produÇÃo de sementes de hortaliÇas para agricultura familiar

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  • 8/2/2019 PRODUO DE SEMENTES DE HORTALIAS PARA AGRICULTURA FAMILIAR

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    ISSN 1415-3033Ministrio da Agricultura,

    Pecuria e Abastecimento

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    Produo de sementesde hortalias para a

    agricultura familiar

    Circ

    ular

    Tcnica

    Braslia, DFMaro, 2005

    Autor

    Warley M. NascimentoEng. Agr., PhD

    Embrapa HortaliasCaixa Postal 218

    70359-970 Braslia, DF

    Fig. 1. Agricultura familiar no municpio de Antnio Carlos, SC.

    Introduo

    A expresso agricultura familiar vemganhando legitimidade social e poltica noBrasil, e a sua importncia e papel soreafirmados em uma perspectiva diferenciadade desenvolvimento. Mesmo constituindo-se emum universo extremamente heterogneo, seja

    em termos de disponibilidade de recursos,acesso ao mercado, capacidade de geraode renda e acumulao, os agricultoresfamiliares brasileiros so responsveis por37,9% do valor bruto da produoagropecuria, ocupam 107,8 milhes dehectares, e so responsveis por 50,9% darenda total agropecuria (Figura 1). Esseconjunto de informaes atesta a dimenso emagnitude dessa categoria social na gerao

    de renda e emprego e na segurana alimentarda populao, pois grande parte dos produtosque compem a cesta bsica proveniente deestabelecimentos familiares.

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    Um elemento importante na diferenciao dosagricultores familiares e na sustentabilidadeeconmica de suas unidades produtivas oacesso e o uso da tecnologia. Especificamente,

    na produo de hortalias, o acesso asementes de alta qualidade condio bsicapara a manuteno dessa sustentabilidade.

    O direito do agricultor de utilizar sementesprprias, presente na lei da Biodiversidade, foiassegurado pela nova Lei de Sementes (Lein 10.711, de 5 de agosto de 2003). Esta lei,que dispe sobre o Sistema Nacional deSementes e Mudas SNSM), dispensa da

    inscrio no Registro Nacional de Sementes eMudas RENASEM, os agricultores familiares,os assentados da reforma agrria e osindgenas que multipliquem sementes ou mudaspara distribuio, troca ou comercializaoentre si e ainda as organizaesrepresentativas desses atores que multipliquemsementes ou mudas para distribuio a seusassociados.

    A produo de sementes de hortalias umatividade bastante especializada, normalmenterealizada por empresas com nvel tecnolgico einfra-estrutura elevados. Seu sucesso estdiretamente vinculado a trs importantesfatores: a) disponibilidade de cultivares,geralmente provenientes de programas demelhoramento gentico, sejam eles pblicos ouprivados; b) condies climticas especficaspara cada espcie); e c) tecnologia deproduo. Todos estes fatores iro influenciar

    na obteno de sementes de alta qualidade,nos aspectos gentico, fisiolgico, fsico ousanitrio.

    Embora a obteno de sementes de vriashortalias requeira o uso de alta tecnologia,muitas vezes no acessvel aos agricultoresfamiliares, principalmente as tecnologias deobteno de sementes hbridas, a produo desementes a partir de variedades locais

    (crioulas) e ou de material gentico de domniopblico e de polinizao aberta (no hbridas) uma possibilidade concreta para essesagricultores.

    Esta publicao tem por objetivo apresentaraspectos tcnicos da produo de sementesdas diversas hortalias, disponibilizando esseconhecimento para a incorporao ao processo

    produtivo dos agricultores familiares envolvidosna produo de sementes de hortalias. Asinformaes contidas nesta publicao podemser apropriadas pelos agentes do sistemaformal de sementes, quanto pelos agentesinformais de produo de sementes,representados pelos agricultores, que fazem aseleo, produo e armazenamento dassementes.

    Produo de sementes de hortaliasde cultivares de polinizao aberta

    Aspectos climticos

    A produo de sementes de hortalias deve serdesenvolvida sob temperatura amena e baixaumidade relativa do ar. Essas condies, aliadaa baixa precipitao, principalmente por

    ocasio da maturao das sementes e colheita,so fundamentais para a obteno desementes de alta qualidade fisiolgica esanitria. A presena de chuvas e detemperaturas mais altas, no entanto, podebeneficiar as culturas nas fases iniciais,permitindo um rpido estabelecimento e umcrescimento vigoroso e uniforme das plantas.

    As condies climticas influenciam aindavrios outros processos. A temperatura, porexemplo, influencia na germinao dassementes e no estabelecimento edesenvolvimento das plntulas no campo. Cadaespcie apresenta uma temperatura mnima,mxima, e tima para a germinao (Tabela 1).Ainda dentro de cada espcie, as cultivarespodem apresentar diferenas marcantesquanto germinao nas diferentestemperaturas. Em geral, temperaturas maisbaixas reduzem a velocidade de germinao e

    as temperaturas mais altas aumentam.

    As diferentes espcies de hortalias exigemtemperaturas especficas para passar da fase

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    vegetativa para a fase reprodutiva, ou seja,para florescer e produzir sementes. Por

    exemplo, as brassicceas (ex: repolho, couve-flor, brcolos), cebola (Figura 2), cenoura, etc.exigem baixas temperaturas para florescer,enquanto alface (Figura 3) exige altastemperaturas. Outras espcies como assolanceas (ex: berinjela, pimento, tomate) eas cucurbitceas (ex: abboras, melancia,melo, pepino), no so exigentes durante afase de florescimento, mas preferemtemperaturas mais altas durante todo o ciclo dacultura.

    Em geral, a maioria das hortalias no dependente de fotoperodo (durao doperodo luminoso no dia) para florescer.Entretanto, algumas cultivares de cenoura ealface, por exemplo, iniciam o florescimento emdias longos. J a beterraba exige dias longos ebaixas temperaturas para florescer.

    Localizao

    A escolha do local a ser destinado produode sementes de extrema importncia. Os

    Tabela 1. Temperaturas exigidas para a germinao de sementes de algumas hortalias.

    Temperatura (C)

    Espcie Mnima Mxima tima*

    Abbora 16 38 20-30**Alface 2 29 20Berinjela 16 35 20-30Beterraba 4 35 20-30Cebola 2 35 20Cenoura 4 35 20-30Couve-flor 4 38 20-30Ervilha 4 29 20Feijo-vagem 16 35 20-30Melancia 16 41 20-30Melo 16 38 20-30Milho-doce 10 41 20-30Pepino 16 41 20-30Pimento/Pimenta 16 35 20-30Quiabo 16 41 20-30Repolho 4 38 20-30Tomate 10 35 20-30

    Fig. 2. Campo de produo de sementes de cenoura.

    Fig. 3. Campo de produo de sementes de alface.

    * Temperatura prescrita nas Regras para Anlise de Sementes MARA (1992).** Indica temperaturas alternadas (16 h noite em temperatura mais baixa e 8 h de dia em temperatura mais alta)

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    principais fatores que devem ser consideradosso os edafo-climticos (solo e clima), oisolamento (distncia de outros campos deproduo de sementes e/ou reas de produo

    de hortalias), e o histrico de cultivo dasreas, pois a rotao das culturas umaprtica bastante importante. No aconselhvel o cultivo de uma espcie em umadeterminada rea que foi cultivadaanteriormente com espcies afins ou da mesmafamlia. Isto pode acarretar a ocorrncia decruzamentos indesejveis bem comoproblemas de pragas e doenas. Neste ltimoaspecto, certos patgenos causadores de

    importantes doenas podem permanecer nosolo e restos de cultura por vrios anos.

    Solo e adubao

    reas com solos de textura mdia, bemdrenados e naturalmente frteis devem ser aspreferidas para a multiplicao das sementes.Plantas bem nutridas apresentam uma maiorproduo, alm de sementes de melhor

    qualidade. importante lembrar que as plantasdestinadas produo de sementesapresentam um maior ciclo, necessitando,portanto de maiores doses de adubao. Aadubao deve ser calculada em funo daespcie e da anlise de solo. A correo dopH do solo por meio da calagem de extremaimportncia para a disponibilidade dosnutrientes, e consequentemente o bomdesenvolvimento das plantas. O pH ideal para amaioria das espcies de hortalias de 6,0 a

    6,5. A adio de matria orgnica, sejacomposto ou esterco bem curtido, recomendada por aprimorar as condiesfsicas e biolgicas do solo, alm de fornecerdeterminados nutrientes indispensveis ao bomdesenvolvimento das plantas e produo desementes de melhor qualidade.

    Origem e qualidade da semente

    Na instalao de um campo de produo desementes, ateno especial deve ser dada qualidade da semente original. As sementes

    devem ser obtidas junto s empresas desementes ou instituies de pesquisa,utilizando preferencialmente sementes bsicasou certificadas. Quando utilizar material local,

    prprio ou de vizinhos deve-se selecionar ecoletar sementes de no mnimo 50-100 plantaspara as espcies algamas que so aquelasque cruzam entre si e dependem de agentespolinizadores, como insetos, vento, etc. Istoporque o plantio de um nmero muito pequenode plantas pode gerar uma seleo negativa.Recomenda-se ainda a seleo de plantas efrutos mais uniformes e sadios para retirar assementes.

    Sementes de baixa qualidade tendem a originarcampos desuniformes e problemticos, combaixo padro tecnolgico e com baixos nveisde produtividade e de qualidade da produopretendida. A qualidade fisiolgica dassementes determinada pela germinao e ovigor, que o conjunto de caractersticas quedeterminam o potencial fisiolgico dassementes em diferentes condies, estandorelacionado com a velocidade de germinao,emergncia em campo, etc. A qualidade fsicaest relacionada principalmente com a purezadas sementes; sementes impuras, contendocontaminantes fsicos como pedaos desementes, pedras, partculas de solo, restos deplantas, etc, no devem ser utilizadas. Oscontaminantes biolgicos so os insetos e osorganismos causadores de doenas.

    Estabelecimento da cultura

    A maioria das hortalias pode ser estabelecidapor meio de mudas para posterior transplantio(Figura 4). Atualmente, recomenda-se aproduo de mudas em bandejas utilizandosubstratos comerciais, facilmente encontradosno comrcio. Isto permite uma srie devantagens, dentre elas uma maior germinaoe emergncia das plntulas, alm de uma

    melhor uniformidade, sanidade edesenvolvimento das mudas. Na falta dossubstratos comerciais, pode-se ainda realizar aproduo de mudas em copinhos utilizando

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    misturas de solo e esterco bem curtido, naproporo de 2:1; ou em sementeirasdevidamente preparadas. O transplante ocorrequando as mudas apresentam de 4-6 folhas

    definitivas. A idade das mudas varia com aespcie e as condies de produo.

    Algumas espcies, como a cenoura, notoleram o transplante e devem ser semeadasdiretamente no local definitivo. Deve-seobservar a profundidade de semeadura.Sementes muito pequenas devem sersemeadas prximas superfcie do solo, nomais que 1-2 cm de profundidade.

    O espaamento e a populao de plantasdepender da espcie, da poca de plantiobem como do nvel de fertilidade do solo. Emgeral, recomenda-se um espaamento maiorem campos de produo de sementes do que ocomumente utilizado na produo dashortalias, para se conseguir maior facilidadena execuo dos tratos culturais, uma alteraodo microclima em favor da cultura e,principalmente, uma melhor visualizao dasplantas por ocasio das inspees de campo.

    Isolamento

    O isolamento consiste na separao doscampos de produo de sementes da mesma

    espcie ou de espcies afins, para evitar aocorrncia de contaminao gentica oumistura varietal. Esta separao pode se dar noespao ou no tempo. Por exemplo, pode-seproduzir sementes de duas cultivares damesma espcie na mesma propriedade, desdeque a semeadura de uma cultivar seja de dois atrs meses aps a outra.

    Nas espcies autgamas, que so as espciesque produzem sementes sem a necessidade decruzamento entre diferentes plantas (Tabela 2),a produo de sementes de vrias cultivaresde uma mesma espcie pode ser feita a um stempo, na poca ideal de cultivo, em locaisprximos. Deve-se cuidar para que os campossejam separados a uma distncia mnimarecomendada, para impedir a ocorrncia demisturas mecnicas de sementes nasoperaes de semeadura e colheita. Nasespcies algamas, que so as espcies onde

    ocorre a polinizao cruzada entre plantas,havendo a necessidade de agentespolinizadores, como insetos ou vento (Tabela2), cuidados devem ser observados com adistncia mnima entre campos de produo,evitando-se assim cruzamentos indesejveispor insetos polinizadores. Distncias entre2.000 a 3.000 metros entre campos deproduo das diferentes cultivares sosuficientes.

    Tratos culturais

    Dependendo da espcie, diferentes tratosculturais so necessrios. Destacam-se a podadas ramas, os amarrios, as desbrotas e otutoramento para as solanceas, o desbaste deplantas necessrio cenoura e ao quiabo e odesbaste dos frutos de algumas cucurbitceas,

    amontoa, raleamento e cobertura morta do solo,utilizando filmes plsticos ou material vegetal(capim seco, palha de arroz, etc.). Em algumascucurbitceas, recomenda-se realizar o

    Fig. 4. Produo de mudas de hortalias na regiode Braslia, DF.

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    penteamento das plantas, que a orientaodo crescimento das ramas em uma mesmadireo, facilitando assim os demais tratosculturais. Outros tratos culturais essenciais maioria das espcies so descritos a seguir.

    Irrigao

    Geralmente a poca de produo de sementescoincide com o perodo mais seco do ano,necessitando assim de irrigao suplementar.Irrigaes leves e freqentes devem seraplicadas logo aps a semeadura at acompleta emergncia das plntulas. As etapasdo florescimento e frutificao so as maiscrticas quanto ao dfice hdrico, no podendo

    faltar gua nestas duas etapas. Irrigaes porasperso podem proporcionar um ambientemais mido, criando um microclima favorvel aoaparecimento de doenas. A alta umidade namaturao das sementes prejudica suaqualidade fisiolgica e permite o aparecimentode patgenos nas mesmas. Por conseguinte,deve-se preferir a irrigao por infiltrao ougotejamento nas pocas de florao ematurao das sementes (Figura 5). A irrigao

    por gotejamento, embora de custo deinstalao mais elevado, recomendvel paralocais com baixa disponibilidade de gua e/ousolos com problema de salinidade.

    Fig. 5. Irrigao por gotejo na cultura do maxixe.

    Roguing

    Uma prtica fundamental na produo desementes so as inspees de campo ouroguing, que consiste na eliminao deplantas doentes, atpicas (fora do padro dacultivar) da mesma espcie, bem como de

    outras espcies silvestres e cultivadas,devendo ser efetuada principalmente naspocas de pr-florao, florao, pr-colheita ecolheita. Nestas ocasies deve-se observar a

    Autgamas * Algamas **

    Alface Abboras

    Berinjela * BrcolosErvilha CebolaFeijo-vagem CenouraGro-de-bico CoentroJil Couve-florLentilha MelanciaPimenta * MeloPimento * Milho-doceQuiabo * PepinoTomate * Repolho

    Tabela 2. Espcies de hortalias autgamas e algamas.

    * Algumas espcies autgamas podem apresentar uma taxa de polinizao cruzada. Neste caso, recomenda-se um isolamento entrecampos de produo de sementes entre diferentes cultivares;

    ** Com exceo do milho-doce, onde a polinizao efetuada pelo vento, todas as demais espcies necessitam de insetos polinizadores,como as abelhas.

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    arquitetura da planta, tipo de folhas, coloraodas flores e frutos, poca de florescimento,ciclo, dentre outras caractersticas. Nestesentido, a Portaria do MAPA n 11, de 07/01/

    1985, estabelece os procedimentos e padresnacionais para a produo de sementesolercolas. Tamanho das reas, nmero epocas das inspees de campo, isolamento, eoutras importantes informaes estoestabelecidas nesta Portaria.

    Controle de plantas daninhas

    O campo de produo de sementes deve sermantido no limpo, livre da concorrncia dasplantas daninhas, pois a competio por gua,luz e nutrientes afeta significativamente aprodutividade e a qualidade fisiolgica dassementes. Plantas daninhas so aindahospedeiras de vrios patgenos causadoresde doenas, e suas sementes podem aindaafetar a qualidade fsica do lote de sementes aser colhido. Algumas plantas daninhasproduzem sementes do mesmo tamanho, pesoe forma da semente de hortalia, e semisturadas vo trazer problemas durante o

    beneficiamento. O controle das plantasdaninhas pode ser manual (capinas), animal oumecnico (cultivadores) ou qumico(herbicidas). As capinas permitem ainda orompimento da crosta em alguns tipos de solos,contribuindo assim para uma melhor aerao einfiltrao de gua. Existem poucos herbicidasregistrados para as diversas hortalias quepodem ser utilizados no controle das plantasdaninhas. Esta prtica deve receber orientaode um profissional qualificado.

    Controle de pragas e doenas

    O controle de pragas e doenas deve ser feitode preferncia por meio do mtodo integrado,buscando-se todos os meios para se manter aspopulaes dos insetos e o nvel de inculo dosfungos, bactrias e vrus abaixo do seu limiarde dano econmico. Importantes doenas queocorrem em hortalias podem ser transmitidaspor sementes. Os insetos podem causar danos

    e transmitir certas viroses, como aquelastransmitidas por pulges e tripes. Prticasculturais adequadas podem ajudar a reduzir ouso de agroqumicos. As doses e os perodos

    de carncia devem ser rigorosamenteobservados.

    Polinizao

    Para vrias espcies, principalmente aquelasalgamas, a polinizao por insetos deextrema importncia, havendo necessidade, emalgumas situaes, de instalao de colmeiasde abelhas (1 a 4 colmeias/ha) nas reas deproduo por ocasio de florescimento. Baixataxa de polinizao afeta a qualidade dos frutosbem como a produtividade das sementes(Figura 6). Nestas culturas, deve-se utilizar,preferencialmente, agroqumicos incuos ou

    menos agressivos s abelhas, bem comoescolher horrios de baixa atividade dosinsetos, como o fim do dia, para aspulverizaes.

    Fig. 6. Deficincia de polinizao em pepino.

    Maturao e colheita das sementes

    A maturao das sementes representa oconjunto de transformaes que ocorrem noembrio, desde a sua fertilizao at atingir oponto de mximo contedo de matria seca.Este ponto, em que se verificam nveis maiselevados de germinao e vigor, denominadode ponto de maturidade fisiolgica. Uma vez

    atingido esse ponto, inicia-se nas sementes umprocesso de deteriorao natural, que pode sermaior ou menor, de acordo com as condiesambientais a que as sementes so submetidas.

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    O perodo de maturao das sementes varivel em funo da espcie e das condiesclimticas da regio de produo, o que exigeque os conhecimentos especficos sejam

    adaptados para as situaes locais. Algumasespcies apresentam sinais caractersticos dematurao das sementes, como mudana dacor dos frutos (Figura 7), cicatrizes, pilosidade ecolorao das sementes, entre outros.

    Fig. 7. Maturao de frutos de berinjela.

    A colheita deve ser efetuada mais prximapossvel do ponto de maturidade fisiolgica,assim que o grau de umidade das sementes eas condies climticas locais permitirem. Asespcies que apresentam crescimentoindeterminado e/ou maturao desuniformenecessitam ser colhidas parceladamente,retirando apenas os frutos (tomate, porexemplo) ou umbelas (cenoura, por exemplo)maduros. No processo mecnico, atenoespecial deve ser dada ao teor de gua dassementes bem como correta regulagem e

    perfeita limpeza das mquinas e equipamentospara se evitar a ocorrncia de injrias emisturas mecnicas, respectivamente. Osfrutos e/ou as sementes devem ser colhidos em

    dias secos, ensolarados, diminuindo assim anecessidade de secagem.

    Extrao de sementes de frutos carnososAlgumas hortalias como aquelas pertencentesa famlias das cucurbitceas (pepino, abbora,abobrinha, melancia, melo) e das solanceas(tomate, pimento, berinjela) tem frutoscarnosos e necessrio extrair as sementesantes do beneficiamento. Na maioria destas

    espcies recomenda-se um perodo de repousops-colheita dos frutos (7-20 dias) antes daextrao para que as sementes completem suamaturao ainda dentro dos frutos. Os frutosdevem ser armazenados em locais frescos,sombreados e protegidos.

    O processo pode ser manual no caso depequenas quantidades de frutos, sendo osmesmos cortados com auxlio de uma faca e

    as sementes extradas. O processo manual de baixo rendimento e de alto custo. Por outrolado, a extrao manual permite uma melhorqualidade das sementes, pela ausncia dedanos mecnicos, alm de um maioraproveitamento da polpa dos frutos. Emdeterminadas espcies, como o caso daberinjela, recomenda-se bater ou amassar osfrutos com basto de madeira rolia para soltarinternamente as sementes.

    Para maiores quantidades de frutos e/ou emuma escala comercial, recomenda-se autilizao de equipamentos para este fim.

    Existem alguns desses equipamentos nocomrcio e a Embrapa Hortalias temdesenvolvido e/ou adaptado algunsequipamentos para extrao de sementes, osquais podem ser empregados tambm porprodutores de sementes de hortalias em

    pequena escala (Figura 8). Equipamentoscaseiros tambm podem ser utilizados, como o caso de moedores de carne utilizados naextrao de sementes de pimentas ardidas.

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    Fig. 8. Equipamento manual para extrao desementes de pimento.

    A etapa seguinte extrao de sementes, aremoo da sarcotesta, que a capagelatinosa (mucilagem), rica em pectina, queenvolve as sementes. Quando no removida, amucilagem causa aderncia entre as sementes,formando aglomerados que dificultam o seumanuseio e processamento. Esta mucilagem

    remanescente pode ainda servir de substratopara o crescimento de microrganismos,trazendo com isto prejuzos qualidade dassementes, devendo ser eliminada. A remoopode ser feita por meio da fermentao naturalou por processos qumicos. Melo, melancia,pepino e tomate so algumas das espcies queapresentam mucilagem envolvendo assementes e, assim, necessitam passar por esteprocesso. Para isto, coloca-se as sementes

    juntamente com o suco em baldes plsticospor um dia (pocas mais quentes) a dois dias(pocas mais frias), mexendo a mistura duas atrs vezes ao dia. Neste processo no h a

    adio de gua. Em perodos mais prolongadosde fermentao, as sementes podem germinare/ou perder o vigor. Terminada esta fase, assementes so lavadas em gua corrente e

    colocadas para secar. Sementes de berinjela,pimento e abboras podem ser extradas como auxlio de gua, mas no necessitam defermentao.

    Extrao de sementes de frutos secos

    Vrias hortalias possuem frutos secos como o caso da alface, brassicceas (brcolos,

    couve-flor, repolho), cebola, cenoura, coentro,leguminosas (ervilha, feijo-vagem), quiabo,milho-doce, dentre outras, que necessitam sertrilhados para retirar as sementes. A trilhagemou debulha pode ser manual, colocando-seplantas ou partes das plantas sob lonas egolpeando-as com varas (Figura 9). Mquinasprprias tambm podem ser utilizadas natrilhagem.

    Fig. 9. Trilhagem manual de feijo-vagem.

    Vrias dessas espcies podem ser colhidasmecanicamente, trilhando-se as vagens(leguminosas), espigas (milho-doce), sliquas(brassicceas), e umbelas (cebola, cenoura ecoentro) nas prprias mquinas. O cuidado

    especial nesta etapa com relao aocorrncia de danos ou perda das sementes. recomendvel utilizar lonas plsticas e/ouefetuar uma boa regulagem das mquinas.

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    Limpeza e beneficiamento dassementes

    Aps a colheita e extrao, as sementes

    apresentam diversas impurezas que necessitamser removidas para um adequado manuseio earmazenamento. Esta etapa chamada debeneficiamento e consiste em um conjunto deoperaes de preparo das sementes, queenvolve principalmente a pr-limpeza, limpeza eclassificao das sementes. As separaesque se efetuam geralmente so baseadas emdiferenas fsicas (tamanho, peso, forma, cor)entre a boa semente e as impurezas que a

    acompanham. Esta etapa requer determinadosequipamentos disponveis no mercado, muitoembora, na maioria das vezes, no sejamadequados para pequenas quantidades desementes e/ou sementes pequenas, como amaioria das hortalias.

    Embora algumas mquinas consigam eliminareficientemente uma grande parte do materialindesejvel em uma nica operao, muitas

    vezes necessria a disposio de vriasmquinas em sequncia apropriada, para que aremoo seja satisfatria. Os principaisequipamentos so a mquina de pr-limpeza, amquina de ar e peneira, a mesa de gravidade(ou densimtrica), o espiral, e o sopradorpneumtico.

    Outros equipamentos como a correia inclinada(separa sementes arredondadas, como ervilha

    e quiabo) e o desaristador (retira aristas desementes de cenoura) tambm so utilizadosem algumas ocasies.

    Na falta desses equipamentos, pode-se realizara limpeza das sementes manualmente, com oauxlio de ventiladores (ou o vento) e peneiras(Figura 10). A utilizao de gua para eliminarimpurezas ou sementes mal formadas(chochas) tambm pode ser feita, embora com

    um maior risco das sementes absorverem guadurante a limpeza. Neste processo, coloca-seas sementes em baldes com gua por dois atrs minutos, separando assim os materiais

    mais leves (os quais biam) das sementes(descem para o fundo). No se deve deixar assementes por um maior perodo de tempoporque as mesmas podem iniciar o processo de

    embebio. Quando se utiliza este mtodo, assementes devem ser secas imediatamente.

    Fig. 10. Limpeza manual de sementes de hortalias.

    Secagem das sementes

    As sementes quando vem do campo e/ou soextradas no galpo ou terreiro, geralmenteapresentam um teor de gua incompatvel como manuseio e armazenamento, necessitandoportanto, de secagem. Em regies mais secas,com baixa umidade relativa do ar e ausncia dechuvas prxima a colheita, a necessidade desecagem mnima, uma vez que as sementesso colhidas bastante secas. Um dos mtodosutilizados na secagem de sementes o natural,

    em que as sementes recm-colhidas sodispersas em estrados ou lonas de cor clara eexpostas ao dos raios solares por nomnimo dois dias (Figura 11). A secagem diretaao sol no causa danos s sementes,recomendando-se portanto, o revolvimento dassementes vrias vezes ao dia e guardar ouproteger com lonas durante a noite. J asecagem sombra pode ser altamenteprejudicial s sementes, pois estas demoram

    mais tempo para secar e podem deteriorar.

    O mtodo de secagem natural apresentaalgumas vantagens como maior agilidade,

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    baixo custo e possibilidade de manuseio demaiores volumes de sementes. Asdesvantagens so a falta de controle sobre atemperatura efetiva de secagem e a

    possibilidade de reidratao das sementes porchuvas ou orvalho. Um aspecto prtico para sedeterminar a umidade das sementes consisteem dobrar as mesmas (cucurbitceas, porexemplo), e se quebrarem facilmente por queesto secas. Em sementes mais duras, finquea unha na superfcie, e no permanecendo amarca tambm sinal de que as mesmas jesto secas.

    O mtodo artificial um forte aliado dosprodutores de sementes ao permitir que lotessejam secos sob condies padronizadas euniformes, garantindo uma eficiente remoode gua das sementes sem lhes afetar aqualidade fisiolgica. A secagem de sementesde espcies de fruto seco (quiabo, feijo-vagem, coentro, cenoura, cebola, etc.) podeser feita por um ou outro mtodo, logo aps atrilha e a pr-limpeza das mesmas, cuidando-separa que a temperatura de secagem noexceda 42C.

    Por outro lado, a secagem de sementes deespcies de frutos carnosos (tomate, pimento,berinjela, pepino, melo, etc.) deve ser feitalogo aps a extrao, fermentao e lavagem,e neste ponto, alguns cuidados especiaisdevem ser tomados. Ao sair da lavagem, comum estas sementes apresentarem elevadosgraus de umidade (acima de 45%),

    incompatveis com a aplicao de altastemperaturas de secagem. Assim, recomendvel que as mesmas sejamsubmetidas a temperaturas mais amenas, porvolta de 32C, para que a remoo de umidadeseja mais lenta, provocando menos danos ssementes.

    Na medida que se perceber a perda daumidade superficial das sementes, pode-se

    aumentar gradualmente a temperatura desecagem at atingir o limite mximo de 42C.Para um armazenamento seguro, a maior partedas hortalias exige que suas sementes sejam

    secas lentamente at um grau de umidadeprximo a 5-7%. Sementes de leguminosas oude quiabo devem ser armazenadas com teoresde gua mais elevados, acima de 9%.

    Fig. 11. Secagem natural de sementes de tomate.

    Tratamento das sementes

    A aplicao de produtos qumicos ou orgnicoss sementes visa tratar as sementes contradeterminados patgenos associados a estasbem como protege-las durante oarmazenamento ou por ocasio do plantio.Existem no mercado produtos especficos paraeste tipo de tratamento. Deve-se tomar omximo de cuidado para que os produtosqumicos txicos no causem danos aosoperrios e tambm s sementes, uma vez que

    doses maiores do que o recomendado podemcausar problemas. Pode-se ainda utilizartratamentos fsicos (calor, por exemplo) oubiolgicos. Sementes de espcies como feijo-

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    vagem, ervilha ou milho-doce podem sertratadas com inseticidas visando o controle de

    carunchos, insetos comumente encontrados

    por ocasio do armazenamento.

    Atualmente, diferentes tipos de tratamentos de

    sementes tem sido disponibilizados para umaagricultura mais tecnificada, visando um melhorestabelecimento de plntulas no campo

    (semeadura direta) ou em casa de vegetao

    (transplantio). Estes tratamentos permitem umamaior segurana no manuseio das sementes,um melhor controle de microrganismos, uma

    maior e mais rpida germinao, umaemergncia mais uniforme, e/ou uma melhor

    distribuio das sementes. Exemplos destestratamentos so a peliculizao, a incrustao,a peletizao e o condicionamento osmtico.

    Acondicionamento

    As embalagens utilizadas para o

    acondicionamento das sementes ecomercializao devem adequar-se sdiferentes espcies e a diferentes quantidades.Neste aspecto, pode-se encontrar no mercado

    envelopes aluminizados (os quais so os mais

    indicados), latas de diferentes tamanhos, sacosde papel multifoliados e baldes plsticos.Geralmente estas embalagens so prova deumidade, caracterstica importante por no

    permitir que as sementes absorvam umidade

    durante o armazenamento.

    Na falta destes, garrafas plsticas (PET), vidros

    ou latas podem ser utilizados, desde quepreviamente limpos e secos (Figura 12). Assementes ao serem acondicionadas devem

    estar bem secas, para se manterem viveisdurante um maior perodo de armazenamento.As embalagens devem trazer informaes

    sobre a espcie, cultivar, data, alm de outrasinformaes teis como germinao, pureza,umidade, tratamento, etc.

    Fig. 12. Acondicionamento de sementes de

    hortalias.

    Armazenamento

    Boas condies de armazenamento tendem adeixar as sementes sempre prximas dos seusnveis originais de germinao, vigor econtaminao por pragas e doenas. Atemperatura e a umidade relativa do ar sofatores ambientais que atuam diretamente

    sobre as sementes, afetando o seumetabolismo. Altas temperaturas e umidaderelativas do ar, dentro de limites tolerveis,contribuem para acelerar a atividaderespiratria das sementes, resultando noconsumo desnecessrio de energia. Isto reduza disponibilidade de reservas e faz as sementesperderem vigor, longevidade e at aviabilidade.

    Em geral, as condies de armazenamento desementes da maioria das espcies podem serconsideradas adequadas, quando o resultadoda soma algbrica da temperatura (grauscentgrados) com a umidade relativa do ar(porcentagem) for menor que o limite de 55. Porexemplo, 10C e 45% de umidade. Nestascondies, a longevidade das sementes podemvariar de trs a dez anos ou mais, dependendoda espcie. Refrigeradores (parte inferior)

    podem ser utilizados para o armazenamentodas sementes, e para isso, recomenda-secolocar as embalagens dentro de sacos

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    plsticos. Na falta desses, as sementes devemser armazenadas em local fresco, seco e compouca luminosidade.

    Avaliao da qualidade das sementesAs sementes podem ser enviadas paralaboratrios credenciados para determinar aqualidade das sementes. Determinao daumidade e a avaliao da germinao e apureza das sementes podem ser feitas porestes laboratrios. As duas ltimascaractersticas so exigidas pela fiscalizaode sementes. Neste sentido, a PortariaMinisterial n 457, de 18/12/1986, estabelece

    em todo o territrio nacional os procedimentose padres de sementes olercolas paradistribuio, transporte, comrcio e importao.

    O vigor das sementes, importante caractersticada qualidade fisiolgica, pode ser realizado pordiferentes testes disponveis (embora ainda nopadronizados). Existem tambm laboratriosque realizam teste de sanidade das sementes,ou seja, analisam a incidncia de

    microrganismos (fungos, bactrias, vrus enematides) nas sementes. As Regras paraAnlise de Sementes, publicada pelo Ministrioda Agricultura, Pecuria e Abastecimento MAPA, fornece todas as informaes sobre osdiferentes testes e determinaes da qualidadedas sementes, servindo de guia aoslaboratrios e agricultores.

    Na propriedade, para se ter uma idia dagerminao das sementes, por exemplo, oseguinte teste pode ser realizado: semeie assementes entre duas folhas de papel toalhaumedecidas ou em caixas de areia lavada,colocando-se gua, sem encharcar; aps umperodo de 7 a 14 dias (dependendo daespcie e da temperatura ambiente - dias friosacarretaro em uma demora na germinaopara a maioria das espcies), faa a contagemdas plntulas emergidas. Por exemplo, seforam colocadas 100 sementes para germinar e

    depois de determinado perodo contou-se 80sementes germinadas, a germinao foi de80%.Algumas espcies apresentam dormncia

    (caracterstica da semente em no germinar,mesmo quando colocada em condies timasde germinao, como gua, temperatura,oxignio e luz) logo aps a colheita. Nestecaso, um perodo maior de armazenamento recomendado e/ou certos tratamentos, comofrio, reguladores de crescimento, etc. podemquebrar a dormncia. Sementes deleguminosas (ervilha, por exemplo) ou quiaboquando colocadas para germinar apresentam

    sementes duras e no absorvem gua,necessitando assim de escarificao (Figura 13).

    Fig. 13. Germinao de sementes de quiabo em

    papel toalha.

    Rendimento de sementes

    O rendimento de sementes para cada espcievaria com a cultivar, com as condies edafo-climticas (solo e clima), com o manejo dacultura, dentre outros. A produo mdia desementes obtida para diferentes hortaliaspode ser observada na Tabela 3. Nesta tabelaencontra-se ainda o nmero mdio desementes por grama.

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    Circular Exemplares desta edio podem ser adquiridos na:

    Tcnica, 35 Embrapa Hortalias

    Endereo: BR 060 km 9 Rod. Braslia-Anpolis

    Fone: (61) 385-9009

    Fax: (61) 385-9042

    E-mail: [email protected]

    1a edio

    1a impresso (2005):1000 exemplares

    Ministrio da Agricultura,

    Pecuria e Abastecimento

    Comit de Presidente: Gilmar P. Henz

    Publicaes: Secretria-Executiva: Sulamita T. Braz

    Editor Tcnico: Paulo Eduardo de Melo

    Membros: Nuno Rodrigo MadeiraMiram Josefina Baptista

    Alice Maria Quezado Duval

    Expediente Supervisora editorial: Paula A. Cochrane

    Fotos: Warley M. Nascimento

    Editorao eletrnica: Jos Miguel dos Santos

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