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www.jornaldacidade.net “SEM LIBERDADE DE CRITICAR, NÃO EXISTE ELOGIO SINCERO”. BEAUMARCHAIS FALE COM O JC: 3226.4800 REDAÇÃO: 3226.4824 / 3226.4826 COMERCIAL: 3226.4820 FAX: 3215.5009 [email protected] [email protected] J ORNAL DA C IDADE EDIÇÃO DE HOJE 48 PÁGINAS EDIÇÃO DE FIM DE SEMANA Sergipe R$ 2,00 - Outros Estados R$ 2,50 Aracaju-SE, 10 a 12 de dezembro de 2016 - Ano XLV - Nº 13.291 FECHAMENTO DESTA EDIÇÃO 00h20 Fonte: INPE CLIMATEMPO PREVISÃO DO TEMPO BAIXA: ALTA: Parcialmente Nublado - Sol entre poucas nuvens. Probabilidade de chuva - 5%. Umidade relativa 93 % - Min 24º - Máx.30º ALTO ÍNDICE UV 06h41: 0.4 19h00: 0.4 00h13: 2.1 12h47: 2.1 12 MARÉS EUGÊNIO Nascimento O prefeito eleito Edvaldo Nogueira deve anunciar nesta segunda-feira mais nomes para o seu secretariado. A carência de quadros no PCdoB é o seu maior problema. A5 MUNICÍPIOS Carira não leva educação a sério 9 771981 897101 1 9 2 3 1 ISSN 1981-8971 M ERCADO Tribunal de Contas reúne 50 prefeitos e os orienta sobre a boa gestão. Em “Carta aos Iluminados”, por que há idiotas infiltrados nos mais diversos nichos sociais a causar danos irreparáveis? A7 ARTIGOS POR CLÓVIS BARBOSA ARTICULISTA 'Lucidez e objetividade' A2 POR ALBANO FRANCO EX-GOVERNADOR E EX-PRESIDENTE DA CNI TB JACKSON BARRETO VOLTA MAIS UMA VEZ A BRASÍLIA PARA BUSCAR RECURSOS. ALVO DESSA VEZ FOI MINISTRO PADILHA. DESTAQUE É MARINA DANTAS. BELIVALDO CHAGAS PÁGINA A3 “Não tenho interesse em disputar cadeira do TCE” “Não tenho interesse em disputar cadeira do TCE” Victor Ribeiro/ASN Jadilson Simões MICROAGULHAMENTO: Nova técnica também rejuvenesce a pele do rosto Nacional Cidades MFP DENUNCIA LULA E O FILHO NA OPERAÇÃO ZELOTES A8 OPERAÇÃO CONTRA ROUBO DE CARGA PRENDE 28 SUSPEITOS B4 Turismo Conheça um CANADÁ que você nunca viu B8 em qualidade de vida B1 André Moreira

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www.jornaldacidade.net

“SEM LIBERDADE DE CRITICAR, NÃO EXISTE ELOGIO SINCERO”. BEAUMARCHAIS

FALE COM O JC: 3226.4800 REDAÇÃO: 3226.4824 / 3226.4826 COMERCIAL: 3226.4820 FAX: [email protected]

[email protected]

JORNAL DA CIDADE

EDIÇÃO DE HOJE 48 PÁGINAS

EDIÇÃO DE FIM DE SEMANASergipe R$ 2,00 - Outros Estados R$ 2,50Aracaju-SE, 10 a 12 de dezembro de 2016 - Ano XLV - Nº 13.291

FECHAMENTODESTA EDIÇÃO

00h20

Fonte: INPE CLIMATEMPO

PREVISÃO DO TEMPO BAIXA:ALTA:Parcialmente Nublado - Sol entre poucas nuvens.Probabilidade de chuva - 5%. Umidade relativa 93 % - Min 24º - Máx.30º

ALTO

ÍNDICE UV06h41: 0.419h00: 0.4

00h13: 2.112h47: 2.1

12MARÉS

EUGÊNIONascimento

O prefeito eleito Edvaldo Nogueira deve anunciar nesta segunda-feira mais nomes para o seu secretariado. A carência de quadros no PCdoB é o seu maior problema. A5

MUNICÍPIOSCarira não leva educação a sério

9 771981 897101 19231

ISSN 1981-8971

MERCADOTribunal de Contas reúne 50 prefeitos e os orienta sobre a boa gestão.

Em “Carta aos Iluminados”, por que há idiotas infi ltrados nos mais diversos nichos sociais a causar danos irreparáveis? A7

ARTIGOSPOR CLÓVIS BARBOSA

ARTICULISTA

'Lucidez e objetividade' A2

POR ALBANO FRANCOEX-GOVERNADOR E EX-PRESIDENTE DA CNI

TBJACKSON BARRETO VOLTA MAIS UMA VEZ A BRASÍLIA PARA BUSCAR RECURSOS. ALVO DESSA VEZ FOI MINISTRO PADILHA. DESTAQUE É MARINA DANTAS.

BELIVALDO CHAGAS

PÁGINA A3

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MICROAGULHAMENTO: Nova técnica também rejuvenescea pele do rosto

Nacional

Cidades

MFP DENUNCIA LULA E O FILHO NA OPERAÇÃO ZELOTES A8

OPERAÇÃO CONTRA ROUBO DE CARGA PRENDE 28 SUSPEITOS B4

TurismoConheça um CANADÁ que você nunca viu B8

7ª em qualidade de vida B1

André Moreira

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PERISCÓPIODA EDITORIA POLÍTICA [email protected]

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dirEtor comErcialARNILDO RICARDO

dirEtor dE mErcado nacionalPEDRO AMARANTE

marcos franco DIRETOR PRESIDENTE

chEfE dE rEportaGEmCÉLIA SILVA

dirEtor dE rEdaçãoEUGÊNIO NASCIMENTO

Jornal da Cidade

CA

DE

RN

O

AOPINIÃOaracaju 10 e 12 De DezemBro De 2016

Enfim, a reforma

A REFORMA CHEGA COM QUASE DUAS DÉCADAS DE ATRASO. NÃO PODEMOS PERDER MAIS UMA OPORTUNIDADE

Lucidez e objetividade

ALBANO FRANCOMeMbro do Conselho superior de eConoMia da Fiesp e Conselheiro eMérito da Cni.

oCupa a Cadeira nº3 da aCadeMia sergipana de letras. Foi governador de sergipe e presidente da Cni.

Resgatando a dignidade do produtor rural do Nordeste

MARCOS COSTA HOLANDA presidente do banCo do nordeste do brasil

SECRETARIADO

ELEIÇÃO 2018Ainda na entrevista com Gilmar, Benedito falou que o filho advogado Alexandre Figueiredo poderá lançar candidatura para o cargo a deputado federal nas eleições em 2018.

O prefeito eleito de Aracaju, Edvaldo Nogueira

(PCdoB), anunciará na próxima segunda-feira (dia 12), os nomes de parte do seu secretariado, em coletiva de imprensa. O anúncio ocorrerá no auditório do Sindicato dos Bancários, às 8 horas.

CADA VEZ MAIS PRÓXIMOSO ato público realizado pelo governo do estado em Simão Dias, na última sexta pela manhã, demonstrou uma intimidade excessiva, que até bem pouco tempo seria impensável, entre o governador Jackson Barreto (PMDB) e o vice Belivaldo Chagas (PMDB) com o prefeito Marivaldo (PSC). Em determinado momento o governador chegou a lhe dizer que o queria cada vez mais próximo. O prefeito sorriu e tome abraços.

FEDERAIS 1

Já está praticamente definido: O PMDB do governador Jackson Bar-

reto deve apresentar três candidatos a deputado federal, na eleição de 2018. Além de Fábio Reis, que vai disputar a reeleição, o ex-secretário Zezinho So-bral e o advogado Alexandre Figueire-do (filho de Benedito Figueiredo) devem entrar na disputa. Todos contam com a simpatia do governador e da militância partidária. São três nomes fortes.

FEDERAIS 2Ainda no agrupamento do governador Jackson, Fábio Mitidieri (PSD), Jony Marcos (PRB) e João Daniel (PT) deverão tentar a reeleição para a Câmara Federal. O PT deverá apresentar ainda o nome do atual tesoureiro nacional do partido, Márcio Macêdo, além de mais alguém do agrupamento da deputada Ana Lúcia – pode ser o professor Dudu, de Estância.

FEDERAIS 3Gustinho Ribeiro (PRP) é outro nome forte que já comunicou ao governador sua intenção de entrar na disputa. Jovem, com um nome leve e forte base política, o deputado de Lagarto poderá ser uma das surpresas em 2018. Vale lembrar que Mitidieri pode encarar uma candidatura ao Senado, se tiver chance. Temos assim oito ou nove nomes fortes, no grupo de Jackson Barreto, brigando pelas oito vagas de federais – a expectativa do grupo é eleger quatro ou cinco.

OPOSIÇÃO 1Pelos partidos de oposição, o

deputado federal Adelson Barreto (PTB) pode não disputar a reelei-ção – por conta de decisão pessoal ou problemas com a Justiça. Laércio Oliveira é nome que deve entrar na disputa pelo Senado, assim como André Moura (PSC), que sonha em disputar um cargo majoritário, mas pode acabar tentando a reeleição – onde teria um mandato garantido. Do lado da oposição são assim três possíveis vagas, que abrem chances de eleição para um novo nome.

OPOSIÇÃO 2Vale lembrar o caso do deputado

federal Valadares Filho (PSB), que também buscará a reeleição – mas estará fragilizado com a derrota em Aracaju e o afastamento do go-verno, onde não possui mais secre-tarias e indicações. E olhe que sua votação vem diminuindo (em 2010 foram 95.680 votos e em 2016 fo-ram 68.199). Ou seja, parece que ele também não está com a eleição “garantida” – o que abre mais espa-ços para novos nomes na oposição, nesta disputa para federal.

GASTOS EM CAPELAPesquisa que o JOR-

NAL DA CIDADE reali-zou no portal do TSE, sobre os gastos de cam-panha de candidatos à prefeitura de Capela, revelou o valor das des-pesas e receitas de cada um. A eleita Silvany Sukita, por exemplo, declarou que gastou R$ 53.800,00 apenas para executar comícios.

TOMAR DO GERUO município de To-

mar do Geru é obriga-do a combater o traba-lho infantil. A decisão liminar da Justiça do Trabalho foi feita em razão da constatação de crianças e adoles-centes trabalhando no município e da ausên-cia de ações por parte do combate ao traba-lho infantil.

BAIXO SÃO FRANCISCOOs senadores Eduardo Amorim (PSC) e Antônio Valadares (PSB), juntamente com a presidente da Codevasf, Kênia Marcelino, visitaram as obras de drenagem no Rio São Francisco. Na oportunidade, eles também fizeram uma apresentação de ações derivadas de emendas parlamentares. A bancada federal liberou R$ 100 milhões para investimento no Baixo São Francisco.

NINGUÉM ACREDITABenedito Figuei-

redo (PMDB), secre-tário estadual do Go-verno, comentou no programa de rádio de Gilmar Carvalho, na última sexta, que, após a operação Lava--Jato, o PT precisa ser reconstruído e pedir desculpas à nação: “Ninguém mais acre-dita em Lula”.

ENSINO MÉDIOA Câmara dos Deputados apro-

vou na última quarta o texto prin-cipal da medida provisória que reformula o ensino médio (MP 746/16). Foram 263 votos favorá-veis, 106 contrários e 3 abstenções. Os deputados André Moura (PSC) e Valadares Filho (PSB) votaram a favor do projeto. Já o deputado João Daniel (PT), votou contra. Os demais sergipanos não partici-param da votação. Os destaques, que são tentativas de modificar o texto, serão analisados na próxima terça-feira.

GESTÃOO I Seminário de Gestão Munici-

pal aconteceu na última sexta-feira, dia 9, comandado pelo conselheiro presidente do Tribunal de Contas de Sergipe, Clóvis Barbosa de Melo. O objetivo foi auxiliar as novas admi-nistrações para que possam atuar de forma correta e responsável em seus mandatos. Realizado em parceria com a Universidade Federal de Sergipe (UFS) e o Sebrae, o seminário teve uma vasta programação durante todo o dia, abordando assuntos como trans-parência, improbidade administrativa e captação de recursos financeiros.

Traços comuns das regiões se-miáridas de países em desenvol-vimento são o baixo crescimento, altos níveis de pobreza e maior exposição a mudanças climáticas. Tais regiões apresentam-se particu-larmente suscetíveis a períodos de secas e chuvas irregulares, além de apresentarem baixa produtividade, infraestrutura deficiente, escassez de água e acesso limitado a dife-rentes tipos de mercados.

Entre os dias 30 de novembro e 2 de dezembro últimos, realizou-se no Banco do Nordeste, em Forta-leza, sob a organização do Banco Mundial, o seminário “Avaliação da Seca de 2010-2016 no Semiárido”. Uma conclusão fundamental foi que, ao longo do tempo, os formu-ladores de políticas alcançaram um diagnóstico mais acurado do pro-blema das secas, o que tem propor-cionado planejamento e desenho de políticas mais efetivas. Soluções inovadoras têm sido construídas neste sentido.

O evento serviu, ainda, de espa-ço para o lançamento do FNE Água, cujo objetivo é o financiamento de projetos para o uso sustentável da água, iniciativa que torna o Fundo Constitucional melhor e permite ao Governo Federal, por meio do Ban-co do Nordeste, criar oportunidades para a solução de problemas.

Mesmo com esforços empe-nhados em melhorar diagnósticos, planejamento e políticas, o período prolongado de cinco anos de seca, associado à maior recessão econô-mica já registrada no país, minaram fortemente a capacidade dos pro-dutores rurais e dos formuladores de políticas em gerenciar situação tão adversa. Em suma, o limite da resiliência rural da região foi defini-tivamente ultrapassado.

É neste espírito que a Lei 13.340/2016 autoriza a liquidação e renegociação de dívidas de crédito rural, possibilitando a regularização de 861,7 mil operações do Banco do Nordeste que envolvem, sobretudo,

aproximadamente 90% de estabele-cimentos rurais de mini e pequeno porte e agricultores familiares.

Dessa forma, 675 mil produtores (cerca de 2,7 milhões de pessoas, considerando a unidade familiar com quatro membros) podem retomar o curso da normalidade creditícia, garantindo livre acesso aos diversos mercados essenciais para a boa operacionalidade de seus negócios.

Portanto, a assinatura do De-creto Regulamentador da Lei 13.340/2016 pelo presidente Mi-chel Temer é especialmente provi-dencial, pois demonstra a sensibi-lidade do Governo Federal para a grave situação por que passa a Re-gião devido ao prolongado período de estiagem, um dos mais longos da história do Nordeste.

Esta Lei, por fim, resgata a dig-nidade de milhares de produtores rurais, devolvendo-lhes sua capaci-dade de geração de renda e melho-ria da qualidade de vida.

Joseph Schumpeter, brilhante economista austríaco, no seu famo-so livro sobre Teoria do Desenvol-vimento Econômico definiu, com precisão, o empresário inovador como sendo aquela pessoa alta-mente atualizada e com o indis-pensável feeling para aproveitar as oportunidades econômicas à luz das mais avançadas tecnologias. Para Schumpeter, a existência dessa fi-gura empreendedora, é de decisiva importância para o progresso socio-econômico dos países democráticos dotados de instituições públicas consolidadas. No mundo dos negó-cios, são muitos os exemplos desses empreendedores que mudaram os paradigmas tecnológicos e merca-dológicos: Henry Ford é exemplo clássico do passado e, Steve Jobs, do presente.

Em Sergipe, destacam-se, no presente, empreendedores schum-peterianos, chamemo-los assim, como Jouberto Uchoa de Mendon-ça, José Augusto Vieira, Luciano Barreto, Noel Barbosa, os irmãos Luiz e Tarciso Teixeira, Wagner Oli-veira, Emanoel Oliveira e, last but not least, João Carlos Paes Mendon-ça. Este, além de ser empreendedor nato, ou seja, nascido para os desa-fios dos altos riscos pelos elevados investimentos que faz é, também,

um oráculo no mundo empresarial pela sua aguçada visão crítica dos problemas nordestinos e nacionais.

Em entrevista recente, concedi-da ao programa Supermanhã, da Rádio Jornal do Commercio, do Recife, com muita lucidez e objeti-vidade João Carlos Paes Mendonça dissertou sobre o atual panorama nacional, mostrando as consequên-cias da extensa e intensa crise que ora atravessa o país, especialmente no campo econômico e na área político-institucional. Sobre a crise, diz João Carlos: “Nós tivemos al-gumas crises nesse País e eu passei por praticamente todas, nos últi-mos 50 anos. Foram 14, mas essa é a mãe de todas, a pior que existe. É uma tempestade perfeita. Esta é econômica, política e moral. É de uma gravidade fora do comum e as pessoas ainda ficam brincando sem entender o momento atual que o Brasil atravessa.” Sobre a economia, acrescenta: “Sair da re-cessão depende dos governantes e dos empresários, que precisam ser motivados a acreditar. Empresário não investe onde não acredita. O ano de 2017 será difícil e a crise vai continuar, mas gradualmente vai desaparecendo. Mas o que nós vimos nos últimos dias na Câmara, no Senado e em parte no Judiciário

é para se preocupar, porque isso tudo dificulta a retomada do cresci-mento.(...)Tivemos uma fase boa, inegavelmente, a fase da gastança, que todo mundo aplaudiu. Era bom comprar automóvel, não subir o preço da gasolina e emprestar dinheiro a todo mundo. Mas essa conta será paga depois de consu-mida. O Brasil vai passar muito tempo pagando essa conta. (...)Foi o ex-presidente Lula o responsável pelo que está acontecendo agora: gastança e desorganização. Pon-tualmente ajudando segmentos. Isso dá voto e prestígio, mas não é assim que se administra. Pode ser até genuíno o que ele pensava, mas não existe essa gastança em lugar nenhum.(...) Eu acredito no Brasil. Somos o país do futuro, apesar dos contrastes. Precisamos fazer as re-formas necessárias para seguir em frente, mas sem demagogia nem populismo para o Brasil crescer e se desenvolver.”

Na sua alentada entrevista, João Carlos faz brilhante síntese da grave crise atual, apontando suas causas e efeitos. E, certamente, as reformas serão parte da solução para o país voltar a crescer com estabilidade. Sem dúvida, Joseph Schumpeter aplaudiria a entrevista de JCPM, pela objetividade e lucidez.

Depois de muita espera, enfim começa a tra-mitar no Congresso a reforma da Previdên-cia. O País está diante de uma questão cru-cial para seu futuro como nação, com vistas à garantia da solvência de seu sistema de

aposentadorias e pensões e à preservação do mo-delo de bem-estar social que veio sendo construído desde a Constituição de 1988. Desta encruzilhada é que nascerá o Brasil que queremos ser.

Está na hora de mudar essa estrutura que tem os dias contados. O governo Michel Temer tem o mérito de enfrentar um problema que foi negligen-ciado pelos governos anteriores. De agenda necessária, a reforma da previdência foi transformada em tema proibido no Brasil. Virou arma eleitoral, marketing, mas no mundo real, o País afundava.

O desequilíbrio do regime geral de previdência brasileiro, o INSS, explodiu.

Desde 2014, o déficit saiu da casa de R$ 50 bilhões para perto dos R$ 150 bilhões estimados para este ano. No regime próprio dos servidores, o rombo neste ano deverá ser de R$ 35 bilhões e no dos militares, de R$ 32 bilhões. Não há como algo assim parar em pé.

Pouca coisa foi feita para mudar isso. A última tentativa de ajuste do sistema previdenciário ocor-reu no primeiro mandato do presidente Fernando Henrique Cardoso. Já em 1998, ou seja, há quase 20 anos, tentou-se aprovar a idade mínima para con-cessão de aposentadorias e pensões. Não prosperou.

Segundo levantamento divulgado pela AISS (Associação Internacional de Seguridade So-cial), o Brasil continuou sendo um dos 13 pa-íses do mundo que não exigem idade mínima para concessão de aposentadoria. Não fosse a criação do fator previdenciário, o buraco no sis-tema brasileiro de previdência teria aumentado muito mais.

Tal como está hoje, não é viável, inclusive por questões demográficas insofismáveis. Em pouco

tempo, a proporção de idosos na população nacional – hoje em torno de 12% – deverá quase triplicar, chegando a 33% até o meio do século. Mesmo com todos estes méritos, caberá ao Congresso o papel de discutir e aperfeiçoar a proposta, cujo rela-tor na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara já se manifestou favorável à admissi-bilidade do texto.

O governo federal decidiu deixar de fora do texto os milita-res, que serão alvo de projeto de

lei específico no futuro. Trata-se de um compro-misso que não poderá ser esquecido de maneira alguma – dada a gravidade do atual quadro do sistema previdenciário e os sacrifícios exigidos de toda a sociedade, ninguém pode deixar de con-tribuir com esse esforço pelo país. O mesmo vale para policiais militares e bombeiros, cujas aposen-tadorias e pensões são geridas pelos estados. A reforma chega com quase duas décadas de atraso. Não podemos perder mais uma oportunidade.

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Jornal da Cidade

EDITORIA DE POLÍTICAArAcAju 10 A 12 de dezembro de 2016

POLÍTICA

CONFIRA OS GASTOS DOS CANDIDATOS

INVESTIMENTOSO município de Itaporanga D’Ajuda receberá do Governo do Estado um importante incentivo ao desenvolvimento do turismo local: a implantação de dois atracadouros, no Povoado Caibrós e na Ilha Mem de Sá, tradicional vila de pescadores situada no Rio Vaza Barris. O investimento de aproximadamente R$ 2,5 milhões, oriundos do Programa de Desenvolvimento do Turismo (Prodetur), terá o processo licitatório autorizado neste domingo, 11, pelo governador Jackson Barreto.

PRESTAÇÃO DE CONTAS

Municípios do leste sergipano gastam R$ 675 mil nas eleiçõesCandidatos de três municípios da região leste de Sergipe (Ca-

pela, Carmópolis e Salgado) tiveram um gasto alto durante a campanha eleitoral: R$ 675.921,88. Conforme apontou a pesquisa realizada pelo JORNAL DA CIDADE, a disputa para assumir o comando das prefeituras não foi barata. Em Capela, os prefeituráveis investiram R$ 291.227,88. Já em Salgado, o investimento foi R$ 202.492,00. Enquanto que em Carmópolis, o valor foi R$ 182.202,00.

Na prestação de contas divulgada pelo portal do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), entre esses municípios, a eleita Sil-vany Sukita (PTN), de Capela, foi a que apresentou a maior receita de campanha, com R$ 209.093 e despesa de R$ 209.021,63. Logo em seguida vem o candidato de Carmópolis, Felipe de Esmeralda (PSD), com receita de R$ 132.800,00 e despesa R$ 126.876,35.

Ainda de acordo com o TSE, os candidatos dos municípios não apresentaram um quantitativo considerável de doações de partidos. Ao todo foram apenas R$ 12 mil, sendo todo valor para Salgado – R$ 10 mil para campanha de Gidelson Santana (PRB) e R$ 2 mil para Heraldo Antao (PV).

O JC também observou na prestação de contas dos pretenden-tes a assumir a prefeitura de Capela, teve candidato que apresen-tou receita, mas não teve nenhuma despesa. Além disso, em Car-mópolis, João Silva (Rede) saiu da campanha eleitoral devendo.

CapelaLocalizada na parte leste do Estado de Sergipe, a cidade

de Capela contou com três candidatos para assumir o cargo principal da Prefeitura. Com 51,53% dos votos, a eleita Silvany Sukita (PTN) foi a que apresentou a campanha mais cara, com receita de R$ 209.093,00 e despesa de R$ 209.021,63. Vale registrar que, de acordo com prestação de contas do TSE, não apresentou nenhuma doação de partido.

Enquanto isso, o candidato Nacelio Andrade (PRB) re-gistrou receita de R$ 400 e nenhuma despesa. Ou seja, conforme resolução do TSE, a quantia de “sobra” vai para o diretório do partido municipal, estadual ou nacional.

SalgadoCom 54 quilômetros de distância da capital Aracaju, o mu-

nicípio de Salgado teve quatro candidatos ao cargo de prefeito. O quarteto apresentou gastos durante a campanha eleitoral que chegam a R$ 202.492,00. O eleito Duilio (PSB) foi o que apresentou o maior número, com receita R$ 107.505,00 e despesa R$ 105.105,00. Como consta na prestação de contas no TSE, Duilio investiu R$ 55.735,00 com recursos próprios.

Uma peculiaridade apresentada no município é a doação de R$ 12 mil oriundos de partidos políticos. O candidato Gidelson Santa-na (PRB) recebeu R$ 10 mil e Heraldo Antao (PV) teve R$ 2 mil.

CarmópoliSConhecido pela produtividade econômica do campo de petró-

leo no subsolo da região, o município de Carmópolis é o único dos três que ainda não possui eleito definido, pois o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) cassou a candidatura de Volney Leite (DEM). Portanto, até o momento, a Prefeitura está sem nome certo do gestor. Inclusive, se a Justiça não julgar o recurso até o dia 31 de dezembro, assumirá o comando o presidente da Câmara.

Contudo, apesar do imbróglio no cenário, a prestação de contas divulgada no portal apresentou que a campanha na cidade foi de R$ 182.202,00. O candidato Felipe de Esmeralda (PSD) foi o que apresentou maiores valores com receita de R$ 132.800,00 e despesa R$ 126.876,35.

Já o candidato João Silva (REDE), saiu da campanha elei-toral com uma dívida de R$ 138,00. Com uma receita de R$ 182,00, João gastou R$ 320,00, sendo a maior parcela com serviços prestados por terceiros e publicidade por materiais impressos.

BELIVALDO CHAGASENTREVISTA Vice-governador

“Não temos um governo perdulário”“O DESEJO E A EXPECTATI-

VA DE TODOS NÓS, E EM ESPECIAL DO GOVERNADOR

JACKSON BARRETO, É DE QUE O GOVERNO TENHA CON-

DIÇÕES DE PAGAR DENTRO DO MÊS O SALÁRIO DOS

SERVIDORES, NO PRÓXIMO ANO”. A DECLARAÇÃO É DO VICE-GOVERNADOR BELIVAL-

DO CHAGAS (PMDB), QUE VEM SENDO LEMBRADO POR

MUITOS COMO POSSÍVEL CANDIDATO AO GOVERNO

EM 2018. NESTA ENTREVISTA ELE AVALIA QUE A DISCUS-

SÃO SOBRE ELEIÇÃO SÓ SERÁ INICIADA NO SEGUNDO SE-MESTRE DO PRÓXIMO ANO.

BELIVALDO DISSE AINDA QUE NÃO TEM MAIS INTERESSE

EM OCUPAR CARGO NO TRI-BUNAL DE CONTAS. CONFIRA

A CONVERSA COMPLETA.

Victor Ribeiro/ASN

Max AugustoDA EQUIPE JC

w JORNAL DA CIDADE - Você pensa em ser candidato ao governo do Estado em 2018? Tem discutido isso com o governador Jackson ou com aliados?BELIVALDO CHAGAS - Não é o momento para discutir eleições, nem tão pouco tem havido qualquer tipo de discussão entre o Go-vernador Jackson Barreto, que é o líder deste projeto, com os nossos aliados. No momento o Governador está voltado para discutir os problemas que afetam o nosso Estado, em função da crise econômica nacional que muito tem afetado a Administração Estadual. Contudo, acho que a partir do próximo ano e mais precisamente a partir do segundo semestre o Gover-nador começará a tratar desse tema.

w JC - O governador Jackson Barreto (PMDB) indicará um nome para o Tribunal de Contas do Estado. Você, que já disputou essa vaga, estaria disposto a ser o indicado, caso o governador lembre do seu nome? O senhor tem falado sobre isso com o governador?BC - Não me consta que o governador esteja nes-se momento discutindo indicação de nomes para o Tribunal de Contas do Estado de Sergipe, nem tão pouco tenho conhecimento de que haverá alguma vaga de Conselheiro nos próxi-mos dois anos. Quanto a mim, devo dizer que não te-nho mais nenhum interesse de participar de qualquer processo de discussão que envolva meu nome na dis-puta para ocupar o honroso cargo de Conselheiro do Tri-bunal de Contas do Estado de Sergipe.

w JC - E o governador Jackson Barreto, o senhor acredita que ele deve se aposentar ou será candidato ao Senado em 2018?

BC - Somente o Governador Jackson Barreto poderá res-ponder a essa questão, mas como o nobre jornalista per-gunta a minha opinião, con-fesso que não tenho como ga-rantir se o Governador Jackson Barreto será candidato ou não, tendo em vista que em nenhum momento o próprio tratou des-se assunto comigo. Mas quero deixar bem claro que se ele re-solver ser candidato terá o meu total apoio, pois sei que Sergipe estará muito bem representado por Jackson Barreto no Senado Federal.

w JC - Na sua opinião, se dependesse da sua vontade, Jackson seria candidato em 2018? Por que?BC - Responderei esta pergunta dizendo que se ele me consul-tar a este respeito, eu direi que ele não poderá dizer não a um apelo que tenho certeza que será feito tanto pelos seus ami-gos e correligionários, como também e principalmente por boa parcela da população, que acredito que o convocará no momento certo para que ele dispute o cargo de Senador. Reafirmo aqui o que disse an-teriormente: Jackson contará sempre com meu apoio e mi-nha fidelidade ao seu projeto.

w JC - E em relação ao senador Valadares? O senhor acredita que ele deve disputar mais um mandato ou irá pendurar as chuteiras?BC - Prefiro não opinar sobre o futuro político do senador Antônio Carlos Valadares, porém arrisco um palpite no sentido de dizer que com certeza o senador disputará algum Cargo em 2018.

w JC - O grupo liderado por Eduardo Amorim e André Moura tem condições de ganhar o governo do estado em 2018?BC - O Grupo formado por Eduardo Amorim, por André Moura e agora com a parti-cipação efetiva do senador Valadares, está sim prepara-do para disputar a eleição. Quanto ao resultado do plei-to, este grupo sabe que en-frentará também um grupo forte, organizado e liderado

pelo Governador Jackson Bar-reto. Quanto ao resultado final somente o povo tem o poder para escolher quem melhor poderá lhe representar.

w JC - E falando sobre aposentadorias, o senhor acredita que João Alves deve candidatar-se em 2018, como já estão especulando?BC - O ex-governador João Al-ves Filho (DEM) sai da Prefei-tura de Aracaju numa situação extremamente desfavorável para que ele possa disputar um mandato político em 2018. Mas prefiro não me antecipar aos fatos, ficando no aguardo de que ele comunique mais à frente a sua decisão. Se conti-nuará na política ou não, tendo em vista que não podemos dei-xar de reconhecer que de uma forma ou de outra ele prestou relevantes serviços ao Estado de Sergipe.

w JC - Estão querendo tirar o PMDB de Sergipe do comando de Jackson Barreto em Sergipe? O senhor acredita que isso poderá acontecer?BC - Essa questão não passa de pura especulação tendo em vista a possibilidade de uma união entre o PSDB e o PMDB em 2018 no âmbito nacional. Em nenhum

momento ouvi do Governa-dor qualquer manifestação nesse sentido.

w JC - Qual a previsão para o pagamento dos servidores estaduais em 2017? Continuarão recebendo com atraso?BC - O desejo e a expectati-va de todos nós, e em espe-cial do governador Jackson Barreto, é de que o Governo tenha condições de pagar dentro do mês o salário dos servidores. Porém, é preciso que se diga que para ocorrer, o Estado depende do comportamento da eco-nomia e, por conseguinte, do aumento da arrecadação tanto do FPE quanto do ICMS, no decorrer de 2017.

w JC - Muita gente acha que o governo poderia economizar mais, enxugando a máquina, para conseguir pagar aos servidores. O governo tem feito alguma economia?BC - Indiscutivelmente não temos um governo perdu-lário. Diversas medidas de redução de despesas já foram ou estão sendo to-madas pelo governo. Mas é importante que se diga que em nome da redução destas despesas o governo não pode deixar de prestar melhores serviços nas áre-as de Educação, Seguran-ça, Saúde, Infraestrutura e tantas outras para que se possa melhor servir à população.

w JC - O PMDB possui outros nomes para disputar o governo do Estado? Tem nomes para disputar o Senado e vagas na Câmara Federal? É verdade que o partido estuda lançar outros nomes para deputado federal? BC - Sim. Nomes como Lu-ciano Bispo, Gama, Zezinho Sobral, Benedito Figueiredo, Garibalde, Zezinho Guima-rães, Fábio Reis e outros mais estão aptos a disputarem qualquer cargo em 2018.

CAPELASILVANY SUKITA (PTN) – ELEITAReceita -----------------------------------------------R$209.093,00Despesa -------------------------------------------- R$ 209.021,63

ASTROGILDO DA FARMÁCIA (PMN)Receita ------------------------------------------------R$ 81.734,88Despesa -----------------------------------------------R$ 66.514,88

NACELIO ANDRADE (PRB)Receita ----------------------------------------------------R$ 400,00Despesa ------------------------------------------------------ R$ 0,00

CARMÓPOLISFELIPE DE ESMERALDA (PSD)Receita ---------------------------------------------- R$ 132.800,00Despesa --------------------------------------------- R$ 126.876,35

JOÃO SILVA (REDE)Receita ----------------------------------------------------R$ 182,00Despesa ---------------------------------------------------R$ 320,00

PABLO PASSOS (PRP)Receita ------------------------------------------------- R$ 1.570,00Despesa ------------------------------------------------ R$ 1.470,00

VOLNEY LEITE (DEM)Receita ------------------------------------------------R$ 47.650,00Despesa -----------------------------------------------R$ 34.800,00

SALGADODUILIO(PSB) – ELEITOReceita ---------------------------------------------- R$ 107.505,00Despesa --------------------------------------------- R$ 105.105,00

GIDELSON SANTANA (PRB)Receita ------------------------------------------------R$ 16.102,00Despesa -----------------------------------------------R$ 14.864,00

GILVANDO BARBOSA (PSC)Receita ------------------------------------------------R$ 75.985,00Despesa -----------------------------------------------R$ 49.833,32

HERALDO ANTAO (PV)Receita ------------------------------------------------- R$ 2.900,00Despesa ------------------------------------------------ R$ 2.000,00

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Política JORNAL DA CIDADEA-4 ArAcAju, 10 A 12 de dezembro de 2016

LAURO JardimCOM GUILHERME AMADO E MARIANA ALVIM AGÊNCIA O GLOBO

• oglobo.com.br /laurojardim

'Preciso viver como Jesus'ADVOGADO HÁ 36 ANOS, JOSÉ LIMA SANTANA

É PROFESSOR DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE E MEMBRO DA ACADEMIA

SERGIPANA DE LETRAS E DA ACADEMIA SERGIPANA DE LETRAS JURÍDICAS, DA QUAL

É VICE-PRESIDENTE. É SÓCIO EFETIVO DO IHGSE E AUTOR E COAUTOR DE VÁRIOS LIVROS

LITERÁRIOS E JURÍDICOS. NO PASSADO, FOI FUNCIONÁRIO DA PREFEITURA MUNICIPAL

DE NOSSA SENHORA DAS DORES, DO IBGE, TÉCNICO DE NÍVEL MÉDIO CONCURSADO

DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO, PROFESSOR DE RELIGIÃO DO COLÉGIO

SALESIANO, ADVOGADO APOSENTADO E DIRETOR (FINANCEIRO, ADMINISTRATIVO E

PRESIDENTE) DA DESO, ALÉM DE SECRETÁRIO DE ADMINISTRAÇÃO, DE GOVERNO E

SUPERINTENDENTE DA SMTU, ATUALMENTE, SMTT, TODOS DE ARACAJU. FOI JUIZ DA CLASSE JURISTA DO TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL, PRESIDENTE DO IPES, ENTRE OUTROS CARGOS E FUNÇÕES EXERCIDOS DESDE 1973. EM 2012, INCENTIVADO PELO ARCEBISPO METROPOLITANO, DOM JOSÉ PALMEIRA LESSA, PASSOU A ESTUDAR TEOLOGIA NO SEMINÁRIO MAIOR NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO. PROFESSOR VOLUNTÁRIO NO MESMO SEMINÁRIO, NA ESCOLA DE PREPARAÇÃO PARA O DIACONATO PERMANENTE E NA ESCOLA SANTA MARIA, PARA LEIGOS, NO GRAGERU. FOI ORDENADO DIÁCONO EM JUNHO ÚLTIMO E ORDENADO PADRE NESTA SEXTA-FEIRA, NA IGREJA MATRIZ DE NOSSA SENHORA DAS DORES, TERRA NATAL DE JOSÉ LIMA.

Maria Kitéria CordeiroDA EQUIPE JC

JOSÉ LIMA SANTANAENTREVISTA

w JORNAL DA CIDADE - Como é ser ordenado padre aos 61 anos de idade?JOSÉ LIMA - Para algumas pessoas, pode parecer algo inu-sitado. Porém, não sou o único caso de presbítero ordenado nessa faixa etária. Preciso dizer que a minha atividade na Igreja Católica começou, ainda timida-mente, em 1975, acompanhan-do o Mons. Afonso de Medeiros Chaves em celebrações nos povoados de Nossa Senhora das Dores, e como leitor nas missas do sábado à noite, na Matriz. De-pois, em 28 de janeiro de 1976, com outras duas pessoas, eu fun-dei o grupo de jovens “Juventude Unida na Fé”, na Paróquia Nossa Senhora das Dores. De 1976 a 1982, eu fiz parte da coorde-nação do Treinamento de Lide-rança Cristã – TLC, responsável pela Pastoral da Juventude na Arquidiocese de Aracaju. Havia, então, 41 grupos de jovens atu-antes na Arquidiocese. Naquela época, o Bispo Auxiliar de Ara-caju, Dom Edvaldo Gonçalves do Amaral, hoje, Arcebispo Emérito de Maceió, dizia-me que eu de-veria ir para o Seminário porque, na visão dele, a minha vocação sacerdotal era latente. E dizia: “Você será um dos bispos mais jovens do Brasil”. Eu ria. Mas, no fundo, acalentava o sonho de ser um ministro do Altar de Deus. Em março de 1979, meu pai veio a falecer e eu fiquei com a minha mãe e a minha irmã, de 12 anos, para sustentar. Fui à luta. Eu estava na Faculdade de Direito. Segui em frente. Formei-me em 1980. A vocação, aparentemente sufocada, resistiria ao tempo.

w JC – Sempre atuou na Igreja? JL - Em abril de 1981, tornei--me Ministro Extraordinário da Eucaristia e da Palavra. Tive uma atuação constante na Igreja. De-

pois de tanto tempo, Dom Lessa convidou-me, em 2011, para in-gressar na Escola de Preparação para o Diaconato Permanente. Aceitei. No fim do ano, ele suge-riu que eu fizesse disciplinas de Teologia, no Seminário Maior, para ver o que poderia acontecer. Comecei em 2012. A vocação que Dom Edvaldo prenunciava lá no fim da década de 1970, renasceu. Aliás, só pode renascer o que não morreu. E, agora, eis que estou há um dia ordenado presbítero. Pronto para cumprir da melhor maneira possível os encargos que o presbiterado me impõe.

w JC - Será uma tarefa difícil de desempenhar? JL - Desde 1975, eu trabalho ou trabalho e estudo, ao mesmo tempo, nos três períodos do dia: manhã, tarde e noite. Não me sinto cansado. Que o digam, por exemplo, os meus alunos, na UFS, especialmente aqueles que estudam ou estudaram comigo no último horário noturno. O meu entusiasmo, nos últimos minutos da última aula, ainda é o mesmo dos primeiros minutos da primeira aula. Eu sei que ainda posso e devo fazer muito pelo Reino de Deus. Estarei à disposição do senhor Arcebispo, para o que ele precisar de mim.

w JC - O que fazer pelo Reino de Deus. e como pretende cumprir essa missão? JL - Para nós cristãos católicos, o Reino de Deus é “construído”, por assim dizer, no dia a dia por cada um e por todos, a partir da exortação de Jesus Cristo, que nos disse: “Ide pelo mundo intei-ro, anunciai o Evangelho a todas as nações, fazendo discípulos e batizando em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”. Todos nós cristãos devemos ser como o semeador da parábola. Devemos estar sempre dispostos a sair e a semear. Como diz o Papa Fran-

cisco, é preciso constituir uma Igreja em saída, que se aproxime das periferias geográficas e exis-tenciais. Uma Igreja que saia da “segurança” e do “conforto” das paredes do templo. Uma Igreja permanentemente em missão. Anunciar também significa de-nunciar. Denunciar a injustiça, a impunidade, a violência, o desamor, a corrupção, a explo-ração do homem pelo homem. Vale dizer: é também aplicar a Doutrina Social da Igreja, que nasceu a partir dos ensinamen-tos de Jesus Cristo.

w JC - Como presbítero, quais são, inicialmente, os seus pla-nos?JL - Na verdade, os meus planos iniciais serão aqueles que o Es-pírito Santo vier a me inspirar. Verei o que a Arquidiocese vai querer de mim, desde o Plano de Pastoral que está sendo elabo-rado para o triênio 2017-2019 e de cuja comissão central eu faço parte, a convite de Dom João José Costa, Arcebispo Coadjutor de Aracaju, por enquanto. A partir daí eu procurarei dar o máximo para cumprir as funções do meu ministério com desvelo, seriedade, acolhimento, amor feito serviço e serviço feito com amor. Todavia, o grande plano é simplesmente servir. Servir sem-pre. Servir bem. Servir a Deus e ao próximo. Jamais enterrar os talentos. Se não for assim, de que adianta ser padre?

w JC - O que a comunidade católica da Arquidiocese de Ara-caju pode esperar do seu novo membro?JL - Que é preciso viver com Je-sus e como Jesus viveu: amando e servindo. Que a vida do cristão deve ser voltada para a oração e para a ação. Por fim, peço ora-ções para que eu seja um padre digno de anunciar a Boa Nova. E que Deus abençoe a todos.

Brasília - O Ministério Pú-blico Federal em Brasília (MPF/DF) denunciou à

Justiça nesta sexta-feira (9) quatro pessoas, entre elas o ex--presidente Lula e o seu filho, Luiz Cláudio Lula da Silva, pelos crimes de tráfico de in-fluência, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Apre-sentada no âmbito da Operação Zelotes, a ação penal é resulta-do de investigações que apura-ram o envolvimento dos dois e do casal Mauro Marcondes e Cristina Mautoni – também denunciados – em negocia-ções irregulares que levaram à compra de 36 caças do modelo Gripen pelo governo brasileiro e à prorrogação de incentivos fiscais destinados a montado-ras de veículos por meio da Medida Provisória 627.

De acordo o MPF, os crimes foram praticados entre 2013 e 2015 quando Lula, na condição de ex-presidente, integrou um esquema que vendia a promes-sa de que ele poderia interferir junto ao governo para benefi-ciar as empresas MMC, grupo Caoa e SAAB – todas clientes da empresa Marcondes e Mautoni Empreendimentos e Diplomacia

LTDA (M&M). Em troca, Mauro e Cristina, donos da M&M, re-passaram a Luiz Cláudio pouco mais de R$ 2,5 milhões.

Na denúncia, o MPF sustenta que a promessa de interferên-cia no governo por parte do ex-presidente Lula rendeu ao seu filho, Luiz Cláudio o recebi-mento de vantagens indevidas e que o valor repassado só não foi maior por causa da deflagração da Operação Zelotes, em mar-ço de 2015. Segundo a ação, a expectativa era de um recebi-mento total de R$ 4,3 milhões, sendo R$ 4 milhões da M&M e o restante da montadora Caoa. Entre os meses de junho de 2014 e março de 2015, a M&M fez nove pagamentos à LFT que somados chegaram a exatos R$ 2.552.400,00.

Na denúncia, os procuradores da República Hebert Mesquita, Frederico Paiva e Anselmo Lopes chamaram o esquema de “relação triangular”: uma das vértices era formada pelos clientes da M&M – que aceitaram pagar cifras milio-nárias por acreditar na promessa de que poderiam obter vantagens do governo federal – outra, pelos inter-mediários (Mauro, Cristina e Lula) e a terceira, pelo agente público

que poderia tomar as decisões que beneficiariam os primeiros (a então presidente da República Dilma Roussef). Durante as investigações, não foram encontrados indícios de que a presidente tivesse conheci-mento do esquema criminoso.

Contestação

Advogados do ex-presidente Lula, Cristiano Zanin Martins

e Roberto Teixeira dizem que o petista é alvo de “procedimentos que tramitavam de forma oculta e sem acesso à defesa”. Em nota encaminhada à imprensa (leia íntegra), os defensores de Lula negam a tese de que Lula e seu filho se beneficiaram do esquema desvendado pela Zelotes.

“Nem o ex-Presidente Lula nem seu filho participaram ou ti-veram conhecimento de qualquer ato relacionado à compra dos avi-ões caças da empresa sueca SAAB, tampouco para a prorrogação de benefício fiscais relativos à Medi-da Provisória nº 627/2013, con-vertida na Lei nº 12.973/2014. Luis Claudio recebeu da Marcon-des & Mautoni remuneração por trabalhos efetivamente realizados e que viabilizaram a realização de campeonatos de futebol america-no no Brasil”, diz a defesa.

MPF denuncia Lula e o filho na 'Zelotes'Petista é acusado de tráfico de influência

MOREIRA NA RODAMoreira Franco é um dos políticos mais atingidos pela delação de Paulo Cesena, até mês passado presidente da Odebrecht Transport, o braço da companhia para o setor de transportes. Cesena relata que Moreira pediu - e recebeu - R$ 4 milhões em nome do PMDB, em 2014. Na época, Moreira era ministro da Aviação Civil de Dilma Rousseff e, segundo Cesena, fez o pedido ao vice-presidente de relações institucionais da hol-ding, Cláudio Melo Filho. Moreira, que recebeu o apelido de “Primo” na lista do departamento de propinas, é tratado como “arrecadador do PMDB”. Cesena deixa claro na delação que o pagamento foi com o objetivo de ter livre acesso ao ministro, por seu papel central na concessão da infraestrutura brasileira - aliás, não muito diferente da posição de Moreira no governo Temer. A delação da Odebrecht está agora na fase dos depoi-mentos, em que os executivos e integrantes da família Odebre-cht vão detalhar, inclusive com documentos, o que já disseram durante a negociação.

Jorge William/29-11-2016

SENADOPETISTA EMPENHADOJorge Viana se empenhou tanto por Renan Calheiros que chegou a procurar Rodrigo Ja-not para pedir pelo alagoano. Numa visita na noite de terça--feira, tentou convencer Janot de que não foi desobediência o que a Mesa Diretora fez.

ELEIÇÕES 2018SÓ PENSA NAQUILORoberto Justus está nego-ciando, via Y&R, a compra da Pública, agência de Elsinho Mouco, o marqueteiro de Mi-chel Temer.

TODO OUVIDOSGeraldo Alckmin tem separado um tempo em sua agenda para ouvir Edmar Bacha e Eduardo Giannetti. E foi aconselhado a se aproximar de Armínio Fraga.

LAVA-JATOABRINDO O BICO 1Vem aí uma nova leva de empreiteiras a abrir o bico: a Queiroz Galvão está com sua delação quase fechada.

ABRINDO O BICO 2A Galvão Engenharia também está falando. Em especial do notório Sérgio Machado.

A HORA DO GÊFernando Cavendish está deta-lhando em sua delação a atu-ação de Georges Sadala, o Gê, empresário e amigo de Sérgio Cabral, além de integrante da “turma do guardanapo”.

EMOÇÕES FORTESAlguns delatores da Odebrecht estão recebendo ameaças de morte.

ECONOMIAAGORA VAI?O bilionário egípcio Naguib Sawiris prometeu ao governo que apresentará nesta semana uma proposta firme para a compra da encrencada Oi.

DENTES BRANCOSNinguém nunca acusou Eike Batista de pensar pequeno. Não seria diferente agora, quando garante que vai lançar uma pasta de dente revolucio-nária. No plano de negócios que produziu para investido-res, projeta vendas anuais de US$ 3 bilhões para o produto. Otimista como sempre, diz que a pasta chega ao mercado no Brasil no primeiro trimestre. E, nos EUA, no segundo, embora não tenha ainda autorização da Anvisa e FDA, respectiva-mente, para vendê-la.

CONSUMOGERAÇÃO SAÚDEAssim caminha a humanidade: entre 2010 e 2015, o consumo per capita de água mineral no Brasil cresceu 83% (63 litros), enquanto o de refrigerante caiu 15% (75 litros), de acor-do com o estudo Brasil Bevera-ge, que a indústria de refrige-rantes e bebidas não alcoólicas lança nos próximos dias.

OLIMPÍADAQUANTO CUSTOU?Você sabe quanto custou, afi-nal, toda a Olimpíada? Nem você e nem ninguém. Por falta de informações da Prefeitura, da Rio-2016 e outros órgãos, a Autoridade Pública Olímpica não conseguiu fechar ainda os gastos totais dos Jogos.

EM ALTAEssa figura aí do lado está bombando. Deixou para trás vá-

rios artistas de novela como garotos-propaganda. Whinders-son Nunes, o mais popular youtuber do Brasil, com quase 15 milhões de inscritos em sua página no YouTube, é o influen-ciador digital preferido pelas empresas para campanhas de seus produtos. Piauiense, 21 anos, Whindersson cobra em

torno de R$ 150 mil para uma marca ser citada por ele num vídeo. A Nissan, Bob’s e o próprio Google já apareceram em

seu canal.

O OUTRO LADOMoreira nega o que lhe foi imputado: “Jamais cuidei das finan-ças do PMDB e não falei sobre recursos para campanha nem sobre política com esses senhores”.

BRASILSCRIPT

COMBINADO 1Paulinho da Força

vai se mostrar muito combativo contra a

reforma da Previdên-cia. Vai criticar, ame-

açar, estrilar, mas... este script já está

devidamente com-binado com Michel

Temer.

André Mello

Givaldo Barbosa/4-10-2016

SCRIPT COMBINADO 2Fará o mesmo com a reforma trabalhista - se reforma trabalhista houver, claro.

RIO DE JANEIROCOM O MICKEYAntes de assumir a Prefeitura, Marcelo Crivella vai tirar uns dias de descanso em Orlando, onde mora uma de suas filhas. Serão as segundas férias de Crivella depois da eleição.

FAMÍLIA TENTACULAROs tentáculos da família Cabral alcançam muitas esferas. Uma delas é o Sebrae-Rio, dono de um orçamento de R$ 250 milhões por ano. Seu superintendente desde 2010 é um cunhado de Sérgio Cabral, Cezar Vasquez, casado com a irmã do atual inquilino de Bangu 8. Vazquez este-ve nas últimas semanas no centro de uma confusão. Edu-ardo Eugênio Gouvêa Vieira pediu a Luiz Fernando Pezão que retirasse o apoio do governo estadual a Vasquez, que há seis anos morava num imóvel alugado e hoje é dono de uma casa de três andares na Gávea. Pezão não topou destituí-lo. Em represália, a Firjan, afastou seus indicados para o conselho do Sebrae. Aliás, ironias da vida, a con-selheira que substituiu uma das representantes da Firjan é a presidente da Associação de Joalheiros do Rio...

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Política/NacioNalJORNAL DA CIDADE A-5ArAcAju, 10 A 12 de dezembro de 2016

ANCELMO GOISCOM ANA CLÁUDIA GUIMARÃES, DANIEL BRUNET E TIAGO ROGERO AGÊNCIA O GLOBO

• Email: [email protected] • Fotos: [email protected] EUGÊNIO NASCIMENTO

[email protected]

Questão de prestígio

Na semana passada, o líder do Governo Michel Temer na Câmara Federal, deputado André Moura

(PSC), declarou que o governador Jackson Barreto (PMDB) não tem prestígio em Brasília para conseguir as coisas para Sergipe. Pode até ser verdade, mas cabe um questionamento: quem de Sergipe tem prestígio junto ao Planalto? Pergunta difícil de responder, pois só migalhas chegam por aqui. Aliás, em todos os Estados.

Mas...Apesar de todos os seus problemas com a Justiça, o deputado André Moura é o representante político sergipano mais importante em Brasília hoje. O seu lugar no pódio político não é seguro. A qualquer momento pode cair, conforme comentários que circulam com muita frequência na chamada Grande Imprensa.

Mudanças no GovernoHá comentários entre os governistas dando conta da saída de João Augusto Gama da Secretaria de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão (Seplag) para a pasta do Desenvolvimento Econômico (Sedetec), hoje sob o comando de Francisco Dantas, que iria para a cadeira atual de Gama. Trata-se de um rodízio. Dizem também que o presidente da Administração Estadual do Meio Ambiente (Adema), Almeida Lima, vai para um cargo do primeiro escalão. Almeida garante que não sabe nada sobre esse assunto.

Sem quadrosO prefeito eleito Edvaldo Nogueira vai anunciar mais nomes do seu secretariado, provavelmente, nesta segunda -feira. A carência de quadros no PC do B é o seu principal problema. Mas os partidos aliados têm muita gente disponível e doidinhos por um bom CC.

Sob orientaçãoÉ boa a iniciativa do presidente do Tribunal de Contas do Estado de Sergipe, Clóvis Barbosa de Melo, de realizar seminário com todos os prefeitos eleitos e reeleitos de Sergipe, no sentido de orientá-los em termos de responsabilidades, leis etc. Fazer isso é muito mais importante do que simplesmente criminalizar a classe política brasileira. Muitas vezes malfeitos são cometidos por ignorância e desconhecimento das leis regulamentando o seu trabalho.

Padre Zé LimaO ex-secretário de Estado e colunista deste jornal, José Lima Santana, foi ordenado padre em Nossa Senhora das Dores. Grupo de amigos e colegas se deslocaram até Dores para prestigiar o novo padre sergipano. Grande intelectual e grande orador, as suas futuras missas e sermões serão sinônimo de alto nível.

Tempos difíceisOs oficiais de justiça sergipanos não gostaram do que ocorreu com seu colega brasiliense, que recebeu um "gelo" do presidente do Congresso Nacional, Renan Calheiros. Alguns lembraram que nos tempos da UDN e do PSD isso acontecia com frequência. Aliás, era bem pior. Nos dias bons, os políticos soltavam os cachorros atrás dos oficiais de Justiça, que saiam pelas ruas correndo e o povo mangando. Nos momentos de raiva

Só boatosA força dos boatos na política brasileira não para de crescer nesses tempos de turbulência política. Isso tem motivado o surgimento de boateiros profissionais no Brasil e em Sergipe também. As têm pressa de informações e com a mesma pressa repassam boatos como se fossem fatos verdadeiros.

Mais pobrezaRoda de políticos estava discutindo durante café da manhã, em conhecida padaria de luxo de Aracaju, o futuro dos trabalhadores rurais sergipanos se a reforma da previdência proposta de governo for aprovada como está. Entre um gole e outro de café com leite, previram o aumento da pobreza em Sergipe.

RepatriaçãoTem muita gente ainda curiosa em saber quantos empresários e políticos fizeram a repatriação de fundos investidos no exterior. Fontes informais dizem que o número não é desprezível. Será?

ContentamentoOs lojistas de Aracaju ficaram muito contentes com a decisão do TCE que obrigou a Prefeitura pagar os salários dos servidores municipais. Dizem que foi o seu melhor presente de Natal até agora.

HomenagemO bispo D. José Palmeira Lessa, da Arquidiocese de Aracaju, e D. Mário Rino Sivieri, da Diocese de Propriá, serão condecorados nesta segunda-feira, 12, com a Medalha de Direitos Humanos “Dom José Vicente Távora”. O ato acontecerá na Assembleia Legislativa de Sergipe, que aprovou as condecorações.

Nefy Dias/Divulgação

SEM CENSURAO fim do “Sem censura”, da TV Brasil, da coleguinha Leda Nagle, depois de 26 anos, revoltou a imortal Nélida Piñon:- Não julgo possível que um canal público esteja moralmente autorizado a liquidar com um programa de transcendente importância cultural, onde se abrigam inquietações, debates artísticos, literários e exposição de ideias.

50 ANOS DE VILAÇAO acadêmico Marcos Vilaça será homenageado pela Academia Pernambucana de Letras, segunda, com uma sessão solene pelos seus 50 anos de presença na APL. O orador será o jornalista e acadêmico Merval Pereira.

BAIANO ARRETADOO imortal Antônio Torres, baiano de Alagoinhas, foi escolhido para receber o Grande Prêmio Cidade do Rio de Janeiro, de 2016, da Academia Carioca de Letras.

NÃO SERÁ DIFERENTEO ministro Raul Jungmann avisa: na proposta separada que o Ministério da Defesa vai apresentar, ano que vem, para contribuir na diminuição do déficit da Previdência, os militares vão abrir mão de acumulação de pensão e aposentadoria, como prevê a reforma da Previdência para os civis:- Ninguém quer privilégio.Os militares, como se sabe, ficaram de fora da reforma proposta, nesta semana, pelo governo.

TOMANDO CAFÉ FRIONa manhã de ontem, o prefeito Eduardo Paes desabafou para um amigo, meio sério, meio à brinca, depois de não conseguir falar com um dos secretários:- Pô, foi só perder a eleição que não consigo nem falar com um secretário.

TRIO DOS FALIDOSPezão, José Ivo Sartori e Fernando Pimentel, os três governadores falidos que decretaram calamidade financeira, reúnem-se, nesta segunda, no Palácio Guanabara.A orelha de Temer vai arder.

NO OLIMPO TUCANOFH concordou com a ideia de Serra de que Aécio seja presidente do PSDB por mais um mandato.

TIO SAM ALERTAO Consulado dos EUA no Rio enviou, quinta, e-mail aos americanos que moram aqui informando o caso do turista italiano morto por traficantes ao entrar, por engano, no Morro dos Prazeres. O título é “Tenha cuidado quando dirigir usando GPS”.Diz lá que “o crime pode acontecer em qualquer lugar ou tempo dentro do Rio, mas a atividade criminosa é mais frequente em certas áreas, e os viajantes devem estar cientes de que as favelas podem ser imprevisíveis e perigosas”.

VIDA LONGA ÀS YABÁS!Amanhã é a derradeira Feira das Yabás de 2016 - e pode ser a última para sempre. É que ninguém sabe se Marcelo Crivella, o novo prefeito, vai renovar o patrocínio de um dos melhores programas de samba e gastronomia da cidade. O clima é de incerteza.Vida longa à Feira das Yabás!

A Moscow 24 TV, da Rússia, colocou no ar o show que a talentosa Thais Macedo, de 27 anos, fez na capital do páis, dias

atrás. Aliás, assim que chegou à cidade e informou que estava vindo do Rio, a cantora ouviu de um funcionário do aeroporto:

Shironina/m24.ru

“Você mora numa favela?” E mais: outra

pessoa perguntou se o cabelo da

artista... era dela mesmo! Thais, que levou para

lá o seu show “Borogodó”,

tirou de letra. Convidada pela

Embaixada brasileira em

Moscou, a formosa cantou na Casa Central

dos Artistas diante de 600

pessoas. Foi aplaudida de pé.

Viva o samba!

Nosso borogodó em moscou

Madeixasda CacauO corte de cabelo da atriz Cláudia Abreu, a Helô, de “A lei do amor”, está entre os dez itens mais citados na Central de Atendimento ao telespectador da TV Globo. Aliás, ainda nesta novela, as telespectadoras querem usar o mesmo esmalte pink de Salete (Claudia Raia), além de um colar dourado de Luciane (Grazi Massafera).

Rudy

Huh

old

Clarice em AcrópoleA foto ao lado mostra Benjamin Moser, 39 anos, o escritor americano que projetou lá fora a obra da nossa Clarice Lispector (1920-1977), na Grécia.Lá, ele lançou, ontem, “He ora tou asteriou”, a tradução grega de “A hora da estrela”. Maravilha.

Arquivo pessoal

NO QUE...Os demais passageiros aplaudiram o músico. A madame ameaçou acionar o botão de emergência, a turma vaiou e começou a encher o chapéu do moço do dinheiro.Ela decidiu sair na estação seguinte, Cantagalo, mas não sem antes... mostrar o dedo do meio. Que feio!

NAZISMO NA AMAZÔNIAO jornalão “NY Times” publicou, ontem, matéria sobre uma misteriosa cruz de madeira de 3 metros de altura, com uma suástica talhada e em que se lê “Joseph Greiner morreu aqui, de febre, em 2 de janeiro de 1936, em serviço para uma pesquisa da Alemanha”. É que o marco está em... Laranjal do Jari, uma cidade no sul do Amapá.É que, um pouco antes da Segunda Guerra, entre 1935 e 1937, houve uma expedição alemã à Amazônia. Segundo o jornalista alemão Jens Glüsing, que escreveu o livro “Das Guayana Projekt”, a ideia do exército de Hitler era colonizar a região.

MESMO COM A CRISE O Fundo da Marinha Mercante aprovou, quinta passada, a liberação de R$ 2,44 bi de recursos. O dinheiro é para a construção de estaleiros de reparos na Paraíba e no Rio.

AUTO-ESTIMA É TUDO O ilustre futuro prefeito de Cachoeiras de Macacu, Mauro Soares, não se fez de rogado.Mandou convite de posse para a Presidência e toda a Esplanada dos Ministérios, agências reguladoras, bancos federais, forças armadas e outros.

MADAME NÃO GOSTOUCom um acordeão, um argentino tocava “Eu só quero um xodó” (1973), de Dominguinhos e Anastácia, ontem, na Linha 1 do Metrô do Rio, quando uma senhorinha... mandou ele parar. Disse que era proibido e que não gostava.

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e serviços, solidariamente, terão despencados na com-paração com o ano anterior, em uma queda simultânea inédita na série estatística iniciada em 1996. No acu-mulado de quatro trimestres completados no 3º trimestre, em relação ao mesmo período anterior, o PIB agropecuário declinou 5,6%, a atividade industrial, 5,4%, e o setor de serviços, 3,2%.

Do ponto de vista do dis-pêndio, nessa série de quatro trimestres acumulados, até o mês de setembro o consumo das famílias encolheu 5,2%, o investimento em capital fixo, 13,5%, e o consumo do governo, 0,9%.

O setor exportador, ainda que não tenha concorrido para deprimir o PIB, não foi capaz de gerar um impulso de maior significado sobre o conjunto da economia. Nessa série, o PIB total manteve quedas de mais de 4% ao lon-go de todo o ano de 2016 (ver Gráfico).

Chances de reversão

É sempre custoso interrom-per o ciclo vicioso de declí-

nio do nível de atividade a fim de retomar o crescimento e dar início a um novo ciclo vir-tuoso. Algumas abordagens mais pessimistas apontam que o caminho do crescimento é como “o fio da navalha”, ao longo do qual pequenos des-vios para baixo poderiam dar

origem a mecanismos de au-torreforço que empurrariam a economia mais e mais para a recessão. Somente fatores exógenos ao sistema, como a melhoria do cenário interna-cional ou a ação de estímulo promovida pelo setor público, seriam capazes de sustar o de-clínio. Ou que, pelo menos, a duração e o custo da recessão seriam muito maiores na au-sência desses estímulos.

Outras abordagens, me-nos pessimistas, argumentam que o ciclo de negócios conta com mecanismos próprios de amortecimento da crise que, com o tempo, seriam capazes de reverter a trajetória de des-cendente para ascendente. A crise seria uma oportunidade para sanear finanças públicas e privadas para que o peso do passado não restringisse a retomada da economia e para que ela voltasse a crescer em bases mais saudáveis, no novo

ciclo que se avizinhasse. O pe-ríodo de ajuste é, também, o momento em que se definem os ganhadores e perdedores no ciclo seguinte, em ter-mos de setores, segmento de classes sociais e regiões. Em outras palavras, quem paga o pato do ajuste e quem se beneficiará mais no período seguinte.

Ao findar 2016, estaremos ainda na metade do percurso entre a interrupção do ciclo vicioso e as bases de uma re-tomada. São muitos, incertos e potencialmente desestabi-lizadores os percalços nesse caminho, tanto os de origem externa quanto os oriundos do cenário doméstico, dentre os quais, certamente, o mais grave é o esgarçamento do ambiente político e institucio-nal. Meus votos para que, ao final de 2017, tenhamos um balanço mais promissor de nossas perspectivas.

O BNDES determinará nos empréstimos futuros, feitos com TJLP, que a empresa não distribua di-

videndos além de 25% enquanto durar a operação de crédito. A convicção no banco é que se a empresa está usufruindo de uma taxa subsidiada e distribui dividen-dos em grande quantidade é porque parte do dinheiro está sendo transferido para os acionistas.

Há várias decisões, como essa, tomadas ou para se-rem anunciadas, que mostram uma completa mudança de orientação do BNDES. Além disso, a instituição está consciente de que não deve mudar o papel do banco de ser o indutor do investimento e da retomada do cresci-mento. Conversei ontem com a presidente Maria Silvia Bastos Marques e vários integrantes da diretoria. Ela nega que o banco vá ficar descapitalizado quando pagar os R$ 100 bilhões.

Vamos pagar até o fim do ano, mas não foi impos-to a nós. Isso foi muito discutido aqui dentro e quero lembrar que o ministro Joaquim Levy já havia feito o banco devolver R$ 30 bilhões. Isso não descapitaliza o banco, que tem hoje mais de R$ 200 bilhões em caixa e esse valor vai crescer nas próximas semanas. Com isso, estamos reduzindo passivo — disse Maria Silvia.

Claudio Coutinho, diretor financeiro, disse que lesi-vo ao banco era a entrega de 100% de dividendo, como era feito antes, porque a instituição perdia capacidade de alavancagem. A devolução de parte do empréstimo reduz a dívida. A entrega do valor ao Tesouro depende apenas da publicação do acórdão do TCU.

Foram tomadas várias decisões de enxugamento dos custos de operação. Agora, uma enorme sala abriga a presidente e todos os diretores, como modernamente existe nas instituições financeiras. Isso fez com que a diretoria que ocupava dois andares e meio ficasse toda num andar. Foi abandonada a ideia de construir um novo prédio para o BNDES, no valor de R$ 498 milhões, e devolvidos 14 andares, dos 18 alugados, no edifício Ventura. As duas filiais, na África do Sul e em Montevidéu, e a subsidiária em Londres, foram fecha-das. Além de mudanças na organização, o banco está intensificando a oferta de crédito para micro, pequena e média empresa.

A empresa desse segmento morre pela falta de capital de giro, por isso o banco está ampliando, sim-plificando e melhorando as condições de uma linha já existente, a Progeren. Nossa convicção é que nesta faixa a gente pode atuar para reativar a economia ou impedir que essas empresas fracassem — diz Maria Silvia.

Segundo Coutinho, o total de empréstimos saiu de R$ 180 milhões em setembro para R$ 800 milhões em dezembro. Esse é apenas um dos vários produtos e plataformas com que o banco trabalha para chegar mais perto das micro, pequenas e médias empresas, que incluem simplificação de acesso através da moder-nização tecnológica do cartão à implantação do acesso via celular.

Maria Silvia quer mudanças estruturais no banco, para em vez de olhar setores empresariais e ter departa-mentos em segmentos, como fármacos, auto-móveis, varejo, passe a ter um sistema de avaliação horizontal:

Vamos analisar os atributos do projeto, o impacto ambiental, a geração de emprego, o retorno social, a capa-cidade de expansão da economia que ele tem.

Vinícius Carrasco, diretor de planejamen-to, explica que todas as vezes que o banco deu incentivo a um setor específico, sem uma análise global da economia, criou uma superoferta que virou crise. Um desses exemplos recentes é a produção de caminhões.

Na área de energia, a grande mudança foi o anún-cio feito de não financiar mais termelétrica a carvão e a óleo combustível. Segundo Marilene Ramos, isso está abrindo espaço para mais investimento em ener-gia alternativa, como solar, eólica, biomassa e PCH. A diretora de mercado de capitais, Eliane Lustosa, disse que já foram identificados vários produtos que podem ser oferecidos para o financiamento em infraestrutura.

Vamos atuar nas falhas do mercado, onde ele não atua e há demanda — diz Eliane.

Um dos sinais da nova orientação do banco aconte-ceu recentemente quando o BNDES não aceitou que o JBS transferisse sua sede para a Irlanda. O grupo refez seu plano, reorganizou os ativos no exterior e manteve a sede no Brasil. O banco quer continuar a ser o indutor do crescimento, mas sem escolher setores ou empresas para serem mais beneficiadas que as outras.

MÍRIAM LEITÃOAGÊNCIA GLOBO - COM ALVARO GRIBEL E MARCELO LOUREIRO [email protected]

JORNAL DA CIDADEA-6 EconomiaArAcAju, 10 A 12 de dezembro de 2016

Nova direção

Fontes: FGV/IBGE/BANCO CENTRAL/FIPE/SEFAZ/SE

SALÁRIO MÍNIMOR$ 880,00

DÓLAR

IMPOSTO DE RENDA NA FONTE

INDICADORES

OutubroDia12......0,6999%Dia13..... 0,6912%Dia14......0,6689%Dia15......0,6840%Dia16......0,6532%Dia17......0,6238%Dia18......0,6521%Dia19......0,6892%Dia20......0,6614%Dia21......0,6758%Dia22......0,6870%Dia23......0,6341%Dia24......0,5980%Dia25......0,6274%Dia26......0,6600%Dia27......0,6532%Dia28......0,6829%Dia29......0,6609%Dia30......0,6609%Dia31......0,6609%

NovembroDia01.......0,6609%Dia02.......0,6895%Dia03.......0,6844%Dia04.......0,6825%Dia05.......0,6878%Dia06.......0,6437%Dia07.......0,6059%Dia08.......0,6141%Dia09.......0,6518%

Dia10.......0,6886%Dia11.......0,6758%Dia12.......0,6845%Dia13.......0,6934%Dia14...... 0,6278%Dia15.......0,6275%Dia16.......0,6275%Dia17.......0,6562%Dia18...... 0,6523%Dia19.......0,6912%Dia20.......0,6491%Dia21.......0,6256%Dia22.......0,6297%Dia23.......0,6582%Dia24.......0,6913%Dia25.......0,6619%Dia26.......0,6851%Dia27.......0,6270%Dia28......0,6071%Dia29......0,6435%Dia30......0,6435%

DezembroDia01......0,6435%Dia02......0,6569%Dia03......0,6701%Dia04......0,6474%Dia05......0,6153%Dia06......0,6430%Dia07......0,6867%Dia08......0,6826%Dia09......0,6608%

POUPANÇA

INSS - ASSALARIADOS,DOMÉSTICOS E TRABALHADORES AVULSOS

Contribuição - Aliquota

Até 1.399,12............................................8.00%

De 1.399,13 até 2.331,88.........................9,00%

De 2.331,89 até 4.663,75......................11,00%

Fonte Alíquota DeduçãoAté R$1.903,98........................isento...........0....... De R$1.903,99 a R$ 2.826,65...7,5%.....R$ 142,80. De R$ 2.826,66 a R$ 3.751,05...15% ......R$ 354,80. De R$ 3.751,06 a R$ 4.664,68..22,5%...R$ 636,13. A partir de R$ 4.664,68 ...........27,5%...R$ 869,36.Dedução por dependentes..........................R$189,59

NovembroDia25.............................1,0325%Dia26........................ . . . .1,0157%Dia27........................ . . . .0,9775%Dia28........................ . . . .0,8974%Dia29.............................0,9054%Dia30............................ 0,9532%

DezembroDia01.............................0,9439%Dia02.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .0,9674%Dia03.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1,0408%Dia04.............................0,9479%Dia05.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .0,9056%Dia06.............................0,9535%Dia07.............................1,0073%Dia08.............................1,0032%Dia09.............................0,9713%

NovembroDia25.............................0,1611%Dia26............................0,1842%Dia27............................0,1264%Dia28............................0,1066%Dia29.............................0,1145%Dia30............................ 0,1420%

DezembroDia01.............................0,1428%Dia02... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .0,1561%Dia03... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .0,1693%Dia04.............................0,1467%Dia05... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .0,1147%Dia06.............................0,1423%Dia07.............................0,1858%Dia08.............................0,1858%Dia09.............................0,1600%

SALÁRIO FAMÍLIA

Até R$ 725,02...................R$ 37,18..........1-Filho

De R$ 725,03 a R$1.089,72 ..........R$ 26,20.. 2-Filhos

TBF

TR

ComercialC o m p r a V e n d aR$ 3,3724.................... R$ 3,3729Paralelo Compra VendaR$ 3,32.......................... R$ 3,52TurismoCompra V e n d aR$ 3,3600................... R$ 3,5600

Os pontos-chave

1Empresas que pegarem crédito subsidiado no

BNDES terão limite de 25% para pagar dividendos.

2Convicção no banco é de que o recurso público

não pode ser destinado aos acionistas das empresas.

3BNDES quer ser indutor do PIB com

políticas horizontais, sem beneficiar empresas escolhidas.

12 24 56 58 74

Concurso - 4254 - 09/12/2016Concurso - 1883 - 07/12/2016MEGA-SENA

L O T E R I A S

Concurso - 1717 - 09/12/2016LOTOMANIA

Concurso - 1446 - 09/12/2016LOTOFÁCIL

Concurso - 1579 - 08/12/2016DUPLA SENA

16 27 28 47 59 60

03 15 17 33 42 47

23 25 26 28 38 40

03 05 11 13 21 23 24 32 33 39 46 47 49 60 73 74 79 86 93 94

QUINA

01 04 06 07 08

12 13 16 17 20

21 22 23 24 25

Ricardo LacerdaPROFESSOR DO DEPARTAMENTO

DE ECONOMIA DA UFS E ASSESSOR ECONÔMICO DO GOVERNO DE SERGIPE

2016, o ano terrível

Aproximando-se do fim, o ano 2016 não vai deixar saudades. Na

política, o ano se iniciou com o cerco final ao governo elei-to e está findando com uma crise entre os poderes da república reveladora do grau de esgarçamento institucio-nal do país. Nessa dimensão, 2016 talvez possa ser suma-riamente caracterizado como o ano do golpe parlamentar que afastou a presidente da república e como o ano em que a Operação Lava Jato acuou o mundo político e sua interface empresarial. É no mínimo difícil antecipar quais serão os desdobramentos da crise política e institucional em que estamos enredados, da mesma forma como o ro-teiro da crise tem fugido ao controle dos principais atores intervenientes.

Na dimensão econômica, o ano de 2016 ficou marca-do pelo aprofundamento da recessão e pela nova tentati-va de aprovar no congresso nacional as duras medidas de ajuste fiscal, em meio a quedas contínuas nas receitas públicas. Frente ao quadro de recessão profunda, restou a opção de adotar uma estra-tégia de ajuste gradualista em que os resultados fiscais somente começarão a ser pro-duzidos ao custo de duradou-ra recessão.

A síntese do ano em ter-mos sociais é o ingresso de 2,96 milhões de pessoas no contingente de trabalhadores desocupados. Em termos em-presariais, a retração no fatu-ramento e o crescimento do endividamento consolidaram perspectivas difíceis.

Recessão longa e abrangente

Não bastassem os efeitos da compressão da demanda

e da crise de confiança sobre o nível de atividade, a estia-gem que assola o país fez com que a safra de grãos recuasse mais de 10% em comparação ao ano anterior e, no caso da região Nordeste, que a queda na produção do setor alcan-çasse cerca de 40%. Ao fim de 2016, indústria, agricultura

FONTE: IBGE-CNT

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ESPLANADAPOR LEANDRO MAZZINI

JORNAL DA CIDADE A-7OpiniãO ArAcAju, 10 A 12 de dezembro de 2016

Com Walmor Parente e Equipe DF, SP e Recifewww.colunaesplanada.com.brLM ComunicaçãoColuna [email protected] Postal 1980 – CEP 70254-970 – Brasília-DF(61) 30342192 / (61) 99993339 / (61) 78137537

Post Scriptum

O Azar

SERRA DESAGRADA DEPUTADOS

O chanceler José Serra tem aparentado tranquilidade diante das denúncias contra ele na Operação Lava

Jato, mas foge de perguntas e do holofote da imprensa. Talvez por isso tenha preferido ignorar a audiência da Comissão de Relações Exteriores da Câmara, onde foi convidado a falar sobre a política externa brasileira e a suspensão da Venezuela do Mercosul. A ausência anunciada às 2 horas da madrugada ao presidente da comissão, deputado Pedro Vilela (PSDB-AL), foi uma ducha fria para a maioria dos parlamentares, que classificaram o pouco caso do ministro a um “acovardamento”.

PEGOU MAL - A ausência de Serra sem uma justificativa con-vincente deixou até os tucanos chateados. Muitos querem uma audiência com o ministro, mas são olimpicamente ignorados.

PORTAS FECHADAS - Nem para assuntos que interessam à sua pasta, Serra tem dado muita atenção. O ministro nem deu retorno aos insistentes pedidos para discussão do Orça-mento para os consulados, que ficarão agora sem recursos em 2017.

NO PADRE E NO SACRISTÃO - Agentes do mercado finan-ceiro estão preocupados com dois eventos na próxima semana. A votação da PEC dos gastos públicos em se-gundo turno no Senado, e a reunião do Fomc, que deve determinar a alta dos juros nos EUA, o que seria péssimo para o Brasil.

ESQUERDA FRANCESA

O jornal francês Le Monde publicou uma reportagem de destaque sobre o cambaleante

governo de Michel Temer. Em texto linear e lúcido, o diário resume: “Depois da destituição de Dilma Rousseff, o governo Temer conduz uma política que mistura conservadorismo, autoritarismo e corrupção”.

Carta aos IluminadosCLÓVIS BARBOSA

CLÓVIS BARBOSA ESCREVE AOS DOMINGOS, QUINZENALMENTE.

A luz subverte os olhos. Daí, muitos optarem pela noite. É que o

ato de enxergar envolve interpretação. Disso, decor-re a necessidade de saber ver, conseguir entender e ser capaz de traduzir. A primeira etapa (essen-cialmente sensorial) con-templa a acomodação do objeto na retina. Só isso, porém, não significa nada. Intrincados itinerários até a mente, que o decifrará, precisarão ser percorridos, pois, nela, se aperfeiçoará a compreensão. Com efei-to, é o cérebro, pulsando engrenagens lubrificadas à base de serotonina, que nos permitirá distinguir, por exemplo, uma cadeira de um livro. Vencido esse momento intermediário, advém o epílogo: verbalizar a percepção. Aqui reside o instante de maior angústia para idiotas (os mais primi-tivos e selvagens, dentre os oligofrênicos). O requinte na arte de ofender não con-siste em designar o desafeto como demente ou imbecil. O ápice do ultraje está no termo “idiota”.

Há duas espécies de idio-ta, infiltradas nos mais di-versificados nichos sociais, a causar danos às vezes irreparáveis. A primeira é aquela composta pelos idio-tas que enxergam menos do que se lhes mostra (os míopes). Já na segunda se encontram arregimentados aqueles que enxergam mais do que se põe à sua frente (os hipermétropes). A cine-matografia hollywoodiana, em 1991 (numa das mais refinadas películas sobre a genialidade), estampou, com singular êxito, o protó-tipo do idiota míope. Trata--se do filme “Mentes que Brilham”, dirigido e estre-lado por Jodie Foster. No original, o título da obra é “Little man Tate”, clara alu-são ao nome da personagem protagonista, Fred Tate, um garotinho superdotado de sete anos. A cena que consa-gra a idiotia (que fica entre as mais burlescas do longa--metragem) se dá quando a professora de Fred rabisca uma série de números no quadro-negro. Uns são pa-

Alfredo era advogado em um grande banco de Salvador, onde chefiava um grupo de oito colegas. Bom sujeito, senso de hu-mor extraordinário, sem-pre estava alegre e dis-posto. Aliás, a sua vida se resumia ao trabalho e aos encontros de fim de se-mana com as famílias de seus colegas de banco. Ti-nha por eles uma grande afeição e a recíproca era verdadeira. Casado, vivia bem com Emília, uma per-feita dona de casa. Mas ele tinha uma predileção maior pela Dra. Irene, responsável pela área tra-balhista. Era um pedaço de mulher! Os homens viviam embevecidos por ela, mas a amizade que os unia fazia com que ninguém avançasse qual-quer sinal, em termos de assédio, na sua direção. Qualquer um não! Alfredo avançava o sinal, às ve-zes discretamente, outras abertamente para dar a impressão que era somen-te brincadeirinha perante todos. Irene era casada com Fernandez, corretor de imóveis, filho de espa-

res, outros ímpares.O pequeno Fred nem

bulhufas dava à sua pífia aula. Assim, a inconse-quente “tia” do maternal acha por bem desafiar o guri: “Quais desses núme-ros podem ser divididos por dois?” O moleque, com indiferença, nem se dá ao trabalho de levantar a ca-beça. Mas, a contragosto, entre um quê de obrigató-ria submissão e ironia, com voz modorrenta e arrastada por quilos de desprezo, res-ponde: “Todos”. A toupeira da professora, achincalha-da pelo episódio, volta-se para a lousa, esbugalha os globos oculares e, silencio-samente, grita para dentro de si: realmente, qualquer número (e não só os pares, como supôs) pode ser di-vidido por dois. A questão é se o quociente será nú-mero inteiro ou decimal. Não fosse a iluminação do pimpolho, a idiota da pro-fessora morreria intelectu-almente cega. Os números até que eram cravados na retina e sua massa ence-fálica os hospedava como tais. Onde, então, morava o problema?

Estava ali, onde a docen-te teve que compor ideias com eles [os números]. Seu cérebro entrou em curto--circuito. Excesso de luz para uma idiota míope. Como, todavia, conceber o mecanismo “irracional” de um idiota hipermétrope? Saiamos do terreno da cine-matografia e encaminhemo--nos ao campo da literatura. Malba Tahan. No fim da década de 1930, Tahan publicou seu festejado livro “O homem que calculava”, no qual narra as façanhas matemáticas de Beremiz Sa-

mir. Numa das histórias vi-venciadas por Samir, Tahan conta que ele, acompanha-do do amigo, ia pelo deser-to, montado num camelo. De súbito, depararam-se com o que parecia ser uma caravana recém-saqueada. Entre homens e animais mortos, contudo, emerge uma voz. Era um príncipe, o chefe da caravana, que, ao perceber que os meliantes que se lançavam sobre ela matariam a todos, jogou-se entre os que tinham sido abatidos, passando-se por morto.

Vendo que, nos forastei-ros, estava a tábua de sal-vação, implorou que eles o levassem até seu principado e, rogou água e pão. Samir trazia consigo cinco pães; seu amigo, três. O príncipe pediu que os dividissem com ele, prometendo que, assim que alcançassem seu palácio, daria uma moeda de ouro por cada um dos pães, o que totalizaria oito moedas de ouro. Chegando à casa do nobre, em Bagdá, este cumpriu imediatamente o pactuado. Deu cinco moe-das de ouro a Samir e três ao amigo deste. No entanto, Samir redarguiu a divisão, afirmando que o correto se-ria ele receber sete moedas de ouro, enquanto o amigo receberia tão-somente uma. Espantado com a declara-ção, o príncipe exigiu uma justificativa do matemático. Samir, desse modo, explicou que toda vez que iam comer, pegavam um dos pães e o partiam em três pedaços: um para o príncipe, um para ele [Samir] e outro para o seu amigo.

Como Samir possu ía c inco, seus pães foram partidos em quinze peda-

ços. Como seu amigo tinha três pães, os seus foram partidos em nove peda-ços. Totalizavam-se, por conseguinte, vinte e qua-tro pedaços (15+9=24). Como eram três a comer dos pães, a cada um foram destinados oito pedaços (24÷3=8). Sendo assim, como o amigo de Samir co-meu oito pedaços, dos nove resultantes da divisão de seus três pães, ele acabou por contribuir com apenas um pedaço para o prínci-pe. Como Samir também comeu oito pedaços, mas dos quinze resultantes da divisão de seus cinco pães, ele acabou por contribuir com sete pedaços para o príncipe. Somando os sete pedaços de Samir com o único pedaço de seu amigo, atingimos os oito pedaços de pão, degustados pelo príncipe. Portanto, Samir, de fato, tinha de receber sete moedas (referentes aos sete pedaços); já seu amigo, uma moeda (refe-rente a um pedaço de pão).

A visão iluminada de Beremiz Samir lhe rendeu honrarias e um alto cargo naquele principado, exa-tamente porque não foi um idiota hipermétrope, que atropela a sofisticação do raciocínio e esburaca a manta asfáltica por onde trafega a lucidez do pen-samento. Idiotas, a rigor, não esgrimam com núme-ros. Ora não veem núme-ros onde eles existem, ora veem números onde eles não existem. O Brasil, por exemplo, está padecendo de esclerose matemática, em ambas as modalidades (mí-ope e hipermétrope). Basta interpretar a crise criada por segmentos políticos que não se conformaram com a derrota nas urnas. Insti-tuíram uma crise política que destruiu a economia. Agora, depois de afastar uma presidente eleita pela escolha popular, estão com dificuldades de reconstruir o país destruído por eles mesmos. Mas, como dizia o cronista Nelson Rodrigues, “Os idiotas vão tomar conta do mundo; não pela capaci-dade, mas pela quantidade. Eles são muitos”.

nhóis, muito simpático e que fazia parte do grupo. As “brincadeirinhas” de Alfredo eram sempre de elogios - ora ao corpo de Irene, ora às pernas, ora aos olhos verdejan-tes, ora à boca gulosa – e sucessivamente termina-vam com a frase “Ai se você fosse minha só uma vez...” Irene, apenas ria e dizia “Alfredo, Alfredo, deixe Emília saber...” A verdade é que ela também levava na brincadeira. O tempo foi passando e, certo dia, Lourdinha, mu-lher de outro causídico do

banco, resolveu olhar um terreno acima de Lauro de Freitas, cidade vizinha de Salvador, num condo-mínio hoje chamado de “Busca Vida”, um lugar que na época só ia quem tinha negócio. A chegada ao local era uma viagem, pois ainda não tinha sido inaugurada a “Estrada do Côco”. Para tanto, Lour-dinha chamou para a via-gem a mulher de Alfredo, Emília, e foram ver o ter-reno na companhia de Fernandez. Neste mesmo dia, ao chegar ao trabalho, Alfredo foi logo elogiando

a beleza de Irene e, antes que ele dissesse “ai se você fosse minha...”, ela respondeu: “Vai ser hoje, quero ser sua...” Alfredo empalideceu! – Meu Deus, será verdade o que estou ouvindo? Logo marcaram para sair à tarde. Após o almoço, o casal saiu no carro de Alfredo. Ele já tinha pensado onde levá--la, um lugar bem longe, mas discreto e perto do mar. E qual o lugar esco-lhido? Exatamente... o hoje condomínio “Bus-ca Vida”. De repente, a mulher de Alfredo, que estava com Lourdinha e Fernandez, balbucia: - Oxente, vejam ali. Aque-le é o carro de Alfredo? O que ele está fazendo aqui? Os dois olharam e ratificaram o balbucio de Emília. Aproximaram-se do carro e o que viram?! Os dois nus, atracados sexualmente. – Alfreee-do???!!! – Ireeeeene???!!! O que é isto???!!! Grita-ram ao mesmo tempo, Fernandez e Emília. Es-pavorido, Alfredo res-pondeu na hora: - Azar, simplesmente azar

TECNOLOGIA NO SISTEMA - O ministro da Saúde, Ricardo Barros, vai implantar em breve em toda a rede do SUS o prontuário digital. O software, comprado no governo anterior, chegou ao ministério. Os brasileiros atendidos pelo sistema terão uma ficha online com seus dados e histórico de atendimentos, doenças, internações etc.

XÔ IMPOSTO - O ministro da Saúde diz à Coluna que não acredita em volta da CPMF. “Chega de imposto”. O brasileiro agradece.

MEDO DA REFORMA - Diretor-geral da Polícia Civil do Distrito Federal, Eric Seba, tem feito lobby no Congresso Nacional para a defesa da aposentadoria especial dos policiais civis.

DEADLINE - Termina na terça-feira prazo dado por Edson Fachin ao procurador-geral da República. O ministro quer saber o que Rodrigo Janot fará com outro pedido de afastamento de Renan Calheiros (PMDB-AL) da presidência do Senado.

VIAGENS DE CRAQUES - Zico está na Índia treinando um time local e volta ao Brasil no Natal para ficar. O ex- jogador Alex está no Uruguai acompanhando os filhos num torneio. Decidiram virar tenistas.

CARGA PESADAEstá explicado por que o petista de carteirinha Jorge Samek permanece num dos cargos mais importantes do governo, a direção da usina de Itaipu. É por conta da lei das estatais.

DESEJO DE MUITOS - Cinco partidos cobiçam a vaga, mas indicaram para Michel Temer nomes comprometidos com partidos e com futuras eleições. Todos foram limados. Por ora Samek fica por falta de opção.

PARA OS NECESSITADOS - A Loterj informa que mandou quase R$ 300 mil para sete instituições de apoio a deficientes e pessoas carentes no mês passado. A loteria do Rio repassa 70% do lucro para entidades filantrópicas.

ESCRETE DA PESADA - Caranguejo, Índio, Caju, Botafogo, Justiça, Boca Mole. Não, não é o time do bairro, mas a seleção de apelidos de corruptos desbaratados pela Lava Jato.

REVANCHE - São intensos os comentários de que, por pressão do Ministério Público, o Judiciário pode sustar a cessão de servidores ao Senado.

PONTO FINAL - O líder do PSDB no Senado, Paulo Bauer (PSDB), tem fé de que 2017 será menos tumultuado. “Espero”. Muita gente espera.

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ATAQUES SUICIDAS DE ESTUDANTES DEIXAM 56 MORTOS EM MERCADO DA NIGÉRIA

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JoRnAL dA CIdAdEYOLA/BAUCHI, Nigéria - Duas estudantes mataram 56 pessoas e feriram dezenas em ataques suicidas coordenados, nesta sexta-feira, em um mercado lotado na cidade de Madagali, no nordeste da Nigéria, disse uma autoridade local. Os ataques têm a marca do grupo militante islâmico Boko Haram, que tem travado uma insurgência para criar um Estado com leis muçulmanas no nordeste do país. Não havia reivindicação imediata de responsabilidade.

ArAcAju 10 A 12 de dezembro de 2016

Tropas de elite iraquianas, com o apoio dos EUA, teriam destruído fábricas de carros-bomba

Iraque avança contra tropas do EIBAGDÁ - Forças do Iraque

capturaram um bairro do leste de Mosul nesta

sexta-feira, penetrando mais em direção ao centro do bas-tião do Estado Islâmico no país e destruindo três locais onde o grupo fabricava carros-bomba utilizados em levas de ataques suicidas, informou o coman-dante da campanha.

O tenente-general Abdul Ameer Rasheed Yarallah disse que as forças do Serviço de Contraterrorismo, que en-cabeçam a operação de sete semanas para retomar Mosul, ocuparam o bairro de Tamim,

a meio caminho entre o ex-tremo leste da cidade e o rio Tigre, que atravessa seu cen-tro. As tropas de elite, parte de uma coalizão de 100 mil efetivos de forças iraquianas liderada pelos Estados Uni-dos, vêm se envolvendo em batalhas com os militantes nas ruas da localidade e agora controlam cerca de metade dos bairros do leste.

Mas o progresso tem sido lento, já que elas têm se depa-rado com contra-ataques dos combatentes jihadistas, que vêm recorrendo a centenas de carros-bomba, morteiros e

franco-atiradores e usando os cerca de 1 milhão de habitan-tes da cidade como escudos humanos. Yarallah também disse em um comunicado que os ataques aéreos de caças iraquianos F-16 destruíram três

fábricas de carros-bomba em Mosul e três depósitos de ar-mas, sem dar maiores detalhes.

O Iraque iniciou a ofensiva de recaptura de Mosul em 17 de outubro. Derrotar o Estado Islâmico na maior cidade sob

seu comando representaria um grande golpe em seu autoin-titulado califado no Iraque e na Síria e às suas ambições de governar territórios. No Iraque, o grupo já foi forçado a bater em retirada de Tikrit, Ramadi

e Falluja, embora seus com-batentes sunitas ultrarradicais ainda detenham grandes fatias de regiões sunitas remotas próximas da fronteira síria e uma área de terra a sudeste de Mosul.

LAVA-JATO

Temer teria sido poupado por Moro

PoLítICA

Poupado pelo juiz federal Sérgio Moro no último dia 28 de novembro, que excluiu 21 perguntas feitas pela defesa do ex-deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ) em um dos processos da Operação Lava Jato, o presidente Michel Te-mer agora é confrontado com algumas das questões veta-das, que sugeriam repasses de valores não contabilizados à campanha do PMDB, em 2014, para beneficiar o então vice--presidente. Os pagamentos foram operados por meio do assessor especial da Presidên-cia da República, José Yunes, amigo e conselheiro do peeme-debista, segundo reportagem publicada no site BuzzFeed Brasil nesta sexta-feira (9). As-sinado pelo repórter Severino Motta, o texto relata que um alto executivo da Odebrecht delatou a entrega de dinheiro vivo, durante o pleito eleitoral, no escritório de advocacia de Yunes, amigo do presidente há pouco mais de 40 anos.

No âmbito do processo em que Cunha é réu, a defesa do ex--deputado elaborou 41 pergun-tas a Michel Temer, mas Moro barrou 21 delas sob justificativa de que o presidente da Repú-blica tem prerrogativa de foro no Supremo Tribunal Federal (STF), e que não é investigado. Entre as perguntas vetadas, de acordo com o BuzzFeed, duas

miravam diretamente na amiza-de de Temer e Yunes: 1) “Qual a relação de Vossa Excelência com o Sr. José Yunes?”; e 2) “O Sr. José Yunes recebeu alguma contribuição de campanha para alguma eleição de Vossa Exce-lência ou do PMDB, de forma oficial ou não declarada?”.

Conforme relatou o ex-vice--presidente de Relações Institu-cionais da Odebrecht Cláudio Melo Filho aos investigadores da Lava Jato, o dinheiro entre-gue no escritório de Yunes era parte dos R$ 10 milhões que Marcelo Odebrecht, ex-presi-dente da empreiteira, resolveu destinar ao PMDB. O negócio foi fechado após um jantar que teve em maio de 2014 com Michel Temer, no Palácio do Jaburu (residência oficial do vice-presidente da República).

Sobre o jantar, que já havia sido revelado pela revista Veja, Temer, então vice-presidente da República, havia confirma-do a existência do encontro com Marcelo Odebrecht e dis-se, na ocasião, que a conversa foi sobre “auxílio financeiro da construtora Odebrecht a cam-panhas eleitorais do PMDB, em absoluto acordo com a legislação eleitoral em vigor e conforme foi depois declarado ao Tribunal Superior Eleito-ral”. O atual chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, estava presente.

Brasília - O presidente Michel Temer anunciou, em viagem ao Nordeste, que, assim como os estados, os municípios também irão receber parte do montante da multa obtida pelo governo com o programa de repatriação (programa de regularização de ativos no exterior). Até então, apenas os governadores, que fecharam acordo com a União, seriam beneficiados.

O montante a ser repassado às prefeituras gira em torno de R$ 6 bilhões - o equivalente a 22,5% de Fundo de Participação dos Municípios, mais dois pontos percentuais de adicional, além da cota do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Pro-fissionais da Educação [Fundeb], mesma lógica usada na reparti-ção do imposto de renda.

“Vocês sabem que tem uma

verba expressiva que vem, es-pecialmente, para os estados do Nordeste. E, além disso, muito recentemente, decidimos que também, no tocante à multa sob a qual havia uma dúvida, esta multa será partilhada também com os governadores. E até devo registrar, acho que é o pri-meiro momento que falo disso, também com os municípios. Os municípios também estão em dificuldades muito grandes e esta verba será dividida tam-bém com os municípios”, disse Temer a jornalistas após visita a obras de transposição do Rio São Francisco, no município de Floresta (PE). Durante as nego-ciações, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, chegou a dizer que, para receber parte da multa obtida pela repatriação, os prefeitos teriam que recorrer à Justiça.

MULTAS

Municípios terão parte da repatriação

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Um dia sem coleta de lixo e a cidade sentiu os efeitos da falta do ser-

viço. Felizmente, após acordo com a Prefeitura de Aracaju, a empresa Cavo decidiu pelo retorno das atividades. Além disso, a greve iniciada pelos trabalhadores foi suspensa após acordo entre a empresa e o Ministério Público do Tra-balho (MPT). Atualmente com 900 trabalhadores, a Cavo já diminuiu quase 60% da equipe responsável pela varrição, ca-pinagem, pinturas de meio-fio e limpeza de canais, passando de 51 equipes para 23 só neste final de ano.

De acordo com o presiden-te do Sindicato dos Emprega-dos de Limpeza Pública e Co-mercial do Estado de Sergipe (Sindelimp), Rayvanderson Fernandes, o movimento foi encerrado após acordo com a empresa de que os 273 tra-balhadores demitidos seriam recadastrados e haveria prio-ridade na recontratação. Além disso, o 13º salário que estava atrasado foi pago e feito acor-do quanto ao pagamento do salário do mês.

“Entramos ainda com uma ação para tentar inibir futuras reduções de quadro. A catego-

CIDADES [email protected]

Jornal da Cidade

Cafezinho no Aeroporto de Aracaju chega

a custar R$ 10

CARO

Cidades B2 Ca

de

RN

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BEDITOR: Eugênio NascimentoArAcAju 10 A 12 de dezembro de 2016

Grecy AndradeDA EQUIPE JC

ria já vem sofrendo com essa falta de compromisso por parte da prefeitura que honra com o contrato com a empresa, haja

visto que fomos pegos de sur-presa com a redução dos em-pregos. Com a equipe cada vez menor, vamos ficar em alerta

para que os trabalhadores não sejam prejudicados por conta da ingerência da prefeitura”, disse Fernandes.

Por meio de nota, a empresa Cavo disse que “a prefeitura de Aracaju efetuou ontem o paga-mento dos valores devidos, refe-

rentes às parcelas definidas em acordo mediado pelo Ministério Público Estadual. Com isso, a cole-ta de lixo foi retomada na cidade”.

Empresa, Prefeitura e os trabalhadores chegaram a um acordo um dia após o início da paralisação

Retomada a coleta de lixo na capital

Aracaju é a primeira capital entre as demais do Nordeste

com boas condições de bem--estar urbano e a sétima do país. A colocação está na publicação Índice Bem Estar Urbano do INCT Observatório das Metrópoles. A publicação trabalha com dados do censo do IBGE de 2010.

A coordenação do levanta-mento informou que, apesar da distância de seis anos entre a ob-tenção dos dados e a divulgação dos resultados, o Ibeu-Municipal ainda pode refletir as condições urbanas da maior parte dos mu-nicípios brasileiros. Isso porque alguns dos indicadores utilizados no Ibeu-Municipal fazem parte da Pesquisa Nacional por Amos-tra de Domicílios – PNAD, base de dados que também é construí-da pelo IBGE.

A colocação de Aracaju é no índice geral. Já no quesito infra-estrutura urbana, que analisa ilu-minação pública, pavimentação, calçada, meio-fio/guia, bueiro ou boca de lobo, rampa para ca-deirantes e logradouros, a capital sergipana figura em condições ruins. Somente 28 municípios apresentam condições boas e apenas um município apresen-ta condição muito boa, que é Balneário Camboriú, localiza-do no Estado de Santa Cata-rina. Neste recorte do estudo, 91,5% dos municípios estão em níveis ruins e muito ruins de bem-estar urbano.

Além da Infraestrutura urba-na, o levantamento avaliou: des-locamento casa-trabalho (mobili-dade urbana); arborização do en-torno dos domicílios, esgoto a céu aberto no entorno dos domicílios e lixo acumulado no entorno dos domicílios (condições ambientais urbanas); número de pessoas no domicílio e dormitórios dispo-níveis, estrutura habitacional e aglomeração dos domicílios (con-dições habitacionais) e finalmen-te, serviços públicos essenciais, como atendimento adequado de água, esgoto, energia e coleta adequada de lixo (serviços coleti-vos urbanos).

QUALIDADE DE VIDA

Aracaju é a melhor do Nordeste para morar

ÁREA dos mercados centrais foi a que mais sofreu com a suspensão dos serviços

André Moreira

VERDE da cidade é um dos itens da pesquisa

André Moreira

No dia 30 de novembro, o auditório da Faculdade Maurício de Nassau Aracaju, recebeu autoridades do cenário político, personalidades e empresários para a cerimônia de lançamento do novo campus da Faculdade Maurício de Nassau, em Aracaju. Este empreendimento foi um dos mais importantes investimentos realizados pelo Grupo Ser Educacional em 2016 e que contou com o apoio de diversos agentes políticos de Sergipe. Entre eles, o procurador e secretário de Meio Ambiente de Aracaju, Eduardo Lima Matos.

Como forma de agradecimento, o procurador Eduardo foi o homenageado da noite, recebendo das mãos do presidente do Conselho de Administração do Grupo Ser Educacional, Janguiê Diniz, a Medalha Maurício de Nassau. A honraria é concedida a instituições e personalidades nacionais e estrangeiras que, por suas qualidades, tenham se distinguido no campo educacional, ou hajam prestado relevantes serviços em prol do ensino e da cultura brasileira.

Em seu discurso, Janguiê contou um pouco de sua história, enalteceu a beleza da cidade e o povo aracajuano. Além disso, apresentou seu mais novo livro “Ação Rescisória dos Julgados” e também sua autobiografia “Transformando sonhos em realidade”.

O autor não escondeu a felicidade em vivenciar a inauguração daquilo que se referiu como “novo palco de transmissão de conhecimento da Faculdade Maurício de Nassau Aracaju”. “Aracaju nos recebeu de braços abertos. Aqui fincamos raízes que, a cada ano, estão mais profundas. Aqui, encontramos profissionais qualificados e capacitados para continuar o sonho que sonhei há 13 anos: promover a educação em um país que ainda não sabe o valor que se tem o conhecimento”, finaliza Janguiê.

Faculdade Maurício de Nassau inaugura campus Aracaju

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CidadesB-2 JORNAL DA CIDADEArAcAju, 10 A 12 de dezembro de 2016

Antes de viajar partindo do Aeroporto de Aracaju é preciso repensar se a

fome bater. O motivo é o preço dos alimentos cobrado nos seis pontos de vendas instalados no terminal aeroportuário. Um cafezinho com leite chega a custar R$ 10.

O técnico mineiro Wagner Vicente se assustou após pedir um café expresso pequeno quando chegou a Aracaju. Na hora do pagamento, a xícara pequena custava R$ 6, cerca de três vezes mais caro do que o turista está acostumado a pagar no mesmo produto em uma padaria na sua cidade. “Eu só paguei por não ter mais jeito e já está com o café pronto pela atendente. Agora, vou pensar duas vezes antes de consumir qualquer coisa no aeroporto na

hora da volta. O café está mais caro do que uma passagem de ônibus”, comentou.

Um dos funcionários do local que preferiu não se identificar revelou que a opção de se ali-mentar pagando está descartada para ele. “Faço de tudo para não precisar comer por aqui. Tudo é muito caro sempre”.

PreçosNo cardápio, um salgado

folheado sai por R$ 7, a cer-veja, R$ 9, misto quente R$ 7, um prato de sopa por R$ 12, um suco por R$ 8,50 e um sanduíche Beirute R$ 26. Duas franquias internacionais trabalham com preços fixos de sorvetes, milk shakes e sanduí-ches populares, o que acabam sendo uma opção com preços reais de mercado.

Pelo país, os valores tam-bém estão altos. Em aeropor-tos como o de Brasília, uma

água custa R$ 6, um refrige-rante por R$ 7, salgados sain-do por até R$ 14 e chicletes por R$ 5.

SeloNesses outros pontos, a

vantagem é a Lanchonete Po-pular, programa da Infraero que implanta lanchonetes nos aeroportos que praticam pre-ços acessíveis para alimentação dos transeuntes.

Para Aracaju, ainda não existe uma previsão da che-gada dessa opção. A infor-mação oficial da Infraero é de que para isso acontecer é necessário um processo licitatório para escolher o restaurante que irá assumir a vaga por cinco ou dez anos. Na capital sergipana, ainda não tem uma vaga para isso. Atualmente, 13 aeroportos do país já contam com esses espaços.

CONSUMO

Sergipano vai gastar menos neste Natal

Preços altos chamam a atenção do consumidor

Cafezinho custa até R$ 10 no aeroporto

O Aeroporto Santa Ma-ria segue em obras. O

Governo do Estado escla-receu que os investimen-tos sob a responsabilida-de dele já foram execu-tados, como o desmonte do Morro da Piçarreira, a contratação dos projetos arquitetônicos e estrutu-rais, além da implanta-ção do entorno viário do aeroporto. A ampliação da pista de pouso e ter-minal de passageiros são de responsabilidade da Infraero.

Dados que constam da publicação “Voar por mais Brasil - Os Benefícios da Aviação nos Estados”, lançada no último dia 5, em Brasília, pela Associa-ção Brasileira de Empre-sas Aéreas, mostram que, em 2015, passaram pelo terminal de embarque e desembarque do Aeropor-to de Aracaju, 616.878 passageiros.

A Secretaria de Comu-nicação explicou ainda que o governo trabalha junto ao Governo Federal para que os recursos sejam liberados e a pista de pou-so está com 80% dos servi-ços concluídos. Agora, res-tam R$ 20 milhões para a execução total. No caso do terminal de passageiros, o investimento é de R$ 400 milhões e tudo será executado a longo prazo. Existe ainda uma emenda de R$ 100 milhões, mas que sofreu alteração com a destinação de R$ 30 milhões para o Hospital do Câncer.

Anna Paula AquinoDA EQUIPE JC

ELEIÇÃO

Marco Aurélio Pinheiro é candidatoa presidência da Acese

A Associação Comercial, que é a entidade empresarial mais antiga do Brasil, reali-zará sua eleição no dia 16 de dezembro. “Vamos aproveitar toda história e conhecimento da Acese, mas com um olhar para o momento presente vi-sando o futuro. É imprescindí-vel uma modernização ainda maior da entidade e a renova-ção dos seus quadros”, destaca o empresário Marco Aurélio Pinheiro, que atua no seg-mento de segurança privado e é candidato a presidência da Associação Comercial e Empre-sarial de Sergipe.

Marco Aurélio, que é pro-fessor e estudante de direito, está no mercado de segurança privada há 16 anos. O em-presário é o atual presidente do Sindicato de Segurança Privada do Estado de Sergipe – Sindesp/SE, vce-presidente da Federação Nacional de Se-gurança Privada – Fenavist, e há seis anos vem atuando como vice-presidente para Assuntos Financeiros da Acese

“Trabalhei tanto na ges-tão do presidente Alexandre Porto quanto na do atual presidente Wladimir Torres. Quero dar prosseguimen-to aos projetos implantados pelos últimos presidentes, ampliando a prestação de serviços para os associados e firmando parcerias com instituições estratégicas para o setor empresarial, como o Sebrae, Fecomércio, entre outros”, explica o empresário.

Para enfrentar esse mo-mento atual que vive, com crise econômica, Marco Auré-lio Viana acredita que é funda-mental contar com a ajuda de todos. “É importante termos o apoio dos ex-presidentes que têm um especial carinho com a entidade, dentre eles Ma-nuel Prado Vasconcelos Filho - o Pradinho, Moura, João Lima, Ancelmo Oliveira, Jorge Santana, Lauro Vasconcelos, Sadi Gitz, Alexandre Porte, Wladimir Tores, dentre ou-tros. É fundamental também contarmos com a ajuda dos colaboradores que compõem a instituição e dos parceiros que historicamente participam de nossas ações, como o Sebrae, Fecomércio, Banco do Brasil, Banco do Nordeste, Caixa Eco-nômica e a imprensa em geral, que divulga bastante as ações da Acese, com pautas propo-sitivas de interesse do setor empresarial”, alerta.

O empresário destaca que é importante que os associados compareçam no dia da eleição. “Convidamos todos os associa-

dos a apoiarem nossa chapa e comparecerem a votação, que será dia 16 de dezembro, das 8h às 17h na sede da Acese”, fi-naliza Marco Aurélio Pinheiro.

Associação Comercial e seu compromisso com Sergipe

Idealizada pelo português Antônio Martins de Almeida

e fundada precisamente no dia 26 de maio do longínquo ano de 1872, a Associação Comercial de Sergipe decor-reu da atitude progressista de um punhado de homens dedicados à atividade comer-cial. À época, Sergipe possuía população pouco superior a 176 mil habitantes e sua eco-nomia era baseada na cultura da cana-de-açúcar, no plantio do algodão e na pecuária. Dificuldades de várias ordens, como a falta de uma agência de crédito, de um porto, de vias de comunicação, dentre tantas outras, despertaram nos fundadores da entidade a consciência da importância de se organizarem em torno de objetivos comuns.

Ao longo de sua história a Associação Comercial tem esta-do presente nos principais mo-mentos da vida sergipana, in-clusive naqueles mais difíceis. O envolvimento direto, crítico e propositivo nas matérias li-gadas ao desenvolvimento de Sergipe tem sido recorrente na

história desta entidade. Vale destacar que sua sede, deterio-rada com o passar do tempo, foi completamente restaurada por iniciativa de um dos seus mais atuantes presidentes, Manuel Prado Vasconcelos Filho, já na década de 1990, sendo hoje um dos mais desta-cados monumentos arquitetô-nicos de Aracaju.

Atualmente seus dirigentes têm agido para fortalecer esta tradição histórica de Instituição atenta e atuante no que diz respeito ao desenvolvimento econômico e social do Estado. Pretendem, inclusive, liderar o processo de desenvolvimento local, em articulação com as mais diversas organizações e com o poder público, obje-tivando a construção de um cenário de competitividade sis-têmica para as empresas, espe-cialmente as micro e pequenas.

O Projeto Empreender, dis-seminado pela CACB e Sebrae, trazido para Sergipe pelo ex--presidente Ancelmo Oliveira e consolidado pelo seu sucesso Fernando Carvalho, tem me-recido especial atenção. Am-pliando a parceria com o Se-brae e buscando novos aliados, objetiva-se multiplicar os nú-cleos atingindo as mais diver-sas atividades econômicas, por se tratar de um instrumento efetivo de fortalecimento dos pequenos empreendimentos a partir do associativismo e da cooperação.

EMPRESÁRIO Marco Aurélio Pinheiro

Divulgação

AEROPORTO

Estadoconcluiu obrano terminal

Um programa do Sesc pretende aliar a prática

esportiva à valorização de espaços públicos e pontos turísticos da cidade. “Des-cobrindo a cidade a pé” será realizado nesse sábado, 10, a partir das 15h. A cami-nhada sairá do Mercado Thales Ferraz em direção ao chamado quadrado de Pirro, que engloba o antigo cais do porto, Centro Cultu-ral de Aracaju, Praça Fausto Cardoso, Parque Olímpio Campos, Catedral Metro-politana, Colégio Jackson de Figueiredo, Tribunal de Relação, dentre outros pontos históricos existentes nessa área.

Todo o roteiro da cami-nhada será mediado pelo pesquisador Heriberto de Souza, que seguirá o per-curso narrando fatos sobre a origem de Aracaju, a mu-dança da capital, o início da construção da cidade e o seu crescimento, desper-tando o conhecimento dos participantes através dos locais que marcaram a me-mória histórica da cidade.

A ação irá reunir co-merciários, estudantes e comunidades em geral. As inscrições estão abertas no www.sesc-se.com.br. Os inscritos receberão uma ca-misa no local da concentra-ção e será distribuída água durante o trajeto.

Segundo a diretora regional do Sesc, Adely Carneiro, o projeto apre-senta-se como instrumento educativo importante no processo de valorização do conjunto de bens materiais e imateriais das cidades. “Em seu tempo e ao seu modo, o participante con-tribuíra não somente para a preservação do patrimô-nio histórico da cidade, mas também para o próxi-mo crescimento, tanto pes-soal quanto profissional”, ressaltou a diretora.

Neste Natal, os sergipanos pretendem gastar menos que no ano passado. Pesquisa da Federação do Comércio de Bens,

Serviços e Turismo do Estado de Sergipe avaliou a intenção de consumo para o período e descobriu que o gasto no Natal 2016 será de R$ 431,15, pouco abaixo da média do ano passado (R$ 500). O levantamento mostrou, também, que 53% dos assalaria-dos pretendem usar o 13º salário para pagar dívidas.

Para o presidente da Fecomércio, Laércio Oliveira, a crise eco-nômica provocou um recuo no consumo por parte dos consumi-dores. Ele destacou que 74,9% dos sergipanos pretendem gastar menos que no ano passado. “Os números não são animadores para o comércio. Considerando que, três quartos dos sergipanos pretendem fazer menos compras que no ano passado. Apenas 12,5% das pessoas disseram que vão gastar mais que no ano passado. 5,8% pretendem gastar mais que em 2015 e 6,8% não soube responder. O que está acontecendo é justamente o reflexo do encolhimento da renda da população e do seu direcionamen-to para o pagamento de dívidas. Isso preocupa o comércio, pois estamos esperançosos que haja um crescimento nas vendas neste período de final de ano”, disse o presidente.

O levantamento mostrou que 59,6% das famílias disseram que farão gastos de até 500 reais nas compras de final de ano. Já 13,4% pretendem investir mais de 500 reais nas compras. 26,8% ainda não decidiram quanto irão aplicar de recursos nas compras de final de ano.

Já para 34.6% da população entrevistada, não sabe onde nem como irá gastar o décimo e 12,8% vão usar na compra de presentes. De acordo com a Fecomércio, esse número pode au-mentar até a semana do Natal, pois quanto mais próxima a data da comemoração, maior a tendência do público em ir às compras. Completando a tabela, 7,5% das pessoas entrevistadas disseram que o seu 13º salário será utilizado para fazer confraternizações, viagens, ceias natalinas.

Os sergipanos terão uma média de compra de presentes para as pessoas mais próximas, de quatro unidades. Do universo que afirmou que irá presentear outras pessoas 11,9% disse que comprará apenas um presente para alguém. Já 47.5% disseram que comprarão entre dois e três presentes para as pessoas mais próximas e 14.4% decla-raram que comprarão entre quatro e cinco presente para parentes e amigos. Já para 26,3%, as compras de presentes de Natal vão ser mais robustas e afirmaram que comprarão cinco ou mais presentes.

SESC

Projeto alia caminhada a turismo

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O que deveria ser palavra de incentivo, muitas ve-zes acaba saindo como

crítica e sem ser construtiva. Além do Bullying de aluno para aluno em escolas, é possível encontrar também de professor contra o estudante na sala de aula. Relatos de adolescentes de escolas particulares da ca-pital e até de adultos que já sofreram com isso retratam a dúvida sobre a capacidade dos mesmos durante as aulas.

Ela pediu à reportagem para não usar os termos usados pelos professores, com medo de que seja identificada, mas no relato da adolescente, a fala desse professor deixa claro que o olhar será diferenciado, na correção das provas ou traba-lhos passados, sobre aqueles alunos que demonstram não prestar atenção em sala de aula. Um deles insinuou que uma colega dela não teria competência para estar na-quela sala de aula pelo fato de “mexer nos cabelos com frequência”.

Além dos colegas de turma, alguns professores também estão sendo responsáveis por essas agressões não ao corpo, mas à alma. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Esta-tística (IBGE) de 2015 revelam que cerca de 14,7% dos alu-nos sergipanos já cometeram bullying contra um amigo de turma, sendo 14,1 % da rede pública e 16,7% da privada. Apenas na capital, 16,8% tam-bém praticaram, sendo 16,5% da pública e 17,2% da privada. Mas, não existem números relacionados aos casos dos professores.

Mesmo sem uma estatística oficial, existem histórias que comprovam a prática no cotidia-no. Uma aluna do ensino médio de uma grande escola particular de Aracaju tem 12 professores e, segundo ela, desses, três segura-mente fazem bullying. Ela conta que se sente intimidada em fazer perguntas em sala de aula ou de-pois com medo de ser marcada por algum deles.

Cidades B-3JORNAL DA CIDADE

Federação das escolas diz que prática é combatida nas instituições

'Professores também fazem bullying', dizem estudantes

SÃO CRISTÓVÃO

Deso pede apoio a juiz para coibir vandalismo

ArAcAju, 10 A 12 de dezembro de 2016

Os estudantes que não con-seguiram fazer a renova-

ção dos contratos do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) têm, agora, até o dia 15 de dezembro para realizar o procedimento. Em Sergipe, cerca de 25 mil estudantes são beneficiários do programa. Só na Universidade Tiradentes (Unit), são 7.300 contratos. E, segundo a assessoria de Comunicação da instituição, os aditamentos estão ocorrendo sem problema.

Inicialmente, o processo seria encerrado no dia 31 de

novembro. De acordo com o Fundo Nacional de Desenvol-vimento da Educação (FNDE), dos 1,5 milhão de estudantes que devem renovar o finan-ciamento, mais de 980 mil já realizaram o procedimento.

A assessoria da Unit infor-mou que os alunos que estudam na instituição estão conseguindo realizar o aditamento tranqui-lamente, e que tudo está se encaminhando normalmente. No entanto, seguem acompa-nhando o processo e qualquer entrave entrarão em contato com o Ministério da Educação.

Os atos de vandalismo em uma barragem foram parar no fórum da cidade de São Cristóvão. Esta semana, a Deso

foi ao juiz da comarca, Manoel Costa Neto, solicitar apoio no combate aos atos de vandalismo que vêm ocorrendo com frequência na Barragem do Poxim, localizada no Povoado Timbó, em São Cristóvão.

De acordo com a Companhia de Saneamento e Água de Sergipe (Deso), vândalos invadem a área da barragem e fecham o registro para utilizarem o espaço como piscina e área de lazer. A ação causa prejuízos ao sistema de abas-tecimento de água dos Conjuntos Eduardo Gomes, Lafaiete Coutinho, Luiz Alves I e II, Rosa Elze, Rosa Maria, Tijuqui-nha e Serra Pelada, ambos em São Cristóvão, e o Bairro Santa Maria, em Aracaju. «Essa semana, todo esse complexo residencial teve o abastecimento de água prejudicado por cerca de quatro dias em virtude dos atos de vandalismo na Barragem do Poxim», informou o assessor de comunicação da Deso, Flávio Vieira.

Com o apoio policial, a Deso espera coibir de forma mais in-cisiva os atos de vandalismo que prejudicam os equipamentos da Deso e o funcionamento dos sistemas de abastecimento de água. «Recebemos todo apoio do juiz Dr. Manoel Costa Neto e isso é fundamental para que o vandalismo não volte a ocorrer».

Além do apoio da Polícia Militar e do juiz da cidade, a Companhia de Saneamento de Sergipe está reforçando a estrutura que protege o registro. «A válvula do registro fica protegida por uma estrutura com grade e cadeados. Para evitar os atos de vandalismo, todo a estrutura que protege o registro será fechada e concretada, para assim coibir as ações que prejudicam o abastecimento. Além disso, vamos contar com equipes de vigilantes para advertir e fazer a se-gurança do espaço», destaca Flávio Vieira.

Ações de vandalismo prejudicando qualquer equipamen-to da Deso devem ser denunciadas pelos telefones 0800 079 0195 ou 4020 0195, e para as entidades policiais através do 190 ou 181.

Ela pediu à reportagem para não usar os termos usados pelos professores, com medo de ser identificada, mas no relato da adolescente, a fala desse profes-sor deixa claro que o olhar será diferenciado na correção das provas ou trabalhos passados so-bre aqueles alunos que demons-tram não prestar atenção em sala de aula. Um deles insinuou que uma colega dela não teria competência de estar naquela sala de aula pelo fato de “mexer nos cabelos com frequência”.

Para essa garota, levar tais comportamentos à direção da escola é algo impossível. “Não! Lá a gente é inferior a eles!”, exclamou a jovem ao deixar claro, ainda, o temor da marcação negativa com os pro-fessores que ela aponta como aqueles que praticam bullying com os alunos.

Já um adolescente de 15 anos, aluno do 9º ano do ensino Fundamental II de uma grande escola da rede particular de ensino de Aracaju, ouviu do pro-fessor de Matemática como ele conseguiu chegar até ali. “Tenho muita dificuldade em exatas e, certa vez, meu professor pergun-tou como havia chegado no 9º ano”, conta o adolescente.

A situação já foi bem pior, quando o bullying ainda não fazia parte das discussões esco-lares. Uma advogada, que não quer se identificar, lembra-se com detalhes da agressão pra-ticada pela diretora da escola em que estudava na década

de 90. “Era aluna da 4ª série e estava inscrita para a seleção do Colégio de Aplicação da Universidade Federal de Sergi-pe (Codap/UFS) para ingressar na antiga 5ª série do Codap. Naquela época, a concorrên-cia era grande e a diretora da escola disse para mim que não iria passar. Eu tinha apenas 10 anos! Acho que ela foi cruel nessa expressão. Mas, ao con-trário do que ela disse, passei, numa excelente colocação e minha mãe esteve com ela depois para dizer que estava errada. Que eu havia passa-do, e bem. Ela se calou. Essa mesma diretora, que também era professora, chamava uma colega de burra. Várias vezes vi essa menina chorando na sala de aula. Hoje ela é advogada como eu. O bullying é algo terrível”, disse a advogada que é também historiadora.

O professor José Joaquim Macedo, presidente da Federa-ção das Escolas Particulares do Estado de Sergipe (Fenen/SE), destacou que as instituições discutem frequentemente esses assuntos com os profissionais e se preparam cada vez mais para evitar esses casos. “Nós orientamos a todos na rede pri-vada e trabalhamos o assunto. Além disso, realizamos sempre palestras e os próprios alunos estão muito bem informados sobre os seus direitos. As es-colas estão também filtrando cada vez mais os profissionais antes de contratar para não

constranger os seus alunos nes-sas situações”, declarou.

A psicóloga Claudia Mara Oliveira alertou que tudo isso pode interferir no desempenho e na autoestima do estudante. “Quando esse acompanhamen-to acontece de forma equivoca-da, nota-se um desgaste muito grande do aluno com prejuízos no desenvolvimento cognitivo, baixa adesão às aulas, falta de concentração, assiduidade prejudicada, danos emocionais significativos que podem até causa a desistência da escola ou universidade, choro fre-quente, prejuízos no sono e alimentação, sentimentos de inferioridade, déficits em habi-lidades sociais”, detalhou.

Ainda de acordo com a es-pecialista em Terapia Cognitivo--Comportamental e mestre em Psicologia Social, uma boa base é necessária para esses jovens ou até mesmo um acompanhamen-to com um profissional da área. “É importante que os vínculos familiares sejam fortalecidos, as-sim como a rede social de apoio do estudante para auxiliar no controle emocional e no processo de aprendizagem. É importante também que o aluno desen-volva hábitos de estudos para conseguir acompanhar as aulas ministradas pelo professor e consequentemente melhorar seu desempenho acadêmico. Caso esses recursos não sejam suficien-tes para a demanda do estudante, é necessário buscar suporte em psicoterapia”, finalizou.

Anna Paula AquinoDA EQUIPE JC

Na hora de comprar um brinquedo, o consumidor deve atentar não apenas para a fun-cionalidade ou beleza do pro-duto, mas, principalmente, para a segurança. Peças que soltam e podem ir à boca da criança, brinquedos inapropriados para a idade são pontos que devem ser levados em consideração. O selo do Inmetro é uma boa sinalização na hora da compra.

Esta semana, o Instituto Tec-nológico e de Pesquisas do Es-tado de Sergipe (ITPS) – órgão delegado do Inmetro no Estado, fiscalizou as lojas de brinquedos e encerrou a fiscalização nesta sexta-feira, 9, a Operação Papai Noel. A ação ocorreu em Araca-ju e região metropolitana, e nas cidades de Itabaiana, Estância e Lagarto. Aproximadamente 4.895 brinquedos foram fisca-lizados. O resultado dessa ope-ração ainda não foi divulgado, mas os fiscais adiantaram que o número de irregularidades caiu.

“As irregularidades vem di-minuindo, não só pela fiscali-zação, mas também porque os comerciantes estão atentos às normas e os consumidores es-tão mais exigentes”, comenta a gerente de Metrologia do ITPS, Elba Brandão, ao acrescentar que as denúncias podem ser feitas por meio do telefone (79) 3179 8055 e do e-mail [email protected].

Os produtos encontrados de forma irregular são apreendi-

CUIDADO

Brinquedo deve ter selo do InmetroRESIDÊNCIA MÉDICA

HU prorroga inscriçõesO Hospital Universitário da Universidade Federal de Sergipe

(HU-UFS) prorrogou até às 17h (horário local) desta segun-da-feira, 12, as inscrições para vagas nas residências médica e multiprofissional. Todos os programas ofertados são credenciados pelo MEC e todas as vagas possuem bolsa no valor regulamentado pela Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM). Podem se inscrever também médicos com diploma estrangeiro devidamen-te revalidado no Brasil e com visto de permanência regular no Ministério da Justiça.

De acordo com o coordenador geral da Comissão de Residência Médica do HU-UFS (Coreme), Carlos Anselmo Lima, o pagamento da GRU poderá ser realizado até o dia 13.

Os programas de Residência Médica têm características de cursos de pós-graduações latu sensu, sob forma de treinamento em serviço, e são destinados a médicos brasileiros ou formados em es-colas oficiais em cursos reconhecidos pelo Ministério da Educação.

Já a Residência Integrada Multiprofissional em Saúde, cujos programas foram autorizados e estão em processo de credencia-mento pela Comissão Nacional de Residência Multiprofissional em Saúde (CNRMS), oferece áreas de concentração em Saúde do Adulto e do Idoso, Saúde Mental, Epidemiologia Hospitalar, Saú-de da Família (Lagarto), Atenção Hospitalar à Saúde (Lagarto), Saúde da Família (Aracaju) e Enfermagem Obstétrica.

As informações pertinentes aos cursos, bem como os re-quisitos e cronograma definidos para o processo seletivo estão disponíveis no site do HU-UFS (www.ebserh.gov.br/web/hu--ufs), na aba Residência.

Provas

As provas acontecem no dia 15 de janeiro de 2017, no período da tarde. “Mesmo chocando com o concurso da Ebserh para

o Hospital Universitário de Lagarto, analisamos diversos fatores, como a possibilidade de alterar essa data e chocar com outros concursos, inclusive para residência, nacionais e regionais. Por isso, mantivemos o dia 15, alterando apenas o turno”, explica o gerente de Ensino e Pesquisa do HU-UFS, Roque Pacheco.

INTIMIDAR e constranger estudantes está proibido por lei federal sancionada em novembro do ano passado. Apesar disso, há muitas queixas de alunos

dos e os comerciantes recebem notificação com prazo de 10 dias para apresentar a nota fiscal. O fabricante também é notificado. Ambos recebem prazo para defesa e a depender da situação, podem ou não ser punidos com multa.

Selo

As fiscalizações aconte-cem ao longo do ano, mas

são intensificadas no mês de dezembro em virtude do au-mento da venda destes produ-tos. No caso dos brinquedos, nacionais e importados, os fiscais do Inmetro observam se os produtos contêm o selo de avaliação da conformidade (selo do Inmetro), além das in-formações obrigatórias como dados do fabricante ou do importador, CNPJ da empresa

fabricante, país de origem e indicação de faixa etária.

“Quando o brinquedo traz o selo do Inmetro, quer dizer que ele atende aos requisitos mínimos exigidos por lei. Já as informações obrigatórias da embalagem são extrema-mente importantes porque revelam para quais crianças aquele brinquedo é indicado e ajudam a identificar e ras-trear o fabricante, algo que é importante para quando o consumidor quiser fazer re-clamações”, detalha.

Luminárias

Quanto às luminárias na-talinas do tipo manguei-

ra e pisca-pisca, a principal atenção é com a segurança dos plugues, que devem obe-decer ao padrão brasileiro. As luminárias (ao contrário dos plugues) não carregam o selo do Inmetro, mas devem aten-der a requisitos obrigatórios e também trazer informações em português. “As luminárias são produtos regulamenta-dos. Na embalagem, nós ob-servamos itens como ampera-gem, voltagem, identificação do fabricante ou importador e instruções de uso. No caso do plugue, observamos se ele está nos padrões brasileiros, com formato hexagonal e tra-zendo a marca do Inmetro”, explica o agente fiscal do ITPS, Carlos Augusto.

CERTIFICAÇÃO garante que o brinquedo é apropriado para a criança

ATÉ SEGUNDA

Fies ganha novo prazo

BARRAGEM Poxim tem sido vítima de ataques de vândalos

André Moreira

Jadilson Simões

Deso

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A Operação Canto da Sereia foi realizada nas primeiras horas desta sexta-feira,

9, através de uma parceria da Polícia Federal (PF) e Polícia Rodoviária Federal (PRF/SE). Os mais de 300 policiais envolvidos na ação foram responsáveis pela prisão de 28 envolvidos em uma organização criminosa que atua-va em crimes de desvio, além da receptação de carga. O prejuízo contabilizado chega a R$ 15 mi-lhões e um dos acusados veio a óbito durante uma troca de tiros em Rosário do Catete.

A investigação é antiga com indícios de ações parecidos desde o ano de 2010. Por isso, desde a Operação Subida da Torre que também foi conjunta, as policiais continuaram de olho nos registros de roubo de carga no estado. Apesar da redução nas denúncias, foram notadas irregularidades principalmente nas BRs 101, 116 e 316 que são divisas entre Sergi-pe, Bahia, Alagoas e Pernambuco.

Em todo o trabalho do bando, existia ainda o aliciamento de motoristas para que entregassem as cargas de interesse deles e al-gumas vezes o próprio carregador fazia a proposta para a entrega dos produtos. Além disso, foi percebido ainda que veículos que eram levados em um local, mas apareciam em outros totalmente diferentes. Ou seja: os boletins de ocorrências eram feitos com histórias fictícias em outras ci-dades para tentar driblar a ação da polícia. Em um dos casos, um roubo em Sergipe foi informado

CidadesB-4 JORNAL DA CIDADEArAcAju, 10 A 12 de dezembro de 2016

Vinte e oito foram presos e um morreu durante troca de tiros

Desmontada quadrilha de roubo e receptação de carga

SÃO CRISTÓVÃO

Internos fogem do presídio do Copemcam

Anna Paula AquinoDA EQUIPE JC

Sete detentos fugiram do Complexo Penitenciário Doutor Ma-noel Carvalho Neto (Copemcan), em São Cristóvão, na ma-

nhã desta sexta-feira (9). De acordo com agentes prisionais, os internos aproveitaram o banho de sol e escaparam usando uma “tereza” (corda feita com lençóis amarrados). O Copemcan tem capacidade para oitocentos internos, mas comporta atualmente cerca de 2,5 mil presos.

Ainda de acordo com o Sindicato dos Agentes Penitenciários e Servidores da Sejuc (Sindpen), um carro aguardava os fugitivos do lado de fora para dar apoio.

A Secretaria de Estado da Justiça e de Defesa do Consumidor (Sejuc) informou que abriu procedimento para apurar as fugas.

O Copemcan fica na cidade de São Cristóvão. Os presos da Operação “Subida da Torre”, deflagrada ontem pela manhã pelas polícias federal e rodoviária federal, foram levados para esta unidade que está sob interdição (proibida de receber novos internos) há quase dois anos. A ordem para levar os presos para o Copemcan partiu do juiz da 7ª Vara Federal, Rafael Soares Souza.

OPERAÇÃO Subida da Torre foi deflagrada pela Polícia Federal e Rodoviária Federal. Farto material e produtos roubados foram apreendidos

em Minas Gerais. Tudo acabava sendo feito em um sistema rápido de transbordar, transportar, es-conder e negociar para uma rede de compradores que revendiam em seus estabelecimentos.

Entre os presos estão frentis-tas e até comerciantes que foram presos em cidades como Araca-ju, Cristinápolis, Itabaianinha, Umbaúba, Boquim, Nossa Se-nhora do Socorro, Estância e To-bias Barreto. Além desses, muni-cípios como Euclides da Cunha e Caldas do Jorro na Bahia, Porto Calvo (Alagoas), Rondonópolis (Mato Grosso) e Aparecida de Goiânia em Goiás também foram alvo das polícias.

Robert Nunes Teixeira, dele-gado da Polícia Federal, detalhou a atuação. “A organização era bem estruturada com uma divisão de tarefas. Eram pessoas para fazer o contato com receptadores, encar-regados de cooptar os motoristas e financiar as práticas criminosas através de empréstimos”, contou.

Um dos suspeitos, veio a óbito após ser alvejado em uma troca de tiros com os policiais. Robert informou como tudo aconteceu. “O acusado que veio a óbito já tinha um mandado de prisão contra si. Novamente, a organi-zação ia promover outro desvio e nas informações das diligências intensificaram tudo para prender as pessoas. Na abordagem, os policiais foram recebidos a bala e um dos membros foi alvejado, mas não resistiu”, contou.

Dados da Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logísti-ca revelam que, apenas em 2015, a região Nordeste contabilizou um prejuízo de R$ 85 milhões através de exatamente 1.138 roubos de carga. Paulo Roberto de Souza, as-sessor de segurança da associação, ressaltou que essas prisões vão re-duzir os danos para quem trabalha na área. “Só essa quadrilha roubou R$ 15 milhões. A desarticulação dela vai trazer um alívio para as transportadoras. Eles dificultavam

com toda estruturação desde os motoristas até os registros de ocorrências em outros estados e os receptores certos”, salientou.

O nome Canto da Sereia foi escolhido, já que a organização não praticava o crime de forma violenta. Cerca de 300 policiais das duas instituições estão cum-prindo 84 ordens judiciais, sendo 28 mandados de prisão preventi-va, sete de prisão temporária e 49 de busca e apreensão na Bahia, Sergipe, Alagoas, São Paulo, Mato Grosso e Goiás. As investigações continuam e mais pessoas podem ser detidas.

Os presos começaram a ser ou-vidos na Superintendência da PF em Sergipe, localizada na Avenida Augusto Franco, ainda nesta sexta e serão encaminhados ao Presídio Estadual Copemcan. De acordo com cada ajuda na organização, eles podem responder por crimes de lavagem de dinheiro, corrupção ativa, fraude à licitação, organiza-ção criminosa e outros.

PERITOS

Criminalística vai pararNa próxima segunda-feira

(12) e terça-feira (13), os peritos oficiais do estado irão fazer uma paralisação e protestar em frente ao prédio do Instituto Médico Legal (IML). O Sindicato dos Peritos Oficiais de Sergipe (Sinpose), que representa os 55 peritos (criminais, médicos legis-tas e odontolegistas) da ativa e 17 inativos, cobra a reestrutura-ção da carreira.

De acordo com a perita criminal e diretora financeira do Sinpose, Thayse Freitas Xa-vier de Jesus, hoje a categoria possui o pior salário do Nor-deste e o segundo pior do país. Ainda segundo ela, a diferença salarial de um perito de início de carreira e de um que se aposenta é de apenas R$ 260. Questionada se o quantitativo de profissionais é suficiente para atender a demanda, a perita disse que com a convo-cação melhorou, mas ainda não é o suficiente.

“Recomendação da Organi-zação das Nações Unidas (ONU) diz que o ideal é um perito para cada cinco mil habitantes e hoje o

Estado tem um perito para cada 444 habitantes. Ou seja, tem muito trabalho para pouca gente. Quanto à estrutura, alguns inves-timentos foram feitos, mas ainda há o que ser fazer. Por exemplo, não temos equipamento para exames de genética. Então, o prazo legal de 10 dias para fina-lização de um laudo nem sempre é cumprido”, pontuou.

Thayse Freitas pontua que durante os dois dias de parali-sação a categoria irá manter o efetivo mínimo de trabalhado-res conforme estabelecido pela lei de greve. “Desde setembro nós iniciamos o processo de negociação com o governo. Nos reunimos com o governador e eles nos encaminhou para o secretário de Planejamento, João Augusto Gama, e ele não se comprometeu em passar o projeto de reestruturação para a Assembleia. Estamos tendo uma via de negociação concre-ta. Pois além das nossas pautas salariais, queremos também uma reestruturação condizente com as responsabilidades das nossas atribuições”.

André Moreira

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ESPORTESJornal da Cidade

ArAcAju 10 A 12 de dezembro de 2016 EDITOR: Paulo Roberto [email protected]

Nesta sexta-feira a Chapecoense deu início ao processo para "recomeçar das cinzas", como disse Ivan Tozzo, presidente em exercício do clube catarinense. A apresentação de Vágner Mancini foi o primeiro passo para a reconstrução do clube, que não se esquecerá da tragédia.

CHAPECOENSE APRESENTA O TÉCNICO VÁGNER MANCINI

Equipe do Itabaiana ganhamais um reforço para 2017Além de Douglas Tandu, diretoria cogita um atacante e outro meia

Divulgação

KART

Gui quer vitória naúltima prova do ano

Flávio Quick - Quick Comunicação

Chega ao fim, neste sábado, uma das mais agitadas temporadas do kartismo nacional. Foram competições em todas as regiões

do Brasil e, mais do que isso, novos esportistas se despontando como grandes revelações em suas respectivas categorias.

Após começar a competir em Aracaju - SE, sua cidade natal, em 2016. o jovem piloto Guilherme Figueiredo (Banese Card/Maratá/Restaurante Karranca’s/Mini/ D. Racing), da categoria Júnior Menor, encarou o desafio de se dedicar de corpo e alma ao esporte e, junto à sua família. se mudou para São Paulo. Na maior metrópole brasileira, nas mais tradicionais pistas do país, ele disputou os principais campeonatos de kart do Brasil.

Com incondicional apoio da equipe D.Racing e da fábrica Kart Mini o piloto mostrou, ao longo da temporada, grande evolução e, sobretudo, mesmo em seu ano de estreia na classe, conseguiu acumular vitórias e até mesmo conquistar o título na Copa Paladino de Kart, disputada, no mês de julho, em João Pessoa, na Paraíba, e a terceira posição no Campeonato Brasileiro de Kart.

Depois de várias largadas e a experiência de se despontar em sua estreia nas provas nos Estados Unidos, em novembro, em Las Vegas, Fi-gueiredo retoma. neste fim de semana. seu calendário de atividades no Brasil. As disputas serão válidas pela décima e última rodada da Copa São Paulo Light de Kart e o palco das atividades será o belíssimo Kartó-dromo Aldeia da Serra, em Barueri, na região metropolitana paulista.

O cronograma desta última prova do ano contou com dois treinos livres nesta sexta-feira, assim como a tomada de tempos que definirá o grid de largada da primeira corrida. Neste sábado, então, os karts retomam o traçado para as disputas das três cor-ridas. Assim como aconteceu na rodada de novembro Figueiredo já se desponta como um dos mais velozes da pista e poderá estar na disputa direta pelas três vitórias do dia.

PRESIDENTE Amilton Gomes diz que a equipe serrana de 2017 será muito mais forte que o de 2016

GUILHERME Figueiredo faz plano com uma grande vitória

O leque de contratações do Itabaiana, para a tempo-rada 2017, continua em

aberto. E para ser fechado, a di-retoria do Tricolor Serrano corre contra o tempo à busca de mais dois reforços. Desta vez, com a chegada de Douglas Tandu, os alvos dos serranos são mais um meia e um homem de frente, este para suprir a lacuna deixada pelo atacante Fabiano Tanque, que, depois de marcar 11 gols, sete, no Sergipão 2016, e quatro no Brasileiro da Série C, vestindo a camisa do vice-campeão sergipa-no, na semana passada, decidiu se transferir para o Sergipe.

Ontem à tarde, o presidente Amilton Gomes, sem citar as origens dos futebolistas, infor-mou à reportagem do JORNAL DACIDADE que as negociações estão em um estágio bastante adiantado, mas, apesar disso, as prováveis caras novas tricolores, só terão seus nomes revelados, quando as partes cheguem a um denominador comum.

“Estamos preservando os nomes para que sejam evitados ‘atropelos’, como no passado. O que podemos garantir é que se trata de bons jogadores que, se contratados, serão de grande importância para a dura emprei-tada que a nossa equipe terá pela frente, na próxima tempo-rada”, afirmou Amilton Gomes.

Quanto aso meia-atacante Clóves, que, segundo rumores,

teria solicitado um aumento sala-rial, para reformar compromisso, o mais alto prócer do Tremendão confessou que tudo está acertado e que o habilidoso meio-campista continuará no clube e será uma das armas do time para as grandes conquistas, em 2017.

“Qual clube não gostaria de ter um jogador como Clóves, em suas fileiras. No Itabaiana, ele fez um grande estadual e uma grande Série D, por isso resolve-mos mantê-lo, no grupo”, disse o presidente itabaianense.

Mas, no dia de ontem, pintou mais um reforço para a agremia-ção da região do Agreste Serra-

no. Indicado pelo técnico Ailton Silva, o meia Douglas Tandu, ex-Ituano, São Bento e Taubaté, de São Paulo, e Marcílio Dias, de Santa Catarina, chegou e, neste domingo, será apresentado, ao lado de seus novos companhei-ros de equipe, na 3ª Manhã Tricolor”.

Em relação à ‘3ª Manhã Tricolor’, que será realizada, neste domingo, Amilton Gomes declarou não ter a menor dúvi-da de que as dependências da Associação Atlética da cidade serão pequenas para o expressi-vo número de torcedores que irá prestigiar a festa.

“Será mais um grande acon-tecimento que ficará marcado, na história do Itabaiana. A nossa expectativa é que a torcida che-gue, mais uma vez, unto. Afinal, no evento, serão apresentados a nova comissão técnica, tendo à frente o experiente Ailton Silva, e o novo grupo de jogadores que falta ser completado com algu-mas peças. Afora isso, serão mostrados os novos uniformes que serão utilizados em trei-nos, jogos e viagem. Também, constam da programação uma grande atração musical do Estado e sorteio de brindes”, completou o mandatário.

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OpiniãOArAcAju, 10 A 12 de dezembro de 2016B-6 JORNAL DA CIDADE

Felisbelo, o mulato ( III )SAMUEL ALBUQUERQUE

PRESIDENTE DO IHGSE E PROFESSOR DE HISTÓRIA DE SERGIPE DA UFS (CAMPUS DE LARANJEIRAS). E-mail: [email protected]

Desafios a serem enfrentados JÁCOME GÓES DA EQUIPE DE ARTICULISTAS

As transformações no mundo e seu impacto nos relacionamentos

DAYSE XAVIER DE SANTANA PROFESSORA ESPECIALISTA

O desamor, em todas e quaisquer dimen-sões, é um mal em nefastas consequências, pois como processo degenerativo da perso-nalidade, causa graves distúrbios psicosso-máticos no decurso da infeliz existência...

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Distúrbios emocionais que decorrem da falta de autonomia íntima para disciplinar sen-timentos, é diretamente responsável por graves patologias orgânicas, repercutindo em alterações psíquicas causadoras de sofrimentos diversos...

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A pura e sincera vivência do amor em suas luminosas manifestações, vitaliza a organiza-ção somática, garantindo, também, em natural consequência, vibrações energéticas de alto teor fluídico!

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O recolhimento íntimo facilita ser promo-vida a renovação do autoconhecimento em ampla dimensão, tornando possível identificar a própria verdade em nível profundo de erros

que devem ser redimidos, assim como acertos que precisam ser renovados e ampliados!

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Com o livre e consciente exercício da se-renidade, a ideal paz deixa de ser uma utopia e é devidamente transformada em autêntica realidade!

Com a plena vivência do perdão, o ódio não mais tem espaço no coração!

Com o fiel cumprimento dos princípios éticos e morais, a dignidade é transformada em luminosa realidade!

Com a valorização do tempo presente, é gerada a oportunidade para iluminar a consciência na justa vivência da felicidade!

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O renascimento humano enseja a oportunida-de de ser promovida a autorredenção, reconhe-cendo que o legítimo sentido da vida é enobrecer a alma para dignificar a própria existência!

Quem assim não age, perdendo-se no des-

compasso da indiferença, pratica, lamenta-velmente, auto-obsessiva forma de omissão...

XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

Nos refolhos da alma humana existe, sim, em potencial, a essência do amor.

É preciso, contudo, que haja racional cons-cientização acerca desta implícita verdade, pois somente assim será perfeitamente exequível transformar a presente existência em feliz opor-tunidade para aprender a arte e a ciência de viver!

XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

As oportunidades de aprendizado servem de desafios que precisam ser corajosamente enfrentados no decurso da própria existência, confirmando, assim, a consciência da real im-portância da vida!

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Pense nisso, por favor. Meu abraço, de coração a coração!

Durante nossa reflexão sobre o caráter autobiográfico da “História de Sergipe” de Felisbelo Freire, foi impossível não

lembrar de uma das obras que mais chama a minha atenção no acervo do Museu Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro. Refiro-me ao óleo sobre tela “Redenção de Cã” (1895), do artista espanhol Modesto Brocos. Ela reflete as teorias raciais difundidas no Brasil de fins do século XIX e a leitura popular de uma passagem do livro do Gênesis, que relaciona a maldição lançada por Noé sobre seu filho Cã (e seus descendentes) à escravidão negra.

A redenção de Cã (ou da sociedade mestiça brasileira) viria com a diluição do elemento de origem africana no elemento de origem euro-peia. É essa ideia que nos transmite a imagem da avó negra (quem sabe africana), de pé, agrade-cendo aos céus o milagre de sua filha, a maternal mulata ao centro da tela, ter gerado um menino branco e saudável, com seu esposo de talhe euro-peu (quem sabe um imigrante italiano).

Assim como na obra de Modesto Brocos, para Felisbelo, quanto mais branco e europeu, melhor. O mulato seria o tipo mestiço que, mais facilmente, alcançaria a civilização, pois era o que mais tendia a se apropriar do legado genético e cultural europeu. Conforme nosso historiador, “tendo estancado a corrente tupy, pela devastação e expatriação da raça, moti-vadas pela colonisação, e tendo se extinguido a immigração africana, comprehende-se facil-mente que o mestiço tende a fundir-se e cru-zar-se mais directamente com o typo branco, sendo mais rapida a evolução para elle galgar os caracteres de raça” (Freire, 1891: XLIII).

Defendendo a necessidade de branque-amento da população de Sergipe, Felisbelo registrou sua queixa acerca da concentração dos colonos europeus em regiões específicas no Brasil. Para ele, “[...] as correntes migra-torias têm sido centralizadas em certas zonas do paiz, pela intervenção de um politica mes-quinha e anti-patriotica” (Freire, 1891: XLIV).

Lamento similar aparece no momento do texto em que Felisbelo traça um panorama da economia sergipana entre fins da década de 1880 e princípios da década de 1890, con-cluindo que “a instituição de estabelecimentos bancários e a immigração estrangeira são me-didas inadiaveis” (Freire, 1891: LXXII).

Assinalemos que, em sua meteórica passa-gem pelo governo de Sergipe, Felisbelo empe-nhou-se em fundar, justamente no vale do Vaza--Barris (onde nascera), colônias estrangeiras. Sobre esse assunto, destacou Bonifácio Fortes: “Felisbelo [...] procurou e conseguiu instalar em Sergipe núcleos de colonização e imigração. A 28-II-1890 fundava no engenho Patrimônio, em São Cristóvão, uma colônia agrícola para colo-nos estrangeiros [...]. O segundo núcleo seria instalado no lugar Pintos, ainda em S. Cristóvão (Dec. 44, 12-5-1890) [...]. O núcleo do Patrimô-nio teve suas atividades bastante incrementadas

ainda no govêrno Freire” (Fortes, 1958: 16).As ideias e ações de Felisbelo, todavia, não

agradavam aos seguimentos mais conservado-res (e poderosos) da sociedade sergipana, que o consideravam um “medicozinho voluntario-so e difícil de ser ‘conversado’” (Fortes, 1958: 12). Mais que isso, diriam: ele era um mulato.

Essa tensão ganhava, frequentemente, as pá-ginas da Gazeta de Sergipe, “lídima porta-voz dos proprietários rurais”, segundo Bonifácio Fortes. Aliás, foi no referido periódico que Leandro Ribei-ro de Siqueira Maciel (1825-1909), influente po-lítico e senhor do engenho Serra Negra, lembrou ao presidente Felisbelo que sua “ascendência vai entroncar na nobre árvore genealógica das senza-las do Engenho Belém” (Maciel, 1890).

Tanto em “O espetáculo das raças” (1987), como em “Nem preto nem branco, muito pelo contrário” (2012), a leitura de Lilian Schwarcz ajuda-nos a compreender o discurso de Felis-belo sobre o mulato na sociedade sergipana (e brasileira) de fins do século XIX. A antropóloga explica que, no Brasil, “[...] ocorreu uma relei-tura particular [das teorias raciais em voga]: ao mesmo tempo que se absorveu a ideia de que as raças significavam realidades essenciais, negou-se a noção de que a mestiçagem levava sempre à degeneração, conforme previa o modelo original. [...] | Tingido pela entrada maciça de imigrantes – brancos vindos de países como Itália e Alemanha –, introduziu-se no Brasil um modelo original, que, em vez de apostar que o cruzamento geraria a falência do país, descobriu-se nele a possibili-dade do branqueamento” (Schwarcz, 2012: 39).

Dando a palavra ao estudioso da rede dos conceitos que embala a historiografia de Felis-belo Freire, arremata-se a questão. Conforme Francisco José Alves, Felisbelo é, “evidente-mente, um herdeiro do pensamento de Her-bert Spencer. No entanto, é oportuno ressaltar que toda herança teórica é ‘um filtro crítico e transformador’. Assim, o historiador sergipano não é um mero repetidor do pensador evo-lucionista. Sua historiografia patenteia uma apropriação seletiva e heteróclita. Seletiva porque toma de Spencer alguns elementos e descarta outros e heteróclita porque ‘sintetiza’ Spencer com outros autores, como H. T. Bucle, H. Taine, por exemplo. Herança, sim, mas crítica, seletiva e filtrante” (Alves, 2010: 143).

É preciso, ainda, assinalar o distanciamento de Felisbelo da vertente mais extremada e pessi-mista do evolucionismo no Brasil de sua época, cujo ícone seria o também médico (e também egresso da Faculdade de Medicina da Bahia) Nina Rodrigues, para quem “a mestiçagem existente no país parecia atestar a própria falência da nação” (Schwarcz, 2012: 20). Pelo que vimos, Felisbelo se aproxima da vertente da Escola de Recife, mar-cada por nomes como Tobias Barreto e Sílvio Ro-mero, divulgadores do “suposto do evolucionismo social de que a ‘perfectibilidade’ era possível para todos os grupos humanos” (Schwarcz, 2012: 21). Nina, por sua vez, “não acreditava que todos

os grupos humanos fossem capazes de evoluir igualmente e chegar ao progresso e à civilização. | Além do mais, ao conferir às raças o estatuto de realidades estanques, defendeu que toda mistura de espécies seria sempre sinônimo de degenera-ção” (Schwarcz, 2012: 21).

Além de localizar o pensamento de Felisbe-lo, não custa admitir sua relativa atualidade, em um país dotado de um racismo silencioso e que raramente se mostra publicamente. Schwarcz, lembra-nos que, na prática, a velha máxima do “quanto mais branco melhor” nun-ca foi totalmente deixada de lado.

Foi, por exemplo, nos sertões de Pernambuco, e da boca da minha avó Elza Medeiros de Albu-querque, alvíssima esposa de fazendeiro Apoliná-rio Florentino de Albuquerque, meu avô “quar-tão”, que ouvi a “tabuada das misturas para ficar branco”. Décadas depois, reencontraria, quase sem retoques, a tabuada que me era tão familiar, recuperada e divulgada por Gilberto Freyre em “Sobrados e mucambos”. Ela diz: “1 branco com uma negra produz um mulato | Metade branco, metade preto. | 1 branco com uma mulata pro-duz quartão | Trez quartos branco, e um quarto negro. | 1 branco com uma quartão produz outão | 7/8 branco e 1/8 negro. | 1 branco com uma outona produz branco | Inteiramente branco.” (Freyre [1936], 2003: 778). [Continua no próxi-mo fim de semana]Sequência de fontes e bibliografia:BROCOS, Modesto. “Redenção de cã”. Rio de Janeiro, 1895. Óleo sobre tela, 199X166 cen-tímetros. Acervo do Museu Nacional de Belas Artes (Galeria de Arte Brasileira do século XIX).FREIRE, Felisbello Firmo de Oliveira. “Historia de Sergipe (1575-1855)”. Rio de Janeiro: Ty-pographia Perseverança, 1891.FORTES [NETO], [José] Bonifácio. “Felisbelo Freire”: o homem público, o escritor e o cons-titucionalista. Aracaju: Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe, 1958.MACIEL, Leandro [Ribeiro de Siqueira]. Res-posta ao pé da Letra. Gazeta de Sergipe, 20 nov. 1890. In: DANTAS, Ibarê. “Leandro Ri-beiro de Siqueira Maciel (1825/1909)”. O pa-triarca do Serra Negra e a política oitocentista em Sergipe. Aracaju: Criação, 2009. p. 238.SCHWARCZ, Lilia Moritz. “Nem preto nem branco, muito pelo contrário”: cor e raça na sociedade brasileira. São Paulo: Claro Enigma, 2012 (Agenda Brasileira).ALVES, Francisco José. “A rede dos conceitos”: uma leitura da historiografia de Felisbelo Freire. São Cristóvão: Editora UFS; Aracaju: Fundação Oviedo Teixeira, 2010.FREYRE, Gilberto. “Sobrados e mucambos”: de-cadência do patriarcado rural e desenvolvimento do urbano. 14ed. rev. São Paulo: Global, 2003.Entre os trabalhos de Nina Rodrigues, sugiro a lei-tura de “Mestiçagem, degenerescência e crime”, de 1899, ou “As raças humanas e a responsabi-lidade penal no Brasil”, de 1894, ambas de fácil acesso na Internet.

O futuro do trabalho no setor da saúde

JOAQUIM JOSÉ DA SILVA FILHO SECRETÁRIO-GERAL DO SINSAUDE-SP

Qual será o futuro do trabalho? Como o ambiente digital afetará - ou já afeta - as empresas e a vida das pessoas? Ao longo do tempo, as relações de trabalho passaram por transformações marcantes, desde a so-ciedade pré-industrial até nossos dias de ultraconecti-vidade tecnológica.

Na economia agrária, não-mecanizada, o trabalho era manual, simples e artesanal, desenvolvido em comunida-des rurais. O camponês convivia, em muitos casos, com a mão de obra escrava. Além do trabalho campesino, oficinas de artesãos acolhiam aprendizes, ainda menores de idade. A maioria dos cidadãos conhecia somente o mundo da própria aldeia.

Com o advento da industrialização esse siste-ma rural sofreu modificações radicais. O horizonte expandiu-se das vilas agrícolas medievais para as cidades, onde as primeiras fábricas iniciaram o siste-ma de produção de manufaturas. Era o alvorecer do capitalismo, quando as jornadas excediam 15 horas diárias ou mais. Mulheres e crianças submetiam-se a condições insalubres e desumanas. Nascia a socieda-de industrial. Os abusos e o tratamento injusto com a classe trabalhadora resultaram nas lutas em busca de condições mais humanitárias e no surgimento do movimento sindical.

Hoje avançamos para a sociedade de alta tecnologia, onde o capital prevalece. A informatização predomina e traz profundas alterações na organização do trabalho. A chave desse novo universo é a automação integral e a conectividade total (4ª revolução industrial). O que temos pela frente nesse cenário?

O sociólogo italiano Domenico De Masi, autor do li-vro “O Futuro do Trabalho”, arrisca algumas previsões, incluindo aí o teletrabalho, trabalho remoto, home office e as mais diversas formas não convencionais. Nos próximos anos, a oferta de vagas vai diminuir e a procu-ra por emprego crescerá. Ao par disso há um aumento do subtrabalho, da precarização e um esgotamento do empreendedorismo.

As empresas, no entanto, não estão dispostas a reduzir a carga horária. A lógica de que se todos trabalhassem me-nos, haveria mais postos disponíveis parece não funcionar para os empregadores.

Nunca na História da Saúde foram realizados tantos e tão complexos procedimentos informatizados pelos hospitais, laboratórios e clínicas. Um exemplo é o cirur-gião robótico Da Vinci, que já atua em grandes hospitais. Entretanto, paralela a essas inovações, também cresce a precarização, principalmente com a ameaça da terceiri-zação na atividade-fim e do trabalho intermitente. Diante disso não resta outra saída senão a urgente REAÇÃO da classe trabalhadora para encararmos o desafio do futuro do trabalho no Século XXI.

Se pararmos para analisar, a importância do Natal no mundo atual já não é mais a mesma da época dos nossos pais, e muito menos dos nossos avós. O mundo passa por constantes transformações, seja nas alterações climáti-cas, nos comportamentos, ou nos RELACIONAMENTOS.

As pessoas tem dado cada vez menos importância às coisas simples e agem sem se importar com as con-sequências de suas atitudes, a prova disso é a falta de compromisso com a sustentabilidade. O amanhã de-pende das consequências do hoje, o superaquecimento tem uma previsão breve batendo a nossa porta, e as pessoas não se dão conta. Como será o amanha dos nossos filhos? E dos nossos netos? "Ninguém vai ser poupado", disse o presidente do Painel Intergoverna-mental para Mudança Climática (IPCC) da ONU. Isso no que concerne ao clima do planeta. E os relaciona-mentos futuros, como serão?

A falta de ética tem consequências drásticas em todas as áreas, pois não há relacionamentos, plane-jamentos e atitudes que possam ser bem sucedidos com pessoas não éticas, de má fé e corruptas. Exemplo disso é o que não faltam nas páginas dos jornais brasi-leiros diariamente. Isso é algo que tem uma extensão bem maior do que possamos imaginar, e o resultado é o desmoronamento das famílias, das empresas e da sociedade. As pessoas precisam estar atentas, levando em conta que a mudança é algo individual, ou seja, de dentro para fora. Muito se deixa “pra depois”:

Depois dou um abraçoDepois peço desculpasDepois quando tirar férias, viajamos tudo se resolve e

faço suprir a falta do dia-a-dia (quando mágoas são leva-das na bagagem)

Depois passo para vê-loDepois digo Eu te amo...e tudo fica para depois. Priorizamos trabalho a ponto de torna-lo a coisa mais

importante, estando como prioridade em nossas vidas. Assim o dinheiro “junta-se para viver, e perde-se para re-cuperar a vida”, e não nos damos conta.

A vida passa, os relacionamentos desmoronam, o sim-ples da vida perde o valor...e o ser humano deixa de SER HUMANO.

As pessoas tendem de parar para refletir um pouco mais às vésperas das festas natalinas, e desenvolve hábitos os quais poderiam ser desenvolvidos durante todo o ano. Com isso planejam mudanças para o ano seguinte e ao perceber, o ano já passou algumas coisas de fato muda-ram, mas nem sempre para melhor.

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Astral

Cinema

Arquivo Pessoal

VARIEDADES Jornal da Cidade

EDITOR: Eugênio Nascimento [email protected] ArAcAju 10 A 12 de dezembro de 2016

GLOBO PERDE MATERIAL DE ARQUIVO DE 11 ANOS DO PROGRAMA SILVIO SANTOSNa década de 1970, antes de ser dono do SBT, Silvio Santos chegou a ficar no ar em várias emissoras concorrentes ao mesmo tempo. Na Globo, o Programa Silvio Santos foi exibido aos domingos durante 11 anos, de 1965 a 1976. Mesmo assim, a emissora não cedeu nenhum material para a exposição Silvio Santos Vem Aí!, em cartaz no MIS (Museu da Imagem e do Som) de São Paulo. A justificativa oficial é a de que não sobrou no acervo nenhum vídeo ou foto desse período da produção.

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lgaçã

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Casa do Cordel realiza 4ª Cantoria de NatalNa programação, muita música e o tradicional ‘amigo poético’

Gilmara CostaDA EQUIPE JC

LIBRA (23/09 A 22/10) Ficar na defensiva não é uma situação confortável, mas acontece de vez em quando e a situação precisa ser tratada com naturalidade, para não aprofundar os temores que lhe são inerentes. Isso vai passar sem problemas.

TOURO (21/04 A 20/05) O fio de consciência que une sua presença a de todas as pessoas próximas não pode ser quebrado, pois é a própria vida. Melhor, então, preservá-lo e utilizá-lo ao seu favor, mesmo que de vez em quando traga problemas.

GÊMEOS (21/05 A 20/06) A solidão não deve pesar nesta parte do caminho, pois é preferível permanecer assim a aceitar a companhia de pessoas que sua alma reconhece não serem tão boas assim. A solidão é, de fato, a melhor companhia.

SAGITÁRIO (22/11 A 21/12) Nada deve ser considerado demais nesta parte do caminho, pois tudo precisa acontecer à exaustão. Entenda que só assim você esgotará definitivamente tudo que atazana e impede o avanço de seus interesses. Só assim.

CÂNCER (21/06 A 21/07) A raiva parece brindar com força, mas é uma fraqueza, ela deixa sua alma vulnerável a ataques. Por isso, quando a raiva emergir novamente, prefira respirar fundo e recolocar a cabeça no seu devido lugar.

CAPRICÓRNIO (22/12 A 20/01) Obedeça às regras, mas não leve isso tão a sério que seja impossível improvisar quando necessário. As regras são imprescindíveis, porém, em alguns momentos a transgressão é mais importante ainda, para improvisar.

LEÃO (22/07 A 22/08) Proteger-se contra o que ainda nem sequer aconteceu é um dos conselhos que o medo, sempre sorrateiro, sopra no ouvido. O conselho parece bom, mas deixa a alma numa condição tensa que não é compatível com a situação.

VIRGEM (23/08 A 22/09) Agarre-se à fé, mas não permaneça tempo demais nessa condição. Busque respostas, faça as perguntas pertinentes, o caminho é complexo, mas encerra questões que farão você ter uma ideia mais lúcida a respeito da vida.

PEIXES (20/02 A 20/03) Desapegue o mais rapidamente possível de tudo que, evidentemente, não será mais possível reter. Faça isso sem pena nem glória, porque o destino tampouco será compassivo com qualquer sinal de apego de sua parte.

AQUÁRIO (21/01 A 19/02) Ninguém fará por você o que somente você terá de fazer. Há ilusões que você precisa combater para não perder o precioso tempo disponível. Só a indolência poderia convencer você de o panorama ser diferente.

ÁRIES (21/03 A 20/04) Você não precisa provar mais nada a ninguém, esta é a realidade absoluta. A partir de agora faça o que quiser e o que precisar, mas sem explicar seus movimentos, orientando-se pela estrela intuitiva que fala no interior.

ESCORPIÃO (23/10 A 21/11) Reserve um bom tempo para atualizar a higiene e fazer com que seu corpo não tenha de chamar sua atenção com dores e sintomas. O corpo não deve tornar-se motivo de peso e lentidão, mas de leveza e fluidez. Isso sim.

Ama teus inimigosAproxima-te daquilo que desprezas, devora o que te provoca náuseas, bebe os sólidos e mastiga os líquidos. Em ti, presença humana, circula e se manifesta o inteiro Universo e, por isso, nunca tua alma será bem-sucedida tentando ser parcial, excluindo o que detestar e aproximando o que preferir. Tudo circula

através de tua alma porque tua alma é a conexão que une tudo e todos, o fio de consciência universal que se manifesta individualmente, mas cuja verdade é ser uma só, sem preferências nem rejeições. Aquilo que desprezas e que alimenta tuas críticas inflamadas, tuas tentativas de, se tivesses poder suficiente, aplicar

soluções de extermínio, isso que odeias está em ti, pois de outro modo nem conseguirias percebê-lo. Ama teus inimigos, incinera-os no ardor de teu coração.

PRÉ-ESTREIA

A Última Ressaca do Ano. EUA, 2016. Direção Will Speck, Josh Gordon. Com a morte recente do pai, os irmãos Clay e Carol Vanston disputam o controle da empresa de tecnologia por ele criada. Co-média. 16 anos, 116 min. Jardins, versão plana, dublado, sessão às 15h55, 19h10 e 21h50 (Sáb a Seg).

ESTREIAS

Fallen. EUA, 2016. Direção de Scott Hicks. Com Addison Timlin, Jeremy Irvine, Harrison Gilbertson. Responsabilizada pela misteriosa morte de seu namorado, Lucinda Price (Addison Timlin) vai para um reformatório. Fantasia. 12 anos, 92 min. Jardins, versão pla-na, dublado, sessão às 11h10 (Sáb e Dom), 13h30, 16h, 18h25, 20h50 (Sáb a Seg) e 23h20 (Sáb). Riomar, versão plana, sessão às 14h20, 17h20, 20h e 22h20 (Sáb a Seg).

O Vendedor de Sonhos. Brasil, 2016. Direção de Jayme Monjardim. Com Dan Stulbach, César Troncoso, Thiago Mendon-ça. Adaptação do best-seller homônimo do psicoterapeuta e escritor Augusto Cury. Dra-ma. 10 anos, 95 min. Jardins, versão plana, sessão às 14h10, 16h30, 18h50 e 21h10 (Sáb a Seg). Riomar, versão plana, sessão às 13h40, 16h10, 18h45 e 21h10 (Sáb a Seg).

Tamo Junto. Brasil, 2016. Direção de Ma-theus Souza. Leandro Soares, Sophie Char-lotte, Matheus Souza. Rapaz termina um intenso relacionamento e se vê solteiro pela primeira vez em muito tempo. Comédia. 14 anos, 96 min. Cinesercla, versão plana, sessão às 14h35, 16h35, 18h35 e 20h50. Jardins, versão plana, sessão às 13h, 19h15 e 22h05 (Sáb a Seg).

CONTINUAÇÕES

Anjos da Noite: Guerras de Sangue. EUA, 2016. Direção de Anna Foerster. Com Kate Beckinsale, Theo James, Tobias Men-zies. Selene é uma guerreira vampira que luta para acabar com a guerra eterna entre o clã Lycan de lobisomens sanguinários e a facção de vampiros que a traiu. Ação, Fantasia, Terror. 14 anos, 91 min. Cineser-cla, versão 3D, dublado, sessão às 14h40, 16h40, 18h40 e 20h40. Jardins, versão 3D, dublado, sessão às 11h30 (Sáb e Dom), 14h20, 16h40, 19h30 e 21h45 (Sáb a Seg). Riomar, versão 3D com legendas, sessão às 13h (Sáb a Seg), 16h50 (Sáb e Dom), 21h40 (Seg) e 22h (Sáb e Dom).

As Aventuras de Robinson Crusoé. Bélgica, França, 2016. Direção de Vincent Kesteloot. Com Matthias Schweighöfer, Aylin Tezel, Joey Came. Em uma pequena e exótica ilha, Tuesday, um papagaio pensa que viver naquele paraíso é muito pouco para ele - e está amadurecendo seu desejo de conhecer o mundo. Animação, Aventura. Livre, 86 min. Jardins, versão plana, dublado, sessão às 13h40, 14h30 e 17h05 (Sáb a Seg).

A Chegada. EUA, 2016. Direção Denis Villeneuve. Com Amy Adams, Jeremy Ren-

ner, Forest Whitaker. Quando seres inter-planetários deixam marcas na Terra, a Dra. Louise Banks (Amy Adams), uma linguista especialista no assunto. Ficção Científica. 10 anos, 116 min. Jardins, versão plana, dublado, sessão 18h10 e 21h (Sáb a Seg).

Animais Fantásticos e onde Habitam. EUA, Reino Unido, 2016. Direção de David Yates. Com Eddie Redmayne, Katherine Waterston, Dan Fogler. Baseado no livro ho-mônimo de J.K. Rowling. Fantasia, Aventura. 12 anos, 133 min. Cinesercla, versão plana, dublado, sessão às 14h30 e 17h30. Jardins, versão 3D, dublado, sessão às 12h50, 16h20, 19h25 e 22h25 (Sáb a Seg). Riomar, versão 3D com legendas, sessão às 15h30 (Sáb e Dom), 18h30 (Sáb a Seg) e 21h40 (Sáb e Dom). Versão plana com legendas, sessão às 20h30 (Sáb e Dom) e às 22h (Seg).

Elis. Brasil, 2016. Direção de Hugo Prata. Com Andreia Horta, Caco Ciocler, Gustavo Machado. Cantora desde a infância, Elis Regina Carvalho Costa (Andreia Horta) entra na vida adulta deixando o Rio Grande do Sul para espalhar seu talento pelo Brasil a partir do Rio de Janeiro. Drama, Biografia. 14 anos, 115 min. Jardins, versão plana, sessão às 15h20, 17h50 e 20h30 (Sáb a Seg).

Galinha Pintadinha Mini. 2016. Di-reção de Juliano Prado, Marcos Luporini. Edição inédita e exclusiva da nova série da Galinha Pintadinha Mini. Animação. Livre, 50 min. Jardins, versão plana, dublado, sessão às 12h (Sáb e Dom) e 14h (Sáb a Seg). Riomar, versão plana, dublado, sessão às 12h, 13h20 (Sáb e Dom) e às 14h (Seg).

Jack Reacher: Sem Retorno. EUA, 2016. Direção de Edward Zwick. Com Tom Cruise, Cobie Smulders, Robert Knepper. Jack Reacher retorna à base militar onde serviu na Virgínia, onde pretende levar uma major local, Susan Turner, para jantar. Ação, Suspense. 14 anos, 119 min. Cinesercla, versão plana, sessão às 20h30. Jardins, versão plana, dublado, sessão às 18h45 e 21h30 (Sáb a Seg). Riomar, versão plana com legendas, sessão às 14h (Sáb e Dom), 15h30 (Seg) e 19h10 (Sáb e Dom).

Masha e o Urso. Brasil, Rússia, 2016. Dire-ção de Oleg Kuzovkov. Com Silvia Abravanel, Maísa Silva. Masha é uma pequena criança que não consegue parar quieta, sempre arrumando uma forma de se meter em várias grandes enrascadas. Animação. Livre, 72 min. Cinesercla, versão plana, sessão às 14h45 e 16h45. Jardins, versão plana, dublado, sessão às 11h (Sáb e Dom), 13h, 15h10 e 17h20 (Sáb a Seg). Riomar, versão plana, dublado, sessão às 11h, 15h (Sáb e Dom), 16h30 (Seg), 17h50 (Sáb e Dom) e 19h (Seg).

O Último Virgem. Brasil, 2016. Direção de Rilson Baco, Felipe Bretas. Com Guilher-me Prates, Bia Arantes, Fiorella Mattheis. Dudu é um garoto tímido que, no último ano do Ensino Médio, ainda é virgem. Co-média. 14 anos, 82 min. Cinesercla, versão plana, sessão às 18h45 e 20h45. Jardins, versão plana, sessão às 15h40 (Sáb e Dom) e 15h45 (Seg).

É história popular em rima, é impro-viso de repentista ‘adivinhador’, é a criançada soltando a voz no declame

de cordel e no coral, numa reunião em que a poesia se faz latejante e encantadora no embalo de ‘jingle bells’. Assim acontece a 4ª Can-taria de Natal da Casa do Cordel, neste sábado, 10, a partir das 18h, na casa número 450, na Rua João Sacramento, Bairro Luzia, em Aracaju, residência e espaço cultural de portas abertas do poeta cordelista Pedro Amaro do Nascimen-to e família.

Na organização compar-tilhada entre poetas, violei-ros, vizinhos e admiradores da cultura popular, uma programação diversificada que reúne a poesia nas suas mais variadas vertentes en-toadas por vozes de todos gêneros e vertentes. “Tere-mos a apresentação de du-pla de repentistas, o coral dos Declamadores Mirins e a apresentação do grupo de música erudita Animat-ta, formado por mulheres,

além do recital de cordéis e do ‘amigo poético’, que con-siste no compartilhamento de poesias”, destacou a cor-delista Izabel Nascimento.

Segundo ela, o evento que chega à quarta edição encerra as atividades da Casa do Cordel que, criada no de 2013, é local de rima aberta à visitação, apren-dizado e pertencimento. “A Cantoria de Natal é o evento que finaliza o calendário da Casa do Cordel. Este ano, até suspendemos as ativida-des por conta de uma perda familiar, mas resolvemos fa-zer a Cantoria de Natal, em virtude desse momento de confraternizar, compartilhar nossa cultura. Esse evento é bem familiar, em que as pes-soas participam, contribuem com lanches, cadeiras, tudo na organização. E tudo isso para estar junto e comparti-lhar poesia, seja declamada ou através da música. É justamente essa união da musicalidade com o recital que desejamos fazer para celebrar a nossa cultura”, explica Izabel Nascimento.

Aberto ao público, o evento tem surpreendido a cada edição, com a reunião cada vez maior de admi-radores, poetas e amigos

poéticos. “Ganhou muita proporção, pois é um even-to mais musical, com violei-ros, outras artes, tem mú-sica, coral infantil, teatro, crianças dos poetas e na comunidade. E em 2017, queremos ampliar mais ati-vidades da Casa de Cordel, com oficinas, possibilitando quem quiser conhecer e aprender a fazer cordel é só nos visitar, pois cordel é para todo mundo. Também marcaremos presença no Simpósio do XLII Encontro Cultural de Laranjeiras, que terá como tema “Cantoria: da Viola ao Cordel. Então teremos um ano bastante produtivo para o cordel e nosso espaço cultural”, afir-mou a cordelista.

Casa do Cordel

Desde 2013 quando foi inaugurada, a Casa do

Cordel é um espaço em constante atividade. No mês de março, as mulheres cordelistas são homenage-adas; em junho, os santos juninos são comemorados; no mês de julho, o Dia Municipal do Cordelista comemorado no dia 19 não passa em branco; A Sema-na do Folclore acontece em agosto. A Casa do Cordel

também participar de even-tos como bienais, feiras e exposições.

E para além do calendá-rio de atividades comemo-rativas, é possível realizar visitar e conhecer a histó-ria do cordel, bem como a obra de um dos grandes nomes da literatura de cor-del em Sergipe, o ‘pernan-gipano’ Pedro Amaro do Nascimento. Pelo fato de ser um imóvel residencial, as visitas à Casa do Cor-del acontecem com prévio agendamento através do telefone 3231-5363.

“Todas as atividades são gratuitas, acontecem dia-riamente, basta agendar. Pode ser uma pessoa que-rendo visitar ou até um gru-po com 50. Já recebemos várias escolas no espaço e é muito gratificante. Por isso, estamos nos organizamos para, em breve, estarmos em um espaço mais amplo, para receber e desenvolver atividades culturais com o público e fortalecer ainda mais a cultura popular”, afirmou a poeta cordelista Izabel Nascimento.

ESPAÇO CULTURAL está localizado no Bairro Luzia

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JORNAL DA CIDADE

ARACAJU 10 A 12 DE DEZEMBRO DE 2016

TURISMO CANADÁ É SINÔNIMO DE ESPORTES DE INVERNO

Não tem como pensar no Canadá e não falar em esquiar. Dentre as principais estações de esqui do Canadá, destacamos Whistler, a maior e melhor da América do Norte, segundo os especialistas no assunto. Alguns motivos fazem dela o local ideal para sua viagem: a vila toda desenhada para pedestres facilita o acesso às pistas, bares e restaurantes, não sendo necessárias grandes caminhadas em nenhum momento; as mais de 200 pistas de esqui e snowboard que contemplam todos os níveis de profissionais e amadores no esporte; as temperaturas amenas, já que fica quase no nível do mar; e a grande oferta de restaurantes e atividades para os dias de descanso. Saiba mais em: http://www.costabrava.com.br.

Conheça um Canadá que você nunca viuO Canadá é um dos des-

tinos mais requisita-dos para quem quer

aprender inglês ou curtir o inverno. Mas este país da América do Norte es-conde grandes aventuras e paraísos pouco noticiados. A Costa Brava Viagens e Eventos, junto com a Sig-nature, preparou dicas para você explorar o lado exótico canadense, seja andando de caiaque para observar ursos polares ou petiscando e bebericando com Aurora Boreal de fundo.

EM QUEBEC, DURMA EM UM HOTEL DE GELO

Em Quebec, durante os meses de dezembro a abril, durante o inverno, a parada

obrigatória é o Hotel de Gelo. Inteiramente cons-truído de gelo, os visitan-tes podem conhecer ou se hospedar no local e viver intensamente o inverno. Para os esportistas, a ci-dade conta também com um parque de diversões de inverno, onde mais de 42 tobogãs, pistas de neve e muitas emoções aguardam os visitantes, o Valcartier.

O frio também oferece uma paisagem única. De Quebec você pode ir até Niágara Falls. Em algumas datas as Cataratas do Niágara ficam congela-das. O sol transforma o local em um espetáculo fantástico pelos reflexos produzidos no gelo.

O FENÔMENO acontece nas regiões mais frias do mundo

costabrava.com.br/Divulgação

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EDIÇÃO DE FIM DE SEMANA

MUNICÍPIOS“SEM LIBERDADE DE CRITICAR, NÃO EXISTE ELOGIO SINCERO”. BEAUMARCHAIS

www.jornaldacidade.net

Sergipe R$ 2,00 - Outros Estados R$ 2,50Aracaju-SE, 10 a 12 de dezembro de 2016 - Ano XLV - Nº 13.291

ITABIO prefeito Rubens Feitosa Melo deu entrevista a uma emissora de rádio da região, para prestar esclarecimentos sobre o Inquérito Civil que foi aberto para investigar suas ações como gestor. O Inquérito é fruto da Operação Antidesmonte. PÁG. 2

FECHAMENTODESTA EDIÇÃO

00h

FALE COM O JC: 3226.4800 REDAÇÃO: 3226.4824 / 3226.4826 COMERCIAL: 3226.4820 FAX: [email protected] [email protected]

JORNAL DA CIDADE

TCE recebeprefeitoseleitos

Poço Verde já teria nomepara a Saúde

VISANDO MELHORAR NO PRÓXIMO ANO O DEPÓ-SITO DE LIXO NAS CIDADES NA REGIÃO SUL E A POSSÍVEL INSTALAÇÃO DE UM FRIGORÍFICO PARA ATENDER A REGIÃO, SETE GESTORES SE REUNIRAM PARA ANALISAR TAIS PONTOS. PÁG. 3

EM CANINDÉ, MINISTÉRIO PÚBLICOEMITE PARECER DESFAVORÁVEL

PREFEITOS ELEITOS SE REÚNEM PARADISCUTIR ASSUNTOS DE GESTÃO

O MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL EMITIU PARECER DESFAVORÁVEL AO RECURSO INTERPOSTO PELA CO-LIGAÇÃO “POR AMOR A CANINDÉ” E PELO CANDIDATO ELEITO, ORLANDO PORTO DE ANDRADE, AO TRE-SE, DEPOIS DE DECISÃO JUDICIAL. PÁG. 2

PROJETO DE LEI PROPÕE CRIAÇÃODO CARTÃO DO PRODUTOR RURAL

O DEPUTADO ESTADUAL JAIRO DE GLÓRIA (PRB) PRO-PÕE A CRIAÇÃO DO CARTÃO DO PRODUTOR RURAL. O OBJETIVO É DESBUROCRATIZAR E DESCENTRALIZAR A DISTRIBUIÇÃO DE INSUMOS, ALIMENTAÇÃO ANIMAL, SERVIÇOS DE TRATORES E SEMENTES. PÁG. 3

Os prefeitos eleitos dos muni-cípios de Capela, Neópolis e Nossa Senhora da Glória, Fran-cisco Nogueira Nascimento, fo-ram recebidos pelo conselheiro Clóvis Barbosa, presidente Clóvis Barbosa, para tratar de temas inerentes à transição de gestores. PÁG. 2

Os bastidores da política no mu-nicípio do Sul sergipano apon-tam que o prefeito eleito, Iggor Oliveira (PSC), já teria definido pelo nome do vereador Amauri (PSC), para comandar a secreta-ria de Saúde do município a par-tir de janeiro de 2017. PÁG. 2

Há meses que os 396 professores e professoras da rede municipal de Carira vivem uma angústia, pois não sabem quando vão receber os salários. É uma roleta, ninguém sabe quem terá a sorte de receber os salários dentro do mês. A prefeitura faz uma espécie de ‘sorteio’, mas ninguém sabe o critério desse sorteio. A única coisa que o magistério

carirense sabe é o sofrimento que isso causa. Sem saber quando receberão seus salários, os professores e professoras têm suas vidas completamente desorganizadas. PÁG. 3

CULTURA DA MANDIOCAAgricultores familiares de Nossa Senhora das Dores puderam conhecer de perto os trabalhos desenvolvidos através da produção de mandioca. PÁG. 4

André Moreira

Hoje nasColunasA vice-prefeita eleita do município de Estância, Adriana Leite (PRB), poderá disputar mandato de deputada estadual em 2018. PÁG. 2

A Academia Literária do Amplo Sertão Sergipano celebrou dois anos de fundação e, na mesma ocasião, empossou sete novos imortais. PÁG. 3

Vinte produtores de leite de Tobias Barreto realizaram uma Formação Profissional Rural (FPR), que faz parte do programa de Assistência Técnica e Gerencial. PÁG. 4

POLÍTICO

A SEMANA

AGROPECUÁRIO

INDIAROBA: ESTUDANTES PEDEM MAIS SEGURANÇAPÁGINA 3

Carira não leva educação a sério

Jorge Henrique/Arquivo JC

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Municípios JORNAL DA CIDADEArAcAju, 10 A 12 de dezembro de 20162

Panorama PolíticoDA REDAÇÃO DE MUNICÍPIOS

PENSANDO EM 2018... 1Divulgação

PENSANDO EM 2018... 2A sucessão estadual de 2018 está nos projetos do governador Jackson Barreto, que articula nos bastidores um nome do PMDB para sucede-lo. Jackson conversou recentemente com lideranças de Ribeirópolis, Nossa Senhora Aparecida e Poço Redondo.

AÉCIO FILHO/CANINDÉ

MPE emite parecer desfavorável

Divulgação

NO AGRESTE...O presidente da Câmara Municipal de Frei Paulo, vereador Vanaldo Pereira, vai colocar em pauta para votação, em regime de urgência, projetos que será votado em três partes e tende a ser aprovado pela maioria dos vereadores. Um pede a transferência do estádio de futebol para domínio de uma associação comandada pela Oliveira, do prefeito José Arinaldo (DEM). Transfere também para a mesma associação um clube social que está incluso na estrutura da Praça da Juventude. E o terceiro a transferência do Centro de Convenções, para a entidade vinculada à família do prefeito, que ainda está em construção.

EM POÇO VERDEOs bastidores da política no município apontam que o prefeito eleito, Iggor Oliveira (PSC), já teria definido pelo nome do vereador Amauri (PSC), para comandar a Secretaria de Saúde do município a partir de janeiro de 2017. A saída de Amauri da Câmara Municipal abriria vaga para Jaci de Silvino, primeiro suplente da coligação que não conseguiu a reeleição nas eleições de outubro. Recentemente, Iggor e Amauri foram vistos em Aracaju em evento voltado à saúde pública.

BEM ARTICULADOO prefeito eleito de Nossa Senhora Socorro, Padre Inaldo (PCdoB), nem bem assumiu a prefeitura no município e já demostrou excelência na articulação política. O padre-prefeito contará a partir de janeiro com 19 dos 21 vereadores da CMS.

ANÁLISEEntre esta segunda-feira, 5, e a próxima sexta, 9, o Tribunal de Contas do Estado (TCE/SE) fará a avaliação final sobre os índices de transparência dos municípios sergipanos, definindo os gestores passíveis de responder por ato de improbidade administrativa e quais localidades estarão sujeitas à suspensão de transferências voluntárias de recursos da União. A última análise preliminar, feita ao final de novembro, mostrou o índice de transparência em Sergipe com a média 5,7, numa escala de 0 a 10, enquanto na primeira avaliação do TCE/SE, realizada no mês de agosto, a média havia sido 3,0.

TRANSIÇÃO 1No início da semana, o radialista Aloísio Andrade visitou a Secretaria de Comunicação Social, pasta que irá gerir a partir de janeiro de 2017. O próximo chefe da Secom estava acompanhado de alguns dos profissionais que irão compor a pasta. O atual secretário e ex-vereador Alex Dias não participou do encontro.

TRANSIÇÃO 2Em Tobias Barreto, o prefeito eleito Diógenes Almeida (PMDB) anunciou o nome de José Nildeon (Titito) para comandar secretaria de Finanças a partir de janeiro. Habilidoso, Titito é atual secretário Finanças de Itabaianinha e também já assumiu o cargo na primeira gestão de Diógenes em Tobias.

PREFERÊNCIASComentários nas rodas da política lagartense dão conta de que o deputado Gustinho deseja a indicação de Magson para o cargo, mas o prefeito Valmir prefere continuar analisando o melhor nome para comandar a pasta. Comenta-se que o futuro gestor tenha a preferência pela indicação de um médico.

MAIS UM SEMINÁRIOO TCE/SE realizou o I Seminário de Gestão Municipal na sexta-feira, 9. O seminário tem como finalidade orientar os prefeitos eleitos e reeleitos para a gestão 2017-2020 sobre os novos instrumentos de gestão, fiscalização e captação de recursos, inclusive com distribuição de manual contendo os principais aspectos a serem observados durante a administração.

PALESTRASDentro da programação, as palestras sobre Direito Constitucional (ênfase Art 37/CF) e Direito Administrativo (ênfase Lei 8666/94) com Maurício Gentil Monteiro, da OAB/SE; a procuradora Eunice Dantas ministrará sobre Lei de Improbidade Administrativa; o secretário da TCU/SE, Clemente Gomes de Sousa, explicou sobre Prestação de Contas em Convênios, entre outros palestrantes.

Os prefeitos eleitos dos mu-nicípios de Capela e Neópolis, Silvany Sukita e Luiz Melo de França, respectivamente, além do prefeito reeleito de Nossa Senhora da Glória, Francisco Nogueira Nascimento, foram recebidos pelo conselheiro Clóvis Barbosa, presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE/SE), na terça-feira, 6.

Nas visitas foram tratados temas inerentes a este final de gestão, com o atual e os futuros gestores esclarecen-do dúvidas sobre aspectos como transparência e presta-ção de contas. “Viemos bus-car orientações, agradecer o papel do Tribunal nessa transição, algo que ocorre pela primeira vez”, comentou Silvany Sukita.

A oportunidade também foi vista como produtiva pelo prefeito de Neópolis: “Encon-tramos informações importan-tes para o aperfeiçoamento da

CAPELA, NEÓPOLIS E GLÓRIA

Presidente do TCE recebe prefeitos eleitos

Esta semana, o prefeito de Ita-bi, Rubens Feitosa Melo, deu entrevista à uma emissora

de rádio da região, para prestar esclarecimentos à população de seu município sobre o Inquérito Civil que foi aberto para investi-gar ações do atual prefeito.

O Inquérito, de competência da Promotoria Pública da Co-marca de Gararu, que pretende apurar a ocorrência de atos de improbidade administrativa e cri-mes contra o patrimônio público praticado pelo prefeito, é fruto da Operação Antidesmonte, o qual identificou na prefeitura de Itabi a existência de 10 funcionários que trabalham como garis e rece-beram R$ 991.825,00.

Durante a entrevista, o pre-feito Rubens disse que acreditava que a notícia que foi veiculada nas redes sociais e em emissoras de rádio “foi errada, pois sequer dizia o período em que os trabalhado-res receberam o dinheiro”, apesar

Prefeito dá esclarecimentos sobre Operação Antidesmonte

No município de Itabi, ações de Rubens Feitosa são alvo de denúncias

de não negar o volume de dinhei-ro pago aos trabalhadores. Ele explicou ainda, que todo o serviço foi prestado pelos trabalhadores que não são efetivos, mas “contra-tados momentaneamente”.

Rubens ainda explicou, e le-vou uma lista de assinaturas de

pessoas que receberam parte do dinheiro, que na verdade as pes-soas são contratadas para realizar um serviço eventual. Citou como exemplo, uma relação de mulhe-res trabalhadoras que realizaram os serviços de limpeza durante a última Festa do Jegue, em 2015.

Segundo o prefeito, 26 mu-lheres fizeram o serviço de lim-peza no espaço de eventos, ruas e praças e uma delas recebeu um cheque nominal no valor de R$ 3.494,40 (três mil, quatrocentos e noventa e quatro reais e quarenta centavos), sendo que esse valor era repassado para as demais, ou seja, era dividido entre as 26 con-tratadas. Ele confirmou que esse procedimento e as pessoas estão todas identificadas com listas de assinaturas e outros documentos, defendendo ainda que todo o pro-cesso foi feito na legalidade.

Rubens Feitosa garantiu que vai provar que todo o serviço foi executado e que não houve danos ao erário ou qualquer malandra-gem na gestão pública. Afirmou que está tranquilo com relação a essa denúncia e que vai aguardar ser comunicado oficialmente pelo Ministério Público para prestar todos os esclarecimentos devidos, inclusive à Justiça, se preciso for.

FEITOSA falou sobre o caso durante entrevista a uma rádio da região

NAS VISITAS foram tratados temas como prestação de contas

PREFEITO 'Chico do Correio' avaliou a reunião como positiva

O JOVEM foi acusado de propaganda degradante, após postagem em sua página na rede social

administração; o Tribunal está sendo muito solícito nessa par-te de nos orientar sobre como trabalhar no momento de di-ficuldade”, afirmou Luiz Melo de França.

Da mesma forma avaliou o prefeito Francisco Nascimento, conhecido como Chico do Cor-reio. “Foi uma reunião impor-tante para que a gente possa dirimir dúvidas - já que o Tri-bunal é um órgão orientador -, e que façamos uma gestão mais plena e transparente”, concluiu o gestor de Glória.

Ainda ao dialogarem com o conselheiro Clóvis Barbosa os prefeitos eleitos confirmaram presença no I Seminário de Gestão Municipal, que ocor-rerá na próxima sexta-feira, 9, no auditório do TCE.”O Tribunal está ofertando esse evento e certamente virei com toda a nossa equipe de secretários”, concluiu a futu-ra prefeita de Capela.

O Ministério Público Eleito-ral emitiu parecer desfavorável ao recurso interposto pela Co-ligação “Por Amor a Canindé” e pelo candidato eleito, Orlando Porto de Andrade, ao Tribunal Re-gional Eleitoral (TRE-SE), depois da decisão do juiz Paulo Roberto Fonseca para improcedência da representação contra o estudan-te de Direito, Aécio Filho.

O jovem foi acusado de pro-paganda degradante, após posta-gem em sua página na rede social ‘Facebook’ durante as Eleições Municipais de Canindé de São Francisco, ainda neste ano. Na publicação, Aécio afirmara que Orlandinho, como é conhecido o prefeito-eleito da cidade, “se tratara de um fantoche”, pois “mesmo sendo uma personalida-de política, não é administrador”.

No texto publicado em 2 de outubro, dia do pleito, Aécio, conhecido pelos seus posicio-namentos políticos e opiniões acerca de temas atuais, ainda afirmou que a população correra “risco de eleger um prefeito sem

voto”, ventilando que Kaká An-drade estaria por trás do posto.

Segundo o parecer da pro-curadora Regional Eleitoral, Eunice Dantas, o recurso foi considerado improcedente. Isso significa que o MPE acre-

dita que a decisão pela im-procedência da representação contra Aécio Filho deve preva-lecer. A juíza relatora do caso, Gardênia Carmelo Prado, deve agora levar em conta a opinião da Procuradoria Geral Eleitoral (PGE) para emitir o parecer final sobre o assunto.

Procurado, Aécio disse estar acompanhando o processo por ser o principal interessado, mas evitou comentar acerca do mé-rito do mesmo. Finalizou o con-tato assegurando estar “ciente da improcedência do que foi alegado, pelo conhecimento que tem do Direito e por estar amparado pela livre expressão, prevista na nossa Constituição.

Finalizou, dizendo: “Confio nas nossas instituições e em quem as coloca pra frente”.

O prefeito Domingos dos Santos Neto, do Município de Telha, está afastado do cargo por decisão judicial e não poderá encerrar o mandato. Na decisão, o juiz Evilásio Correira, da Co-marca de Propriá [que abrange Telha], determina a posse ime-diata da vice-prefeita Terezinha Moraes. Domingos dos Santos Neto tentou a reeleição, mas foi derrotado.

Em auditoria realizada em par-ceria com o Tribunal de Contas do Estado, o Ministério Público Estadu-al identificou a emissão de cheques feitos pelo gestor em favor da pró-pria prefeitura e endossados. Segun-do o promotor de Justiça, Antonio Fernandes, o endosso transforma o cheque nominal ao portador e fo-ram identificados saques feitos pelo secretário de finanças, Elton Márcio, outros servidores do município e

também de outras pessoas, já iden-tificadas, mas que não possuem vínculo com a prefeitura.

Em três meses, conforme o promotor, foi identificada a mo-vimentação irregular, com saques na boca do caixa, de cerca de R$ 539 mil. Mas a investigação pros-seguirá com auditoria que fará a fiscalização de um período maior, segundo o promotor. Assim que identificou supostas manobras que

teriam sido feitas pela gestão “para tentar iludir a investigação”, o pro-motor Antonio Fernandes acionou o Grupo de Combate à Improbi-dade Administrativa (GCIA) que ajuizou a ação contra o prefeito e contra o secretário de Finanças. A ação é assinada por quatro pro-motores de Justiça. Além de Antô-nio Fernandes, a ação é assinada pela equipe do GCIA.

Por: Portal Infonet

TELHA

Prefeito acusado de desvio de recursos

Fotos: Cléverton Ribeiro

Divulgação

A vice-prefeita eleita

de Estância, Adriana Leite (PRB), poderá disputar mandato de deputada estadual em 2018. Esposa do ex-deputado e ex-prefeito Ivan Leite, a futura vice pretende realizar um trabalho social no município para cacifar-se a disputa.

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MunicípiosJORNAL DA CIDADE ArAcAju, 10 A 12 de dezembro de 2016 3

JAIRO: “O fato é que nem sempre quem precisa tem acesso”

SEGUNDO os professores, os prefeitos de Telha e Carira não estão pagando os salários corretamente

A semanaDA REDAÇÃO DE MUNICÍPIOS

BANDA LARGADivulgação

Sergipe terá 100% de cobertura de banda larga em seu território. É o que vislumbra o Plano de Modernização

e Expansão da Tecnologia da Informação do Estado, apresentado pelo Governo, através da Empresa Sergipana de Tecnologia da Informação (Emgetis), junto à empresa PTS Data Center Solutions. Financiado pela Agência dos Estados Unidos para Comércio e Desenvolvimento (USTDA) e orçado em US$ 600 mil (mais de R$ 2 milhões de acordo com a cotação do dia), o projeto de banda larga é a primeira parte do plano, que prevê a universalização do acesso de qualidade à internet e aos serviços do governo, aumento da segurança das informações, continuidade de negócios, e economia de R$ 7,4 milhões para os cofres públicos.

INDIAROBA

Estudantes fazem apelo por mais segurança

SUL SERGIPANO

Eleitos se reúnem para análise de gestão

‘CARTÃO DO PRODUTOR’

PL descentraliza distribuição de insumos

Fotos: Divulgação

POSSE 1A Academia Literária do Amplo Sertão Sergipano celebrou dois anos de fundação e, na mesma ocasião, 3 de dezembro, empossou sete novos imortais, no Clube Municipal de São Miguel do Aleixo (SE). A ALAS, criada em outubro de 2013, foi anunciada em plena Bienal do Livro do mesmo ano, realizada em Itabaiana (SE). O advogado, escritor e acadêmico, Francisco das Chagas Vasconcelos (Prof. Vasko), surpreendeu a comunidade intelectual do Estado, com a agradável notícia do surgimento de mais um sodalício literário no interior de Sergipe, desta feita, sob sua liderança.

POSSE 2O Prof. Vasko que está à testa da ALAS, desde a sua criação, foi reeleito, em 9 de julho passado, para manter-se na Presidência durante o biênio 2016/2018. Em dois anos de criação, a ALAS realizou vários movimentos, como lançamentos de livros, participações em exposições, eventos literários, entre outros. A Academia é formada por 12 municípios que integram o sertão sergipano, ocupando uma área equivalente a 30% do território de Sergipe. São eles: Canindé, Carira, Feira Nova, Gararu, Graccho Cardoso, Itabi, Monte Alegre de Sergipe, Nossa Senhora Aparecida, Nossa Senhora da Glória, Poço Redondo, Porto da Folha e São Miguel do Aleixo.

FORÇA NACIONAL 1Menor estado da federação e o mais violento, segundo dados do 10º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, Sergipe receberá atenção especial da Força Nacional, que deverá chegar a Aracaju em janeiro para auxiliar nas ações de combate à criminalidade. Formada pelos melhores policiais e bombeiros dos grupos de elite dos Estados, que passam por um rigoroso treinamento no Batalhão de Pronta Resposta (BPR), a Força Nacional age em localidades onde é detectada a urgência de reforço na área de segurança pública.

FORÇA NACIONAL 2A vinda dos homens foi confirmada por representantes do Ministério da Justiça, que estiveram reunidos na última terça-feira (6) com a cúpula da segurança no Estado, mas ainda não foram precisadas informações específicas a exemplo de data da chegada e quantitativo policial. O encontro ocorreu na Sala de Situação do Quartel do Comando Geral da Polícia Militar (QCG) para apresentação da proposta de confecção do Plano Integrado de segurança.

PELO SERTÃO...A deputada Ana Lúcia (PT) se pronunciou durante sessão na Alese, sobre uma reunião que participou em Nossa Senhora da Glória, visando salvar o Rio São Francisco. O encontro contou com informações de representantes do Ministério Público Federal (MPF), Ministério Público Estadual (MPE), além de técnicos de Sergipe, da Bahia, Alagoas, que estudam a região. “Os técnicos descobriram coisas interessantíssimas, a exemplo de uma cachoeira que ainda não foi explorada e fica dentro da fazenda de um radialista.

DESCOBERTAEm Porto da Folha, os arqueólogos descobriram uma caverna; e foram discutidas ainda três ações importantes que fazem parte de um pacto que não vinha sendo respeitado. Mas foi de extrema importância para que nós possamos ver com outro olhar o processo de reeducação, a exemplo da situação das fabriquetas de queijos”, destaca. A deputada ressaltou ainda a importância do trabalho que vem sendo realizado pela força tarefa. “É por aí que a gente começa a recuperar a qualidade de vida da população de Sergipe e dialogar sobre a nossa saúde pública. Temos que ter uma outra relação com o mundo da natureza. É importante a gente estar explicando à sociedade sobre essas ações que visam a recuperação do Rio São Francisco; criam um primeiro impacto, mas depois as pessoas viram que são necessárias, a exemplo da adequação das fabriquetas de queijo”, entende.

OPERAÇÃODesde as primeiras horas da última quarta-feira (7), agentes da Polícia Federal realizam operação de combate a crimes contra a previdência social nos municípios sergipanos de Nossa Senhora do Socorro e Pirambu. Informações iniciais dão conta de que em Socorro duas pessoas já foram presas sob a acusação de fraude no auxílio reclusão, benefício devido apenas aos dependentes do segurado do INSS preso em regime fechado ou semiaberto, durante o período de reclusão ou detenção.

EM PINHÃOA ex-candidata a prefeita de Pinhão, Wanessa do Nascimento, poderá assumir a secretaria da Saúde do município. Wanessa, que disputou a prefeitura em 2012, mas acabou em segundo lugar na disputa, já ocupou o mesmo cargo durante a segunda gestão do ex-prefeito Valdinho (PMDB) entre 2009/2013.

Há meses que os 396 professores e professo-ras da rede municipal

de Carira vivem uma angús-tia, pois não sabem quando vão receber os salários. É uma roleta, ninguém sabe quem terá a sorte de receber os sa-lários dentro do mês.

A prefeitura faz uma es-pécie de ‘sorteio’, mas nin-guém sabe o critério desse sorteio. A única coisa que o magistério carirense sabe é o sofrimento que isso causa. Sem saber quando receberão seus salários, os professores e pro-fessoras têm suas vidas com-pletamente desorganizadas.

A administração de Diego Machado tem sido marcada pelo descaso e desvalorização do magistério, pois desde 2011 a Lei do Piso não é cum-prida e os salários dos profes-sores não são reajustados.

Com isso, o vencimento inicial de um integrante do magistério de Carira é de R$ 1.187, quando o atual valor do piso é de R$ 2.135,64 fazendo com que o salário do magistério carirense seja um dos mais baixos de Sergipe.

Professores da rede municipalpadecem sem receber saláriosEm Carira, por exemplo, está sendo feito um sorteio para pagar dentro do mês

em TelhAJá no município do Baixo

São Francisco sergipano, o de-sembargador Cezário Siqueira Neto deferiu parte do mandado de segurança impetrado pelo Sintese e determinou que o município de Telha pague in-tegralmente, até o dia 30, os salários do magistério.

Caso o município descum-pra a decisão, o prefeito Do-mingos dos Santos Neto terá que pagar multa diária pessoal de R$ 5 mil, chegando a até R$150 mil se descumprir a de-cisão por 30 dias.

Os professores e professoras de Telha estão há 95 dias sem salários. Há 21 dias as contas

do município estão bloquea-das, mas até o momento a administração só tem colocado empecilhos para não realizar o pagamento.

O Sintese espera que com o reforço da decisão do desem-bargador Cezário, a prefeitura de Telha cumpra a lei e pague os professores e professoras.

Com o objetivo de melho-rar no próximo ano o depósito de lixo nas cidades na região sul e a possível instalação de um frigorifico para atender as prefeituras dessa região, o deputado estadual e prefei-to eleito de Estância, Gilson Andrade (PTC), se reuniu na

quinta-feira, 8, com sete pre-feitos, para juntos analisarem esses pontos, para uma possí-vel melhoria a partir de 2017.

Os gestores participan-tes se mostraram satisfeitos com as ideias apresentadas. Com relação ao frigorifico, essas cidades estão com seus

abatedouros de bois sem a mínima condição de higiene e sofrendo a fiscalização do Ministério Público.

Os futuros prefeitos saíram do encontro entusiasmados e com desejo de entrarem o ano novo com o “pé no chão”. Entre os presentes na reunião,

estavam os gestores das cida-des de Santa Luzia do Itanhy, Indiaroba, Umbaúba, Tomar do Geru, Itabaianinha, Cris-tinápolis e Boquim. Somente faltaram a reunião, os prefei-tos de Arauá (que hoje está comemorando a festa de sua padroeira) e Pedrinhas.

Projeto de Lei, de autoria do deputado estadual Jairo de Glória (PRB), propõe a criação do Cartão do Produtor Rural. O objetivo, de acordo com ele, é desburocratizar e descentra-lizar a distribuição de insumos, alimentação animal, serviços de tratores e sementes, além da distribuição de água através de carros-pipa.

“A nossa iniciativa visa descentralizar essa distribui-ção que, em geral, é feita pelos órgãos do Estado de forma linear e assertiva, mas infelizmente em muitos ca-sos, a parte que cabe às Pre-feituras, acontece de forma eleitoreira, fazendo com que os produtores, que não têm apadrinhamento político, fiquem sem acesso aos bene-fícios que lhes são de direito”, argumentou Jairo.

Ele contou que no sertão sergipano existem produtores que há anos não têm acesso a um carro-pipa de água e nem a horas de trator por não terem vinculação política. “Isso é ina-ceitável. Na época da estiagem o Governo do Estado distribui sementes, palma forrageira e ração animal, através de tickets para contemplar os produtores”, afirmou, acres-centando que muitos desses

serviços são executados di-retamente pela Deso, Defesa Civil e Exército, o que ocorre de forma tranquila. Outra parte é repassada às Prefei-turas e, em muitos casos, essa

partilha ocorre de forma polí-tica, conforme ele já denun-ciou na tribuna da Assembleia Legislativa.

De acordo com ele, no sertão, é comum ficar nas

mãos de vereadores uma certa quantidade de tickets para a distribuição desses serviços e produtos. “O fato é que nem sempre quem pre-cisa tem acesso”, observou, adiantando que a instituição do Cartão do Produtor não implicará criação de despe-sa. “Apenas, regulamenta-se, desburocratizando o que já existe”, afirmou, adiantando que o produtor poderá ter os recursos na sua conta, permi-tindo-lhes escolher o melhor local para comprar a sua se-mente, locar caminhão para o abastecimento de água e adotar várias outras medidas necessárias para o seu bem--estar no campo.

“Eles teriam acesso ao crédito e compraria os seus insumos. Ao final, presta-riam contas ao órgão res-ponsável. Só teriam novo crédito no ano seguinte, se houvesse a devida prestação de contas, o que não tenho dúvida de que ocorreria considerando que os pro-dutores são pais de família, são homens de bem que não têm histórico de devedo-res”, destacou o deputado, acrescentando que “a nossa intenção é desburocratizar o processo”.

Durante os últimos dias, a direção do movimento estudantil do município de Indiaroba denunciou a in-segurança na cidade. Seg-undo o jovem Rafael Teles, a insegurança tem predomi-nado na pacata cidade e os estudantes estão em pânico com a ousadia dos marginais

que andam livremente pela cidade.

Segundo o líder estudantil, nem mesmo durante o dia os estudantes estão seguros. De acordo com o Rafael, roubos de celulares e motocicletas são constantes e nos últimos dias pelo menos em duas aborda-gens um grupo de meliantes

subtraiu pertences dos es-tudantes no interior do trans-porte escolar.

Cansado por conta dessa situação, o jovem fez um apelo às autoridades do município e clamou por segurança.

“Não suportamos mais tanta calamidade na segu-rança pública. Imploramos

ao excelentíssimo senhor pre-feito da cidade, José Leal, e aos excelentíssimos senhores vereadores do município, que corram atrás do secretário de segurança do estado e do governador Jackson Barreto para colocar um reforço de segurança em nossa região”, desabafou Rafael.

Jadilson Simões

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MUNICÍPIOS JORNAL DA CIDADEARACAJU, 10 A 12 DE DEZEMBRO DE 20164

PANORAMA AGROPECUÁRIO

CULTURA DA MANDIOCA

Agricultores participam de excursão

DA REDAÇÃO DE MUNICÍPIOS

EM TOBIAS

Vinte produtores de leite de Tobias Barreto realizaram uma Formação Profissional Rural (FPR), que faz

parte do programa de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG), aplicado no estado pelo do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Sergipe (Senar-SE) e vai durar dois anos. Ocorreu no Perímetro Irrigado Jabiberi, administrado no município pela Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro) e onde produzem 10 desses pecuaristas, que agora terão mensalmente os cursos e atendimentos individualizados nas propriedades.

Divulgação

Fotos: ASN/Divulgação

JABIBERIO Jabiberi focou sua aptidão à criação de gado leiteiro quando, em 2010, a assistência técnica e irrigação pública da Cohidro, a consultoria do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas em Sergipe (Sebrae-SE) e financiamento do Banco do Brasil, inseriram no polo de irrigação o modelo de produção de leite do programa ‘Balde Cheio’, criado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), em sua unidade de São Carlos-SP. Gerente do Perímetro, José Reis Coelho contabiliza os resultados obtidos.

REMINERALIZAÇÃO 1A remineralização do solo pode ser importante solução para sua recuperação, de acordo com a pesquisadora, doutora em solos e engenheira agrônoma Cláudia Goergen, da Universidade de Brasília (UnB). Cláudia Goergen fez palestra sobre o tema Remineralização do solo: nova fronteira para a ciência, no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) em evento do Dia Internacional dos Solos, na segunda-feira (5).

REMINERALIZAÇÃO 2Segundo Cláudia Goergen, a remineralização favorece a recuperação de solos desgastados, contribuindo para o rejuvenescimento e a produção de nutrientes essenciais ao cultivo de plantas. “Por meio desse procedimento, adicionamos, ao solo minerais com constituição química de alta fertilidade, que não se dissolvem rapidamente”. A engenheira agrônoma alerta que o procedimento ainda está em fase inicial e que a remineralização é um processo único para cada região, devido às especificidades de solo, mas que já apresenta bons resultados nas áreas onde foi aplicado.

PISACOOPO Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) vai fortalecer o Programa de Produção Integrada de Sistemas Agropecuários em Cooperativismo e Associativismo Rural (Pisacoop). O objetivo é ampliar a participação de diferentes culturas e atividades pecuárias em todas as regiões brasileiras. O anúncio foi feito pelo ministro interino do Mapa, Eumar Novacki, durante visita a Rondônia, quando também lançou a campanha nacional de combate ao mosquito Aedes aegypti.

AGRO+Para expandir e aperfeiçoar ainda mais o sistema de registro de produtos de uso veterinário, a Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) promove workshop, desta terça (6) até quinta-feira (8), em Brasília. O evento faz parte das ações do Agro+, plano de desburocratização do Mapa, e reúne 250 técnicos do Ministério da Agricultura e representantes do setor produtivo, como diretores do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para a Saúde Animal (Sindan) e da Associação de Laboratórios Farmacêuticos Nacionais (Alanac). De acordo com o Mapa, a atualização de normas deve tornar mais rápido registro de produtos veterinários.

DADOS NEGATIVOSSe em 2015 o agronegócio ajudou a evitar um tombo ainda maior da economia brasileira, neste ano ele engrossa os dados negativos do PIB. Pela segunda vez em 20 anos, o setor acumula três trimestres seguidos de retração e perdeu vagas de trabalho, influenciado pela queda das produções de culturas como milho, algodão, laranja e cana-de-açúcar.

RECUOA agricultura recuou 6,9% no terceiro trimestre de 2016 frente ao mesmo período do ano passado, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre o PIB. Foi o maior tombo para o período desde o início da série histórica do indicador, em 1996.

DIA DE CAMPO 1A Embrapa Tabuleiros Costeiros e a Embrapa Informação Tecnológica divulgam no Youtube o programa Dia de Campo na TV onde mostra as boas práticas no manejo e planejamento nutricional para produção de carneiros, ovelhas e cordeiros (ovinos) na região dos Tabuleiros Costeiros. O pesquisador Evandro Neves Muniz e o médico veterinário Samuel Figueiredo de Souza, ambos da Embrapa Tabuleiros Costeiros, de Aracaju, Sergipe, mostram como práticas de manejo simples e de baixo custo adaptadas à realidade do bioma dos Tabuleiros Costeiros podem aumentar a produtividade e a qualidade dos rebanhos, reduzindo os custos de produção da atividade e permitindo o fornecimento de produtos de qualidade e com alto valor agregado para estabelecimentos de alta gastronomia.

DIA DE CAMPO 2O planejamento e as recomendações são, sobretudo, quanto à qualidade, quantidade, formas de armazenamento e fornecimento estratégicos dos alimentos, bem como deve-se adaptar as fontes de nutrientes de acordo com o clima local. “Como nós humanos, os animais também precisam estar bem alimentados e nutridos para que tenham um bom desenvolvimento, e esses alimentos devem ser planejados de acordo com a localidade e necessidade dos animais”, disse Samuel Souza.

Esta semana foi autorizada a implantação do Projeto Dom Távora na cidade de

Carira, localizada no Agreste sergipano. Ao todo, foram assi-nados quatro contratos de Pla-nos de Investimento Produti-vo, que fazem parte do Projeto Dom Távora e beneficiam 113 famílias em um investimento total de R$ 1.238.472.

Para o governador do Es-tado de Sergipe, Jackson Bar-reto, a importância do Projeto é ainda maior diante da atual situação. “Sinto que chegamos em uma hora muito dramá-tica. A seca está muito forte, devastando lavouras e criando problemas para os pequenos produtores. Mas, por meio desse Projeto, nós estamos conseguindo facilitar vida des-sas pessoas, que estão inseri-das nessa triste realidade. O nosso papel é o de promover desenvolvimento com susten-tabilidade e, ao mesmo tempo, segurar o homem do campo em sua própria terra, possibi-litando uma maior geração de renda para eles e esperança de dias melhores. É esse tipo de obra, que não tem paredes ou placas de inauguração, que fica por mais tempo na história de um povo, porque o que é er-guido fica eternizado nas men-tes e corações de cada uma dessas famílias”, declarou.

De acordo com secretário de Estado da Agricultura, De-senvolvimento Agrário e da Pesca, Esmeraldo Leal, o go-verno já fez uma série desses investimentos, principalmente nessa última semana. “Somen-te em Carira, além das três co-munidades que firmam contra-tos hoje, temos mais cinco em processo de análise, o que deve representar a soma de R$2,4 milhões para auxiliar no cam-

po, nas áreas com baixo IDH [Índice de Desenvolvimento Humano], onde a seca tem castigado bastante e onde mais o povo precisa. A resposta do Governo é a prática, e temos praticado muito esforço para que tudo saia do papel o mais rápido possível”, destacou.

BENEFICIADOSO Assentamento Luiz Car-

los Prestes será contemplado com um plano de investimento que prevê a implantação de um projeto de bovinocultu-ra, um investimento de R$ 230.472 que beneficiará 28 famílias.

“Tudo foi bastante provei-toso. O governador firmou compromissos importantes com nossas comunidades e ele sempre será bem-vindo aqui em Carira, pois está fazendo uma grande administração.

Para nós, o projeto é de uma grandeza enorme, e vamos trabalhar para que possamos conquistar ainda mais. Já es-tamos pensando em um outro que envolve abastecimento de água, e tenho certeza que o Governo do Estado será nosso grande aliado nessa luta. Por isso eu digo a todos que têm associação que se regularizem para também receber essa aju-da, pois ela é muito importante para desenvolver um trabalho de qualidade”, afirmou Wilson Ferreira, presidente da Asso-ciação Familiar Luís Carlos Prestes.

A Associação Comunitá-ria do Povoado Lagoa Verde celebrou o convênio para a implantação de um projeto de ovinocultura, envolvendo 30 famílias e um investimento de R$ 360 mil. Já a Associa-ção Comunitária do Povoado

Lagoa do Meio deve ser con-templada com um projeto na mesma área, e um valor de R$ 360 mil para 31 famílias.

“Uma associação é a junção de uma comunidade com o seu povo. Uma associação não é feita de papel, nem de facha-das, mas de um povo que corre atrás, para crescer e trabalhar melhor. Temos graves proble-mas com a seca, mas com esse com esse recurso vamos final-mente poder erguer nossas cabeças, nunca deixando de agradecer a Deus e ao nosso governo”, agradeceu Paulo Almeida Costa, presidente da Associação Lagoa do Meio.

Por último, a Associação Comunitária do Povoado San-ta Maria, também com um plano de investimentos em ovi-nocultura, deve receber uma aplicação de R$ 288 mil para o benefício de 24 famílias.

Projeto Dom Távora vaibeneficiar agreste de SE‘Dom Távora’ vai favorecer mais de 100 famílias que sofrem com a seca

ASSENTAMENTO Luiz Carlos Prestes será contemplado com investimento de R$ 230.472 para 28 famílias

AGRICULTORES DE DORES tiveram oportunidade de conhecer o processo de produção com a mandioca

Agricultores familiares e lideranças comunitárias dos Povoados Campo Grande e Massaranduba, do município de Nossa Senhora das Dores, participaram de excursão aos municípios de São Domingos e Campo do Brito, cujo objetivo foi conhecerem de perto os trabalhos desenvolvidos com a cultura da mandioca, mais precisamente no que se refere ao processo de produção e seu diversificado aproveitamento.

A proposta inicial teve como base proporcionar aos agricultores selecionados a oportunidade de conhecerem o estágio de desenvolvimento alcançado pelos agricultores familiares daqueles municí-pios, atualmente os mais des-tacados do Estado de Sergipe, não apenas pelo volume e qualidade dos seus produtos, mas também, pelo exemplo de empreendedorismo que apresentam.

O evento teve início na propriedade do Sr. Ivo Roberto Pinto, situada no município de São Domingos, quando na oportunidade os visitantes viram o uso da manipueira na alimentação de bovinos e ovinos. O que mais chamou a atenção dos visitantes e provo-cou inúmeras perguntas ao Sr. Ivo, foi o uso da manipueira na alimentação dos ruminantes, uma prática pouco conhecida pelos mesmos, mas, conforme puderam constatar, o estado geral e sanitário em que se encontravam os animais, era surpreendente, demonstran-do a grande utilidade desse subproduto da mandioca, que normalmente é jogado fora, e causador de enormes prejuízos ao meio ambiente.

Outro fato observado e bastante comentado foi a in-tegração das atividades de-

senvolvidas na propriedade, pois, com apenas um hectare de área, mantêm em produção dez matrizes leiteiras, suas crias e mais de vinte ovinos, além de suínos e aves caipiras. A alimentação dos ruminan-tes, basicamente é composta por capim elefante picado no cocho, silagem de milho com capim, manipueira após quatro dias de repouso, cascas da raiz e parte aérea da man-dioca, além de suplementos minerais. Segundo o produtor, os resultados obtidos nas ex-plorações são satisfatórios e garantem a sustentabilidade da propriedade.

Encerrando a visita em São Domingos, a excursão teve prosseguimento, desta feita no povoado Gameleira, situado no município de Cam-po do Brito, cujo objetivo foi conhecerem a Cooperativa dos Produtores de Farinha de Mandioca do Município de Campo do Brito – Coofa-ma, organização de pequenos

produtores de mandioca, mas que já alcançaram fronteiras fora do Estado de Sergipe. Ao chegarem à sede da Coope-rativa, os participantes foram recebidos pelo Sr. Carlos Lapa, presidente da referida orga-nização, quando na oportuni-dade fez um breve relato da história da entidade, desde sua fundação, as lutas e conquistas até chegar aos dias atuais. Em seguida, todos visitaram as instalações de classificação, pesagem, empacotamento, armazenagem e expedição da farinha, como também o “Cen-tro de Produção de Derivados da Mandioca”, localizado em local próximo.

A farinha de mandioca da Coofama, hoje é comercia-lizada em Sergipe e outros estados, através de redes de supermercados, a exemplo do GBarbosa e Casas do Norte, da região Sudeste do Brasil. Os outros derivados da mandioca são fornecidos às Prefeituras, para atenderem à alimentação

escolar, através do Programa Nacional de Alimentação Es-colar – PNAE, como também atendem a pedidos para festas e outros eventos.

Na avaliação dos partici-pantes, a excursão foi consi-derada de grande importân-cia, pois, além de propiciar o conhecimento de realidades diferentes, serviu ainda para a troca de experiências e os participantes e criar possibili-dades de negócios, conforme foi proposto pelo presidente da Coofama, colocando-se, inclusive, à disposição dos visitantes para a efetivação de futuras parcerias, caso fosse do interesse de todos.

Durante a excursão acom-panharam os agricultores os técnicos da Emdagro do Escritório Local de Nossa Senhora das Dores, Adalmir Alves de Jesus e Gilberto Luiz Araújo d e Santana além do técnico do Escritório Local de Itabaiana Agenor Antônio do Nascimento.

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MERCADOJornal da Cidade

ArAcAju 10 A 12 de dezembro de 2016 EDITOR: Eugênio Nascimento

[email protected] & Negócios

MARCÍLIO M. MOREIRA“A situação é

seríssima, mas oBrasil tem jeito”

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MARCOS CARDOSO [email protected]

Naquele tempo...Naquele tempo, os principais motivos do golpe foram

econômicos. Um presidente cujas propostas ameaçavam privilégios de classe precisava ser detido pela elite. Foi o que aconteceu.

Naquele tempo, houve um desarranjo na situação brasileira, a inflação cresceu aceleradamente, as medidas econômicas causa-ram insatisfação política e a situação só foi piorando.

Naquele tempo, a situação política brasileira estava muito instável desde o resultado da eleição, a crise havia fragmentado os destinos da nação.

Naquele tempo, tentaram desqualificar os resultados das urnas.Naquele tempo, como o governo pretendia fazer reformas

sociais, tentaram primeiro reduzir seu poder inventando um par-lamentarismo. Que não deu certo.

Naquele tempo, quem governava o país era de esquerda.Naquele tempo, as contestações cresceram, a grande impren-

sa deu início a uma campanha contra o radicalismo ideológico, alertando para o caminho escolhido pelo presidente de levar o Brasil para um regime comunista.

Naquele tempo, estouraram várias revoltas e greves pelas ruas do país.

Naquele tempo, estudantes chegaram a organizar movimen-tos em defesa das ideologias de esquerda, o que só criaria motivos para a perseguição que viria mais à frente.

Naquele tempo, a oposição ao golpe foi forte. Para contra--atacar, utilizando instrumentos legais que concediam amplos poderes ao executivo para reprimir os opositores, estudantes, políticos e sindicalistas foram presos, torturados e até mortos.

Naquele tempo, o grande estopim que colocaria os golpistas mais entusiasmados em cena seria a manifestação do dia 13 de março.

Naquele tempo, os golpistas aliaram-se aos políticos mais con-servadores e, sub-repticiamente, aos interesses norte-americanos para deflagrar o golpe.

Naquele tempo, religiosos pregaram contra a ameaça da esquerda mobilizando o povo na oposição ao governo e para dar legitimidade ao golpe.

Naquele tempo, após o golpe, as elites permaneceram acumu-lando poder às custas do povo e passaram a ser amparadas pelos golpistas, ficando mais ricas.

Desde o Império, passando pela República Velha e por Getú-lio, os militares sempre estão prontos a demonstrar insatisfação com as condições vividas pelas Forças Armadas Brasileiras e gos-tam de ser colocados na cena política nacional.

Naquele tempo...

Cerca de 50 dos 75 prefeitos eleitos nos municípios ser-gipanos estiveram no audi-

tório do Tribunal de Contas do Es-tado (TCE/SE) na sexta-feira, 9, para conhecer ou aprimorar seus conhecimentos sobre os principais temas com os quais irão lidar nos próximos quatro anos.

Foi a primeira edição do Semi-nário de Gestão Municipal, cujo público total, com o acréscimo dos assessores e vereadores presentes, chegou aos 387 participantes. “Neste evento, todos terão opor-tunidade de se aprofundar sobre instrumentos de gestão, capacita-ção e captação de recursos, recebe-rão uma cartilha com os principais conceitos a serem usados do início ao fim do mandato. Afinal somos um órgão de controle e uma das nossas missões principais é também orientar e educar os gestores e suas assessorias para que não cometam erros em sua gestão. Com este pri-meiro seminário estamos abrindo as portas do TCE e estreitando os laços com todos os prefeitos eleitos de todos os 75 municípios sergi-panos”, disse o presidente Clóvis Barbosa na abertura.

No encerramento, num dis-curso mais filosófico, intitulado “Civilização e barbárie”, Clóvis Barbosa cobrou responsabilidade de todos e relacionou a violência do Brasil à corrupção e à falta de investimento na educação. “Parece que estamos involuindo, não con-seguimos avançar até a civilização e estamos voltando à barbárie”, disse, citando conceitos do filósofo Claude Lévi-Strauss, segundo o

qual o Brasil “é o único lugar que passou da barbárie à decadência sem conhecer a civilização”.

“Lula fez um extraordinário governo, mas cometeu um erro: o de promover o crescimento pelo consumo e não pela educação”, afirmou, citando que o Brasil, que viveu de golpe em golpe, agora caiu num contragolpe: “Criaram uma crise política, transformaram numa crise econômica, derrubaram o governo e agora não conseguem resolver a crise que criaram”. Mas ele votou a elogiar a atuação “des-ses meninos” que estão à frente da Operação Lava Jato.

E citando Darcy Ribeiro — “Nós temos uma das elites mais opulentas, anti-sociais e conser-vadoras do mundo” —, Clóvis Barbosa encerrou apelando aos gestores municipais para a ques-tão da educação: “Darcy Ribeiro

fez em 1982 uma conferência dizendo que, se os governado-res não construíssem escolas, em 20 anos faltaria dinheiro para construir presídios. A ‘pro-fecia’ dele se concretizou, mas nós podemos mudar isso, se nos preocuparmos em tratar a coisa pública com seriedade e inves-tirmos em educação”. Foi muito aplaudido.

BusCa de orientaçãoO Primeiro Seminário de Ges-

tão Municipal foi para os gestores que iniciarão seus mandatos em 1º de janeiro de 2017 uma opor-tunidade de buscar a orientação que veio por meio de explanações acerca de aspectos fundamentais da gestão pública, como Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), Lei da Transparência, o papel das controladorias, licenciamento am-

biental, Plano Diretor, captação de recursos, entre outros.

Uma diversidade de aborda-gens que foi destacada pelo pú-blico. “O Tribunal de Contas está sendo pioneiro nesta ação, dando oportunidade para que nós gesto-res, num pequeno espaço de tem-po, tenhamos contato com várias instituições importantes e assim possamos mudar a realidade das nossas cidades”, afirmou o prefeito eleito de Aquidabã, Mario Lucena.

Eleito para comandar o mu-nicípio de Ribeirópolis, o ex-de-putado estadual Antônio Passos disse esperar que outros eventos semelhantes sejam realizados: “É bom para as prefeituras se atua-lizarem com a realidade do nosso país e tudo isso faz com que as administrações sejam mais demo-cráticas”, colocou.

Já o município de Capela terá como prefeita Silvany Sukita, que também esteve presente no Semi-nário. “Foi de fundamental impor-tância para nos orientar sobre como iniciar uma gestão eficaz e de exce-lência, justamente nos princípios da transparência e responsabilidade com o erário”, concluiu.

O evento conta com a parceria do Sebrae e Universidade Federal de Sergipe (UFS) e teve o apoio dos ministérios públicos Estadual, Federal e de Contas, a Ordem de Advogados do Brasil (OAB/SE), Tribunal de Contas da União (TCU), as controladorias gerais do Estado e da União, IBGE, Instituto Euvaldo Lodi (IEL), além da Caixa Econômica Federal, Banco do Nor-deste, Banco do Brasil e Banese.

Tribunal de Contas reúne 50 prefeitos eleitos e os orienta sobre a boa gestãoFoi a primeira edição do Seminário de Gestão Municipal, que reuniu quase 400 participantes

CLÓVIS BARBOSA: “Somos um órgão de controle e uma das nossas missões principais é também orientar e educar osgestores para que não cometam erros em sua gestão”

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Mercado Jornal da cidade2 ArAcAju, 10 A 12 de dezembro de 2016

Até aonde vai a irracionalidade humana?

Reforma da Previdência: o problemasão os efeitos de curto prazo

DILSON M. BARRETO ECONOMISTAROBERTO AMARAL

CIENTISTA POLÍTICO, EX-MINISTRO DA CIÊNCIA E TECNOLOGIA E EX-PRESIDENTE DO PSB. AUTOR DE SOCIALISMO, MORTE E RESSURREIÇÃO (ED. VOZES). ARTIGO PUBLICADO NA CARTA CAPITAL.

MARCOS DE AGUIAR VILLAS-BÔASCARTA CAPITAL

Como em todas as discussões, é preciso se desarmar, o máximo possível, das paixões po-lítico-ideológicas, pensar mais no social do que em si e se informar, para que não se fale do que não existe ou coisas que não fazem sentido.

O ponto central das discussões iniciais sobre a proposta de reforma da previdência apresentada há alguns dias tem sido o novo regime de idade e de tempo de contribuição para aposentadoria.

No sistema atual, há duas possibilidades autônomas. Para se aposentar pela idade, a mulher e o homem precisam hoje completar 60 e 65 anos. É possível também que mu-lheres e homens se aposentem por tempo de contribuição de 30 e 35 anos, independente-mente da idade, o que não é fácil de se ver entre os mais pobres. Essa regra beneficia mais as classes média e alta.

A proposta de reforma extinguirá essa segun-da possibilidade de aposentadoria, ficando apenas a primeira, mas reformulada, pois as mulheres também precisarão completar 65 anos para se aposentar e ambos, homens e mulheres, precisa-rão completar ao menos 25 anos de contribuição.

Ninguém precisará trabalhar 49 anos para se aposentar. A regra proposta prevê um maior benefício para aqueles que trabalhem e contribuam para a previdência por mais tempo. Nada mais justo.

Com 25 anos, surge o direito de aposen-tar com 76% do benefício. Cada ano a mais trabalhado dará 1% a mais de benefício. Daí surgem os 49 anos, pois será necessário trabalhar mais 24 anos, além dos 25 que dão direito à aposentadoria, para ter mais 24%, ou seja, aposentadoria de 100% (integral).

Como se pode ver, o assunto é complexo e precisa ser discutido com cautela. Desde que criado o fator previdenciário, em 1999 (há 17 anos), poucos vêm se aposentando com o bene-fício integral, pois a função do fator é exatamente reduzir benefícios dos que contribuíram menos. Já é assim há muito tempo. Esse tipo de sistema é necessário para que a previdência seja susten-tável. É assim em quase todo o mundo, em países de todos os níveis de desenvolvimento.

Segundo as regras atuais, para ter apo-sentadoria integral, por conta do fator previ-denciário, já é preciso que mulheres somem 85 pontos em termos de idade mais contri-buição, enquanto que os homens precisam somar 95 pontos.

Pelas regras vigentes, só recebe 100% de benefício a mulher que tiver, ao se aposentar, por exemplo, 60 anos de idade e 25 anos de contribuição ou 65 anos de idade e 20 anos de contribuição. Para homens, é preciso ter 70 anos de idade e 25 anos de contribuição ou 65 anos de idade e 30 anos de contribuição.

A mudança, que é dura, leva a ser neces-sário, no caso de homens e mulheres, somar 114 pontos, ou seja, 65 anos de idade e 49

anos de contribuição, para que se tenha di-reito a benefício de 100%. Se os indivíduos começarem a contribuir com 16 anos, terão 49 anos de contribuição aos seus 65 anos.

Os defensores do social – e este autor se considera um ferrenho – precisam compreen-der bem o tema para defenderem apropriada-mente o social.

No que toca às regras citadas acima sobre idade e tempo de contribuição, após estudar longamente o sistema de dezenas de países e conversar com muitos dos maiores espe-cialistas do mundo, a exemplo de Nicholas Barr e de Peter Diamond, vencedor do Nobel de Economia, este autor entende que a propos-ta de reforma da previdência é, em parte, boa. Os defensores do social devem se concentrar, portanto, no que é ruim e no que ela é omissa.

As mudanças na previdência, como provam as teorias e práticas ao redor do mundo, e como afirmado por Barr em entrevista publicada neste blog, devem ser realizadas de forma bem suave, com tempo para que as expectativas das pessoas possam se adequar às novas regras.

A surpresa – como mudanças em curto prazo, pior ainda se forem drásticas – causa problemas graves nas vidas das pessoas e, portanto, dificulta a aprovação das propostas.

Como o governo atual decidiu fazer um ajuste fiscal drástico, no meio de uma gravís-sima recessão, apenas pelo lado das despesas primárias, deixando para mexer nos maiores juros reais do mundo em conta gotas e dei-xando o péssimo sistema tributário intacto, é preciso, então, mudar drasticamente a previ-dência, até para que sobre dinheiro à frente por conta da famigerada PEC dos gastos.

As regras de eficácia da proposta de re-forma da previdência são muito ruins. Serão afetados desde já mulheres com até 45 anos e homens com até 50 anos, e os acima dessa idade cairão na regra de transição.

O foco das críticas deve ser o regime de produção de efeitos das regras, pois a proposta é para que comecem a valer imediatamente.

Conforme a regra de transição, aqueles acima das idades de 45 e 50 anos não se sujeitarão às regras novas, porém deverão trabalhar mais metade do tempo que faltam hoje para se aposentar.

A regra é ruim, porque ela discrimina in-divíduos em situações muito semelhantes por um dia de idade. O homem que tiver 49 anos, 11 meses e 29 dias não vai ser submetido à transição, devendo seguir desde logo as novas regras, enquanto que o homem com 50 anos completos se submeterá à transição.

Veja o exemplo de um homem que começou a trabalhar com 18 anos e vem contribuindo ao longo dos últimos 32 anos. Hoje ele tem 50 anos e alguns dias, ficando submetido à regra de transição. Como ele faltava apenas 3 anos para se aposentar por

35 anos de contribuição e provavelmente já fazia planos nesse sentido, precisará adiar os planos por mais 1 ano e 6 meses.

As regras deveriam começar a produzir efeitos na prática apenas depois de 5, 10 ou 15 anos. É um absurdo uma reforma da previdência que endureça as regras para apo-sentadoria a partir do dia seguinte em que entrar em vigor. Isso contraria o que há de mais avançado no mundo.

Se ficará ruim para os submetidos à regra de transição, pior será para quem não se sujeitar a ela, pois estará imediatamente sujeito à idade de 65 anos com ao menos 25 anos de contribuição.

Aquele homem mencionado acima, com 49 anos, 11 meses e 29 dias de idade, poderia vir contribuindo desde os 16 anos e alguns dias de idade, restando apenas 1 ano e alguns dias para sua aposentadoria. Pela proposta de reforma da previdência, esse homem precisa-rá agora esperar mais 15 anos, pois apenas poderá se aposentar com 65 anos de idade.

Se a regra de transição aplicada de ime-diato causa espanto, a aplicação das novas regras de imediato a quem estava próximo da aposentadoria é criminosa. O corte teria que ser, ao menos, em 35 e 40 anos de idade para que não surpreendesse tanto as pessoas.

O Congresso Nacional deve ser pressio-nado a alterar o início da produção de efeitos tanto das regras novas, como da própria regra de transição.

É importante, ainda, apesar de não haver espaço suficiente aqui, retornar a um tema já tratado em texto anterior. Como era de se esperar, a proposta do governo Temer não busca em nenhum momento fazer distribui-ção de renda, um dos objetivos principais da previdência social, conforme amplamente aceito pelas melhores teorias e práticas.

Num país de desigualdade anacrônica como o Brasil, o financiamento da previdên-cia não pode ser o mesmo criado décadas atrás, com apenas três faixas de alíquotas (8%, 9% e 11%) muito próximas umas das outras. É preciso que a progressividade do financiamento seja elevada, criando-se, por exemplo, uma faixa de isenção, como já acon-tece em muitos países.

A proposta de reforma não mexe na con-tribuição, nem mexe nos benefícios com o objetivo de melhorar a distribuição de renda. O objetivo é exclusivamente endurecer as regras para tornar o sistema fiscalmente sustentável, que é apenas um dos fins da previdência.

O financiamento do sistema e um regime de formação dos benefícios que distribua renda deveriam ser objeto de um projeto substitutivo dos partidos preocupados com um provável aumento da imensa desigualda-de brasileira por conta da reforma. O objetivo deve ser exatamente o contrário: um novo sis-tema que leve à diminuição da desigualdade.

Os tempos mudaram, e mudaram muito! Na minha época de estudante univer-sitário, fazíamos protestos desfilando

pelas principais ruas da cidade conduzindo placas de cartolina contendo vários escritos denunciando situações que indignavam ou feriam os nossos preceitos democráticos ou então gritando alto e bom som palavras de ordem, tudo isto na mais perfeita disciplina, sem constranger pessoas ou danificar o patri-mônio público. Isto era assim em todo o País. Entidades representativas dos estudantes, sindicatos, intelectuais, artistas, políticos to-dos, juntos ou separados, protestavam contra o governo ou contra o imperialismo america-no, sem, contudo, desmerecer o respeito da população. Como estávamos no período da Ditadura Militar, a polícia atacava com toda ferocidade procurando dispersar e fazer calar a voz que protestava contra o regime, denun-ciando as prisões e torturas e reivindicando a volta da democracia. Mesmo assim, com avanços e recuos, com correrias e casseteta-das nas costas, aspirando a fumaça do gás lacrimogêneo, nenhum bem patrimonial era depredado. O revide dos manifestantes con-sistia, quando possível, em pedras, devolução dos petardos atirados pelos policiais, ou bolas de gude espalhadas no asfalto fazendo cair os cavalos juntamente com seus cavaleiros. A União Nacional dos Estudantes (UNE) era considerada um patrimônio em termos de representatividade e integridade moral e seus líderes mereciam o respeito por parte dos es-tudantes e das diversas instituições que faziam a República. Havia liberdade no protestar sem qualquer subsídio financeiro, como havia liberdade quanto à questão ideológica de cada grupo que liderava o movimento estudantil. Mesmo sob a vigilância ferrenha dos militares, era até salutar as discussões no meio estudan-til entre direita e esquerda, entre marxista--leninistas e maoístas e outros grupos ideoló-gicos. Havia sempre o respeito e a maturidade nas discussões. Porém, quando se tratava da realização de movimentos de rua em defesa da democracia e da liberdade, todos estavam unidos, em prol de uma causa comum.

O que vejo no momento atual causa--me repulsa, indignação. A UNE hoje é uma agremiação anarquista, corrompida, a serviço e financiada por grupos políticos sectários que disseminam o ódio, não pensam no País e sim na reconquista e preservação de seus interesses particulares recentemente perdidos. Como no passado, esta instituição deveria dar o exemplo às novas gerações de estudantes, defendendo seus interesses mais legítimos, independente de vinculações político-partidárias. Todavia, o que se vê

hoje é o contrário, ela une-se a movimentos sociais anarquistas (CUT e MST), acostuma-dos a receberem graciosamente as benesses do poder, para depredarem o patrimônio público e privado, promovendo o caos e a desordem. Foi deprimente o que se assistiu pela televisão na tarde e noite de terça-feira, 29 de novembro, em Brasília, na Esplanada dos Ministérios. Uma horda de desordeiros, agindo como verdadeiros bandidos, destruí-am intencionalmente bens valiosos da socie-dade, edificados com o suor do trabalhador que paga seus impostos, tudo isto indicando que o objetivo principal da onda marginária de protestos não estava na essência dos atos governamentais encaminhados ao Congres-so. A turba, contudo, tinha um objetivo definido: perturbar o ambiente democrático, disseminando o terror, dentro da teoria “do quanto pior melhor”, procurando tão somente desestabilizar as instituições e o próprio go-verno já combalido com uma crise econômica e política que não consegue superar.

O movimento poderia ser considerado justo e até aplaudido pela população, mes-mo que parte dela não concordasse, caso a discussão e os protestos fossem civilizados e estivessem centrados em torno de ideias e que estas fossem debatidas, tendo como bandeira de luta as medidas provisórias do Ensino Mé-dio e do Teto do Gasto. Porém não foi este o perfil das manifestações, inclusive porque, na mesma hora, a Câmara dos Deputados votava a lei que põe em risco a continuidade da ope-ração “Lava Jato”, estabelecendo a possibili-dade de membros do Ministério Público sejam processados por crime de abuso de autorida-de, procurando os legisladores se protegerem contra as várias denúncias de corrupção de que são acusados, num total desrespeito à Justiça e num golpe baixo perpetrado contra a democracia e à própria sociedade que não mais aceita a roubalheira deslavada que en-volve a grande maioria da classe política.

Todavia, o objetivo desses grupos, estimu-lados pelos partidos que agora estão na oposi-ção e que não aceitam haver perdido as fartas boquinhas financeiras graciosas ou corruptas, além de promover a instabilidade política, é levar o País a ingovernabilidade, mesmo tendo plena consciência do elevado perigo que suas ações possam perpetrar. A eles não interessa a estabilidade pois lutam pela captu-ra do poder que lhes foi usurpado. Desordem leva a desordem e esta, em cadeia, somente contribui para o atraso. Ao contrário da época anterior, aqui a polícia atacou com bombas de efeito moral e gás lacrimogênio, tão somente para dispersar o grupo agressor e defender e proteger o bem público então sob ameaça dos vândalos. Quem sofre é a população que desesperançada, vê sendo desconstruídas as oportunidades de retomar o crescimento do país, o emprego e o seu lugar ao sol.

São as contradições da vida: enquanto os políticos dão um tapa na cara da socieda-de, intimidando e enfraquecendo a Justiça para se protegerem da prisão iminente, os baderneiros, obcecados pela fúria, utilizam o direito de protestarem para depredarem o patrimônio público. A democracia permite que livremente possamos protestar, gritar, berrar, manifestar-se de todas as maneiras, desde que com respeito ao outro e às institui-ções. Esses ensinamentos os baderneiros não aprenderam na escola.

NEM TUDO, PORÉM, ESTÁ PERDIDO! UMA LIÇÃO PARA OS VÂNDALOS

Enquanto na semana antepassada a ba-derna tomou conta da Esplanada dos Minis-térios, esse mesmo local foi inundado neste domingo que passou, 04 de dezembro por milhares de manifestantes ordeiros, como em vários Estados brasileiros, numa manifes-tação pacífica, exaltando a ação da justiça e protestando contra a corrupção e as mano-bras desonestas de deputados e senadores que usam do poder que o povo lhe conferiu para legislarem em causa própria na tentativa de se livrarem da prisão iminente. As ruas, en-tretanto, gritaram alto “os deputados e sena-dores pensam que o Congresso é propriedade deles; estão enganados. O Congresso é a casa do povo e se lá eles estão foi porque o povo os colocou. O povo que coloca, tira também”. Sem quebra-quebra ou baderna de qualquer espécie, a voz do povo ao soar forte, faz estre-mecer os espíritos acuados pelo medo, contri-buindo para resgatar a moralidade perdida, colocando os políticos na sua devida conta. O povo que antes era escravo, com estas mani-festações de rua deste último final de semana, deixa bem claro um recado aos políticos: não mais será escravo de ninguém.

A República inaugurada em 1988 está de joelhosA crise institucional está instalada, e o País à beira do caos.

Crise alimentada por um STF irresponsável, um Congresso sem representatividade e impopular, e a presidência da República chefiada por um presidente ilegítimo, frágil e tíbio. Todas as con-dições estão dadas para o impasse em que afinal nos metemos.

A economia se deteriora a olhos vistos. A recessão trans-muda-se em depressão e não há perspectiva de restauração no curto prazo. A promessa de recuperação econômica realizou--se como fraude: informa o IBGE que o PIB encolheu 2,9% no terceiro trimestre, dando continuidade a uma sequência de dez meses de queda.

Pela sétima vez são reduzidas as projeções do PIB. Devemos chegar ao final do ano com uma retração de 3,43%. Nenhum setor da economia está respondendo aos paliativos governamen-tais. Os investimentos privados, cuja atração era o passaporte para todas as maldades, caíram 29%. O BNDES reduziu seu desembolso em 35%.

Com exceção do agronegócio, o quadro geral é de redução da atividade econômica em todas as áreas e setores, com des-taque para a o setor industrial, o que mais sofre na depressão. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) do IBGE, o desemprego em dezembro é de 12% e tende a con-tinuar em alta. A burguesia industrial dá sinais de inquietação, pois já vê no final do túnel um Brasil próximo da tragédia grega, afundado na depressão, a outra face de nossa inépcia e da opção neoliberal pela inserção subordinada na globalização.

A federação se esfacela com a falência generalizada de Esta-dos e municípios. Minas Gerais e Rio Grande do Sul já declara-ram ‘calamidade financeira’; no Rio de Janeiro a crise, aguda, é financeira, administrativa e moral e caminha para a convulsão social, fomentado pela falência da administração pública, mas alimentada igualmente por uma repressão policial que lembra os piores momentos da ditadura militar.

Para 2017, a indústria paulista prevê uma nova leva de 150 mil desempregados. O desemprego cresce em nível assustador em todo o país e a resposta do governo é aumentar o arrocho: re-forma da Previdência, penalizando o trabalhador, ‘flexibilização’ da CLT, terceirização, redução dos investimentos por 20 anos. É o fracasso rotundo do reajuste.

O plano político, reflexo, é igualmente desolador: a crise dos Poderes e das instituições se faz acompanhar pela crise dos par-tidos e da representação. Em seis meses uma presidente da Re-pública, eleita, é substituída, pelo Congresso, por um presidente sem voto, seis ministros de Estado são demitidos por corrupção (e na raia mais dois esperam sua vez, um deles já com seus bens bloqueados pela Justiça), o presidente da Câmara é afastado pelo STF que também afastou de suas funções, em decisão pelo menos polêmica, o presidente do Senado Federal, para logo restituí-lo de modo também pouco ortodoxo, separando o cargo de presidente do Senado da pessoa do sr. Calheiros, para fim de avaliação dos critérios de moralidade e probidade administrati-va. Quando o círculo se fechará?

A preeminência do Judiciário, em sua fase de protagonismo populista, não encontra freios na esfera da legalidade, pois não há mais poderes que lhe possam fazer face. Corre solto como potro selvagem no campo limpo, sem rédeas, sem limites, num trote de ziguezagues. O STF, outrora guardião da Constituição, é o primeiro a ofendê-la.

Outrora guardião da ordem, é o primeiro a instaurar a inse-gurança jurídica, com seguidas decisões temerárias, de discutível fundamento constitucional, e seus membros se dão ao luxo de, entre uma vilegiatura e outra, uma viagem e outra, um passeio e outro, um convescote e outro, uma palestra aqui outra acolá, um chopp no shopping da moda, palestras nas entidades patronais, tudo fora de Brasília, se digladiarem, em plenário e na troca de farpas em entrevistas à imprensa que os incensa e os inebria.

A política, o espaço legítimo e próprio para a construção dos consensos, foi judicializada, depois de desmoralizada como ins-trumento de realização do bem comum. A direita grita morte à política, anatematizada como responsável pela crise, estrutural, cevada por séculos de exploração de um capitalismo predador, pelo reinado de uma classe dominante alheia aos interesses de seu país e de sua gente.

Esse quadro de acefalia, disfunção administrativa e conflito entre os poderes, assentado sobre uma crise econômica das mais graves, é inédito em toda a história recente e indica o es-gotamento da República inaugurada pela espezinhada (até pelo STF!) Constituição de 1988.

O regime está de joelhos. Não se trata mais de intentar a salvação do doente terminal, mas de estabelecer sua sucessão mediante uma repactuação, difícil, dificílima mas ingente e urgente em país dividido politicamente, no qual as forças em antagonismo são levadas ao paroxismo.

As lideranças políticas nacionais sobreviventes, de todos os matizes, precisam agir enquanto há o que fazer. São chamadas a negociar e construir, para além das divergências de hoje – se pre-tendem salvar-se salvando a via política – um programa de tran-sição, desta para uma nova república, sem ruptura democrática. É o que o país pede, a crise exige, porque os riscos institucionais são a realidade cotidiana de nossos dias.

Toda e qualquer alternativa, de curto a médio prazos, porém, passa pela eleição direta antecipada do presidente da República. Só ela emprestará legitimidade, e só um líder ungido pela vontade da soberania popular poderá reconciliar o país e conduzi-lo na longa travessia que se avizinha, sem indicar ainda porto seguro.

Se a eleição direta é conditio sine qua non para a saída ins-titucional, a questão que a realidade põe de manifesto é como chegar a ela preservando a ordem constitucional desafiada pelo Judiciário judicante, pelo Executivo inepto, pelo Legislativo de-sapartado da sociedade. Como realizar eleições realmente livres e limpas sem um reforma eleitoral profunda, sem a democratiza-ção dos meios de comunicação de massas, e como realizar tudo isso com esse Congresso, esse que temos?

Para tanto é fundamental abrir o diálogo entre contrários, retirar da pauta propostas econômicas e sociais não legitimadas pelo voto popular, para que possa ser construído um ambiente próprio ao entendimento.

Uma vez mais, para o nosso campo a alternativa está nas ruas. Na mobilização popular. Foi a mobilização popular que im-pôs à ditadura a Anistia, foi a mobilização popular que implodiu o Colégio Eleitoral que a ditadura criara para eleger seu delfim em 1984. Foi o povo nas ruas que assegurou a convocação da Constituinte. Mas, antes, é preciso ganhar as ruas, pois hoje a direita também nelas se manifesta, clamando por retrocessos inimagináveis há pouco tempo.

A tarefa fundamental que hoje se coloca para as forças pro-gressistas é assegurar, até como instrumento para solução da crise, a continuidade da ordem democrática.

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MercadoJornal da cidade 3ArAcAju, 10 A 12 de dezembro de 2016

“A situação é seriíssima,mas o Brasil tem jeito”

MARCÍLIO MARQUES MOREIRA, EX-MINISTRO DA FAZENDAENTREVISTA

AOS 85 ANOS, O DIPLOMATA MARCÍLIO MARQUES MOREIRA

ESTÁ LONGE DE SE APOSENTAR. CONSULTOR, ELE ASSESSORA ENTIDADES COMO A SANTA

CASA DO RIO DE JANEIRO, A FUNDAÇÃO GETULIO

VARGAS, A ASSOCIAÇÃO BENEFICENTE CARIOCA PRÓ

CRIANÇA, ALÉM DE EMPRESAS PÚBLICAS E PRIVADAS.

MOREIRA CONTINUA SENDO OUVIDO PELAS LIDERANÇAS EMPRESARIAIS BRASILEIRAS – FOI VISTO RECENTEMENTE EM UM DISCRETO ALMOÇO

COM O EMPRESÁRIO EMILIO ODEBRECHT, EM SÃO PAULO. EX-MINISTRO DA ECONOMIA

NO GOVERNO COLLOR DE MELLO, E EX-PRESIDENTE DA

COMISSÃO DE ÉTICA PÚBLICA DA PRESIDÊNCIA

w DINHEIRO – O sr. estava no Ministério da Fazenda, que então era chamado de Ministério da Economia, durante o início do processo de impeachment do presidente Fernando Collor de Mello, que se encerrou em 1992. Quais as semelhanças e quais as diferenças com a situação atual?MARCÍLIO MARQUES MO-REIRA – A diferença mais importante é que, em 1991, 1992, quando minha equipe assumiu o Ministério da Eco-nomia, adotamos uma polí-tica de “desvio zero”. Nosso mandato, naquele momento, era arrumar a casa, apesar de toda a turbulência política provocada pelo processo de impeachment. Não houve nenhum desvio, mesmo com todos aqueles legados das reformas voluntaristas da gestão anterior. Posso dizer com orgulho que fizemos um trabalho impecável. Es-távamos trabalhando para o Brasil, não para um ou outro presidente.

w DINHEIRO – Foi possível fazer isso mesmo tendo um presidente como Fernando Collor no Palácio do Planalto? MOREIRA – Posso falar por mim. Enquanto estávamos no Ministério, o presidente não participava da gestão da eco-nomia. Chegamos quase a um parlamentarismo informal, pois o presidente delegava muito. Ele nunca pediu a um ministro da área econômica que atendesse um pedido, qualquer que seja. Ele, in-clusive, deixou claro que deveríamos evitar quaisquer influências de fora. “O pre-sidente sou eu, meus irmãos não têm nenhuma ingerên-cia e nenhum poder no go-verno, então se eles fizerem algum pedido, fale comigo, remeta para mim”. E houve grandes avanços.

w DINHEIRO – Quais foram os mais importantes?MOREIRA – Apesar dos entra-ves da Constituição de 1988, conseguimos fazer algumas correções profundas de rota na economia. Buscou-se im-plantar um liberalismo de caráter social, mas sem per-der de vista a racionalidade econômica. Acabamos com o controle de preços, abrimos a economia brasileira para o comércio internacional e para o sistema financeiro global, extinguimos autarquias que vinham desde o tempo de Ge-tulio Vargas, como o Instituto Brasileiro do Café (IBC) e o Instituto do Açúcar e do Álco-ol (IAA). Tudo isso ajudou a arrumar a casa da economia e a destravar as amarras do crescimento.

w DINHEIRO – E hoje? O que mudou?MOREIRA – O momento ini-cial da troca de governo foi muito parecido com o que ocorreu em 1992, mas o mo-mento final parece ter algu-mas diferenças. A principal é que, no meu entender, há menos urgência em arrumar a casa. Foram feitos muitos sacrifícios em 1992, mas, em 1993, no governo novo, a casa estava arrumada e houve um bom crescimento econô-mico. Agora, depois do impe-achment da presidente Dilma Rousseff, a casa foi entregue bastante desarrumada. E o processo de arrumação está indo devagar, mais devagar do que deveria. Isso terá um efeito muito danoso sobre a economia, e deverá retardar a volta do crescimento.

w DINHEIRO – No dia 21 de novembro, o Ministério da Fazenda reduziu os prognósti-cos de crescimento da econo-mia para 2017 e também in-formou esperar uma retração ainda mais severa em 2016, de 3,6%. O sr. concorda com essa avaliação?MOREIRA – Concordo. Al-guns agentes econômicos vinham esperando uma re-cuperação mais forte. Os indicadores de confiança di-vulgados periodicamente pela Fundação Getulio Vargas esta-vam melhorando mês a mês durante o terceiro trimestre. Agora, a própria Fundação está prevendo uma quebra nesse ritmo de recuperação. Os números da economia já seriam ruins em 2017, até por uma razão de carregamento estatístico. Mesmo assim, é possível dizer que aquela esperança mais positiva de recuperação se quebrou.

w DINHEIRO – Qual a sua avaliação para o crescimento em 2017?MOREIRA – Há uma grande dispersão nas expectativas. Os mais pessimistas esperam um crescimento zero, e os mais otimistas acreditam que a economia pode crescer até 2% no ano que vem. Essa dispersão revela que há uma grande insegurança com rela-ção às perspectivas. Eu tendo a concordar com a Fundação Getulio Vargas, que trabalha com um crescimento de 0,4% a 0,6% para o ano que vem.

w DINHEIRO – É possível sair dessa situação de crescimento baixo?MOREIRA – Sem dúvida. É possível, mas não é fácil. Há um grande pessimismo no ar, mas há alguns sinais muito positivos. A reforma da Pre-vidência, por exemplo, que é absolutamente essencial para o País, tem grandes possibili-

dades de ser aprovada. Não porque ela tenha um grande apoio, mas porque as pessoas estão começando a ser dar conta das consequências de ela não ser aprovada. Gosto de citar Samuel Johnson, o escritor inglês do Século XVII: a visão do patíbulo faz as pes-soas pensarem.

w DINHEIRO – Qual é a conclusão mais importante? MOREIRA – O mais importan-te é que a volta ao crescimen-to e à normalidade econômica pode demorar, mas não é impossível. Não há nada que diga que o destino do Brasil seja o caos, a bagunça. O Brasil tem jeito, porque tem recursos naturais e humanos suficientes para dar a vol-ta por cima. O problema é que essa transição vai exigir paciência, maturidade e dis-ciplina. Como qualquer tran-sição, ela será dolorosa no início e durante o processo, e gratificante quando houver terminado.

w DINHEIRO – Isso vale para o Congresso?MOREIRA – Acredito que sim. A opção à reforma da Previdência é o caos, e os de-putados e senadores não estão aí para criar o caos. A reforma da Previdência é necessária porque a legislação atual, com as disparidades que existem entre o setor público e o setor privado, é um poço de injus-tiça distributiva. Como está, a Previdência é um poço de injustiça intergeracional. As próximas gerações estão con-tribuindo e há a possibilidade de que elas não sejam capazes de receber suas aposentado-rias. Temos de avançar nas reformas. Mas, de novo, há si-nais muito positivos. Na quar-ta-feira 30, o Senado aprovou, por uma ampla maioria, a Proposta de Emenda Consti-tucional (PEC) 241, que limita o teto dos gastos públicos por 20 anos. O fato de a proposta ter passado por uma maioria folgada mostra que a necessi-dade de se arrumar a casa já não está sendo negada pelo Parlamento.

w DINHEIRO – No início do Plano Real, houve um grande esforço para se consertar as finanças estaduais, com a renegociação de dívidas e a privatização de bancos estaduais. Agora, parece que voltamos a 1993. Como o sr. vê a atual crise dos Estados?MOREIRA – Há situações muito complicadas, como a do Rio de Janeiro e a do Rio Grande do Sul. No entanto, alguns Estados têm se es-forçado para resolver o pro-blema, como Goiás ou Mato Grosso do Sul. O que esses Estados fizeram mostra que

as coisas têm conserto. O que é preciso é ter coragem para enfrentar os problemas e tomar medidas impopulares. É preciso ter noção da reali-dade presente e consciência de para onde essa situação vai nos levar se não for mo-dificada. E, nesse sentido, o Estado do Rio de Janeiro está prestando um grande serviço ao País.

w DINHEIRO – Por que?MOREIRA – O Rio de Janeiro é a prova de que, se as coisas não forem reformadas com vigor e com racionalidade, a situação descamba para o caos. Veja, eu sou professor aposentado da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj). Eu deveria ter recebi-do minha aposentadoria no início de novembro, mas o mês acabou e eu não recebi meu salário. Felizmente tenho outras fontes de renda, mas é uma situação muito ruim.

w DINHEIRO – Quais são suas atividades, ministro?MOREIRA – Tenho uma empresa de consultoria, a Conjuntura e Contexto, que assessora entidades de assis-tência, como a Fundação Ge-tulio Vargas, a Santa Casa do Rio de Janeiro e a Fundação Pró Criança. Também presto consultoria para empresas públicas e privadas. Isso me permite conversar regular-mente com empresários e economistas, e também man-tenho contato com as pessoas com quem trabalhei no go-verno. Temos uma praxe, que é a de realizar um jantar no Rio, sempre no fim do ano. Eram mais de 40 presentes. Fazemos isso há 24 anos, desde 1992, quando saímos do governo. Neste jantar, que realizamos em meados de novembro, tivemos o ex--ministro Pedro Malan, o Ar-mínio Fraga, o Pedro Parente, entre outros. Além de nos encontrarmos, aproveitamos para fazer uma avaliação da situação. Estamos pensando até em publicar um livro para mostrar que, apesar de uma construção bastante difícil, apesar do impeachment do presidente Collor, foi possí-vel fazer muitas coisas boas. Reunimos uma equipe excep-cional, fizemos o Plano Real e conseguimos estabilizar a economia. Não foi pouco.

w DINHEIRO – Qual foi a conclusão, na hora do café? MOREIRA – A conclusão foi que realmente a situação está seriíssima, mas que o Brasil tem jeito. Só que encontrar uma solução depende de agir com competência e com ética. A ética não funciona sozinha e a competência também não funciona sozinha.

MARCÍLIO MARQUES MOREIRA: “O processo de arrumação está indo devagar. Isso terá um efeito

muito danoso sobre a economia”

Divulgação

[email protected]ÍNEO NASCIMENTO

COMÉRCIO &RELAÇÕES EXTERIORES

A conta petróleo na balança comercial brasileiraDe acordo com informações divulgadas pela Secretaria

de Comércio Exterior do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, em novembro/2016, a conta petróleo brasileira registrou superávit de US$ 531 milhões. Esse foi o quarto mês consecutivo com registro de saldo positivo, sendo que no ano foram seis meses no azul. Na avaliação do secretário de Comércio Exterior do MDIC, Abrão Neto, com esses resultados, pela primeira vez na história, “há a perspectiva de encerramento do ano com um superávit da conta petróleo”, disse. No acumulado do ano, o saldo está positivo em US$ 416 milhões. “Considerando o petróleo bruto, importante destacar que temos registrado aumento nas quantidades exportadas e redução nos volumes importados”, explicou. Segundo Neto, esse fato reflete o aumento da produção nacional e também o desaquecimento da economia, que vem consumindo menos produtos importados.

NOVO PORTAL CONSULARConforme divulgado pelo Ministério das Relações Exteriores, está disponível, no endereço http://www.portalconsular.itamaraty.gov.br, nova versão do Portal Consular, com informações úteis para brasileiros que pretendam viajar para outros países ou que residam no exterior. O novo Portal Consular traz, em ambiente de fácil visualização e consulta, alertas consulares; perguntas frequentes; informações sobre legalização de documentos, emissão de vistos e passaportes; descrição das competências das repartições consulares; e orientações sobre como proceder em caso de emergência no exterior. Também foi reformulada a seção “Seu Destino”, que agora conta com informação pormenorizada a respeito de providências e precauções a tomar antes de viajar ao exterior. O Portal Consular está sendo atualizado constantemente com informações recebidas das unidades do Ministério das Relações Exteriores e das repartições consulares brasileiras no exterior. A reformulação do Portal Consular visa a atender à crescente demanda pelos serviços consulares do Itamaraty. Aproximadamente 8 milhões de brasileiros viajam anualmente ao exterior, ao passo que se estima em 3 milhões o número de nacionais residentes fora do Brasil.

OPORTUNIDADES DE TRABALHO NO BIDO BID – Banco Interamericano de Desenvolvimento tem sede em Washington, Estados Unidos e escritórios em cada um de seus 26 países membros mutuários. Eu já tive oportunidade de fazer um curso em sua sede em Washington. As representações nos países desempenham um papel essencial na identificação e preparação de novos projetos e na execução e avaliação de iniciativas em andamento. Os escritórios do BID em Madrid e Tóquio trabalham com governos, empresas e organizações não-governamentais europeias e asiáticas interessadas no desenvolvimento da América Latina e do Caribe. O BID tem quase 2.000 funcionários. Historicamente, a maior parte dos funcionários trabalha em Washington, mas o Banco está implantando um programa de descentralização e posicionando mais especialistas no campo a fim de facilitar a cooperação mais próxima com os clientes. Quando o processo estiver concluído, 40% de todos os funcionários estarão lotados nos países mutuários. Como uma organização internacional, o BID compromete-se a dar oportunidades iguais a todos os candidatos a emprego, com base em seus méritos individuais. Também promove a diversidade nas contratações, incluindo gênero, nacionalidade, raça, cultura, instrução e experiência. A política de remuneração do BID é destinada a atrair profissionais altamente qualificados. Procuramos ser competitivos com o setor privado e com instituições similares. Um extensor pacote de benefícios complementa os salários. Acessando o link adiante, você verá as atuais oportunidades de trabalho no BID, boa sorte e boa carreira. http://www.iadb.org/pt/carreiras/pesquise-vagas,1821.html

Instituto Internacional da Língua PortuguesaO Instituto Internacional da Língua Portuguesa é uma Instituição da Comunidade dos Países da Língua Portuguesa, que goza de personalidade jurídica e é dotada de autonomia científica, administrativa e patrimonial. Em 2002, na VI Reunião Ordinária do Conselho de Ministros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), realizada em São Tomé e Príncipe, foram traçadas orientações para o início das atividades de gestão da língua portuguesa. Sediado na Praia, Ilha de Santiago, Cabo Verde, representa de forma paritária as nove nações da Comunidade de Países da Língua Portuguesa (CPLP) – Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste. O Instituto é um instrumento para a gestão comum da Língua Portuguesa, envolvendo todos os Estados Membros da CPLP. O IILP promove um contato mais estreito entre os países e suas equipas técnicas, permitindo a execução de uma política linguística consensuada. As atividades do IILP são planejadas conforme orientações gerais do Conselho Científico, formado pelas Comissões Nacionais dos Estados Membros, bem como do Comitê de Concertação Permanente da CPLP. A Direção Executiva e a Presidência do Conselho Científica do IILP têm caráter rotativo, permitindo que todos os países ocupem estes cargos.

DA REPÚBLICA, MOREIRA VIVENCIOU A DISSOLUÇÃO DO MANDATO PRESIDENCIAL DE COLLOR E ACOMPANHOU DE PERTO A IMPLANTAÇÃO DO PLANO REAL. PARA ELE, HÁ UMA DIFERENÇA MUITO RELEVANTE ENTRE AQUELES DIAS DO INÍCIO DOS ANOS 1990 E A SITUAÇÃO ATUAL. “A PRINCIPAL É QUE, NO MEU ENTENDER, HÁ MENOS URGÊNCIA EM ARRUMAR A CASA. FORAM FEITOS MUITOS SACRIFÍCIOS EM 1992, MAS, EM 1993, NO GOVERNO NOVO, A CASA ESTAVA ARRUMADA E HOUVE UM BOM CRESCIMENTO ECONÔMICO”, DIZ MOREIRA. O EX-MINISTRO FALOU COM A DINHEIRO. POR CLÁUDIO GRADILONE.

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