c. s. lewis - milagres

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  • 8/12/2019 C. S. Lewis - Milagres

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    MILAGRES

    C. S. Lewis

    Formatado por SusanaCap

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    ndice

    O Autor........................................................................................................31. O Alvo deste Livro...................................................................................4

    2. O Naturalista e o Supranaturalista............................................................6

    3. A Principal Diiculdade do Naturalismo................................................11

    4. A Nature!a e a Supranature!a................................................................21

    ". #ma Nova Diiculdade no Naturalismo.................................................2$

    6. %espostas aos %eceios............................................................................33

    &. #m Cap'tulo de Pistas Falsas.................................................................3$

    $. O (ila)re e as Leis da Nature!a............................................................46

    *. #m Cap'tulo Praticamente Desnecess+rio.............................................."2

    1, . -Coisas ermel/as 0orr'veis-............................................................."6

    11. O Cristianismo e a -%eli)io-..............................................................66

    12. A Propriedade dos (ila)res.................................................................&&

    13. Sore a Proailidade..........................................................................$1

    14. O rande (ila)re................................................................................$$

    1". Os (ila)res da el/a Criao............................................................1,&

    16. Os (ila)res da Nova Criao............................................................11"

    1&. 5p'lo)o...............................................................................................131Apndice A7 Sore as Palavras -5sp'rito- e -5spiritual-..........................13"

    Apndice 87 A %espeito das -Providncias 5speciais-............................13$

    Notas........................................................................................................144

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    O Autor

    Nascido na 9rlanda em 1$*$: C. S. Le;is estudou no (alvern Colle)edurante um ano: receendo a se)uir uma educao ministrada por proessoresparticulares. 5le ormou

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    1. O Alvo deste Livro

    Os ue uerem ter sucesso devem a!er as per)untaspreliminares adeuadas.

    A%9S@I@5L5S: (eta'sica: 2: J3K: 9

    5m toda a min/a vida s encontrei uma pessoa ue airmasse ter visto umantasma. O ue interessante a respeito da /istria ue essa pessoa no

    acreditava na alma imortal antes de ter visto o antasma e continua no crendoaps v

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    5is um e=emplo do ue acontece uando omitimos a tarea ilosicapreliminar e nos apressamos em direo /istrica. Num coment+rio popularsore a 8'lia voc descore uma discusso da data em ue oi escrito o uarto5van)el/o. O autor airma ue deve ter sido escrito depois da e=ecuo doapstolo Pedro: porue no uarto 5van)el/o: Cristo representado como

    prevendo a e=ecuo do mesmo. -#m livro:- pensa o autor: -no pode ser escrito

    antes dos acontecimentos a ue se reere-. Naturalmente no pode a no ser ueocorram realmente prediHes. Caso positivo: este ar)umento uanto data icaanulado. (as o autor no discute asolutamente se pro)nsticos reais so

    poss'veis: tomando como certos Jtalve! inconscientementeK ue no o seBam.@alve! esteBa com a ra!oM mas: se assim or: no ter+ descoerto este princ'piomediante a pesuisa /istrica. 5le introdu!iu sua descrena nas prediHes em seutraal/o /istrico: por assim di!er: antecipadamente. Fosse outra a sua atitude:sua concluso /istrica sore a data do uarto 5van)el/o no poderia ter sido de

    orma al)uma alcanada. Sua ora : pois: asolutamente inEtil para al)um uedeseBe saer se as prediHes ocorrem ou no. O autor comea a traal/ar s depoisde ter respondido ne)ativamente a essa uesto: e no nos comunica uais as

    ases em ue se irmou.

    O propsito deste livro servir de preliminar para a pesuisa /istrica. Nosou um /istoriador especiali!ado nem vou e=aminar a evidncia /istrica para osmila)res cristos. (eu intento colocar meus leitores em posio de a!

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    2. O Naturalista e o Supranaturalista

    -No di)a- e=clamou a Sra. Snip: -ue e=iste um lu)aronde as pessoas ousam viver acima do solo-

    -?amais ouvi alar de al)um ue morasse deai=o dosolo-: replicou @im: -antes de c/e)ar @erra dosi)antes.-

    -C/e)ar @erra dos i)antes- admirou

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    J2K O co em seu estado natural ac/a

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    O supranaturalista concorda com o naturalista em ue deve /aver al)o uee=iste -por si s-M al)um Fato +sico cuBa e=istncia seria asurdo tentar e=plicar:em vista do mesmo ser a ase ou ponto de partida de todas as e=plicaHes. (asele no identiica este Fato com o -conBunto-. 5m sua opinio as coisas pertencema duas classes. Na primeira encontramos coisas ou Jmais provavelmenteK #maCoisa ue +sica e ori)inal: ue e=iste de si mesma. Na se)unda encontramos

    coisas ue simplesmente derivam dessa #ma Coisa. A Coisa 8+sica provocou ae=istncia de todas as demais. 5la e=iste por si prpriaM as outras e=istem porueela e=iste. Dei=aro de e=istir se ela dei=ar de manter sua e=istnciaM seroalteradas se ela as alterar.

    A dierena entre os dois pontos de vista pode ser e=pressa di!endo ue onaturalismo nos d+ uma ima)em democr+tica: e o supranaturalismo uma ima)emmon+ruica da realidade. O naturalista Bul)a ue o privil)io de ser independentereside na massa total de coisas: do mesmo modo ue na democracia: a soerania

    reside na massa total de povo. O supranaturalista pensa ue este privil)iopertence a al)umas coisas ou Jmais provavelmenteK a #ma Coisa e no a outrascomo na verdadeira monaruia: o rei soerano mas no o povo. 5 do mesmomodo ue na democracia todos os cidados so i)uais: para o naturalista umacoisa ou acontecimento to om uanto o outro: no sentido de ue todos soi)ualmente dependentes do sistema total de coisas. Cada um deles na verdadeapenas o modo como o car+ter do sistema total se maniesta num ponto particularno tempo e espao. O supranaturalista: por sua ve!: acredita ue a coisa ori)inal

    ou autoe=istente ac/a

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    Os deuses da rcia no eram realmente sorenaturais no sentido estrito ueestou atriuindo palavra. 5les eram produtos do sistema total de coisas einclusos nele. 9sto introdu! uma distino importante.

    A dierena entre naturalismo e supranaturalismo no e=atamente amesma ue e=iste entre crena em um Deus e incredulidade. O naturalismo: sem

    dei=ar de ser ele mesmo: poderia admitir certa espcie de Deus. O )rande eventointerli)ado a ue se deu o nome de nature!a poderia produ!ir em certo est+)iouma )rande conscincia csmica: um -Deus- residente: sur)ido de todo o

    processo como sur)e mente /umana Jse)undo os naturalistasK dos or)anismos/umanos. #m naturalista no aria oBeo a esse tipo de Deus: pela se)uintera!o7 um Deus assim no icaria ora da nature!a nem do sistema total: noe=istiria -por si mesmo-. Continuaria sendo -o conBunto- ue era o Fato +sico etal Deus seria simplesmente uma das coisas Jemora pudesse ser a maisinteressanteK contidas no Fato +sico. O ue o naturalismo no pode aceitar a

    idia de um Deus ue se coloca ora da nature!a e ue e! a nature!a.5stamos a)ora em posio de estaelecer a dierena entre o naturalista e o

    supranaturalista a despeito do ato de ue eles no tm o mesmo conceito dapalavra nature!a. O primeiro acredita ue um vasto processo e=iste -por si s- noespao e no tempo: e ue nada mais e=iste: o ue c/amamos de coisas eacontecimentos particulares sendo apenas as partes em ue analisamos o )rande

    processo ou as ormas ue ele toma em dados momentos e pontos no espao. 5starealidade Enica e total por ele c/amada de nature!a.

    O supranaturalista acredita ue e=iste uma Coisa independente ueprodu!iu a estrutura do espao e do tempo e a sencia de acontecimentossistematicamente li)ados ue os enc/e. 5sta estrutura e este rec/eio ele c/ama denature!a. 5la pode ser ou no a Enica realidade ue a Coisa Principal: Enica: ten/a

    produ!ido. Podem e=istir outros sistemas adicionais a ue c/amamos nature!a.

    Nesse sentido pode /aver v+rias -Nature!as-. 5ste conceito deve sermantido completamente separado do ue comumente denominado -pluralidadede mundos- i.e.: sistemas solares dierentes ou )al+=ias dierentes: -universo