5 razoes para que os professores de musica se tornem investigadores

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8/16/2019 5 Razoes Para Que Os Professores de Musica Se Tornem Investigadores http://slidepdf.com/reader/full/5-razoes-para-que-os-professores-de-musica-se-tornem-investigadores 1/3 2 J -  . ----~,\\~ ,cCINCORAZOES'ipARAQUE'OSPROFESSORESDE·MUSICA·SE ~ . : c , ; ~ · , : " : , , , , ? ; a : O R N E M l I . N V E S T I G A D O R E S :omunicação apresentada por AnthonyKempno lan amento.da  edição:portuguesadeSome Approaches J Research n Music Educatíon Fundação Calouste Julbenldan, Lisboa,.4de Julho de 1995. 2uerocomeçar por manifestara minha 'Satisfação em neencontrar convosco aqui. hoje, e como estou grato .s pessoas que tudo fizeram 'paraàssegurar a edição lortuguesa de Some Approaches Jo Research in Music Education . Primeiro, tenho que agradecer à Associa ão Portuguesa de Educação Musical e à sua presi iente Graziela Cíntra por terem conduzido o projecto l e s ~ o seu início. Tenho também que agradecer à :;u ;;ão Calouste Gulbenkian, que o seu apoio oi essencial para a pubIicação. Tenho ainda que ex Jressar a minha gratidão a Patrick Jackson, Director jo British Councíl, que, gentilmente, organizou esta ;essão. Há ainda mais duas pessoas a quem tenho que expri mir o meu apreço e admiração: são as tradutoras TIda Ferreira e Fernanda Primo Graças ao seu trabalho exaustivo, executado com tanto profissionalismo, os alunos de educação musical, em Portugal, têm agora um texto introdutório que lhes permite darem os seus primeiros passos na investigação. As origens do livro encontram-se no trabalho da Co missão de Investigação da 15MB, noperiododa rIÚnha presidência..,de 1988 a 1990. Durante este tempo,.a r ~ i s s ã o o r i e n t o u o -seutrabalho·no esentidode levar os membros da 15'ME a interessarem..,se mais pela in vestigação e conhecerem 'melhor . oque:elatem para oferecer.aos professores. ,Partimos ·do:princípiode que uma atitude mais voltada ) a r a ~ " i n Y e s t i g a ç ã o iria real çar:;:Onabalho J ~e : \todos ,;Os "t1>fofessores:de }música.. qm.tlquerlluefQsSeiO tipoi.ie'instituiçã.o~m'<que esti vêSse m ~ou.âiaââe1âos':.seus.:âlurios~~epõis;~reocu- pava.:nos;,que a '1nvestigaçãoaparecessemuitas :vezes como;sendo;algo'de místico e'esotérico. "O;tt:abalho dos::investigadoreséentendido, frequentemente, como uma:prossecuçãode ,abstracções..teóricas imponentes quepouêõ "têm yer .comoquqtidianQ"rlos.:professo res::Por último,:pensámos.queúa uma boa oportuni dádepara3Iaigãr oqi.i'ê-:-páreCiaser-oestil"DeJrives: tigação da Comis.são. Sentimos a necessidade de di versificar as metodologias em que a Comissão estava e m p e n h ~ d a . . i i n c e n t i v a n d o .\3S.estrat~gias:de investiga _/ ,,-, , :. _~-;:---::';-'~._O_~~-- --~'--- '-' --~~: :':Zt~.'~:::;.-_:::='- ~; '_ _ ;.'::'~-:::,':  7::_ __ : ~_,_':::':~~~~-:_~ Anthony E. Kemp'" ção filosóficas, históricas, comparativas e qualitati vas, tanto quanto a investigação experimental. mais habitual na COrIÚssão e pela qual esta era mais conhe cida. Muitas vezes,quem se inicia na investigação presume, erradamente, que o método experimental tem mais prestígio; e é também o mais rigoroso. Sen do considerado mais científico, pensa-se igualmente que tem mais prestígio. Esperamos que a mensagem do nosso li vro seja bem clara: a investigação em edu cação musical apresenta-nos uma di versidade de questões e hipóteses que, para terem uma resposta adequada, requerem todos os tipos de metodologias. O paradigma experimental pode não ser a estratégia mais apropriada a muitas situações, particularmente para um professor a trabalhar: na sala de aula ou no estúdio. Assim, a Comissão organizou a apresentação de di versos trabalhos de investigação no Congresso Inter nacional de Educação Musical, que teve lugar em Helsínquia, em 1990, com o objectivo de chamar a atenção dos membros da ISME para a importância da investigação em música. O entusiasmo dos delegados foi tal, que decidimos publicar as comunicações sob a forma de livro. Dois anos mais tarde, o Secretariado Internacional da 15ME, na Universidade de Reading, publicou Some Approaches o Research in Music Education. O livro teve baStante sucesso sobretudo entre os alunos mais adiantados dosramose.ducacio nais e os que 'estavam afazer trabalhos de investiga ção,·tornando-se :claro que devíamos promover .a sua tradução para ;Qsassociados da ISME, de língua não inglesa. Consequentemente, llmano : m a i s t a r d e , ~ e m 1993, s u r g i u a e d i ç ã o ~ p a n h o l a , . traduzida ,;porAna Lucía'Frega'e 'Dina :P.och de,Grãtzer;Dentro :de duas '.~emanas;estarei em\ 3,olonh~kpara. pattiéipar mo i lança;' ,'menta d a , e d i ç ã o ú a l i a n a ; e Ç : r . a z - m e n i z e r ~ D e 2 S e d i .>;çôes:grep e:polaca\1a.n1bét l'já1 Stãma ~ e r l ' ~ p a r a d a s ; . ~ B J o r m a , ~ t a m o s ~ , c o m e ç a r , a ~ p a l h a r · edissemi n a r a - n o s s a m e n s a ~ : , a investigaÇão deve ser :feita pelos professores de música. Aoenvolverem-sena . i~vestiiãªo:,:ºªprófessores pOdemdecidiroromo que :ela vai seguir, pode .contribuir para questões .prá tIcas,· pode dar um maior sentido de proftssionalismo ;ntreJQdos QS tipos de professores de música.. de to "qg~S,ºSJ íveis.Sªoestasquestõesque quero abordar ..J. convosco. Porque cdevem os professores de música

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8/16/2019 5 Razoes Para Que Os Professores de Musica Se Tornem Investigadores

http://slidepdf.com/reader/full/5-razoes-para-que-os-professores-de-musica-se-tornem-investigadores 1/3

2 J

. -

 . - - - - ~ , \ \ ~

,cCINCORAZOES'ipARAQUE'OSPROFESSORESDE·MUSICA·SE

~ . :

c , ; ~ · , : " : , , , , ? ; a : O R N E M l I . N V E S T I G A D O R E S

:omunicação apresentada por

AnthonyKempno

lan

amento.da 

edição:portuguesadeSome

Approaches

J Research n Music Educatíon Fundação Calouste

Julbenldan, Lisboa,.4de Julho de 1995.

2uerocomeçar por manifestara minha 'Satisfação em

neencontrar

convosco aqui. hoje, e como estou grato

.s pessoas que tudo fizeram 'paraàssegurar a edição

lortuguesa de Some Approaches Jo Research in Music

Education . Primeiro, tenho que agradecer à Associa

ão Portuguesa de Educação Musical e à sua presi

iente Graziela Cíntra por terem conduzido o projecto

l e s ~ o seu início. Tenho também que agradecer à

:;u

;;ão Calouste Gulbenkian, já que o seu apoio

oi essencial para a pubIicação. Tenho ainda que ex

Jressar a minha gratidão a Patrick Jackson, Director

jo British Councíl, que, gentilmente, organizou esta

;essão.

Há ainda mais duas pessoas a quem tenho que expri

mir o meu apreço e admiração: são as tradutoras

TIda

Ferreira e Fernanda Primo Graças ao seu trabalho

exaustivo, executado com tanto profissionalismo, os

alunos de educação musical, em Portugal, têm agora

um texto introdutório que lhes permite darem os seus

primeiros passos na investigação.

As origens do livro encontram-se no trabalho da Co

missão de Investigação da 15MB, noperiododa rIÚnha

presidência..,de 1988 a 1990.

Durante este tempo,.a

r ~ i s s ã o o r i e n t o u o -seutrabalho·no esentidode levar

os membros da 15'ME a interessarem..,se mais pela in

vestigação e conhecerem 'melhor .oque:elatem para

oferecer.aos professores. ,Partimos ·do:princípiode

que

uma

atitude mais voltada

) a r a ~ " i n Y e s t i g a ç ã o

iria

real

çar:;:Onabalho

J ~ e

: \todos

,;Os

"t1>fofessores:de

}música..

qm.tlquerlluefQsSeiO t i p o i . i e ' i n s t i t u i ç ã . o ~ m ' < q u e esti

vêSse m

~ o u . â i a â â e 1 â o s ' : . s e u s . : â l u r i o s ~ ~ e p õ i s ; ~ r e o c u -

pava.:nos;,que a '1nvest igaçãoaparecessemuitas :vezes

como;sendo;algo'de místico e'esotérico. "O;tt:abalho

dos::investigadoreséentendido, frequentemente, como

uma:prossecuçãode

,abstracções..teóricas imponentes

quepouêõ

"têm yer .comoquqtidianQ"rlos.:professo

res::Por

último,:pensámos.queúa

uma

boa oportuni

dádepara3Iaigãr oqi.i'ê-:-páreCiaser-oestil"DeJrives:

tigação

da

Comis.são. Sentimos a necessidade

de

di

versificar

as

metodologias em que a Comissão estava

e m p e n h ~ d a . . i i n c e n t i v a n d o

. \ 3 S . e s t r a t ~ g i a s : d e

investiga

_/ ,,-, ,

: . _ ~ - ; : - - - : : ' ; - ' ~ . _ O _ ~ ~ - - - - ~ ' - - - ' - ' - - ~ ~ : : ' : Z t ~ . ' ~ : : : ; . - _ : : : = ' -

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 __ : ~ _ , _ ' : : : ' : ~ ~ ~ ~ - : _ ~

Anthony

E. Kemp'"

ção filosóficas, históricas, comparativas e qualitati

vas, tanto quanto a investigação experimental. mais

habitual na COrIÚssão e pela qual esta era mais conhe

cida. Muitas vezes,quem se inicia na investigação

presume, erradamente, que o método experimental

tem

mais prestígio; e é também o mais rigoroso. Sen

do considerado mais científico, pensa-se igualmente

que tem mais prestígio. Esperamos que a mensagem

do nosso li vro seja bem clara: a investigação em edu

cação musical apresenta-nos uma di versidade de

questões e hipóteses que, para terem uma resposta

adequada, requerem todos os tipos de metodologias.

O paradigma experimental pode não ser a estratégia

mais apropriada a muitas situações, particularmente

para um professor a trabalhar: na sala de aula ou no

estúdio.

Assim, a Comissão organizou a apresentação de di

versos trabalhos de investigação no Congresso Inter

nacional de Educação Musical, que teve lugar em

Helsínquia, em

1990,

com o objectivo de chamar a

atenção

dos

membros da ISME para a importância da

investigação em música.

O

entusiasmo dos delegados

foi tal, que decidimos publicar

as

comunicações sob a

forma de livro. Dois anos mais tarde, o Secretariado

Internacional da 15ME, na Universidade de Reading,

publicou Some Approaches o Research in Music

Education.

O livro teve baStante sucesso sobretudo

entre os alunos mais adiantados

dosramose.ducacio

nais

e os que 'estavam afazer trabalhos de investiga

ção,·tornando-se :claro que devíamos promover

.a sua

tradução para ;Qsassociados da ISME, de língua não

inglesa. Consequentemente, l lmano : m a i s t a r d e , ~ e m

1993,

s u r g i u a e d i ç ã o ~ p a n h o l a , . traduzida

,;porAna

Lucía

'Frega'e

'Dina

:P.och de,Grãtzer;Dentro :de

duas

' . ~ e m a n a s ; e s t a r e i

e m \ 3 , o l o n h ~ k p a r a . p a t t i é i p a r

mo

i

lança;'

,'menta

d a , e d i ç ã o ú a l i a n a ; e Ç : r . a z - m e n i z e r ~ D e 2 S e d i

.>;çôes:grep

e:polaca\1a.n1bét l'já1 Stãma

~ e r l ' ~ p a r a d a s ;

. ~ B J o r m a , ~ t a m o s ~ , c o m e ç a r , a ~ p a l h a r · edissemi

n a r a - n o s s a m e n s a ~ : , a investigaÇão

deve

ser :feita

pelos

professores

de

música. Aoenvolverem-sena

. i ~ v e s t i i ã ª o : , : º ª p r ó f e s s o r e s pOdemdecidiroromo

que

:ela vai seguir, pode .contribuir para questões .prá

tIcas,· pode dar

um maior

sentido de proftssionalismo

;ntreJQdos

QS tipos

de professores de música.. de to

" q g ~ S , º S J í v e i s . S ª o e s t a s q u e s t õ e s q u e

quero abordar

. .J .

convosco. Porque cdevem os professores de

música

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envolver-se na investigação'?

Que'COnsequências

isso

-erá '1lo'Seutrabalho?' Gostariadeyos.apresentar cin

...;otaZões que me

,levam a 'crer'que

os

;professores

e

'música

devem

considerara

invesrigaçãocomouma

parte das suas actividades de ensino. Cinco razões que

me levam a crer que o seu trabalho será enriquecido

com essa opção.

,A

primeira razão prende-se como tipo de pessoa que

os músicos tendem a ser. Recentemente, terminei um

outro livro, intitulado

TheMusical Temperament

que

é :resultado de trabalho de investigação realizado ao

longo de dezasseis anos. Comparando com trabalhos

de outros autores, conclui-se que o músico profissio

nal é um tipo de pessoa muito especia1. Nem toda a

gente tem temperamento para ser músico. A introver

são é o aspecto da personalidade do músico que quero

abordar brevemente.

Os

trabalhos de investigação do

; ~ l m e n t a m

com clareza que os músicos costumam ser

.ais introvertidos do que as outras pessoas, e é esta

característica que lhes permite passar longas e solitá

rias horas de estudo, muitas vezes desde uma tenra

idade. As personalidades mais extrovertidas têm al

guma dificuldade em estudar o número de horas que

os professores pedem.

Neste ponto, é necessário definir, brevemente, intro

versão. Na linguagem quotidiana, o termo tem ten

dência a ser usado com um sentido pejorativo. Vive

mos em sociedades que apreciam bastante pessoas

extrovertidas - os animadores das reuniões sociais

parecem ser. respeitados e receber aprovação

pela sua

maneira de ser. No entanto, a introversão dos músicos

não os torna pessoas envergonhadas e tímidas, o que,

.aliás, não ·é .a verdadeira

.1:iefinição

de :introvertido.

verdade que o introvertido não

se

interessa tanto pelas

--)essoas

como pelo mundo das ,ideias e dos objectos,

mas é maJs uma ,questão de prioridades . O músico

introvertido Aprecia0 seurepenórioouasua 'música,

e

interiorizaestesNaliosos.objectosmusicais,que

.se

,tornamparterla:sua

~ i d a · . m t e r i o r e ' & & 0 P f e s e r v a d o s

: ; e a c a I i n h a a o s : ~ ; P o f ; Q u t r o [ l a d ó ; c ~ ~ ~ e x t r o v e r t i d o s ~ p r e -

s C i a m l l 8 i s   itOsJJeSultados o : ~ l â c i o n a m e n t o c o m .as

" ' ~ ~ ' P e S s o a s : d ó : q u e ~ o m ; 1 Q S i ( ) b j e c t o s . ~ e s u m i n d o . d a q u i

];resultaos inúsicos.'Püderemisolar-seims:dos:oútros.

A s i n v e s t i g a ç õ e s , à e m o n s t r a m q u e ~ s m o n à s ·or

'questras 'profissionais, :muitosmúsicos·não apresen

~ ; ; t a r n ' ' t e n d ê n c i a <parase::socializarem m , ( ) s : o u t r o s .

:Esses.'músicos, enquanto,professores.ide instrumento,

e sobretudo >quando

1ião' :aulas particulares,

podem

ficar muito isolados.

Que tem

isto

a ver com a investigação? Na minha

iOpinião;:mdo.17imeiro,·:porque·i:a· faita ;decontacto

- , . ,: -:-,--,-o --<::.õ.:.:. ;..\: ::,,, , ,,,r.

profissional. especialmente para os professores parti

euJares, pode significar

que

estes fiquem dependentes

rlasua própria prática musical para criarem e desen

volveremos seus pontos de vista sobre o quê

e

como

ensinarem os seus alunos. A relação professor-aluno

pode ser muito forte. A identificação do aluno com o

professor pode ser tal, que o processo de ensino

aprendizagem

se

dê sem esforço - o conhecimento e

as atitudes transmitem-se por um processo de assimi·

lação. Se os professores não forem estimulados por

novos métodos e materiais de ensino que resultam das

investigações, a sua maneira de ensinar pode ficar

presa a abordagens antiquadas; quem nunca é esti

mulado, deixa de reflectir e de ser auto-critico. O seu

isolamento pode levar a uma situação bastante grave,

uma vez que não há interacção e discussão profissio

nal para estimular a reflexão do professor.

Isto leva-nos

à

segunda razão por que os professores

devem tornar-se investigadores. O seu objecto é o

modelo de ensino de instrumento e de canto em níveis

mais adiantados.

uma crença, muito forte nos cír

culos musicais, que sugere que se uma pessoa é um

músico virtuoso, então já reune as condições necessá

rias para ensinar. Daqui resulta uma maneira de ensi

nar que se baseia no princípio toca como eu toco e

serás bem sucedido . Ainda hoje se encontra muito

isto, mesmo nos conservatórios. Logo, muitas das au

las consistem

em

demonstrações das capacidades e

destrezas dos professores, não sendo abordadas

questões do tipo: como aprendem os' alunos? Como se

díagnosticamproblemas? Como lidar com alunos

desmotivados?

Assim, chega-se à noção de que os bons intérpretes

são, de alguma fonna, naturalmente qualificados para

ensinar, pelá simples razão de terem tido

sucessoen

quanto músicos. como se tivessem

um

direito divi

no

a ensinar. Tem de

se

questionara .ideia de que um

músico que atravesse ;umperíodo dificil:possasolu

ccionarosêSeusiproblemasrlando

,'8.ulasrparticulares.

Mesmo -que seja sóporcausa.da  maneira de :ensinar,

.,.-questionarenvolve,llecessariamente, mudança. Ensi

nar reaprender é, porrlefinição,umprocesso :de f i lU-

dança e de desenvolvimento - isto é uma evidência no

que diz respeito ao aluno. Todos sabemos que os alu

nos têm de se desenvolver e de mudar - mas um pro

fessor,um ;bom })rofessor, também

tem

que conhecer

e experimentar um processo contínuo de mudança - e

tem que viver o desafio e a mudança como parte

da

sua identidade de professor. Para serem efectivamente

professores, os intérpretes têm de reavaliar

as

suas

destrezas musicais, bem como ter uma visão crítica e

analítica ílopercurso que fizeram para atingir o seu

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