar determinado fundamento, porem ainda
nao tern nenhum domfnio, controle.2. Nfvel intermediario
o iniciante consegue realizar 0 fundamenta, porsm ainda nac tern total
controle das situa<;oes, movimentos.
3. Nivel autornatizado
o iniciante ja domina 0 fundamento, e tern total controle sabre 0 material,
seu corpo e a agua, sabendo como agir em situ890es de emerg~nciaau imprevistos.
Esta avalia<;ao e feita ao termino de cada etapa. 0 aluno somente
alcan<;ara 0 nivel automatizado apOs treinar muito, muitas repeti<;6es para que 0
controle motor seja realmente efetivo dentro de seu cognitivQ, esta automatismo S8
de. aos alunos mais avan9ados e geralmente quando estao na terceira stapa de
aprendizagem (etapa do desenvolvimento dos fundamentos), salvo algumas
exce<;6es.
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5 APRESENTAC;;Ao E DISCUssAo DOS RESULTADOS
Observou-se durante a prcitica deste metoda que algumas abordagensdeveriam ser repensadas e aplicadas de forma diferente, como por examplo, a
inicia9ao: na qual as fundarnentos sejam praticados antes de testes, antes de uma
anamnese para verificar os conhecimentos e experiencias dos iniciantes, tambem aficha de avalia,iio no termino de cada aula.
Todas as informa90es contidas nesse estudo funcionaram para estes
indivfduQs, porem algumas modificac;:6es fcram feitas de acordo com a
individualidade de cada voluntario, pensando sempre em adequar 0 trabalho deforma especifica.
Estas aulas foram realizadas da seguinte forma: Foram realizadas uma
aula na piscina, com duas horas de durac;ao, e uma aula na praia com dura9~o dequatro Iloras.
Para uma mether avalialirao do metoda ficou provado que esta tempo naofoi suficiente para que os alunos assimilassem 0 metodo e 0 colocassem em praticade modo eticaz, serfam necessarios ao menos mais tr~s aulas com duraGao de trtlsa quatro horas para urnmelhor resultado dos alunos.
Abaixo segue 0 quadro avaliativo das aulas dadas e seus respectivosresultados:
39
Quadro avaliativo a 10 etapa (sem ondula<;ao, piscina).
Aluno Adapta<;ao ao Adapta<;ao ao
meio aquatico equipamento
I I(8)
(A) I I
Aluna: (a): 2- intermediario
0- elementar
0- automatizado
Aluna: (b): 2- intermediario
0- elementar
0- automatizado
40
Quadro avaliativo a 2' etapa (sem ondula<;iio, piscina).
Nome do Equilibrio - Equilibrio - Equilibrio - Deslocamento Deslocamento
Aluno decubito sentado decubito com com
ventral dorsal palmateios - palmateios -
Decubito sentado
ventral
(8) E I E I I
(A)E E E E E
Aluna: (a): 0- intermediario
5- elementar
0- automatizado
Aluna: (b): 3- intermediario
2- elementar
0- automatizado
41
Quadro avaliativo da 3· etapa (sem ondula9ao. piscina).
Aluno Remada Remada Remada Equilibrio Equilibrio Subida Peixi
Penetra980 Aproxima9ao Ataque em pe: em pe: na nho
Sem Com prancha
moviment moviment
a980 a980
(8)E E I I I I I
(A) E E E E E E E
Aluna: (a): 0- intermediario
7- elementar
0- automatizado
Aluna: (b): 5- intermediario
2- elementar
0- automatizado
42
Quadro avaliativo da 4· etapa (com ondula9ao, praia).
Aluno Remada Remada Remada Equilibrio Equilibrio Subida Peixi
Penetra9ao Aproximayao Ataque em pe: em pe: na nho
Sem Com prancha
moviment moviment
a9ao a9ao
(8) I E E I E I E
(A)E E E I E E E
Aluna: (a): 1- intermedh'rio
6- eleme'ltar
0- automatizado
Aluna: (b): 3- intermediario
4- elementar
0- automatizado
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Quadro avaliativo da 5' etapa (com ondula<;ao, praia).
Nome do Equilibrio - Equilibrio - Equilibrio - Deslocamento Deslocamento
Aluno decubito sentado decubito com com
ventral dorsal palmateios - palmateios -
Decubito sentado
ventral
(8) I I I I E
(A)I E E E E
Aluna: (a): 1- intermediario
4- elementar
0- automatizado
Aluna: (b): 4- intermediario
1- elementar
0- automatizado
De acordo com esses resultados, podemos dizar que 0 aluno (a), asta em
urn padrao elementar, au saja, necessita de urn treinamento e aprimoramento
melhor do que 0 aluno (b) que ja possui algumas habilidades motoras mais
avan«adas e par isso em algumas fazes do treinamento chegou ao nfvel
intermediario.
as quadros sao preenchidos em sinais descritos a s8guir como referencia
de indice alcan<;ado pelo aluno ao tarmino de cada fase.
(E) Padrao elementar
(I) Padrao intermediario
(A) Padrao automatizado
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6 CONCLUSOES
Com base nas avalia<;oes,pode-se constatar que 0 metodo individualizado
para inicia~ao ao surf oferece ao iniciante respeito aos processos e etapas
propostos neste estudo. Este e um metodo facilitador, composto por duas etapas:
~ 1· etapa: adapta<;aoao material a ao ambiente e fundamenta<;ao
basica.,. 2 etapa: desenvolvimento dos fundamentos e avalia<;ao,totalmante
segura, 89il e essencial para a preparac;:ao de um indivfduo que queira iniciar nesse
esporte onda as dificuldadas sao muitas quando iniciado sem arienta<;aoadequada.
A divisao par etapas Ii um dos pontos que torna 0 trabalho realmenta
efetivQ, pois 0 iniciante pode ser avaliado desde quando entra nesse metoda,
enquanto esla participando de lodas as elapas, e quando sai daste nivel
conseguindo 0 controle motor para subida na prancha.
45
REFERENCIAS
ALMEIDA, Pula Nunes. Educey80 ludica. 6' ed. Sao Paulo: Loyola, 1990.
ANTUNES, C. Alfabetizey80 emocionel: novas estrategias. 8' ed.
Petr6polis: Vozes, 1999.
BLAVATSKY, H. A Doutrina Secreta. Vol. 1. Cosmogenese. Sao Paulo:
Pensamento, 1973.
CARREIRA, G. Biomeciinica dos asportes. Sao Paulo: Manole, 1998.
125p
GALLAHUE, L. Compreendendo 0 desenvolvimento motor. Sao Paulo:
Phorte, 2001.
GUTEMBERG, A. A Historia do Surf no Brasil. Sao Paulo: Azul, 1989.
LONDON, J. Caninos Brancos. Sao Paulo: Martin Claret, 2001.
LONDON, J. My Hewaiian Aloha. prelace to Our Hawaii, by Charmian
London. New York: Macmillan, 1982.
LORCH, C. Surf - Deslizando sobre as ondas. Rio de Janeiro:
Guanabara, 1980.
MATTA, P. Natayiio, Saltos ornamentais, Water Polo, Aqualung, Surf,
Esqui e Bale AqU8tico. Sao Paulo: Papirus, 2000.
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APENDICE
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Apendice 1 - Anamnese
Nome: Verediana Nogueira de Lima
Idade: 28 anos
Profissao: Vendedora (shopping)
Aluna: (a)
1) Voc~ sabe nadar e mergulhar?
Resposta: Sei nadar urn pouco.
2) Voce ja praticou surf alguma vez?
Resposta: Nao
3) Com que freqOenciavoce vai a praia?
Resposta: Quando tenho folga do trabalho, ou seja, poucas vezes.
4) Qual desses fundamentos voc~ domina?
a) Remada
b) Peixinho ou joelhinho (furar a onda)
c) Drop
Resposta: Nenhum (nao sei 0 que e i5S0).
5) Porque voce resolveu optar por urn metodo individualizado para a
iniciac;:aoao suri?
Resposta: Devido ao meu trabalho, fica dificil, entao 0 pouco tempo que
au tenho program aria para participar do metoda individualizado para a iniciac;ao aosurf, urn esporte que tenho muita vontade de aprender, mas nao tenho como seguir
urna turma.
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Nome: Amanda Pelloia
Idade: 22 anos
Profissao: estudante
Aluna: (b)
1) Voc~ sabe nadar e margulhar?
Resposta: Sim
2) Voce ja praticou surf alguma vez?
Resposta: Ja tive uma aula de vivencia (na piscina) de surf na faculdade,
porem nunca pratiquei no mar.3) Com que freqOenciavoce vai a praia?
Resposta: Uma vez par meSo
4) Qual dessas fundamentos voce domina?
a) Ramada
b) Peixinho ou joelhinho
c) Drop
Resposta: remada.
5) Porque voce resolveu optar par um metoda individualizado para a
iniciaQao ao surf?Resposta: Porque no dia que tive a aula na faculdade, 0 professor que
estava ministrando essa aula disse que existem varios metodos, e eu achei melhor 0
individualizado porque eu canclua que aeaba sando mais barato e posso aprender
mais rapido e tenho urna aula preparada 56 pra mim.