plano de aÇÃo no combate a dengue: educar para evitar · 2019-11-14 · the divinopolis follows...

46
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA MARCELO ALVES FERREIRA PLANO DE AÇÃO NO COMBATE A DENGUE: EDUCAR PARA EVITAR BELO HORIZONTE - MG 2015

Upload: others

Post on 03-Aug-2020

0 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: PLANO DE AÇÃO NO COMBATE A DENGUE: EDUCAR PARA EVITAR · 2019-11-14 · The Divinopolis follows the same trend, with 4680 notifications and 4139 confirmed ... banhado pelas bacias

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS

CURSO DE ESPECIALIZACcedilAtildeO EM ESTRATEacuteGIA SAUacuteDE DA FAMIacuteLIA

MARCELO ALVES FERREIRA

PLANO DE ACcedilAtildeO NO COMBATE A DENGUE

EDUCAR PARA EVITAR

BELO HORIZONTE - MG 2015

MARCELO ALVES FERREIRA

PLANO DE ACcedilAtildeO NO COMBATE A DENGUE

EDUCAR PARA EVITAR

Trabalho de Conclusatildeo de Curso apresentado ao Curso de Especializaccedilatildeo em Estrateacutegia Sauacutede da Famiacutelia Universidade Federal de Minas Gerais para obtenccedilatildeo do Certificado de Especialista Orientadora Maria Liacutegia Mohallem Carneiro

BELO HORIZONTE ndash MINAS GERAIS 2015

MARCELO ALVES FERREIRA

PLANO DE ACcedilAtildeO NO COMBATE A DENGUE

EDUCAR PARA EVITAR

Banca Examinadora

Examinador 1 Profordf Maria Ligia Mohallem Carneiro ndash UFMG - Orientadora

Examinadora 2ndash Profordf Maria Dolocircres Soares Madureira- UFMG

Aprovado em Belo Horizonte em 08 de junho de 2015

RESUMO

A dengue eacute a mais importante arbovirose transmitida por inseto que acomete o homem na atualidade haacute mais de 100 paiacuteses com cerca de 03 bilhotildees de pessoas expostas Seguidas epidemias vem ocorrendo ano apoacutes ano no Brasil na regiatildeo sudeste especialmente em Minas Gerais e no ano de 2014 houve 59222 notificaccedilotildees de casos de dengue A cidade de Divinoacutepolis segue a mesma tendecircncia com 4680 notificaccedilotildees e 4139 casos confirmados e seis oacutebitos apesar das accedilotildees da vigilacircncia epidemioloacutegica presente no municiacutepio A regiatildeo sudeste da cidade compreende vaacuterios bairros entre eles o Bairro Santos Dumont aacuterea de atuaccedilatildeo da Unidade Baacutesica de Sauacutede Santos Dumont que notificou 101 casos de dengue em 2014 Diante deste quadro surgiu a necessidade de intensificar as accedilotildees educativas em parceria com as escolas locais tendo em vista o Programa Sauacutede na Escola nos grupos de diabeacuteticos e hipertensos e com os usuaacuterios da UBS Santos Dumont com o objetivo de reduzir o nuacutemero de casos da doenccedila Este estudo tem como objetivo elaborar um plano de accedilatildeo com a participaccedilatildeo e mobilizaccedilatildeo popular visando agrave realizaccedilatildeo de mutirotildees de limpeza mapeamento dos lotes sujos e intensificaccedilatildeo das accedilotildees educativas com foco na autonomia da comunidade para que a mesma tenha uma visatildeo criacutetica sobre os novos processos de sauacutede e doenccedila e ainda conscientizar as pessoas para que possam ter condiccedilotildees de promover e prevenir situaccedilotildees que podem trazer prejuiacutezos a sua sauacutede Palavras-chave Dengue Educaccedilatildeo em sauacutede Enfermagem Controle de vetores Aedes Aegypti

ABSTRACT

Dengue is the most important arboviral disease transmitted by insect that affects humans today there are more than 100 countries with about 03 billion people exposed Followed epidemics has been happening year after year in Brazil in the southeast especially in Minas Gerais in 2014 there were 59222 reports of dengue cases The Divinopolis follows the same trend with 4680 notifications and 4139 confirmed cases and 6 deaths despite the actions of epidemiological surveillance in this city The southeastern region of the city consists of several neighborhoods including the Neighborhood Santos Dumont Units operating area Basic Health Santos Dumont who reported 101 cases of dengue in 2014 Given this situation arose the need to intensify educational activities in partnership with local schools with a view to the School Health Program diabetics and hypertensive groups and users of UBS Santos Dumont in order to reduce the number of cases of the disease This study aims to develop an action plan with the participation and popular mobilization for the realization of clean-ups mapping of dirty lots and intensification of educational activities focusing on community autonomy so that it has a critical view of new health and disease processes and also make people aware that they may be able to promote and prevent situations that can bring harm to your health Keywords Dengue Health education Nursing Vector control Aedes aegypti

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

BR- Brasil

CNES- Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sauacutede

DATASUS- Departamento de Informaacutetica do SUS

FHD ndash Febre Hemorraacutegica por Dengue

IBGE- Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica

IDH - Iacutendice de Desenvolvimento Humano

MG- Minas Gerais

NOB- Norma Operacional Baacutesica

OPAS- Organizaccedilatildeo Pan-americana da Sauacutede

PIACD- Plano de Intensificaccedilatildeo das Accedilotildees de Controle da Dengue

PSDB- Partido da Social Democracia Brasileiro

SEMUSA- Secretaria Municipal de Sauacutede

SIAB- Sistema de Informaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Baacutesica

SINAN- Sistema de Informaccedilotildees de Agravos de Notificaccedilatildeo

SIS- Sistema Integrado de Sauacutede

SUS- Sistema Uacutenico de Sauacutede

UBS- Unidade Baacutesica de Sauacutede

UBV- Ultra Baixo Volume

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 8

11 Contexto Geral 9 111 Identificaccedilatildeo do Municiacutepio 9 112 Histoacuterico de Criaccedilatildeo Do Municiacutepio 9 113 Aspectos Geograacuteficos Socioeconocircmicos e Demograacuteficos 10 114 Sauacutede em Divinoacutepolis 10

115 Sistema Local de Sauacutede 11 117 Sistema Local de Educaccedilatildeo 13

12 Diagnoacutestico Situacional 14 121 Unidade Baacutesica de Sauacutede ndash Bairro Santos Dumont 14

122 Recursos Humanos 15 2 JUSTIFICATIVA 21 3 OBJETIVOS 22

31 Objetivo Geral 22

32 Objetivos Especiacuteficos 22

4 BASES CONCEITUAIS 23 41 Aspectos Gerais da Doenccedila 23

42 Etiologia 24 43 Aspectos Epidemioloacutegicos 24 44 Medidas Educativas 27

45 Controle 29 46 Atuaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Baacutesica no Controle da Dengue 29

5 PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO 32

51 Primeiro Passo Definiccedilatildeo dos Problemas 32

52 Segundo Passo Priorizaccedilatildeo dos Problemas 32 53 Terceiro Passo Descriccedilatildeo do Problema Selecionado 32

54 Quarto passo Explicaccedilatildeo do Problema 33 55 Quinto Passo Seleccedilatildeo dos ldquoNoacutes Criacuteticos 33 56 Sexto Passo Desenho de Operaccedilotildees para os ldquoNoacutes Criacuteticosrdquo do Problema 34 57 Seacutetimo Passo Identificaccedilatildeo dos Recursos Criacuteticos 34

58 Oitavo Passo Anaacutelise de Viabilidade do Plano 35 59 Nono Passo Elaboraccedilatildeo do Plano Operativo 37 510 Deacutecimo Passo Gestatildeo do Plano 37 512 Resultados esperados 39

6 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 40

REFEREcircNCIAS 42

8

1 INTRODUCcedilAtildeO

A dengue representa hoje um grave problema de sauacutede puacuteblica e segundo o

Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2002) estaacute presente em todo territoacuterio nacional e tem

se mostrado cada vez mais de difiacutecil controle nos uacuteltimos anos os haacutebitos da vida

moderna com aumento do consumo de bens natildeo biodegradaacuteveis Isto ampliou a

oferta de criadouros para o mosquito nos domiciacutelios e peridomiciacutelios e com base

nesses fatos a participaccedilatildeo popular no controle dos focos se tornou essencial

Segundo o Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2002) a doenccedila tem se mostrado

como um dos maiores desafios para a sauacutede puacuteblica nos paiacuteses em

desenvolvimento com grande impacto socioeconocircmico Estima-se um nuacutemero de

casos a beira dos 100 milhotildeesano e destes 500 mil desenvolve a forma grave a

Febre Hemorraacutegica

Desde 1986 o Brasil tem apresentado sucessivas epidemias segundo o

Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2002) No Estado de Minas Gerais somente em 2013

foram registrados 416252 casos de dengue com 104 oacutebitos Em 2014 houve uma

grande reduccedilatildeo de cerca de 8577 contudo ldquodos 45 casos graves 44 evoluiacuteram

para oacutebitordquo (BRASIL 2014 p 2)

Frente a este quadro segundo Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2002) eacute preciso

repensar o papel da sociedade no apoio e combate a dengue No Brasil exceccedilatildeo

feita alguns casos natildeo eacute tradiccedilatildeo cultural o envolvimento dos setores sociais em

causas como a dengue por exemplo estamos na contramatildeo de nossos vizinhos

latino-americanos onde a cooperaccedilatildeo faz parte da cultura

Em Divinoacutepolis segundo balanccedilo publicado em 17122014 pela Secretaria

Municipal de Sauacutede em 2014 foram notificados 4680 casos suspeitos de dengue

com 4139 casos confirmados ainda de acordo com Secretaria de Estado da Sauacutede

neste ano de 2014 ocorrem 06 oacutebitos por complicaccedilotildees da dengue

Frente a esse grave problema de sauacutede puacuteblica que necessita da cooperaccedilatildeo

de todos os cidadatildeos eacute necessaacuterio insistir e intensificar as accedilotildees educativas nas

escolas nas associaccedilotildees de bairro nas igrejas pois essa eacute uacutenica ferramenta capaz

de produzir no cidadatildeo uma autonomia para o cuidado com a sua sauacutede e da

comunidade conforme afirmam Valente et al (2012) Giratildeo et al (2014) que as

atuais estrateacutegias de controle vetorial e responsabilizaccedilatildeo dos cidadatildeos natildeo tem

mais efeito efetivo no combate ao mosquito Aedes Aegypti

9

Este estudo tem o objetivo de despertar na populaccedilatildeo de Divinoacutepolis

especialmente na comunidade adscrita da Unidade de Sauacutede Santos Dumont para

uma visatildeo criacutetica sobre os novos processos de sauacutede e doenccedila e ainda

conscientizar as pessoas para que possam ter condiccedilotildees de promover a sauacutede e

prevenir situaccedilotildees que podem trazer prejuiacutezos a ela

11 Contexto Geral

111 Identificaccedilatildeo do Municiacutepio

Segundo o IBGE (BRASIL 2008) o municiacutepio de Divinoacutepolis estaacute localizado

no Centro Oeste Mineiro banhado pelas bacias do rio Itapecerica e rio Paraacute Faz

limites com os seguintes municiacutepios Nova Serrana (Norte) Perdigatildeo (Noroeste)

Santo Antocircnio do Monte (Oeste) Satildeo Sebastiatildeo do Oeste (Sudoeste) Claacuteudio (Sul)

Carmo do Cajuru (Leste) e Satildeo Gonccedilalo do Paraacute (Leste) -2013889 (latitude Sul) -

4488389 (longitude Oeste) Pertence agrave macro regiatildeo do Alto Satildeo Francisco

situando-se em sua margem direita O acesso pelo interior de Satildeo Paulo eacute pela MG-

050 pela capital mineira satildeo 117 km e o acesso eacute pela face norte da MG-050 o

acesso pela face leste eacute pela BR-494

112 Histoacuterico de Criaccedilatildeo do Municiacutepio

Segundo IBGE (BRASIL 2008) a povoaccedilatildeo se deu a cerca de dois seacuteculos

atraacutes com o deslocamento de colonos em fuga da perseguiccedilatildeo poliacutetica da eacutepoca

escolheram o sertatildeo da Itapecerica liderados na eacutepoca pelo colonizador Manoel

Fernandes de Miranda cujo apelido era Candideacutes devido aos iacutendios que habitavam

a regiatildeo naquela ocasiatildeo Em 1710 foram anistiados pela coroa e deu iniacutecio a

povoaccedilatildeo do local fora construiacuteda uma capela consagrada ao Divino Espiacuterito Santo

e Satildeo Francisco de Paula com a chegada da linha feacuterrea o municiacutepio ganhou muito

em desenvolvimento Assim o distrito foi criado com o nome de Henrique Galvatildeo

subordinado a Vila de Itapecerica pela Lei Provincial nordm 138 03-04-1839 e Lei

Estadual nordm 2 de 14-09-1891 e elevado agrave categoria de Vila com a denominaccedilatildeo de

Henrique Galvatildeo pela Lei Estadual nordm 556 de 30-08-1911 Desmembrando-se de

Itapecerica pela Lei Estadual nordm 590 de 03-09-1912 a Vila de Henrique Galvatildeo

10

passou a denominar-se Divinoacutepolis elevada agrave condiccedilatildeo de cidade pela Lei Estadual

nordm 663 de 18-09-1915

113 Aspectos Geograacuteficos Socioeconocircmicos e Demograacuteficos

O municiacutepio estaacute localizado no centro-oeste mineiro a economia da cidade eacute

baseada na induacutestria tecircxtil e na siderurgia tendo um comeacutercio de artigos de

vestuaacuterio muito atuante no mercado Segundo IBGE (BRASIL 2010) a cidade tem

8012 empresas atuantes com uma populaccedilatildeo de empregados assalariados de 54

909 com renda mensal de 22 salaacuterios miacutenimos

114 Sauacutede em Divinoacutepolis

Segundo Machado et al (2013) Divinoacutepolis se destaca no centro oeste

mineiro como importante polo para a sauacutede na meacutedia e alta complexidade eacute sede

da Macrorregiatildeo Oeste de Sauacutede que abrange 6 microrregiotildees somando no total 55

municiacutepios sendo sede da Gerencia Regional de Sauacutede destacando-se no cenaacuterio

como uma das 10 cidades mais importes de Minas Gerais Contudo conforme o

Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2010) na Atenccedilatildeo Primaacuteria a cidade natildeo apresenta

um bom desempenho com apenas 203 de cobertura de PSF

No ano de 2014 a Secretaria Municipal de Sauacutede (SEMUSA) credenciou o

municiacutepio no Programa de Valorizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Baacutesica (PROVAB) criado pela

Portaria Interministerial Ministeacuterio da SauacutedeMinisteacuterio da Educaccedilatildeo nordm 2087 de 01

de setembro de 2011 com o objetivo de estimular e valorizar o profissional de sauacutede

para atuar nos municiacutepios onde eacute de difiacutecil acesso e regiotildees metropolitanas com

escassez de profissionais O trabalho eacute desenvolvido em conjunto com a equipe

multiprofissional na Atenccedilatildeo Baacutesica local sendo uma grande oportunidade para

meacutedicos enfermeiros dentistas receacutem-formados atuarem na equipe de sauacutede da

famiacutelia

Assim em 2014 foram contratados cinco enfermeiros pelo Ministeacuterio da Sauacutede

para atuar no Programa Sauacutede na Escola por um ano sem prejuiacutezo das atividades

de rotina na Unidade Baacutesica de Sauacutede (UBS) O enfermeiro trabalha prioritariamente

com atividades educativas nas escolas existentes na aacuterea de abrangecircncia da UBS

realizando atividades de avaliaccedilatildeo da sauacutede dos escolares como peso e medida

11

acuidade visual afericcedilatildeo de pressatildeo arterial atualizaccedilatildeo do calendaacuterio vacinal

alimentaccedilatildeo promoccedilatildeo de sauacutede rastreamento para doenccedilas como hanseniacutease

glaucoma tracoma helmintiacuteases e encaminhamentos para consultas

especializadas tornando-se um importante elo entre a sauacutede e a educaccedilatildeo

Mapa 1 - Cidade de Divinoacutepolis ndash MG Regiatildeo Sudeste

Fonte Prefeitura de Divinoacutepolis httpwwwdivinopolismggovbrportalpaginasgeograficosimagensmapadacidadepdf

A administraccedilatildeo municipal estaacute haacute oito anos com o PSDB tendo a frente do

municiacutepio o senhor Vladmir Faria de Azevedo sendo seu Secretaacuterio de Sauacutede o

Senhor David Maia dOliveira como coordenadora da Atenccedilatildeo Baacutesica de Sauacutede a

Enfermeira Inecircs Alcione e Coordenadoras da Sauacutede Bucal Ronara Machado e Liacutevia

Melo Nere Segundo o IBGE (BRASIL 2010) o municiacutepio tem uma populaccedilatildeo

estimada em 226345 habitantes

115 Sistema Local de Sauacutede

Criado no ano 1991 segundo o Estatuto dos Conselhos Distritais de Sauacutede

(DIVINOacutePOLIS 1998) o Conselho Municipal de Sauacutede foi instituiacutedo pela Lei

Municipal 00491 composto por usuaacuterios trabalhadores de sauacutede prestadores de

serviccedilo e gestores Nesse periacuteodo ocorreram as primeiras Conferecircncias Municipais

de Sauacutede e a criaccedilatildeo dos seis Conselhos Distritais que atuam ateacute hoje a formaccedilatildeo

dos Conselhos Locais de Sauacutede agregados agraves equipes de Sauacutede da Famiacutelia

12

Quanto agrave Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia segundo o Ministeacuterio da Sauacutede

(BRASIL 2010) Divinoacutepolis possuiacutea em fevereiro de 2010 apenas 203 de

cobertura de Atenccedilatildeo Baacutesica Em dezembro de 2014 segundo Ministeacuterio da Sauacutede

(BRASIL 2014) a cobertura estimada natildeo passava dos 4602 da populaccedilatildeo

classificando-se como o menor iacutendice do Estado quando comparado a outros

municiacutepios de mesmo porte conforme graacutefico abaixo

Graacutefico 1 Cobertura pela Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia - Divinoacutepolis ndash MG - 2010

213277

221764

262278241720

292529227438

00

150

300

450

600

750

900

Sa

nta

Lu

zia

Ub

era

ba

Ipa

tin

ga

Go

ve

rna

do

r

Va

lad

are

s

Se

te

La

go

as

Div

inoacute

po

lis

populaccedilatildeo em milhares

Fonte Secretaria de Estado da Sauacutede de Minas Gerais - Programa Sauacutede em Casa

httpwwwsaudemggovbrpoliticas_de_saudeprograma-saude-em-casa

Com relaccedilatildeo aos estabelecimentos de sauacutede segundo dados do IBGE (BRASIL

2009) a cidade conta com trecircs hospitais particulares Santa Mocircnica Santa Luacutecia e

Satildeo Judas Tadeu e um filantroacutepico Satildeo Joatildeo de Deus totalizando 555 leitos sendo

que destes 352 satildeo leitos contratados pelo SUS Segundo ainda o IBGE (BRASIL

2009) o municiacutepio conta com 38 estabelecimentos de sauacutede municipais de acordo o

Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sauacutede - CNES satildeo 15 Centros de

Sauacutede e 20 Equipes de Sauacutede da Famiacutelia O serviccedilo de atendimento ambulatorial

conta com 68 estabelecimentos sendo que 41 tecircm convecircnio com o Sistema Uacutenico de

Sauacutede (SUS)

116 Nuacutemero de Oacutebitos por Causa ndash Divinoacutepolis 2012

13

De acordo com dados do IBGE (BRASIL 2012) em 2012 foram registrados

581 oacutebitos sendo 302 homens e 279 mulheres as doenccedilas neoplaacutesicas foram

responsaacuteveis por 173 oacutebitos2977 do aparelho circulatoacuterio foram responsaacuteveis

por 121 oacutebitos208 das mortes seguidas pelas doenccedilas respiratoacuterias 821411

oacutebitos por doenccedila do aparelho digestivo 467 9 doenccedilas infecciosas e

parasitaacuterias 41 oacutebitos70 oacutebitos por doenccedilas do aparelho geniturinaacuterio 3255

mortes por causas externas 27464 oacutebitos por doenccedilas relacionadas ao sangue

oacutergatildeos hematoloacutegicos transtornos imunitaacuterios 406 oacutebitos por doenccedilas de pele e

do tecido subcutacircneo total de 5086 outras mortes somam 86 Estes dados

estatildeo representados no graacutefico abaixo

Graacutefico 2 - Nuacutemero de Oacutebitos por Causa Divinoacutepolis ndash 2012

Obitos em DIvinoacutepolis em 2012

Homens

Mulheres

Neoplasias

Ap circulatoacuterio

Doeccedilas respiratoacuterias

Aparelho digestivo

Doenccedilas infecciosas

Aparelho Geniturinaacuterio

Causas externas

Doenccedilas hematoloacutegicas Fonte IBGE cidades ibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=114ampsearch=minas-

gerais|divinopolis|morbidades-hospitalares-2012

117 Sistema Local de Educaccedilatildeo

O municiacutepio segundo IBGE (BRASIL 2012) tem 1589 docentes atuando na

rede de educaccedilatildeo baacutesica no ensino meacutedio conta com 562 docentes no ensino

fundamental 739 docentes e a educaccedilatildeo infantil com 288 docentes O ensino

fundamental conta com uma rede de 88 escolas sendo 26 privadas 30 da rede

puacuteblica estadual e 32 da rede municipal O ensino meacutedio tem um total de 29 escolas

sendo oito privadas 20 da rede estadual e uma da rede federal Ainda segundo o

14

IBGE (BRASIL 2012) satildeo 27484 alunos matriculados no ensino fundamental 8211

no ensino meacutedio 4808 na preacute-escola Segundo o IBGE (BRASIL 2010) o iacutendice de

desenvolvimento humano ndash IDH ficou em 0764 acima da meacutedia nacional que eacute de

0730

12 Diagnoacutestico Situacional

121 Unidade Baacutesica de Sauacutede ndash Bairro Santos Dumont

A unidade baacutesica de sauacutede em que atuo estaacute localizada a Rua Liacuterios do Vale

141 Bairro Santos Dumont telefone (37) 32153674 local de faacutecil acesso com rua

pavimentada Funciona de 07h00min as 11h00min horas e de 13h00min as

17h00min horas de segunda a sexta-feira segundo o Cadastro Nacional de

Estabelecimentos de Sauacutede - CNES (BRASIL 2014)

Foto 1 - Unidade Baacutesica de Sauacutede Santos Dumont - Divinoacutepolis-MG 2014

Fonte httpswwwgooglecombrmapsplaceRua+JosC3A9+VenC3A2ncio+218+-+Aeroporto-20175673 448774553a75y16155h90tdata=3m41e13m21siLj6mpeG5CZyGTTQQ_cwTA2e04m23m11s0xa0a4e2a9c17ea50x429732233cce4192

A aacuterea de abrangecircncia da UBS Santos Dumont compreende a regiatildeo

sudoeste da cidade de Divinoacutepolis composta pelos bairros Santos Dumont Maria

Peccedilanha Quinta das Palmeiras Costa Azul e Terra Azul

15

Mapa 2 - Aacuterea de Abrangecircncia da UBS Santos Dumont ndash Divinoacutepolis-MG 2014

Fonte Prefeitura Municipal de Divinoacutepolis fileCUsersnoteDesktopmapadacidade20(1)20(1)pdf

122 Recursos Humanos

Segundo o Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sauacutede (2014) a

equipe eacute composta por um enfermeiro da estrateacutegia de sauacutede da famiacutelia com 40

horas semanais um cirurgiatildeo dentista com carga horaacuteria de 40 horas semanais um

meacutedico cliacutenico com 40 horas semanais um agente de serviccedilos gerais de 40 horas

semanais 4 agentes comunitaacuterios de sauacutede com 40 horas semanais e um auxiliar de

sauacutede bucal de 40 horas semanais Conforme quadro abaixo

Quadro 1 - Equipe de Sauacutede do UBS Santos Dumont 2014

Fonte Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sauacutede

Segundo o Sistema Integrado de Sauacutede - SIS a Unidade Santos Dumont tem

uma populaccedilatildeo cadastrada de 2208 habitantes com um nuacutemero estimado de 673

16

famiacutelias Quanto ao niacutevel de escolaridade da populaccedilatildeo adscrita assim estaacute

distribuiacuteda doutorado 2 mestrado 1 poacutes-graduaccedilatildeo 1 superior completo 22

superior incompleto 9 fundamental incompleto 123 ensino meacutedio completo 287

fundamental incompleto 1105 meacutedio incompleto 424 analfabetos 226 e natildeo

informado 08 sendo assim a taxa de analfabetismo eacute 1023 acima da meacutedia

nacional conforme o censo do IBGE (BRASIL 2010) que foi de 96 conforme

quadro abaixo

Quadro 2 - Niacutevel de escolaridade da populaccedilatildeo de referecircncia da UBS Santos

Dumont 2014

NIacuteVEL DE ESCOLARIDADE

Doutorado Mestrado Poacutes- graduaccedilatildeo

Superior Superior Incompleto

Fundamental Completo

Ensino meacutedio

Ensino meacutedio incompleto

Fundamental incompleto

Analfabeto Outros

M1 0 0 0 2

20 33 52 240 39 3

M2 1 1 1 15 5 62 102 90 228 47 3

M3 0 0 0 4 2 11 38 252 164 54 1

M4 1

1 2 30 114 30 473 86 1

Sub total 2 1 1 22 9 123 287 424 1105 226 8

POPULACcedilAtildeO TOTAL 2208

Fonte Sistema Integrado de Sauacutede 2014

123 Doenccedilas Crocircnicas

Com relaccedilatildeo agraves doenccedilas crocircnicas segundo o Sistema Integrado de Sauacutede haacute na

comunidade 199 clientes com hipertensatildeo arterial com diabetes 68 clientes com

alguma deficiecircncia 6 com doenccedila de chagas 1 alcoolismo 1 epilepsia 3 e com 8

gestantes

Quadro 3 - Total de Hipertensos e Diabeacuteticos da UBS por Microaacuterea Divinoacutepolis ndash MG 2014

HIPERTENSOS E DIABEacuteTICOS POR MICROAacuteREA

ACS Gracielle Suzana Rosana Rosilene TOTAL

MICROAacuteREA M1 M2 M3 M4

Hipertensatildeo 22 58 16 103 199

Diabeacuteticos 5 21 3 39 68 Fonte Sistema Integrado de Sauacutede de Divinoacutepolis SIS 2014

17

124 Doenccedilas Endecircmicas ndash A Dengue

A Dengue eacute uma doenccedila de origem africana que foi introduzida no paiacutes

segundo Valente et al (2012) por volta do seacuteculo XIX encontrando no Brasil um

clima e condiccedilotildees muito favoraacuteveis a sua multiplicaccedilatildeo mesmo sendo uma doenccedila

antiga o mosquito transmissor da dengue se mostra cada vez mais de difiacutecil controle

Todo ano atinge milhotildees de pessoas em todo mundo e no Brasil As seguidas

epidemias levaram o tema a ser discutido em vaacuterios setores como escolas veiacuteculos

de comunicaccedilatildeo nos setores de sauacutede e tambeacutem pela sociedade civil Segundo o

Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2014) de acordo com os dados contidos no Boletim

Epidemioloacutegico da 53ordf Semana Epidemioloacutegica foram registrados no paiacutes 591080

casos da doenccedila sendo que a regiatildeo Sudeste teve o maior nuacutemero de casos

312318 casos 528 Minas Gerais aparece com 1896 deste total A cidade de

Divinoacutepolis apresentou segundo a Secretaria Municipal de Sauacutede 4680 casos

notificados e segundo a Secretaria de Estado da Sauacutede foram notificados 06 oacutebitos

confirmados conforme quadro abaixo sendo que assim a cidade vem enfrentando

seguidas epidemias de Dengue tornando-se um dos problemas que mais preocupa

a comunidade

Quadro 4 - Casos de Oacutebitos por Dengue Grave em Minas Gerais - 2014

Municiacutepios Oacutebitos

confirmados

Araxaacute Arauacutejos

1 1

Campo Belo Candeias

1 1

Curvelo Divinoacutepolis

1 6

Dores do Indaiaacute 1 Formiga Fronteira Frutal

1 1 1

Itabira Itauacutena

1 2

Ituiutaba Juiz de Fora

1 4

Natalacircndia Nova Serrana

1 1

Passos 8

18

Paracatu 3 Prata Sabaraacute

1 1

Santa Barbara Santa Luzia Santos Dumont

1 1 1

Santa Margarida Uberlacircndia

1 3

Trecircs Coraccedilotildees 1

Total 47

Fonte SINAN ONLINE e DVASVEASTSubVPSSES MG

O grande nuacutemero de terrenos baldios e lotes vagos satildeo apontados pelos

moradores como principal causa do aumento dos focos do mosquito Aedes Aegypti

A foto abaixo mostra o aglomerado ainda pouco habitado onde existem muitas

aacutereas onde haacute somente vegetaccedilatildeo nativa o que favorece o descarte inadequado de

lixo e entulhos recipientes que acumulam aacutegua se tornando grande criadouro do

mosquito transmissor da dengue

Foto 2 - Aacuterea de abrangecircncia da Unidade Baacutesica de Sauacutede Santos Dumont 2014

Fonte httpswwwgooglecombrmaps-201840183-448801014180mdata=3m11e3

19

A regiatildeo ocupada pela populaccedilatildeo da aacuterea de abrangecircncia da UBS Santos

Dumont eacute uma regiatildeo de cerrado Segundo o IBGE (BRASIL 2010) o Iacutendice de

Desenvolvimento Humano - IDH eacute 0764 acima da meacutedia nacional que de 0730 A

cidade apresentou crescimento populacional no periacuteodo de 1991 a 2010

correspondentes a 2889 poreacutem os investimentos em infraestrutura como

pavimentaccedilatildeo e saneamento baacutesico natildeo acompanharam a taxa de crescimento da

cidade algo comum em grandes cidades e cidades de meacutedio porte no paiacutes Na aacuterea

do bairro ainda haacute presenccedila de mata nativa com ocupaccedilatildeo natildeo planejada a

populaccedilatildeo convive com riscos eminentes para a sua sauacutede

Segundo Valente et al (2012) diante do aumento dos casos de dengue

estrateacutegias tradicionais parecem natildeo terem mais o mesmo efeito de outrora Eacute

necessaacuterio o envolvimento de todos os setores sociais para buscar o controle da

situaccedilatildeo com accedilotildees de educaccedilatildeo e sauacutede que podem ser mais efetivas do que

apenas medidas unilaterais baseada em estatiacutesticas ministeriais

Apoacutes os vaacuterios casos atendidos na UBS o que se percebe eacute que ningueacutem

assume que o foco do mosquito possa estar na sua casa conforme afirmam Valente

et al (2012) que a culpa eacute sempre dos vizinhos que natildeo fazem a sua parte o que

torna relevante afirmar ser a negaccedilatildeo da ldquoquestatildeo da culpabilizaccedilatildeo individual e a

culpabilizaccedilatildeo do outrordquo (VALENTE 2012 p2990) Outro dado que chama a

atenccedilatildeo segundo a Secretaria Municipal de Sauacutede (DIVINOacutePOLIS 2014) eacute que os

levantamentos indicam que 9415 dos focos de dengue estatildeo dentro das

residecircncias O relato que os criadouros estatildeo sempre na casa do vizinho esse eacute

com certeza o maior ldquonoacute criacuteticordquo que precisa ser desconstruiacutedo o cidadatildeo se

preocupa com o vizinho e se esquece do seu domiciacutelio

Segundo balanccedilo divulgado pela Secretaria Municipal de Sauacutede

(DIVINOacutePOLIS 2014) os 4139 casos confirmados mais os exames que ainda

aguardam os resultados sinalizam para cidade que tem muito trabalho para

enfrentar esse grave problema de sauacutede puacuteblica Os bairros Nossa Senhora das

Graccedilas Centro Satildeo Joseacute Interlagos Niteroacutei Porto Velho Planalto Santos Dumont

Belvedere e Bom Pastor foram responsaacuteveis por 3027 dos casos notificados na

cidade Em meacutedia a UBS Santos Dumont em relaccedilatildeo agrave populaccedilatildeo adscrita

apresentou um percentual de 215 da populaccedilatildeo total com casos notificados como

se pode observar no quadro abaixo

20

Quadro 5 - Nuacutemero de casos de Dengue em Divinoacutepolis ndash 2014

NOSSA SENHORA DAS GRACcedilAS Fonte Prefeitura Municipal de Divinoacutepolishttpwwwdivinopolismggovbrportalnoticiaphpid=109802014

Segundo Valente et al (2012) a praacutetica de jogar lixo nas ruas como algo do

cotidiano mesmo sabendo que essa accedilatildeo remete aos proacuteprios moradores e a falta

de coleta seletiva regular levam ao acuacutemulo de recipientes de plaacutesticos que durante

o periacuteodo chuvoso tornam-se criadouros do mosquito Esse tambeacutem eacute um

importante tema que necessita ser trabalhado desde a preacute-escola em vaacuterias

oportunidades como reuniatildeo de bairros em eventos esportivos e festivos pois

somente com educaccedilatildeo da populaccedilatildeo se pode mudar essa realidade

BAIRROS COM MAIORES NUacuteMEROS DE CASOS DE DENGUE EM DIVINOacutePOLIS

Bairros NSG CENTRO Satildeo JOSEacute INTERLAGOS NITEROacuteI

PORTO VELHO PLANALTO

SANTOS DUMONT BELVEDERE

BOM PASTOR

307 350 192 123 124 1O8 104 101 98 96

TOTAL 1417

21

2 JUSTIFICATIVA

A enfermagem eacute uma arte cuidar prevenir e proteger a sauacutede o enfermeiro

que atua na equipe de sauacutede da famiacutelia tem importante papel na educaccedilatildeo e na

proteccedilatildeo de sua populaccedilatildeo adscrita por estar perto e conhecer a realidade de sua

comunidade Backes et al (2012)

O conhecimento dos problemas de uma populaccedilatildeo permite a equipe de

Sauacutede da Estrateacutegia da Famiacutelia o planejamento de accedilotildees efetivas e eficazes nas

principais causas de adoecimento de uma comunidade aleacutem de organizar de

maneira ordenada o atendimento da demanda e rotina dos serviccedilos ofertados na

Unidade Baacutesica de Sauacutede Backes et al (2012)

O tema dengue tem relevacircncia por ser a mais importante arbovirose que

atinge o ser humano na atualidade trazendo um enorme prejuiacutezo socioeconocircmico

para toda sociedade

Segundo Figueiredo et al (1992) a dengue eacute uma doenccedila com alta

morbidade e pode evoluir para um quadro grave de hemorragia podendo levar ao

oacutebito Ainda conforme Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2009) em oito paiacuteses do

continente americano e asiaacutetico incluindo o Brasil em 2009 foram gastos U$ 18

bilhotildees somente com despesas ambulatoriais e hospitalares sem contar os recursos

despendidos para vigilacircncia epidemioloacutegica

Em Divinoacutepolis em 2014 foram notificados 4680 notificaccedilotildees e 4139 casos

confirmados e os demais aguardando confirmaccedilatildeo segundo a Secretaria Municipal

de Sauacutede

Ainda outro ponto muito importante eacute que as pessoas acreditam que o

problema eacute sempre do outro conforme salientam Valente et al (2012) que a culpa

dos casos de dengue eacute do vizinho sendo assim ele natildeo se preocupa com a sua

residecircncia Neste mesmo sentido Giratildeo et al (2012) afirmam que devido agrave

adaptaccedilatildeo do vetor as aacutereas domiciliares e peridomiciliares o controle da doenccedila

sem a participaccedilatildeo da populaccedilatildeo estaacute fadado ao fracasso As accedilotildees educaccedilatildeo em

sauacutede satildeo uma ferramenta essencial nessa estrateacutegia proporcionando ao cidadatildeo

uma autonomia para cuidar da sua sauacutede e da prevenccedilatildeo e eliminaccedilatildeo do vetor

Portanto uma proposta de intervenccedilatildeo que enfatize esta participaccedilatildeo da

comunidade conhecendo suas potencialidades e suas necessidades justifica a

realizaccedilatildeo deste trabalho

22

3 OBJETIVOS

31 Objetivo Geral

Elaborar um plano de accedilatildeo com ecircnfase em educaccedilatildeo e sauacutede com vistas agrave

reduccedilatildeo do nuacutemero de casos de dengue no municiacutepio de Divinoacutepolis e

especificamente na aacuterea de abrangecircncia da Unidade de Sauacutede Santos

Dumont

32 Objetivos Especiacuteficos

Organizar um grupo comunitaacuterio de controle e combate ao mosquito

Aedes Aegypti

Despertar na comunidade adscrita da Unidade de Sauacutede Santos Dumont uma

visatildeo criacutetica sobre os novos processos de sauacutede e doenccedila com a priorizaccedilatildeo

de accedilotildees educativas

Descrever os passos de uma proposta de intervenccedilatildeo e acompanhamento de

resultados com ecircnfase em educaccedilatildeo e sauacutede com vista na reduccedilatildeo dos focos

do vetor transmissor da dengue

23

4 BASES CONCEITUAIS

41 Aspectos Gerais da Doenccedila

A dengue eacute atualmente a mais importante arbovirose que acomete o ser

humano no continente americano distribuiacuteda segundo Ferreira et al (2009) desde o

Uruguai ateacute a costa sul dos Estados Unidos abrangendo principalmente Venezuela

Cuba Brasil e Paraguai contaminando cerca de mais de 3 bilhotildees de pessoas em

todo mundo

Segundo Penna (2003) embora o vetor Aedes Aegypti natildeo seja natural das

Ameacutericas encontrou aqui um ambiente favoraacutevel agrave sua multiplicaccedilatildeo Introduzido no

Brasil possivelmente pela Aacutefrica em meados do seacuteculo XIX invadiu o paiacutes e se

expandiu para todo o territoacuterio nacional

Segundo Penna (2003) o vetor chegou a ser erradicado de 1967 a 1973 pelo

meacutetodo de aplicaccedilatildeo de inseticida de accedilatildeo residual que prevalecia por ateacute seis

meses a aplicaccedilatildeo se deu em depoacutesitos que continham ou natildeo aacutegua parada e

tambeacutem ateacute um metro dos potenciais focos do mosquito Atualmente com os

grandes aglomerados urbanos e com a infestaccedilatildeo em todo continente americano a

erradicaccedilatildeo do mosquito natildeo eacute mais viaacutevel por isso o Ministeacuterio da Sauacutede em

parceria com Organizaccedilatildeo Pan-americana da Sauacutede (OPAS) aderiu o ldquoPlano de

Intensificaccedilatildeo das Accedilotildees de Controle da Denguerdquo (PIACD) que trabalha com a

universalidade regional sincronicidade e continuidade das accedilotildees e natildeo na

erradicaccedilatildeo (FERREIRA et al 2009 p 963)

Valente et al (2012) Giratildeo et al (2014) salientam que eacute de fundamental

importacircncia entender que as atuais estrateacutegias de controle vetorial onde haacute

responsabilizaccedilatildeo dos cidadatildeos e eliminaccedilatildeo focal parecem natildeo ter mais efeito

efetivo no combate ao mosquito Aedes Aegypti Diante das seguidas epidemias haacute

necessidade de uma abordagem mais ampla do problema com a participaccedilatildeo efetiva

de toda populaccedilatildeo e de todos os setores da sociedade ldquoenfocando a determinaccedilatildeo

social do processo sauacutede-doenccedila e a transdisciplinalidade das accedilotildeesrdquo (VALENTE et

al 2012 p 2988)

No Brasil segundo Ferreira et al (2009) as condiccedilotildees socioambientais a

falta de saneamento a ausecircncia da coleta seletiva de lixo a maacute distribuiccedilatildeo de

24

renda e a baixa escolaridade criaram um ambiente muito favoraacutevel agrave multiplicaccedilatildeo

do vetor Aedes Aegypti

42 Etiologia

Segundo Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2002) a Dengue eacute uma doenccedila febril

que em sua forma claacutessica apresenta como sinais cliacutenicos dores musculares e nas

articulaccedilotildees cefaleia e dor retro-orbitaacuteria vocircmitos e diarreia Para Almeida et al

(2008) a dengue eacute uma doenccedila de curso que varia de forma benigna a grave pode

apresentar a forma claacutessica a forma hemorraacutegica e o choque sendo que esta uacuteltima

pode levar ao oacutebito

No Brasil segundo a Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz (BRASIL 2008) satildeo

encontrados dois vetores da doenccedila o Aedes aegypti e Aedes albopictus A

transmissatildeo ocorre quando uma fecircmea do inseto pica uma pessoa portadora do

viacuterus e esta passa por periacuteodo de incubaccedilatildeo e logo apoacutes 10 a 14 dias a fecircmea estaacute

apta a transmitir o viacuterus por toda vida em meacutedia vive em torno de 35 a 40 dias

43 Aspectos Epidemioloacutegicos

Segundo Gonccedilalves Neto et al (2006) a dengue eacute considerada como a mais

importante arbovirose transmitida por insetos das uacuteltimas deacutecadas atinge a cada

ano um maior contingente de pessoas com o vetor aparecendo em mais de 100

paiacuteses de clima tropical e subtropical

Em face dessa realidade Ferreira Veras e Silva (2009) salientam que as

sucessivas epidemias de dengue no mundo especialmente no Brasil tecircm

mobilizado e preocupado autoridades e a populaccedilatildeo em geral No estado de Satildeo

Paulo houve um grande aumento dos quadros de dengue hemorraacutegica Cerca de

80 dos municiacutepios paulistas estatildeo totalmente infestados pelo mosquito aedes

aegypti Os motivos pelo quais a sua populaccedilatildeo aumenta significativamente

pontuam os autores satildeo a dificuldade em utilizaccedilatildeo de inseticidas a contrataccedilatildeo de

matildeo de obra qualificada a precaacuteria coleta de lixo especialmente nas grandes

cidades e nas suas regiotildees perifeacutericas aleacutem de fatores como o clima criando o

ambiente cada vez mais favoraacutevel agrave reproduccedilatildeo do mosquito

25

Segundo Mayo et al (2011) em estudo semelhante salienta que a

populaccedilatildeo brasileira vem sofrendo com seguidas epidemias de dengue haacute mais de

duas deacutecadas os autores seguem chamando a atenccedilatildeo para o progressivo aumento

de nuacutemero de casos com complicaccedilotildees seguindo a mesma loacutegica um nuacutemero

maior de municiacutepios vem sofrendo com o aparecimento e o aumento de casos de

dengue hemorraacutegica e o aumento dos oacutebitos por complicaccedilotildees da dengue

Havendo a predominacircncia de tais caracteriacutesticas a dengue tem levado ao alto

nuacutemero de oacutebitos Segundo Figueiroacute et al (2011) isso estaacute associado ainda agrave

imensa massa da populaccedilatildeo exposta Contudo salientam os autores que a doenccedila

tem se tornado um dos problemas de sauacutede reemergentes mais importantes da

histoacuteria Estima-se que 25 bilhotildees de pessoas estatildeo em risco de contrair a doenccedila

ainda que por ano satildeo 50 milhotildees de novos casos Destes cerca 550 mil necessitam

de hospitalizaccedilatildeo e pelo menos 20 mil evoluem para oacutebito Dados epidemioloacutegicos

do Ministeacuterio da Sauacutede tem apontado segundo Figueiro et al (2011) um crescente

aumento dos casos de Febre Hemorraacutegica por Dengue (FHD) e em uma deacutecada a

taxa de letalidade atingiu 68 destacando-se a regiatildeo nordeste com maior iacutendice

de casos entre 1981 a 2007

Contudo salientam Giratildeo et al (2014) que devido agrave adaptaccedilatildeo muito

acentuada do vetor nos peridomiciacutelios e domiciacutelios corroborando estudos da

Secretaria Municipal de Sauacutede de Divinoacutepolis (2014) apontaram que 9415 dos

focos de dengue estatildeo dentro das residecircncias sendo assim a participaccedilatildeo do

cidadatildeo no controle eacute de suma importacircncia no controle da doenccedila

Segundo dados do Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2014) em Minas Gerais a

taxa de incidecircncia da doenccedila foi de foi 2856 casos para cada 100000 habitantes

os 45 oacutebitos indicam um aumento de 3333 casos fatais em relaccedilatildeo a 2013 que

teve um nuacutemero de casos maior Quanto ao tipo de viacuterus circulante verificou-se a

incidecircncia de DENV1 (882) seguido de DENV4 (115) DENV3 (03) e DENV2

(00)

Para implantar as accedilotildees de vigilacircncia em sauacutede o Ministeacuterio da Sauacutede

(BRASIL 2014) por meio da Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede repassou para os

estados e municiacutepios 30 do valor a ser gasto em todo ano de 2014 cerca de R$

3634 milhotildees No mecircs de dezembro de 2013 a fim de intensificar as accedilotildees de

combate agrave dengue no periacuteodo de maior incidecircncia foram fornecidos 100 mil kg de

larvicidas 227 mil litros de adulticida e 104 mil kits para diagnoacutestico

26

Segundo a Secretaria Municipal de Sauacutede (DIVINOacutePOLIS 2014) haacute em

atividade 94 agentes de sauacutede puacuteblicos efetivos e 14 contratados sendo a cidade eacute

dividida em setores De acordo com levantamento raacutepido do iacutendice de infestaccedilatildeo do

aedes aegypti realizado em marccedilo de 2014 obteve-se um percentual de infestaccedilatildeo

do mosquito de 37 nos domiciacutelios visitados em Divinoacutepolis que representam risco

meacutedio para epidemia Em outubro de 2014 o novo levantamento raacutepido do iacutendice de

infestaccedilatildeo apresentou um iacutendice de 09 preocupante visto que o valor muito estaacute

muito proacuteximo do tolerado pela Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede que eacute de 1 Aleacutem

disso as condiccedilotildees climaacuteticas nesse periacuteodo natildeo favorecem a proliferaccedilatildeo do

mosquito por isso pode-se considerar esse valor alto

Em face dos dados apresentados conforme afirmam Ferreira Veras e Silva

(2009) para o controle da dengue a participaccedilatildeo popular eacute indiscutivelmente

essencial visto que o vetor habita os domiciacutelios sendo assim todos tem condiccedilotildees

de colaborar fiscalizando suas moradias O PNCD destaca as accedilotildees educativas

como forma de preparar a comunidade para adoccedilatildeo de comportamentos que

protejam a sauacutede coletiva Ainda segundo os autores durante as epidemias haacute todo

um clamor da miacutedia e do poder puacuteblico no sentido de mobilizar a comunidade para o

controle da doenccedila poreacutem nos periacuteodos de menor incidecircncia esse apelo perde a

intensidade o tema acaba no esquecimento sendo apresentado somente no

proacuteximo periacuteodo de infestaccedilatildeo e transmissatildeo da doenccedila

Ferreira Veras e Silva (2009) em anaacutelise do iacutendice de participaccedilatildeo da

populaccedilatildeo de 16 municiacutepios paulistas detectaram que em mais da metade destes

municiacutepios a participaccedilatildeo era muito baixa em consequecircncia o nuacutemero de pessoas

que contraiacuteram a doenccedila era maior onde haacute menos participaccedilatildeo popular

A educaccedilatildeo permanente segundo Ribeiro Sousa e Arauacutejo (2007) visa

acelerar o processo de adesatildeo da populaccedilatildeo agraves medidas preventivas abordando as

questotildees que envolvem condiccedilotildees de sauacutede moradia saneamento baacutesico indo

aleacutem de accedilotildees pontuais e campanhistas que perdem forccedila nos periacuteodos de baixa

notificaccedilatildeo de casos Eacute preciso buscar parceiros na sociedade civil como nos meios

de comunicaccedilatildeo para divulgaccedilatildeo do enfrentamento da doenccedila o ano inteiro

27

44 Medidas Educativas

Giratildeo et al (2014) destacam que somente com a educaccedilatildeo em sauacutede eacute que

se pode despertar na comunidade uma autonomia para que a populaccedilatildeo se sinta

como uma parte do processo que passa pela prevenccedilatildeo cujo controle depende da

eliminaccedilatildeo dos focos do mosquito dentro dos domiciacutelios

Neste sentido Alves (2005) afirma que a educaccedilatildeo em sauacutede eacute uma

ferramenta capaz de produzir intermediada pelos profissionais de sauacutede uma

compreensatildeo nova do processo sauacutede doenccedila oferecendo agrave populaccedilatildeo subsiacutedios

para adoccedilatildeo de novos haacutebitos de vida com ecircnfase na promoccedilatildeo e prevenccedilatildeo de

situaccedilotildees que podem trazer prejuiacutezos agrave sua sauacutede

Segundo Figueiroacute et al (2011) a doenccedila atinge a cada ano um maior

contingente de pessoas Nesse sentido priorizando a reduccedilatildeo dos casos de dengue

e dengue grave o Ministeacuterio da Sauacutede implantou no paiacutes o Plano Nacional de

Controle da Dengue ndash PNCD O programa eacute gerido de forma tripartite ou seja com

a participaccedilatildeo das trecircs esferas de governos uniatildeo estados e municiacutepios

ldquocompreendendo accedilotildees operacionais de vigilacircncia integrada entomoloacutegica e sobre o

meio ambiente de assistecircncia aos pacientes de educaccedilatildeo em sauacutede comunicaccedilatildeo

e mobilizaccedilatildeo socialrdquo (FIGUEIROacute et al 2011 p 2374) O PNCD compreende ainda

o controle e avaliaccedilatildeo dos agentes comunitaacuterios de sauacutede - ACS entretanto

segundo dados epidemioloacutegicos haacute uma grande dificuldade na realizaccedilatildeo das accedilotildees

e no alcance dos resultados esperados devido agrave baixa participaccedilatildeo da populaccedilatildeo

Para Ferreira Veras e Silva (2009) de acordo com a OPAS uma das maiores

dificuldades das autoridades de sauacutede em articulaccedilatildeo das accedilotildees eacute a parceria com a

comunidade o PNCD tem como um dos eixos a participaccedilatildeo comunitaacuteria para

reduccedilatildeo dos criadouros domiciliares Segundo Ferreira Veras e Silva (2009) a

participaccedilatildeo popular no combate eacute fundamental e defendida pelos organismos

nacionais e internacionais Pode estar inserida a capacitaccedilatildeo da populaccedilatildeo na

promoccedilatildeo e prevenccedilatildeo com o objetivo da melhoria da comunidade tanto na sauacutede

individual quanto coletiva favorecendo a construccedilatildeo de um modelo de sauacutede

compartilhada No controle das epidemias especialmente da dengue cujo vetor vive

na maioria das vezes nas casas das pessoas o PNDC visa o desenvolvimento de

accedilotildees educativas que tem como objetivo a mudanccedila de comportamento das

pessoas na manutenccedilatildeo de um ambiente de vida saudaacutevel Contudo a criteriosa

28

tarefa de evitar epidemias vai muito aleacutem do setor de sauacutede consistem em um

conjunto de accedilotildees poliacuteticas teacutecnicas e sociais que inclui prioritariamente a

participaccedilatildeo popular aliada agrave vigilacircncia epidemioloacutegica

Segundo Gonccedilalves Neto et al (2006) as condiccedilotildees sanitaacuterias prejudicadas

ausecircncia de coleta seletiva de lixo ausecircncia de saneamento baacutesico e um

crescimento desordenado em aacutereas tropicais propiciou raacutepida adaptaccedilatildeo do vetor

nas residecircncias levando o aedes aegpyti aproveitar se dos criadouros

providenciados pelo proacuteprio homem para aumentar sua populaccedilatildeo Contudo salienta

o autor praticamente impossiacutevel desenvolver um trabalho de controle do vetor sem a

participaccedilatildeo da comunidade

Tais afirmaccedilotildees explicam a situaccedilatildeo da populaccedilatildeo adscrita da UBS Santos

Dumont onde ocorreu uma grande expansatildeo de domiciacutelios sem um planejamento

adequado deixando um grande nuacutemero de terrenos baldios uma ocupaccedilatildeo sem a

infraestrutura necessaacuteria falta da coleta seletiva de lixo saneamento baacutesico e

pavimentaccedilatildeo Soma-se a isso a deficiecircncia do Estado em garantir uma coleta de

lixo eficiente deixando margem para a proliferaccedilatildeo da doenccedila

Segundo Almeida et al (2008) a adaptaccedilatildeo do mosquito aedes aegypti cuja

sobrevivecircncia depende de aacutegua parada ocorre principalmente nas aacutereas urbanas

em domiciacutelios e peridomiciacutelios Contudo o vetor eacute muito sensiacutevel agraves condiccedilotildees

ambientais poreacutem seus ovos resistem a longos periacuteodos de dissecaccedilatildeo o que

garante a perpetuaccedilatildeo da espeacutecie Com haacutebito diurno preferencialmente tem uma

especial atraccedilatildeo pelo sangue humano seu deslocamento eacute em meacutedia durante um

voo em condiccedilotildees normais de ambiente sem a interferecircncia de vento de cinquenta

metros portanto sua caracteriacutestica de habitar os domiciacutelios e peridomiciacutelios

permanecendo proacuteximo ao local de ldquopastordquo e postura dos ovos

Segundo Almeida et al (2008) com a ausecircncia de uma vacina eficaz capaz

de evitar a doenccedila a principal profilaxia tem sido o controle vetorial por meio de

identificaccedilatildeo dos focos e aplicaccedilatildeo de inseticidas de accedilatildeo residual para eliminaccedilatildeo

das larvas ou seja o combate focal

Contudo afirmam Almeida et al (2008) o conhecimento do dinamismo do

periacuteodo de maior transmissibilidade e latecircncia tem permitido a organizaccedilatildeo de accedilotildees

mais ou menos acentuadas dependendo do momento da epidemia e das condiccedilotildees

climaacuteticas A presenccedila do vetor em variadas partes das cidades jaacute foi identificada por

meio de estudos o que comprova que a doenccedila natildeo atinge somente uma classe

29

social Quanto agrave diminuiccedilatildeo dos casos dentro de um contexto epidemioloacutegico trecircs

fatores tecircm um papel muito importante as condiccedilotildees climaacuteticas desfavoraacuteveis agrave

viabilidade do vetor esgotamento de hospedeiros susceptiacuteveis e o controle quiacutemico

do vetor

45 Controle

Segundo Mayo et al (2011) existem duas formas de atuaccedilatildeo no controle da

doenccedila o bloqueio e o controle de criadouros Estas medidas tecircm por objetivo a

reduccedilatildeo dos criadouros na aacuterea de atuaccedilatildeo dos agentes de sauacutede o controle por

bloqueio e nebulizaccedilatildeo ocorre agrave aplicaccedilatildeo de inseticida com aplicadores Ultra Baixo

Volume - UBV A atuaccedilatildeo nesse tipo de trabalho em relaccedilatildeo ao feito pelo municiacutepio

diz respeito agrave qualidade do serviccedilo realizado bem como a agilidade na realizaccedilatildeo da

tarefa e o grande alcance da aacuterea coberta e o tipo de equipamento empregado

Para realizaccedilatildeo das tarefas o meacutetodo segue o preconizado pelo PNCD divide

as cidades em aacutereas setores e quarteirotildees Segundo Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL

2001) o bloqueio consiste em parar a transmissatildeo da dengue em municiacutepios com

epidemia instalada e tem como objetivo ainda a identificaccedilatildeo do sorotipo de viacuterus

circulante a aplicaccedilatildeo do UBV sem prejuiacutezo do controle larvaacuterio Quanto agrave

delimitaccedilatildeo de um foco isolado nos casos onde natildeo haacute infestaccedilatildeo deveratildeo ser

tratados todos os imoacuteveis no raio de 300 metros do entorno do local

Na fase de ataque segundo Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2001) deveraacute ser

tratado 100 dos imoacuteveis aleacutem de pontos estrateacutegicos terrenos baldios das zonas

infestadas e todos os potenciais focos devem ser eliminados Na fase de

consolidaccedilatildeo o objetivo eacute a erradicaccedilatildeo do mosquito satildeo desenvolvidas vaacuterias

accedilotildees semelhantes agrave fase de ataque com exceccedilatildeo do tratamento de focos Na fase

de manutenccedilatildeo satildeo visitadas todas as aacutereas positivas e negativas mesmo onde o

vetor foi erradicado as medidas satildeo o uso de armadilhas de oviposiccedilatildeo e inspeccedilotildees

de pontos estrateacutegicos

46 Atuaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Baacutesica no Controle da Dengue

As atividades de controle devem ter uma sinergia com todos os setores

envolvidos no tocante a vigilacircncia epidemioloacutegica haacute necessidade de manter a

30

vistoria em imoacuteveis terrenos depoacutesitos oficinas entre outros locais Teixeira et al

(2010) verificaram que os domiciacutelios com terrenos baldios no entorno apresentaram

maior concentraccedilatildeo da doenccedila

Lima e Vilasboas (2011) salientam que a sauacutede eacute um direito e a maneira que

o Estado tem de garantir esse direito eacute por meio de poliacuteticas puacuteblicas de proteccedilatildeo

prevenccedilatildeo e recuperaccedilatildeo de agravos a simples ausecircncia de doenccedila natildeo pode ser

considerada um conceito de sauacutede visto que as condiccedilotildees sociais de saneamento

baacutesico meio ambiente educaccedilatildeo moradia e renda satildeo fatores determinantes no

processo de adoecimento de um povo A sauacutede deve ser pensada no contexto

ampliado com integraccedilatildeo formando uma rede interssetorial na perspectiva de troca

de ajuda muacutetua na troca de experiecircncias com uma construccedilatildeo muacutetua de saberes

facilitando a resoluccedilatildeo dos problemas enfrentados

Para Lima e Vilasboas (2011) a interssetorialidade pode ser um facilitador

para construccedilatildeo de um sistema de sauacutede efetivo contudo aliado a poliacuteticas puacuteblicas

que possam contribuir para ganho na melhoria da qualidade de vida das pessoas A

interssetorialidade extrapola os limites do poder estatal e envolve a sociedade nas

decisotildees poliacuteticas evita a subordinaccedilatildeo de um setor a outro e diminui as resistecircncias

de alguns membros

Segundo Lefegravevre et al (2007) a populaccedilatildeo tem informaccedilotildees sobre a doenccedila

e do ciclo de vida do transmissor poreacutem esse conhecimento ainda natildeo eacute capaz de

produzir nas pessoas atitudes e comportamento para impedir ou reduzir os

criadouros do mosquito A probabilidade eacute que esse conhecimento vindo de origem

externa fragmentado ou pouco organizado configure um conflito entre o saber

sanitaacuterio e o senso comum Ainda segundo o autor o programa educativo tem sido

aplicado haacute muitos anos mas ateacute hoje ainda natildeo obteve o resultado esperado

contudo haacute necessidade de aprofundar neste contexto para identificar onde estatildeo as

falhas para que possa realmente ter uma populaccedilatildeo engajada no controle do vetor

Para a populaccedilatildeo segundo Lefegravevre et al (2007) haacute uma relaccedilatildeo entre sujo

que seria a doenccedila e limpo que seria a sauacutede levando a ideacuteia equivocada que o lixo

eacute o uacutenico meio de procriaccedilatildeo do mosquito Neste sentido haacute uma sinalizaccedilatildeo para

que o poder puacuteblico perceba a necessidade de informar educar e comunicar

Informar no que diz respeito aos constantes dados epidemioloacutegicos sobre a doenccedila

no Paiacutes no Estado e na sua Comunidade no sentido de incentivar a participaccedilatildeo

popular no controle da doenccedila Educar esclarecendo a forma de transmissibilidade

31

da doenccedila estabelecendo um diaacutelogo de faacutecil entendimento na loacutegica sanitaacuteria sem

confrontar o senso comum buscando construir um relacionamento entre o teacutecnico e

o cidadatildeo e agrave adoccedilatildeo de alternativas na reduccedilatildeo das viacutetimas da dengue

Neste sentido a ESF tem papel fundamental no desenvolvimento de accedilotildees de

prevenccedilatildeo e controle da dengue considerando a relaccedilatildeo de confianccedila que a

populaccedilatildeo manteacutem com a equipe de sauacutede da famiacutelia possibilitando o contato com

o ambiente domeacutestico por meio dos ACSs promovendo um ambiente seguro e livre

do Aedes aegypti (BRASIL 2002) A ESF pode ainda promover accedilotildees educativas

com a populaccedilatildeo mobilizando-a para adotar accedilotildees preventivas realizando tambeacutem a

notificaccedilatildeo imediata dos casos suspeitos possibilitando as medidas tratamento

adequado agraves situaccedilotildees de dengue claacutessica e dengue grave reduzindo os casos

letais e possibilitando o bloqueio dos focos pela vigilacircncia epidemioloacutegica

32

5 PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO

O diagnoacutestico situacional foi realizado com base nas informaccedilotildees contidas em

dados oficiais do IBGE do Sistema Integrado de Sauacutede e embasado no relato dos

problemas levantados pela Equipe de Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia da UBS

Santos Dumont

Foi utilizado o Planejamento Estrateacutegico Situacional ndash PES como referecircncia

para a proposta de intervenccedilatildeo Este meacutetodo possibilita que os atores atraveacutes de

sua proacutepria visatildeo identifiquem as causas possiacuteveis dos problemas como nascem e

se desenvolvem A partir deste ponto de vista podem propor soluccedilotildees para atacar

suas causas e a viabilidade destas soluccedilotildees (CAMPOS FARIA SANTOS 2010)

Assim a partir do diagnoacutestico situacional os 10 passos segundo os autores

mencionados e suas atividades satildeo descritas a seguir

51 Primeiro Passo Definiccedilatildeo dos Problemas

Hipertensatildeo Arterial

Diabetes

Drogas

Gravidez na Adolescecircncia

Dengue

Transtorno Depressivo

Doenccedilas Sexualmente Transmissiacuteveis AIDS

Falta de Saneamento Baacutesico

52 Segundo Passo Priorizaccedilatildeo dos Problemas

Dengue

Falta de Saneamento Baacutesico

53 Terceiro Passo Descriccedilatildeo do Problema Selecionado

Segundo o Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2002) o nosso paiacutes eacute

predominantemente de clima tropical e este eacute um ambiente favoraacutevel agrave proliferaccedilatildeo

do mosquito aedes aegypti principal transmissor da dengue em nosso continente A

33

doenccedila eacute a uma arbovirose transmitida por um artroacutepode que pode apresentar-se

de forma benigna claacutessica ou grave na forma de febre hemorraacutegica

Durante o ano de 2014 segundo o Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2014) mais

meio milhatildeo de casos da doenccedila (591080) 528 soacute na regiatildeo Sudeste em Minas

Gerais foram 59222 com 45 oacutebitos confirmados em Divinoacutepolis segundo a

Secretaria Municipal de Sauacutede (2014) ocorreram 4680 notificaccedilotildees de casos da

doenccedila e confirmados 4139 casos de dengue com 06 oacutebitos sendo que os bairros

Nossa Senhora das Graccedilas Centro Satildeo Joseacute Interlagos Niteroacutei Porto Velho

Planalto Santos Dumont Belvedere e Bom Pastor foram responsaacuteveis por 3027

dos casos de dengue da cidade

Ferreira et al (2009) Lima e Vilasboas (2011) chamam a atenccedilatildeo para a falta

de saneamento baacutesico como um fator agravante que pode elevar a multiplicaccedilatildeo do

vetor da doenccedila Para Gonccedilalves Neto et al (2006) as condiccedilotildees sanitaacuterias

prejudicadas o crescimento desordenado levaram agrave raacutepida adaptaccedilatildeo do vetor agraves

residecircncias causando a disseminaccedilatildeo do viacuterus Tais situaccedilotildees satildeo rotineiras na

populaccedilatildeo adscrita da UBS Santos Dumont

54 Quarto passo Explicaccedilatildeo do Problema

A explicaccedilatildeo para o problema selecionado foi qualificado do ponto de vista

social coletivo e individual

Niacutevel Social Refere-se agrave ausecircncia de poliacuteticas puacuteblicas para melhoria de qualidade

de vida da populaccedilatildeo que convive com a ausecircncia de saneamento baacutesico esgoto a

ceacuteu aberto falta de coleta seletiva e lixo acumulado nas ruas e terrenos baldios

Niacutevel Coletivo Falta de consciecircncia da gravidade da doenccedila que pode acometer a

qualquer pessoa e todas as faixas etaacuterias falta de colaboraccedilatildeo entre os vizinhos que

sempre potildeem a culpa das maacutes condiccedilotildees uns nos outros mas ningueacutem assume a

responsabilidade pelo seu quintal

Niacutevel Individual Falta de compromisso pois segundo dados da SEMUSA

(DIVINOacutePOLIS 2014) 9415 dos focos de Dengue estatildeo dentro das residecircncias

esses focos foram identificados em vasilhas de aacutegua para cachorro galinha calhas

mal projetadas e caixas drsquoaacutegua sem tampa

55 Quinto Passo Seleccedilatildeo dos ldquoNoacutes Criacuteticosrdquo

34

Foram selecionados os seguintes ldquonoacutes criacuteticosrdquo que podem ter relaccedilatildeo direta com o

alto nuacutemero de casos de dengue

Lixo nas ruas falta de conscientizaccedilatildeo da populaccedilatildeo para evitar descarte

incorreto de lixo nas ruas e terrenos baldios

Responsabilizaccedilatildeo do outro falta agrave comunidade assumir que o problema da

dengue natildeo eacute do meu vizinho mas eacute de todos

Lotes sujos falta cobranccedila por parte do poder puacuteblico aos proprietaacuterios de

terrenos vazios que mantenham os lotes limpos e conservados

56 Sexto Passo Desenho de Operaccedilotildees para os ldquoNoacutes Criacuteticosrdquo do Problema

Como soluccedilatildeo dos ldquonoacutes criacuteticosrdquo foram apresentadas as seguintes propostas

contidas no Quadro 6 a seguir

Quadro 6 ndash Desenho das Operaccedilotildees para os Noacutes Criacuteticos Selecionados

ldquoNoacute

Criacuteticordquo

Operaccedilatildeo

Projeto

Resultados

Esperados

Produtos

Esperados

Recursos

Necessaacuterios

Lixo nas ruas Reeducaccedilatildeo conscientizaccedilatildeo ambiental

Ausecircncia de lixo nas ruas e lotes vazios

Bairro limpo sem dengue

Datashow e computador

Responsabiliza ccedilatildeo do outro

Conscientizaccedilatildeo

sobre sauacutede

coletiva

Que todos

unidos com

objetivo de

diminuir os

casos de

dengue

Reduccedilatildeo da

doenccedila

Datashow e computador Panfletos informativos

Lotes sujos Limpeza de

lotes e terrenos

Lotes limpos

e sem focos

da dengue

Diminuiccedilatildeo

do nuacutemero do

mosquito

transmissor

da dengue

Palestras sobre

conservaccedilatildeo

dos terrenos e

lotes vazios

Fiscalizaccedilatildeo da

prefeitura

57 Seacutetimo Passo Identificaccedilatildeo dos Recursos Criacuteticos

35

Para iniacutecio das operaccedilotildees foram apresentados os recursos necessaacuterios e

indispensaacuteveis para o sucesso do processo

Quadro 7 ndash Identificaccedilatildeo dos Recursos Criacuteticos

Operaccedilatildeo

Projeto

Recursos Criacuteticos

Controle dos recursos criacuteticos

Accedilatildeo estrateacutegica

Ator que controla

Motivaccedilatildeo

ldquoMutiratildeo da

limpezardquo

realizar um dia

por mecircs para

limpeza em

parceria com a

populaccedilatildeo

Poliacutetico Veiculo e pessoal para limpeza das ruas

Empresa Municipal de Obras Puacuteblicas

Evitar que lixo se acumule nas ruas

Criaccedilatildeo do dia da limpeza e apresentaccedilatildeo da administraccedilatildeo para apreciaccedilatildeo

ldquoFora Denguerdquo Intensificaccedilatildeo das accedilotildees educativas nas escolas e nos grupos e associaccedilatildeo de bairro

Poliacutetico Articulaccedilatildeo interssetorial Financeiro Disponibilizaccedilatildeo de material informativo

Secretaria Municipal de Sauacutede Secretaria Municipal de Educaccedilatildeo Associaccedilatildeo de bairros

Despertar na comunidade a consciecircncia de sauacutede coletiva

Despertar nos discentes e na comunidade o desejo de erradicar os focos da dengue

ldquoMapeamento

dos lotes sujosrdquo

Realizar o

mapeamento

dos terrenos

sujos

Poliacutetico Notificar os

proprietaacuterios para limpeza do

terreno Financeiro

Recurso para impressatildeo das

notificaccedilotildees

Secretaria Municipal de

Sauacutede

Evitar que as pessoas joguem lixo e entulho em lotes vagos

Conservaccedilatildeo e limpeza dos lotes vazios

58 Oitavo Passo Anaacutelise de Viabilidade do Plano

A proposta a seguir (Quadro 3) apresenta a motivaccedilatildeo para a viabilidade do plano

visto que alguns dos recursos necessaacuterios fogem agrave governabilidade da ESF

36

Quadro 8 ndash Viabilidade do Plano

Operaccedilatildeo

Projeto

Recursos Criacuteticos

Controle dos recursos criacuteticos

Accedilatildeo estrateacutegica

Ator que controla

Motivaccedilatildeo

ldquoMutiratildeo da

limpezardquo

realizar um dia

por mecircs para

limpeza em

parceria com a

populaccedilatildeo

Poliacutetico Veiculo e pessoal para limpeza das ruas

Empresa Municipal de Obras Puacuteblicas

Favoraacutevel Criaccedilatildeo do dia da limpeza e apresentaccedilatildeo agrave administraccedilatildeo para apreciaccedilatildeo

ldquoFora Denguerdquo Intensificaccedilatildeo das accedilotildees educativas nas escolas e nos grupos e associaccedilatildeo de bairro

Poliacutetico Articulaccedilatildeo interssetorial Financeiro Disponibilizaccedilatildeo de material informativo

Secretaria Municipal de Sauacutede Secretaria Municipal de Educaccedilatildeo Associaccedilatildeo de bairros

Favoraacutevel

Despertar nos escolares e na comunidade o desejo de erradicar os focos da dengue

ldquoMapeamento

dos lotes sujosrdquo

Realizar o

mapeamento

dos terrenos

sujos

Poliacutetico Notificar os

proprietaacuterios para limpeza do

terreno Financeiro

Recurso para impressatildeo das

notificaccedilotildees

Secretaria Municipal de

Sauacutede

Indiferente

Conservaccedilatildeo e limpeza dos lotes vazios

37

59 Nono Passo Elaboraccedilatildeo do Plano Operativo

A proposta a seguir no Quadro 9 identifica os atores envolvidos lhes atribuiacutedo

responsabilidades e prazos a cumprir

Quadro 9 ndash Plano Operativo

Operaccedilotildees Resultados Accedilotildees Estrateacutegicas

Responsaacutevel Prazo

ldquoMutiratildeo da limpezardquo realizar um dia por mecircs para limpeza em parceria com a populaccedilatildeo

Limpeza das ruas

e quintais

Coleta de lixo

das ruas Incentivo a limpeza de

lotes e quintais

Equipe de ACS

Durante todo ano

ldquoFora Denguerdquo Intensificaccedilatildeo das accedilotildees educativas nas escolas e nos grupos e associaccedilatildeo de bairro

Uma comunidade

consciente das suas

responsabilidades

Insistir e reforccedilar com

accedilotildees educativas para que

populaccedilatildeo mantenha as ruas limpas e coloque o lixo

para ser recolhido

Enfermeiro ESF

Durante todo o ano

ldquoMapeamento dos lotes

sujosrdquo Realizar o

mapeamento dos terrenos

sujos

Identificar os focos e eliminaacute-

los

Criaccedilatildeo de um mapa onde ocorreram focos do mosquito

ACS e

Enfermeiro

Trecircs meses

510 Deacutecimo Passo Gestatildeo do Plano

Com a gestatildeo do plano eacute possiacutevel aos responsaacuteveis acompanhar e monitorar as

accedilotildees avaliando e sempre que necessaacuterio readequando as eventuais falhas do

processo

38

Quadro 10ndash Gestatildeo do Plano

Produtos Responsaacutevel Prazo Situaccedilatildeo Atual

Justificativa Novo Prazo

ldquoMutiratildeo da

limpezardquo

realizar um

dia por mecircs

para limpeza

em parceria

com a

populaccedilatildeo

Enfermeiro da ESF

Inicio imediatamente

(logo apoacutes apresentaccedilatildeo

do projeto)

ldquoFora Denguerdquo Intensificaccedilatildeo das accedilotildees educativas nas escolas e nos grupos e associaccedilatildeo de bairro

Enfermeiro Provab

Durante todo ano

ldquoMapeamento

dos lotes

sujosrdquo

Realizar o

mapeamento

dos terrenos

sujos

ECS e Equipe

de Epidemiologia

Um mecircs para

inicio das atividades

Aleacutem dos 10 passos do Planejamento Estrateacutegico Situacional optei por incluir outros

02 passos que tecircm a finalidade de contribuir para o processo de avaliaccedilatildeo da

Proposta de Intervenccedilatildeo Estatildeo contidos nos itens 511 e 512 a seguir

511 Avaliaccedilatildeo dos Resultados

O instrumento para avaliaccedilatildeo seraacute o Sistema de Informaccedilotildees de Agravos de

Notificaccedilatildeo ndash SINAN

ldquoque tem por objetivo o registro e processamento dos dados sobre agravos

de notificaccedilatildeo em todo o territoacuterio nacional fornecendo informaccedilotildees para

anaacutelise do perfil da morbidade e contribuindo desta forma para a tomada

de decisotildees em niacutevel municipal estadual e federalrdquo (IBGE 2014)

39

Segundo Moraes e Duarte (2009) o SINAN tem sido principal fonte de dados

para coordenaccedilatildeo das accedilotildees de vigilacircncia epidemioloacutegica tanto no sentido de

controle da doenccedila quando como fonte de pesquisa

512 Resultados Eesperados

O resultado esperado eacute

Estabelecer a construccedilatildeo de conhecimento que favoreccedila o autocuidado e a

capacidade de emancipaccedilatildeo da comunidade criando um ambiente seguro com

ecircnfase na educaccedilatildeo e sauacutede com vistas agrave reduccedilatildeo dos casos de dengue na

populaccedilatildeo adscrita da UBS Santos Dumont

40

6 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

O Programa de Valorizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Baacutesica (PROVAB) abriu muitos

caminhos para um horizonte promissor no desenvolvimento da promoccedilatildeo da sauacutede

e da prevenccedilatildeo no campo de atuaccedilatildeo do Programa Sauacutede na Escola criando um

viacutenculo de amizade e confianccedila uma verdadeira parceria com os alunos essencial

na construccedilatildeo de uma sociedade consciente e capaz de cuidar da sua sauacutede de

maneira preventiva loacutegica essa defendida pelo Sistema Uacutenico de Sauacutede

Para noacutes enfermeiros eacute oportunidade de ampliar o horizonte de atuaccedilatildeo

ensinando e aprendendo com o comportamento das crianccedilas dos adolescentes e

jovens vendo de maneira impar o grande desafio da educaccedilatildeo em formar cidadatildeos

com mais sauacutede Como gratificaccedilatildeo recebemos o reconhecimento dos alunos

professores e diretores algo que fica marcado para sempre na formaccedilatildeo do

profissional os laccedilos de confianccedila amizade e reconhecimento satildeo a maior

recompensa e certeza de missatildeo cumprida

Como a Equipe de Sauacutede da Famiacutelia tem como principal objetivo trabalhar na

prevenccedilatildeo de doenccedilas e agravos criando viacutenculos com a clientela a missatildeo de

promover a emancipaccedilatildeo de seus usuaacuterios com ecircnfase no autocuidado exige de

noacutes muita articulaccedilatildeo e intensificaccedilatildeo de accedilotildees educativas Especificamente no caso

da dengue o cumprimento desta missatildeo pode evitar que as constantes epidemias

se tornem parte do cotidiano das pessoas auxiliando os moradores da comunidade

na adoccedilatildeo de medidas responsaacuteveis que visem o cuidado com a sua sauacutede e da

sauacutede da comunidade

Neste sentido a educaccedilatildeo em sauacutede desempenha um papel importante em

manter a comunidade sempre vigilante e em alerta pois o perigo eacute eminente e vive

dentro dos lares das pessoas esperando apenas o momento oportuno e condiccedilotildees

favoraacuteveis para transmitir a dengue

O trabalho dos agentes de controle de endemias e da ESF deve ser

constante focado na eliminaccedilatildeo dos criadouros do mosquito transmissor da dengue

A comunidade deve colaborar com livre acesso dos agentes agraves residecircncias na

colaboraccedilatildeo para eliminaccedilatildeo dos focos nos domiciacutelios e peridomiciacutelios e

multiplicaccedilatildeo das informaccedilotildees sobre o ciclo de vida do vetor entre os vizinhos

amigos e parentes informando que todos estatildeo expostos agrave doenccedila e a mudanccedila de

comportamento pode diminuir os riscos de contrair a dengue

41

Ao poder puacuteblico eacute necessaacuterio adotar um planejamento adequado para

garantir aos cidadatildeos a infraestrutura miacutenima necessaacuteria para viver em comunidade

serviccedilos essenciais como saneamento coleta de lixo e mobilidade que favorecem a

criaccedilatildeo de um ambiente seguro com sauacutede e qualidade de vida

42

REFEREcircNCIAS

ALMEIDA M CM et al Dinacircmica intra-urbana das epidemias de dengue em Belo Horizonte Minas Gerais Brasil 1996-2002 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2008 vol24 n10 pp 2385-2395 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv24n1019pdf Acesso em 02 de out de 2014 ALVES V S A Um modelo de educaccedilatildeo em sauacutede para o Programa Sauacutede da Famiacutelia pela integralidade da atenccedilatildeo e reorientaccedilatildeo do modelo assistencial Interface - Comunic Sauacutede Educ v9 n16 p39-52 set2004fev2005 Disponiacutevel em httpswwwnesconmedicinaufmgbrbibliotecaimagem0303pdf Acesso de jun de 2014 BACKES DS et al (2012) O papel profissional do enfermeiro no Sistema Uacutenico de Sauacutede da sauacutede comunitaacuteria agrave estrateacutegia de sauacutede da famiacutelia Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva

17(1)223-230 2012 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcscv17n1a24v17n1pdf Acesso em 12 de jan 2015 BRASIL Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sauacutede Consulta Estabelecimento - Modulo Profissional - Profissional por Estabelecimento Disponiacutevel em httpcnesdatasusgovbrMod_ProfissionalaspVCo_Unidade=3122302159651 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Cadernos de Informaccedilotildees de Sauacutede Minas Gerais DATASUS TABNET (2010) Disponiacutevel em httptabnetdatasusgovbrtabdatacadernosmghtm Acesso em16 de maio de 2014 BRASIL Dengue - instruccedilotildees para pessoal de combate ao vetor Manual de Normas teacutecnicas - 3 ed rev - Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede 2001 84 p il 30 cm Disponiacutevel em httpbvsmssaudegovbrbvspublicacoesfunasaman_denguepdf acesso em 15 de out de 2014 BRASIL Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz Vetor da dengue na Aacutesia A albopictus eacute alvo de estudos Publicada em 18122008 agraves 1249 Disponiacutevel em httpwwwfiocruzbrioccgicgiluaexesysstarthtminfoid=576ampsid=32amptpl=printerview Acesso em 12 de jan de 2015 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Censo demograacutefico 2010 sinopse Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=1ampsearch=minas-gerais|divinopolis|censo-demografico-2010-sinopse- Acesso em 15 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Divinoacutepolis morbidades hospitalares ndash 2012 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=114ampsearch=minas-gerais|divinopolis|morbidades-hospitalares-2012 Acesso em 12 de maio de 2014

43

BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estaacutetica Divisatildeo Territorial do Brasil e Limites Territoriais Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE) (1 de julho de 2008) Disponiacutevel em httpwwwibgegovbrhomegeocienciascartografiadefault_dtb_intshtm Acesso em16 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Ensino - matriacuteculas docentes e rede escolar ndash 2012 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=117ampsearch=minas-gerais|divinopolis|ensino-matriculas-docentes-e-rede-escolar-2012 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estaacutetica Histoacuterico do Municiacutepio disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrpainelhistoricophplang=ampcodmun=312230ampsearch=minas-gerais|divinopolis|infograficos-historico Acesso 10 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Informaccedilotildees completas Populaccedilatildeo em 2010 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrasperfilphplang=ampcodmun=312230 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Serviccedilos de sauacutede ndash 2009 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=5ampsearch=minas-gerais|divinopolis|servicos-de-saude-2009 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Sistema de informaccedilotildees de agravos de notificaccedilatildeo ndash SINAN Disponiacutevel em httpcesibgegovbrbase-de-dadosmetadadosministerio-da-saudesistema-de-informacoes-de-agravos-de-notificacao-sinan Acesso em 16 de Nov de 2014 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede Dengue aspectos epidemioloacutegicos diagnoacutestico e tratamento Ministeacuterio da Sauacutede Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede ndash Brasiacutelia Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede 2002 Disponiacutevel em httpbvsmssaudegovbrbvspublicacoesdengue_aspecto_epidemiologicos_diagnostico_tratamentopdf Acesso em 02 de out de 2014 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede FUNSA Programa Nacional de Combate a Dengue PNCD Disponiacutevel em httpbvsmssaudegovbrbvspublicacoespncd_2002pdf Acesso em 21 de jun de 2014 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portal Brasil Disponiacutevel em httpwwwbrasilgovbrsaude201311saude-libera-mais-de-r-360-mi-para-combate-a-dengue Acesso em 10 de Nov de 2014

44

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede Departamento de Vigilacircncia Epidemioloacutegica Diretrizes nacionais para prevenccedilatildeo e controle de epidemias de dengue Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede Departamento de Vigilacircncia Epidemioloacutegica ndash Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2009 160 p Disponiacutevel em httpwwwansgovbrportalimgemaildiretrizes_reimpressao_webpdf Acesso em 16 de Nov de 2014

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede (2014) Monitoramento dos casos de dengue e febre de chikungunya ateacute a Semana Epidemioloacutegica (SE) 53 de 2014 Dengue Boletim Epidemioloacutegico ISSN 2358-9450 Volume 46 Ndeg 3 ndash 2015 Disponiacutevel em httpportalsaudesaudegovbrimagespdf2015janeiro192015-002---BE-at---SE-53pdf Acesso em 22 mar de 2015 BRASILSINANONLINE e DVASVEASTSub VPSSES-MG (20122013) Disponiacutevel em httpwwwsaudemggovbrcomponentgmgstory6489-informe-epidemiologico-da-dengue-30-05-2014 Acesso em 08 de jun de 2014 CAMPOS FCC FARIA H P SANTOS MA Planejamento e avaliaccedilatildeo das accedilotildees em sauacutede Curso de Especializaccedilatildeo em Atenccedilatildeo Baacutesica em Sauacutede da Famiacutelia NESCONUFMG Curso de Especializaccedilatildeo em Atenccedilatildeo Baacutesica agrave Sauacutede da Famiacutelia 2ed Belo Horizonte NesconUFMG 2010 Disponiacutevel em lthttpswwwnesconmedicinaufmgbrbibliotecaregistroPlanejamento_e_avaliacao_das_acoes_de_saude_23gt Acesso em Dezembro 2014 DIVINOacutePOLIS Estatuto dos Conselhos Distritais de Sauacutede Conselho Municipal de Sauacutede 1998 DIVINOacutePOLIS Mapa da cidade Disponiacutevel em httpwwwdivinopolismggovbrportalpaginasgeograficosimagensmapadacidadepdf Acesso em 08 de jun de 2014 DIVINOPOLIS Secretaria Municipal de Sauacutede SEMUSA Sistema Integrado de Sauacutede Paciente Famiacutelia Acesso Local Acesso em 15 de maio de 2014 FERREIRA B J et al Evoluccedilatildeo histoacuterica dos programas de prevenccedilatildeo e controle da dengue no Brasil Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2009 vol14 n3 pp 961-972 ISSN 1413-8123 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcscv14n332pdf Acesso em 21 de jun de 2014 FERREIRA IT RN VERAS M A S M and SILVA RA Participaccedilatildeo da populaccedilatildeo no controle da dengue uma anaacutelise da sensibilidade dos planos de sauacutede de municiacutepios do Estado de Satildeo Paulo BrasilCad Sauacutede Puacuteblica [online] 2009 vol25 n12 pp 2683-2694 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielosporgpdfcspv25n1215pdf Acesso em 10 de out de 2014 FIGUEIREDO LT M OWA M A CARLUCCI R H and OLIVEIRA L de Estudo sobre o diagnoacutestico laboratorial e sintomas do dengue durante epidemia ocorrida na regiatildeo de Ribeiratildeo Preto SP Brasil Rev Inst Med trop S Paulo [online] 1992

45

vol34 n2 pp 121-130 ISSN 0036-4665 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfrimtspv34n2a07v34n2pdf Acesso em 13 ago de 2014 FIGUEIROacute AC et al Oacutebito por dengue como evento sentinela para avaliaccedilatildeo da qualidade da assistecircncia estudo de caso em dois municiacutepios da Regiatildeo Nordeste Brasil 2008 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2011 vol27 n12 pp 2373-2385 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv27n1209pdf Acesso em 12 de out de 2014 GIRAtildeO RV et al Educaccedilatildeo em sauacutede sobre a dengue contribuiccedilotildees para o desenvolvimento de competecircncias J res fundam care online 2014 janmar 6(1) 38-46 Disponiacutevel em httpwwwseeruniriobrindexphpcuidadofundamentalarticleview2659pdf_1043 Acesso em 21 de jun de 2014 GONCcedilALVES NETO V S et al Conhecimentos e atitudes da populaccedilatildeo sobre dengue no Municiacutepio de Satildeo Luiacutes Maranhatildeo Brasil 2004 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2006 vol22 n10 pp 2191-2200 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv22n1018pdf Acesso em 10 de out de 2014 LEFEVRE A MC et al Representaccedilotildees sobre dengue seu vetor e accedilotildees de controle por moradores do municiacutepio de Satildeo Sebastiatildeo litoral Norte do Estado de Satildeo Paulo Brasil Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2007 vol23 n7 pp 1696-1706 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv23n722pdf Acesso em 16 de out de 2014 LIMA E C VILASBOAS ALQ Implantaccedilatildeo das Accedilotildees Interssetoriais de Mobilizaccedilatildeo Social do Paraacute o Controle da dengue na Bahia Brasil Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2011 vol27 n8 pp 1507-1519 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv27n806pdf Acesso em 16 de out de 2014 MACHADO RM et al (2013) HISTORIA DA SAUacuteDE MENTAL DE DIVINOacutePOLIS-MG Revista de Enfermagem do Centro Oeste Mineiro 2013 maiago 3 (2) 752-760 httpwwwseerufsjedubrindexphprecomarticleview228439 Acesso em 08 de abr de 2015 MAYO R C et al BEPA - Boletim Epidemioloacutegico Paulista 8(88) 4-12 abr 2011 tab Graf Disponiacutevel em fileCUsersnoteDownloadsv8n88a0120(1)pdf Acesso em 12 de out de 2014 MINAS GERAIS Secretaria Estadual de Sauacutede Programa Estadual de Controle Permanente da Dengue SITUACcedilAtildeO ATUAL DA DENGUE EM MINAS GERAIS RESUMO INFORMATIVO - 15122014 Disponiacutevel em httpwwwsaudemggovbrimagesdocumentosAnaliseDengue15-12-2014pdf Acesso em 10 de jan de 2015 MINAS GERAIS Secretaria de Estado da Sauacutede de Minas Gerais Programa Sauacutede em Casa Disponiacutevel em httpwwwsaudemggovbrpoliacuteticas_de_saudeprograma-saude-em-casa Acesso em 10 de maio de 2014

46

MORAES GH and DUARTE E C Anaacutelise da concordacircncia dos dados de mortalidade por dengue em dois sistemas nacionais de informaccedilatildeo em sauacutede Brasil 2000-2005 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2009 vol25 n11 pp 2354-2364 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielosporgpdfcspv25n1106pdf Acesso em 29 de Nov de 2014 PENNA M L F Um desafio para a sauacutede puacuteblica brasileira o controle do dengue Cad Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro 19(1) 305-309 jan-fev 2003 Disponiacutevel em httpwwwscielosporgpdfcspv19n114932pdf Acesso em 21 de jun de 2014

PREFEITURA MUNICIPAL DE DIVINOacutePOLIS BALANCcedilO DA DENGUE Disponiacutevel em httpwwwdivinopolismggovbrportalnoticiaphpid=11507 Acesso em 19 jan de 2015

RIBEIRO P C SOUSA DC ARAUJO TME Perfil cliacutenico-epidemioloacutegico dos casos suspeitos de Dengue em um bairro da zona sul de Teresina PI Brasil Rev bras enferm [online] 2008 vol61 n2 pp 227-232 ISSN 0034-7167 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfrebenv61n2a13v61n2pdf Acesso em 28 de jul de 2014 VALENTE G SC et al Problematizaccedilatildeo Como Estrateacutegia de Educaccedilatildeo em Sauacutede no Combate a Dengue Um Relato de Experiecircncia R Pesq cuid Fundam Online 2012 outdez 4(4)2987-94 Disponiacutevel em httpwwwseeruniriobrindexphpcuidadofundamentalarticleview1888pdf_641 Acesso em 08 jun de 2014 TEIXEIRA LAS et al Persistecircncia dos sintomas de dengue em uma populaccedilatildeo de Uberaba Minas Gerais Brasil Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2010 vol26 n3 pp 624-630 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv26n319pdf Acesso em 16 de out de 2014

Page 2: PLANO DE AÇÃO NO COMBATE A DENGUE: EDUCAR PARA EVITAR · 2019-11-14 · The Divinopolis follows the same trend, with 4680 notifications and 4139 confirmed ... banhado pelas bacias

MARCELO ALVES FERREIRA

PLANO DE ACcedilAtildeO NO COMBATE A DENGUE

EDUCAR PARA EVITAR

Trabalho de Conclusatildeo de Curso apresentado ao Curso de Especializaccedilatildeo em Estrateacutegia Sauacutede da Famiacutelia Universidade Federal de Minas Gerais para obtenccedilatildeo do Certificado de Especialista Orientadora Maria Liacutegia Mohallem Carneiro

BELO HORIZONTE ndash MINAS GERAIS 2015

MARCELO ALVES FERREIRA

PLANO DE ACcedilAtildeO NO COMBATE A DENGUE

EDUCAR PARA EVITAR

Banca Examinadora

Examinador 1 Profordf Maria Ligia Mohallem Carneiro ndash UFMG - Orientadora

Examinadora 2ndash Profordf Maria Dolocircres Soares Madureira- UFMG

Aprovado em Belo Horizonte em 08 de junho de 2015

RESUMO

A dengue eacute a mais importante arbovirose transmitida por inseto que acomete o homem na atualidade haacute mais de 100 paiacuteses com cerca de 03 bilhotildees de pessoas expostas Seguidas epidemias vem ocorrendo ano apoacutes ano no Brasil na regiatildeo sudeste especialmente em Minas Gerais e no ano de 2014 houve 59222 notificaccedilotildees de casos de dengue A cidade de Divinoacutepolis segue a mesma tendecircncia com 4680 notificaccedilotildees e 4139 casos confirmados e seis oacutebitos apesar das accedilotildees da vigilacircncia epidemioloacutegica presente no municiacutepio A regiatildeo sudeste da cidade compreende vaacuterios bairros entre eles o Bairro Santos Dumont aacuterea de atuaccedilatildeo da Unidade Baacutesica de Sauacutede Santos Dumont que notificou 101 casos de dengue em 2014 Diante deste quadro surgiu a necessidade de intensificar as accedilotildees educativas em parceria com as escolas locais tendo em vista o Programa Sauacutede na Escola nos grupos de diabeacuteticos e hipertensos e com os usuaacuterios da UBS Santos Dumont com o objetivo de reduzir o nuacutemero de casos da doenccedila Este estudo tem como objetivo elaborar um plano de accedilatildeo com a participaccedilatildeo e mobilizaccedilatildeo popular visando agrave realizaccedilatildeo de mutirotildees de limpeza mapeamento dos lotes sujos e intensificaccedilatildeo das accedilotildees educativas com foco na autonomia da comunidade para que a mesma tenha uma visatildeo criacutetica sobre os novos processos de sauacutede e doenccedila e ainda conscientizar as pessoas para que possam ter condiccedilotildees de promover e prevenir situaccedilotildees que podem trazer prejuiacutezos a sua sauacutede Palavras-chave Dengue Educaccedilatildeo em sauacutede Enfermagem Controle de vetores Aedes Aegypti

ABSTRACT

Dengue is the most important arboviral disease transmitted by insect that affects humans today there are more than 100 countries with about 03 billion people exposed Followed epidemics has been happening year after year in Brazil in the southeast especially in Minas Gerais in 2014 there were 59222 reports of dengue cases The Divinopolis follows the same trend with 4680 notifications and 4139 confirmed cases and 6 deaths despite the actions of epidemiological surveillance in this city The southeastern region of the city consists of several neighborhoods including the Neighborhood Santos Dumont Units operating area Basic Health Santos Dumont who reported 101 cases of dengue in 2014 Given this situation arose the need to intensify educational activities in partnership with local schools with a view to the School Health Program diabetics and hypertensive groups and users of UBS Santos Dumont in order to reduce the number of cases of the disease This study aims to develop an action plan with the participation and popular mobilization for the realization of clean-ups mapping of dirty lots and intensification of educational activities focusing on community autonomy so that it has a critical view of new health and disease processes and also make people aware that they may be able to promote and prevent situations that can bring harm to your health Keywords Dengue Health education Nursing Vector control Aedes aegypti

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

BR- Brasil

CNES- Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sauacutede

DATASUS- Departamento de Informaacutetica do SUS

FHD ndash Febre Hemorraacutegica por Dengue

IBGE- Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica

IDH - Iacutendice de Desenvolvimento Humano

MG- Minas Gerais

NOB- Norma Operacional Baacutesica

OPAS- Organizaccedilatildeo Pan-americana da Sauacutede

PIACD- Plano de Intensificaccedilatildeo das Accedilotildees de Controle da Dengue

PSDB- Partido da Social Democracia Brasileiro

SEMUSA- Secretaria Municipal de Sauacutede

SIAB- Sistema de Informaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Baacutesica

SINAN- Sistema de Informaccedilotildees de Agravos de Notificaccedilatildeo

SIS- Sistema Integrado de Sauacutede

SUS- Sistema Uacutenico de Sauacutede

UBS- Unidade Baacutesica de Sauacutede

UBV- Ultra Baixo Volume

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 8

11 Contexto Geral 9 111 Identificaccedilatildeo do Municiacutepio 9 112 Histoacuterico de Criaccedilatildeo Do Municiacutepio 9 113 Aspectos Geograacuteficos Socioeconocircmicos e Demograacuteficos 10 114 Sauacutede em Divinoacutepolis 10

115 Sistema Local de Sauacutede 11 117 Sistema Local de Educaccedilatildeo 13

12 Diagnoacutestico Situacional 14 121 Unidade Baacutesica de Sauacutede ndash Bairro Santos Dumont 14

122 Recursos Humanos 15 2 JUSTIFICATIVA 21 3 OBJETIVOS 22

31 Objetivo Geral 22

32 Objetivos Especiacuteficos 22

4 BASES CONCEITUAIS 23 41 Aspectos Gerais da Doenccedila 23

42 Etiologia 24 43 Aspectos Epidemioloacutegicos 24 44 Medidas Educativas 27

45 Controle 29 46 Atuaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Baacutesica no Controle da Dengue 29

5 PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO 32

51 Primeiro Passo Definiccedilatildeo dos Problemas 32

52 Segundo Passo Priorizaccedilatildeo dos Problemas 32 53 Terceiro Passo Descriccedilatildeo do Problema Selecionado 32

54 Quarto passo Explicaccedilatildeo do Problema 33 55 Quinto Passo Seleccedilatildeo dos ldquoNoacutes Criacuteticos 33 56 Sexto Passo Desenho de Operaccedilotildees para os ldquoNoacutes Criacuteticosrdquo do Problema 34 57 Seacutetimo Passo Identificaccedilatildeo dos Recursos Criacuteticos 34

58 Oitavo Passo Anaacutelise de Viabilidade do Plano 35 59 Nono Passo Elaboraccedilatildeo do Plano Operativo 37 510 Deacutecimo Passo Gestatildeo do Plano 37 512 Resultados esperados 39

6 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 40

REFEREcircNCIAS 42

8

1 INTRODUCcedilAtildeO

A dengue representa hoje um grave problema de sauacutede puacuteblica e segundo o

Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2002) estaacute presente em todo territoacuterio nacional e tem

se mostrado cada vez mais de difiacutecil controle nos uacuteltimos anos os haacutebitos da vida

moderna com aumento do consumo de bens natildeo biodegradaacuteveis Isto ampliou a

oferta de criadouros para o mosquito nos domiciacutelios e peridomiciacutelios e com base

nesses fatos a participaccedilatildeo popular no controle dos focos se tornou essencial

Segundo o Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2002) a doenccedila tem se mostrado

como um dos maiores desafios para a sauacutede puacuteblica nos paiacuteses em

desenvolvimento com grande impacto socioeconocircmico Estima-se um nuacutemero de

casos a beira dos 100 milhotildeesano e destes 500 mil desenvolve a forma grave a

Febre Hemorraacutegica

Desde 1986 o Brasil tem apresentado sucessivas epidemias segundo o

Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2002) No Estado de Minas Gerais somente em 2013

foram registrados 416252 casos de dengue com 104 oacutebitos Em 2014 houve uma

grande reduccedilatildeo de cerca de 8577 contudo ldquodos 45 casos graves 44 evoluiacuteram

para oacutebitordquo (BRASIL 2014 p 2)

Frente a este quadro segundo Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2002) eacute preciso

repensar o papel da sociedade no apoio e combate a dengue No Brasil exceccedilatildeo

feita alguns casos natildeo eacute tradiccedilatildeo cultural o envolvimento dos setores sociais em

causas como a dengue por exemplo estamos na contramatildeo de nossos vizinhos

latino-americanos onde a cooperaccedilatildeo faz parte da cultura

Em Divinoacutepolis segundo balanccedilo publicado em 17122014 pela Secretaria

Municipal de Sauacutede em 2014 foram notificados 4680 casos suspeitos de dengue

com 4139 casos confirmados ainda de acordo com Secretaria de Estado da Sauacutede

neste ano de 2014 ocorrem 06 oacutebitos por complicaccedilotildees da dengue

Frente a esse grave problema de sauacutede puacuteblica que necessita da cooperaccedilatildeo

de todos os cidadatildeos eacute necessaacuterio insistir e intensificar as accedilotildees educativas nas

escolas nas associaccedilotildees de bairro nas igrejas pois essa eacute uacutenica ferramenta capaz

de produzir no cidadatildeo uma autonomia para o cuidado com a sua sauacutede e da

comunidade conforme afirmam Valente et al (2012) Giratildeo et al (2014) que as

atuais estrateacutegias de controle vetorial e responsabilizaccedilatildeo dos cidadatildeos natildeo tem

mais efeito efetivo no combate ao mosquito Aedes Aegypti

9

Este estudo tem o objetivo de despertar na populaccedilatildeo de Divinoacutepolis

especialmente na comunidade adscrita da Unidade de Sauacutede Santos Dumont para

uma visatildeo criacutetica sobre os novos processos de sauacutede e doenccedila e ainda

conscientizar as pessoas para que possam ter condiccedilotildees de promover a sauacutede e

prevenir situaccedilotildees que podem trazer prejuiacutezos a ela

11 Contexto Geral

111 Identificaccedilatildeo do Municiacutepio

Segundo o IBGE (BRASIL 2008) o municiacutepio de Divinoacutepolis estaacute localizado

no Centro Oeste Mineiro banhado pelas bacias do rio Itapecerica e rio Paraacute Faz

limites com os seguintes municiacutepios Nova Serrana (Norte) Perdigatildeo (Noroeste)

Santo Antocircnio do Monte (Oeste) Satildeo Sebastiatildeo do Oeste (Sudoeste) Claacuteudio (Sul)

Carmo do Cajuru (Leste) e Satildeo Gonccedilalo do Paraacute (Leste) -2013889 (latitude Sul) -

4488389 (longitude Oeste) Pertence agrave macro regiatildeo do Alto Satildeo Francisco

situando-se em sua margem direita O acesso pelo interior de Satildeo Paulo eacute pela MG-

050 pela capital mineira satildeo 117 km e o acesso eacute pela face norte da MG-050 o

acesso pela face leste eacute pela BR-494

112 Histoacuterico de Criaccedilatildeo do Municiacutepio

Segundo IBGE (BRASIL 2008) a povoaccedilatildeo se deu a cerca de dois seacuteculos

atraacutes com o deslocamento de colonos em fuga da perseguiccedilatildeo poliacutetica da eacutepoca

escolheram o sertatildeo da Itapecerica liderados na eacutepoca pelo colonizador Manoel

Fernandes de Miranda cujo apelido era Candideacutes devido aos iacutendios que habitavam

a regiatildeo naquela ocasiatildeo Em 1710 foram anistiados pela coroa e deu iniacutecio a

povoaccedilatildeo do local fora construiacuteda uma capela consagrada ao Divino Espiacuterito Santo

e Satildeo Francisco de Paula com a chegada da linha feacuterrea o municiacutepio ganhou muito

em desenvolvimento Assim o distrito foi criado com o nome de Henrique Galvatildeo

subordinado a Vila de Itapecerica pela Lei Provincial nordm 138 03-04-1839 e Lei

Estadual nordm 2 de 14-09-1891 e elevado agrave categoria de Vila com a denominaccedilatildeo de

Henrique Galvatildeo pela Lei Estadual nordm 556 de 30-08-1911 Desmembrando-se de

Itapecerica pela Lei Estadual nordm 590 de 03-09-1912 a Vila de Henrique Galvatildeo

10

passou a denominar-se Divinoacutepolis elevada agrave condiccedilatildeo de cidade pela Lei Estadual

nordm 663 de 18-09-1915

113 Aspectos Geograacuteficos Socioeconocircmicos e Demograacuteficos

O municiacutepio estaacute localizado no centro-oeste mineiro a economia da cidade eacute

baseada na induacutestria tecircxtil e na siderurgia tendo um comeacutercio de artigos de

vestuaacuterio muito atuante no mercado Segundo IBGE (BRASIL 2010) a cidade tem

8012 empresas atuantes com uma populaccedilatildeo de empregados assalariados de 54

909 com renda mensal de 22 salaacuterios miacutenimos

114 Sauacutede em Divinoacutepolis

Segundo Machado et al (2013) Divinoacutepolis se destaca no centro oeste

mineiro como importante polo para a sauacutede na meacutedia e alta complexidade eacute sede

da Macrorregiatildeo Oeste de Sauacutede que abrange 6 microrregiotildees somando no total 55

municiacutepios sendo sede da Gerencia Regional de Sauacutede destacando-se no cenaacuterio

como uma das 10 cidades mais importes de Minas Gerais Contudo conforme o

Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2010) na Atenccedilatildeo Primaacuteria a cidade natildeo apresenta

um bom desempenho com apenas 203 de cobertura de PSF

No ano de 2014 a Secretaria Municipal de Sauacutede (SEMUSA) credenciou o

municiacutepio no Programa de Valorizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Baacutesica (PROVAB) criado pela

Portaria Interministerial Ministeacuterio da SauacutedeMinisteacuterio da Educaccedilatildeo nordm 2087 de 01

de setembro de 2011 com o objetivo de estimular e valorizar o profissional de sauacutede

para atuar nos municiacutepios onde eacute de difiacutecil acesso e regiotildees metropolitanas com

escassez de profissionais O trabalho eacute desenvolvido em conjunto com a equipe

multiprofissional na Atenccedilatildeo Baacutesica local sendo uma grande oportunidade para

meacutedicos enfermeiros dentistas receacutem-formados atuarem na equipe de sauacutede da

famiacutelia

Assim em 2014 foram contratados cinco enfermeiros pelo Ministeacuterio da Sauacutede

para atuar no Programa Sauacutede na Escola por um ano sem prejuiacutezo das atividades

de rotina na Unidade Baacutesica de Sauacutede (UBS) O enfermeiro trabalha prioritariamente

com atividades educativas nas escolas existentes na aacuterea de abrangecircncia da UBS

realizando atividades de avaliaccedilatildeo da sauacutede dos escolares como peso e medida

11

acuidade visual afericcedilatildeo de pressatildeo arterial atualizaccedilatildeo do calendaacuterio vacinal

alimentaccedilatildeo promoccedilatildeo de sauacutede rastreamento para doenccedilas como hanseniacutease

glaucoma tracoma helmintiacuteases e encaminhamentos para consultas

especializadas tornando-se um importante elo entre a sauacutede e a educaccedilatildeo

Mapa 1 - Cidade de Divinoacutepolis ndash MG Regiatildeo Sudeste

Fonte Prefeitura de Divinoacutepolis httpwwwdivinopolismggovbrportalpaginasgeograficosimagensmapadacidadepdf

A administraccedilatildeo municipal estaacute haacute oito anos com o PSDB tendo a frente do

municiacutepio o senhor Vladmir Faria de Azevedo sendo seu Secretaacuterio de Sauacutede o

Senhor David Maia dOliveira como coordenadora da Atenccedilatildeo Baacutesica de Sauacutede a

Enfermeira Inecircs Alcione e Coordenadoras da Sauacutede Bucal Ronara Machado e Liacutevia

Melo Nere Segundo o IBGE (BRASIL 2010) o municiacutepio tem uma populaccedilatildeo

estimada em 226345 habitantes

115 Sistema Local de Sauacutede

Criado no ano 1991 segundo o Estatuto dos Conselhos Distritais de Sauacutede

(DIVINOacutePOLIS 1998) o Conselho Municipal de Sauacutede foi instituiacutedo pela Lei

Municipal 00491 composto por usuaacuterios trabalhadores de sauacutede prestadores de

serviccedilo e gestores Nesse periacuteodo ocorreram as primeiras Conferecircncias Municipais

de Sauacutede e a criaccedilatildeo dos seis Conselhos Distritais que atuam ateacute hoje a formaccedilatildeo

dos Conselhos Locais de Sauacutede agregados agraves equipes de Sauacutede da Famiacutelia

12

Quanto agrave Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia segundo o Ministeacuterio da Sauacutede

(BRASIL 2010) Divinoacutepolis possuiacutea em fevereiro de 2010 apenas 203 de

cobertura de Atenccedilatildeo Baacutesica Em dezembro de 2014 segundo Ministeacuterio da Sauacutede

(BRASIL 2014) a cobertura estimada natildeo passava dos 4602 da populaccedilatildeo

classificando-se como o menor iacutendice do Estado quando comparado a outros

municiacutepios de mesmo porte conforme graacutefico abaixo

Graacutefico 1 Cobertura pela Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia - Divinoacutepolis ndash MG - 2010

213277

221764

262278241720

292529227438

00

150

300

450

600

750

900

Sa

nta

Lu

zia

Ub

era

ba

Ipa

tin

ga

Go

ve

rna

do

r

Va

lad

are

s

Se

te

La

go

as

Div

inoacute

po

lis

populaccedilatildeo em milhares

Fonte Secretaria de Estado da Sauacutede de Minas Gerais - Programa Sauacutede em Casa

httpwwwsaudemggovbrpoliticas_de_saudeprograma-saude-em-casa

Com relaccedilatildeo aos estabelecimentos de sauacutede segundo dados do IBGE (BRASIL

2009) a cidade conta com trecircs hospitais particulares Santa Mocircnica Santa Luacutecia e

Satildeo Judas Tadeu e um filantroacutepico Satildeo Joatildeo de Deus totalizando 555 leitos sendo

que destes 352 satildeo leitos contratados pelo SUS Segundo ainda o IBGE (BRASIL

2009) o municiacutepio conta com 38 estabelecimentos de sauacutede municipais de acordo o

Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sauacutede - CNES satildeo 15 Centros de

Sauacutede e 20 Equipes de Sauacutede da Famiacutelia O serviccedilo de atendimento ambulatorial

conta com 68 estabelecimentos sendo que 41 tecircm convecircnio com o Sistema Uacutenico de

Sauacutede (SUS)

116 Nuacutemero de Oacutebitos por Causa ndash Divinoacutepolis 2012

13

De acordo com dados do IBGE (BRASIL 2012) em 2012 foram registrados

581 oacutebitos sendo 302 homens e 279 mulheres as doenccedilas neoplaacutesicas foram

responsaacuteveis por 173 oacutebitos2977 do aparelho circulatoacuterio foram responsaacuteveis

por 121 oacutebitos208 das mortes seguidas pelas doenccedilas respiratoacuterias 821411

oacutebitos por doenccedila do aparelho digestivo 467 9 doenccedilas infecciosas e

parasitaacuterias 41 oacutebitos70 oacutebitos por doenccedilas do aparelho geniturinaacuterio 3255

mortes por causas externas 27464 oacutebitos por doenccedilas relacionadas ao sangue

oacutergatildeos hematoloacutegicos transtornos imunitaacuterios 406 oacutebitos por doenccedilas de pele e

do tecido subcutacircneo total de 5086 outras mortes somam 86 Estes dados

estatildeo representados no graacutefico abaixo

Graacutefico 2 - Nuacutemero de Oacutebitos por Causa Divinoacutepolis ndash 2012

Obitos em DIvinoacutepolis em 2012

Homens

Mulheres

Neoplasias

Ap circulatoacuterio

Doeccedilas respiratoacuterias

Aparelho digestivo

Doenccedilas infecciosas

Aparelho Geniturinaacuterio

Causas externas

Doenccedilas hematoloacutegicas Fonte IBGE cidades ibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=114ampsearch=minas-

gerais|divinopolis|morbidades-hospitalares-2012

117 Sistema Local de Educaccedilatildeo

O municiacutepio segundo IBGE (BRASIL 2012) tem 1589 docentes atuando na

rede de educaccedilatildeo baacutesica no ensino meacutedio conta com 562 docentes no ensino

fundamental 739 docentes e a educaccedilatildeo infantil com 288 docentes O ensino

fundamental conta com uma rede de 88 escolas sendo 26 privadas 30 da rede

puacuteblica estadual e 32 da rede municipal O ensino meacutedio tem um total de 29 escolas

sendo oito privadas 20 da rede estadual e uma da rede federal Ainda segundo o

14

IBGE (BRASIL 2012) satildeo 27484 alunos matriculados no ensino fundamental 8211

no ensino meacutedio 4808 na preacute-escola Segundo o IBGE (BRASIL 2010) o iacutendice de

desenvolvimento humano ndash IDH ficou em 0764 acima da meacutedia nacional que eacute de

0730

12 Diagnoacutestico Situacional

121 Unidade Baacutesica de Sauacutede ndash Bairro Santos Dumont

A unidade baacutesica de sauacutede em que atuo estaacute localizada a Rua Liacuterios do Vale

141 Bairro Santos Dumont telefone (37) 32153674 local de faacutecil acesso com rua

pavimentada Funciona de 07h00min as 11h00min horas e de 13h00min as

17h00min horas de segunda a sexta-feira segundo o Cadastro Nacional de

Estabelecimentos de Sauacutede - CNES (BRASIL 2014)

Foto 1 - Unidade Baacutesica de Sauacutede Santos Dumont - Divinoacutepolis-MG 2014

Fonte httpswwwgooglecombrmapsplaceRua+JosC3A9+VenC3A2ncio+218+-+Aeroporto-20175673 448774553a75y16155h90tdata=3m41e13m21siLj6mpeG5CZyGTTQQ_cwTA2e04m23m11s0xa0a4e2a9c17ea50x429732233cce4192

A aacuterea de abrangecircncia da UBS Santos Dumont compreende a regiatildeo

sudoeste da cidade de Divinoacutepolis composta pelos bairros Santos Dumont Maria

Peccedilanha Quinta das Palmeiras Costa Azul e Terra Azul

15

Mapa 2 - Aacuterea de Abrangecircncia da UBS Santos Dumont ndash Divinoacutepolis-MG 2014

Fonte Prefeitura Municipal de Divinoacutepolis fileCUsersnoteDesktopmapadacidade20(1)20(1)pdf

122 Recursos Humanos

Segundo o Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sauacutede (2014) a

equipe eacute composta por um enfermeiro da estrateacutegia de sauacutede da famiacutelia com 40

horas semanais um cirurgiatildeo dentista com carga horaacuteria de 40 horas semanais um

meacutedico cliacutenico com 40 horas semanais um agente de serviccedilos gerais de 40 horas

semanais 4 agentes comunitaacuterios de sauacutede com 40 horas semanais e um auxiliar de

sauacutede bucal de 40 horas semanais Conforme quadro abaixo

Quadro 1 - Equipe de Sauacutede do UBS Santos Dumont 2014

Fonte Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sauacutede

Segundo o Sistema Integrado de Sauacutede - SIS a Unidade Santos Dumont tem

uma populaccedilatildeo cadastrada de 2208 habitantes com um nuacutemero estimado de 673

16

famiacutelias Quanto ao niacutevel de escolaridade da populaccedilatildeo adscrita assim estaacute

distribuiacuteda doutorado 2 mestrado 1 poacutes-graduaccedilatildeo 1 superior completo 22

superior incompleto 9 fundamental incompleto 123 ensino meacutedio completo 287

fundamental incompleto 1105 meacutedio incompleto 424 analfabetos 226 e natildeo

informado 08 sendo assim a taxa de analfabetismo eacute 1023 acima da meacutedia

nacional conforme o censo do IBGE (BRASIL 2010) que foi de 96 conforme

quadro abaixo

Quadro 2 - Niacutevel de escolaridade da populaccedilatildeo de referecircncia da UBS Santos

Dumont 2014

NIacuteVEL DE ESCOLARIDADE

Doutorado Mestrado Poacutes- graduaccedilatildeo

Superior Superior Incompleto

Fundamental Completo

Ensino meacutedio

Ensino meacutedio incompleto

Fundamental incompleto

Analfabeto Outros

M1 0 0 0 2

20 33 52 240 39 3

M2 1 1 1 15 5 62 102 90 228 47 3

M3 0 0 0 4 2 11 38 252 164 54 1

M4 1

1 2 30 114 30 473 86 1

Sub total 2 1 1 22 9 123 287 424 1105 226 8

POPULACcedilAtildeO TOTAL 2208

Fonte Sistema Integrado de Sauacutede 2014

123 Doenccedilas Crocircnicas

Com relaccedilatildeo agraves doenccedilas crocircnicas segundo o Sistema Integrado de Sauacutede haacute na

comunidade 199 clientes com hipertensatildeo arterial com diabetes 68 clientes com

alguma deficiecircncia 6 com doenccedila de chagas 1 alcoolismo 1 epilepsia 3 e com 8

gestantes

Quadro 3 - Total de Hipertensos e Diabeacuteticos da UBS por Microaacuterea Divinoacutepolis ndash MG 2014

HIPERTENSOS E DIABEacuteTICOS POR MICROAacuteREA

ACS Gracielle Suzana Rosana Rosilene TOTAL

MICROAacuteREA M1 M2 M3 M4

Hipertensatildeo 22 58 16 103 199

Diabeacuteticos 5 21 3 39 68 Fonte Sistema Integrado de Sauacutede de Divinoacutepolis SIS 2014

17

124 Doenccedilas Endecircmicas ndash A Dengue

A Dengue eacute uma doenccedila de origem africana que foi introduzida no paiacutes

segundo Valente et al (2012) por volta do seacuteculo XIX encontrando no Brasil um

clima e condiccedilotildees muito favoraacuteveis a sua multiplicaccedilatildeo mesmo sendo uma doenccedila

antiga o mosquito transmissor da dengue se mostra cada vez mais de difiacutecil controle

Todo ano atinge milhotildees de pessoas em todo mundo e no Brasil As seguidas

epidemias levaram o tema a ser discutido em vaacuterios setores como escolas veiacuteculos

de comunicaccedilatildeo nos setores de sauacutede e tambeacutem pela sociedade civil Segundo o

Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2014) de acordo com os dados contidos no Boletim

Epidemioloacutegico da 53ordf Semana Epidemioloacutegica foram registrados no paiacutes 591080

casos da doenccedila sendo que a regiatildeo Sudeste teve o maior nuacutemero de casos

312318 casos 528 Minas Gerais aparece com 1896 deste total A cidade de

Divinoacutepolis apresentou segundo a Secretaria Municipal de Sauacutede 4680 casos

notificados e segundo a Secretaria de Estado da Sauacutede foram notificados 06 oacutebitos

confirmados conforme quadro abaixo sendo que assim a cidade vem enfrentando

seguidas epidemias de Dengue tornando-se um dos problemas que mais preocupa

a comunidade

Quadro 4 - Casos de Oacutebitos por Dengue Grave em Minas Gerais - 2014

Municiacutepios Oacutebitos

confirmados

Araxaacute Arauacutejos

1 1

Campo Belo Candeias

1 1

Curvelo Divinoacutepolis

1 6

Dores do Indaiaacute 1 Formiga Fronteira Frutal

1 1 1

Itabira Itauacutena

1 2

Ituiutaba Juiz de Fora

1 4

Natalacircndia Nova Serrana

1 1

Passos 8

18

Paracatu 3 Prata Sabaraacute

1 1

Santa Barbara Santa Luzia Santos Dumont

1 1 1

Santa Margarida Uberlacircndia

1 3

Trecircs Coraccedilotildees 1

Total 47

Fonte SINAN ONLINE e DVASVEASTSubVPSSES MG

O grande nuacutemero de terrenos baldios e lotes vagos satildeo apontados pelos

moradores como principal causa do aumento dos focos do mosquito Aedes Aegypti

A foto abaixo mostra o aglomerado ainda pouco habitado onde existem muitas

aacutereas onde haacute somente vegetaccedilatildeo nativa o que favorece o descarte inadequado de

lixo e entulhos recipientes que acumulam aacutegua se tornando grande criadouro do

mosquito transmissor da dengue

Foto 2 - Aacuterea de abrangecircncia da Unidade Baacutesica de Sauacutede Santos Dumont 2014

Fonte httpswwwgooglecombrmaps-201840183-448801014180mdata=3m11e3

19

A regiatildeo ocupada pela populaccedilatildeo da aacuterea de abrangecircncia da UBS Santos

Dumont eacute uma regiatildeo de cerrado Segundo o IBGE (BRASIL 2010) o Iacutendice de

Desenvolvimento Humano - IDH eacute 0764 acima da meacutedia nacional que de 0730 A

cidade apresentou crescimento populacional no periacuteodo de 1991 a 2010

correspondentes a 2889 poreacutem os investimentos em infraestrutura como

pavimentaccedilatildeo e saneamento baacutesico natildeo acompanharam a taxa de crescimento da

cidade algo comum em grandes cidades e cidades de meacutedio porte no paiacutes Na aacuterea

do bairro ainda haacute presenccedila de mata nativa com ocupaccedilatildeo natildeo planejada a

populaccedilatildeo convive com riscos eminentes para a sua sauacutede

Segundo Valente et al (2012) diante do aumento dos casos de dengue

estrateacutegias tradicionais parecem natildeo terem mais o mesmo efeito de outrora Eacute

necessaacuterio o envolvimento de todos os setores sociais para buscar o controle da

situaccedilatildeo com accedilotildees de educaccedilatildeo e sauacutede que podem ser mais efetivas do que

apenas medidas unilaterais baseada em estatiacutesticas ministeriais

Apoacutes os vaacuterios casos atendidos na UBS o que se percebe eacute que ningueacutem

assume que o foco do mosquito possa estar na sua casa conforme afirmam Valente

et al (2012) que a culpa eacute sempre dos vizinhos que natildeo fazem a sua parte o que

torna relevante afirmar ser a negaccedilatildeo da ldquoquestatildeo da culpabilizaccedilatildeo individual e a

culpabilizaccedilatildeo do outrordquo (VALENTE 2012 p2990) Outro dado que chama a

atenccedilatildeo segundo a Secretaria Municipal de Sauacutede (DIVINOacutePOLIS 2014) eacute que os

levantamentos indicam que 9415 dos focos de dengue estatildeo dentro das

residecircncias O relato que os criadouros estatildeo sempre na casa do vizinho esse eacute

com certeza o maior ldquonoacute criacuteticordquo que precisa ser desconstruiacutedo o cidadatildeo se

preocupa com o vizinho e se esquece do seu domiciacutelio

Segundo balanccedilo divulgado pela Secretaria Municipal de Sauacutede

(DIVINOacutePOLIS 2014) os 4139 casos confirmados mais os exames que ainda

aguardam os resultados sinalizam para cidade que tem muito trabalho para

enfrentar esse grave problema de sauacutede puacuteblica Os bairros Nossa Senhora das

Graccedilas Centro Satildeo Joseacute Interlagos Niteroacutei Porto Velho Planalto Santos Dumont

Belvedere e Bom Pastor foram responsaacuteveis por 3027 dos casos notificados na

cidade Em meacutedia a UBS Santos Dumont em relaccedilatildeo agrave populaccedilatildeo adscrita

apresentou um percentual de 215 da populaccedilatildeo total com casos notificados como

se pode observar no quadro abaixo

20

Quadro 5 - Nuacutemero de casos de Dengue em Divinoacutepolis ndash 2014

NOSSA SENHORA DAS GRACcedilAS Fonte Prefeitura Municipal de Divinoacutepolishttpwwwdivinopolismggovbrportalnoticiaphpid=109802014

Segundo Valente et al (2012) a praacutetica de jogar lixo nas ruas como algo do

cotidiano mesmo sabendo que essa accedilatildeo remete aos proacuteprios moradores e a falta

de coleta seletiva regular levam ao acuacutemulo de recipientes de plaacutesticos que durante

o periacuteodo chuvoso tornam-se criadouros do mosquito Esse tambeacutem eacute um

importante tema que necessita ser trabalhado desde a preacute-escola em vaacuterias

oportunidades como reuniatildeo de bairros em eventos esportivos e festivos pois

somente com educaccedilatildeo da populaccedilatildeo se pode mudar essa realidade

BAIRROS COM MAIORES NUacuteMEROS DE CASOS DE DENGUE EM DIVINOacutePOLIS

Bairros NSG CENTRO Satildeo JOSEacute INTERLAGOS NITEROacuteI

PORTO VELHO PLANALTO

SANTOS DUMONT BELVEDERE

BOM PASTOR

307 350 192 123 124 1O8 104 101 98 96

TOTAL 1417

21

2 JUSTIFICATIVA

A enfermagem eacute uma arte cuidar prevenir e proteger a sauacutede o enfermeiro

que atua na equipe de sauacutede da famiacutelia tem importante papel na educaccedilatildeo e na

proteccedilatildeo de sua populaccedilatildeo adscrita por estar perto e conhecer a realidade de sua

comunidade Backes et al (2012)

O conhecimento dos problemas de uma populaccedilatildeo permite a equipe de

Sauacutede da Estrateacutegia da Famiacutelia o planejamento de accedilotildees efetivas e eficazes nas

principais causas de adoecimento de uma comunidade aleacutem de organizar de

maneira ordenada o atendimento da demanda e rotina dos serviccedilos ofertados na

Unidade Baacutesica de Sauacutede Backes et al (2012)

O tema dengue tem relevacircncia por ser a mais importante arbovirose que

atinge o ser humano na atualidade trazendo um enorme prejuiacutezo socioeconocircmico

para toda sociedade

Segundo Figueiredo et al (1992) a dengue eacute uma doenccedila com alta

morbidade e pode evoluir para um quadro grave de hemorragia podendo levar ao

oacutebito Ainda conforme Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2009) em oito paiacuteses do

continente americano e asiaacutetico incluindo o Brasil em 2009 foram gastos U$ 18

bilhotildees somente com despesas ambulatoriais e hospitalares sem contar os recursos

despendidos para vigilacircncia epidemioloacutegica

Em Divinoacutepolis em 2014 foram notificados 4680 notificaccedilotildees e 4139 casos

confirmados e os demais aguardando confirmaccedilatildeo segundo a Secretaria Municipal

de Sauacutede

Ainda outro ponto muito importante eacute que as pessoas acreditam que o

problema eacute sempre do outro conforme salientam Valente et al (2012) que a culpa

dos casos de dengue eacute do vizinho sendo assim ele natildeo se preocupa com a sua

residecircncia Neste mesmo sentido Giratildeo et al (2012) afirmam que devido agrave

adaptaccedilatildeo do vetor as aacutereas domiciliares e peridomiciliares o controle da doenccedila

sem a participaccedilatildeo da populaccedilatildeo estaacute fadado ao fracasso As accedilotildees educaccedilatildeo em

sauacutede satildeo uma ferramenta essencial nessa estrateacutegia proporcionando ao cidadatildeo

uma autonomia para cuidar da sua sauacutede e da prevenccedilatildeo e eliminaccedilatildeo do vetor

Portanto uma proposta de intervenccedilatildeo que enfatize esta participaccedilatildeo da

comunidade conhecendo suas potencialidades e suas necessidades justifica a

realizaccedilatildeo deste trabalho

22

3 OBJETIVOS

31 Objetivo Geral

Elaborar um plano de accedilatildeo com ecircnfase em educaccedilatildeo e sauacutede com vistas agrave

reduccedilatildeo do nuacutemero de casos de dengue no municiacutepio de Divinoacutepolis e

especificamente na aacuterea de abrangecircncia da Unidade de Sauacutede Santos

Dumont

32 Objetivos Especiacuteficos

Organizar um grupo comunitaacuterio de controle e combate ao mosquito

Aedes Aegypti

Despertar na comunidade adscrita da Unidade de Sauacutede Santos Dumont uma

visatildeo criacutetica sobre os novos processos de sauacutede e doenccedila com a priorizaccedilatildeo

de accedilotildees educativas

Descrever os passos de uma proposta de intervenccedilatildeo e acompanhamento de

resultados com ecircnfase em educaccedilatildeo e sauacutede com vista na reduccedilatildeo dos focos

do vetor transmissor da dengue

23

4 BASES CONCEITUAIS

41 Aspectos Gerais da Doenccedila

A dengue eacute atualmente a mais importante arbovirose que acomete o ser

humano no continente americano distribuiacuteda segundo Ferreira et al (2009) desde o

Uruguai ateacute a costa sul dos Estados Unidos abrangendo principalmente Venezuela

Cuba Brasil e Paraguai contaminando cerca de mais de 3 bilhotildees de pessoas em

todo mundo

Segundo Penna (2003) embora o vetor Aedes Aegypti natildeo seja natural das

Ameacutericas encontrou aqui um ambiente favoraacutevel agrave sua multiplicaccedilatildeo Introduzido no

Brasil possivelmente pela Aacutefrica em meados do seacuteculo XIX invadiu o paiacutes e se

expandiu para todo o territoacuterio nacional

Segundo Penna (2003) o vetor chegou a ser erradicado de 1967 a 1973 pelo

meacutetodo de aplicaccedilatildeo de inseticida de accedilatildeo residual que prevalecia por ateacute seis

meses a aplicaccedilatildeo se deu em depoacutesitos que continham ou natildeo aacutegua parada e

tambeacutem ateacute um metro dos potenciais focos do mosquito Atualmente com os

grandes aglomerados urbanos e com a infestaccedilatildeo em todo continente americano a

erradicaccedilatildeo do mosquito natildeo eacute mais viaacutevel por isso o Ministeacuterio da Sauacutede em

parceria com Organizaccedilatildeo Pan-americana da Sauacutede (OPAS) aderiu o ldquoPlano de

Intensificaccedilatildeo das Accedilotildees de Controle da Denguerdquo (PIACD) que trabalha com a

universalidade regional sincronicidade e continuidade das accedilotildees e natildeo na

erradicaccedilatildeo (FERREIRA et al 2009 p 963)

Valente et al (2012) Giratildeo et al (2014) salientam que eacute de fundamental

importacircncia entender que as atuais estrateacutegias de controle vetorial onde haacute

responsabilizaccedilatildeo dos cidadatildeos e eliminaccedilatildeo focal parecem natildeo ter mais efeito

efetivo no combate ao mosquito Aedes Aegypti Diante das seguidas epidemias haacute

necessidade de uma abordagem mais ampla do problema com a participaccedilatildeo efetiva

de toda populaccedilatildeo e de todos os setores da sociedade ldquoenfocando a determinaccedilatildeo

social do processo sauacutede-doenccedila e a transdisciplinalidade das accedilotildeesrdquo (VALENTE et

al 2012 p 2988)

No Brasil segundo Ferreira et al (2009) as condiccedilotildees socioambientais a

falta de saneamento a ausecircncia da coleta seletiva de lixo a maacute distribuiccedilatildeo de

24

renda e a baixa escolaridade criaram um ambiente muito favoraacutevel agrave multiplicaccedilatildeo

do vetor Aedes Aegypti

42 Etiologia

Segundo Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2002) a Dengue eacute uma doenccedila febril

que em sua forma claacutessica apresenta como sinais cliacutenicos dores musculares e nas

articulaccedilotildees cefaleia e dor retro-orbitaacuteria vocircmitos e diarreia Para Almeida et al

(2008) a dengue eacute uma doenccedila de curso que varia de forma benigna a grave pode

apresentar a forma claacutessica a forma hemorraacutegica e o choque sendo que esta uacuteltima

pode levar ao oacutebito

No Brasil segundo a Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz (BRASIL 2008) satildeo

encontrados dois vetores da doenccedila o Aedes aegypti e Aedes albopictus A

transmissatildeo ocorre quando uma fecircmea do inseto pica uma pessoa portadora do

viacuterus e esta passa por periacuteodo de incubaccedilatildeo e logo apoacutes 10 a 14 dias a fecircmea estaacute

apta a transmitir o viacuterus por toda vida em meacutedia vive em torno de 35 a 40 dias

43 Aspectos Epidemioloacutegicos

Segundo Gonccedilalves Neto et al (2006) a dengue eacute considerada como a mais

importante arbovirose transmitida por insetos das uacuteltimas deacutecadas atinge a cada

ano um maior contingente de pessoas com o vetor aparecendo em mais de 100

paiacuteses de clima tropical e subtropical

Em face dessa realidade Ferreira Veras e Silva (2009) salientam que as

sucessivas epidemias de dengue no mundo especialmente no Brasil tecircm

mobilizado e preocupado autoridades e a populaccedilatildeo em geral No estado de Satildeo

Paulo houve um grande aumento dos quadros de dengue hemorraacutegica Cerca de

80 dos municiacutepios paulistas estatildeo totalmente infestados pelo mosquito aedes

aegypti Os motivos pelo quais a sua populaccedilatildeo aumenta significativamente

pontuam os autores satildeo a dificuldade em utilizaccedilatildeo de inseticidas a contrataccedilatildeo de

matildeo de obra qualificada a precaacuteria coleta de lixo especialmente nas grandes

cidades e nas suas regiotildees perifeacutericas aleacutem de fatores como o clima criando o

ambiente cada vez mais favoraacutevel agrave reproduccedilatildeo do mosquito

25

Segundo Mayo et al (2011) em estudo semelhante salienta que a

populaccedilatildeo brasileira vem sofrendo com seguidas epidemias de dengue haacute mais de

duas deacutecadas os autores seguem chamando a atenccedilatildeo para o progressivo aumento

de nuacutemero de casos com complicaccedilotildees seguindo a mesma loacutegica um nuacutemero

maior de municiacutepios vem sofrendo com o aparecimento e o aumento de casos de

dengue hemorraacutegica e o aumento dos oacutebitos por complicaccedilotildees da dengue

Havendo a predominacircncia de tais caracteriacutesticas a dengue tem levado ao alto

nuacutemero de oacutebitos Segundo Figueiroacute et al (2011) isso estaacute associado ainda agrave

imensa massa da populaccedilatildeo exposta Contudo salientam os autores que a doenccedila

tem se tornado um dos problemas de sauacutede reemergentes mais importantes da

histoacuteria Estima-se que 25 bilhotildees de pessoas estatildeo em risco de contrair a doenccedila

ainda que por ano satildeo 50 milhotildees de novos casos Destes cerca 550 mil necessitam

de hospitalizaccedilatildeo e pelo menos 20 mil evoluem para oacutebito Dados epidemioloacutegicos

do Ministeacuterio da Sauacutede tem apontado segundo Figueiro et al (2011) um crescente

aumento dos casos de Febre Hemorraacutegica por Dengue (FHD) e em uma deacutecada a

taxa de letalidade atingiu 68 destacando-se a regiatildeo nordeste com maior iacutendice

de casos entre 1981 a 2007

Contudo salientam Giratildeo et al (2014) que devido agrave adaptaccedilatildeo muito

acentuada do vetor nos peridomiciacutelios e domiciacutelios corroborando estudos da

Secretaria Municipal de Sauacutede de Divinoacutepolis (2014) apontaram que 9415 dos

focos de dengue estatildeo dentro das residecircncias sendo assim a participaccedilatildeo do

cidadatildeo no controle eacute de suma importacircncia no controle da doenccedila

Segundo dados do Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2014) em Minas Gerais a

taxa de incidecircncia da doenccedila foi de foi 2856 casos para cada 100000 habitantes

os 45 oacutebitos indicam um aumento de 3333 casos fatais em relaccedilatildeo a 2013 que

teve um nuacutemero de casos maior Quanto ao tipo de viacuterus circulante verificou-se a

incidecircncia de DENV1 (882) seguido de DENV4 (115) DENV3 (03) e DENV2

(00)

Para implantar as accedilotildees de vigilacircncia em sauacutede o Ministeacuterio da Sauacutede

(BRASIL 2014) por meio da Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede repassou para os

estados e municiacutepios 30 do valor a ser gasto em todo ano de 2014 cerca de R$

3634 milhotildees No mecircs de dezembro de 2013 a fim de intensificar as accedilotildees de

combate agrave dengue no periacuteodo de maior incidecircncia foram fornecidos 100 mil kg de

larvicidas 227 mil litros de adulticida e 104 mil kits para diagnoacutestico

26

Segundo a Secretaria Municipal de Sauacutede (DIVINOacutePOLIS 2014) haacute em

atividade 94 agentes de sauacutede puacuteblicos efetivos e 14 contratados sendo a cidade eacute

dividida em setores De acordo com levantamento raacutepido do iacutendice de infestaccedilatildeo do

aedes aegypti realizado em marccedilo de 2014 obteve-se um percentual de infestaccedilatildeo

do mosquito de 37 nos domiciacutelios visitados em Divinoacutepolis que representam risco

meacutedio para epidemia Em outubro de 2014 o novo levantamento raacutepido do iacutendice de

infestaccedilatildeo apresentou um iacutendice de 09 preocupante visto que o valor muito estaacute

muito proacuteximo do tolerado pela Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede que eacute de 1 Aleacutem

disso as condiccedilotildees climaacuteticas nesse periacuteodo natildeo favorecem a proliferaccedilatildeo do

mosquito por isso pode-se considerar esse valor alto

Em face dos dados apresentados conforme afirmam Ferreira Veras e Silva

(2009) para o controle da dengue a participaccedilatildeo popular eacute indiscutivelmente

essencial visto que o vetor habita os domiciacutelios sendo assim todos tem condiccedilotildees

de colaborar fiscalizando suas moradias O PNCD destaca as accedilotildees educativas

como forma de preparar a comunidade para adoccedilatildeo de comportamentos que

protejam a sauacutede coletiva Ainda segundo os autores durante as epidemias haacute todo

um clamor da miacutedia e do poder puacuteblico no sentido de mobilizar a comunidade para o

controle da doenccedila poreacutem nos periacuteodos de menor incidecircncia esse apelo perde a

intensidade o tema acaba no esquecimento sendo apresentado somente no

proacuteximo periacuteodo de infestaccedilatildeo e transmissatildeo da doenccedila

Ferreira Veras e Silva (2009) em anaacutelise do iacutendice de participaccedilatildeo da

populaccedilatildeo de 16 municiacutepios paulistas detectaram que em mais da metade destes

municiacutepios a participaccedilatildeo era muito baixa em consequecircncia o nuacutemero de pessoas

que contraiacuteram a doenccedila era maior onde haacute menos participaccedilatildeo popular

A educaccedilatildeo permanente segundo Ribeiro Sousa e Arauacutejo (2007) visa

acelerar o processo de adesatildeo da populaccedilatildeo agraves medidas preventivas abordando as

questotildees que envolvem condiccedilotildees de sauacutede moradia saneamento baacutesico indo

aleacutem de accedilotildees pontuais e campanhistas que perdem forccedila nos periacuteodos de baixa

notificaccedilatildeo de casos Eacute preciso buscar parceiros na sociedade civil como nos meios

de comunicaccedilatildeo para divulgaccedilatildeo do enfrentamento da doenccedila o ano inteiro

27

44 Medidas Educativas

Giratildeo et al (2014) destacam que somente com a educaccedilatildeo em sauacutede eacute que

se pode despertar na comunidade uma autonomia para que a populaccedilatildeo se sinta

como uma parte do processo que passa pela prevenccedilatildeo cujo controle depende da

eliminaccedilatildeo dos focos do mosquito dentro dos domiciacutelios

Neste sentido Alves (2005) afirma que a educaccedilatildeo em sauacutede eacute uma

ferramenta capaz de produzir intermediada pelos profissionais de sauacutede uma

compreensatildeo nova do processo sauacutede doenccedila oferecendo agrave populaccedilatildeo subsiacutedios

para adoccedilatildeo de novos haacutebitos de vida com ecircnfase na promoccedilatildeo e prevenccedilatildeo de

situaccedilotildees que podem trazer prejuiacutezos agrave sua sauacutede

Segundo Figueiroacute et al (2011) a doenccedila atinge a cada ano um maior

contingente de pessoas Nesse sentido priorizando a reduccedilatildeo dos casos de dengue

e dengue grave o Ministeacuterio da Sauacutede implantou no paiacutes o Plano Nacional de

Controle da Dengue ndash PNCD O programa eacute gerido de forma tripartite ou seja com

a participaccedilatildeo das trecircs esferas de governos uniatildeo estados e municiacutepios

ldquocompreendendo accedilotildees operacionais de vigilacircncia integrada entomoloacutegica e sobre o

meio ambiente de assistecircncia aos pacientes de educaccedilatildeo em sauacutede comunicaccedilatildeo

e mobilizaccedilatildeo socialrdquo (FIGUEIROacute et al 2011 p 2374) O PNCD compreende ainda

o controle e avaliaccedilatildeo dos agentes comunitaacuterios de sauacutede - ACS entretanto

segundo dados epidemioloacutegicos haacute uma grande dificuldade na realizaccedilatildeo das accedilotildees

e no alcance dos resultados esperados devido agrave baixa participaccedilatildeo da populaccedilatildeo

Para Ferreira Veras e Silva (2009) de acordo com a OPAS uma das maiores

dificuldades das autoridades de sauacutede em articulaccedilatildeo das accedilotildees eacute a parceria com a

comunidade o PNCD tem como um dos eixos a participaccedilatildeo comunitaacuteria para

reduccedilatildeo dos criadouros domiciliares Segundo Ferreira Veras e Silva (2009) a

participaccedilatildeo popular no combate eacute fundamental e defendida pelos organismos

nacionais e internacionais Pode estar inserida a capacitaccedilatildeo da populaccedilatildeo na

promoccedilatildeo e prevenccedilatildeo com o objetivo da melhoria da comunidade tanto na sauacutede

individual quanto coletiva favorecendo a construccedilatildeo de um modelo de sauacutede

compartilhada No controle das epidemias especialmente da dengue cujo vetor vive

na maioria das vezes nas casas das pessoas o PNDC visa o desenvolvimento de

accedilotildees educativas que tem como objetivo a mudanccedila de comportamento das

pessoas na manutenccedilatildeo de um ambiente de vida saudaacutevel Contudo a criteriosa

28

tarefa de evitar epidemias vai muito aleacutem do setor de sauacutede consistem em um

conjunto de accedilotildees poliacuteticas teacutecnicas e sociais que inclui prioritariamente a

participaccedilatildeo popular aliada agrave vigilacircncia epidemioloacutegica

Segundo Gonccedilalves Neto et al (2006) as condiccedilotildees sanitaacuterias prejudicadas

ausecircncia de coleta seletiva de lixo ausecircncia de saneamento baacutesico e um

crescimento desordenado em aacutereas tropicais propiciou raacutepida adaptaccedilatildeo do vetor

nas residecircncias levando o aedes aegpyti aproveitar se dos criadouros

providenciados pelo proacuteprio homem para aumentar sua populaccedilatildeo Contudo salienta

o autor praticamente impossiacutevel desenvolver um trabalho de controle do vetor sem a

participaccedilatildeo da comunidade

Tais afirmaccedilotildees explicam a situaccedilatildeo da populaccedilatildeo adscrita da UBS Santos

Dumont onde ocorreu uma grande expansatildeo de domiciacutelios sem um planejamento

adequado deixando um grande nuacutemero de terrenos baldios uma ocupaccedilatildeo sem a

infraestrutura necessaacuteria falta da coleta seletiva de lixo saneamento baacutesico e

pavimentaccedilatildeo Soma-se a isso a deficiecircncia do Estado em garantir uma coleta de

lixo eficiente deixando margem para a proliferaccedilatildeo da doenccedila

Segundo Almeida et al (2008) a adaptaccedilatildeo do mosquito aedes aegypti cuja

sobrevivecircncia depende de aacutegua parada ocorre principalmente nas aacutereas urbanas

em domiciacutelios e peridomiciacutelios Contudo o vetor eacute muito sensiacutevel agraves condiccedilotildees

ambientais poreacutem seus ovos resistem a longos periacuteodos de dissecaccedilatildeo o que

garante a perpetuaccedilatildeo da espeacutecie Com haacutebito diurno preferencialmente tem uma

especial atraccedilatildeo pelo sangue humano seu deslocamento eacute em meacutedia durante um

voo em condiccedilotildees normais de ambiente sem a interferecircncia de vento de cinquenta

metros portanto sua caracteriacutestica de habitar os domiciacutelios e peridomiciacutelios

permanecendo proacuteximo ao local de ldquopastordquo e postura dos ovos

Segundo Almeida et al (2008) com a ausecircncia de uma vacina eficaz capaz

de evitar a doenccedila a principal profilaxia tem sido o controle vetorial por meio de

identificaccedilatildeo dos focos e aplicaccedilatildeo de inseticidas de accedilatildeo residual para eliminaccedilatildeo

das larvas ou seja o combate focal

Contudo afirmam Almeida et al (2008) o conhecimento do dinamismo do

periacuteodo de maior transmissibilidade e latecircncia tem permitido a organizaccedilatildeo de accedilotildees

mais ou menos acentuadas dependendo do momento da epidemia e das condiccedilotildees

climaacuteticas A presenccedila do vetor em variadas partes das cidades jaacute foi identificada por

meio de estudos o que comprova que a doenccedila natildeo atinge somente uma classe

29

social Quanto agrave diminuiccedilatildeo dos casos dentro de um contexto epidemioloacutegico trecircs

fatores tecircm um papel muito importante as condiccedilotildees climaacuteticas desfavoraacuteveis agrave

viabilidade do vetor esgotamento de hospedeiros susceptiacuteveis e o controle quiacutemico

do vetor

45 Controle

Segundo Mayo et al (2011) existem duas formas de atuaccedilatildeo no controle da

doenccedila o bloqueio e o controle de criadouros Estas medidas tecircm por objetivo a

reduccedilatildeo dos criadouros na aacuterea de atuaccedilatildeo dos agentes de sauacutede o controle por

bloqueio e nebulizaccedilatildeo ocorre agrave aplicaccedilatildeo de inseticida com aplicadores Ultra Baixo

Volume - UBV A atuaccedilatildeo nesse tipo de trabalho em relaccedilatildeo ao feito pelo municiacutepio

diz respeito agrave qualidade do serviccedilo realizado bem como a agilidade na realizaccedilatildeo da

tarefa e o grande alcance da aacuterea coberta e o tipo de equipamento empregado

Para realizaccedilatildeo das tarefas o meacutetodo segue o preconizado pelo PNCD divide

as cidades em aacutereas setores e quarteirotildees Segundo Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL

2001) o bloqueio consiste em parar a transmissatildeo da dengue em municiacutepios com

epidemia instalada e tem como objetivo ainda a identificaccedilatildeo do sorotipo de viacuterus

circulante a aplicaccedilatildeo do UBV sem prejuiacutezo do controle larvaacuterio Quanto agrave

delimitaccedilatildeo de um foco isolado nos casos onde natildeo haacute infestaccedilatildeo deveratildeo ser

tratados todos os imoacuteveis no raio de 300 metros do entorno do local

Na fase de ataque segundo Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2001) deveraacute ser

tratado 100 dos imoacuteveis aleacutem de pontos estrateacutegicos terrenos baldios das zonas

infestadas e todos os potenciais focos devem ser eliminados Na fase de

consolidaccedilatildeo o objetivo eacute a erradicaccedilatildeo do mosquito satildeo desenvolvidas vaacuterias

accedilotildees semelhantes agrave fase de ataque com exceccedilatildeo do tratamento de focos Na fase

de manutenccedilatildeo satildeo visitadas todas as aacutereas positivas e negativas mesmo onde o

vetor foi erradicado as medidas satildeo o uso de armadilhas de oviposiccedilatildeo e inspeccedilotildees

de pontos estrateacutegicos

46 Atuaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Baacutesica no Controle da Dengue

As atividades de controle devem ter uma sinergia com todos os setores

envolvidos no tocante a vigilacircncia epidemioloacutegica haacute necessidade de manter a

30

vistoria em imoacuteveis terrenos depoacutesitos oficinas entre outros locais Teixeira et al

(2010) verificaram que os domiciacutelios com terrenos baldios no entorno apresentaram

maior concentraccedilatildeo da doenccedila

Lima e Vilasboas (2011) salientam que a sauacutede eacute um direito e a maneira que

o Estado tem de garantir esse direito eacute por meio de poliacuteticas puacuteblicas de proteccedilatildeo

prevenccedilatildeo e recuperaccedilatildeo de agravos a simples ausecircncia de doenccedila natildeo pode ser

considerada um conceito de sauacutede visto que as condiccedilotildees sociais de saneamento

baacutesico meio ambiente educaccedilatildeo moradia e renda satildeo fatores determinantes no

processo de adoecimento de um povo A sauacutede deve ser pensada no contexto

ampliado com integraccedilatildeo formando uma rede interssetorial na perspectiva de troca

de ajuda muacutetua na troca de experiecircncias com uma construccedilatildeo muacutetua de saberes

facilitando a resoluccedilatildeo dos problemas enfrentados

Para Lima e Vilasboas (2011) a interssetorialidade pode ser um facilitador

para construccedilatildeo de um sistema de sauacutede efetivo contudo aliado a poliacuteticas puacuteblicas

que possam contribuir para ganho na melhoria da qualidade de vida das pessoas A

interssetorialidade extrapola os limites do poder estatal e envolve a sociedade nas

decisotildees poliacuteticas evita a subordinaccedilatildeo de um setor a outro e diminui as resistecircncias

de alguns membros

Segundo Lefegravevre et al (2007) a populaccedilatildeo tem informaccedilotildees sobre a doenccedila

e do ciclo de vida do transmissor poreacutem esse conhecimento ainda natildeo eacute capaz de

produzir nas pessoas atitudes e comportamento para impedir ou reduzir os

criadouros do mosquito A probabilidade eacute que esse conhecimento vindo de origem

externa fragmentado ou pouco organizado configure um conflito entre o saber

sanitaacuterio e o senso comum Ainda segundo o autor o programa educativo tem sido

aplicado haacute muitos anos mas ateacute hoje ainda natildeo obteve o resultado esperado

contudo haacute necessidade de aprofundar neste contexto para identificar onde estatildeo as

falhas para que possa realmente ter uma populaccedilatildeo engajada no controle do vetor

Para a populaccedilatildeo segundo Lefegravevre et al (2007) haacute uma relaccedilatildeo entre sujo

que seria a doenccedila e limpo que seria a sauacutede levando a ideacuteia equivocada que o lixo

eacute o uacutenico meio de procriaccedilatildeo do mosquito Neste sentido haacute uma sinalizaccedilatildeo para

que o poder puacuteblico perceba a necessidade de informar educar e comunicar

Informar no que diz respeito aos constantes dados epidemioloacutegicos sobre a doenccedila

no Paiacutes no Estado e na sua Comunidade no sentido de incentivar a participaccedilatildeo

popular no controle da doenccedila Educar esclarecendo a forma de transmissibilidade

31

da doenccedila estabelecendo um diaacutelogo de faacutecil entendimento na loacutegica sanitaacuteria sem

confrontar o senso comum buscando construir um relacionamento entre o teacutecnico e

o cidadatildeo e agrave adoccedilatildeo de alternativas na reduccedilatildeo das viacutetimas da dengue

Neste sentido a ESF tem papel fundamental no desenvolvimento de accedilotildees de

prevenccedilatildeo e controle da dengue considerando a relaccedilatildeo de confianccedila que a

populaccedilatildeo manteacutem com a equipe de sauacutede da famiacutelia possibilitando o contato com

o ambiente domeacutestico por meio dos ACSs promovendo um ambiente seguro e livre

do Aedes aegypti (BRASIL 2002) A ESF pode ainda promover accedilotildees educativas

com a populaccedilatildeo mobilizando-a para adotar accedilotildees preventivas realizando tambeacutem a

notificaccedilatildeo imediata dos casos suspeitos possibilitando as medidas tratamento

adequado agraves situaccedilotildees de dengue claacutessica e dengue grave reduzindo os casos

letais e possibilitando o bloqueio dos focos pela vigilacircncia epidemioloacutegica

32

5 PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO

O diagnoacutestico situacional foi realizado com base nas informaccedilotildees contidas em

dados oficiais do IBGE do Sistema Integrado de Sauacutede e embasado no relato dos

problemas levantados pela Equipe de Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia da UBS

Santos Dumont

Foi utilizado o Planejamento Estrateacutegico Situacional ndash PES como referecircncia

para a proposta de intervenccedilatildeo Este meacutetodo possibilita que os atores atraveacutes de

sua proacutepria visatildeo identifiquem as causas possiacuteveis dos problemas como nascem e

se desenvolvem A partir deste ponto de vista podem propor soluccedilotildees para atacar

suas causas e a viabilidade destas soluccedilotildees (CAMPOS FARIA SANTOS 2010)

Assim a partir do diagnoacutestico situacional os 10 passos segundo os autores

mencionados e suas atividades satildeo descritas a seguir

51 Primeiro Passo Definiccedilatildeo dos Problemas

Hipertensatildeo Arterial

Diabetes

Drogas

Gravidez na Adolescecircncia

Dengue

Transtorno Depressivo

Doenccedilas Sexualmente Transmissiacuteveis AIDS

Falta de Saneamento Baacutesico

52 Segundo Passo Priorizaccedilatildeo dos Problemas

Dengue

Falta de Saneamento Baacutesico

53 Terceiro Passo Descriccedilatildeo do Problema Selecionado

Segundo o Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2002) o nosso paiacutes eacute

predominantemente de clima tropical e este eacute um ambiente favoraacutevel agrave proliferaccedilatildeo

do mosquito aedes aegypti principal transmissor da dengue em nosso continente A

33

doenccedila eacute a uma arbovirose transmitida por um artroacutepode que pode apresentar-se

de forma benigna claacutessica ou grave na forma de febre hemorraacutegica

Durante o ano de 2014 segundo o Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2014) mais

meio milhatildeo de casos da doenccedila (591080) 528 soacute na regiatildeo Sudeste em Minas

Gerais foram 59222 com 45 oacutebitos confirmados em Divinoacutepolis segundo a

Secretaria Municipal de Sauacutede (2014) ocorreram 4680 notificaccedilotildees de casos da

doenccedila e confirmados 4139 casos de dengue com 06 oacutebitos sendo que os bairros

Nossa Senhora das Graccedilas Centro Satildeo Joseacute Interlagos Niteroacutei Porto Velho

Planalto Santos Dumont Belvedere e Bom Pastor foram responsaacuteveis por 3027

dos casos de dengue da cidade

Ferreira et al (2009) Lima e Vilasboas (2011) chamam a atenccedilatildeo para a falta

de saneamento baacutesico como um fator agravante que pode elevar a multiplicaccedilatildeo do

vetor da doenccedila Para Gonccedilalves Neto et al (2006) as condiccedilotildees sanitaacuterias

prejudicadas o crescimento desordenado levaram agrave raacutepida adaptaccedilatildeo do vetor agraves

residecircncias causando a disseminaccedilatildeo do viacuterus Tais situaccedilotildees satildeo rotineiras na

populaccedilatildeo adscrita da UBS Santos Dumont

54 Quarto passo Explicaccedilatildeo do Problema

A explicaccedilatildeo para o problema selecionado foi qualificado do ponto de vista

social coletivo e individual

Niacutevel Social Refere-se agrave ausecircncia de poliacuteticas puacuteblicas para melhoria de qualidade

de vida da populaccedilatildeo que convive com a ausecircncia de saneamento baacutesico esgoto a

ceacuteu aberto falta de coleta seletiva e lixo acumulado nas ruas e terrenos baldios

Niacutevel Coletivo Falta de consciecircncia da gravidade da doenccedila que pode acometer a

qualquer pessoa e todas as faixas etaacuterias falta de colaboraccedilatildeo entre os vizinhos que

sempre potildeem a culpa das maacutes condiccedilotildees uns nos outros mas ningueacutem assume a

responsabilidade pelo seu quintal

Niacutevel Individual Falta de compromisso pois segundo dados da SEMUSA

(DIVINOacutePOLIS 2014) 9415 dos focos de Dengue estatildeo dentro das residecircncias

esses focos foram identificados em vasilhas de aacutegua para cachorro galinha calhas

mal projetadas e caixas drsquoaacutegua sem tampa

55 Quinto Passo Seleccedilatildeo dos ldquoNoacutes Criacuteticosrdquo

34

Foram selecionados os seguintes ldquonoacutes criacuteticosrdquo que podem ter relaccedilatildeo direta com o

alto nuacutemero de casos de dengue

Lixo nas ruas falta de conscientizaccedilatildeo da populaccedilatildeo para evitar descarte

incorreto de lixo nas ruas e terrenos baldios

Responsabilizaccedilatildeo do outro falta agrave comunidade assumir que o problema da

dengue natildeo eacute do meu vizinho mas eacute de todos

Lotes sujos falta cobranccedila por parte do poder puacuteblico aos proprietaacuterios de

terrenos vazios que mantenham os lotes limpos e conservados

56 Sexto Passo Desenho de Operaccedilotildees para os ldquoNoacutes Criacuteticosrdquo do Problema

Como soluccedilatildeo dos ldquonoacutes criacuteticosrdquo foram apresentadas as seguintes propostas

contidas no Quadro 6 a seguir

Quadro 6 ndash Desenho das Operaccedilotildees para os Noacutes Criacuteticos Selecionados

ldquoNoacute

Criacuteticordquo

Operaccedilatildeo

Projeto

Resultados

Esperados

Produtos

Esperados

Recursos

Necessaacuterios

Lixo nas ruas Reeducaccedilatildeo conscientizaccedilatildeo ambiental

Ausecircncia de lixo nas ruas e lotes vazios

Bairro limpo sem dengue

Datashow e computador

Responsabiliza ccedilatildeo do outro

Conscientizaccedilatildeo

sobre sauacutede

coletiva

Que todos

unidos com

objetivo de

diminuir os

casos de

dengue

Reduccedilatildeo da

doenccedila

Datashow e computador Panfletos informativos

Lotes sujos Limpeza de

lotes e terrenos

Lotes limpos

e sem focos

da dengue

Diminuiccedilatildeo

do nuacutemero do

mosquito

transmissor

da dengue

Palestras sobre

conservaccedilatildeo

dos terrenos e

lotes vazios

Fiscalizaccedilatildeo da

prefeitura

57 Seacutetimo Passo Identificaccedilatildeo dos Recursos Criacuteticos

35

Para iniacutecio das operaccedilotildees foram apresentados os recursos necessaacuterios e

indispensaacuteveis para o sucesso do processo

Quadro 7 ndash Identificaccedilatildeo dos Recursos Criacuteticos

Operaccedilatildeo

Projeto

Recursos Criacuteticos

Controle dos recursos criacuteticos

Accedilatildeo estrateacutegica

Ator que controla

Motivaccedilatildeo

ldquoMutiratildeo da

limpezardquo

realizar um dia

por mecircs para

limpeza em

parceria com a

populaccedilatildeo

Poliacutetico Veiculo e pessoal para limpeza das ruas

Empresa Municipal de Obras Puacuteblicas

Evitar que lixo se acumule nas ruas

Criaccedilatildeo do dia da limpeza e apresentaccedilatildeo da administraccedilatildeo para apreciaccedilatildeo

ldquoFora Denguerdquo Intensificaccedilatildeo das accedilotildees educativas nas escolas e nos grupos e associaccedilatildeo de bairro

Poliacutetico Articulaccedilatildeo interssetorial Financeiro Disponibilizaccedilatildeo de material informativo

Secretaria Municipal de Sauacutede Secretaria Municipal de Educaccedilatildeo Associaccedilatildeo de bairros

Despertar na comunidade a consciecircncia de sauacutede coletiva

Despertar nos discentes e na comunidade o desejo de erradicar os focos da dengue

ldquoMapeamento

dos lotes sujosrdquo

Realizar o

mapeamento

dos terrenos

sujos

Poliacutetico Notificar os

proprietaacuterios para limpeza do

terreno Financeiro

Recurso para impressatildeo das

notificaccedilotildees

Secretaria Municipal de

Sauacutede

Evitar que as pessoas joguem lixo e entulho em lotes vagos

Conservaccedilatildeo e limpeza dos lotes vazios

58 Oitavo Passo Anaacutelise de Viabilidade do Plano

A proposta a seguir (Quadro 3) apresenta a motivaccedilatildeo para a viabilidade do plano

visto que alguns dos recursos necessaacuterios fogem agrave governabilidade da ESF

36

Quadro 8 ndash Viabilidade do Plano

Operaccedilatildeo

Projeto

Recursos Criacuteticos

Controle dos recursos criacuteticos

Accedilatildeo estrateacutegica

Ator que controla

Motivaccedilatildeo

ldquoMutiratildeo da

limpezardquo

realizar um dia

por mecircs para

limpeza em

parceria com a

populaccedilatildeo

Poliacutetico Veiculo e pessoal para limpeza das ruas

Empresa Municipal de Obras Puacuteblicas

Favoraacutevel Criaccedilatildeo do dia da limpeza e apresentaccedilatildeo agrave administraccedilatildeo para apreciaccedilatildeo

ldquoFora Denguerdquo Intensificaccedilatildeo das accedilotildees educativas nas escolas e nos grupos e associaccedilatildeo de bairro

Poliacutetico Articulaccedilatildeo interssetorial Financeiro Disponibilizaccedilatildeo de material informativo

Secretaria Municipal de Sauacutede Secretaria Municipal de Educaccedilatildeo Associaccedilatildeo de bairros

Favoraacutevel

Despertar nos escolares e na comunidade o desejo de erradicar os focos da dengue

ldquoMapeamento

dos lotes sujosrdquo

Realizar o

mapeamento

dos terrenos

sujos

Poliacutetico Notificar os

proprietaacuterios para limpeza do

terreno Financeiro

Recurso para impressatildeo das

notificaccedilotildees

Secretaria Municipal de

Sauacutede

Indiferente

Conservaccedilatildeo e limpeza dos lotes vazios

37

59 Nono Passo Elaboraccedilatildeo do Plano Operativo

A proposta a seguir no Quadro 9 identifica os atores envolvidos lhes atribuiacutedo

responsabilidades e prazos a cumprir

Quadro 9 ndash Plano Operativo

Operaccedilotildees Resultados Accedilotildees Estrateacutegicas

Responsaacutevel Prazo

ldquoMutiratildeo da limpezardquo realizar um dia por mecircs para limpeza em parceria com a populaccedilatildeo

Limpeza das ruas

e quintais

Coleta de lixo

das ruas Incentivo a limpeza de

lotes e quintais

Equipe de ACS

Durante todo ano

ldquoFora Denguerdquo Intensificaccedilatildeo das accedilotildees educativas nas escolas e nos grupos e associaccedilatildeo de bairro

Uma comunidade

consciente das suas

responsabilidades

Insistir e reforccedilar com

accedilotildees educativas para que

populaccedilatildeo mantenha as ruas limpas e coloque o lixo

para ser recolhido

Enfermeiro ESF

Durante todo o ano

ldquoMapeamento dos lotes

sujosrdquo Realizar o

mapeamento dos terrenos

sujos

Identificar os focos e eliminaacute-

los

Criaccedilatildeo de um mapa onde ocorreram focos do mosquito

ACS e

Enfermeiro

Trecircs meses

510 Deacutecimo Passo Gestatildeo do Plano

Com a gestatildeo do plano eacute possiacutevel aos responsaacuteveis acompanhar e monitorar as

accedilotildees avaliando e sempre que necessaacuterio readequando as eventuais falhas do

processo

38

Quadro 10ndash Gestatildeo do Plano

Produtos Responsaacutevel Prazo Situaccedilatildeo Atual

Justificativa Novo Prazo

ldquoMutiratildeo da

limpezardquo

realizar um

dia por mecircs

para limpeza

em parceria

com a

populaccedilatildeo

Enfermeiro da ESF

Inicio imediatamente

(logo apoacutes apresentaccedilatildeo

do projeto)

ldquoFora Denguerdquo Intensificaccedilatildeo das accedilotildees educativas nas escolas e nos grupos e associaccedilatildeo de bairro

Enfermeiro Provab

Durante todo ano

ldquoMapeamento

dos lotes

sujosrdquo

Realizar o

mapeamento

dos terrenos

sujos

ECS e Equipe

de Epidemiologia

Um mecircs para

inicio das atividades

Aleacutem dos 10 passos do Planejamento Estrateacutegico Situacional optei por incluir outros

02 passos que tecircm a finalidade de contribuir para o processo de avaliaccedilatildeo da

Proposta de Intervenccedilatildeo Estatildeo contidos nos itens 511 e 512 a seguir

511 Avaliaccedilatildeo dos Resultados

O instrumento para avaliaccedilatildeo seraacute o Sistema de Informaccedilotildees de Agravos de

Notificaccedilatildeo ndash SINAN

ldquoque tem por objetivo o registro e processamento dos dados sobre agravos

de notificaccedilatildeo em todo o territoacuterio nacional fornecendo informaccedilotildees para

anaacutelise do perfil da morbidade e contribuindo desta forma para a tomada

de decisotildees em niacutevel municipal estadual e federalrdquo (IBGE 2014)

39

Segundo Moraes e Duarte (2009) o SINAN tem sido principal fonte de dados

para coordenaccedilatildeo das accedilotildees de vigilacircncia epidemioloacutegica tanto no sentido de

controle da doenccedila quando como fonte de pesquisa

512 Resultados Eesperados

O resultado esperado eacute

Estabelecer a construccedilatildeo de conhecimento que favoreccedila o autocuidado e a

capacidade de emancipaccedilatildeo da comunidade criando um ambiente seguro com

ecircnfase na educaccedilatildeo e sauacutede com vistas agrave reduccedilatildeo dos casos de dengue na

populaccedilatildeo adscrita da UBS Santos Dumont

40

6 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

O Programa de Valorizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Baacutesica (PROVAB) abriu muitos

caminhos para um horizonte promissor no desenvolvimento da promoccedilatildeo da sauacutede

e da prevenccedilatildeo no campo de atuaccedilatildeo do Programa Sauacutede na Escola criando um

viacutenculo de amizade e confianccedila uma verdadeira parceria com os alunos essencial

na construccedilatildeo de uma sociedade consciente e capaz de cuidar da sua sauacutede de

maneira preventiva loacutegica essa defendida pelo Sistema Uacutenico de Sauacutede

Para noacutes enfermeiros eacute oportunidade de ampliar o horizonte de atuaccedilatildeo

ensinando e aprendendo com o comportamento das crianccedilas dos adolescentes e

jovens vendo de maneira impar o grande desafio da educaccedilatildeo em formar cidadatildeos

com mais sauacutede Como gratificaccedilatildeo recebemos o reconhecimento dos alunos

professores e diretores algo que fica marcado para sempre na formaccedilatildeo do

profissional os laccedilos de confianccedila amizade e reconhecimento satildeo a maior

recompensa e certeza de missatildeo cumprida

Como a Equipe de Sauacutede da Famiacutelia tem como principal objetivo trabalhar na

prevenccedilatildeo de doenccedilas e agravos criando viacutenculos com a clientela a missatildeo de

promover a emancipaccedilatildeo de seus usuaacuterios com ecircnfase no autocuidado exige de

noacutes muita articulaccedilatildeo e intensificaccedilatildeo de accedilotildees educativas Especificamente no caso

da dengue o cumprimento desta missatildeo pode evitar que as constantes epidemias

se tornem parte do cotidiano das pessoas auxiliando os moradores da comunidade

na adoccedilatildeo de medidas responsaacuteveis que visem o cuidado com a sua sauacutede e da

sauacutede da comunidade

Neste sentido a educaccedilatildeo em sauacutede desempenha um papel importante em

manter a comunidade sempre vigilante e em alerta pois o perigo eacute eminente e vive

dentro dos lares das pessoas esperando apenas o momento oportuno e condiccedilotildees

favoraacuteveis para transmitir a dengue

O trabalho dos agentes de controle de endemias e da ESF deve ser

constante focado na eliminaccedilatildeo dos criadouros do mosquito transmissor da dengue

A comunidade deve colaborar com livre acesso dos agentes agraves residecircncias na

colaboraccedilatildeo para eliminaccedilatildeo dos focos nos domiciacutelios e peridomiciacutelios e

multiplicaccedilatildeo das informaccedilotildees sobre o ciclo de vida do vetor entre os vizinhos

amigos e parentes informando que todos estatildeo expostos agrave doenccedila e a mudanccedila de

comportamento pode diminuir os riscos de contrair a dengue

41

Ao poder puacuteblico eacute necessaacuterio adotar um planejamento adequado para

garantir aos cidadatildeos a infraestrutura miacutenima necessaacuteria para viver em comunidade

serviccedilos essenciais como saneamento coleta de lixo e mobilidade que favorecem a

criaccedilatildeo de um ambiente seguro com sauacutede e qualidade de vida

42

REFEREcircNCIAS

ALMEIDA M CM et al Dinacircmica intra-urbana das epidemias de dengue em Belo Horizonte Minas Gerais Brasil 1996-2002 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2008 vol24 n10 pp 2385-2395 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv24n1019pdf Acesso em 02 de out de 2014 ALVES V S A Um modelo de educaccedilatildeo em sauacutede para o Programa Sauacutede da Famiacutelia pela integralidade da atenccedilatildeo e reorientaccedilatildeo do modelo assistencial Interface - Comunic Sauacutede Educ v9 n16 p39-52 set2004fev2005 Disponiacutevel em httpswwwnesconmedicinaufmgbrbibliotecaimagem0303pdf Acesso de jun de 2014 BACKES DS et al (2012) O papel profissional do enfermeiro no Sistema Uacutenico de Sauacutede da sauacutede comunitaacuteria agrave estrateacutegia de sauacutede da famiacutelia Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva

17(1)223-230 2012 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcscv17n1a24v17n1pdf Acesso em 12 de jan 2015 BRASIL Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sauacutede Consulta Estabelecimento - Modulo Profissional - Profissional por Estabelecimento Disponiacutevel em httpcnesdatasusgovbrMod_ProfissionalaspVCo_Unidade=3122302159651 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Cadernos de Informaccedilotildees de Sauacutede Minas Gerais DATASUS TABNET (2010) Disponiacutevel em httptabnetdatasusgovbrtabdatacadernosmghtm Acesso em16 de maio de 2014 BRASIL Dengue - instruccedilotildees para pessoal de combate ao vetor Manual de Normas teacutecnicas - 3 ed rev - Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede 2001 84 p il 30 cm Disponiacutevel em httpbvsmssaudegovbrbvspublicacoesfunasaman_denguepdf acesso em 15 de out de 2014 BRASIL Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz Vetor da dengue na Aacutesia A albopictus eacute alvo de estudos Publicada em 18122008 agraves 1249 Disponiacutevel em httpwwwfiocruzbrioccgicgiluaexesysstarthtminfoid=576ampsid=32amptpl=printerview Acesso em 12 de jan de 2015 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Censo demograacutefico 2010 sinopse Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=1ampsearch=minas-gerais|divinopolis|censo-demografico-2010-sinopse- Acesso em 15 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Divinoacutepolis morbidades hospitalares ndash 2012 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=114ampsearch=minas-gerais|divinopolis|morbidades-hospitalares-2012 Acesso em 12 de maio de 2014

43

BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estaacutetica Divisatildeo Territorial do Brasil e Limites Territoriais Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE) (1 de julho de 2008) Disponiacutevel em httpwwwibgegovbrhomegeocienciascartografiadefault_dtb_intshtm Acesso em16 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Ensino - matriacuteculas docentes e rede escolar ndash 2012 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=117ampsearch=minas-gerais|divinopolis|ensino-matriculas-docentes-e-rede-escolar-2012 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estaacutetica Histoacuterico do Municiacutepio disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrpainelhistoricophplang=ampcodmun=312230ampsearch=minas-gerais|divinopolis|infograficos-historico Acesso 10 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Informaccedilotildees completas Populaccedilatildeo em 2010 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrasperfilphplang=ampcodmun=312230 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Serviccedilos de sauacutede ndash 2009 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=5ampsearch=minas-gerais|divinopolis|servicos-de-saude-2009 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Sistema de informaccedilotildees de agravos de notificaccedilatildeo ndash SINAN Disponiacutevel em httpcesibgegovbrbase-de-dadosmetadadosministerio-da-saudesistema-de-informacoes-de-agravos-de-notificacao-sinan Acesso em 16 de Nov de 2014 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede Dengue aspectos epidemioloacutegicos diagnoacutestico e tratamento Ministeacuterio da Sauacutede Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede ndash Brasiacutelia Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede 2002 Disponiacutevel em httpbvsmssaudegovbrbvspublicacoesdengue_aspecto_epidemiologicos_diagnostico_tratamentopdf Acesso em 02 de out de 2014 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede FUNSA Programa Nacional de Combate a Dengue PNCD Disponiacutevel em httpbvsmssaudegovbrbvspublicacoespncd_2002pdf Acesso em 21 de jun de 2014 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portal Brasil Disponiacutevel em httpwwwbrasilgovbrsaude201311saude-libera-mais-de-r-360-mi-para-combate-a-dengue Acesso em 10 de Nov de 2014

44

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede Departamento de Vigilacircncia Epidemioloacutegica Diretrizes nacionais para prevenccedilatildeo e controle de epidemias de dengue Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede Departamento de Vigilacircncia Epidemioloacutegica ndash Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2009 160 p Disponiacutevel em httpwwwansgovbrportalimgemaildiretrizes_reimpressao_webpdf Acesso em 16 de Nov de 2014

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede (2014) Monitoramento dos casos de dengue e febre de chikungunya ateacute a Semana Epidemioloacutegica (SE) 53 de 2014 Dengue Boletim Epidemioloacutegico ISSN 2358-9450 Volume 46 Ndeg 3 ndash 2015 Disponiacutevel em httpportalsaudesaudegovbrimagespdf2015janeiro192015-002---BE-at---SE-53pdf Acesso em 22 mar de 2015 BRASILSINANONLINE e DVASVEASTSub VPSSES-MG (20122013) Disponiacutevel em httpwwwsaudemggovbrcomponentgmgstory6489-informe-epidemiologico-da-dengue-30-05-2014 Acesso em 08 de jun de 2014 CAMPOS FCC FARIA H P SANTOS MA Planejamento e avaliaccedilatildeo das accedilotildees em sauacutede Curso de Especializaccedilatildeo em Atenccedilatildeo Baacutesica em Sauacutede da Famiacutelia NESCONUFMG Curso de Especializaccedilatildeo em Atenccedilatildeo Baacutesica agrave Sauacutede da Famiacutelia 2ed Belo Horizonte NesconUFMG 2010 Disponiacutevel em lthttpswwwnesconmedicinaufmgbrbibliotecaregistroPlanejamento_e_avaliacao_das_acoes_de_saude_23gt Acesso em Dezembro 2014 DIVINOacutePOLIS Estatuto dos Conselhos Distritais de Sauacutede Conselho Municipal de Sauacutede 1998 DIVINOacutePOLIS Mapa da cidade Disponiacutevel em httpwwwdivinopolismggovbrportalpaginasgeograficosimagensmapadacidadepdf Acesso em 08 de jun de 2014 DIVINOPOLIS Secretaria Municipal de Sauacutede SEMUSA Sistema Integrado de Sauacutede Paciente Famiacutelia Acesso Local Acesso em 15 de maio de 2014 FERREIRA B J et al Evoluccedilatildeo histoacuterica dos programas de prevenccedilatildeo e controle da dengue no Brasil Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2009 vol14 n3 pp 961-972 ISSN 1413-8123 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcscv14n332pdf Acesso em 21 de jun de 2014 FERREIRA IT RN VERAS M A S M and SILVA RA Participaccedilatildeo da populaccedilatildeo no controle da dengue uma anaacutelise da sensibilidade dos planos de sauacutede de municiacutepios do Estado de Satildeo Paulo BrasilCad Sauacutede Puacuteblica [online] 2009 vol25 n12 pp 2683-2694 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielosporgpdfcspv25n1215pdf Acesso em 10 de out de 2014 FIGUEIREDO LT M OWA M A CARLUCCI R H and OLIVEIRA L de Estudo sobre o diagnoacutestico laboratorial e sintomas do dengue durante epidemia ocorrida na regiatildeo de Ribeiratildeo Preto SP Brasil Rev Inst Med trop S Paulo [online] 1992

45

vol34 n2 pp 121-130 ISSN 0036-4665 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfrimtspv34n2a07v34n2pdf Acesso em 13 ago de 2014 FIGUEIROacute AC et al Oacutebito por dengue como evento sentinela para avaliaccedilatildeo da qualidade da assistecircncia estudo de caso em dois municiacutepios da Regiatildeo Nordeste Brasil 2008 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2011 vol27 n12 pp 2373-2385 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv27n1209pdf Acesso em 12 de out de 2014 GIRAtildeO RV et al Educaccedilatildeo em sauacutede sobre a dengue contribuiccedilotildees para o desenvolvimento de competecircncias J res fundam care online 2014 janmar 6(1) 38-46 Disponiacutevel em httpwwwseeruniriobrindexphpcuidadofundamentalarticleview2659pdf_1043 Acesso em 21 de jun de 2014 GONCcedilALVES NETO V S et al Conhecimentos e atitudes da populaccedilatildeo sobre dengue no Municiacutepio de Satildeo Luiacutes Maranhatildeo Brasil 2004 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2006 vol22 n10 pp 2191-2200 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv22n1018pdf Acesso em 10 de out de 2014 LEFEVRE A MC et al Representaccedilotildees sobre dengue seu vetor e accedilotildees de controle por moradores do municiacutepio de Satildeo Sebastiatildeo litoral Norte do Estado de Satildeo Paulo Brasil Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2007 vol23 n7 pp 1696-1706 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv23n722pdf Acesso em 16 de out de 2014 LIMA E C VILASBOAS ALQ Implantaccedilatildeo das Accedilotildees Interssetoriais de Mobilizaccedilatildeo Social do Paraacute o Controle da dengue na Bahia Brasil Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2011 vol27 n8 pp 1507-1519 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv27n806pdf Acesso em 16 de out de 2014 MACHADO RM et al (2013) HISTORIA DA SAUacuteDE MENTAL DE DIVINOacutePOLIS-MG Revista de Enfermagem do Centro Oeste Mineiro 2013 maiago 3 (2) 752-760 httpwwwseerufsjedubrindexphprecomarticleview228439 Acesso em 08 de abr de 2015 MAYO R C et al BEPA - Boletim Epidemioloacutegico Paulista 8(88) 4-12 abr 2011 tab Graf Disponiacutevel em fileCUsersnoteDownloadsv8n88a0120(1)pdf Acesso em 12 de out de 2014 MINAS GERAIS Secretaria Estadual de Sauacutede Programa Estadual de Controle Permanente da Dengue SITUACcedilAtildeO ATUAL DA DENGUE EM MINAS GERAIS RESUMO INFORMATIVO - 15122014 Disponiacutevel em httpwwwsaudemggovbrimagesdocumentosAnaliseDengue15-12-2014pdf Acesso em 10 de jan de 2015 MINAS GERAIS Secretaria de Estado da Sauacutede de Minas Gerais Programa Sauacutede em Casa Disponiacutevel em httpwwwsaudemggovbrpoliacuteticas_de_saudeprograma-saude-em-casa Acesso em 10 de maio de 2014

46

MORAES GH and DUARTE E C Anaacutelise da concordacircncia dos dados de mortalidade por dengue em dois sistemas nacionais de informaccedilatildeo em sauacutede Brasil 2000-2005 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2009 vol25 n11 pp 2354-2364 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielosporgpdfcspv25n1106pdf Acesso em 29 de Nov de 2014 PENNA M L F Um desafio para a sauacutede puacuteblica brasileira o controle do dengue Cad Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro 19(1) 305-309 jan-fev 2003 Disponiacutevel em httpwwwscielosporgpdfcspv19n114932pdf Acesso em 21 de jun de 2014

PREFEITURA MUNICIPAL DE DIVINOacutePOLIS BALANCcedilO DA DENGUE Disponiacutevel em httpwwwdivinopolismggovbrportalnoticiaphpid=11507 Acesso em 19 jan de 2015

RIBEIRO P C SOUSA DC ARAUJO TME Perfil cliacutenico-epidemioloacutegico dos casos suspeitos de Dengue em um bairro da zona sul de Teresina PI Brasil Rev bras enferm [online] 2008 vol61 n2 pp 227-232 ISSN 0034-7167 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfrebenv61n2a13v61n2pdf Acesso em 28 de jul de 2014 VALENTE G SC et al Problematizaccedilatildeo Como Estrateacutegia de Educaccedilatildeo em Sauacutede no Combate a Dengue Um Relato de Experiecircncia R Pesq cuid Fundam Online 2012 outdez 4(4)2987-94 Disponiacutevel em httpwwwseeruniriobrindexphpcuidadofundamentalarticleview1888pdf_641 Acesso em 08 jun de 2014 TEIXEIRA LAS et al Persistecircncia dos sintomas de dengue em uma populaccedilatildeo de Uberaba Minas Gerais Brasil Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2010 vol26 n3 pp 624-630 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv26n319pdf Acesso em 16 de out de 2014

Page 3: PLANO DE AÇÃO NO COMBATE A DENGUE: EDUCAR PARA EVITAR · 2019-11-14 · The Divinopolis follows the same trend, with 4680 notifications and 4139 confirmed ... banhado pelas bacias

MARCELO ALVES FERREIRA

PLANO DE ACcedilAtildeO NO COMBATE A DENGUE

EDUCAR PARA EVITAR

Banca Examinadora

Examinador 1 Profordf Maria Ligia Mohallem Carneiro ndash UFMG - Orientadora

Examinadora 2ndash Profordf Maria Dolocircres Soares Madureira- UFMG

Aprovado em Belo Horizonte em 08 de junho de 2015

RESUMO

A dengue eacute a mais importante arbovirose transmitida por inseto que acomete o homem na atualidade haacute mais de 100 paiacuteses com cerca de 03 bilhotildees de pessoas expostas Seguidas epidemias vem ocorrendo ano apoacutes ano no Brasil na regiatildeo sudeste especialmente em Minas Gerais e no ano de 2014 houve 59222 notificaccedilotildees de casos de dengue A cidade de Divinoacutepolis segue a mesma tendecircncia com 4680 notificaccedilotildees e 4139 casos confirmados e seis oacutebitos apesar das accedilotildees da vigilacircncia epidemioloacutegica presente no municiacutepio A regiatildeo sudeste da cidade compreende vaacuterios bairros entre eles o Bairro Santos Dumont aacuterea de atuaccedilatildeo da Unidade Baacutesica de Sauacutede Santos Dumont que notificou 101 casos de dengue em 2014 Diante deste quadro surgiu a necessidade de intensificar as accedilotildees educativas em parceria com as escolas locais tendo em vista o Programa Sauacutede na Escola nos grupos de diabeacuteticos e hipertensos e com os usuaacuterios da UBS Santos Dumont com o objetivo de reduzir o nuacutemero de casos da doenccedila Este estudo tem como objetivo elaborar um plano de accedilatildeo com a participaccedilatildeo e mobilizaccedilatildeo popular visando agrave realizaccedilatildeo de mutirotildees de limpeza mapeamento dos lotes sujos e intensificaccedilatildeo das accedilotildees educativas com foco na autonomia da comunidade para que a mesma tenha uma visatildeo criacutetica sobre os novos processos de sauacutede e doenccedila e ainda conscientizar as pessoas para que possam ter condiccedilotildees de promover e prevenir situaccedilotildees que podem trazer prejuiacutezos a sua sauacutede Palavras-chave Dengue Educaccedilatildeo em sauacutede Enfermagem Controle de vetores Aedes Aegypti

ABSTRACT

Dengue is the most important arboviral disease transmitted by insect that affects humans today there are more than 100 countries with about 03 billion people exposed Followed epidemics has been happening year after year in Brazil in the southeast especially in Minas Gerais in 2014 there were 59222 reports of dengue cases The Divinopolis follows the same trend with 4680 notifications and 4139 confirmed cases and 6 deaths despite the actions of epidemiological surveillance in this city The southeastern region of the city consists of several neighborhoods including the Neighborhood Santos Dumont Units operating area Basic Health Santos Dumont who reported 101 cases of dengue in 2014 Given this situation arose the need to intensify educational activities in partnership with local schools with a view to the School Health Program diabetics and hypertensive groups and users of UBS Santos Dumont in order to reduce the number of cases of the disease This study aims to develop an action plan with the participation and popular mobilization for the realization of clean-ups mapping of dirty lots and intensification of educational activities focusing on community autonomy so that it has a critical view of new health and disease processes and also make people aware that they may be able to promote and prevent situations that can bring harm to your health Keywords Dengue Health education Nursing Vector control Aedes aegypti

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

BR- Brasil

CNES- Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sauacutede

DATASUS- Departamento de Informaacutetica do SUS

FHD ndash Febre Hemorraacutegica por Dengue

IBGE- Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica

IDH - Iacutendice de Desenvolvimento Humano

MG- Minas Gerais

NOB- Norma Operacional Baacutesica

OPAS- Organizaccedilatildeo Pan-americana da Sauacutede

PIACD- Plano de Intensificaccedilatildeo das Accedilotildees de Controle da Dengue

PSDB- Partido da Social Democracia Brasileiro

SEMUSA- Secretaria Municipal de Sauacutede

SIAB- Sistema de Informaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Baacutesica

SINAN- Sistema de Informaccedilotildees de Agravos de Notificaccedilatildeo

SIS- Sistema Integrado de Sauacutede

SUS- Sistema Uacutenico de Sauacutede

UBS- Unidade Baacutesica de Sauacutede

UBV- Ultra Baixo Volume

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 8

11 Contexto Geral 9 111 Identificaccedilatildeo do Municiacutepio 9 112 Histoacuterico de Criaccedilatildeo Do Municiacutepio 9 113 Aspectos Geograacuteficos Socioeconocircmicos e Demograacuteficos 10 114 Sauacutede em Divinoacutepolis 10

115 Sistema Local de Sauacutede 11 117 Sistema Local de Educaccedilatildeo 13

12 Diagnoacutestico Situacional 14 121 Unidade Baacutesica de Sauacutede ndash Bairro Santos Dumont 14

122 Recursos Humanos 15 2 JUSTIFICATIVA 21 3 OBJETIVOS 22

31 Objetivo Geral 22

32 Objetivos Especiacuteficos 22

4 BASES CONCEITUAIS 23 41 Aspectos Gerais da Doenccedila 23

42 Etiologia 24 43 Aspectos Epidemioloacutegicos 24 44 Medidas Educativas 27

45 Controle 29 46 Atuaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Baacutesica no Controle da Dengue 29

5 PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO 32

51 Primeiro Passo Definiccedilatildeo dos Problemas 32

52 Segundo Passo Priorizaccedilatildeo dos Problemas 32 53 Terceiro Passo Descriccedilatildeo do Problema Selecionado 32

54 Quarto passo Explicaccedilatildeo do Problema 33 55 Quinto Passo Seleccedilatildeo dos ldquoNoacutes Criacuteticos 33 56 Sexto Passo Desenho de Operaccedilotildees para os ldquoNoacutes Criacuteticosrdquo do Problema 34 57 Seacutetimo Passo Identificaccedilatildeo dos Recursos Criacuteticos 34

58 Oitavo Passo Anaacutelise de Viabilidade do Plano 35 59 Nono Passo Elaboraccedilatildeo do Plano Operativo 37 510 Deacutecimo Passo Gestatildeo do Plano 37 512 Resultados esperados 39

6 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 40

REFEREcircNCIAS 42

8

1 INTRODUCcedilAtildeO

A dengue representa hoje um grave problema de sauacutede puacuteblica e segundo o

Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2002) estaacute presente em todo territoacuterio nacional e tem

se mostrado cada vez mais de difiacutecil controle nos uacuteltimos anos os haacutebitos da vida

moderna com aumento do consumo de bens natildeo biodegradaacuteveis Isto ampliou a

oferta de criadouros para o mosquito nos domiciacutelios e peridomiciacutelios e com base

nesses fatos a participaccedilatildeo popular no controle dos focos se tornou essencial

Segundo o Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2002) a doenccedila tem se mostrado

como um dos maiores desafios para a sauacutede puacuteblica nos paiacuteses em

desenvolvimento com grande impacto socioeconocircmico Estima-se um nuacutemero de

casos a beira dos 100 milhotildeesano e destes 500 mil desenvolve a forma grave a

Febre Hemorraacutegica

Desde 1986 o Brasil tem apresentado sucessivas epidemias segundo o

Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2002) No Estado de Minas Gerais somente em 2013

foram registrados 416252 casos de dengue com 104 oacutebitos Em 2014 houve uma

grande reduccedilatildeo de cerca de 8577 contudo ldquodos 45 casos graves 44 evoluiacuteram

para oacutebitordquo (BRASIL 2014 p 2)

Frente a este quadro segundo Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2002) eacute preciso

repensar o papel da sociedade no apoio e combate a dengue No Brasil exceccedilatildeo

feita alguns casos natildeo eacute tradiccedilatildeo cultural o envolvimento dos setores sociais em

causas como a dengue por exemplo estamos na contramatildeo de nossos vizinhos

latino-americanos onde a cooperaccedilatildeo faz parte da cultura

Em Divinoacutepolis segundo balanccedilo publicado em 17122014 pela Secretaria

Municipal de Sauacutede em 2014 foram notificados 4680 casos suspeitos de dengue

com 4139 casos confirmados ainda de acordo com Secretaria de Estado da Sauacutede

neste ano de 2014 ocorrem 06 oacutebitos por complicaccedilotildees da dengue

Frente a esse grave problema de sauacutede puacuteblica que necessita da cooperaccedilatildeo

de todos os cidadatildeos eacute necessaacuterio insistir e intensificar as accedilotildees educativas nas

escolas nas associaccedilotildees de bairro nas igrejas pois essa eacute uacutenica ferramenta capaz

de produzir no cidadatildeo uma autonomia para o cuidado com a sua sauacutede e da

comunidade conforme afirmam Valente et al (2012) Giratildeo et al (2014) que as

atuais estrateacutegias de controle vetorial e responsabilizaccedilatildeo dos cidadatildeos natildeo tem

mais efeito efetivo no combate ao mosquito Aedes Aegypti

9

Este estudo tem o objetivo de despertar na populaccedilatildeo de Divinoacutepolis

especialmente na comunidade adscrita da Unidade de Sauacutede Santos Dumont para

uma visatildeo criacutetica sobre os novos processos de sauacutede e doenccedila e ainda

conscientizar as pessoas para que possam ter condiccedilotildees de promover a sauacutede e

prevenir situaccedilotildees que podem trazer prejuiacutezos a ela

11 Contexto Geral

111 Identificaccedilatildeo do Municiacutepio

Segundo o IBGE (BRASIL 2008) o municiacutepio de Divinoacutepolis estaacute localizado

no Centro Oeste Mineiro banhado pelas bacias do rio Itapecerica e rio Paraacute Faz

limites com os seguintes municiacutepios Nova Serrana (Norte) Perdigatildeo (Noroeste)

Santo Antocircnio do Monte (Oeste) Satildeo Sebastiatildeo do Oeste (Sudoeste) Claacuteudio (Sul)

Carmo do Cajuru (Leste) e Satildeo Gonccedilalo do Paraacute (Leste) -2013889 (latitude Sul) -

4488389 (longitude Oeste) Pertence agrave macro regiatildeo do Alto Satildeo Francisco

situando-se em sua margem direita O acesso pelo interior de Satildeo Paulo eacute pela MG-

050 pela capital mineira satildeo 117 km e o acesso eacute pela face norte da MG-050 o

acesso pela face leste eacute pela BR-494

112 Histoacuterico de Criaccedilatildeo do Municiacutepio

Segundo IBGE (BRASIL 2008) a povoaccedilatildeo se deu a cerca de dois seacuteculos

atraacutes com o deslocamento de colonos em fuga da perseguiccedilatildeo poliacutetica da eacutepoca

escolheram o sertatildeo da Itapecerica liderados na eacutepoca pelo colonizador Manoel

Fernandes de Miranda cujo apelido era Candideacutes devido aos iacutendios que habitavam

a regiatildeo naquela ocasiatildeo Em 1710 foram anistiados pela coroa e deu iniacutecio a

povoaccedilatildeo do local fora construiacuteda uma capela consagrada ao Divino Espiacuterito Santo

e Satildeo Francisco de Paula com a chegada da linha feacuterrea o municiacutepio ganhou muito

em desenvolvimento Assim o distrito foi criado com o nome de Henrique Galvatildeo

subordinado a Vila de Itapecerica pela Lei Provincial nordm 138 03-04-1839 e Lei

Estadual nordm 2 de 14-09-1891 e elevado agrave categoria de Vila com a denominaccedilatildeo de

Henrique Galvatildeo pela Lei Estadual nordm 556 de 30-08-1911 Desmembrando-se de

Itapecerica pela Lei Estadual nordm 590 de 03-09-1912 a Vila de Henrique Galvatildeo

10

passou a denominar-se Divinoacutepolis elevada agrave condiccedilatildeo de cidade pela Lei Estadual

nordm 663 de 18-09-1915

113 Aspectos Geograacuteficos Socioeconocircmicos e Demograacuteficos

O municiacutepio estaacute localizado no centro-oeste mineiro a economia da cidade eacute

baseada na induacutestria tecircxtil e na siderurgia tendo um comeacutercio de artigos de

vestuaacuterio muito atuante no mercado Segundo IBGE (BRASIL 2010) a cidade tem

8012 empresas atuantes com uma populaccedilatildeo de empregados assalariados de 54

909 com renda mensal de 22 salaacuterios miacutenimos

114 Sauacutede em Divinoacutepolis

Segundo Machado et al (2013) Divinoacutepolis se destaca no centro oeste

mineiro como importante polo para a sauacutede na meacutedia e alta complexidade eacute sede

da Macrorregiatildeo Oeste de Sauacutede que abrange 6 microrregiotildees somando no total 55

municiacutepios sendo sede da Gerencia Regional de Sauacutede destacando-se no cenaacuterio

como uma das 10 cidades mais importes de Minas Gerais Contudo conforme o

Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2010) na Atenccedilatildeo Primaacuteria a cidade natildeo apresenta

um bom desempenho com apenas 203 de cobertura de PSF

No ano de 2014 a Secretaria Municipal de Sauacutede (SEMUSA) credenciou o

municiacutepio no Programa de Valorizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Baacutesica (PROVAB) criado pela

Portaria Interministerial Ministeacuterio da SauacutedeMinisteacuterio da Educaccedilatildeo nordm 2087 de 01

de setembro de 2011 com o objetivo de estimular e valorizar o profissional de sauacutede

para atuar nos municiacutepios onde eacute de difiacutecil acesso e regiotildees metropolitanas com

escassez de profissionais O trabalho eacute desenvolvido em conjunto com a equipe

multiprofissional na Atenccedilatildeo Baacutesica local sendo uma grande oportunidade para

meacutedicos enfermeiros dentistas receacutem-formados atuarem na equipe de sauacutede da

famiacutelia

Assim em 2014 foram contratados cinco enfermeiros pelo Ministeacuterio da Sauacutede

para atuar no Programa Sauacutede na Escola por um ano sem prejuiacutezo das atividades

de rotina na Unidade Baacutesica de Sauacutede (UBS) O enfermeiro trabalha prioritariamente

com atividades educativas nas escolas existentes na aacuterea de abrangecircncia da UBS

realizando atividades de avaliaccedilatildeo da sauacutede dos escolares como peso e medida

11

acuidade visual afericcedilatildeo de pressatildeo arterial atualizaccedilatildeo do calendaacuterio vacinal

alimentaccedilatildeo promoccedilatildeo de sauacutede rastreamento para doenccedilas como hanseniacutease

glaucoma tracoma helmintiacuteases e encaminhamentos para consultas

especializadas tornando-se um importante elo entre a sauacutede e a educaccedilatildeo

Mapa 1 - Cidade de Divinoacutepolis ndash MG Regiatildeo Sudeste

Fonte Prefeitura de Divinoacutepolis httpwwwdivinopolismggovbrportalpaginasgeograficosimagensmapadacidadepdf

A administraccedilatildeo municipal estaacute haacute oito anos com o PSDB tendo a frente do

municiacutepio o senhor Vladmir Faria de Azevedo sendo seu Secretaacuterio de Sauacutede o

Senhor David Maia dOliveira como coordenadora da Atenccedilatildeo Baacutesica de Sauacutede a

Enfermeira Inecircs Alcione e Coordenadoras da Sauacutede Bucal Ronara Machado e Liacutevia

Melo Nere Segundo o IBGE (BRASIL 2010) o municiacutepio tem uma populaccedilatildeo

estimada em 226345 habitantes

115 Sistema Local de Sauacutede

Criado no ano 1991 segundo o Estatuto dos Conselhos Distritais de Sauacutede

(DIVINOacutePOLIS 1998) o Conselho Municipal de Sauacutede foi instituiacutedo pela Lei

Municipal 00491 composto por usuaacuterios trabalhadores de sauacutede prestadores de

serviccedilo e gestores Nesse periacuteodo ocorreram as primeiras Conferecircncias Municipais

de Sauacutede e a criaccedilatildeo dos seis Conselhos Distritais que atuam ateacute hoje a formaccedilatildeo

dos Conselhos Locais de Sauacutede agregados agraves equipes de Sauacutede da Famiacutelia

12

Quanto agrave Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia segundo o Ministeacuterio da Sauacutede

(BRASIL 2010) Divinoacutepolis possuiacutea em fevereiro de 2010 apenas 203 de

cobertura de Atenccedilatildeo Baacutesica Em dezembro de 2014 segundo Ministeacuterio da Sauacutede

(BRASIL 2014) a cobertura estimada natildeo passava dos 4602 da populaccedilatildeo

classificando-se como o menor iacutendice do Estado quando comparado a outros

municiacutepios de mesmo porte conforme graacutefico abaixo

Graacutefico 1 Cobertura pela Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia - Divinoacutepolis ndash MG - 2010

213277

221764

262278241720

292529227438

00

150

300

450

600

750

900

Sa

nta

Lu

zia

Ub

era

ba

Ipa

tin

ga

Go

ve

rna

do

r

Va

lad

are

s

Se

te

La

go

as

Div

inoacute

po

lis

populaccedilatildeo em milhares

Fonte Secretaria de Estado da Sauacutede de Minas Gerais - Programa Sauacutede em Casa

httpwwwsaudemggovbrpoliticas_de_saudeprograma-saude-em-casa

Com relaccedilatildeo aos estabelecimentos de sauacutede segundo dados do IBGE (BRASIL

2009) a cidade conta com trecircs hospitais particulares Santa Mocircnica Santa Luacutecia e

Satildeo Judas Tadeu e um filantroacutepico Satildeo Joatildeo de Deus totalizando 555 leitos sendo

que destes 352 satildeo leitos contratados pelo SUS Segundo ainda o IBGE (BRASIL

2009) o municiacutepio conta com 38 estabelecimentos de sauacutede municipais de acordo o

Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sauacutede - CNES satildeo 15 Centros de

Sauacutede e 20 Equipes de Sauacutede da Famiacutelia O serviccedilo de atendimento ambulatorial

conta com 68 estabelecimentos sendo que 41 tecircm convecircnio com o Sistema Uacutenico de

Sauacutede (SUS)

116 Nuacutemero de Oacutebitos por Causa ndash Divinoacutepolis 2012

13

De acordo com dados do IBGE (BRASIL 2012) em 2012 foram registrados

581 oacutebitos sendo 302 homens e 279 mulheres as doenccedilas neoplaacutesicas foram

responsaacuteveis por 173 oacutebitos2977 do aparelho circulatoacuterio foram responsaacuteveis

por 121 oacutebitos208 das mortes seguidas pelas doenccedilas respiratoacuterias 821411

oacutebitos por doenccedila do aparelho digestivo 467 9 doenccedilas infecciosas e

parasitaacuterias 41 oacutebitos70 oacutebitos por doenccedilas do aparelho geniturinaacuterio 3255

mortes por causas externas 27464 oacutebitos por doenccedilas relacionadas ao sangue

oacutergatildeos hematoloacutegicos transtornos imunitaacuterios 406 oacutebitos por doenccedilas de pele e

do tecido subcutacircneo total de 5086 outras mortes somam 86 Estes dados

estatildeo representados no graacutefico abaixo

Graacutefico 2 - Nuacutemero de Oacutebitos por Causa Divinoacutepolis ndash 2012

Obitos em DIvinoacutepolis em 2012

Homens

Mulheres

Neoplasias

Ap circulatoacuterio

Doeccedilas respiratoacuterias

Aparelho digestivo

Doenccedilas infecciosas

Aparelho Geniturinaacuterio

Causas externas

Doenccedilas hematoloacutegicas Fonte IBGE cidades ibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=114ampsearch=minas-

gerais|divinopolis|morbidades-hospitalares-2012

117 Sistema Local de Educaccedilatildeo

O municiacutepio segundo IBGE (BRASIL 2012) tem 1589 docentes atuando na

rede de educaccedilatildeo baacutesica no ensino meacutedio conta com 562 docentes no ensino

fundamental 739 docentes e a educaccedilatildeo infantil com 288 docentes O ensino

fundamental conta com uma rede de 88 escolas sendo 26 privadas 30 da rede

puacuteblica estadual e 32 da rede municipal O ensino meacutedio tem um total de 29 escolas

sendo oito privadas 20 da rede estadual e uma da rede federal Ainda segundo o

14

IBGE (BRASIL 2012) satildeo 27484 alunos matriculados no ensino fundamental 8211

no ensino meacutedio 4808 na preacute-escola Segundo o IBGE (BRASIL 2010) o iacutendice de

desenvolvimento humano ndash IDH ficou em 0764 acima da meacutedia nacional que eacute de

0730

12 Diagnoacutestico Situacional

121 Unidade Baacutesica de Sauacutede ndash Bairro Santos Dumont

A unidade baacutesica de sauacutede em que atuo estaacute localizada a Rua Liacuterios do Vale

141 Bairro Santos Dumont telefone (37) 32153674 local de faacutecil acesso com rua

pavimentada Funciona de 07h00min as 11h00min horas e de 13h00min as

17h00min horas de segunda a sexta-feira segundo o Cadastro Nacional de

Estabelecimentos de Sauacutede - CNES (BRASIL 2014)

Foto 1 - Unidade Baacutesica de Sauacutede Santos Dumont - Divinoacutepolis-MG 2014

Fonte httpswwwgooglecombrmapsplaceRua+JosC3A9+VenC3A2ncio+218+-+Aeroporto-20175673 448774553a75y16155h90tdata=3m41e13m21siLj6mpeG5CZyGTTQQ_cwTA2e04m23m11s0xa0a4e2a9c17ea50x429732233cce4192

A aacuterea de abrangecircncia da UBS Santos Dumont compreende a regiatildeo

sudoeste da cidade de Divinoacutepolis composta pelos bairros Santos Dumont Maria

Peccedilanha Quinta das Palmeiras Costa Azul e Terra Azul

15

Mapa 2 - Aacuterea de Abrangecircncia da UBS Santos Dumont ndash Divinoacutepolis-MG 2014

Fonte Prefeitura Municipal de Divinoacutepolis fileCUsersnoteDesktopmapadacidade20(1)20(1)pdf

122 Recursos Humanos

Segundo o Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sauacutede (2014) a

equipe eacute composta por um enfermeiro da estrateacutegia de sauacutede da famiacutelia com 40

horas semanais um cirurgiatildeo dentista com carga horaacuteria de 40 horas semanais um

meacutedico cliacutenico com 40 horas semanais um agente de serviccedilos gerais de 40 horas

semanais 4 agentes comunitaacuterios de sauacutede com 40 horas semanais e um auxiliar de

sauacutede bucal de 40 horas semanais Conforme quadro abaixo

Quadro 1 - Equipe de Sauacutede do UBS Santos Dumont 2014

Fonte Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sauacutede

Segundo o Sistema Integrado de Sauacutede - SIS a Unidade Santos Dumont tem

uma populaccedilatildeo cadastrada de 2208 habitantes com um nuacutemero estimado de 673

16

famiacutelias Quanto ao niacutevel de escolaridade da populaccedilatildeo adscrita assim estaacute

distribuiacuteda doutorado 2 mestrado 1 poacutes-graduaccedilatildeo 1 superior completo 22

superior incompleto 9 fundamental incompleto 123 ensino meacutedio completo 287

fundamental incompleto 1105 meacutedio incompleto 424 analfabetos 226 e natildeo

informado 08 sendo assim a taxa de analfabetismo eacute 1023 acima da meacutedia

nacional conforme o censo do IBGE (BRASIL 2010) que foi de 96 conforme

quadro abaixo

Quadro 2 - Niacutevel de escolaridade da populaccedilatildeo de referecircncia da UBS Santos

Dumont 2014

NIacuteVEL DE ESCOLARIDADE

Doutorado Mestrado Poacutes- graduaccedilatildeo

Superior Superior Incompleto

Fundamental Completo

Ensino meacutedio

Ensino meacutedio incompleto

Fundamental incompleto

Analfabeto Outros

M1 0 0 0 2

20 33 52 240 39 3

M2 1 1 1 15 5 62 102 90 228 47 3

M3 0 0 0 4 2 11 38 252 164 54 1

M4 1

1 2 30 114 30 473 86 1

Sub total 2 1 1 22 9 123 287 424 1105 226 8

POPULACcedilAtildeO TOTAL 2208

Fonte Sistema Integrado de Sauacutede 2014

123 Doenccedilas Crocircnicas

Com relaccedilatildeo agraves doenccedilas crocircnicas segundo o Sistema Integrado de Sauacutede haacute na

comunidade 199 clientes com hipertensatildeo arterial com diabetes 68 clientes com

alguma deficiecircncia 6 com doenccedila de chagas 1 alcoolismo 1 epilepsia 3 e com 8

gestantes

Quadro 3 - Total de Hipertensos e Diabeacuteticos da UBS por Microaacuterea Divinoacutepolis ndash MG 2014

HIPERTENSOS E DIABEacuteTICOS POR MICROAacuteREA

ACS Gracielle Suzana Rosana Rosilene TOTAL

MICROAacuteREA M1 M2 M3 M4

Hipertensatildeo 22 58 16 103 199

Diabeacuteticos 5 21 3 39 68 Fonte Sistema Integrado de Sauacutede de Divinoacutepolis SIS 2014

17

124 Doenccedilas Endecircmicas ndash A Dengue

A Dengue eacute uma doenccedila de origem africana que foi introduzida no paiacutes

segundo Valente et al (2012) por volta do seacuteculo XIX encontrando no Brasil um

clima e condiccedilotildees muito favoraacuteveis a sua multiplicaccedilatildeo mesmo sendo uma doenccedila

antiga o mosquito transmissor da dengue se mostra cada vez mais de difiacutecil controle

Todo ano atinge milhotildees de pessoas em todo mundo e no Brasil As seguidas

epidemias levaram o tema a ser discutido em vaacuterios setores como escolas veiacuteculos

de comunicaccedilatildeo nos setores de sauacutede e tambeacutem pela sociedade civil Segundo o

Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2014) de acordo com os dados contidos no Boletim

Epidemioloacutegico da 53ordf Semana Epidemioloacutegica foram registrados no paiacutes 591080

casos da doenccedila sendo que a regiatildeo Sudeste teve o maior nuacutemero de casos

312318 casos 528 Minas Gerais aparece com 1896 deste total A cidade de

Divinoacutepolis apresentou segundo a Secretaria Municipal de Sauacutede 4680 casos

notificados e segundo a Secretaria de Estado da Sauacutede foram notificados 06 oacutebitos

confirmados conforme quadro abaixo sendo que assim a cidade vem enfrentando

seguidas epidemias de Dengue tornando-se um dos problemas que mais preocupa

a comunidade

Quadro 4 - Casos de Oacutebitos por Dengue Grave em Minas Gerais - 2014

Municiacutepios Oacutebitos

confirmados

Araxaacute Arauacutejos

1 1

Campo Belo Candeias

1 1

Curvelo Divinoacutepolis

1 6

Dores do Indaiaacute 1 Formiga Fronteira Frutal

1 1 1

Itabira Itauacutena

1 2

Ituiutaba Juiz de Fora

1 4

Natalacircndia Nova Serrana

1 1

Passos 8

18

Paracatu 3 Prata Sabaraacute

1 1

Santa Barbara Santa Luzia Santos Dumont

1 1 1

Santa Margarida Uberlacircndia

1 3

Trecircs Coraccedilotildees 1

Total 47

Fonte SINAN ONLINE e DVASVEASTSubVPSSES MG

O grande nuacutemero de terrenos baldios e lotes vagos satildeo apontados pelos

moradores como principal causa do aumento dos focos do mosquito Aedes Aegypti

A foto abaixo mostra o aglomerado ainda pouco habitado onde existem muitas

aacutereas onde haacute somente vegetaccedilatildeo nativa o que favorece o descarte inadequado de

lixo e entulhos recipientes que acumulam aacutegua se tornando grande criadouro do

mosquito transmissor da dengue

Foto 2 - Aacuterea de abrangecircncia da Unidade Baacutesica de Sauacutede Santos Dumont 2014

Fonte httpswwwgooglecombrmaps-201840183-448801014180mdata=3m11e3

19

A regiatildeo ocupada pela populaccedilatildeo da aacuterea de abrangecircncia da UBS Santos

Dumont eacute uma regiatildeo de cerrado Segundo o IBGE (BRASIL 2010) o Iacutendice de

Desenvolvimento Humano - IDH eacute 0764 acima da meacutedia nacional que de 0730 A

cidade apresentou crescimento populacional no periacuteodo de 1991 a 2010

correspondentes a 2889 poreacutem os investimentos em infraestrutura como

pavimentaccedilatildeo e saneamento baacutesico natildeo acompanharam a taxa de crescimento da

cidade algo comum em grandes cidades e cidades de meacutedio porte no paiacutes Na aacuterea

do bairro ainda haacute presenccedila de mata nativa com ocupaccedilatildeo natildeo planejada a

populaccedilatildeo convive com riscos eminentes para a sua sauacutede

Segundo Valente et al (2012) diante do aumento dos casos de dengue

estrateacutegias tradicionais parecem natildeo terem mais o mesmo efeito de outrora Eacute

necessaacuterio o envolvimento de todos os setores sociais para buscar o controle da

situaccedilatildeo com accedilotildees de educaccedilatildeo e sauacutede que podem ser mais efetivas do que

apenas medidas unilaterais baseada em estatiacutesticas ministeriais

Apoacutes os vaacuterios casos atendidos na UBS o que se percebe eacute que ningueacutem

assume que o foco do mosquito possa estar na sua casa conforme afirmam Valente

et al (2012) que a culpa eacute sempre dos vizinhos que natildeo fazem a sua parte o que

torna relevante afirmar ser a negaccedilatildeo da ldquoquestatildeo da culpabilizaccedilatildeo individual e a

culpabilizaccedilatildeo do outrordquo (VALENTE 2012 p2990) Outro dado que chama a

atenccedilatildeo segundo a Secretaria Municipal de Sauacutede (DIVINOacutePOLIS 2014) eacute que os

levantamentos indicam que 9415 dos focos de dengue estatildeo dentro das

residecircncias O relato que os criadouros estatildeo sempre na casa do vizinho esse eacute

com certeza o maior ldquonoacute criacuteticordquo que precisa ser desconstruiacutedo o cidadatildeo se

preocupa com o vizinho e se esquece do seu domiciacutelio

Segundo balanccedilo divulgado pela Secretaria Municipal de Sauacutede

(DIVINOacutePOLIS 2014) os 4139 casos confirmados mais os exames que ainda

aguardam os resultados sinalizam para cidade que tem muito trabalho para

enfrentar esse grave problema de sauacutede puacuteblica Os bairros Nossa Senhora das

Graccedilas Centro Satildeo Joseacute Interlagos Niteroacutei Porto Velho Planalto Santos Dumont

Belvedere e Bom Pastor foram responsaacuteveis por 3027 dos casos notificados na

cidade Em meacutedia a UBS Santos Dumont em relaccedilatildeo agrave populaccedilatildeo adscrita

apresentou um percentual de 215 da populaccedilatildeo total com casos notificados como

se pode observar no quadro abaixo

20

Quadro 5 - Nuacutemero de casos de Dengue em Divinoacutepolis ndash 2014

NOSSA SENHORA DAS GRACcedilAS Fonte Prefeitura Municipal de Divinoacutepolishttpwwwdivinopolismggovbrportalnoticiaphpid=109802014

Segundo Valente et al (2012) a praacutetica de jogar lixo nas ruas como algo do

cotidiano mesmo sabendo que essa accedilatildeo remete aos proacuteprios moradores e a falta

de coleta seletiva regular levam ao acuacutemulo de recipientes de plaacutesticos que durante

o periacuteodo chuvoso tornam-se criadouros do mosquito Esse tambeacutem eacute um

importante tema que necessita ser trabalhado desde a preacute-escola em vaacuterias

oportunidades como reuniatildeo de bairros em eventos esportivos e festivos pois

somente com educaccedilatildeo da populaccedilatildeo se pode mudar essa realidade

BAIRROS COM MAIORES NUacuteMEROS DE CASOS DE DENGUE EM DIVINOacutePOLIS

Bairros NSG CENTRO Satildeo JOSEacute INTERLAGOS NITEROacuteI

PORTO VELHO PLANALTO

SANTOS DUMONT BELVEDERE

BOM PASTOR

307 350 192 123 124 1O8 104 101 98 96

TOTAL 1417

21

2 JUSTIFICATIVA

A enfermagem eacute uma arte cuidar prevenir e proteger a sauacutede o enfermeiro

que atua na equipe de sauacutede da famiacutelia tem importante papel na educaccedilatildeo e na

proteccedilatildeo de sua populaccedilatildeo adscrita por estar perto e conhecer a realidade de sua

comunidade Backes et al (2012)

O conhecimento dos problemas de uma populaccedilatildeo permite a equipe de

Sauacutede da Estrateacutegia da Famiacutelia o planejamento de accedilotildees efetivas e eficazes nas

principais causas de adoecimento de uma comunidade aleacutem de organizar de

maneira ordenada o atendimento da demanda e rotina dos serviccedilos ofertados na

Unidade Baacutesica de Sauacutede Backes et al (2012)

O tema dengue tem relevacircncia por ser a mais importante arbovirose que

atinge o ser humano na atualidade trazendo um enorme prejuiacutezo socioeconocircmico

para toda sociedade

Segundo Figueiredo et al (1992) a dengue eacute uma doenccedila com alta

morbidade e pode evoluir para um quadro grave de hemorragia podendo levar ao

oacutebito Ainda conforme Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2009) em oito paiacuteses do

continente americano e asiaacutetico incluindo o Brasil em 2009 foram gastos U$ 18

bilhotildees somente com despesas ambulatoriais e hospitalares sem contar os recursos

despendidos para vigilacircncia epidemioloacutegica

Em Divinoacutepolis em 2014 foram notificados 4680 notificaccedilotildees e 4139 casos

confirmados e os demais aguardando confirmaccedilatildeo segundo a Secretaria Municipal

de Sauacutede

Ainda outro ponto muito importante eacute que as pessoas acreditam que o

problema eacute sempre do outro conforme salientam Valente et al (2012) que a culpa

dos casos de dengue eacute do vizinho sendo assim ele natildeo se preocupa com a sua

residecircncia Neste mesmo sentido Giratildeo et al (2012) afirmam que devido agrave

adaptaccedilatildeo do vetor as aacutereas domiciliares e peridomiciliares o controle da doenccedila

sem a participaccedilatildeo da populaccedilatildeo estaacute fadado ao fracasso As accedilotildees educaccedilatildeo em

sauacutede satildeo uma ferramenta essencial nessa estrateacutegia proporcionando ao cidadatildeo

uma autonomia para cuidar da sua sauacutede e da prevenccedilatildeo e eliminaccedilatildeo do vetor

Portanto uma proposta de intervenccedilatildeo que enfatize esta participaccedilatildeo da

comunidade conhecendo suas potencialidades e suas necessidades justifica a

realizaccedilatildeo deste trabalho

22

3 OBJETIVOS

31 Objetivo Geral

Elaborar um plano de accedilatildeo com ecircnfase em educaccedilatildeo e sauacutede com vistas agrave

reduccedilatildeo do nuacutemero de casos de dengue no municiacutepio de Divinoacutepolis e

especificamente na aacuterea de abrangecircncia da Unidade de Sauacutede Santos

Dumont

32 Objetivos Especiacuteficos

Organizar um grupo comunitaacuterio de controle e combate ao mosquito

Aedes Aegypti

Despertar na comunidade adscrita da Unidade de Sauacutede Santos Dumont uma

visatildeo criacutetica sobre os novos processos de sauacutede e doenccedila com a priorizaccedilatildeo

de accedilotildees educativas

Descrever os passos de uma proposta de intervenccedilatildeo e acompanhamento de

resultados com ecircnfase em educaccedilatildeo e sauacutede com vista na reduccedilatildeo dos focos

do vetor transmissor da dengue

23

4 BASES CONCEITUAIS

41 Aspectos Gerais da Doenccedila

A dengue eacute atualmente a mais importante arbovirose que acomete o ser

humano no continente americano distribuiacuteda segundo Ferreira et al (2009) desde o

Uruguai ateacute a costa sul dos Estados Unidos abrangendo principalmente Venezuela

Cuba Brasil e Paraguai contaminando cerca de mais de 3 bilhotildees de pessoas em

todo mundo

Segundo Penna (2003) embora o vetor Aedes Aegypti natildeo seja natural das

Ameacutericas encontrou aqui um ambiente favoraacutevel agrave sua multiplicaccedilatildeo Introduzido no

Brasil possivelmente pela Aacutefrica em meados do seacuteculo XIX invadiu o paiacutes e se

expandiu para todo o territoacuterio nacional

Segundo Penna (2003) o vetor chegou a ser erradicado de 1967 a 1973 pelo

meacutetodo de aplicaccedilatildeo de inseticida de accedilatildeo residual que prevalecia por ateacute seis

meses a aplicaccedilatildeo se deu em depoacutesitos que continham ou natildeo aacutegua parada e

tambeacutem ateacute um metro dos potenciais focos do mosquito Atualmente com os

grandes aglomerados urbanos e com a infestaccedilatildeo em todo continente americano a

erradicaccedilatildeo do mosquito natildeo eacute mais viaacutevel por isso o Ministeacuterio da Sauacutede em

parceria com Organizaccedilatildeo Pan-americana da Sauacutede (OPAS) aderiu o ldquoPlano de

Intensificaccedilatildeo das Accedilotildees de Controle da Denguerdquo (PIACD) que trabalha com a

universalidade regional sincronicidade e continuidade das accedilotildees e natildeo na

erradicaccedilatildeo (FERREIRA et al 2009 p 963)

Valente et al (2012) Giratildeo et al (2014) salientam que eacute de fundamental

importacircncia entender que as atuais estrateacutegias de controle vetorial onde haacute

responsabilizaccedilatildeo dos cidadatildeos e eliminaccedilatildeo focal parecem natildeo ter mais efeito

efetivo no combate ao mosquito Aedes Aegypti Diante das seguidas epidemias haacute

necessidade de uma abordagem mais ampla do problema com a participaccedilatildeo efetiva

de toda populaccedilatildeo e de todos os setores da sociedade ldquoenfocando a determinaccedilatildeo

social do processo sauacutede-doenccedila e a transdisciplinalidade das accedilotildeesrdquo (VALENTE et

al 2012 p 2988)

No Brasil segundo Ferreira et al (2009) as condiccedilotildees socioambientais a

falta de saneamento a ausecircncia da coleta seletiva de lixo a maacute distribuiccedilatildeo de

24

renda e a baixa escolaridade criaram um ambiente muito favoraacutevel agrave multiplicaccedilatildeo

do vetor Aedes Aegypti

42 Etiologia

Segundo Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2002) a Dengue eacute uma doenccedila febril

que em sua forma claacutessica apresenta como sinais cliacutenicos dores musculares e nas

articulaccedilotildees cefaleia e dor retro-orbitaacuteria vocircmitos e diarreia Para Almeida et al

(2008) a dengue eacute uma doenccedila de curso que varia de forma benigna a grave pode

apresentar a forma claacutessica a forma hemorraacutegica e o choque sendo que esta uacuteltima

pode levar ao oacutebito

No Brasil segundo a Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz (BRASIL 2008) satildeo

encontrados dois vetores da doenccedila o Aedes aegypti e Aedes albopictus A

transmissatildeo ocorre quando uma fecircmea do inseto pica uma pessoa portadora do

viacuterus e esta passa por periacuteodo de incubaccedilatildeo e logo apoacutes 10 a 14 dias a fecircmea estaacute

apta a transmitir o viacuterus por toda vida em meacutedia vive em torno de 35 a 40 dias

43 Aspectos Epidemioloacutegicos

Segundo Gonccedilalves Neto et al (2006) a dengue eacute considerada como a mais

importante arbovirose transmitida por insetos das uacuteltimas deacutecadas atinge a cada

ano um maior contingente de pessoas com o vetor aparecendo em mais de 100

paiacuteses de clima tropical e subtropical

Em face dessa realidade Ferreira Veras e Silva (2009) salientam que as

sucessivas epidemias de dengue no mundo especialmente no Brasil tecircm

mobilizado e preocupado autoridades e a populaccedilatildeo em geral No estado de Satildeo

Paulo houve um grande aumento dos quadros de dengue hemorraacutegica Cerca de

80 dos municiacutepios paulistas estatildeo totalmente infestados pelo mosquito aedes

aegypti Os motivos pelo quais a sua populaccedilatildeo aumenta significativamente

pontuam os autores satildeo a dificuldade em utilizaccedilatildeo de inseticidas a contrataccedilatildeo de

matildeo de obra qualificada a precaacuteria coleta de lixo especialmente nas grandes

cidades e nas suas regiotildees perifeacutericas aleacutem de fatores como o clima criando o

ambiente cada vez mais favoraacutevel agrave reproduccedilatildeo do mosquito

25

Segundo Mayo et al (2011) em estudo semelhante salienta que a

populaccedilatildeo brasileira vem sofrendo com seguidas epidemias de dengue haacute mais de

duas deacutecadas os autores seguem chamando a atenccedilatildeo para o progressivo aumento

de nuacutemero de casos com complicaccedilotildees seguindo a mesma loacutegica um nuacutemero

maior de municiacutepios vem sofrendo com o aparecimento e o aumento de casos de

dengue hemorraacutegica e o aumento dos oacutebitos por complicaccedilotildees da dengue

Havendo a predominacircncia de tais caracteriacutesticas a dengue tem levado ao alto

nuacutemero de oacutebitos Segundo Figueiroacute et al (2011) isso estaacute associado ainda agrave

imensa massa da populaccedilatildeo exposta Contudo salientam os autores que a doenccedila

tem se tornado um dos problemas de sauacutede reemergentes mais importantes da

histoacuteria Estima-se que 25 bilhotildees de pessoas estatildeo em risco de contrair a doenccedila

ainda que por ano satildeo 50 milhotildees de novos casos Destes cerca 550 mil necessitam

de hospitalizaccedilatildeo e pelo menos 20 mil evoluem para oacutebito Dados epidemioloacutegicos

do Ministeacuterio da Sauacutede tem apontado segundo Figueiro et al (2011) um crescente

aumento dos casos de Febre Hemorraacutegica por Dengue (FHD) e em uma deacutecada a

taxa de letalidade atingiu 68 destacando-se a regiatildeo nordeste com maior iacutendice

de casos entre 1981 a 2007

Contudo salientam Giratildeo et al (2014) que devido agrave adaptaccedilatildeo muito

acentuada do vetor nos peridomiciacutelios e domiciacutelios corroborando estudos da

Secretaria Municipal de Sauacutede de Divinoacutepolis (2014) apontaram que 9415 dos

focos de dengue estatildeo dentro das residecircncias sendo assim a participaccedilatildeo do

cidadatildeo no controle eacute de suma importacircncia no controle da doenccedila

Segundo dados do Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2014) em Minas Gerais a

taxa de incidecircncia da doenccedila foi de foi 2856 casos para cada 100000 habitantes

os 45 oacutebitos indicam um aumento de 3333 casos fatais em relaccedilatildeo a 2013 que

teve um nuacutemero de casos maior Quanto ao tipo de viacuterus circulante verificou-se a

incidecircncia de DENV1 (882) seguido de DENV4 (115) DENV3 (03) e DENV2

(00)

Para implantar as accedilotildees de vigilacircncia em sauacutede o Ministeacuterio da Sauacutede

(BRASIL 2014) por meio da Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede repassou para os

estados e municiacutepios 30 do valor a ser gasto em todo ano de 2014 cerca de R$

3634 milhotildees No mecircs de dezembro de 2013 a fim de intensificar as accedilotildees de

combate agrave dengue no periacuteodo de maior incidecircncia foram fornecidos 100 mil kg de

larvicidas 227 mil litros de adulticida e 104 mil kits para diagnoacutestico

26

Segundo a Secretaria Municipal de Sauacutede (DIVINOacutePOLIS 2014) haacute em

atividade 94 agentes de sauacutede puacuteblicos efetivos e 14 contratados sendo a cidade eacute

dividida em setores De acordo com levantamento raacutepido do iacutendice de infestaccedilatildeo do

aedes aegypti realizado em marccedilo de 2014 obteve-se um percentual de infestaccedilatildeo

do mosquito de 37 nos domiciacutelios visitados em Divinoacutepolis que representam risco

meacutedio para epidemia Em outubro de 2014 o novo levantamento raacutepido do iacutendice de

infestaccedilatildeo apresentou um iacutendice de 09 preocupante visto que o valor muito estaacute

muito proacuteximo do tolerado pela Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede que eacute de 1 Aleacutem

disso as condiccedilotildees climaacuteticas nesse periacuteodo natildeo favorecem a proliferaccedilatildeo do

mosquito por isso pode-se considerar esse valor alto

Em face dos dados apresentados conforme afirmam Ferreira Veras e Silva

(2009) para o controle da dengue a participaccedilatildeo popular eacute indiscutivelmente

essencial visto que o vetor habita os domiciacutelios sendo assim todos tem condiccedilotildees

de colaborar fiscalizando suas moradias O PNCD destaca as accedilotildees educativas

como forma de preparar a comunidade para adoccedilatildeo de comportamentos que

protejam a sauacutede coletiva Ainda segundo os autores durante as epidemias haacute todo

um clamor da miacutedia e do poder puacuteblico no sentido de mobilizar a comunidade para o

controle da doenccedila poreacutem nos periacuteodos de menor incidecircncia esse apelo perde a

intensidade o tema acaba no esquecimento sendo apresentado somente no

proacuteximo periacuteodo de infestaccedilatildeo e transmissatildeo da doenccedila

Ferreira Veras e Silva (2009) em anaacutelise do iacutendice de participaccedilatildeo da

populaccedilatildeo de 16 municiacutepios paulistas detectaram que em mais da metade destes

municiacutepios a participaccedilatildeo era muito baixa em consequecircncia o nuacutemero de pessoas

que contraiacuteram a doenccedila era maior onde haacute menos participaccedilatildeo popular

A educaccedilatildeo permanente segundo Ribeiro Sousa e Arauacutejo (2007) visa

acelerar o processo de adesatildeo da populaccedilatildeo agraves medidas preventivas abordando as

questotildees que envolvem condiccedilotildees de sauacutede moradia saneamento baacutesico indo

aleacutem de accedilotildees pontuais e campanhistas que perdem forccedila nos periacuteodos de baixa

notificaccedilatildeo de casos Eacute preciso buscar parceiros na sociedade civil como nos meios

de comunicaccedilatildeo para divulgaccedilatildeo do enfrentamento da doenccedila o ano inteiro

27

44 Medidas Educativas

Giratildeo et al (2014) destacam que somente com a educaccedilatildeo em sauacutede eacute que

se pode despertar na comunidade uma autonomia para que a populaccedilatildeo se sinta

como uma parte do processo que passa pela prevenccedilatildeo cujo controle depende da

eliminaccedilatildeo dos focos do mosquito dentro dos domiciacutelios

Neste sentido Alves (2005) afirma que a educaccedilatildeo em sauacutede eacute uma

ferramenta capaz de produzir intermediada pelos profissionais de sauacutede uma

compreensatildeo nova do processo sauacutede doenccedila oferecendo agrave populaccedilatildeo subsiacutedios

para adoccedilatildeo de novos haacutebitos de vida com ecircnfase na promoccedilatildeo e prevenccedilatildeo de

situaccedilotildees que podem trazer prejuiacutezos agrave sua sauacutede

Segundo Figueiroacute et al (2011) a doenccedila atinge a cada ano um maior

contingente de pessoas Nesse sentido priorizando a reduccedilatildeo dos casos de dengue

e dengue grave o Ministeacuterio da Sauacutede implantou no paiacutes o Plano Nacional de

Controle da Dengue ndash PNCD O programa eacute gerido de forma tripartite ou seja com

a participaccedilatildeo das trecircs esferas de governos uniatildeo estados e municiacutepios

ldquocompreendendo accedilotildees operacionais de vigilacircncia integrada entomoloacutegica e sobre o

meio ambiente de assistecircncia aos pacientes de educaccedilatildeo em sauacutede comunicaccedilatildeo

e mobilizaccedilatildeo socialrdquo (FIGUEIROacute et al 2011 p 2374) O PNCD compreende ainda

o controle e avaliaccedilatildeo dos agentes comunitaacuterios de sauacutede - ACS entretanto

segundo dados epidemioloacutegicos haacute uma grande dificuldade na realizaccedilatildeo das accedilotildees

e no alcance dos resultados esperados devido agrave baixa participaccedilatildeo da populaccedilatildeo

Para Ferreira Veras e Silva (2009) de acordo com a OPAS uma das maiores

dificuldades das autoridades de sauacutede em articulaccedilatildeo das accedilotildees eacute a parceria com a

comunidade o PNCD tem como um dos eixos a participaccedilatildeo comunitaacuteria para

reduccedilatildeo dos criadouros domiciliares Segundo Ferreira Veras e Silva (2009) a

participaccedilatildeo popular no combate eacute fundamental e defendida pelos organismos

nacionais e internacionais Pode estar inserida a capacitaccedilatildeo da populaccedilatildeo na

promoccedilatildeo e prevenccedilatildeo com o objetivo da melhoria da comunidade tanto na sauacutede

individual quanto coletiva favorecendo a construccedilatildeo de um modelo de sauacutede

compartilhada No controle das epidemias especialmente da dengue cujo vetor vive

na maioria das vezes nas casas das pessoas o PNDC visa o desenvolvimento de

accedilotildees educativas que tem como objetivo a mudanccedila de comportamento das

pessoas na manutenccedilatildeo de um ambiente de vida saudaacutevel Contudo a criteriosa

28

tarefa de evitar epidemias vai muito aleacutem do setor de sauacutede consistem em um

conjunto de accedilotildees poliacuteticas teacutecnicas e sociais que inclui prioritariamente a

participaccedilatildeo popular aliada agrave vigilacircncia epidemioloacutegica

Segundo Gonccedilalves Neto et al (2006) as condiccedilotildees sanitaacuterias prejudicadas

ausecircncia de coleta seletiva de lixo ausecircncia de saneamento baacutesico e um

crescimento desordenado em aacutereas tropicais propiciou raacutepida adaptaccedilatildeo do vetor

nas residecircncias levando o aedes aegpyti aproveitar se dos criadouros

providenciados pelo proacuteprio homem para aumentar sua populaccedilatildeo Contudo salienta

o autor praticamente impossiacutevel desenvolver um trabalho de controle do vetor sem a

participaccedilatildeo da comunidade

Tais afirmaccedilotildees explicam a situaccedilatildeo da populaccedilatildeo adscrita da UBS Santos

Dumont onde ocorreu uma grande expansatildeo de domiciacutelios sem um planejamento

adequado deixando um grande nuacutemero de terrenos baldios uma ocupaccedilatildeo sem a

infraestrutura necessaacuteria falta da coleta seletiva de lixo saneamento baacutesico e

pavimentaccedilatildeo Soma-se a isso a deficiecircncia do Estado em garantir uma coleta de

lixo eficiente deixando margem para a proliferaccedilatildeo da doenccedila

Segundo Almeida et al (2008) a adaptaccedilatildeo do mosquito aedes aegypti cuja

sobrevivecircncia depende de aacutegua parada ocorre principalmente nas aacutereas urbanas

em domiciacutelios e peridomiciacutelios Contudo o vetor eacute muito sensiacutevel agraves condiccedilotildees

ambientais poreacutem seus ovos resistem a longos periacuteodos de dissecaccedilatildeo o que

garante a perpetuaccedilatildeo da espeacutecie Com haacutebito diurno preferencialmente tem uma

especial atraccedilatildeo pelo sangue humano seu deslocamento eacute em meacutedia durante um

voo em condiccedilotildees normais de ambiente sem a interferecircncia de vento de cinquenta

metros portanto sua caracteriacutestica de habitar os domiciacutelios e peridomiciacutelios

permanecendo proacuteximo ao local de ldquopastordquo e postura dos ovos

Segundo Almeida et al (2008) com a ausecircncia de uma vacina eficaz capaz

de evitar a doenccedila a principal profilaxia tem sido o controle vetorial por meio de

identificaccedilatildeo dos focos e aplicaccedilatildeo de inseticidas de accedilatildeo residual para eliminaccedilatildeo

das larvas ou seja o combate focal

Contudo afirmam Almeida et al (2008) o conhecimento do dinamismo do

periacuteodo de maior transmissibilidade e latecircncia tem permitido a organizaccedilatildeo de accedilotildees

mais ou menos acentuadas dependendo do momento da epidemia e das condiccedilotildees

climaacuteticas A presenccedila do vetor em variadas partes das cidades jaacute foi identificada por

meio de estudos o que comprova que a doenccedila natildeo atinge somente uma classe

29

social Quanto agrave diminuiccedilatildeo dos casos dentro de um contexto epidemioloacutegico trecircs

fatores tecircm um papel muito importante as condiccedilotildees climaacuteticas desfavoraacuteveis agrave

viabilidade do vetor esgotamento de hospedeiros susceptiacuteveis e o controle quiacutemico

do vetor

45 Controle

Segundo Mayo et al (2011) existem duas formas de atuaccedilatildeo no controle da

doenccedila o bloqueio e o controle de criadouros Estas medidas tecircm por objetivo a

reduccedilatildeo dos criadouros na aacuterea de atuaccedilatildeo dos agentes de sauacutede o controle por

bloqueio e nebulizaccedilatildeo ocorre agrave aplicaccedilatildeo de inseticida com aplicadores Ultra Baixo

Volume - UBV A atuaccedilatildeo nesse tipo de trabalho em relaccedilatildeo ao feito pelo municiacutepio

diz respeito agrave qualidade do serviccedilo realizado bem como a agilidade na realizaccedilatildeo da

tarefa e o grande alcance da aacuterea coberta e o tipo de equipamento empregado

Para realizaccedilatildeo das tarefas o meacutetodo segue o preconizado pelo PNCD divide

as cidades em aacutereas setores e quarteirotildees Segundo Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL

2001) o bloqueio consiste em parar a transmissatildeo da dengue em municiacutepios com

epidemia instalada e tem como objetivo ainda a identificaccedilatildeo do sorotipo de viacuterus

circulante a aplicaccedilatildeo do UBV sem prejuiacutezo do controle larvaacuterio Quanto agrave

delimitaccedilatildeo de um foco isolado nos casos onde natildeo haacute infestaccedilatildeo deveratildeo ser

tratados todos os imoacuteveis no raio de 300 metros do entorno do local

Na fase de ataque segundo Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2001) deveraacute ser

tratado 100 dos imoacuteveis aleacutem de pontos estrateacutegicos terrenos baldios das zonas

infestadas e todos os potenciais focos devem ser eliminados Na fase de

consolidaccedilatildeo o objetivo eacute a erradicaccedilatildeo do mosquito satildeo desenvolvidas vaacuterias

accedilotildees semelhantes agrave fase de ataque com exceccedilatildeo do tratamento de focos Na fase

de manutenccedilatildeo satildeo visitadas todas as aacutereas positivas e negativas mesmo onde o

vetor foi erradicado as medidas satildeo o uso de armadilhas de oviposiccedilatildeo e inspeccedilotildees

de pontos estrateacutegicos

46 Atuaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Baacutesica no Controle da Dengue

As atividades de controle devem ter uma sinergia com todos os setores

envolvidos no tocante a vigilacircncia epidemioloacutegica haacute necessidade de manter a

30

vistoria em imoacuteveis terrenos depoacutesitos oficinas entre outros locais Teixeira et al

(2010) verificaram que os domiciacutelios com terrenos baldios no entorno apresentaram

maior concentraccedilatildeo da doenccedila

Lima e Vilasboas (2011) salientam que a sauacutede eacute um direito e a maneira que

o Estado tem de garantir esse direito eacute por meio de poliacuteticas puacuteblicas de proteccedilatildeo

prevenccedilatildeo e recuperaccedilatildeo de agravos a simples ausecircncia de doenccedila natildeo pode ser

considerada um conceito de sauacutede visto que as condiccedilotildees sociais de saneamento

baacutesico meio ambiente educaccedilatildeo moradia e renda satildeo fatores determinantes no

processo de adoecimento de um povo A sauacutede deve ser pensada no contexto

ampliado com integraccedilatildeo formando uma rede interssetorial na perspectiva de troca

de ajuda muacutetua na troca de experiecircncias com uma construccedilatildeo muacutetua de saberes

facilitando a resoluccedilatildeo dos problemas enfrentados

Para Lima e Vilasboas (2011) a interssetorialidade pode ser um facilitador

para construccedilatildeo de um sistema de sauacutede efetivo contudo aliado a poliacuteticas puacuteblicas

que possam contribuir para ganho na melhoria da qualidade de vida das pessoas A

interssetorialidade extrapola os limites do poder estatal e envolve a sociedade nas

decisotildees poliacuteticas evita a subordinaccedilatildeo de um setor a outro e diminui as resistecircncias

de alguns membros

Segundo Lefegravevre et al (2007) a populaccedilatildeo tem informaccedilotildees sobre a doenccedila

e do ciclo de vida do transmissor poreacutem esse conhecimento ainda natildeo eacute capaz de

produzir nas pessoas atitudes e comportamento para impedir ou reduzir os

criadouros do mosquito A probabilidade eacute que esse conhecimento vindo de origem

externa fragmentado ou pouco organizado configure um conflito entre o saber

sanitaacuterio e o senso comum Ainda segundo o autor o programa educativo tem sido

aplicado haacute muitos anos mas ateacute hoje ainda natildeo obteve o resultado esperado

contudo haacute necessidade de aprofundar neste contexto para identificar onde estatildeo as

falhas para que possa realmente ter uma populaccedilatildeo engajada no controle do vetor

Para a populaccedilatildeo segundo Lefegravevre et al (2007) haacute uma relaccedilatildeo entre sujo

que seria a doenccedila e limpo que seria a sauacutede levando a ideacuteia equivocada que o lixo

eacute o uacutenico meio de procriaccedilatildeo do mosquito Neste sentido haacute uma sinalizaccedilatildeo para

que o poder puacuteblico perceba a necessidade de informar educar e comunicar

Informar no que diz respeito aos constantes dados epidemioloacutegicos sobre a doenccedila

no Paiacutes no Estado e na sua Comunidade no sentido de incentivar a participaccedilatildeo

popular no controle da doenccedila Educar esclarecendo a forma de transmissibilidade

31

da doenccedila estabelecendo um diaacutelogo de faacutecil entendimento na loacutegica sanitaacuteria sem

confrontar o senso comum buscando construir um relacionamento entre o teacutecnico e

o cidadatildeo e agrave adoccedilatildeo de alternativas na reduccedilatildeo das viacutetimas da dengue

Neste sentido a ESF tem papel fundamental no desenvolvimento de accedilotildees de

prevenccedilatildeo e controle da dengue considerando a relaccedilatildeo de confianccedila que a

populaccedilatildeo manteacutem com a equipe de sauacutede da famiacutelia possibilitando o contato com

o ambiente domeacutestico por meio dos ACSs promovendo um ambiente seguro e livre

do Aedes aegypti (BRASIL 2002) A ESF pode ainda promover accedilotildees educativas

com a populaccedilatildeo mobilizando-a para adotar accedilotildees preventivas realizando tambeacutem a

notificaccedilatildeo imediata dos casos suspeitos possibilitando as medidas tratamento

adequado agraves situaccedilotildees de dengue claacutessica e dengue grave reduzindo os casos

letais e possibilitando o bloqueio dos focos pela vigilacircncia epidemioloacutegica

32

5 PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO

O diagnoacutestico situacional foi realizado com base nas informaccedilotildees contidas em

dados oficiais do IBGE do Sistema Integrado de Sauacutede e embasado no relato dos

problemas levantados pela Equipe de Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia da UBS

Santos Dumont

Foi utilizado o Planejamento Estrateacutegico Situacional ndash PES como referecircncia

para a proposta de intervenccedilatildeo Este meacutetodo possibilita que os atores atraveacutes de

sua proacutepria visatildeo identifiquem as causas possiacuteveis dos problemas como nascem e

se desenvolvem A partir deste ponto de vista podem propor soluccedilotildees para atacar

suas causas e a viabilidade destas soluccedilotildees (CAMPOS FARIA SANTOS 2010)

Assim a partir do diagnoacutestico situacional os 10 passos segundo os autores

mencionados e suas atividades satildeo descritas a seguir

51 Primeiro Passo Definiccedilatildeo dos Problemas

Hipertensatildeo Arterial

Diabetes

Drogas

Gravidez na Adolescecircncia

Dengue

Transtorno Depressivo

Doenccedilas Sexualmente Transmissiacuteveis AIDS

Falta de Saneamento Baacutesico

52 Segundo Passo Priorizaccedilatildeo dos Problemas

Dengue

Falta de Saneamento Baacutesico

53 Terceiro Passo Descriccedilatildeo do Problema Selecionado

Segundo o Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2002) o nosso paiacutes eacute

predominantemente de clima tropical e este eacute um ambiente favoraacutevel agrave proliferaccedilatildeo

do mosquito aedes aegypti principal transmissor da dengue em nosso continente A

33

doenccedila eacute a uma arbovirose transmitida por um artroacutepode que pode apresentar-se

de forma benigna claacutessica ou grave na forma de febre hemorraacutegica

Durante o ano de 2014 segundo o Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2014) mais

meio milhatildeo de casos da doenccedila (591080) 528 soacute na regiatildeo Sudeste em Minas

Gerais foram 59222 com 45 oacutebitos confirmados em Divinoacutepolis segundo a

Secretaria Municipal de Sauacutede (2014) ocorreram 4680 notificaccedilotildees de casos da

doenccedila e confirmados 4139 casos de dengue com 06 oacutebitos sendo que os bairros

Nossa Senhora das Graccedilas Centro Satildeo Joseacute Interlagos Niteroacutei Porto Velho

Planalto Santos Dumont Belvedere e Bom Pastor foram responsaacuteveis por 3027

dos casos de dengue da cidade

Ferreira et al (2009) Lima e Vilasboas (2011) chamam a atenccedilatildeo para a falta

de saneamento baacutesico como um fator agravante que pode elevar a multiplicaccedilatildeo do

vetor da doenccedila Para Gonccedilalves Neto et al (2006) as condiccedilotildees sanitaacuterias

prejudicadas o crescimento desordenado levaram agrave raacutepida adaptaccedilatildeo do vetor agraves

residecircncias causando a disseminaccedilatildeo do viacuterus Tais situaccedilotildees satildeo rotineiras na

populaccedilatildeo adscrita da UBS Santos Dumont

54 Quarto passo Explicaccedilatildeo do Problema

A explicaccedilatildeo para o problema selecionado foi qualificado do ponto de vista

social coletivo e individual

Niacutevel Social Refere-se agrave ausecircncia de poliacuteticas puacuteblicas para melhoria de qualidade

de vida da populaccedilatildeo que convive com a ausecircncia de saneamento baacutesico esgoto a

ceacuteu aberto falta de coleta seletiva e lixo acumulado nas ruas e terrenos baldios

Niacutevel Coletivo Falta de consciecircncia da gravidade da doenccedila que pode acometer a

qualquer pessoa e todas as faixas etaacuterias falta de colaboraccedilatildeo entre os vizinhos que

sempre potildeem a culpa das maacutes condiccedilotildees uns nos outros mas ningueacutem assume a

responsabilidade pelo seu quintal

Niacutevel Individual Falta de compromisso pois segundo dados da SEMUSA

(DIVINOacutePOLIS 2014) 9415 dos focos de Dengue estatildeo dentro das residecircncias

esses focos foram identificados em vasilhas de aacutegua para cachorro galinha calhas

mal projetadas e caixas drsquoaacutegua sem tampa

55 Quinto Passo Seleccedilatildeo dos ldquoNoacutes Criacuteticosrdquo

34

Foram selecionados os seguintes ldquonoacutes criacuteticosrdquo que podem ter relaccedilatildeo direta com o

alto nuacutemero de casos de dengue

Lixo nas ruas falta de conscientizaccedilatildeo da populaccedilatildeo para evitar descarte

incorreto de lixo nas ruas e terrenos baldios

Responsabilizaccedilatildeo do outro falta agrave comunidade assumir que o problema da

dengue natildeo eacute do meu vizinho mas eacute de todos

Lotes sujos falta cobranccedila por parte do poder puacuteblico aos proprietaacuterios de

terrenos vazios que mantenham os lotes limpos e conservados

56 Sexto Passo Desenho de Operaccedilotildees para os ldquoNoacutes Criacuteticosrdquo do Problema

Como soluccedilatildeo dos ldquonoacutes criacuteticosrdquo foram apresentadas as seguintes propostas

contidas no Quadro 6 a seguir

Quadro 6 ndash Desenho das Operaccedilotildees para os Noacutes Criacuteticos Selecionados

ldquoNoacute

Criacuteticordquo

Operaccedilatildeo

Projeto

Resultados

Esperados

Produtos

Esperados

Recursos

Necessaacuterios

Lixo nas ruas Reeducaccedilatildeo conscientizaccedilatildeo ambiental

Ausecircncia de lixo nas ruas e lotes vazios

Bairro limpo sem dengue

Datashow e computador

Responsabiliza ccedilatildeo do outro

Conscientizaccedilatildeo

sobre sauacutede

coletiva

Que todos

unidos com

objetivo de

diminuir os

casos de

dengue

Reduccedilatildeo da

doenccedila

Datashow e computador Panfletos informativos

Lotes sujos Limpeza de

lotes e terrenos

Lotes limpos

e sem focos

da dengue

Diminuiccedilatildeo

do nuacutemero do

mosquito

transmissor

da dengue

Palestras sobre

conservaccedilatildeo

dos terrenos e

lotes vazios

Fiscalizaccedilatildeo da

prefeitura

57 Seacutetimo Passo Identificaccedilatildeo dos Recursos Criacuteticos

35

Para iniacutecio das operaccedilotildees foram apresentados os recursos necessaacuterios e

indispensaacuteveis para o sucesso do processo

Quadro 7 ndash Identificaccedilatildeo dos Recursos Criacuteticos

Operaccedilatildeo

Projeto

Recursos Criacuteticos

Controle dos recursos criacuteticos

Accedilatildeo estrateacutegica

Ator que controla

Motivaccedilatildeo

ldquoMutiratildeo da

limpezardquo

realizar um dia

por mecircs para

limpeza em

parceria com a

populaccedilatildeo

Poliacutetico Veiculo e pessoal para limpeza das ruas

Empresa Municipal de Obras Puacuteblicas

Evitar que lixo se acumule nas ruas

Criaccedilatildeo do dia da limpeza e apresentaccedilatildeo da administraccedilatildeo para apreciaccedilatildeo

ldquoFora Denguerdquo Intensificaccedilatildeo das accedilotildees educativas nas escolas e nos grupos e associaccedilatildeo de bairro

Poliacutetico Articulaccedilatildeo interssetorial Financeiro Disponibilizaccedilatildeo de material informativo

Secretaria Municipal de Sauacutede Secretaria Municipal de Educaccedilatildeo Associaccedilatildeo de bairros

Despertar na comunidade a consciecircncia de sauacutede coletiva

Despertar nos discentes e na comunidade o desejo de erradicar os focos da dengue

ldquoMapeamento

dos lotes sujosrdquo

Realizar o

mapeamento

dos terrenos

sujos

Poliacutetico Notificar os

proprietaacuterios para limpeza do

terreno Financeiro

Recurso para impressatildeo das

notificaccedilotildees

Secretaria Municipal de

Sauacutede

Evitar que as pessoas joguem lixo e entulho em lotes vagos

Conservaccedilatildeo e limpeza dos lotes vazios

58 Oitavo Passo Anaacutelise de Viabilidade do Plano

A proposta a seguir (Quadro 3) apresenta a motivaccedilatildeo para a viabilidade do plano

visto que alguns dos recursos necessaacuterios fogem agrave governabilidade da ESF

36

Quadro 8 ndash Viabilidade do Plano

Operaccedilatildeo

Projeto

Recursos Criacuteticos

Controle dos recursos criacuteticos

Accedilatildeo estrateacutegica

Ator que controla

Motivaccedilatildeo

ldquoMutiratildeo da

limpezardquo

realizar um dia

por mecircs para

limpeza em

parceria com a

populaccedilatildeo

Poliacutetico Veiculo e pessoal para limpeza das ruas

Empresa Municipal de Obras Puacuteblicas

Favoraacutevel Criaccedilatildeo do dia da limpeza e apresentaccedilatildeo agrave administraccedilatildeo para apreciaccedilatildeo

ldquoFora Denguerdquo Intensificaccedilatildeo das accedilotildees educativas nas escolas e nos grupos e associaccedilatildeo de bairro

Poliacutetico Articulaccedilatildeo interssetorial Financeiro Disponibilizaccedilatildeo de material informativo

Secretaria Municipal de Sauacutede Secretaria Municipal de Educaccedilatildeo Associaccedilatildeo de bairros

Favoraacutevel

Despertar nos escolares e na comunidade o desejo de erradicar os focos da dengue

ldquoMapeamento

dos lotes sujosrdquo

Realizar o

mapeamento

dos terrenos

sujos

Poliacutetico Notificar os

proprietaacuterios para limpeza do

terreno Financeiro

Recurso para impressatildeo das

notificaccedilotildees

Secretaria Municipal de

Sauacutede

Indiferente

Conservaccedilatildeo e limpeza dos lotes vazios

37

59 Nono Passo Elaboraccedilatildeo do Plano Operativo

A proposta a seguir no Quadro 9 identifica os atores envolvidos lhes atribuiacutedo

responsabilidades e prazos a cumprir

Quadro 9 ndash Plano Operativo

Operaccedilotildees Resultados Accedilotildees Estrateacutegicas

Responsaacutevel Prazo

ldquoMutiratildeo da limpezardquo realizar um dia por mecircs para limpeza em parceria com a populaccedilatildeo

Limpeza das ruas

e quintais

Coleta de lixo

das ruas Incentivo a limpeza de

lotes e quintais

Equipe de ACS

Durante todo ano

ldquoFora Denguerdquo Intensificaccedilatildeo das accedilotildees educativas nas escolas e nos grupos e associaccedilatildeo de bairro

Uma comunidade

consciente das suas

responsabilidades

Insistir e reforccedilar com

accedilotildees educativas para que

populaccedilatildeo mantenha as ruas limpas e coloque o lixo

para ser recolhido

Enfermeiro ESF

Durante todo o ano

ldquoMapeamento dos lotes

sujosrdquo Realizar o

mapeamento dos terrenos

sujos

Identificar os focos e eliminaacute-

los

Criaccedilatildeo de um mapa onde ocorreram focos do mosquito

ACS e

Enfermeiro

Trecircs meses

510 Deacutecimo Passo Gestatildeo do Plano

Com a gestatildeo do plano eacute possiacutevel aos responsaacuteveis acompanhar e monitorar as

accedilotildees avaliando e sempre que necessaacuterio readequando as eventuais falhas do

processo

38

Quadro 10ndash Gestatildeo do Plano

Produtos Responsaacutevel Prazo Situaccedilatildeo Atual

Justificativa Novo Prazo

ldquoMutiratildeo da

limpezardquo

realizar um

dia por mecircs

para limpeza

em parceria

com a

populaccedilatildeo

Enfermeiro da ESF

Inicio imediatamente

(logo apoacutes apresentaccedilatildeo

do projeto)

ldquoFora Denguerdquo Intensificaccedilatildeo das accedilotildees educativas nas escolas e nos grupos e associaccedilatildeo de bairro

Enfermeiro Provab

Durante todo ano

ldquoMapeamento

dos lotes

sujosrdquo

Realizar o

mapeamento

dos terrenos

sujos

ECS e Equipe

de Epidemiologia

Um mecircs para

inicio das atividades

Aleacutem dos 10 passos do Planejamento Estrateacutegico Situacional optei por incluir outros

02 passos que tecircm a finalidade de contribuir para o processo de avaliaccedilatildeo da

Proposta de Intervenccedilatildeo Estatildeo contidos nos itens 511 e 512 a seguir

511 Avaliaccedilatildeo dos Resultados

O instrumento para avaliaccedilatildeo seraacute o Sistema de Informaccedilotildees de Agravos de

Notificaccedilatildeo ndash SINAN

ldquoque tem por objetivo o registro e processamento dos dados sobre agravos

de notificaccedilatildeo em todo o territoacuterio nacional fornecendo informaccedilotildees para

anaacutelise do perfil da morbidade e contribuindo desta forma para a tomada

de decisotildees em niacutevel municipal estadual e federalrdquo (IBGE 2014)

39

Segundo Moraes e Duarte (2009) o SINAN tem sido principal fonte de dados

para coordenaccedilatildeo das accedilotildees de vigilacircncia epidemioloacutegica tanto no sentido de

controle da doenccedila quando como fonte de pesquisa

512 Resultados Eesperados

O resultado esperado eacute

Estabelecer a construccedilatildeo de conhecimento que favoreccedila o autocuidado e a

capacidade de emancipaccedilatildeo da comunidade criando um ambiente seguro com

ecircnfase na educaccedilatildeo e sauacutede com vistas agrave reduccedilatildeo dos casos de dengue na

populaccedilatildeo adscrita da UBS Santos Dumont

40

6 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

O Programa de Valorizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Baacutesica (PROVAB) abriu muitos

caminhos para um horizonte promissor no desenvolvimento da promoccedilatildeo da sauacutede

e da prevenccedilatildeo no campo de atuaccedilatildeo do Programa Sauacutede na Escola criando um

viacutenculo de amizade e confianccedila uma verdadeira parceria com os alunos essencial

na construccedilatildeo de uma sociedade consciente e capaz de cuidar da sua sauacutede de

maneira preventiva loacutegica essa defendida pelo Sistema Uacutenico de Sauacutede

Para noacutes enfermeiros eacute oportunidade de ampliar o horizonte de atuaccedilatildeo

ensinando e aprendendo com o comportamento das crianccedilas dos adolescentes e

jovens vendo de maneira impar o grande desafio da educaccedilatildeo em formar cidadatildeos

com mais sauacutede Como gratificaccedilatildeo recebemos o reconhecimento dos alunos

professores e diretores algo que fica marcado para sempre na formaccedilatildeo do

profissional os laccedilos de confianccedila amizade e reconhecimento satildeo a maior

recompensa e certeza de missatildeo cumprida

Como a Equipe de Sauacutede da Famiacutelia tem como principal objetivo trabalhar na

prevenccedilatildeo de doenccedilas e agravos criando viacutenculos com a clientela a missatildeo de

promover a emancipaccedilatildeo de seus usuaacuterios com ecircnfase no autocuidado exige de

noacutes muita articulaccedilatildeo e intensificaccedilatildeo de accedilotildees educativas Especificamente no caso

da dengue o cumprimento desta missatildeo pode evitar que as constantes epidemias

se tornem parte do cotidiano das pessoas auxiliando os moradores da comunidade

na adoccedilatildeo de medidas responsaacuteveis que visem o cuidado com a sua sauacutede e da

sauacutede da comunidade

Neste sentido a educaccedilatildeo em sauacutede desempenha um papel importante em

manter a comunidade sempre vigilante e em alerta pois o perigo eacute eminente e vive

dentro dos lares das pessoas esperando apenas o momento oportuno e condiccedilotildees

favoraacuteveis para transmitir a dengue

O trabalho dos agentes de controle de endemias e da ESF deve ser

constante focado na eliminaccedilatildeo dos criadouros do mosquito transmissor da dengue

A comunidade deve colaborar com livre acesso dos agentes agraves residecircncias na

colaboraccedilatildeo para eliminaccedilatildeo dos focos nos domiciacutelios e peridomiciacutelios e

multiplicaccedilatildeo das informaccedilotildees sobre o ciclo de vida do vetor entre os vizinhos

amigos e parentes informando que todos estatildeo expostos agrave doenccedila e a mudanccedila de

comportamento pode diminuir os riscos de contrair a dengue

41

Ao poder puacuteblico eacute necessaacuterio adotar um planejamento adequado para

garantir aos cidadatildeos a infraestrutura miacutenima necessaacuteria para viver em comunidade

serviccedilos essenciais como saneamento coleta de lixo e mobilidade que favorecem a

criaccedilatildeo de um ambiente seguro com sauacutede e qualidade de vida

42

REFEREcircNCIAS

ALMEIDA M CM et al Dinacircmica intra-urbana das epidemias de dengue em Belo Horizonte Minas Gerais Brasil 1996-2002 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2008 vol24 n10 pp 2385-2395 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv24n1019pdf Acesso em 02 de out de 2014 ALVES V S A Um modelo de educaccedilatildeo em sauacutede para o Programa Sauacutede da Famiacutelia pela integralidade da atenccedilatildeo e reorientaccedilatildeo do modelo assistencial Interface - Comunic Sauacutede Educ v9 n16 p39-52 set2004fev2005 Disponiacutevel em httpswwwnesconmedicinaufmgbrbibliotecaimagem0303pdf Acesso de jun de 2014 BACKES DS et al (2012) O papel profissional do enfermeiro no Sistema Uacutenico de Sauacutede da sauacutede comunitaacuteria agrave estrateacutegia de sauacutede da famiacutelia Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva

17(1)223-230 2012 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcscv17n1a24v17n1pdf Acesso em 12 de jan 2015 BRASIL Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sauacutede Consulta Estabelecimento - Modulo Profissional - Profissional por Estabelecimento Disponiacutevel em httpcnesdatasusgovbrMod_ProfissionalaspVCo_Unidade=3122302159651 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Cadernos de Informaccedilotildees de Sauacutede Minas Gerais DATASUS TABNET (2010) Disponiacutevel em httptabnetdatasusgovbrtabdatacadernosmghtm Acesso em16 de maio de 2014 BRASIL Dengue - instruccedilotildees para pessoal de combate ao vetor Manual de Normas teacutecnicas - 3 ed rev - Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede 2001 84 p il 30 cm Disponiacutevel em httpbvsmssaudegovbrbvspublicacoesfunasaman_denguepdf acesso em 15 de out de 2014 BRASIL Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz Vetor da dengue na Aacutesia A albopictus eacute alvo de estudos Publicada em 18122008 agraves 1249 Disponiacutevel em httpwwwfiocruzbrioccgicgiluaexesysstarthtminfoid=576ampsid=32amptpl=printerview Acesso em 12 de jan de 2015 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Censo demograacutefico 2010 sinopse Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=1ampsearch=minas-gerais|divinopolis|censo-demografico-2010-sinopse- Acesso em 15 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Divinoacutepolis morbidades hospitalares ndash 2012 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=114ampsearch=minas-gerais|divinopolis|morbidades-hospitalares-2012 Acesso em 12 de maio de 2014

43

BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estaacutetica Divisatildeo Territorial do Brasil e Limites Territoriais Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE) (1 de julho de 2008) Disponiacutevel em httpwwwibgegovbrhomegeocienciascartografiadefault_dtb_intshtm Acesso em16 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Ensino - matriacuteculas docentes e rede escolar ndash 2012 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=117ampsearch=minas-gerais|divinopolis|ensino-matriculas-docentes-e-rede-escolar-2012 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estaacutetica Histoacuterico do Municiacutepio disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrpainelhistoricophplang=ampcodmun=312230ampsearch=minas-gerais|divinopolis|infograficos-historico Acesso 10 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Informaccedilotildees completas Populaccedilatildeo em 2010 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrasperfilphplang=ampcodmun=312230 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Serviccedilos de sauacutede ndash 2009 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=5ampsearch=minas-gerais|divinopolis|servicos-de-saude-2009 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Sistema de informaccedilotildees de agravos de notificaccedilatildeo ndash SINAN Disponiacutevel em httpcesibgegovbrbase-de-dadosmetadadosministerio-da-saudesistema-de-informacoes-de-agravos-de-notificacao-sinan Acesso em 16 de Nov de 2014 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede Dengue aspectos epidemioloacutegicos diagnoacutestico e tratamento Ministeacuterio da Sauacutede Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede ndash Brasiacutelia Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede 2002 Disponiacutevel em httpbvsmssaudegovbrbvspublicacoesdengue_aspecto_epidemiologicos_diagnostico_tratamentopdf Acesso em 02 de out de 2014 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede FUNSA Programa Nacional de Combate a Dengue PNCD Disponiacutevel em httpbvsmssaudegovbrbvspublicacoespncd_2002pdf Acesso em 21 de jun de 2014 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portal Brasil Disponiacutevel em httpwwwbrasilgovbrsaude201311saude-libera-mais-de-r-360-mi-para-combate-a-dengue Acesso em 10 de Nov de 2014

44

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede Departamento de Vigilacircncia Epidemioloacutegica Diretrizes nacionais para prevenccedilatildeo e controle de epidemias de dengue Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede Departamento de Vigilacircncia Epidemioloacutegica ndash Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2009 160 p Disponiacutevel em httpwwwansgovbrportalimgemaildiretrizes_reimpressao_webpdf Acesso em 16 de Nov de 2014

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede (2014) Monitoramento dos casos de dengue e febre de chikungunya ateacute a Semana Epidemioloacutegica (SE) 53 de 2014 Dengue Boletim Epidemioloacutegico ISSN 2358-9450 Volume 46 Ndeg 3 ndash 2015 Disponiacutevel em httpportalsaudesaudegovbrimagespdf2015janeiro192015-002---BE-at---SE-53pdf Acesso em 22 mar de 2015 BRASILSINANONLINE e DVASVEASTSub VPSSES-MG (20122013) Disponiacutevel em httpwwwsaudemggovbrcomponentgmgstory6489-informe-epidemiologico-da-dengue-30-05-2014 Acesso em 08 de jun de 2014 CAMPOS FCC FARIA H P SANTOS MA Planejamento e avaliaccedilatildeo das accedilotildees em sauacutede Curso de Especializaccedilatildeo em Atenccedilatildeo Baacutesica em Sauacutede da Famiacutelia NESCONUFMG Curso de Especializaccedilatildeo em Atenccedilatildeo Baacutesica agrave Sauacutede da Famiacutelia 2ed Belo Horizonte NesconUFMG 2010 Disponiacutevel em lthttpswwwnesconmedicinaufmgbrbibliotecaregistroPlanejamento_e_avaliacao_das_acoes_de_saude_23gt Acesso em Dezembro 2014 DIVINOacutePOLIS Estatuto dos Conselhos Distritais de Sauacutede Conselho Municipal de Sauacutede 1998 DIVINOacutePOLIS Mapa da cidade Disponiacutevel em httpwwwdivinopolismggovbrportalpaginasgeograficosimagensmapadacidadepdf Acesso em 08 de jun de 2014 DIVINOPOLIS Secretaria Municipal de Sauacutede SEMUSA Sistema Integrado de Sauacutede Paciente Famiacutelia Acesso Local Acesso em 15 de maio de 2014 FERREIRA B J et al Evoluccedilatildeo histoacuterica dos programas de prevenccedilatildeo e controle da dengue no Brasil Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2009 vol14 n3 pp 961-972 ISSN 1413-8123 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcscv14n332pdf Acesso em 21 de jun de 2014 FERREIRA IT RN VERAS M A S M and SILVA RA Participaccedilatildeo da populaccedilatildeo no controle da dengue uma anaacutelise da sensibilidade dos planos de sauacutede de municiacutepios do Estado de Satildeo Paulo BrasilCad Sauacutede Puacuteblica [online] 2009 vol25 n12 pp 2683-2694 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielosporgpdfcspv25n1215pdf Acesso em 10 de out de 2014 FIGUEIREDO LT M OWA M A CARLUCCI R H and OLIVEIRA L de Estudo sobre o diagnoacutestico laboratorial e sintomas do dengue durante epidemia ocorrida na regiatildeo de Ribeiratildeo Preto SP Brasil Rev Inst Med trop S Paulo [online] 1992

45

vol34 n2 pp 121-130 ISSN 0036-4665 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfrimtspv34n2a07v34n2pdf Acesso em 13 ago de 2014 FIGUEIROacute AC et al Oacutebito por dengue como evento sentinela para avaliaccedilatildeo da qualidade da assistecircncia estudo de caso em dois municiacutepios da Regiatildeo Nordeste Brasil 2008 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2011 vol27 n12 pp 2373-2385 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv27n1209pdf Acesso em 12 de out de 2014 GIRAtildeO RV et al Educaccedilatildeo em sauacutede sobre a dengue contribuiccedilotildees para o desenvolvimento de competecircncias J res fundam care online 2014 janmar 6(1) 38-46 Disponiacutevel em httpwwwseeruniriobrindexphpcuidadofundamentalarticleview2659pdf_1043 Acesso em 21 de jun de 2014 GONCcedilALVES NETO V S et al Conhecimentos e atitudes da populaccedilatildeo sobre dengue no Municiacutepio de Satildeo Luiacutes Maranhatildeo Brasil 2004 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2006 vol22 n10 pp 2191-2200 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv22n1018pdf Acesso em 10 de out de 2014 LEFEVRE A MC et al Representaccedilotildees sobre dengue seu vetor e accedilotildees de controle por moradores do municiacutepio de Satildeo Sebastiatildeo litoral Norte do Estado de Satildeo Paulo Brasil Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2007 vol23 n7 pp 1696-1706 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv23n722pdf Acesso em 16 de out de 2014 LIMA E C VILASBOAS ALQ Implantaccedilatildeo das Accedilotildees Interssetoriais de Mobilizaccedilatildeo Social do Paraacute o Controle da dengue na Bahia Brasil Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2011 vol27 n8 pp 1507-1519 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv27n806pdf Acesso em 16 de out de 2014 MACHADO RM et al (2013) HISTORIA DA SAUacuteDE MENTAL DE DIVINOacutePOLIS-MG Revista de Enfermagem do Centro Oeste Mineiro 2013 maiago 3 (2) 752-760 httpwwwseerufsjedubrindexphprecomarticleview228439 Acesso em 08 de abr de 2015 MAYO R C et al BEPA - Boletim Epidemioloacutegico Paulista 8(88) 4-12 abr 2011 tab Graf Disponiacutevel em fileCUsersnoteDownloadsv8n88a0120(1)pdf Acesso em 12 de out de 2014 MINAS GERAIS Secretaria Estadual de Sauacutede Programa Estadual de Controle Permanente da Dengue SITUACcedilAtildeO ATUAL DA DENGUE EM MINAS GERAIS RESUMO INFORMATIVO - 15122014 Disponiacutevel em httpwwwsaudemggovbrimagesdocumentosAnaliseDengue15-12-2014pdf Acesso em 10 de jan de 2015 MINAS GERAIS Secretaria de Estado da Sauacutede de Minas Gerais Programa Sauacutede em Casa Disponiacutevel em httpwwwsaudemggovbrpoliacuteticas_de_saudeprograma-saude-em-casa Acesso em 10 de maio de 2014

46

MORAES GH and DUARTE E C Anaacutelise da concordacircncia dos dados de mortalidade por dengue em dois sistemas nacionais de informaccedilatildeo em sauacutede Brasil 2000-2005 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2009 vol25 n11 pp 2354-2364 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielosporgpdfcspv25n1106pdf Acesso em 29 de Nov de 2014 PENNA M L F Um desafio para a sauacutede puacuteblica brasileira o controle do dengue Cad Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro 19(1) 305-309 jan-fev 2003 Disponiacutevel em httpwwwscielosporgpdfcspv19n114932pdf Acesso em 21 de jun de 2014

PREFEITURA MUNICIPAL DE DIVINOacutePOLIS BALANCcedilO DA DENGUE Disponiacutevel em httpwwwdivinopolismggovbrportalnoticiaphpid=11507 Acesso em 19 jan de 2015

RIBEIRO P C SOUSA DC ARAUJO TME Perfil cliacutenico-epidemioloacutegico dos casos suspeitos de Dengue em um bairro da zona sul de Teresina PI Brasil Rev bras enferm [online] 2008 vol61 n2 pp 227-232 ISSN 0034-7167 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfrebenv61n2a13v61n2pdf Acesso em 28 de jul de 2014 VALENTE G SC et al Problematizaccedilatildeo Como Estrateacutegia de Educaccedilatildeo em Sauacutede no Combate a Dengue Um Relato de Experiecircncia R Pesq cuid Fundam Online 2012 outdez 4(4)2987-94 Disponiacutevel em httpwwwseeruniriobrindexphpcuidadofundamentalarticleview1888pdf_641 Acesso em 08 jun de 2014 TEIXEIRA LAS et al Persistecircncia dos sintomas de dengue em uma populaccedilatildeo de Uberaba Minas Gerais Brasil Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2010 vol26 n3 pp 624-630 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv26n319pdf Acesso em 16 de out de 2014

Page 4: PLANO DE AÇÃO NO COMBATE A DENGUE: EDUCAR PARA EVITAR · 2019-11-14 · The Divinopolis follows the same trend, with 4680 notifications and 4139 confirmed ... banhado pelas bacias

RESUMO

A dengue eacute a mais importante arbovirose transmitida por inseto que acomete o homem na atualidade haacute mais de 100 paiacuteses com cerca de 03 bilhotildees de pessoas expostas Seguidas epidemias vem ocorrendo ano apoacutes ano no Brasil na regiatildeo sudeste especialmente em Minas Gerais e no ano de 2014 houve 59222 notificaccedilotildees de casos de dengue A cidade de Divinoacutepolis segue a mesma tendecircncia com 4680 notificaccedilotildees e 4139 casos confirmados e seis oacutebitos apesar das accedilotildees da vigilacircncia epidemioloacutegica presente no municiacutepio A regiatildeo sudeste da cidade compreende vaacuterios bairros entre eles o Bairro Santos Dumont aacuterea de atuaccedilatildeo da Unidade Baacutesica de Sauacutede Santos Dumont que notificou 101 casos de dengue em 2014 Diante deste quadro surgiu a necessidade de intensificar as accedilotildees educativas em parceria com as escolas locais tendo em vista o Programa Sauacutede na Escola nos grupos de diabeacuteticos e hipertensos e com os usuaacuterios da UBS Santos Dumont com o objetivo de reduzir o nuacutemero de casos da doenccedila Este estudo tem como objetivo elaborar um plano de accedilatildeo com a participaccedilatildeo e mobilizaccedilatildeo popular visando agrave realizaccedilatildeo de mutirotildees de limpeza mapeamento dos lotes sujos e intensificaccedilatildeo das accedilotildees educativas com foco na autonomia da comunidade para que a mesma tenha uma visatildeo criacutetica sobre os novos processos de sauacutede e doenccedila e ainda conscientizar as pessoas para que possam ter condiccedilotildees de promover e prevenir situaccedilotildees que podem trazer prejuiacutezos a sua sauacutede Palavras-chave Dengue Educaccedilatildeo em sauacutede Enfermagem Controle de vetores Aedes Aegypti

ABSTRACT

Dengue is the most important arboviral disease transmitted by insect that affects humans today there are more than 100 countries with about 03 billion people exposed Followed epidemics has been happening year after year in Brazil in the southeast especially in Minas Gerais in 2014 there were 59222 reports of dengue cases The Divinopolis follows the same trend with 4680 notifications and 4139 confirmed cases and 6 deaths despite the actions of epidemiological surveillance in this city The southeastern region of the city consists of several neighborhoods including the Neighborhood Santos Dumont Units operating area Basic Health Santos Dumont who reported 101 cases of dengue in 2014 Given this situation arose the need to intensify educational activities in partnership with local schools with a view to the School Health Program diabetics and hypertensive groups and users of UBS Santos Dumont in order to reduce the number of cases of the disease This study aims to develop an action plan with the participation and popular mobilization for the realization of clean-ups mapping of dirty lots and intensification of educational activities focusing on community autonomy so that it has a critical view of new health and disease processes and also make people aware that they may be able to promote and prevent situations that can bring harm to your health Keywords Dengue Health education Nursing Vector control Aedes aegypti

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

BR- Brasil

CNES- Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sauacutede

DATASUS- Departamento de Informaacutetica do SUS

FHD ndash Febre Hemorraacutegica por Dengue

IBGE- Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica

IDH - Iacutendice de Desenvolvimento Humano

MG- Minas Gerais

NOB- Norma Operacional Baacutesica

OPAS- Organizaccedilatildeo Pan-americana da Sauacutede

PIACD- Plano de Intensificaccedilatildeo das Accedilotildees de Controle da Dengue

PSDB- Partido da Social Democracia Brasileiro

SEMUSA- Secretaria Municipal de Sauacutede

SIAB- Sistema de Informaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Baacutesica

SINAN- Sistema de Informaccedilotildees de Agravos de Notificaccedilatildeo

SIS- Sistema Integrado de Sauacutede

SUS- Sistema Uacutenico de Sauacutede

UBS- Unidade Baacutesica de Sauacutede

UBV- Ultra Baixo Volume

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 8

11 Contexto Geral 9 111 Identificaccedilatildeo do Municiacutepio 9 112 Histoacuterico de Criaccedilatildeo Do Municiacutepio 9 113 Aspectos Geograacuteficos Socioeconocircmicos e Demograacuteficos 10 114 Sauacutede em Divinoacutepolis 10

115 Sistema Local de Sauacutede 11 117 Sistema Local de Educaccedilatildeo 13

12 Diagnoacutestico Situacional 14 121 Unidade Baacutesica de Sauacutede ndash Bairro Santos Dumont 14

122 Recursos Humanos 15 2 JUSTIFICATIVA 21 3 OBJETIVOS 22

31 Objetivo Geral 22

32 Objetivos Especiacuteficos 22

4 BASES CONCEITUAIS 23 41 Aspectos Gerais da Doenccedila 23

42 Etiologia 24 43 Aspectos Epidemioloacutegicos 24 44 Medidas Educativas 27

45 Controle 29 46 Atuaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Baacutesica no Controle da Dengue 29

5 PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO 32

51 Primeiro Passo Definiccedilatildeo dos Problemas 32

52 Segundo Passo Priorizaccedilatildeo dos Problemas 32 53 Terceiro Passo Descriccedilatildeo do Problema Selecionado 32

54 Quarto passo Explicaccedilatildeo do Problema 33 55 Quinto Passo Seleccedilatildeo dos ldquoNoacutes Criacuteticos 33 56 Sexto Passo Desenho de Operaccedilotildees para os ldquoNoacutes Criacuteticosrdquo do Problema 34 57 Seacutetimo Passo Identificaccedilatildeo dos Recursos Criacuteticos 34

58 Oitavo Passo Anaacutelise de Viabilidade do Plano 35 59 Nono Passo Elaboraccedilatildeo do Plano Operativo 37 510 Deacutecimo Passo Gestatildeo do Plano 37 512 Resultados esperados 39

6 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 40

REFEREcircNCIAS 42

8

1 INTRODUCcedilAtildeO

A dengue representa hoje um grave problema de sauacutede puacuteblica e segundo o

Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2002) estaacute presente em todo territoacuterio nacional e tem

se mostrado cada vez mais de difiacutecil controle nos uacuteltimos anos os haacutebitos da vida

moderna com aumento do consumo de bens natildeo biodegradaacuteveis Isto ampliou a

oferta de criadouros para o mosquito nos domiciacutelios e peridomiciacutelios e com base

nesses fatos a participaccedilatildeo popular no controle dos focos se tornou essencial

Segundo o Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2002) a doenccedila tem se mostrado

como um dos maiores desafios para a sauacutede puacuteblica nos paiacuteses em

desenvolvimento com grande impacto socioeconocircmico Estima-se um nuacutemero de

casos a beira dos 100 milhotildeesano e destes 500 mil desenvolve a forma grave a

Febre Hemorraacutegica

Desde 1986 o Brasil tem apresentado sucessivas epidemias segundo o

Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2002) No Estado de Minas Gerais somente em 2013

foram registrados 416252 casos de dengue com 104 oacutebitos Em 2014 houve uma

grande reduccedilatildeo de cerca de 8577 contudo ldquodos 45 casos graves 44 evoluiacuteram

para oacutebitordquo (BRASIL 2014 p 2)

Frente a este quadro segundo Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2002) eacute preciso

repensar o papel da sociedade no apoio e combate a dengue No Brasil exceccedilatildeo

feita alguns casos natildeo eacute tradiccedilatildeo cultural o envolvimento dos setores sociais em

causas como a dengue por exemplo estamos na contramatildeo de nossos vizinhos

latino-americanos onde a cooperaccedilatildeo faz parte da cultura

Em Divinoacutepolis segundo balanccedilo publicado em 17122014 pela Secretaria

Municipal de Sauacutede em 2014 foram notificados 4680 casos suspeitos de dengue

com 4139 casos confirmados ainda de acordo com Secretaria de Estado da Sauacutede

neste ano de 2014 ocorrem 06 oacutebitos por complicaccedilotildees da dengue

Frente a esse grave problema de sauacutede puacuteblica que necessita da cooperaccedilatildeo

de todos os cidadatildeos eacute necessaacuterio insistir e intensificar as accedilotildees educativas nas

escolas nas associaccedilotildees de bairro nas igrejas pois essa eacute uacutenica ferramenta capaz

de produzir no cidadatildeo uma autonomia para o cuidado com a sua sauacutede e da

comunidade conforme afirmam Valente et al (2012) Giratildeo et al (2014) que as

atuais estrateacutegias de controle vetorial e responsabilizaccedilatildeo dos cidadatildeos natildeo tem

mais efeito efetivo no combate ao mosquito Aedes Aegypti

9

Este estudo tem o objetivo de despertar na populaccedilatildeo de Divinoacutepolis

especialmente na comunidade adscrita da Unidade de Sauacutede Santos Dumont para

uma visatildeo criacutetica sobre os novos processos de sauacutede e doenccedila e ainda

conscientizar as pessoas para que possam ter condiccedilotildees de promover a sauacutede e

prevenir situaccedilotildees que podem trazer prejuiacutezos a ela

11 Contexto Geral

111 Identificaccedilatildeo do Municiacutepio

Segundo o IBGE (BRASIL 2008) o municiacutepio de Divinoacutepolis estaacute localizado

no Centro Oeste Mineiro banhado pelas bacias do rio Itapecerica e rio Paraacute Faz

limites com os seguintes municiacutepios Nova Serrana (Norte) Perdigatildeo (Noroeste)

Santo Antocircnio do Monte (Oeste) Satildeo Sebastiatildeo do Oeste (Sudoeste) Claacuteudio (Sul)

Carmo do Cajuru (Leste) e Satildeo Gonccedilalo do Paraacute (Leste) -2013889 (latitude Sul) -

4488389 (longitude Oeste) Pertence agrave macro regiatildeo do Alto Satildeo Francisco

situando-se em sua margem direita O acesso pelo interior de Satildeo Paulo eacute pela MG-

050 pela capital mineira satildeo 117 km e o acesso eacute pela face norte da MG-050 o

acesso pela face leste eacute pela BR-494

112 Histoacuterico de Criaccedilatildeo do Municiacutepio

Segundo IBGE (BRASIL 2008) a povoaccedilatildeo se deu a cerca de dois seacuteculos

atraacutes com o deslocamento de colonos em fuga da perseguiccedilatildeo poliacutetica da eacutepoca

escolheram o sertatildeo da Itapecerica liderados na eacutepoca pelo colonizador Manoel

Fernandes de Miranda cujo apelido era Candideacutes devido aos iacutendios que habitavam

a regiatildeo naquela ocasiatildeo Em 1710 foram anistiados pela coroa e deu iniacutecio a

povoaccedilatildeo do local fora construiacuteda uma capela consagrada ao Divino Espiacuterito Santo

e Satildeo Francisco de Paula com a chegada da linha feacuterrea o municiacutepio ganhou muito

em desenvolvimento Assim o distrito foi criado com o nome de Henrique Galvatildeo

subordinado a Vila de Itapecerica pela Lei Provincial nordm 138 03-04-1839 e Lei

Estadual nordm 2 de 14-09-1891 e elevado agrave categoria de Vila com a denominaccedilatildeo de

Henrique Galvatildeo pela Lei Estadual nordm 556 de 30-08-1911 Desmembrando-se de

Itapecerica pela Lei Estadual nordm 590 de 03-09-1912 a Vila de Henrique Galvatildeo

10

passou a denominar-se Divinoacutepolis elevada agrave condiccedilatildeo de cidade pela Lei Estadual

nordm 663 de 18-09-1915

113 Aspectos Geograacuteficos Socioeconocircmicos e Demograacuteficos

O municiacutepio estaacute localizado no centro-oeste mineiro a economia da cidade eacute

baseada na induacutestria tecircxtil e na siderurgia tendo um comeacutercio de artigos de

vestuaacuterio muito atuante no mercado Segundo IBGE (BRASIL 2010) a cidade tem

8012 empresas atuantes com uma populaccedilatildeo de empregados assalariados de 54

909 com renda mensal de 22 salaacuterios miacutenimos

114 Sauacutede em Divinoacutepolis

Segundo Machado et al (2013) Divinoacutepolis se destaca no centro oeste

mineiro como importante polo para a sauacutede na meacutedia e alta complexidade eacute sede

da Macrorregiatildeo Oeste de Sauacutede que abrange 6 microrregiotildees somando no total 55

municiacutepios sendo sede da Gerencia Regional de Sauacutede destacando-se no cenaacuterio

como uma das 10 cidades mais importes de Minas Gerais Contudo conforme o

Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2010) na Atenccedilatildeo Primaacuteria a cidade natildeo apresenta

um bom desempenho com apenas 203 de cobertura de PSF

No ano de 2014 a Secretaria Municipal de Sauacutede (SEMUSA) credenciou o

municiacutepio no Programa de Valorizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Baacutesica (PROVAB) criado pela

Portaria Interministerial Ministeacuterio da SauacutedeMinisteacuterio da Educaccedilatildeo nordm 2087 de 01

de setembro de 2011 com o objetivo de estimular e valorizar o profissional de sauacutede

para atuar nos municiacutepios onde eacute de difiacutecil acesso e regiotildees metropolitanas com

escassez de profissionais O trabalho eacute desenvolvido em conjunto com a equipe

multiprofissional na Atenccedilatildeo Baacutesica local sendo uma grande oportunidade para

meacutedicos enfermeiros dentistas receacutem-formados atuarem na equipe de sauacutede da

famiacutelia

Assim em 2014 foram contratados cinco enfermeiros pelo Ministeacuterio da Sauacutede

para atuar no Programa Sauacutede na Escola por um ano sem prejuiacutezo das atividades

de rotina na Unidade Baacutesica de Sauacutede (UBS) O enfermeiro trabalha prioritariamente

com atividades educativas nas escolas existentes na aacuterea de abrangecircncia da UBS

realizando atividades de avaliaccedilatildeo da sauacutede dos escolares como peso e medida

11

acuidade visual afericcedilatildeo de pressatildeo arterial atualizaccedilatildeo do calendaacuterio vacinal

alimentaccedilatildeo promoccedilatildeo de sauacutede rastreamento para doenccedilas como hanseniacutease

glaucoma tracoma helmintiacuteases e encaminhamentos para consultas

especializadas tornando-se um importante elo entre a sauacutede e a educaccedilatildeo

Mapa 1 - Cidade de Divinoacutepolis ndash MG Regiatildeo Sudeste

Fonte Prefeitura de Divinoacutepolis httpwwwdivinopolismggovbrportalpaginasgeograficosimagensmapadacidadepdf

A administraccedilatildeo municipal estaacute haacute oito anos com o PSDB tendo a frente do

municiacutepio o senhor Vladmir Faria de Azevedo sendo seu Secretaacuterio de Sauacutede o

Senhor David Maia dOliveira como coordenadora da Atenccedilatildeo Baacutesica de Sauacutede a

Enfermeira Inecircs Alcione e Coordenadoras da Sauacutede Bucal Ronara Machado e Liacutevia

Melo Nere Segundo o IBGE (BRASIL 2010) o municiacutepio tem uma populaccedilatildeo

estimada em 226345 habitantes

115 Sistema Local de Sauacutede

Criado no ano 1991 segundo o Estatuto dos Conselhos Distritais de Sauacutede

(DIVINOacutePOLIS 1998) o Conselho Municipal de Sauacutede foi instituiacutedo pela Lei

Municipal 00491 composto por usuaacuterios trabalhadores de sauacutede prestadores de

serviccedilo e gestores Nesse periacuteodo ocorreram as primeiras Conferecircncias Municipais

de Sauacutede e a criaccedilatildeo dos seis Conselhos Distritais que atuam ateacute hoje a formaccedilatildeo

dos Conselhos Locais de Sauacutede agregados agraves equipes de Sauacutede da Famiacutelia

12

Quanto agrave Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia segundo o Ministeacuterio da Sauacutede

(BRASIL 2010) Divinoacutepolis possuiacutea em fevereiro de 2010 apenas 203 de

cobertura de Atenccedilatildeo Baacutesica Em dezembro de 2014 segundo Ministeacuterio da Sauacutede

(BRASIL 2014) a cobertura estimada natildeo passava dos 4602 da populaccedilatildeo

classificando-se como o menor iacutendice do Estado quando comparado a outros

municiacutepios de mesmo porte conforme graacutefico abaixo

Graacutefico 1 Cobertura pela Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia - Divinoacutepolis ndash MG - 2010

213277

221764

262278241720

292529227438

00

150

300

450

600

750

900

Sa

nta

Lu

zia

Ub

era

ba

Ipa

tin

ga

Go

ve

rna

do

r

Va

lad

are

s

Se

te

La

go

as

Div

inoacute

po

lis

populaccedilatildeo em milhares

Fonte Secretaria de Estado da Sauacutede de Minas Gerais - Programa Sauacutede em Casa

httpwwwsaudemggovbrpoliticas_de_saudeprograma-saude-em-casa

Com relaccedilatildeo aos estabelecimentos de sauacutede segundo dados do IBGE (BRASIL

2009) a cidade conta com trecircs hospitais particulares Santa Mocircnica Santa Luacutecia e

Satildeo Judas Tadeu e um filantroacutepico Satildeo Joatildeo de Deus totalizando 555 leitos sendo

que destes 352 satildeo leitos contratados pelo SUS Segundo ainda o IBGE (BRASIL

2009) o municiacutepio conta com 38 estabelecimentos de sauacutede municipais de acordo o

Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sauacutede - CNES satildeo 15 Centros de

Sauacutede e 20 Equipes de Sauacutede da Famiacutelia O serviccedilo de atendimento ambulatorial

conta com 68 estabelecimentos sendo que 41 tecircm convecircnio com o Sistema Uacutenico de

Sauacutede (SUS)

116 Nuacutemero de Oacutebitos por Causa ndash Divinoacutepolis 2012

13

De acordo com dados do IBGE (BRASIL 2012) em 2012 foram registrados

581 oacutebitos sendo 302 homens e 279 mulheres as doenccedilas neoplaacutesicas foram

responsaacuteveis por 173 oacutebitos2977 do aparelho circulatoacuterio foram responsaacuteveis

por 121 oacutebitos208 das mortes seguidas pelas doenccedilas respiratoacuterias 821411

oacutebitos por doenccedila do aparelho digestivo 467 9 doenccedilas infecciosas e

parasitaacuterias 41 oacutebitos70 oacutebitos por doenccedilas do aparelho geniturinaacuterio 3255

mortes por causas externas 27464 oacutebitos por doenccedilas relacionadas ao sangue

oacutergatildeos hematoloacutegicos transtornos imunitaacuterios 406 oacutebitos por doenccedilas de pele e

do tecido subcutacircneo total de 5086 outras mortes somam 86 Estes dados

estatildeo representados no graacutefico abaixo

Graacutefico 2 - Nuacutemero de Oacutebitos por Causa Divinoacutepolis ndash 2012

Obitos em DIvinoacutepolis em 2012

Homens

Mulheres

Neoplasias

Ap circulatoacuterio

Doeccedilas respiratoacuterias

Aparelho digestivo

Doenccedilas infecciosas

Aparelho Geniturinaacuterio

Causas externas

Doenccedilas hematoloacutegicas Fonte IBGE cidades ibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=114ampsearch=minas-

gerais|divinopolis|morbidades-hospitalares-2012

117 Sistema Local de Educaccedilatildeo

O municiacutepio segundo IBGE (BRASIL 2012) tem 1589 docentes atuando na

rede de educaccedilatildeo baacutesica no ensino meacutedio conta com 562 docentes no ensino

fundamental 739 docentes e a educaccedilatildeo infantil com 288 docentes O ensino

fundamental conta com uma rede de 88 escolas sendo 26 privadas 30 da rede

puacuteblica estadual e 32 da rede municipal O ensino meacutedio tem um total de 29 escolas

sendo oito privadas 20 da rede estadual e uma da rede federal Ainda segundo o

14

IBGE (BRASIL 2012) satildeo 27484 alunos matriculados no ensino fundamental 8211

no ensino meacutedio 4808 na preacute-escola Segundo o IBGE (BRASIL 2010) o iacutendice de

desenvolvimento humano ndash IDH ficou em 0764 acima da meacutedia nacional que eacute de

0730

12 Diagnoacutestico Situacional

121 Unidade Baacutesica de Sauacutede ndash Bairro Santos Dumont

A unidade baacutesica de sauacutede em que atuo estaacute localizada a Rua Liacuterios do Vale

141 Bairro Santos Dumont telefone (37) 32153674 local de faacutecil acesso com rua

pavimentada Funciona de 07h00min as 11h00min horas e de 13h00min as

17h00min horas de segunda a sexta-feira segundo o Cadastro Nacional de

Estabelecimentos de Sauacutede - CNES (BRASIL 2014)

Foto 1 - Unidade Baacutesica de Sauacutede Santos Dumont - Divinoacutepolis-MG 2014

Fonte httpswwwgooglecombrmapsplaceRua+JosC3A9+VenC3A2ncio+218+-+Aeroporto-20175673 448774553a75y16155h90tdata=3m41e13m21siLj6mpeG5CZyGTTQQ_cwTA2e04m23m11s0xa0a4e2a9c17ea50x429732233cce4192

A aacuterea de abrangecircncia da UBS Santos Dumont compreende a regiatildeo

sudoeste da cidade de Divinoacutepolis composta pelos bairros Santos Dumont Maria

Peccedilanha Quinta das Palmeiras Costa Azul e Terra Azul

15

Mapa 2 - Aacuterea de Abrangecircncia da UBS Santos Dumont ndash Divinoacutepolis-MG 2014

Fonte Prefeitura Municipal de Divinoacutepolis fileCUsersnoteDesktopmapadacidade20(1)20(1)pdf

122 Recursos Humanos

Segundo o Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sauacutede (2014) a

equipe eacute composta por um enfermeiro da estrateacutegia de sauacutede da famiacutelia com 40

horas semanais um cirurgiatildeo dentista com carga horaacuteria de 40 horas semanais um

meacutedico cliacutenico com 40 horas semanais um agente de serviccedilos gerais de 40 horas

semanais 4 agentes comunitaacuterios de sauacutede com 40 horas semanais e um auxiliar de

sauacutede bucal de 40 horas semanais Conforme quadro abaixo

Quadro 1 - Equipe de Sauacutede do UBS Santos Dumont 2014

Fonte Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sauacutede

Segundo o Sistema Integrado de Sauacutede - SIS a Unidade Santos Dumont tem

uma populaccedilatildeo cadastrada de 2208 habitantes com um nuacutemero estimado de 673

16

famiacutelias Quanto ao niacutevel de escolaridade da populaccedilatildeo adscrita assim estaacute

distribuiacuteda doutorado 2 mestrado 1 poacutes-graduaccedilatildeo 1 superior completo 22

superior incompleto 9 fundamental incompleto 123 ensino meacutedio completo 287

fundamental incompleto 1105 meacutedio incompleto 424 analfabetos 226 e natildeo

informado 08 sendo assim a taxa de analfabetismo eacute 1023 acima da meacutedia

nacional conforme o censo do IBGE (BRASIL 2010) que foi de 96 conforme

quadro abaixo

Quadro 2 - Niacutevel de escolaridade da populaccedilatildeo de referecircncia da UBS Santos

Dumont 2014

NIacuteVEL DE ESCOLARIDADE

Doutorado Mestrado Poacutes- graduaccedilatildeo

Superior Superior Incompleto

Fundamental Completo

Ensino meacutedio

Ensino meacutedio incompleto

Fundamental incompleto

Analfabeto Outros

M1 0 0 0 2

20 33 52 240 39 3

M2 1 1 1 15 5 62 102 90 228 47 3

M3 0 0 0 4 2 11 38 252 164 54 1

M4 1

1 2 30 114 30 473 86 1

Sub total 2 1 1 22 9 123 287 424 1105 226 8

POPULACcedilAtildeO TOTAL 2208

Fonte Sistema Integrado de Sauacutede 2014

123 Doenccedilas Crocircnicas

Com relaccedilatildeo agraves doenccedilas crocircnicas segundo o Sistema Integrado de Sauacutede haacute na

comunidade 199 clientes com hipertensatildeo arterial com diabetes 68 clientes com

alguma deficiecircncia 6 com doenccedila de chagas 1 alcoolismo 1 epilepsia 3 e com 8

gestantes

Quadro 3 - Total de Hipertensos e Diabeacuteticos da UBS por Microaacuterea Divinoacutepolis ndash MG 2014

HIPERTENSOS E DIABEacuteTICOS POR MICROAacuteREA

ACS Gracielle Suzana Rosana Rosilene TOTAL

MICROAacuteREA M1 M2 M3 M4

Hipertensatildeo 22 58 16 103 199

Diabeacuteticos 5 21 3 39 68 Fonte Sistema Integrado de Sauacutede de Divinoacutepolis SIS 2014

17

124 Doenccedilas Endecircmicas ndash A Dengue

A Dengue eacute uma doenccedila de origem africana que foi introduzida no paiacutes

segundo Valente et al (2012) por volta do seacuteculo XIX encontrando no Brasil um

clima e condiccedilotildees muito favoraacuteveis a sua multiplicaccedilatildeo mesmo sendo uma doenccedila

antiga o mosquito transmissor da dengue se mostra cada vez mais de difiacutecil controle

Todo ano atinge milhotildees de pessoas em todo mundo e no Brasil As seguidas

epidemias levaram o tema a ser discutido em vaacuterios setores como escolas veiacuteculos

de comunicaccedilatildeo nos setores de sauacutede e tambeacutem pela sociedade civil Segundo o

Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2014) de acordo com os dados contidos no Boletim

Epidemioloacutegico da 53ordf Semana Epidemioloacutegica foram registrados no paiacutes 591080

casos da doenccedila sendo que a regiatildeo Sudeste teve o maior nuacutemero de casos

312318 casos 528 Minas Gerais aparece com 1896 deste total A cidade de

Divinoacutepolis apresentou segundo a Secretaria Municipal de Sauacutede 4680 casos

notificados e segundo a Secretaria de Estado da Sauacutede foram notificados 06 oacutebitos

confirmados conforme quadro abaixo sendo que assim a cidade vem enfrentando

seguidas epidemias de Dengue tornando-se um dos problemas que mais preocupa

a comunidade

Quadro 4 - Casos de Oacutebitos por Dengue Grave em Minas Gerais - 2014

Municiacutepios Oacutebitos

confirmados

Araxaacute Arauacutejos

1 1

Campo Belo Candeias

1 1

Curvelo Divinoacutepolis

1 6

Dores do Indaiaacute 1 Formiga Fronteira Frutal

1 1 1

Itabira Itauacutena

1 2

Ituiutaba Juiz de Fora

1 4

Natalacircndia Nova Serrana

1 1

Passos 8

18

Paracatu 3 Prata Sabaraacute

1 1

Santa Barbara Santa Luzia Santos Dumont

1 1 1

Santa Margarida Uberlacircndia

1 3

Trecircs Coraccedilotildees 1

Total 47

Fonte SINAN ONLINE e DVASVEASTSubVPSSES MG

O grande nuacutemero de terrenos baldios e lotes vagos satildeo apontados pelos

moradores como principal causa do aumento dos focos do mosquito Aedes Aegypti

A foto abaixo mostra o aglomerado ainda pouco habitado onde existem muitas

aacutereas onde haacute somente vegetaccedilatildeo nativa o que favorece o descarte inadequado de

lixo e entulhos recipientes que acumulam aacutegua se tornando grande criadouro do

mosquito transmissor da dengue

Foto 2 - Aacuterea de abrangecircncia da Unidade Baacutesica de Sauacutede Santos Dumont 2014

Fonte httpswwwgooglecombrmaps-201840183-448801014180mdata=3m11e3

19

A regiatildeo ocupada pela populaccedilatildeo da aacuterea de abrangecircncia da UBS Santos

Dumont eacute uma regiatildeo de cerrado Segundo o IBGE (BRASIL 2010) o Iacutendice de

Desenvolvimento Humano - IDH eacute 0764 acima da meacutedia nacional que de 0730 A

cidade apresentou crescimento populacional no periacuteodo de 1991 a 2010

correspondentes a 2889 poreacutem os investimentos em infraestrutura como

pavimentaccedilatildeo e saneamento baacutesico natildeo acompanharam a taxa de crescimento da

cidade algo comum em grandes cidades e cidades de meacutedio porte no paiacutes Na aacuterea

do bairro ainda haacute presenccedila de mata nativa com ocupaccedilatildeo natildeo planejada a

populaccedilatildeo convive com riscos eminentes para a sua sauacutede

Segundo Valente et al (2012) diante do aumento dos casos de dengue

estrateacutegias tradicionais parecem natildeo terem mais o mesmo efeito de outrora Eacute

necessaacuterio o envolvimento de todos os setores sociais para buscar o controle da

situaccedilatildeo com accedilotildees de educaccedilatildeo e sauacutede que podem ser mais efetivas do que

apenas medidas unilaterais baseada em estatiacutesticas ministeriais

Apoacutes os vaacuterios casos atendidos na UBS o que se percebe eacute que ningueacutem

assume que o foco do mosquito possa estar na sua casa conforme afirmam Valente

et al (2012) que a culpa eacute sempre dos vizinhos que natildeo fazem a sua parte o que

torna relevante afirmar ser a negaccedilatildeo da ldquoquestatildeo da culpabilizaccedilatildeo individual e a

culpabilizaccedilatildeo do outrordquo (VALENTE 2012 p2990) Outro dado que chama a

atenccedilatildeo segundo a Secretaria Municipal de Sauacutede (DIVINOacutePOLIS 2014) eacute que os

levantamentos indicam que 9415 dos focos de dengue estatildeo dentro das

residecircncias O relato que os criadouros estatildeo sempre na casa do vizinho esse eacute

com certeza o maior ldquonoacute criacuteticordquo que precisa ser desconstruiacutedo o cidadatildeo se

preocupa com o vizinho e se esquece do seu domiciacutelio

Segundo balanccedilo divulgado pela Secretaria Municipal de Sauacutede

(DIVINOacutePOLIS 2014) os 4139 casos confirmados mais os exames que ainda

aguardam os resultados sinalizam para cidade que tem muito trabalho para

enfrentar esse grave problema de sauacutede puacuteblica Os bairros Nossa Senhora das

Graccedilas Centro Satildeo Joseacute Interlagos Niteroacutei Porto Velho Planalto Santos Dumont

Belvedere e Bom Pastor foram responsaacuteveis por 3027 dos casos notificados na

cidade Em meacutedia a UBS Santos Dumont em relaccedilatildeo agrave populaccedilatildeo adscrita

apresentou um percentual de 215 da populaccedilatildeo total com casos notificados como

se pode observar no quadro abaixo

20

Quadro 5 - Nuacutemero de casos de Dengue em Divinoacutepolis ndash 2014

NOSSA SENHORA DAS GRACcedilAS Fonte Prefeitura Municipal de Divinoacutepolishttpwwwdivinopolismggovbrportalnoticiaphpid=109802014

Segundo Valente et al (2012) a praacutetica de jogar lixo nas ruas como algo do

cotidiano mesmo sabendo que essa accedilatildeo remete aos proacuteprios moradores e a falta

de coleta seletiva regular levam ao acuacutemulo de recipientes de plaacutesticos que durante

o periacuteodo chuvoso tornam-se criadouros do mosquito Esse tambeacutem eacute um

importante tema que necessita ser trabalhado desde a preacute-escola em vaacuterias

oportunidades como reuniatildeo de bairros em eventos esportivos e festivos pois

somente com educaccedilatildeo da populaccedilatildeo se pode mudar essa realidade

BAIRROS COM MAIORES NUacuteMEROS DE CASOS DE DENGUE EM DIVINOacutePOLIS

Bairros NSG CENTRO Satildeo JOSEacute INTERLAGOS NITEROacuteI

PORTO VELHO PLANALTO

SANTOS DUMONT BELVEDERE

BOM PASTOR

307 350 192 123 124 1O8 104 101 98 96

TOTAL 1417

21

2 JUSTIFICATIVA

A enfermagem eacute uma arte cuidar prevenir e proteger a sauacutede o enfermeiro

que atua na equipe de sauacutede da famiacutelia tem importante papel na educaccedilatildeo e na

proteccedilatildeo de sua populaccedilatildeo adscrita por estar perto e conhecer a realidade de sua

comunidade Backes et al (2012)

O conhecimento dos problemas de uma populaccedilatildeo permite a equipe de

Sauacutede da Estrateacutegia da Famiacutelia o planejamento de accedilotildees efetivas e eficazes nas

principais causas de adoecimento de uma comunidade aleacutem de organizar de

maneira ordenada o atendimento da demanda e rotina dos serviccedilos ofertados na

Unidade Baacutesica de Sauacutede Backes et al (2012)

O tema dengue tem relevacircncia por ser a mais importante arbovirose que

atinge o ser humano na atualidade trazendo um enorme prejuiacutezo socioeconocircmico

para toda sociedade

Segundo Figueiredo et al (1992) a dengue eacute uma doenccedila com alta

morbidade e pode evoluir para um quadro grave de hemorragia podendo levar ao

oacutebito Ainda conforme Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2009) em oito paiacuteses do

continente americano e asiaacutetico incluindo o Brasil em 2009 foram gastos U$ 18

bilhotildees somente com despesas ambulatoriais e hospitalares sem contar os recursos

despendidos para vigilacircncia epidemioloacutegica

Em Divinoacutepolis em 2014 foram notificados 4680 notificaccedilotildees e 4139 casos

confirmados e os demais aguardando confirmaccedilatildeo segundo a Secretaria Municipal

de Sauacutede

Ainda outro ponto muito importante eacute que as pessoas acreditam que o

problema eacute sempre do outro conforme salientam Valente et al (2012) que a culpa

dos casos de dengue eacute do vizinho sendo assim ele natildeo se preocupa com a sua

residecircncia Neste mesmo sentido Giratildeo et al (2012) afirmam que devido agrave

adaptaccedilatildeo do vetor as aacutereas domiciliares e peridomiciliares o controle da doenccedila

sem a participaccedilatildeo da populaccedilatildeo estaacute fadado ao fracasso As accedilotildees educaccedilatildeo em

sauacutede satildeo uma ferramenta essencial nessa estrateacutegia proporcionando ao cidadatildeo

uma autonomia para cuidar da sua sauacutede e da prevenccedilatildeo e eliminaccedilatildeo do vetor

Portanto uma proposta de intervenccedilatildeo que enfatize esta participaccedilatildeo da

comunidade conhecendo suas potencialidades e suas necessidades justifica a

realizaccedilatildeo deste trabalho

22

3 OBJETIVOS

31 Objetivo Geral

Elaborar um plano de accedilatildeo com ecircnfase em educaccedilatildeo e sauacutede com vistas agrave

reduccedilatildeo do nuacutemero de casos de dengue no municiacutepio de Divinoacutepolis e

especificamente na aacuterea de abrangecircncia da Unidade de Sauacutede Santos

Dumont

32 Objetivos Especiacuteficos

Organizar um grupo comunitaacuterio de controle e combate ao mosquito

Aedes Aegypti

Despertar na comunidade adscrita da Unidade de Sauacutede Santos Dumont uma

visatildeo criacutetica sobre os novos processos de sauacutede e doenccedila com a priorizaccedilatildeo

de accedilotildees educativas

Descrever os passos de uma proposta de intervenccedilatildeo e acompanhamento de

resultados com ecircnfase em educaccedilatildeo e sauacutede com vista na reduccedilatildeo dos focos

do vetor transmissor da dengue

23

4 BASES CONCEITUAIS

41 Aspectos Gerais da Doenccedila

A dengue eacute atualmente a mais importante arbovirose que acomete o ser

humano no continente americano distribuiacuteda segundo Ferreira et al (2009) desde o

Uruguai ateacute a costa sul dos Estados Unidos abrangendo principalmente Venezuela

Cuba Brasil e Paraguai contaminando cerca de mais de 3 bilhotildees de pessoas em

todo mundo

Segundo Penna (2003) embora o vetor Aedes Aegypti natildeo seja natural das

Ameacutericas encontrou aqui um ambiente favoraacutevel agrave sua multiplicaccedilatildeo Introduzido no

Brasil possivelmente pela Aacutefrica em meados do seacuteculo XIX invadiu o paiacutes e se

expandiu para todo o territoacuterio nacional

Segundo Penna (2003) o vetor chegou a ser erradicado de 1967 a 1973 pelo

meacutetodo de aplicaccedilatildeo de inseticida de accedilatildeo residual que prevalecia por ateacute seis

meses a aplicaccedilatildeo se deu em depoacutesitos que continham ou natildeo aacutegua parada e

tambeacutem ateacute um metro dos potenciais focos do mosquito Atualmente com os

grandes aglomerados urbanos e com a infestaccedilatildeo em todo continente americano a

erradicaccedilatildeo do mosquito natildeo eacute mais viaacutevel por isso o Ministeacuterio da Sauacutede em

parceria com Organizaccedilatildeo Pan-americana da Sauacutede (OPAS) aderiu o ldquoPlano de

Intensificaccedilatildeo das Accedilotildees de Controle da Denguerdquo (PIACD) que trabalha com a

universalidade regional sincronicidade e continuidade das accedilotildees e natildeo na

erradicaccedilatildeo (FERREIRA et al 2009 p 963)

Valente et al (2012) Giratildeo et al (2014) salientam que eacute de fundamental

importacircncia entender que as atuais estrateacutegias de controle vetorial onde haacute

responsabilizaccedilatildeo dos cidadatildeos e eliminaccedilatildeo focal parecem natildeo ter mais efeito

efetivo no combate ao mosquito Aedes Aegypti Diante das seguidas epidemias haacute

necessidade de uma abordagem mais ampla do problema com a participaccedilatildeo efetiva

de toda populaccedilatildeo e de todos os setores da sociedade ldquoenfocando a determinaccedilatildeo

social do processo sauacutede-doenccedila e a transdisciplinalidade das accedilotildeesrdquo (VALENTE et

al 2012 p 2988)

No Brasil segundo Ferreira et al (2009) as condiccedilotildees socioambientais a

falta de saneamento a ausecircncia da coleta seletiva de lixo a maacute distribuiccedilatildeo de

24

renda e a baixa escolaridade criaram um ambiente muito favoraacutevel agrave multiplicaccedilatildeo

do vetor Aedes Aegypti

42 Etiologia

Segundo Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2002) a Dengue eacute uma doenccedila febril

que em sua forma claacutessica apresenta como sinais cliacutenicos dores musculares e nas

articulaccedilotildees cefaleia e dor retro-orbitaacuteria vocircmitos e diarreia Para Almeida et al

(2008) a dengue eacute uma doenccedila de curso que varia de forma benigna a grave pode

apresentar a forma claacutessica a forma hemorraacutegica e o choque sendo que esta uacuteltima

pode levar ao oacutebito

No Brasil segundo a Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz (BRASIL 2008) satildeo

encontrados dois vetores da doenccedila o Aedes aegypti e Aedes albopictus A

transmissatildeo ocorre quando uma fecircmea do inseto pica uma pessoa portadora do

viacuterus e esta passa por periacuteodo de incubaccedilatildeo e logo apoacutes 10 a 14 dias a fecircmea estaacute

apta a transmitir o viacuterus por toda vida em meacutedia vive em torno de 35 a 40 dias

43 Aspectos Epidemioloacutegicos

Segundo Gonccedilalves Neto et al (2006) a dengue eacute considerada como a mais

importante arbovirose transmitida por insetos das uacuteltimas deacutecadas atinge a cada

ano um maior contingente de pessoas com o vetor aparecendo em mais de 100

paiacuteses de clima tropical e subtropical

Em face dessa realidade Ferreira Veras e Silva (2009) salientam que as

sucessivas epidemias de dengue no mundo especialmente no Brasil tecircm

mobilizado e preocupado autoridades e a populaccedilatildeo em geral No estado de Satildeo

Paulo houve um grande aumento dos quadros de dengue hemorraacutegica Cerca de

80 dos municiacutepios paulistas estatildeo totalmente infestados pelo mosquito aedes

aegypti Os motivos pelo quais a sua populaccedilatildeo aumenta significativamente

pontuam os autores satildeo a dificuldade em utilizaccedilatildeo de inseticidas a contrataccedilatildeo de

matildeo de obra qualificada a precaacuteria coleta de lixo especialmente nas grandes

cidades e nas suas regiotildees perifeacutericas aleacutem de fatores como o clima criando o

ambiente cada vez mais favoraacutevel agrave reproduccedilatildeo do mosquito

25

Segundo Mayo et al (2011) em estudo semelhante salienta que a

populaccedilatildeo brasileira vem sofrendo com seguidas epidemias de dengue haacute mais de

duas deacutecadas os autores seguem chamando a atenccedilatildeo para o progressivo aumento

de nuacutemero de casos com complicaccedilotildees seguindo a mesma loacutegica um nuacutemero

maior de municiacutepios vem sofrendo com o aparecimento e o aumento de casos de

dengue hemorraacutegica e o aumento dos oacutebitos por complicaccedilotildees da dengue

Havendo a predominacircncia de tais caracteriacutesticas a dengue tem levado ao alto

nuacutemero de oacutebitos Segundo Figueiroacute et al (2011) isso estaacute associado ainda agrave

imensa massa da populaccedilatildeo exposta Contudo salientam os autores que a doenccedila

tem se tornado um dos problemas de sauacutede reemergentes mais importantes da

histoacuteria Estima-se que 25 bilhotildees de pessoas estatildeo em risco de contrair a doenccedila

ainda que por ano satildeo 50 milhotildees de novos casos Destes cerca 550 mil necessitam

de hospitalizaccedilatildeo e pelo menos 20 mil evoluem para oacutebito Dados epidemioloacutegicos

do Ministeacuterio da Sauacutede tem apontado segundo Figueiro et al (2011) um crescente

aumento dos casos de Febre Hemorraacutegica por Dengue (FHD) e em uma deacutecada a

taxa de letalidade atingiu 68 destacando-se a regiatildeo nordeste com maior iacutendice

de casos entre 1981 a 2007

Contudo salientam Giratildeo et al (2014) que devido agrave adaptaccedilatildeo muito

acentuada do vetor nos peridomiciacutelios e domiciacutelios corroborando estudos da

Secretaria Municipal de Sauacutede de Divinoacutepolis (2014) apontaram que 9415 dos

focos de dengue estatildeo dentro das residecircncias sendo assim a participaccedilatildeo do

cidadatildeo no controle eacute de suma importacircncia no controle da doenccedila

Segundo dados do Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2014) em Minas Gerais a

taxa de incidecircncia da doenccedila foi de foi 2856 casos para cada 100000 habitantes

os 45 oacutebitos indicam um aumento de 3333 casos fatais em relaccedilatildeo a 2013 que

teve um nuacutemero de casos maior Quanto ao tipo de viacuterus circulante verificou-se a

incidecircncia de DENV1 (882) seguido de DENV4 (115) DENV3 (03) e DENV2

(00)

Para implantar as accedilotildees de vigilacircncia em sauacutede o Ministeacuterio da Sauacutede

(BRASIL 2014) por meio da Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede repassou para os

estados e municiacutepios 30 do valor a ser gasto em todo ano de 2014 cerca de R$

3634 milhotildees No mecircs de dezembro de 2013 a fim de intensificar as accedilotildees de

combate agrave dengue no periacuteodo de maior incidecircncia foram fornecidos 100 mil kg de

larvicidas 227 mil litros de adulticida e 104 mil kits para diagnoacutestico

26

Segundo a Secretaria Municipal de Sauacutede (DIVINOacutePOLIS 2014) haacute em

atividade 94 agentes de sauacutede puacuteblicos efetivos e 14 contratados sendo a cidade eacute

dividida em setores De acordo com levantamento raacutepido do iacutendice de infestaccedilatildeo do

aedes aegypti realizado em marccedilo de 2014 obteve-se um percentual de infestaccedilatildeo

do mosquito de 37 nos domiciacutelios visitados em Divinoacutepolis que representam risco

meacutedio para epidemia Em outubro de 2014 o novo levantamento raacutepido do iacutendice de

infestaccedilatildeo apresentou um iacutendice de 09 preocupante visto que o valor muito estaacute

muito proacuteximo do tolerado pela Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede que eacute de 1 Aleacutem

disso as condiccedilotildees climaacuteticas nesse periacuteodo natildeo favorecem a proliferaccedilatildeo do

mosquito por isso pode-se considerar esse valor alto

Em face dos dados apresentados conforme afirmam Ferreira Veras e Silva

(2009) para o controle da dengue a participaccedilatildeo popular eacute indiscutivelmente

essencial visto que o vetor habita os domiciacutelios sendo assim todos tem condiccedilotildees

de colaborar fiscalizando suas moradias O PNCD destaca as accedilotildees educativas

como forma de preparar a comunidade para adoccedilatildeo de comportamentos que

protejam a sauacutede coletiva Ainda segundo os autores durante as epidemias haacute todo

um clamor da miacutedia e do poder puacuteblico no sentido de mobilizar a comunidade para o

controle da doenccedila poreacutem nos periacuteodos de menor incidecircncia esse apelo perde a

intensidade o tema acaba no esquecimento sendo apresentado somente no

proacuteximo periacuteodo de infestaccedilatildeo e transmissatildeo da doenccedila

Ferreira Veras e Silva (2009) em anaacutelise do iacutendice de participaccedilatildeo da

populaccedilatildeo de 16 municiacutepios paulistas detectaram que em mais da metade destes

municiacutepios a participaccedilatildeo era muito baixa em consequecircncia o nuacutemero de pessoas

que contraiacuteram a doenccedila era maior onde haacute menos participaccedilatildeo popular

A educaccedilatildeo permanente segundo Ribeiro Sousa e Arauacutejo (2007) visa

acelerar o processo de adesatildeo da populaccedilatildeo agraves medidas preventivas abordando as

questotildees que envolvem condiccedilotildees de sauacutede moradia saneamento baacutesico indo

aleacutem de accedilotildees pontuais e campanhistas que perdem forccedila nos periacuteodos de baixa

notificaccedilatildeo de casos Eacute preciso buscar parceiros na sociedade civil como nos meios

de comunicaccedilatildeo para divulgaccedilatildeo do enfrentamento da doenccedila o ano inteiro

27

44 Medidas Educativas

Giratildeo et al (2014) destacam que somente com a educaccedilatildeo em sauacutede eacute que

se pode despertar na comunidade uma autonomia para que a populaccedilatildeo se sinta

como uma parte do processo que passa pela prevenccedilatildeo cujo controle depende da

eliminaccedilatildeo dos focos do mosquito dentro dos domiciacutelios

Neste sentido Alves (2005) afirma que a educaccedilatildeo em sauacutede eacute uma

ferramenta capaz de produzir intermediada pelos profissionais de sauacutede uma

compreensatildeo nova do processo sauacutede doenccedila oferecendo agrave populaccedilatildeo subsiacutedios

para adoccedilatildeo de novos haacutebitos de vida com ecircnfase na promoccedilatildeo e prevenccedilatildeo de

situaccedilotildees que podem trazer prejuiacutezos agrave sua sauacutede

Segundo Figueiroacute et al (2011) a doenccedila atinge a cada ano um maior

contingente de pessoas Nesse sentido priorizando a reduccedilatildeo dos casos de dengue

e dengue grave o Ministeacuterio da Sauacutede implantou no paiacutes o Plano Nacional de

Controle da Dengue ndash PNCD O programa eacute gerido de forma tripartite ou seja com

a participaccedilatildeo das trecircs esferas de governos uniatildeo estados e municiacutepios

ldquocompreendendo accedilotildees operacionais de vigilacircncia integrada entomoloacutegica e sobre o

meio ambiente de assistecircncia aos pacientes de educaccedilatildeo em sauacutede comunicaccedilatildeo

e mobilizaccedilatildeo socialrdquo (FIGUEIROacute et al 2011 p 2374) O PNCD compreende ainda

o controle e avaliaccedilatildeo dos agentes comunitaacuterios de sauacutede - ACS entretanto

segundo dados epidemioloacutegicos haacute uma grande dificuldade na realizaccedilatildeo das accedilotildees

e no alcance dos resultados esperados devido agrave baixa participaccedilatildeo da populaccedilatildeo

Para Ferreira Veras e Silva (2009) de acordo com a OPAS uma das maiores

dificuldades das autoridades de sauacutede em articulaccedilatildeo das accedilotildees eacute a parceria com a

comunidade o PNCD tem como um dos eixos a participaccedilatildeo comunitaacuteria para

reduccedilatildeo dos criadouros domiciliares Segundo Ferreira Veras e Silva (2009) a

participaccedilatildeo popular no combate eacute fundamental e defendida pelos organismos

nacionais e internacionais Pode estar inserida a capacitaccedilatildeo da populaccedilatildeo na

promoccedilatildeo e prevenccedilatildeo com o objetivo da melhoria da comunidade tanto na sauacutede

individual quanto coletiva favorecendo a construccedilatildeo de um modelo de sauacutede

compartilhada No controle das epidemias especialmente da dengue cujo vetor vive

na maioria das vezes nas casas das pessoas o PNDC visa o desenvolvimento de

accedilotildees educativas que tem como objetivo a mudanccedila de comportamento das

pessoas na manutenccedilatildeo de um ambiente de vida saudaacutevel Contudo a criteriosa

28

tarefa de evitar epidemias vai muito aleacutem do setor de sauacutede consistem em um

conjunto de accedilotildees poliacuteticas teacutecnicas e sociais que inclui prioritariamente a

participaccedilatildeo popular aliada agrave vigilacircncia epidemioloacutegica

Segundo Gonccedilalves Neto et al (2006) as condiccedilotildees sanitaacuterias prejudicadas

ausecircncia de coleta seletiva de lixo ausecircncia de saneamento baacutesico e um

crescimento desordenado em aacutereas tropicais propiciou raacutepida adaptaccedilatildeo do vetor

nas residecircncias levando o aedes aegpyti aproveitar se dos criadouros

providenciados pelo proacuteprio homem para aumentar sua populaccedilatildeo Contudo salienta

o autor praticamente impossiacutevel desenvolver um trabalho de controle do vetor sem a

participaccedilatildeo da comunidade

Tais afirmaccedilotildees explicam a situaccedilatildeo da populaccedilatildeo adscrita da UBS Santos

Dumont onde ocorreu uma grande expansatildeo de domiciacutelios sem um planejamento

adequado deixando um grande nuacutemero de terrenos baldios uma ocupaccedilatildeo sem a

infraestrutura necessaacuteria falta da coleta seletiva de lixo saneamento baacutesico e

pavimentaccedilatildeo Soma-se a isso a deficiecircncia do Estado em garantir uma coleta de

lixo eficiente deixando margem para a proliferaccedilatildeo da doenccedila

Segundo Almeida et al (2008) a adaptaccedilatildeo do mosquito aedes aegypti cuja

sobrevivecircncia depende de aacutegua parada ocorre principalmente nas aacutereas urbanas

em domiciacutelios e peridomiciacutelios Contudo o vetor eacute muito sensiacutevel agraves condiccedilotildees

ambientais poreacutem seus ovos resistem a longos periacuteodos de dissecaccedilatildeo o que

garante a perpetuaccedilatildeo da espeacutecie Com haacutebito diurno preferencialmente tem uma

especial atraccedilatildeo pelo sangue humano seu deslocamento eacute em meacutedia durante um

voo em condiccedilotildees normais de ambiente sem a interferecircncia de vento de cinquenta

metros portanto sua caracteriacutestica de habitar os domiciacutelios e peridomiciacutelios

permanecendo proacuteximo ao local de ldquopastordquo e postura dos ovos

Segundo Almeida et al (2008) com a ausecircncia de uma vacina eficaz capaz

de evitar a doenccedila a principal profilaxia tem sido o controle vetorial por meio de

identificaccedilatildeo dos focos e aplicaccedilatildeo de inseticidas de accedilatildeo residual para eliminaccedilatildeo

das larvas ou seja o combate focal

Contudo afirmam Almeida et al (2008) o conhecimento do dinamismo do

periacuteodo de maior transmissibilidade e latecircncia tem permitido a organizaccedilatildeo de accedilotildees

mais ou menos acentuadas dependendo do momento da epidemia e das condiccedilotildees

climaacuteticas A presenccedila do vetor em variadas partes das cidades jaacute foi identificada por

meio de estudos o que comprova que a doenccedila natildeo atinge somente uma classe

29

social Quanto agrave diminuiccedilatildeo dos casos dentro de um contexto epidemioloacutegico trecircs

fatores tecircm um papel muito importante as condiccedilotildees climaacuteticas desfavoraacuteveis agrave

viabilidade do vetor esgotamento de hospedeiros susceptiacuteveis e o controle quiacutemico

do vetor

45 Controle

Segundo Mayo et al (2011) existem duas formas de atuaccedilatildeo no controle da

doenccedila o bloqueio e o controle de criadouros Estas medidas tecircm por objetivo a

reduccedilatildeo dos criadouros na aacuterea de atuaccedilatildeo dos agentes de sauacutede o controle por

bloqueio e nebulizaccedilatildeo ocorre agrave aplicaccedilatildeo de inseticida com aplicadores Ultra Baixo

Volume - UBV A atuaccedilatildeo nesse tipo de trabalho em relaccedilatildeo ao feito pelo municiacutepio

diz respeito agrave qualidade do serviccedilo realizado bem como a agilidade na realizaccedilatildeo da

tarefa e o grande alcance da aacuterea coberta e o tipo de equipamento empregado

Para realizaccedilatildeo das tarefas o meacutetodo segue o preconizado pelo PNCD divide

as cidades em aacutereas setores e quarteirotildees Segundo Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL

2001) o bloqueio consiste em parar a transmissatildeo da dengue em municiacutepios com

epidemia instalada e tem como objetivo ainda a identificaccedilatildeo do sorotipo de viacuterus

circulante a aplicaccedilatildeo do UBV sem prejuiacutezo do controle larvaacuterio Quanto agrave

delimitaccedilatildeo de um foco isolado nos casos onde natildeo haacute infestaccedilatildeo deveratildeo ser

tratados todos os imoacuteveis no raio de 300 metros do entorno do local

Na fase de ataque segundo Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2001) deveraacute ser

tratado 100 dos imoacuteveis aleacutem de pontos estrateacutegicos terrenos baldios das zonas

infestadas e todos os potenciais focos devem ser eliminados Na fase de

consolidaccedilatildeo o objetivo eacute a erradicaccedilatildeo do mosquito satildeo desenvolvidas vaacuterias

accedilotildees semelhantes agrave fase de ataque com exceccedilatildeo do tratamento de focos Na fase

de manutenccedilatildeo satildeo visitadas todas as aacutereas positivas e negativas mesmo onde o

vetor foi erradicado as medidas satildeo o uso de armadilhas de oviposiccedilatildeo e inspeccedilotildees

de pontos estrateacutegicos

46 Atuaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Baacutesica no Controle da Dengue

As atividades de controle devem ter uma sinergia com todos os setores

envolvidos no tocante a vigilacircncia epidemioloacutegica haacute necessidade de manter a

30

vistoria em imoacuteveis terrenos depoacutesitos oficinas entre outros locais Teixeira et al

(2010) verificaram que os domiciacutelios com terrenos baldios no entorno apresentaram

maior concentraccedilatildeo da doenccedila

Lima e Vilasboas (2011) salientam que a sauacutede eacute um direito e a maneira que

o Estado tem de garantir esse direito eacute por meio de poliacuteticas puacuteblicas de proteccedilatildeo

prevenccedilatildeo e recuperaccedilatildeo de agravos a simples ausecircncia de doenccedila natildeo pode ser

considerada um conceito de sauacutede visto que as condiccedilotildees sociais de saneamento

baacutesico meio ambiente educaccedilatildeo moradia e renda satildeo fatores determinantes no

processo de adoecimento de um povo A sauacutede deve ser pensada no contexto

ampliado com integraccedilatildeo formando uma rede interssetorial na perspectiva de troca

de ajuda muacutetua na troca de experiecircncias com uma construccedilatildeo muacutetua de saberes

facilitando a resoluccedilatildeo dos problemas enfrentados

Para Lima e Vilasboas (2011) a interssetorialidade pode ser um facilitador

para construccedilatildeo de um sistema de sauacutede efetivo contudo aliado a poliacuteticas puacuteblicas

que possam contribuir para ganho na melhoria da qualidade de vida das pessoas A

interssetorialidade extrapola os limites do poder estatal e envolve a sociedade nas

decisotildees poliacuteticas evita a subordinaccedilatildeo de um setor a outro e diminui as resistecircncias

de alguns membros

Segundo Lefegravevre et al (2007) a populaccedilatildeo tem informaccedilotildees sobre a doenccedila

e do ciclo de vida do transmissor poreacutem esse conhecimento ainda natildeo eacute capaz de

produzir nas pessoas atitudes e comportamento para impedir ou reduzir os

criadouros do mosquito A probabilidade eacute que esse conhecimento vindo de origem

externa fragmentado ou pouco organizado configure um conflito entre o saber

sanitaacuterio e o senso comum Ainda segundo o autor o programa educativo tem sido

aplicado haacute muitos anos mas ateacute hoje ainda natildeo obteve o resultado esperado

contudo haacute necessidade de aprofundar neste contexto para identificar onde estatildeo as

falhas para que possa realmente ter uma populaccedilatildeo engajada no controle do vetor

Para a populaccedilatildeo segundo Lefegravevre et al (2007) haacute uma relaccedilatildeo entre sujo

que seria a doenccedila e limpo que seria a sauacutede levando a ideacuteia equivocada que o lixo

eacute o uacutenico meio de procriaccedilatildeo do mosquito Neste sentido haacute uma sinalizaccedilatildeo para

que o poder puacuteblico perceba a necessidade de informar educar e comunicar

Informar no que diz respeito aos constantes dados epidemioloacutegicos sobre a doenccedila

no Paiacutes no Estado e na sua Comunidade no sentido de incentivar a participaccedilatildeo

popular no controle da doenccedila Educar esclarecendo a forma de transmissibilidade

31

da doenccedila estabelecendo um diaacutelogo de faacutecil entendimento na loacutegica sanitaacuteria sem

confrontar o senso comum buscando construir um relacionamento entre o teacutecnico e

o cidadatildeo e agrave adoccedilatildeo de alternativas na reduccedilatildeo das viacutetimas da dengue

Neste sentido a ESF tem papel fundamental no desenvolvimento de accedilotildees de

prevenccedilatildeo e controle da dengue considerando a relaccedilatildeo de confianccedila que a

populaccedilatildeo manteacutem com a equipe de sauacutede da famiacutelia possibilitando o contato com

o ambiente domeacutestico por meio dos ACSs promovendo um ambiente seguro e livre

do Aedes aegypti (BRASIL 2002) A ESF pode ainda promover accedilotildees educativas

com a populaccedilatildeo mobilizando-a para adotar accedilotildees preventivas realizando tambeacutem a

notificaccedilatildeo imediata dos casos suspeitos possibilitando as medidas tratamento

adequado agraves situaccedilotildees de dengue claacutessica e dengue grave reduzindo os casos

letais e possibilitando o bloqueio dos focos pela vigilacircncia epidemioloacutegica

32

5 PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO

O diagnoacutestico situacional foi realizado com base nas informaccedilotildees contidas em

dados oficiais do IBGE do Sistema Integrado de Sauacutede e embasado no relato dos

problemas levantados pela Equipe de Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia da UBS

Santos Dumont

Foi utilizado o Planejamento Estrateacutegico Situacional ndash PES como referecircncia

para a proposta de intervenccedilatildeo Este meacutetodo possibilita que os atores atraveacutes de

sua proacutepria visatildeo identifiquem as causas possiacuteveis dos problemas como nascem e

se desenvolvem A partir deste ponto de vista podem propor soluccedilotildees para atacar

suas causas e a viabilidade destas soluccedilotildees (CAMPOS FARIA SANTOS 2010)

Assim a partir do diagnoacutestico situacional os 10 passos segundo os autores

mencionados e suas atividades satildeo descritas a seguir

51 Primeiro Passo Definiccedilatildeo dos Problemas

Hipertensatildeo Arterial

Diabetes

Drogas

Gravidez na Adolescecircncia

Dengue

Transtorno Depressivo

Doenccedilas Sexualmente Transmissiacuteveis AIDS

Falta de Saneamento Baacutesico

52 Segundo Passo Priorizaccedilatildeo dos Problemas

Dengue

Falta de Saneamento Baacutesico

53 Terceiro Passo Descriccedilatildeo do Problema Selecionado

Segundo o Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2002) o nosso paiacutes eacute

predominantemente de clima tropical e este eacute um ambiente favoraacutevel agrave proliferaccedilatildeo

do mosquito aedes aegypti principal transmissor da dengue em nosso continente A

33

doenccedila eacute a uma arbovirose transmitida por um artroacutepode que pode apresentar-se

de forma benigna claacutessica ou grave na forma de febre hemorraacutegica

Durante o ano de 2014 segundo o Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2014) mais

meio milhatildeo de casos da doenccedila (591080) 528 soacute na regiatildeo Sudeste em Minas

Gerais foram 59222 com 45 oacutebitos confirmados em Divinoacutepolis segundo a

Secretaria Municipal de Sauacutede (2014) ocorreram 4680 notificaccedilotildees de casos da

doenccedila e confirmados 4139 casos de dengue com 06 oacutebitos sendo que os bairros

Nossa Senhora das Graccedilas Centro Satildeo Joseacute Interlagos Niteroacutei Porto Velho

Planalto Santos Dumont Belvedere e Bom Pastor foram responsaacuteveis por 3027

dos casos de dengue da cidade

Ferreira et al (2009) Lima e Vilasboas (2011) chamam a atenccedilatildeo para a falta

de saneamento baacutesico como um fator agravante que pode elevar a multiplicaccedilatildeo do

vetor da doenccedila Para Gonccedilalves Neto et al (2006) as condiccedilotildees sanitaacuterias

prejudicadas o crescimento desordenado levaram agrave raacutepida adaptaccedilatildeo do vetor agraves

residecircncias causando a disseminaccedilatildeo do viacuterus Tais situaccedilotildees satildeo rotineiras na

populaccedilatildeo adscrita da UBS Santos Dumont

54 Quarto passo Explicaccedilatildeo do Problema

A explicaccedilatildeo para o problema selecionado foi qualificado do ponto de vista

social coletivo e individual

Niacutevel Social Refere-se agrave ausecircncia de poliacuteticas puacuteblicas para melhoria de qualidade

de vida da populaccedilatildeo que convive com a ausecircncia de saneamento baacutesico esgoto a

ceacuteu aberto falta de coleta seletiva e lixo acumulado nas ruas e terrenos baldios

Niacutevel Coletivo Falta de consciecircncia da gravidade da doenccedila que pode acometer a

qualquer pessoa e todas as faixas etaacuterias falta de colaboraccedilatildeo entre os vizinhos que

sempre potildeem a culpa das maacutes condiccedilotildees uns nos outros mas ningueacutem assume a

responsabilidade pelo seu quintal

Niacutevel Individual Falta de compromisso pois segundo dados da SEMUSA

(DIVINOacutePOLIS 2014) 9415 dos focos de Dengue estatildeo dentro das residecircncias

esses focos foram identificados em vasilhas de aacutegua para cachorro galinha calhas

mal projetadas e caixas drsquoaacutegua sem tampa

55 Quinto Passo Seleccedilatildeo dos ldquoNoacutes Criacuteticosrdquo

34

Foram selecionados os seguintes ldquonoacutes criacuteticosrdquo que podem ter relaccedilatildeo direta com o

alto nuacutemero de casos de dengue

Lixo nas ruas falta de conscientizaccedilatildeo da populaccedilatildeo para evitar descarte

incorreto de lixo nas ruas e terrenos baldios

Responsabilizaccedilatildeo do outro falta agrave comunidade assumir que o problema da

dengue natildeo eacute do meu vizinho mas eacute de todos

Lotes sujos falta cobranccedila por parte do poder puacuteblico aos proprietaacuterios de

terrenos vazios que mantenham os lotes limpos e conservados

56 Sexto Passo Desenho de Operaccedilotildees para os ldquoNoacutes Criacuteticosrdquo do Problema

Como soluccedilatildeo dos ldquonoacutes criacuteticosrdquo foram apresentadas as seguintes propostas

contidas no Quadro 6 a seguir

Quadro 6 ndash Desenho das Operaccedilotildees para os Noacutes Criacuteticos Selecionados

ldquoNoacute

Criacuteticordquo

Operaccedilatildeo

Projeto

Resultados

Esperados

Produtos

Esperados

Recursos

Necessaacuterios

Lixo nas ruas Reeducaccedilatildeo conscientizaccedilatildeo ambiental

Ausecircncia de lixo nas ruas e lotes vazios

Bairro limpo sem dengue

Datashow e computador

Responsabiliza ccedilatildeo do outro

Conscientizaccedilatildeo

sobre sauacutede

coletiva

Que todos

unidos com

objetivo de

diminuir os

casos de

dengue

Reduccedilatildeo da

doenccedila

Datashow e computador Panfletos informativos

Lotes sujos Limpeza de

lotes e terrenos

Lotes limpos

e sem focos

da dengue

Diminuiccedilatildeo

do nuacutemero do

mosquito

transmissor

da dengue

Palestras sobre

conservaccedilatildeo

dos terrenos e

lotes vazios

Fiscalizaccedilatildeo da

prefeitura

57 Seacutetimo Passo Identificaccedilatildeo dos Recursos Criacuteticos

35

Para iniacutecio das operaccedilotildees foram apresentados os recursos necessaacuterios e

indispensaacuteveis para o sucesso do processo

Quadro 7 ndash Identificaccedilatildeo dos Recursos Criacuteticos

Operaccedilatildeo

Projeto

Recursos Criacuteticos

Controle dos recursos criacuteticos

Accedilatildeo estrateacutegica

Ator que controla

Motivaccedilatildeo

ldquoMutiratildeo da

limpezardquo

realizar um dia

por mecircs para

limpeza em

parceria com a

populaccedilatildeo

Poliacutetico Veiculo e pessoal para limpeza das ruas

Empresa Municipal de Obras Puacuteblicas

Evitar que lixo se acumule nas ruas

Criaccedilatildeo do dia da limpeza e apresentaccedilatildeo da administraccedilatildeo para apreciaccedilatildeo

ldquoFora Denguerdquo Intensificaccedilatildeo das accedilotildees educativas nas escolas e nos grupos e associaccedilatildeo de bairro

Poliacutetico Articulaccedilatildeo interssetorial Financeiro Disponibilizaccedilatildeo de material informativo

Secretaria Municipal de Sauacutede Secretaria Municipal de Educaccedilatildeo Associaccedilatildeo de bairros

Despertar na comunidade a consciecircncia de sauacutede coletiva

Despertar nos discentes e na comunidade o desejo de erradicar os focos da dengue

ldquoMapeamento

dos lotes sujosrdquo

Realizar o

mapeamento

dos terrenos

sujos

Poliacutetico Notificar os

proprietaacuterios para limpeza do

terreno Financeiro

Recurso para impressatildeo das

notificaccedilotildees

Secretaria Municipal de

Sauacutede

Evitar que as pessoas joguem lixo e entulho em lotes vagos

Conservaccedilatildeo e limpeza dos lotes vazios

58 Oitavo Passo Anaacutelise de Viabilidade do Plano

A proposta a seguir (Quadro 3) apresenta a motivaccedilatildeo para a viabilidade do plano

visto que alguns dos recursos necessaacuterios fogem agrave governabilidade da ESF

36

Quadro 8 ndash Viabilidade do Plano

Operaccedilatildeo

Projeto

Recursos Criacuteticos

Controle dos recursos criacuteticos

Accedilatildeo estrateacutegica

Ator que controla

Motivaccedilatildeo

ldquoMutiratildeo da

limpezardquo

realizar um dia

por mecircs para

limpeza em

parceria com a

populaccedilatildeo

Poliacutetico Veiculo e pessoal para limpeza das ruas

Empresa Municipal de Obras Puacuteblicas

Favoraacutevel Criaccedilatildeo do dia da limpeza e apresentaccedilatildeo agrave administraccedilatildeo para apreciaccedilatildeo

ldquoFora Denguerdquo Intensificaccedilatildeo das accedilotildees educativas nas escolas e nos grupos e associaccedilatildeo de bairro

Poliacutetico Articulaccedilatildeo interssetorial Financeiro Disponibilizaccedilatildeo de material informativo

Secretaria Municipal de Sauacutede Secretaria Municipal de Educaccedilatildeo Associaccedilatildeo de bairros

Favoraacutevel

Despertar nos escolares e na comunidade o desejo de erradicar os focos da dengue

ldquoMapeamento

dos lotes sujosrdquo

Realizar o

mapeamento

dos terrenos

sujos

Poliacutetico Notificar os

proprietaacuterios para limpeza do

terreno Financeiro

Recurso para impressatildeo das

notificaccedilotildees

Secretaria Municipal de

Sauacutede

Indiferente

Conservaccedilatildeo e limpeza dos lotes vazios

37

59 Nono Passo Elaboraccedilatildeo do Plano Operativo

A proposta a seguir no Quadro 9 identifica os atores envolvidos lhes atribuiacutedo

responsabilidades e prazos a cumprir

Quadro 9 ndash Plano Operativo

Operaccedilotildees Resultados Accedilotildees Estrateacutegicas

Responsaacutevel Prazo

ldquoMutiratildeo da limpezardquo realizar um dia por mecircs para limpeza em parceria com a populaccedilatildeo

Limpeza das ruas

e quintais

Coleta de lixo

das ruas Incentivo a limpeza de

lotes e quintais

Equipe de ACS

Durante todo ano

ldquoFora Denguerdquo Intensificaccedilatildeo das accedilotildees educativas nas escolas e nos grupos e associaccedilatildeo de bairro

Uma comunidade

consciente das suas

responsabilidades

Insistir e reforccedilar com

accedilotildees educativas para que

populaccedilatildeo mantenha as ruas limpas e coloque o lixo

para ser recolhido

Enfermeiro ESF

Durante todo o ano

ldquoMapeamento dos lotes

sujosrdquo Realizar o

mapeamento dos terrenos

sujos

Identificar os focos e eliminaacute-

los

Criaccedilatildeo de um mapa onde ocorreram focos do mosquito

ACS e

Enfermeiro

Trecircs meses

510 Deacutecimo Passo Gestatildeo do Plano

Com a gestatildeo do plano eacute possiacutevel aos responsaacuteveis acompanhar e monitorar as

accedilotildees avaliando e sempre que necessaacuterio readequando as eventuais falhas do

processo

38

Quadro 10ndash Gestatildeo do Plano

Produtos Responsaacutevel Prazo Situaccedilatildeo Atual

Justificativa Novo Prazo

ldquoMutiratildeo da

limpezardquo

realizar um

dia por mecircs

para limpeza

em parceria

com a

populaccedilatildeo

Enfermeiro da ESF

Inicio imediatamente

(logo apoacutes apresentaccedilatildeo

do projeto)

ldquoFora Denguerdquo Intensificaccedilatildeo das accedilotildees educativas nas escolas e nos grupos e associaccedilatildeo de bairro

Enfermeiro Provab

Durante todo ano

ldquoMapeamento

dos lotes

sujosrdquo

Realizar o

mapeamento

dos terrenos

sujos

ECS e Equipe

de Epidemiologia

Um mecircs para

inicio das atividades

Aleacutem dos 10 passos do Planejamento Estrateacutegico Situacional optei por incluir outros

02 passos que tecircm a finalidade de contribuir para o processo de avaliaccedilatildeo da

Proposta de Intervenccedilatildeo Estatildeo contidos nos itens 511 e 512 a seguir

511 Avaliaccedilatildeo dos Resultados

O instrumento para avaliaccedilatildeo seraacute o Sistema de Informaccedilotildees de Agravos de

Notificaccedilatildeo ndash SINAN

ldquoque tem por objetivo o registro e processamento dos dados sobre agravos

de notificaccedilatildeo em todo o territoacuterio nacional fornecendo informaccedilotildees para

anaacutelise do perfil da morbidade e contribuindo desta forma para a tomada

de decisotildees em niacutevel municipal estadual e federalrdquo (IBGE 2014)

39

Segundo Moraes e Duarte (2009) o SINAN tem sido principal fonte de dados

para coordenaccedilatildeo das accedilotildees de vigilacircncia epidemioloacutegica tanto no sentido de

controle da doenccedila quando como fonte de pesquisa

512 Resultados Eesperados

O resultado esperado eacute

Estabelecer a construccedilatildeo de conhecimento que favoreccedila o autocuidado e a

capacidade de emancipaccedilatildeo da comunidade criando um ambiente seguro com

ecircnfase na educaccedilatildeo e sauacutede com vistas agrave reduccedilatildeo dos casos de dengue na

populaccedilatildeo adscrita da UBS Santos Dumont

40

6 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

O Programa de Valorizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Baacutesica (PROVAB) abriu muitos

caminhos para um horizonte promissor no desenvolvimento da promoccedilatildeo da sauacutede

e da prevenccedilatildeo no campo de atuaccedilatildeo do Programa Sauacutede na Escola criando um

viacutenculo de amizade e confianccedila uma verdadeira parceria com os alunos essencial

na construccedilatildeo de uma sociedade consciente e capaz de cuidar da sua sauacutede de

maneira preventiva loacutegica essa defendida pelo Sistema Uacutenico de Sauacutede

Para noacutes enfermeiros eacute oportunidade de ampliar o horizonte de atuaccedilatildeo

ensinando e aprendendo com o comportamento das crianccedilas dos adolescentes e

jovens vendo de maneira impar o grande desafio da educaccedilatildeo em formar cidadatildeos

com mais sauacutede Como gratificaccedilatildeo recebemos o reconhecimento dos alunos

professores e diretores algo que fica marcado para sempre na formaccedilatildeo do

profissional os laccedilos de confianccedila amizade e reconhecimento satildeo a maior

recompensa e certeza de missatildeo cumprida

Como a Equipe de Sauacutede da Famiacutelia tem como principal objetivo trabalhar na

prevenccedilatildeo de doenccedilas e agravos criando viacutenculos com a clientela a missatildeo de

promover a emancipaccedilatildeo de seus usuaacuterios com ecircnfase no autocuidado exige de

noacutes muita articulaccedilatildeo e intensificaccedilatildeo de accedilotildees educativas Especificamente no caso

da dengue o cumprimento desta missatildeo pode evitar que as constantes epidemias

se tornem parte do cotidiano das pessoas auxiliando os moradores da comunidade

na adoccedilatildeo de medidas responsaacuteveis que visem o cuidado com a sua sauacutede e da

sauacutede da comunidade

Neste sentido a educaccedilatildeo em sauacutede desempenha um papel importante em

manter a comunidade sempre vigilante e em alerta pois o perigo eacute eminente e vive

dentro dos lares das pessoas esperando apenas o momento oportuno e condiccedilotildees

favoraacuteveis para transmitir a dengue

O trabalho dos agentes de controle de endemias e da ESF deve ser

constante focado na eliminaccedilatildeo dos criadouros do mosquito transmissor da dengue

A comunidade deve colaborar com livre acesso dos agentes agraves residecircncias na

colaboraccedilatildeo para eliminaccedilatildeo dos focos nos domiciacutelios e peridomiciacutelios e

multiplicaccedilatildeo das informaccedilotildees sobre o ciclo de vida do vetor entre os vizinhos

amigos e parentes informando que todos estatildeo expostos agrave doenccedila e a mudanccedila de

comportamento pode diminuir os riscos de contrair a dengue

41

Ao poder puacuteblico eacute necessaacuterio adotar um planejamento adequado para

garantir aos cidadatildeos a infraestrutura miacutenima necessaacuteria para viver em comunidade

serviccedilos essenciais como saneamento coleta de lixo e mobilidade que favorecem a

criaccedilatildeo de um ambiente seguro com sauacutede e qualidade de vida

42

REFEREcircNCIAS

ALMEIDA M CM et al Dinacircmica intra-urbana das epidemias de dengue em Belo Horizonte Minas Gerais Brasil 1996-2002 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2008 vol24 n10 pp 2385-2395 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv24n1019pdf Acesso em 02 de out de 2014 ALVES V S A Um modelo de educaccedilatildeo em sauacutede para o Programa Sauacutede da Famiacutelia pela integralidade da atenccedilatildeo e reorientaccedilatildeo do modelo assistencial Interface - Comunic Sauacutede Educ v9 n16 p39-52 set2004fev2005 Disponiacutevel em httpswwwnesconmedicinaufmgbrbibliotecaimagem0303pdf Acesso de jun de 2014 BACKES DS et al (2012) O papel profissional do enfermeiro no Sistema Uacutenico de Sauacutede da sauacutede comunitaacuteria agrave estrateacutegia de sauacutede da famiacutelia Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva

17(1)223-230 2012 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcscv17n1a24v17n1pdf Acesso em 12 de jan 2015 BRASIL Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sauacutede Consulta Estabelecimento - Modulo Profissional - Profissional por Estabelecimento Disponiacutevel em httpcnesdatasusgovbrMod_ProfissionalaspVCo_Unidade=3122302159651 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Cadernos de Informaccedilotildees de Sauacutede Minas Gerais DATASUS TABNET (2010) Disponiacutevel em httptabnetdatasusgovbrtabdatacadernosmghtm Acesso em16 de maio de 2014 BRASIL Dengue - instruccedilotildees para pessoal de combate ao vetor Manual de Normas teacutecnicas - 3 ed rev - Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede 2001 84 p il 30 cm Disponiacutevel em httpbvsmssaudegovbrbvspublicacoesfunasaman_denguepdf acesso em 15 de out de 2014 BRASIL Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz Vetor da dengue na Aacutesia A albopictus eacute alvo de estudos Publicada em 18122008 agraves 1249 Disponiacutevel em httpwwwfiocruzbrioccgicgiluaexesysstarthtminfoid=576ampsid=32amptpl=printerview Acesso em 12 de jan de 2015 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Censo demograacutefico 2010 sinopse Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=1ampsearch=minas-gerais|divinopolis|censo-demografico-2010-sinopse- Acesso em 15 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Divinoacutepolis morbidades hospitalares ndash 2012 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=114ampsearch=minas-gerais|divinopolis|morbidades-hospitalares-2012 Acesso em 12 de maio de 2014

43

BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estaacutetica Divisatildeo Territorial do Brasil e Limites Territoriais Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE) (1 de julho de 2008) Disponiacutevel em httpwwwibgegovbrhomegeocienciascartografiadefault_dtb_intshtm Acesso em16 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Ensino - matriacuteculas docentes e rede escolar ndash 2012 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=117ampsearch=minas-gerais|divinopolis|ensino-matriculas-docentes-e-rede-escolar-2012 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estaacutetica Histoacuterico do Municiacutepio disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrpainelhistoricophplang=ampcodmun=312230ampsearch=minas-gerais|divinopolis|infograficos-historico Acesso 10 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Informaccedilotildees completas Populaccedilatildeo em 2010 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrasperfilphplang=ampcodmun=312230 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Serviccedilos de sauacutede ndash 2009 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=5ampsearch=minas-gerais|divinopolis|servicos-de-saude-2009 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Sistema de informaccedilotildees de agravos de notificaccedilatildeo ndash SINAN Disponiacutevel em httpcesibgegovbrbase-de-dadosmetadadosministerio-da-saudesistema-de-informacoes-de-agravos-de-notificacao-sinan Acesso em 16 de Nov de 2014 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede Dengue aspectos epidemioloacutegicos diagnoacutestico e tratamento Ministeacuterio da Sauacutede Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede ndash Brasiacutelia Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede 2002 Disponiacutevel em httpbvsmssaudegovbrbvspublicacoesdengue_aspecto_epidemiologicos_diagnostico_tratamentopdf Acesso em 02 de out de 2014 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede FUNSA Programa Nacional de Combate a Dengue PNCD Disponiacutevel em httpbvsmssaudegovbrbvspublicacoespncd_2002pdf Acesso em 21 de jun de 2014 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portal Brasil Disponiacutevel em httpwwwbrasilgovbrsaude201311saude-libera-mais-de-r-360-mi-para-combate-a-dengue Acesso em 10 de Nov de 2014

44

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede Departamento de Vigilacircncia Epidemioloacutegica Diretrizes nacionais para prevenccedilatildeo e controle de epidemias de dengue Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede Departamento de Vigilacircncia Epidemioloacutegica ndash Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2009 160 p Disponiacutevel em httpwwwansgovbrportalimgemaildiretrizes_reimpressao_webpdf Acesso em 16 de Nov de 2014

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede (2014) Monitoramento dos casos de dengue e febre de chikungunya ateacute a Semana Epidemioloacutegica (SE) 53 de 2014 Dengue Boletim Epidemioloacutegico ISSN 2358-9450 Volume 46 Ndeg 3 ndash 2015 Disponiacutevel em httpportalsaudesaudegovbrimagespdf2015janeiro192015-002---BE-at---SE-53pdf Acesso em 22 mar de 2015 BRASILSINANONLINE e DVASVEASTSub VPSSES-MG (20122013) Disponiacutevel em httpwwwsaudemggovbrcomponentgmgstory6489-informe-epidemiologico-da-dengue-30-05-2014 Acesso em 08 de jun de 2014 CAMPOS FCC FARIA H P SANTOS MA Planejamento e avaliaccedilatildeo das accedilotildees em sauacutede Curso de Especializaccedilatildeo em Atenccedilatildeo Baacutesica em Sauacutede da Famiacutelia NESCONUFMG Curso de Especializaccedilatildeo em Atenccedilatildeo Baacutesica agrave Sauacutede da Famiacutelia 2ed Belo Horizonte NesconUFMG 2010 Disponiacutevel em lthttpswwwnesconmedicinaufmgbrbibliotecaregistroPlanejamento_e_avaliacao_das_acoes_de_saude_23gt Acesso em Dezembro 2014 DIVINOacutePOLIS Estatuto dos Conselhos Distritais de Sauacutede Conselho Municipal de Sauacutede 1998 DIVINOacutePOLIS Mapa da cidade Disponiacutevel em httpwwwdivinopolismggovbrportalpaginasgeograficosimagensmapadacidadepdf Acesso em 08 de jun de 2014 DIVINOPOLIS Secretaria Municipal de Sauacutede SEMUSA Sistema Integrado de Sauacutede Paciente Famiacutelia Acesso Local Acesso em 15 de maio de 2014 FERREIRA B J et al Evoluccedilatildeo histoacuterica dos programas de prevenccedilatildeo e controle da dengue no Brasil Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2009 vol14 n3 pp 961-972 ISSN 1413-8123 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcscv14n332pdf Acesso em 21 de jun de 2014 FERREIRA IT RN VERAS M A S M and SILVA RA Participaccedilatildeo da populaccedilatildeo no controle da dengue uma anaacutelise da sensibilidade dos planos de sauacutede de municiacutepios do Estado de Satildeo Paulo BrasilCad Sauacutede Puacuteblica [online] 2009 vol25 n12 pp 2683-2694 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielosporgpdfcspv25n1215pdf Acesso em 10 de out de 2014 FIGUEIREDO LT M OWA M A CARLUCCI R H and OLIVEIRA L de Estudo sobre o diagnoacutestico laboratorial e sintomas do dengue durante epidemia ocorrida na regiatildeo de Ribeiratildeo Preto SP Brasil Rev Inst Med trop S Paulo [online] 1992

45

vol34 n2 pp 121-130 ISSN 0036-4665 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfrimtspv34n2a07v34n2pdf Acesso em 13 ago de 2014 FIGUEIROacute AC et al Oacutebito por dengue como evento sentinela para avaliaccedilatildeo da qualidade da assistecircncia estudo de caso em dois municiacutepios da Regiatildeo Nordeste Brasil 2008 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2011 vol27 n12 pp 2373-2385 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv27n1209pdf Acesso em 12 de out de 2014 GIRAtildeO RV et al Educaccedilatildeo em sauacutede sobre a dengue contribuiccedilotildees para o desenvolvimento de competecircncias J res fundam care online 2014 janmar 6(1) 38-46 Disponiacutevel em httpwwwseeruniriobrindexphpcuidadofundamentalarticleview2659pdf_1043 Acesso em 21 de jun de 2014 GONCcedilALVES NETO V S et al Conhecimentos e atitudes da populaccedilatildeo sobre dengue no Municiacutepio de Satildeo Luiacutes Maranhatildeo Brasil 2004 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2006 vol22 n10 pp 2191-2200 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv22n1018pdf Acesso em 10 de out de 2014 LEFEVRE A MC et al Representaccedilotildees sobre dengue seu vetor e accedilotildees de controle por moradores do municiacutepio de Satildeo Sebastiatildeo litoral Norte do Estado de Satildeo Paulo Brasil Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2007 vol23 n7 pp 1696-1706 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv23n722pdf Acesso em 16 de out de 2014 LIMA E C VILASBOAS ALQ Implantaccedilatildeo das Accedilotildees Interssetoriais de Mobilizaccedilatildeo Social do Paraacute o Controle da dengue na Bahia Brasil Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2011 vol27 n8 pp 1507-1519 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv27n806pdf Acesso em 16 de out de 2014 MACHADO RM et al (2013) HISTORIA DA SAUacuteDE MENTAL DE DIVINOacutePOLIS-MG Revista de Enfermagem do Centro Oeste Mineiro 2013 maiago 3 (2) 752-760 httpwwwseerufsjedubrindexphprecomarticleview228439 Acesso em 08 de abr de 2015 MAYO R C et al BEPA - Boletim Epidemioloacutegico Paulista 8(88) 4-12 abr 2011 tab Graf Disponiacutevel em fileCUsersnoteDownloadsv8n88a0120(1)pdf Acesso em 12 de out de 2014 MINAS GERAIS Secretaria Estadual de Sauacutede Programa Estadual de Controle Permanente da Dengue SITUACcedilAtildeO ATUAL DA DENGUE EM MINAS GERAIS RESUMO INFORMATIVO - 15122014 Disponiacutevel em httpwwwsaudemggovbrimagesdocumentosAnaliseDengue15-12-2014pdf Acesso em 10 de jan de 2015 MINAS GERAIS Secretaria de Estado da Sauacutede de Minas Gerais Programa Sauacutede em Casa Disponiacutevel em httpwwwsaudemggovbrpoliacuteticas_de_saudeprograma-saude-em-casa Acesso em 10 de maio de 2014

46

MORAES GH and DUARTE E C Anaacutelise da concordacircncia dos dados de mortalidade por dengue em dois sistemas nacionais de informaccedilatildeo em sauacutede Brasil 2000-2005 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2009 vol25 n11 pp 2354-2364 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielosporgpdfcspv25n1106pdf Acesso em 29 de Nov de 2014 PENNA M L F Um desafio para a sauacutede puacuteblica brasileira o controle do dengue Cad Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro 19(1) 305-309 jan-fev 2003 Disponiacutevel em httpwwwscielosporgpdfcspv19n114932pdf Acesso em 21 de jun de 2014

PREFEITURA MUNICIPAL DE DIVINOacutePOLIS BALANCcedilO DA DENGUE Disponiacutevel em httpwwwdivinopolismggovbrportalnoticiaphpid=11507 Acesso em 19 jan de 2015

RIBEIRO P C SOUSA DC ARAUJO TME Perfil cliacutenico-epidemioloacutegico dos casos suspeitos de Dengue em um bairro da zona sul de Teresina PI Brasil Rev bras enferm [online] 2008 vol61 n2 pp 227-232 ISSN 0034-7167 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfrebenv61n2a13v61n2pdf Acesso em 28 de jul de 2014 VALENTE G SC et al Problematizaccedilatildeo Como Estrateacutegia de Educaccedilatildeo em Sauacutede no Combate a Dengue Um Relato de Experiecircncia R Pesq cuid Fundam Online 2012 outdez 4(4)2987-94 Disponiacutevel em httpwwwseeruniriobrindexphpcuidadofundamentalarticleview1888pdf_641 Acesso em 08 jun de 2014 TEIXEIRA LAS et al Persistecircncia dos sintomas de dengue em uma populaccedilatildeo de Uberaba Minas Gerais Brasil Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2010 vol26 n3 pp 624-630 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv26n319pdf Acesso em 16 de out de 2014

Page 5: PLANO DE AÇÃO NO COMBATE A DENGUE: EDUCAR PARA EVITAR · 2019-11-14 · The Divinopolis follows the same trend, with 4680 notifications and 4139 confirmed ... banhado pelas bacias

ABSTRACT

Dengue is the most important arboviral disease transmitted by insect that affects humans today there are more than 100 countries with about 03 billion people exposed Followed epidemics has been happening year after year in Brazil in the southeast especially in Minas Gerais in 2014 there were 59222 reports of dengue cases The Divinopolis follows the same trend with 4680 notifications and 4139 confirmed cases and 6 deaths despite the actions of epidemiological surveillance in this city The southeastern region of the city consists of several neighborhoods including the Neighborhood Santos Dumont Units operating area Basic Health Santos Dumont who reported 101 cases of dengue in 2014 Given this situation arose the need to intensify educational activities in partnership with local schools with a view to the School Health Program diabetics and hypertensive groups and users of UBS Santos Dumont in order to reduce the number of cases of the disease This study aims to develop an action plan with the participation and popular mobilization for the realization of clean-ups mapping of dirty lots and intensification of educational activities focusing on community autonomy so that it has a critical view of new health and disease processes and also make people aware that they may be able to promote and prevent situations that can bring harm to your health Keywords Dengue Health education Nursing Vector control Aedes aegypti

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

BR- Brasil

CNES- Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sauacutede

DATASUS- Departamento de Informaacutetica do SUS

FHD ndash Febre Hemorraacutegica por Dengue

IBGE- Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica

IDH - Iacutendice de Desenvolvimento Humano

MG- Minas Gerais

NOB- Norma Operacional Baacutesica

OPAS- Organizaccedilatildeo Pan-americana da Sauacutede

PIACD- Plano de Intensificaccedilatildeo das Accedilotildees de Controle da Dengue

PSDB- Partido da Social Democracia Brasileiro

SEMUSA- Secretaria Municipal de Sauacutede

SIAB- Sistema de Informaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Baacutesica

SINAN- Sistema de Informaccedilotildees de Agravos de Notificaccedilatildeo

SIS- Sistema Integrado de Sauacutede

SUS- Sistema Uacutenico de Sauacutede

UBS- Unidade Baacutesica de Sauacutede

UBV- Ultra Baixo Volume

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 8

11 Contexto Geral 9 111 Identificaccedilatildeo do Municiacutepio 9 112 Histoacuterico de Criaccedilatildeo Do Municiacutepio 9 113 Aspectos Geograacuteficos Socioeconocircmicos e Demograacuteficos 10 114 Sauacutede em Divinoacutepolis 10

115 Sistema Local de Sauacutede 11 117 Sistema Local de Educaccedilatildeo 13

12 Diagnoacutestico Situacional 14 121 Unidade Baacutesica de Sauacutede ndash Bairro Santos Dumont 14

122 Recursos Humanos 15 2 JUSTIFICATIVA 21 3 OBJETIVOS 22

31 Objetivo Geral 22

32 Objetivos Especiacuteficos 22

4 BASES CONCEITUAIS 23 41 Aspectos Gerais da Doenccedila 23

42 Etiologia 24 43 Aspectos Epidemioloacutegicos 24 44 Medidas Educativas 27

45 Controle 29 46 Atuaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Baacutesica no Controle da Dengue 29

5 PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO 32

51 Primeiro Passo Definiccedilatildeo dos Problemas 32

52 Segundo Passo Priorizaccedilatildeo dos Problemas 32 53 Terceiro Passo Descriccedilatildeo do Problema Selecionado 32

54 Quarto passo Explicaccedilatildeo do Problema 33 55 Quinto Passo Seleccedilatildeo dos ldquoNoacutes Criacuteticos 33 56 Sexto Passo Desenho de Operaccedilotildees para os ldquoNoacutes Criacuteticosrdquo do Problema 34 57 Seacutetimo Passo Identificaccedilatildeo dos Recursos Criacuteticos 34

58 Oitavo Passo Anaacutelise de Viabilidade do Plano 35 59 Nono Passo Elaboraccedilatildeo do Plano Operativo 37 510 Deacutecimo Passo Gestatildeo do Plano 37 512 Resultados esperados 39

6 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 40

REFEREcircNCIAS 42

8

1 INTRODUCcedilAtildeO

A dengue representa hoje um grave problema de sauacutede puacuteblica e segundo o

Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2002) estaacute presente em todo territoacuterio nacional e tem

se mostrado cada vez mais de difiacutecil controle nos uacuteltimos anos os haacutebitos da vida

moderna com aumento do consumo de bens natildeo biodegradaacuteveis Isto ampliou a

oferta de criadouros para o mosquito nos domiciacutelios e peridomiciacutelios e com base

nesses fatos a participaccedilatildeo popular no controle dos focos se tornou essencial

Segundo o Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2002) a doenccedila tem se mostrado

como um dos maiores desafios para a sauacutede puacuteblica nos paiacuteses em

desenvolvimento com grande impacto socioeconocircmico Estima-se um nuacutemero de

casos a beira dos 100 milhotildeesano e destes 500 mil desenvolve a forma grave a

Febre Hemorraacutegica

Desde 1986 o Brasil tem apresentado sucessivas epidemias segundo o

Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2002) No Estado de Minas Gerais somente em 2013

foram registrados 416252 casos de dengue com 104 oacutebitos Em 2014 houve uma

grande reduccedilatildeo de cerca de 8577 contudo ldquodos 45 casos graves 44 evoluiacuteram

para oacutebitordquo (BRASIL 2014 p 2)

Frente a este quadro segundo Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2002) eacute preciso

repensar o papel da sociedade no apoio e combate a dengue No Brasil exceccedilatildeo

feita alguns casos natildeo eacute tradiccedilatildeo cultural o envolvimento dos setores sociais em

causas como a dengue por exemplo estamos na contramatildeo de nossos vizinhos

latino-americanos onde a cooperaccedilatildeo faz parte da cultura

Em Divinoacutepolis segundo balanccedilo publicado em 17122014 pela Secretaria

Municipal de Sauacutede em 2014 foram notificados 4680 casos suspeitos de dengue

com 4139 casos confirmados ainda de acordo com Secretaria de Estado da Sauacutede

neste ano de 2014 ocorrem 06 oacutebitos por complicaccedilotildees da dengue

Frente a esse grave problema de sauacutede puacuteblica que necessita da cooperaccedilatildeo

de todos os cidadatildeos eacute necessaacuterio insistir e intensificar as accedilotildees educativas nas

escolas nas associaccedilotildees de bairro nas igrejas pois essa eacute uacutenica ferramenta capaz

de produzir no cidadatildeo uma autonomia para o cuidado com a sua sauacutede e da

comunidade conforme afirmam Valente et al (2012) Giratildeo et al (2014) que as

atuais estrateacutegias de controle vetorial e responsabilizaccedilatildeo dos cidadatildeos natildeo tem

mais efeito efetivo no combate ao mosquito Aedes Aegypti

9

Este estudo tem o objetivo de despertar na populaccedilatildeo de Divinoacutepolis

especialmente na comunidade adscrita da Unidade de Sauacutede Santos Dumont para

uma visatildeo criacutetica sobre os novos processos de sauacutede e doenccedila e ainda

conscientizar as pessoas para que possam ter condiccedilotildees de promover a sauacutede e

prevenir situaccedilotildees que podem trazer prejuiacutezos a ela

11 Contexto Geral

111 Identificaccedilatildeo do Municiacutepio

Segundo o IBGE (BRASIL 2008) o municiacutepio de Divinoacutepolis estaacute localizado

no Centro Oeste Mineiro banhado pelas bacias do rio Itapecerica e rio Paraacute Faz

limites com os seguintes municiacutepios Nova Serrana (Norte) Perdigatildeo (Noroeste)

Santo Antocircnio do Monte (Oeste) Satildeo Sebastiatildeo do Oeste (Sudoeste) Claacuteudio (Sul)

Carmo do Cajuru (Leste) e Satildeo Gonccedilalo do Paraacute (Leste) -2013889 (latitude Sul) -

4488389 (longitude Oeste) Pertence agrave macro regiatildeo do Alto Satildeo Francisco

situando-se em sua margem direita O acesso pelo interior de Satildeo Paulo eacute pela MG-

050 pela capital mineira satildeo 117 km e o acesso eacute pela face norte da MG-050 o

acesso pela face leste eacute pela BR-494

112 Histoacuterico de Criaccedilatildeo do Municiacutepio

Segundo IBGE (BRASIL 2008) a povoaccedilatildeo se deu a cerca de dois seacuteculos

atraacutes com o deslocamento de colonos em fuga da perseguiccedilatildeo poliacutetica da eacutepoca

escolheram o sertatildeo da Itapecerica liderados na eacutepoca pelo colonizador Manoel

Fernandes de Miranda cujo apelido era Candideacutes devido aos iacutendios que habitavam

a regiatildeo naquela ocasiatildeo Em 1710 foram anistiados pela coroa e deu iniacutecio a

povoaccedilatildeo do local fora construiacuteda uma capela consagrada ao Divino Espiacuterito Santo

e Satildeo Francisco de Paula com a chegada da linha feacuterrea o municiacutepio ganhou muito

em desenvolvimento Assim o distrito foi criado com o nome de Henrique Galvatildeo

subordinado a Vila de Itapecerica pela Lei Provincial nordm 138 03-04-1839 e Lei

Estadual nordm 2 de 14-09-1891 e elevado agrave categoria de Vila com a denominaccedilatildeo de

Henrique Galvatildeo pela Lei Estadual nordm 556 de 30-08-1911 Desmembrando-se de

Itapecerica pela Lei Estadual nordm 590 de 03-09-1912 a Vila de Henrique Galvatildeo

10

passou a denominar-se Divinoacutepolis elevada agrave condiccedilatildeo de cidade pela Lei Estadual

nordm 663 de 18-09-1915

113 Aspectos Geograacuteficos Socioeconocircmicos e Demograacuteficos

O municiacutepio estaacute localizado no centro-oeste mineiro a economia da cidade eacute

baseada na induacutestria tecircxtil e na siderurgia tendo um comeacutercio de artigos de

vestuaacuterio muito atuante no mercado Segundo IBGE (BRASIL 2010) a cidade tem

8012 empresas atuantes com uma populaccedilatildeo de empregados assalariados de 54

909 com renda mensal de 22 salaacuterios miacutenimos

114 Sauacutede em Divinoacutepolis

Segundo Machado et al (2013) Divinoacutepolis se destaca no centro oeste

mineiro como importante polo para a sauacutede na meacutedia e alta complexidade eacute sede

da Macrorregiatildeo Oeste de Sauacutede que abrange 6 microrregiotildees somando no total 55

municiacutepios sendo sede da Gerencia Regional de Sauacutede destacando-se no cenaacuterio

como uma das 10 cidades mais importes de Minas Gerais Contudo conforme o

Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2010) na Atenccedilatildeo Primaacuteria a cidade natildeo apresenta

um bom desempenho com apenas 203 de cobertura de PSF

No ano de 2014 a Secretaria Municipal de Sauacutede (SEMUSA) credenciou o

municiacutepio no Programa de Valorizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Baacutesica (PROVAB) criado pela

Portaria Interministerial Ministeacuterio da SauacutedeMinisteacuterio da Educaccedilatildeo nordm 2087 de 01

de setembro de 2011 com o objetivo de estimular e valorizar o profissional de sauacutede

para atuar nos municiacutepios onde eacute de difiacutecil acesso e regiotildees metropolitanas com

escassez de profissionais O trabalho eacute desenvolvido em conjunto com a equipe

multiprofissional na Atenccedilatildeo Baacutesica local sendo uma grande oportunidade para

meacutedicos enfermeiros dentistas receacutem-formados atuarem na equipe de sauacutede da

famiacutelia

Assim em 2014 foram contratados cinco enfermeiros pelo Ministeacuterio da Sauacutede

para atuar no Programa Sauacutede na Escola por um ano sem prejuiacutezo das atividades

de rotina na Unidade Baacutesica de Sauacutede (UBS) O enfermeiro trabalha prioritariamente

com atividades educativas nas escolas existentes na aacuterea de abrangecircncia da UBS

realizando atividades de avaliaccedilatildeo da sauacutede dos escolares como peso e medida

11

acuidade visual afericcedilatildeo de pressatildeo arterial atualizaccedilatildeo do calendaacuterio vacinal

alimentaccedilatildeo promoccedilatildeo de sauacutede rastreamento para doenccedilas como hanseniacutease

glaucoma tracoma helmintiacuteases e encaminhamentos para consultas

especializadas tornando-se um importante elo entre a sauacutede e a educaccedilatildeo

Mapa 1 - Cidade de Divinoacutepolis ndash MG Regiatildeo Sudeste

Fonte Prefeitura de Divinoacutepolis httpwwwdivinopolismggovbrportalpaginasgeograficosimagensmapadacidadepdf

A administraccedilatildeo municipal estaacute haacute oito anos com o PSDB tendo a frente do

municiacutepio o senhor Vladmir Faria de Azevedo sendo seu Secretaacuterio de Sauacutede o

Senhor David Maia dOliveira como coordenadora da Atenccedilatildeo Baacutesica de Sauacutede a

Enfermeira Inecircs Alcione e Coordenadoras da Sauacutede Bucal Ronara Machado e Liacutevia

Melo Nere Segundo o IBGE (BRASIL 2010) o municiacutepio tem uma populaccedilatildeo

estimada em 226345 habitantes

115 Sistema Local de Sauacutede

Criado no ano 1991 segundo o Estatuto dos Conselhos Distritais de Sauacutede

(DIVINOacutePOLIS 1998) o Conselho Municipal de Sauacutede foi instituiacutedo pela Lei

Municipal 00491 composto por usuaacuterios trabalhadores de sauacutede prestadores de

serviccedilo e gestores Nesse periacuteodo ocorreram as primeiras Conferecircncias Municipais

de Sauacutede e a criaccedilatildeo dos seis Conselhos Distritais que atuam ateacute hoje a formaccedilatildeo

dos Conselhos Locais de Sauacutede agregados agraves equipes de Sauacutede da Famiacutelia

12

Quanto agrave Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia segundo o Ministeacuterio da Sauacutede

(BRASIL 2010) Divinoacutepolis possuiacutea em fevereiro de 2010 apenas 203 de

cobertura de Atenccedilatildeo Baacutesica Em dezembro de 2014 segundo Ministeacuterio da Sauacutede

(BRASIL 2014) a cobertura estimada natildeo passava dos 4602 da populaccedilatildeo

classificando-se como o menor iacutendice do Estado quando comparado a outros

municiacutepios de mesmo porte conforme graacutefico abaixo

Graacutefico 1 Cobertura pela Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia - Divinoacutepolis ndash MG - 2010

213277

221764

262278241720

292529227438

00

150

300

450

600

750

900

Sa

nta

Lu

zia

Ub

era

ba

Ipa

tin

ga

Go

ve

rna

do

r

Va

lad

are

s

Se

te

La

go

as

Div

inoacute

po

lis

populaccedilatildeo em milhares

Fonte Secretaria de Estado da Sauacutede de Minas Gerais - Programa Sauacutede em Casa

httpwwwsaudemggovbrpoliticas_de_saudeprograma-saude-em-casa

Com relaccedilatildeo aos estabelecimentos de sauacutede segundo dados do IBGE (BRASIL

2009) a cidade conta com trecircs hospitais particulares Santa Mocircnica Santa Luacutecia e

Satildeo Judas Tadeu e um filantroacutepico Satildeo Joatildeo de Deus totalizando 555 leitos sendo

que destes 352 satildeo leitos contratados pelo SUS Segundo ainda o IBGE (BRASIL

2009) o municiacutepio conta com 38 estabelecimentos de sauacutede municipais de acordo o

Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sauacutede - CNES satildeo 15 Centros de

Sauacutede e 20 Equipes de Sauacutede da Famiacutelia O serviccedilo de atendimento ambulatorial

conta com 68 estabelecimentos sendo que 41 tecircm convecircnio com o Sistema Uacutenico de

Sauacutede (SUS)

116 Nuacutemero de Oacutebitos por Causa ndash Divinoacutepolis 2012

13

De acordo com dados do IBGE (BRASIL 2012) em 2012 foram registrados

581 oacutebitos sendo 302 homens e 279 mulheres as doenccedilas neoplaacutesicas foram

responsaacuteveis por 173 oacutebitos2977 do aparelho circulatoacuterio foram responsaacuteveis

por 121 oacutebitos208 das mortes seguidas pelas doenccedilas respiratoacuterias 821411

oacutebitos por doenccedila do aparelho digestivo 467 9 doenccedilas infecciosas e

parasitaacuterias 41 oacutebitos70 oacutebitos por doenccedilas do aparelho geniturinaacuterio 3255

mortes por causas externas 27464 oacutebitos por doenccedilas relacionadas ao sangue

oacutergatildeos hematoloacutegicos transtornos imunitaacuterios 406 oacutebitos por doenccedilas de pele e

do tecido subcutacircneo total de 5086 outras mortes somam 86 Estes dados

estatildeo representados no graacutefico abaixo

Graacutefico 2 - Nuacutemero de Oacutebitos por Causa Divinoacutepolis ndash 2012

Obitos em DIvinoacutepolis em 2012

Homens

Mulheres

Neoplasias

Ap circulatoacuterio

Doeccedilas respiratoacuterias

Aparelho digestivo

Doenccedilas infecciosas

Aparelho Geniturinaacuterio

Causas externas

Doenccedilas hematoloacutegicas Fonte IBGE cidades ibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=114ampsearch=minas-

gerais|divinopolis|morbidades-hospitalares-2012

117 Sistema Local de Educaccedilatildeo

O municiacutepio segundo IBGE (BRASIL 2012) tem 1589 docentes atuando na

rede de educaccedilatildeo baacutesica no ensino meacutedio conta com 562 docentes no ensino

fundamental 739 docentes e a educaccedilatildeo infantil com 288 docentes O ensino

fundamental conta com uma rede de 88 escolas sendo 26 privadas 30 da rede

puacuteblica estadual e 32 da rede municipal O ensino meacutedio tem um total de 29 escolas

sendo oito privadas 20 da rede estadual e uma da rede federal Ainda segundo o

14

IBGE (BRASIL 2012) satildeo 27484 alunos matriculados no ensino fundamental 8211

no ensino meacutedio 4808 na preacute-escola Segundo o IBGE (BRASIL 2010) o iacutendice de

desenvolvimento humano ndash IDH ficou em 0764 acima da meacutedia nacional que eacute de

0730

12 Diagnoacutestico Situacional

121 Unidade Baacutesica de Sauacutede ndash Bairro Santos Dumont

A unidade baacutesica de sauacutede em que atuo estaacute localizada a Rua Liacuterios do Vale

141 Bairro Santos Dumont telefone (37) 32153674 local de faacutecil acesso com rua

pavimentada Funciona de 07h00min as 11h00min horas e de 13h00min as

17h00min horas de segunda a sexta-feira segundo o Cadastro Nacional de

Estabelecimentos de Sauacutede - CNES (BRASIL 2014)

Foto 1 - Unidade Baacutesica de Sauacutede Santos Dumont - Divinoacutepolis-MG 2014

Fonte httpswwwgooglecombrmapsplaceRua+JosC3A9+VenC3A2ncio+218+-+Aeroporto-20175673 448774553a75y16155h90tdata=3m41e13m21siLj6mpeG5CZyGTTQQ_cwTA2e04m23m11s0xa0a4e2a9c17ea50x429732233cce4192

A aacuterea de abrangecircncia da UBS Santos Dumont compreende a regiatildeo

sudoeste da cidade de Divinoacutepolis composta pelos bairros Santos Dumont Maria

Peccedilanha Quinta das Palmeiras Costa Azul e Terra Azul

15

Mapa 2 - Aacuterea de Abrangecircncia da UBS Santos Dumont ndash Divinoacutepolis-MG 2014

Fonte Prefeitura Municipal de Divinoacutepolis fileCUsersnoteDesktopmapadacidade20(1)20(1)pdf

122 Recursos Humanos

Segundo o Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sauacutede (2014) a

equipe eacute composta por um enfermeiro da estrateacutegia de sauacutede da famiacutelia com 40

horas semanais um cirurgiatildeo dentista com carga horaacuteria de 40 horas semanais um

meacutedico cliacutenico com 40 horas semanais um agente de serviccedilos gerais de 40 horas

semanais 4 agentes comunitaacuterios de sauacutede com 40 horas semanais e um auxiliar de

sauacutede bucal de 40 horas semanais Conforme quadro abaixo

Quadro 1 - Equipe de Sauacutede do UBS Santos Dumont 2014

Fonte Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sauacutede

Segundo o Sistema Integrado de Sauacutede - SIS a Unidade Santos Dumont tem

uma populaccedilatildeo cadastrada de 2208 habitantes com um nuacutemero estimado de 673

16

famiacutelias Quanto ao niacutevel de escolaridade da populaccedilatildeo adscrita assim estaacute

distribuiacuteda doutorado 2 mestrado 1 poacutes-graduaccedilatildeo 1 superior completo 22

superior incompleto 9 fundamental incompleto 123 ensino meacutedio completo 287

fundamental incompleto 1105 meacutedio incompleto 424 analfabetos 226 e natildeo

informado 08 sendo assim a taxa de analfabetismo eacute 1023 acima da meacutedia

nacional conforme o censo do IBGE (BRASIL 2010) que foi de 96 conforme

quadro abaixo

Quadro 2 - Niacutevel de escolaridade da populaccedilatildeo de referecircncia da UBS Santos

Dumont 2014

NIacuteVEL DE ESCOLARIDADE

Doutorado Mestrado Poacutes- graduaccedilatildeo

Superior Superior Incompleto

Fundamental Completo

Ensino meacutedio

Ensino meacutedio incompleto

Fundamental incompleto

Analfabeto Outros

M1 0 0 0 2

20 33 52 240 39 3

M2 1 1 1 15 5 62 102 90 228 47 3

M3 0 0 0 4 2 11 38 252 164 54 1

M4 1

1 2 30 114 30 473 86 1

Sub total 2 1 1 22 9 123 287 424 1105 226 8

POPULACcedilAtildeO TOTAL 2208

Fonte Sistema Integrado de Sauacutede 2014

123 Doenccedilas Crocircnicas

Com relaccedilatildeo agraves doenccedilas crocircnicas segundo o Sistema Integrado de Sauacutede haacute na

comunidade 199 clientes com hipertensatildeo arterial com diabetes 68 clientes com

alguma deficiecircncia 6 com doenccedila de chagas 1 alcoolismo 1 epilepsia 3 e com 8

gestantes

Quadro 3 - Total de Hipertensos e Diabeacuteticos da UBS por Microaacuterea Divinoacutepolis ndash MG 2014

HIPERTENSOS E DIABEacuteTICOS POR MICROAacuteREA

ACS Gracielle Suzana Rosana Rosilene TOTAL

MICROAacuteREA M1 M2 M3 M4

Hipertensatildeo 22 58 16 103 199

Diabeacuteticos 5 21 3 39 68 Fonte Sistema Integrado de Sauacutede de Divinoacutepolis SIS 2014

17

124 Doenccedilas Endecircmicas ndash A Dengue

A Dengue eacute uma doenccedila de origem africana que foi introduzida no paiacutes

segundo Valente et al (2012) por volta do seacuteculo XIX encontrando no Brasil um

clima e condiccedilotildees muito favoraacuteveis a sua multiplicaccedilatildeo mesmo sendo uma doenccedila

antiga o mosquito transmissor da dengue se mostra cada vez mais de difiacutecil controle

Todo ano atinge milhotildees de pessoas em todo mundo e no Brasil As seguidas

epidemias levaram o tema a ser discutido em vaacuterios setores como escolas veiacuteculos

de comunicaccedilatildeo nos setores de sauacutede e tambeacutem pela sociedade civil Segundo o

Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2014) de acordo com os dados contidos no Boletim

Epidemioloacutegico da 53ordf Semana Epidemioloacutegica foram registrados no paiacutes 591080

casos da doenccedila sendo que a regiatildeo Sudeste teve o maior nuacutemero de casos

312318 casos 528 Minas Gerais aparece com 1896 deste total A cidade de

Divinoacutepolis apresentou segundo a Secretaria Municipal de Sauacutede 4680 casos

notificados e segundo a Secretaria de Estado da Sauacutede foram notificados 06 oacutebitos

confirmados conforme quadro abaixo sendo que assim a cidade vem enfrentando

seguidas epidemias de Dengue tornando-se um dos problemas que mais preocupa

a comunidade

Quadro 4 - Casos de Oacutebitos por Dengue Grave em Minas Gerais - 2014

Municiacutepios Oacutebitos

confirmados

Araxaacute Arauacutejos

1 1

Campo Belo Candeias

1 1

Curvelo Divinoacutepolis

1 6

Dores do Indaiaacute 1 Formiga Fronteira Frutal

1 1 1

Itabira Itauacutena

1 2

Ituiutaba Juiz de Fora

1 4

Natalacircndia Nova Serrana

1 1

Passos 8

18

Paracatu 3 Prata Sabaraacute

1 1

Santa Barbara Santa Luzia Santos Dumont

1 1 1

Santa Margarida Uberlacircndia

1 3

Trecircs Coraccedilotildees 1

Total 47

Fonte SINAN ONLINE e DVASVEASTSubVPSSES MG

O grande nuacutemero de terrenos baldios e lotes vagos satildeo apontados pelos

moradores como principal causa do aumento dos focos do mosquito Aedes Aegypti

A foto abaixo mostra o aglomerado ainda pouco habitado onde existem muitas

aacutereas onde haacute somente vegetaccedilatildeo nativa o que favorece o descarte inadequado de

lixo e entulhos recipientes que acumulam aacutegua se tornando grande criadouro do

mosquito transmissor da dengue

Foto 2 - Aacuterea de abrangecircncia da Unidade Baacutesica de Sauacutede Santos Dumont 2014

Fonte httpswwwgooglecombrmaps-201840183-448801014180mdata=3m11e3

19

A regiatildeo ocupada pela populaccedilatildeo da aacuterea de abrangecircncia da UBS Santos

Dumont eacute uma regiatildeo de cerrado Segundo o IBGE (BRASIL 2010) o Iacutendice de

Desenvolvimento Humano - IDH eacute 0764 acima da meacutedia nacional que de 0730 A

cidade apresentou crescimento populacional no periacuteodo de 1991 a 2010

correspondentes a 2889 poreacutem os investimentos em infraestrutura como

pavimentaccedilatildeo e saneamento baacutesico natildeo acompanharam a taxa de crescimento da

cidade algo comum em grandes cidades e cidades de meacutedio porte no paiacutes Na aacuterea

do bairro ainda haacute presenccedila de mata nativa com ocupaccedilatildeo natildeo planejada a

populaccedilatildeo convive com riscos eminentes para a sua sauacutede

Segundo Valente et al (2012) diante do aumento dos casos de dengue

estrateacutegias tradicionais parecem natildeo terem mais o mesmo efeito de outrora Eacute

necessaacuterio o envolvimento de todos os setores sociais para buscar o controle da

situaccedilatildeo com accedilotildees de educaccedilatildeo e sauacutede que podem ser mais efetivas do que

apenas medidas unilaterais baseada em estatiacutesticas ministeriais

Apoacutes os vaacuterios casos atendidos na UBS o que se percebe eacute que ningueacutem

assume que o foco do mosquito possa estar na sua casa conforme afirmam Valente

et al (2012) que a culpa eacute sempre dos vizinhos que natildeo fazem a sua parte o que

torna relevante afirmar ser a negaccedilatildeo da ldquoquestatildeo da culpabilizaccedilatildeo individual e a

culpabilizaccedilatildeo do outrordquo (VALENTE 2012 p2990) Outro dado que chama a

atenccedilatildeo segundo a Secretaria Municipal de Sauacutede (DIVINOacutePOLIS 2014) eacute que os

levantamentos indicam que 9415 dos focos de dengue estatildeo dentro das

residecircncias O relato que os criadouros estatildeo sempre na casa do vizinho esse eacute

com certeza o maior ldquonoacute criacuteticordquo que precisa ser desconstruiacutedo o cidadatildeo se

preocupa com o vizinho e se esquece do seu domiciacutelio

Segundo balanccedilo divulgado pela Secretaria Municipal de Sauacutede

(DIVINOacutePOLIS 2014) os 4139 casos confirmados mais os exames que ainda

aguardam os resultados sinalizam para cidade que tem muito trabalho para

enfrentar esse grave problema de sauacutede puacuteblica Os bairros Nossa Senhora das

Graccedilas Centro Satildeo Joseacute Interlagos Niteroacutei Porto Velho Planalto Santos Dumont

Belvedere e Bom Pastor foram responsaacuteveis por 3027 dos casos notificados na

cidade Em meacutedia a UBS Santos Dumont em relaccedilatildeo agrave populaccedilatildeo adscrita

apresentou um percentual de 215 da populaccedilatildeo total com casos notificados como

se pode observar no quadro abaixo

20

Quadro 5 - Nuacutemero de casos de Dengue em Divinoacutepolis ndash 2014

NOSSA SENHORA DAS GRACcedilAS Fonte Prefeitura Municipal de Divinoacutepolishttpwwwdivinopolismggovbrportalnoticiaphpid=109802014

Segundo Valente et al (2012) a praacutetica de jogar lixo nas ruas como algo do

cotidiano mesmo sabendo que essa accedilatildeo remete aos proacuteprios moradores e a falta

de coleta seletiva regular levam ao acuacutemulo de recipientes de plaacutesticos que durante

o periacuteodo chuvoso tornam-se criadouros do mosquito Esse tambeacutem eacute um

importante tema que necessita ser trabalhado desde a preacute-escola em vaacuterias

oportunidades como reuniatildeo de bairros em eventos esportivos e festivos pois

somente com educaccedilatildeo da populaccedilatildeo se pode mudar essa realidade

BAIRROS COM MAIORES NUacuteMEROS DE CASOS DE DENGUE EM DIVINOacutePOLIS

Bairros NSG CENTRO Satildeo JOSEacute INTERLAGOS NITEROacuteI

PORTO VELHO PLANALTO

SANTOS DUMONT BELVEDERE

BOM PASTOR

307 350 192 123 124 1O8 104 101 98 96

TOTAL 1417

21

2 JUSTIFICATIVA

A enfermagem eacute uma arte cuidar prevenir e proteger a sauacutede o enfermeiro

que atua na equipe de sauacutede da famiacutelia tem importante papel na educaccedilatildeo e na

proteccedilatildeo de sua populaccedilatildeo adscrita por estar perto e conhecer a realidade de sua

comunidade Backes et al (2012)

O conhecimento dos problemas de uma populaccedilatildeo permite a equipe de

Sauacutede da Estrateacutegia da Famiacutelia o planejamento de accedilotildees efetivas e eficazes nas

principais causas de adoecimento de uma comunidade aleacutem de organizar de

maneira ordenada o atendimento da demanda e rotina dos serviccedilos ofertados na

Unidade Baacutesica de Sauacutede Backes et al (2012)

O tema dengue tem relevacircncia por ser a mais importante arbovirose que

atinge o ser humano na atualidade trazendo um enorme prejuiacutezo socioeconocircmico

para toda sociedade

Segundo Figueiredo et al (1992) a dengue eacute uma doenccedila com alta

morbidade e pode evoluir para um quadro grave de hemorragia podendo levar ao

oacutebito Ainda conforme Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2009) em oito paiacuteses do

continente americano e asiaacutetico incluindo o Brasil em 2009 foram gastos U$ 18

bilhotildees somente com despesas ambulatoriais e hospitalares sem contar os recursos

despendidos para vigilacircncia epidemioloacutegica

Em Divinoacutepolis em 2014 foram notificados 4680 notificaccedilotildees e 4139 casos

confirmados e os demais aguardando confirmaccedilatildeo segundo a Secretaria Municipal

de Sauacutede

Ainda outro ponto muito importante eacute que as pessoas acreditam que o

problema eacute sempre do outro conforme salientam Valente et al (2012) que a culpa

dos casos de dengue eacute do vizinho sendo assim ele natildeo se preocupa com a sua

residecircncia Neste mesmo sentido Giratildeo et al (2012) afirmam que devido agrave

adaptaccedilatildeo do vetor as aacutereas domiciliares e peridomiciliares o controle da doenccedila

sem a participaccedilatildeo da populaccedilatildeo estaacute fadado ao fracasso As accedilotildees educaccedilatildeo em

sauacutede satildeo uma ferramenta essencial nessa estrateacutegia proporcionando ao cidadatildeo

uma autonomia para cuidar da sua sauacutede e da prevenccedilatildeo e eliminaccedilatildeo do vetor

Portanto uma proposta de intervenccedilatildeo que enfatize esta participaccedilatildeo da

comunidade conhecendo suas potencialidades e suas necessidades justifica a

realizaccedilatildeo deste trabalho

22

3 OBJETIVOS

31 Objetivo Geral

Elaborar um plano de accedilatildeo com ecircnfase em educaccedilatildeo e sauacutede com vistas agrave

reduccedilatildeo do nuacutemero de casos de dengue no municiacutepio de Divinoacutepolis e

especificamente na aacuterea de abrangecircncia da Unidade de Sauacutede Santos

Dumont

32 Objetivos Especiacuteficos

Organizar um grupo comunitaacuterio de controle e combate ao mosquito

Aedes Aegypti

Despertar na comunidade adscrita da Unidade de Sauacutede Santos Dumont uma

visatildeo criacutetica sobre os novos processos de sauacutede e doenccedila com a priorizaccedilatildeo

de accedilotildees educativas

Descrever os passos de uma proposta de intervenccedilatildeo e acompanhamento de

resultados com ecircnfase em educaccedilatildeo e sauacutede com vista na reduccedilatildeo dos focos

do vetor transmissor da dengue

23

4 BASES CONCEITUAIS

41 Aspectos Gerais da Doenccedila

A dengue eacute atualmente a mais importante arbovirose que acomete o ser

humano no continente americano distribuiacuteda segundo Ferreira et al (2009) desde o

Uruguai ateacute a costa sul dos Estados Unidos abrangendo principalmente Venezuela

Cuba Brasil e Paraguai contaminando cerca de mais de 3 bilhotildees de pessoas em

todo mundo

Segundo Penna (2003) embora o vetor Aedes Aegypti natildeo seja natural das

Ameacutericas encontrou aqui um ambiente favoraacutevel agrave sua multiplicaccedilatildeo Introduzido no

Brasil possivelmente pela Aacutefrica em meados do seacuteculo XIX invadiu o paiacutes e se

expandiu para todo o territoacuterio nacional

Segundo Penna (2003) o vetor chegou a ser erradicado de 1967 a 1973 pelo

meacutetodo de aplicaccedilatildeo de inseticida de accedilatildeo residual que prevalecia por ateacute seis

meses a aplicaccedilatildeo se deu em depoacutesitos que continham ou natildeo aacutegua parada e

tambeacutem ateacute um metro dos potenciais focos do mosquito Atualmente com os

grandes aglomerados urbanos e com a infestaccedilatildeo em todo continente americano a

erradicaccedilatildeo do mosquito natildeo eacute mais viaacutevel por isso o Ministeacuterio da Sauacutede em

parceria com Organizaccedilatildeo Pan-americana da Sauacutede (OPAS) aderiu o ldquoPlano de

Intensificaccedilatildeo das Accedilotildees de Controle da Denguerdquo (PIACD) que trabalha com a

universalidade regional sincronicidade e continuidade das accedilotildees e natildeo na

erradicaccedilatildeo (FERREIRA et al 2009 p 963)

Valente et al (2012) Giratildeo et al (2014) salientam que eacute de fundamental

importacircncia entender que as atuais estrateacutegias de controle vetorial onde haacute

responsabilizaccedilatildeo dos cidadatildeos e eliminaccedilatildeo focal parecem natildeo ter mais efeito

efetivo no combate ao mosquito Aedes Aegypti Diante das seguidas epidemias haacute

necessidade de uma abordagem mais ampla do problema com a participaccedilatildeo efetiva

de toda populaccedilatildeo e de todos os setores da sociedade ldquoenfocando a determinaccedilatildeo

social do processo sauacutede-doenccedila e a transdisciplinalidade das accedilotildeesrdquo (VALENTE et

al 2012 p 2988)

No Brasil segundo Ferreira et al (2009) as condiccedilotildees socioambientais a

falta de saneamento a ausecircncia da coleta seletiva de lixo a maacute distribuiccedilatildeo de

24

renda e a baixa escolaridade criaram um ambiente muito favoraacutevel agrave multiplicaccedilatildeo

do vetor Aedes Aegypti

42 Etiologia

Segundo Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2002) a Dengue eacute uma doenccedila febril

que em sua forma claacutessica apresenta como sinais cliacutenicos dores musculares e nas

articulaccedilotildees cefaleia e dor retro-orbitaacuteria vocircmitos e diarreia Para Almeida et al

(2008) a dengue eacute uma doenccedila de curso que varia de forma benigna a grave pode

apresentar a forma claacutessica a forma hemorraacutegica e o choque sendo que esta uacuteltima

pode levar ao oacutebito

No Brasil segundo a Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz (BRASIL 2008) satildeo

encontrados dois vetores da doenccedila o Aedes aegypti e Aedes albopictus A

transmissatildeo ocorre quando uma fecircmea do inseto pica uma pessoa portadora do

viacuterus e esta passa por periacuteodo de incubaccedilatildeo e logo apoacutes 10 a 14 dias a fecircmea estaacute

apta a transmitir o viacuterus por toda vida em meacutedia vive em torno de 35 a 40 dias

43 Aspectos Epidemioloacutegicos

Segundo Gonccedilalves Neto et al (2006) a dengue eacute considerada como a mais

importante arbovirose transmitida por insetos das uacuteltimas deacutecadas atinge a cada

ano um maior contingente de pessoas com o vetor aparecendo em mais de 100

paiacuteses de clima tropical e subtropical

Em face dessa realidade Ferreira Veras e Silva (2009) salientam que as

sucessivas epidemias de dengue no mundo especialmente no Brasil tecircm

mobilizado e preocupado autoridades e a populaccedilatildeo em geral No estado de Satildeo

Paulo houve um grande aumento dos quadros de dengue hemorraacutegica Cerca de

80 dos municiacutepios paulistas estatildeo totalmente infestados pelo mosquito aedes

aegypti Os motivos pelo quais a sua populaccedilatildeo aumenta significativamente

pontuam os autores satildeo a dificuldade em utilizaccedilatildeo de inseticidas a contrataccedilatildeo de

matildeo de obra qualificada a precaacuteria coleta de lixo especialmente nas grandes

cidades e nas suas regiotildees perifeacutericas aleacutem de fatores como o clima criando o

ambiente cada vez mais favoraacutevel agrave reproduccedilatildeo do mosquito

25

Segundo Mayo et al (2011) em estudo semelhante salienta que a

populaccedilatildeo brasileira vem sofrendo com seguidas epidemias de dengue haacute mais de

duas deacutecadas os autores seguem chamando a atenccedilatildeo para o progressivo aumento

de nuacutemero de casos com complicaccedilotildees seguindo a mesma loacutegica um nuacutemero

maior de municiacutepios vem sofrendo com o aparecimento e o aumento de casos de

dengue hemorraacutegica e o aumento dos oacutebitos por complicaccedilotildees da dengue

Havendo a predominacircncia de tais caracteriacutesticas a dengue tem levado ao alto

nuacutemero de oacutebitos Segundo Figueiroacute et al (2011) isso estaacute associado ainda agrave

imensa massa da populaccedilatildeo exposta Contudo salientam os autores que a doenccedila

tem se tornado um dos problemas de sauacutede reemergentes mais importantes da

histoacuteria Estima-se que 25 bilhotildees de pessoas estatildeo em risco de contrair a doenccedila

ainda que por ano satildeo 50 milhotildees de novos casos Destes cerca 550 mil necessitam

de hospitalizaccedilatildeo e pelo menos 20 mil evoluem para oacutebito Dados epidemioloacutegicos

do Ministeacuterio da Sauacutede tem apontado segundo Figueiro et al (2011) um crescente

aumento dos casos de Febre Hemorraacutegica por Dengue (FHD) e em uma deacutecada a

taxa de letalidade atingiu 68 destacando-se a regiatildeo nordeste com maior iacutendice

de casos entre 1981 a 2007

Contudo salientam Giratildeo et al (2014) que devido agrave adaptaccedilatildeo muito

acentuada do vetor nos peridomiciacutelios e domiciacutelios corroborando estudos da

Secretaria Municipal de Sauacutede de Divinoacutepolis (2014) apontaram que 9415 dos

focos de dengue estatildeo dentro das residecircncias sendo assim a participaccedilatildeo do

cidadatildeo no controle eacute de suma importacircncia no controle da doenccedila

Segundo dados do Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2014) em Minas Gerais a

taxa de incidecircncia da doenccedila foi de foi 2856 casos para cada 100000 habitantes

os 45 oacutebitos indicam um aumento de 3333 casos fatais em relaccedilatildeo a 2013 que

teve um nuacutemero de casos maior Quanto ao tipo de viacuterus circulante verificou-se a

incidecircncia de DENV1 (882) seguido de DENV4 (115) DENV3 (03) e DENV2

(00)

Para implantar as accedilotildees de vigilacircncia em sauacutede o Ministeacuterio da Sauacutede

(BRASIL 2014) por meio da Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede repassou para os

estados e municiacutepios 30 do valor a ser gasto em todo ano de 2014 cerca de R$

3634 milhotildees No mecircs de dezembro de 2013 a fim de intensificar as accedilotildees de

combate agrave dengue no periacuteodo de maior incidecircncia foram fornecidos 100 mil kg de

larvicidas 227 mil litros de adulticida e 104 mil kits para diagnoacutestico

26

Segundo a Secretaria Municipal de Sauacutede (DIVINOacutePOLIS 2014) haacute em

atividade 94 agentes de sauacutede puacuteblicos efetivos e 14 contratados sendo a cidade eacute

dividida em setores De acordo com levantamento raacutepido do iacutendice de infestaccedilatildeo do

aedes aegypti realizado em marccedilo de 2014 obteve-se um percentual de infestaccedilatildeo

do mosquito de 37 nos domiciacutelios visitados em Divinoacutepolis que representam risco

meacutedio para epidemia Em outubro de 2014 o novo levantamento raacutepido do iacutendice de

infestaccedilatildeo apresentou um iacutendice de 09 preocupante visto que o valor muito estaacute

muito proacuteximo do tolerado pela Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede que eacute de 1 Aleacutem

disso as condiccedilotildees climaacuteticas nesse periacuteodo natildeo favorecem a proliferaccedilatildeo do

mosquito por isso pode-se considerar esse valor alto

Em face dos dados apresentados conforme afirmam Ferreira Veras e Silva

(2009) para o controle da dengue a participaccedilatildeo popular eacute indiscutivelmente

essencial visto que o vetor habita os domiciacutelios sendo assim todos tem condiccedilotildees

de colaborar fiscalizando suas moradias O PNCD destaca as accedilotildees educativas

como forma de preparar a comunidade para adoccedilatildeo de comportamentos que

protejam a sauacutede coletiva Ainda segundo os autores durante as epidemias haacute todo

um clamor da miacutedia e do poder puacuteblico no sentido de mobilizar a comunidade para o

controle da doenccedila poreacutem nos periacuteodos de menor incidecircncia esse apelo perde a

intensidade o tema acaba no esquecimento sendo apresentado somente no

proacuteximo periacuteodo de infestaccedilatildeo e transmissatildeo da doenccedila

Ferreira Veras e Silva (2009) em anaacutelise do iacutendice de participaccedilatildeo da

populaccedilatildeo de 16 municiacutepios paulistas detectaram que em mais da metade destes

municiacutepios a participaccedilatildeo era muito baixa em consequecircncia o nuacutemero de pessoas

que contraiacuteram a doenccedila era maior onde haacute menos participaccedilatildeo popular

A educaccedilatildeo permanente segundo Ribeiro Sousa e Arauacutejo (2007) visa

acelerar o processo de adesatildeo da populaccedilatildeo agraves medidas preventivas abordando as

questotildees que envolvem condiccedilotildees de sauacutede moradia saneamento baacutesico indo

aleacutem de accedilotildees pontuais e campanhistas que perdem forccedila nos periacuteodos de baixa

notificaccedilatildeo de casos Eacute preciso buscar parceiros na sociedade civil como nos meios

de comunicaccedilatildeo para divulgaccedilatildeo do enfrentamento da doenccedila o ano inteiro

27

44 Medidas Educativas

Giratildeo et al (2014) destacam que somente com a educaccedilatildeo em sauacutede eacute que

se pode despertar na comunidade uma autonomia para que a populaccedilatildeo se sinta

como uma parte do processo que passa pela prevenccedilatildeo cujo controle depende da

eliminaccedilatildeo dos focos do mosquito dentro dos domiciacutelios

Neste sentido Alves (2005) afirma que a educaccedilatildeo em sauacutede eacute uma

ferramenta capaz de produzir intermediada pelos profissionais de sauacutede uma

compreensatildeo nova do processo sauacutede doenccedila oferecendo agrave populaccedilatildeo subsiacutedios

para adoccedilatildeo de novos haacutebitos de vida com ecircnfase na promoccedilatildeo e prevenccedilatildeo de

situaccedilotildees que podem trazer prejuiacutezos agrave sua sauacutede

Segundo Figueiroacute et al (2011) a doenccedila atinge a cada ano um maior

contingente de pessoas Nesse sentido priorizando a reduccedilatildeo dos casos de dengue

e dengue grave o Ministeacuterio da Sauacutede implantou no paiacutes o Plano Nacional de

Controle da Dengue ndash PNCD O programa eacute gerido de forma tripartite ou seja com

a participaccedilatildeo das trecircs esferas de governos uniatildeo estados e municiacutepios

ldquocompreendendo accedilotildees operacionais de vigilacircncia integrada entomoloacutegica e sobre o

meio ambiente de assistecircncia aos pacientes de educaccedilatildeo em sauacutede comunicaccedilatildeo

e mobilizaccedilatildeo socialrdquo (FIGUEIROacute et al 2011 p 2374) O PNCD compreende ainda

o controle e avaliaccedilatildeo dos agentes comunitaacuterios de sauacutede - ACS entretanto

segundo dados epidemioloacutegicos haacute uma grande dificuldade na realizaccedilatildeo das accedilotildees

e no alcance dos resultados esperados devido agrave baixa participaccedilatildeo da populaccedilatildeo

Para Ferreira Veras e Silva (2009) de acordo com a OPAS uma das maiores

dificuldades das autoridades de sauacutede em articulaccedilatildeo das accedilotildees eacute a parceria com a

comunidade o PNCD tem como um dos eixos a participaccedilatildeo comunitaacuteria para

reduccedilatildeo dos criadouros domiciliares Segundo Ferreira Veras e Silva (2009) a

participaccedilatildeo popular no combate eacute fundamental e defendida pelos organismos

nacionais e internacionais Pode estar inserida a capacitaccedilatildeo da populaccedilatildeo na

promoccedilatildeo e prevenccedilatildeo com o objetivo da melhoria da comunidade tanto na sauacutede

individual quanto coletiva favorecendo a construccedilatildeo de um modelo de sauacutede

compartilhada No controle das epidemias especialmente da dengue cujo vetor vive

na maioria das vezes nas casas das pessoas o PNDC visa o desenvolvimento de

accedilotildees educativas que tem como objetivo a mudanccedila de comportamento das

pessoas na manutenccedilatildeo de um ambiente de vida saudaacutevel Contudo a criteriosa

28

tarefa de evitar epidemias vai muito aleacutem do setor de sauacutede consistem em um

conjunto de accedilotildees poliacuteticas teacutecnicas e sociais que inclui prioritariamente a

participaccedilatildeo popular aliada agrave vigilacircncia epidemioloacutegica

Segundo Gonccedilalves Neto et al (2006) as condiccedilotildees sanitaacuterias prejudicadas

ausecircncia de coleta seletiva de lixo ausecircncia de saneamento baacutesico e um

crescimento desordenado em aacutereas tropicais propiciou raacutepida adaptaccedilatildeo do vetor

nas residecircncias levando o aedes aegpyti aproveitar se dos criadouros

providenciados pelo proacuteprio homem para aumentar sua populaccedilatildeo Contudo salienta

o autor praticamente impossiacutevel desenvolver um trabalho de controle do vetor sem a

participaccedilatildeo da comunidade

Tais afirmaccedilotildees explicam a situaccedilatildeo da populaccedilatildeo adscrita da UBS Santos

Dumont onde ocorreu uma grande expansatildeo de domiciacutelios sem um planejamento

adequado deixando um grande nuacutemero de terrenos baldios uma ocupaccedilatildeo sem a

infraestrutura necessaacuteria falta da coleta seletiva de lixo saneamento baacutesico e

pavimentaccedilatildeo Soma-se a isso a deficiecircncia do Estado em garantir uma coleta de

lixo eficiente deixando margem para a proliferaccedilatildeo da doenccedila

Segundo Almeida et al (2008) a adaptaccedilatildeo do mosquito aedes aegypti cuja

sobrevivecircncia depende de aacutegua parada ocorre principalmente nas aacutereas urbanas

em domiciacutelios e peridomiciacutelios Contudo o vetor eacute muito sensiacutevel agraves condiccedilotildees

ambientais poreacutem seus ovos resistem a longos periacuteodos de dissecaccedilatildeo o que

garante a perpetuaccedilatildeo da espeacutecie Com haacutebito diurno preferencialmente tem uma

especial atraccedilatildeo pelo sangue humano seu deslocamento eacute em meacutedia durante um

voo em condiccedilotildees normais de ambiente sem a interferecircncia de vento de cinquenta

metros portanto sua caracteriacutestica de habitar os domiciacutelios e peridomiciacutelios

permanecendo proacuteximo ao local de ldquopastordquo e postura dos ovos

Segundo Almeida et al (2008) com a ausecircncia de uma vacina eficaz capaz

de evitar a doenccedila a principal profilaxia tem sido o controle vetorial por meio de

identificaccedilatildeo dos focos e aplicaccedilatildeo de inseticidas de accedilatildeo residual para eliminaccedilatildeo

das larvas ou seja o combate focal

Contudo afirmam Almeida et al (2008) o conhecimento do dinamismo do

periacuteodo de maior transmissibilidade e latecircncia tem permitido a organizaccedilatildeo de accedilotildees

mais ou menos acentuadas dependendo do momento da epidemia e das condiccedilotildees

climaacuteticas A presenccedila do vetor em variadas partes das cidades jaacute foi identificada por

meio de estudos o que comprova que a doenccedila natildeo atinge somente uma classe

29

social Quanto agrave diminuiccedilatildeo dos casos dentro de um contexto epidemioloacutegico trecircs

fatores tecircm um papel muito importante as condiccedilotildees climaacuteticas desfavoraacuteveis agrave

viabilidade do vetor esgotamento de hospedeiros susceptiacuteveis e o controle quiacutemico

do vetor

45 Controle

Segundo Mayo et al (2011) existem duas formas de atuaccedilatildeo no controle da

doenccedila o bloqueio e o controle de criadouros Estas medidas tecircm por objetivo a

reduccedilatildeo dos criadouros na aacuterea de atuaccedilatildeo dos agentes de sauacutede o controle por

bloqueio e nebulizaccedilatildeo ocorre agrave aplicaccedilatildeo de inseticida com aplicadores Ultra Baixo

Volume - UBV A atuaccedilatildeo nesse tipo de trabalho em relaccedilatildeo ao feito pelo municiacutepio

diz respeito agrave qualidade do serviccedilo realizado bem como a agilidade na realizaccedilatildeo da

tarefa e o grande alcance da aacuterea coberta e o tipo de equipamento empregado

Para realizaccedilatildeo das tarefas o meacutetodo segue o preconizado pelo PNCD divide

as cidades em aacutereas setores e quarteirotildees Segundo Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL

2001) o bloqueio consiste em parar a transmissatildeo da dengue em municiacutepios com

epidemia instalada e tem como objetivo ainda a identificaccedilatildeo do sorotipo de viacuterus

circulante a aplicaccedilatildeo do UBV sem prejuiacutezo do controle larvaacuterio Quanto agrave

delimitaccedilatildeo de um foco isolado nos casos onde natildeo haacute infestaccedilatildeo deveratildeo ser

tratados todos os imoacuteveis no raio de 300 metros do entorno do local

Na fase de ataque segundo Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2001) deveraacute ser

tratado 100 dos imoacuteveis aleacutem de pontos estrateacutegicos terrenos baldios das zonas

infestadas e todos os potenciais focos devem ser eliminados Na fase de

consolidaccedilatildeo o objetivo eacute a erradicaccedilatildeo do mosquito satildeo desenvolvidas vaacuterias

accedilotildees semelhantes agrave fase de ataque com exceccedilatildeo do tratamento de focos Na fase

de manutenccedilatildeo satildeo visitadas todas as aacutereas positivas e negativas mesmo onde o

vetor foi erradicado as medidas satildeo o uso de armadilhas de oviposiccedilatildeo e inspeccedilotildees

de pontos estrateacutegicos

46 Atuaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Baacutesica no Controle da Dengue

As atividades de controle devem ter uma sinergia com todos os setores

envolvidos no tocante a vigilacircncia epidemioloacutegica haacute necessidade de manter a

30

vistoria em imoacuteveis terrenos depoacutesitos oficinas entre outros locais Teixeira et al

(2010) verificaram que os domiciacutelios com terrenos baldios no entorno apresentaram

maior concentraccedilatildeo da doenccedila

Lima e Vilasboas (2011) salientam que a sauacutede eacute um direito e a maneira que

o Estado tem de garantir esse direito eacute por meio de poliacuteticas puacuteblicas de proteccedilatildeo

prevenccedilatildeo e recuperaccedilatildeo de agravos a simples ausecircncia de doenccedila natildeo pode ser

considerada um conceito de sauacutede visto que as condiccedilotildees sociais de saneamento

baacutesico meio ambiente educaccedilatildeo moradia e renda satildeo fatores determinantes no

processo de adoecimento de um povo A sauacutede deve ser pensada no contexto

ampliado com integraccedilatildeo formando uma rede interssetorial na perspectiva de troca

de ajuda muacutetua na troca de experiecircncias com uma construccedilatildeo muacutetua de saberes

facilitando a resoluccedilatildeo dos problemas enfrentados

Para Lima e Vilasboas (2011) a interssetorialidade pode ser um facilitador

para construccedilatildeo de um sistema de sauacutede efetivo contudo aliado a poliacuteticas puacuteblicas

que possam contribuir para ganho na melhoria da qualidade de vida das pessoas A

interssetorialidade extrapola os limites do poder estatal e envolve a sociedade nas

decisotildees poliacuteticas evita a subordinaccedilatildeo de um setor a outro e diminui as resistecircncias

de alguns membros

Segundo Lefegravevre et al (2007) a populaccedilatildeo tem informaccedilotildees sobre a doenccedila

e do ciclo de vida do transmissor poreacutem esse conhecimento ainda natildeo eacute capaz de

produzir nas pessoas atitudes e comportamento para impedir ou reduzir os

criadouros do mosquito A probabilidade eacute que esse conhecimento vindo de origem

externa fragmentado ou pouco organizado configure um conflito entre o saber

sanitaacuterio e o senso comum Ainda segundo o autor o programa educativo tem sido

aplicado haacute muitos anos mas ateacute hoje ainda natildeo obteve o resultado esperado

contudo haacute necessidade de aprofundar neste contexto para identificar onde estatildeo as

falhas para que possa realmente ter uma populaccedilatildeo engajada no controle do vetor

Para a populaccedilatildeo segundo Lefegravevre et al (2007) haacute uma relaccedilatildeo entre sujo

que seria a doenccedila e limpo que seria a sauacutede levando a ideacuteia equivocada que o lixo

eacute o uacutenico meio de procriaccedilatildeo do mosquito Neste sentido haacute uma sinalizaccedilatildeo para

que o poder puacuteblico perceba a necessidade de informar educar e comunicar

Informar no que diz respeito aos constantes dados epidemioloacutegicos sobre a doenccedila

no Paiacutes no Estado e na sua Comunidade no sentido de incentivar a participaccedilatildeo

popular no controle da doenccedila Educar esclarecendo a forma de transmissibilidade

31

da doenccedila estabelecendo um diaacutelogo de faacutecil entendimento na loacutegica sanitaacuteria sem

confrontar o senso comum buscando construir um relacionamento entre o teacutecnico e

o cidadatildeo e agrave adoccedilatildeo de alternativas na reduccedilatildeo das viacutetimas da dengue

Neste sentido a ESF tem papel fundamental no desenvolvimento de accedilotildees de

prevenccedilatildeo e controle da dengue considerando a relaccedilatildeo de confianccedila que a

populaccedilatildeo manteacutem com a equipe de sauacutede da famiacutelia possibilitando o contato com

o ambiente domeacutestico por meio dos ACSs promovendo um ambiente seguro e livre

do Aedes aegypti (BRASIL 2002) A ESF pode ainda promover accedilotildees educativas

com a populaccedilatildeo mobilizando-a para adotar accedilotildees preventivas realizando tambeacutem a

notificaccedilatildeo imediata dos casos suspeitos possibilitando as medidas tratamento

adequado agraves situaccedilotildees de dengue claacutessica e dengue grave reduzindo os casos

letais e possibilitando o bloqueio dos focos pela vigilacircncia epidemioloacutegica

32

5 PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO

O diagnoacutestico situacional foi realizado com base nas informaccedilotildees contidas em

dados oficiais do IBGE do Sistema Integrado de Sauacutede e embasado no relato dos

problemas levantados pela Equipe de Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia da UBS

Santos Dumont

Foi utilizado o Planejamento Estrateacutegico Situacional ndash PES como referecircncia

para a proposta de intervenccedilatildeo Este meacutetodo possibilita que os atores atraveacutes de

sua proacutepria visatildeo identifiquem as causas possiacuteveis dos problemas como nascem e

se desenvolvem A partir deste ponto de vista podem propor soluccedilotildees para atacar

suas causas e a viabilidade destas soluccedilotildees (CAMPOS FARIA SANTOS 2010)

Assim a partir do diagnoacutestico situacional os 10 passos segundo os autores

mencionados e suas atividades satildeo descritas a seguir

51 Primeiro Passo Definiccedilatildeo dos Problemas

Hipertensatildeo Arterial

Diabetes

Drogas

Gravidez na Adolescecircncia

Dengue

Transtorno Depressivo

Doenccedilas Sexualmente Transmissiacuteveis AIDS

Falta de Saneamento Baacutesico

52 Segundo Passo Priorizaccedilatildeo dos Problemas

Dengue

Falta de Saneamento Baacutesico

53 Terceiro Passo Descriccedilatildeo do Problema Selecionado

Segundo o Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2002) o nosso paiacutes eacute

predominantemente de clima tropical e este eacute um ambiente favoraacutevel agrave proliferaccedilatildeo

do mosquito aedes aegypti principal transmissor da dengue em nosso continente A

33

doenccedila eacute a uma arbovirose transmitida por um artroacutepode que pode apresentar-se

de forma benigna claacutessica ou grave na forma de febre hemorraacutegica

Durante o ano de 2014 segundo o Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2014) mais

meio milhatildeo de casos da doenccedila (591080) 528 soacute na regiatildeo Sudeste em Minas

Gerais foram 59222 com 45 oacutebitos confirmados em Divinoacutepolis segundo a

Secretaria Municipal de Sauacutede (2014) ocorreram 4680 notificaccedilotildees de casos da

doenccedila e confirmados 4139 casos de dengue com 06 oacutebitos sendo que os bairros

Nossa Senhora das Graccedilas Centro Satildeo Joseacute Interlagos Niteroacutei Porto Velho

Planalto Santos Dumont Belvedere e Bom Pastor foram responsaacuteveis por 3027

dos casos de dengue da cidade

Ferreira et al (2009) Lima e Vilasboas (2011) chamam a atenccedilatildeo para a falta

de saneamento baacutesico como um fator agravante que pode elevar a multiplicaccedilatildeo do

vetor da doenccedila Para Gonccedilalves Neto et al (2006) as condiccedilotildees sanitaacuterias

prejudicadas o crescimento desordenado levaram agrave raacutepida adaptaccedilatildeo do vetor agraves

residecircncias causando a disseminaccedilatildeo do viacuterus Tais situaccedilotildees satildeo rotineiras na

populaccedilatildeo adscrita da UBS Santos Dumont

54 Quarto passo Explicaccedilatildeo do Problema

A explicaccedilatildeo para o problema selecionado foi qualificado do ponto de vista

social coletivo e individual

Niacutevel Social Refere-se agrave ausecircncia de poliacuteticas puacuteblicas para melhoria de qualidade

de vida da populaccedilatildeo que convive com a ausecircncia de saneamento baacutesico esgoto a

ceacuteu aberto falta de coleta seletiva e lixo acumulado nas ruas e terrenos baldios

Niacutevel Coletivo Falta de consciecircncia da gravidade da doenccedila que pode acometer a

qualquer pessoa e todas as faixas etaacuterias falta de colaboraccedilatildeo entre os vizinhos que

sempre potildeem a culpa das maacutes condiccedilotildees uns nos outros mas ningueacutem assume a

responsabilidade pelo seu quintal

Niacutevel Individual Falta de compromisso pois segundo dados da SEMUSA

(DIVINOacutePOLIS 2014) 9415 dos focos de Dengue estatildeo dentro das residecircncias

esses focos foram identificados em vasilhas de aacutegua para cachorro galinha calhas

mal projetadas e caixas drsquoaacutegua sem tampa

55 Quinto Passo Seleccedilatildeo dos ldquoNoacutes Criacuteticosrdquo

34

Foram selecionados os seguintes ldquonoacutes criacuteticosrdquo que podem ter relaccedilatildeo direta com o

alto nuacutemero de casos de dengue

Lixo nas ruas falta de conscientizaccedilatildeo da populaccedilatildeo para evitar descarte

incorreto de lixo nas ruas e terrenos baldios

Responsabilizaccedilatildeo do outro falta agrave comunidade assumir que o problema da

dengue natildeo eacute do meu vizinho mas eacute de todos

Lotes sujos falta cobranccedila por parte do poder puacuteblico aos proprietaacuterios de

terrenos vazios que mantenham os lotes limpos e conservados

56 Sexto Passo Desenho de Operaccedilotildees para os ldquoNoacutes Criacuteticosrdquo do Problema

Como soluccedilatildeo dos ldquonoacutes criacuteticosrdquo foram apresentadas as seguintes propostas

contidas no Quadro 6 a seguir

Quadro 6 ndash Desenho das Operaccedilotildees para os Noacutes Criacuteticos Selecionados

ldquoNoacute

Criacuteticordquo

Operaccedilatildeo

Projeto

Resultados

Esperados

Produtos

Esperados

Recursos

Necessaacuterios

Lixo nas ruas Reeducaccedilatildeo conscientizaccedilatildeo ambiental

Ausecircncia de lixo nas ruas e lotes vazios

Bairro limpo sem dengue

Datashow e computador

Responsabiliza ccedilatildeo do outro

Conscientizaccedilatildeo

sobre sauacutede

coletiva

Que todos

unidos com

objetivo de

diminuir os

casos de

dengue

Reduccedilatildeo da

doenccedila

Datashow e computador Panfletos informativos

Lotes sujos Limpeza de

lotes e terrenos

Lotes limpos

e sem focos

da dengue

Diminuiccedilatildeo

do nuacutemero do

mosquito

transmissor

da dengue

Palestras sobre

conservaccedilatildeo

dos terrenos e

lotes vazios

Fiscalizaccedilatildeo da

prefeitura

57 Seacutetimo Passo Identificaccedilatildeo dos Recursos Criacuteticos

35

Para iniacutecio das operaccedilotildees foram apresentados os recursos necessaacuterios e

indispensaacuteveis para o sucesso do processo

Quadro 7 ndash Identificaccedilatildeo dos Recursos Criacuteticos

Operaccedilatildeo

Projeto

Recursos Criacuteticos

Controle dos recursos criacuteticos

Accedilatildeo estrateacutegica

Ator que controla

Motivaccedilatildeo

ldquoMutiratildeo da

limpezardquo

realizar um dia

por mecircs para

limpeza em

parceria com a

populaccedilatildeo

Poliacutetico Veiculo e pessoal para limpeza das ruas

Empresa Municipal de Obras Puacuteblicas

Evitar que lixo se acumule nas ruas

Criaccedilatildeo do dia da limpeza e apresentaccedilatildeo da administraccedilatildeo para apreciaccedilatildeo

ldquoFora Denguerdquo Intensificaccedilatildeo das accedilotildees educativas nas escolas e nos grupos e associaccedilatildeo de bairro

Poliacutetico Articulaccedilatildeo interssetorial Financeiro Disponibilizaccedilatildeo de material informativo

Secretaria Municipal de Sauacutede Secretaria Municipal de Educaccedilatildeo Associaccedilatildeo de bairros

Despertar na comunidade a consciecircncia de sauacutede coletiva

Despertar nos discentes e na comunidade o desejo de erradicar os focos da dengue

ldquoMapeamento

dos lotes sujosrdquo

Realizar o

mapeamento

dos terrenos

sujos

Poliacutetico Notificar os

proprietaacuterios para limpeza do

terreno Financeiro

Recurso para impressatildeo das

notificaccedilotildees

Secretaria Municipal de

Sauacutede

Evitar que as pessoas joguem lixo e entulho em lotes vagos

Conservaccedilatildeo e limpeza dos lotes vazios

58 Oitavo Passo Anaacutelise de Viabilidade do Plano

A proposta a seguir (Quadro 3) apresenta a motivaccedilatildeo para a viabilidade do plano

visto que alguns dos recursos necessaacuterios fogem agrave governabilidade da ESF

36

Quadro 8 ndash Viabilidade do Plano

Operaccedilatildeo

Projeto

Recursos Criacuteticos

Controle dos recursos criacuteticos

Accedilatildeo estrateacutegica

Ator que controla

Motivaccedilatildeo

ldquoMutiratildeo da

limpezardquo

realizar um dia

por mecircs para

limpeza em

parceria com a

populaccedilatildeo

Poliacutetico Veiculo e pessoal para limpeza das ruas

Empresa Municipal de Obras Puacuteblicas

Favoraacutevel Criaccedilatildeo do dia da limpeza e apresentaccedilatildeo agrave administraccedilatildeo para apreciaccedilatildeo

ldquoFora Denguerdquo Intensificaccedilatildeo das accedilotildees educativas nas escolas e nos grupos e associaccedilatildeo de bairro

Poliacutetico Articulaccedilatildeo interssetorial Financeiro Disponibilizaccedilatildeo de material informativo

Secretaria Municipal de Sauacutede Secretaria Municipal de Educaccedilatildeo Associaccedilatildeo de bairros

Favoraacutevel

Despertar nos escolares e na comunidade o desejo de erradicar os focos da dengue

ldquoMapeamento

dos lotes sujosrdquo

Realizar o

mapeamento

dos terrenos

sujos

Poliacutetico Notificar os

proprietaacuterios para limpeza do

terreno Financeiro

Recurso para impressatildeo das

notificaccedilotildees

Secretaria Municipal de

Sauacutede

Indiferente

Conservaccedilatildeo e limpeza dos lotes vazios

37

59 Nono Passo Elaboraccedilatildeo do Plano Operativo

A proposta a seguir no Quadro 9 identifica os atores envolvidos lhes atribuiacutedo

responsabilidades e prazos a cumprir

Quadro 9 ndash Plano Operativo

Operaccedilotildees Resultados Accedilotildees Estrateacutegicas

Responsaacutevel Prazo

ldquoMutiratildeo da limpezardquo realizar um dia por mecircs para limpeza em parceria com a populaccedilatildeo

Limpeza das ruas

e quintais

Coleta de lixo

das ruas Incentivo a limpeza de

lotes e quintais

Equipe de ACS

Durante todo ano

ldquoFora Denguerdquo Intensificaccedilatildeo das accedilotildees educativas nas escolas e nos grupos e associaccedilatildeo de bairro

Uma comunidade

consciente das suas

responsabilidades

Insistir e reforccedilar com

accedilotildees educativas para que

populaccedilatildeo mantenha as ruas limpas e coloque o lixo

para ser recolhido

Enfermeiro ESF

Durante todo o ano

ldquoMapeamento dos lotes

sujosrdquo Realizar o

mapeamento dos terrenos

sujos

Identificar os focos e eliminaacute-

los

Criaccedilatildeo de um mapa onde ocorreram focos do mosquito

ACS e

Enfermeiro

Trecircs meses

510 Deacutecimo Passo Gestatildeo do Plano

Com a gestatildeo do plano eacute possiacutevel aos responsaacuteveis acompanhar e monitorar as

accedilotildees avaliando e sempre que necessaacuterio readequando as eventuais falhas do

processo

38

Quadro 10ndash Gestatildeo do Plano

Produtos Responsaacutevel Prazo Situaccedilatildeo Atual

Justificativa Novo Prazo

ldquoMutiratildeo da

limpezardquo

realizar um

dia por mecircs

para limpeza

em parceria

com a

populaccedilatildeo

Enfermeiro da ESF

Inicio imediatamente

(logo apoacutes apresentaccedilatildeo

do projeto)

ldquoFora Denguerdquo Intensificaccedilatildeo das accedilotildees educativas nas escolas e nos grupos e associaccedilatildeo de bairro

Enfermeiro Provab

Durante todo ano

ldquoMapeamento

dos lotes

sujosrdquo

Realizar o

mapeamento

dos terrenos

sujos

ECS e Equipe

de Epidemiologia

Um mecircs para

inicio das atividades

Aleacutem dos 10 passos do Planejamento Estrateacutegico Situacional optei por incluir outros

02 passos que tecircm a finalidade de contribuir para o processo de avaliaccedilatildeo da

Proposta de Intervenccedilatildeo Estatildeo contidos nos itens 511 e 512 a seguir

511 Avaliaccedilatildeo dos Resultados

O instrumento para avaliaccedilatildeo seraacute o Sistema de Informaccedilotildees de Agravos de

Notificaccedilatildeo ndash SINAN

ldquoque tem por objetivo o registro e processamento dos dados sobre agravos

de notificaccedilatildeo em todo o territoacuterio nacional fornecendo informaccedilotildees para

anaacutelise do perfil da morbidade e contribuindo desta forma para a tomada

de decisotildees em niacutevel municipal estadual e federalrdquo (IBGE 2014)

39

Segundo Moraes e Duarte (2009) o SINAN tem sido principal fonte de dados

para coordenaccedilatildeo das accedilotildees de vigilacircncia epidemioloacutegica tanto no sentido de

controle da doenccedila quando como fonte de pesquisa

512 Resultados Eesperados

O resultado esperado eacute

Estabelecer a construccedilatildeo de conhecimento que favoreccedila o autocuidado e a

capacidade de emancipaccedilatildeo da comunidade criando um ambiente seguro com

ecircnfase na educaccedilatildeo e sauacutede com vistas agrave reduccedilatildeo dos casos de dengue na

populaccedilatildeo adscrita da UBS Santos Dumont

40

6 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

O Programa de Valorizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Baacutesica (PROVAB) abriu muitos

caminhos para um horizonte promissor no desenvolvimento da promoccedilatildeo da sauacutede

e da prevenccedilatildeo no campo de atuaccedilatildeo do Programa Sauacutede na Escola criando um

viacutenculo de amizade e confianccedila uma verdadeira parceria com os alunos essencial

na construccedilatildeo de uma sociedade consciente e capaz de cuidar da sua sauacutede de

maneira preventiva loacutegica essa defendida pelo Sistema Uacutenico de Sauacutede

Para noacutes enfermeiros eacute oportunidade de ampliar o horizonte de atuaccedilatildeo

ensinando e aprendendo com o comportamento das crianccedilas dos adolescentes e

jovens vendo de maneira impar o grande desafio da educaccedilatildeo em formar cidadatildeos

com mais sauacutede Como gratificaccedilatildeo recebemos o reconhecimento dos alunos

professores e diretores algo que fica marcado para sempre na formaccedilatildeo do

profissional os laccedilos de confianccedila amizade e reconhecimento satildeo a maior

recompensa e certeza de missatildeo cumprida

Como a Equipe de Sauacutede da Famiacutelia tem como principal objetivo trabalhar na

prevenccedilatildeo de doenccedilas e agravos criando viacutenculos com a clientela a missatildeo de

promover a emancipaccedilatildeo de seus usuaacuterios com ecircnfase no autocuidado exige de

noacutes muita articulaccedilatildeo e intensificaccedilatildeo de accedilotildees educativas Especificamente no caso

da dengue o cumprimento desta missatildeo pode evitar que as constantes epidemias

se tornem parte do cotidiano das pessoas auxiliando os moradores da comunidade

na adoccedilatildeo de medidas responsaacuteveis que visem o cuidado com a sua sauacutede e da

sauacutede da comunidade

Neste sentido a educaccedilatildeo em sauacutede desempenha um papel importante em

manter a comunidade sempre vigilante e em alerta pois o perigo eacute eminente e vive

dentro dos lares das pessoas esperando apenas o momento oportuno e condiccedilotildees

favoraacuteveis para transmitir a dengue

O trabalho dos agentes de controle de endemias e da ESF deve ser

constante focado na eliminaccedilatildeo dos criadouros do mosquito transmissor da dengue

A comunidade deve colaborar com livre acesso dos agentes agraves residecircncias na

colaboraccedilatildeo para eliminaccedilatildeo dos focos nos domiciacutelios e peridomiciacutelios e

multiplicaccedilatildeo das informaccedilotildees sobre o ciclo de vida do vetor entre os vizinhos

amigos e parentes informando que todos estatildeo expostos agrave doenccedila e a mudanccedila de

comportamento pode diminuir os riscos de contrair a dengue

41

Ao poder puacuteblico eacute necessaacuterio adotar um planejamento adequado para

garantir aos cidadatildeos a infraestrutura miacutenima necessaacuteria para viver em comunidade

serviccedilos essenciais como saneamento coleta de lixo e mobilidade que favorecem a

criaccedilatildeo de um ambiente seguro com sauacutede e qualidade de vida

42

REFEREcircNCIAS

ALMEIDA M CM et al Dinacircmica intra-urbana das epidemias de dengue em Belo Horizonte Minas Gerais Brasil 1996-2002 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2008 vol24 n10 pp 2385-2395 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv24n1019pdf Acesso em 02 de out de 2014 ALVES V S A Um modelo de educaccedilatildeo em sauacutede para o Programa Sauacutede da Famiacutelia pela integralidade da atenccedilatildeo e reorientaccedilatildeo do modelo assistencial Interface - Comunic Sauacutede Educ v9 n16 p39-52 set2004fev2005 Disponiacutevel em httpswwwnesconmedicinaufmgbrbibliotecaimagem0303pdf Acesso de jun de 2014 BACKES DS et al (2012) O papel profissional do enfermeiro no Sistema Uacutenico de Sauacutede da sauacutede comunitaacuteria agrave estrateacutegia de sauacutede da famiacutelia Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva

17(1)223-230 2012 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcscv17n1a24v17n1pdf Acesso em 12 de jan 2015 BRASIL Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sauacutede Consulta Estabelecimento - Modulo Profissional - Profissional por Estabelecimento Disponiacutevel em httpcnesdatasusgovbrMod_ProfissionalaspVCo_Unidade=3122302159651 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Cadernos de Informaccedilotildees de Sauacutede Minas Gerais DATASUS TABNET (2010) Disponiacutevel em httptabnetdatasusgovbrtabdatacadernosmghtm Acesso em16 de maio de 2014 BRASIL Dengue - instruccedilotildees para pessoal de combate ao vetor Manual de Normas teacutecnicas - 3 ed rev - Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede 2001 84 p il 30 cm Disponiacutevel em httpbvsmssaudegovbrbvspublicacoesfunasaman_denguepdf acesso em 15 de out de 2014 BRASIL Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz Vetor da dengue na Aacutesia A albopictus eacute alvo de estudos Publicada em 18122008 agraves 1249 Disponiacutevel em httpwwwfiocruzbrioccgicgiluaexesysstarthtminfoid=576ampsid=32amptpl=printerview Acesso em 12 de jan de 2015 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Censo demograacutefico 2010 sinopse Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=1ampsearch=minas-gerais|divinopolis|censo-demografico-2010-sinopse- Acesso em 15 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Divinoacutepolis morbidades hospitalares ndash 2012 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=114ampsearch=minas-gerais|divinopolis|morbidades-hospitalares-2012 Acesso em 12 de maio de 2014

43

BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estaacutetica Divisatildeo Territorial do Brasil e Limites Territoriais Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE) (1 de julho de 2008) Disponiacutevel em httpwwwibgegovbrhomegeocienciascartografiadefault_dtb_intshtm Acesso em16 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Ensino - matriacuteculas docentes e rede escolar ndash 2012 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=117ampsearch=minas-gerais|divinopolis|ensino-matriculas-docentes-e-rede-escolar-2012 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estaacutetica Histoacuterico do Municiacutepio disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrpainelhistoricophplang=ampcodmun=312230ampsearch=minas-gerais|divinopolis|infograficos-historico Acesso 10 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Informaccedilotildees completas Populaccedilatildeo em 2010 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrasperfilphplang=ampcodmun=312230 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Serviccedilos de sauacutede ndash 2009 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=5ampsearch=minas-gerais|divinopolis|servicos-de-saude-2009 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Sistema de informaccedilotildees de agravos de notificaccedilatildeo ndash SINAN Disponiacutevel em httpcesibgegovbrbase-de-dadosmetadadosministerio-da-saudesistema-de-informacoes-de-agravos-de-notificacao-sinan Acesso em 16 de Nov de 2014 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede Dengue aspectos epidemioloacutegicos diagnoacutestico e tratamento Ministeacuterio da Sauacutede Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede ndash Brasiacutelia Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede 2002 Disponiacutevel em httpbvsmssaudegovbrbvspublicacoesdengue_aspecto_epidemiologicos_diagnostico_tratamentopdf Acesso em 02 de out de 2014 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede FUNSA Programa Nacional de Combate a Dengue PNCD Disponiacutevel em httpbvsmssaudegovbrbvspublicacoespncd_2002pdf Acesso em 21 de jun de 2014 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portal Brasil Disponiacutevel em httpwwwbrasilgovbrsaude201311saude-libera-mais-de-r-360-mi-para-combate-a-dengue Acesso em 10 de Nov de 2014

44

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede Departamento de Vigilacircncia Epidemioloacutegica Diretrizes nacionais para prevenccedilatildeo e controle de epidemias de dengue Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede Departamento de Vigilacircncia Epidemioloacutegica ndash Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2009 160 p Disponiacutevel em httpwwwansgovbrportalimgemaildiretrizes_reimpressao_webpdf Acesso em 16 de Nov de 2014

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede (2014) Monitoramento dos casos de dengue e febre de chikungunya ateacute a Semana Epidemioloacutegica (SE) 53 de 2014 Dengue Boletim Epidemioloacutegico ISSN 2358-9450 Volume 46 Ndeg 3 ndash 2015 Disponiacutevel em httpportalsaudesaudegovbrimagespdf2015janeiro192015-002---BE-at---SE-53pdf Acesso em 22 mar de 2015 BRASILSINANONLINE e DVASVEASTSub VPSSES-MG (20122013) Disponiacutevel em httpwwwsaudemggovbrcomponentgmgstory6489-informe-epidemiologico-da-dengue-30-05-2014 Acesso em 08 de jun de 2014 CAMPOS FCC FARIA H P SANTOS MA Planejamento e avaliaccedilatildeo das accedilotildees em sauacutede Curso de Especializaccedilatildeo em Atenccedilatildeo Baacutesica em Sauacutede da Famiacutelia NESCONUFMG Curso de Especializaccedilatildeo em Atenccedilatildeo Baacutesica agrave Sauacutede da Famiacutelia 2ed Belo Horizonte NesconUFMG 2010 Disponiacutevel em lthttpswwwnesconmedicinaufmgbrbibliotecaregistroPlanejamento_e_avaliacao_das_acoes_de_saude_23gt Acesso em Dezembro 2014 DIVINOacutePOLIS Estatuto dos Conselhos Distritais de Sauacutede Conselho Municipal de Sauacutede 1998 DIVINOacutePOLIS Mapa da cidade Disponiacutevel em httpwwwdivinopolismggovbrportalpaginasgeograficosimagensmapadacidadepdf Acesso em 08 de jun de 2014 DIVINOPOLIS Secretaria Municipal de Sauacutede SEMUSA Sistema Integrado de Sauacutede Paciente Famiacutelia Acesso Local Acesso em 15 de maio de 2014 FERREIRA B J et al Evoluccedilatildeo histoacuterica dos programas de prevenccedilatildeo e controle da dengue no Brasil Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2009 vol14 n3 pp 961-972 ISSN 1413-8123 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcscv14n332pdf Acesso em 21 de jun de 2014 FERREIRA IT RN VERAS M A S M and SILVA RA Participaccedilatildeo da populaccedilatildeo no controle da dengue uma anaacutelise da sensibilidade dos planos de sauacutede de municiacutepios do Estado de Satildeo Paulo BrasilCad Sauacutede Puacuteblica [online] 2009 vol25 n12 pp 2683-2694 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielosporgpdfcspv25n1215pdf Acesso em 10 de out de 2014 FIGUEIREDO LT M OWA M A CARLUCCI R H and OLIVEIRA L de Estudo sobre o diagnoacutestico laboratorial e sintomas do dengue durante epidemia ocorrida na regiatildeo de Ribeiratildeo Preto SP Brasil Rev Inst Med trop S Paulo [online] 1992

45

vol34 n2 pp 121-130 ISSN 0036-4665 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfrimtspv34n2a07v34n2pdf Acesso em 13 ago de 2014 FIGUEIROacute AC et al Oacutebito por dengue como evento sentinela para avaliaccedilatildeo da qualidade da assistecircncia estudo de caso em dois municiacutepios da Regiatildeo Nordeste Brasil 2008 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2011 vol27 n12 pp 2373-2385 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv27n1209pdf Acesso em 12 de out de 2014 GIRAtildeO RV et al Educaccedilatildeo em sauacutede sobre a dengue contribuiccedilotildees para o desenvolvimento de competecircncias J res fundam care online 2014 janmar 6(1) 38-46 Disponiacutevel em httpwwwseeruniriobrindexphpcuidadofundamentalarticleview2659pdf_1043 Acesso em 21 de jun de 2014 GONCcedilALVES NETO V S et al Conhecimentos e atitudes da populaccedilatildeo sobre dengue no Municiacutepio de Satildeo Luiacutes Maranhatildeo Brasil 2004 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2006 vol22 n10 pp 2191-2200 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv22n1018pdf Acesso em 10 de out de 2014 LEFEVRE A MC et al Representaccedilotildees sobre dengue seu vetor e accedilotildees de controle por moradores do municiacutepio de Satildeo Sebastiatildeo litoral Norte do Estado de Satildeo Paulo Brasil Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2007 vol23 n7 pp 1696-1706 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv23n722pdf Acesso em 16 de out de 2014 LIMA E C VILASBOAS ALQ Implantaccedilatildeo das Accedilotildees Interssetoriais de Mobilizaccedilatildeo Social do Paraacute o Controle da dengue na Bahia Brasil Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2011 vol27 n8 pp 1507-1519 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv27n806pdf Acesso em 16 de out de 2014 MACHADO RM et al (2013) HISTORIA DA SAUacuteDE MENTAL DE DIVINOacutePOLIS-MG Revista de Enfermagem do Centro Oeste Mineiro 2013 maiago 3 (2) 752-760 httpwwwseerufsjedubrindexphprecomarticleview228439 Acesso em 08 de abr de 2015 MAYO R C et al BEPA - Boletim Epidemioloacutegico Paulista 8(88) 4-12 abr 2011 tab Graf Disponiacutevel em fileCUsersnoteDownloadsv8n88a0120(1)pdf Acesso em 12 de out de 2014 MINAS GERAIS Secretaria Estadual de Sauacutede Programa Estadual de Controle Permanente da Dengue SITUACcedilAtildeO ATUAL DA DENGUE EM MINAS GERAIS RESUMO INFORMATIVO - 15122014 Disponiacutevel em httpwwwsaudemggovbrimagesdocumentosAnaliseDengue15-12-2014pdf Acesso em 10 de jan de 2015 MINAS GERAIS Secretaria de Estado da Sauacutede de Minas Gerais Programa Sauacutede em Casa Disponiacutevel em httpwwwsaudemggovbrpoliacuteticas_de_saudeprograma-saude-em-casa Acesso em 10 de maio de 2014

46

MORAES GH and DUARTE E C Anaacutelise da concordacircncia dos dados de mortalidade por dengue em dois sistemas nacionais de informaccedilatildeo em sauacutede Brasil 2000-2005 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2009 vol25 n11 pp 2354-2364 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielosporgpdfcspv25n1106pdf Acesso em 29 de Nov de 2014 PENNA M L F Um desafio para a sauacutede puacuteblica brasileira o controle do dengue Cad Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro 19(1) 305-309 jan-fev 2003 Disponiacutevel em httpwwwscielosporgpdfcspv19n114932pdf Acesso em 21 de jun de 2014

PREFEITURA MUNICIPAL DE DIVINOacutePOLIS BALANCcedilO DA DENGUE Disponiacutevel em httpwwwdivinopolismggovbrportalnoticiaphpid=11507 Acesso em 19 jan de 2015

RIBEIRO P C SOUSA DC ARAUJO TME Perfil cliacutenico-epidemioloacutegico dos casos suspeitos de Dengue em um bairro da zona sul de Teresina PI Brasil Rev bras enferm [online] 2008 vol61 n2 pp 227-232 ISSN 0034-7167 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfrebenv61n2a13v61n2pdf Acesso em 28 de jul de 2014 VALENTE G SC et al Problematizaccedilatildeo Como Estrateacutegia de Educaccedilatildeo em Sauacutede no Combate a Dengue Um Relato de Experiecircncia R Pesq cuid Fundam Online 2012 outdez 4(4)2987-94 Disponiacutevel em httpwwwseeruniriobrindexphpcuidadofundamentalarticleview1888pdf_641 Acesso em 08 jun de 2014 TEIXEIRA LAS et al Persistecircncia dos sintomas de dengue em uma populaccedilatildeo de Uberaba Minas Gerais Brasil Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2010 vol26 n3 pp 624-630 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv26n319pdf Acesso em 16 de out de 2014

Page 6: PLANO DE AÇÃO NO COMBATE A DENGUE: EDUCAR PARA EVITAR · 2019-11-14 · The Divinopolis follows the same trend, with 4680 notifications and 4139 confirmed ... banhado pelas bacias

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

BR- Brasil

CNES- Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sauacutede

DATASUS- Departamento de Informaacutetica do SUS

FHD ndash Febre Hemorraacutegica por Dengue

IBGE- Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica

IDH - Iacutendice de Desenvolvimento Humano

MG- Minas Gerais

NOB- Norma Operacional Baacutesica

OPAS- Organizaccedilatildeo Pan-americana da Sauacutede

PIACD- Plano de Intensificaccedilatildeo das Accedilotildees de Controle da Dengue

PSDB- Partido da Social Democracia Brasileiro

SEMUSA- Secretaria Municipal de Sauacutede

SIAB- Sistema de Informaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Baacutesica

SINAN- Sistema de Informaccedilotildees de Agravos de Notificaccedilatildeo

SIS- Sistema Integrado de Sauacutede

SUS- Sistema Uacutenico de Sauacutede

UBS- Unidade Baacutesica de Sauacutede

UBV- Ultra Baixo Volume

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 8

11 Contexto Geral 9 111 Identificaccedilatildeo do Municiacutepio 9 112 Histoacuterico de Criaccedilatildeo Do Municiacutepio 9 113 Aspectos Geograacuteficos Socioeconocircmicos e Demograacuteficos 10 114 Sauacutede em Divinoacutepolis 10

115 Sistema Local de Sauacutede 11 117 Sistema Local de Educaccedilatildeo 13

12 Diagnoacutestico Situacional 14 121 Unidade Baacutesica de Sauacutede ndash Bairro Santos Dumont 14

122 Recursos Humanos 15 2 JUSTIFICATIVA 21 3 OBJETIVOS 22

31 Objetivo Geral 22

32 Objetivos Especiacuteficos 22

4 BASES CONCEITUAIS 23 41 Aspectos Gerais da Doenccedila 23

42 Etiologia 24 43 Aspectos Epidemioloacutegicos 24 44 Medidas Educativas 27

45 Controle 29 46 Atuaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Baacutesica no Controle da Dengue 29

5 PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO 32

51 Primeiro Passo Definiccedilatildeo dos Problemas 32

52 Segundo Passo Priorizaccedilatildeo dos Problemas 32 53 Terceiro Passo Descriccedilatildeo do Problema Selecionado 32

54 Quarto passo Explicaccedilatildeo do Problema 33 55 Quinto Passo Seleccedilatildeo dos ldquoNoacutes Criacuteticos 33 56 Sexto Passo Desenho de Operaccedilotildees para os ldquoNoacutes Criacuteticosrdquo do Problema 34 57 Seacutetimo Passo Identificaccedilatildeo dos Recursos Criacuteticos 34

58 Oitavo Passo Anaacutelise de Viabilidade do Plano 35 59 Nono Passo Elaboraccedilatildeo do Plano Operativo 37 510 Deacutecimo Passo Gestatildeo do Plano 37 512 Resultados esperados 39

6 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 40

REFEREcircNCIAS 42

8

1 INTRODUCcedilAtildeO

A dengue representa hoje um grave problema de sauacutede puacuteblica e segundo o

Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2002) estaacute presente em todo territoacuterio nacional e tem

se mostrado cada vez mais de difiacutecil controle nos uacuteltimos anos os haacutebitos da vida

moderna com aumento do consumo de bens natildeo biodegradaacuteveis Isto ampliou a

oferta de criadouros para o mosquito nos domiciacutelios e peridomiciacutelios e com base

nesses fatos a participaccedilatildeo popular no controle dos focos se tornou essencial

Segundo o Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2002) a doenccedila tem se mostrado

como um dos maiores desafios para a sauacutede puacuteblica nos paiacuteses em

desenvolvimento com grande impacto socioeconocircmico Estima-se um nuacutemero de

casos a beira dos 100 milhotildeesano e destes 500 mil desenvolve a forma grave a

Febre Hemorraacutegica

Desde 1986 o Brasil tem apresentado sucessivas epidemias segundo o

Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2002) No Estado de Minas Gerais somente em 2013

foram registrados 416252 casos de dengue com 104 oacutebitos Em 2014 houve uma

grande reduccedilatildeo de cerca de 8577 contudo ldquodos 45 casos graves 44 evoluiacuteram

para oacutebitordquo (BRASIL 2014 p 2)

Frente a este quadro segundo Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2002) eacute preciso

repensar o papel da sociedade no apoio e combate a dengue No Brasil exceccedilatildeo

feita alguns casos natildeo eacute tradiccedilatildeo cultural o envolvimento dos setores sociais em

causas como a dengue por exemplo estamos na contramatildeo de nossos vizinhos

latino-americanos onde a cooperaccedilatildeo faz parte da cultura

Em Divinoacutepolis segundo balanccedilo publicado em 17122014 pela Secretaria

Municipal de Sauacutede em 2014 foram notificados 4680 casos suspeitos de dengue

com 4139 casos confirmados ainda de acordo com Secretaria de Estado da Sauacutede

neste ano de 2014 ocorrem 06 oacutebitos por complicaccedilotildees da dengue

Frente a esse grave problema de sauacutede puacuteblica que necessita da cooperaccedilatildeo

de todos os cidadatildeos eacute necessaacuterio insistir e intensificar as accedilotildees educativas nas

escolas nas associaccedilotildees de bairro nas igrejas pois essa eacute uacutenica ferramenta capaz

de produzir no cidadatildeo uma autonomia para o cuidado com a sua sauacutede e da

comunidade conforme afirmam Valente et al (2012) Giratildeo et al (2014) que as

atuais estrateacutegias de controle vetorial e responsabilizaccedilatildeo dos cidadatildeos natildeo tem

mais efeito efetivo no combate ao mosquito Aedes Aegypti

9

Este estudo tem o objetivo de despertar na populaccedilatildeo de Divinoacutepolis

especialmente na comunidade adscrita da Unidade de Sauacutede Santos Dumont para

uma visatildeo criacutetica sobre os novos processos de sauacutede e doenccedila e ainda

conscientizar as pessoas para que possam ter condiccedilotildees de promover a sauacutede e

prevenir situaccedilotildees que podem trazer prejuiacutezos a ela

11 Contexto Geral

111 Identificaccedilatildeo do Municiacutepio

Segundo o IBGE (BRASIL 2008) o municiacutepio de Divinoacutepolis estaacute localizado

no Centro Oeste Mineiro banhado pelas bacias do rio Itapecerica e rio Paraacute Faz

limites com os seguintes municiacutepios Nova Serrana (Norte) Perdigatildeo (Noroeste)

Santo Antocircnio do Monte (Oeste) Satildeo Sebastiatildeo do Oeste (Sudoeste) Claacuteudio (Sul)

Carmo do Cajuru (Leste) e Satildeo Gonccedilalo do Paraacute (Leste) -2013889 (latitude Sul) -

4488389 (longitude Oeste) Pertence agrave macro regiatildeo do Alto Satildeo Francisco

situando-se em sua margem direita O acesso pelo interior de Satildeo Paulo eacute pela MG-

050 pela capital mineira satildeo 117 km e o acesso eacute pela face norte da MG-050 o

acesso pela face leste eacute pela BR-494

112 Histoacuterico de Criaccedilatildeo do Municiacutepio

Segundo IBGE (BRASIL 2008) a povoaccedilatildeo se deu a cerca de dois seacuteculos

atraacutes com o deslocamento de colonos em fuga da perseguiccedilatildeo poliacutetica da eacutepoca

escolheram o sertatildeo da Itapecerica liderados na eacutepoca pelo colonizador Manoel

Fernandes de Miranda cujo apelido era Candideacutes devido aos iacutendios que habitavam

a regiatildeo naquela ocasiatildeo Em 1710 foram anistiados pela coroa e deu iniacutecio a

povoaccedilatildeo do local fora construiacuteda uma capela consagrada ao Divino Espiacuterito Santo

e Satildeo Francisco de Paula com a chegada da linha feacuterrea o municiacutepio ganhou muito

em desenvolvimento Assim o distrito foi criado com o nome de Henrique Galvatildeo

subordinado a Vila de Itapecerica pela Lei Provincial nordm 138 03-04-1839 e Lei

Estadual nordm 2 de 14-09-1891 e elevado agrave categoria de Vila com a denominaccedilatildeo de

Henrique Galvatildeo pela Lei Estadual nordm 556 de 30-08-1911 Desmembrando-se de

Itapecerica pela Lei Estadual nordm 590 de 03-09-1912 a Vila de Henrique Galvatildeo

10

passou a denominar-se Divinoacutepolis elevada agrave condiccedilatildeo de cidade pela Lei Estadual

nordm 663 de 18-09-1915

113 Aspectos Geograacuteficos Socioeconocircmicos e Demograacuteficos

O municiacutepio estaacute localizado no centro-oeste mineiro a economia da cidade eacute

baseada na induacutestria tecircxtil e na siderurgia tendo um comeacutercio de artigos de

vestuaacuterio muito atuante no mercado Segundo IBGE (BRASIL 2010) a cidade tem

8012 empresas atuantes com uma populaccedilatildeo de empregados assalariados de 54

909 com renda mensal de 22 salaacuterios miacutenimos

114 Sauacutede em Divinoacutepolis

Segundo Machado et al (2013) Divinoacutepolis se destaca no centro oeste

mineiro como importante polo para a sauacutede na meacutedia e alta complexidade eacute sede

da Macrorregiatildeo Oeste de Sauacutede que abrange 6 microrregiotildees somando no total 55

municiacutepios sendo sede da Gerencia Regional de Sauacutede destacando-se no cenaacuterio

como uma das 10 cidades mais importes de Minas Gerais Contudo conforme o

Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2010) na Atenccedilatildeo Primaacuteria a cidade natildeo apresenta

um bom desempenho com apenas 203 de cobertura de PSF

No ano de 2014 a Secretaria Municipal de Sauacutede (SEMUSA) credenciou o

municiacutepio no Programa de Valorizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Baacutesica (PROVAB) criado pela

Portaria Interministerial Ministeacuterio da SauacutedeMinisteacuterio da Educaccedilatildeo nordm 2087 de 01

de setembro de 2011 com o objetivo de estimular e valorizar o profissional de sauacutede

para atuar nos municiacutepios onde eacute de difiacutecil acesso e regiotildees metropolitanas com

escassez de profissionais O trabalho eacute desenvolvido em conjunto com a equipe

multiprofissional na Atenccedilatildeo Baacutesica local sendo uma grande oportunidade para

meacutedicos enfermeiros dentistas receacutem-formados atuarem na equipe de sauacutede da

famiacutelia

Assim em 2014 foram contratados cinco enfermeiros pelo Ministeacuterio da Sauacutede

para atuar no Programa Sauacutede na Escola por um ano sem prejuiacutezo das atividades

de rotina na Unidade Baacutesica de Sauacutede (UBS) O enfermeiro trabalha prioritariamente

com atividades educativas nas escolas existentes na aacuterea de abrangecircncia da UBS

realizando atividades de avaliaccedilatildeo da sauacutede dos escolares como peso e medida

11

acuidade visual afericcedilatildeo de pressatildeo arterial atualizaccedilatildeo do calendaacuterio vacinal

alimentaccedilatildeo promoccedilatildeo de sauacutede rastreamento para doenccedilas como hanseniacutease

glaucoma tracoma helmintiacuteases e encaminhamentos para consultas

especializadas tornando-se um importante elo entre a sauacutede e a educaccedilatildeo

Mapa 1 - Cidade de Divinoacutepolis ndash MG Regiatildeo Sudeste

Fonte Prefeitura de Divinoacutepolis httpwwwdivinopolismggovbrportalpaginasgeograficosimagensmapadacidadepdf

A administraccedilatildeo municipal estaacute haacute oito anos com o PSDB tendo a frente do

municiacutepio o senhor Vladmir Faria de Azevedo sendo seu Secretaacuterio de Sauacutede o

Senhor David Maia dOliveira como coordenadora da Atenccedilatildeo Baacutesica de Sauacutede a

Enfermeira Inecircs Alcione e Coordenadoras da Sauacutede Bucal Ronara Machado e Liacutevia

Melo Nere Segundo o IBGE (BRASIL 2010) o municiacutepio tem uma populaccedilatildeo

estimada em 226345 habitantes

115 Sistema Local de Sauacutede

Criado no ano 1991 segundo o Estatuto dos Conselhos Distritais de Sauacutede

(DIVINOacutePOLIS 1998) o Conselho Municipal de Sauacutede foi instituiacutedo pela Lei

Municipal 00491 composto por usuaacuterios trabalhadores de sauacutede prestadores de

serviccedilo e gestores Nesse periacuteodo ocorreram as primeiras Conferecircncias Municipais

de Sauacutede e a criaccedilatildeo dos seis Conselhos Distritais que atuam ateacute hoje a formaccedilatildeo

dos Conselhos Locais de Sauacutede agregados agraves equipes de Sauacutede da Famiacutelia

12

Quanto agrave Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia segundo o Ministeacuterio da Sauacutede

(BRASIL 2010) Divinoacutepolis possuiacutea em fevereiro de 2010 apenas 203 de

cobertura de Atenccedilatildeo Baacutesica Em dezembro de 2014 segundo Ministeacuterio da Sauacutede

(BRASIL 2014) a cobertura estimada natildeo passava dos 4602 da populaccedilatildeo

classificando-se como o menor iacutendice do Estado quando comparado a outros

municiacutepios de mesmo porte conforme graacutefico abaixo

Graacutefico 1 Cobertura pela Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia - Divinoacutepolis ndash MG - 2010

213277

221764

262278241720

292529227438

00

150

300

450

600

750

900

Sa

nta

Lu

zia

Ub

era

ba

Ipa

tin

ga

Go

ve

rna

do

r

Va

lad

are

s

Se

te

La

go

as

Div

inoacute

po

lis

populaccedilatildeo em milhares

Fonte Secretaria de Estado da Sauacutede de Minas Gerais - Programa Sauacutede em Casa

httpwwwsaudemggovbrpoliticas_de_saudeprograma-saude-em-casa

Com relaccedilatildeo aos estabelecimentos de sauacutede segundo dados do IBGE (BRASIL

2009) a cidade conta com trecircs hospitais particulares Santa Mocircnica Santa Luacutecia e

Satildeo Judas Tadeu e um filantroacutepico Satildeo Joatildeo de Deus totalizando 555 leitos sendo

que destes 352 satildeo leitos contratados pelo SUS Segundo ainda o IBGE (BRASIL

2009) o municiacutepio conta com 38 estabelecimentos de sauacutede municipais de acordo o

Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sauacutede - CNES satildeo 15 Centros de

Sauacutede e 20 Equipes de Sauacutede da Famiacutelia O serviccedilo de atendimento ambulatorial

conta com 68 estabelecimentos sendo que 41 tecircm convecircnio com o Sistema Uacutenico de

Sauacutede (SUS)

116 Nuacutemero de Oacutebitos por Causa ndash Divinoacutepolis 2012

13

De acordo com dados do IBGE (BRASIL 2012) em 2012 foram registrados

581 oacutebitos sendo 302 homens e 279 mulheres as doenccedilas neoplaacutesicas foram

responsaacuteveis por 173 oacutebitos2977 do aparelho circulatoacuterio foram responsaacuteveis

por 121 oacutebitos208 das mortes seguidas pelas doenccedilas respiratoacuterias 821411

oacutebitos por doenccedila do aparelho digestivo 467 9 doenccedilas infecciosas e

parasitaacuterias 41 oacutebitos70 oacutebitos por doenccedilas do aparelho geniturinaacuterio 3255

mortes por causas externas 27464 oacutebitos por doenccedilas relacionadas ao sangue

oacutergatildeos hematoloacutegicos transtornos imunitaacuterios 406 oacutebitos por doenccedilas de pele e

do tecido subcutacircneo total de 5086 outras mortes somam 86 Estes dados

estatildeo representados no graacutefico abaixo

Graacutefico 2 - Nuacutemero de Oacutebitos por Causa Divinoacutepolis ndash 2012

Obitos em DIvinoacutepolis em 2012

Homens

Mulheres

Neoplasias

Ap circulatoacuterio

Doeccedilas respiratoacuterias

Aparelho digestivo

Doenccedilas infecciosas

Aparelho Geniturinaacuterio

Causas externas

Doenccedilas hematoloacutegicas Fonte IBGE cidades ibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=114ampsearch=minas-

gerais|divinopolis|morbidades-hospitalares-2012

117 Sistema Local de Educaccedilatildeo

O municiacutepio segundo IBGE (BRASIL 2012) tem 1589 docentes atuando na

rede de educaccedilatildeo baacutesica no ensino meacutedio conta com 562 docentes no ensino

fundamental 739 docentes e a educaccedilatildeo infantil com 288 docentes O ensino

fundamental conta com uma rede de 88 escolas sendo 26 privadas 30 da rede

puacuteblica estadual e 32 da rede municipal O ensino meacutedio tem um total de 29 escolas

sendo oito privadas 20 da rede estadual e uma da rede federal Ainda segundo o

14

IBGE (BRASIL 2012) satildeo 27484 alunos matriculados no ensino fundamental 8211

no ensino meacutedio 4808 na preacute-escola Segundo o IBGE (BRASIL 2010) o iacutendice de

desenvolvimento humano ndash IDH ficou em 0764 acima da meacutedia nacional que eacute de

0730

12 Diagnoacutestico Situacional

121 Unidade Baacutesica de Sauacutede ndash Bairro Santos Dumont

A unidade baacutesica de sauacutede em que atuo estaacute localizada a Rua Liacuterios do Vale

141 Bairro Santos Dumont telefone (37) 32153674 local de faacutecil acesso com rua

pavimentada Funciona de 07h00min as 11h00min horas e de 13h00min as

17h00min horas de segunda a sexta-feira segundo o Cadastro Nacional de

Estabelecimentos de Sauacutede - CNES (BRASIL 2014)

Foto 1 - Unidade Baacutesica de Sauacutede Santos Dumont - Divinoacutepolis-MG 2014

Fonte httpswwwgooglecombrmapsplaceRua+JosC3A9+VenC3A2ncio+218+-+Aeroporto-20175673 448774553a75y16155h90tdata=3m41e13m21siLj6mpeG5CZyGTTQQ_cwTA2e04m23m11s0xa0a4e2a9c17ea50x429732233cce4192

A aacuterea de abrangecircncia da UBS Santos Dumont compreende a regiatildeo

sudoeste da cidade de Divinoacutepolis composta pelos bairros Santos Dumont Maria

Peccedilanha Quinta das Palmeiras Costa Azul e Terra Azul

15

Mapa 2 - Aacuterea de Abrangecircncia da UBS Santos Dumont ndash Divinoacutepolis-MG 2014

Fonte Prefeitura Municipal de Divinoacutepolis fileCUsersnoteDesktopmapadacidade20(1)20(1)pdf

122 Recursos Humanos

Segundo o Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sauacutede (2014) a

equipe eacute composta por um enfermeiro da estrateacutegia de sauacutede da famiacutelia com 40

horas semanais um cirurgiatildeo dentista com carga horaacuteria de 40 horas semanais um

meacutedico cliacutenico com 40 horas semanais um agente de serviccedilos gerais de 40 horas

semanais 4 agentes comunitaacuterios de sauacutede com 40 horas semanais e um auxiliar de

sauacutede bucal de 40 horas semanais Conforme quadro abaixo

Quadro 1 - Equipe de Sauacutede do UBS Santos Dumont 2014

Fonte Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sauacutede

Segundo o Sistema Integrado de Sauacutede - SIS a Unidade Santos Dumont tem

uma populaccedilatildeo cadastrada de 2208 habitantes com um nuacutemero estimado de 673

16

famiacutelias Quanto ao niacutevel de escolaridade da populaccedilatildeo adscrita assim estaacute

distribuiacuteda doutorado 2 mestrado 1 poacutes-graduaccedilatildeo 1 superior completo 22

superior incompleto 9 fundamental incompleto 123 ensino meacutedio completo 287

fundamental incompleto 1105 meacutedio incompleto 424 analfabetos 226 e natildeo

informado 08 sendo assim a taxa de analfabetismo eacute 1023 acima da meacutedia

nacional conforme o censo do IBGE (BRASIL 2010) que foi de 96 conforme

quadro abaixo

Quadro 2 - Niacutevel de escolaridade da populaccedilatildeo de referecircncia da UBS Santos

Dumont 2014

NIacuteVEL DE ESCOLARIDADE

Doutorado Mestrado Poacutes- graduaccedilatildeo

Superior Superior Incompleto

Fundamental Completo

Ensino meacutedio

Ensino meacutedio incompleto

Fundamental incompleto

Analfabeto Outros

M1 0 0 0 2

20 33 52 240 39 3

M2 1 1 1 15 5 62 102 90 228 47 3

M3 0 0 0 4 2 11 38 252 164 54 1

M4 1

1 2 30 114 30 473 86 1

Sub total 2 1 1 22 9 123 287 424 1105 226 8

POPULACcedilAtildeO TOTAL 2208

Fonte Sistema Integrado de Sauacutede 2014

123 Doenccedilas Crocircnicas

Com relaccedilatildeo agraves doenccedilas crocircnicas segundo o Sistema Integrado de Sauacutede haacute na

comunidade 199 clientes com hipertensatildeo arterial com diabetes 68 clientes com

alguma deficiecircncia 6 com doenccedila de chagas 1 alcoolismo 1 epilepsia 3 e com 8

gestantes

Quadro 3 - Total de Hipertensos e Diabeacuteticos da UBS por Microaacuterea Divinoacutepolis ndash MG 2014

HIPERTENSOS E DIABEacuteTICOS POR MICROAacuteREA

ACS Gracielle Suzana Rosana Rosilene TOTAL

MICROAacuteREA M1 M2 M3 M4

Hipertensatildeo 22 58 16 103 199

Diabeacuteticos 5 21 3 39 68 Fonte Sistema Integrado de Sauacutede de Divinoacutepolis SIS 2014

17

124 Doenccedilas Endecircmicas ndash A Dengue

A Dengue eacute uma doenccedila de origem africana que foi introduzida no paiacutes

segundo Valente et al (2012) por volta do seacuteculo XIX encontrando no Brasil um

clima e condiccedilotildees muito favoraacuteveis a sua multiplicaccedilatildeo mesmo sendo uma doenccedila

antiga o mosquito transmissor da dengue se mostra cada vez mais de difiacutecil controle

Todo ano atinge milhotildees de pessoas em todo mundo e no Brasil As seguidas

epidemias levaram o tema a ser discutido em vaacuterios setores como escolas veiacuteculos

de comunicaccedilatildeo nos setores de sauacutede e tambeacutem pela sociedade civil Segundo o

Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2014) de acordo com os dados contidos no Boletim

Epidemioloacutegico da 53ordf Semana Epidemioloacutegica foram registrados no paiacutes 591080

casos da doenccedila sendo que a regiatildeo Sudeste teve o maior nuacutemero de casos

312318 casos 528 Minas Gerais aparece com 1896 deste total A cidade de

Divinoacutepolis apresentou segundo a Secretaria Municipal de Sauacutede 4680 casos

notificados e segundo a Secretaria de Estado da Sauacutede foram notificados 06 oacutebitos

confirmados conforme quadro abaixo sendo que assim a cidade vem enfrentando

seguidas epidemias de Dengue tornando-se um dos problemas que mais preocupa

a comunidade

Quadro 4 - Casos de Oacutebitos por Dengue Grave em Minas Gerais - 2014

Municiacutepios Oacutebitos

confirmados

Araxaacute Arauacutejos

1 1

Campo Belo Candeias

1 1

Curvelo Divinoacutepolis

1 6

Dores do Indaiaacute 1 Formiga Fronteira Frutal

1 1 1

Itabira Itauacutena

1 2

Ituiutaba Juiz de Fora

1 4

Natalacircndia Nova Serrana

1 1

Passos 8

18

Paracatu 3 Prata Sabaraacute

1 1

Santa Barbara Santa Luzia Santos Dumont

1 1 1

Santa Margarida Uberlacircndia

1 3

Trecircs Coraccedilotildees 1

Total 47

Fonte SINAN ONLINE e DVASVEASTSubVPSSES MG

O grande nuacutemero de terrenos baldios e lotes vagos satildeo apontados pelos

moradores como principal causa do aumento dos focos do mosquito Aedes Aegypti

A foto abaixo mostra o aglomerado ainda pouco habitado onde existem muitas

aacutereas onde haacute somente vegetaccedilatildeo nativa o que favorece o descarte inadequado de

lixo e entulhos recipientes que acumulam aacutegua se tornando grande criadouro do

mosquito transmissor da dengue

Foto 2 - Aacuterea de abrangecircncia da Unidade Baacutesica de Sauacutede Santos Dumont 2014

Fonte httpswwwgooglecombrmaps-201840183-448801014180mdata=3m11e3

19

A regiatildeo ocupada pela populaccedilatildeo da aacuterea de abrangecircncia da UBS Santos

Dumont eacute uma regiatildeo de cerrado Segundo o IBGE (BRASIL 2010) o Iacutendice de

Desenvolvimento Humano - IDH eacute 0764 acima da meacutedia nacional que de 0730 A

cidade apresentou crescimento populacional no periacuteodo de 1991 a 2010

correspondentes a 2889 poreacutem os investimentos em infraestrutura como

pavimentaccedilatildeo e saneamento baacutesico natildeo acompanharam a taxa de crescimento da

cidade algo comum em grandes cidades e cidades de meacutedio porte no paiacutes Na aacuterea

do bairro ainda haacute presenccedila de mata nativa com ocupaccedilatildeo natildeo planejada a

populaccedilatildeo convive com riscos eminentes para a sua sauacutede

Segundo Valente et al (2012) diante do aumento dos casos de dengue

estrateacutegias tradicionais parecem natildeo terem mais o mesmo efeito de outrora Eacute

necessaacuterio o envolvimento de todos os setores sociais para buscar o controle da

situaccedilatildeo com accedilotildees de educaccedilatildeo e sauacutede que podem ser mais efetivas do que

apenas medidas unilaterais baseada em estatiacutesticas ministeriais

Apoacutes os vaacuterios casos atendidos na UBS o que se percebe eacute que ningueacutem

assume que o foco do mosquito possa estar na sua casa conforme afirmam Valente

et al (2012) que a culpa eacute sempre dos vizinhos que natildeo fazem a sua parte o que

torna relevante afirmar ser a negaccedilatildeo da ldquoquestatildeo da culpabilizaccedilatildeo individual e a

culpabilizaccedilatildeo do outrordquo (VALENTE 2012 p2990) Outro dado que chama a

atenccedilatildeo segundo a Secretaria Municipal de Sauacutede (DIVINOacutePOLIS 2014) eacute que os

levantamentos indicam que 9415 dos focos de dengue estatildeo dentro das

residecircncias O relato que os criadouros estatildeo sempre na casa do vizinho esse eacute

com certeza o maior ldquonoacute criacuteticordquo que precisa ser desconstruiacutedo o cidadatildeo se

preocupa com o vizinho e se esquece do seu domiciacutelio

Segundo balanccedilo divulgado pela Secretaria Municipal de Sauacutede

(DIVINOacutePOLIS 2014) os 4139 casos confirmados mais os exames que ainda

aguardam os resultados sinalizam para cidade que tem muito trabalho para

enfrentar esse grave problema de sauacutede puacuteblica Os bairros Nossa Senhora das

Graccedilas Centro Satildeo Joseacute Interlagos Niteroacutei Porto Velho Planalto Santos Dumont

Belvedere e Bom Pastor foram responsaacuteveis por 3027 dos casos notificados na

cidade Em meacutedia a UBS Santos Dumont em relaccedilatildeo agrave populaccedilatildeo adscrita

apresentou um percentual de 215 da populaccedilatildeo total com casos notificados como

se pode observar no quadro abaixo

20

Quadro 5 - Nuacutemero de casos de Dengue em Divinoacutepolis ndash 2014

NOSSA SENHORA DAS GRACcedilAS Fonte Prefeitura Municipal de Divinoacutepolishttpwwwdivinopolismggovbrportalnoticiaphpid=109802014

Segundo Valente et al (2012) a praacutetica de jogar lixo nas ruas como algo do

cotidiano mesmo sabendo que essa accedilatildeo remete aos proacuteprios moradores e a falta

de coleta seletiva regular levam ao acuacutemulo de recipientes de plaacutesticos que durante

o periacuteodo chuvoso tornam-se criadouros do mosquito Esse tambeacutem eacute um

importante tema que necessita ser trabalhado desde a preacute-escola em vaacuterias

oportunidades como reuniatildeo de bairros em eventos esportivos e festivos pois

somente com educaccedilatildeo da populaccedilatildeo se pode mudar essa realidade

BAIRROS COM MAIORES NUacuteMEROS DE CASOS DE DENGUE EM DIVINOacutePOLIS

Bairros NSG CENTRO Satildeo JOSEacute INTERLAGOS NITEROacuteI

PORTO VELHO PLANALTO

SANTOS DUMONT BELVEDERE

BOM PASTOR

307 350 192 123 124 1O8 104 101 98 96

TOTAL 1417

21

2 JUSTIFICATIVA

A enfermagem eacute uma arte cuidar prevenir e proteger a sauacutede o enfermeiro

que atua na equipe de sauacutede da famiacutelia tem importante papel na educaccedilatildeo e na

proteccedilatildeo de sua populaccedilatildeo adscrita por estar perto e conhecer a realidade de sua

comunidade Backes et al (2012)

O conhecimento dos problemas de uma populaccedilatildeo permite a equipe de

Sauacutede da Estrateacutegia da Famiacutelia o planejamento de accedilotildees efetivas e eficazes nas

principais causas de adoecimento de uma comunidade aleacutem de organizar de

maneira ordenada o atendimento da demanda e rotina dos serviccedilos ofertados na

Unidade Baacutesica de Sauacutede Backes et al (2012)

O tema dengue tem relevacircncia por ser a mais importante arbovirose que

atinge o ser humano na atualidade trazendo um enorme prejuiacutezo socioeconocircmico

para toda sociedade

Segundo Figueiredo et al (1992) a dengue eacute uma doenccedila com alta

morbidade e pode evoluir para um quadro grave de hemorragia podendo levar ao

oacutebito Ainda conforme Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2009) em oito paiacuteses do

continente americano e asiaacutetico incluindo o Brasil em 2009 foram gastos U$ 18

bilhotildees somente com despesas ambulatoriais e hospitalares sem contar os recursos

despendidos para vigilacircncia epidemioloacutegica

Em Divinoacutepolis em 2014 foram notificados 4680 notificaccedilotildees e 4139 casos

confirmados e os demais aguardando confirmaccedilatildeo segundo a Secretaria Municipal

de Sauacutede

Ainda outro ponto muito importante eacute que as pessoas acreditam que o

problema eacute sempre do outro conforme salientam Valente et al (2012) que a culpa

dos casos de dengue eacute do vizinho sendo assim ele natildeo se preocupa com a sua

residecircncia Neste mesmo sentido Giratildeo et al (2012) afirmam que devido agrave

adaptaccedilatildeo do vetor as aacutereas domiciliares e peridomiciliares o controle da doenccedila

sem a participaccedilatildeo da populaccedilatildeo estaacute fadado ao fracasso As accedilotildees educaccedilatildeo em

sauacutede satildeo uma ferramenta essencial nessa estrateacutegia proporcionando ao cidadatildeo

uma autonomia para cuidar da sua sauacutede e da prevenccedilatildeo e eliminaccedilatildeo do vetor

Portanto uma proposta de intervenccedilatildeo que enfatize esta participaccedilatildeo da

comunidade conhecendo suas potencialidades e suas necessidades justifica a

realizaccedilatildeo deste trabalho

22

3 OBJETIVOS

31 Objetivo Geral

Elaborar um plano de accedilatildeo com ecircnfase em educaccedilatildeo e sauacutede com vistas agrave

reduccedilatildeo do nuacutemero de casos de dengue no municiacutepio de Divinoacutepolis e

especificamente na aacuterea de abrangecircncia da Unidade de Sauacutede Santos

Dumont

32 Objetivos Especiacuteficos

Organizar um grupo comunitaacuterio de controle e combate ao mosquito

Aedes Aegypti

Despertar na comunidade adscrita da Unidade de Sauacutede Santos Dumont uma

visatildeo criacutetica sobre os novos processos de sauacutede e doenccedila com a priorizaccedilatildeo

de accedilotildees educativas

Descrever os passos de uma proposta de intervenccedilatildeo e acompanhamento de

resultados com ecircnfase em educaccedilatildeo e sauacutede com vista na reduccedilatildeo dos focos

do vetor transmissor da dengue

23

4 BASES CONCEITUAIS

41 Aspectos Gerais da Doenccedila

A dengue eacute atualmente a mais importante arbovirose que acomete o ser

humano no continente americano distribuiacuteda segundo Ferreira et al (2009) desde o

Uruguai ateacute a costa sul dos Estados Unidos abrangendo principalmente Venezuela

Cuba Brasil e Paraguai contaminando cerca de mais de 3 bilhotildees de pessoas em

todo mundo

Segundo Penna (2003) embora o vetor Aedes Aegypti natildeo seja natural das

Ameacutericas encontrou aqui um ambiente favoraacutevel agrave sua multiplicaccedilatildeo Introduzido no

Brasil possivelmente pela Aacutefrica em meados do seacuteculo XIX invadiu o paiacutes e se

expandiu para todo o territoacuterio nacional

Segundo Penna (2003) o vetor chegou a ser erradicado de 1967 a 1973 pelo

meacutetodo de aplicaccedilatildeo de inseticida de accedilatildeo residual que prevalecia por ateacute seis

meses a aplicaccedilatildeo se deu em depoacutesitos que continham ou natildeo aacutegua parada e

tambeacutem ateacute um metro dos potenciais focos do mosquito Atualmente com os

grandes aglomerados urbanos e com a infestaccedilatildeo em todo continente americano a

erradicaccedilatildeo do mosquito natildeo eacute mais viaacutevel por isso o Ministeacuterio da Sauacutede em

parceria com Organizaccedilatildeo Pan-americana da Sauacutede (OPAS) aderiu o ldquoPlano de

Intensificaccedilatildeo das Accedilotildees de Controle da Denguerdquo (PIACD) que trabalha com a

universalidade regional sincronicidade e continuidade das accedilotildees e natildeo na

erradicaccedilatildeo (FERREIRA et al 2009 p 963)

Valente et al (2012) Giratildeo et al (2014) salientam que eacute de fundamental

importacircncia entender que as atuais estrateacutegias de controle vetorial onde haacute

responsabilizaccedilatildeo dos cidadatildeos e eliminaccedilatildeo focal parecem natildeo ter mais efeito

efetivo no combate ao mosquito Aedes Aegypti Diante das seguidas epidemias haacute

necessidade de uma abordagem mais ampla do problema com a participaccedilatildeo efetiva

de toda populaccedilatildeo e de todos os setores da sociedade ldquoenfocando a determinaccedilatildeo

social do processo sauacutede-doenccedila e a transdisciplinalidade das accedilotildeesrdquo (VALENTE et

al 2012 p 2988)

No Brasil segundo Ferreira et al (2009) as condiccedilotildees socioambientais a

falta de saneamento a ausecircncia da coleta seletiva de lixo a maacute distribuiccedilatildeo de

24

renda e a baixa escolaridade criaram um ambiente muito favoraacutevel agrave multiplicaccedilatildeo

do vetor Aedes Aegypti

42 Etiologia

Segundo Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2002) a Dengue eacute uma doenccedila febril

que em sua forma claacutessica apresenta como sinais cliacutenicos dores musculares e nas

articulaccedilotildees cefaleia e dor retro-orbitaacuteria vocircmitos e diarreia Para Almeida et al

(2008) a dengue eacute uma doenccedila de curso que varia de forma benigna a grave pode

apresentar a forma claacutessica a forma hemorraacutegica e o choque sendo que esta uacuteltima

pode levar ao oacutebito

No Brasil segundo a Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz (BRASIL 2008) satildeo

encontrados dois vetores da doenccedila o Aedes aegypti e Aedes albopictus A

transmissatildeo ocorre quando uma fecircmea do inseto pica uma pessoa portadora do

viacuterus e esta passa por periacuteodo de incubaccedilatildeo e logo apoacutes 10 a 14 dias a fecircmea estaacute

apta a transmitir o viacuterus por toda vida em meacutedia vive em torno de 35 a 40 dias

43 Aspectos Epidemioloacutegicos

Segundo Gonccedilalves Neto et al (2006) a dengue eacute considerada como a mais

importante arbovirose transmitida por insetos das uacuteltimas deacutecadas atinge a cada

ano um maior contingente de pessoas com o vetor aparecendo em mais de 100

paiacuteses de clima tropical e subtropical

Em face dessa realidade Ferreira Veras e Silva (2009) salientam que as

sucessivas epidemias de dengue no mundo especialmente no Brasil tecircm

mobilizado e preocupado autoridades e a populaccedilatildeo em geral No estado de Satildeo

Paulo houve um grande aumento dos quadros de dengue hemorraacutegica Cerca de

80 dos municiacutepios paulistas estatildeo totalmente infestados pelo mosquito aedes

aegypti Os motivos pelo quais a sua populaccedilatildeo aumenta significativamente

pontuam os autores satildeo a dificuldade em utilizaccedilatildeo de inseticidas a contrataccedilatildeo de

matildeo de obra qualificada a precaacuteria coleta de lixo especialmente nas grandes

cidades e nas suas regiotildees perifeacutericas aleacutem de fatores como o clima criando o

ambiente cada vez mais favoraacutevel agrave reproduccedilatildeo do mosquito

25

Segundo Mayo et al (2011) em estudo semelhante salienta que a

populaccedilatildeo brasileira vem sofrendo com seguidas epidemias de dengue haacute mais de

duas deacutecadas os autores seguem chamando a atenccedilatildeo para o progressivo aumento

de nuacutemero de casos com complicaccedilotildees seguindo a mesma loacutegica um nuacutemero

maior de municiacutepios vem sofrendo com o aparecimento e o aumento de casos de

dengue hemorraacutegica e o aumento dos oacutebitos por complicaccedilotildees da dengue

Havendo a predominacircncia de tais caracteriacutesticas a dengue tem levado ao alto

nuacutemero de oacutebitos Segundo Figueiroacute et al (2011) isso estaacute associado ainda agrave

imensa massa da populaccedilatildeo exposta Contudo salientam os autores que a doenccedila

tem se tornado um dos problemas de sauacutede reemergentes mais importantes da

histoacuteria Estima-se que 25 bilhotildees de pessoas estatildeo em risco de contrair a doenccedila

ainda que por ano satildeo 50 milhotildees de novos casos Destes cerca 550 mil necessitam

de hospitalizaccedilatildeo e pelo menos 20 mil evoluem para oacutebito Dados epidemioloacutegicos

do Ministeacuterio da Sauacutede tem apontado segundo Figueiro et al (2011) um crescente

aumento dos casos de Febre Hemorraacutegica por Dengue (FHD) e em uma deacutecada a

taxa de letalidade atingiu 68 destacando-se a regiatildeo nordeste com maior iacutendice

de casos entre 1981 a 2007

Contudo salientam Giratildeo et al (2014) que devido agrave adaptaccedilatildeo muito

acentuada do vetor nos peridomiciacutelios e domiciacutelios corroborando estudos da

Secretaria Municipal de Sauacutede de Divinoacutepolis (2014) apontaram que 9415 dos

focos de dengue estatildeo dentro das residecircncias sendo assim a participaccedilatildeo do

cidadatildeo no controle eacute de suma importacircncia no controle da doenccedila

Segundo dados do Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2014) em Minas Gerais a

taxa de incidecircncia da doenccedila foi de foi 2856 casos para cada 100000 habitantes

os 45 oacutebitos indicam um aumento de 3333 casos fatais em relaccedilatildeo a 2013 que

teve um nuacutemero de casos maior Quanto ao tipo de viacuterus circulante verificou-se a

incidecircncia de DENV1 (882) seguido de DENV4 (115) DENV3 (03) e DENV2

(00)

Para implantar as accedilotildees de vigilacircncia em sauacutede o Ministeacuterio da Sauacutede

(BRASIL 2014) por meio da Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede repassou para os

estados e municiacutepios 30 do valor a ser gasto em todo ano de 2014 cerca de R$

3634 milhotildees No mecircs de dezembro de 2013 a fim de intensificar as accedilotildees de

combate agrave dengue no periacuteodo de maior incidecircncia foram fornecidos 100 mil kg de

larvicidas 227 mil litros de adulticida e 104 mil kits para diagnoacutestico

26

Segundo a Secretaria Municipal de Sauacutede (DIVINOacutePOLIS 2014) haacute em

atividade 94 agentes de sauacutede puacuteblicos efetivos e 14 contratados sendo a cidade eacute

dividida em setores De acordo com levantamento raacutepido do iacutendice de infestaccedilatildeo do

aedes aegypti realizado em marccedilo de 2014 obteve-se um percentual de infestaccedilatildeo

do mosquito de 37 nos domiciacutelios visitados em Divinoacutepolis que representam risco

meacutedio para epidemia Em outubro de 2014 o novo levantamento raacutepido do iacutendice de

infestaccedilatildeo apresentou um iacutendice de 09 preocupante visto que o valor muito estaacute

muito proacuteximo do tolerado pela Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede que eacute de 1 Aleacutem

disso as condiccedilotildees climaacuteticas nesse periacuteodo natildeo favorecem a proliferaccedilatildeo do

mosquito por isso pode-se considerar esse valor alto

Em face dos dados apresentados conforme afirmam Ferreira Veras e Silva

(2009) para o controle da dengue a participaccedilatildeo popular eacute indiscutivelmente

essencial visto que o vetor habita os domiciacutelios sendo assim todos tem condiccedilotildees

de colaborar fiscalizando suas moradias O PNCD destaca as accedilotildees educativas

como forma de preparar a comunidade para adoccedilatildeo de comportamentos que

protejam a sauacutede coletiva Ainda segundo os autores durante as epidemias haacute todo

um clamor da miacutedia e do poder puacuteblico no sentido de mobilizar a comunidade para o

controle da doenccedila poreacutem nos periacuteodos de menor incidecircncia esse apelo perde a

intensidade o tema acaba no esquecimento sendo apresentado somente no

proacuteximo periacuteodo de infestaccedilatildeo e transmissatildeo da doenccedila

Ferreira Veras e Silva (2009) em anaacutelise do iacutendice de participaccedilatildeo da

populaccedilatildeo de 16 municiacutepios paulistas detectaram que em mais da metade destes

municiacutepios a participaccedilatildeo era muito baixa em consequecircncia o nuacutemero de pessoas

que contraiacuteram a doenccedila era maior onde haacute menos participaccedilatildeo popular

A educaccedilatildeo permanente segundo Ribeiro Sousa e Arauacutejo (2007) visa

acelerar o processo de adesatildeo da populaccedilatildeo agraves medidas preventivas abordando as

questotildees que envolvem condiccedilotildees de sauacutede moradia saneamento baacutesico indo

aleacutem de accedilotildees pontuais e campanhistas que perdem forccedila nos periacuteodos de baixa

notificaccedilatildeo de casos Eacute preciso buscar parceiros na sociedade civil como nos meios

de comunicaccedilatildeo para divulgaccedilatildeo do enfrentamento da doenccedila o ano inteiro

27

44 Medidas Educativas

Giratildeo et al (2014) destacam que somente com a educaccedilatildeo em sauacutede eacute que

se pode despertar na comunidade uma autonomia para que a populaccedilatildeo se sinta

como uma parte do processo que passa pela prevenccedilatildeo cujo controle depende da

eliminaccedilatildeo dos focos do mosquito dentro dos domiciacutelios

Neste sentido Alves (2005) afirma que a educaccedilatildeo em sauacutede eacute uma

ferramenta capaz de produzir intermediada pelos profissionais de sauacutede uma

compreensatildeo nova do processo sauacutede doenccedila oferecendo agrave populaccedilatildeo subsiacutedios

para adoccedilatildeo de novos haacutebitos de vida com ecircnfase na promoccedilatildeo e prevenccedilatildeo de

situaccedilotildees que podem trazer prejuiacutezos agrave sua sauacutede

Segundo Figueiroacute et al (2011) a doenccedila atinge a cada ano um maior

contingente de pessoas Nesse sentido priorizando a reduccedilatildeo dos casos de dengue

e dengue grave o Ministeacuterio da Sauacutede implantou no paiacutes o Plano Nacional de

Controle da Dengue ndash PNCD O programa eacute gerido de forma tripartite ou seja com

a participaccedilatildeo das trecircs esferas de governos uniatildeo estados e municiacutepios

ldquocompreendendo accedilotildees operacionais de vigilacircncia integrada entomoloacutegica e sobre o

meio ambiente de assistecircncia aos pacientes de educaccedilatildeo em sauacutede comunicaccedilatildeo

e mobilizaccedilatildeo socialrdquo (FIGUEIROacute et al 2011 p 2374) O PNCD compreende ainda

o controle e avaliaccedilatildeo dos agentes comunitaacuterios de sauacutede - ACS entretanto

segundo dados epidemioloacutegicos haacute uma grande dificuldade na realizaccedilatildeo das accedilotildees

e no alcance dos resultados esperados devido agrave baixa participaccedilatildeo da populaccedilatildeo

Para Ferreira Veras e Silva (2009) de acordo com a OPAS uma das maiores

dificuldades das autoridades de sauacutede em articulaccedilatildeo das accedilotildees eacute a parceria com a

comunidade o PNCD tem como um dos eixos a participaccedilatildeo comunitaacuteria para

reduccedilatildeo dos criadouros domiciliares Segundo Ferreira Veras e Silva (2009) a

participaccedilatildeo popular no combate eacute fundamental e defendida pelos organismos

nacionais e internacionais Pode estar inserida a capacitaccedilatildeo da populaccedilatildeo na

promoccedilatildeo e prevenccedilatildeo com o objetivo da melhoria da comunidade tanto na sauacutede

individual quanto coletiva favorecendo a construccedilatildeo de um modelo de sauacutede

compartilhada No controle das epidemias especialmente da dengue cujo vetor vive

na maioria das vezes nas casas das pessoas o PNDC visa o desenvolvimento de

accedilotildees educativas que tem como objetivo a mudanccedila de comportamento das

pessoas na manutenccedilatildeo de um ambiente de vida saudaacutevel Contudo a criteriosa

28

tarefa de evitar epidemias vai muito aleacutem do setor de sauacutede consistem em um

conjunto de accedilotildees poliacuteticas teacutecnicas e sociais que inclui prioritariamente a

participaccedilatildeo popular aliada agrave vigilacircncia epidemioloacutegica

Segundo Gonccedilalves Neto et al (2006) as condiccedilotildees sanitaacuterias prejudicadas

ausecircncia de coleta seletiva de lixo ausecircncia de saneamento baacutesico e um

crescimento desordenado em aacutereas tropicais propiciou raacutepida adaptaccedilatildeo do vetor

nas residecircncias levando o aedes aegpyti aproveitar se dos criadouros

providenciados pelo proacuteprio homem para aumentar sua populaccedilatildeo Contudo salienta

o autor praticamente impossiacutevel desenvolver um trabalho de controle do vetor sem a

participaccedilatildeo da comunidade

Tais afirmaccedilotildees explicam a situaccedilatildeo da populaccedilatildeo adscrita da UBS Santos

Dumont onde ocorreu uma grande expansatildeo de domiciacutelios sem um planejamento

adequado deixando um grande nuacutemero de terrenos baldios uma ocupaccedilatildeo sem a

infraestrutura necessaacuteria falta da coleta seletiva de lixo saneamento baacutesico e

pavimentaccedilatildeo Soma-se a isso a deficiecircncia do Estado em garantir uma coleta de

lixo eficiente deixando margem para a proliferaccedilatildeo da doenccedila

Segundo Almeida et al (2008) a adaptaccedilatildeo do mosquito aedes aegypti cuja

sobrevivecircncia depende de aacutegua parada ocorre principalmente nas aacutereas urbanas

em domiciacutelios e peridomiciacutelios Contudo o vetor eacute muito sensiacutevel agraves condiccedilotildees

ambientais poreacutem seus ovos resistem a longos periacuteodos de dissecaccedilatildeo o que

garante a perpetuaccedilatildeo da espeacutecie Com haacutebito diurno preferencialmente tem uma

especial atraccedilatildeo pelo sangue humano seu deslocamento eacute em meacutedia durante um

voo em condiccedilotildees normais de ambiente sem a interferecircncia de vento de cinquenta

metros portanto sua caracteriacutestica de habitar os domiciacutelios e peridomiciacutelios

permanecendo proacuteximo ao local de ldquopastordquo e postura dos ovos

Segundo Almeida et al (2008) com a ausecircncia de uma vacina eficaz capaz

de evitar a doenccedila a principal profilaxia tem sido o controle vetorial por meio de

identificaccedilatildeo dos focos e aplicaccedilatildeo de inseticidas de accedilatildeo residual para eliminaccedilatildeo

das larvas ou seja o combate focal

Contudo afirmam Almeida et al (2008) o conhecimento do dinamismo do

periacuteodo de maior transmissibilidade e latecircncia tem permitido a organizaccedilatildeo de accedilotildees

mais ou menos acentuadas dependendo do momento da epidemia e das condiccedilotildees

climaacuteticas A presenccedila do vetor em variadas partes das cidades jaacute foi identificada por

meio de estudos o que comprova que a doenccedila natildeo atinge somente uma classe

29

social Quanto agrave diminuiccedilatildeo dos casos dentro de um contexto epidemioloacutegico trecircs

fatores tecircm um papel muito importante as condiccedilotildees climaacuteticas desfavoraacuteveis agrave

viabilidade do vetor esgotamento de hospedeiros susceptiacuteveis e o controle quiacutemico

do vetor

45 Controle

Segundo Mayo et al (2011) existem duas formas de atuaccedilatildeo no controle da

doenccedila o bloqueio e o controle de criadouros Estas medidas tecircm por objetivo a

reduccedilatildeo dos criadouros na aacuterea de atuaccedilatildeo dos agentes de sauacutede o controle por

bloqueio e nebulizaccedilatildeo ocorre agrave aplicaccedilatildeo de inseticida com aplicadores Ultra Baixo

Volume - UBV A atuaccedilatildeo nesse tipo de trabalho em relaccedilatildeo ao feito pelo municiacutepio

diz respeito agrave qualidade do serviccedilo realizado bem como a agilidade na realizaccedilatildeo da

tarefa e o grande alcance da aacuterea coberta e o tipo de equipamento empregado

Para realizaccedilatildeo das tarefas o meacutetodo segue o preconizado pelo PNCD divide

as cidades em aacutereas setores e quarteirotildees Segundo Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL

2001) o bloqueio consiste em parar a transmissatildeo da dengue em municiacutepios com

epidemia instalada e tem como objetivo ainda a identificaccedilatildeo do sorotipo de viacuterus

circulante a aplicaccedilatildeo do UBV sem prejuiacutezo do controle larvaacuterio Quanto agrave

delimitaccedilatildeo de um foco isolado nos casos onde natildeo haacute infestaccedilatildeo deveratildeo ser

tratados todos os imoacuteveis no raio de 300 metros do entorno do local

Na fase de ataque segundo Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2001) deveraacute ser

tratado 100 dos imoacuteveis aleacutem de pontos estrateacutegicos terrenos baldios das zonas

infestadas e todos os potenciais focos devem ser eliminados Na fase de

consolidaccedilatildeo o objetivo eacute a erradicaccedilatildeo do mosquito satildeo desenvolvidas vaacuterias

accedilotildees semelhantes agrave fase de ataque com exceccedilatildeo do tratamento de focos Na fase

de manutenccedilatildeo satildeo visitadas todas as aacutereas positivas e negativas mesmo onde o

vetor foi erradicado as medidas satildeo o uso de armadilhas de oviposiccedilatildeo e inspeccedilotildees

de pontos estrateacutegicos

46 Atuaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Baacutesica no Controle da Dengue

As atividades de controle devem ter uma sinergia com todos os setores

envolvidos no tocante a vigilacircncia epidemioloacutegica haacute necessidade de manter a

30

vistoria em imoacuteveis terrenos depoacutesitos oficinas entre outros locais Teixeira et al

(2010) verificaram que os domiciacutelios com terrenos baldios no entorno apresentaram

maior concentraccedilatildeo da doenccedila

Lima e Vilasboas (2011) salientam que a sauacutede eacute um direito e a maneira que

o Estado tem de garantir esse direito eacute por meio de poliacuteticas puacuteblicas de proteccedilatildeo

prevenccedilatildeo e recuperaccedilatildeo de agravos a simples ausecircncia de doenccedila natildeo pode ser

considerada um conceito de sauacutede visto que as condiccedilotildees sociais de saneamento

baacutesico meio ambiente educaccedilatildeo moradia e renda satildeo fatores determinantes no

processo de adoecimento de um povo A sauacutede deve ser pensada no contexto

ampliado com integraccedilatildeo formando uma rede interssetorial na perspectiva de troca

de ajuda muacutetua na troca de experiecircncias com uma construccedilatildeo muacutetua de saberes

facilitando a resoluccedilatildeo dos problemas enfrentados

Para Lima e Vilasboas (2011) a interssetorialidade pode ser um facilitador

para construccedilatildeo de um sistema de sauacutede efetivo contudo aliado a poliacuteticas puacuteblicas

que possam contribuir para ganho na melhoria da qualidade de vida das pessoas A

interssetorialidade extrapola os limites do poder estatal e envolve a sociedade nas

decisotildees poliacuteticas evita a subordinaccedilatildeo de um setor a outro e diminui as resistecircncias

de alguns membros

Segundo Lefegravevre et al (2007) a populaccedilatildeo tem informaccedilotildees sobre a doenccedila

e do ciclo de vida do transmissor poreacutem esse conhecimento ainda natildeo eacute capaz de

produzir nas pessoas atitudes e comportamento para impedir ou reduzir os

criadouros do mosquito A probabilidade eacute que esse conhecimento vindo de origem

externa fragmentado ou pouco organizado configure um conflito entre o saber

sanitaacuterio e o senso comum Ainda segundo o autor o programa educativo tem sido

aplicado haacute muitos anos mas ateacute hoje ainda natildeo obteve o resultado esperado

contudo haacute necessidade de aprofundar neste contexto para identificar onde estatildeo as

falhas para que possa realmente ter uma populaccedilatildeo engajada no controle do vetor

Para a populaccedilatildeo segundo Lefegravevre et al (2007) haacute uma relaccedilatildeo entre sujo

que seria a doenccedila e limpo que seria a sauacutede levando a ideacuteia equivocada que o lixo

eacute o uacutenico meio de procriaccedilatildeo do mosquito Neste sentido haacute uma sinalizaccedilatildeo para

que o poder puacuteblico perceba a necessidade de informar educar e comunicar

Informar no que diz respeito aos constantes dados epidemioloacutegicos sobre a doenccedila

no Paiacutes no Estado e na sua Comunidade no sentido de incentivar a participaccedilatildeo

popular no controle da doenccedila Educar esclarecendo a forma de transmissibilidade

31

da doenccedila estabelecendo um diaacutelogo de faacutecil entendimento na loacutegica sanitaacuteria sem

confrontar o senso comum buscando construir um relacionamento entre o teacutecnico e

o cidadatildeo e agrave adoccedilatildeo de alternativas na reduccedilatildeo das viacutetimas da dengue

Neste sentido a ESF tem papel fundamental no desenvolvimento de accedilotildees de

prevenccedilatildeo e controle da dengue considerando a relaccedilatildeo de confianccedila que a

populaccedilatildeo manteacutem com a equipe de sauacutede da famiacutelia possibilitando o contato com

o ambiente domeacutestico por meio dos ACSs promovendo um ambiente seguro e livre

do Aedes aegypti (BRASIL 2002) A ESF pode ainda promover accedilotildees educativas

com a populaccedilatildeo mobilizando-a para adotar accedilotildees preventivas realizando tambeacutem a

notificaccedilatildeo imediata dos casos suspeitos possibilitando as medidas tratamento

adequado agraves situaccedilotildees de dengue claacutessica e dengue grave reduzindo os casos

letais e possibilitando o bloqueio dos focos pela vigilacircncia epidemioloacutegica

32

5 PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO

O diagnoacutestico situacional foi realizado com base nas informaccedilotildees contidas em

dados oficiais do IBGE do Sistema Integrado de Sauacutede e embasado no relato dos

problemas levantados pela Equipe de Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia da UBS

Santos Dumont

Foi utilizado o Planejamento Estrateacutegico Situacional ndash PES como referecircncia

para a proposta de intervenccedilatildeo Este meacutetodo possibilita que os atores atraveacutes de

sua proacutepria visatildeo identifiquem as causas possiacuteveis dos problemas como nascem e

se desenvolvem A partir deste ponto de vista podem propor soluccedilotildees para atacar

suas causas e a viabilidade destas soluccedilotildees (CAMPOS FARIA SANTOS 2010)

Assim a partir do diagnoacutestico situacional os 10 passos segundo os autores

mencionados e suas atividades satildeo descritas a seguir

51 Primeiro Passo Definiccedilatildeo dos Problemas

Hipertensatildeo Arterial

Diabetes

Drogas

Gravidez na Adolescecircncia

Dengue

Transtorno Depressivo

Doenccedilas Sexualmente Transmissiacuteveis AIDS

Falta de Saneamento Baacutesico

52 Segundo Passo Priorizaccedilatildeo dos Problemas

Dengue

Falta de Saneamento Baacutesico

53 Terceiro Passo Descriccedilatildeo do Problema Selecionado

Segundo o Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2002) o nosso paiacutes eacute

predominantemente de clima tropical e este eacute um ambiente favoraacutevel agrave proliferaccedilatildeo

do mosquito aedes aegypti principal transmissor da dengue em nosso continente A

33

doenccedila eacute a uma arbovirose transmitida por um artroacutepode que pode apresentar-se

de forma benigna claacutessica ou grave na forma de febre hemorraacutegica

Durante o ano de 2014 segundo o Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2014) mais

meio milhatildeo de casos da doenccedila (591080) 528 soacute na regiatildeo Sudeste em Minas

Gerais foram 59222 com 45 oacutebitos confirmados em Divinoacutepolis segundo a

Secretaria Municipal de Sauacutede (2014) ocorreram 4680 notificaccedilotildees de casos da

doenccedila e confirmados 4139 casos de dengue com 06 oacutebitos sendo que os bairros

Nossa Senhora das Graccedilas Centro Satildeo Joseacute Interlagos Niteroacutei Porto Velho

Planalto Santos Dumont Belvedere e Bom Pastor foram responsaacuteveis por 3027

dos casos de dengue da cidade

Ferreira et al (2009) Lima e Vilasboas (2011) chamam a atenccedilatildeo para a falta

de saneamento baacutesico como um fator agravante que pode elevar a multiplicaccedilatildeo do

vetor da doenccedila Para Gonccedilalves Neto et al (2006) as condiccedilotildees sanitaacuterias

prejudicadas o crescimento desordenado levaram agrave raacutepida adaptaccedilatildeo do vetor agraves

residecircncias causando a disseminaccedilatildeo do viacuterus Tais situaccedilotildees satildeo rotineiras na

populaccedilatildeo adscrita da UBS Santos Dumont

54 Quarto passo Explicaccedilatildeo do Problema

A explicaccedilatildeo para o problema selecionado foi qualificado do ponto de vista

social coletivo e individual

Niacutevel Social Refere-se agrave ausecircncia de poliacuteticas puacuteblicas para melhoria de qualidade

de vida da populaccedilatildeo que convive com a ausecircncia de saneamento baacutesico esgoto a

ceacuteu aberto falta de coleta seletiva e lixo acumulado nas ruas e terrenos baldios

Niacutevel Coletivo Falta de consciecircncia da gravidade da doenccedila que pode acometer a

qualquer pessoa e todas as faixas etaacuterias falta de colaboraccedilatildeo entre os vizinhos que

sempre potildeem a culpa das maacutes condiccedilotildees uns nos outros mas ningueacutem assume a

responsabilidade pelo seu quintal

Niacutevel Individual Falta de compromisso pois segundo dados da SEMUSA

(DIVINOacutePOLIS 2014) 9415 dos focos de Dengue estatildeo dentro das residecircncias

esses focos foram identificados em vasilhas de aacutegua para cachorro galinha calhas

mal projetadas e caixas drsquoaacutegua sem tampa

55 Quinto Passo Seleccedilatildeo dos ldquoNoacutes Criacuteticosrdquo

34

Foram selecionados os seguintes ldquonoacutes criacuteticosrdquo que podem ter relaccedilatildeo direta com o

alto nuacutemero de casos de dengue

Lixo nas ruas falta de conscientizaccedilatildeo da populaccedilatildeo para evitar descarte

incorreto de lixo nas ruas e terrenos baldios

Responsabilizaccedilatildeo do outro falta agrave comunidade assumir que o problema da

dengue natildeo eacute do meu vizinho mas eacute de todos

Lotes sujos falta cobranccedila por parte do poder puacuteblico aos proprietaacuterios de

terrenos vazios que mantenham os lotes limpos e conservados

56 Sexto Passo Desenho de Operaccedilotildees para os ldquoNoacutes Criacuteticosrdquo do Problema

Como soluccedilatildeo dos ldquonoacutes criacuteticosrdquo foram apresentadas as seguintes propostas

contidas no Quadro 6 a seguir

Quadro 6 ndash Desenho das Operaccedilotildees para os Noacutes Criacuteticos Selecionados

ldquoNoacute

Criacuteticordquo

Operaccedilatildeo

Projeto

Resultados

Esperados

Produtos

Esperados

Recursos

Necessaacuterios

Lixo nas ruas Reeducaccedilatildeo conscientizaccedilatildeo ambiental

Ausecircncia de lixo nas ruas e lotes vazios

Bairro limpo sem dengue

Datashow e computador

Responsabiliza ccedilatildeo do outro

Conscientizaccedilatildeo

sobre sauacutede

coletiva

Que todos

unidos com

objetivo de

diminuir os

casos de

dengue

Reduccedilatildeo da

doenccedila

Datashow e computador Panfletos informativos

Lotes sujos Limpeza de

lotes e terrenos

Lotes limpos

e sem focos

da dengue

Diminuiccedilatildeo

do nuacutemero do

mosquito

transmissor

da dengue

Palestras sobre

conservaccedilatildeo

dos terrenos e

lotes vazios

Fiscalizaccedilatildeo da

prefeitura

57 Seacutetimo Passo Identificaccedilatildeo dos Recursos Criacuteticos

35

Para iniacutecio das operaccedilotildees foram apresentados os recursos necessaacuterios e

indispensaacuteveis para o sucesso do processo

Quadro 7 ndash Identificaccedilatildeo dos Recursos Criacuteticos

Operaccedilatildeo

Projeto

Recursos Criacuteticos

Controle dos recursos criacuteticos

Accedilatildeo estrateacutegica

Ator que controla

Motivaccedilatildeo

ldquoMutiratildeo da

limpezardquo

realizar um dia

por mecircs para

limpeza em

parceria com a

populaccedilatildeo

Poliacutetico Veiculo e pessoal para limpeza das ruas

Empresa Municipal de Obras Puacuteblicas

Evitar que lixo se acumule nas ruas

Criaccedilatildeo do dia da limpeza e apresentaccedilatildeo da administraccedilatildeo para apreciaccedilatildeo

ldquoFora Denguerdquo Intensificaccedilatildeo das accedilotildees educativas nas escolas e nos grupos e associaccedilatildeo de bairro

Poliacutetico Articulaccedilatildeo interssetorial Financeiro Disponibilizaccedilatildeo de material informativo

Secretaria Municipal de Sauacutede Secretaria Municipal de Educaccedilatildeo Associaccedilatildeo de bairros

Despertar na comunidade a consciecircncia de sauacutede coletiva

Despertar nos discentes e na comunidade o desejo de erradicar os focos da dengue

ldquoMapeamento

dos lotes sujosrdquo

Realizar o

mapeamento

dos terrenos

sujos

Poliacutetico Notificar os

proprietaacuterios para limpeza do

terreno Financeiro

Recurso para impressatildeo das

notificaccedilotildees

Secretaria Municipal de

Sauacutede

Evitar que as pessoas joguem lixo e entulho em lotes vagos

Conservaccedilatildeo e limpeza dos lotes vazios

58 Oitavo Passo Anaacutelise de Viabilidade do Plano

A proposta a seguir (Quadro 3) apresenta a motivaccedilatildeo para a viabilidade do plano

visto que alguns dos recursos necessaacuterios fogem agrave governabilidade da ESF

36

Quadro 8 ndash Viabilidade do Plano

Operaccedilatildeo

Projeto

Recursos Criacuteticos

Controle dos recursos criacuteticos

Accedilatildeo estrateacutegica

Ator que controla

Motivaccedilatildeo

ldquoMutiratildeo da

limpezardquo

realizar um dia

por mecircs para

limpeza em

parceria com a

populaccedilatildeo

Poliacutetico Veiculo e pessoal para limpeza das ruas

Empresa Municipal de Obras Puacuteblicas

Favoraacutevel Criaccedilatildeo do dia da limpeza e apresentaccedilatildeo agrave administraccedilatildeo para apreciaccedilatildeo

ldquoFora Denguerdquo Intensificaccedilatildeo das accedilotildees educativas nas escolas e nos grupos e associaccedilatildeo de bairro

Poliacutetico Articulaccedilatildeo interssetorial Financeiro Disponibilizaccedilatildeo de material informativo

Secretaria Municipal de Sauacutede Secretaria Municipal de Educaccedilatildeo Associaccedilatildeo de bairros

Favoraacutevel

Despertar nos escolares e na comunidade o desejo de erradicar os focos da dengue

ldquoMapeamento

dos lotes sujosrdquo

Realizar o

mapeamento

dos terrenos

sujos

Poliacutetico Notificar os

proprietaacuterios para limpeza do

terreno Financeiro

Recurso para impressatildeo das

notificaccedilotildees

Secretaria Municipal de

Sauacutede

Indiferente

Conservaccedilatildeo e limpeza dos lotes vazios

37

59 Nono Passo Elaboraccedilatildeo do Plano Operativo

A proposta a seguir no Quadro 9 identifica os atores envolvidos lhes atribuiacutedo

responsabilidades e prazos a cumprir

Quadro 9 ndash Plano Operativo

Operaccedilotildees Resultados Accedilotildees Estrateacutegicas

Responsaacutevel Prazo

ldquoMutiratildeo da limpezardquo realizar um dia por mecircs para limpeza em parceria com a populaccedilatildeo

Limpeza das ruas

e quintais

Coleta de lixo

das ruas Incentivo a limpeza de

lotes e quintais

Equipe de ACS

Durante todo ano

ldquoFora Denguerdquo Intensificaccedilatildeo das accedilotildees educativas nas escolas e nos grupos e associaccedilatildeo de bairro

Uma comunidade

consciente das suas

responsabilidades

Insistir e reforccedilar com

accedilotildees educativas para que

populaccedilatildeo mantenha as ruas limpas e coloque o lixo

para ser recolhido

Enfermeiro ESF

Durante todo o ano

ldquoMapeamento dos lotes

sujosrdquo Realizar o

mapeamento dos terrenos

sujos

Identificar os focos e eliminaacute-

los

Criaccedilatildeo de um mapa onde ocorreram focos do mosquito

ACS e

Enfermeiro

Trecircs meses

510 Deacutecimo Passo Gestatildeo do Plano

Com a gestatildeo do plano eacute possiacutevel aos responsaacuteveis acompanhar e monitorar as

accedilotildees avaliando e sempre que necessaacuterio readequando as eventuais falhas do

processo

38

Quadro 10ndash Gestatildeo do Plano

Produtos Responsaacutevel Prazo Situaccedilatildeo Atual

Justificativa Novo Prazo

ldquoMutiratildeo da

limpezardquo

realizar um

dia por mecircs

para limpeza

em parceria

com a

populaccedilatildeo

Enfermeiro da ESF

Inicio imediatamente

(logo apoacutes apresentaccedilatildeo

do projeto)

ldquoFora Denguerdquo Intensificaccedilatildeo das accedilotildees educativas nas escolas e nos grupos e associaccedilatildeo de bairro

Enfermeiro Provab

Durante todo ano

ldquoMapeamento

dos lotes

sujosrdquo

Realizar o

mapeamento

dos terrenos

sujos

ECS e Equipe

de Epidemiologia

Um mecircs para

inicio das atividades

Aleacutem dos 10 passos do Planejamento Estrateacutegico Situacional optei por incluir outros

02 passos que tecircm a finalidade de contribuir para o processo de avaliaccedilatildeo da

Proposta de Intervenccedilatildeo Estatildeo contidos nos itens 511 e 512 a seguir

511 Avaliaccedilatildeo dos Resultados

O instrumento para avaliaccedilatildeo seraacute o Sistema de Informaccedilotildees de Agravos de

Notificaccedilatildeo ndash SINAN

ldquoque tem por objetivo o registro e processamento dos dados sobre agravos

de notificaccedilatildeo em todo o territoacuterio nacional fornecendo informaccedilotildees para

anaacutelise do perfil da morbidade e contribuindo desta forma para a tomada

de decisotildees em niacutevel municipal estadual e federalrdquo (IBGE 2014)

39

Segundo Moraes e Duarte (2009) o SINAN tem sido principal fonte de dados

para coordenaccedilatildeo das accedilotildees de vigilacircncia epidemioloacutegica tanto no sentido de

controle da doenccedila quando como fonte de pesquisa

512 Resultados Eesperados

O resultado esperado eacute

Estabelecer a construccedilatildeo de conhecimento que favoreccedila o autocuidado e a

capacidade de emancipaccedilatildeo da comunidade criando um ambiente seguro com

ecircnfase na educaccedilatildeo e sauacutede com vistas agrave reduccedilatildeo dos casos de dengue na

populaccedilatildeo adscrita da UBS Santos Dumont

40

6 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

O Programa de Valorizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Baacutesica (PROVAB) abriu muitos

caminhos para um horizonte promissor no desenvolvimento da promoccedilatildeo da sauacutede

e da prevenccedilatildeo no campo de atuaccedilatildeo do Programa Sauacutede na Escola criando um

viacutenculo de amizade e confianccedila uma verdadeira parceria com os alunos essencial

na construccedilatildeo de uma sociedade consciente e capaz de cuidar da sua sauacutede de

maneira preventiva loacutegica essa defendida pelo Sistema Uacutenico de Sauacutede

Para noacutes enfermeiros eacute oportunidade de ampliar o horizonte de atuaccedilatildeo

ensinando e aprendendo com o comportamento das crianccedilas dos adolescentes e

jovens vendo de maneira impar o grande desafio da educaccedilatildeo em formar cidadatildeos

com mais sauacutede Como gratificaccedilatildeo recebemos o reconhecimento dos alunos

professores e diretores algo que fica marcado para sempre na formaccedilatildeo do

profissional os laccedilos de confianccedila amizade e reconhecimento satildeo a maior

recompensa e certeza de missatildeo cumprida

Como a Equipe de Sauacutede da Famiacutelia tem como principal objetivo trabalhar na

prevenccedilatildeo de doenccedilas e agravos criando viacutenculos com a clientela a missatildeo de

promover a emancipaccedilatildeo de seus usuaacuterios com ecircnfase no autocuidado exige de

noacutes muita articulaccedilatildeo e intensificaccedilatildeo de accedilotildees educativas Especificamente no caso

da dengue o cumprimento desta missatildeo pode evitar que as constantes epidemias

se tornem parte do cotidiano das pessoas auxiliando os moradores da comunidade

na adoccedilatildeo de medidas responsaacuteveis que visem o cuidado com a sua sauacutede e da

sauacutede da comunidade

Neste sentido a educaccedilatildeo em sauacutede desempenha um papel importante em

manter a comunidade sempre vigilante e em alerta pois o perigo eacute eminente e vive

dentro dos lares das pessoas esperando apenas o momento oportuno e condiccedilotildees

favoraacuteveis para transmitir a dengue

O trabalho dos agentes de controle de endemias e da ESF deve ser

constante focado na eliminaccedilatildeo dos criadouros do mosquito transmissor da dengue

A comunidade deve colaborar com livre acesso dos agentes agraves residecircncias na

colaboraccedilatildeo para eliminaccedilatildeo dos focos nos domiciacutelios e peridomiciacutelios e

multiplicaccedilatildeo das informaccedilotildees sobre o ciclo de vida do vetor entre os vizinhos

amigos e parentes informando que todos estatildeo expostos agrave doenccedila e a mudanccedila de

comportamento pode diminuir os riscos de contrair a dengue

41

Ao poder puacuteblico eacute necessaacuterio adotar um planejamento adequado para

garantir aos cidadatildeos a infraestrutura miacutenima necessaacuteria para viver em comunidade

serviccedilos essenciais como saneamento coleta de lixo e mobilidade que favorecem a

criaccedilatildeo de um ambiente seguro com sauacutede e qualidade de vida

42

REFEREcircNCIAS

ALMEIDA M CM et al Dinacircmica intra-urbana das epidemias de dengue em Belo Horizonte Minas Gerais Brasil 1996-2002 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2008 vol24 n10 pp 2385-2395 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv24n1019pdf Acesso em 02 de out de 2014 ALVES V S A Um modelo de educaccedilatildeo em sauacutede para o Programa Sauacutede da Famiacutelia pela integralidade da atenccedilatildeo e reorientaccedilatildeo do modelo assistencial Interface - Comunic Sauacutede Educ v9 n16 p39-52 set2004fev2005 Disponiacutevel em httpswwwnesconmedicinaufmgbrbibliotecaimagem0303pdf Acesso de jun de 2014 BACKES DS et al (2012) O papel profissional do enfermeiro no Sistema Uacutenico de Sauacutede da sauacutede comunitaacuteria agrave estrateacutegia de sauacutede da famiacutelia Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva

17(1)223-230 2012 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcscv17n1a24v17n1pdf Acesso em 12 de jan 2015 BRASIL Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sauacutede Consulta Estabelecimento - Modulo Profissional - Profissional por Estabelecimento Disponiacutevel em httpcnesdatasusgovbrMod_ProfissionalaspVCo_Unidade=3122302159651 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Cadernos de Informaccedilotildees de Sauacutede Minas Gerais DATASUS TABNET (2010) Disponiacutevel em httptabnetdatasusgovbrtabdatacadernosmghtm Acesso em16 de maio de 2014 BRASIL Dengue - instruccedilotildees para pessoal de combate ao vetor Manual de Normas teacutecnicas - 3 ed rev - Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede 2001 84 p il 30 cm Disponiacutevel em httpbvsmssaudegovbrbvspublicacoesfunasaman_denguepdf acesso em 15 de out de 2014 BRASIL Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz Vetor da dengue na Aacutesia A albopictus eacute alvo de estudos Publicada em 18122008 agraves 1249 Disponiacutevel em httpwwwfiocruzbrioccgicgiluaexesysstarthtminfoid=576ampsid=32amptpl=printerview Acesso em 12 de jan de 2015 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Censo demograacutefico 2010 sinopse Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=1ampsearch=minas-gerais|divinopolis|censo-demografico-2010-sinopse- Acesso em 15 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Divinoacutepolis morbidades hospitalares ndash 2012 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=114ampsearch=minas-gerais|divinopolis|morbidades-hospitalares-2012 Acesso em 12 de maio de 2014

43

BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estaacutetica Divisatildeo Territorial do Brasil e Limites Territoriais Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE) (1 de julho de 2008) Disponiacutevel em httpwwwibgegovbrhomegeocienciascartografiadefault_dtb_intshtm Acesso em16 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Ensino - matriacuteculas docentes e rede escolar ndash 2012 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=117ampsearch=minas-gerais|divinopolis|ensino-matriculas-docentes-e-rede-escolar-2012 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estaacutetica Histoacuterico do Municiacutepio disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrpainelhistoricophplang=ampcodmun=312230ampsearch=minas-gerais|divinopolis|infograficos-historico Acesso 10 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Informaccedilotildees completas Populaccedilatildeo em 2010 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrasperfilphplang=ampcodmun=312230 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Serviccedilos de sauacutede ndash 2009 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=5ampsearch=minas-gerais|divinopolis|servicos-de-saude-2009 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Sistema de informaccedilotildees de agravos de notificaccedilatildeo ndash SINAN Disponiacutevel em httpcesibgegovbrbase-de-dadosmetadadosministerio-da-saudesistema-de-informacoes-de-agravos-de-notificacao-sinan Acesso em 16 de Nov de 2014 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede Dengue aspectos epidemioloacutegicos diagnoacutestico e tratamento Ministeacuterio da Sauacutede Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede ndash Brasiacutelia Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede 2002 Disponiacutevel em httpbvsmssaudegovbrbvspublicacoesdengue_aspecto_epidemiologicos_diagnostico_tratamentopdf Acesso em 02 de out de 2014 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede FUNSA Programa Nacional de Combate a Dengue PNCD Disponiacutevel em httpbvsmssaudegovbrbvspublicacoespncd_2002pdf Acesso em 21 de jun de 2014 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portal Brasil Disponiacutevel em httpwwwbrasilgovbrsaude201311saude-libera-mais-de-r-360-mi-para-combate-a-dengue Acesso em 10 de Nov de 2014

44

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede Departamento de Vigilacircncia Epidemioloacutegica Diretrizes nacionais para prevenccedilatildeo e controle de epidemias de dengue Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede Departamento de Vigilacircncia Epidemioloacutegica ndash Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2009 160 p Disponiacutevel em httpwwwansgovbrportalimgemaildiretrizes_reimpressao_webpdf Acesso em 16 de Nov de 2014

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede (2014) Monitoramento dos casos de dengue e febre de chikungunya ateacute a Semana Epidemioloacutegica (SE) 53 de 2014 Dengue Boletim Epidemioloacutegico ISSN 2358-9450 Volume 46 Ndeg 3 ndash 2015 Disponiacutevel em httpportalsaudesaudegovbrimagespdf2015janeiro192015-002---BE-at---SE-53pdf Acesso em 22 mar de 2015 BRASILSINANONLINE e DVASVEASTSub VPSSES-MG (20122013) Disponiacutevel em httpwwwsaudemggovbrcomponentgmgstory6489-informe-epidemiologico-da-dengue-30-05-2014 Acesso em 08 de jun de 2014 CAMPOS FCC FARIA H P SANTOS MA Planejamento e avaliaccedilatildeo das accedilotildees em sauacutede Curso de Especializaccedilatildeo em Atenccedilatildeo Baacutesica em Sauacutede da Famiacutelia NESCONUFMG Curso de Especializaccedilatildeo em Atenccedilatildeo Baacutesica agrave Sauacutede da Famiacutelia 2ed Belo Horizonte NesconUFMG 2010 Disponiacutevel em lthttpswwwnesconmedicinaufmgbrbibliotecaregistroPlanejamento_e_avaliacao_das_acoes_de_saude_23gt Acesso em Dezembro 2014 DIVINOacutePOLIS Estatuto dos Conselhos Distritais de Sauacutede Conselho Municipal de Sauacutede 1998 DIVINOacutePOLIS Mapa da cidade Disponiacutevel em httpwwwdivinopolismggovbrportalpaginasgeograficosimagensmapadacidadepdf Acesso em 08 de jun de 2014 DIVINOPOLIS Secretaria Municipal de Sauacutede SEMUSA Sistema Integrado de Sauacutede Paciente Famiacutelia Acesso Local Acesso em 15 de maio de 2014 FERREIRA B J et al Evoluccedilatildeo histoacuterica dos programas de prevenccedilatildeo e controle da dengue no Brasil Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2009 vol14 n3 pp 961-972 ISSN 1413-8123 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcscv14n332pdf Acesso em 21 de jun de 2014 FERREIRA IT RN VERAS M A S M and SILVA RA Participaccedilatildeo da populaccedilatildeo no controle da dengue uma anaacutelise da sensibilidade dos planos de sauacutede de municiacutepios do Estado de Satildeo Paulo BrasilCad Sauacutede Puacuteblica [online] 2009 vol25 n12 pp 2683-2694 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielosporgpdfcspv25n1215pdf Acesso em 10 de out de 2014 FIGUEIREDO LT M OWA M A CARLUCCI R H and OLIVEIRA L de Estudo sobre o diagnoacutestico laboratorial e sintomas do dengue durante epidemia ocorrida na regiatildeo de Ribeiratildeo Preto SP Brasil Rev Inst Med trop S Paulo [online] 1992

45

vol34 n2 pp 121-130 ISSN 0036-4665 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfrimtspv34n2a07v34n2pdf Acesso em 13 ago de 2014 FIGUEIROacute AC et al Oacutebito por dengue como evento sentinela para avaliaccedilatildeo da qualidade da assistecircncia estudo de caso em dois municiacutepios da Regiatildeo Nordeste Brasil 2008 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2011 vol27 n12 pp 2373-2385 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv27n1209pdf Acesso em 12 de out de 2014 GIRAtildeO RV et al Educaccedilatildeo em sauacutede sobre a dengue contribuiccedilotildees para o desenvolvimento de competecircncias J res fundam care online 2014 janmar 6(1) 38-46 Disponiacutevel em httpwwwseeruniriobrindexphpcuidadofundamentalarticleview2659pdf_1043 Acesso em 21 de jun de 2014 GONCcedilALVES NETO V S et al Conhecimentos e atitudes da populaccedilatildeo sobre dengue no Municiacutepio de Satildeo Luiacutes Maranhatildeo Brasil 2004 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2006 vol22 n10 pp 2191-2200 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv22n1018pdf Acesso em 10 de out de 2014 LEFEVRE A MC et al Representaccedilotildees sobre dengue seu vetor e accedilotildees de controle por moradores do municiacutepio de Satildeo Sebastiatildeo litoral Norte do Estado de Satildeo Paulo Brasil Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2007 vol23 n7 pp 1696-1706 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv23n722pdf Acesso em 16 de out de 2014 LIMA E C VILASBOAS ALQ Implantaccedilatildeo das Accedilotildees Interssetoriais de Mobilizaccedilatildeo Social do Paraacute o Controle da dengue na Bahia Brasil Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2011 vol27 n8 pp 1507-1519 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv27n806pdf Acesso em 16 de out de 2014 MACHADO RM et al (2013) HISTORIA DA SAUacuteDE MENTAL DE DIVINOacutePOLIS-MG Revista de Enfermagem do Centro Oeste Mineiro 2013 maiago 3 (2) 752-760 httpwwwseerufsjedubrindexphprecomarticleview228439 Acesso em 08 de abr de 2015 MAYO R C et al BEPA - Boletim Epidemioloacutegico Paulista 8(88) 4-12 abr 2011 tab Graf Disponiacutevel em fileCUsersnoteDownloadsv8n88a0120(1)pdf Acesso em 12 de out de 2014 MINAS GERAIS Secretaria Estadual de Sauacutede Programa Estadual de Controle Permanente da Dengue SITUACcedilAtildeO ATUAL DA DENGUE EM MINAS GERAIS RESUMO INFORMATIVO - 15122014 Disponiacutevel em httpwwwsaudemggovbrimagesdocumentosAnaliseDengue15-12-2014pdf Acesso em 10 de jan de 2015 MINAS GERAIS Secretaria de Estado da Sauacutede de Minas Gerais Programa Sauacutede em Casa Disponiacutevel em httpwwwsaudemggovbrpoliacuteticas_de_saudeprograma-saude-em-casa Acesso em 10 de maio de 2014

46

MORAES GH and DUARTE E C Anaacutelise da concordacircncia dos dados de mortalidade por dengue em dois sistemas nacionais de informaccedilatildeo em sauacutede Brasil 2000-2005 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2009 vol25 n11 pp 2354-2364 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielosporgpdfcspv25n1106pdf Acesso em 29 de Nov de 2014 PENNA M L F Um desafio para a sauacutede puacuteblica brasileira o controle do dengue Cad Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro 19(1) 305-309 jan-fev 2003 Disponiacutevel em httpwwwscielosporgpdfcspv19n114932pdf Acesso em 21 de jun de 2014

PREFEITURA MUNICIPAL DE DIVINOacutePOLIS BALANCcedilO DA DENGUE Disponiacutevel em httpwwwdivinopolismggovbrportalnoticiaphpid=11507 Acesso em 19 jan de 2015

RIBEIRO P C SOUSA DC ARAUJO TME Perfil cliacutenico-epidemioloacutegico dos casos suspeitos de Dengue em um bairro da zona sul de Teresina PI Brasil Rev bras enferm [online] 2008 vol61 n2 pp 227-232 ISSN 0034-7167 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfrebenv61n2a13v61n2pdf Acesso em 28 de jul de 2014 VALENTE G SC et al Problematizaccedilatildeo Como Estrateacutegia de Educaccedilatildeo em Sauacutede no Combate a Dengue Um Relato de Experiecircncia R Pesq cuid Fundam Online 2012 outdez 4(4)2987-94 Disponiacutevel em httpwwwseeruniriobrindexphpcuidadofundamentalarticleview1888pdf_641 Acesso em 08 jun de 2014 TEIXEIRA LAS et al Persistecircncia dos sintomas de dengue em uma populaccedilatildeo de Uberaba Minas Gerais Brasil Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2010 vol26 n3 pp 624-630 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv26n319pdf Acesso em 16 de out de 2014

Page 7: PLANO DE AÇÃO NO COMBATE A DENGUE: EDUCAR PARA EVITAR · 2019-11-14 · The Divinopolis follows the same trend, with 4680 notifications and 4139 confirmed ... banhado pelas bacias

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 8

11 Contexto Geral 9 111 Identificaccedilatildeo do Municiacutepio 9 112 Histoacuterico de Criaccedilatildeo Do Municiacutepio 9 113 Aspectos Geograacuteficos Socioeconocircmicos e Demograacuteficos 10 114 Sauacutede em Divinoacutepolis 10

115 Sistema Local de Sauacutede 11 117 Sistema Local de Educaccedilatildeo 13

12 Diagnoacutestico Situacional 14 121 Unidade Baacutesica de Sauacutede ndash Bairro Santos Dumont 14

122 Recursos Humanos 15 2 JUSTIFICATIVA 21 3 OBJETIVOS 22

31 Objetivo Geral 22

32 Objetivos Especiacuteficos 22

4 BASES CONCEITUAIS 23 41 Aspectos Gerais da Doenccedila 23

42 Etiologia 24 43 Aspectos Epidemioloacutegicos 24 44 Medidas Educativas 27

45 Controle 29 46 Atuaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Baacutesica no Controle da Dengue 29

5 PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO 32

51 Primeiro Passo Definiccedilatildeo dos Problemas 32

52 Segundo Passo Priorizaccedilatildeo dos Problemas 32 53 Terceiro Passo Descriccedilatildeo do Problema Selecionado 32

54 Quarto passo Explicaccedilatildeo do Problema 33 55 Quinto Passo Seleccedilatildeo dos ldquoNoacutes Criacuteticos 33 56 Sexto Passo Desenho de Operaccedilotildees para os ldquoNoacutes Criacuteticosrdquo do Problema 34 57 Seacutetimo Passo Identificaccedilatildeo dos Recursos Criacuteticos 34

58 Oitavo Passo Anaacutelise de Viabilidade do Plano 35 59 Nono Passo Elaboraccedilatildeo do Plano Operativo 37 510 Deacutecimo Passo Gestatildeo do Plano 37 512 Resultados esperados 39

6 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 40

REFEREcircNCIAS 42

8

1 INTRODUCcedilAtildeO

A dengue representa hoje um grave problema de sauacutede puacuteblica e segundo o

Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2002) estaacute presente em todo territoacuterio nacional e tem

se mostrado cada vez mais de difiacutecil controle nos uacuteltimos anos os haacutebitos da vida

moderna com aumento do consumo de bens natildeo biodegradaacuteveis Isto ampliou a

oferta de criadouros para o mosquito nos domiciacutelios e peridomiciacutelios e com base

nesses fatos a participaccedilatildeo popular no controle dos focos se tornou essencial

Segundo o Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2002) a doenccedila tem se mostrado

como um dos maiores desafios para a sauacutede puacuteblica nos paiacuteses em

desenvolvimento com grande impacto socioeconocircmico Estima-se um nuacutemero de

casos a beira dos 100 milhotildeesano e destes 500 mil desenvolve a forma grave a

Febre Hemorraacutegica

Desde 1986 o Brasil tem apresentado sucessivas epidemias segundo o

Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2002) No Estado de Minas Gerais somente em 2013

foram registrados 416252 casos de dengue com 104 oacutebitos Em 2014 houve uma

grande reduccedilatildeo de cerca de 8577 contudo ldquodos 45 casos graves 44 evoluiacuteram

para oacutebitordquo (BRASIL 2014 p 2)

Frente a este quadro segundo Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2002) eacute preciso

repensar o papel da sociedade no apoio e combate a dengue No Brasil exceccedilatildeo

feita alguns casos natildeo eacute tradiccedilatildeo cultural o envolvimento dos setores sociais em

causas como a dengue por exemplo estamos na contramatildeo de nossos vizinhos

latino-americanos onde a cooperaccedilatildeo faz parte da cultura

Em Divinoacutepolis segundo balanccedilo publicado em 17122014 pela Secretaria

Municipal de Sauacutede em 2014 foram notificados 4680 casos suspeitos de dengue

com 4139 casos confirmados ainda de acordo com Secretaria de Estado da Sauacutede

neste ano de 2014 ocorrem 06 oacutebitos por complicaccedilotildees da dengue

Frente a esse grave problema de sauacutede puacuteblica que necessita da cooperaccedilatildeo

de todos os cidadatildeos eacute necessaacuterio insistir e intensificar as accedilotildees educativas nas

escolas nas associaccedilotildees de bairro nas igrejas pois essa eacute uacutenica ferramenta capaz

de produzir no cidadatildeo uma autonomia para o cuidado com a sua sauacutede e da

comunidade conforme afirmam Valente et al (2012) Giratildeo et al (2014) que as

atuais estrateacutegias de controle vetorial e responsabilizaccedilatildeo dos cidadatildeos natildeo tem

mais efeito efetivo no combate ao mosquito Aedes Aegypti

9

Este estudo tem o objetivo de despertar na populaccedilatildeo de Divinoacutepolis

especialmente na comunidade adscrita da Unidade de Sauacutede Santos Dumont para

uma visatildeo criacutetica sobre os novos processos de sauacutede e doenccedila e ainda

conscientizar as pessoas para que possam ter condiccedilotildees de promover a sauacutede e

prevenir situaccedilotildees que podem trazer prejuiacutezos a ela

11 Contexto Geral

111 Identificaccedilatildeo do Municiacutepio

Segundo o IBGE (BRASIL 2008) o municiacutepio de Divinoacutepolis estaacute localizado

no Centro Oeste Mineiro banhado pelas bacias do rio Itapecerica e rio Paraacute Faz

limites com os seguintes municiacutepios Nova Serrana (Norte) Perdigatildeo (Noroeste)

Santo Antocircnio do Monte (Oeste) Satildeo Sebastiatildeo do Oeste (Sudoeste) Claacuteudio (Sul)

Carmo do Cajuru (Leste) e Satildeo Gonccedilalo do Paraacute (Leste) -2013889 (latitude Sul) -

4488389 (longitude Oeste) Pertence agrave macro regiatildeo do Alto Satildeo Francisco

situando-se em sua margem direita O acesso pelo interior de Satildeo Paulo eacute pela MG-

050 pela capital mineira satildeo 117 km e o acesso eacute pela face norte da MG-050 o

acesso pela face leste eacute pela BR-494

112 Histoacuterico de Criaccedilatildeo do Municiacutepio

Segundo IBGE (BRASIL 2008) a povoaccedilatildeo se deu a cerca de dois seacuteculos

atraacutes com o deslocamento de colonos em fuga da perseguiccedilatildeo poliacutetica da eacutepoca

escolheram o sertatildeo da Itapecerica liderados na eacutepoca pelo colonizador Manoel

Fernandes de Miranda cujo apelido era Candideacutes devido aos iacutendios que habitavam

a regiatildeo naquela ocasiatildeo Em 1710 foram anistiados pela coroa e deu iniacutecio a

povoaccedilatildeo do local fora construiacuteda uma capela consagrada ao Divino Espiacuterito Santo

e Satildeo Francisco de Paula com a chegada da linha feacuterrea o municiacutepio ganhou muito

em desenvolvimento Assim o distrito foi criado com o nome de Henrique Galvatildeo

subordinado a Vila de Itapecerica pela Lei Provincial nordm 138 03-04-1839 e Lei

Estadual nordm 2 de 14-09-1891 e elevado agrave categoria de Vila com a denominaccedilatildeo de

Henrique Galvatildeo pela Lei Estadual nordm 556 de 30-08-1911 Desmembrando-se de

Itapecerica pela Lei Estadual nordm 590 de 03-09-1912 a Vila de Henrique Galvatildeo

10

passou a denominar-se Divinoacutepolis elevada agrave condiccedilatildeo de cidade pela Lei Estadual

nordm 663 de 18-09-1915

113 Aspectos Geograacuteficos Socioeconocircmicos e Demograacuteficos

O municiacutepio estaacute localizado no centro-oeste mineiro a economia da cidade eacute

baseada na induacutestria tecircxtil e na siderurgia tendo um comeacutercio de artigos de

vestuaacuterio muito atuante no mercado Segundo IBGE (BRASIL 2010) a cidade tem

8012 empresas atuantes com uma populaccedilatildeo de empregados assalariados de 54

909 com renda mensal de 22 salaacuterios miacutenimos

114 Sauacutede em Divinoacutepolis

Segundo Machado et al (2013) Divinoacutepolis se destaca no centro oeste

mineiro como importante polo para a sauacutede na meacutedia e alta complexidade eacute sede

da Macrorregiatildeo Oeste de Sauacutede que abrange 6 microrregiotildees somando no total 55

municiacutepios sendo sede da Gerencia Regional de Sauacutede destacando-se no cenaacuterio

como uma das 10 cidades mais importes de Minas Gerais Contudo conforme o

Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2010) na Atenccedilatildeo Primaacuteria a cidade natildeo apresenta

um bom desempenho com apenas 203 de cobertura de PSF

No ano de 2014 a Secretaria Municipal de Sauacutede (SEMUSA) credenciou o

municiacutepio no Programa de Valorizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Baacutesica (PROVAB) criado pela

Portaria Interministerial Ministeacuterio da SauacutedeMinisteacuterio da Educaccedilatildeo nordm 2087 de 01

de setembro de 2011 com o objetivo de estimular e valorizar o profissional de sauacutede

para atuar nos municiacutepios onde eacute de difiacutecil acesso e regiotildees metropolitanas com

escassez de profissionais O trabalho eacute desenvolvido em conjunto com a equipe

multiprofissional na Atenccedilatildeo Baacutesica local sendo uma grande oportunidade para

meacutedicos enfermeiros dentistas receacutem-formados atuarem na equipe de sauacutede da

famiacutelia

Assim em 2014 foram contratados cinco enfermeiros pelo Ministeacuterio da Sauacutede

para atuar no Programa Sauacutede na Escola por um ano sem prejuiacutezo das atividades

de rotina na Unidade Baacutesica de Sauacutede (UBS) O enfermeiro trabalha prioritariamente

com atividades educativas nas escolas existentes na aacuterea de abrangecircncia da UBS

realizando atividades de avaliaccedilatildeo da sauacutede dos escolares como peso e medida

11

acuidade visual afericcedilatildeo de pressatildeo arterial atualizaccedilatildeo do calendaacuterio vacinal

alimentaccedilatildeo promoccedilatildeo de sauacutede rastreamento para doenccedilas como hanseniacutease

glaucoma tracoma helmintiacuteases e encaminhamentos para consultas

especializadas tornando-se um importante elo entre a sauacutede e a educaccedilatildeo

Mapa 1 - Cidade de Divinoacutepolis ndash MG Regiatildeo Sudeste

Fonte Prefeitura de Divinoacutepolis httpwwwdivinopolismggovbrportalpaginasgeograficosimagensmapadacidadepdf

A administraccedilatildeo municipal estaacute haacute oito anos com o PSDB tendo a frente do

municiacutepio o senhor Vladmir Faria de Azevedo sendo seu Secretaacuterio de Sauacutede o

Senhor David Maia dOliveira como coordenadora da Atenccedilatildeo Baacutesica de Sauacutede a

Enfermeira Inecircs Alcione e Coordenadoras da Sauacutede Bucal Ronara Machado e Liacutevia

Melo Nere Segundo o IBGE (BRASIL 2010) o municiacutepio tem uma populaccedilatildeo

estimada em 226345 habitantes

115 Sistema Local de Sauacutede

Criado no ano 1991 segundo o Estatuto dos Conselhos Distritais de Sauacutede

(DIVINOacutePOLIS 1998) o Conselho Municipal de Sauacutede foi instituiacutedo pela Lei

Municipal 00491 composto por usuaacuterios trabalhadores de sauacutede prestadores de

serviccedilo e gestores Nesse periacuteodo ocorreram as primeiras Conferecircncias Municipais

de Sauacutede e a criaccedilatildeo dos seis Conselhos Distritais que atuam ateacute hoje a formaccedilatildeo

dos Conselhos Locais de Sauacutede agregados agraves equipes de Sauacutede da Famiacutelia

12

Quanto agrave Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia segundo o Ministeacuterio da Sauacutede

(BRASIL 2010) Divinoacutepolis possuiacutea em fevereiro de 2010 apenas 203 de

cobertura de Atenccedilatildeo Baacutesica Em dezembro de 2014 segundo Ministeacuterio da Sauacutede

(BRASIL 2014) a cobertura estimada natildeo passava dos 4602 da populaccedilatildeo

classificando-se como o menor iacutendice do Estado quando comparado a outros

municiacutepios de mesmo porte conforme graacutefico abaixo

Graacutefico 1 Cobertura pela Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia - Divinoacutepolis ndash MG - 2010

213277

221764

262278241720

292529227438

00

150

300

450

600

750

900

Sa

nta

Lu

zia

Ub

era

ba

Ipa

tin

ga

Go

ve

rna

do

r

Va

lad

are

s

Se

te

La

go

as

Div

inoacute

po

lis

populaccedilatildeo em milhares

Fonte Secretaria de Estado da Sauacutede de Minas Gerais - Programa Sauacutede em Casa

httpwwwsaudemggovbrpoliticas_de_saudeprograma-saude-em-casa

Com relaccedilatildeo aos estabelecimentos de sauacutede segundo dados do IBGE (BRASIL

2009) a cidade conta com trecircs hospitais particulares Santa Mocircnica Santa Luacutecia e

Satildeo Judas Tadeu e um filantroacutepico Satildeo Joatildeo de Deus totalizando 555 leitos sendo

que destes 352 satildeo leitos contratados pelo SUS Segundo ainda o IBGE (BRASIL

2009) o municiacutepio conta com 38 estabelecimentos de sauacutede municipais de acordo o

Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sauacutede - CNES satildeo 15 Centros de

Sauacutede e 20 Equipes de Sauacutede da Famiacutelia O serviccedilo de atendimento ambulatorial

conta com 68 estabelecimentos sendo que 41 tecircm convecircnio com o Sistema Uacutenico de

Sauacutede (SUS)

116 Nuacutemero de Oacutebitos por Causa ndash Divinoacutepolis 2012

13

De acordo com dados do IBGE (BRASIL 2012) em 2012 foram registrados

581 oacutebitos sendo 302 homens e 279 mulheres as doenccedilas neoplaacutesicas foram

responsaacuteveis por 173 oacutebitos2977 do aparelho circulatoacuterio foram responsaacuteveis

por 121 oacutebitos208 das mortes seguidas pelas doenccedilas respiratoacuterias 821411

oacutebitos por doenccedila do aparelho digestivo 467 9 doenccedilas infecciosas e

parasitaacuterias 41 oacutebitos70 oacutebitos por doenccedilas do aparelho geniturinaacuterio 3255

mortes por causas externas 27464 oacutebitos por doenccedilas relacionadas ao sangue

oacutergatildeos hematoloacutegicos transtornos imunitaacuterios 406 oacutebitos por doenccedilas de pele e

do tecido subcutacircneo total de 5086 outras mortes somam 86 Estes dados

estatildeo representados no graacutefico abaixo

Graacutefico 2 - Nuacutemero de Oacutebitos por Causa Divinoacutepolis ndash 2012

Obitos em DIvinoacutepolis em 2012

Homens

Mulheres

Neoplasias

Ap circulatoacuterio

Doeccedilas respiratoacuterias

Aparelho digestivo

Doenccedilas infecciosas

Aparelho Geniturinaacuterio

Causas externas

Doenccedilas hematoloacutegicas Fonte IBGE cidades ibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=114ampsearch=minas-

gerais|divinopolis|morbidades-hospitalares-2012

117 Sistema Local de Educaccedilatildeo

O municiacutepio segundo IBGE (BRASIL 2012) tem 1589 docentes atuando na

rede de educaccedilatildeo baacutesica no ensino meacutedio conta com 562 docentes no ensino

fundamental 739 docentes e a educaccedilatildeo infantil com 288 docentes O ensino

fundamental conta com uma rede de 88 escolas sendo 26 privadas 30 da rede

puacuteblica estadual e 32 da rede municipal O ensino meacutedio tem um total de 29 escolas

sendo oito privadas 20 da rede estadual e uma da rede federal Ainda segundo o

14

IBGE (BRASIL 2012) satildeo 27484 alunos matriculados no ensino fundamental 8211

no ensino meacutedio 4808 na preacute-escola Segundo o IBGE (BRASIL 2010) o iacutendice de

desenvolvimento humano ndash IDH ficou em 0764 acima da meacutedia nacional que eacute de

0730

12 Diagnoacutestico Situacional

121 Unidade Baacutesica de Sauacutede ndash Bairro Santos Dumont

A unidade baacutesica de sauacutede em que atuo estaacute localizada a Rua Liacuterios do Vale

141 Bairro Santos Dumont telefone (37) 32153674 local de faacutecil acesso com rua

pavimentada Funciona de 07h00min as 11h00min horas e de 13h00min as

17h00min horas de segunda a sexta-feira segundo o Cadastro Nacional de

Estabelecimentos de Sauacutede - CNES (BRASIL 2014)

Foto 1 - Unidade Baacutesica de Sauacutede Santos Dumont - Divinoacutepolis-MG 2014

Fonte httpswwwgooglecombrmapsplaceRua+JosC3A9+VenC3A2ncio+218+-+Aeroporto-20175673 448774553a75y16155h90tdata=3m41e13m21siLj6mpeG5CZyGTTQQ_cwTA2e04m23m11s0xa0a4e2a9c17ea50x429732233cce4192

A aacuterea de abrangecircncia da UBS Santos Dumont compreende a regiatildeo

sudoeste da cidade de Divinoacutepolis composta pelos bairros Santos Dumont Maria

Peccedilanha Quinta das Palmeiras Costa Azul e Terra Azul

15

Mapa 2 - Aacuterea de Abrangecircncia da UBS Santos Dumont ndash Divinoacutepolis-MG 2014

Fonte Prefeitura Municipal de Divinoacutepolis fileCUsersnoteDesktopmapadacidade20(1)20(1)pdf

122 Recursos Humanos

Segundo o Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sauacutede (2014) a

equipe eacute composta por um enfermeiro da estrateacutegia de sauacutede da famiacutelia com 40

horas semanais um cirurgiatildeo dentista com carga horaacuteria de 40 horas semanais um

meacutedico cliacutenico com 40 horas semanais um agente de serviccedilos gerais de 40 horas

semanais 4 agentes comunitaacuterios de sauacutede com 40 horas semanais e um auxiliar de

sauacutede bucal de 40 horas semanais Conforme quadro abaixo

Quadro 1 - Equipe de Sauacutede do UBS Santos Dumont 2014

Fonte Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sauacutede

Segundo o Sistema Integrado de Sauacutede - SIS a Unidade Santos Dumont tem

uma populaccedilatildeo cadastrada de 2208 habitantes com um nuacutemero estimado de 673

16

famiacutelias Quanto ao niacutevel de escolaridade da populaccedilatildeo adscrita assim estaacute

distribuiacuteda doutorado 2 mestrado 1 poacutes-graduaccedilatildeo 1 superior completo 22

superior incompleto 9 fundamental incompleto 123 ensino meacutedio completo 287

fundamental incompleto 1105 meacutedio incompleto 424 analfabetos 226 e natildeo

informado 08 sendo assim a taxa de analfabetismo eacute 1023 acima da meacutedia

nacional conforme o censo do IBGE (BRASIL 2010) que foi de 96 conforme

quadro abaixo

Quadro 2 - Niacutevel de escolaridade da populaccedilatildeo de referecircncia da UBS Santos

Dumont 2014

NIacuteVEL DE ESCOLARIDADE

Doutorado Mestrado Poacutes- graduaccedilatildeo

Superior Superior Incompleto

Fundamental Completo

Ensino meacutedio

Ensino meacutedio incompleto

Fundamental incompleto

Analfabeto Outros

M1 0 0 0 2

20 33 52 240 39 3

M2 1 1 1 15 5 62 102 90 228 47 3

M3 0 0 0 4 2 11 38 252 164 54 1

M4 1

1 2 30 114 30 473 86 1

Sub total 2 1 1 22 9 123 287 424 1105 226 8

POPULACcedilAtildeO TOTAL 2208

Fonte Sistema Integrado de Sauacutede 2014

123 Doenccedilas Crocircnicas

Com relaccedilatildeo agraves doenccedilas crocircnicas segundo o Sistema Integrado de Sauacutede haacute na

comunidade 199 clientes com hipertensatildeo arterial com diabetes 68 clientes com

alguma deficiecircncia 6 com doenccedila de chagas 1 alcoolismo 1 epilepsia 3 e com 8

gestantes

Quadro 3 - Total de Hipertensos e Diabeacuteticos da UBS por Microaacuterea Divinoacutepolis ndash MG 2014

HIPERTENSOS E DIABEacuteTICOS POR MICROAacuteREA

ACS Gracielle Suzana Rosana Rosilene TOTAL

MICROAacuteREA M1 M2 M3 M4

Hipertensatildeo 22 58 16 103 199

Diabeacuteticos 5 21 3 39 68 Fonte Sistema Integrado de Sauacutede de Divinoacutepolis SIS 2014

17

124 Doenccedilas Endecircmicas ndash A Dengue

A Dengue eacute uma doenccedila de origem africana que foi introduzida no paiacutes

segundo Valente et al (2012) por volta do seacuteculo XIX encontrando no Brasil um

clima e condiccedilotildees muito favoraacuteveis a sua multiplicaccedilatildeo mesmo sendo uma doenccedila

antiga o mosquito transmissor da dengue se mostra cada vez mais de difiacutecil controle

Todo ano atinge milhotildees de pessoas em todo mundo e no Brasil As seguidas

epidemias levaram o tema a ser discutido em vaacuterios setores como escolas veiacuteculos

de comunicaccedilatildeo nos setores de sauacutede e tambeacutem pela sociedade civil Segundo o

Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2014) de acordo com os dados contidos no Boletim

Epidemioloacutegico da 53ordf Semana Epidemioloacutegica foram registrados no paiacutes 591080

casos da doenccedila sendo que a regiatildeo Sudeste teve o maior nuacutemero de casos

312318 casos 528 Minas Gerais aparece com 1896 deste total A cidade de

Divinoacutepolis apresentou segundo a Secretaria Municipal de Sauacutede 4680 casos

notificados e segundo a Secretaria de Estado da Sauacutede foram notificados 06 oacutebitos

confirmados conforme quadro abaixo sendo que assim a cidade vem enfrentando

seguidas epidemias de Dengue tornando-se um dos problemas que mais preocupa

a comunidade

Quadro 4 - Casos de Oacutebitos por Dengue Grave em Minas Gerais - 2014

Municiacutepios Oacutebitos

confirmados

Araxaacute Arauacutejos

1 1

Campo Belo Candeias

1 1

Curvelo Divinoacutepolis

1 6

Dores do Indaiaacute 1 Formiga Fronteira Frutal

1 1 1

Itabira Itauacutena

1 2

Ituiutaba Juiz de Fora

1 4

Natalacircndia Nova Serrana

1 1

Passos 8

18

Paracatu 3 Prata Sabaraacute

1 1

Santa Barbara Santa Luzia Santos Dumont

1 1 1

Santa Margarida Uberlacircndia

1 3

Trecircs Coraccedilotildees 1

Total 47

Fonte SINAN ONLINE e DVASVEASTSubVPSSES MG

O grande nuacutemero de terrenos baldios e lotes vagos satildeo apontados pelos

moradores como principal causa do aumento dos focos do mosquito Aedes Aegypti

A foto abaixo mostra o aglomerado ainda pouco habitado onde existem muitas

aacutereas onde haacute somente vegetaccedilatildeo nativa o que favorece o descarte inadequado de

lixo e entulhos recipientes que acumulam aacutegua se tornando grande criadouro do

mosquito transmissor da dengue

Foto 2 - Aacuterea de abrangecircncia da Unidade Baacutesica de Sauacutede Santos Dumont 2014

Fonte httpswwwgooglecombrmaps-201840183-448801014180mdata=3m11e3

19

A regiatildeo ocupada pela populaccedilatildeo da aacuterea de abrangecircncia da UBS Santos

Dumont eacute uma regiatildeo de cerrado Segundo o IBGE (BRASIL 2010) o Iacutendice de

Desenvolvimento Humano - IDH eacute 0764 acima da meacutedia nacional que de 0730 A

cidade apresentou crescimento populacional no periacuteodo de 1991 a 2010

correspondentes a 2889 poreacutem os investimentos em infraestrutura como

pavimentaccedilatildeo e saneamento baacutesico natildeo acompanharam a taxa de crescimento da

cidade algo comum em grandes cidades e cidades de meacutedio porte no paiacutes Na aacuterea

do bairro ainda haacute presenccedila de mata nativa com ocupaccedilatildeo natildeo planejada a

populaccedilatildeo convive com riscos eminentes para a sua sauacutede

Segundo Valente et al (2012) diante do aumento dos casos de dengue

estrateacutegias tradicionais parecem natildeo terem mais o mesmo efeito de outrora Eacute

necessaacuterio o envolvimento de todos os setores sociais para buscar o controle da

situaccedilatildeo com accedilotildees de educaccedilatildeo e sauacutede que podem ser mais efetivas do que

apenas medidas unilaterais baseada em estatiacutesticas ministeriais

Apoacutes os vaacuterios casos atendidos na UBS o que se percebe eacute que ningueacutem

assume que o foco do mosquito possa estar na sua casa conforme afirmam Valente

et al (2012) que a culpa eacute sempre dos vizinhos que natildeo fazem a sua parte o que

torna relevante afirmar ser a negaccedilatildeo da ldquoquestatildeo da culpabilizaccedilatildeo individual e a

culpabilizaccedilatildeo do outrordquo (VALENTE 2012 p2990) Outro dado que chama a

atenccedilatildeo segundo a Secretaria Municipal de Sauacutede (DIVINOacutePOLIS 2014) eacute que os

levantamentos indicam que 9415 dos focos de dengue estatildeo dentro das

residecircncias O relato que os criadouros estatildeo sempre na casa do vizinho esse eacute

com certeza o maior ldquonoacute criacuteticordquo que precisa ser desconstruiacutedo o cidadatildeo se

preocupa com o vizinho e se esquece do seu domiciacutelio

Segundo balanccedilo divulgado pela Secretaria Municipal de Sauacutede

(DIVINOacutePOLIS 2014) os 4139 casos confirmados mais os exames que ainda

aguardam os resultados sinalizam para cidade que tem muito trabalho para

enfrentar esse grave problema de sauacutede puacuteblica Os bairros Nossa Senhora das

Graccedilas Centro Satildeo Joseacute Interlagos Niteroacutei Porto Velho Planalto Santos Dumont

Belvedere e Bom Pastor foram responsaacuteveis por 3027 dos casos notificados na

cidade Em meacutedia a UBS Santos Dumont em relaccedilatildeo agrave populaccedilatildeo adscrita

apresentou um percentual de 215 da populaccedilatildeo total com casos notificados como

se pode observar no quadro abaixo

20

Quadro 5 - Nuacutemero de casos de Dengue em Divinoacutepolis ndash 2014

NOSSA SENHORA DAS GRACcedilAS Fonte Prefeitura Municipal de Divinoacutepolishttpwwwdivinopolismggovbrportalnoticiaphpid=109802014

Segundo Valente et al (2012) a praacutetica de jogar lixo nas ruas como algo do

cotidiano mesmo sabendo que essa accedilatildeo remete aos proacuteprios moradores e a falta

de coleta seletiva regular levam ao acuacutemulo de recipientes de plaacutesticos que durante

o periacuteodo chuvoso tornam-se criadouros do mosquito Esse tambeacutem eacute um

importante tema que necessita ser trabalhado desde a preacute-escola em vaacuterias

oportunidades como reuniatildeo de bairros em eventos esportivos e festivos pois

somente com educaccedilatildeo da populaccedilatildeo se pode mudar essa realidade

BAIRROS COM MAIORES NUacuteMEROS DE CASOS DE DENGUE EM DIVINOacutePOLIS

Bairros NSG CENTRO Satildeo JOSEacute INTERLAGOS NITEROacuteI

PORTO VELHO PLANALTO

SANTOS DUMONT BELVEDERE

BOM PASTOR

307 350 192 123 124 1O8 104 101 98 96

TOTAL 1417

21

2 JUSTIFICATIVA

A enfermagem eacute uma arte cuidar prevenir e proteger a sauacutede o enfermeiro

que atua na equipe de sauacutede da famiacutelia tem importante papel na educaccedilatildeo e na

proteccedilatildeo de sua populaccedilatildeo adscrita por estar perto e conhecer a realidade de sua

comunidade Backes et al (2012)

O conhecimento dos problemas de uma populaccedilatildeo permite a equipe de

Sauacutede da Estrateacutegia da Famiacutelia o planejamento de accedilotildees efetivas e eficazes nas

principais causas de adoecimento de uma comunidade aleacutem de organizar de

maneira ordenada o atendimento da demanda e rotina dos serviccedilos ofertados na

Unidade Baacutesica de Sauacutede Backes et al (2012)

O tema dengue tem relevacircncia por ser a mais importante arbovirose que

atinge o ser humano na atualidade trazendo um enorme prejuiacutezo socioeconocircmico

para toda sociedade

Segundo Figueiredo et al (1992) a dengue eacute uma doenccedila com alta

morbidade e pode evoluir para um quadro grave de hemorragia podendo levar ao

oacutebito Ainda conforme Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2009) em oito paiacuteses do

continente americano e asiaacutetico incluindo o Brasil em 2009 foram gastos U$ 18

bilhotildees somente com despesas ambulatoriais e hospitalares sem contar os recursos

despendidos para vigilacircncia epidemioloacutegica

Em Divinoacutepolis em 2014 foram notificados 4680 notificaccedilotildees e 4139 casos

confirmados e os demais aguardando confirmaccedilatildeo segundo a Secretaria Municipal

de Sauacutede

Ainda outro ponto muito importante eacute que as pessoas acreditam que o

problema eacute sempre do outro conforme salientam Valente et al (2012) que a culpa

dos casos de dengue eacute do vizinho sendo assim ele natildeo se preocupa com a sua

residecircncia Neste mesmo sentido Giratildeo et al (2012) afirmam que devido agrave

adaptaccedilatildeo do vetor as aacutereas domiciliares e peridomiciliares o controle da doenccedila

sem a participaccedilatildeo da populaccedilatildeo estaacute fadado ao fracasso As accedilotildees educaccedilatildeo em

sauacutede satildeo uma ferramenta essencial nessa estrateacutegia proporcionando ao cidadatildeo

uma autonomia para cuidar da sua sauacutede e da prevenccedilatildeo e eliminaccedilatildeo do vetor

Portanto uma proposta de intervenccedilatildeo que enfatize esta participaccedilatildeo da

comunidade conhecendo suas potencialidades e suas necessidades justifica a

realizaccedilatildeo deste trabalho

22

3 OBJETIVOS

31 Objetivo Geral

Elaborar um plano de accedilatildeo com ecircnfase em educaccedilatildeo e sauacutede com vistas agrave

reduccedilatildeo do nuacutemero de casos de dengue no municiacutepio de Divinoacutepolis e

especificamente na aacuterea de abrangecircncia da Unidade de Sauacutede Santos

Dumont

32 Objetivos Especiacuteficos

Organizar um grupo comunitaacuterio de controle e combate ao mosquito

Aedes Aegypti

Despertar na comunidade adscrita da Unidade de Sauacutede Santos Dumont uma

visatildeo criacutetica sobre os novos processos de sauacutede e doenccedila com a priorizaccedilatildeo

de accedilotildees educativas

Descrever os passos de uma proposta de intervenccedilatildeo e acompanhamento de

resultados com ecircnfase em educaccedilatildeo e sauacutede com vista na reduccedilatildeo dos focos

do vetor transmissor da dengue

23

4 BASES CONCEITUAIS

41 Aspectos Gerais da Doenccedila

A dengue eacute atualmente a mais importante arbovirose que acomete o ser

humano no continente americano distribuiacuteda segundo Ferreira et al (2009) desde o

Uruguai ateacute a costa sul dos Estados Unidos abrangendo principalmente Venezuela

Cuba Brasil e Paraguai contaminando cerca de mais de 3 bilhotildees de pessoas em

todo mundo

Segundo Penna (2003) embora o vetor Aedes Aegypti natildeo seja natural das

Ameacutericas encontrou aqui um ambiente favoraacutevel agrave sua multiplicaccedilatildeo Introduzido no

Brasil possivelmente pela Aacutefrica em meados do seacuteculo XIX invadiu o paiacutes e se

expandiu para todo o territoacuterio nacional

Segundo Penna (2003) o vetor chegou a ser erradicado de 1967 a 1973 pelo

meacutetodo de aplicaccedilatildeo de inseticida de accedilatildeo residual que prevalecia por ateacute seis

meses a aplicaccedilatildeo se deu em depoacutesitos que continham ou natildeo aacutegua parada e

tambeacutem ateacute um metro dos potenciais focos do mosquito Atualmente com os

grandes aglomerados urbanos e com a infestaccedilatildeo em todo continente americano a

erradicaccedilatildeo do mosquito natildeo eacute mais viaacutevel por isso o Ministeacuterio da Sauacutede em

parceria com Organizaccedilatildeo Pan-americana da Sauacutede (OPAS) aderiu o ldquoPlano de

Intensificaccedilatildeo das Accedilotildees de Controle da Denguerdquo (PIACD) que trabalha com a

universalidade regional sincronicidade e continuidade das accedilotildees e natildeo na

erradicaccedilatildeo (FERREIRA et al 2009 p 963)

Valente et al (2012) Giratildeo et al (2014) salientam que eacute de fundamental

importacircncia entender que as atuais estrateacutegias de controle vetorial onde haacute

responsabilizaccedilatildeo dos cidadatildeos e eliminaccedilatildeo focal parecem natildeo ter mais efeito

efetivo no combate ao mosquito Aedes Aegypti Diante das seguidas epidemias haacute

necessidade de uma abordagem mais ampla do problema com a participaccedilatildeo efetiva

de toda populaccedilatildeo e de todos os setores da sociedade ldquoenfocando a determinaccedilatildeo

social do processo sauacutede-doenccedila e a transdisciplinalidade das accedilotildeesrdquo (VALENTE et

al 2012 p 2988)

No Brasil segundo Ferreira et al (2009) as condiccedilotildees socioambientais a

falta de saneamento a ausecircncia da coleta seletiva de lixo a maacute distribuiccedilatildeo de

24

renda e a baixa escolaridade criaram um ambiente muito favoraacutevel agrave multiplicaccedilatildeo

do vetor Aedes Aegypti

42 Etiologia

Segundo Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2002) a Dengue eacute uma doenccedila febril

que em sua forma claacutessica apresenta como sinais cliacutenicos dores musculares e nas

articulaccedilotildees cefaleia e dor retro-orbitaacuteria vocircmitos e diarreia Para Almeida et al

(2008) a dengue eacute uma doenccedila de curso que varia de forma benigna a grave pode

apresentar a forma claacutessica a forma hemorraacutegica e o choque sendo que esta uacuteltima

pode levar ao oacutebito

No Brasil segundo a Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz (BRASIL 2008) satildeo

encontrados dois vetores da doenccedila o Aedes aegypti e Aedes albopictus A

transmissatildeo ocorre quando uma fecircmea do inseto pica uma pessoa portadora do

viacuterus e esta passa por periacuteodo de incubaccedilatildeo e logo apoacutes 10 a 14 dias a fecircmea estaacute

apta a transmitir o viacuterus por toda vida em meacutedia vive em torno de 35 a 40 dias

43 Aspectos Epidemioloacutegicos

Segundo Gonccedilalves Neto et al (2006) a dengue eacute considerada como a mais

importante arbovirose transmitida por insetos das uacuteltimas deacutecadas atinge a cada

ano um maior contingente de pessoas com o vetor aparecendo em mais de 100

paiacuteses de clima tropical e subtropical

Em face dessa realidade Ferreira Veras e Silva (2009) salientam que as

sucessivas epidemias de dengue no mundo especialmente no Brasil tecircm

mobilizado e preocupado autoridades e a populaccedilatildeo em geral No estado de Satildeo

Paulo houve um grande aumento dos quadros de dengue hemorraacutegica Cerca de

80 dos municiacutepios paulistas estatildeo totalmente infestados pelo mosquito aedes

aegypti Os motivos pelo quais a sua populaccedilatildeo aumenta significativamente

pontuam os autores satildeo a dificuldade em utilizaccedilatildeo de inseticidas a contrataccedilatildeo de

matildeo de obra qualificada a precaacuteria coleta de lixo especialmente nas grandes

cidades e nas suas regiotildees perifeacutericas aleacutem de fatores como o clima criando o

ambiente cada vez mais favoraacutevel agrave reproduccedilatildeo do mosquito

25

Segundo Mayo et al (2011) em estudo semelhante salienta que a

populaccedilatildeo brasileira vem sofrendo com seguidas epidemias de dengue haacute mais de

duas deacutecadas os autores seguem chamando a atenccedilatildeo para o progressivo aumento

de nuacutemero de casos com complicaccedilotildees seguindo a mesma loacutegica um nuacutemero

maior de municiacutepios vem sofrendo com o aparecimento e o aumento de casos de

dengue hemorraacutegica e o aumento dos oacutebitos por complicaccedilotildees da dengue

Havendo a predominacircncia de tais caracteriacutesticas a dengue tem levado ao alto

nuacutemero de oacutebitos Segundo Figueiroacute et al (2011) isso estaacute associado ainda agrave

imensa massa da populaccedilatildeo exposta Contudo salientam os autores que a doenccedila

tem se tornado um dos problemas de sauacutede reemergentes mais importantes da

histoacuteria Estima-se que 25 bilhotildees de pessoas estatildeo em risco de contrair a doenccedila

ainda que por ano satildeo 50 milhotildees de novos casos Destes cerca 550 mil necessitam

de hospitalizaccedilatildeo e pelo menos 20 mil evoluem para oacutebito Dados epidemioloacutegicos

do Ministeacuterio da Sauacutede tem apontado segundo Figueiro et al (2011) um crescente

aumento dos casos de Febre Hemorraacutegica por Dengue (FHD) e em uma deacutecada a

taxa de letalidade atingiu 68 destacando-se a regiatildeo nordeste com maior iacutendice

de casos entre 1981 a 2007

Contudo salientam Giratildeo et al (2014) que devido agrave adaptaccedilatildeo muito

acentuada do vetor nos peridomiciacutelios e domiciacutelios corroborando estudos da

Secretaria Municipal de Sauacutede de Divinoacutepolis (2014) apontaram que 9415 dos

focos de dengue estatildeo dentro das residecircncias sendo assim a participaccedilatildeo do

cidadatildeo no controle eacute de suma importacircncia no controle da doenccedila

Segundo dados do Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2014) em Minas Gerais a

taxa de incidecircncia da doenccedila foi de foi 2856 casos para cada 100000 habitantes

os 45 oacutebitos indicam um aumento de 3333 casos fatais em relaccedilatildeo a 2013 que

teve um nuacutemero de casos maior Quanto ao tipo de viacuterus circulante verificou-se a

incidecircncia de DENV1 (882) seguido de DENV4 (115) DENV3 (03) e DENV2

(00)

Para implantar as accedilotildees de vigilacircncia em sauacutede o Ministeacuterio da Sauacutede

(BRASIL 2014) por meio da Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede repassou para os

estados e municiacutepios 30 do valor a ser gasto em todo ano de 2014 cerca de R$

3634 milhotildees No mecircs de dezembro de 2013 a fim de intensificar as accedilotildees de

combate agrave dengue no periacuteodo de maior incidecircncia foram fornecidos 100 mil kg de

larvicidas 227 mil litros de adulticida e 104 mil kits para diagnoacutestico

26

Segundo a Secretaria Municipal de Sauacutede (DIVINOacutePOLIS 2014) haacute em

atividade 94 agentes de sauacutede puacuteblicos efetivos e 14 contratados sendo a cidade eacute

dividida em setores De acordo com levantamento raacutepido do iacutendice de infestaccedilatildeo do

aedes aegypti realizado em marccedilo de 2014 obteve-se um percentual de infestaccedilatildeo

do mosquito de 37 nos domiciacutelios visitados em Divinoacutepolis que representam risco

meacutedio para epidemia Em outubro de 2014 o novo levantamento raacutepido do iacutendice de

infestaccedilatildeo apresentou um iacutendice de 09 preocupante visto que o valor muito estaacute

muito proacuteximo do tolerado pela Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede que eacute de 1 Aleacutem

disso as condiccedilotildees climaacuteticas nesse periacuteodo natildeo favorecem a proliferaccedilatildeo do

mosquito por isso pode-se considerar esse valor alto

Em face dos dados apresentados conforme afirmam Ferreira Veras e Silva

(2009) para o controle da dengue a participaccedilatildeo popular eacute indiscutivelmente

essencial visto que o vetor habita os domiciacutelios sendo assim todos tem condiccedilotildees

de colaborar fiscalizando suas moradias O PNCD destaca as accedilotildees educativas

como forma de preparar a comunidade para adoccedilatildeo de comportamentos que

protejam a sauacutede coletiva Ainda segundo os autores durante as epidemias haacute todo

um clamor da miacutedia e do poder puacuteblico no sentido de mobilizar a comunidade para o

controle da doenccedila poreacutem nos periacuteodos de menor incidecircncia esse apelo perde a

intensidade o tema acaba no esquecimento sendo apresentado somente no

proacuteximo periacuteodo de infestaccedilatildeo e transmissatildeo da doenccedila

Ferreira Veras e Silva (2009) em anaacutelise do iacutendice de participaccedilatildeo da

populaccedilatildeo de 16 municiacutepios paulistas detectaram que em mais da metade destes

municiacutepios a participaccedilatildeo era muito baixa em consequecircncia o nuacutemero de pessoas

que contraiacuteram a doenccedila era maior onde haacute menos participaccedilatildeo popular

A educaccedilatildeo permanente segundo Ribeiro Sousa e Arauacutejo (2007) visa

acelerar o processo de adesatildeo da populaccedilatildeo agraves medidas preventivas abordando as

questotildees que envolvem condiccedilotildees de sauacutede moradia saneamento baacutesico indo

aleacutem de accedilotildees pontuais e campanhistas que perdem forccedila nos periacuteodos de baixa

notificaccedilatildeo de casos Eacute preciso buscar parceiros na sociedade civil como nos meios

de comunicaccedilatildeo para divulgaccedilatildeo do enfrentamento da doenccedila o ano inteiro

27

44 Medidas Educativas

Giratildeo et al (2014) destacam que somente com a educaccedilatildeo em sauacutede eacute que

se pode despertar na comunidade uma autonomia para que a populaccedilatildeo se sinta

como uma parte do processo que passa pela prevenccedilatildeo cujo controle depende da

eliminaccedilatildeo dos focos do mosquito dentro dos domiciacutelios

Neste sentido Alves (2005) afirma que a educaccedilatildeo em sauacutede eacute uma

ferramenta capaz de produzir intermediada pelos profissionais de sauacutede uma

compreensatildeo nova do processo sauacutede doenccedila oferecendo agrave populaccedilatildeo subsiacutedios

para adoccedilatildeo de novos haacutebitos de vida com ecircnfase na promoccedilatildeo e prevenccedilatildeo de

situaccedilotildees que podem trazer prejuiacutezos agrave sua sauacutede

Segundo Figueiroacute et al (2011) a doenccedila atinge a cada ano um maior

contingente de pessoas Nesse sentido priorizando a reduccedilatildeo dos casos de dengue

e dengue grave o Ministeacuterio da Sauacutede implantou no paiacutes o Plano Nacional de

Controle da Dengue ndash PNCD O programa eacute gerido de forma tripartite ou seja com

a participaccedilatildeo das trecircs esferas de governos uniatildeo estados e municiacutepios

ldquocompreendendo accedilotildees operacionais de vigilacircncia integrada entomoloacutegica e sobre o

meio ambiente de assistecircncia aos pacientes de educaccedilatildeo em sauacutede comunicaccedilatildeo

e mobilizaccedilatildeo socialrdquo (FIGUEIROacute et al 2011 p 2374) O PNCD compreende ainda

o controle e avaliaccedilatildeo dos agentes comunitaacuterios de sauacutede - ACS entretanto

segundo dados epidemioloacutegicos haacute uma grande dificuldade na realizaccedilatildeo das accedilotildees

e no alcance dos resultados esperados devido agrave baixa participaccedilatildeo da populaccedilatildeo

Para Ferreira Veras e Silva (2009) de acordo com a OPAS uma das maiores

dificuldades das autoridades de sauacutede em articulaccedilatildeo das accedilotildees eacute a parceria com a

comunidade o PNCD tem como um dos eixos a participaccedilatildeo comunitaacuteria para

reduccedilatildeo dos criadouros domiciliares Segundo Ferreira Veras e Silva (2009) a

participaccedilatildeo popular no combate eacute fundamental e defendida pelos organismos

nacionais e internacionais Pode estar inserida a capacitaccedilatildeo da populaccedilatildeo na

promoccedilatildeo e prevenccedilatildeo com o objetivo da melhoria da comunidade tanto na sauacutede

individual quanto coletiva favorecendo a construccedilatildeo de um modelo de sauacutede

compartilhada No controle das epidemias especialmente da dengue cujo vetor vive

na maioria das vezes nas casas das pessoas o PNDC visa o desenvolvimento de

accedilotildees educativas que tem como objetivo a mudanccedila de comportamento das

pessoas na manutenccedilatildeo de um ambiente de vida saudaacutevel Contudo a criteriosa

28

tarefa de evitar epidemias vai muito aleacutem do setor de sauacutede consistem em um

conjunto de accedilotildees poliacuteticas teacutecnicas e sociais que inclui prioritariamente a

participaccedilatildeo popular aliada agrave vigilacircncia epidemioloacutegica

Segundo Gonccedilalves Neto et al (2006) as condiccedilotildees sanitaacuterias prejudicadas

ausecircncia de coleta seletiva de lixo ausecircncia de saneamento baacutesico e um

crescimento desordenado em aacutereas tropicais propiciou raacutepida adaptaccedilatildeo do vetor

nas residecircncias levando o aedes aegpyti aproveitar se dos criadouros

providenciados pelo proacuteprio homem para aumentar sua populaccedilatildeo Contudo salienta

o autor praticamente impossiacutevel desenvolver um trabalho de controle do vetor sem a

participaccedilatildeo da comunidade

Tais afirmaccedilotildees explicam a situaccedilatildeo da populaccedilatildeo adscrita da UBS Santos

Dumont onde ocorreu uma grande expansatildeo de domiciacutelios sem um planejamento

adequado deixando um grande nuacutemero de terrenos baldios uma ocupaccedilatildeo sem a

infraestrutura necessaacuteria falta da coleta seletiva de lixo saneamento baacutesico e

pavimentaccedilatildeo Soma-se a isso a deficiecircncia do Estado em garantir uma coleta de

lixo eficiente deixando margem para a proliferaccedilatildeo da doenccedila

Segundo Almeida et al (2008) a adaptaccedilatildeo do mosquito aedes aegypti cuja

sobrevivecircncia depende de aacutegua parada ocorre principalmente nas aacutereas urbanas

em domiciacutelios e peridomiciacutelios Contudo o vetor eacute muito sensiacutevel agraves condiccedilotildees

ambientais poreacutem seus ovos resistem a longos periacuteodos de dissecaccedilatildeo o que

garante a perpetuaccedilatildeo da espeacutecie Com haacutebito diurno preferencialmente tem uma

especial atraccedilatildeo pelo sangue humano seu deslocamento eacute em meacutedia durante um

voo em condiccedilotildees normais de ambiente sem a interferecircncia de vento de cinquenta

metros portanto sua caracteriacutestica de habitar os domiciacutelios e peridomiciacutelios

permanecendo proacuteximo ao local de ldquopastordquo e postura dos ovos

Segundo Almeida et al (2008) com a ausecircncia de uma vacina eficaz capaz

de evitar a doenccedila a principal profilaxia tem sido o controle vetorial por meio de

identificaccedilatildeo dos focos e aplicaccedilatildeo de inseticidas de accedilatildeo residual para eliminaccedilatildeo

das larvas ou seja o combate focal

Contudo afirmam Almeida et al (2008) o conhecimento do dinamismo do

periacuteodo de maior transmissibilidade e latecircncia tem permitido a organizaccedilatildeo de accedilotildees

mais ou menos acentuadas dependendo do momento da epidemia e das condiccedilotildees

climaacuteticas A presenccedila do vetor em variadas partes das cidades jaacute foi identificada por

meio de estudos o que comprova que a doenccedila natildeo atinge somente uma classe

29

social Quanto agrave diminuiccedilatildeo dos casos dentro de um contexto epidemioloacutegico trecircs

fatores tecircm um papel muito importante as condiccedilotildees climaacuteticas desfavoraacuteveis agrave

viabilidade do vetor esgotamento de hospedeiros susceptiacuteveis e o controle quiacutemico

do vetor

45 Controle

Segundo Mayo et al (2011) existem duas formas de atuaccedilatildeo no controle da

doenccedila o bloqueio e o controle de criadouros Estas medidas tecircm por objetivo a

reduccedilatildeo dos criadouros na aacuterea de atuaccedilatildeo dos agentes de sauacutede o controle por

bloqueio e nebulizaccedilatildeo ocorre agrave aplicaccedilatildeo de inseticida com aplicadores Ultra Baixo

Volume - UBV A atuaccedilatildeo nesse tipo de trabalho em relaccedilatildeo ao feito pelo municiacutepio

diz respeito agrave qualidade do serviccedilo realizado bem como a agilidade na realizaccedilatildeo da

tarefa e o grande alcance da aacuterea coberta e o tipo de equipamento empregado

Para realizaccedilatildeo das tarefas o meacutetodo segue o preconizado pelo PNCD divide

as cidades em aacutereas setores e quarteirotildees Segundo Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL

2001) o bloqueio consiste em parar a transmissatildeo da dengue em municiacutepios com

epidemia instalada e tem como objetivo ainda a identificaccedilatildeo do sorotipo de viacuterus

circulante a aplicaccedilatildeo do UBV sem prejuiacutezo do controle larvaacuterio Quanto agrave

delimitaccedilatildeo de um foco isolado nos casos onde natildeo haacute infestaccedilatildeo deveratildeo ser

tratados todos os imoacuteveis no raio de 300 metros do entorno do local

Na fase de ataque segundo Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2001) deveraacute ser

tratado 100 dos imoacuteveis aleacutem de pontos estrateacutegicos terrenos baldios das zonas

infestadas e todos os potenciais focos devem ser eliminados Na fase de

consolidaccedilatildeo o objetivo eacute a erradicaccedilatildeo do mosquito satildeo desenvolvidas vaacuterias

accedilotildees semelhantes agrave fase de ataque com exceccedilatildeo do tratamento de focos Na fase

de manutenccedilatildeo satildeo visitadas todas as aacutereas positivas e negativas mesmo onde o

vetor foi erradicado as medidas satildeo o uso de armadilhas de oviposiccedilatildeo e inspeccedilotildees

de pontos estrateacutegicos

46 Atuaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Baacutesica no Controle da Dengue

As atividades de controle devem ter uma sinergia com todos os setores

envolvidos no tocante a vigilacircncia epidemioloacutegica haacute necessidade de manter a

30

vistoria em imoacuteveis terrenos depoacutesitos oficinas entre outros locais Teixeira et al

(2010) verificaram que os domiciacutelios com terrenos baldios no entorno apresentaram

maior concentraccedilatildeo da doenccedila

Lima e Vilasboas (2011) salientam que a sauacutede eacute um direito e a maneira que

o Estado tem de garantir esse direito eacute por meio de poliacuteticas puacuteblicas de proteccedilatildeo

prevenccedilatildeo e recuperaccedilatildeo de agravos a simples ausecircncia de doenccedila natildeo pode ser

considerada um conceito de sauacutede visto que as condiccedilotildees sociais de saneamento

baacutesico meio ambiente educaccedilatildeo moradia e renda satildeo fatores determinantes no

processo de adoecimento de um povo A sauacutede deve ser pensada no contexto

ampliado com integraccedilatildeo formando uma rede interssetorial na perspectiva de troca

de ajuda muacutetua na troca de experiecircncias com uma construccedilatildeo muacutetua de saberes

facilitando a resoluccedilatildeo dos problemas enfrentados

Para Lima e Vilasboas (2011) a interssetorialidade pode ser um facilitador

para construccedilatildeo de um sistema de sauacutede efetivo contudo aliado a poliacuteticas puacuteblicas

que possam contribuir para ganho na melhoria da qualidade de vida das pessoas A

interssetorialidade extrapola os limites do poder estatal e envolve a sociedade nas

decisotildees poliacuteticas evita a subordinaccedilatildeo de um setor a outro e diminui as resistecircncias

de alguns membros

Segundo Lefegravevre et al (2007) a populaccedilatildeo tem informaccedilotildees sobre a doenccedila

e do ciclo de vida do transmissor poreacutem esse conhecimento ainda natildeo eacute capaz de

produzir nas pessoas atitudes e comportamento para impedir ou reduzir os

criadouros do mosquito A probabilidade eacute que esse conhecimento vindo de origem

externa fragmentado ou pouco organizado configure um conflito entre o saber

sanitaacuterio e o senso comum Ainda segundo o autor o programa educativo tem sido

aplicado haacute muitos anos mas ateacute hoje ainda natildeo obteve o resultado esperado

contudo haacute necessidade de aprofundar neste contexto para identificar onde estatildeo as

falhas para que possa realmente ter uma populaccedilatildeo engajada no controle do vetor

Para a populaccedilatildeo segundo Lefegravevre et al (2007) haacute uma relaccedilatildeo entre sujo

que seria a doenccedila e limpo que seria a sauacutede levando a ideacuteia equivocada que o lixo

eacute o uacutenico meio de procriaccedilatildeo do mosquito Neste sentido haacute uma sinalizaccedilatildeo para

que o poder puacuteblico perceba a necessidade de informar educar e comunicar

Informar no que diz respeito aos constantes dados epidemioloacutegicos sobre a doenccedila

no Paiacutes no Estado e na sua Comunidade no sentido de incentivar a participaccedilatildeo

popular no controle da doenccedila Educar esclarecendo a forma de transmissibilidade

31

da doenccedila estabelecendo um diaacutelogo de faacutecil entendimento na loacutegica sanitaacuteria sem

confrontar o senso comum buscando construir um relacionamento entre o teacutecnico e

o cidadatildeo e agrave adoccedilatildeo de alternativas na reduccedilatildeo das viacutetimas da dengue

Neste sentido a ESF tem papel fundamental no desenvolvimento de accedilotildees de

prevenccedilatildeo e controle da dengue considerando a relaccedilatildeo de confianccedila que a

populaccedilatildeo manteacutem com a equipe de sauacutede da famiacutelia possibilitando o contato com

o ambiente domeacutestico por meio dos ACSs promovendo um ambiente seguro e livre

do Aedes aegypti (BRASIL 2002) A ESF pode ainda promover accedilotildees educativas

com a populaccedilatildeo mobilizando-a para adotar accedilotildees preventivas realizando tambeacutem a

notificaccedilatildeo imediata dos casos suspeitos possibilitando as medidas tratamento

adequado agraves situaccedilotildees de dengue claacutessica e dengue grave reduzindo os casos

letais e possibilitando o bloqueio dos focos pela vigilacircncia epidemioloacutegica

32

5 PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO

O diagnoacutestico situacional foi realizado com base nas informaccedilotildees contidas em

dados oficiais do IBGE do Sistema Integrado de Sauacutede e embasado no relato dos

problemas levantados pela Equipe de Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia da UBS

Santos Dumont

Foi utilizado o Planejamento Estrateacutegico Situacional ndash PES como referecircncia

para a proposta de intervenccedilatildeo Este meacutetodo possibilita que os atores atraveacutes de

sua proacutepria visatildeo identifiquem as causas possiacuteveis dos problemas como nascem e

se desenvolvem A partir deste ponto de vista podem propor soluccedilotildees para atacar

suas causas e a viabilidade destas soluccedilotildees (CAMPOS FARIA SANTOS 2010)

Assim a partir do diagnoacutestico situacional os 10 passos segundo os autores

mencionados e suas atividades satildeo descritas a seguir

51 Primeiro Passo Definiccedilatildeo dos Problemas

Hipertensatildeo Arterial

Diabetes

Drogas

Gravidez na Adolescecircncia

Dengue

Transtorno Depressivo

Doenccedilas Sexualmente Transmissiacuteveis AIDS

Falta de Saneamento Baacutesico

52 Segundo Passo Priorizaccedilatildeo dos Problemas

Dengue

Falta de Saneamento Baacutesico

53 Terceiro Passo Descriccedilatildeo do Problema Selecionado

Segundo o Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2002) o nosso paiacutes eacute

predominantemente de clima tropical e este eacute um ambiente favoraacutevel agrave proliferaccedilatildeo

do mosquito aedes aegypti principal transmissor da dengue em nosso continente A

33

doenccedila eacute a uma arbovirose transmitida por um artroacutepode que pode apresentar-se

de forma benigna claacutessica ou grave na forma de febre hemorraacutegica

Durante o ano de 2014 segundo o Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2014) mais

meio milhatildeo de casos da doenccedila (591080) 528 soacute na regiatildeo Sudeste em Minas

Gerais foram 59222 com 45 oacutebitos confirmados em Divinoacutepolis segundo a

Secretaria Municipal de Sauacutede (2014) ocorreram 4680 notificaccedilotildees de casos da

doenccedila e confirmados 4139 casos de dengue com 06 oacutebitos sendo que os bairros

Nossa Senhora das Graccedilas Centro Satildeo Joseacute Interlagos Niteroacutei Porto Velho

Planalto Santos Dumont Belvedere e Bom Pastor foram responsaacuteveis por 3027

dos casos de dengue da cidade

Ferreira et al (2009) Lima e Vilasboas (2011) chamam a atenccedilatildeo para a falta

de saneamento baacutesico como um fator agravante que pode elevar a multiplicaccedilatildeo do

vetor da doenccedila Para Gonccedilalves Neto et al (2006) as condiccedilotildees sanitaacuterias

prejudicadas o crescimento desordenado levaram agrave raacutepida adaptaccedilatildeo do vetor agraves

residecircncias causando a disseminaccedilatildeo do viacuterus Tais situaccedilotildees satildeo rotineiras na

populaccedilatildeo adscrita da UBS Santos Dumont

54 Quarto passo Explicaccedilatildeo do Problema

A explicaccedilatildeo para o problema selecionado foi qualificado do ponto de vista

social coletivo e individual

Niacutevel Social Refere-se agrave ausecircncia de poliacuteticas puacuteblicas para melhoria de qualidade

de vida da populaccedilatildeo que convive com a ausecircncia de saneamento baacutesico esgoto a

ceacuteu aberto falta de coleta seletiva e lixo acumulado nas ruas e terrenos baldios

Niacutevel Coletivo Falta de consciecircncia da gravidade da doenccedila que pode acometer a

qualquer pessoa e todas as faixas etaacuterias falta de colaboraccedilatildeo entre os vizinhos que

sempre potildeem a culpa das maacutes condiccedilotildees uns nos outros mas ningueacutem assume a

responsabilidade pelo seu quintal

Niacutevel Individual Falta de compromisso pois segundo dados da SEMUSA

(DIVINOacutePOLIS 2014) 9415 dos focos de Dengue estatildeo dentro das residecircncias

esses focos foram identificados em vasilhas de aacutegua para cachorro galinha calhas

mal projetadas e caixas drsquoaacutegua sem tampa

55 Quinto Passo Seleccedilatildeo dos ldquoNoacutes Criacuteticosrdquo

34

Foram selecionados os seguintes ldquonoacutes criacuteticosrdquo que podem ter relaccedilatildeo direta com o

alto nuacutemero de casos de dengue

Lixo nas ruas falta de conscientizaccedilatildeo da populaccedilatildeo para evitar descarte

incorreto de lixo nas ruas e terrenos baldios

Responsabilizaccedilatildeo do outro falta agrave comunidade assumir que o problema da

dengue natildeo eacute do meu vizinho mas eacute de todos

Lotes sujos falta cobranccedila por parte do poder puacuteblico aos proprietaacuterios de

terrenos vazios que mantenham os lotes limpos e conservados

56 Sexto Passo Desenho de Operaccedilotildees para os ldquoNoacutes Criacuteticosrdquo do Problema

Como soluccedilatildeo dos ldquonoacutes criacuteticosrdquo foram apresentadas as seguintes propostas

contidas no Quadro 6 a seguir

Quadro 6 ndash Desenho das Operaccedilotildees para os Noacutes Criacuteticos Selecionados

ldquoNoacute

Criacuteticordquo

Operaccedilatildeo

Projeto

Resultados

Esperados

Produtos

Esperados

Recursos

Necessaacuterios

Lixo nas ruas Reeducaccedilatildeo conscientizaccedilatildeo ambiental

Ausecircncia de lixo nas ruas e lotes vazios

Bairro limpo sem dengue

Datashow e computador

Responsabiliza ccedilatildeo do outro

Conscientizaccedilatildeo

sobre sauacutede

coletiva

Que todos

unidos com

objetivo de

diminuir os

casos de

dengue

Reduccedilatildeo da

doenccedila

Datashow e computador Panfletos informativos

Lotes sujos Limpeza de

lotes e terrenos

Lotes limpos

e sem focos

da dengue

Diminuiccedilatildeo

do nuacutemero do

mosquito

transmissor

da dengue

Palestras sobre

conservaccedilatildeo

dos terrenos e

lotes vazios

Fiscalizaccedilatildeo da

prefeitura

57 Seacutetimo Passo Identificaccedilatildeo dos Recursos Criacuteticos

35

Para iniacutecio das operaccedilotildees foram apresentados os recursos necessaacuterios e

indispensaacuteveis para o sucesso do processo

Quadro 7 ndash Identificaccedilatildeo dos Recursos Criacuteticos

Operaccedilatildeo

Projeto

Recursos Criacuteticos

Controle dos recursos criacuteticos

Accedilatildeo estrateacutegica

Ator que controla

Motivaccedilatildeo

ldquoMutiratildeo da

limpezardquo

realizar um dia

por mecircs para

limpeza em

parceria com a

populaccedilatildeo

Poliacutetico Veiculo e pessoal para limpeza das ruas

Empresa Municipal de Obras Puacuteblicas

Evitar que lixo se acumule nas ruas

Criaccedilatildeo do dia da limpeza e apresentaccedilatildeo da administraccedilatildeo para apreciaccedilatildeo

ldquoFora Denguerdquo Intensificaccedilatildeo das accedilotildees educativas nas escolas e nos grupos e associaccedilatildeo de bairro

Poliacutetico Articulaccedilatildeo interssetorial Financeiro Disponibilizaccedilatildeo de material informativo

Secretaria Municipal de Sauacutede Secretaria Municipal de Educaccedilatildeo Associaccedilatildeo de bairros

Despertar na comunidade a consciecircncia de sauacutede coletiva

Despertar nos discentes e na comunidade o desejo de erradicar os focos da dengue

ldquoMapeamento

dos lotes sujosrdquo

Realizar o

mapeamento

dos terrenos

sujos

Poliacutetico Notificar os

proprietaacuterios para limpeza do

terreno Financeiro

Recurso para impressatildeo das

notificaccedilotildees

Secretaria Municipal de

Sauacutede

Evitar que as pessoas joguem lixo e entulho em lotes vagos

Conservaccedilatildeo e limpeza dos lotes vazios

58 Oitavo Passo Anaacutelise de Viabilidade do Plano

A proposta a seguir (Quadro 3) apresenta a motivaccedilatildeo para a viabilidade do plano

visto que alguns dos recursos necessaacuterios fogem agrave governabilidade da ESF

36

Quadro 8 ndash Viabilidade do Plano

Operaccedilatildeo

Projeto

Recursos Criacuteticos

Controle dos recursos criacuteticos

Accedilatildeo estrateacutegica

Ator que controla

Motivaccedilatildeo

ldquoMutiratildeo da

limpezardquo

realizar um dia

por mecircs para

limpeza em

parceria com a

populaccedilatildeo

Poliacutetico Veiculo e pessoal para limpeza das ruas

Empresa Municipal de Obras Puacuteblicas

Favoraacutevel Criaccedilatildeo do dia da limpeza e apresentaccedilatildeo agrave administraccedilatildeo para apreciaccedilatildeo

ldquoFora Denguerdquo Intensificaccedilatildeo das accedilotildees educativas nas escolas e nos grupos e associaccedilatildeo de bairro

Poliacutetico Articulaccedilatildeo interssetorial Financeiro Disponibilizaccedilatildeo de material informativo

Secretaria Municipal de Sauacutede Secretaria Municipal de Educaccedilatildeo Associaccedilatildeo de bairros

Favoraacutevel

Despertar nos escolares e na comunidade o desejo de erradicar os focos da dengue

ldquoMapeamento

dos lotes sujosrdquo

Realizar o

mapeamento

dos terrenos

sujos

Poliacutetico Notificar os

proprietaacuterios para limpeza do

terreno Financeiro

Recurso para impressatildeo das

notificaccedilotildees

Secretaria Municipal de

Sauacutede

Indiferente

Conservaccedilatildeo e limpeza dos lotes vazios

37

59 Nono Passo Elaboraccedilatildeo do Plano Operativo

A proposta a seguir no Quadro 9 identifica os atores envolvidos lhes atribuiacutedo

responsabilidades e prazos a cumprir

Quadro 9 ndash Plano Operativo

Operaccedilotildees Resultados Accedilotildees Estrateacutegicas

Responsaacutevel Prazo

ldquoMutiratildeo da limpezardquo realizar um dia por mecircs para limpeza em parceria com a populaccedilatildeo

Limpeza das ruas

e quintais

Coleta de lixo

das ruas Incentivo a limpeza de

lotes e quintais

Equipe de ACS

Durante todo ano

ldquoFora Denguerdquo Intensificaccedilatildeo das accedilotildees educativas nas escolas e nos grupos e associaccedilatildeo de bairro

Uma comunidade

consciente das suas

responsabilidades

Insistir e reforccedilar com

accedilotildees educativas para que

populaccedilatildeo mantenha as ruas limpas e coloque o lixo

para ser recolhido

Enfermeiro ESF

Durante todo o ano

ldquoMapeamento dos lotes

sujosrdquo Realizar o

mapeamento dos terrenos

sujos

Identificar os focos e eliminaacute-

los

Criaccedilatildeo de um mapa onde ocorreram focos do mosquito

ACS e

Enfermeiro

Trecircs meses

510 Deacutecimo Passo Gestatildeo do Plano

Com a gestatildeo do plano eacute possiacutevel aos responsaacuteveis acompanhar e monitorar as

accedilotildees avaliando e sempre que necessaacuterio readequando as eventuais falhas do

processo

38

Quadro 10ndash Gestatildeo do Plano

Produtos Responsaacutevel Prazo Situaccedilatildeo Atual

Justificativa Novo Prazo

ldquoMutiratildeo da

limpezardquo

realizar um

dia por mecircs

para limpeza

em parceria

com a

populaccedilatildeo

Enfermeiro da ESF

Inicio imediatamente

(logo apoacutes apresentaccedilatildeo

do projeto)

ldquoFora Denguerdquo Intensificaccedilatildeo das accedilotildees educativas nas escolas e nos grupos e associaccedilatildeo de bairro

Enfermeiro Provab

Durante todo ano

ldquoMapeamento

dos lotes

sujosrdquo

Realizar o

mapeamento

dos terrenos

sujos

ECS e Equipe

de Epidemiologia

Um mecircs para

inicio das atividades

Aleacutem dos 10 passos do Planejamento Estrateacutegico Situacional optei por incluir outros

02 passos que tecircm a finalidade de contribuir para o processo de avaliaccedilatildeo da

Proposta de Intervenccedilatildeo Estatildeo contidos nos itens 511 e 512 a seguir

511 Avaliaccedilatildeo dos Resultados

O instrumento para avaliaccedilatildeo seraacute o Sistema de Informaccedilotildees de Agravos de

Notificaccedilatildeo ndash SINAN

ldquoque tem por objetivo o registro e processamento dos dados sobre agravos

de notificaccedilatildeo em todo o territoacuterio nacional fornecendo informaccedilotildees para

anaacutelise do perfil da morbidade e contribuindo desta forma para a tomada

de decisotildees em niacutevel municipal estadual e federalrdquo (IBGE 2014)

39

Segundo Moraes e Duarte (2009) o SINAN tem sido principal fonte de dados

para coordenaccedilatildeo das accedilotildees de vigilacircncia epidemioloacutegica tanto no sentido de

controle da doenccedila quando como fonte de pesquisa

512 Resultados Eesperados

O resultado esperado eacute

Estabelecer a construccedilatildeo de conhecimento que favoreccedila o autocuidado e a

capacidade de emancipaccedilatildeo da comunidade criando um ambiente seguro com

ecircnfase na educaccedilatildeo e sauacutede com vistas agrave reduccedilatildeo dos casos de dengue na

populaccedilatildeo adscrita da UBS Santos Dumont

40

6 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

O Programa de Valorizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Baacutesica (PROVAB) abriu muitos

caminhos para um horizonte promissor no desenvolvimento da promoccedilatildeo da sauacutede

e da prevenccedilatildeo no campo de atuaccedilatildeo do Programa Sauacutede na Escola criando um

viacutenculo de amizade e confianccedila uma verdadeira parceria com os alunos essencial

na construccedilatildeo de uma sociedade consciente e capaz de cuidar da sua sauacutede de

maneira preventiva loacutegica essa defendida pelo Sistema Uacutenico de Sauacutede

Para noacutes enfermeiros eacute oportunidade de ampliar o horizonte de atuaccedilatildeo

ensinando e aprendendo com o comportamento das crianccedilas dos adolescentes e

jovens vendo de maneira impar o grande desafio da educaccedilatildeo em formar cidadatildeos

com mais sauacutede Como gratificaccedilatildeo recebemos o reconhecimento dos alunos

professores e diretores algo que fica marcado para sempre na formaccedilatildeo do

profissional os laccedilos de confianccedila amizade e reconhecimento satildeo a maior

recompensa e certeza de missatildeo cumprida

Como a Equipe de Sauacutede da Famiacutelia tem como principal objetivo trabalhar na

prevenccedilatildeo de doenccedilas e agravos criando viacutenculos com a clientela a missatildeo de

promover a emancipaccedilatildeo de seus usuaacuterios com ecircnfase no autocuidado exige de

noacutes muita articulaccedilatildeo e intensificaccedilatildeo de accedilotildees educativas Especificamente no caso

da dengue o cumprimento desta missatildeo pode evitar que as constantes epidemias

se tornem parte do cotidiano das pessoas auxiliando os moradores da comunidade

na adoccedilatildeo de medidas responsaacuteveis que visem o cuidado com a sua sauacutede e da

sauacutede da comunidade

Neste sentido a educaccedilatildeo em sauacutede desempenha um papel importante em

manter a comunidade sempre vigilante e em alerta pois o perigo eacute eminente e vive

dentro dos lares das pessoas esperando apenas o momento oportuno e condiccedilotildees

favoraacuteveis para transmitir a dengue

O trabalho dos agentes de controle de endemias e da ESF deve ser

constante focado na eliminaccedilatildeo dos criadouros do mosquito transmissor da dengue

A comunidade deve colaborar com livre acesso dos agentes agraves residecircncias na

colaboraccedilatildeo para eliminaccedilatildeo dos focos nos domiciacutelios e peridomiciacutelios e

multiplicaccedilatildeo das informaccedilotildees sobre o ciclo de vida do vetor entre os vizinhos

amigos e parentes informando que todos estatildeo expostos agrave doenccedila e a mudanccedila de

comportamento pode diminuir os riscos de contrair a dengue

41

Ao poder puacuteblico eacute necessaacuterio adotar um planejamento adequado para

garantir aos cidadatildeos a infraestrutura miacutenima necessaacuteria para viver em comunidade

serviccedilos essenciais como saneamento coleta de lixo e mobilidade que favorecem a

criaccedilatildeo de um ambiente seguro com sauacutede e qualidade de vida

42

REFEREcircNCIAS

ALMEIDA M CM et al Dinacircmica intra-urbana das epidemias de dengue em Belo Horizonte Minas Gerais Brasil 1996-2002 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2008 vol24 n10 pp 2385-2395 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv24n1019pdf Acesso em 02 de out de 2014 ALVES V S A Um modelo de educaccedilatildeo em sauacutede para o Programa Sauacutede da Famiacutelia pela integralidade da atenccedilatildeo e reorientaccedilatildeo do modelo assistencial Interface - Comunic Sauacutede Educ v9 n16 p39-52 set2004fev2005 Disponiacutevel em httpswwwnesconmedicinaufmgbrbibliotecaimagem0303pdf Acesso de jun de 2014 BACKES DS et al (2012) O papel profissional do enfermeiro no Sistema Uacutenico de Sauacutede da sauacutede comunitaacuteria agrave estrateacutegia de sauacutede da famiacutelia Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva

17(1)223-230 2012 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcscv17n1a24v17n1pdf Acesso em 12 de jan 2015 BRASIL Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sauacutede Consulta Estabelecimento - Modulo Profissional - Profissional por Estabelecimento Disponiacutevel em httpcnesdatasusgovbrMod_ProfissionalaspVCo_Unidade=3122302159651 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Cadernos de Informaccedilotildees de Sauacutede Minas Gerais DATASUS TABNET (2010) Disponiacutevel em httptabnetdatasusgovbrtabdatacadernosmghtm Acesso em16 de maio de 2014 BRASIL Dengue - instruccedilotildees para pessoal de combate ao vetor Manual de Normas teacutecnicas - 3 ed rev - Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede 2001 84 p il 30 cm Disponiacutevel em httpbvsmssaudegovbrbvspublicacoesfunasaman_denguepdf acesso em 15 de out de 2014 BRASIL Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz Vetor da dengue na Aacutesia A albopictus eacute alvo de estudos Publicada em 18122008 agraves 1249 Disponiacutevel em httpwwwfiocruzbrioccgicgiluaexesysstarthtminfoid=576ampsid=32amptpl=printerview Acesso em 12 de jan de 2015 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Censo demograacutefico 2010 sinopse Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=1ampsearch=minas-gerais|divinopolis|censo-demografico-2010-sinopse- Acesso em 15 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Divinoacutepolis morbidades hospitalares ndash 2012 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=114ampsearch=minas-gerais|divinopolis|morbidades-hospitalares-2012 Acesso em 12 de maio de 2014

43

BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estaacutetica Divisatildeo Territorial do Brasil e Limites Territoriais Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE) (1 de julho de 2008) Disponiacutevel em httpwwwibgegovbrhomegeocienciascartografiadefault_dtb_intshtm Acesso em16 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Ensino - matriacuteculas docentes e rede escolar ndash 2012 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=117ampsearch=minas-gerais|divinopolis|ensino-matriculas-docentes-e-rede-escolar-2012 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estaacutetica Histoacuterico do Municiacutepio disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrpainelhistoricophplang=ampcodmun=312230ampsearch=minas-gerais|divinopolis|infograficos-historico Acesso 10 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Informaccedilotildees completas Populaccedilatildeo em 2010 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrasperfilphplang=ampcodmun=312230 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Serviccedilos de sauacutede ndash 2009 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=5ampsearch=minas-gerais|divinopolis|servicos-de-saude-2009 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Sistema de informaccedilotildees de agravos de notificaccedilatildeo ndash SINAN Disponiacutevel em httpcesibgegovbrbase-de-dadosmetadadosministerio-da-saudesistema-de-informacoes-de-agravos-de-notificacao-sinan Acesso em 16 de Nov de 2014 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede Dengue aspectos epidemioloacutegicos diagnoacutestico e tratamento Ministeacuterio da Sauacutede Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede ndash Brasiacutelia Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede 2002 Disponiacutevel em httpbvsmssaudegovbrbvspublicacoesdengue_aspecto_epidemiologicos_diagnostico_tratamentopdf Acesso em 02 de out de 2014 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede FUNSA Programa Nacional de Combate a Dengue PNCD Disponiacutevel em httpbvsmssaudegovbrbvspublicacoespncd_2002pdf Acesso em 21 de jun de 2014 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portal Brasil Disponiacutevel em httpwwwbrasilgovbrsaude201311saude-libera-mais-de-r-360-mi-para-combate-a-dengue Acesso em 10 de Nov de 2014

44

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede Departamento de Vigilacircncia Epidemioloacutegica Diretrizes nacionais para prevenccedilatildeo e controle de epidemias de dengue Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede Departamento de Vigilacircncia Epidemioloacutegica ndash Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2009 160 p Disponiacutevel em httpwwwansgovbrportalimgemaildiretrizes_reimpressao_webpdf Acesso em 16 de Nov de 2014

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede (2014) Monitoramento dos casos de dengue e febre de chikungunya ateacute a Semana Epidemioloacutegica (SE) 53 de 2014 Dengue Boletim Epidemioloacutegico ISSN 2358-9450 Volume 46 Ndeg 3 ndash 2015 Disponiacutevel em httpportalsaudesaudegovbrimagespdf2015janeiro192015-002---BE-at---SE-53pdf Acesso em 22 mar de 2015 BRASILSINANONLINE e DVASVEASTSub VPSSES-MG (20122013) Disponiacutevel em httpwwwsaudemggovbrcomponentgmgstory6489-informe-epidemiologico-da-dengue-30-05-2014 Acesso em 08 de jun de 2014 CAMPOS FCC FARIA H P SANTOS MA Planejamento e avaliaccedilatildeo das accedilotildees em sauacutede Curso de Especializaccedilatildeo em Atenccedilatildeo Baacutesica em Sauacutede da Famiacutelia NESCONUFMG Curso de Especializaccedilatildeo em Atenccedilatildeo Baacutesica agrave Sauacutede da Famiacutelia 2ed Belo Horizonte NesconUFMG 2010 Disponiacutevel em lthttpswwwnesconmedicinaufmgbrbibliotecaregistroPlanejamento_e_avaliacao_das_acoes_de_saude_23gt Acesso em Dezembro 2014 DIVINOacutePOLIS Estatuto dos Conselhos Distritais de Sauacutede Conselho Municipal de Sauacutede 1998 DIVINOacutePOLIS Mapa da cidade Disponiacutevel em httpwwwdivinopolismggovbrportalpaginasgeograficosimagensmapadacidadepdf Acesso em 08 de jun de 2014 DIVINOPOLIS Secretaria Municipal de Sauacutede SEMUSA Sistema Integrado de Sauacutede Paciente Famiacutelia Acesso Local Acesso em 15 de maio de 2014 FERREIRA B J et al Evoluccedilatildeo histoacuterica dos programas de prevenccedilatildeo e controle da dengue no Brasil Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2009 vol14 n3 pp 961-972 ISSN 1413-8123 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcscv14n332pdf Acesso em 21 de jun de 2014 FERREIRA IT RN VERAS M A S M and SILVA RA Participaccedilatildeo da populaccedilatildeo no controle da dengue uma anaacutelise da sensibilidade dos planos de sauacutede de municiacutepios do Estado de Satildeo Paulo BrasilCad Sauacutede Puacuteblica [online] 2009 vol25 n12 pp 2683-2694 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielosporgpdfcspv25n1215pdf Acesso em 10 de out de 2014 FIGUEIREDO LT M OWA M A CARLUCCI R H and OLIVEIRA L de Estudo sobre o diagnoacutestico laboratorial e sintomas do dengue durante epidemia ocorrida na regiatildeo de Ribeiratildeo Preto SP Brasil Rev Inst Med trop S Paulo [online] 1992

45

vol34 n2 pp 121-130 ISSN 0036-4665 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfrimtspv34n2a07v34n2pdf Acesso em 13 ago de 2014 FIGUEIROacute AC et al Oacutebito por dengue como evento sentinela para avaliaccedilatildeo da qualidade da assistecircncia estudo de caso em dois municiacutepios da Regiatildeo Nordeste Brasil 2008 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2011 vol27 n12 pp 2373-2385 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv27n1209pdf Acesso em 12 de out de 2014 GIRAtildeO RV et al Educaccedilatildeo em sauacutede sobre a dengue contribuiccedilotildees para o desenvolvimento de competecircncias J res fundam care online 2014 janmar 6(1) 38-46 Disponiacutevel em httpwwwseeruniriobrindexphpcuidadofundamentalarticleview2659pdf_1043 Acesso em 21 de jun de 2014 GONCcedilALVES NETO V S et al Conhecimentos e atitudes da populaccedilatildeo sobre dengue no Municiacutepio de Satildeo Luiacutes Maranhatildeo Brasil 2004 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2006 vol22 n10 pp 2191-2200 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv22n1018pdf Acesso em 10 de out de 2014 LEFEVRE A MC et al Representaccedilotildees sobre dengue seu vetor e accedilotildees de controle por moradores do municiacutepio de Satildeo Sebastiatildeo litoral Norte do Estado de Satildeo Paulo Brasil Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2007 vol23 n7 pp 1696-1706 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv23n722pdf Acesso em 16 de out de 2014 LIMA E C VILASBOAS ALQ Implantaccedilatildeo das Accedilotildees Interssetoriais de Mobilizaccedilatildeo Social do Paraacute o Controle da dengue na Bahia Brasil Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2011 vol27 n8 pp 1507-1519 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv27n806pdf Acesso em 16 de out de 2014 MACHADO RM et al (2013) HISTORIA DA SAUacuteDE MENTAL DE DIVINOacutePOLIS-MG Revista de Enfermagem do Centro Oeste Mineiro 2013 maiago 3 (2) 752-760 httpwwwseerufsjedubrindexphprecomarticleview228439 Acesso em 08 de abr de 2015 MAYO R C et al BEPA - Boletim Epidemioloacutegico Paulista 8(88) 4-12 abr 2011 tab Graf Disponiacutevel em fileCUsersnoteDownloadsv8n88a0120(1)pdf Acesso em 12 de out de 2014 MINAS GERAIS Secretaria Estadual de Sauacutede Programa Estadual de Controle Permanente da Dengue SITUACcedilAtildeO ATUAL DA DENGUE EM MINAS GERAIS RESUMO INFORMATIVO - 15122014 Disponiacutevel em httpwwwsaudemggovbrimagesdocumentosAnaliseDengue15-12-2014pdf Acesso em 10 de jan de 2015 MINAS GERAIS Secretaria de Estado da Sauacutede de Minas Gerais Programa Sauacutede em Casa Disponiacutevel em httpwwwsaudemggovbrpoliacuteticas_de_saudeprograma-saude-em-casa Acesso em 10 de maio de 2014

46

MORAES GH and DUARTE E C Anaacutelise da concordacircncia dos dados de mortalidade por dengue em dois sistemas nacionais de informaccedilatildeo em sauacutede Brasil 2000-2005 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2009 vol25 n11 pp 2354-2364 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielosporgpdfcspv25n1106pdf Acesso em 29 de Nov de 2014 PENNA M L F Um desafio para a sauacutede puacuteblica brasileira o controle do dengue Cad Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro 19(1) 305-309 jan-fev 2003 Disponiacutevel em httpwwwscielosporgpdfcspv19n114932pdf Acesso em 21 de jun de 2014

PREFEITURA MUNICIPAL DE DIVINOacutePOLIS BALANCcedilO DA DENGUE Disponiacutevel em httpwwwdivinopolismggovbrportalnoticiaphpid=11507 Acesso em 19 jan de 2015

RIBEIRO P C SOUSA DC ARAUJO TME Perfil cliacutenico-epidemioloacutegico dos casos suspeitos de Dengue em um bairro da zona sul de Teresina PI Brasil Rev bras enferm [online] 2008 vol61 n2 pp 227-232 ISSN 0034-7167 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfrebenv61n2a13v61n2pdf Acesso em 28 de jul de 2014 VALENTE G SC et al Problematizaccedilatildeo Como Estrateacutegia de Educaccedilatildeo em Sauacutede no Combate a Dengue Um Relato de Experiecircncia R Pesq cuid Fundam Online 2012 outdez 4(4)2987-94 Disponiacutevel em httpwwwseeruniriobrindexphpcuidadofundamentalarticleview1888pdf_641 Acesso em 08 jun de 2014 TEIXEIRA LAS et al Persistecircncia dos sintomas de dengue em uma populaccedilatildeo de Uberaba Minas Gerais Brasil Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2010 vol26 n3 pp 624-630 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv26n319pdf Acesso em 16 de out de 2014

Page 8: PLANO DE AÇÃO NO COMBATE A DENGUE: EDUCAR PARA EVITAR · 2019-11-14 · The Divinopolis follows the same trend, with 4680 notifications and 4139 confirmed ... banhado pelas bacias

8

1 INTRODUCcedilAtildeO

A dengue representa hoje um grave problema de sauacutede puacuteblica e segundo o

Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2002) estaacute presente em todo territoacuterio nacional e tem

se mostrado cada vez mais de difiacutecil controle nos uacuteltimos anos os haacutebitos da vida

moderna com aumento do consumo de bens natildeo biodegradaacuteveis Isto ampliou a

oferta de criadouros para o mosquito nos domiciacutelios e peridomiciacutelios e com base

nesses fatos a participaccedilatildeo popular no controle dos focos se tornou essencial

Segundo o Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2002) a doenccedila tem se mostrado

como um dos maiores desafios para a sauacutede puacuteblica nos paiacuteses em

desenvolvimento com grande impacto socioeconocircmico Estima-se um nuacutemero de

casos a beira dos 100 milhotildeesano e destes 500 mil desenvolve a forma grave a

Febre Hemorraacutegica

Desde 1986 o Brasil tem apresentado sucessivas epidemias segundo o

Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2002) No Estado de Minas Gerais somente em 2013

foram registrados 416252 casos de dengue com 104 oacutebitos Em 2014 houve uma

grande reduccedilatildeo de cerca de 8577 contudo ldquodos 45 casos graves 44 evoluiacuteram

para oacutebitordquo (BRASIL 2014 p 2)

Frente a este quadro segundo Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2002) eacute preciso

repensar o papel da sociedade no apoio e combate a dengue No Brasil exceccedilatildeo

feita alguns casos natildeo eacute tradiccedilatildeo cultural o envolvimento dos setores sociais em

causas como a dengue por exemplo estamos na contramatildeo de nossos vizinhos

latino-americanos onde a cooperaccedilatildeo faz parte da cultura

Em Divinoacutepolis segundo balanccedilo publicado em 17122014 pela Secretaria

Municipal de Sauacutede em 2014 foram notificados 4680 casos suspeitos de dengue

com 4139 casos confirmados ainda de acordo com Secretaria de Estado da Sauacutede

neste ano de 2014 ocorrem 06 oacutebitos por complicaccedilotildees da dengue

Frente a esse grave problema de sauacutede puacuteblica que necessita da cooperaccedilatildeo

de todos os cidadatildeos eacute necessaacuterio insistir e intensificar as accedilotildees educativas nas

escolas nas associaccedilotildees de bairro nas igrejas pois essa eacute uacutenica ferramenta capaz

de produzir no cidadatildeo uma autonomia para o cuidado com a sua sauacutede e da

comunidade conforme afirmam Valente et al (2012) Giratildeo et al (2014) que as

atuais estrateacutegias de controle vetorial e responsabilizaccedilatildeo dos cidadatildeos natildeo tem

mais efeito efetivo no combate ao mosquito Aedes Aegypti

9

Este estudo tem o objetivo de despertar na populaccedilatildeo de Divinoacutepolis

especialmente na comunidade adscrita da Unidade de Sauacutede Santos Dumont para

uma visatildeo criacutetica sobre os novos processos de sauacutede e doenccedila e ainda

conscientizar as pessoas para que possam ter condiccedilotildees de promover a sauacutede e

prevenir situaccedilotildees que podem trazer prejuiacutezos a ela

11 Contexto Geral

111 Identificaccedilatildeo do Municiacutepio

Segundo o IBGE (BRASIL 2008) o municiacutepio de Divinoacutepolis estaacute localizado

no Centro Oeste Mineiro banhado pelas bacias do rio Itapecerica e rio Paraacute Faz

limites com os seguintes municiacutepios Nova Serrana (Norte) Perdigatildeo (Noroeste)

Santo Antocircnio do Monte (Oeste) Satildeo Sebastiatildeo do Oeste (Sudoeste) Claacuteudio (Sul)

Carmo do Cajuru (Leste) e Satildeo Gonccedilalo do Paraacute (Leste) -2013889 (latitude Sul) -

4488389 (longitude Oeste) Pertence agrave macro regiatildeo do Alto Satildeo Francisco

situando-se em sua margem direita O acesso pelo interior de Satildeo Paulo eacute pela MG-

050 pela capital mineira satildeo 117 km e o acesso eacute pela face norte da MG-050 o

acesso pela face leste eacute pela BR-494

112 Histoacuterico de Criaccedilatildeo do Municiacutepio

Segundo IBGE (BRASIL 2008) a povoaccedilatildeo se deu a cerca de dois seacuteculos

atraacutes com o deslocamento de colonos em fuga da perseguiccedilatildeo poliacutetica da eacutepoca

escolheram o sertatildeo da Itapecerica liderados na eacutepoca pelo colonizador Manoel

Fernandes de Miranda cujo apelido era Candideacutes devido aos iacutendios que habitavam

a regiatildeo naquela ocasiatildeo Em 1710 foram anistiados pela coroa e deu iniacutecio a

povoaccedilatildeo do local fora construiacuteda uma capela consagrada ao Divino Espiacuterito Santo

e Satildeo Francisco de Paula com a chegada da linha feacuterrea o municiacutepio ganhou muito

em desenvolvimento Assim o distrito foi criado com o nome de Henrique Galvatildeo

subordinado a Vila de Itapecerica pela Lei Provincial nordm 138 03-04-1839 e Lei

Estadual nordm 2 de 14-09-1891 e elevado agrave categoria de Vila com a denominaccedilatildeo de

Henrique Galvatildeo pela Lei Estadual nordm 556 de 30-08-1911 Desmembrando-se de

Itapecerica pela Lei Estadual nordm 590 de 03-09-1912 a Vila de Henrique Galvatildeo

10

passou a denominar-se Divinoacutepolis elevada agrave condiccedilatildeo de cidade pela Lei Estadual

nordm 663 de 18-09-1915

113 Aspectos Geograacuteficos Socioeconocircmicos e Demograacuteficos

O municiacutepio estaacute localizado no centro-oeste mineiro a economia da cidade eacute

baseada na induacutestria tecircxtil e na siderurgia tendo um comeacutercio de artigos de

vestuaacuterio muito atuante no mercado Segundo IBGE (BRASIL 2010) a cidade tem

8012 empresas atuantes com uma populaccedilatildeo de empregados assalariados de 54

909 com renda mensal de 22 salaacuterios miacutenimos

114 Sauacutede em Divinoacutepolis

Segundo Machado et al (2013) Divinoacutepolis se destaca no centro oeste

mineiro como importante polo para a sauacutede na meacutedia e alta complexidade eacute sede

da Macrorregiatildeo Oeste de Sauacutede que abrange 6 microrregiotildees somando no total 55

municiacutepios sendo sede da Gerencia Regional de Sauacutede destacando-se no cenaacuterio

como uma das 10 cidades mais importes de Minas Gerais Contudo conforme o

Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2010) na Atenccedilatildeo Primaacuteria a cidade natildeo apresenta

um bom desempenho com apenas 203 de cobertura de PSF

No ano de 2014 a Secretaria Municipal de Sauacutede (SEMUSA) credenciou o

municiacutepio no Programa de Valorizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Baacutesica (PROVAB) criado pela

Portaria Interministerial Ministeacuterio da SauacutedeMinisteacuterio da Educaccedilatildeo nordm 2087 de 01

de setembro de 2011 com o objetivo de estimular e valorizar o profissional de sauacutede

para atuar nos municiacutepios onde eacute de difiacutecil acesso e regiotildees metropolitanas com

escassez de profissionais O trabalho eacute desenvolvido em conjunto com a equipe

multiprofissional na Atenccedilatildeo Baacutesica local sendo uma grande oportunidade para

meacutedicos enfermeiros dentistas receacutem-formados atuarem na equipe de sauacutede da

famiacutelia

Assim em 2014 foram contratados cinco enfermeiros pelo Ministeacuterio da Sauacutede

para atuar no Programa Sauacutede na Escola por um ano sem prejuiacutezo das atividades

de rotina na Unidade Baacutesica de Sauacutede (UBS) O enfermeiro trabalha prioritariamente

com atividades educativas nas escolas existentes na aacuterea de abrangecircncia da UBS

realizando atividades de avaliaccedilatildeo da sauacutede dos escolares como peso e medida

11

acuidade visual afericcedilatildeo de pressatildeo arterial atualizaccedilatildeo do calendaacuterio vacinal

alimentaccedilatildeo promoccedilatildeo de sauacutede rastreamento para doenccedilas como hanseniacutease

glaucoma tracoma helmintiacuteases e encaminhamentos para consultas

especializadas tornando-se um importante elo entre a sauacutede e a educaccedilatildeo

Mapa 1 - Cidade de Divinoacutepolis ndash MG Regiatildeo Sudeste

Fonte Prefeitura de Divinoacutepolis httpwwwdivinopolismggovbrportalpaginasgeograficosimagensmapadacidadepdf

A administraccedilatildeo municipal estaacute haacute oito anos com o PSDB tendo a frente do

municiacutepio o senhor Vladmir Faria de Azevedo sendo seu Secretaacuterio de Sauacutede o

Senhor David Maia dOliveira como coordenadora da Atenccedilatildeo Baacutesica de Sauacutede a

Enfermeira Inecircs Alcione e Coordenadoras da Sauacutede Bucal Ronara Machado e Liacutevia

Melo Nere Segundo o IBGE (BRASIL 2010) o municiacutepio tem uma populaccedilatildeo

estimada em 226345 habitantes

115 Sistema Local de Sauacutede

Criado no ano 1991 segundo o Estatuto dos Conselhos Distritais de Sauacutede

(DIVINOacutePOLIS 1998) o Conselho Municipal de Sauacutede foi instituiacutedo pela Lei

Municipal 00491 composto por usuaacuterios trabalhadores de sauacutede prestadores de

serviccedilo e gestores Nesse periacuteodo ocorreram as primeiras Conferecircncias Municipais

de Sauacutede e a criaccedilatildeo dos seis Conselhos Distritais que atuam ateacute hoje a formaccedilatildeo

dos Conselhos Locais de Sauacutede agregados agraves equipes de Sauacutede da Famiacutelia

12

Quanto agrave Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia segundo o Ministeacuterio da Sauacutede

(BRASIL 2010) Divinoacutepolis possuiacutea em fevereiro de 2010 apenas 203 de

cobertura de Atenccedilatildeo Baacutesica Em dezembro de 2014 segundo Ministeacuterio da Sauacutede

(BRASIL 2014) a cobertura estimada natildeo passava dos 4602 da populaccedilatildeo

classificando-se como o menor iacutendice do Estado quando comparado a outros

municiacutepios de mesmo porte conforme graacutefico abaixo

Graacutefico 1 Cobertura pela Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia - Divinoacutepolis ndash MG - 2010

213277

221764

262278241720

292529227438

00

150

300

450

600

750

900

Sa

nta

Lu

zia

Ub

era

ba

Ipa

tin

ga

Go

ve

rna

do

r

Va

lad

are

s

Se

te

La

go

as

Div

inoacute

po

lis

populaccedilatildeo em milhares

Fonte Secretaria de Estado da Sauacutede de Minas Gerais - Programa Sauacutede em Casa

httpwwwsaudemggovbrpoliticas_de_saudeprograma-saude-em-casa

Com relaccedilatildeo aos estabelecimentos de sauacutede segundo dados do IBGE (BRASIL

2009) a cidade conta com trecircs hospitais particulares Santa Mocircnica Santa Luacutecia e

Satildeo Judas Tadeu e um filantroacutepico Satildeo Joatildeo de Deus totalizando 555 leitos sendo

que destes 352 satildeo leitos contratados pelo SUS Segundo ainda o IBGE (BRASIL

2009) o municiacutepio conta com 38 estabelecimentos de sauacutede municipais de acordo o

Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sauacutede - CNES satildeo 15 Centros de

Sauacutede e 20 Equipes de Sauacutede da Famiacutelia O serviccedilo de atendimento ambulatorial

conta com 68 estabelecimentos sendo que 41 tecircm convecircnio com o Sistema Uacutenico de

Sauacutede (SUS)

116 Nuacutemero de Oacutebitos por Causa ndash Divinoacutepolis 2012

13

De acordo com dados do IBGE (BRASIL 2012) em 2012 foram registrados

581 oacutebitos sendo 302 homens e 279 mulheres as doenccedilas neoplaacutesicas foram

responsaacuteveis por 173 oacutebitos2977 do aparelho circulatoacuterio foram responsaacuteveis

por 121 oacutebitos208 das mortes seguidas pelas doenccedilas respiratoacuterias 821411

oacutebitos por doenccedila do aparelho digestivo 467 9 doenccedilas infecciosas e

parasitaacuterias 41 oacutebitos70 oacutebitos por doenccedilas do aparelho geniturinaacuterio 3255

mortes por causas externas 27464 oacutebitos por doenccedilas relacionadas ao sangue

oacutergatildeos hematoloacutegicos transtornos imunitaacuterios 406 oacutebitos por doenccedilas de pele e

do tecido subcutacircneo total de 5086 outras mortes somam 86 Estes dados

estatildeo representados no graacutefico abaixo

Graacutefico 2 - Nuacutemero de Oacutebitos por Causa Divinoacutepolis ndash 2012

Obitos em DIvinoacutepolis em 2012

Homens

Mulheres

Neoplasias

Ap circulatoacuterio

Doeccedilas respiratoacuterias

Aparelho digestivo

Doenccedilas infecciosas

Aparelho Geniturinaacuterio

Causas externas

Doenccedilas hematoloacutegicas Fonte IBGE cidades ibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=114ampsearch=minas-

gerais|divinopolis|morbidades-hospitalares-2012

117 Sistema Local de Educaccedilatildeo

O municiacutepio segundo IBGE (BRASIL 2012) tem 1589 docentes atuando na

rede de educaccedilatildeo baacutesica no ensino meacutedio conta com 562 docentes no ensino

fundamental 739 docentes e a educaccedilatildeo infantil com 288 docentes O ensino

fundamental conta com uma rede de 88 escolas sendo 26 privadas 30 da rede

puacuteblica estadual e 32 da rede municipal O ensino meacutedio tem um total de 29 escolas

sendo oito privadas 20 da rede estadual e uma da rede federal Ainda segundo o

14

IBGE (BRASIL 2012) satildeo 27484 alunos matriculados no ensino fundamental 8211

no ensino meacutedio 4808 na preacute-escola Segundo o IBGE (BRASIL 2010) o iacutendice de

desenvolvimento humano ndash IDH ficou em 0764 acima da meacutedia nacional que eacute de

0730

12 Diagnoacutestico Situacional

121 Unidade Baacutesica de Sauacutede ndash Bairro Santos Dumont

A unidade baacutesica de sauacutede em que atuo estaacute localizada a Rua Liacuterios do Vale

141 Bairro Santos Dumont telefone (37) 32153674 local de faacutecil acesso com rua

pavimentada Funciona de 07h00min as 11h00min horas e de 13h00min as

17h00min horas de segunda a sexta-feira segundo o Cadastro Nacional de

Estabelecimentos de Sauacutede - CNES (BRASIL 2014)

Foto 1 - Unidade Baacutesica de Sauacutede Santos Dumont - Divinoacutepolis-MG 2014

Fonte httpswwwgooglecombrmapsplaceRua+JosC3A9+VenC3A2ncio+218+-+Aeroporto-20175673 448774553a75y16155h90tdata=3m41e13m21siLj6mpeG5CZyGTTQQ_cwTA2e04m23m11s0xa0a4e2a9c17ea50x429732233cce4192

A aacuterea de abrangecircncia da UBS Santos Dumont compreende a regiatildeo

sudoeste da cidade de Divinoacutepolis composta pelos bairros Santos Dumont Maria

Peccedilanha Quinta das Palmeiras Costa Azul e Terra Azul

15

Mapa 2 - Aacuterea de Abrangecircncia da UBS Santos Dumont ndash Divinoacutepolis-MG 2014

Fonte Prefeitura Municipal de Divinoacutepolis fileCUsersnoteDesktopmapadacidade20(1)20(1)pdf

122 Recursos Humanos

Segundo o Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sauacutede (2014) a

equipe eacute composta por um enfermeiro da estrateacutegia de sauacutede da famiacutelia com 40

horas semanais um cirurgiatildeo dentista com carga horaacuteria de 40 horas semanais um

meacutedico cliacutenico com 40 horas semanais um agente de serviccedilos gerais de 40 horas

semanais 4 agentes comunitaacuterios de sauacutede com 40 horas semanais e um auxiliar de

sauacutede bucal de 40 horas semanais Conforme quadro abaixo

Quadro 1 - Equipe de Sauacutede do UBS Santos Dumont 2014

Fonte Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sauacutede

Segundo o Sistema Integrado de Sauacutede - SIS a Unidade Santos Dumont tem

uma populaccedilatildeo cadastrada de 2208 habitantes com um nuacutemero estimado de 673

16

famiacutelias Quanto ao niacutevel de escolaridade da populaccedilatildeo adscrita assim estaacute

distribuiacuteda doutorado 2 mestrado 1 poacutes-graduaccedilatildeo 1 superior completo 22

superior incompleto 9 fundamental incompleto 123 ensino meacutedio completo 287

fundamental incompleto 1105 meacutedio incompleto 424 analfabetos 226 e natildeo

informado 08 sendo assim a taxa de analfabetismo eacute 1023 acima da meacutedia

nacional conforme o censo do IBGE (BRASIL 2010) que foi de 96 conforme

quadro abaixo

Quadro 2 - Niacutevel de escolaridade da populaccedilatildeo de referecircncia da UBS Santos

Dumont 2014

NIacuteVEL DE ESCOLARIDADE

Doutorado Mestrado Poacutes- graduaccedilatildeo

Superior Superior Incompleto

Fundamental Completo

Ensino meacutedio

Ensino meacutedio incompleto

Fundamental incompleto

Analfabeto Outros

M1 0 0 0 2

20 33 52 240 39 3

M2 1 1 1 15 5 62 102 90 228 47 3

M3 0 0 0 4 2 11 38 252 164 54 1

M4 1

1 2 30 114 30 473 86 1

Sub total 2 1 1 22 9 123 287 424 1105 226 8

POPULACcedilAtildeO TOTAL 2208

Fonte Sistema Integrado de Sauacutede 2014

123 Doenccedilas Crocircnicas

Com relaccedilatildeo agraves doenccedilas crocircnicas segundo o Sistema Integrado de Sauacutede haacute na

comunidade 199 clientes com hipertensatildeo arterial com diabetes 68 clientes com

alguma deficiecircncia 6 com doenccedila de chagas 1 alcoolismo 1 epilepsia 3 e com 8

gestantes

Quadro 3 - Total de Hipertensos e Diabeacuteticos da UBS por Microaacuterea Divinoacutepolis ndash MG 2014

HIPERTENSOS E DIABEacuteTICOS POR MICROAacuteREA

ACS Gracielle Suzana Rosana Rosilene TOTAL

MICROAacuteREA M1 M2 M3 M4

Hipertensatildeo 22 58 16 103 199

Diabeacuteticos 5 21 3 39 68 Fonte Sistema Integrado de Sauacutede de Divinoacutepolis SIS 2014

17

124 Doenccedilas Endecircmicas ndash A Dengue

A Dengue eacute uma doenccedila de origem africana que foi introduzida no paiacutes

segundo Valente et al (2012) por volta do seacuteculo XIX encontrando no Brasil um

clima e condiccedilotildees muito favoraacuteveis a sua multiplicaccedilatildeo mesmo sendo uma doenccedila

antiga o mosquito transmissor da dengue se mostra cada vez mais de difiacutecil controle

Todo ano atinge milhotildees de pessoas em todo mundo e no Brasil As seguidas

epidemias levaram o tema a ser discutido em vaacuterios setores como escolas veiacuteculos

de comunicaccedilatildeo nos setores de sauacutede e tambeacutem pela sociedade civil Segundo o

Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2014) de acordo com os dados contidos no Boletim

Epidemioloacutegico da 53ordf Semana Epidemioloacutegica foram registrados no paiacutes 591080

casos da doenccedila sendo que a regiatildeo Sudeste teve o maior nuacutemero de casos

312318 casos 528 Minas Gerais aparece com 1896 deste total A cidade de

Divinoacutepolis apresentou segundo a Secretaria Municipal de Sauacutede 4680 casos

notificados e segundo a Secretaria de Estado da Sauacutede foram notificados 06 oacutebitos

confirmados conforme quadro abaixo sendo que assim a cidade vem enfrentando

seguidas epidemias de Dengue tornando-se um dos problemas que mais preocupa

a comunidade

Quadro 4 - Casos de Oacutebitos por Dengue Grave em Minas Gerais - 2014

Municiacutepios Oacutebitos

confirmados

Araxaacute Arauacutejos

1 1

Campo Belo Candeias

1 1

Curvelo Divinoacutepolis

1 6

Dores do Indaiaacute 1 Formiga Fronteira Frutal

1 1 1

Itabira Itauacutena

1 2

Ituiutaba Juiz de Fora

1 4

Natalacircndia Nova Serrana

1 1

Passos 8

18

Paracatu 3 Prata Sabaraacute

1 1

Santa Barbara Santa Luzia Santos Dumont

1 1 1

Santa Margarida Uberlacircndia

1 3

Trecircs Coraccedilotildees 1

Total 47

Fonte SINAN ONLINE e DVASVEASTSubVPSSES MG

O grande nuacutemero de terrenos baldios e lotes vagos satildeo apontados pelos

moradores como principal causa do aumento dos focos do mosquito Aedes Aegypti

A foto abaixo mostra o aglomerado ainda pouco habitado onde existem muitas

aacutereas onde haacute somente vegetaccedilatildeo nativa o que favorece o descarte inadequado de

lixo e entulhos recipientes que acumulam aacutegua se tornando grande criadouro do

mosquito transmissor da dengue

Foto 2 - Aacuterea de abrangecircncia da Unidade Baacutesica de Sauacutede Santos Dumont 2014

Fonte httpswwwgooglecombrmaps-201840183-448801014180mdata=3m11e3

19

A regiatildeo ocupada pela populaccedilatildeo da aacuterea de abrangecircncia da UBS Santos

Dumont eacute uma regiatildeo de cerrado Segundo o IBGE (BRASIL 2010) o Iacutendice de

Desenvolvimento Humano - IDH eacute 0764 acima da meacutedia nacional que de 0730 A

cidade apresentou crescimento populacional no periacuteodo de 1991 a 2010

correspondentes a 2889 poreacutem os investimentos em infraestrutura como

pavimentaccedilatildeo e saneamento baacutesico natildeo acompanharam a taxa de crescimento da

cidade algo comum em grandes cidades e cidades de meacutedio porte no paiacutes Na aacuterea

do bairro ainda haacute presenccedila de mata nativa com ocupaccedilatildeo natildeo planejada a

populaccedilatildeo convive com riscos eminentes para a sua sauacutede

Segundo Valente et al (2012) diante do aumento dos casos de dengue

estrateacutegias tradicionais parecem natildeo terem mais o mesmo efeito de outrora Eacute

necessaacuterio o envolvimento de todos os setores sociais para buscar o controle da

situaccedilatildeo com accedilotildees de educaccedilatildeo e sauacutede que podem ser mais efetivas do que

apenas medidas unilaterais baseada em estatiacutesticas ministeriais

Apoacutes os vaacuterios casos atendidos na UBS o que se percebe eacute que ningueacutem

assume que o foco do mosquito possa estar na sua casa conforme afirmam Valente

et al (2012) que a culpa eacute sempre dos vizinhos que natildeo fazem a sua parte o que

torna relevante afirmar ser a negaccedilatildeo da ldquoquestatildeo da culpabilizaccedilatildeo individual e a

culpabilizaccedilatildeo do outrordquo (VALENTE 2012 p2990) Outro dado que chama a

atenccedilatildeo segundo a Secretaria Municipal de Sauacutede (DIVINOacutePOLIS 2014) eacute que os

levantamentos indicam que 9415 dos focos de dengue estatildeo dentro das

residecircncias O relato que os criadouros estatildeo sempre na casa do vizinho esse eacute

com certeza o maior ldquonoacute criacuteticordquo que precisa ser desconstruiacutedo o cidadatildeo se

preocupa com o vizinho e se esquece do seu domiciacutelio

Segundo balanccedilo divulgado pela Secretaria Municipal de Sauacutede

(DIVINOacutePOLIS 2014) os 4139 casos confirmados mais os exames que ainda

aguardam os resultados sinalizam para cidade que tem muito trabalho para

enfrentar esse grave problema de sauacutede puacuteblica Os bairros Nossa Senhora das

Graccedilas Centro Satildeo Joseacute Interlagos Niteroacutei Porto Velho Planalto Santos Dumont

Belvedere e Bom Pastor foram responsaacuteveis por 3027 dos casos notificados na

cidade Em meacutedia a UBS Santos Dumont em relaccedilatildeo agrave populaccedilatildeo adscrita

apresentou um percentual de 215 da populaccedilatildeo total com casos notificados como

se pode observar no quadro abaixo

20

Quadro 5 - Nuacutemero de casos de Dengue em Divinoacutepolis ndash 2014

NOSSA SENHORA DAS GRACcedilAS Fonte Prefeitura Municipal de Divinoacutepolishttpwwwdivinopolismggovbrportalnoticiaphpid=109802014

Segundo Valente et al (2012) a praacutetica de jogar lixo nas ruas como algo do

cotidiano mesmo sabendo que essa accedilatildeo remete aos proacuteprios moradores e a falta

de coleta seletiva regular levam ao acuacutemulo de recipientes de plaacutesticos que durante

o periacuteodo chuvoso tornam-se criadouros do mosquito Esse tambeacutem eacute um

importante tema que necessita ser trabalhado desde a preacute-escola em vaacuterias

oportunidades como reuniatildeo de bairros em eventos esportivos e festivos pois

somente com educaccedilatildeo da populaccedilatildeo se pode mudar essa realidade

BAIRROS COM MAIORES NUacuteMEROS DE CASOS DE DENGUE EM DIVINOacutePOLIS

Bairros NSG CENTRO Satildeo JOSEacute INTERLAGOS NITEROacuteI

PORTO VELHO PLANALTO

SANTOS DUMONT BELVEDERE

BOM PASTOR

307 350 192 123 124 1O8 104 101 98 96

TOTAL 1417

21

2 JUSTIFICATIVA

A enfermagem eacute uma arte cuidar prevenir e proteger a sauacutede o enfermeiro

que atua na equipe de sauacutede da famiacutelia tem importante papel na educaccedilatildeo e na

proteccedilatildeo de sua populaccedilatildeo adscrita por estar perto e conhecer a realidade de sua

comunidade Backes et al (2012)

O conhecimento dos problemas de uma populaccedilatildeo permite a equipe de

Sauacutede da Estrateacutegia da Famiacutelia o planejamento de accedilotildees efetivas e eficazes nas

principais causas de adoecimento de uma comunidade aleacutem de organizar de

maneira ordenada o atendimento da demanda e rotina dos serviccedilos ofertados na

Unidade Baacutesica de Sauacutede Backes et al (2012)

O tema dengue tem relevacircncia por ser a mais importante arbovirose que

atinge o ser humano na atualidade trazendo um enorme prejuiacutezo socioeconocircmico

para toda sociedade

Segundo Figueiredo et al (1992) a dengue eacute uma doenccedila com alta

morbidade e pode evoluir para um quadro grave de hemorragia podendo levar ao

oacutebito Ainda conforme Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2009) em oito paiacuteses do

continente americano e asiaacutetico incluindo o Brasil em 2009 foram gastos U$ 18

bilhotildees somente com despesas ambulatoriais e hospitalares sem contar os recursos

despendidos para vigilacircncia epidemioloacutegica

Em Divinoacutepolis em 2014 foram notificados 4680 notificaccedilotildees e 4139 casos

confirmados e os demais aguardando confirmaccedilatildeo segundo a Secretaria Municipal

de Sauacutede

Ainda outro ponto muito importante eacute que as pessoas acreditam que o

problema eacute sempre do outro conforme salientam Valente et al (2012) que a culpa

dos casos de dengue eacute do vizinho sendo assim ele natildeo se preocupa com a sua

residecircncia Neste mesmo sentido Giratildeo et al (2012) afirmam que devido agrave

adaptaccedilatildeo do vetor as aacutereas domiciliares e peridomiciliares o controle da doenccedila

sem a participaccedilatildeo da populaccedilatildeo estaacute fadado ao fracasso As accedilotildees educaccedilatildeo em

sauacutede satildeo uma ferramenta essencial nessa estrateacutegia proporcionando ao cidadatildeo

uma autonomia para cuidar da sua sauacutede e da prevenccedilatildeo e eliminaccedilatildeo do vetor

Portanto uma proposta de intervenccedilatildeo que enfatize esta participaccedilatildeo da

comunidade conhecendo suas potencialidades e suas necessidades justifica a

realizaccedilatildeo deste trabalho

22

3 OBJETIVOS

31 Objetivo Geral

Elaborar um plano de accedilatildeo com ecircnfase em educaccedilatildeo e sauacutede com vistas agrave

reduccedilatildeo do nuacutemero de casos de dengue no municiacutepio de Divinoacutepolis e

especificamente na aacuterea de abrangecircncia da Unidade de Sauacutede Santos

Dumont

32 Objetivos Especiacuteficos

Organizar um grupo comunitaacuterio de controle e combate ao mosquito

Aedes Aegypti

Despertar na comunidade adscrita da Unidade de Sauacutede Santos Dumont uma

visatildeo criacutetica sobre os novos processos de sauacutede e doenccedila com a priorizaccedilatildeo

de accedilotildees educativas

Descrever os passos de uma proposta de intervenccedilatildeo e acompanhamento de

resultados com ecircnfase em educaccedilatildeo e sauacutede com vista na reduccedilatildeo dos focos

do vetor transmissor da dengue

23

4 BASES CONCEITUAIS

41 Aspectos Gerais da Doenccedila

A dengue eacute atualmente a mais importante arbovirose que acomete o ser

humano no continente americano distribuiacuteda segundo Ferreira et al (2009) desde o

Uruguai ateacute a costa sul dos Estados Unidos abrangendo principalmente Venezuela

Cuba Brasil e Paraguai contaminando cerca de mais de 3 bilhotildees de pessoas em

todo mundo

Segundo Penna (2003) embora o vetor Aedes Aegypti natildeo seja natural das

Ameacutericas encontrou aqui um ambiente favoraacutevel agrave sua multiplicaccedilatildeo Introduzido no

Brasil possivelmente pela Aacutefrica em meados do seacuteculo XIX invadiu o paiacutes e se

expandiu para todo o territoacuterio nacional

Segundo Penna (2003) o vetor chegou a ser erradicado de 1967 a 1973 pelo

meacutetodo de aplicaccedilatildeo de inseticida de accedilatildeo residual que prevalecia por ateacute seis

meses a aplicaccedilatildeo se deu em depoacutesitos que continham ou natildeo aacutegua parada e

tambeacutem ateacute um metro dos potenciais focos do mosquito Atualmente com os

grandes aglomerados urbanos e com a infestaccedilatildeo em todo continente americano a

erradicaccedilatildeo do mosquito natildeo eacute mais viaacutevel por isso o Ministeacuterio da Sauacutede em

parceria com Organizaccedilatildeo Pan-americana da Sauacutede (OPAS) aderiu o ldquoPlano de

Intensificaccedilatildeo das Accedilotildees de Controle da Denguerdquo (PIACD) que trabalha com a

universalidade regional sincronicidade e continuidade das accedilotildees e natildeo na

erradicaccedilatildeo (FERREIRA et al 2009 p 963)

Valente et al (2012) Giratildeo et al (2014) salientam que eacute de fundamental

importacircncia entender que as atuais estrateacutegias de controle vetorial onde haacute

responsabilizaccedilatildeo dos cidadatildeos e eliminaccedilatildeo focal parecem natildeo ter mais efeito

efetivo no combate ao mosquito Aedes Aegypti Diante das seguidas epidemias haacute

necessidade de uma abordagem mais ampla do problema com a participaccedilatildeo efetiva

de toda populaccedilatildeo e de todos os setores da sociedade ldquoenfocando a determinaccedilatildeo

social do processo sauacutede-doenccedila e a transdisciplinalidade das accedilotildeesrdquo (VALENTE et

al 2012 p 2988)

No Brasil segundo Ferreira et al (2009) as condiccedilotildees socioambientais a

falta de saneamento a ausecircncia da coleta seletiva de lixo a maacute distribuiccedilatildeo de

24

renda e a baixa escolaridade criaram um ambiente muito favoraacutevel agrave multiplicaccedilatildeo

do vetor Aedes Aegypti

42 Etiologia

Segundo Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2002) a Dengue eacute uma doenccedila febril

que em sua forma claacutessica apresenta como sinais cliacutenicos dores musculares e nas

articulaccedilotildees cefaleia e dor retro-orbitaacuteria vocircmitos e diarreia Para Almeida et al

(2008) a dengue eacute uma doenccedila de curso que varia de forma benigna a grave pode

apresentar a forma claacutessica a forma hemorraacutegica e o choque sendo que esta uacuteltima

pode levar ao oacutebito

No Brasil segundo a Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz (BRASIL 2008) satildeo

encontrados dois vetores da doenccedila o Aedes aegypti e Aedes albopictus A

transmissatildeo ocorre quando uma fecircmea do inseto pica uma pessoa portadora do

viacuterus e esta passa por periacuteodo de incubaccedilatildeo e logo apoacutes 10 a 14 dias a fecircmea estaacute

apta a transmitir o viacuterus por toda vida em meacutedia vive em torno de 35 a 40 dias

43 Aspectos Epidemioloacutegicos

Segundo Gonccedilalves Neto et al (2006) a dengue eacute considerada como a mais

importante arbovirose transmitida por insetos das uacuteltimas deacutecadas atinge a cada

ano um maior contingente de pessoas com o vetor aparecendo em mais de 100

paiacuteses de clima tropical e subtropical

Em face dessa realidade Ferreira Veras e Silva (2009) salientam que as

sucessivas epidemias de dengue no mundo especialmente no Brasil tecircm

mobilizado e preocupado autoridades e a populaccedilatildeo em geral No estado de Satildeo

Paulo houve um grande aumento dos quadros de dengue hemorraacutegica Cerca de

80 dos municiacutepios paulistas estatildeo totalmente infestados pelo mosquito aedes

aegypti Os motivos pelo quais a sua populaccedilatildeo aumenta significativamente

pontuam os autores satildeo a dificuldade em utilizaccedilatildeo de inseticidas a contrataccedilatildeo de

matildeo de obra qualificada a precaacuteria coleta de lixo especialmente nas grandes

cidades e nas suas regiotildees perifeacutericas aleacutem de fatores como o clima criando o

ambiente cada vez mais favoraacutevel agrave reproduccedilatildeo do mosquito

25

Segundo Mayo et al (2011) em estudo semelhante salienta que a

populaccedilatildeo brasileira vem sofrendo com seguidas epidemias de dengue haacute mais de

duas deacutecadas os autores seguem chamando a atenccedilatildeo para o progressivo aumento

de nuacutemero de casos com complicaccedilotildees seguindo a mesma loacutegica um nuacutemero

maior de municiacutepios vem sofrendo com o aparecimento e o aumento de casos de

dengue hemorraacutegica e o aumento dos oacutebitos por complicaccedilotildees da dengue

Havendo a predominacircncia de tais caracteriacutesticas a dengue tem levado ao alto

nuacutemero de oacutebitos Segundo Figueiroacute et al (2011) isso estaacute associado ainda agrave

imensa massa da populaccedilatildeo exposta Contudo salientam os autores que a doenccedila

tem se tornado um dos problemas de sauacutede reemergentes mais importantes da

histoacuteria Estima-se que 25 bilhotildees de pessoas estatildeo em risco de contrair a doenccedila

ainda que por ano satildeo 50 milhotildees de novos casos Destes cerca 550 mil necessitam

de hospitalizaccedilatildeo e pelo menos 20 mil evoluem para oacutebito Dados epidemioloacutegicos

do Ministeacuterio da Sauacutede tem apontado segundo Figueiro et al (2011) um crescente

aumento dos casos de Febre Hemorraacutegica por Dengue (FHD) e em uma deacutecada a

taxa de letalidade atingiu 68 destacando-se a regiatildeo nordeste com maior iacutendice

de casos entre 1981 a 2007

Contudo salientam Giratildeo et al (2014) que devido agrave adaptaccedilatildeo muito

acentuada do vetor nos peridomiciacutelios e domiciacutelios corroborando estudos da

Secretaria Municipal de Sauacutede de Divinoacutepolis (2014) apontaram que 9415 dos

focos de dengue estatildeo dentro das residecircncias sendo assim a participaccedilatildeo do

cidadatildeo no controle eacute de suma importacircncia no controle da doenccedila

Segundo dados do Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2014) em Minas Gerais a

taxa de incidecircncia da doenccedila foi de foi 2856 casos para cada 100000 habitantes

os 45 oacutebitos indicam um aumento de 3333 casos fatais em relaccedilatildeo a 2013 que

teve um nuacutemero de casos maior Quanto ao tipo de viacuterus circulante verificou-se a

incidecircncia de DENV1 (882) seguido de DENV4 (115) DENV3 (03) e DENV2

(00)

Para implantar as accedilotildees de vigilacircncia em sauacutede o Ministeacuterio da Sauacutede

(BRASIL 2014) por meio da Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede repassou para os

estados e municiacutepios 30 do valor a ser gasto em todo ano de 2014 cerca de R$

3634 milhotildees No mecircs de dezembro de 2013 a fim de intensificar as accedilotildees de

combate agrave dengue no periacuteodo de maior incidecircncia foram fornecidos 100 mil kg de

larvicidas 227 mil litros de adulticida e 104 mil kits para diagnoacutestico

26

Segundo a Secretaria Municipal de Sauacutede (DIVINOacutePOLIS 2014) haacute em

atividade 94 agentes de sauacutede puacuteblicos efetivos e 14 contratados sendo a cidade eacute

dividida em setores De acordo com levantamento raacutepido do iacutendice de infestaccedilatildeo do

aedes aegypti realizado em marccedilo de 2014 obteve-se um percentual de infestaccedilatildeo

do mosquito de 37 nos domiciacutelios visitados em Divinoacutepolis que representam risco

meacutedio para epidemia Em outubro de 2014 o novo levantamento raacutepido do iacutendice de

infestaccedilatildeo apresentou um iacutendice de 09 preocupante visto que o valor muito estaacute

muito proacuteximo do tolerado pela Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede que eacute de 1 Aleacutem

disso as condiccedilotildees climaacuteticas nesse periacuteodo natildeo favorecem a proliferaccedilatildeo do

mosquito por isso pode-se considerar esse valor alto

Em face dos dados apresentados conforme afirmam Ferreira Veras e Silva

(2009) para o controle da dengue a participaccedilatildeo popular eacute indiscutivelmente

essencial visto que o vetor habita os domiciacutelios sendo assim todos tem condiccedilotildees

de colaborar fiscalizando suas moradias O PNCD destaca as accedilotildees educativas

como forma de preparar a comunidade para adoccedilatildeo de comportamentos que

protejam a sauacutede coletiva Ainda segundo os autores durante as epidemias haacute todo

um clamor da miacutedia e do poder puacuteblico no sentido de mobilizar a comunidade para o

controle da doenccedila poreacutem nos periacuteodos de menor incidecircncia esse apelo perde a

intensidade o tema acaba no esquecimento sendo apresentado somente no

proacuteximo periacuteodo de infestaccedilatildeo e transmissatildeo da doenccedila

Ferreira Veras e Silva (2009) em anaacutelise do iacutendice de participaccedilatildeo da

populaccedilatildeo de 16 municiacutepios paulistas detectaram que em mais da metade destes

municiacutepios a participaccedilatildeo era muito baixa em consequecircncia o nuacutemero de pessoas

que contraiacuteram a doenccedila era maior onde haacute menos participaccedilatildeo popular

A educaccedilatildeo permanente segundo Ribeiro Sousa e Arauacutejo (2007) visa

acelerar o processo de adesatildeo da populaccedilatildeo agraves medidas preventivas abordando as

questotildees que envolvem condiccedilotildees de sauacutede moradia saneamento baacutesico indo

aleacutem de accedilotildees pontuais e campanhistas que perdem forccedila nos periacuteodos de baixa

notificaccedilatildeo de casos Eacute preciso buscar parceiros na sociedade civil como nos meios

de comunicaccedilatildeo para divulgaccedilatildeo do enfrentamento da doenccedila o ano inteiro

27

44 Medidas Educativas

Giratildeo et al (2014) destacam que somente com a educaccedilatildeo em sauacutede eacute que

se pode despertar na comunidade uma autonomia para que a populaccedilatildeo se sinta

como uma parte do processo que passa pela prevenccedilatildeo cujo controle depende da

eliminaccedilatildeo dos focos do mosquito dentro dos domiciacutelios

Neste sentido Alves (2005) afirma que a educaccedilatildeo em sauacutede eacute uma

ferramenta capaz de produzir intermediada pelos profissionais de sauacutede uma

compreensatildeo nova do processo sauacutede doenccedila oferecendo agrave populaccedilatildeo subsiacutedios

para adoccedilatildeo de novos haacutebitos de vida com ecircnfase na promoccedilatildeo e prevenccedilatildeo de

situaccedilotildees que podem trazer prejuiacutezos agrave sua sauacutede

Segundo Figueiroacute et al (2011) a doenccedila atinge a cada ano um maior

contingente de pessoas Nesse sentido priorizando a reduccedilatildeo dos casos de dengue

e dengue grave o Ministeacuterio da Sauacutede implantou no paiacutes o Plano Nacional de

Controle da Dengue ndash PNCD O programa eacute gerido de forma tripartite ou seja com

a participaccedilatildeo das trecircs esferas de governos uniatildeo estados e municiacutepios

ldquocompreendendo accedilotildees operacionais de vigilacircncia integrada entomoloacutegica e sobre o

meio ambiente de assistecircncia aos pacientes de educaccedilatildeo em sauacutede comunicaccedilatildeo

e mobilizaccedilatildeo socialrdquo (FIGUEIROacute et al 2011 p 2374) O PNCD compreende ainda

o controle e avaliaccedilatildeo dos agentes comunitaacuterios de sauacutede - ACS entretanto

segundo dados epidemioloacutegicos haacute uma grande dificuldade na realizaccedilatildeo das accedilotildees

e no alcance dos resultados esperados devido agrave baixa participaccedilatildeo da populaccedilatildeo

Para Ferreira Veras e Silva (2009) de acordo com a OPAS uma das maiores

dificuldades das autoridades de sauacutede em articulaccedilatildeo das accedilotildees eacute a parceria com a

comunidade o PNCD tem como um dos eixos a participaccedilatildeo comunitaacuteria para

reduccedilatildeo dos criadouros domiciliares Segundo Ferreira Veras e Silva (2009) a

participaccedilatildeo popular no combate eacute fundamental e defendida pelos organismos

nacionais e internacionais Pode estar inserida a capacitaccedilatildeo da populaccedilatildeo na

promoccedilatildeo e prevenccedilatildeo com o objetivo da melhoria da comunidade tanto na sauacutede

individual quanto coletiva favorecendo a construccedilatildeo de um modelo de sauacutede

compartilhada No controle das epidemias especialmente da dengue cujo vetor vive

na maioria das vezes nas casas das pessoas o PNDC visa o desenvolvimento de

accedilotildees educativas que tem como objetivo a mudanccedila de comportamento das

pessoas na manutenccedilatildeo de um ambiente de vida saudaacutevel Contudo a criteriosa

28

tarefa de evitar epidemias vai muito aleacutem do setor de sauacutede consistem em um

conjunto de accedilotildees poliacuteticas teacutecnicas e sociais que inclui prioritariamente a

participaccedilatildeo popular aliada agrave vigilacircncia epidemioloacutegica

Segundo Gonccedilalves Neto et al (2006) as condiccedilotildees sanitaacuterias prejudicadas

ausecircncia de coleta seletiva de lixo ausecircncia de saneamento baacutesico e um

crescimento desordenado em aacutereas tropicais propiciou raacutepida adaptaccedilatildeo do vetor

nas residecircncias levando o aedes aegpyti aproveitar se dos criadouros

providenciados pelo proacuteprio homem para aumentar sua populaccedilatildeo Contudo salienta

o autor praticamente impossiacutevel desenvolver um trabalho de controle do vetor sem a

participaccedilatildeo da comunidade

Tais afirmaccedilotildees explicam a situaccedilatildeo da populaccedilatildeo adscrita da UBS Santos

Dumont onde ocorreu uma grande expansatildeo de domiciacutelios sem um planejamento

adequado deixando um grande nuacutemero de terrenos baldios uma ocupaccedilatildeo sem a

infraestrutura necessaacuteria falta da coleta seletiva de lixo saneamento baacutesico e

pavimentaccedilatildeo Soma-se a isso a deficiecircncia do Estado em garantir uma coleta de

lixo eficiente deixando margem para a proliferaccedilatildeo da doenccedila

Segundo Almeida et al (2008) a adaptaccedilatildeo do mosquito aedes aegypti cuja

sobrevivecircncia depende de aacutegua parada ocorre principalmente nas aacutereas urbanas

em domiciacutelios e peridomiciacutelios Contudo o vetor eacute muito sensiacutevel agraves condiccedilotildees

ambientais poreacutem seus ovos resistem a longos periacuteodos de dissecaccedilatildeo o que

garante a perpetuaccedilatildeo da espeacutecie Com haacutebito diurno preferencialmente tem uma

especial atraccedilatildeo pelo sangue humano seu deslocamento eacute em meacutedia durante um

voo em condiccedilotildees normais de ambiente sem a interferecircncia de vento de cinquenta

metros portanto sua caracteriacutestica de habitar os domiciacutelios e peridomiciacutelios

permanecendo proacuteximo ao local de ldquopastordquo e postura dos ovos

Segundo Almeida et al (2008) com a ausecircncia de uma vacina eficaz capaz

de evitar a doenccedila a principal profilaxia tem sido o controle vetorial por meio de

identificaccedilatildeo dos focos e aplicaccedilatildeo de inseticidas de accedilatildeo residual para eliminaccedilatildeo

das larvas ou seja o combate focal

Contudo afirmam Almeida et al (2008) o conhecimento do dinamismo do

periacuteodo de maior transmissibilidade e latecircncia tem permitido a organizaccedilatildeo de accedilotildees

mais ou menos acentuadas dependendo do momento da epidemia e das condiccedilotildees

climaacuteticas A presenccedila do vetor em variadas partes das cidades jaacute foi identificada por

meio de estudos o que comprova que a doenccedila natildeo atinge somente uma classe

29

social Quanto agrave diminuiccedilatildeo dos casos dentro de um contexto epidemioloacutegico trecircs

fatores tecircm um papel muito importante as condiccedilotildees climaacuteticas desfavoraacuteveis agrave

viabilidade do vetor esgotamento de hospedeiros susceptiacuteveis e o controle quiacutemico

do vetor

45 Controle

Segundo Mayo et al (2011) existem duas formas de atuaccedilatildeo no controle da

doenccedila o bloqueio e o controle de criadouros Estas medidas tecircm por objetivo a

reduccedilatildeo dos criadouros na aacuterea de atuaccedilatildeo dos agentes de sauacutede o controle por

bloqueio e nebulizaccedilatildeo ocorre agrave aplicaccedilatildeo de inseticida com aplicadores Ultra Baixo

Volume - UBV A atuaccedilatildeo nesse tipo de trabalho em relaccedilatildeo ao feito pelo municiacutepio

diz respeito agrave qualidade do serviccedilo realizado bem como a agilidade na realizaccedilatildeo da

tarefa e o grande alcance da aacuterea coberta e o tipo de equipamento empregado

Para realizaccedilatildeo das tarefas o meacutetodo segue o preconizado pelo PNCD divide

as cidades em aacutereas setores e quarteirotildees Segundo Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL

2001) o bloqueio consiste em parar a transmissatildeo da dengue em municiacutepios com

epidemia instalada e tem como objetivo ainda a identificaccedilatildeo do sorotipo de viacuterus

circulante a aplicaccedilatildeo do UBV sem prejuiacutezo do controle larvaacuterio Quanto agrave

delimitaccedilatildeo de um foco isolado nos casos onde natildeo haacute infestaccedilatildeo deveratildeo ser

tratados todos os imoacuteveis no raio de 300 metros do entorno do local

Na fase de ataque segundo Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2001) deveraacute ser

tratado 100 dos imoacuteveis aleacutem de pontos estrateacutegicos terrenos baldios das zonas

infestadas e todos os potenciais focos devem ser eliminados Na fase de

consolidaccedilatildeo o objetivo eacute a erradicaccedilatildeo do mosquito satildeo desenvolvidas vaacuterias

accedilotildees semelhantes agrave fase de ataque com exceccedilatildeo do tratamento de focos Na fase

de manutenccedilatildeo satildeo visitadas todas as aacutereas positivas e negativas mesmo onde o

vetor foi erradicado as medidas satildeo o uso de armadilhas de oviposiccedilatildeo e inspeccedilotildees

de pontos estrateacutegicos

46 Atuaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Baacutesica no Controle da Dengue

As atividades de controle devem ter uma sinergia com todos os setores

envolvidos no tocante a vigilacircncia epidemioloacutegica haacute necessidade de manter a

30

vistoria em imoacuteveis terrenos depoacutesitos oficinas entre outros locais Teixeira et al

(2010) verificaram que os domiciacutelios com terrenos baldios no entorno apresentaram

maior concentraccedilatildeo da doenccedila

Lima e Vilasboas (2011) salientam que a sauacutede eacute um direito e a maneira que

o Estado tem de garantir esse direito eacute por meio de poliacuteticas puacuteblicas de proteccedilatildeo

prevenccedilatildeo e recuperaccedilatildeo de agravos a simples ausecircncia de doenccedila natildeo pode ser

considerada um conceito de sauacutede visto que as condiccedilotildees sociais de saneamento

baacutesico meio ambiente educaccedilatildeo moradia e renda satildeo fatores determinantes no

processo de adoecimento de um povo A sauacutede deve ser pensada no contexto

ampliado com integraccedilatildeo formando uma rede interssetorial na perspectiva de troca

de ajuda muacutetua na troca de experiecircncias com uma construccedilatildeo muacutetua de saberes

facilitando a resoluccedilatildeo dos problemas enfrentados

Para Lima e Vilasboas (2011) a interssetorialidade pode ser um facilitador

para construccedilatildeo de um sistema de sauacutede efetivo contudo aliado a poliacuteticas puacuteblicas

que possam contribuir para ganho na melhoria da qualidade de vida das pessoas A

interssetorialidade extrapola os limites do poder estatal e envolve a sociedade nas

decisotildees poliacuteticas evita a subordinaccedilatildeo de um setor a outro e diminui as resistecircncias

de alguns membros

Segundo Lefegravevre et al (2007) a populaccedilatildeo tem informaccedilotildees sobre a doenccedila

e do ciclo de vida do transmissor poreacutem esse conhecimento ainda natildeo eacute capaz de

produzir nas pessoas atitudes e comportamento para impedir ou reduzir os

criadouros do mosquito A probabilidade eacute que esse conhecimento vindo de origem

externa fragmentado ou pouco organizado configure um conflito entre o saber

sanitaacuterio e o senso comum Ainda segundo o autor o programa educativo tem sido

aplicado haacute muitos anos mas ateacute hoje ainda natildeo obteve o resultado esperado

contudo haacute necessidade de aprofundar neste contexto para identificar onde estatildeo as

falhas para que possa realmente ter uma populaccedilatildeo engajada no controle do vetor

Para a populaccedilatildeo segundo Lefegravevre et al (2007) haacute uma relaccedilatildeo entre sujo

que seria a doenccedila e limpo que seria a sauacutede levando a ideacuteia equivocada que o lixo

eacute o uacutenico meio de procriaccedilatildeo do mosquito Neste sentido haacute uma sinalizaccedilatildeo para

que o poder puacuteblico perceba a necessidade de informar educar e comunicar

Informar no que diz respeito aos constantes dados epidemioloacutegicos sobre a doenccedila

no Paiacutes no Estado e na sua Comunidade no sentido de incentivar a participaccedilatildeo

popular no controle da doenccedila Educar esclarecendo a forma de transmissibilidade

31

da doenccedila estabelecendo um diaacutelogo de faacutecil entendimento na loacutegica sanitaacuteria sem

confrontar o senso comum buscando construir um relacionamento entre o teacutecnico e

o cidadatildeo e agrave adoccedilatildeo de alternativas na reduccedilatildeo das viacutetimas da dengue

Neste sentido a ESF tem papel fundamental no desenvolvimento de accedilotildees de

prevenccedilatildeo e controle da dengue considerando a relaccedilatildeo de confianccedila que a

populaccedilatildeo manteacutem com a equipe de sauacutede da famiacutelia possibilitando o contato com

o ambiente domeacutestico por meio dos ACSs promovendo um ambiente seguro e livre

do Aedes aegypti (BRASIL 2002) A ESF pode ainda promover accedilotildees educativas

com a populaccedilatildeo mobilizando-a para adotar accedilotildees preventivas realizando tambeacutem a

notificaccedilatildeo imediata dos casos suspeitos possibilitando as medidas tratamento

adequado agraves situaccedilotildees de dengue claacutessica e dengue grave reduzindo os casos

letais e possibilitando o bloqueio dos focos pela vigilacircncia epidemioloacutegica

32

5 PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO

O diagnoacutestico situacional foi realizado com base nas informaccedilotildees contidas em

dados oficiais do IBGE do Sistema Integrado de Sauacutede e embasado no relato dos

problemas levantados pela Equipe de Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia da UBS

Santos Dumont

Foi utilizado o Planejamento Estrateacutegico Situacional ndash PES como referecircncia

para a proposta de intervenccedilatildeo Este meacutetodo possibilita que os atores atraveacutes de

sua proacutepria visatildeo identifiquem as causas possiacuteveis dos problemas como nascem e

se desenvolvem A partir deste ponto de vista podem propor soluccedilotildees para atacar

suas causas e a viabilidade destas soluccedilotildees (CAMPOS FARIA SANTOS 2010)

Assim a partir do diagnoacutestico situacional os 10 passos segundo os autores

mencionados e suas atividades satildeo descritas a seguir

51 Primeiro Passo Definiccedilatildeo dos Problemas

Hipertensatildeo Arterial

Diabetes

Drogas

Gravidez na Adolescecircncia

Dengue

Transtorno Depressivo

Doenccedilas Sexualmente Transmissiacuteveis AIDS

Falta de Saneamento Baacutesico

52 Segundo Passo Priorizaccedilatildeo dos Problemas

Dengue

Falta de Saneamento Baacutesico

53 Terceiro Passo Descriccedilatildeo do Problema Selecionado

Segundo o Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2002) o nosso paiacutes eacute

predominantemente de clima tropical e este eacute um ambiente favoraacutevel agrave proliferaccedilatildeo

do mosquito aedes aegypti principal transmissor da dengue em nosso continente A

33

doenccedila eacute a uma arbovirose transmitida por um artroacutepode que pode apresentar-se

de forma benigna claacutessica ou grave na forma de febre hemorraacutegica

Durante o ano de 2014 segundo o Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2014) mais

meio milhatildeo de casos da doenccedila (591080) 528 soacute na regiatildeo Sudeste em Minas

Gerais foram 59222 com 45 oacutebitos confirmados em Divinoacutepolis segundo a

Secretaria Municipal de Sauacutede (2014) ocorreram 4680 notificaccedilotildees de casos da

doenccedila e confirmados 4139 casos de dengue com 06 oacutebitos sendo que os bairros

Nossa Senhora das Graccedilas Centro Satildeo Joseacute Interlagos Niteroacutei Porto Velho

Planalto Santos Dumont Belvedere e Bom Pastor foram responsaacuteveis por 3027

dos casos de dengue da cidade

Ferreira et al (2009) Lima e Vilasboas (2011) chamam a atenccedilatildeo para a falta

de saneamento baacutesico como um fator agravante que pode elevar a multiplicaccedilatildeo do

vetor da doenccedila Para Gonccedilalves Neto et al (2006) as condiccedilotildees sanitaacuterias

prejudicadas o crescimento desordenado levaram agrave raacutepida adaptaccedilatildeo do vetor agraves

residecircncias causando a disseminaccedilatildeo do viacuterus Tais situaccedilotildees satildeo rotineiras na

populaccedilatildeo adscrita da UBS Santos Dumont

54 Quarto passo Explicaccedilatildeo do Problema

A explicaccedilatildeo para o problema selecionado foi qualificado do ponto de vista

social coletivo e individual

Niacutevel Social Refere-se agrave ausecircncia de poliacuteticas puacuteblicas para melhoria de qualidade

de vida da populaccedilatildeo que convive com a ausecircncia de saneamento baacutesico esgoto a

ceacuteu aberto falta de coleta seletiva e lixo acumulado nas ruas e terrenos baldios

Niacutevel Coletivo Falta de consciecircncia da gravidade da doenccedila que pode acometer a

qualquer pessoa e todas as faixas etaacuterias falta de colaboraccedilatildeo entre os vizinhos que

sempre potildeem a culpa das maacutes condiccedilotildees uns nos outros mas ningueacutem assume a

responsabilidade pelo seu quintal

Niacutevel Individual Falta de compromisso pois segundo dados da SEMUSA

(DIVINOacutePOLIS 2014) 9415 dos focos de Dengue estatildeo dentro das residecircncias

esses focos foram identificados em vasilhas de aacutegua para cachorro galinha calhas

mal projetadas e caixas drsquoaacutegua sem tampa

55 Quinto Passo Seleccedilatildeo dos ldquoNoacutes Criacuteticosrdquo

34

Foram selecionados os seguintes ldquonoacutes criacuteticosrdquo que podem ter relaccedilatildeo direta com o

alto nuacutemero de casos de dengue

Lixo nas ruas falta de conscientizaccedilatildeo da populaccedilatildeo para evitar descarte

incorreto de lixo nas ruas e terrenos baldios

Responsabilizaccedilatildeo do outro falta agrave comunidade assumir que o problema da

dengue natildeo eacute do meu vizinho mas eacute de todos

Lotes sujos falta cobranccedila por parte do poder puacuteblico aos proprietaacuterios de

terrenos vazios que mantenham os lotes limpos e conservados

56 Sexto Passo Desenho de Operaccedilotildees para os ldquoNoacutes Criacuteticosrdquo do Problema

Como soluccedilatildeo dos ldquonoacutes criacuteticosrdquo foram apresentadas as seguintes propostas

contidas no Quadro 6 a seguir

Quadro 6 ndash Desenho das Operaccedilotildees para os Noacutes Criacuteticos Selecionados

ldquoNoacute

Criacuteticordquo

Operaccedilatildeo

Projeto

Resultados

Esperados

Produtos

Esperados

Recursos

Necessaacuterios

Lixo nas ruas Reeducaccedilatildeo conscientizaccedilatildeo ambiental

Ausecircncia de lixo nas ruas e lotes vazios

Bairro limpo sem dengue

Datashow e computador

Responsabiliza ccedilatildeo do outro

Conscientizaccedilatildeo

sobre sauacutede

coletiva

Que todos

unidos com

objetivo de

diminuir os

casos de

dengue

Reduccedilatildeo da

doenccedila

Datashow e computador Panfletos informativos

Lotes sujos Limpeza de

lotes e terrenos

Lotes limpos

e sem focos

da dengue

Diminuiccedilatildeo

do nuacutemero do

mosquito

transmissor

da dengue

Palestras sobre

conservaccedilatildeo

dos terrenos e

lotes vazios

Fiscalizaccedilatildeo da

prefeitura

57 Seacutetimo Passo Identificaccedilatildeo dos Recursos Criacuteticos

35

Para iniacutecio das operaccedilotildees foram apresentados os recursos necessaacuterios e

indispensaacuteveis para o sucesso do processo

Quadro 7 ndash Identificaccedilatildeo dos Recursos Criacuteticos

Operaccedilatildeo

Projeto

Recursos Criacuteticos

Controle dos recursos criacuteticos

Accedilatildeo estrateacutegica

Ator que controla

Motivaccedilatildeo

ldquoMutiratildeo da

limpezardquo

realizar um dia

por mecircs para

limpeza em

parceria com a

populaccedilatildeo

Poliacutetico Veiculo e pessoal para limpeza das ruas

Empresa Municipal de Obras Puacuteblicas

Evitar que lixo se acumule nas ruas

Criaccedilatildeo do dia da limpeza e apresentaccedilatildeo da administraccedilatildeo para apreciaccedilatildeo

ldquoFora Denguerdquo Intensificaccedilatildeo das accedilotildees educativas nas escolas e nos grupos e associaccedilatildeo de bairro

Poliacutetico Articulaccedilatildeo interssetorial Financeiro Disponibilizaccedilatildeo de material informativo

Secretaria Municipal de Sauacutede Secretaria Municipal de Educaccedilatildeo Associaccedilatildeo de bairros

Despertar na comunidade a consciecircncia de sauacutede coletiva

Despertar nos discentes e na comunidade o desejo de erradicar os focos da dengue

ldquoMapeamento

dos lotes sujosrdquo

Realizar o

mapeamento

dos terrenos

sujos

Poliacutetico Notificar os

proprietaacuterios para limpeza do

terreno Financeiro

Recurso para impressatildeo das

notificaccedilotildees

Secretaria Municipal de

Sauacutede

Evitar que as pessoas joguem lixo e entulho em lotes vagos

Conservaccedilatildeo e limpeza dos lotes vazios

58 Oitavo Passo Anaacutelise de Viabilidade do Plano

A proposta a seguir (Quadro 3) apresenta a motivaccedilatildeo para a viabilidade do plano

visto que alguns dos recursos necessaacuterios fogem agrave governabilidade da ESF

36

Quadro 8 ndash Viabilidade do Plano

Operaccedilatildeo

Projeto

Recursos Criacuteticos

Controle dos recursos criacuteticos

Accedilatildeo estrateacutegica

Ator que controla

Motivaccedilatildeo

ldquoMutiratildeo da

limpezardquo

realizar um dia

por mecircs para

limpeza em

parceria com a

populaccedilatildeo

Poliacutetico Veiculo e pessoal para limpeza das ruas

Empresa Municipal de Obras Puacuteblicas

Favoraacutevel Criaccedilatildeo do dia da limpeza e apresentaccedilatildeo agrave administraccedilatildeo para apreciaccedilatildeo

ldquoFora Denguerdquo Intensificaccedilatildeo das accedilotildees educativas nas escolas e nos grupos e associaccedilatildeo de bairro

Poliacutetico Articulaccedilatildeo interssetorial Financeiro Disponibilizaccedilatildeo de material informativo

Secretaria Municipal de Sauacutede Secretaria Municipal de Educaccedilatildeo Associaccedilatildeo de bairros

Favoraacutevel

Despertar nos escolares e na comunidade o desejo de erradicar os focos da dengue

ldquoMapeamento

dos lotes sujosrdquo

Realizar o

mapeamento

dos terrenos

sujos

Poliacutetico Notificar os

proprietaacuterios para limpeza do

terreno Financeiro

Recurso para impressatildeo das

notificaccedilotildees

Secretaria Municipal de

Sauacutede

Indiferente

Conservaccedilatildeo e limpeza dos lotes vazios

37

59 Nono Passo Elaboraccedilatildeo do Plano Operativo

A proposta a seguir no Quadro 9 identifica os atores envolvidos lhes atribuiacutedo

responsabilidades e prazos a cumprir

Quadro 9 ndash Plano Operativo

Operaccedilotildees Resultados Accedilotildees Estrateacutegicas

Responsaacutevel Prazo

ldquoMutiratildeo da limpezardquo realizar um dia por mecircs para limpeza em parceria com a populaccedilatildeo

Limpeza das ruas

e quintais

Coleta de lixo

das ruas Incentivo a limpeza de

lotes e quintais

Equipe de ACS

Durante todo ano

ldquoFora Denguerdquo Intensificaccedilatildeo das accedilotildees educativas nas escolas e nos grupos e associaccedilatildeo de bairro

Uma comunidade

consciente das suas

responsabilidades

Insistir e reforccedilar com

accedilotildees educativas para que

populaccedilatildeo mantenha as ruas limpas e coloque o lixo

para ser recolhido

Enfermeiro ESF

Durante todo o ano

ldquoMapeamento dos lotes

sujosrdquo Realizar o

mapeamento dos terrenos

sujos

Identificar os focos e eliminaacute-

los

Criaccedilatildeo de um mapa onde ocorreram focos do mosquito

ACS e

Enfermeiro

Trecircs meses

510 Deacutecimo Passo Gestatildeo do Plano

Com a gestatildeo do plano eacute possiacutevel aos responsaacuteveis acompanhar e monitorar as

accedilotildees avaliando e sempre que necessaacuterio readequando as eventuais falhas do

processo

38

Quadro 10ndash Gestatildeo do Plano

Produtos Responsaacutevel Prazo Situaccedilatildeo Atual

Justificativa Novo Prazo

ldquoMutiratildeo da

limpezardquo

realizar um

dia por mecircs

para limpeza

em parceria

com a

populaccedilatildeo

Enfermeiro da ESF

Inicio imediatamente

(logo apoacutes apresentaccedilatildeo

do projeto)

ldquoFora Denguerdquo Intensificaccedilatildeo das accedilotildees educativas nas escolas e nos grupos e associaccedilatildeo de bairro

Enfermeiro Provab

Durante todo ano

ldquoMapeamento

dos lotes

sujosrdquo

Realizar o

mapeamento

dos terrenos

sujos

ECS e Equipe

de Epidemiologia

Um mecircs para

inicio das atividades

Aleacutem dos 10 passos do Planejamento Estrateacutegico Situacional optei por incluir outros

02 passos que tecircm a finalidade de contribuir para o processo de avaliaccedilatildeo da

Proposta de Intervenccedilatildeo Estatildeo contidos nos itens 511 e 512 a seguir

511 Avaliaccedilatildeo dos Resultados

O instrumento para avaliaccedilatildeo seraacute o Sistema de Informaccedilotildees de Agravos de

Notificaccedilatildeo ndash SINAN

ldquoque tem por objetivo o registro e processamento dos dados sobre agravos

de notificaccedilatildeo em todo o territoacuterio nacional fornecendo informaccedilotildees para

anaacutelise do perfil da morbidade e contribuindo desta forma para a tomada

de decisotildees em niacutevel municipal estadual e federalrdquo (IBGE 2014)

39

Segundo Moraes e Duarte (2009) o SINAN tem sido principal fonte de dados

para coordenaccedilatildeo das accedilotildees de vigilacircncia epidemioloacutegica tanto no sentido de

controle da doenccedila quando como fonte de pesquisa

512 Resultados Eesperados

O resultado esperado eacute

Estabelecer a construccedilatildeo de conhecimento que favoreccedila o autocuidado e a

capacidade de emancipaccedilatildeo da comunidade criando um ambiente seguro com

ecircnfase na educaccedilatildeo e sauacutede com vistas agrave reduccedilatildeo dos casos de dengue na

populaccedilatildeo adscrita da UBS Santos Dumont

40

6 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

O Programa de Valorizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Baacutesica (PROVAB) abriu muitos

caminhos para um horizonte promissor no desenvolvimento da promoccedilatildeo da sauacutede

e da prevenccedilatildeo no campo de atuaccedilatildeo do Programa Sauacutede na Escola criando um

viacutenculo de amizade e confianccedila uma verdadeira parceria com os alunos essencial

na construccedilatildeo de uma sociedade consciente e capaz de cuidar da sua sauacutede de

maneira preventiva loacutegica essa defendida pelo Sistema Uacutenico de Sauacutede

Para noacutes enfermeiros eacute oportunidade de ampliar o horizonte de atuaccedilatildeo

ensinando e aprendendo com o comportamento das crianccedilas dos adolescentes e

jovens vendo de maneira impar o grande desafio da educaccedilatildeo em formar cidadatildeos

com mais sauacutede Como gratificaccedilatildeo recebemos o reconhecimento dos alunos

professores e diretores algo que fica marcado para sempre na formaccedilatildeo do

profissional os laccedilos de confianccedila amizade e reconhecimento satildeo a maior

recompensa e certeza de missatildeo cumprida

Como a Equipe de Sauacutede da Famiacutelia tem como principal objetivo trabalhar na

prevenccedilatildeo de doenccedilas e agravos criando viacutenculos com a clientela a missatildeo de

promover a emancipaccedilatildeo de seus usuaacuterios com ecircnfase no autocuidado exige de

noacutes muita articulaccedilatildeo e intensificaccedilatildeo de accedilotildees educativas Especificamente no caso

da dengue o cumprimento desta missatildeo pode evitar que as constantes epidemias

se tornem parte do cotidiano das pessoas auxiliando os moradores da comunidade

na adoccedilatildeo de medidas responsaacuteveis que visem o cuidado com a sua sauacutede e da

sauacutede da comunidade

Neste sentido a educaccedilatildeo em sauacutede desempenha um papel importante em

manter a comunidade sempre vigilante e em alerta pois o perigo eacute eminente e vive

dentro dos lares das pessoas esperando apenas o momento oportuno e condiccedilotildees

favoraacuteveis para transmitir a dengue

O trabalho dos agentes de controle de endemias e da ESF deve ser

constante focado na eliminaccedilatildeo dos criadouros do mosquito transmissor da dengue

A comunidade deve colaborar com livre acesso dos agentes agraves residecircncias na

colaboraccedilatildeo para eliminaccedilatildeo dos focos nos domiciacutelios e peridomiciacutelios e

multiplicaccedilatildeo das informaccedilotildees sobre o ciclo de vida do vetor entre os vizinhos

amigos e parentes informando que todos estatildeo expostos agrave doenccedila e a mudanccedila de

comportamento pode diminuir os riscos de contrair a dengue

41

Ao poder puacuteblico eacute necessaacuterio adotar um planejamento adequado para

garantir aos cidadatildeos a infraestrutura miacutenima necessaacuteria para viver em comunidade

serviccedilos essenciais como saneamento coleta de lixo e mobilidade que favorecem a

criaccedilatildeo de um ambiente seguro com sauacutede e qualidade de vida

42

REFEREcircNCIAS

ALMEIDA M CM et al Dinacircmica intra-urbana das epidemias de dengue em Belo Horizonte Minas Gerais Brasil 1996-2002 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2008 vol24 n10 pp 2385-2395 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv24n1019pdf Acesso em 02 de out de 2014 ALVES V S A Um modelo de educaccedilatildeo em sauacutede para o Programa Sauacutede da Famiacutelia pela integralidade da atenccedilatildeo e reorientaccedilatildeo do modelo assistencial Interface - Comunic Sauacutede Educ v9 n16 p39-52 set2004fev2005 Disponiacutevel em httpswwwnesconmedicinaufmgbrbibliotecaimagem0303pdf Acesso de jun de 2014 BACKES DS et al (2012) O papel profissional do enfermeiro no Sistema Uacutenico de Sauacutede da sauacutede comunitaacuteria agrave estrateacutegia de sauacutede da famiacutelia Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva

17(1)223-230 2012 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcscv17n1a24v17n1pdf Acesso em 12 de jan 2015 BRASIL Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sauacutede Consulta Estabelecimento - Modulo Profissional - Profissional por Estabelecimento Disponiacutevel em httpcnesdatasusgovbrMod_ProfissionalaspVCo_Unidade=3122302159651 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Cadernos de Informaccedilotildees de Sauacutede Minas Gerais DATASUS TABNET (2010) Disponiacutevel em httptabnetdatasusgovbrtabdatacadernosmghtm Acesso em16 de maio de 2014 BRASIL Dengue - instruccedilotildees para pessoal de combate ao vetor Manual de Normas teacutecnicas - 3 ed rev - Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede 2001 84 p il 30 cm Disponiacutevel em httpbvsmssaudegovbrbvspublicacoesfunasaman_denguepdf acesso em 15 de out de 2014 BRASIL Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz Vetor da dengue na Aacutesia A albopictus eacute alvo de estudos Publicada em 18122008 agraves 1249 Disponiacutevel em httpwwwfiocruzbrioccgicgiluaexesysstarthtminfoid=576ampsid=32amptpl=printerview Acesso em 12 de jan de 2015 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Censo demograacutefico 2010 sinopse Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=1ampsearch=minas-gerais|divinopolis|censo-demografico-2010-sinopse- Acesso em 15 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Divinoacutepolis morbidades hospitalares ndash 2012 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=114ampsearch=minas-gerais|divinopolis|morbidades-hospitalares-2012 Acesso em 12 de maio de 2014

43

BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estaacutetica Divisatildeo Territorial do Brasil e Limites Territoriais Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE) (1 de julho de 2008) Disponiacutevel em httpwwwibgegovbrhomegeocienciascartografiadefault_dtb_intshtm Acesso em16 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Ensino - matriacuteculas docentes e rede escolar ndash 2012 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=117ampsearch=minas-gerais|divinopolis|ensino-matriculas-docentes-e-rede-escolar-2012 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estaacutetica Histoacuterico do Municiacutepio disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrpainelhistoricophplang=ampcodmun=312230ampsearch=minas-gerais|divinopolis|infograficos-historico Acesso 10 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Informaccedilotildees completas Populaccedilatildeo em 2010 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrasperfilphplang=ampcodmun=312230 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Serviccedilos de sauacutede ndash 2009 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=5ampsearch=minas-gerais|divinopolis|servicos-de-saude-2009 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Sistema de informaccedilotildees de agravos de notificaccedilatildeo ndash SINAN Disponiacutevel em httpcesibgegovbrbase-de-dadosmetadadosministerio-da-saudesistema-de-informacoes-de-agravos-de-notificacao-sinan Acesso em 16 de Nov de 2014 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede Dengue aspectos epidemioloacutegicos diagnoacutestico e tratamento Ministeacuterio da Sauacutede Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede ndash Brasiacutelia Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede 2002 Disponiacutevel em httpbvsmssaudegovbrbvspublicacoesdengue_aspecto_epidemiologicos_diagnostico_tratamentopdf Acesso em 02 de out de 2014 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede FUNSA Programa Nacional de Combate a Dengue PNCD Disponiacutevel em httpbvsmssaudegovbrbvspublicacoespncd_2002pdf Acesso em 21 de jun de 2014 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portal Brasil Disponiacutevel em httpwwwbrasilgovbrsaude201311saude-libera-mais-de-r-360-mi-para-combate-a-dengue Acesso em 10 de Nov de 2014

44

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede Departamento de Vigilacircncia Epidemioloacutegica Diretrizes nacionais para prevenccedilatildeo e controle de epidemias de dengue Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede Departamento de Vigilacircncia Epidemioloacutegica ndash Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2009 160 p Disponiacutevel em httpwwwansgovbrportalimgemaildiretrizes_reimpressao_webpdf Acesso em 16 de Nov de 2014

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede (2014) Monitoramento dos casos de dengue e febre de chikungunya ateacute a Semana Epidemioloacutegica (SE) 53 de 2014 Dengue Boletim Epidemioloacutegico ISSN 2358-9450 Volume 46 Ndeg 3 ndash 2015 Disponiacutevel em httpportalsaudesaudegovbrimagespdf2015janeiro192015-002---BE-at---SE-53pdf Acesso em 22 mar de 2015 BRASILSINANONLINE e DVASVEASTSub VPSSES-MG (20122013) Disponiacutevel em httpwwwsaudemggovbrcomponentgmgstory6489-informe-epidemiologico-da-dengue-30-05-2014 Acesso em 08 de jun de 2014 CAMPOS FCC FARIA H P SANTOS MA Planejamento e avaliaccedilatildeo das accedilotildees em sauacutede Curso de Especializaccedilatildeo em Atenccedilatildeo Baacutesica em Sauacutede da Famiacutelia NESCONUFMG Curso de Especializaccedilatildeo em Atenccedilatildeo Baacutesica agrave Sauacutede da Famiacutelia 2ed Belo Horizonte NesconUFMG 2010 Disponiacutevel em lthttpswwwnesconmedicinaufmgbrbibliotecaregistroPlanejamento_e_avaliacao_das_acoes_de_saude_23gt Acesso em Dezembro 2014 DIVINOacutePOLIS Estatuto dos Conselhos Distritais de Sauacutede Conselho Municipal de Sauacutede 1998 DIVINOacutePOLIS Mapa da cidade Disponiacutevel em httpwwwdivinopolismggovbrportalpaginasgeograficosimagensmapadacidadepdf Acesso em 08 de jun de 2014 DIVINOPOLIS Secretaria Municipal de Sauacutede SEMUSA Sistema Integrado de Sauacutede Paciente Famiacutelia Acesso Local Acesso em 15 de maio de 2014 FERREIRA B J et al Evoluccedilatildeo histoacuterica dos programas de prevenccedilatildeo e controle da dengue no Brasil Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2009 vol14 n3 pp 961-972 ISSN 1413-8123 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcscv14n332pdf Acesso em 21 de jun de 2014 FERREIRA IT RN VERAS M A S M and SILVA RA Participaccedilatildeo da populaccedilatildeo no controle da dengue uma anaacutelise da sensibilidade dos planos de sauacutede de municiacutepios do Estado de Satildeo Paulo BrasilCad Sauacutede Puacuteblica [online] 2009 vol25 n12 pp 2683-2694 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielosporgpdfcspv25n1215pdf Acesso em 10 de out de 2014 FIGUEIREDO LT M OWA M A CARLUCCI R H and OLIVEIRA L de Estudo sobre o diagnoacutestico laboratorial e sintomas do dengue durante epidemia ocorrida na regiatildeo de Ribeiratildeo Preto SP Brasil Rev Inst Med trop S Paulo [online] 1992

45

vol34 n2 pp 121-130 ISSN 0036-4665 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfrimtspv34n2a07v34n2pdf Acesso em 13 ago de 2014 FIGUEIROacute AC et al Oacutebito por dengue como evento sentinela para avaliaccedilatildeo da qualidade da assistecircncia estudo de caso em dois municiacutepios da Regiatildeo Nordeste Brasil 2008 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2011 vol27 n12 pp 2373-2385 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv27n1209pdf Acesso em 12 de out de 2014 GIRAtildeO RV et al Educaccedilatildeo em sauacutede sobre a dengue contribuiccedilotildees para o desenvolvimento de competecircncias J res fundam care online 2014 janmar 6(1) 38-46 Disponiacutevel em httpwwwseeruniriobrindexphpcuidadofundamentalarticleview2659pdf_1043 Acesso em 21 de jun de 2014 GONCcedilALVES NETO V S et al Conhecimentos e atitudes da populaccedilatildeo sobre dengue no Municiacutepio de Satildeo Luiacutes Maranhatildeo Brasil 2004 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2006 vol22 n10 pp 2191-2200 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv22n1018pdf Acesso em 10 de out de 2014 LEFEVRE A MC et al Representaccedilotildees sobre dengue seu vetor e accedilotildees de controle por moradores do municiacutepio de Satildeo Sebastiatildeo litoral Norte do Estado de Satildeo Paulo Brasil Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2007 vol23 n7 pp 1696-1706 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv23n722pdf Acesso em 16 de out de 2014 LIMA E C VILASBOAS ALQ Implantaccedilatildeo das Accedilotildees Interssetoriais de Mobilizaccedilatildeo Social do Paraacute o Controle da dengue na Bahia Brasil Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2011 vol27 n8 pp 1507-1519 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv27n806pdf Acesso em 16 de out de 2014 MACHADO RM et al (2013) HISTORIA DA SAUacuteDE MENTAL DE DIVINOacutePOLIS-MG Revista de Enfermagem do Centro Oeste Mineiro 2013 maiago 3 (2) 752-760 httpwwwseerufsjedubrindexphprecomarticleview228439 Acesso em 08 de abr de 2015 MAYO R C et al BEPA - Boletim Epidemioloacutegico Paulista 8(88) 4-12 abr 2011 tab Graf Disponiacutevel em fileCUsersnoteDownloadsv8n88a0120(1)pdf Acesso em 12 de out de 2014 MINAS GERAIS Secretaria Estadual de Sauacutede Programa Estadual de Controle Permanente da Dengue SITUACcedilAtildeO ATUAL DA DENGUE EM MINAS GERAIS RESUMO INFORMATIVO - 15122014 Disponiacutevel em httpwwwsaudemggovbrimagesdocumentosAnaliseDengue15-12-2014pdf Acesso em 10 de jan de 2015 MINAS GERAIS Secretaria de Estado da Sauacutede de Minas Gerais Programa Sauacutede em Casa Disponiacutevel em httpwwwsaudemggovbrpoliacuteticas_de_saudeprograma-saude-em-casa Acesso em 10 de maio de 2014

46

MORAES GH and DUARTE E C Anaacutelise da concordacircncia dos dados de mortalidade por dengue em dois sistemas nacionais de informaccedilatildeo em sauacutede Brasil 2000-2005 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2009 vol25 n11 pp 2354-2364 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielosporgpdfcspv25n1106pdf Acesso em 29 de Nov de 2014 PENNA M L F Um desafio para a sauacutede puacuteblica brasileira o controle do dengue Cad Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro 19(1) 305-309 jan-fev 2003 Disponiacutevel em httpwwwscielosporgpdfcspv19n114932pdf Acesso em 21 de jun de 2014

PREFEITURA MUNICIPAL DE DIVINOacutePOLIS BALANCcedilO DA DENGUE Disponiacutevel em httpwwwdivinopolismggovbrportalnoticiaphpid=11507 Acesso em 19 jan de 2015

RIBEIRO P C SOUSA DC ARAUJO TME Perfil cliacutenico-epidemioloacutegico dos casos suspeitos de Dengue em um bairro da zona sul de Teresina PI Brasil Rev bras enferm [online] 2008 vol61 n2 pp 227-232 ISSN 0034-7167 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfrebenv61n2a13v61n2pdf Acesso em 28 de jul de 2014 VALENTE G SC et al Problematizaccedilatildeo Como Estrateacutegia de Educaccedilatildeo em Sauacutede no Combate a Dengue Um Relato de Experiecircncia R Pesq cuid Fundam Online 2012 outdez 4(4)2987-94 Disponiacutevel em httpwwwseeruniriobrindexphpcuidadofundamentalarticleview1888pdf_641 Acesso em 08 jun de 2014 TEIXEIRA LAS et al Persistecircncia dos sintomas de dengue em uma populaccedilatildeo de Uberaba Minas Gerais Brasil Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2010 vol26 n3 pp 624-630 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv26n319pdf Acesso em 16 de out de 2014

Page 9: PLANO DE AÇÃO NO COMBATE A DENGUE: EDUCAR PARA EVITAR · 2019-11-14 · The Divinopolis follows the same trend, with 4680 notifications and 4139 confirmed ... banhado pelas bacias

9

Este estudo tem o objetivo de despertar na populaccedilatildeo de Divinoacutepolis

especialmente na comunidade adscrita da Unidade de Sauacutede Santos Dumont para

uma visatildeo criacutetica sobre os novos processos de sauacutede e doenccedila e ainda

conscientizar as pessoas para que possam ter condiccedilotildees de promover a sauacutede e

prevenir situaccedilotildees que podem trazer prejuiacutezos a ela

11 Contexto Geral

111 Identificaccedilatildeo do Municiacutepio

Segundo o IBGE (BRASIL 2008) o municiacutepio de Divinoacutepolis estaacute localizado

no Centro Oeste Mineiro banhado pelas bacias do rio Itapecerica e rio Paraacute Faz

limites com os seguintes municiacutepios Nova Serrana (Norte) Perdigatildeo (Noroeste)

Santo Antocircnio do Monte (Oeste) Satildeo Sebastiatildeo do Oeste (Sudoeste) Claacuteudio (Sul)

Carmo do Cajuru (Leste) e Satildeo Gonccedilalo do Paraacute (Leste) -2013889 (latitude Sul) -

4488389 (longitude Oeste) Pertence agrave macro regiatildeo do Alto Satildeo Francisco

situando-se em sua margem direita O acesso pelo interior de Satildeo Paulo eacute pela MG-

050 pela capital mineira satildeo 117 km e o acesso eacute pela face norte da MG-050 o

acesso pela face leste eacute pela BR-494

112 Histoacuterico de Criaccedilatildeo do Municiacutepio

Segundo IBGE (BRASIL 2008) a povoaccedilatildeo se deu a cerca de dois seacuteculos

atraacutes com o deslocamento de colonos em fuga da perseguiccedilatildeo poliacutetica da eacutepoca

escolheram o sertatildeo da Itapecerica liderados na eacutepoca pelo colonizador Manoel

Fernandes de Miranda cujo apelido era Candideacutes devido aos iacutendios que habitavam

a regiatildeo naquela ocasiatildeo Em 1710 foram anistiados pela coroa e deu iniacutecio a

povoaccedilatildeo do local fora construiacuteda uma capela consagrada ao Divino Espiacuterito Santo

e Satildeo Francisco de Paula com a chegada da linha feacuterrea o municiacutepio ganhou muito

em desenvolvimento Assim o distrito foi criado com o nome de Henrique Galvatildeo

subordinado a Vila de Itapecerica pela Lei Provincial nordm 138 03-04-1839 e Lei

Estadual nordm 2 de 14-09-1891 e elevado agrave categoria de Vila com a denominaccedilatildeo de

Henrique Galvatildeo pela Lei Estadual nordm 556 de 30-08-1911 Desmembrando-se de

Itapecerica pela Lei Estadual nordm 590 de 03-09-1912 a Vila de Henrique Galvatildeo

10

passou a denominar-se Divinoacutepolis elevada agrave condiccedilatildeo de cidade pela Lei Estadual

nordm 663 de 18-09-1915

113 Aspectos Geograacuteficos Socioeconocircmicos e Demograacuteficos

O municiacutepio estaacute localizado no centro-oeste mineiro a economia da cidade eacute

baseada na induacutestria tecircxtil e na siderurgia tendo um comeacutercio de artigos de

vestuaacuterio muito atuante no mercado Segundo IBGE (BRASIL 2010) a cidade tem

8012 empresas atuantes com uma populaccedilatildeo de empregados assalariados de 54

909 com renda mensal de 22 salaacuterios miacutenimos

114 Sauacutede em Divinoacutepolis

Segundo Machado et al (2013) Divinoacutepolis se destaca no centro oeste

mineiro como importante polo para a sauacutede na meacutedia e alta complexidade eacute sede

da Macrorregiatildeo Oeste de Sauacutede que abrange 6 microrregiotildees somando no total 55

municiacutepios sendo sede da Gerencia Regional de Sauacutede destacando-se no cenaacuterio

como uma das 10 cidades mais importes de Minas Gerais Contudo conforme o

Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2010) na Atenccedilatildeo Primaacuteria a cidade natildeo apresenta

um bom desempenho com apenas 203 de cobertura de PSF

No ano de 2014 a Secretaria Municipal de Sauacutede (SEMUSA) credenciou o

municiacutepio no Programa de Valorizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Baacutesica (PROVAB) criado pela

Portaria Interministerial Ministeacuterio da SauacutedeMinisteacuterio da Educaccedilatildeo nordm 2087 de 01

de setembro de 2011 com o objetivo de estimular e valorizar o profissional de sauacutede

para atuar nos municiacutepios onde eacute de difiacutecil acesso e regiotildees metropolitanas com

escassez de profissionais O trabalho eacute desenvolvido em conjunto com a equipe

multiprofissional na Atenccedilatildeo Baacutesica local sendo uma grande oportunidade para

meacutedicos enfermeiros dentistas receacutem-formados atuarem na equipe de sauacutede da

famiacutelia

Assim em 2014 foram contratados cinco enfermeiros pelo Ministeacuterio da Sauacutede

para atuar no Programa Sauacutede na Escola por um ano sem prejuiacutezo das atividades

de rotina na Unidade Baacutesica de Sauacutede (UBS) O enfermeiro trabalha prioritariamente

com atividades educativas nas escolas existentes na aacuterea de abrangecircncia da UBS

realizando atividades de avaliaccedilatildeo da sauacutede dos escolares como peso e medida

11

acuidade visual afericcedilatildeo de pressatildeo arterial atualizaccedilatildeo do calendaacuterio vacinal

alimentaccedilatildeo promoccedilatildeo de sauacutede rastreamento para doenccedilas como hanseniacutease

glaucoma tracoma helmintiacuteases e encaminhamentos para consultas

especializadas tornando-se um importante elo entre a sauacutede e a educaccedilatildeo

Mapa 1 - Cidade de Divinoacutepolis ndash MG Regiatildeo Sudeste

Fonte Prefeitura de Divinoacutepolis httpwwwdivinopolismggovbrportalpaginasgeograficosimagensmapadacidadepdf

A administraccedilatildeo municipal estaacute haacute oito anos com o PSDB tendo a frente do

municiacutepio o senhor Vladmir Faria de Azevedo sendo seu Secretaacuterio de Sauacutede o

Senhor David Maia dOliveira como coordenadora da Atenccedilatildeo Baacutesica de Sauacutede a

Enfermeira Inecircs Alcione e Coordenadoras da Sauacutede Bucal Ronara Machado e Liacutevia

Melo Nere Segundo o IBGE (BRASIL 2010) o municiacutepio tem uma populaccedilatildeo

estimada em 226345 habitantes

115 Sistema Local de Sauacutede

Criado no ano 1991 segundo o Estatuto dos Conselhos Distritais de Sauacutede

(DIVINOacutePOLIS 1998) o Conselho Municipal de Sauacutede foi instituiacutedo pela Lei

Municipal 00491 composto por usuaacuterios trabalhadores de sauacutede prestadores de

serviccedilo e gestores Nesse periacuteodo ocorreram as primeiras Conferecircncias Municipais

de Sauacutede e a criaccedilatildeo dos seis Conselhos Distritais que atuam ateacute hoje a formaccedilatildeo

dos Conselhos Locais de Sauacutede agregados agraves equipes de Sauacutede da Famiacutelia

12

Quanto agrave Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia segundo o Ministeacuterio da Sauacutede

(BRASIL 2010) Divinoacutepolis possuiacutea em fevereiro de 2010 apenas 203 de

cobertura de Atenccedilatildeo Baacutesica Em dezembro de 2014 segundo Ministeacuterio da Sauacutede

(BRASIL 2014) a cobertura estimada natildeo passava dos 4602 da populaccedilatildeo

classificando-se como o menor iacutendice do Estado quando comparado a outros

municiacutepios de mesmo porte conforme graacutefico abaixo

Graacutefico 1 Cobertura pela Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia - Divinoacutepolis ndash MG - 2010

213277

221764

262278241720

292529227438

00

150

300

450

600

750

900

Sa

nta

Lu

zia

Ub

era

ba

Ipa

tin

ga

Go

ve

rna

do

r

Va

lad

are

s

Se

te

La

go

as

Div

inoacute

po

lis

populaccedilatildeo em milhares

Fonte Secretaria de Estado da Sauacutede de Minas Gerais - Programa Sauacutede em Casa

httpwwwsaudemggovbrpoliticas_de_saudeprograma-saude-em-casa

Com relaccedilatildeo aos estabelecimentos de sauacutede segundo dados do IBGE (BRASIL

2009) a cidade conta com trecircs hospitais particulares Santa Mocircnica Santa Luacutecia e

Satildeo Judas Tadeu e um filantroacutepico Satildeo Joatildeo de Deus totalizando 555 leitos sendo

que destes 352 satildeo leitos contratados pelo SUS Segundo ainda o IBGE (BRASIL

2009) o municiacutepio conta com 38 estabelecimentos de sauacutede municipais de acordo o

Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sauacutede - CNES satildeo 15 Centros de

Sauacutede e 20 Equipes de Sauacutede da Famiacutelia O serviccedilo de atendimento ambulatorial

conta com 68 estabelecimentos sendo que 41 tecircm convecircnio com o Sistema Uacutenico de

Sauacutede (SUS)

116 Nuacutemero de Oacutebitos por Causa ndash Divinoacutepolis 2012

13

De acordo com dados do IBGE (BRASIL 2012) em 2012 foram registrados

581 oacutebitos sendo 302 homens e 279 mulheres as doenccedilas neoplaacutesicas foram

responsaacuteveis por 173 oacutebitos2977 do aparelho circulatoacuterio foram responsaacuteveis

por 121 oacutebitos208 das mortes seguidas pelas doenccedilas respiratoacuterias 821411

oacutebitos por doenccedila do aparelho digestivo 467 9 doenccedilas infecciosas e

parasitaacuterias 41 oacutebitos70 oacutebitos por doenccedilas do aparelho geniturinaacuterio 3255

mortes por causas externas 27464 oacutebitos por doenccedilas relacionadas ao sangue

oacutergatildeos hematoloacutegicos transtornos imunitaacuterios 406 oacutebitos por doenccedilas de pele e

do tecido subcutacircneo total de 5086 outras mortes somam 86 Estes dados

estatildeo representados no graacutefico abaixo

Graacutefico 2 - Nuacutemero de Oacutebitos por Causa Divinoacutepolis ndash 2012

Obitos em DIvinoacutepolis em 2012

Homens

Mulheres

Neoplasias

Ap circulatoacuterio

Doeccedilas respiratoacuterias

Aparelho digestivo

Doenccedilas infecciosas

Aparelho Geniturinaacuterio

Causas externas

Doenccedilas hematoloacutegicas Fonte IBGE cidades ibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=114ampsearch=minas-

gerais|divinopolis|morbidades-hospitalares-2012

117 Sistema Local de Educaccedilatildeo

O municiacutepio segundo IBGE (BRASIL 2012) tem 1589 docentes atuando na

rede de educaccedilatildeo baacutesica no ensino meacutedio conta com 562 docentes no ensino

fundamental 739 docentes e a educaccedilatildeo infantil com 288 docentes O ensino

fundamental conta com uma rede de 88 escolas sendo 26 privadas 30 da rede

puacuteblica estadual e 32 da rede municipal O ensino meacutedio tem um total de 29 escolas

sendo oito privadas 20 da rede estadual e uma da rede federal Ainda segundo o

14

IBGE (BRASIL 2012) satildeo 27484 alunos matriculados no ensino fundamental 8211

no ensino meacutedio 4808 na preacute-escola Segundo o IBGE (BRASIL 2010) o iacutendice de

desenvolvimento humano ndash IDH ficou em 0764 acima da meacutedia nacional que eacute de

0730

12 Diagnoacutestico Situacional

121 Unidade Baacutesica de Sauacutede ndash Bairro Santos Dumont

A unidade baacutesica de sauacutede em que atuo estaacute localizada a Rua Liacuterios do Vale

141 Bairro Santos Dumont telefone (37) 32153674 local de faacutecil acesso com rua

pavimentada Funciona de 07h00min as 11h00min horas e de 13h00min as

17h00min horas de segunda a sexta-feira segundo o Cadastro Nacional de

Estabelecimentos de Sauacutede - CNES (BRASIL 2014)

Foto 1 - Unidade Baacutesica de Sauacutede Santos Dumont - Divinoacutepolis-MG 2014

Fonte httpswwwgooglecombrmapsplaceRua+JosC3A9+VenC3A2ncio+218+-+Aeroporto-20175673 448774553a75y16155h90tdata=3m41e13m21siLj6mpeG5CZyGTTQQ_cwTA2e04m23m11s0xa0a4e2a9c17ea50x429732233cce4192

A aacuterea de abrangecircncia da UBS Santos Dumont compreende a regiatildeo

sudoeste da cidade de Divinoacutepolis composta pelos bairros Santos Dumont Maria

Peccedilanha Quinta das Palmeiras Costa Azul e Terra Azul

15

Mapa 2 - Aacuterea de Abrangecircncia da UBS Santos Dumont ndash Divinoacutepolis-MG 2014

Fonte Prefeitura Municipal de Divinoacutepolis fileCUsersnoteDesktopmapadacidade20(1)20(1)pdf

122 Recursos Humanos

Segundo o Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sauacutede (2014) a

equipe eacute composta por um enfermeiro da estrateacutegia de sauacutede da famiacutelia com 40

horas semanais um cirurgiatildeo dentista com carga horaacuteria de 40 horas semanais um

meacutedico cliacutenico com 40 horas semanais um agente de serviccedilos gerais de 40 horas

semanais 4 agentes comunitaacuterios de sauacutede com 40 horas semanais e um auxiliar de

sauacutede bucal de 40 horas semanais Conforme quadro abaixo

Quadro 1 - Equipe de Sauacutede do UBS Santos Dumont 2014

Fonte Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sauacutede

Segundo o Sistema Integrado de Sauacutede - SIS a Unidade Santos Dumont tem

uma populaccedilatildeo cadastrada de 2208 habitantes com um nuacutemero estimado de 673

16

famiacutelias Quanto ao niacutevel de escolaridade da populaccedilatildeo adscrita assim estaacute

distribuiacuteda doutorado 2 mestrado 1 poacutes-graduaccedilatildeo 1 superior completo 22

superior incompleto 9 fundamental incompleto 123 ensino meacutedio completo 287

fundamental incompleto 1105 meacutedio incompleto 424 analfabetos 226 e natildeo

informado 08 sendo assim a taxa de analfabetismo eacute 1023 acima da meacutedia

nacional conforme o censo do IBGE (BRASIL 2010) que foi de 96 conforme

quadro abaixo

Quadro 2 - Niacutevel de escolaridade da populaccedilatildeo de referecircncia da UBS Santos

Dumont 2014

NIacuteVEL DE ESCOLARIDADE

Doutorado Mestrado Poacutes- graduaccedilatildeo

Superior Superior Incompleto

Fundamental Completo

Ensino meacutedio

Ensino meacutedio incompleto

Fundamental incompleto

Analfabeto Outros

M1 0 0 0 2

20 33 52 240 39 3

M2 1 1 1 15 5 62 102 90 228 47 3

M3 0 0 0 4 2 11 38 252 164 54 1

M4 1

1 2 30 114 30 473 86 1

Sub total 2 1 1 22 9 123 287 424 1105 226 8

POPULACcedilAtildeO TOTAL 2208

Fonte Sistema Integrado de Sauacutede 2014

123 Doenccedilas Crocircnicas

Com relaccedilatildeo agraves doenccedilas crocircnicas segundo o Sistema Integrado de Sauacutede haacute na

comunidade 199 clientes com hipertensatildeo arterial com diabetes 68 clientes com

alguma deficiecircncia 6 com doenccedila de chagas 1 alcoolismo 1 epilepsia 3 e com 8

gestantes

Quadro 3 - Total de Hipertensos e Diabeacuteticos da UBS por Microaacuterea Divinoacutepolis ndash MG 2014

HIPERTENSOS E DIABEacuteTICOS POR MICROAacuteREA

ACS Gracielle Suzana Rosana Rosilene TOTAL

MICROAacuteREA M1 M2 M3 M4

Hipertensatildeo 22 58 16 103 199

Diabeacuteticos 5 21 3 39 68 Fonte Sistema Integrado de Sauacutede de Divinoacutepolis SIS 2014

17

124 Doenccedilas Endecircmicas ndash A Dengue

A Dengue eacute uma doenccedila de origem africana que foi introduzida no paiacutes

segundo Valente et al (2012) por volta do seacuteculo XIX encontrando no Brasil um

clima e condiccedilotildees muito favoraacuteveis a sua multiplicaccedilatildeo mesmo sendo uma doenccedila

antiga o mosquito transmissor da dengue se mostra cada vez mais de difiacutecil controle

Todo ano atinge milhotildees de pessoas em todo mundo e no Brasil As seguidas

epidemias levaram o tema a ser discutido em vaacuterios setores como escolas veiacuteculos

de comunicaccedilatildeo nos setores de sauacutede e tambeacutem pela sociedade civil Segundo o

Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2014) de acordo com os dados contidos no Boletim

Epidemioloacutegico da 53ordf Semana Epidemioloacutegica foram registrados no paiacutes 591080

casos da doenccedila sendo que a regiatildeo Sudeste teve o maior nuacutemero de casos

312318 casos 528 Minas Gerais aparece com 1896 deste total A cidade de

Divinoacutepolis apresentou segundo a Secretaria Municipal de Sauacutede 4680 casos

notificados e segundo a Secretaria de Estado da Sauacutede foram notificados 06 oacutebitos

confirmados conforme quadro abaixo sendo que assim a cidade vem enfrentando

seguidas epidemias de Dengue tornando-se um dos problemas que mais preocupa

a comunidade

Quadro 4 - Casos de Oacutebitos por Dengue Grave em Minas Gerais - 2014

Municiacutepios Oacutebitos

confirmados

Araxaacute Arauacutejos

1 1

Campo Belo Candeias

1 1

Curvelo Divinoacutepolis

1 6

Dores do Indaiaacute 1 Formiga Fronteira Frutal

1 1 1

Itabira Itauacutena

1 2

Ituiutaba Juiz de Fora

1 4

Natalacircndia Nova Serrana

1 1

Passos 8

18

Paracatu 3 Prata Sabaraacute

1 1

Santa Barbara Santa Luzia Santos Dumont

1 1 1

Santa Margarida Uberlacircndia

1 3

Trecircs Coraccedilotildees 1

Total 47

Fonte SINAN ONLINE e DVASVEASTSubVPSSES MG

O grande nuacutemero de terrenos baldios e lotes vagos satildeo apontados pelos

moradores como principal causa do aumento dos focos do mosquito Aedes Aegypti

A foto abaixo mostra o aglomerado ainda pouco habitado onde existem muitas

aacutereas onde haacute somente vegetaccedilatildeo nativa o que favorece o descarte inadequado de

lixo e entulhos recipientes que acumulam aacutegua se tornando grande criadouro do

mosquito transmissor da dengue

Foto 2 - Aacuterea de abrangecircncia da Unidade Baacutesica de Sauacutede Santos Dumont 2014

Fonte httpswwwgooglecombrmaps-201840183-448801014180mdata=3m11e3

19

A regiatildeo ocupada pela populaccedilatildeo da aacuterea de abrangecircncia da UBS Santos

Dumont eacute uma regiatildeo de cerrado Segundo o IBGE (BRASIL 2010) o Iacutendice de

Desenvolvimento Humano - IDH eacute 0764 acima da meacutedia nacional que de 0730 A

cidade apresentou crescimento populacional no periacuteodo de 1991 a 2010

correspondentes a 2889 poreacutem os investimentos em infraestrutura como

pavimentaccedilatildeo e saneamento baacutesico natildeo acompanharam a taxa de crescimento da

cidade algo comum em grandes cidades e cidades de meacutedio porte no paiacutes Na aacuterea

do bairro ainda haacute presenccedila de mata nativa com ocupaccedilatildeo natildeo planejada a

populaccedilatildeo convive com riscos eminentes para a sua sauacutede

Segundo Valente et al (2012) diante do aumento dos casos de dengue

estrateacutegias tradicionais parecem natildeo terem mais o mesmo efeito de outrora Eacute

necessaacuterio o envolvimento de todos os setores sociais para buscar o controle da

situaccedilatildeo com accedilotildees de educaccedilatildeo e sauacutede que podem ser mais efetivas do que

apenas medidas unilaterais baseada em estatiacutesticas ministeriais

Apoacutes os vaacuterios casos atendidos na UBS o que se percebe eacute que ningueacutem

assume que o foco do mosquito possa estar na sua casa conforme afirmam Valente

et al (2012) que a culpa eacute sempre dos vizinhos que natildeo fazem a sua parte o que

torna relevante afirmar ser a negaccedilatildeo da ldquoquestatildeo da culpabilizaccedilatildeo individual e a

culpabilizaccedilatildeo do outrordquo (VALENTE 2012 p2990) Outro dado que chama a

atenccedilatildeo segundo a Secretaria Municipal de Sauacutede (DIVINOacutePOLIS 2014) eacute que os

levantamentos indicam que 9415 dos focos de dengue estatildeo dentro das

residecircncias O relato que os criadouros estatildeo sempre na casa do vizinho esse eacute

com certeza o maior ldquonoacute criacuteticordquo que precisa ser desconstruiacutedo o cidadatildeo se

preocupa com o vizinho e se esquece do seu domiciacutelio

Segundo balanccedilo divulgado pela Secretaria Municipal de Sauacutede

(DIVINOacutePOLIS 2014) os 4139 casos confirmados mais os exames que ainda

aguardam os resultados sinalizam para cidade que tem muito trabalho para

enfrentar esse grave problema de sauacutede puacuteblica Os bairros Nossa Senhora das

Graccedilas Centro Satildeo Joseacute Interlagos Niteroacutei Porto Velho Planalto Santos Dumont

Belvedere e Bom Pastor foram responsaacuteveis por 3027 dos casos notificados na

cidade Em meacutedia a UBS Santos Dumont em relaccedilatildeo agrave populaccedilatildeo adscrita

apresentou um percentual de 215 da populaccedilatildeo total com casos notificados como

se pode observar no quadro abaixo

20

Quadro 5 - Nuacutemero de casos de Dengue em Divinoacutepolis ndash 2014

NOSSA SENHORA DAS GRACcedilAS Fonte Prefeitura Municipal de Divinoacutepolishttpwwwdivinopolismggovbrportalnoticiaphpid=109802014

Segundo Valente et al (2012) a praacutetica de jogar lixo nas ruas como algo do

cotidiano mesmo sabendo que essa accedilatildeo remete aos proacuteprios moradores e a falta

de coleta seletiva regular levam ao acuacutemulo de recipientes de plaacutesticos que durante

o periacuteodo chuvoso tornam-se criadouros do mosquito Esse tambeacutem eacute um

importante tema que necessita ser trabalhado desde a preacute-escola em vaacuterias

oportunidades como reuniatildeo de bairros em eventos esportivos e festivos pois

somente com educaccedilatildeo da populaccedilatildeo se pode mudar essa realidade

BAIRROS COM MAIORES NUacuteMEROS DE CASOS DE DENGUE EM DIVINOacutePOLIS

Bairros NSG CENTRO Satildeo JOSEacute INTERLAGOS NITEROacuteI

PORTO VELHO PLANALTO

SANTOS DUMONT BELVEDERE

BOM PASTOR

307 350 192 123 124 1O8 104 101 98 96

TOTAL 1417

21

2 JUSTIFICATIVA

A enfermagem eacute uma arte cuidar prevenir e proteger a sauacutede o enfermeiro

que atua na equipe de sauacutede da famiacutelia tem importante papel na educaccedilatildeo e na

proteccedilatildeo de sua populaccedilatildeo adscrita por estar perto e conhecer a realidade de sua

comunidade Backes et al (2012)

O conhecimento dos problemas de uma populaccedilatildeo permite a equipe de

Sauacutede da Estrateacutegia da Famiacutelia o planejamento de accedilotildees efetivas e eficazes nas

principais causas de adoecimento de uma comunidade aleacutem de organizar de

maneira ordenada o atendimento da demanda e rotina dos serviccedilos ofertados na

Unidade Baacutesica de Sauacutede Backes et al (2012)

O tema dengue tem relevacircncia por ser a mais importante arbovirose que

atinge o ser humano na atualidade trazendo um enorme prejuiacutezo socioeconocircmico

para toda sociedade

Segundo Figueiredo et al (1992) a dengue eacute uma doenccedila com alta

morbidade e pode evoluir para um quadro grave de hemorragia podendo levar ao

oacutebito Ainda conforme Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2009) em oito paiacuteses do

continente americano e asiaacutetico incluindo o Brasil em 2009 foram gastos U$ 18

bilhotildees somente com despesas ambulatoriais e hospitalares sem contar os recursos

despendidos para vigilacircncia epidemioloacutegica

Em Divinoacutepolis em 2014 foram notificados 4680 notificaccedilotildees e 4139 casos

confirmados e os demais aguardando confirmaccedilatildeo segundo a Secretaria Municipal

de Sauacutede

Ainda outro ponto muito importante eacute que as pessoas acreditam que o

problema eacute sempre do outro conforme salientam Valente et al (2012) que a culpa

dos casos de dengue eacute do vizinho sendo assim ele natildeo se preocupa com a sua

residecircncia Neste mesmo sentido Giratildeo et al (2012) afirmam que devido agrave

adaptaccedilatildeo do vetor as aacutereas domiciliares e peridomiciliares o controle da doenccedila

sem a participaccedilatildeo da populaccedilatildeo estaacute fadado ao fracasso As accedilotildees educaccedilatildeo em

sauacutede satildeo uma ferramenta essencial nessa estrateacutegia proporcionando ao cidadatildeo

uma autonomia para cuidar da sua sauacutede e da prevenccedilatildeo e eliminaccedilatildeo do vetor

Portanto uma proposta de intervenccedilatildeo que enfatize esta participaccedilatildeo da

comunidade conhecendo suas potencialidades e suas necessidades justifica a

realizaccedilatildeo deste trabalho

22

3 OBJETIVOS

31 Objetivo Geral

Elaborar um plano de accedilatildeo com ecircnfase em educaccedilatildeo e sauacutede com vistas agrave

reduccedilatildeo do nuacutemero de casos de dengue no municiacutepio de Divinoacutepolis e

especificamente na aacuterea de abrangecircncia da Unidade de Sauacutede Santos

Dumont

32 Objetivos Especiacuteficos

Organizar um grupo comunitaacuterio de controle e combate ao mosquito

Aedes Aegypti

Despertar na comunidade adscrita da Unidade de Sauacutede Santos Dumont uma

visatildeo criacutetica sobre os novos processos de sauacutede e doenccedila com a priorizaccedilatildeo

de accedilotildees educativas

Descrever os passos de uma proposta de intervenccedilatildeo e acompanhamento de

resultados com ecircnfase em educaccedilatildeo e sauacutede com vista na reduccedilatildeo dos focos

do vetor transmissor da dengue

23

4 BASES CONCEITUAIS

41 Aspectos Gerais da Doenccedila

A dengue eacute atualmente a mais importante arbovirose que acomete o ser

humano no continente americano distribuiacuteda segundo Ferreira et al (2009) desde o

Uruguai ateacute a costa sul dos Estados Unidos abrangendo principalmente Venezuela

Cuba Brasil e Paraguai contaminando cerca de mais de 3 bilhotildees de pessoas em

todo mundo

Segundo Penna (2003) embora o vetor Aedes Aegypti natildeo seja natural das

Ameacutericas encontrou aqui um ambiente favoraacutevel agrave sua multiplicaccedilatildeo Introduzido no

Brasil possivelmente pela Aacutefrica em meados do seacuteculo XIX invadiu o paiacutes e se

expandiu para todo o territoacuterio nacional

Segundo Penna (2003) o vetor chegou a ser erradicado de 1967 a 1973 pelo

meacutetodo de aplicaccedilatildeo de inseticida de accedilatildeo residual que prevalecia por ateacute seis

meses a aplicaccedilatildeo se deu em depoacutesitos que continham ou natildeo aacutegua parada e

tambeacutem ateacute um metro dos potenciais focos do mosquito Atualmente com os

grandes aglomerados urbanos e com a infestaccedilatildeo em todo continente americano a

erradicaccedilatildeo do mosquito natildeo eacute mais viaacutevel por isso o Ministeacuterio da Sauacutede em

parceria com Organizaccedilatildeo Pan-americana da Sauacutede (OPAS) aderiu o ldquoPlano de

Intensificaccedilatildeo das Accedilotildees de Controle da Denguerdquo (PIACD) que trabalha com a

universalidade regional sincronicidade e continuidade das accedilotildees e natildeo na

erradicaccedilatildeo (FERREIRA et al 2009 p 963)

Valente et al (2012) Giratildeo et al (2014) salientam que eacute de fundamental

importacircncia entender que as atuais estrateacutegias de controle vetorial onde haacute

responsabilizaccedilatildeo dos cidadatildeos e eliminaccedilatildeo focal parecem natildeo ter mais efeito

efetivo no combate ao mosquito Aedes Aegypti Diante das seguidas epidemias haacute

necessidade de uma abordagem mais ampla do problema com a participaccedilatildeo efetiva

de toda populaccedilatildeo e de todos os setores da sociedade ldquoenfocando a determinaccedilatildeo

social do processo sauacutede-doenccedila e a transdisciplinalidade das accedilotildeesrdquo (VALENTE et

al 2012 p 2988)

No Brasil segundo Ferreira et al (2009) as condiccedilotildees socioambientais a

falta de saneamento a ausecircncia da coleta seletiva de lixo a maacute distribuiccedilatildeo de

24

renda e a baixa escolaridade criaram um ambiente muito favoraacutevel agrave multiplicaccedilatildeo

do vetor Aedes Aegypti

42 Etiologia

Segundo Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2002) a Dengue eacute uma doenccedila febril

que em sua forma claacutessica apresenta como sinais cliacutenicos dores musculares e nas

articulaccedilotildees cefaleia e dor retro-orbitaacuteria vocircmitos e diarreia Para Almeida et al

(2008) a dengue eacute uma doenccedila de curso que varia de forma benigna a grave pode

apresentar a forma claacutessica a forma hemorraacutegica e o choque sendo que esta uacuteltima

pode levar ao oacutebito

No Brasil segundo a Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz (BRASIL 2008) satildeo

encontrados dois vetores da doenccedila o Aedes aegypti e Aedes albopictus A

transmissatildeo ocorre quando uma fecircmea do inseto pica uma pessoa portadora do

viacuterus e esta passa por periacuteodo de incubaccedilatildeo e logo apoacutes 10 a 14 dias a fecircmea estaacute

apta a transmitir o viacuterus por toda vida em meacutedia vive em torno de 35 a 40 dias

43 Aspectos Epidemioloacutegicos

Segundo Gonccedilalves Neto et al (2006) a dengue eacute considerada como a mais

importante arbovirose transmitida por insetos das uacuteltimas deacutecadas atinge a cada

ano um maior contingente de pessoas com o vetor aparecendo em mais de 100

paiacuteses de clima tropical e subtropical

Em face dessa realidade Ferreira Veras e Silva (2009) salientam que as

sucessivas epidemias de dengue no mundo especialmente no Brasil tecircm

mobilizado e preocupado autoridades e a populaccedilatildeo em geral No estado de Satildeo

Paulo houve um grande aumento dos quadros de dengue hemorraacutegica Cerca de

80 dos municiacutepios paulistas estatildeo totalmente infestados pelo mosquito aedes

aegypti Os motivos pelo quais a sua populaccedilatildeo aumenta significativamente

pontuam os autores satildeo a dificuldade em utilizaccedilatildeo de inseticidas a contrataccedilatildeo de

matildeo de obra qualificada a precaacuteria coleta de lixo especialmente nas grandes

cidades e nas suas regiotildees perifeacutericas aleacutem de fatores como o clima criando o

ambiente cada vez mais favoraacutevel agrave reproduccedilatildeo do mosquito

25

Segundo Mayo et al (2011) em estudo semelhante salienta que a

populaccedilatildeo brasileira vem sofrendo com seguidas epidemias de dengue haacute mais de

duas deacutecadas os autores seguem chamando a atenccedilatildeo para o progressivo aumento

de nuacutemero de casos com complicaccedilotildees seguindo a mesma loacutegica um nuacutemero

maior de municiacutepios vem sofrendo com o aparecimento e o aumento de casos de

dengue hemorraacutegica e o aumento dos oacutebitos por complicaccedilotildees da dengue

Havendo a predominacircncia de tais caracteriacutesticas a dengue tem levado ao alto

nuacutemero de oacutebitos Segundo Figueiroacute et al (2011) isso estaacute associado ainda agrave

imensa massa da populaccedilatildeo exposta Contudo salientam os autores que a doenccedila

tem se tornado um dos problemas de sauacutede reemergentes mais importantes da

histoacuteria Estima-se que 25 bilhotildees de pessoas estatildeo em risco de contrair a doenccedila

ainda que por ano satildeo 50 milhotildees de novos casos Destes cerca 550 mil necessitam

de hospitalizaccedilatildeo e pelo menos 20 mil evoluem para oacutebito Dados epidemioloacutegicos

do Ministeacuterio da Sauacutede tem apontado segundo Figueiro et al (2011) um crescente

aumento dos casos de Febre Hemorraacutegica por Dengue (FHD) e em uma deacutecada a

taxa de letalidade atingiu 68 destacando-se a regiatildeo nordeste com maior iacutendice

de casos entre 1981 a 2007

Contudo salientam Giratildeo et al (2014) que devido agrave adaptaccedilatildeo muito

acentuada do vetor nos peridomiciacutelios e domiciacutelios corroborando estudos da

Secretaria Municipal de Sauacutede de Divinoacutepolis (2014) apontaram que 9415 dos

focos de dengue estatildeo dentro das residecircncias sendo assim a participaccedilatildeo do

cidadatildeo no controle eacute de suma importacircncia no controle da doenccedila

Segundo dados do Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2014) em Minas Gerais a

taxa de incidecircncia da doenccedila foi de foi 2856 casos para cada 100000 habitantes

os 45 oacutebitos indicam um aumento de 3333 casos fatais em relaccedilatildeo a 2013 que

teve um nuacutemero de casos maior Quanto ao tipo de viacuterus circulante verificou-se a

incidecircncia de DENV1 (882) seguido de DENV4 (115) DENV3 (03) e DENV2

(00)

Para implantar as accedilotildees de vigilacircncia em sauacutede o Ministeacuterio da Sauacutede

(BRASIL 2014) por meio da Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede repassou para os

estados e municiacutepios 30 do valor a ser gasto em todo ano de 2014 cerca de R$

3634 milhotildees No mecircs de dezembro de 2013 a fim de intensificar as accedilotildees de

combate agrave dengue no periacuteodo de maior incidecircncia foram fornecidos 100 mil kg de

larvicidas 227 mil litros de adulticida e 104 mil kits para diagnoacutestico

26

Segundo a Secretaria Municipal de Sauacutede (DIVINOacutePOLIS 2014) haacute em

atividade 94 agentes de sauacutede puacuteblicos efetivos e 14 contratados sendo a cidade eacute

dividida em setores De acordo com levantamento raacutepido do iacutendice de infestaccedilatildeo do

aedes aegypti realizado em marccedilo de 2014 obteve-se um percentual de infestaccedilatildeo

do mosquito de 37 nos domiciacutelios visitados em Divinoacutepolis que representam risco

meacutedio para epidemia Em outubro de 2014 o novo levantamento raacutepido do iacutendice de

infestaccedilatildeo apresentou um iacutendice de 09 preocupante visto que o valor muito estaacute

muito proacuteximo do tolerado pela Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede que eacute de 1 Aleacutem

disso as condiccedilotildees climaacuteticas nesse periacuteodo natildeo favorecem a proliferaccedilatildeo do

mosquito por isso pode-se considerar esse valor alto

Em face dos dados apresentados conforme afirmam Ferreira Veras e Silva

(2009) para o controle da dengue a participaccedilatildeo popular eacute indiscutivelmente

essencial visto que o vetor habita os domiciacutelios sendo assim todos tem condiccedilotildees

de colaborar fiscalizando suas moradias O PNCD destaca as accedilotildees educativas

como forma de preparar a comunidade para adoccedilatildeo de comportamentos que

protejam a sauacutede coletiva Ainda segundo os autores durante as epidemias haacute todo

um clamor da miacutedia e do poder puacuteblico no sentido de mobilizar a comunidade para o

controle da doenccedila poreacutem nos periacuteodos de menor incidecircncia esse apelo perde a

intensidade o tema acaba no esquecimento sendo apresentado somente no

proacuteximo periacuteodo de infestaccedilatildeo e transmissatildeo da doenccedila

Ferreira Veras e Silva (2009) em anaacutelise do iacutendice de participaccedilatildeo da

populaccedilatildeo de 16 municiacutepios paulistas detectaram que em mais da metade destes

municiacutepios a participaccedilatildeo era muito baixa em consequecircncia o nuacutemero de pessoas

que contraiacuteram a doenccedila era maior onde haacute menos participaccedilatildeo popular

A educaccedilatildeo permanente segundo Ribeiro Sousa e Arauacutejo (2007) visa

acelerar o processo de adesatildeo da populaccedilatildeo agraves medidas preventivas abordando as

questotildees que envolvem condiccedilotildees de sauacutede moradia saneamento baacutesico indo

aleacutem de accedilotildees pontuais e campanhistas que perdem forccedila nos periacuteodos de baixa

notificaccedilatildeo de casos Eacute preciso buscar parceiros na sociedade civil como nos meios

de comunicaccedilatildeo para divulgaccedilatildeo do enfrentamento da doenccedila o ano inteiro

27

44 Medidas Educativas

Giratildeo et al (2014) destacam que somente com a educaccedilatildeo em sauacutede eacute que

se pode despertar na comunidade uma autonomia para que a populaccedilatildeo se sinta

como uma parte do processo que passa pela prevenccedilatildeo cujo controle depende da

eliminaccedilatildeo dos focos do mosquito dentro dos domiciacutelios

Neste sentido Alves (2005) afirma que a educaccedilatildeo em sauacutede eacute uma

ferramenta capaz de produzir intermediada pelos profissionais de sauacutede uma

compreensatildeo nova do processo sauacutede doenccedila oferecendo agrave populaccedilatildeo subsiacutedios

para adoccedilatildeo de novos haacutebitos de vida com ecircnfase na promoccedilatildeo e prevenccedilatildeo de

situaccedilotildees que podem trazer prejuiacutezos agrave sua sauacutede

Segundo Figueiroacute et al (2011) a doenccedila atinge a cada ano um maior

contingente de pessoas Nesse sentido priorizando a reduccedilatildeo dos casos de dengue

e dengue grave o Ministeacuterio da Sauacutede implantou no paiacutes o Plano Nacional de

Controle da Dengue ndash PNCD O programa eacute gerido de forma tripartite ou seja com

a participaccedilatildeo das trecircs esferas de governos uniatildeo estados e municiacutepios

ldquocompreendendo accedilotildees operacionais de vigilacircncia integrada entomoloacutegica e sobre o

meio ambiente de assistecircncia aos pacientes de educaccedilatildeo em sauacutede comunicaccedilatildeo

e mobilizaccedilatildeo socialrdquo (FIGUEIROacute et al 2011 p 2374) O PNCD compreende ainda

o controle e avaliaccedilatildeo dos agentes comunitaacuterios de sauacutede - ACS entretanto

segundo dados epidemioloacutegicos haacute uma grande dificuldade na realizaccedilatildeo das accedilotildees

e no alcance dos resultados esperados devido agrave baixa participaccedilatildeo da populaccedilatildeo

Para Ferreira Veras e Silva (2009) de acordo com a OPAS uma das maiores

dificuldades das autoridades de sauacutede em articulaccedilatildeo das accedilotildees eacute a parceria com a

comunidade o PNCD tem como um dos eixos a participaccedilatildeo comunitaacuteria para

reduccedilatildeo dos criadouros domiciliares Segundo Ferreira Veras e Silva (2009) a

participaccedilatildeo popular no combate eacute fundamental e defendida pelos organismos

nacionais e internacionais Pode estar inserida a capacitaccedilatildeo da populaccedilatildeo na

promoccedilatildeo e prevenccedilatildeo com o objetivo da melhoria da comunidade tanto na sauacutede

individual quanto coletiva favorecendo a construccedilatildeo de um modelo de sauacutede

compartilhada No controle das epidemias especialmente da dengue cujo vetor vive

na maioria das vezes nas casas das pessoas o PNDC visa o desenvolvimento de

accedilotildees educativas que tem como objetivo a mudanccedila de comportamento das

pessoas na manutenccedilatildeo de um ambiente de vida saudaacutevel Contudo a criteriosa

28

tarefa de evitar epidemias vai muito aleacutem do setor de sauacutede consistem em um

conjunto de accedilotildees poliacuteticas teacutecnicas e sociais que inclui prioritariamente a

participaccedilatildeo popular aliada agrave vigilacircncia epidemioloacutegica

Segundo Gonccedilalves Neto et al (2006) as condiccedilotildees sanitaacuterias prejudicadas

ausecircncia de coleta seletiva de lixo ausecircncia de saneamento baacutesico e um

crescimento desordenado em aacutereas tropicais propiciou raacutepida adaptaccedilatildeo do vetor

nas residecircncias levando o aedes aegpyti aproveitar se dos criadouros

providenciados pelo proacuteprio homem para aumentar sua populaccedilatildeo Contudo salienta

o autor praticamente impossiacutevel desenvolver um trabalho de controle do vetor sem a

participaccedilatildeo da comunidade

Tais afirmaccedilotildees explicam a situaccedilatildeo da populaccedilatildeo adscrita da UBS Santos

Dumont onde ocorreu uma grande expansatildeo de domiciacutelios sem um planejamento

adequado deixando um grande nuacutemero de terrenos baldios uma ocupaccedilatildeo sem a

infraestrutura necessaacuteria falta da coleta seletiva de lixo saneamento baacutesico e

pavimentaccedilatildeo Soma-se a isso a deficiecircncia do Estado em garantir uma coleta de

lixo eficiente deixando margem para a proliferaccedilatildeo da doenccedila

Segundo Almeida et al (2008) a adaptaccedilatildeo do mosquito aedes aegypti cuja

sobrevivecircncia depende de aacutegua parada ocorre principalmente nas aacutereas urbanas

em domiciacutelios e peridomiciacutelios Contudo o vetor eacute muito sensiacutevel agraves condiccedilotildees

ambientais poreacutem seus ovos resistem a longos periacuteodos de dissecaccedilatildeo o que

garante a perpetuaccedilatildeo da espeacutecie Com haacutebito diurno preferencialmente tem uma

especial atraccedilatildeo pelo sangue humano seu deslocamento eacute em meacutedia durante um

voo em condiccedilotildees normais de ambiente sem a interferecircncia de vento de cinquenta

metros portanto sua caracteriacutestica de habitar os domiciacutelios e peridomiciacutelios

permanecendo proacuteximo ao local de ldquopastordquo e postura dos ovos

Segundo Almeida et al (2008) com a ausecircncia de uma vacina eficaz capaz

de evitar a doenccedila a principal profilaxia tem sido o controle vetorial por meio de

identificaccedilatildeo dos focos e aplicaccedilatildeo de inseticidas de accedilatildeo residual para eliminaccedilatildeo

das larvas ou seja o combate focal

Contudo afirmam Almeida et al (2008) o conhecimento do dinamismo do

periacuteodo de maior transmissibilidade e latecircncia tem permitido a organizaccedilatildeo de accedilotildees

mais ou menos acentuadas dependendo do momento da epidemia e das condiccedilotildees

climaacuteticas A presenccedila do vetor em variadas partes das cidades jaacute foi identificada por

meio de estudos o que comprova que a doenccedila natildeo atinge somente uma classe

29

social Quanto agrave diminuiccedilatildeo dos casos dentro de um contexto epidemioloacutegico trecircs

fatores tecircm um papel muito importante as condiccedilotildees climaacuteticas desfavoraacuteveis agrave

viabilidade do vetor esgotamento de hospedeiros susceptiacuteveis e o controle quiacutemico

do vetor

45 Controle

Segundo Mayo et al (2011) existem duas formas de atuaccedilatildeo no controle da

doenccedila o bloqueio e o controle de criadouros Estas medidas tecircm por objetivo a

reduccedilatildeo dos criadouros na aacuterea de atuaccedilatildeo dos agentes de sauacutede o controle por

bloqueio e nebulizaccedilatildeo ocorre agrave aplicaccedilatildeo de inseticida com aplicadores Ultra Baixo

Volume - UBV A atuaccedilatildeo nesse tipo de trabalho em relaccedilatildeo ao feito pelo municiacutepio

diz respeito agrave qualidade do serviccedilo realizado bem como a agilidade na realizaccedilatildeo da

tarefa e o grande alcance da aacuterea coberta e o tipo de equipamento empregado

Para realizaccedilatildeo das tarefas o meacutetodo segue o preconizado pelo PNCD divide

as cidades em aacutereas setores e quarteirotildees Segundo Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL

2001) o bloqueio consiste em parar a transmissatildeo da dengue em municiacutepios com

epidemia instalada e tem como objetivo ainda a identificaccedilatildeo do sorotipo de viacuterus

circulante a aplicaccedilatildeo do UBV sem prejuiacutezo do controle larvaacuterio Quanto agrave

delimitaccedilatildeo de um foco isolado nos casos onde natildeo haacute infestaccedilatildeo deveratildeo ser

tratados todos os imoacuteveis no raio de 300 metros do entorno do local

Na fase de ataque segundo Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2001) deveraacute ser

tratado 100 dos imoacuteveis aleacutem de pontos estrateacutegicos terrenos baldios das zonas

infestadas e todos os potenciais focos devem ser eliminados Na fase de

consolidaccedilatildeo o objetivo eacute a erradicaccedilatildeo do mosquito satildeo desenvolvidas vaacuterias

accedilotildees semelhantes agrave fase de ataque com exceccedilatildeo do tratamento de focos Na fase

de manutenccedilatildeo satildeo visitadas todas as aacutereas positivas e negativas mesmo onde o

vetor foi erradicado as medidas satildeo o uso de armadilhas de oviposiccedilatildeo e inspeccedilotildees

de pontos estrateacutegicos

46 Atuaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Baacutesica no Controle da Dengue

As atividades de controle devem ter uma sinergia com todos os setores

envolvidos no tocante a vigilacircncia epidemioloacutegica haacute necessidade de manter a

30

vistoria em imoacuteveis terrenos depoacutesitos oficinas entre outros locais Teixeira et al

(2010) verificaram que os domiciacutelios com terrenos baldios no entorno apresentaram

maior concentraccedilatildeo da doenccedila

Lima e Vilasboas (2011) salientam que a sauacutede eacute um direito e a maneira que

o Estado tem de garantir esse direito eacute por meio de poliacuteticas puacuteblicas de proteccedilatildeo

prevenccedilatildeo e recuperaccedilatildeo de agravos a simples ausecircncia de doenccedila natildeo pode ser

considerada um conceito de sauacutede visto que as condiccedilotildees sociais de saneamento

baacutesico meio ambiente educaccedilatildeo moradia e renda satildeo fatores determinantes no

processo de adoecimento de um povo A sauacutede deve ser pensada no contexto

ampliado com integraccedilatildeo formando uma rede interssetorial na perspectiva de troca

de ajuda muacutetua na troca de experiecircncias com uma construccedilatildeo muacutetua de saberes

facilitando a resoluccedilatildeo dos problemas enfrentados

Para Lima e Vilasboas (2011) a interssetorialidade pode ser um facilitador

para construccedilatildeo de um sistema de sauacutede efetivo contudo aliado a poliacuteticas puacuteblicas

que possam contribuir para ganho na melhoria da qualidade de vida das pessoas A

interssetorialidade extrapola os limites do poder estatal e envolve a sociedade nas

decisotildees poliacuteticas evita a subordinaccedilatildeo de um setor a outro e diminui as resistecircncias

de alguns membros

Segundo Lefegravevre et al (2007) a populaccedilatildeo tem informaccedilotildees sobre a doenccedila

e do ciclo de vida do transmissor poreacutem esse conhecimento ainda natildeo eacute capaz de

produzir nas pessoas atitudes e comportamento para impedir ou reduzir os

criadouros do mosquito A probabilidade eacute que esse conhecimento vindo de origem

externa fragmentado ou pouco organizado configure um conflito entre o saber

sanitaacuterio e o senso comum Ainda segundo o autor o programa educativo tem sido

aplicado haacute muitos anos mas ateacute hoje ainda natildeo obteve o resultado esperado

contudo haacute necessidade de aprofundar neste contexto para identificar onde estatildeo as

falhas para que possa realmente ter uma populaccedilatildeo engajada no controle do vetor

Para a populaccedilatildeo segundo Lefegravevre et al (2007) haacute uma relaccedilatildeo entre sujo

que seria a doenccedila e limpo que seria a sauacutede levando a ideacuteia equivocada que o lixo

eacute o uacutenico meio de procriaccedilatildeo do mosquito Neste sentido haacute uma sinalizaccedilatildeo para

que o poder puacuteblico perceba a necessidade de informar educar e comunicar

Informar no que diz respeito aos constantes dados epidemioloacutegicos sobre a doenccedila

no Paiacutes no Estado e na sua Comunidade no sentido de incentivar a participaccedilatildeo

popular no controle da doenccedila Educar esclarecendo a forma de transmissibilidade

31

da doenccedila estabelecendo um diaacutelogo de faacutecil entendimento na loacutegica sanitaacuteria sem

confrontar o senso comum buscando construir um relacionamento entre o teacutecnico e

o cidadatildeo e agrave adoccedilatildeo de alternativas na reduccedilatildeo das viacutetimas da dengue

Neste sentido a ESF tem papel fundamental no desenvolvimento de accedilotildees de

prevenccedilatildeo e controle da dengue considerando a relaccedilatildeo de confianccedila que a

populaccedilatildeo manteacutem com a equipe de sauacutede da famiacutelia possibilitando o contato com

o ambiente domeacutestico por meio dos ACSs promovendo um ambiente seguro e livre

do Aedes aegypti (BRASIL 2002) A ESF pode ainda promover accedilotildees educativas

com a populaccedilatildeo mobilizando-a para adotar accedilotildees preventivas realizando tambeacutem a

notificaccedilatildeo imediata dos casos suspeitos possibilitando as medidas tratamento

adequado agraves situaccedilotildees de dengue claacutessica e dengue grave reduzindo os casos

letais e possibilitando o bloqueio dos focos pela vigilacircncia epidemioloacutegica

32

5 PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO

O diagnoacutestico situacional foi realizado com base nas informaccedilotildees contidas em

dados oficiais do IBGE do Sistema Integrado de Sauacutede e embasado no relato dos

problemas levantados pela Equipe de Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia da UBS

Santos Dumont

Foi utilizado o Planejamento Estrateacutegico Situacional ndash PES como referecircncia

para a proposta de intervenccedilatildeo Este meacutetodo possibilita que os atores atraveacutes de

sua proacutepria visatildeo identifiquem as causas possiacuteveis dos problemas como nascem e

se desenvolvem A partir deste ponto de vista podem propor soluccedilotildees para atacar

suas causas e a viabilidade destas soluccedilotildees (CAMPOS FARIA SANTOS 2010)

Assim a partir do diagnoacutestico situacional os 10 passos segundo os autores

mencionados e suas atividades satildeo descritas a seguir

51 Primeiro Passo Definiccedilatildeo dos Problemas

Hipertensatildeo Arterial

Diabetes

Drogas

Gravidez na Adolescecircncia

Dengue

Transtorno Depressivo

Doenccedilas Sexualmente Transmissiacuteveis AIDS

Falta de Saneamento Baacutesico

52 Segundo Passo Priorizaccedilatildeo dos Problemas

Dengue

Falta de Saneamento Baacutesico

53 Terceiro Passo Descriccedilatildeo do Problema Selecionado

Segundo o Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2002) o nosso paiacutes eacute

predominantemente de clima tropical e este eacute um ambiente favoraacutevel agrave proliferaccedilatildeo

do mosquito aedes aegypti principal transmissor da dengue em nosso continente A

33

doenccedila eacute a uma arbovirose transmitida por um artroacutepode que pode apresentar-se

de forma benigna claacutessica ou grave na forma de febre hemorraacutegica

Durante o ano de 2014 segundo o Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2014) mais

meio milhatildeo de casos da doenccedila (591080) 528 soacute na regiatildeo Sudeste em Minas

Gerais foram 59222 com 45 oacutebitos confirmados em Divinoacutepolis segundo a

Secretaria Municipal de Sauacutede (2014) ocorreram 4680 notificaccedilotildees de casos da

doenccedila e confirmados 4139 casos de dengue com 06 oacutebitos sendo que os bairros

Nossa Senhora das Graccedilas Centro Satildeo Joseacute Interlagos Niteroacutei Porto Velho

Planalto Santos Dumont Belvedere e Bom Pastor foram responsaacuteveis por 3027

dos casos de dengue da cidade

Ferreira et al (2009) Lima e Vilasboas (2011) chamam a atenccedilatildeo para a falta

de saneamento baacutesico como um fator agravante que pode elevar a multiplicaccedilatildeo do

vetor da doenccedila Para Gonccedilalves Neto et al (2006) as condiccedilotildees sanitaacuterias

prejudicadas o crescimento desordenado levaram agrave raacutepida adaptaccedilatildeo do vetor agraves

residecircncias causando a disseminaccedilatildeo do viacuterus Tais situaccedilotildees satildeo rotineiras na

populaccedilatildeo adscrita da UBS Santos Dumont

54 Quarto passo Explicaccedilatildeo do Problema

A explicaccedilatildeo para o problema selecionado foi qualificado do ponto de vista

social coletivo e individual

Niacutevel Social Refere-se agrave ausecircncia de poliacuteticas puacuteblicas para melhoria de qualidade

de vida da populaccedilatildeo que convive com a ausecircncia de saneamento baacutesico esgoto a

ceacuteu aberto falta de coleta seletiva e lixo acumulado nas ruas e terrenos baldios

Niacutevel Coletivo Falta de consciecircncia da gravidade da doenccedila que pode acometer a

qualquer pessoa e todas as faixas etaacuterias falta de colaboraccedilatildeo entre os vizinhos que

sempre potildeem a culpa das maacutes condiccedilotildees uns nos outros mas ningueacutem assume a

responsabilidade pelo seu quintal

Niacutevel Individual Falta de compromisso pois segundo dados da SEMUSA

(DIVINOacutePOLIS 2014) 9415 dos focos de Dengue estatildeo dentro das residecircncias

esses focos foram identificados em vasilhas de aacutegua para cachorro galinha calhas

mal projetadas e caixas drsquoaacutegua sem tampa

55 Quinto Passo Seleccedilatildeo dos ldquoNoacutes Criacuteticosrdquo

34

Foram selecionados os seguintes ldquonoacutes criacuteticosrdquo que podem ter relaccedilatildeo direta com o

alto nuacutemero de casos de dengue

Lixo nas ruas falta de conscientizaccedilatildeo da populaccedilatildeo para evitar descarte

incorreto de lixo nas ruas e terrenos baldios

Responsabilizaccedilatildeo do outro falta agrave comunidade assumir que o problema da

dengue natildeo eacute do meu vizinho mas eacute de todos

Lotes sujos falta cobranccedila por parte do poder puacuteblico aos proprietaacuterios de

terrenos vazios que mantenham os lotes limpos e conservados

56 Sexto Passo Desenho de Operaccedilotildees para os ldquoNoacutes Criacuteticosrdquo do Problema

Como soluccedilatildeo dos ldquonoacutes criacuteticosrdquo foram apresentadas as seguintes propostas

contidas no Quadro 6 a seguir

Quadro 6 ndash Desenho das Operaccedilotildees para os Noacutes Criacuteticos Selecionados

ldquoNoacute

Criacuteticordquo

Operaccedilatildeo

Projeto

Resultados

Esperados

Produtos

Esperados

Recursos

Necessaacuterios

Lixo nas ruas Reeducaccedilatildeo conscientizaccedilatildeo ambiental

Ausecircncia de lixo nas ruas e lotes vazios

Bairro limpo sem dengue

Datashow e computador

Responsabiliza ccedilatildeo do outro

Conscientizaccedilatildeo

sobre sauacutede

coletiva

Que todos

unidos com

objetivo de

diminuir os

casos de

dengue

Reduccedilatildeo da

doenccedila

Datashow e computador Panfletos informativos

Lotes sujos Limpeza de

lotes e terrenos

Lotes limpos

e sem focos

da dengue

Diminuiccedilatildeo

do nuacutemero do

mosquito

transmissor

da dengue

Palestras sobre

conservaccedilatildeo

dos terrenos e

lotes vazios

Fiscalizaccedilatildeo da

prefeitura

57 Seacutetimo Passo Identificaccedilatildeo dos Recursos Criacuteticos

35

Para iniacutecio das operaccedilotildees foram apresentados os recursos necessaacuterios e

indispensaacuteveis para o sucesso do processo

Quadro 7 ndash Identificaccedilatildeo dos Recursos Criacuteticos

Operaccedilatildeo

Projeto

Recursos Criacuteticos

Controle dos recursos criacuteticos

Accedilatildeo estrateacutegica

Ator que controla

Motivaccedilatildeo

ldquoMutiratildeo da

limpezardquo

realizar um dia

por mecircs para

limpeza em

parceria com a

populaccedilatildeo

Poliacutetico Veiculo e pessoal para limpeza das ruas

Empresa Municipal de Obras Puacuteblicas

Evitar que lixo se acumule nas ruas

Criaccedilatildeo do dia da limpeza e apresentaccedilatildeo da administraccedilatildeo para apreciaccedilatildeo

ldquoFora Denguerdquo Intensificaccedilatildeo das accedilotildees educativas nas escolas e nos grupos e associaccedilatildeo de bairro

Poliacutetico Articulaccedilatildeo interssetorial Financeiro Disponibilizaccedilatildeo de material informativo

Secretaria Municipal de Sauacutede Secretaria Municipal de Educaccedilatildeo Associaccedilatildeo de bairros

Despertar na comunidade a consciecircncia de sauacutede coletiva

Despertar nos discentes e na comunidade o desejo de erradicar os focos da dengue

ldquoMapeamento

dos lotes sujosrdquo

Realizar o

mapeamento

dos terrenos

sujos

Poliacutetico Notificar os

proprietaacuterios para limpeza do

terreno Financeiro

Recurso para impressatildeo das

notificaccedilotildees

Secretaria Municipal de

Sauacutede

Evitar que as pessoas joguem lixo e entulho em lotes vagos

Conservaccedilatildeo e limpeza dos lotes vazios

58 Oitavo Passo Anaacutelise de Viabilidade do Plano

A proposta a seguir (Quadro 3) apresenta a motivaccedilatildeo para a viabilidade do plano

visto que alguns dos recursos necessaacuterios fogem agrave governabilidade da ESF

36

Quadro 8 ndash Viabilidade do Plano

Operaccedilatildeo

Projeto

Recursos Criacuteticos

Controle dos recursos criacuteticos

Accedilatildeo estrateacutegica

Ator que controla

Motivaccedilatildeo

ldquoMutiratildeo da

limpezardquo

realizar um dia

por mecircs para

limpeza em

parceria com a

populaccedilatildeo

Poliacutetico Veiculo e pessoal para limpeza das ruas

Empresa Municipal de Obras Puacuteblicas

Favoraacutevel Criaccedilatildeo do dia da limpeza e apresentaccedilatildeo agrave administraccedilatildeo para apreciaccedilatildeo

ldquoFora Denguerdquo Intensificaccedilatildeo das accedilotildees educativas nas escolas e nos grupos e associaccedilatildeo de bairro

Poliacutetico Articulaccedilatildeo interssetorial Financeiro Disponibilizaccedilatildeo de material informativo

Secretaria Municipal de Sauacutede Secretaria Municipal de Educaccedilatildeo Associaccedilatildeo de bairros

Favoraacutevel

Despertar nos escolares e na comunidade o desejo de erradicar os focos da dengue

ldquoMapeamento

dos lotes sujosrdquo

Realizar o

mapeamento

dos terrenos

sujos

Poliacutetico Notificar os

proprietaacuterios para limpeza do

terreno Financeiro

Recurso para impressatildeo das

notificaccedilotildees

Secretaria Municipal de

Sauacutede

Indiferente

Conservaccedilatildeo e limpeza dos lotes vazios

37

59 Nono Passo Elaboraccedilatildeo do Plano Operativo

A proposta a seguir no Quadro 9 identifica os atores envolvidos lhes atribuiacutedo

responsabilidades e prazos a cumprir

Quadro 9 ndash Plano Operativo

Operaccedilotildees Resultados Accedilotildees Estrateacutegicas

Responsaacutevel Prazo

ldquoMutiratildeo da limpezardquo realizar um dia por mecircs para limpeza em parceria com a populaccedilatildeo

Limpeza das ruas

e quintais

Coleta de lixo

das ruas Incentivo a limpeza de

lotes e quintais

Equipe de ACS

Durante todo ano

ldquoFora Denguerdquo Intensificaccedilatildeo das accedilotildees educativas nas escolas e nos grupos e associaccedilatildeo de bairro

Uma comunidade

consciente das suas

responsabilidades

Insistir e reforccedilar com

accedilotildees educativas para que

populaccedilatildeo mantenha as ruas limpas e coloque o lixo

para ser recolhido

Enfermeiro ESF

Durante todo o ano

ldquoMapeamento dos lotes

sujosrdquo Realizar o

mapeamento dos terrenos

sujos

Identificar os focos e eliminaacute-

los

Criaccedilatildeo de um mapa onde ocorreram focos do mosquito

ACS e

Enfermeiro

Trecircs meses

510 Deacutecimo Passo Gestatildeo do Plano

Com a gestatildeo do plano eacute possiacutevel aos responsaacuteveis acompanhar e monitorar as

accedilotildees avaliando e sempre que necessaacuterio readequando as eventuais falhas do

processo

38

Quadro 10ndash Gestatildeo do Plano

Produtos Responsaacutevel Prazo Situaccedilatildeo Atual

Justificativa Novo Prazo

ldquoMutiratildeo da

limpezardquo

realizar um

dia por mecircs

para limpeza

em parceria

com a

populaccedilatildeo

Enfermeiro da ESF

Inicio imediatamente

(logo apoacutes apresentaccedilatildeo

do projeto)

ldquoFora Denguerdquo Intensificaccedilatildeo das accedilotildees educativas nas escolas e nos grupos e associaccedilatildeo de bairro

Enfermeiro Provab

Durante todo ano

ldquoMapeamento

dos lotes

sujosrdquo

Realizar o

mapeamento

dos terrenos

sujos

ECS e Equipe

de Epidemiologia

Um mecircs para

inicio das atividades

Aleacutem dos 10 passos do Planejamento Estrateacutegico Situacional optei por incluir outros

02 passos que tecircm a finalidade de contribuir para o processo de avaliaccedilatildeo da

Proposta de Intervenccedilatildeo Estatildeo contidos nos itens 511 e 512 a seguir

511 Avaliaccedilatildeo dos Resultados

O instrumento para avaliaccedilatildeo seraacute o Sistema de Informaccedilotildees de Agravos de

Notificaccedilatildeo ndash SINAN

ldquoque tem por objetivo o registro e processamento dos dados sobre agravos

de notificaccedilatildeo em todo o territoacuterio nacional fornecendo informaccedilotildees para

anaacutelise do perfil da morbidade e contribuindo desta forma para a tomada

de decisotildees em niacutevel municipal estadual e federalrdquo (IBGE 2014)

39

Segundo Moraes e Duarte (2009) o SINAN tem sido principal fonte de dados

para coordenaccedilatildeo das accedilotildees de vigilacircncia epidemioloacutegica tanto no sentido de

controle da doenccedila quando como fonte de pesquisa

512 Resultados Eesperados

O resultado esperado eacute

Estabelecer a construccedilatildeo de conhecimento que favoreccedila o autocuidado e a

capacidade de emancipaccedilatildeo da comunidade criando um ambiente seguro com

ecircnfase na educaccedilatildeo e sauacutede com vistas agrave reduccedilatildeo dos casos de dengue na

populaccedilatildeo adscrita da UBS Santos Dumont

40

6 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

O Programa de Valorizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Baacutesica (PROVAB) abriu muitos

caminhos para um horizonte promissor no desenvolvimento da promoccedilatildeo da sauacutede

e da prevenccedilatildeo no campo de atuaccedilatildeo do Programa Sauacutede na Escola criando um

viacutenculo de amizade e confianccedila uma verdadeira parceria com os alunos essencial

na construccedilatildeo de uma sociedade consciente e capaz de cuidar da sua sauacutede de

maneira preventiva loacutegica essa defendida pelo Sistema Uacutenico de Sauacutede

Para noacutes enfermeiros eacute oportunidade de ampliar o horizonte de atuaccedilatildeo

ensinando e aprendendo com o comportamento das crianccedilas dos adolescentes e

jovens vendo de maneira impar o grande desafio da educaccedilatildeo em formar cidadatildeos

com mais sauacutede Como gratificaccedilatildeo recebemos o reconhecimento dos alunos

professores e diretores algo que fica marcado para sempre na formaccedilatildeo do

profissional os laccedilos de confianccedila amizade e reconhecimento satildeo a maior

recompensa e certeza de missatildeo cumprida

Como a Equipe de Sauacutede da Famiacutelia tem como principal objetivo trabalhar na

prevenccedilatildeo de doenccedilas e agravos criando viacutenculos com a clientela a missatildeo de

promover a emancipaccedilatildeo de seus usuaacuterios com ecircnfase no autocuidado exige de

noacutes muita articulaccedilatildeo e intensificaccedilatildeo de accedilotildees educativas Especificamente no caso

da dengue o cumprimento desta missatildeo pode evitar que as constantes epidemias

se tornem parte do cotidiano das pessoas auxiliando os moradores da comunidade

na adoccedilatildeo de medidas responsaacuteveis que visem o cuidado com a sua sauacutede e da

sauacutede da comunidade

Neste sentido a educaccedilatildeo em sauacutede desempenha um papel importante em

manter a comunidade sempre vigilante e em alerta pois o perigo eacute eminente e vive

dentro dos lares das pessoas esperando apenas o momento oportuno e condiccedilotildees

favoraacuteveis para transmitir a dengue

O trabalho dos agentes de controle de endemias e da ESF deve ser

constante focado na eliminaccedilatildeo dos criadouros do mosquito transmissor da dengue

A comunidade deve colaborar com livre acesso dos agentes agraves residecircncias na

colaboraccedilatildeo para eliminaccedilatildeo dos focos nos domiciacutelios e peridomiciacutelios e

multiplicaccedilatildeo das informaccedilotildees sobre o ciclo de vida do vetor entre os vizinhos

amigos e parentes informando que todos estatildeo expostos agrave doenccedila e a mudanccedila de

comportamento pode diminuir os riscos de contrair a dengue

41

Ao poder puacuteblico eacute necessaacuterio adotar um planejamento adequado para

garantir aos cidadatildeos a infraestrutura miacutenima necessaacuteria para viver em comunidade

serviccedilos essenciais como saneamento coleta de lixo e mobilidade que favorecem a

criaccedilatildeo de um ambiente seguro com sauacutede e qualidade de vida

42

REFEREcircNCIAS

ALMEIDA M CM et al Dinacircmica intra-urbana das epidemias de dengue em Belo Horizonte Minas Gerais Brasil 1996-2002 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2008 vol24 n10 pp 2385-2395 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv24n1019pdf Acesso em 02 de out de 2014 ALVES V S A Um modelo de educaccedilatildeo em sauacutede para o Programa Sauacutede da Famiacutelia pela integralidade da atenccedilatildeo e reorientaccedilatildeo do modelo assistencial Interface - Comunic Sauacutede Educ v9 n16 p39-52 set2004fev2005 Disponiacutevel em httpswwwnesconmedicinaufmgbrbibliotecaimagem0303pdf Acesso de jun de 2014 BACKES DS et al (2012) O papel profissional do enfermeiro no Sistema Uacutenico de Sauacutede da sauacutede comunitaacuteria agrave estrateacutegia de sauacutede da famiacutelia Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva

17(1)223-230 2012 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcscv17n1a24v17n1pdf Acesso em 12 de jan 2015 BRASIL Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sauacutede Consulta Estabelecimento - Modulo Profissional - Profissional por Estabelecimento Disponiacutevel em httpcnesdatasusgovbrMod_ProfissionalaspVCo_Unidade=3122302159651 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Cadernos de Informaccedilotildees de Sauacutede Minas Gerais DATASUS TABNET (2010) Disponiacutevel em httptabnetdatasusgovbrtabdatacadernosmghtm Acesso em16 de maio de 2014 BRASIL Dengue - instruccedilotildees para pessoal de combate ao vetor Manual de Normas teacutecnicas - 3 ed rev - Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede 2001 84 p il 30 cm Disponiacutevel em httpbvsmssaudegovbrbvspublicacoesfunasaman_denguepdf acesso em 15 de out de 2014 BRASIL Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz Vetor da dengue na Aacutesia A albopictus eacute alvo de estudos Publicada em 18122008 agraves 1249 Disponiacutevel em httpwwwfiocruzbrioccgicgiluaexesysstarthtminfoid=576ampsid=32amptpl=printerview Acesso em 12 de jan de 2015 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Censo demograacutefico 2010 sinopse Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=1ampsearch=minas-gerais|divinopolis|censo-demografico-2010-sinopse- Acesso em 15 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Divinoacutepolis morbidades hospitalares ndash 2012 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=114ampsearch=minas-gerais|divinopolis|morbidades-hospitalares-2012 Acesso em 12 de maio de 2014

43

BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estaacutetica Divisatildeo Territorial do Brasil e Limites Territoriais Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE) (1 de julho de 2008) Disponiacutevel em httpwwwibgegovbrhomegeocienciascartografiadefault_dtb_intshtm Acesso em16 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Ensino - matriacuteculas docentes e rede escolar ndash 2012 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=117ampsearch=minas-gerais|divinopolis|ensino-matriculas-docentes-e-rede-escolar-2012 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estaacutetica Histoacuterico do Municiacutepio disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrpainelhistoricophplang=ampcodmun=312230ampsearch=minas-gerais|divinopolis|infograficos-historico Acesso 10 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Informaccedilotildees completas Populaccedilatildeo em 2010 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrasperfilphplang=ampcodmun=312230 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Serviccedilos de sauacutede ndash 2009 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=5ampsearch=minas-gerais|divinopolis|servicos-de-saude-2009 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Sistema de informaccedilotildees de agravos de notificaccedilatildeo ndash SINAN Disponiacutevel em httpcesibgegovbrbase-de-dadosmetadadosministerio-da-saudesistema-de-informacoes-de-agravos-de-notificacao-sinan Acesso em 16 de Nov de 2014 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede Dengue aspectos epidemioloacutegicos diagnoacutestico e tratamento Ministeacuterio da Sauacutede Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede ndash Brasiacutelia Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede 2002 Disponiacutevel em httpbvsmssaudegovbrbvspublicacoesdengue_aspecto_epidemiologicos_diagnostico_tratamentopdf Acesso em 02 de out de 2014 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede FUNSA Programa Nacional de Combate a Dengue PNCD Disponiacutevel em httpbvsmssaudegovbrbvspublicacoespncd_2002pdf Acesso em 21 de jun de 2014 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portal Brasil Disponiacutevel em httpwwwbrasilgovbrsaude201311saude-libera-mais-de-r-360-mi-para-combate-a-dengue Acesso em 10 de Nov de 2014

44

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede Departamento de Vigilacircncia Epidemioloacutegica Diretrizes nacionais para prevenccedilatildeo e controle de epidemias de dengue Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede Departamento de Vigilacircncia Epidemioloacutegica ndash Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2009 160 p Disponiacutevel em httpwwwansgovbrportalimgemaildiretrizes_reimpressao_webpdf Acesso em 16 de Nov de 2014

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede (2014) Monitoramento dos casos de dengue e febre de chikungunya ateacute a Semana Epidemioloacutegica (SE) 53 de 2014 Dengue Boletim Epidemioloacutegico ISSN 2358-9450 Volume 46 Ndeg 3 ndash 2015 Disponiacutevel em httpportalsaudesaudegovbrimagespdf2015janeiro192015-002---BE-at---SE-53pdf Acesso em 22 mar de 2015 BRASILSINANONLINE e DVASVEASTSub VPSSES-MG (20122013) Disponiacutevel em httpwwwsaudemggovbrcomponentgmgstory6489-informe-epidemiologico-da-dengue-30-05-2014 Acesso em 08 de jun de 2014 CAMPOS FCC FARIA H P SANTOS MA Planejamento e avaliaccedilatildeo das accedilotildees em sauacutede Curso de Especializaccedilatildeo em Atenccedilatildeo Baacutesica em Sauacutede da Famiacutelia NESCONUFMG Curso de Especializaccedilatildeo em Atenccedilatildeo Baacutesica agrave Sauacutede da Famiacutelia 2ed Belo Horizonte NesconUFMG 2010 Disponiacutevel em lthttpswwwnesconmedicinaufmgbrbibliotecaregistroPlanejamento_e_avaliacao_das_acoes_de_saude_23gt Acesso em Dezembro 2014 DIVINOacutePOLIS Estatuto dos Conselhos Distritais de Sauacutede Conselho Municipal de Sauacutede 1998 DIVINOacutePOLIS Mapa da cidade Disponiacutevel em httpwwwdivinopolismggovbrportalpaginasgeograficosimagensmapadacidadepdf Acesso em 08 de jun de 2014 DIVINOPOLIS Secretaria Municipal de Sauacutede SEMUSA Sistema Integrado de Sauacutede Paciente Famiacutelia Acesso Local Acesso em 15 de maio de 2014 FERREIRA B J et al Evoluccedilatildeo histoacuterica dos programas de prevenccedilatildeo e controle da dengue no Brasil Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2009 vol14 n3 pp 961-972 ISSN 1413-8123 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcscv14n332pdf Acesso em 21 de jun de 2014 FERREIRA IT RN VERAS M A S M and SILVA RA Participaccedilatildeo da populaccedilatildeo no controle da dengue uma anaacutelise da sensibilidade dos planos de sauacutede de municiacutepios do Estado de Satildeo Paulo BrasilCad Sauacutede Puacuteblica [online] 2009 vol25 n12 pp 2683-2694 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielosporgpdfcspv25n1215pdf Acesso em 10 de out de 2014 FIGUEIREDO LT M OWA M A CARLUCCI R H and OLIVEIRA L de Estudo sobre o diagnoacutestico laboratorial e sintomas do dengue durante epidemia ocorrida na regiatildeo de Ribeiratildeo Preto SP Brasil Rev Inst Med trop S Paulo [online] 1992

45

vol34 n2 pp 121-130 ISSN 0036-4665 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfrimtspv34n2a07v34n2pdf Acesso em 13 ago de 2014 FIGUEIROacute AC et al Oacutebito por dengue como evento sentinela para avaliaccedilatildeo da qualidade da assistecircncia estudo de caso em dois municiacutepios da Regiatildeo Nordeste Brasil 2008 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2011 vol27 n12 pp 2373-2385 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv27n1209pdf Acesso em 12 de out de 2014 GIRAtildeO RV et al Educaccedilatildeo em sauacutede sobre a dengue contribuiccedilotildees para o desenvolvimento de competecircncias J res fundam care online 2014 janmar 6(1) 38-46 Disponiacutevel em httpwwwseeruniriobrindexphpcuidadofundamentalarticleview2659pdf_1043 Acesso em 21 de jun de 2014 GONCcedilALVES NETO V S et al Conhecimentos e atitudes da populaccedilatildeo sobre dengue no Municiacutepio de Satildeo Luiacutes Maranhatildeo Brasil 2004 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2006 vol22 n10 pp 2191-2200 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv22n1018pdf Acesso em 10 de out de 2014 LEFEVRE A MC et al Representaccedilotildees sobre dengue seu vetor e accedilotildees de controle por moradores do municiacutepio de Satildeo Sebastiatildeo litoral Norte do Estado de Satildeo Paulo Brasil Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2007 vol23 n7 pp 1696-1706 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv23n722pdf Acesso em 16 de out de 2014 LIMA E C VILASBOAS ALQ Implantaccedilatildeo das Accedilotildees Interssetoriais de Mobilizaccedilatildeo Social do Paraacute o Controle da dengue na Bahia Brasil Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2011 vol27 n8 pp 1507-1519 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv27n806pdf Acesso em 16 de out de 2014 MACHADO RM et al (2013) HISTORIA DA SAUacuteDE MENTAL DE DIVINOacutePOLIS-MG Revista de Enfermagem do Centro Oeste Mineiro 2013 maiago 3 (2) 752-760 httpwwwseerufsjedubrindexphprecomarticleview228439 Acesso em 08 de abr de 2015 MAYO R C et al BEPA - Boletim Epidemioloacutegico Paulista 8(88) 4-12 abr 2011 tab Graf Disponiacutevel em fileCUsersnoteDownloadsv8n88a0120(1)pdf Acesso em 12 de out de 2014 MINAS GERAIS Secretaria Estadual de Sauacutede Programa Estadual de Controle Permanente da Dengue SITUACcedilAtildeO ATUAL DA DENGUE EM MINAS GERAIS RESUMO INFORMATIVO - 15122014 Disponiacutevel em httpwwwsaudemggovbrimagesdocumentosAnaliseDengue15-12-2014pdf Acesso em 10 de jan de 2015 MINAS GERAIS Secretaria de Estado da Sauacutede de Minas Gerais Programa Sauacutede em Casa Disponiacutevel em httpwwwsaudemggovbrpoliacuteticas_de_saudeprograma-saude-em-casa Acesso em 10 de maio de 2014

46

MORAES GH and DUARTE E C Anaacutelise da concordacircncia dos dados de mortalidade por dengue em dois sistemas nacionais de informaccedilatildeo em sauacutede Brasil 2000-2005 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2009 vol25 n11 pp 2354-2364 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielosporgpdfcspv25n1106pdf Acesso em 29 de Nov de 2014 PENNA M L F Um desafio para a sauacutede puacuteblica brasileira o controle do dengue Cad Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro 19(1) 305-309 jan-fev 2003 Disponiacutevel em httpwwwscielosporgpdfcspv19n114932pdf Acesso em 21 de jun de 2014

PREFEITURA MUNICIPAL DE DIVINOacutePOLIS BALANCcedilO DA DENGUE Disponiacutevel em httpwwwdivinopolismggovbrportalnoticiaphpid=11507 Acesso em 19 jan de 2015

RIBEIRO P C SOUSA DC ARAUJO TME Perfil cliacutenico-epidemioloacutegico dos casos suspeitos de Dengue em um bairro da zona sul de Teresina PI Brasil Rev bras enferm [online] 2008 vol61 n2 pp 227-232 ISSN 0034-7167 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfrebenv61n2a13v61n2pdf Acesso em 28 de jul de 2014 VALENTE G SC et al Problematizaccedilatildeo Como Estrateacutegia de Educaccedilatildeo em Sauacutede no Combate a Dengue Um Relato de Experiecircncia R Pesq cuid Fundam Online 2012 outdez 4(4)2987-94 Disponiacutevel em httpwwwseeruniriobrindexphpcuidadofundamentalarticleview1888pdf_641 Acesso em 08 jun de 2014 TEIXEIRA LAS et al Persistecircncia dos sintomas de dengue em uma populaccedilatildeo de Uberaba Minas Gerais Brasil Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2010 vol26 n3 pp 624-630 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv26n319pdf Acesso em 16 de out de 2014

Page 10: PLANO DE AÇÃO NO COMBATE A DENGUE: EDUCAR PARA EVITAR · 2019-11-14 · The Divinopolis follows the same trend, with 4680 notifications and 4139 confirmed ... banhado pelas bacias

10

passou a denominar-se Divinoacutepolis elevada agrave condiccedilatildeo de cidade pela Lei Estadual

nordm 663 de 18-09-1915

113 Aspectos Geograacuteficos Socioeconocircmicos e Demograacuteficos

O municiacutepio estaacute localizado no centro-oeste mineiro a economia da cidade eacute

baseada na induacutestria tecircxtil e na siderurgia tendo um comeacutercio de artigos de

vestuaacuterio muito atuante no mercado Segundo IBGE (BRASIL 2010) a cidade tem

8012 empresas atuantes com uma populaccedilatildeo de empregados assalariados de 54

909 com renda mensal de 22 salaacuterios miacutenimos

114 Sauacutede em Divinoacutepolis

Segundo Machado et al (2013) Divinoacutepolis se destaca no centro oeste

mineiro como importante polo para a sauacutede na meacutedia e alta complexidade eacute sede

da Macrorregiatildeo Oeste de Sauacutede que abrange 6 microrregiotildees somando no total 55

municiacutepios sendo sede da Gerencia Regional de Sauacutede destacando-se no cenaacuterio

como uma das 10 cidades mais importes de Minas Gerais Contudo conforme o

Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2010) na Atenccedilatildeo Primaacuteria a cidade natildeo apresenta

um bom desempenho com apenas 203 de cobertura de PSF

No ano de 2014 a Secretaria Municipal de Sauacutede (SEMUSA) credenciou o

municiacutepio no Programa de Valorizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Baacutesica (PROVAB) criado pela

Portaria Interministerial Ministeacuterio da SauacutedeMinisteacuterio da Educaccedilatildeo nordm 2087 de 01

de setembro de 2011 com o objetivo de estimular e valorizar o profissional de sauacutede

para atuar nos municiacutepios onde eacute de difiacutecil acesso e regiotildees metropolitanas com

escassez de profissionais O trabalho eacute desenvolvido em conjunto com a equipe

multiprofissional na Atenccedilatildeo Baacutesica local sendo uma grande oportunidade para

meacutedicos enfermeiros dentistas receacutem-formados atuarem na equipe de sauacutede da

famiacutelia

Assim em 2014 foram contratados cinco enfermeiros pelo Ministeacuterio da Sauacutede

para atuar no Programa Sauacutede na Escola por um ano sem prejuiacutezo das atividades

de rotina na Unidade Baacutesica de Sauacutede (UBS) O enfermeiro trabalha prioritariamente

com atividades educativas nas escolas existentes na aacuterea de abrangecircncia da UBS

realizando atividades de avaliaccedilatildeo da sauacutede dos escolares como peso e medida

11

acuidade visual afericcedilatildeo de pressatildeo arterial atualizaccedilatildeo do calendaacuterio vacinal

alimentaccedilatildeo promoccedilatildeo de sauacutede rastreamento para doenccedilas como hanseniacutease

glaucoma tracoma helmintiacuteases e encaminhamentos para consultas

especializadas tornando-se um importante elo entre a sauacutede e a educaccedilatildeo

Mapa 1 - Cidade de Divinoacutepolis ndash MG Regiatildeo Sudeste

Fonte Prefeitura de Divinoacutepolis httpwwwdivinopolismggovbrportalpaginasgeograficosimagensmapadacidadepdf

A administraccedilatildeo municipal estaacute haacute oito anos com o PSDB tendo a frente do

municiacutepio o senhor Vladmir Faria de Azevedo sendo seu Secretaacuterio de Sauacutede o

Senhor David Maia dOliveira como coordenadora da Atenccedilatildeo Baacutesica de Sauacutede a

Enfermeira Inecircs Alcione e Coordenadoras da Sauacutede Bucal Ronara Machado e Liacutevia

Melo Nere Segundo o IBGE (BRASIL 2010) o municiacutepio tem uma populaccedilatildeo

estimada em 226345 habitantes

115 Sistema Local de Sauacutede

Criado no ano 1991 segundo o Estatuto dos Conselhos Distritais de Sauacutede

(DIVINOacutePOLIS 1998) o Conselho Municipal de Sauacutede foi instituiacutedo pela Lei

Municipal 00491 composto por usuaacuterios trabalhadores de sauacutede prestadores de

serviccedilo e gestores Nesse periacuteodo ocorreram as primeiras Conferecircncias Municipais

de Sauacutede e a criaccedilatildeo dos seis Conselhos Distritais que atuam ateacute hoje a formaccedilatildeo

dos Conselhos Locais de Sauacutede agregados agraves equipes de Sauacutede da Famiacutelia

12

Quanto agrave Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia segundo o Ministeacuterio da Sauacutede

(BRASIL 2010) Divinoacutepolis possuiacutea em fevereiro de 2010 apenas 203 de

cobertura de Atenccedilatildeo Baacutesica Em dezembro de 2014 segundo Ministeacuterio da Sauacutede

(BRASIL 2014) a cobertura estimada natildeo passava dos 4602 da populaccedilatildeo

classificando-se como o menor iacutendice do Estado quando comparado a outros

municiacutepios de mesmo porte conforme graacutefico abaixo

Graacutefico 1 Cobertura pela Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia - Divinoacutepolis ndash MG - 2010

213277

221764

262278241720

292529227438

00

150

300

450

600

750

900

Sa

nta

Lu

zia

Ub

era

ba

Ipa

tin

ga

Go

ve

rna

do

r

Va

lad

are

s

Se

te

La

go

as

Div

inoacute

po

lis

populaccedilatildeo em milhares

Fonte Secretaria de Estado da Sauacutede de Minas Gerais - Programa Sauacutede em Casa

httpwwwsaudemggovbrpoliticas_de_saudeprograma-saude-em-casa

Com relaccedilatildeo aos estabelecimentos de sauacutede segundo dados do IBGE (BRASIL

2009) a cidade conta com trecircs hospitais particulares Santa Mocircnica Santa Luacutecia e

Satildeo Judas Tadeu e um filantroacutepico Satildeo Joatildeo de Deus totalizando 555 leitos sendo

que destes 352 satildeo leitos contratados pelo SUS Segundo ainda o IBGE (BRASIL

2009) o municiacutepio conta com 38 estabelecimentos de sauacutede municipais de acordo o

Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sauacutede - CNES satildeo 15 Centros de

Sauacutede e 20 Equipes de Sauacutede da Famiacutelia O serviccedilo de atendimento ambulatorial

conta com 68 estabelecimentos sendo que 41 tecircm convecircnio com o Sistema Uacutenico de

Sauacutede (SUS)

116 Nuacutemero de Oacutebitos por Causa ndash Divinoacutepolis 2012

13

De acordo com dados do IBGE (BRASIL 2012) em 2012 foram registrados

581 oacutebitos sendo 302 homens e 279 mulheres as doenccedilas neoplaacutesicas foram

responsaacuteveis por 173 oacutebitos2977 do aparelho circulatoacuterio foram responsaacuteveis

por 121 oacutebitos208 das mortes seguidas pelas doenccedilas respiratoacuterias 821411

oacutebitos por doenccedila do aparelho digestivo 467 9 doenccedilas infecciosas e

parasitaacuterias 41 oacutebitos70 oacutebitos por doenccedilas do aparelho geniturinaacuterio 3255

mortes por causas externas 27464 oacutebitos por doenccedilas relacionadas ao sangue

oacutergatildeos hematoloacutegicos transtornos imunitaacuterios 406 oacutebitos por doenccedilas de pele e

do tecido subcutacircneo total de 5086 outras mortes somam 86 Estes dados

estatildeo representados no graacutefico abaixo

Graacutefico 2 - Nuacutemero de Oacutebitos por Causa Divinoacutepolis ndash 2012

Obitos em DIvinoacutepolis em 2012

Homens

Mulheres

Neoplasias

Ap circulatoacuterio

Doeccedilas respiratoacuterias

Aparelho digestivo

Doenccedilas infecciosas

Aparelho Geniturinaacuterio

Causas externas

Doenccedilas hematoloacutegicas Fonte IBGE cidades ibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=114ampsearch=minas-

gerais|divinopolis|morbidades-hospitalares-2012

117 Sistema Local de Educaccedilatildeo

O municiacutepio segundo IBGE (BRASIL 2012) tem 1589 docentes atuando na

rede de educaccedilatildeo baacutesica no ensino meacutedio conta com 562 docentes no ensino

fundamental 739 docentes e a educaccedilatildeo infantil com 288 docentes O ensino

fundamental conta com uma rede de 88 escolas sendo 26 privadas 30 da rede

puacuteblica estadual e 32 da rede municipal O ensino meacutedio tem um total de 29 escolas

sendo oito privadas 20 da rede estadual e uma da rede federal Ainda segundo o

14

IBGE (BRASIL 2012) satildeo 27484 alunos matriculados no ensino fundamental 8211

no ensino meacutedio 4808 na preacute-escola Segundo o IBGE (BRASIL 2010) o iacutendice de

desenvolvimento humano ndash IDH ficou em 0764 acima da meacutedia nacional que eacute de

0730

12 Diagnoacutestico Situacional

121 Unidade Baacutesica de Sauacutede ndash Bairro Santos Dumont

A unidade baacutesica de sauacutede em que atuo estaacute localizada a Rua Liacuterios do Vale

141 Bairro Santos Dumont telefone (37) 32153674 local de faacutecil acesso com rua

pavimentada Funciona de 07h00min as 11h00min horas e de 13h00min as

17h00min horas de segunda a sexta-feira segundo o Cadastro Nacional de

Estabelecimentos de Sauacutede - CNES (BRASIL 2014)

Foto 1 - Unidade Baacutesica de Sauacutede Santos Dumont - Divinoacutepolis-MG 2014

Fonte httpswwwgooglecombrmapsplaceRua+JosC3A9+VenC3A2ncio+218+-+Aeroporto-20175673 448774553a75y16155h90tdata=3m41e13m21siLj6mpeG5CZyGTTQQ_cwTA2e04m23m11s0xa0a4e2a9c17ea50x429732233cce4192

A aacuterea de abrangecircncia da UBS Santos Dumont compreende a regiatildeo

sudoeste da cidade de Divinoacutepolis composta pelos bairros Santos Dumont Maria

Peccedilanha Quinta das Palmeiras Costa Azul e Terra Azul

15

Mapa 2 - Aacuterea de Abrangecircncia da UBS Santos Dumont ndash Divinoacutepolis-MG 2014

Fonte Prefeitura Municipal de Divinoacutepolis fileCUsersnoteDesktopmapadacidade20(1)20(1)pdf

122 Recursos Humanos

Segundo o Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sauacutede (2014) a

equipe eacute composta por um enfermeiro da estrateacutegia de sauacutede da famiacutelia com 40

horas semanais um cirurgiatildeo dentista com carga horaacuteria de 40 horas semanais um

meacutedico cliacutenico com 40 horas semanais um agente de serviccedilos gerais de 40 horas

semanais 4 agentes comunitaacuterios de sauacutede com 40 horas semanais e um auxiliar de

sauacutede bucal de 40 horas semanais Conforme quadro abaixo

Quadro 1 - Equipe de Sauacutede do UBS Santos Dumont 2014

Fonte Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sauacutede

Segundo o Sistema Integrado de Sauacutede - SIS a Unidade Santos Dumont tem

uma populaccedilatildeo cadastrada de 2208 habitantes com um nuacutemero estimado de 673

16

famiacutelias Quanto ao niacutevel de escolaridade da populaccedilatildeo adscrita assim estaacute

distribuiacuteda doutorado 2 mestrado 1 poacutes-graduaccedilatildeo 1 superior completo 22

superior incompleto 9 fundamental incompleto 123 ensino meacutedio completo 287

fundamental incompleto 1105 meacutedio incompleto 424 analfabetos 226 e natildeo

informado 08 sendo assim a taxa de analfabetismo eacute 1023 acima da meacutedia

nacional conforme o censo do IBGE (BRASIL 2010) que foi de 96 conforme

quadro abaixo

Quadro 2 - Niacutevel de escolaridade da populaccedilatildeo de referecircncia da UBS Santos

Dumont 2014

NIacuteVEL DE ESCOLARIDADE

Doutorado Mestrado Poacutes- graduaccedilatildeo

Superior Superior Incompleto

Fundamental Completo

Ensino meacutedio

Ensino meacutedio incompleto

Fundamental incompleto

Analfabeto Outros

M1 0 0 0 2

20 33 52 240 39 3

M2 1 1 1 15 5 62 102 90 228 47 3

M3 0 0 0 4 2 11 38 252 164 54 1

M4 1

1 2 30 114 30 473 86 1

Sub total 2 1 1 22 9 123 287 424 1105 226 8

POPULACcedilAtildeO TOTAL 2208

Fonte Sistema Integrado de Sauacutede 2014

123 Doenccedilas Crocircnicas

Com relaccedilatildeo agraves doenccedilas crocircnicas segundo o Sistema Integrado de Sauacutede haacute na

comunidade 199 clientes com hipertensatildeo arterial com diabetes 68 clientes com

alguma deficiecircncia 6 com doenccedila de chagas 1 alcoolismo 1 epilepsia 3 e com 8

gestantes

Quadro 3 - Total de Hipertensos e Diabeacuteticos da UBS por Microaacuterea Divinoacutepolis ndash MG 2014

HIPERTENSOS E DIABEacuteTICOS POR MICROAacuteREA

ACS Gracielle Suzana Rosana Rosilene TOTAL

MICROAacuteREA M1 M2 M3 M4

Hipertensatildeo 22 58 16 103 199

Diabeacuteticos 5 21 3 39 68 Fonte Sistema Integrado de Sauacutede de Divinoacutepolis SIS 2014

17

124 Doenccedilas Endecircmicas ndash A Dengue

A Dengue eacute uma doenccedila de origem africana que foi introduzida no paiacutes

segundo Valente et al (2012) por volta do seacuteculo XIX encontrando no Brasil um

clima e condiccedilotildees muito favoraacuteveis a sua multiplicaccedilatildeo mesmo sendo uma doenccedila

antiga o mosquito transmissor da dengue se mostra cada vez mais de difiacutecil controle

Todo ano atinge milhotildees de pessoas em todo mundo e no Brasil As seguidas

epidemias levaram o tema a ser discutido em vaacuterios setores como escolas veiacuteculos

de comunicaccedilatildeo nos setores de sauacutede e tambeacutem pela sociedade civil Segundo o

Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2014) de acordo com os dados contidos no Boletim

Epidemioloacutegico da 53ordf Semana Epidemioloacutegica foram registrados no paiacutes 591080

casos da doenccedila sendo que a regiatildeo Sudeste teve o maior nuacutemero de casos

312318 casos 528 Minas Gerais aparece com 1896 deste total A cidade de

Divinoacutepolis apresentou segundo a Secretaria Municipal de Sauacutede 4680 casos

notificados e segundo a Secretaria de Estado da Sauacutede foram notificados 06 oacutebitos

confirmados conforme quadro abaixo sendo que assim a cidade vem enfrentando

seguidas epidemias de Dengue tornando-se um dos problemas que mais preocupa

a comunidade

Quadro 4 - Casos de Oacutebitos por Dengue Grave em Minas Gerais - 2014

Municiacutepios Oacutebitos

confirmados

Araxaacute Arauacutejos

1 1

Campo Belo Candeias

1 1

Curvelo Divinoacutepolis

1 6

Dores do Indaiaacute 1 Formiga Fronteira Frutal

1 1 1

Itabira Itauacutena

1 2

Ituiutaba Juiz de Fora

1 4

Natalacircndia Nova Serrana

1 1

Passos 8

18

Paracatu 3 Prata Sabaraacute

1 1

Santa Barbara Santa Luzia Santos Dumont

1 1 1

Santa Margarida Uberlacircndia

1 3

Trecircs Coraccedilotildees 1

Total 47

Fonte SINAN ONLINE e DVASVEASTSubVPSSES MG

O grande nuacutemero de terrenos baldios e lotes vagos satildeo apontados pelos

moradores como principal causa do aumento dos focos do mosquito Aedes Aegypti

A foto abaixo mostra o aglomerado ainda pouco habitado onde existem muitas

aacutereas onde haacute somente vegetaccedilatildeo nativa o que favorece o descarte inadequado de

lixo e entulhos recipientes que acumulam aacutegua se tornando grande criadouro do

mosquito transmissor da dengue

Foto 2 - Aacuterea de abrangecircncia da Unidade Baacutesica de Sauacutede Santos Dumont 2014

Fonte httpswwwgooglecombrmaps-201840183-448801014180mdata=3m11e3

19

A regiatildeo ocupada pela populaccedilatildeo da aacuterea de abrangecircncia da UBS Santos

Dumont eacute uma regiatildeo de cerrado Segundo o IBGE (BRASIL 2010) o Iacutendice de

Desenvolvimento Humano - IDH eacute 0764 acima da meacutedia nacional que de 0730 A

cidade apresentou crescimento populacional no periacuteodo de 1991 a 2010

correspondentes a 2889 poreacutem os investimentos em infraestrutura como

pavimentaccedilatildeo e saneamento baacutesico natildeo acompanharam a taxa de crescimento da

cidade algo comum em grandes cidades e cidades de meacutedio porte no paiacutes Na aacuterea

do bairro ainda haacute presenccedila de mata nativa com ocupaccedilatildeo natildeo planejada a

populaccedilatildeo convive com riscos eminentes para a sua sauacutede

Segundo Valente et al (2012) diante do aumento dos casos de dengue

estrateacutegias tradicionais parecem natildeo terem mais o mesmo efeito de outrora Eacute

necessaacuterio o envolvimento de todos os setores sociais para buscar o controle da

situaccedilatildeo com accedilotildees de educaccedilatildeo e sauacutede que podem ser mais efetivas do que

apenas medidas unilaterais baseada em estatiacutesticas ministeriais

Apoacutes os vaacuterios casos atendidos na UBS o que se percebe eacute que ningueacutem

assume que o foco do mosquito possa estar na sua casa conforme afirmam Valente

et al (2012) que a culpa eacute sempre dos vizinhos que natildeo fazem a sua parte o que

torna relevante afirmar ser a negaccedilatildeo da ldquoquestatildeo da culpabilizaccedilatildeo individual e a

culpabilizaccedilatildeo do outrordquo (VALENTE 2012 p2990) Outro dado que chama a

atenccedilatildeo segundo a Secretaria Municipal de Sauacutede (DIVINOacutePOLIS 2014) eacute que os

levantamentos indicam que 9415 dos focos de dengue estatildeo dentro das

residecircncias O relato que os criadouros estatildeo sempre na casa do vizinho esse eacute

com certeza o maior ldquonoacute criacuteticordquo que precisa ser desconstruiacutedo o cidadatildeo se

preocupa com o vizinho e se esquece do seu domiciacutelio

Segundo balanccedilo divulgado pela Secretaria Municipal de Sauacutede

(DIVINOacutePOLIS 2014) os 4139 casos confirmados mais os exames que ainda

aguardam os resultados sinalizam para cidade que tem muito trabalho para

enfrentar esse grave problema de sauacutede puacuteblica Os bairros Nossa Senhora das

Graccedilas Centro Satildeo Joseacute Interlagos Niteroacutei Porto Velho Planalto Santos Dumont

Belvedere e Bom Pastor foram responsaacuteveis por 3027 dos casos notificados na

cidade Em meacutedia a UBS Santos Dumont em relaccedilatildeo agrave populaccedilatildeo adscrita

apresentou um percentual de 215 da populaccedilatildeo total com casos notificados como

se pode observar no quadro abaixo

20

Quadro 5 - Nuacutemero de casos de Dengue em Divinoacutepolis ndash 2014

NOSSA SENHORA DAS GRACcedilAS Fonte Prefeitura Municipal de Divinoacutepolishttpwwwdivinopolismggovbrportalnoticiaphpid=109802014

Segundo Valente et al (2012) a praacutetica de jogar lixo nas ruas como algo do

cotidiano mesmo sabendo que essa accedilatildeo remete aos proacuteprios moradores e a falta

de coleta seletiva regular levam ao acuacutemulo de recipientes de plaacutesticos que durante

o periacuteodo chuvoso tornam-se criadouros do mosquito Esse tambeacutem eacute um

importante tema que necessita ser trabalhado desde a preacute-escola em vaacuterias

oportunidades como reuniatildeo de bairros em eventos esportivos e festivos pois

somente com educaccedilatildeo da populaccedilatildeo se pode mudar essa realidade

BAIRROS COM MAIORES NUacuteMEROS DE CASOS DE DENGUE EM DIVINOacutePOLIS

Bairros NSG CENTRO Satildeo JOSEacute INTERLAGOS NITEROacuteI

PORTO VELHO PLANALTO

SANTOS DUMONT BELVEDERE

BOM PASTOR

307 350 192 123 124 1O8 104 101 98 96

TOTAL 1417

21

2 JUSTIFICATIVA

A enfermagem eacute uma arte cuidar prevenir e proteger a sauacutede o enfermeiro

que atua na equipe de sauacutede da famiacutelia tem importante papel na educaccedilatildeo e na

proteccedilatildeo de sua populaccedilatildeo adscrita por estar perto e conhecer a realidade de sua

comunidade Backes et al (2012)

O conhecimento dos problemas de uma populaccedilatildeo permite a equipe de

Sauacutede da Estrateacutegia da Famiacutelia o planejamento de accedilotildees efetivas e eficazes nas

principais causas de adoecimento de uma comunidade aleacutem de organizar de

maneira ordenada o atendimento da demanda e rotina dos serviccedilos ofertados na

Unidade Baacutesica de Sauacutede Backes et al (2012)

O tema dengue tem relevacircncia por ser a mais importante arbovirose que

atinge o ser humano na atualidade trazendo um enorme prejuiacutezo socioeconocircmico

para toda sociedade

Segundo Figueiredo et al (1992) a dengue eacute uma doenccedila com alta

morbidade e pode evoluir para um quadro grave de hemorragia podendo levar ao

oacutebito Ainda conforme Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2009) em oito paiacuteses do

continente americano e asiaacutetico incluindo o Brasil em 2009 foram gastos U$ 18

bilhotildees somente com despesas ambulatoriais e hospitalares sem contar os recursos

despendidos para vigilacircncia epidemioloacutegica

Em Divinoacutepolis em 2014 foram notificados 4680 notificaccedilotildees e 4139 casos

confirmados e os demais aguardando confirmaccedilatildeo segundo a Secretaria Municipal

de Sauacutede

Ainda outro ponto muito importante eacute que as pessoas acreditam que o

problema eacute sempre do outro conforme salientam Valente et al (2012) que a culpa

dos casos de dengue eacute do vizinho sendo assim ele natildeo se preocupa com a sua

residecircncia Neste mesmo sentido Giratildeo et al (2012) afirmam que devido agrave

adaptaccedilatildeo do vetor as aacutereas domiciliares e peridomiciliares o controle da doenccedila

sem a participaccedilatildeo da populaccedilatildeo estaacute fadado ao fracasso As accedilotildees educaccedilatildeo em

sauacutede satildeo uma ferramenta essencial nessa estrateacutegia proporcionando ao cidadatildeo

uma autonomia para cuidar da sua sauacutede e da prevenccedilatildeo e eliminaccedilatildeo do vetor

Portanto uma proposta de intervenccedilatildeo que enfatize esta participaccedilatildeo da

comunidade conhecendo suas potencialidades e suas necessidades justifica a

realizaccedilatildeo deste trabalho

22

3 OBJETIVOS

31 Objetivo Geral

Elaborar um plano de accedilatildeo com ecircnfase em educaccedilatildeo e sauacutede com vistas agrave

reduccedilatildeo do nuacutemero de casos de dengue no municiacutepio de Divinoacutepolis e

especificamente na aacuterea de abrangecircncia da Unidade de Sauacutede Santos

Dumont

32 Objetivos Especiacuteficos

Organizar um grupo comunitaacuterio de controle e combate ao mosquito

Aedes Aegypti

Despertar na comunidade adscrita da Unidade de Sauacutede Santos Dumont uma

visatildeo criacutetica sobre os novos processos de sauacutede e doenccedila com a priorizaccedilatildeo

de accedilotildees educativas

Descrever os passos de uma proposta de intervenccedilatildeo e acompanhamento de

resultados com ecircnfase em educaccedilatildeo e sauacutede com vista na reduccedilatildeo dos focos

do vetor transmissor da dengue

23

4 BASES CONCEITUAIS

41 Aspectos Gerais da Doenccedila

A dengue eacute atualmente a mais importante arbovirose que acomete o ser

humano no continente americano distribuiacuteda segundo Ferreira et al (2009) desde o

Uruguai ateacute a costa sul dos Estados Unidos abrangendo principalmente Venezuela

Cuba Brasil e Paraguai contaminando cerca de mais de 3 bilhotildees de pessoas em

todo mundo

Segundo Penna (2003) embora o vetor Aedes Aegypti natildeo seja natural das

Ameacutericas encontrou aqui um ambiente favoraacutevel agrave sua multiplicaccedilatildeo Introduzido no

Brasil possivelmente pela Aacutefrica em meados do seacuteculo XIX invadiu o paiacutes e se

expandiu para todo o territoacuterio nacional

Segundo Penna (2003) o vetor chegou a ser erradicado de 1967 a 1973 pelo

meacutetodo de aplicaccedilatildeo de inseticida de accedilatildeo residual que prevalecia por ateacute seis

meses a aplicaccedilatildeo se deu em depoacutesitos que continham ou natildeo aacutegua parada e

tambeacutem ateacute um metro dos potenciais focos do mosquito Atualmente com os

grandes aglomerados urbanos e com a infestaccedilatildeo em todo continente americano a

erradicaccedilatildeo do mosquito natildeo eacute mais viaacutevel por isso o Ministeacuterio da Sauacutede em

parceria com Organizaccedilatildeo Pan-americana da Sauacutede (OPAS) aderiu o ldquoPlano de

Intensificaccedilatildeo das Accedilotildees de Controle da Denguerdquo (PIACD) que trabalha com a

universalidade regional sincronicidade e continuidade das accedilotildees e natildeo na

erradicaccedilatildeo (FERREIRA et al 2009 p 963)

Valente et al (2012) Giratildeo et al (2014) salientam que eacute de fundamental

importacircncia entender que as atuais estrateacutegias de controle vetorial onde haacute

responsabilizaccedilatildeo dos cidadatildeos e eliminaccedilatildeo focal parecem natildeo ter mais efeito

efetivo no combate ao mosquito Aedes Aegypti Diante das seguidas epidemias haacute

necessidade de uma abordagem mais ampla do problema com a participaccedilatildeo efetiva

de toda populaccedilatildeo e de todos os setores da sociedade ldquoenfocando a determinaccedilatildeo

social do processo sauacutede-doenccedila e a transdisciplinalidade das accedilotildeesrdquo (VALENTE et

al 2012 p 2988)

No Brasil segundo Ferreira et al (2009) as condiccedilotildees socioambientais a

falta de saneamento a ausecircncia da coleta seletiva de lixo a maacute distribuiccedilatildeo de

24

renda e a baixa escolaridade criaram um ambiente muito favoraacutevel agrave multiplicaccedilatildeo

do vetor Aedes Aegypti

42 Etiologia

Segundo Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2002) a Dengue eacute uma doenccedila febril

que em sua forma claacutessica apresenta como sinais cliacutenicos dores musculares e nas

articulaccedilotildees cefaleia e dor retro-orbitaacuteria vocircmitos e diarreia Para Almeida et al

(2008) a dengue eacute uma doenccedila de curso que varia de forma benigna a grave pode

apresentar a forma claacutessica a forma hemorraacutegica e o choque sendo que esta uacuteltima

pode levar ao oacutebito

No Brasil segundo a Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz (BRASIL 2008) satildeo

encontrados dois vetores da doenccedila o Aedes aegypti e Aedes albopictus A

transmissatildeo ocorre quando uma fecircmea do inseto pica uma pessoa portadora do

viacuterus e esta passa por periacuteodo de incubaccedilatildeo e logo apoacutes 10 a 14 dias a fecircmea estaacute

apta a transmitir o viacuterus por toda vida em meacutedia vive em torno de 35 a 40 dias

43 Aspectos Epidemioloacutegicos

Segundo Gonccedilalves Neto et al (2006) a dengue eacute considerada como a mais

importante arbovirose transmitida por insetos das uacuteltimas deacutecadas atinge a cada

ano um maior contingente de pessoas com o vetor aparecendo em mais de 100

paiacuteses de clima tropical e subtropical

Em face dessa realidade Ferreira Veras e Silva (2009) salientam que as

sucessivas epidemias de dengue no mundo especialmente no Brasil tecircm

mobilizado e preocupado autoridades e a populaccedilatildeo em geral No estado de Satildeo

Paulo houve um grande aumento dos quadros de dengue hemorraacutegica Cerca de

80 dos municiacutepios paulistas estatildeo totalmente infestados pelo mosquito aedes

aegypti Os motivos pelo quais a sua populaccedilatildeo aumenta significativamente

pontuam os autores satildeo a dificuldade em utilizaccedilatildeo de inseticidas a contrataccedilatildeo de

matildeo de obra qualificada a precaacuteria coleta de lixo especialmente nas grandes

cidades e nas suas regiotildees perifeacutericas aleacutem de fatores como o clima criando o

ambiente cada vez mais favoraacutevel agrave reproduccedilatildeo do mosquito

25

Segundo Mayo et al (2011) em estudo semelhante salienta que a

populaccedilatildeo brasileira vem sofrendo com seguidas epidemias de dengue haacute mais de

duas deacutecadas os autores seguem chamando a atenccedilatildeo para o progressivo aumento

de nuacutemero de casos com complicaccedilotildees seguindo a mesma loacutegica um nuacutemero

maior de municiacutepios vem sofrendo com o aparecimento e o aumento de casos de

dengue hemorraacutegica e o aumento dos oacutebitos por complicaccedilotildees da dengue

Havendo a predominacircncia de tais caracteriacutesticas a dengue tem levado ao alto

nuacutemero de oacutebitos Segundo Figueiroacute et al (2011) isso estaacute associado ainda agrave

imensa massa da populaccedilatildeo exposta Contudo salientam os autores que a doenccedila

tem se tornado um dos problemas de sauacutede reemergentes mais importantes da

histoacuteria Estima-se que 25 bilhotildees de pessoas estatildeo em risco de contrair a doenccedila

ainda que por ano satildeo 50 milhotildees de novos casos Destes cerca 550 mil necessitam

de hospitalizaccedilatildeo e pelo menos 20 mil evoluem para oacutebito Dados epidemioloacutegicos

do Ministeacuterio da Sauacutede tem apontado segundo Figueiro et al (2011) um crescente

aumento dos casos de Febre Hemorraacutegica por Dengue (FHD) e em uma deacutecada a

taxa de letalidade atingiu 68 destacando-se a regiatildeo nordeste com maior iacutendice

de casos entre 1981 a 2007

Contudo salientam Giratildeo et al (2014) que devido agrave adaptaccedilatildeo muito

acentuada do vetor nos peridomiciacutelios e domiciacutelios corroborando estudos da

Secretaria Municipal de Sauacutede de Divinoacutepolis (2014) apontaram que 9415 dos

focos de dengue estatildeo dentro das residecircncias sendo assim a participaccedilatildeo do

cidadatildeo no controle eacute de suma importacircncia no controle da doenccedila

Segundo dados do Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2014) em Minas Gerais a

taxa de incidecircncia da doenccedila foi de foi 2856 casos para cada 100000 habitantes

os 45 oacutebitos indicam um aumento de 3333 casos fatais em relaccedilatildeo a 2013 que

teve um nuacutemero de casos maior Quanto ao tipo de viacuterus circulante verificou-se a

incidecircncia de DENV1 (882) seguido de DENV4 (115) DENV3 (03) e DENV2

(00)

Para implantar as accedilotildees de vigilacircncia em sauacutede o Ministeacuterio da Sauacutede

(BRASIL 2014) por meio da Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede repassou para os

estados e municiacutepios 30 do valor a ser gasto em todo ano de 2014 cerca de R$

3634 milhotildees No mecircs de dezembro de 2013 a fim de intensificar as accedilotildees de

combate agrave dengue no periacuteodo de maior incidecircncia foram fornecidos 100 mil kg de

larvicidas 227 mil litros de adulticida e 104 mil kits para diagnoacutestico

26

Segundo a Secretaria Municipal de Sauacutede (DIVINOacutePOLIS 2014) haacute em

atividade 94 agentes de sauacutede puacuteblicos efetivos e 14 contratados sendo a cidade eacute

dividida em setores De acordo com levantamento raacutepido do iacutendice de infestaccedilatildeo do

aedes aegypti realizado em marccedilo de 2014 obteve-se um percentual de infestaccedilatildeo

do mosquito de 37 nos domiciacutelios visitados em Divinoacutepolis que representam risco

meacutedio para epidemia Em outubro de 2014 o novo levantamento raacutepido do iacutendice de

infestaccedilatildeo apresentou um iacutendice de 09 preocupante visto que o valor muito estaacute

muito proacuteximo do tolerado pela Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede que eacute de 1 Aleacutem

disso as condiccedilotildees climaacuteticas nesse periacuteodo natildeo favorecem a proliferaccedilatildeo do

mosquito por isso pode-se considerar esse valor alto

Em face dos dados apresentados conforme afirmam Ferreira Veras e Silva

(2009) para o controle da dengue a participaccedilatildeo popular eacute indiscutivelmente

essencial visto que o vetor habita os domiciacutelios sendo assim todos tem condiccedilotildees

de colaborar fiscalizando suas moradias O PNCD destaca as accedilotildees educativas

como forma de preparar a comunidade para adoccedilatildeo de comportamentos que

protejam a sauacutede coletiva Ainda segundo os autores durante as epidemias haacute todo

um clamor da miacutedia e do poder puacuteblico no sentido de mobilizar a comunidade para o

controle da doenccedila poreacutem nos periacuteodos de menor incidecircncia esse apelo perde a

intensidade o tema acaba no esquecimento sendo apresentado somente no

proacuteximo periacuteodo de infestaccedilatildeo e transmissatildeo da doenccedila

Ferreira Veras e Silva (2009) em anaacutelise do iacutendice de participaccedilatildeo da

populaccedilatildeo de 16 municiacutepios paulistas detectaram que em mais da metade destes

municiacutepios a participaccedilatildeo era muito baixa em consequecircncia o nuacutemero de pessoas

que contraiacuteram a doenccedila era maior onde haacute menos participaccedilatildeo popular

A educaccedilatildeo permanente segundo Ribeiro Sousa e Arauacutejo (2007) visa

acelerar o processo de adesatildeo da populaccedilatildeo agraves medidas preventivas abordando as

questotildees que envolvem condiccedilotildees de sauacutede moradia saneamento baacutesico indo

aleacutem de accedilotildees pontuais e campanhistas que perdem forccedila nos periacuteodos de baixa

notificaccedilatildeo de casos Eacute preciso buscar parceiros na sociedade civil como nos meios

de comunicaccedilatildeo para divulgaccedilatildeo do enfrentamento da doenccedila o ano inteiro

27

44 Medidas Educativas

Giratildeo et al (2014) destacam que somente com a educaccedilatildeo em sauacutede eacute que

se pode despertar na comunidade uma autonomia para que a populaccedilatildeo se sinta

como uma parte do processo que passa pela prevenccedilatildeo cujo controle depende da

eliminaccedilatildeo dos focos do mosquito dentro dos domiciacutelios

Neste sentido Alves (2005) afirma que a educaccedilatildeo em sauacutede eacute uma

ferramenta capaz de produzir intermediada pelos profissionais de sauacutede uma

compreensatildeo nova do processo sauacutede doenccedila oferecendo agrave populaccedilatildeo subsiacutedios

para adoccedilatildeo de novos haacutebitos de vida com ecircnfase na promoccedilatildeo e prevenccedilatildeo de

situaccedilotildees que podem trazer prejuiacutezos agrave sua sauacutede

Segundo Figueiroacute et al (2011) a doenccedila atinge a cada ano um maior

contingente de pessoas Nesse sentido priorizando a reduccedilatildeo dos casos de dengue

e dengue grave o Ministeacuterio da Sauacutede implantou no paiacutes o Plano Nacional de

Controle da Dengue ndash PNCD O programa eacute gerido de forma tripartite ou seja com

a participaccedilatildeo das trecircs esferas de governos uniatildeo estados e municiacutepios

ldquocompreendendo accedilotildees operacionais de vigilacircncia integrada entomoloacutegica e sobre o

meio ambiente de assistecircncia aos pacientes de educaccedilatildeo em sauacutede comunicaccedilatildeo

e mobilizaccedilatildeo socialrdquo (FIGUEIROacute et al 2011 p 2374) O PNCD compreende ainda

o controle e avaliaccedilatildeo dos agentes comunitaacuterios de sauacutede - ACS entretanto

segundo dados epidemioloacutegicos haacute uma grande dificuldade na realizaccedilatildeo das accedilotildees

e no alcance dos resultados esperados devido agrave baixa participaccedilatildeo da populaccedilatildeo

Para Ferreira Veras e Silva (2009) de acordo com a OPAS uma das maiores

dificuldades das autoridades de sauacutede em articulaccedilatildeo das accedilotildees eacute a parceria com a

comunidade o PNCD tem como um dos eixos a participaccedilatildeo comunitaacuteria para

reduccedilatildeo dos criadouros domiciliares Segundo Ferreira Veras e Silva (2009) a

participaccedilatildeo popular no combate eacute fundamental e defendida pelos organismos

nacionais e internacionais Pode estar inserida a capacitaccedilatildeo da populaccedilatildeo na

promoccedilatildeo e prevenccedilatildeo com o objetivo da melhoria da comunidade tanto na sauacutede

individual quanto coletiva favorecendo a construccedilatildeo de um modelo de sauacutede

compartilhada No controle das epidemias especialmente da dengue cujo vetor vive

na maioria das vezes nas casas das pessoas o PNDC visa o desenvolvimento de

accedilotildees educativas que tem como objetivo a mudanccedila de comportamento das

pessoas na manutenccedilatildeo de um ambiente de vida saudaacutevel Contudo a criteriosa

28

tarefa de evitar epidemias vai muito aleacutem do setor de sauacutede consistem em um

conjunto de accedilotildees poliacuteticas teacutecnicas e sociais que inclui prioritariamente a

participaccedilatildeo popular aliada agrave vigilacircncia epidemioloacutegica

Segundo Gonccedilalves Neto et al (2006) as condiccedilotildees sanitaacuterias prejudicadas

ausecircncia de coleta seletiva de lixo ausecircncia de saneamento baacutesico e um

crescimento desordenado em aacutereas tropicais propiciou raacutepida adaptaccedilatildeo do vetor

nas residecircncias levando o aedes aegpyti aproveitar se dos criadouros

providenciados pelo proacuteprio homem para aumentar sua populaccedilatildeo Contudo salienta

o autor praticamente impossiacutevel desenvolver um trabalho de controle do vetor sem a

participaccedilatildeo da comunidade

Tais afirmaccedilotildees explicam a situaccedilatildeo da populaccedilatildeo adscrita da UBS Santos

Dumont onde ocorreu uma grande expansatildeo de domiciacutelios sem um planejamento

adequado deixando um grande nuacutemero de terrenos baldios uma ocupaccedilatildeo sem a

infraestrutura necessaacuteria falta da coleta seletiva de lixo saneamento baacutesico e

pavimentaccedilatildeo Soma-se a isso a deficiecircncia do Estado em garantir uma coleta de

lixo eficiente deixando margem para a proliferaccedilatildeo da doenccedila

Segundo Almeida et al (2008) a adaptaccedilatildeo do mosquito aedes aegypti cuja

sobrevivecircncia depende de aacutegua parada ocorre principalmente nas aacutereas urbanas

em domiciacutelios e peridomiciacutelios Contudo o vetor eacute muito sensiacutevel agraves condiccedilotildees

ambientais poreacutem seus ovos resistem a longos periacuteodos de dissecaccedilatildeo o que

garante a perpetuaccedilatildeo da espeacutecie Com haacutebito diurno preferencialmente tem uma

especial atraccedilatildeo pelo sangue humano seu deslocamento eacute em meacutedia durante um

voo em condiccedilotildees normais de ambiente sem a interferecircncia de vento de cinquenta

metros portanto sua caracteriacutestica de habitar os domiciacutelios e peridomiciacutelios

permanecendo proacuteximo ao local de ldquopastordquo e postura dos ovos

Segundo Almeida et al (2008) com a ausecircncia de uma vacina eficaz capaz

de evitar a doenccedila a principal profilaxia tem sido o controle vetorial por meio de

identificaccedilatildeo dos focos e aplicaccedilatildeo de inseticidas de accedilatildeo residual para eliminaccedilatildeo

das larvas ou seja o combate focal

Contudo afirmam Almeida et al (2008) o conhecimento do dinamismo do

periacuteodo de maior transmissibilidade e latecircncia tem permitido a organizaccedilatildeo de accedilotildees

mais ou menos acentuadas dependendo do momento da epidemia e das condiccedilotildees

climaacuteticas A presenccedila do vetor em variadas partes das cidades jaacute foi identificada por

meio de estudos o que comprova que a doenccedila natildeo atinge somente uma classe

29

social Quanto agrave diminuiccedilatildeo dos casos dentro de um contexto epidemioloacutegico trecircs

fatores tecircm um papel muito importante as condiccedilotildees climaacuteticas desfavoraacuteveis agrave

viabilidade do vetor esgotamento de hospedeiros susceptiacuteveis e o controle quiacutemico

do vetor

45 Controle

Segundo Mayo et al (2011) existem duas formas de atuaccedilatildeo no controle da

doenccedila o bloqueio e o controle de criadouros Estas medidas tecircm por objetivo a

reduccedilatildeo dos criadouros na aacuterea de atuaccedilatildeo dos agentes de sauacutede o controle por

bloqueio e nebulizaccedilatildeo ocorre agrave aplicaccedilatildeo de inseticida com aplicadores Ultra Baixo

Volume - UBV A atuaccedilatildeo nesse tipo de trabalho em relaccedilatildeo ao feito pelo municiacutepio

diz respeito agrave qualidade do serviccedilo realizado bem como a agilidade na realizaccedilatildeo da

tarefa e o grande alcance da aacuterea coberta e o tipo de equipamento empregado

Para realizaccedilatildeo das tarefas o meacutetodo segue o preconizado pelo PNCD divide

as cidades em aacutereas setores e quarteirotildees Segundo Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL

2001) o bloqueio consiste em parar a transmissatildeo da dengue em municiacutepios com

epidemia instalada e tem como objetivo ainda a identificaccedilatildeo do sorotipo de viacuterus

circulante a aplicaccedilatildeo do UBV sem prejuiacutezo do controle larvaacuterio Quanto agrave

delimitaccedilatildeo de um foco isolado nos casos onde natildeo haacute infestaccedilatildeo deveratildeo ser

tratados todos os imoacuteveis no raio de 300 metros do entorno do local

Na fase de ataque segundo Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2001) deveraacute ser

tratado 100 dos imoacuteveis aleacutem de pontos estrateacutegicos terrenos baldios das zonas

infestadas e todos os potenciais focos devem ser eliminados Na fase de

consolidaccedilatildeo o objetivo eacute a erradicaccedilatildeo do mosquito satildeo desenvolvidas vaacuterias

accedilotildees semelhantes agrave fase de ataque com exceccedilatildeo do tratamento de focos Na fase

de manutenccedilatildeo satildeo visitadas todas as aacutereas positivas e negativas mesmo onde o

vetor foi erradicado as medidas satildeo o uso de armadilhas de oviposiccedilatildeo e inspeccedilotildees

de pontos estrateacutegicos

46 Atuaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Baacutesica no Controle da Dengue

As atividades de controle devem ter uma sinergia com todos os setores

envolvidos no tocante a vigilacircncia epidemioloacutegica haacute necessidade de manter a

30

vistoria em imoacuteveis terrenos depoacutesitos oficinas entre outros locais Teixeira et al

(2010) verificaram que os domiciacutelios com terrenos baldios no entorno apresentaram

maior concentraccedilatildeo da doenccedila

Lima e Vilasboas (2011) salientam que a sauacutede eacute um direito e a maneira que

o Estado tem de garantir esse direito eacute por meio de poliacuteticas puacuteblicas de proteccedilatildeo

prevenccedilatildeo e recuperaccedilatildeo de agravos a simples ausecircncia de doenccedila natildeo pode ser

considerada um conceito de sauacutede visto que as condiccedilotildees sociais de saneamento

baacutesico meio ambiente educaccedilatildeo moradia e renda satildeo fatores determinantes no

processo de adoecimento de um povo A sauacutede deve ser pensada no contexto

ampliado com integraccedilatildeo formando uma rede interssetorial na perspectiva de troca

de ajuda muacutetua na troca de experiecircncias com uma construccedilatildeo muacutetua de saberes

facilitando a resoluccedilatildeo dos problemas enfrentados

Para Lima e Vilasboas (2011) a interssetorialidade pode ser um facilitador

para construccedilatildeo de um sistema de sauacutede efetivo contudo aliado a poliacuteticas puacuteblicas

que possam contribuir para ganho na melhoria da qualidade de vida das pessoas A

interssetorialidade extrapola os limites do poder estatal e envolve a sociedade nas

decisotildees poliacuteticas evita a subordinaccedilatildeo de um setor a outro e diminui as resistecircncias

de alguns membros

Segundo Lefegravevre et al (2007) a populaccedilatildeo tem informaccedilotildees sobre a doenccedila

e do ciclo de vida do transmissor poreacutem esse conhecimento ainda natildeo eacute capaz de

produzir nas pessoas atitudes e comportamento para impedir ou reduzir os

criadouros do mosquito A probabilidade eacute que esse conhecimento vindo de origem

externa fragmentado ou pouco organizado configure um conflito entre o saber

sanitaacuterio e o senso comum Ainda segundo o autor o programa educativo tem sido

aplicado haacute muitos anos mas ateacute hoje ainda natildeo obteve o resultado esperado

contudo haacute necessidade de aprofundar neste contexto para identificar onde estatildeo as

falhas para que possa realmente ter uma populaccedilatildeo engajada no controle do vetor

Para a populaccedilatildeo segundo Lefegravevre et al (2007) haacute uma relaccedilatildeo entre sujo

que seria a doenccedila e limpo que seria a sauacutede levando a ideacuteia equivocada que o lixo

eacute o uacutenico meio de procriaccedilatildeo do mosquito Neste sentido haacute uma sinalizaccedilatildeo para

que o poder puacuteblico perceba a necessidade de informar educar e comunicar

Informar no que diz respeito aos constantes dados epidemioloacutegicos sobre a doenccedila

no Paiacutes no Estado e na sua Comunidade no sentido de incentivar a participaccedilatildeo

popular no controle da doenccedila Educar esclarecendo a forma de transmissibilidade

31

da doenccedila estabelecendo um diaacutelogo de faacutecil entendimento na loacutegica sanitaacuteria sem

confrontar o senso comum buscando construir um relacionamento entre o teacutecnico e

o cidadatildeo e agrave adoccedilatildeo de alternativas na reduccedilatildeo das viacutetimas da dengue

Neste sentido a ESF tem papel fundamental no desenvolvimento de accedilotildees de

prevenccedilatildeo e controle da dengue considerando a relaccedilatildeo de confianccedila que a

populaccedilatildeo manteacutem com a equipe de sauacutede da famiacutelia possibilitando o contato com

o ambiente domeacutestico por meio dos ACSs promovendo um ambiente seguro e livre

do Aedes aegypti (BRASIL 2002) A ESF pode ainda promover accedilotildees educativas

com a populaccedilatildeo mobilizando-a para adotar accedilotildees preventivas realizando tambeacutem a

notificaccedilatildeo imediata dos casos suspeitos possibilitando as medidas tratamento

adequado agraves situaccedilotildees de dengue claacutessica e dengue grave reduzindo os casos

letais e possibilitando o bloqueio dos focos pela vigilacircncia epidemioloacutegica

32

5 PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO

O diagnoacutestico situacional foi realizado com base nas informaccedilotildees contidas em

dados oficiais do IBGE do Sistema Integrado de Sauacutede e embasado no relato dos

problemas levantados pela Equipe de Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia da UBS

Santos Dumont

Foi utilizado o Planejamento Estrateacutegico Situacional ndash PES como referecircncia

para a proposta de intervenccedilatildeo Este meacutetodo possibilita que os atores atraveacutes de

sua proacutepria visatildeo identifiquem as causas possiacuteveis dos problemas como nascem e

se desenvolvem A partir deste ponto de vista podem propor soluccedilotildees para atacar

suas causas e a viabilidade destas soluccedilotildees (CAMPOS FARIA SANTOS 2010)

Assim a partir do diagnoacutestico situacional os 10 passos segundo os autores

mencionados e suas atividades satildeo descritas a seguir

51 Primeiro Passo Definiccedilatildeo dos Problemas

Hipertensatildeo Arterial

Diabetes

Drogas

Gravidez na Adolescecircncia

Dengue

Transtorno Depressivo

Doenccedilas Sexualmente Transmissiacuteveis AIDS

Falta de Saneamento Baacutesico

52 Segundo Passo Priorizaccedilatildeo dos Problemas

Dengue

Falta de Saneamento Baacutesico

53 Terceiro Passo Descriccedilatildeo do Problema Selecionado

Segundo o Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2002) o nosso paiacutes eacute

predominantemente de clima tropical e este eacute um ambiente favoraacutevel agrave proliferaccedilatildeo

do mosquito aedes aegypti principal transmissor da dengue em nosso continente A

33

doenccedila eacute a uma arbovirose transmitida por um artroacutepode que pode apresentar-se

de forma benigna claacutessica ou grave na forma de febre hemorraacutegica

Durante o ano de 2014 segundo o Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2014) mais

meio milhatildeo de casos da doenccedila (591080) 528 soacute na regiatildeo Sudeste em Minas

Gerais foram 59222 com 45 oacutebitos confirmados em Divinoacutepolis segundo a

Secretaria Municipal de Sauacutede (2014) ocorreram 4680 notificaccedilotildees de casos da

doenccedila e confirmados 4139 casos de dengue com 06 oacutebitos sendo que os bairros

Nossa Senhora das Graccedilas Centro Satildeo Joseacute Interlagos Niteroacutei Porto Velho

Planalto Santos Dumont Belvedere e Bom Pastor foram responsaacuteveis por 3027

dos casos de dengue da cidade

Ferreira et al (2009) Lima e Vilasboas (2011) chamam a atenccedilatildeo para a falta

de saneamento baacutesico como um fator agravante que pode elevar a multiplicaccedilatildeo do

vetor da doenccedila Para Gonccedilalves Neto et al (2006) as condiccedilotildees sanitaacuterias

prejudicadas o crescimento desordenado levaram agrave raacutepida adaptaccedilatildeo do vetor agraves

residecircncias causando a disseminaccedilatildeo do viacuterus Tais situaccedilotildees satildeo rotineiras na

populaccedilatildeo adscrita da UBS Santos Dumont

54 Quarto passo Explicaccedilatildeo do Problema

A explicaccedilatildeo para o problema selecionado foi qualificado do ponto de vista

social coletivo e individual

Niacutevel Social Refere-se agrave ausecircncia de poliacuteticas puacuteblicas para melhoria de qualidade

de vida da populaccedilatildeo que convive com a ausecircncia de saneamento baacutesico esgoto a

ceacuteu aberto falta de coleta seletiva e lixo acumulado nas ruas e terrenos baldios

Niacutevel Coletivo Falta de consciecircncia da gravidade da doenccedila que pode acometer a

qualquer pessoa e todas as faixas etaacuterias falta de colaboraccedilatildeo entre os vizinhos que

sempre potildeem a culpa das maacutes condiccedilotildees uns nos outros mas ningueacutem assume a

responsabilidade pelo seu quintal

Niacutevel Individual Falta de compromisso pois segundo dados da SEMUSA

(DIVINOacutePOLIS 2014) 9415 dos focos de Dengue estatildeo dentro das residecircncias

esses focos foram identificados em vasilhas de aacutegua para cachorro galinha calhas

mal projetadas e caixas drsquoaacutegua sem tampa

55 Quinto Passo Seleccedilatildeo dos ldquoNoacutes Criacuteticosrdquo

34

Foram selecionados os seguintes ldquonoacutes criacuteticosrdquo que podem ter relaccedilatildeo direta com o

alto nuacutemero de casos de dengue

Lixo nas ruas falta de conscientizaccedilatildeo da populaccedilatildeo para evitar descarte

incorreto de lixo nas ruas e terrenos baldios

Responsabilizaccedilatildeo do outro falta agrave comunidade assumir que o problema da

dengue natildeo eacute do meu vizinho mas eacute de todos

Lotes sujos falta cobranccedila por parte do poder puacuteblico aos proprietaacuterios de

terrenos vazios que mantenham os lotes limpos e conservados

56 Sexto Passo Desenho de Operaccedilotildees para os ldquoNoacutes Criacuteticosrdquo do Problema

Como soluccedilatildeo dos ldquonoacutes criacuteticosrdquo foram apresentadas as seguintes propostas

contidas no Quadro 6 a seguir

Quadro 6 ndash Desenho das Operaccedilotildees para os Noacutes Criacuteticos Selecionados

ldquoNoacute

Criacuteticordquo

Operaccedilatildeo

Projeto

Resultados

Esperados

Produtos

Esperados

Recursos

Necessaacuterios

Lixo nas ruas Reeducaccedilatildeo conscientizaccedilatildeo ambiental

Ausecircncia de lixo nas ruas e lotes vazios

Bairro limpo sem dengue

Datashow e computador

Responsabiliza ccedilatildeo do outro

Conscientizaccedilatildeo

sobre sauacutede

coletiva

Que todos

unidos com

objetivo de

diminuir os

casos de

dengue

Reduccedilatildeo da

doenccedila

Datashow e computador Panfletos informativos

Lotes sujos Limpeza de

lotes e terrenos

Lotes limpos

e sem focos

da dengue

Diminuiccedilatildeo

do nuacutemero do

mosquito

transmissor

da dengue

Palestras sobre

conservaccedilatildeo

dos terrenos e

lotes vazios

Fiscalizaccedilatildeo da

prefeitura

57 Seacutetimo Passo Identificaccedilatildeo dos Recursos Criacuteticos

35

Para iniacutecio das operaccedilotildees foram apresentados os recursos necessaacuterios e

indispensaacuteveis para o sucesso do processo

Quadro 7 ndash Identificaccedilatildeo dos Recursos Criacuteticos

Operaccedilatildeo

Projeto

Recursos Criacuteticos

Controle dos recursos criacuteticos

Accedilatildeo estrateacutegica

Ator que controla

Motivaccedilatildeo

ldquoMutiratildeo da

limpezardquo

realizar um dia

por mecircs para

limpeza em

parceria com a

populaccedilatildeo

Poliacutetico Veiculo e pessoal para limpeza das ruas

Empresa Municipal de Obras Puacuteblicas

Evitar que lixo se acumule nas ruas

Criaccedilatildeo do dia da limpeza e apresentaccedilatildeo da administraccedilatildeo para apreciaccedilatildeo

ldquoFora Denguerdquo Intensificaccedilatildeo das accedilotildees educativas nas escolas e nos grupos e associaccedilatildeo de bairro

Poliacutetico Articulaccedilatildeo interssetorial Financeiro Disponibilizaccedilatildeo de material informativo

Secretaria Municipal de Sauacutede Secretaria Municipal de Educaccedilatildeo Associaccedilatildeo de bairros

Despertar na comunidade a consciecircncia de sauacutede coletiva

Despertar nos discentes e na comunidade o desejo de erradicar os focos da dengue

ldquoMapeamento

dos lotes sujosrdquo

Realizar o

mapeamento

dos terrenos

sujos

Poliacutetico Notificar os

proprietaacuterios para limpeza do

terreno Financeiro

Recurso para impressatildeo das

notificaccedilotildees

Secretaria Municipal de

Sauacutede

Evitar que as pessoas joguem lixo e entulho em lotes vagos

Conservaccedilatildeo e limpeza dos lotes vazios

58 Oitavo Passo Anaacutelise de Viabilidade do Plano

A proposta a seguir (Quadro 3) apresenta a motivaccedilatildeo para a viabilidade do plano

visto que alguns dos recursos necessaacuterios fogem agrave governabilidade da ESF

36

Quadro 8 ndash Viabilidade do Plano

Operaccedilatildeo

Projeto

Recursos Criacuteticos

Controle dos recursos criacuteticos

Accedilatildeo estrateacutegica

Ator que controla

Motivaccedilatildeo

ldquoMutiratildeo da

limpezardquo

realizar um dia

por mecircs para

limpeza em

parceria com a

populaccedilatildeo

Poliacutetico Veiculo e pessoal para limpeza das ruas

Empresa Municipal de Obras Puacuteblicas

Favoraacutevel Criaccedilatildeo do dia da limpeza e apresentaccedilatildeo agrave administraccedilatildeo para apreciaccedilatildeo

ldquoFora Denguerdquo Intensificaccedilatildeo das accedilotildees educativas nas escolas e nos grupos e associaccedilatildeo de bairro

Poliacutetico Articulaccedilatildeo interssetorial Financeiro Disponibilizaccedilatildeo de material informativo

Secretaria Municipal de Sauacutede Secretaria Municipal de Educaccedilatildeo Associaccedilatildeo de bairros

Favoraacutevel

Despertar nos escolares e na comunidade o desejo de erradicar os focos da dengue

ldquoMapeamento

dos lotes sujosrdquo

Realizar o

mapeamento

dos terrenos

sujos

Poliacutetico Notificar os

proprietaacuterios para limpeza do

terreno Financeiro

Recurso para impressatildeo das

notificaccedilotildees

Secretaria Municipal de

Sauacutede

Indiferente

Conservaccedilatildeo e limpeza dos lotes vazios

37

59 Nono Passo Elaboraccedilatildeo do Plano Operativo

A proposta a seguir no Quadro 9 identifica os atores envolvidos lhes atribuiacutedo

responsabilidades e prazos a cumprir

Quadro 9 ndash Plano Operativo

Operaccedilotildees Resultados Accedilotildees Estrateacutegicas

Responsaacutevel Prazo

ldquoMutiratildeo da limpezardquo realizar um dia por mecircs para limpeza em parceria com a populaccedilatildeo

Limpeza das ruas

e quintais

Coleta de lixo

das ruas Incentivo a limpeza de

lotes e quintais

Equipe de ACS

Durante todo ano

ldquoFora Denguerdquo Intensificaccedilatildeo das accedilotildees educativas nas escolas e nos grupos e associaccedilatildeo de bairro

Uma comunidade

consciente das suas

responsabilidades

Insistir e reforccedilar com

accedilotildees educativas para que

populaccedilatildeo mantenha as ruas limpas e coloque o lixo

para ser recolhido

Enfermeiro ESF

Durante todo o ano

ldquoMapeamento dos lotes

sujosrdquo Realizar o

mapeamento dos terrenos

sujos

Identificar os focos e eliminaacute-

los

Criaccedilatildeo de um mapa onde ocorreram focos do mosquito

ACS e

Enfermeiro

Trecircs meses

510 Deacutecimo Passo Gestatildeo do Plano

Com a gestatildeo do plano eacute possiacutevel aos responsaacuteveis acompanhar e monitorar as

accedilotildees avaliando e sempre que necessaacuterio readequando as eventuais falhas do

processo

38

Quadro 10ndash Gestatildeo do Plano

Produtos Responsaacutevel Prazo Situaccedilatildeo Atual

Justificativa Novo Prazo

ldquoMutiratildeo da

limpezardquo

realizar um

dia por mecircs

para limpeza

em parceria

com a

populaccedilatildeo

Enfermeiro da ESF

Inicio imediatamente

(logo apoacutes apresentaccedilatildeo

do projeto)

ldquoFora Denguerdquo Intensificaccedilatildeo das accedilotildees educativas nas escolas e nos grupos e associaccedilatildeo de bairro

Enfermeiro Provab

Durante todo ano

ldquoMapeamento

dos lotes

sujosrdquo

Realizar o

mapeamento

dos terrenos

sujos

ECS e Equipe

de Epidemiologia

Um mecircs para

inicio das atividades

Aleacutem dos 10 passos do Planejamento Estrateacutegico Situacional optei por incluir outros

02 passos que tecircm a finalidade de contribuir para o processo de avaliaccedilatildeo da

Proposta de Intervenccedilatildeo Estatildeo contidos nos itens 511 e 512 a seguir

511 Avaliaccedilatildeo dos Resultados

O instrumento para avaliaccedilatildeo seraacute o Sistema de Informaccedilotildees de Agravos de

Notificaccedilatildeo ndash SINAN

ldquoque tem por objetivo o registro e processamento dos dados sobre agravos

de notificaccedilatildeo em todo o territoacuterio nacional fornecendo informaccedilotildees para

anaacutelise do perfil da morbidade e contribuindo desta forma para a tomada

de decisotildees em niacutevel municipal estadual e federalrdquo (IBGE 2014)

39

Segundo Moraes e Duarte (2009) o SINAN tem sido principal fonte de dados

para coordenaccedilatildeo das accedilotildees de vigilacircncia epidemioloacutegica tanto no sentido de

controle da doenccedila quando como fonte de pesquisa

512 Resultados Eesperados

O resultado esperado eacute

Estabelecer a construccedilatildeo de conhecimento que favoreccedila o autocuidado e a

capacidade de emancipaccedilatildeo da comunidade criando um ambiente seguro com

ecircnfase na educaccedilatildeo e sauacutede com vistas agrave reduccedilatildeo dos casos de dengue na

populaccedilatildeo adscrita da UBS Santos Dumont

40

6 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

O Programa de Valorizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Baacutesica (PROVAB) abriu muitos

caminhos para um horizonte promissor no desenvolvimento da promoccedilatildeo da sauacutede

e da prevenccedilatildeo no campo de atuaccedilatildeo do Programa Sauacutede na Escola criando um

viacutenculo de amizade e confianccedila uma verdadeira parceria com os alunos essencial

na construccedilatildeo de uma sociedade consciente e capaz de cuidar da sua sauacutede de

maneira preventiva loacutegica essa defendida pelo Sistema Uacutenico de Sauacutede

Para noacutes enfermeiros eacute oportunidade de ampliar o horizonte de atuaccedilatildeo

ensinando e aprendendo com o comportamento das crianccedilas dos adolescentes e

jovens vendo de maneira impar o grande desafio da educaccedilatildeo em formar cidadatildeos

com mais sauacutede Como gratificaccedilatildeo recebemos o reconhecimento dos alunos

professores e diretores algo que fica marcado para sempre na formaccedilatildeo do

profissional os laccedilos de confianccedila amizade e reconhecimento satildeo a maior

recompensa e certeza de missatildeo cumprida

Como a Equipe de Sauacutede da Famiacutelia tem como principal objetivo trabalhar na

prevenccedilatildeo de doenccedilas e agravos criando viacutenculos com a clientela a missatildeo de

promover a emancipaccedilatildeo de seus usuaacuterios com ecircnfase no autocuidado exige de

noacutes muita articulaccedilatildeo e intensificaccedilatildeo de accedilotildees educativas Especificamente no caso

da dengue o cumprimento desta missatildeo pode evitar que as constantes epidemias

se tornem parte do cotidiano das pessoas auxiliando os moradores da comunidade

na adoccedilatildeo de medidas responsaacuteveis que visem o cuidado com a sua sauacutede e da

sauacutede da comunidade

Neste sentido a educaccedilatildeo em sauacutede desempenha um papel importante em

manter a comunidade sempre vigilante e em alerta pois o perigo eacute eminente e vive

dentro dos lares das pessoas esperando apenas o momento oportuno e condiccedilotildees

favoraacuteveis para transmitir a dengue

O trabalho dos agentes de controle de endemias e da ESF deve ser

constante focado na eliminaccedilatildeo dos criadouros do mosquito transmissor da dengue

A comunidade deve colaborar com livre acesso dos agentes agraves residecircncias na

colaboraccedilatildeo para eliminaccedilatildeo dos focos nos domiciacutelios e peridomiciacutelios e

multiplicaccedilatildeo das informaccedilotildees sobre o ciclo de vida do vetor entre os vizinhos

amigos e parentes informando que todos estatildeo expostos agrave doenccedila e a mudanccedila de

comportamento pode diminuir os riscos de contrair a dengue

41

Ao poder puacuteblico eacute necessaacuterio adotar um planejamento adequado para

garantir aos cidadatildeos a infraestrutura miacutenima necessaacuteria para viver em comunidade

serviccedilos essenciais como saneamento coleta de lixo e mobilidade que favorecem a

criaccedilatildeo de um ambiente seguro com sauacutede e qualidade de vida

42

REFEREcircNCIAS

ALMEIDA M CM et al Dinacircmica intra-urbana das epidemias de dengue em Belo Horizonte Minas Gerais Brasil 1996-2002 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2008 vol24 n10 pp 2385-2395 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv24n1019pdf Acesso em 02 de out de 2014 ALVES V S A Um modelo de educaccedilatildeo em sauacutede para o Programa Sauacutede da Famiacutelia pela integralidade da atenccedilatildeo e reorientaccedilatildeo do modelo assistencial Interface - Comunic Sauacutede Educ v9 n16 p39-52 set2004fev2005 Disponiacutevel em httpswwwnesconmedicinaufmgbrbibliotecaimagem0303pdf Acesso de jun de 2014 BACKES DS et al (2012) O papel profissional do enfermeiro no Sistema Uacutenico de Sauacutede da sauacutede comunitaacuteria agrave estrateacutegia de sauacutede da famiacutelia Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva

17(1)223-230 2012 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcscv17n1a24v17n1pdf Acesso em 12 de jan 2015 BRASIL Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sauacutede Consulta Estabelecimento - Modulo Profissional - Profissional por Estabelecimento Disponiacutevel em httpcnesdatasusgovbrMod_ProfissionalaspVCo_Unidade=3122302159651 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Cadernos de Informaccedilotildees de Sauacutede Minas Gerais DATASUS TABNET (2010) Disponiacutevel em httptabnetdatasusgovbrtabdatacadernosmghtm Acesso em16 de maio de 2014 BRASIL Dengue - instruccedilotildees para pessoal de combate ao vetor Manual de Normas teacutecnicas - 3 ed rev - Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede 2001 84 p il 30 cm Disponiacutevel em httpbvsmssaudegovbrbvspublicacoesfunasaman_denguepdf acesso em 15 de out de 2014 BRASIL Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz Vetor da dengue na Aacutesia A albopictus eacute alvo de estudos Publicada em 18122008 agraves 1249 Disponiacutevel em httpwwwfiocruzbrioccgicgiluaexesysstarthtminfoid=576ampsid=32amptpl=printerview Acesso em 12 de jan de 2015 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Censo demograacutefico 2010 sinopse Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=1ampsearch=minas-gerais|divinopolis|censo-demografico-2010-sinopse- Acesso em 15 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Divinoacutepolis morbidades hospitalares ndash 2012 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=114ampsearch=minas-gerais|divinopolis|morbidades-hospitalares-2012 Acesso em 12 de maio de 2014

43

BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estaacutetica Divisatildeo Territorial do Brasil e Limites Territoriais Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE) (1 de julho de 2008) Disponiacutevel em httpwwwibgegovbrhomegeocienciascartografiadefault_dtb_intshtm Acesso em16 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Ensino - matriacuteculas docentes e rede escolar ndash 2012 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=117ampsearch=minas-gerais|divinopolis|ensino-matriculas-docentes-e-rede-escolar-2012 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estaacutetica Histoacuterico do Municiacutepio disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrpainelhistoricophplang=ampcodmun=312230ampsearch=minas-gerais|divinopolis|infograficos-historico Acesso 10 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Informaccedilotildees completas Populaccedilatildeo em 2010 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrasperfilphplang=ampcodmun=312230 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Serviccedilos de sauacutede ndash 2009 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=5ampsearch=minas-gerais|divinopolis|servicos-de-saude-2009 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Sistema de informaccedilotildees de agravos de notificaccedilatildeo ndash SINAN Disponiacutevel em httpcesibgegovbrbase-de-dadosmetadadosministerio-da-saudesistema-de-informacoes-de-agravos-de-notificacao-sinan Acesso em 16 de Nov de 2014 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede Dengue aspectos epidemioloacutegicos diagnoacutestico e tratamento Ministeacuterio da Sauacutede Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede ndash Brasiacutelia Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede 2002 Disponiacutevel em httpbvsmssaudegovbrbvspublicacoesdengue_aspecto_epidemiologicos_diagnostico_tratamentopdf Acesso em 02 de out de 2014 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede FUNSA Programa Nacional de Combate a Dengue PNCD Disponiacutevel em httpbvsmssaudegovbrbvspublicacoespncd_2002pdf Acesso em 21 de jun de 2014 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portal Brasil Disponiacutevel em httpwwwbrasilgovbrsaude201311saude-libera-mais-de-r-360-mi-para-combate-a-dengue Acesso em 10 de Nov de 2014

44

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede Departamento de Vigilacircncia Epidemioloacutegica Diretrizes nacionais para prevenccedilatildeo e controle de epidemias de dengue Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede Departamento de Vigilacircncia Epidemioloacutegica ndash Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2009 160 p Disponiacutevel em httpwwwansgovbrportalimgemaildiretrizes_reimpressao_webpdf Acesso em 16 de Nov de 2014

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede (2014) Monitoramento dos casos de dengue e febre de chikungunya ateacute a Semana Epidemioloacutegica (SE) 53 de 2014 Dengue Boletim Epidemioloacutegico ISSN 2358-9450 Volume 46 Ndeg 3 ndash 2015 Disponiacutevel em httpportalsaudesaudegovbrimagespdf2015janeiro192015-002---BE-at---SE-53pdf Acesso em 22 mar de 2015 BRASILSINANONLINE e DVASVEASTSub VPSSES-MG (20122013) Disponiacutevel em httpwwwsaudemggovbrcomponentgmgstory6489-informe-epidemiologico-da-dengue-30-05-2014 Acesso em 08 de jun de 2014 CAMPOS FCC FARIA H P SANTOS MA Planejamento e avaliaccedilatildeo das accedilotildees em sauacutede Curso de Especializaccedilatildeo em Atenccedilatildeo Baacutesica em Sauacutede da Famiacutelia NESCONUFMG Curso de Especializaccedilatildeo em Atenccedilatildeo Baacutesica agrave Sauacutede da Famiacutelia 2ed Belo Horizonte NesconUFMG 2010 Disponiacutevel em lthttpswwwnesconmedicinaufmgbrbibliotecaregistroPlanejamento_e_avaliacao_das_acoes_de_saude_23gt Acesso em Dezembro 2014 DIVINOacutePOLIS Estatuto dos Conselhos Distritais de Sauacutede Conselho Municipal de Sauacutede 1998 DIVINOacutePOLIS Mapa da cidade Disponiacutevel em httpwwwdivinopolismggovbrportalpaginasgeograficosimagensmapadacidadepdf Acesso em 08 de jun de 2014 DIVINOPOLIS Secretaria Municipal de Sauacutede SEMUSA Sistema Integrado de Sauacutede Paciente Famiacutelia Acesso Local Acesso em 15 de maio de 2014 FERREIRA B J et al Evoluccedilatildeo histoacuterica dos programas de prevenccedilatildeo e controle da dengue no Brasil Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2009 vol14 n3 pp 961-972 ISSN 1413-8123 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcscv14n332pdf Acesso em 21 de jun de 2014 FERREIRA IT RN VERAS M A S M and SILVA RA Participaccedilatildeo da populaccedilatildeo no controle da dengue uma anaacutelise da sensibilidade dos planos de sauacutede de municiacutepios do Estado de Satildeo Paulo BrasilCad Sauacutede Puacuteblica [online] 2009 vol25 n12 pp 2683-2694 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielosporgpdfcspv25n1215pdf Acesso em 10 de out de 2014 FIGUEIREDO LT M OWA M A CARLUCCI R H and OLIVEIRA L de Estudo sobre o diagnoacutestico laboratorial e sintomas do dengue durante epidemia ocorrida na regiatildeo de Ribeiratildeo Preto SP Brasil Rev Inst Med trop S Paulo [online] 1992

45

vol34 n2 pp 121-130 ISSN 0036-4665 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfrimtspv34n2a07v34n2pdf Acesso em 13 ago de 2014 FIGUEIROacute AC et al Oacutebito por dengue como evento sentinela para avaliaccedilatildeo da qualidade da assistecircncia estudo de caso em dois municiacutepios da Regiatildeo Nordeste Brasil 2008 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2011 vol27 n12 pp 2373-2385 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv27n1209pdf Acesso em 12 de out de 2014 GIRAtildeO RV et al Educaccedilatildeo em sauacutede sobre a dengue contribuiccedilotildees para o desenvolvimento de competecircncias J res fundam care online 2014 janmar 6(1) 38-46 Disponiacutevel em httpwwwseeruniriobrindexphpcuidadofundamentalarticleview2659pdf_1043 Acesso em 21 de jun de 2014 GONCcedilALVES NETO V S et al Conhecimentos e atitudes da populaccedilatildeo sobre dengue no Municiacutepio de Satildeo Luiacutes Maranhatildeo Brasil 2004 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2006 vol22 n10 pp 2191-2200 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv22n1018pdf Acesso em 10 de out de 2014 LEFEVRE A MC et al Representaccedilotildees sobre dengue seu vetor e accedilotildees de controle por moradores do municiacutepio de Satildeo Sebastiatildeo litoral Norte do Estado de Satildeo Paulo Brasil Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2007 vol23 n7 pp 1696-1706 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv23n722pdf Acesso em 16 de out de 2014 LIMA E C VILASBOAS ALQ Implantaccedilatildeo das Accedilotildees Interssetoriais de Mobilizaccedilatildeo Social do Paraacute o Controle da dengue na Bahia Brasil Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2011 vol27 n8 pp 1507-1519 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv27n806pdf Acesso em 16 de out de 2014 MACHADO RM et al (2013) HISTORIA DA SAUacuteDE MENTAL DE DIVINOacutePOLIS-MG Revista de Enfermagem do Centro Oeste Mineiro 2013 maiago 3 (2) 752-760 httpwwwseerufsjedubrindexphprecomarticleview228439 Acesso em 08 de abr de 2015 MAYO R C et al BEPA - Boletim Epidemioloacutegico Paulista 8(88) 4-12 abr 2011 tab Graf Disponiacutevel em fileCUsersnoteDownloadsv8n88a0120(1)pdf Acesso em 12 de out de 2014 MINAS GERAIS Secretaria Estadual de Sauacutede Programa Estadual de Controle Permanente da Dengue SITUACcedilAtildeO ATUAL DA DENGUE EM MINAS GERAIS RESUMO INFORMATIVO - 15122014 Disponiacutevel em httpwwwsaudemggovbrimagesdocumentosAnaliseDengue15-12-2014pdf Acesso em 10 de jan de 2015 MINAS GERAIS Secretaria de Estado da Sauacutede de Minas Gerais Programa Sauacutede em Casa Disponiacutevel em httpwwwsaudemggovbrpoliacuteticas_de_saudeprograma-saude-em-casa Acesso em 10 de maio de 2014

46

MORAES GH and DUARTE E C Anaacutelise da concordacircncia dos dados de mortalidade por dengue em dois sistemas nacionais de informaccedilatildeo em sauacutede Brasil 2000-2005 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2009 vol25 n11 pp 2354-2364 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielosporgpdfcspv25n1106pdf Acesso em 29 de Nov de 2014 PENNA M L F Um desafio para a sauacutede puacuteblica brasileira o controle do dengue Cad Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro 19(1) 305-309 jan-fev 2003 Disponiacutevel em httpwwwscielosporgpdfcspv19n114932pdf Acesso em 21 de jun de 2014

PREFEITURA MUNICIPAL DE DIVINOacutePOLIS BALANCcedilO DA DENGUE Disponiacutevel em httpwwwdivinopolismggovbrportalnoticiaphpid=11507 Acesso em 19 jan de 2015

RIBEIRO P C SOUSA DC ARAUJO TME Perfil cliacutenico-epidemioloacutegico dos casos suspeitos de Dengue em um bairro da zona sul de Teresina PI Brasil Rev bras enferm [online] 2008 vol61 n2 pp 227-232 ISSN 0034-7167 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfrebenv61n2a13v61n2pdf Acesso em 28 de jul de 2014 VALENTE G SC et al Problematizaccedilatildeo Como Estrateacutegia de Educaccedilatildeo em Sauacutede no Combate a Dengue Um Relato de Experiecircncia R Pesq cuid Fundam Online 2012 outdez 4(4)2987-94 Disponiacutevel em httpwwwseeruniriobrindexphpcuidadofundamentalarticleview1888pdf_641 Acesso em 08 jun de 2014 TEIXEIRA LAS et al Persistecircncia dos sintomas de dengue em uma populaccedilatildeo de Uberaba Minas Gerais Brasil Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2010 vol26 n3 pp 624-630 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv26n319pdf Acesso em 16 de out de 2014

Page 11: PLANO DE AÇÃO NO COMBATE A DENGUE: EDUCAR PARA EVITAR · 2019-11-14 · The Divinopolis follows the same trend, with 4680 notifications and 4139 confirmed ... banhado pelas bacias

11

acuidade visual afericcedilatildeo de pressatildeo arterial atualizaccedilatildeo do calendaacuterio vacinal

alimentaccedilatildeo promoccedilatildeo de sauacutede rastreamento para doenccedilas como hanseniacutease

glaucoma tracoma helmintiacuteases e encaminhamentos para consultas

especializadas tornando-se um importante elo entre a sauacutede e a educaccedilatildeo

Mapa 1 - Cidade de Divinoacutepolis ndash MG Regiatildeo Sudeste

Fonte Prefeitura de Divinoacutepolis httpwwwdivinopolismggovbrportalpaginasgeograficosimagensmapadacidadepdf

A administraccedilatildeo municipal estaacute haacute oito anos com o PSDB tendo a frente do

municiacutepio o senhor Vladmir Faria de Azevedo sendo seu Secretaacuterio de Sauacutede o

Senhor David Maia dOliveira como coordenadora da Atenccedilatildeo Baacutesica de Sauacutede a

Enfermeira Inecircs Alcione e Coordenadoras da Sauacutede Bucal Ronara Machado e Liacutevia

Melo Nere Segundo o IBGE (BRASIL 2010) o municiacutepio tem uma populaccedilatildeo

estimada em 226345 habitantes

115 Sistema Local de Sauacutede

Criado no ano 1991 segundo o Estatuto dos Conselhos Distritais de Sauacutede

(DIVINOacutePOLIS 1998) o Conselho Municipal de Sauacutede foi instituiacutedo pela Lei

Municipal 00491 composto por usuaacuterios trabalhadores de sauacutede prestadores de

serviccedilo e gestores Nesse periacuteodo ocorreram as primeiras Conferecircncias Municipais

de Sauacutede e a criaccedilatildeo dos seis Conselhos Distritais que atuam ateacute hoje a formaccedilatildeo

dos Conselhos Locais de Sauacutede agregados agraves equipes de Sauacutede da Famiacutelia

12

Quanto agrave Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia segundo o Ministeacuterio da Sauacutede

(BRASIL 2010) Divinoacutepolis possuiacutea em fevereiro de 2010 apenas 203 de

cobertura de Atenccedilatildeo Baacutesica Em dezembro de 2014 segundo Ministeacuterio da Sauacutede

(BRASIL 2014) a cobertura estimada natildeo passava dos 4602 da populaccedilatildeo

classificando-se como o menor iacutendice do Estado quando comparado a outros

municiacutepios de mesmo porte conforme graacutefico abaixo

Graacutefico 1 Cobertura pela Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia - Divinoacutepolis ndash MG - 2010

213277

221764

262278241720

292529227438

00

150

300

450

600

750

900

Sa

nta

Lu

zia

Ub

era

ba

Ipa

tin

ga

Go

ve

rna

do

r

Va

lad

are

s

Se

te

La

go

as

Div

inoacute

po

lis

populaccedilatildeo em milhares

Fonte Secretaria de Estado da Sauacutede de Minas Gerais - Programa Sauacutede em Casa

httpwwwsaudemggovbrpoliticas_de_saudeprograma-saude-em-casa

Com relaccedilatildeo aos estabelecimentos de sauacutede segundo dados do IBGE (BRASIL

2009) a cidade conta com trecircs hospitais particulares Santa Mocircnica Santa Luacutecia e

Satildeo Judas Tadeu e um filantroacutepico Satildeo Joatildeo de Deus totalizando 555 leitos sendo

que destes 352 satildeo leitos contratados pelo SUS Segundo ainda o IBGE (BRASIL

2009) o municiacutepio conta com 38 estabelecimentos de sauacutede municipais de acordo o

Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sauacutede - CNES satildeo 15 Centros de

Sauacutede e 20 Equipes de Sauacutede da Famiacutelia O serviccedilo de atendimento ambulatorial

conta com 68 estabelecimentos sendo que 41 tecircm convecircnio com o Sistema Uacutenico de

Sauacutede (SUS)

116 Nuacutemero de Oacutebitos por Causa ndash Divinoacutepolis 2012

13

De acordo com dados do IBGE (BRASIL 2012) em 2012 foram registrados

581 oacutebitos sendo 302 homens e 279 mulheres as doenccedilas neoplaacutesicas foram

responsaacuteveis por 173 oacutebitos2977 do aparelho circulatoacuterio foram responsaacuteveis

por 121 oacutebitos208 das mortes seguidas pelas doenccedilas respiratoacuterias 821411

oacutebitos por doenccedila do aparelho digestivo 467 9 doenccedilas infecciosas e

parasitaacuterias 41 oacutebitos70 oacutebitos por doenccedilas do aparelho geniturinaacuterio 3255

mortes por causas externas 27464 oacutebitos por doenccedilas relacionadas ao sangue

oacutergatildeos hematoloacutegicos transtornos imunitaacuterios 406 oacutebitos por doenccedilas de pele e

do tecido subcutacircneo total de 5086 outras mortes somam 86 Estes dados

estatildeo representados no graacutefico abaixo

Graacutefico 2 - Nuacutemero de Oacutebitos por Causa Divinoacutepolis ndash 2012

Obitos em DIvinoacutepolis em 2012

Homens

Mulheres

Neoplasias

Ap circulatoacuterio

Doeccedilas respiratoacuterias

Aparelho digestivo

Doenccedilas infecciosas

Aparelho Geniturinaacuterio

Causas externas

Doenccedilas hematoloacutegicas Fonte IBGE cidades ibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=114ampsearch=minas-

gerais|divinopolis|morbidades-hospitalares-2012

117 Sistema Local de Educaccedilatildeo

O municiacutepio segundo IBGE (BRASIL 2012) tem 1589 docentes atuando na

rede de educaccedilatildeo baacutesica no ensino meacutedio conta com 562 docentes no ensino

fundamental 739 docentes e a educaccedilatildeo infantil com 288 docentes O ensino

fundamental conta com uma rede de 88 escolas sendo 26 privadas 30 da rede

puacuteblica estadual e 32 da rede municipal O ensino meacutedio tem um total de 29 escolas

sendo oito privadas 20 da rede estadual e uma da rede federal Ainda segundo o

14

IBGE (BRASIL 2012) satildeo 27484 alunos matriculados no ensino fundamental 8211

no ensino meacutedio 4808 na preacute-escola Segundo o IBGE (BRASIL 2010) o iacutendice de

desenvolvimento humano ndash IDH ficou em 0764 acima da meacutedia nacional que eacute de

0730

12 Diagnoacutestico Situacional

121 Unidade Baacutesica de Sauacutede ndash Bairro Santos Dumont

A unidade baacutesica de sauacutede em que atuo estaacute localizada a Rua Liacuterios do Vale

141 Bairro Santos Dumont telefone (37) 32153674 local de faacutecil acesso com rua

pavimentada Funciona de 07h00min as 11h00min horas e de 13h00min as

17h00min horas de segunda a sexta-feira segundo o Cadastro Nacional de

Estabelecimentos de Sauacutede - CNES (BRASIL 2014)

Foto 1 - Unidade Baacutesica de Sauacutede Santos Dumont - Divinoacutepolis-MG 2014

Fonte httpswwwgooglecombrmapsplaceRua+JosC3A9+VenC3A2ncio+218+-+Aeroporto-20175673 448774553a75y16155h90tdata=3m41e13m21siLj6mpeG5CZyGTTQQ_cwTA2e04m23m11s0xa0a4e2a9c17ea50x429732233cce4192

A aacuterea de abrangecircncia da UBS Santos Dumont compreende a regiatildeo

sudoeste da cidade de Divinoacutepolis composta pelos bairros Santos Dumont Maria

Peccedilanha Quinta das Palmeiras Costa Azul e Terra Azul

15

Mapa 2 - Aacuterea de Abrangecircncia da UBS Santos Dumont ndash Divinoacutepolis-MG 2014

Fonte Prefeitura Municipal de Divinoacutepolis fileCUsersnoteDesktopmapadacidade20(1)20(1)pdf

122 Recursos Humanos

Segundo o Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sauacutede (2014) a

equipe eacute composta por um enfermeiro da estrateacutegia de sauacutede da famiacutelia com 40

horas semanais um cirurgiatildeo dentista com carga horaacuteria de 40 horas semanais um

meacutedico cliacutenico com 40 horas semanais um agente de serviccedilos gerais de 40 horas

semanais 4 agentes comunitaacuterios de sauacutede com 40 horas semanais e um auxiliar de

sauacutede bucal de 40 horas semanais Conforme quadro abaixo

Quadro 1 - Equipe de Sauacutede do UBS Santos Dumont 2014

Fonte Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sauacutede

Segundo o Sistema Integrado de Sauacutede - SIS a Unidade Santos Dumont tem

uma populaccedilatildeo cadastrada de 2208 habitantes com um nuacutemero estimado de 673

16

famiacutelias Quanto ao niacutevel de escolaridade da populaccedilatildeo adscrita assim estaacute

distribuiacuteda doutorado 2 mestrado 1 poacutes-graduaccedilatildeo 1 superior completo 22

superior incompleto 9 fundamental incompleto 123 ensino meacutedio completo 287

fundamental incompleto 1105 meacutedio incompleto 424 analfabetos 226 e natildeo

informado 08 sendo assim a taxa de analfabetismo eacute 1023 acima da meacutedia

nacional conforme o censo do IBGE (BRASIL 2010) que foi de 96 conforme

quadro abaixo

Quadro 2 - Niacutevel de escolaridade da populaccedilatildeo de referecircncia da UBS Santos

Dumont 2014

NIacuteVEL DE ESCOLARIDADE

Doutorado Mestrado Poacutes- graduaccedilatildeo

Superior Superior Incompleto

Fundamental Completo

Ensino meacutedio

Ensino meacutedio incompleto

Fundamental incompleto

Analfabeto Outros

M1 0 0 0 2

20 33 52 240 39 3

M2 1 1 1 15 5 62 102 90 228 47 3

M3 0 0 0 4 2 11 38 252 164 54 1

M4 1

1 2 30 114 30 473 86 1

Sub total 2 1 1 22 9 123 287 424 1105 226 8

POPULACcedilAtildeO TOTAL 2208

Fonte Sistema Integrado de Sauacutede 2014

123 Doenccedilas Crocircnicas

Com relaccedilatildeo agraves doenccedilas crocircnicas segundo o Sistema Integrado de Sauacutede haacute na

comunidade 199 clientes com hipertensatildeo arterial com diabetes 68 clientes com

alguma deficiecircncia 6 com doenccedila de chagas 1 alcoolismo 1 epilepsia 3 e com 8

gestantes

Quadro 3 - Total de Hipertensos e Diabeacuteticos da UBS por Microaacuterea Divinoacutepolis ndash MG 2014

HIPERTENSOS E DIABEacuteTICOS POR MICROAacuteREA

ACS Gracielle Suzana Rosana Rosilene TOTAL

MICROAacuteREA M1 M2 M3 M4

Hipertensatildeo 22 58 16 103 199

Diabeacuteticos 5 21 3 39 68 Fonte Sistema Integrado de Sauacutede de Divinoacutepolis SIS 2014

17

124 Doenccedilas Endecircmicas ndash A Dengue

A Dengue eacute uma doenccedila de origem africana que foi introduzida no paiacutes

segundo Valente et al (2012) por volta do seacuteculo XIX encontrando no Brasil um

clima e condiccedilotildees muito favoraacuteveis a sua multiplicaccedilatildeo mesmo sendo uma doenccedila

antiga o mosquito transmissor da dengue se mostra cada vez mais de difiacutecil controle

Todo ano atinge milhotildees de pessoas em todo mundo e no Brasil As seguidas

epidemias levaram o tema a ser discutido em vaacuterios setores como escolas veiacuteculos

de comunicaccedilatildeo nos setores de sauacutede e tambeacutem pela sociedade civil Segundo o

Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2014) de acordo com os dados contidos no Boletim

Epidemioloacutegico da 53ordf Semana Epidemioloacutegica foram registrados no paiacutes 591080

casos da doenccedila sendo que a regiatildeo Sudeste teve o maior nuacutemero de casos

312318 casos 528 Minas Gerais aparece com 1896 deste total A cidade de

Divinoacutepolis apresentou segundo a Secretaria Municipal de Sauacutede 4680 casos

notificados e segundo a Secretaria de Estado da Sauacutede foram notificados 06 oacutebitos

confirmados conforme quadro abaixo sendo que assim a cidade vem enfrentando

seguidas epidemias de Dengue tornando-se um dos problemas que mais preocupa

a comunidade

Quadro 4 - Casos de Oacutebitos por Dengue Grave em Minas Gerais - 2014

Municiacutepios Oacutebitos

confirmados

Araxaacute Arauacutejos

1 1

Campo Belo Candeias

1 1

Curvelo Divinoacutepolis

1 6

Dores do Indaiaacute 1 Formiga Fronteira Frutal

1 1 1

Itabira Itauacutena

1 2

Ituiutaba Juiz de Fora

1 4

Natalacircndia Nova Serrana

1 1

Passos 8

18

Paracatu 3 Prata Sabaraacute

1 1

Santa Barbara Santa Luzia Santos Dumont

1 1 1

Santa Margarida Uberlacircndia

1 3

Trecircs Coraccedilotildees 1

Total 47

Fonte SINAN ONLINE e DVASVEASTSubVPSSES MG

O grande nuacutemero de terrenos baldios e lotes vagos satildeo apontados pelos

moradores como principal causa do aumento dos focos do mosquito Aedes Aegypti

A foto abaixo mostra o aglomerado ainda pouco habitado onde existem muitas

aacutereas onde haacute somente vegetaccedilatildeo nativa o que favorece o descarte inadequado de

lixo e entulhos recipientes que acumulam aacutegua se tornando grande criadouro do

mosquito transmissor da dengue

Foto 2 - Aacuterea de abrangecircncia da Unidade Baacutesica de Sauacutede Santos Dumont 2014

Fonte httpswwwgooglecombrmaps-201840183-448801014180mdata=3m11e3

19

A regiatildeo ocupada pela populaccedilatildeo da aacuterea de abrangecircncia da UBS Santos

Dumont eacute uma regiatildeo de cerrado Segundo o IBGE (BRASIL 2010) o Iacutendice de

Desenvolvimento Humano - IDH eacute 0764 acima da meacutedia nacional que de 0730 A

cidade apresentou crescimento populacional no periacuteodo de 1991 a 2010

correspondentes a 2889 poreacutem os investimentos em infraestrutura como

pavimentaccedilatildeo e saneamento baacutesico natildeo acompanharam a taxa de crescimento da

cidade algo comum em grandes cidades e cidades de meacutedio porte no paiacutes Na aacuterea

do bairro ainda haacute presenccedila de mata nativa com ocupaccedilatildeo natildeo planejada a

populaccedilatildeo convive com riscos eminentes para a sua sauacutede

Segundo Valente et al (2012) diante do aumento dos casos de dengue

estrateacutegias tradicionais parecem natildeo terem mais o mesmo efeito de outrora Eacute

necessaacuterio o envolvimento de todos os setores sociais para buscar o controle da

situaccedilatildeo com accedilotildees de educaccedilatildeo e sauacutede que podem ser mais efetivas do que

apenas medidas unilaterais baseada em estatiacutesticas ministeriais

Apoacutes os vaacuterios casos atendidos na UBS o que se percebe eacute que ningueacutem

assume que o foco do mosquito possa estar na sua casa conforme afirmam Valente

et al (2012) que a culpa eacute sempre dos vizinhos que natildeo fazem a sua parte o que

torna relevante afirmar ser a negaccedilatildeo da ldquoquestatildeo da culpabilizaccedilatildeo individual e a

culpabilizaccedilatildeo do outrordquo (VALENTE 2012 p2990) Outro dado que chama a

atenccedilatildeo segundo a Secretaria Municipal de Sauacutede (DIVINOacutePOLIS 2014) eacute que os

levantamentos indicam que 9415 dos focos de dengue estatildeo dentro das

residecircncias O relato que os criadouros estatildeo sempre na casa do vizinho esse eacute

com certeza o maior ldquonoacute criacuteticordquo que precisa ser desconstruiacutedo o cidadatildeo se

preocupa com o vizinho e se esquece do seu domiciacutelio

Segundo balanccedilo divulgado pela Secretaria Municipal de Sauacutede

(DIVINOacutePOLIS 2014) os 4139 casos confirmados mais os exames que ainda

aguardam os resultados sinalizam para cidade que tem muito trabalho para

enfrentar esse grave problema de sauacutede puacuteblica Os bairros Nossa Senhora das

Graccedilas Centro Satildeo Joseacute Interlagos Niteroacutei Porto Velho Planalto Santos Dumont

Belvedere e Bom Pastor foram responsaacuteveis por 3027 dos casos notificados na

cidade Em meacutedia a UBS Santos Dumont em relaccedilatildeo agrave populaccedilatildeo adscrita

apresentou um percentual de 215 da populaccedilatildeo total com casos notificados como

se pode observar no quadro abaixo

20

Quadro 5 - Nuacutemero de casos de Dengue em Divinoacutepolis ndash 2014

NOSSA SENHORA DAS GRACcedilAS Fonte Prefeitura Municipal de Divinoacutepolishttpwwwdivinopolismggovbrportalnoticiaphpid=109802014

Segundo Valente et al (2012) a praacutetica de jogar lixo nas ruas como algo do

cotidiano mesmo sabendo que essa accedilatildeo remete aos proacuteprios moradores e a falta

de coleta seletiva regular levam ao acuacutemulo de recipientes de plaacutesticos que durante

o periacuteodo chuvoso tornam-se criadouros do mosquito Esse tambeacutem eacute um

importante tema que necessita ser trabalhado desde a preacute-escola em vaacuterias

oportunidades como reuniatildeo de bairros em eventos esportivos e festivos pois

somente com educaccedilatildeo da populaccedilatildeo se pode mudar essa realidade

BAIRROS COM MAIORES NUacuteMEROS DE CASOS DE DENGUE EM DIVINOacutePOLIS

Bairros NSG CENTRO Satildeo JOSEacute INTERLAGOS NITEROacuteI

PORTO VELHO PLANALTO

SANTOS DUMONT BELVEDERE

BOM PASTOR

307 350 192 123 124 1O8 104 101 98 96

TOTAL 1417

21

2 JUSTIFICATIVA

A enfermagem eacute uma arte cuidar prevenir e proteger a sauacutede o enfermeiro

que atua na equipe de sauacutede da famiacutelia tem importante papel na educaccedilatildeo e na

proteccedilatildeo de sua populaccedilatildeo adscrita por estar perto e conhecer a realidade de sua

comunidade Backes et al (2012)

O conhecimento dos problemas de uma populaccedilatildeo permite a equipe de

Sauacutede da Estrateacutegia da Famiacutelia o planejamento de accedilotildees efetivas e eficazes nas

principais causas de adoecimento de uma comunidade aleacutem de organizar de

maneira ordenada o atendimento da demanda e rotina dos serviccedilos ofertados na

Unidade Baacutesica de Sauacutede Backes et al (2012)

O tema dengue tem relevacircncia por ser a mais importante arbovirose que

atinge o ser humano na atualidade trazendo um enorme prejuiacutezo socioeconocircmico

para toda sociedade

Segundo Figueiredo et al (1992) a dengue eacute uma doenccedila com alta

morbidade e pode evoluir para um quadro grave de hemorragia podendo levar ao

oacutebito Ainda conforme Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2009) em oito paiacuteses do

continente americano e asiaacutetico incluindo o Brasil em 2009 foram gastos U$ 18

bilhotildees somente com despesas ambulatoriais e hospitalares sem contar os recursos

despendidos para vigilacircncia epidemioloacutegica

Em Divinoacutepolis em 2014 foram notificados 4680 notificaccedilotildees e 4139 casos

confirmados e os demais aguardando confirmaccedilatildeo segundo a Secretaria Municipal

de Sauacutede

Ainda outro ponto muito importante eacute que as pessoas acreditam que o

problema eacute sempre do outro conforme salientam Valente et al (2012) que a culpa

dos casos de dengue eacute do vizinho sendo assim ele natildeo se preocupa com a sua

residecircncia Neste mesmo sentido Giratildeo et al (2012) afirmam que devido agrave

adaptaccedilatildeo do vetor as aacutereas domiciliares e peridomiciliares o controle da doenccedila

sem a participaccedilatildeo da populaccedilatildeo estaacute fadado ao fracasso As accedilotildees educaccedilatildeo em

sauacutede satildeo uma ferramenta essencial nessa estrateacutegia proporcionando ao cidadatildeo

uma autonomia para cuidar da sua sauacutede e da prevenccedilatildeo e eliminaccedilatildeo do vetor

Portanto uma proposta de intervenccedilatildeo que enfatize esta participaccedilatildeo da

comunidade conhecendo suas potencialidades e suas necessidades justifica a

realizaccedilatildeo deste trabalho

22

3 OBJETIVOS

31 Objetivo Geral

Elaborar um plano de accedilatildeo com ecircnfase em educaccedilatildeo e sauacutede com vistas agrave

reduccedilatildeo do nuacutemero de casos de dengue no municiacutepio de Divinoacutepolis e

especificamente na aacuterea de abrangecircncia da Unidade de Sauacutede Santos

Dumont

32 Objetivos Especiacuteficos

Organizar um grupo comunitaacuterio de controle e combate ao mosquito

Aedes Aegypti

Despertar na comunidade adscrita da Unidade de Sauacutede Santos Dumont uma

visatildeo criacutetica sobre os novos processos de sauacutede e doenccedila com a priorizaccedilatildeo

de accedilotildees educativas

Descrever os passos de uma proposta de intervenccedilatildeo e acompanhamento de

resultados com ecircnfase em educaccedilatildeo e sauacutede com vista na reduccedilatildeo dos focos

do vetor transmissor da dengue

23

4 BASES CONCEITUAIS

41 Aspectos Gerais da Doenccedila

A dengue eacute atualmente a mais importante arbovirose que acomete o ser

humano no continente americano distribuiacuteda segundo Ferreira et al (2009) desde o

Uruguai ateacute a costa sul dos Estados Unidos abrangendo principalmente Venezuela

Cuba Brasil e Paraguai contaminando cerca de mais de 3 bilhotildees de pessoas em

todo mundo

Segundo Penna (2003) embora o vetor Aedes Aegypti natildeo seja natural das

Ameacutericas encontrou aqui um ambiente favoraacutevel agrave sua multiplicaccedilatildeo Introduzido no

Brasil possivelmente pela Aacutefrica em meados do seacuteculo XIX invadiu o paiacutes e se

expandiu para todo o territoacuterio nacional

Segundo Penna (2003) o vetor chegou a ser erradicado de 1967 a 1973 pelo

meacutetodo de aplicaccedilatildeo de inseticida de accedilatildeo residual que prevalecia por ateacute seis

meses a aplicaccedilatildeo se deu em depoacutesitos que continham ou natildeo aacutegua parada e

tambeacutem ateacute um metro dos potenciais focos do mosquito Atualmente com os

grandes aglomerados urbanos e com a infestaccedilatildeo em todo continente americano a

erradicaccedilatildeo do mosquito natildeo eacute mais viaacutevel por isso o Ministeacuterio da Sauacutede em

parceria com Organizaccedilatildeo Pan-americana da Sauacutede (OPAS) aderiu o ldquoPlano de

Intensificaccedilatildeo das Accedilotildees de Controle da Denguerdquo (PIACD) que trabalha com a

universalidade regional sincronicidade e continuidade das accedilotildees e natildeo na

erradicaccedilatildeo (FERREIRA et al 2009 p 963)

Valente et al (2012) Giratildeo et al (2014) salientam que eacute de fundamental

importacircncia entender que as atuais estrateacutegias de controle vetorial onde haacute

responsabilizaccedilatildeo dos cidadatildeos e eliminaccedilatildeo focal parecem natildeo ter mais efeito

efetivo no combate ao mosquito Aedes Aegypti Diante das seguidas epidemias haacute

necessidade de uma abordagem mais ampla do problema com a participaccedilatildeo efetiva

de toda populaccedilatildeo e de todos os setores da sociedade ldquoenfocando a determinaccedilatildeo

social do processo sauacutede-doenccedila e a transdisciplinalidade das accedilotildeesrdquo (VALENTE et

al 2012 p 2988)

No Brasil segundo Ferreira et al (2009) as condiccedilotildees socioambientais a

falta de saneamento a ausecircncia da coleta seletiva de lixo a maacute distribuiccedilatildeo de

24

renda e a baixa escolaridade criaram um ambiente muito favoraacutevel agrave multiplicaccedilatildeo

do vetor Aedes Aegypti

42 Etiologia

Segundo Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2002) a Dengue eacute uma doenccedila febril

que em sua forma claacutessica apresenta como sinais cliacutenicos dores musculares e nas

articulaccedilotildees cefaleia e dor retro-orbitaacuteria vocircmitos e diarreia Para Almeida et al

(2008) a dengue eacute uma doenccedila de curso que varia de forma benigna a grave pode

apresentar a forma claacutessica a forma hemorraacutegica e o choque sendo que esta uacuteltima

pode levar ao oacutebito

No Brasil segundo a Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz (BRASIL 2008) satildeo

encontrados dois vetores da doenccedila o Aedes aegypti e Aedes albopictus A

transmissatildeo ocorre quando uma fecircmea do inseto pica uma pessoa portadora do

viacuterus e esta passa por periacuteodo de incubaccedilatildeo e logo apoacutes 10 a 14 dias a fecircmea estaacute

apta a transmitir o viacuterus por toda vida em meacutedia vive em torno de 35 a 40 dias

43 Aspectos Epidemioloacutegicos

Segundo Gonccedilalves Neto et al (2006) a dengue eacute considerada como a mais

importante arbovirose transmitida por insetos das uacuteltimas deacutecadas atinge a cada

ano um maior contingente de pessoas com o vetor aparecendo em mais de 100

paiacuteses de clima tropical e subtropical

Em face dessa realidade Ferreira Veras e Silva (2009) salientam que as

sucessivas epidemias de dengue no mundo especialmente no Brasil tecircm

mobilizado e preocupado autoridades e a populaccedilatildeo em geral No estado de Satildeo

Paulo houve um grande aumento dos quadros de dengue hemorraacutegica Cerca de

80 dos municiacutepios paulistas estatildeo totalmente infestados pelo mosquito aedes

aegypti Os motivos pelo quais a sua populaccedilatildeo aumenta significativamente

pontuam os autores satildeo a dificuldade em utilizaccedilatildeo de inseticidas a contrataccedilatildeo de

matildeo de obra qualificada a precaacuteria coleta de lixo especialmente nas grandes

cidades e nas suas regiotildees perifeacutericas aleacutem de fatores como o clima criando o

ambiente cada vez mais favoraacutevel agrave reproduccedilatildeo do mosquito

25

Segundo Mayo et al (2011) em estudo semelhante salienta que a

populaccedilatildeo brasileira vem sofrendo com seguidas epidemias de dengue haacute mais de

duas deacutecadas os autores seguem chamando a atenccedilatildeo para o progressivo aumento

de nuacutemero de casos com complicaccedilotildees seguindo a mesma loacutegica um nuacutemero

maior de municiacutepios vem sofrendo com o aparecimento e o aumento de casos de

dengue hemorraacutegica e o aumento dos oacutebitos por complicaccedilotildees da dengue

Havendo a predominacircncia de tais caracteriacutesticas a dengue tem levado ao alto

nuacutemero de oacutebitos Segundo Figueiroacute et al (2011) isso estaacute associado ainda agrave

imensa massa da populaccedilatildeo exposta Contudo salientam os autores que a doenccedila

tem se tornado um dos problemas de sauacutede reemergentes mais importantes da

histoacuteria Estima-se que 25 bilhotildees de pessoas estatildeo em risco de contrair a doenccedila

ainda que por ano satildeo 50 milhotildees de novos casos Destes cerca 550 mil necessitam

de hospitalizaccedilatildeo e pelo menos 20 mil evoluem para oacutebito Dados epidemioloacutegicos

do Ministeacuterio da Sauacutede tem apontado segundo Figueiro et al (2011) um crescente

aumento dos casos de Febre Hemorraacutegica por Dengue (FHD) e em uma deacutecada a

taxa de letalidade atingiu 68 destacando-se a regiatildeo nordeste com maior iacutendice

de casos entre 1981 a 2007

Contudo salientam Giratildeo et al (2014) que devido agrave adaptaccedilatildeo muito

acentuada do vetor nos peridomiciacutelios e domiciacutelios corroborando estudos da

Secretaria Municipal de Sauacutede de Divinoacutepolis (2014) apontaram que 9415 dos

focos de dengue estatildeo dentro das residecircncias sendo assim a participaccedilatildeo do

cidadatildeo no controle eacute de suma importacircncia no controle da doenccedila

Segundo dados do Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2014) em Minas Gerais a

taxa de incidecircncia da doenccedila foi de foi 2856 casos para cada 100000 habitantes

os 45 oacutebitos indicam um aumento de 3333 casos fatais em relaccedilatildeo a 2013 que

teve um nuacutemero de casos maior Quanto ao tipo de viacuterus circulante verificou-se a

incidecircncia de DENV1 (882) seguido de DENV4 (115) DENV3 (03) e DENV2

(00)

Para implantar as accedilotildees de vigilacircncia em sauacutede o Ministeacuterio da Sauacutede

(BRASIL 2014) por meio da Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede repassou para os

estados e municiacutepios 30 do valor a ser gasto em todo ano de 2014 cerca de R$

3634 milhotildees No mecircs de dezembro de 2013 a fim de intensificar as accedilotildees de

combate agrave dengue no periacuteodo de maior incidecircncia foram fornecidos 100 mil kg de

larvicidas 227 mil litros de adulticida e 104 mil kits para diagnoacutestico

26

Segundo a Secretaria Municipal de Sauacutede (DIVINOacutePOLIS 2014) haacute em

atividade 94 agentes de sauacutede puacuteblicos efetivos e 14 contratados sendo a cidade eacute

dividida em setores De acordo com levantamento raacutepido do iacutendice de infestaccedilatildeo do

aedes aegypti realizado em marccedilo de 2014 obteve-se um percentual de infestaccedilatildeo

do mosquito de 37 nos domiciacutelios visitados em Divinoacutepolis que representam risco

meacutedio para epidemia Em outubro de 2014 o novo levantamento raacutepido do iacutendice de

infestaccedilatildeo apresentou um iacutendice de 09 preocupante visto que o valor muito estaacute

muito proacuteximo do tolerado pela Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede que eacute de 1 Aleacutem

disso as condiccedilotildees climaacuteticas nesse periacuteodo natildeo favorecem a proliferaccedilatildeo do

mosquito por isso pode-se considerar esse valor alto

Em face dos dados apresentados conforme afirmam Ferreira Veras e Silva

(2009) para o controle da dengue a participaccedilatildeo popular eacute indiscutivelmente

essencial visto que o vetor habita os domiciacutelios sendo assim todos tem condiccedilotildees

de colaborar fiscalizando suas moradias O PNCD destaca as accedilotildees educativas

como forma de preparar a comunidade para adoccedilatildeo de comportamentos que

protejam a sauacutede coletiva Ainda segundo os autores durante as epidemias haacute todo

um clamor da miacutedia e do poder puacuteblico no sentido de mobilizar a comunidade para o

controle da doenccedila poreacutem nos periacuteodos de menor incidecircncia esse apelo perde a

intensidade o tema acaba no esquecimento sendo apresentado somente no

proacuteximo periacuteodo de infestaccedilatildeo e transmissatildeo da doenccedila

Ferreira Veras e Silva (2009) em anaacutelise do iacutendice de participaccedilatildeo da

populaccedilatildeo de 16 municiacutepios paulistas detectaram que em mais da metade destes

municiacutepios a participaccedilatildeo era muito baixa em consequecircncia o nuacutemero de pessoas

que contraiacuteram a doenccedila era maior onde haacute menos participaccedilatildeo popular

A educaccedilatildeo permanente segundo Ribeiro Sousa e Arauacutejo (2007) visa

acelerar o processo de adesatildeo da populaccedilatildeo agraves medidas preventivas abordando as

questotildees que envolvem condiccedilotildees de sauacutede moradia saneamento baacutesico indo

aleacutem de accedilotildees pontuais e campanhistas que perdem forccedila nos periacuteodos de baixa

notificaccedilatildeo de casos Eacute preciso buscar parceiros na sociedade civil como nos meios

de comunicaccedilatildeo para divulgaccedilatildeo do enfrentamento da doenccedila o ano inteiro

27

44 Medidas Educativas

Giratildeo et al (2014) destacam que somente com a educaccedilatildeo em sauacutede eacute que

se pode despertar na comunidade uma autonomia para que a populaccedilatildeo se sinta

como uma parte do processo que passa pela prevenccedilatildeo cujo controle depende da

eliminaccedilatildeo dos focos do mosquito dentro dos domiciacutelios

Neste sentido Alves (2005) afirma que a educaccedilatildeo em sauacutede eacute uma

ferramenta capaz de produzir intermediada pelos profissionais de sauacutede uma

compreensatildeo nova do processo sauacutede doenccedila oferecendo agrave populaccedilatildeo subsiacutedios

para adoccedilatildeo de novos haacutebitos de vida com ecircnfase na promoccedilatildeo e prevenccedilatildeo de

situaccedilotildees que podem trazer prejuiacutezos agrave sua sauacutede

Segundo Figueiroacute et al (2011) a doenccedila atinge a cada ano um maior

contingente de pessoas Nesse sentido priorizando a reduccedilatildeo dos casos de dengue

e dengue grave o Ministeacuterio da Sauacutede implantou no paiacutes o Plano Nacional de

Controle da Dengue ndash PNCD O programa eacute gerido de forma tripartite ou seja com

a participaccedilatildeo das trecircs esferas de governos uniatildeo estados e municiacutepios

ldquocompreendendo accedilotildees operacionais de vigilacircncia integrada entomoloacutegica e sobre o

meio ambiente de assistecircncia aos pacientes de educaccedilatildeo em sauacutede comunicaccedilatildeo

e mobilizaccedilatildeo socialrdquo (FIGUEIROacute et al 2011 p 2374) O PNCD compreende ainda

o controle e avaliaccedilatildeo dos agentes comunitaacuterios de sauacutede - ACS entretanto

segundo dados epidemioloacutegicos haacute uma grande dificuldade na realizaccedilatildeo das accedilotildees

e no alcance dos resultados esperados devido agrave baixa participaccedilatildeo da populaccedilatildeo

Para Ferreira Veras e Silva (2009) de acordo com a OPAS uma das maiores

dificuldades das autoridades de sauacutede em articulaccedilatildeo das accedilotildees eacute a parceria com a

comunidade o PNCD tem como um dos eixos a participaccedilatildeo comunitaacuteria para

reduccedilatildeo dos criadouros domiciliares Segundo Ferreira Veras e Silva (2009) a

participaccedilatildeo popular no combate eacute fundamental e defendida pelos organismos

nacionais e internacionais Pode estar inserida a capacitaccedilatildeo da populaccedilatildeo na

promoccedilatildeo e prevenccedilatildeo com o objetivo da melhoria da comunidade tanto na sauacutede

individual quanto coletiva favorecendo a construccedilatildeo de um modelo de sauacutede

compartilhada No controle das epidemias especialmente da dengue cujo vetor vive

na maioria das vezes nas casas das pessoas o PNDC visa o desenvolvimento de

accedilotildees educativas que tem como objetivo a mudanccedila de comportamento das

pessoas na manutenccedilatildeo de um ambiente de vida saudaacutevel Contudo a criteriosa

28

tarefa de evitar epidemias vai muito aleacutem do setor de sauacutede consistem em um

conjunto de accedilotildees poliacuteticas teacutecnicas e sociais que inclui prioritariamente a

participaccedilatildeo popular aliada agrave vigilacircncia epidemioloacutegica

Segundo Gonccedilalves Neto et al (2006) as condiccedilotildees sanitaacuterias prejudicadas

ausecircncia de coleta seletiva de lixo ausecircncia de saneamento baacutesico e um

crescimento desordenado em aacutereas tropicais propiciou raacutepida adaptaccedilatildeo do vetor

nas residecircncias levando o aedes aegpyti aproveitar se dos criadouros

providenciados pelo proacuteprio homem para aumentar sua populaccedilatildeo Contudo salienta

o autor praticamente impossiacutevel desenvolver um trabalho de controle do vetor sem a

participaccedilatildeo da comunidade

Tais afirmaccedilotildees explicam a situaccedilatildeo da populaccedilatildeo adscrita da UBS Santos

Dumont onde ocorreu uma grande expansatildeo de domiciacutelios sem um planejamento

adequado deixando um grande nuacutemero de terrenos baldios uma ocupaccedilatildeo sem a

infraestrutura necessaacuteria falta da coleta seletiva de lixo saneamento baacutesico e

pavimentaccedilatildeo Soma-se a isso a deficiecircncia do Estado em garantir uma coleta de

lixo eficiente deixando margem para a proliferaccedilatildeo da doenccedila

Segundo Almeida et al (2008) a adaptaccedilatildeo do mosquito aedes aegypti cuja

sobrevivecircncia depende de aacutegua parada ocorre principalmente nas aacutereas urbanas

em domiciacutelios e peridomiciacutelios Contudo o vetor eacute muito sensiacutevel agraves condiccedilotildees

ambientais poreacutem seus ovos resistem a longos periacuteodos de dissecaccedilatildeo o que

garante a perpetuaccedilatildeo da espeacutecie Com haacutebito diurno preferencialmente tem uma

especial atraccedilatildeo pelo sangue humano seu deslocamento eacute em meacutedia durante um

voo em condiccedilotildees normais de ambiente sem a interferecircncia de vento de cinquenta

metros portanto sua caracteriacutestica de habitar os domiciacutelios e peridomiciacutelios

permanecendo proacuteximo ao local de ldquopastordquo e postura dos ovos

Segundo Almeida et al (2008) com a ausecircncia de uma vacina eficaz capaz

de evitar a doenccedila a principal profilaxia tem sido o controle vetorial por meio de

identificaccedilatildeo dos focos e aplicaccedilatildeo de inseticidas de accedilatildeo residual para eliminaccedilatildeo

das larvas ou seja o combate focal

Contudo afirmam Almeida et al (2008) o conhecimento do dinamismo do

periacuteodo de maior transmissibilidade e latecircncia tem permitido a organizaccedilatildeo de accedilotildees

mais ou menos acentuadas dependendo do momento da epidemia e das condiccedilotildees

climaacuteticas A presenccedila do vetor em variadas partes das cidades jaacute foi identificada por

meio de estudos o que comprova que a doenccedila natildeo atinge somente uma classe

29

social Quanto agrave diminuiccedilatildeo dos casos dentro de um contexto epidemioloacutegico trecircs

fatores tecircm um papel muito importante as condiccedilotildees climaacuteticas desfavoraacuteveis agrave

viabilidade do vetor esgotamento de hospedeiros susceptiacuteveis e o controle quiacutemico

do vetor

45 Controle

Segundo Mayo et al (2011) existem duas formas de atuaccedilatildeo no controle da

doenccedila o bloqueio e o controle de criadouros Estas medidas tecircm por objetivo a

reduccedilatildeo dos criadouros na aacuterea de atuaccedilatildeo dos agentes de sauacutede o controle por

bloqueio e nebulizaccedilatildeo ocorre agrave aplicaccedilatildeo de inseticida com aplicadores Ultra Baixo

Volume - UBV A atuaccedilatildeo nesse tipo de trabalho em relaccedilatildeo ao feito pelo municiacutepio

diz respeito agrave qualidade do serviccedilo realizado bem como a agilidade na realizaccedilatildeo da

tarefa e o grande alcance da aacuterea coberta e o tipo de equipamento empregado

Para realizaccedilatildeo das tarefas o meacutetodo segue o preconizado pelo PNCD divide

as cidades em aacutereas setores e quarteirotildees Segundo Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL

2001) o bloqueio consiste em parar a transmissatildeo da dengue em municiacutepios com

epidemia instalada e tem como objetivo ainda a identificaccedilatildeo do sorotipo de viacuterus

circulante a aplicaccedilatildeo do UBV sem prejuiacutezo do controle larvaacuterio Quanto agrave

delimitaccedilatildeo de um foco isolado nos casos onde natildeo haacute infestaccedilatildeo deveratildeo ser

tratados todos os imoacuteveis no raio de 300 metros do entorno do local

Na fase de ataque segundo Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2001) deveraacute ser

tratado 100 dos imoacuteveis aleacutem de pontos estrateacutegicos terrenos baldios das zonas

infestadas e todos os potenciais focos devem ser eliminados Na fase de

consolidaccedilatildeo o objetivo eacute a erradicaccedilatildeo do mosquito satildeo desenvolvidas vaacuterias

accedilotildees semelhantes agrave fase de ataque com exceccedilatildeo do tratamento de focos Na fase

de manutenccedilatildeo satildeo visitadas todas as aacutereas positivas e negativas mesmo onde o

vetor foi erradicado as medidas satildeo o uso de armadilhas de oviposiccedilatildeo e inspeccedilotildees

de pontos estrateacutegicos

46 Atuaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Baacutesica no Controle da Dengue

As atividades de controle devem ter uma sinergia com todos os setores

envolvidos no tocante a vigilacircncia epidemioloacutegica haacute necessidade de manter a

30

vistoria em imoacuteveis terrenos depoacutesitos oficinas entre outros locais Teixeira et al

(2010) verificaram que os domiciacutelios com terrenos baldios no entorno apresentaram

maior concentraccedilatildeo da doenccedila

Lima e Vilasboas (2011) salientam que a sauacutede eacute um direito e a maneira que

o Estado tem de garantir esse direito eacute por meio de poliacuteticas puacuteblicas de proteccedilatildeo

prevenccedilatildeo e recuperaccedilatildeo de agravos a simples ausecircncia de doenccedila natildeo pode ser

considerada um conceito de sauacutede visto que as condiccedilotildees sociais de saneamento

baacutesico meio ambiente educaccedilatildeo moradia e renda satildeo fatores determinantes no

processo de adoecimento de um povo A sauacutede deve ser pensada no contexto

ampliado com integraccedilatildeo formando uma rede interssetorial na perspectiva de troca

de ajuda muacutetua na troca de experiecircncias com uma construccedilatildeo muacutetua de saberes

facilitando a resoluccedilatildeo dos problemas enfrentados

Para Lima e Vilasboas (2011) a interssetorialidade pode ser um facilitador

para construccedilatildeo de um sistema de sauacutede efetivo contudo aliado a poliacuteticas puacuteblicas

que possam contribuir para ganho na melhoria da qualidade de vida das pessoas A

interssetorialidade extrapola os limites do poder estatal e envolve a sociedade nas

decisotildees poliacuteticas evita a subordinaccedilatildeo de um setor a outro e diminui as resistecircncias

de alguns membros

Segundo Lefegravevre et al (2007) a populaccedilatildeo tem informaccedilotildees sobre a doenccedila

e do ciclo de vida do transmissor poreacutem esse conhecimento ainda natildeo eacute capaz de

produzir nas pessoas atitudes e comportamento para impedir ou reduzir os

criadouros do mosquito A probabilidade eacute que esse conhecimento vindo de origem

externa fragmentado ou pouco organizado configure um conflito entre o saber

sanitaacuterio e o senso comum Ainda segundo o autor o programa educativo tem sido

aplicado haacute muitos anos mas ateacute hoje ainda natildeo obteve o resultado esperado

contudo haacute necessidade de aprofundar neste contexto para identificar onde estatildeo as

falhas para que possa realmente ter uma populaccedilatildeo engajada no controle do vetor

Para a populaccedilatildeo segundo Lefegravevre et al (2007) haacute uma relaccedilatildeo entre sujo

que seria a doenccedila e limpo que seria a sauacutede levando a ideacuteia equivocada que o lixo

eacute o uacutenico meio de procriaccedilatildeo do mosquito Neste sentido haacute uma sinalizaccedilatildeo para

que o poder puacuteblico perceba a necessidade de informar educar e comunicar

Informar no que diz respeito aos constantes dados epidemioloacutegicos sobre a doenccedila

no Paiacutes no Estado e na sua Comunidade no sentido de incentivar a participaccedilatildeo

popular no controle da doenccedila Educar esclarecendo a forma de transmissibilidade

31

da doenccedila estabelecendo um diaacutelogo de faacutecil entendimento na loacutegica sanitaacuteria sem

confrontar o senso comum buscando construir um relacionamento entre o teacutecnico e

o cidadatildeo e agrave adoccedilatildeo de alternativas na reduccedilatildeo das viacutetimas da dengue

Neste sentido a ESF tem papel fundamental no desenvolvimento de accedilotildees de

prevenccedilatildeo e controle da dengue considerando a relaccedilatildeo de confianccedila que a

populaccedilatildeo manteacutem com a equipe de sauacutede da famiacutelia possibilitando o contato com

o ambiente domeacutestico por meio dos ACSs promovendo um ambiente seguro e livre

do Aedes aegypti (BRASIL 2002) A ESF pode ainda promover accedilotildees educativas

com a populaccedilatildeo mobilizando-a para adotar accedilotildees preventivas realizando tambeacutem a

notificaccedilatildeo imediata dos casos suspeitos possibilitando as medidas tratamento

adequado agraves situaccedilotildees de dengue claacutessica e dengue grave reduzindo os casos

letais e possibilitando o bloqueio dos focos pela vigilacircncia epidemioloacutegica

32

5 PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO

O diagnoacutestico situacional foi realizado com base nas informaccedilotildees contidas em

dados oficiais do IBGE do Sistema Integrado de Sauacutede e embasado no relato dos

problemas levantados pela Equipe de Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia da UBS

Santos Dumont

Foi utilizado o Planejamento Estrateacutegico Situacional ndash PES como referecircncia

para a proposta de intervenccedilatildeo Este meacutetodo possibilita que os atores atraveacutes de

sua proacutepria visatildeo identifiquem as causas possiacuteveis dos problemas como nascem e

se desenvolvem A partir deste ponto de vista podem propor soluccedilotildees para atacar

suas causas e a viabilidade destas soluccedilotildees (CAMPOS FARIA SANTOS 2010)

Assim a partir do diagnoacutestico situacional os 10 passos segundo os autores

mencionados e suas atividades satildeo descritas a seguir

51 Primeiro Passo Definiccedilatildeo dos Problemas

Hipertensatildeo Arterial

Diabetes

Drogas

Gravidez na Adolescecircncia

Dengue

Transtorno Depressivo

Doenccedilas Sexualmente Transmissiacuteveis AIDS

Falta de Saneamento Baacutesico

52 Segundo Passo Priorizaccedilatildeo dos Problemas

Dengue

Falta de Saneamento Baacutesico

53 Terceiro Passo Descriccedilatildeo do Problema Selecionado

Segundo o Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2002) o nosso paiacutes eacute

predominantemente de clima tropical e este eacute um ambiente favoraacutevel agrave proliferaccedilatildeo

do mosquito aedes aegypti principal transmissor da dengue em nosso continente A

33

doenccedila eacute a uma arbovirose transmitida por um artroacutepode que pode apresentar-se

de forma benigna claacutessica ou grave na forma de febre hemorraacutegica

Durante o ano de 2014 segundo o Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2014) mais

meio milhatildeo de casos da doenccedila (591080) 528 soacute na regiatildeo Sudeste em Minas

Gerais foram 59222 com 45 oacutebitos confirmados em Divinoacutepolis segundo a

Secretaria Municipal de Sauacutede (2014) ocorreram 4680 notificaccedilotildees de casos da

doenccedila e confirmados 4139 casos de dengue com 06 oacutebitos sendo que os bairros

Nossa Senhora das Graccedilas Centro Satildeo Joseacute Interlagos Niteroacutei Porto Velho

Planalto Santos Dumont Belvedere e Bom Pastor foram responsaacuteveis por 3027

dos casos de dengue da cidade

Ferreira et al (2009) Lima e Vilasboas (2011) chamam a atenccedilatildeo para a falta

de saneamento baacutesico como um fator agravante que pode elevar a multiplicaccedilatildeo do

vetor da doenccedila Para Gonccedilalves Neto et al (2006) as condiccedilotildees sanitaacuterias

prejudicadas o crescimento desordenado levaram agrave raacutepida adaptaccedilatildeo do vetor agraves

residecircncias causando a disseminaccedilatildeo do viacuterus Tais situaccedilotildees satildeo rotineiras na

populaccedilatildeo adscrita da UBS Santos Dumont

54 Quarto passo Explicaccedilatildeo do Problema

A explicaccedilatildeo para o problema selecionado foi qualificado do ponto de vista

social coletivo e individual

Niacutevel Social Refere-se agrave ausecircncia de poliacuteticas puacuteblicas para melhoria de qualidade

de vida da populaccedilatildeo que convive com a ausecircncia de saneamento baacutesico esgoto a

ceacuteu aberto falta de coleta seletiva e lixo acumulado nas ruas e terrenos baldios

Niacutevel Coletivo Falta de consciecircncia da gravidade da doenccedila que pode acometer a

qualquer pessoa e todas as faixas etaacuterias falta de colaboraccedilatildeo entre os vizinhos que

sempre potildeem a culpa das maacutes condiccedilotildees uns nos outros mas ningueacutem assume a

responsabilidade pelo seu quintal

Niacutevel Individual Falta de compromisso pois segundo dados da SEMUSA

(DIVINOacutePOLIS 2014) 9415 dos focos de Dengue estatildeo dentro das residecircncias

esses focos foram identificados em vasilhas de aacutegua para cachorro galinha calhas

mal projetadas e caixas drsquoaacutegua sem tampa

55 Quinto Passo Seleccedilatildeo dos ldquoNoacutes Criacuteticosrdquo

34

Foram selecionados os seguintes ldquonoacutes criacuteticosrdquo que podem ter relaccedilatildeo direta com o

alto nuacutemero de casos de dengue

Lixo nas ruas falta de conscientizaccedilatildeo da populaccedilatildeo para evitar descarte

incorreto de lixo nas ruas e terrenos baldios

Responsabilizaccedilatildeo do outro falta agrave comunidade assumir que o problema da

dengue natildeo eacute do meu vizinho mas eacute de todos

Lotes sujos falta cobranccedila por parte do poder puacuteblico aos proprietaacuterios de

terrenos vazios que mantenham os lotes limpos e conservados

56 Sexto Passo Desenho de Operaccedilotildees para os ldquoNoacutes Criacuteticosrdquo do Problema

Como soluccedilatildeo dos ldquonoacutes criacuteticosrdquo foram apresentadas as seguintes propostas

contidas no Quadro 6 a seguir

Quadro 6 ndash Desenho das Operaccedilotildees para os Noacutes Criacuteticos Selecionados

ldquoNoacute

Criacuteticordquo

Operaccedilatildeo

Projeto

Resultados

Esperados

Produtos

Esperados

Recursos

Necessaacuterios

Lixo nas ruas Reeducaccedilatildeo conscientizaccedilatildeo ambiental

Ausecircncia de lixo nas ruas e lotes vazios

Bairro limpo sem dengue

Datashow e computador

Responsabiliza ccedilatildeo do outro

Conscientizaccedilatildeo

sobre sauacutede

coletiva

Que todos

unidos com

objetivo de

diminuir os

casos de

dengue

Reduccedilatildeo da

doenccedila

Datashow e computador Panfletos informativos

Lotes sujos Limpeza de

lotes e terrenos

Lotes limpos

e sem focos

da dengue

Diminuiccedilatildeo

do nuacutemero do

mosquito

transmissor

da dengue

Palestras sobre

conservaccedilatildeo

dos terrenos e

lotes vazios

Fiscalizaccedilatildeo da

prefeitura

57 Seacutetimo Passo Identificaccedilatildeo dos Recursos Criacuteticos

35

Para iniacutecio das operaccedilotildees foram apresentados os recursos necessaacuterios e

indispensaacuteveis para o sucesso do processo

Quadro 7 ndash Identificaccedilatildeo dos Recursos Criacuteticos

Operaccedilatildeo

Projeto

Recursos Criacuteticos

Controle dos recursos criacuteticos

Accedilatildeo estrateacutegica

Ator que controla

Motivaccedilatildeo

ldquoMutiratildeo da

limpezardquo

realizar um dia

por mecircs para

limpeza em

parceria com a

populaccedilatildeo

Poliacutetico Veiculo e pessoal para limpeza das ruas

Empresa Municipal de Obras Puacuteblicas

Evitar que lixo se acumule nas ruas

Criaccedilatildeo do dia da limpeza e apresentaccedilatildeo da administraccedilatildeo para apreciaccedilatildeo

ldquoFora Denguerdquo Intensificaccedilatildeo das accedilotildees educativas nas escolas e nos grupos e associaccedilatildeo de bairro

Poliacutetico Articulaccedilatildeo interssetorial Financeiro Disponibilizaccedilatildeo de material informativo

Secretaria Municipal de Sauacutede Secretaria Municipal de Educaccedilatildeo Associaccedilatildeo de bairros

Despertar na comunidade a consciecircncia de sauacutede coletiva

Despertar nos discentes e na comunidade o desejo de erradicar os focos da dengue

ldquoMapeamento

dos lotes sujosrdquo

Realizar o

mapeamento

dos terrenos

sujos

Poliacutetico Notificar os

proprietaacuterios para limpeza do

terreno Financeiro

Recurso para impressatildeo das

notificaccedilotildees

Secretaria Municipal de

Sauacutede

Evitar que as pessoas joguem lixo e entulho em lotes vagos

Conservaccedilatildeo e limpeza dos lotes vazios

58 Oitavo Passo Anaacutelise de Viabilidade do Plano

A proposta a seguir (Quadro 3) apresenta a motivaccedilatildeo para a viabilidade do plano

visto que alguns dos recursos necessaacuterios fogem agrave governabilidade da ESF

36

Quadro 8 ndash Viabilidade do Plano

Operaccedilatildeo

Projeto

Recursos Criacuteticos

Controle dos recursos criacuteticos

Accedilatildeo estrateacutegica

Ator que controla

Motivaccedilatildeo

ldquoMutiratildeo da

limpezardquo

realizar um dia

por mecircs para

limpeza em

parceria com a

populaccedilatildeo

Poliacutetico Veiculo e pessoal para limpeza das ruas

Empresa Municipal de Obras Puacuteblicas

Favoraacutevel Criaccedilatildeo do dia da limpeza e apresentaccedilatildeo agrave administraccedilatildeo para apreciaccedilatildeo

ldquoFora Denguerdquo Intensificaccedilatildeo das accedilotildees educativas nas escolas e nos grupos e associaccedilatildeo de bairro

Poliacutetico Articulaccedilatildeo interssetorial Financeiro Disponibilizaccedilatildeo de material informativo

Secretaria Municipal de Sauacutede Secretaria Municipal de Educaccedilatildeo Associaccedilatildeo de bairros

Favoraacutevel

Despertar nos escolares e na comunidade o desejo de erradicar os focos da dengue

ldquoMapeamento

dos lotes sujosrdquo

Realizar o

mapeamento

dos terrenos

sujos

Poliacutetico Notificar os

proprietaacuterios para limpeza do

terreno Financeiro

Recurso para impressatildeo das

notificaccedilotildees

Secretaria Municipal de

Sauacutede

Indiferente

Conservaccedilatildeo e limpeza dos lotes vazios

37

59 Nono Passo Elaboraccedilatildeo do Plano Operativo

A proposta a seguir no Quadro 9 identifica os atores envolvidos lhes atribuiacutedo

responsabilidades e prazos a cumprir

Quadro 9 ndash Plano Operativo

Operaccedilotildees Resultados Accedilotildees Estrateacutegicas

Responsaacutevel Prazo

ldquoMutiratildeo da limpezardquo realizar um dia por mecircs para limpeza em parceria com a populaccedilatildeo

Limpeza das ruas

e quintais

Coleta de lixo

das ruas Incentivo a limpeza de

lotes e quintais

Equipe de ACS

Durante todo ano

ldquoFora Denguerdquo Intensificaccedilatildeo das accedilotildees educativas nas escolas e nos grupos e associaccedilatildeo de bairro

Uma comunidade

consciente das suas

responsabilidades

Insistir e reforccedilar com

accedilotildees educativas para que

populaccedilatildeo mantenha as ruas limpas e coloque o lixo

para ser recolhido

Enfermeiro ESF

Durante todo o ano

ldquoMapeamento dos lotes

sujosrdquo Realizar o

mapeamento dos terrenos

sujos

Identificar os focos e eliminaacute-

los

Criaccedilatildeo de um mapa onde ocorreram focos do mosquito

ACS e

Enfermeiro

Trecircs meses

510 Deacutecimo Passo Gestatildeo do Plano

Com a gestatildeo do plano eacute possiacutevel aos responsaacuteveis acompanhar e monitorar as

accedilotildees avaliando e sempre que necessaacuterio readequando as eventuais falhas do

processo

38

Quadro 10ndash Gestatildeo do Plano

Produtos Responsaacutevel Prazo Situaccedilatildeo Atual

Justificativa Novo Prazo

ldquoMutiratildeo da

limpezardquo

realizar um

dia por mecircs

para limpeza

em parceria

com a

populaccedilatildeo

Enfermeiro da ESF

Inicio imediatamente

(logo apoacutes apresentaccedilatildeo

do projeto)

ldquoFora Denguerdquo Intensificaccedilatildeo das accedilotildees educativas nas escolas e nos grupos e associaccedilatildeo de bairro

Enfermeiro Provab

Durante todo ano

ldquoMapeamento

dos lotes

sujosrdquo

Realizar o

mapeamento

dos terrenos

sujos

ECS e Equipe

de Epidemiologia

Um mecircs para

inicio das atividades

Aleacutem dos 10 passos do Planejamento Estrateacutegico Situacional optei por incluir outros

02 passos que tecircm a finalidade de contribuir para o processo de avaliaccedilatildeo da

Proposta de Intervenccedilatildeo Estatildeo contidos nos itens 511 e 512 a seguir

511 Avaliaccedilatildeo dos Resultados

O instrumento para avaliaccedilatildeo seraacute o Sistema de Informaccedilotildees de Agravos de

Notificaccedilatildeo ndash SINAN

ldquoque tem por objetivo o registro e processamento dos dados sobre agravos

de notificaccedilatildeo em todo o territoacuterio nacional fornecendo informaccedilotildees para

anaacutelise do perfil da morbidade e contribuindo desta forma para a tomada

de decisotildees em niacutevel municipal estadual e federalrdquo (IBGE 2014)

39

Segundo Moraes e Duarte (2009) o SINAN tem sido principal fonte de dados

para coordenaccedilatildeo das accedilotildees de vigilacircncia epidemioloacutegica tanto no sentido de

controle da doenccedila quando como fonte de pesquisa

512 Resultados Eesperados

O resultado esperado eacute

Estabelecer a construccedilatildeo de conhecimento que favoreccedila o autocuidado e a

capacidade de emancipaccedilatildeo da comunidade criando um ambiente seguro com

ecircnfase na educaccedilatildeo e sauacutede com vistas agrave reduccedilatildeo dos casos de dengue na

populaccedilatildeo adscrita da UBS Santos Dumont

40

6 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

O Programa de Valorizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Baacutesica (PROVAB) abriu muitos

caminhos para um horizonte promissor no desenvolvimento da promoccedilatildeo da sauacutede

e da prevenccedilatildeo no campo de atuaccedilatildeo do Programa Sauacutede na Escola criando um

viacutenculo de amizade e confianccedila uma verdadeira parceria com os alunos essencial

na construccedilatildeo de uma sociedade consciente e capaz de cuidar da sua sauacutede de

maneira preventiva loacutegica essa defendida pelo Sistema Uacutenico de Sauacutede

Para noacutes enfermeiros eacute oportunidade de ampliar o horizonte de atuaccedilatildeo

ensinando e aprendendo com o comportamento das crianccedilas dos adolescentes e

jovens vendo de maneira impar o grande desafio da educaccedilatildeo em formar cidadatildeos

com mais sauacutede Como gratificaccedilatildeo recebemos o reconhecimento dos alunos

professores e diretores algo que fica marcado para sempre na formaccedilatildeo do

profissional os laccedilos de confianccedila amizade e reconhecimento satildeo a maior

recompensa e certeza de missatildeo cumprida

Como a Equipe de Sauacutede da Famiacutelia tem como principal objetivo trabalhar na

prevenccedilatildeo de doenccedilas e agravos criando viacutenculos com a clientela a missatildeo de

promover a emancipaccedilatildeo de seus usuaacuterios com ecircnfase no autocuidado exige de

noacutes muita articulaccedilatildeo e intensificaccedilatildeo de accedilotildees educativas Especificamente no caso

da dengue o cumprimento desta missatildeo pode evitar que as constantes epidemias

se tornem parte do cotidiano das pessoas auxiliando os moradores da comunidade

na adoccedilatildeo de medidas responsaacuteveis que visem o cuidado com a sua sauacutede e da

sauacutede da comunidade

Neste sentido a educaccedilatildeo em sauacutede desempenha um papel importante em

manter a comunidade sempre vigilante e em alerta pois o perigo eacute eminente e vive

dentro dos lares das pessoas esperando apenas o momento oportuno e condiccedilotildees

favoraacuteveis para transmitir a dengue

O trabalho dos agentes de controle de endemias e da ESF deve ser

constante focado na eliminaccedilatildeo dos criadouros do mosquito transmissor da dengue

A comunidade deve colaborar com livre acesso dos agentes agraves residecircncias na

colaboraccedilatildeo para eliminaccedilatildeo dos focos nos domiciacutelios e peridomiciacutelios e

multiplicaccedilatildeo das informaccedilotildees sobre o ciclo de vida do vetor entre os vizinhos

amigos e parentes informando que todos estatildeo expostos agrave doenccedila e a mudanccedila de

comportamento pode diminuir os riscos de contrair a dengue

41

Ao poder puacuteblico eacute necessaacuterio adotar um planejamento adequado para

garantir aos cidadatildeos a infraestrutura miacutenima necessaacuteria para viver em comunidade

serviccedilos essenciais como saneamento coleta de lixo e mobilidade que favorecem a

criaccedilatildeo de um ambiente seguro com sauacutede e qualidade de vida

42

REFEREcircNCIAS

ALMEIDA M CM et al Dinacircmica intra-urbana das epidemias de dengue em Belo Horizonte Minas Gerais Brasil 1996-2002 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2008 vol24 n10 pp 2385-2395 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv24n1019pdf Acesso em 02 de out de 2014 ALVES V S A Um modelo de educaccedilatildeo em sauacutede para o Programa Sauacutede da Famiacutelia pela integralidade da atenccedilatildeo e reorientaccedilatildeo do modelo assistencial Interface - Comunic Sauacutede Educ v9 n16 p39-52 set2004fev2005 Disponiacutevel em httpswwwnesconmedicinaufmgbrbibliotecaimagem0303pdf Acesso de jun de 2014 BACKES DS et al (2012) O papel profissional do enfermeiro no Sistema Uacutenico de Sauacutede da sauacutede comunitaacuteria agrave estrateacutegia de sauacutede da famiacutelia Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva

17(1)223-230 2012 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcscv17n1a24v17n1pdf Acesso em 12 de jan 2015 BRASIL Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sauacutede Consulta Estabelecimento - Modulo Profissional - Profissional por Estabelecimento Disponiacutevel em httpcnesdatasusgovbrMod_ProfissionalaspVCo_Unidade=3122302159651 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Cadernos de Informaccedilotildees de Sauacutede Minas Gerais DATASUS TABNET (2010) Disponiacutevel em httptabnetdatasusgovbrtabdatacadernosmghtm Acesso em16 de maio de 2014 BRASIL Dengue - instruccedilotildees para pessoal de combate ao vetor Manual de Normas teacutecnicas - 3 ed rev - Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede 2001 84 p il 30 cm Disponiacutevel em httpbvsmssaudegovbrbvspublicacoesfunasaman_denguepdf acesso em 15 de out de 2014 BRASIL Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz Vetor da dengue na Aacutesia A albopictus eacute alvo de estudos Publicada em 18122008 agraves 1249 Disponiacutevel em httpwwwfiocruzbrioccgicgiluaexesysstarthtminfoid=576ampsid=32amptpl=printerview Acesso em 12 de jan de 2015 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Censo demograacutefico 2010 sinopse Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=1ampsearch=minas-gerais|divinopolis|censo-demografico-2010-sinopse- Acesso em 15 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Divinoacutepolis morbidades hospitalares ndash 2012 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=114ampsearch=minas-gerais|divinopolis|morbidades-hospitalares-2012 Acesso em 12 de maio de 2014

43

BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estaacutetica Divisatildeo Territorial do Brasil e Limites Territoriais Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE) (1 de julho de 2008) Disponiacutevel em httpwwwibgegovbrhomegeocienciascartografiadefault_dtb_intshtm Acesso em16 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Ensino - matriacuteculas docentes e rede escolar ndash 2012 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=117ampsearch=minas-gerais|divinopolis|ensino-matriculas-docentes-e-rede-escolar-2012 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estaacutetica Histoacuterico do Municiacutepio disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrpainelhistoricophplang=ampcodmun=312230ampsearch=minas-gerais|divinopolis|infograficos-historico Acesso 10 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Informaccedilotildees completas Populaccedilatildeo em 2010 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrasperfilphplang=ampcodmun=312230 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Serviccedilos de sauacutede ndash 2009 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=5ampsearch=minas-gerais|divinopolis|servicos-de-saude-2009 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Sistema de informaccedilotildees de agravos de notificaccedilatildeo ndash SINAN Disponiacutevel em httpcesibgegovbrbase-de-dadosmetadadosministerio-da-saudesistema-de-informacoes-de-agravos-de-notificacao-sinan Acesso em 16 de Nov de 2014 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede Dengue aspectos epidemioloacutegicos diagnoacutestico e tratamento Ministeacuterio da Sauacutede Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede ndash Brasiacutelia Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede 2002 Disponiacutevel em httpbvsmssaudegovbrbvspublicacoesdengue_aspecto_epidemiologicos_diagnostico_tratamentopdf Acesso em 02 de out de 2014 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede FUNSA Programa Nacional de Combate a Dengue PNCD Disponiacutevel em httpbvsmssaudegovbrbvspublicacoespncd_2002pdf Acesso em 21 de jun de 2014 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portal Brasil Disponiacutevel em httpwwwbrasilgovbrsaude201311saude-libera-mais-de-r-360-mi-para-combate-a-dengue Acesso em 10 de Nov de 2014

44

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede Departamento de Vigilacircncia Epidemioloacutegica Diretrizes nacionais para prevenccedilatildeo e controle de epidemias de dengue Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede Departamento de Vigilacircncia Epidemioloacutegica ndash Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2009 160 p Disponiacutevel em httpwwwansgovbrportalimgemaildiretrizes_reimpressao_webpdf Acesso em 16 de Nov de 2014

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede (2014) Monitoramento dos casos de dengue e febre de chikungunya ateacute a Semana Epidemioloacutegica (SE) 53 de 2014 Dengue Boletim Epidemioloacutegico ISSN 2358-9450 Volume 46 Ndeg 3 ndash 2015 Disponiacutevel em httpportalsaudesaudegovbrimagespdf2015janeiro192015-002---BE-at---SE-53pdf Acesso em 22 mar de 2015 BRASILSINANONLINE e DVASVEASTSub VPSSES-MG (20122013) Disponiacutevel em httpwwwsaudemggovbrcomponentgmgstory6489-informe-epidemiologico-da-dengue-30-05-2014 Acesso em 08 de jun de 2014 CAMPOS FCC FARIA H P SANTOS MA Planejamento e avaliaccedilatildeo das accedilotildees em sauacutede Curso de Especializaccedilatildeo em Atenccedilatildeo Baacutesica em Sauacutede da Famiacutelia NESCONUFMG Curso de Especializaccedilatildeo em Atenccedilatildeo Baacutesica agrave Sauacutede da Famiacutelia 2ed Belo Horizonte NesconUFMG 2010 Disponiacutevel em lthttpswwwnesconmedicinaufmgbrbibliotecaregistroPlanejamento_e_avaliacao_das_acoes_de_saude_23gt Acesso em Dezembro 2014 DIVINOacutePOLIS Estatuto dos Conselhos Distritais de Sauacutede Conselho Municipal de Sauacutede 1998 DIVINOacutePOLIS Mapa da cidade Disponiacutevel em httpwwwdivinopolismggovbrportalpaginasgeograficosimagensmapadacidadepdf Acesso em 08 de jun de 2014 DIVINOPOLIS Secretaria Municipal de Sauacutede SEMUSA Sistema Integrado de Sauacutede Paciente Famiacutelia Acesso Local Acesso em 15 de maio de 2014 FERREIRA B J et al Evoluccedilatildeo histoacuterica dos programas de prevenccedilatildeo e controle da dengue no Brasil Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2009 vol14 n3 pp 961-972 ISSN 1413-8123 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcscv14n332pdf Acesso em 21 de jun de 2014 FERREIRA IT RN VERAS M A S M and SILVA RA Participaccedilatildeo da populaccedilatildeo no controle da dengue uma anaacutelise da sensibilidade dos planos de sauacutede de municiacutepios do Estado de Satildeo Paulo BrasilCad Sauacutede Puacuteblica [online] 2009 vol25 n12 pp 2683-2694 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielosporgpdfcspv25n1215pdf Acesso em 10 de out de 2014 FIGUEIREDO LT M OWA M A CARLUCCI R H and OLIVEIRA L de Estudo sobre o diagnoacutestico laboratorial e sintomas do dengue durante epidemia ocorrida na regiatildeo de Ribeiratildeo Preto SP Brasil Rev Inst Med trop S Paulo [online] 1992

45

vol34 n2 pp 121-130 ISSN 0036-4665 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfrimtspv34n2a07v34n2pdf Acesso em 13 ago de 2014 FIGUEIROacute AC et al Oacutebito por dengue como evento sentinela para avaliaccedilatildeo da qualidade da assistecircncia estudo de caso em dois municiacutepios da Regiatildeo Nordeste Brasil 2008 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2011 vol27 n12 pp 2373-2385 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv27n1209pdf Acesso em 12 de out de 2014 GIRAtildeO RV et al Educaccedilatildeo em sauacutede sobre a dengue contribuiccedilotildees para o desenvolvimento de competecircncias J res fundam care online 2014 janmar 6(1) 38-46 Disponiacutevel em httpwwwseeruniriobrindexphpcuidadofundamentalarticleview2659pdf_1043 Acesso em 21 de jun de 2014 GONCcedilALVES NETO V S et al Conhecimentos e atitudes da populaccedilatildeo sobre dengue no Municiacutepio de Satildeo Luiacutes Maranhatildeo Brasil 2004 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2006 vol22 n10 pp 2191-2200 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv22n1018pdf Acesso em 10 de out de 2014 LEFEVRE A MC et al Representaccedilotildees sobre dengue seu vetor e accedilotildees de controle por moradores do municiacutepio de Satildeo Sebastiatildeo litoral Norte do Estado de Satildeo Paulo Brasil Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2007 vol23 n7 pp 1696-1706 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv23n722pdf Acesso em 16 de out de 2014 LIMA E C VILASBOAS ALQ Implantaccedilatildeo das Accedilotildees Interssetoriais de Mobilizaccedilatildeo Social do Paraacute o Controle da dengue na Bahia Brasil Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2011 vol27 n8 pp 1507-1519 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv27n806pdf Acesso em 16 de out de 2014 MACHADO RM et al (2013) HISTORIA DA SAUacuteDE MENTAL DE DIVINOacutePOLIS-MG Revista de Enfermagem do Centro Oeste Mineiro 2013 maiago 3 (2) 752-760 httpwwwseerufsjedubrindexphprecomarticleview228439 Acesso em 08 de abr de 2015 MAYO R C et al BEPA - Boletim Epidemioloacutegico Paulista 8(88) 4-12 abr 2011 tab Graf Disponiacutevel em fileCUsersnoteDownloadsv8n88a0120(1)pdf Acesso em 12 de out de 2014 MINAS GERAIS Secretaria Estadual de Sauacutede Programa Estadual de Controle Permanente da Dengue SITUACcedilAtildeO ATUAL DA DENGUE EM MINAS GERAIS RESUMO INFORMATIVO - 15122014 Disponiacutevel em httpwwwsaudemggovbrimagesdocumentosAnaliseDengue15-12-2014pdf Acesso em 10 de jan de 2015 MINAS GERAIS Secretaria de Estado da Sauacutede de Minas Gerais Programa Sauacutede em Casa Disponiacutevel em httpwwwsaudemggovbrpoliacuteticas_de_saudeprograma-saude-em-casa Acesso em 10 de maio de 2014

46

MORAES GH and DUARTE E C Anaacutelise da concordacircncia dos dados de mortalidade por dengue em dois sistemas nacionais de informaccedilatildeo em sauacutede Brasil 2000-2005 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2009 vol25 n11 pp 2354-2364 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielosporgpdfcspv25n1106pdf Acesso em 29 de Nov de 2014 PENNA M L F Um desafio para a sauacutede puacuteblica brasileira o controle do dengue Cad Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro 19(1) 305-309 jan-fev 2003 Disponiacutevel em httpwwwscielosporgpdfcspv19n114932pdf Acesso em 21 de jun de 2014

PREFEITURA MUNICIPAL DE DIVINOacutePOLIS BALANCcedilO DA DENGUE Disponiacutevel em httpwwwdivinopolismggovbrportalnoticiaphpid=11507 Acesso em 19 jan de 2015

RIBEIRO P C SOUSA DC ARAUJO TME Perfil cliacutenico-epidemioloacutegico dos casos suspeitos de Dengue em um bairro da zona sul de Teresina PI Brasil Rev bras enferm [online] 2008 vol61 n2 pp 227-232 ISSN 0034-7167 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfrebenv61n2a13v61n2pdf Acesso em 28 de jul de 2014 VALENTE G SC et al Problematizaccedilatildeo Como Estrateacutegia de Educaccedilatildeo em Sauacutede no Combate a Dengue Um Relato de Experiecircncia R Pesq cuid Fundam Online 2012 outdez 4(4)2987-94 Disponiacutevel em httpwwwseeruniriobrindexphpcuidadofundamentalarticleview1888pdf_641 Acesso em 08 jun de 2014 TEIXEIRA LAS et al Persistecircncia dos sintomas de dengue em uma populaccedilatildeo de Uberaba Minas Gerais Brasil Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2010 vol26 n3 pp 624-630 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv26n319pdf Acesso em 16 de out de 2014

Page 12: PLANO DE AÇÃO NO COMBATE A DENGUE: EDUCAR PARA EVITAR · 2019-11-14 · The Divinopolis follows the same trend, with 4680 notifications and 4139 confirmed ... banhado pelas bacias

12

Quanto agrave Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia segundo o Ministeacuterio da Sauacutede

(BRASIL 2010) Divinoacutepolis possuiacutea em fevereiro de 2010 apenas 203 de

cobertura de Atenccedilatildeo Baacutesica Em dezembro de 2014 segundo Ministeacuterio da Sauacutede

(BRASIL 2014) a cobertura estimada natildeo passava dos 4602 da populaccedilatildeo

classificando-se como o menor iacutendice do Estado quando comparado a outros

municiacutepios de mesmo porte conforme graacutefico abaixo

Graacutefico 1 Cobertura pela Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia - Divinoacutepolis ndash MG - 2010

213277

221764

262278241720

292529227438

00

150

300

450

600

750

900

Sa

nta

Lu

zia

Ub

era

ba

Ipa

tin

ga

Go

ve

rna

do

r

Va

lad

are

s

Se

te

La

go

as

Div

inoacute

po

lis

populaccedilatildeo em milhares

Fonte Secretaria de Estado da Sauacutede de Minas Gerais - Programa Sauacutede em Casa

httpwwwsaudemggovbrpoliticas_de_saudeprograma-saude-em-casa

Com relaccedilatildeo aos estabelecimentos de sauacutede segundo dados do IBGE (BRASIL

2009) a cidade conta com trecircs hospitais particulares Santa Mocircnica Santa Luacutecia e

Satildeo Judas Tadeu e um filantroacutepico Satildeo Joatildeo de Deus totalizando 555 leitos sendo

que destes 352 satildeo leitos contratados pelo SUS Segundo ainda o IBGE (BRASIL

2009) o municiacutepio conta com 38 estabelecimentos de sauacutede municipais de acordo o

Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sauacutede - CNES satildeo 15 Centros de

Sauacutede e 20 Equipes de Sauacutede da Famiacutelia O serviccedilo de atendimento ambulatorial

conta com 68 estabelecimentos sendo que 41 tecircm convecircnio com o Sistema Uacutenico de

Sauacutede (SUS)

116 Nuacutemero de Oacutebitos por Causa ndash Divinoacutepolis 2012

13

De acordo com dados do IBGE (BRASIL 2012) em 2012 foram registrados

581 oacutebitos sendo 302 homens e 279 mulheres as doenccedilas neoplaacutesicas foram

responsaacuteveis por 173 oacutebitos2977 do aparelho circulatoacuterio foram responsaacuteveis

por 121 oacutebitos208 das mortes seguidas pelas doenccedilas respiratoacuterias 821411

oacutebitos por doenccedila do aparelho digestivo 467 9 doenccedilas infecciosas e

parasitaacuterias 41 oacutebitos70 oacutebitos por doenccedilas do aparelho geniturinaacuterio 3255

mortes por causas externas 27464 oacutebitos por doenccedilas relacionadas ao sangue

oacutergatildeos hematoloacutegicos transtornos imunitaacuterios 406 oacutebitos por doenccedilas de pele e

do tecido subcutacircneo total de 5086 outras mortes somam 86 Estes dados

estatildeo representados no graacutefico abaixo

Graacutefico 2 - Nuacutemero de Oacutebitos por Causa Divinoacutepolis ndash 2012

Obitos em DIvinoacutepolis em 2012

Homens

Mulheres

Neoplasias

Ap circulatoacuterio

Doeccedilas respiratoacuterias

Aparelho digestivo

Doenccedilas infecciosas

Aparelho Geniturinaacuterio

Causas externas

Doenccedilas hematoloacutegicas Fonte IBGE cidades ibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=114ampsearch=minas-

gerais|divinopolis|morbidades-hospitalares-2012

117 Sistema Local de Educaccedilatildeo

O municiacutepio segundo IBGE (BRASIL 2012) tem 1589 docentes atuando na

rede de educaccedilatildeo baacutesica no ensino meacutedio conta com 562 docentes no ensino

fundamental 739 docentes e a educaccedilatildeo infantil com 288 docentes O ensino

fundamental conta com uma rede de 88 escolas sendo 26 privadas 30 da rede

puacuteblica estadual e 32 da rede municipal O ensino meacutedio tem um total de 29 escolas

sendo oito privadas 20 da rede estadual e uma da rede federal Ainda segundo o

14

IBGE (BRASIL 2012) satildeo 27484 alunos matriculados no ensino fundamental 8211

no ensino meacutedio 4808 na preacute-escola Segundo o IBGE (BRASIL 2010) o iacutendice de

desenvolvimento humano ndash IDH ficou em 0764 acima da meacutedia nacional que eacute de

0730

12 Diagnoacutestico Situacional

121 Unidade Baacutesica de Sauacutede ndash Bairro Santos Dumont

A unidade baacutesica de sauacutede em que atuo estaacute localizada a Rua Liacuterios do Vale

141 Bairro Santos Dumont telefone (37) 32153674 local de faacutecil acesso com rua

pavimentada Funciona de 07h00min as 11h00min horas e de 13h00min as

17h00min horas de segunda a sexta-feira segundo o Cadastro Nacional de

Estabelecimentos de Sauacutede - CNES (BRASIL 2014)

Foto 1 - Unidade Baacutesica de Sauacutede Santos Dumont - Divinoacutepolis-MG 2014

Fonte httpswwwgooglecombrmapsplaceRua+JosC3A9+VenC3A2ncio+218+-+Aeroporto-20175673 448774553a75y16155h90tdata=3m41e13m21siLj6mpeG5CZyGTTQQ_cwTA2e04m23m11s0xa0a4e2a9c17ea50x429732233cce4192

A aacuterea de abrangecircncia da UBS Santos Dumont compreende a regiatildeo

sudoeste da cidade de Divinoacutepolis composta pelos bairros Santos Dumont Maria

Peccedilanha Quinta das Palmeiras Costa Azul e Terra Azul

15

Mapa 2 - Aacuterea de Abrangecircncia da UBS Santos Dumont ndash Divinoacutepolis-MG 2014

Fonte Prefeitura Municipal de Divinoacutepolis fileCUsersnoteDesktopmapadacidade20(1)20(1)pdf

122 Recursos Humanos

Segundo o Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sauacutede (2014) a

equipe eacute composta por um enfermeiro da estrateacutegia de sauacutede da famiacutelia com 40

horas semanais um cirurgiatildeo dentista com carga horaacuteria de 40 horas semanais um

meacutedico cliacutenico com 40 horas semanais um agente de serviccedilos gerais de 40 horas

semanais 4 agentes comunitaacuterios de sauacutede com 40 horas semanais e um auxiliar de

sauacutede bucal de 40 horas semanais Conforme quadro abaixo

Quadro 1 - Equipe de Sauacutede do UBS Santos Dumont 2014

Fonte Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sauacutede

Segundo o Sistema Integrado de Sauacutede - SIS a Unidade Santos Dumont tem

uma populaccedilatildeo cadastrada de 2208 habitantes com um nuacutemero estimado de 673

16

famiacutelias Quanto ao niacutevel de escolaridade da populaccedilatildeo adscrita assim estaacute

distribuiacuteda doutorado 2 mestrado 1 poacutes-graduaccedilatildeo 1 superior completo 22

superior incompleto 9 fundamental incompleto 123 ensino meacutedio completo 287

fundamental incompleto 1105 meacutedio incompleto 424 analfabetos 226 e natildeo

informado 08 sendo assim a taxa de analfabetismo eacute 1023 acima da meacutedia

nacional conforme o censo do IBGE (BRASIL 2010) que foi de 96 conforme

quadro abaixo

Quadro 2 - Niacutevel de escolaridade da populaccedilatildeo de referecircncia da UBS Santos

Dumont 2014

NIacuteVEL DE ESCOLARIDADE

Doutorado Mestrado Poacutes- graduaccedilatildeo

Superior Superior Incompleto

Fundamental Completo

Ensino meacutedio

Ensino meacutedio incompleto

Fundamental incompleto

Analfabeto Outros

M1 0 0 0 2

20 33 52 240 39 3

M2 1 1 1 15 5 62 102 90 228 47 3

M3 0 0 0 4 2 11 38 252 164 54 1

M4 1

1 2 30 114 30 473 86 1

Sub total 2 1 1 22 9 123 287 424 1105 226 8

POPULACcedilAtildeO TOTAL 2208

Fonte Sistema Integrado de Sauacutede 2014

123 Doenccedilas Crocircnicas

Com relaccedilatildeo agraves doenccedilas crocircnicas segundo o Sistema Integrado de Sauacutede haacute na

comunidade 199 clientes com hipertensatildeo arterial com diabetes 68 clientes com

alguma deficiecircncia 6 com doenccedila de chagas 1 alcoolismo 1 epilepsia 3 e com 8

gestantes

Quadro 3 - Total de Hipertensos e Diabeacuteticos da UBS por Microaacuterea Divinoacutepolis ndash MG 2014

HIPERTENSOS E DIABEacuteTICOS POR MICROAacuteREA

ACS Gracielle Suzana Rosana Rosilene TOTAL

MICROAacuteREA M1 M2 M3 M4

Hipertensatildeo 22 58 16 103 199

Diabeacuteticos 5 21 3 39 68 Fonte Sistema Integrado de Sauacutede de Divinoacutepolis SIS 2014

17

124 Doenccedilas Endecircmicas ndash A Dengue

A Dengue eacute uma doenccedila de origem africana que foi introduzida no paiacutes

segundo Valente et al (2012) por volta do seacuteculo XIX encontrando no Brasil um

clima e condiccedilotildees muito favoraacuteveis a sua multiplicaccedilatildeo mesmo sendo uma doenccedila

antiga o mosquito transmissor da dengue se mostra cada vez mais de difiacutecil controle

Todo ano atinge milhotildees de pessoas em todo mundo e no Brasil As seguidas

epidemias levaram o tema a ser discutido em vaacuterios setores como escolas veiacuteculos

de comunicaccedilatildeo nos setores de sauacutede e tambeacutem pela sociedade civil Segundo o

Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2014) de acordo com os dados contidos no Boletim

Epidemioloacutegico da 53ordf Semana Epidemioloacutegica foram registrados no paiacutes 591080

casos da doenccedila sendo que a regiatildeo Sudeste teve o maior nuacutemero de casos

312318 casos 528 Minas Gerais aparece com 1896 deste total A cidade de

Divinoacutepolis apresentou segundo a Secretaria Municipal de Sauacutede 4680 casos

notificados e segundo a Secretaria de Estado da Sauacutede foram notificados 06 oacutebitos

confirmados conforme quadro abaixo sendo que assim a cidade vem enfrentando

seguidas epidemias de Dengue tornando-se um dos problemas que mais preocupa

a comunidade

Quadro 4 - Casos de Oacutebitos por Dengue Grave em Minas Gerais - 2014

Municiacutepios Oacutebitos

confirmados

Araxaacute Arauacutejos

1 1

Campo Belo Candeias

1 1

Curvelo Divinoacutepolis

1 6

Dores do Indaiaacute 1 Formiga Fronteira Frutal

1 1 1

Itabira Itauacutena

1 2

Ituiutaba Juiz de Fora

1 4

Natalacircndia Nova Serrana

1 1

Passos 8

18

Paracatu 3 Prata Sabaraacute

1 1

Santa Barbara Santa Luzia Santos Dumont

1 1 1

Santa Margarida Uberlacircndia

1 3

Trecircs Coraccedilotildees 1

Total 47

Fonte SINAN ONLINE e DVASVEASTSubVPSSES MG

O grande nuacutemero de terrenos baldios e lotes vagos satildeo apontados pelos

moradores como principal causa do aumento dos focos do mosquito Aedes Aegypti

A foto abaixo mostra o aglomerado ainda pouco habitado onde existem muitas

aacutereas onde haacute somente vegetaccedilatildeo nativa o que favorece o descarte inadequado de

lixo e entulhos recipientes que acumulam aacutegua se tornando grande criadouro do

mosquito transmissor da dengue

Foto 2 - Aacuterea de abrangecircncia da Unidade Baacutesica de Sauacutede Santos Dumont 2014

Fonte httpswwwgooglecombrmaps-201840183-448801014180mdata=3m11e3

19

A regiatildeo ocupada pela populaccedilatildeo da aacuterea de abrangecircncia da UBS Santos

Dumont eacute uma regiatildeo de cerrado Segundo o IBGE (BRASIL 2010) o Iacutendice de

Desenvolvimento Humano - IDH eacute 0764 acima da meacutedia nacional que de 0730 A

cidade apresentou crescimento populacional no periacuteodo de 1991 a 2010

correspondentes a 2889 poreacutem os investimentos em infraestrutura como

pavimentaccedilatildeo e saneamento baacutesico natildeo acompanharam a taxa de crescimento da

cidade algo comum em grandes cidades e cidades de meacutedio porte no paiacutes Na aacuterea

do bairro ainda haacute presenccedila de mata nativa com ocupaccedilatildeo natildeo planejada a

populaccedilatildeo convive com riscos eminentes para a sua sauacutede

Segundo Valente et al (2012) diante do aumento dos casos de dengue

estrateacutegias tradicionais parecem natildeo terem mais o mesmo efeito de outrora Eacute

necessaacuterio o envolvimento de todos os setores sociais para buscar o controle da

situaccedilatildeo com accedilotildees de educaccedilatildeo e sauacutede que podem ser mais efetivas do que

apenas medidas unilaterais baseada em estatiacutesticas ministeriais

Apoacutes os vaacuterios casos atendidos na UBS o que se percebe eacute que ningueacutem

assume que o foco do mosquito possa estar na sua casa conforme afirmam Valente

et al (2012) que a culpa eacute sempre dos vizinhos que natildeo fazem a sua parte o que

torna relevante afirmar ser a negaccedilatildeo da ldquoquestatildeo da culpabilizaccedilatildeo individual e a

culpabilizaccedilatildeo do outrordquo (VALENTE 2012 p2990) Outro dado que chama a

atenccedilatildeo segundo a Secretaria Municipal de Sauacutede (DIVINOacutePOLIS 2014) eacute que os

levantamentos indicam que 9415 dos focos de dengue estatildeo dentro das

residecircncias O relato que os criadouros estatildeo sempre na casa do vizinho esse eacute

com certeza o maior ldquonoacute criacuteticordquo que precisa ser desconstruiacutedo o cidadatildeo se

preocupa com o vizinho e se esquece do seu domiciacutelio

Segundo balanccedilo divulgado pela Secretaria Municipal de Sauacutede

(DIVINOacutePOLIS 2014) os 4139 casos confirmados mais os exames que ainda

aguardam os resultados sinalizam para cidade que tem muito trabalho para

enfrentar esse grave problema de sauacutede puacuteblica Os bairros Nossa Senhora das

Graccedilas Centro Satildeo Joseacute Interlagos Niteroacutei Porto Velho Planalto Santos Dumont

Belvedere e Bom Pastor foram responsaacuteveis por 3027 dos casos notificados na

cidade Em meacutedia a UBS Santos Dumont em relaccedilatildeo agrave populaccedilatildeo adscrita

apresentou um percentual de 215 da populaccedilatildeo total com casos notificados como

se pode observar no quadro abaixo

20

Quadro 5 - Nuacutemero de casos de Dengue em Divinoacutepolis ndash 2014

NOSSA SENHORA DAS GRACcedilAS Fonte Prefeitura Municipal de Divinoacutepolishttpwwwdivinopolismggovbrportalnoticiaphpid=109802014

Segundo Valente et al (2012) a praacutetica de jogar lixo nas ruas como algo do

cotidiano mesmo sabendo que essa accedilatildeo remete aos proacuteprios moradores e a falta

de coleta seletiva regular levam ao acuacutemulo de recipientes de plaacutesticos que durante

o periacuteodo chuvoso tornam-se criadouros do mosquito Esse tambeacutem eacute um

importante tema que necessita ser trabalhado desde a preacute-escola em vaacuterias

oportunidades como reuniatildeo de bairros em eventos esportivos e festivos pois

somente com educaccedilatildeo da populaccedilatildeo se pode mudar essa realidade

BAIRROS COM MAIORES NUacuteMEROS DE CASOS DE DENGUE EM DIVINOacutePOLIS

Bairros NSG CENTRO Satildeo JOSEacute INTERLAGOS NITEROacuteI

PORTO VELHO PLANALTO

SANTOS DUMONT BELVEDERE

BOM PASTOR

307 350 192 123 124 1O8 104 101 98 96

TOTAL 1417

21

2 JUSTIFICATIVA

A enfermagem eacute uma arte cuidar prevenir e proteger a sauacutede o enfermeiro

que atua na equipe de sauacutede da famiacutelia tem importante papel na educaccedilatildeo e na

proteccedilatildeo de sua populaccedilatildeo adscrita por estar perto e conhecer a realidade de sua

comunidade Backes et al (2012)

O conhecimento dos problemas de uma populaccedilatildeo permite a equipe de

Sauacutede da Estrateacutegia da Famiacutelia o planejamento de accedilotildees efetivas e eficazes nas

principais causas de adoecimento de uma comunidade aleacutem de organizar de

maneira ordenada o atendimento da demanda e rotina dos serviccedilos ofertados na

Unidade Baacutesica de Sauacutede Backes et al (2012)

O tema dengue tem relevacircncia por ser a mais importante arbovirose que

atinge o ser humano na atualidade trazendo um enorme prejuiacutezo socioeconocircmico

para toda sociedade

Segundo Figueiredo et al (1992) a dengue eacute uma doenccedila com alta

morbidade e pode evoluir para um quadro grave de hemorragia podendo levar ao

oacutebito Ainda conforme Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2009) em oito paiacuteses do

continente americano e asiaacutetico incluindo o Brasil em 2009 foram gastos U$ 18

bilhotildees somente com despesas ambulatoriais e hospitalares sem contar os recursos

despendidos para vigilacircncia epidemioloacutegica

Em Divinoacutepolis em 2014 foram notificados 4680 notificaccedilotildees e 4139 casos

confirmados e os demais aguardando confirmaccedilatildeo segundo a Secretaria Municipal

de Sauacutede

Ainda outro ponto muito importante eacute que as pessoas acreditam que o

problema eacute sempre do outro conforme salientam Valente et al (2012) que a culpa

dos casos de dengue eacute do vizinho sendo assim ele natildeo se preocupa com a sua

residecircncia Neste mesmo sentido Giratildeo et al (2012) afirmam que devido agrave

adaptaccedilatildeo do vetor as aacutereas domiciliares e peridomiciliares o controle da doenccedila

sem a participaccedilatildeo da populaccedilatildeo estaacute fadado ao fracasso As accedilotildees educaccedilatildeo em

sauacutede satildeo uma ferramenta essencial nessa estrateacutegia proporcionando ao cidadatildeo

uma autonomia para cuidar da sua sauacutede e da prevenccedilatildeo e eliminaccedilatildeo do vetor

Portanto uma proposta de intervenccedilatildeo que enfatize esta participaccedilatildeo da

comunidade conhecendo suas potencialidades e suas necessidades justifica a

realizaccedilatildeo deste trabalho

22

3 OBJETIVOS

31 Objetivo Geral

Elaborar um plano de accedilatildeo com ecircnfase em educaccedilatildeo e sauacutede com vistas agrave

reduccedilatildeo do nuacutemero de casos de dengue no municiacutepio de Divinoacutepolis e

especificamente na aacuterea de abrangecircncia da Unidade de Sauacutede Santos

Dumont

32 Objetivos Especiacuteficos

Organizar um grupo comunitaacuterio de controle e combate ao mosquito

Aedes Aegypti

Despertar na comunidade adscrita da Unidade de Sauacutede Santos Dumont uma

visatildeo criacutetica sobre os novos processos de sauacutede e doenccedila com a priorizaccedilatildeo

de accedilotildees educativas

Descrever os passos de uma proposta de intervenccedilatildeo e acompanhamento de

resultados com ecircnfase em educaccedilatildeo e sauacutede com vista na reduccedilatildeo dos focos

do vetor transmissor da dengue

23

4 BASES CONCEITUAIS

41 Aspectos Gerais da Doenccedila

A dengue eacute atualmente a mais importante arbovirose que acomete o ser

humano no continente americano distribuiacuteda segundo Ferreira et al (2009) desde o

Uruguai ateacute a costa sul dos Estados Unidos abrangendo principalmente Venezuela

Cuba Brasil e Paraguai contaminando cerca de mais de 3 bilhotildees de pessoas em

todo mundo

Segundo Penna (2003) embora o vetor Aedes Aegypti natildeo seja natural das

Ameacutericas encontrou aqui um ambiente favoraacutevel agrave sua multiplicaccedilatildeo Introduzido no

Brasil possivelmente pela Aacutefrica em meados do seacuteculo XIX invadiu o paiacutes e se

expandiu para todo o territoacuterio nacional

Segundo Penna (2003) o vetor chegou a ser erradicado de 1967 a 1973 pelo

meacutetodo de aplicaccedilatildeo de inseticida de accedilatildeo residual que prevalecia por ateacute seis

meses a aplicaccedilatildeo se deu em depoacutesitos que continham ou natildeo aacutegua parada e

tambeacutem ateacute um metro dos potenciais focos do mosquito Atualmente com os

grandes aglomerados urbanos e com a infestaccedilatildeo em todo continente americano a

erradicaccedilatildeo do mosquito natildeo eacute mais viaacutevel por isso o Ministeacuterio da Sauacutede em

parceria com Organizaccedilatildeo Pan-americana da Sauacutede (OPAS) aderiu o ldquoPlano de

Intensificaccedilatildeo das Accedilotildees de Controle da Denguerdquo (PIACD) que trabalha com a

universalidade regional sincronicidade e continuidade das accedilotildees e natildeo na

erradicaccedilatildeo (FERREIRA et al 2009 p 963)

Valente et al (2012) Giratildeo et al (2014) salientam que eacute de fundamental

importacircncia entender que as atuais estrateacutegias de controle vetorial onde haacute

responsabilizaccedilatildeo dos cidadatildeos e eliminaccedilatildeo focal parecem natildeo ter mais efeito

efetivo no combate ao mosquito Aedes Aegypti Diante das seguidas epidemias haacute

necessidade de uma abordagem mais ampla do problema com a participaccedilatildeo efetiva

de toda populaccedilatildeo e de todos os setores da sociedade ldquoenfocando a determinaccedilatildeo

social do processo sauacutede-doenccedila e a transdisciplinalidade das accedilotildeesrdquo (VALENTE et

al 2012 p 2988)

No Brasil segundo Ferreira et al (2009) as condiccedilotildees socioambientais a

falta de saneamento a ausecircncia da coleta seletiva de lixo a maacute distribuiccedilatildeo de

24

renda e a baixa escolaridade criaram um ambiente muito favoraacutevel agrave multiplicaccedilatildeo

do vetor Aedes Aegypti

42 Etiologia

Segundo Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2002) a Dengue eacute uma doenccedila febril

que em sua forma claacutessica apresenta como sinais cliacutenicos dores musculares e nas

articulaccedilotildees cefaleia e dor retro-orbitaacuteria vocircmitos e diarreia Para Almeida et al

(2008) a dengue eacute uma doenccedila de curso que varia de forma benigna a grave pode

apresentar a forma claacutessica a forma hemorraacutegica e o choque sendo que esta uacuteltima

pode levar ao oacutebito

No Brasil segundo a Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz (BRASIL 2008) satildeo

encontrados dois vetores da doenccedila o Aedes aegypti e Aedes albopictus A

transmissatildeo ocorre quando uma fecircmea do inseto pica uma pessoa portadora do

viacuterus e esta passa por periacuteodo de incubaccedilatildeo e logo apoacutes 10 a 14 dias a fecircmea estaacute

apta a transmitir o viacuterus por toda vida em meacutedia vive em torno de 35 a 40 dias

43 Aspectos Epidemioloacutegicos

Segundo Gonccedilalves Neto et al (2006) a dengue eacute considerada como a mais

importante arbovirose transmitida por insetos das uacuteltimas deacutecadas atinge a cada

ano um maior contingente de pessoas com o vetor aparecendo em mais de 100

paiacuteses de clima tropical e subtropical

Em face dessa realidade Ferreira Veras e Silva (2009) salientam que as

sucessivas epidemias de dengue no mundo especialmente no Brasil tecircm

mobilizado e preocupado autoridades e a populaccedilatildeo em geral No estado de Satildeo

Paulo houve um grande aumento dos quadros de dengue hemorraacutegica Cerca de

80 dos municiacutepios paulistas estatildeo totalmente infestados pelo mosquito aedes

aegypti Os motivos pelo quais a sua populaccedilatildeo aumenta significativamente

pontuam os autores satildeo a dificuldade em utilizaccedilatildeo de inseticidas a contrataccedilatildeo de

matildeo de obra qualificada a precaacuteria coleta de lixo especialmente nas grandes

cidades e nas suas regiotildees perifeacutericas aleacutem de fatores como o clima criando o

ambiente cada vez mais favoraacutevel agrave reproduccedilatildeo do mosquito

25

Segundo Mayo et al (2011) em estudo semelhante salienta que a

populaccedilatildeo brasileira vem sofrendo com seguidas epidemias de dengue haacute mais de

duas deacutecadas os autores seguem chamando a atenccedilatildeo para o progressivo aumento

de nuacutemero de casos com complicaccedilotildees seguindo a mesma loacutegica um nuacutemero

maior de municiacutepios vem sofrendo com o aparecimento e o aumento de casos de

dengue hemorraacutegica e o aumento dos oacutebitos por complicaccedilotildees da dengue

Havendo a predominacircncia de tais caracteriacutesticas a dengue tem levado ao alto

nuacutemero de oacutebitos Segundo Figueiroacute et al (2011) isso estaacute associado ainda agrave

imensa massa da populaccedilatildeo exposta Contudo salientam os autores que a doenccedila

tem se tornado um dos problemas de sauacutede reemergentes mais importantes da

histoacuteria Estima-se que 25 bilhotildees de pessoas estatildeo em risco de contrair a doenccedila

ainda que por ano satildeo 50 milhotildees de novos casos Destes cerca 550 mil necessitam

de hospitalizaccedilatildeo e pelo menos 20 mil evoluem para oacutebito Dados epidemioloacutegicos

do Ministeacuterio da Sauacutede tem apontado segundo Figueiro et al (2011) um crescente

aumento dos casos de Febre Hemorraacutegica por Dengue (FHD) e em uma deacutecada a

taxa de letalidade atingiu 68 destacando-se a regiatildeo nordeste com maior iacutendice

de casos entre 1981 a 2007

Contudo salientam Giratildeo et al (2014) que devido agrave adaptaccedilatildeo muito

acentuada do vetor nos peridomiciacutelios e domiciacutelios corroborando estudos da

Secretaria Municipal de Sauacutede de Divinoacutepolis (2014) apontaram que 9415 dos

focos de dengue estatildeo dentro das residecircncias sendo assim a participaccedilatildeo do

cidadatildeo no controle eacute de suma importacircncia no controle da doenccedila

Segundo dados do Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2014) em Minas Gerais a

taxa de incidecircncia da doenccedila foi de foi 2856 casos para cada 100000 habitantes

os 45 oacutebitos indicam um aumento de 3333 casos fatais em relaccedilatildeo a 2013 que

teve um nuacutemero de casos maior Quanto ao tipo de viacuterus circulante verificou-se a

incidecircncia de DENV1 (882) seguido de DENV4 (115) DENV3 (03) e DENV2

(00)

Para implantar as accedilotildees de vigilacircncia em sauacutede o Ministeacuterio da Sauacutede

(BRASIL 2014) por meio da Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede repassou para os

estados e municiacutepios 30 do valor a ser gasto em todo ano de 2014 cerca de R$

3634 milhotildees No mecircs de dezembro de 2013 a fim de intensificar as accedilotildees de

combate agrave dengue no periacuteodo de maior incidecircncia foram fornecidos 100 mil kg de

larvicidas 227 mil litros de adulticida e 104 mil kits para diagnoacutestico

26

Segundo a Secretaria Municipal de Sauacutede (DIVINOacutePOLIS 2014) haacute em

atividade 94 agentes de sauacutede puacuteblicos efetivos e 14 contratados sendo a cidade eacute

dividida em setores De acordo com levantamento raacutepido do iacutendice de infestaccedilatildeo do

aedes aegypti realizado em marccedilo de 2014 obteve-se um percentual de infestaccedilatildeo

do mosquito de 37 nos domiciacutelios visitados em Divinoacutepolis que representam risco

meacutedio para epidemia Em outubro de 2014 o novo levantamento raacutepido do iacutendice de

infestaccedilatildeo apresentou um iacutendice de 09 preocupante visto que o valor muito estaacute

muito proacuteximo do tolerado pela Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede que eacute de 1 Aleacutem

disso as condiccedilotildees climaacuteticas nesse periacuteodo natildeo favorecem a proliferaccedilatildeo do

mosquito por isso pode-se considerar esse valor alto

Em face dos dados apresentados conforme afirmam Ferreira Veras e Silva

(2009) para o controle da dengue a participaccedilatildeo popular eacute indiscutivelmente

essencial visto que o vetor habita os domiciacutelios sendo assim todos tem condiccedilotildees

de colaborar fiscalizando suas moradias O PNCD destaca as accedilotildees educativas

como forma de preparar a comunidade para adoccedilatildeo de comportamentos que

protejam a sauacutede coletiva Ainda segundo os autores durante as epidemias haacute todo

um clamor da miacutedia e do poder puacuteblico no sentido de mobilizar a comunidade para o

controle da doenccedila poreacutem nos periacuteodos de menor incidecircncia esse apelo perde a

intensidade o tema acaba no esquecimento sendo apresentado somente no

proacuteximo periacuteodo de infestaccedilatildeo e transmissatildeo da doenccedila

Ferreira Veras e Silva (2009) em anaacutelise do iacutendice de participaccedilatildeo da

populaccedilatildeo de 16 municiacutepios paulistas detectaram que em mais da metade destes

municiacutepios a participaccedilatildeo era muito baixa em consequecircncia o nuacutemero de pessoas

que contraiacuteram a doenccedila era maior onde haacute menos participaccedilatildeo popular

A educaccedilatildeo permanente segundo Ribeiro Sousa e Arauacutejo (2007) visa

acelerar o processo de adesatildeo da populaccedilatildeo agraves medidas preventivas abordando as

questotildees que envolvem condiccedilotildees de sauacutede moradia saneamento baacutesico indo

aleacutem de accedilotildees pontuais e campanhistas que perdem forccedila nos periacuteodos de baixa

notificaccedilatildeo de casos Eacute preciso buscar parceiros na sociedade civil como nos meios

de comunicaccedilatildeo para divulgaccedilatildeo do enfrentamento da doenccedila o ano inteiro

27

44 Medidas Educativas

Giratildeo et al (2014) destacam que somente com a educaccedilatildeo em sauacutede eacute que

se pode despertar na comunidade uma autonomia para que a populaccedilatildeo se sinta

como uma parte do processo que passa pela prevenccedilatildeo cujo controle depende da

eliminaccedilatildeo dos focos do mosquito dentro dos domiciacutelios

Neste sentido Alves (2005) afirma que a educaccedilatildeo em sauacutede eacute uma

ferramenta capaz de produzir intermediada pelos profissionais de sauacutede uma

compreensatildeo nova do processo sauacutede doenccedila oferecendo agrave populaccedilatildeo subsiacutedios

para adoccedilatildeo de novos haacutebitos de vida com ecircnfase na promoccedilatildeo e prevenccedilatildeo de

situaccedilotildees que podem trazer prejuiacutezos agrave sua sauacutede

Segundo Figueiroacute et al (2011) a doenccedila atinge a cada ano um maior

contingente de pessoas Nesse sentido priorizando a reduccedilatildeo dos casos de dengue

e dengue grave o Ministeacuterio da Sauacutede implantou no paiacutes o Plano Nacional de

Controle da Dengue ndash PNCD O programa eacute gerido de forma tripartite ou seja com

a participaccedilatildeo das trecircs esferas de governos uniatildeo estados e municiacutepios

ldquocompreendendo accedilotildees operacionais de vigilacircncia integrada entomoloacutegica e sobre o

meio ambiente de assistecircncia aos pacientes de educaccedilatildeo em sauacutede comunicaccedilatildeo

e mobilizaccedilatildeo socialrdquo (FIGUEIROacute et al 2011 p 2374) O PNCD compreende ainda

o controle e avaliaccedilatildeo dos agentes comunitaacuterios de sauacutede - ACS entretanto

segundo dados epidemioloacutegicos haacute uma grande dificuldade na realizaccedilatildeo das accedilotildees

e no alcance dos resultados esperados devido agrave baixa participaccedilatildeo da populaccedilatildeo

Para Ferreira Veras e Silva (2009) de acordo com a OPAS uma das maiores

dificuldades das autoridades de sauacutede em articulaccedilatildeo das accedilotildees eacute a parceria com a

comunidade o PNCD tem como um dos eixos a participaccedilatildeo comunitaacuteria para

reduccedilatildeo dos criadouros domiciliares Segundo Ferreira Veras e Silva (2009) a

participaccedilatildeo popular no combate eacute fundamental e defendida pelos organismos

nacionais e internacionais Pode estar inserida a capacitaccedilatildeo da populaccedilatildeo na

promoccedilatildeo e prevenccedilatildeo com o objetivo da melhoria da comunidade tanto na sauacutede

individual quanto coletiva favorecendo a construccedilatildeo de um modelo de sauacutede

compartilhada No controle das epidemias especialmente da dengue cujo vetor vive

na maioria das vezes nas casas das pessoas o PNDC visa o desenvolvimento de

accedilotildees educativas que tem como objetivo a mudanccedila de comportamento das

pessoas na manutenccedilatildeo de um ambiente de vida saudaacutevel Contudo a criteriosa

28

tarefa de evitar epidemias vai muito aleacutem do setor de sauacutede consistem em um

conjunto de accedilotildees poliacuteticas teacutecnicas e sociais que inclui prioritariamente a

participaccedilatildeo popular aliada agrave vigilacircncia epidemioloacutegica

Segundo Gonccedilalves Neto et al (2006) as condiccedilotildees sanitaacuterias prejudicadas

ausecircncia de coleta seletiva de lixo ausecircncia de saneamento baacutesico e um

crescimento desordenado em aacutereas tropicais propiciou raacutepida adaptaccedilatildeo do vetor

nas residecircncias levando o aedes aegpyti aproveitar se dos criadouros

providenciados pelo proacuteprio homem para aumentar sua populaccedilatildeo Contudo salienta

o autor praticamente impossiacutevel desenvolver um trabalho de controle do vetor sem a

participaccedilatildeo da comunidade

Tais afirmaccedilotildees explicam a situaccedilatildeo da populaccedilatildeo adscrita da UBS Santos

Dumont onde ocorreu uma grande expansatildeo de domiciacutelios sem um planejamento

adequado deixando um grande nuacutemero de terrenos baldios uma ocupaccedilatildeo sem a

infraestrutura necessaacuteria falta da coleta seletiva de lixo saneamento baacutesico e

pavimentaccedilatildeo Soma-se a isso a deficiecircncia do Estado em garantir uma coleta de

lixo eficiente deixando margem para a proliferaccedilatildeo da doenccedila

Segundo Almeida et al (2008) a adaptaccedilatildeo do mosquito aedes aegypti cuja

sobrevivecircncia depende de aacutegua parada ocorre principalmente nas aacutereas urbanas

em domiciacutelios e peridomiciacutelios Contudo o vetor eacute muito sensiacutevel agraves condiccedilotildees

ambientais poreacutem seus ovos resistem a longos periacuteodos de dissecaccedilatildeo o que

garante a perpetuaccedilatildeo da espeacutecie Com haacutebito diurno preferencialmente tem uma

especial atraccedilatildeo pelo sangue humano seu deslocamento eacute em meacutedia durante um

voo em condiccedilotildees normais de ambiente sem a interferecircncia de vento de cinquenta

metros portanto sua caracteriacutestica de habitar os domiciacutelios e peridomiciacutelios

permanecendo proacuteximo ao local de ldquopastordquo e postura dos ovos

Segundo Almeida et al (2008) com a ausecircncia de uma vacina eficaz capaz

de evitar a doenccedila a principal profilaxia tem sido o controle vetorial por meio de

identificaccedilatildeo dos focos e aplicaccedilatildeo de inseticidas de accedilatildeo residual para eliminaccedilatildeo

das larvas ou seja o combate focal

Contudo afirmam Almeida et al (2008) o conhecimento do dinamismo do

periacuteodo de maior transmissibilidade e latecircncia tem permitido a organizaccedilatildeo de accedilotildees

mais ou menos acentuadas dependendo do momento da epidemia e das condiccedilotildees

climaacuteticas A presenccedila do vetor em variadas partes das cidades jaacute foi identificada por

meio de estudos o que comprova que a doenccedila natildeo atinge somente uma classe

29

social Quanto agrave diminuiccedilatildeo dos casos dentro de um contexto epidemioloacutegico trecircs

fatores tecircm um papel muito importante as condiccedilotildees climaacuteticas desfavoraacuteveis agrave

viabilidade do vetor esgotamento de hospedeiros susceptiacuteveis e o controle quiacutemico

do vetor

45 Controle

Segundo Mayo et al (2011) existem duas formas de atuaccedilatildeo no controle da

doenccedila o bloqueio e o controle de criadouros Estas medidas tecircm por objetivo a

reduccedilatildeo dos criadouros na aacuterea de atuaccedilatildeo dos agentes de sauacutede o controle por

bloqueio e nebulizaccedilatildeo ocorre agrave aplicaccedilatildeo de inseticida com aplicadores Ultra Baixo

Volume - UBV A atuaccedilatildeo nesse tipo de trabalho em relaccedilatildeo ao feito pelo municiacutepio

diz respeito agrave qualidade do serviccedilo realizado bem como a agilidade na realizaccedilatildeo da

tarefa e o grande alcance da aacuterea coberta e o tipo de equipamento empregado

Para realizaccedilatildeo das tarefas o meacutetodo segue o preconizado pelo PNCD divide

as cidades em aacutereas setores e quarteirotildees Segundo Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL

2001) o bloqueio consiste em parar a transmissatildeo da dengue em municiacutepios com

epidemia instalada e tem como objetivo ainda a identificaccedilatildeo do sorotipo de viacuterus

circulante a aplicaccedilatildeo do UBV sem prejuiacutezo do controle larvaacuterio Quanto agrave

delimitaccedilatildeo de um foco isolado nos casos onde natildeo haacute infestaccedilatildeo deveratildeo ser

tratados todos os imoacuteveis no raio de 300 metros do entorno do local

Na fase de ataque segundo Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2001) deveraacute ser

tratado 100 dos imoacuteveis aleacutem de pontos estrateacutegicos terrenos baldios das zonas

infestadas e todos os potenciais focos devem ser eliminados Na fase de

consolidaccedilatildeo o objetivo eacute a erradicaccedilatildeo do mosquito satildeo desenvolvidas vaacuterias

accedilotildees semelhantes agrave fase de ataque com exceccedilatildeo do tratamento de focos Na fase

de manutenccedilatildeo satildeo visitadas todas as aacutereas positivas e negativas mesmo onde o

vetor foi erradicado as medidas satildeo o uso de armadilhas de oviposiccedilatildeo e inspeccedilotildees

de pontos estrateacutegicos

46 Atuaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Baacutesica no Controle da Dengue

As atividades de controle devem ter uma sinergia com todos os setores

envolvidos no tocante a vigilacircncia epidemioloacutegica haacute necessidade de manter a

30

vistoria em imoacuteveis terrenos depoacutesitos oficinas entre outros locais Teixeira et al

(2010) verificaram que os domiciacutelios com terrenos baldios no entorno apresentaram

maior concentraccedilatildeo da doenccedila

Lima e Vilasboas (2011) salientam que a sauacutede eacute um direito e a maneira que

o Estado tem de garantir esse direito eacute por meio de poliacuteticas puacuteblicas de proteccedilatildeo

prevenccedilatildeo e recuperaccedilatildeo de agravos a simples ausecircncia de doenccedila natildeo pode ser

considerada um conceito de sauacutede visto que as condiccedilotildees sociais de saneamento

baacutesico meio ambiente educaccedilatildeo moradia e renda satildeo fatores determinantes no

processo de adoecimento de um povo A sauacutede deve ser pensada no contexto

ampliado com integraccedilatildeo formando uma rede interssetorial na perspectiva de troca

de ajuda muacutetua na troca de experiecircncias com uma construccedilatildeo muacutetua de saberes

facilitando a resoluccedilatildeo dos problemas enfrentados

Para Lima e Vilasboas (2011) a interssetorialidade pode ser um facilitador

para construccedilatildeo de um sistema de sauacutede efetivo contudo aliado a poliacuteticas puacuteblicas

que possam contribuir para ganho na melhoria da qualidade de vida das pessoas A

interssetorialidade extrapola os limites do poder estatal e envolve a sociedade nas

decisotildees poliacuteticas evita a subordinaccedilatildeo de um setor a outro e diminui as resistecircncias

de alguns membros

Segundo Lefegravevre et al (2007) a populaccedilatildeo tem informaccedilotildees sobre a doenccedila

e do ciclo de vida do transmissor poreacutem esse conhecimento ainda natildeo eacute capaz de

produzir nas pessoas atitudes e comportamento para impedir ou reduzir os

criadouros do mosquito A probabilidade eacute que esse conhecimento vindo de origem

externa fragmentado ou pouco organizado configure um conflito entre o saber

sanitaacuterio e o senso comum Ainda segundo o autor o programa educativo tem sido

aplicado haacute muitos anos mas ateacute hoje ainda natildeo obteve o resultado esperado

contudo haacute necessidade de aprofundar neste contexto para identificar onde estatildeo as

falhas para que possa realmente ter uma populaccedilatildeo engajada no controle do vetor

Para a populaccedilatildeo segundo Lefegravevre et al (2007) haacute uma relaccedilatildeo entre sujo

que seria a doenccedila e limpo que seria a sauacutede levando a ideacuteia equivocada que o lixo

eacute o uacutenico meio de procriaccedilatildeo do mosquito Neste sentido haacute uma sinalizaccedilatildeo para

que o poder puacuteblico perceba a necessidade de informar educar e comunicar

Informar no que diz respeito aos constantes dados epidemioloacutegicos sobre a doenccedila

no Paiacutes no Estado e na sua Comunidade no sentido de incentivar a participaccedilatildeo

popular no controle da doenccedila Educar esclarecendo a forma de transmissibilidade

31

da doenccedila estabelecendo um diaacutelogo de faacutecil entendimento na loacutegica sanitaacuteria sem

confrontar o senso comum buscando construir um relacionamento entre o teacutecnico e

o cidadatildeo e agrave adoccedilatildeo de alternativas na reduccedilatildeo das viacutetimas da dengue

Neste sentido a ESF tem papel fundamental no desenvolvimento de accedilotildees de

prevenccedilatildeo e controle da dengue considerando a relaccedilatildeo de confianccedila que a

populaccedilatildeo manteacutem com a equipe de sauacutede da famiacutelia possibilitando o contato com

o ambiente domeacutestico por meio dos ACSs promovendo um ambiente seguro e livre

do Aedes aegypti (BRASIL 2002) A ESF pode ainda promover accedilotildees educativas

com a populaccedilatildeo mobilizando-a para adotar accedilotildees preventivas realizando tambeacutem a

notificaccedilatildeo imediata dos casos suspeitos possibilitando as medidas tratamento

adequado agraves situaccedilotildees de dengue claacutessica e dengue grave reduzindo os casos

letais e possibilitando o bloqueio dos focos pela vigilacircncia epidemioloacutegica

32

5 PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO

O diagnoacutestico situacional foi realizado com base nas informaccedilotildees contidas em

dados oficiais do IBGE do Sistema Integrado de Sauacutede e embasado no relato dos

problemas levantados pela Equipe de Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia da UBS

Santos Dumont

Foi utilizado o Planejamento Estrateacutegico Situacional ndash PES como referecircncia

para a proposta de intervenccedilatildeo Este meacutetodo possibilita que os atores atraveacutes de

sua proacutepria visatildeo identifiquem as causas possiacuteveis dos problemas como nascem e

se desenvolvem A partir deste ponto de vista podem propor soluccedilotildees para atacar

suas causas e a viabilidade destas soluccedilotildees (CAMPOS FARIA SANTOS 2010)

Assim a partir do diagnoacutestico situacional os 10 passos segundo os autores

mencionados e suas atividades satildeo descritas a seguir

51 Primeiro Passo Definiccedilatildeo dos Problemas

Hipertensatildeo Arterial

Diabetes

Drogas

Gravidez na Adolescecircncia

Dengue

Transtorno Depressivo

Doenccedilas Sexualmente Transmissiacuteveis AIDS

Falta de Saneamento Baacutesico

52 Segundo Passo Priorizaccedilatildeo dos Problemas

Dengue

Falta de Saneamento Baacutesico

53 Terceiro Passo Descriccedilatildeo do Problema Selecionado

Segundo o Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2002) o nosso paiacutes eacute

predominantemente de clima tropical e este eacute um ambiente favoraacutevel agrave proliferaccedilatildeo

do mosquito aedes aegypti principal transmissor da dengue em nosso continente A

33

doenccedila eacute a uma arbovirose transmitida por um artroacutepode que pode apresentar-se

de forma benigna claacutessica ou grave na forma de febre hemorraacutegica

Durante o ano de 2014 segundo o Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2014) mais

meio milhatildeo de casos da doenccedila (591080) 528 soacute na regiatildeo Sudeste em Minas

Gerais foram 59222 com 45 oacutebitos confirmados em Divinoacutepolis segundo a

Secretaria Municipal de Sauacutede (2014) ocorreram 4680 notificaccedilotildees de casos da

doenccedila e confirmados 4139 casos de dengue com 06 oacutebitos sendo que os bairros

Nossa Senhora das Graccedilas Centro Satildeo Joseacute Interlagos Niteroacutei Porto Velho

Planalto Santos Dumont Belvedere e Bom Pastor foram responsaacuteveis por 3027

dos casos de dengue da cidade

Ferreira et al (2009) Lima e Vilasboas (2011) chamam a atenccedilatildeo para a falta

de saneamento baacutesico como um fator agravante que pode elevar a multiplicaccedilatildeo do

vetor da doenccedila Para Gonccedilalves Neto et al (2006) as condiccedilotildees sanitaacuterias

prejudicadas o crescimento desordenado levaram agrave raacutepida adaptaccedilatildeo do vetor agraves

residecircncias causando a disseminaccedilatildeo do viacuterus Tais situaccedilotildees satildeo rotineiras na

populaccedilatildeo adscrita da UBS Santos Dumont

54 Quarto passo Explicaccedilatildeo do Problema

A explicaccedilatildeo para o problema selecionado foi qualificado do ponto de vista

social coletivo e individual

Niacutevel Social Refere-se agrave ausecircncia de poliacuteticas puacuteblicas para melhoria de qualidade

de vida da populaccedilatildeo que convive com a ausecircncia de saneamento baacutesico esgoto a

ceacuteu aberto falta de coleta seletiva e lixo acumulado nas ruas e terrenos baldios

Niacutevel Coletivo Falta de consciecircncia da gravidade da doenccedila que pode acometer a

qualquer pessoa e todas as faixas etaacuterias falta de colaboraccedilatildeo entre os vizinhos que

sempre potildeem a culpa das maacutes condiccedilotildees uns nos outros mas ningueacutem assume a

responsabilidade pelo seu quintal

Niacutevel Individual Falta de compromisso pois segundo dados da SEMUSA

(DIVINOacutePOLIS 2014) 9415 dos focos de Dengue estatildeo dentro das residecircncias

esses focos foram identificados em vasilhas de aacutegua para cachorro galinha calhas

mal projetadas e caixas drsquoaacutegua sem tampa

55 Quinto Passo Seleccedilatildeo dos ldquoNoacutes Criacuteticosrdquo

34

Foram selecionados os seguintes ldquonoacutes criacuteticosrdquo que podem ter relaccedilatildeo direta com o

alto nuacutemero de casos de dengue

Lixo nas ruas falta de conscientizaccedilatildeo da populaccedilatildeo para evitar descarte

incorreto de lixo nas ruas e terrenos baldios

Responsabilizaccedilatildeo do outro falta agrave comunidade assumir que o problema da

dengue natildeo eacute do meu vizinho mas eacute de todos

Lotes sujos falta cobranccedila por parte do poder puacuteblico aos proprietaacuterios de

terrenos vazios que mantenham os lotes limpos e conservados

56 Sexto Passo Desenho de Operaccedilotildees para os ldquoNoacutes Criacuteticosrdquo do Problema

Como soluccedilatildeo dos ldquonoacutes criacuteticosrdquo foram apresentadas as seguintes propostas

contidas no Quadro 6 a seguir

Quadro 6 ndash Desenho das Operaccedilotildees para os Noacutes Criacuteticos Selecionados

ldquoNoacute

Criacuteticordquo

Operaccedilatildeo

Projeto

Resultados

Esperados

Produtos

Esperados

Recursos

Necessaacuterios

Lixo nas ruas Reeducaccedilatildeo conscientizaccedilatildeo ambiental

Ausecircncia de lixo nas ruas e lotes vazios

Bairro limpo sem dengue

Datashow e computador

Responsabiliza ccedilatildeo do outro

Conscientizaccedilatildeo

sobre sauacutede

coletiva

Que todos

unidos com

objetivo de

diminuir os

casos de

dengue

Reduccedilatildeo da

doenccedila

Datashow e computador Panfletos informativos

Lotes sujos Limpeza de

lotes e terrenos

Lotes limpos

e sem focos

da dengue

Diminuiccedilatildeo

do nuacutemero do

mosquito

transmissor

da dengue

Palestras sobre

conservaccedilatildeo

dos terrenos e

lotes vazios

Fiscalizaccedilatildeo da

prefeitura

57 Seacutetimo Passo Identificaccedilatildeo dos Recursos Criacuteticos

35

Para iniacutecio das operaccedilotildees foram apresentados os recursos necessaacuterios e

indispensaacuteveis para o sucesso do processo

Quadro 7 ndash Identificaccedilatildeo dos Recursos Criacuteticos

Operaccedilatildeo

Projeto

Recursos Criacuteticos

Controle dos recursos criacuteticos

Accedilatildeo estrateacutegica

Ator que controla

Motivaccedilatildeo

ldquoMutiratildeo da

limpezardquo

realizar um dia

por mecircs para

limpeza em

parceria com a

populaccedilatildeo

Poliacutetico Veiculo e pessoal para limpeza das ruas

Empresa Municipal de Obras Puacuteblicas

Evitar que lixo se acumule nas ruas

Criaccedilatildeo do dia da limpeza e apresentaccedilatildeo da administraccedilatildeo para apreciaccedilatildeo

ldquoFora Denguerdquo Intensificaccedilatildeo das accedilotildees educativas nas escolas e nos grupos e associaccedilatildeo de bairro

Poliacutetico Articulaccedilatildeo interssetorial Financeiro Disponibilizaccedilatildeo de material informativo

Secretaria Municipal de Sauacutede Secretaria Municipal de Educaccedilatildeo Associaccedilatildeo de bairros

Despertar na comunidade a consciecircncia de sauacutede coletiva

Despertar nos discentes e na comunidade o desejo de erradicar os focos da dengue

ldquoMapeamento

dos lotes sujosrdquo

Realizar o

mapeamento

dos terrenos

sujos

Poliacutetico Notificar os

proprietaacuterios para limpeza do

terreno Financeiro

Recurso para impressatildeo das

notificaccedilotildees

Secretaria Municipal de

Sauacutede

Evitar que as pessoas joguem lixo e entulho em lotes vagos

Conservaccedilatildeo e limpeza dos lotes vazios

58 Oitavo Passo Anaacutelise de Viabilidade do Plano

A proposta a seguir (Quadro 3) apresenta a motivaccedilatildeo para a viabilidade do plano

visto que alguns dos recursos necessaacuterios fogem agrave governabilidade da ESF

36

Quadro 8 ndash Viabilidade do Plano

Operaccedilatildeo

Projeto

Recursos Criacuteticos

Controle dos recursos criacuteticos

Accedilatildeo estrateacutegica

Ator que controla

Motivaccedilatildeo

ldquoMutiratildeo da

limpezardquo

realizar um dia

por mecircs para

limpeza em

parceria com a

populaccedilatildeo

Poliacutetico Veiculo e pessoal para limpeza das ruas

Empresa Municipal de Obras Puacuteblicas

Favoraacutevel Criaccedilatildeo do dia da limpeza e apresentaccedilatildeo agrave administraccedilatildeo para apreciaccedilatildeo

ldquoFora Denguerdquo Intensificaccedilatildeo das accedilotildees educativas nas escolas e nos grupos e associaccedilatildeo de bairro

Poliacutetico Articulaccedilatildeo interssetorial Financeiro Disponibilizaccedilatildeo de material informativo

Secretaria Municipal de Sauacutede Secretaria Municipal de Educaccedilatildeo Associaccedilatildeo de bairros

Favoraacutevel

Despertar nos escolares e na comunidade o desejo de erradicar os focos da dengue

ldquoMapeamento

dos lotes sujosrdquo

Realizar o

mapeamento

dos terrenos

sujos

Poliacutetico Notificar os

proprietaacuterios para limpeza do

terreno Financeiro

Recurso para impressatildeo das

notificaccedilotildees

Secretaria Municipal de

Sauacutede

Indiferente

Conservaccedilatildeo e limpeza dos lotes vazios

37

59 Nono Passo Elaboraccedilatildeo do Plano Operativo

A proposta a seguir no Quadro 9 identifica os atores envolvidos lhes atribuiacutedo

responsabilidades e prazos a cumprir

Quadro 9 ndash Plano Operativo

Operaccedilotildees Resultados Accedilotildees Estrateacutegicas

Responsaacutevel Prazo

ldquoMutiratildeo da limpezardquo realizar um dia por mecircs para limpeza em parceria com a populaccedilatildeo

Limpeza das ruas

e quintais

Coleta de lixo

das ruas Incentivo a limpeza de

lotes e quintais

Equipe de ACS

Durante todo ano

ldquoFora Denguerdquo Intensificaccedilatildeo das accedilotildees educativas nas escolas e nos grupos e associaccedilatildeo de bairro

Uma comunidade

consciente das suas

responsabilidades

Insistir e reforccedilar com

accedilotildees educativas para que

populaccedilatildeo mantenha as ruas limpas e coloque o lixo

para ser recolhido

Enfermeiro ESF

Durante todo o ano

ldquoMapeamento dos lotes

sujosrdquo Realizar o

mapeamento dos terrenos

sujos

Identificar os focos e eliminaacute-

los

Criaccedilatildeo de um mapa onde ocorreram focos do mosquito

ACS e

Enfermeiro

Trecircs meses

510 Deacutecimo Passo Gestatildeo do Plano

Com a gestatildeo do plano eacute possiacutevel aos responsaacuteveis acompanhar e monitorar as

accedilotildees avaliando e sempre que necessaacuterio readequando as eventuais falhas do

processo

38

Quadro 10ndash Gestatildeo do Plano

Produtos Responsaacutevel Prazo Situaccedilatildeo Atual

Justificativa Novo Prazo

ldquoMutiratildeo da

limpezardquo

realizar um

dia por mecircs

para limpeza

em parceria

com a

populaccedilatildeo

Enfermeiro da ESF

Inicio imediatamente

(logo apoacutes apresentaccedilatildeo

do projeto)

ldquoFora Denguerdquo Intensificaccedilatildeo das accedilotildees educativas nas escolas e nos grupos e associaccedilatildeo de bairro

Enfermeiro Provab

Durante todo ano

ldquoMapeamento

dos lotes

sujosrdquo

Realizar o

mapeamento

dos terrenos

sujos

ECS e Equipe

de Epidemiologia

Um mecircs para

inicio das atividades

Aleacutem dos 10 passos do Planejamento Estrateacutegico Situacional optei por incluir outros

02 passos que tecircm a finalidade de contribuir para o processo de avaliaccedilatildeo da

Proposta de Intervenccedilatildeo Estatildeo contidos nos itens 511 e 512 a seguir

511 Avaliaccedilatildeo dos Resultados

O instrumento para avaliaccedilatildeo seraacute o Sistema de Informaccedilotildees de Agravos de

Notificaccedilatildeo ndash SINAN

ldquoque tem por objetivo o registro e processamento dos dados sobre agravos

de notificaccedilatildeo em todo o territoacuterio nacional fornecendo informaccedilotildees para

anaacutelise do perfil da morbidade e contribuindo desta forma para a tomada

de decisotildees em niacutevel municipal estadual e federalrdquo (IBGE 2014)

39

Segundo Moraes e Duarte (2009) o SINAN tem sido principal fonte de dados

para coordenaccedilatildeo das accedilotildees de vigilacircncia epidemioloacutegica tanto no sentido de

controle da doenccedila quando como fonte de pesquisa

512 Resultados Eesperados

O resultado esperado eacute

Estabelecer a construccedilatildeo de conhecimento que favoreccedila o autocuidado e a

capacidade de emancipaccedilatildeo da comunidade criando um ambiente seguro com

ecircnfase na educaccedilatildeo e sauacutede com vistas agrave reduccedilatildeo dos casos de dengue na

populaccedilatildeo adscrita da UBS Santos Dumont

40

6 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

O Programa de Valorizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Baacutesica (PROVAB) abriu muitos

caminhos para um horizonte promissor no desenvolvimento da promoccedilatildeo da sauacutede

e da prevenccedilatildeo no campo de atuaccedilatildeo do Programa Sauacutede na Escola criando um

viacutenculo de amizade e confianccedila uma verdadeira parceria com os alunos essencial

na construccedilatildeo de uma sociedade consciente e capaz de cuidar da sua sauacutede de

maneira preventiva loacutegica essa defendida pelo Sistema Uacutenico de Sauacutede

Para noacutes enfermeiros eacute oportunidade de ampliar o horizonte de atuaccedilatildeo

ensinando e aprendendo com o comportamento das crianccedilas dos adolescentes e

jovens vendo de maneira impar o grande desafio da educaccedilatildeo em formar cidadatildeos

com mais sauacutede Como gratificaccedilatildeo recebemos o reconhecimento dos alunos

professores e diretores algo que fica marcado para sempre na formaccedilatildeo do

profissional os laccedilos de confianccedila amizade e reconhecimento satildeo a maior

recompensa e certeza de missatildeo cumprida

Como a Equipe de Sauacutede da Famiacutelia tem como principal objetivo trabalhar na

prevenccedilatildeo de doenccedilas e agravos criando viacutenculos com a clientela a missatildeo de

promover a emancipaccedilatildeo de seus usuaacuterios com ecircnfase no autocuidado exige de

noacutes muita articulaccedilatildeo e intensificaccedilatildeo de accedilotildees educativas Especificamente no caso

da dengue o cumprimento desta missatildeo pode evitar que as constantes epidemias

se tornem parte do cotidiano das pessoas auxiliando os moradores da comunidade

na adoccedilatildeo de medidas responsaacuteveis que visem o cuidado com a sua sauacutede e da

sauacutede da comunidade

Neste sentido a educaccedilatildeo em sauacutede desempenha um papel importante em

manter a comunidade sempre vigilante e em alerta pois o perigo eacute eminente e vive

dentro dos lares das pessoas esperando apenas o momento oportuno e condiccedilotildees

favoraacuteveis para transmitir a dengue

O trabalho dos agentes de controle de endemias e da ESF deve ser

constante focado na eliminaccedilatildeo dos criadouros do mosquito transmissor da dengue

A comunidade deve colaborar com livre acesso dos agentes agraves residecircncias na

colaboraccedilatildeo para eliminaccedilatildeo dos focos nos domiciacutelios e peridomiciacutelios e

multiplicaccedilatildeo das informaccedilotildees sobre o ciclo de vida do vetor entre os vizinhos

amigos e parentes informando que todos estatildeo expostos agrave doenccedila e a mudanccedila de

comportamento pode diminuir os riscos de contrair a dengue

41

Ao poder puacuteblico eacute necessaacuterio adotar um planejamento adequado para

garantir aos cidadatildeos a infraestrutura miacutenima necessaacuteria para viver em comunidade

serviccedilos essenciais como saneamento coleta de lixo e mobilidade que favorecem a

criaccedilatildeo de um ambiente seguro com sauacutede e qualidade de vida

42

REFEREcircNCIAS

ALMEIDA M CM et al Dinacircmica intra-urbana das epidemias de dengue em Belo Horizonte Minas Gerais Brasil 1996-2002 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2008 vol24 n10 pp 2385-2395 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv24n1019pdf Acesso em 02 de out de 2014 ALVES V S A Um modelo de educaccedilatildeo em sauacutede para o Programa Sauacutede da Famiacutelia pela integralidade da atenccedilatildeo e reorientaccedilatildeo do modelo assistencial Interface - Comunic Sauacutede Educ v9 n16 p39-52 set2004fev2005 Disponiacutevel em httpswwwnesconmedicinaufmgbrbibliotecaimagem0303pdf Acesso de jun de 2014 BACKES DS et al (2012) O papel profissional do enfermeiro no Sistema Uacutenico de Sauacutede da sauacutede comunitaacuteria agrave estrateacutegia de sauacutede da famiacutelia Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva

17(1)223-230 2012 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcscv17n1a24v17n1pdf Acesso em 12 de jan 2015 BRASIL Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sauacutede Consulta Estabelecimento - Modulo Profissional - Profissional por Estabelecimento Disponiacutevel em httpcnesdatasusgovbrMod_ProfissionalaspVCo_Unidade=3122302159651 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Cadernos de Informaccedilotildees de Sauacutede Minas Gerais DATASUS TABNET (2010) Disponiacutevel em httptabnetdatasusgovbrtabdatacadernosmghtm Acesso em16 de maio de 2014 BRASIL Dengue - instruccedilotildees para pessoal de combate ao vetor Manual de Normas teacutecnicas - 3 ed rev - Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede 2001 84 p il 30 cm Disponiacutevel em httpbvsmssaudegovbrbvspublicacoesfunasaman_denguepdf acesso em 15 de out de 2014 BRASIL Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz Vetor da dengue na Aacutesia A albopictus eacute alvo de estudos Publicada em 18122008 agraves 1249 Disponiacutevel em httpwwwfiocruzbrioccgicgiluaexesysstarthtminfoid=576ampsid=32amptpl=printerview Acesso em 12 de jan de 2015 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Censo demograacutefico 2010 sinopse Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=1ampsearch=minas-gerais|divinopolis|censo-demografico-2010-sinopse- Acesso em 15 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Divinoacutepolis morbidades hospitalares ndash 2012 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=114ampsearch=minas-gerais|divinopolis|morbidades-hospitalares-2012 Acesso em 12 de maio de 2014

43

BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estaacutetica Divisatildeo Territorial do Brasil e Limites Territoriais Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE) (1 de julho de 2008) Disponiacutevel em httpwwwibgegovbrhomegeocienciascartografiadefault_dtb_intshtm Acesso em16 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Ensino - matriacuteculas docentes e rede escolar ndash 2012 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=117ampsearch=minas-gerais|divinopolis|ensino-matriculas-docentes-e-rede-escolar-2012 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estaacutetica Histoacuterico do Municiacutepio disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrpainelhistoricophplang=ampcodmun=312230ampsearch=minas-gerais|divinopolis|infograficos-historico Acesso 10 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Informaccedilotildees completas Populaccedilatildeo em 2010 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrasperfilphplang=ampcodmun=312230 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Serviccedilos de sauacutede ndash 2009 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=5ampsearch=minas-gerais|divinopolis|servicos-de-saude-2009 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Sistema de informaccedilotildees de agravos de notificaccedilatildeo ndash SINAN Disponiacutevel em httpcesibgegovbrbase-de-dadosmetadadosministerio-da-saudesistema-de-informacoes-de-agravos-de-notificacao-sinan Acesso em 16 de Nov de 2014 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede Dengue aspectos epidemioloacutegicos diagnoacutestico e tratamento Ministeacuterio da Sauacutede Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede ndash Brasiacutelia Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede 2002 Disponiacutevel em httpbvsmssaudegovbrbvspublicacoesdengue_aspecto_epidemiologicos_diagnostico_tratamentopdf Acesso em 02 de out de 2014 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede FUNSA Programa Nacional de Combate a Dengue PNCD Disponiacutevel em httpbvsmssaudegovbrbvspublicacoespncd_2002pdf Acesso em 21 de jun de 2014 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portal Brasil Disponiacutevel em httpwwwbrasilgovbrsaude201311saude-libera-mais-de-r-360-mi-para-combate-a-dengue Acesso em 10 de Nov de 2014

44

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede Departamento de Vigilacircncia Epidemioloacutegica Diretrizes nacionais para prevenccedilatildeo e controle de epidemias de dengue Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede Departamento de Vigilacircncia Epidemioloacutegica ndash Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2009 160 p Disponiacutevel em httpwwwansgovbrportalimgemaildiretrizes_reimpressao_webpdf Acesso em 16 de Nov de 2014

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede (2014) Monitoramento dos casos de dengue e febre de chikungunya ateacute a Semana Epidemioloacutegica (SE) 53 de 2014 Dengue Boletim Epidemioloacutegico ISSN 2358-9450 Volume 46 Ndeg 3 ndash 2015 Disponiacutevel em httpportalsaudesaudegovbrimagespdf2015janeiro192015-002---BE-at---SE-53pdf Acesso em 22 mar de 2015 BRASILSINANONLINE e DVASVEASTSub VPSSES-MG (20122013) Disponiacutevel em httpwwwsaudemggovbrcomponentgmgstory6489-informe-epidemiologico-da-dengue-30-05-2014 Acesso em 08 de jun de 2014 CAMPOS FCC FARIA H P SANTOS MA Planejamento e avaliaccedilatildeo das accedilotildees em sauacutede Curso de Especializaccedilatildeo em Atenccedilatildeo Baacutesica em Sauacutede da Famiacutelia NESCONUFMG Curso de Especializaccedilatildeo em Atenccedilatildeo Baacutesica agrave Sauacutede da Famiacutelia 2ed Belo Horizonte NesconUFMG 2010 Disponiacutevel em lthttpswwwnesconmedicinaufmgbrbibliotecaregistroPlanejamento_e_avaliacao_das_acoes_de_saude_23gt Acesso em Dezembro 2014 DIVINOacutePOLIS Estatuto dos Conselhos Distritais de Sauacutede Conselho Municipal de Sauacutede 1998 DIVINOacutePOLIS Mapa da cidade Disponiacutevel em httpwwwdivinopolismggovbrportalpaginasgeograficosimagensmapadacidadepdf Acesso em 08 de jun de 2014 DIVINOPOLIS Secretaria Municipal de Sauacutede SEMUSA Sistema Integrado de Sauacutede Paciente Famiacutelia Acesso Local Acesso em 15 de maio de 2014 FERREIRA B J et al Evoluccedilatildeo histoacuterica dos programas de prevenccedilatildeo e controle da dengue no Brasil Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2009 vol14 n3 pp 961-972 ISSN 1413-8123 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcscv14n332pdf Acesso em 21 de jun de 2014 FERREIRA IT RN VERAS M A S M and SILVA RA Participaccedilatildeo da populaccedilatildeo no controle da dengue uma anaacutelise da sensibilidade dos planos de sauacutede de municiacutepios do Estado de Satildeo Paulo BrasilCad Sauacutede Puacuteblica [online] 2009 vol25 n12 pp 2683-2694 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielosporgpdfcspv25n1215pdf Acesso em 10 de out de 2014 FIGUEIREDO LT M OWA M A CARLUCCI R H and OLIVEIRA L de Estudo sobre o diagnoacutestico laboratorial e sintomas do dengue durante epidemia ocorrida na regiatildeo de Ribeiratildeo Preto SP Brasil Rev Inst Med trop S Paulo [online] 1992

45

vol34 n2 pp 121-130 ISSN 0036-4665 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfrimtspv34n2a07v34n2pdf Acesso em 13 ago de 2014 FIGUEIROacute AC et al Oacutebito por dengue como evento sentinela para avaliaccedilatildeo da qualidade da assistecircncia estudo de caso em dois municiacutepios da Regiatildeo Nordeste Brasil 2008 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2011 vol27 n12 pp 2373-2385 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv27n1209pdf Acesso em 12 de out de 2014 GIRAtildeO RV et al Educaccedilatildeo em sauacutede sobre a dengue contribuiccedilotildees para o desenvolvimento de competecircncias J res fundam care online 2014 janmar 6(1) 38-46 Disponiacutevel em httpwwwseeruniriobrindexphpcuidadofundamentalarticleview2659pdf_1043 Acesso em 21 de jun de 2014 GONCcedilALVES NETO V S et al Conhecimentos e atitudes da populaccedilatildeo sobre dengue no Municiacutepio de Satildeo Luiacutes Maranhatildeo Brasil 2004 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2006 vol22 n10 pp 2191-2200 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv22n1018pdf Acesso em 10 de out de 2014 LEFEVRE A MC et al Representaccedilotildees sobre dengue seu vetor e accedilotildees de controle por moradores do municiacutepio de Satildeo Sebastiatildeo litoral Norte do Estado de Satildeo Paulo Brasil Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2007 vol23 n7 pp 1696-1706 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv23n722pdf Acesso em 16 de out de 2014 LIMA E C VILASBOAS ALQ Implantaccedilatildeo das Accedilotildees Interssetoriais de Mobilizaccedilatildeo Social do Paraacute o Controle da dengue na Bahia Brasil Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2011 vol27 n8 pp 1507-1519 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv27n806pdf Acesso em 16 de out de 2014 MACHADO RM et al (2013) HISTORIA DA SAUacuteDE MENTAL DE DIVINOacutePOLIS-MG Revista de Enfermagem do Centro Oeste Mineiro 2013 maiago 3 (2) 752-760 httpwwwseerufsjedubrindexphprecomarticleview228439 Acesso em 08 de abr de 2015 MAYO R C et al BEPA - Boletim Epidemioloacutegico Paulista 8(88) 4-12 abr 2011 tab Graf Disponiacutevel em fileCUsersnoteDownloadsv8n88a0120(1)pdf Acesso em 12 de out de 2014 MINAS GERAIS Secretaria Estadual de Sauacutede Programa Estadual de Controle Permanente da Dengue SITUACcedilAtildeO ATUAL DA DENGUE EM MINAS GERAIS RESUMO INFORMATIVO - 15122014 Disponiacutevel em httpwwwsaudemggovbrimagesdocumentosAnaliseDengue15-12-2014pdf Acesso em 10 de jan de 2015 MINAS GERAIS Secretaria de Estado da Sauacutede de Minas Gerais Programa Sauacutede em Casa Disponiacutevel em httpwwwsaudemggovbrpoliacuteticas_de_saudeprograma-saude-em-casa Acesso em 10 de maio de 2014

46

MORAES GH and DUARTE E C Anaacutelise da concordacircncia dos dados de mortalidade por dengue em dois sistemas nacionais de informaccedilatildeo em sauacutede Brasil 2000-2005 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2009 vol25 n11 pp 2354-2364 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielosporgpdfcspv25n1106pdf Acesso em 29 de Nov de 2014 PENNA M L F Um desafio para a sauacutede puacuteblica brasileira o controle do dengue Cad Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro 19(1) 305-309 jan-fev 2003 Disponiacutevel em httpwwwscielosporgpdfcspv19n114932pdf Acesso em 21 de jun de 2014

PREFEITURA MUNICIPAL DE DIVINOacutePOLIS BALANCcedilO DA DENGUE Disponiacutevel em httpwwwdivinopolismggovbrportalnoticiaphpid=11507 Acesso em 19 jan de 2015

RIBEIRO P C SOUSA DC ARAUJO TME Perfil cliacutenico-epidemioloacutegico dos casos suspeitos de Dengue em um bairro da zona sul de Teresina PI Brasil Rev bras enferm [online] 2008 vol61 n2 pp 227-232 ISSN 0034-7167 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfrebenv61n2a13v61n2pdf Acesso em 28 de jul de 2014 VALENTE G SC et al Problematizaccedilatildeo Como Estrateacutegia de Educaccedilatildeo em Sauacutede no Combate a Dengue Um Relato de Experiecircncia R Pesq cuid Fundam Online 2012 outdez 4(4)2987-94 Disponiacutevel em httpwwwseeruniriobrindexphpcuidadofundamentalarticleview1888pdf_641 Acesso em 08 jun de 2014 TEIXEIRA LAS et al Persistecircncia dos sintomas de dengue em uma populaccedilatildeo de Uberaba Minas Gerais Brasil Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2010 vol26 n3 pp 624-630 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv26n319pdf Acesso em 16 de out de 2014

Page 13: PLANO DE AÇÃO NO COMBATE A DENGUE: EDUCAR PARA EVITAR · 2019-11-14 · The Divinopolis follows the same trend, with 4680 notifications and 4139 confirmed ... banhado pelas bacias

13

De acordo com dados do IBGE (BRASIL 2012) em 2012 foram registrados

581 oacutebitos sendo 302 homens e 279 mulheres as doenccedilas neoplaacutesicas foram

responsaacuteveis por 173 oacutebitos2977 do aparelho circulatoacuterio foram responsaacuteveis

por 121 oacutebitos208 das mortes seguidas pelas doenccedilas respiratoacuterias 821411

oacutebitos por doenccedila do aparelho digestivo 467 9 doenccedilas infecciosas e

parasitaacuterias 41 oacutebitos70 oacutebitos por doenccedilas do aparelho geniturinaacuterio 3255

mortes por causas externas 27464 oacutebitos por doenccedilas relacionadas ao sangue

oacutergatildeos hematoloacutegicos transtornos imunitaacuterios 406 oacutebitos por doenccedilas de pele e

do tecido subcutacircneo total de 5086 outras mortes somam 86 Estes dados

estatildeo representados no graacutefico abaixo

Graacutefico 2 - Nuacutemero de Oacutebitos por Causa Divinoacutepolis ndash 2012

Obitos em DIvinoacutepolis em 2012

Homens

Mulheres

Neoplasias

Ap circulatoacuterio

Doeccedilas respiratoacuterias

Aparelho digestivo

Doenccedilas infecciosas

Aparelho Geniturinaacuterio

Causas externas

Doenccedilas hematoloacutegicas Fonte IBGE cidades ibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=114ampsearch=minas-

gerais|divinopolis|morbidades-hospitalares-2012

117 Sistema Local de Educaccedilatildeo

O municiacutepio segundo IBGE (BRASIL 2012) tem 1589 docentes atuando na

rede de educaccedilatildeo baacutesica no ensino meacutedio conta com 562 docentes no ensino

fundamental 739 docentes e a educaccedilatildeo infantil com 288 docentes O ensino

fundamental conta com uma rede de 88 escolas sendo 26 privadas 30 da rede

puacuteblica estadual e 32 da rede municipal O ensino meacutedio tem um total de 29 escolas

sendo oito privadas 20 da rede estadual e uma da rede federal Ainda segundo o

14

IBGE (BRASIL 2012) satildeo 27484 alunos matriculados no ensino fundamental 8211

no ensino meacutedio 4808 na preacute-escola Segundo o IBGE (BRASIL 2010) o iacutendice de

desenvolvimento humano ndash IDH ficou em 0764 acima da meacutedia nacional que eacute de

0730

12 Diagnoacutestico Situacional

121 Unidade Baacutesica de Sauacutede ndash Bairro Santos Dumont

A unidade baacutesica de sauacutede em que atuo estaacute localizada a Rua Liacuterios do Vale

141 Bairro Santos Dumont telefone (37) 32153674 local de faacutecil acesso com rua

pavimentada Funciona de 07h00min as 11h00min horas e de 13h00min as

17h00min horas de segunda a sexta-feira segundo o Cadastro Nacional de

Estabelecimentos de Sauacutede - CNES (BRASIL 2014)

Foto 1 - Unidade Baacutesica de Sauacutede Santos Dumont - Divinoacutepolis-MG 2014

Fonte httpswwwgooglecombrmapsplaceRua+JosC3A9+VenC3A2ncio+218+-+Aeroporto-20175673 448774553a75y16155h90tdata=3m41e13m21siLj6mpeG5CZyGTTQQ_cwTA2e04m23m11s0xa0a4e2a9c17ea50x429732233cce4192

A aacuterea de abrangecircncia da UBS Santos Dumont compreende a regiatildeo

sudoeste da cidade de Divinoacutepolis composta pelos bairros Santos Dumont Maria

Peccedilanha Quinta das Palmeiras Costa Azul e Terra Azul

15

Mapa 2 - Aacuterea de Abrangecircncia da UBS Santos Dumont ndash Divinoacutepolis-MG 2014

Fonte Prefeitura Municipal de Divinoacutepolis fileCUsersnoteDesktopmapadacidade20(1)20(1)pdf

122 Recursos Humanos

Segundo o Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sauacutede (2014) a

equipe eacute composta por um enfermeiro da estrateacutegia de sauacutede da famiacutelia com 40

horas semanais um cirurgiatildeo dentista com carga horaacuteria de 40 horas semanais um

meacutedico cliacutenico com 40 horas semanais um agente de serviccedilos gerais de 40 horas

semanais 4 agentes comunitaacuterios de sauacutede com 40 horas semanais e um auxiliar de

sauacutede bucal de 40 horas semanais Conforme quadro abaixo

Quadro 1 - Equipe de Sauacutede do UBS Santos Dumont 2014

Fonte Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sauacutede

Segundo o Sistema Integrado de Sauacutede - SIS a Unidade Santos Dumont tem

uma populaccedilatildeo cadastrada de 2208 habitantes com um nuacutemero estimado de 673

16

famiacutelias Quanto ao niacutevel de escolaridade da populaccedilatildeo adscrita assim estaacute

distribuiacuteda doutorado 2 mestrado 1 poacutes-graduaccedilatildeo 1 superior completo 22

superior incompleto 9 fundamental incompleto 123 ensino meacutedio completo 287

fundamental incompleto 1105 meacutedio incompleto 424 analfabetos 226 e natildeo

informado 08 sendo assim a taxa de analfabetismo eacute 1023 acima da meacutedia

nacional conforme o censo do IBGE (BRASIL 2010) que foi de 96 conforme

quadro abaixo

Quadro 2 - Niacutevel de escolaridade da populaccedilatildeo de referecircncia da UBS Santos

Dumont 2014

NIacuteVEL DE ESCOLARIDADE

Doutorado Mestrado Poacutes- graduaccedilatildeo

Superior Superior Incompleto

Fundamental Completo

Ensino meacutedio

Ensino meacutedio incompleto

Fundamental incompleto

Analfabeto Outros

M1 0 0 0 2

20 33 52 240 39 3

M2 1 1 1 15 5 62 102 90 228 47 3

M3 0 0 0 4 2 11 38 252 164 54 1

M4 1

1 2 30 114 30 473 86 1

Sub total 2 1 1 22 9 123 287 424 1105 226 8

POPULACcedilAtildeO TOTAL 2208

Fonte Sistema Integrado de Sauacutede 2014

123 Doenccedilas Crocircnicas

Com relaccedilatildeo agraves doenccedilas crocircnicas segundo o Sistema Integrado de Sauacutede haacute na

comunidade 199 clientes com hipertensatildeo arterial com diabetes 68 clientes com

alguma deficiecircncia 6 com doenccedila de chagas 1 alcoolismo 1 epilepsia 3 e com 8

gestantes

Quadro 3 - Total de Hipertensos e Diabeacuteticos da UBS por Microaacuterea Divinoacutepolis ndash MG 2014

HIPERTENSOS E DIABEacuteTICOS POR MICROAacuteREA

ACS Gracielle Suzana Rosana Rosilene TOTAL

MICROAacuteREA M1 M2 M3 M4

Hipertensatildeo 22 58 16 103 199

Diabeacuteticos 5 21 3 39 68 Fonte Sistema Integrado de Sauacutede de Divinoacutepolis SIS 2014

17

124 Doenccedilas Endecircmicas ndash A Dengue

A Dengue eacute uma doenccedila de origem africana que foi introduzida no paiacutes

segundo Valente et al (2012) por volta do seacuteculo XIX encontrando no Brasil um

clima e condiccedilotildees muito favoraacuteveis a sua multiplicaccedilatildeo mesmo sendo uma doenccedila

antiga o mosquito transmissor da dengue se mostra cada vez mais de difiacutecil controle

Todo ano atinge milhotildees de pessoas em todo mundo e no Brasil As seguidas

epidemias levaram o tema a ser discutido em vaacuterios setores como escolas veiacuteculos

de comunicaccedilatildeo nos setores de sauacutede e tambeacutem pela sociedade civil Segundo o

Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2014) de acordo com os dados contidos no Boletim

Epidemioloacutegico da 53ordf Semana Epidemioloacutegica foram registrados no paiacutes 591080

casos da doenccedila sendo que a regiatildeo Sudeste teve o maior nuacutemero de casos

312318 casos 528 Minas Gerais aparece com 1896 deste total A cidade de

Divinoacutepolis apresentou segundo a Secretaria Municipal de Sauacutede 4680 casos

notificados e segundo a Secretaria de Estado da Sauacutede foram notificados 06 oacutebitos

confirmados conforme quadro abaixo sendo que assim a cidade vem enfrentando

seguidas epidemias de Dengue tornando-se um dos problemas que mais preocupa

a comunidade

Quadro 4 - Casos de Oacutebitos por Dengue Grave em Minas Gerais - 2014

Municiacutepios Oacutebitos

confirmados

Araxaacute Arauacutejos

1 1

Campo Belo Candeias

1 1

Curvelo Divinoacutepolis

1 6

Dores do Indaiaacute 1 Formiga Fronteira Frutal

1 1 1

Itabira Itauacutena

1 2

Ituiutaba Juiz de Fora

1 4

Natalacircndia Nova Serrana

1 1

Passos 8

18

Paracatu 3 Prata Sabaraacute

1 1

Santa Barbara Santa Luzia Santos Dumont

1 1 1

Santa Margarida Uberlacircndia

1 3

Trecircs Coraccedilotildees 1

Total 47

Fonte SINAN ONLINE e DVASVEASTSubVPSSES MG

O grande nuacutemero de terrenos baldios e lotes vagos satildeo apontados pelos

moradores como principal causa do aumento dos focos do mosquito Aedes Aegypti

A foto abaixo mostra o aglomerado ainda pouco habitado onde existem muitas

aacutereas onde haacute somente vegetaccedilatildeo nativa o que favorece o descarte inadequado de

lixo e entulhos recipientes que acumulam aacutegua se tornando grande criadouro do

mosquito transmissor da dengue

Foto 2 - Aacuterea de abrangecircncia da Unidade Baacutesica de Sauacutede Santos Dumont 2014

Fonte httpswwwgooglecombrmaps-201840183-448801014180mdata=3m11e3

19

A regiatildeo ocupada pela populaccedilatildeo da aacuterea de abrangecircncia da UBS Santos

Dumont eacute uma regiatildeo de cerrado Segundo o IBGE (BRASIL 2010) o Iacutendice de

Desenvolvimento Humano - IDH eacute 0764 acima da meacutedia nacional que de 0730 A

cidade apresentou crescimento populacional no periacuteodo de 1991 a 2010

correspondentes a 2889 poreacutem os investimentos em infraestrutura como

pavimentaccedilatildeo e saneamento baacutesico natildeo acompanharam a taxa de crescimento da

cidade algo comum em grandes cidades e cidades de meacutedio porte no paiacutes Na aacuterea

do bairro ainda haacute presenccedila de mata nativa com ocupaccedilatildeo natildeo planejada a

populaccedilatildeo convive com riscos eminentes para a sua sauacutede

Segundo Valente et al (2012) diante do aumento dos casos de dengue

estrateacutegias tradicionais parecem natildeo terem mais o mesmo efeito de outrora Eacute

necessaacuterio o envolvimento de todos os setores sociais para buscar o controle da

situaccedilatildeo com accedilotildees de educaccedilatildeo e sauacutede que podem ser mais efetivas do que

apenas medidas unilaterais baseada em estatiacutesticas ministeriais

Apoacutes os vaacuterios casos atendidos na UBS o que se percebe eacute que ningueacutem

assume que o foco do mosquito possa estar na sua casa conforme afirmam Valente

et al (2012) que a culpa eacute sempre dos vizinhos que natildeo fazem a sua parte o que

torna relevante afirmar ser a negaccedilatildeo da ldquoquestatildeo da culpabilizaccedilatildeo individual e a

culpabilizaccedilatildeo do outrordquo (VALENTE 2012 p2990) Outro dado que chama a

atenccedilatildeo segundo a Secretaria Municipal de Sauacutede (DIVINOacutePOLIS 2014) eacute que os

levantamentos indicam que 9415 dos focos de dengue estatildeo dentro das

residecircncias O relato que os criadouros estatildeo sempre na casa do vizinho esse eacute

com certeza o maior ldquonoacute criacuteticordquo que precisa ser desconstruiacutedo o cidadatildeo se

preocupa com o vizinho e se esquece do seu domiciacutelio

Segundo balanccedilo divulgado pela Secretaria Municipal de Sauacutede

(DIVINOacutePOLIS 2014) os 4139 casos confirmados mais os exames que ainda

aguardam os resultados sinalizam para cidade que tem muito trabalho para

enfrentar esse grave problema de sauacutede puacuteblica Os bairros Nossa Senhora das

Graccedilas Centro Satildeo Joseacute Interlagos Niteroacutei Porto Velho Planalto Santos Dumont

Belvedere e Bom Pastor foram responsaacuteveis por 3027 dos casos notificados na

cidade Em meacutedia a UBS Santos Dumont em relaccedilatildeo agrave populaccedilatildeo adscrita

apresentou um percentual de 215 da populaccedilatildeo total com casos notificados como

se pode observar no quadro abaixo

20

Quadro 5 - Nuacutemero de casos de Dengue em Divinoacutepolis ndash 2014

NOSSA SENHORA DAS GRACcedilAS Fonte Prefeitura Municipal de Divinoacutepolishttpwwwdivinopolismggovbrportalnoticiaphpid=109802014

Segundo Valente et al (2012) a praacutetica de jogar lixo nas ruas como algo do

cotidiano mesmo sabendo que essa accedilatildeo remete aos proacuteprios moradores e a falta

de coleta seletiva regular levam ao acuacutemulo de recipientes de plaacutesticos que durante

o periacuteodo chuvoso tornam-se criadouros do mosquito Esse tambeacutem eacute um

importante tema que necessita ser trabalhado desde a preacute-escola em vaacuterias

oportunidades como reuniatildeo de bairros em eventos esportivos e festivos pois

somente com educaccedilatildeo da populaccedilatildeo se pode mudar essa realidade

BAIRROS COM MAIORES NUacuteMEROS DE CASOS DE DENGUE EM DIVINOacutePOLIS

Bairros NSG CENTRO Satildeo JOSEacute INTERLAGOS NITEROacuteI

PORTO VELHO PLANALTO

SANTOS DUMONT BELVEDERE

BOM PASTOR

307 350 192 123 124 1O8 104 101 98 96

TOTAL 1417

21

2 JUSTIFICATIVA

A enfermagem eacute uma arte cuidar prevenir e proteger a sauacutede o enfermeiro

que atua na equipe de sauacutede da famiacutelia tem importante papel na educaccedilatildeo e na

proteccedilatildeo de sua populaccedilatildeo adscrita por estar perto e conhecer a realidade de sua

comunidade Backes et al (2012)

O conhecimento dos problemas de uma populaccedilatildeo permite a equipe de

Sauacutede da Estrateacutegia da Famiacutelia o planejamento de accedilotildees efetivas e eficazes nas

principais causas de adoecimento de uma comunidade aleacutem de organizar de

maneira ordenada o atendimento da demanda e rotina dos serviccedilos ofertados na

Unidade Baacutesica de Sauacutede Backes et al (2012)

O tema dengue tem relevacircncia por ser a mais importante arbovirose que

atinge o ser humano na atualidade trazendo um enorme prejuiacutezo socioeconocircmico

para toda sociedade

Segundo Figueiredo et al (1992) a dengue eacute uma doenccedila com alta

morbidade e pode evoluir para um quadro grave de hemorragia podendo levar ao

oacutebito Ainda conforme Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2009) em oito paiacuteses do

continente americano e asiaacutetico incluindo o Brasil em 2009 foram gastos U$ 18

bilhotildees somente com despesas ambulatoriais e hospitalares sem contar os recursos

despendidos para vigilacircncia epidemioloacutegica

Em Divinoacutepolis em 2014 foram notificados 4680 notificaccedilotildees e 4139 casos

confirmados e os demais aguardando confirmaccedilatildeo segundo a Secretaria Municipal

de Sauacutede

Ainda outro ponto muito importante eacute que as pessoas acreditam que o

problema eacute sempre do outro conforme salientam Valente et al (2012) que a culpa

dos casos de dengue eacute do vizinho sendo assim ele natildeo se preocupa com a sua

residecircncia Neste mesmo sentido Giratildeo et al (2012) afirmam que devido agrave

adaptaccedilatildeo do vetor as aacutereas domiciliares e peridomiciliares o controle da doenccedila

sem a participaccedilatildeo da populaccedilatildeo estaacute fadado ao fracasso As accedilotildees educaccedilatildeo em

sauacutede satildeo uma ferramenta essencial nessa estrateacutegia proporcionando ao cidadatildeo

uma autonomia para cuidar da sua sauacutede e da prevenccedilatildeo e eliminaccedilatildeo do vetor

Portanto uma proposta de intervenccedilatildeo que enfatize esta participaccedilatildeo da

comunidade conhecendo suas potencialidades e suas necessidades justifica a

realizaccedilatildeo deste trabalho

22

3 OBJETIVOS

31 Objetivo Geral

Elaborar um plano de accedilatildeo com ecircnfase em educaccedilatildeo e sauacutede com vistas agrave

reduccedilatildeo do nuacutemero de casos de dengue no municiacutepio de Divinoacutepolis e

especificamente na aacuterea de abrangecircncia da Unidade de Sauacutede Santos

Dumont

32 Objetivos Especiacuteficos

Organizar um grupo comunitaacuterio de controle e combate ao mosquito

Aedes Aegypti

Despertar na comunidade adscrita da Unidade de Sauacutede Santos Dumont uma

visatildeo criacutetica sobre os novos processos de sauacutede e doenccedila com a priorizaccedilatildeo

de accedilotildees educativas

Descrever os passos de uma proposta de intervenccedilatildeo e acompanhamento de

resultados com ecircnfase em educaccedilatildeo e sauacutede com vista na reduccedilatildeo dos focos

do vetor transmissor da dengue

23

4 BASES CONCEITUAIS

41 Aspectos Gerais da Doenccedila

A dengue eacute atualmente a mais importante arbovirose que acomete o ser

humano no continente americano distribuiacuteda segundo Ferreira et al (2009) desde o

Uruguai ateacute a costa sul dos Estados Unidos abrangendo principalmente Venezuela

Cuba Brasil e Paraguai contaminando cerca de mais de 3 bilhotildees de pessoas em

todo mundo

Segundo Penna (2003) embora o vetor Aedes Aegypti natildeo seja natural das

Ameacutericas encontrou aqui um ambiente favoraacutevel agrave sua multiplicaccedilatildeo Introduzido no

Brasil possivelmente pela Aacutefrica em meados do seacuteculo XIX invadiu o paiacutes e se

expandiu para todo o territoacuterio nacional

Segundo Penna (2003) o vetor chegou a ser erradicado de 1967 a 1973 pelo

meacutetodo de aplicaccedilatildeo de inseticida de accedilatildeo residual que prevalecia por ateacute seis

meses a aplicaccedilatildeo se deu em depoacutesitos que continham ou natildeo aacutegua parada e

tambeacutem ateacute um metro dos potenciais focos do mosquito Atualmente com os

grandes aglomerados urbanos e com a infestaccedilatildeo em todo continente americano a

erradicaccedilatildeo do mosquito natildeo eacute mais viaacutevel por isso o Ministeacuterio da Sauacutede em

parceria com Organizaccedilatildeo Pan-americana da Sauacutede (OPAS) aderiu o ldquoPlano de

Intensificaccedilatildeo das Accedilotildees de Controle da Denguerdquo (PIACD) que trabalha com a

universalidade regional sincronicidade e continuidade das accedilotildees e natildeo na

erradicaccedilatildeo (FERREIRA et al 2009 p 963)

Valente et al (2012) Giratildeo et al (2014) salientam que eacute de fundamental

importacircncia entender que as atuais estrateacutegias de controle vetorial onde haacute

responsabilizaccedilatildeo dos cidadatildeos e eliminaccedilatildeo focal parecem natildeo ter mais efeito

efetivo no combate ao mosquito Aedes Aegypti Diante das seguidas epidemias haacute

necessidade de uma abordagem mais ampla do problema com a participaccedilatildeo efetiva

de toda populaccedilatildeo e de todos os setores da sociedade ldquoenfocando a determinaccedilatildeo

social do processo sauacutede-doenccedila e a transdisciplinalidade das accedilotildeesrdquo (VALENTE et

al 2012 p 2988)

No Brasil segundo Ferreira et al (2009) as condiccedilotildees socioambientais a

falta de saneamento a ausecircncia da coleta seletiva de lixo a maacute distribuiccedilatildeo de

24

renda e a baixa escolaridade criaram um ambiente muito favoraacutevel agrave multiplicaccedilatildeo

do vetor Aedes Aegypti

42 Etiologia

Segundo Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2002) a Dengue eacute uma doenccedila febril

que em sua forma claacutessica apresenta como sinais cliacutenicos dores musculares e nas

articulaccedilotildees cefaleia e dor retro-orbitaacuteria vocircmitos e diarreia Para Almeida et al

(2008) a dengue eacute uma doenccedila de curso que varia de forma benigna a grave pode

apresentar a forma claacutessica a forma hemorraacutegica e o choque sendo que esta uacuteltima

pode levar ao oacutebito

No Brasil segundo a Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz (BRASIL 2008) satildeo

encontrados dois vetores da doenccedila o Aedes aegypti e Aedes albopictus A

transmissatildeo ocorre quando uma fecircmea do inseto pica uma pessoa portadora do

viacuterus e esta passa por periacuteodo de incubaccedilatildeo e logo apoacutes 10 a 14 dias a fecircmea estaacute

apta a transmitir o viacuterus por toda vida em meacutedia vive em torno de 35 a 40 dias

43 Aspectos Epidemioloacutegicos

Segundo Gonccedilalves Neto et al (2006) a dengue eacute considerada como a mais

importante arbovirose transmitida por insetos das uacuteltimas deacutecadas atinge a cada

ano um maior contingente de pessoas com o vetor aparecendo em mais de 100

paiacuteses de clima tropical e subtropical

Em face dessa realidade Ferreira Veras e Silva (2009) salientam que as

sucessivas epidemias de dengue no mundo especialmente no Brasil tecircm

mobilizado e preocupado autoridades e a populaccedilatildeo em geral No estado de Satildeo

Paulo houve um grande aumento dos quadros de dengue hemorraacutegica Cerca de

80 dos municiacutepios paulistas estatildeo totalmente infestados pelo mosquito aedes

aegypti Os motivos pelo quais a sua populaccedilatildeo aumenta significativamente

pontuam os autores satildeo a dificuldade em utilizaccedilatildeo de inseticidas a contrataccedilatildeo de

matildeo de obra qualificada a precaacuteria coleta de lixo especialmente nas grandes

cidades e nas suas regiotildees perifeacutericas aleacutem de fatores como o clima criando o

ambiente cada vez mais favoraacutevel agrave reproduccedilatildeo do mosquito

25

Segundo Mayo et al (2011) em estudo semelhante salienta que a

populaccedilatildeo brasileira vem sofrendo com seguidas epidemias de dengue haacute mais de

duas deacutecadas os autores seguem chamando a atenccedilatildeo para o progressivo aumento

de nuacutemero de casos com complicaccedilotildees seguindo a mesma loacutegica um nuacutemero

maior de municiacutepios vem sofrendo com o aparecimento e o aumento de casos de

dengue hemorraacutegica e o aumento dos oacutebitos por complicaccedilotildees da dengue

Havendo a predominacircncia de tais caracteriacutesticas a dengue tem levado ao alto

nuacutemero de oacutebitos Segundo Figueiroacute et al (2011) isso estaacute associado ainda agrave

imensa massa da populaccedilatildeo exposta Contudo salientam os autores que a doenccedila

tem se tornado um dos problemas de sauacutede reemergentes mais importantes da

histoacuteria Estima-se que 25 bilhotildees de pessoas estatildeo em risco de contrair a doenccedila

ainda que por ano satildeo 50 milhotildees de novos casos Destes cerca 550 mil necessitam

de hospitalizaccedilatildeo e pelo menos 20 mil evoluem para oacutebito Dados epidemioloacutegicos

do Ministeacuterio da Sauacutede tem apontado segundo Figueiro et al (2011) um crescente

aumento dos casos de Febre Hemorraacutegica por Dengue (FHD) e em uma deacutecada a

taxa de letalidade atingiu 68 destacando-se a regiatildeo nordeste com maior iacutendice

de casos entre 1981 a 2007

Contudo salientam Giratildeo et al (2014) que devido agrave adaptaccedilatildeo muito

acentuada do vetor nos peridomiciacutelios e domiciacutelios corroborando estudos da

Secretaria Municipal de Sauacutede de Divinoacutepolis (2014) apontaram que 9415 dos

focos de dengue estatildeo dentro das residecircncias sendo assim a participaccedilatildeo do

cidadatildeo no controle eacute de suma importacircncia no controle da doenccedila

Segundo dados do Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2014) em Minas Gerais a

taxa de incidecircncia da doenccedila foi de foi 2856 casos para cada 100000 habitantes

os 45 oacutebitos indicam um aumento de 3333 casos fatais em relaccedilatildeo a 2013 que

teve um nuacutemero de casos maior Quanto ao tipo de viacuterus circulante verificou-se a

incidecircncia de DENV1 (882) seguido de DENV4 (115) DENV3 (03) e DENV2

(00)

Para implantar as accedilotildees de vigilacircncia em sauacutede o Ministeacuterio da Sauacutede

(BRASIL 2014) por meio da Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede repassou para os

estados e municiacutepios 30 do valor a ser gasto em todo ano de 2014 cerca de R$

3634 milhotildees No mecircs de dezembro de 2013 a fim de intensificar as accedilotildees de

combate agrave dengue no periacuteodo de maior incidecircncia foram fornecidos 100 mil kg de

larvicidas 227 mil litros de adulticida e 104 mil kits para diagnoacutestico

26

Segundo a Secretaria Municipal de Sauacutede (DIVINOacutePOLIS 2014) haacute em

atividade 94 agentes de sauacutede puacuteblicos efetivos e 14 contratados sendo a cidade eacute

dividida em setores De acordo com levantamento raacutepido do iacutendice de infestaccedilatildeo do

aedes aegypti realizado em marccedilo de 2014 obteve-se um percentual de infestaccedilatildeo

do mosquito de 37 nos domiciacutelios visitados em Divinoacutepolis que representam risco

meacutedio para epidemia Em outubro de 2014 o novo levantamento raacutepido do iacutendice de

infestaccedilatildeo apresentou um iacutendice de 09 preocupante visto que o valor muito estaacute

muito proacuteximo do tolerado pela Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede que eacute de 1 Aleacutem

disso as condiccedilotildees climaacuteticas nesse periacuteodo natildeo favorecem a proliferaccedilatildeo do

mosquito por isso pode-se considerar esse valor alto

Em face dos dados apresentados conforme afirmam Ferreira Veras e Silva

(2009) para o controle da dengue a participaccedilatildeo popular eacute indiscutivelmente

essencial visto que o vetor habita os domiciacutelios sendo assim todos tem condiccedilotildees

de colaborar fiscalizando suas moradias O PNCD destaca as accedilotildees educativas

como forma de preparar a comunidade para adoccedilatildeo de comportamentos que

protejam a sauacutede coletiva Ainda segundo os autores durante as epidemias haacute todo

um clamor da miacutedia e do poder puacuteblico no sentido de mobilizar a comunidade para o

controle da doenccedila poreacutem nos periacuteodos de menor incidecircncia esse apelo perde a

intensidade o tema acaba no esquecimento sendo apresentado somente no

proacuteximo periacuteodo de infestaccedilatildeo e transmissatildeo da doenccedila

Ferreira Veras e Silva (2009) em anaacutelise do iacutendice de participaccedilatildeo da

populaccedilatildeo de 16 municiacutepios paulistas detectaram que em mais da metade destes

municiacutepios a participaccedilatildeo era muito baixa em consequecircncia o nuacutemero de pessoas

que contraiacuteram a doenccedila era maior onde haacute menos participaccedilatildeo popular

A educaccedilatildeo permanente segundo Ribeiro Sousa e Arauacutejo (2007) visa

acelerar o processo de adesatildeo da populaccedilatildeo agraves medidas preventivas abordando as

questotildees que envolvem condiccedilotildees de sauacutede moradia saneamento baacutesico indo

aleacutem de accedilotildees pontuais e campanhistas que perdem forccedila nos periacuteodos de baixa

notificaccedilatildeo de casos Eacute preciso buscar parceiros na sociedade civil como nos meios

de comunicaccedilatildeo para divulgaccedilatildeo do enfrentamento da doenccedila o ano inteiro

27

44 Medidas Educativas

Giratildeo et al (2014) destacam que somente com a educaccedilatildeo em sauacutede eacute que

se pode despertar na comunidade uma autonomia para que a populaccedilatildeo se sinta

como uma parte do processo que passa pela prevenccedilatildeo cujo controle depende da

eliminaccedilatildeo dos focos do mosquito dentro dos domiciacutelios

Neste sentido Alves (2005) afirma que a educaccedilatildeo em sauacutede eacute uma

ferramenta capaz de produzir intermediada pelos profissionais de sauacutede uma

compreensatildeo nova do processo sauacutede doenccedila oferecendo agrave populaccedilatildeo subsiacutedios

para adoccedilatildeo de novos haacutebitos de vida com ecircnfase na promoccedilatildeo e prevenccedilatildeo de

situaccedilotildees que podem trazer prejuiacutezos agrave sua sauacutede

Segundo Figueiroacute et al (2011) a doenccedila atinge a cada ano um maior

contingente de pessoas Nesse sentido priorizando a reduccedilatildeo dos casos de dengue

e dengue grave o Ministeacuterio da Sauacutede implantou no paiacutes o Plano Nacional de

Controle da Dengue ndash PNCD O programa eacute gerido de forma tripartite ou seja com

a participaccedilatildeo das trecircs esferas de governos uniatildeo estados e municiacutepios

ldquocompreendendo accedilotildees operacionais de vigilacircncia integrada entomoloacutegica e sobre o

meio ambiente de assistecircncia aos pacientes de educaccedilatildeo em sauacutede comunicaccedilatildeo

e mobilizaccedilatildeo socialrdquo (FIGUEIROacute et al 2011 p 2374) O PNCD compreende ainda

o controle e avaliaccedilatildeo dos agentes comunitaacuterios de sauacutede - ACS entretanto

segundo dados epidemioloacutegicos haacute uma grande dificuldade na realizaccedilatildeo das accedilotildees

e no alcance dos resultados esperados devido agrave baixa participaccedilatildeo da populaccedilatildeo

Para Ferreira Veras e Silva (2009) de acordo com a OPAS uma das maiores

dificuldades das autoridades de sauacutede em articulaccedilatildeo das accedilotildees eacute a parceria com a

comunidade o PNCD tem como um dos eixos a participaccedilatildeo comunitaacuteria para

reduccedilatildeo dos criadouros domiciliares Segundo Ferreira Veras e Silva (2009) a

participaccedilatildeo popular no combate eacute fundamental e defendida pelos organismos

nacionais e internacionais Pode estar inserida a capacitaccedilatildeo da populaccedilatildeo na

promoccedilatildeo e prevenccedilatildeo com o objetivo da melhoria da comunidade tanto na sauacutede

individual quanto coletiva favorecendo a construccedilatildeo de um modelo de sauacutede

compartilhada No controle das epidemias especialmente da dengue cujo vetor vive

na maioria das vezes nas casas das pessoas o PNDC visa o desenvolvimento de

accedilotildees educativas que tem como objetivo a mudanccedila de comportamento das

pessoas na manutenccedilatildeo de um ambiente de vida saudaacutevel Contudo a criteriosa

28

tarefa de evitar epidemias vai muito aleacutem do setor de sauacutede consistem em um

conjunto de accedilotildees poliacuteticas teacutecnicas e sociais que inclui prioritariamente a

participaccedilatildeo popular aliada agrave vigilacircncia epidemioloacutegica

Segundo Gonccedilalves Neto et al (2006) as condiccedilotildees sanitaacuterias prejudicadas

ausecircncia de coleta seletiva de lixo ausecircncia de saneamento baacutesico e um

crescimento desordenado em aacutereas tropicais propiciou raacutepida adaptaccedilatildeo do vetor

nas residecircncias levando o aedes aegpyti aproveitar se dos criadouros

providenciados pelo proacuteprio homem para aumentar sua populaccedilatildeo Contudo salienta

o autor praticamente impossiacutevel desenvolver um trabalho de controle do vetor sem a

participaccedilatildeo da comunidade

Tais afirmaccedilotildees explicam a situaccedilatildeo da populaccedilatildeo adscrita da UBS Santos

Dumont onde ocorreu uma grande expansatildeo de domiciacutelios sem um planejamento

adequado deixando um grande nuacutemero de terrenos baldios uma ocupaccedilatildeo sem a

infraestrutura necessaacuteria falta da coleta seletiva de lixo saneamento baacutesico e

pavimentaccedilatildeo Soma-se a isso a deficiecircncia do Estado em garantir uma coleta de

lixo eficiente deixando margem para a proliferaccedilatildeo da doenccedila

Segundo Almeida et al (2008) a adaptaccedilatildeo do mosquito aedes aegypti cuja

sobrevivecircncia depende de aacutegua parada ocorre principalmente nas aacutereas urbanas

em domiciacutelios e peridomiciacutelios Contudo o vetor eacute muito sensiacutevel agraves condiccedilotildees

ambientais poreacutem seus ovos resistem a longos periacuteodos de dissecaccedilatildeo o que

garante a perpetuaccedilatildeo da espeacutecie Com haacutebito diurno preferencialmente tem uma

especial atraccedilatildeo pelo sangue humano seu deslocamento eacute em meacutedia durante um

voo em condiccedilotildees normais de ambiente sem a interferecircncia de vento de cinquenta

metros portanto sua caracteriacutestica de habitar os domiciacutelios e peridomiciacutelios

permanecendo proacuteximo ao local de ldquopastordquo e postura dos ovos

Segundo Almeida et al (2008) com a ausecircncia de uma vacina eficaz capaz

de evitar a doenccedila a principal profilaxia tem sido o controle vetorial por meio de

identificaccedilatildeo dos focos e aplicaccedilatildeo de inseticidas de accedilatildeo residual para eliminaccedilatildeo

das larvas ou seja o combate focal

Contudo afirmam Almeida et al (2008) o conhecimento do dinamismo do

periacuteodo de maior transmissibilidade e latecircncia tem permitido a organizaccedilatildeo de accedilotildees

mais ou menos acentuadas dependendo do momento da epidemia e das condiccedilotildees

climaacuteticas A presenccedila do vetor em variadas partes das cidades jaacute foi identificada por

meio de estudos o que comprova que a doenccedila natildeo atinge somente uma classe

29

social Quanto agrave diminuiccedilatildeo dos casos dentro de um contexto epidemioloacutegico trecircs

fatores tecircm um papel muito importante as condiccedilotildees climaacuteticas desfavoraacuteveis agrave

viabilidade do vetor esgotamento de hospedeiros susceptiacuteveis e o controle quiacutemico

do vetor

45 Controle

Segundo Mayo et al (2011) existem duas formas de atuaccedilatildeo no controle da

doenccedila o bloqueio e o controle de criadouros Estas medidas tecircm por objetivo a

reduccedilatildeo dos criadouros na aacuterea de atuaccedilatildeo dos agentes de sauacutede o controle por

bloqueio e nebulizaccedilatildeo ocorre agrave aplicaccedilatildeo de inseticida com aplicadores Ultra Baixo

Volume - UBV A atuaccedilatildeo nesse tipo de trabalho em relaccedilatildeo ao feito pelo municiacutepio

diz respeito agrave qualidade do serviccedilo realizado bem como a agilidade na realizaccedilatildeo da

tarefa e o grande alcance da aacuterea coberta e o tipo de equipamento empregado

Para realizaccedilatildeo das tarefas o meacutetodo segue o preconizado pelo PNCD divide

as cidades em aacutereas setores e quarteirotildees Segundo Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL

2001) o bloqueio consiste em parar a transmissatildeo da dengue em municiacutepios com

epidemia instalada e tem como objetivo ainda a identificaccedilatildeo do sorotipo de viacuterus

circulante a aplicaccedilatildeo do UBV sem prejuiacutezo do controle larvaacuterio Quanto agrave

delimitaccedilatildeo de um foco isolado nos casos onde natildeo haacute infestaccedilatildeo deveratildeo ser

tratados todos os imoacuteveis no raio de 300 metros do entorno do local

Na fase de ataque segundo Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2001) deveraacute ser

tratado 100 dos imoacuteveis aleacutem de pontos estrateacutegicos terrenos baldios das zonas

infestadas e todos os potenciais focos devem ser eliminados Na fase de

consolidaccedilatildeo o objetivo eacute a erradicaccedilatildeo do mosquito satildeo desenvolvidas vaacuterias

accedilotildees semelhantes agrave fase de ataque com exceccedilatildeo do tratamento de focos Na fase

de manutenccedilatildeo satildeo visitadas todas as aacutereas positivas e negativas mesmo onde o

vetor foi erradicado as medidas satildeo o uso de armadilhas de oviposiccedilatildeo e inspeccedilotildees

de pontos estrateacutegicos

46 Atuaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Baacutesica no Controle da Dengue

As atividades de controle devem ter uma sinergia com todos os setores

envolvidos no tocante a vigilacircncia epidemioloacutegica haacute necessidade de manter a

30

vistoria em imoacuteveis terrenos depoacutesitos oficinas entre outros locais Teixeira et al

(2010) verificaram que os domiciacutelios com terrenos baldios no entorno apresentaram

maior concentraccedilatildeo da doenccedila

Lima e Vilasboas (2011) salientam que a sauacutede eacute um direito e a maneira que

o Estado tem de garantir esse direito eacute por meio de poliacuteticas puacuteblicas de proteccedilatildeo

prevenccedilatildeo e recuperaccedilatildeo de agravos a simples ausecircncia de doenccedila natildeo pode ser

considerada um conceito de sauacutede visto que as condiccedilotildees sociais de saneamento

baacutesico meio ambiente educaccedilatildeo moradia e renda satildeo fatores determinantes no

processo de adoecimento de um povo A sauacutede deve ser pensada no contexto

ampliado com integraccedilatildeo formando uma rede interssetorial na perspectiva de troca

de ajuda muacutetua na troca de experiecircncias com uma construccedilatildeo muacutetua de saberes

facilitando a resoluccedilatildeo dos problemas enfrentados

Para Lima e Vilasboas (2011) a interssetorialidade pode ser um facilitador

para construccedilatildeo de um sistema de sauacutede efetivo contudo aliado a poliacuteticas puacuteblicas

que possam contribuir para ganho na melhoria da qualidade de vida das pessoas A

interssetorialidade extrapola os limites do poder estatal e envolve a sociedade nas

decisotildees poliacuteticas evita a subordinaccedilatildeo de um setor a outro e diminui as resistecircncias

de alguns membros

Segundo Lefegravevre et al (2007) a populaccedilatildeo tem informaccedilotildees sobre a doenccedila

e do ciclo de vida do transmissor poreacutem esse conhecimento ainda natildeo eacute capaz de

produzir nas pessoas atitudes e comportamento para impedir ou reduzir os

criadouros do mosquito A probabilidade eacute que esse conhecimento vindo de origem

externa fragmentado ou pouco organizado configure um conflito entre o saber

sanitaacuterio e o senso comum Ainda segundo o autor o programa educativo tem sido

aplicado haacute muitos anos mas ateacute hoje ainda natildeo obteve o resultado esperado

contudo haacute necessidade de aprofundar neste contexto para identificar onde estatildeo as

falhas para que possa realmente ter uma populaccedilatildeo engajada no controle do vetor

Para a populaccedilatildeo segundo Lefegravevre et al (2007) haacute uma relaccedilatildeo entre sujo

que seria a doenccedila e limpo que seria a sauacutede levando a ideacuteia equivocada que o lixo

eacute o uacutenico meio de procriaccedilatildeo do mosquito Neste sentido haacute uma sinalizaccedilatildeo para

que o poder puacuteblico perceba a necessidade de informar educar e comunicar

Informar no que diz respeito aos constantes dados epidemioloacutegicos sobre a doenccedila

no Paiacutes no Estado e na sua Comunidade no sentido de incentivar a participaccedilatildeo

popular no controle da doenccedila Educar esclarecendo a forma de transmissibilidade

31

da doenccedila estabelecendo um diaacutelogo de faacutecil entendimento na loacutegica sanitaacuteria sem

confrontar o senso comum buscando construir um relacionamento entre o teacutecnico e

o cidadatildeo e agrave adoccedilatildeo de alternativas na reduccedilatildeo das viacutetimas da dengue

Neste sentido a ESF tem papel fundamental no desenvolvimento de accedilotildees de

prevenccedilatildeo e controle da dengue considerando a relaccedilatildeo de confianccedila que a

populaccedilatildeo manteacutem com a equipe de sauacutede da famiacutelia possibilitando o contato com

o ambiente domeacutestico por meio dos ACSs promovendo um ambiente seguro e livre

do Aedes aegypti (BRASIL 2002) A ESF pode ainda promover accedilotildees educativas

com a populaccedilatildeo mobilizando-a para adotar accedilotildees preventivas realizando tambeacutem a

notificaccedilatildeo imediata dos casos suspeitos possibilitando as medidas tratamento

adequado agraves situaccedilotildees de dengue claacutessica e dengue grave reduzindo os casos

letais e possibilitando o bloqueio dos focos pela vigilacircncia epidemioloacutegica

32

5 PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO

O diagnoacutestico situacional foi realizado com base nas informaccedilotildees contidas em

dados oficiais do IBGE do Sistema Integrado de Sauacutede e embasado no relato dos

problemas levantados pela Equipe de Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia da UBS

Santos Dumont

Foi utilizado o Planejamento Estrateacutegico Situacional ndash PES como referecircncia

para a proposta de intervenccedilatildeo Este meacutetodo possibilita que os atores atraveacutes de

sua proacutepria visatildeo identifiquem as causas possiacuteveis dos problemas como nascem e

se desenvolvem A partir deste ponto de vista podem propor soluccedilotildees para atacar

suas causas e a viabilidade destas soluccedilotildees (CAMPOS FARIA SANTOS 2010)

Assim a partir do diagnoacutestico situacional os 10 passos segundo os autores

mencionados e suas atividades satildeo descritas a seguir

51 Primeiro Passo Definiccedilatildeo dos Problemas

Hipertensatildeo Arterial

Diabetes

Drogas

Gravidez na Adolescecircncia

Dengue

Transtorno Depressivo

Doenccedilas Sexualmente Transmissiacuteveis AIDS

Falta de Saneamento Baacutesico

52 Segundo Passo Priorizaccedilatildeo dos Problemas

Dengue

Falta de Saneamento Baacutesico

53 Terceiro Passo Descriccedilatildeo do Problema Selecionado

Segundo o Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2002) o nosso paiacutes eacute

predominantemente de clima tropical e este eacute um ambiente favoraacutevel agrave proliferaccedilatildeo

do mosquito aedes aegypti principal transmissor da dengue em nosso continente A

33

doenccedila eacute a uma arbovirose transmitida por um artroacutepode que pode apresentar-se

de forma benigna claacutessica ou grave na forma de febre hemorraacutegica

Durante o ano de 2014 segundo o Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2014) mais

meio milhatildeo de casos da doenccedila (591080) 528 soacute na regiatildeo Sudeste em Minas

Gerais foram 59222 com 45 oacutebitos confirmados em Divinoacutepolis segundo a

Secretaria Municipal de Sauacutede (2014) ocorreram 4680 notificaccedilotildees de casos da

doenccedila e confirmados 4139 casos de dengue com 06 oacutebitos sendo que os bairros

Nossa Senhora das Graccedilas Centro Satildeo Joseacute Interlagos Niteroacutei Porto Velho

Planalto Santos Dumont Belvedere e Bom Pastor foram responsaacuteveis por 3027

dos casos de dengue da cidade

Ferreira et al (2009) Lima e Vilasboas (2011) chamam a atenccedilatildeo para a falta

de saneamento baacutesico como um fator agravante que pode elevar a multiplicaccedilatildeo do

vetor da doenccedila Para Gonccedilalves Neto et al (2006) as condiccedilotildees sanitaacuterias

prejudicadas o crescimento desordenado levaram agrave raacutepida adaptaccedilatildeo do vetor agraves

residecircncias causando a disseminaccedilatildeo do viacuterus Tais situaccedilotildees satildeo rotineiras na

populaccedilatildeo adscrita da UBS Santos Dumont

54 Quarto passo Explicaccedilatildeo do Problema

A explicaccedilatildeo para o problema selecionado foi qualificado do ponto de vista

social coletivo e individual

Niacutevel Social Refere-se agrave ausecircncia de poliacuteticas puacuteblicas para melhoria de qualidade

de vida da populaccedilatildeo que convive com a ausecircncia de saneamento baacutesico esgoto a

ceacuteu aberto falta de coleta seletiva e lixo acumulado nas ruas e terrenos baldios

Niacutevel Coletivo Falta de consciecircncia da gravidade da doenccedila que pode acometer a

qualquer pessoa e todas as faixas etaacuterias falta de colaboraccedilatildeo entre os vizinhos que

sempre potildeem a culpa das maacutes condiccedilotildees uns nos outros mas ningueacutem assume a

responsabilidade pelo seu quintal

Niacutevel Individual Falta de compromisso pois segundo dados da SEMUSA

(DIVINOacutePOLIS 2014) 9415 dos focos de Dengue estatildeo dentro das residecircncias

esses focos foram identificados em vasilhas de aacutegua para cachorro galinha calhas

mal projetadas e caixas drsquoaacutegua sem tampa

55 Quinto Passo Seleccedilatildeo dos ldquoNoacutes Criacuteticosrdquo

34

Foram selecionados os seguintes ldquonoacutes criacuteticosrdquo que podem ter relaccedilatildeo direta com o

alto nuacutemero de casos de dengue

Lixo nas ruas falta de conscientizaccedilatildeo da populaccedilatildeo para evitar descarte

incorreto de lixo nas ruas e terrenos baldios

Responsabilizaccedilatildeo do outro falta agrave comunidade assumir que o problema da

dengue natildeo eacute do meu vizinho mas eacute de todos

Lotes sujos falta cobranccedila por parte do poder puacuteblico aos proprietaacuterios de

terrenos vazios que mantenham os lotes limpos e conservados

56 Sexto Passo Desenho de Operaccedilotildees para os ldquoNoacutes Criacuteticosrdquo do Problema

Como soluccedilatildeo dos ldquonoacutes criacuteticosrdquo foram apresentadas as seguintes propostas

contidas no Quadro 6 a seguir

Quadro 6 ndash Desenho das Operaccedilotildees para os Noacutes Criacuteticos Selecionados

ldquoNoacute

Criacuteticordquo

Operaccedilatildeo

Projeto

Resultados

Esperados

Produtos

Esperados

Recursos

Necessaacuterios

Lixo nas ruas Reeducaccedilatildeo conscientizaccedilatildeo ambiental

Ausecircncia de lixo nas ruas e lotes vazios

Bairro limpo sem dengue

Datashow e computador

Responsabiliza ccedilatildeo do outro

Conscientizaccedilatildeo

sobre sauacutede

coletiva

Que todos

unidos com

objetivo de

diminuir os

casos de

dengue

Reduccedilatildeo da

doenccedila

Datashow e computador Panfletos informativos

Lotes sujos Limpeza de

lotes e terrenos

Lotes limpos

e sem focos

da dengue

Diminuiccedilatildeo

do nuacutemero do

mosquito

transmissor

da dengue

Palestras sobre

conservaccedilatildeo

dos terrenos e

lotes vazios

Fiscalizaccedilatildeo da

prefeitura

57 Seacutetimo Passo Identificaccedilatildeo dos Recursos Criacuteticos

35

Para iniacutecio das operaccedilotildees foram apresentados os recursos necessaacuterios e

indispensaacuteveis para o sucesso do processo

Quadro 7 ndash Identificaccedilatildeo dos Recursos Criacuteticos

Operaccedilatildeo

Projeto

Recursos Criacuteticos

Controle dos recursos criacuteticos

Accedilatildeo estrateacutegica

Ator que controla

Motivaccedilatildeo

ldquoMutiratildeo da

limpezardquo

realizar um dia

por mecircs para

limpeza em

parceria com a

populaccedilatildeo

Poliacutetico Veiculo e pessoal para limpeza das ruas

Empresa Municipal de Obras Puacuteblicas

Evitar que lixo se acumule nas ruas

Criaccedilatildeo do dia da limpeza e apresentaccedilatildeo da administraccedilatildeo para apreciaccedilatildeo

ldquoFora Denguerdquo Intensificaccedilatildeo das accedilotildees educativas nas escolas e nos grupos e associaccedilatildeo de bairro

Poliacutetico Articulaccedilatildeo interssetorial Financeiro Disponibilizaccedilatildeo de material informativo

Secretaria Municipal de Sauacutede Secretaria Municipal de Educaccedilatildeo Associaccedilatildeo de bairros

Despertar na comunidade a consciecircncia de sauacutede coletiva

Despertar nos discentes e na comunidade o desejo de erradicar os focos da dengue

ldquoMapeamento

dos lotes sujosrdquo

Realizar o

mapeamento

dos terrenos

sujos

Poliacutetico Notificar os

proprietaacuterios para limpeza do

terreno Financeiro

Recurso para impressatildeo das

notificaccedilotildees

Secretaria Municipal de

Sauacutede

Evitar que as pessoas joguem lixo e entulho em lotes vagos

Conservaccedilatildeo e limpeza dos lotes vazios

58 Oitavo Passo Anaacutelise de Viabilidade do Plano

A proposta a seguir (Quadro 3) apresenta a motivaccedilatildeo para a viabilidade do plano

visto que alguns dos recursos necessaacuterios fogem agrave governabilidade da ESF

36

Quadro 8 ndash Viabilidade do Plano

Operaccedilatildeo

Projeto

Recursos Criacuteticos

Controle dos recursos criacuteticos

Accedilatildeo estrateacutegica

Ator que controla

Motivaccedilatildeo

ldquoMutiratildeo da

limpezardquo

realizar um dia

por mecircs para

limpeza em

parceria com a

populaccedilatildeo

Poliacutetico Veiculo e pessoal para limpeza das ruas

Empresa Municipal de Obras Puacuteblicas

Favoraacutevel Criaccedilatildeo do dia da limpeza e apresentaccedilatildeo agrave administraccedilatildeo para apreciaccedilatildeo

ldquoFora Denguerdquo Intensificaccedilatildeo das accedilotildees educativas nas escolas e nos grupos e associaccedilatildeo de bairro

Poliacutetico Articulaccedilatildeo interssetorial Financeiro Disponibilizaccedilatildeo de material informativo

Secretaria Municipal de Sauacutede Secretaria Municipal de Educaccedilatildeo Associaccedilatildeo de bairros

Favoraacutevel

Despertar nos escolares e na comunidade o desejo de erradicar os focos da dengue

ldquoMapeamento

dos lotes sujosrdquo

Realizar o

mapeamento

dos terrenos

sujos

Poliacutetico Notificar os

proprietaacuterios para limpeza do

terreno Financeiro

Recurso para impressatildeo das

notificaccedilotildees

Secretaria Municipal de

Sauacutede

Indiferente

Conservaccedilatildeo e limpeza dos lotes vazios

37

59 Nono Passo Elaboraccedilatildeo do Plano Operativo

A proposta a seguir no Quadro 9 identifica os atores envolvidos lhes atribuiacutedo

responsabilidades e prazos a cumprir

Quadro 9 ndash Plano Operativo

Operaccedilotildees Resultados Accedilotildees Estrateacutegicas

Responsaacutevel Prazo

ldquoMutiratildeo da limpezardquo realizar um dia por mecircs para limpeza em parceria com a populaccedilatildeo

Limpeza das ruas

e quintais

Coleta de lixo

das ruas Incentivo a limpeza de

lotes e quintais

Equipe de ACS

Durante todo ano

ldquoFora Denguerdquo Intensificaccedilatildeo das accedilotildees educativas nas escolas e nos grupos e associaccedilatildeo de bairro

Uma comunidade

consciente das suas

responsabilidades

Insistir e reforccedilar com

accedilotildees educativas para que

populaccedilatildeo mantenha as ruas limpas e coloque o lixo

para ser recolhido

Enfermeiro ESF

Durante todo o ano

ldquoMapeamento dos lotes

sujosrdquo Realizar o

mapeamento dos terrenos

sujos

Identificar os focos e eliminaacute-

los

Criaccedilatildeo de um mapa onde ocorreram focos do mosquito

ACS e

Enfermeiro

Trecircs meses

510 Deacutecimo Passo Gestatildeo do Plano

Com a gestatildeo do plano eacute possiacutevel aos responsaacuteveis acompanhar e monitorar as

accedilotildees avaliando e sempre que necessaacuterio readequando as eventuais falhas do

processo

38

Quadro 10ndash Gestatildeo do Plano

Produtos Responsaacutevel Prazo Situaccedilatildeo Atual

Justificativa Novo Prazo

ldquoMutiratildeo da

limpezardquo

realizar um

dia por mecircs

para limpeza

em parceria

com a

populaccedilatildeo

Enfermeiro da ESF

Inicio imediatamente

(logo apoacutes apresentaccedilatildeo

do projeto)

ldquoFora Denguerdquo Intensificaccedilatildeo das accedilotildees educativas nas escolas e nos grupos e associaccedilatildeo de bairro

Enfermeiro Provab

Durante todo ano

ldquoMapeamento

dos lotes

sujosrdquo

Realizar o

mapeamento

dos terrenos

sujos

ECS e Equipe

de Epidemiologia

Um mecircs para

inicio das atividades

Aleacutem dos 10 passos do Planejamento Estrateacutegico Situacional optei por incluir outros

02 passos que tecircm a finalidade de contribuir para o processo de avaliaccedilatildeo da

Proposta de Intervenccedilatildeo Estatildeo contidos nos itens 511 e 512 a seguir

511 Avaliaccedilatildeo dos Resultados

O instrumento para avaliaccedilatildeo seraacute o Sistema de Informaccedilotildees de Agravos de

Notificaccedilatildeo ndash SINAN

ldquoque tem por objetivo o registro e processamento dos dados sobre agravos

de notificaccedilatildeo em todo o territoacuterio nacional fornecendo informaccedilotildees para

anaacutelise do perfil da morbidade e contribuindo desta forma para a tomada

de decisotildees em niacutevel municipal estadual e federalrdquo (IBGE 2014)

39

Segundo Moraes e Duarte (2009) o SINAN tem sido principal fonte de dados

para coordenaccedilatildeo das accedilotildees de vigilacircncia epidemioloacutegica tanto no sentido de

controle da doenccedila quando como fonte de pesquisa

512 Resultados Eesperados

O resultado esperado eacute

Estabelecer a construccedilatildeo de conhecimento que favoreccedila o autocuidado e a

capacidade de emancipaccedilatildeo da comunidade criando um ambiente seguro com

ecircnfase na educaccedilatildeo e sauacutede com vistas agrave reduccedilatildeo dos casos de dengue na

populaccedilatildeo adscrita da UBS Santos Dumont

40

6 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

O Programa de Valorizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Baacutesica (PROVAB) abriu muitos

caminhos para um horizonte promissor no desenvolvimento da promoccedilatildeo da sauacutede

e da prevenccedilatildeo no campo de atuaccedilatildeo do Programa Sauacutede na Escola criando um

viacutenculo de amizade e confianccedila uma verdadeira parceria com os alunos essencial

na construccedilatildeo de uma sociedade consciente e capaz de cuidar da sua sauacutede de

maneira preventiva loacutegica essa defendida pelo Sistema Uacutenico de Sauacutede

Para noacutes enfermeiros eacute oportunidade de ampliar o horizonte de atuaccedilatildeo

ensinando e aprendendo com o comportamento das crianccedilas dos adolescentes e

jovens vendo de maneira impar o grande desafio da educaccedilatildeo em formar cidadatildeos

com mais sauacutede Como gratificaccedilatildeo recebemos o reconhecimento dos alunos

professores e diretores algo que fica marcado para sempre na formaccedilatildeo do

profissional os laccedilos de confianccedila amizade e reconhecimento satildeo a maior

recompensa e certeza de missatildeo cumprida

Como a Equipe de Sauacutede da Famiacutelia tem como principal objetivo trabalhar na

prevenccedilatildeo de doenccedilas e agravos criando viacutenculos com a clientela a missatildeo de

promover a emancipaccedilatildeo de seus usuaacuterios com ecircnfase no autocuidado exige de

noacutes muita articulaccedilatildeo e intensificaccedilatildeo de accedilotildees educativas Especificamente no caso

da dengue o cumprimento desta missatildeo pode evitar que as constantes epidemias

se tornem parte do cotidiano das pessoas auxiliando os moradores da comunidade

na adoccedilatildeo de medidas responsaacuteveis que visem o cuidado com a sua sauacutede e da

sauacutede da comunidade

Neste sentido a educaccedilatildeo em sauacutede desempenha um papel importante em

manter a comunidade sempre vigilante e em alerta pois o perigo eacute eminente e vive

dentro dos lares das pessoas esperando apenas o momento oportuno e condiccedilotildees

favoraacuteveis para transmitir a dengue

O trabalho dos agentes de controle de endemias e da ESF deve ser

constante focado na eliminaccedilatildeo dos criadouros do mosquito transmissor da dengue

A comunidade deve colaborar com livre acesso dos agentes agraves residecircncias na

colaboraccedilatildeo para eliminaccedilatildeo dos focos nos domiciacutelios e peridomiciacutelios e

multiplicaccedilatildeo das informaccedilotildees sobre o ciclo de vida do vetor entre os vizinhos

amigos e parentes informando que todos estatildeo expostos agrave doenccedila e a mudanccedila de

comportamento pode diminuir os riscos de contrair a dengue

41

Ao poder puacuteblico eacute necessaacuterio adotar um planejamento adequado para

garantir aos cidadatildeos a infraestrutura miacutenima necessaacuteria para viver em comunidade

serviccedilos essenciais como saneamento coleta de lixo e mobilidade que favorecem a

criaccedilatildeo de um ambiente seguro com sauacutede e qualidade de vida

42

REFEREcircNCIAS

ALMEIDA M CM et al Dinacircmica intra-urbana das epidemias de dengue em Belo Horizonte Minas Gerais Brasil 1996-2002 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2008 vol24 n10 pp 2385-2395 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv24n1019pdf Acesso em 02 de out de 2014 ALVES V S A Um modelo de educaccedilatildeo em sauacutede para o Programa Sauacutede da Famiacutelia pela integralidade da atenccedilatildeo e reorientaccedilatildeo do modelo assistencial Interface - Comunic Sauacutede Educ v9 n16 p39-52 set2004fev2005 Disponiacutevel em httpswwwnesconmedicinaufmgbrbibliotecaimagem0303pdf Acesso de jun de 2014 BACKES DS et al (2012) O papel profissional do enfermeiro no Sistema Uacutenico de Sauacutede da sauacutede comunitaacuteria agrave estrateacutegia de sauacutede da famiacutelia Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva

17(1)223-230 2012 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcscv17n1a24v17n1pdf Acesso em 12 de jan 2015 BRASIL Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sauacutede Consulta Estabelecimento - Modulo Profissional - Profissional por Estabelecimento Disponiacutevel em httpcnesdatasusgovbrMod_ProfissionalaspVCo_Unidade=3122302159651 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Cadernos de Informaccedilotildees de Sauacutede Minas Gerais DATASUS TABNET (2010) Disponiacutevel em httptabnetdatasusgovbrtabdatacadernosmghtm Acesso em16 de maio de 2014 BRASIL Dengue - instruccedilotildees para pessoal de combate ao vetor Manual de Normas teacutecnicas - 3 ed rev - Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede 2001 84 p il 30 cm Disponiacutevel em httpbvsmssaudegovbrbvspublicacoesfunasaman_denguepdf acesso em 15 de out de 2014 BRASIL Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz Vetor da dengue na Aacutesia A albopictus eacute alvo de estudos Publicada em 18122008 agraves 1249 Disponiacutevel em httpwwwfiocruzbrioccgicgiluaexesysstarthtminfoid=576ampsid=32amptpl=printerview Acesso em 12 de jan de 2015 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Censo demograacutefico 2010 sinopse Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=1ampsearch=minas-gerais|divinopolis|censo-demografico-2010-sinopse- Acesso em 15 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Divinoacutepolis morbidades hospitalares ndash 2012 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=114ampsearch=minas-gerais|divinopolis|morbidades-hospitalares-2012 Acesso em 12 de maio de 2014

43

BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estaacutetica Divisatildeo Territorial do Brasil e Limites Territoriais Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE) (1 de julho de 2008) Disponiacutevel em httpwwwibgegovbrhomegeocienciascartografiadefault_dtb_intshtm Acesso em16 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Ensino - matriacuteculas docentes e rede escolar ndash 2012 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=117ampsearch=minas-gerais|divinopolis|ensino-matriculas-docentes-e-rede-escolar-2012 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estaacutetica Histoacuterico do Municiacutepio disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrpainelhistoricophplang=ampcodmun=312230ampsearch=minas-gerais|divinopolis|infograficos-historico Acesso 10 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Informaccedilotildees completas Populaccedilatildeo em 2010 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrasperfilphplang=ampcodmun=312230 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Serviccedilos de sauacutede ndash 2009 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=5ampsearch=minas-gerais|divinopolis|servicos-de-saude-2009 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Sistema de informaccedilotildees de agravos de notificaccedilatildeo ndash SINAN Disponiacutevel em httpcesibgegovbrbase-de-dadosmetadadosministerio-da-saudesistema-de-informacoes-de-agravos-de-notificacao-sinan Acesso em 16 de Nov de 2014 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede Dengue aspectos epidemioloacutegicos diagnoacutestico e tratamento Ministeacuterio da Sauacutede Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede ndash Brasiacutelia Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede 2002 Disponiacutevel em httpbvsmssaudegovbrbvspublicacoesdengue_aspecto_epidemiologicos_diagnostico_tratamentopdf Acesso em 02 de out de 2014 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede FUNSA Programa Nacional de Combate a Dengue PNCD Disponiacutevel em httpbvsmssaudegovbrbvspublicacoespncd_2002pdf Acesso em 21 de jun de 2014 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portal Brasil Disponiacutevel em httpwwwbrasilgovbrsaude201311saude-libera-mais-de-r-360-mi-para-combate-a-dengue Acesso em 10 de Nov de 2014

44

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede Departamento de Vigilacircncia Epidemioloacutegica Diretrizes nacionais para prevenccedilatildeo e controle de epidemias de dengue Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede Departamento de Vigilacircncia Epidemioloacutegica ndash Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2009 160 p Disponiacutevel em httpwwwansgovbrportalimgemaildiretrizes_reimpressao_webpdf Acesso em 16 de Nov de 2014

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede (2014) Monitoramento dos casos de dengue e febre de chikungunya ateacute a Semana Epidemioloacutegica (SE) 53 de 2014 Dengue Boletim Epidemioloacutegico ISSN 2358-9450 Volume 46 Ndeg 3 ndash 2015 Disponiacutevel em httpportalsaudesaudegovbrimagespdf2015janeiro192015-002---BE-at---SE-53pdf Acesso em 22 mar de 2015 BRASILSINANONLINE e DVASVEASTSub VPSSES-MG (20122013) Disponiacutevel em httpwwwsaudemggovbrcomponentgmgstory6489-informe-epidemiologico-da-dengue-30-05-2014 Acesso em 08 de jun de 2014 CAMPOS FCC FARIA H P SANTOS MA Planejamento e avaliaccedilatildeo das accedilotildees em sauacutede Curso de Especializaccedilatildeo em Atenccedilatildeo Baacutesica em Sauacutede da Famiacutelia NESCONUFMG Curso de Especializaccedilatildeo em Atenccedilatildeo Baacutesica agrave Sauacutede da Famiacutelia 2ed Belo Horizonte NesconUFMG 2010 Disponiacutevel em lthttpswwwnesconmedicinaufmgbrbibliotecaregistroPlanejamento_e_avaliacao_das_acoes_de_saude_23gt Acesso em Dezembro 2014 DIVINOacutePOLIS Estatuto dos Conselhos Distritais de Sauacutede Conselho Municipal de Sauacutede 1998 DIVINOacutePOLIS Mapa da cidade Disponiacutevel em httpwwwdivinopolismggovbrportalpaginasgeograficosimagensmapadacidadepdf Acesso em 08 de jun de 2014 DIVINOPOLIS Secretaria Municipal de Sauacutede SEMUSA Sistema Integrado de Sauacutede Paciente Famiacutelia Acesso Local Acesso em 15 de maio de 2014 FERREIRA B J et al Evoluccedilatildeo histoacuterica dos programas de prevenccedilatildeo e controle da dengue no Brasil Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2009 vol14 n3 pp 961-972 ISSN 1413-8123 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcscv14n332pdf Acesso em 21 de jun de 2014 FERREIRA IT RN VERAS M A S M and SILVA RA Participaccedilatildeo da populaccedilatildeo no controle da dengue uma anaacutelise da sensibilidade dos planos de sauacutede de municiacutepios do Estado de Satildeo Paulo BrasilCad Sauacutede Puacuteblica [online] 2009 vol25 n12 pp 2683-2694 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielosporgpdfcspv25n1215pdf Acesso em 10 de out de 2014 FIGUEIREDO LT M OWA M A CARLUCCI R H and OLIVEIRA L de Estudo sobre o diagnoacutestico laboratorial e sintomas do dengue durante epidemia ocorrida na regiatildeo de Ribeiratildeo Preto SP Brasil Rev Inst Med trop S Paulo [online] 1992

45

vol34 n2 pp 121-130 ISSN 0036-4665 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfrimtspv34n2a07v34n2pdf Acesso em 13 ago de 2014 FIGUEIROacute AC et al Oacutebito por dengue como evento sentinela para avaliaccedilatildeo da qualidade da assistecircncia estudo de caso em dois municiacutepios da Regiatildeo Nordeste Brasil 2008 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2011 vol27 n12 pp 2373-2385 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv27n1209pdf Acesso em 12 de out de 2014 GIRAtildeO RV et al Educaccedilatildeo em sauacutede sobre a dengue contribuiccedilotildees para o desenvolvimento de competecircncias J res fundam care online 2014 janmar 6(1) 38-46 Disponiacutevel em httpwwwseeruniriobrindexphpcuidadofundamentalarticleview2659pdf_1043 Acesso em 21 de jun de 2014 GONCcedilALVES NETO V S et al Conhecimentos e atitudes da populaccedilatildeo sobre dengue no Municiacutepio de Satildeo Luiacutes Maranhatildeo Brasil 2004 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2006 vol22 n10 pp 2191-2200 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv22n1018pdf Acesso em 10 de out de 2014 LEFEVRE A MC et al Representaccedilotildees sobre dengue seu vetor e accedilotildees de controle por moradores do municiacutepio de Satildeo Sebastiatildeo litoral Norte do Estado de Satildeo Paulo Brasil Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2007 vol23 n7 pp 1696-1706 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv23n722pdf Acesso em 16 de out de 2014 LIMA E C VILASBOAS ALQ Implantaccedilatildeo das Accedilotildees Interssetoriais de Mobilizaccedilatildeo Social do Paraacute o Controle da dengue na Bahia Brasil Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2011 vol27 n8 pp 1507-1519 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv27n806pdf Acesso em 16 de out de 2014 MACHADO RM et al (2013) HISTORIA DA SAUacuteDE MENTAL DE DIVINOacutePOLIS-MG Revista de Enfermagem do Centro Oeste Mineiro 2013 maiago 3 (2) 752-760 httpwwwseerufsjedubrindexphprecomarticleview228439 Acesso em 08 de abr de 2015 MAYO R C et al BEPA - Boletim Epidemioloacutegico Paulista 8(88) 4-12 abr 2011 tab Graf Disponiacutevel em fileCUsersnoteDownloadsv8n88a0120(1)pdf Acesso em 12 de out de 2014 MINAS GERAIS Secretaria Estadual de Sauacutede Programa Estadual de Controle Permanente da Dengue SITUACcedilAtildeO ATUAL DA DENGUE EM MINAS GERAIS RESUMO INFORMATIVO - 15122014 Disponiacutevel em httpwwwsaudemggovbrimagesdocumentosAnaliseDengue15-12-2014pdf Acesso em 10 de jan de 2015 MINAS GERAIS Secretaria de Estado da Sauacutede de Minas Gerais Programa Sauacutede em Casa Disponiacutevel em httpwwwsaudemggovbrpoliacuteticas_de_saudeprograma-saude-em-casa Acesso em 10 de maio de 2014

46

MORAES GH and DUARTE E C Anaacutelise da concordacircncia dos dados de mortalidade por dengue em dois sistemas nacionais de informaccedilatildeo em sauacutede Brasil 2000-2005 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2009 vol25 n11 pp 2354-2364 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielosporgpdfcspv25n1106pdf Acesso em 29 de Nov de 2014 PENNA M L F Um desafio para a sauacutede puacuteblica brasileira o controle do dengue Cad Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro 19(1) 305-309 jan-fev 2003 Disponiacutevel em httpwwwscielosporgpdfcspv19n114932pdf Acesso em 21 de jun de 2014

PREFEITURA MUNICIPAL DE DIVINOacutePOLIS BALANCcedilO DA DENGUE Disponiacutevel em httpwwwdivinopolismggovbrportalnoticiaphpid=11507 Acesso em 19 jan de 2015

RIBEIRO P C SOUSA DC ARAUJO TME Perfil cliacutenico-epidemioloacutegico dos casos suspeitos de Dengue em um bairro da zona sul de Teresina PI Brasil Rev bras enferm [online] 2008 vol61 n2 pp 227-232 ISSN 0034-7167 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfrebenv61n2a13v61n2pdf Acesso em 28 de jul de 2014 VALENTE G SC et al Problematizaccedilatildeo Como Estrateacutegia de Educaccedilatildeo em Sauacutede no Combate a Dengue Um Relato de Experiecircncia R Pesq cuid Fundam Online 2012 outdez 4(4)2987-94 Disponiacutevel em httpwwwseeruniriobrindexphpcuidadofundamentalarticleview1888pdf_641 Acesso em 08 jun de 2014 TEIXEIRA LAS et al Persistecircncia dos sintomas de dengue em uma populaccedilatildeo de Uberaba Minas Gerais Brasil Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2010 vol26 n3 pp 624-630 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv26n319pdf Acesso em 16 de out de 2014

Page 14: PLANO DE AÇÃO NO COMBATE A DENGUE: EDUCAR PARA EVITAR · 2019-11-14 · The Divinopolis follows the same trend, with 4680 notifications and 4139 confirmed ... banhado pelas bacias

14

IBGE (BRASIL 2012) satildeo 27484 alunos matriculados no ensino fundamental 8211

no ensino meacutedio 4808 na preacute-escola Segundo o IBGE (BRASIL 2010) o iacutendice de

desenvolvimento humano ndash IDH ficou em 0764 acima da meacutedia nacional que eacute de

0730

12 Diagnoacutestico Situacional

121 Unidade Baacutesica de Sauacutede ndash Bairro Santos Dumont

A unidade baacutesica de sauacutede em que atuo estaacute localizada a Rua Liacuterios do Vale

141 Bairro Santos Dumont telefone (37) 32153674 local de faacutecil acesso com rua

pavimentada Funciona de 07h00min as 11h00min horas e de 13h00min as

17h00min horas de segunda a sexta-feira segundo o Cadastro Nacional de

Estabelecimentos de Sauacutede - CNES (BRASIL 2014)

Foto 1 - Unidade Baacutesica de Sauacutede Santos Dumont - Divinoacutepolis-MG 2014

Fonte httpswwwgooglecombrmapsplaceRua+JosC3A9+VenC3A2ncio+218+-+Aeroporto-20175673 448774553a75y16155h90tdata=3m41e13m21siLj6mpeG5CZyGTTQQ_cwTA2e04m23m11s0xa0a4e2a9c17ea50x429732233cce4192

A aacuterea de abrangecircncia da UBS Santos Dumont compreende a regiatildeo

sudoeste da cidade de Divinoacutepolis composta pelos bairros Santos Dumont Maria

Peccedilanha Quinta das Palmeiras Costa Azul e Terra Azul

15

Mapa 2 - Aacuterea de Abrangecircncia da UBS Santos Dumont ndash Divinoacutepolis-MG 2014

Fonte Prefeitura Municipal de Divinoacutepolis fileCUsersnoteDesktopmapadacidade20(1)20(1)pdf

122 Recursos Humanos

Segundo o Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sauacutede (2014) a

equipe eacute composta por um enfermeiro da estrateacutegia de sauacutede da famiacutelia com 40

horas semanais um cirurgiatildeo dentista com carga horaacuteria de 40 horas semanais um

meacutedico cliacutenico com 40 horas semanais um agente de serviccedilos gerais de 40 horas

semanais 4 agentes comunitaacuterios de sauacutede com 40 horas semanais e um auxiliar de

sauacutede bucal de 40 horas semanais Conforme quadro abaixo

Quadro 1 - Equipe de Sauacutede do UBS Santos Dumont 2014

Fonte Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sauacutede

Segundo o Sistema Integrado de Sauacutede - SIS a Unidade Santos Dumont tem

uma populaccedilatildeo cadastrada de 2208 habitantes com um nuacutemero estimado de 673

16

famiacutelias Quanto ao niacutevel de escolaridade da populaccedilatildeo adscrita assim estaacute

distribuiacuteda doutorado 2 mestrado 1 poacutes-graduaccedilatildeo 1 superior completo 22

superior incompleto 9 fundamental incompleto 123 ensino meacutedio completo 287

fundamental incompleto 1105 meacutedio incompleto 424 analfabetos 226 e natildeo

informado 08 sendo assim a taxa de analfabetismo eacute 1023 acima da meacutedia

nacional conforme o censo do IBGE (BRASIL 2010) que foi de 96 conforme

quadro abaixo

Quadro 2 - Niacutevel de escolaridade da populaccedilatildeo de referecircncia da UBS Santos

Dumont 2014

NIacuteVEL DE ESCOLARIDADE

Doutorado Mestrado Poacutes- graduaccedilatildeo

Superior Superior Incompleto

Fundamental Completo

Ensino meacutedio

Ensino meacutedio incompleto

Fundamental incompleto

Analfabeto Outros

M1 0 0 0 2

20 33 52 240 39 3

M2 1 1 1 15 5 62 102 90 228 47 3

M3 0 0 0 4 2 11 38 252 164 54 1

M4 1

1 2 30 114 30 473 86 1

Sub total 2 1 1 22 9 123 287 424 1105 226 8

POPULACcedilAtildeO TOTAL 2208

Fonte Sistema Integrado de Sauacutede 2014

123 Doenccedilas Crocircnicas

Com relaccedilatildeo agraves doenccedilas crocircnicas segundo o Sistema Integrado de Sauacutede haacute na

comunidade 199 clientes com hipertensatildeo arterial com diabetes 68 clientes com

alguma deficiecircncia 6 com doenccedila de chagas 1 alcoolismo 1 epilepsia 3 e com 8

gestantes

Quadro 3 - Total de Hipertensos e Diabeacuteticos da UBS por Microaacuterea Divinoacutepolis ndash MG 2014

HIPERTENSOS E DIABEacuteTICOS POR MICROAacuteREA

ACS Gracielle Suzana Rosana Rosilene TOTAL

MICROAacuteREA M1 M2 M3 M4

Hipertensatildeo 22 58 16 103 199

Diabeacuteticos 5 21 3 39 68 Fonte Sistema Integrado de Sauacutede de Divinoacutepolis SIS 2014

17

124 Doenccedilas Endecircmicas ndash A Dengue

A Dengue eacute uma doenccedila de origem africana que foi introduzida no paiacutes

segundo Valente et al (2012) por volta do seacuteculo XIX encontrando no Brasil um

clima e condiccedilotildees muito favoraacuteveis a sua multiplicaccedilatildeo mesmo sendo uma doenccedila

antiga o mosquito transmissor da dengue se mostra cada vez mais de difiacutecil controle

Todo ano atinge milhotildees de pessoas em todo mundo e no Brasil As seguidas

epidemias levaram o tema a ser discutido em vaacuterios setores como escolas veiacuteculos

de comunicaccedilatildeo nos setores de sauacutede e tambeacutem pela sociedade civil Segundo o

Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2014) de acordo com os dados contidos no Boletim

Epidemioloacutegico da 53ordf Semana Epidemioloacutegica foram registrados no paiacutes 591080

casos da doenccedila sendo que a regiatildeo Sudeste teve o maior nuacutemero de casos

312318 casos 528 Minas Gerais aparece com 1896 deste total A cidade de

Divinoacutepolis apresentou segundo a Secretaria Municipal de Sauacutede 4680 casos

notificados e segundo a Secretaria de Estado da Sauacutede foram notificados 06 oacutebitos

confirmados conforme quadro abaixo sendo que assim a cidade vem enfrentando

seguidas epidemias de Dengue tornando-se um dos problemas que mais preocupa

a comunidade

Quadro 4 - Casos de Oacutebitos por Dengue Grave em Minas Gerais - 2014

Municiacutepios Oacutebitos

confirmados

Araxaacute Arauacutejos

1 1

Campo Belo Candeias

1 1

Curvelo Divinoacutepolis

1 6

Dores do Indaiaacute 1 Formiga Fronteira Frutal

1 1 1

Itabira Itauacutena

1 2

Ituiutaba Juiz de Fora

1 4

Natalacircndia Nova Serrana

1 1

Passos 8

18

Paracatu 3 Prata Sabaraacute

1 1

Santa Barbara Santa Luzia Santos Dumont

1 1 1

Santa Margarida Uberlacircndia

1 3

Trecircs Coraccedilotildees 1

Total 47

Fonte SINAN ONLINE e DVASVEASTSubVPSSES MG

O grande nuacutemero de terrenos baldios e lotes vagos satildeo apontados pelos

moradores como principal causa do aumento dos focos do mosquito Aedes Aegypti

A foto abaixo mostra o aglomerado ainda pouco habitado onde existem muitas

aacutereas onde haacute somente vegetaccedilatildeo nativa o que favorece o descarte inadequado de

lixo e entulhos recipientes que acumulam aacutegua se tornando grande criadouro do

mosquito transmissor da dengue

Foto 2 - Aacuterea de abrangecircncia da Unidade Baacutesica de Sauacutede Santos Dumont 2014

Fonte httpswwwgooglecombrmaps-201840183-448801014180mdata=3m11e3

19

A regiatildeo ocupada pela populaccedilatildeo da aacuterea de abrangecircncia da UBS Santos

Dumont eacute uma regiatildeo de cerrado Segundo o IBGE (BRASIL 2010) o Iacutendice de

Desenvolvimento Humano - IDH eacute 0764 acima da meacutedia nacional que de 0730 A

cidade apresentou crescimento populacional no periacuteodo de 1991 a 2010

correspondentes a 2889 poreacutem os investimentos em infraestrutura como

pavimentaccedilatildeo e saneamento baacutesico natildeo acompanharam a taxa de crescimento da

cidade algo comum em grandes cidades e cidades de meacutedio porte no paiacutes Na aacuterea

do bairro ainda haacute presenccedila de mata nativa com ocupaccedilatildeo natildeo planejada a

populaccedilatildeo convive com riscos eminentes para a sua sauacutede

Segundo Valente et al (2012) diante do aumento dos casos de dengue

estrateacutegias tradicionais parecem natildeo terem mais o mesmo efeito de outrora Eacute

necessaacuterio o envolvimento de todos os setores sociais para buscar o controle da

situaccedilatildeo com accedilotildees de educaccedilatildeo e sauacutede que podem ser mais efetivas do que

apenas medidas unilaterais baseada em estatiacutesticas ministeriais

Apoacutes os vaacuterios casos atendidos na UBS o que se percebe eacute que ningueacutem

assume que o foco do mosquito possa estar na sua casa conforme afirmam Valente

et al (2012) que a culpa eacute sempre dos vizinhos que natildeo fazem a sua parte o que

torna relevante afirmar ser a negaccedilatildeo da ldquoquestatildeo da culpabilizaccedilatildeo individual e a

culpabilizaccedilatildeo do outrordquo (VALENTE 2012 p2990) Outro dado que chama a

atenccedilatildeo segundo a Secretaria Municipal de Sauacutede (DIVINOacutePOLIS 2014) eacute que os

levantamentos indicam que 9415 dos focos de dengue estatildeo dentro das

residecircncias O relato que os criadouros estatildeo sempre na casa do vizinho esse eacute

com certeza o maior ldquonoacute criacuteticordquo que precisa ser desconstruiacutedo o cidadatildeo se

preocupa com o vizinho e se esquece do seu domiciacutelio

Segundo balanccedilo divulgado pela Secretaria Municipal de Sauacutede

(DIVINOacutePOLIS 2014) os 4139 casos confirmados mais os exames que ainda

aguardam os resultados sinalizam para cidade que tem muito trabalho para

enfrentar esse grave problema de sauacutede puacuteblica Os bairros Nossa Senhora das

Graccedilas Centro Satildeo Joseacute Interlagos Niteroacutei Porto Velho Planalto Santos Dumont

Belvedere e Bom Pastor foram responsaacuteveis por 3027 dos casos notificados na

cidade Em meacutedia a UBS Santos Dumont em relaccedilatildeo agrave populaccedilatildeo adscrita

apresentou um percentual de 215 da populaccedilatildeo total com casos notificados como

se pode observar no quadro abaixo

20

Quadro 5 - Nuacutemero de casos de Dengue em Divinoacutepolis ndash 2014

NOSSA SENHORA DAS GRACcedilAS Fonte Prefeitura Municipal de Divinoacutepolishttpwwwdivinopolismggovbrportalnoticiaphpid=109802014

Segundo Valente et al (2012) a praacutetica de jogar lixo nas ruas como algo do

cotidiano mesmo sabendo que essa accedilatildeo remete aos proacuteprios moradores e a falta

de coleta seletiva regular levam ao acuacutemulo de recipientes de plaacutesticos que durante

o periacuteodo chuvoso tornam-se criadouros do mosquito Esse tambeacutem eacute um

importante tema que necessita ser trabalhado desde a preacute-escola em vaacuterias

oportunidades como reuniatildeo de bairros em eventos esportivos e festivos pois

somente com educaccedilatildeo da populaccedilatildeo se pode mudar essa realidade

BAIRROS COM MAIORES NUacuteMEROS DE CASOS DE DENGUE EM DIVINOacutePOLIS

Bairros NSG CENTRO Satildeo JOSEacute INTERLAGOS NITEROacuteI

PORTO VELHO PLANALTO

SANTOS DUMONT BELVEDERE

BOM PASTOR

307 350 192 123 124 1O8 104 101 98 96

TOTAL 1417

21

2 JUSTIFICATIVA

A enfermagem eacute uma arte cuidar prevenir e proteger a sauacutede o enfermeiro

que atua na equipe de sauacutede da famiacutelia tem importante papel na educaccedilatildeo e na

proteccedilatildeo de sua populaccedilatildeo adscrita por estar perto e conhecer a realidade de sua

comunidade Backes et al (2012)

O conhecimento dos problemas de uma populaccedilatildeo permite a equipe de

Sauacutede da Estrateacutegia da Famiacutelia o planejamento de accedilotildees efetivas e eficazes nas

principais causas de adoecimento de uma comunidade aleacutem de organizar de

maneira ordenada o atendimento da demanda e rotina dos serviccedilos ofertados na

Unidade Baacutesica de Sauacutede Backes et al (2012)

O tema dengue tem relevacircncia por ser a mais importante arbovirose que

atinge o ser humano na atualidade trazendo um enorme prejuiacutezo socioeconocircmico

para toda sociedade

Segundo Figueiredo et al (1992) a dengue eacute uma doenccedila com alta

morbidade e pode evoluir para um quadro grave de hemorragia podendo levar ao

oacutebito Ainda conforme Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2009) em oito paiacuteses do

continente americano e asiaacutetico incluindo o Brasil em 2009 foram gastos U$ 18

bilhotildees somente com despesas ambulatoriais e hospitalares sem contar os recursos

despendidos para vigilacircncia epidemioloacutegica

Em Divinoacutepolis em 2014 foram notificados 4680 notificaccedilotildees e 4139 casos

confirmados e os demais aguardando confirmaccedilatildeo segundo a Secretaria Municipal

de Sauacutede

Ainda outro ponto muito importante eacute que as pessoas acreditam que o

problema eacute sempre do outro conforme salientam Valente et al (2012) que a culpa

dos casos de dengue eacute do vizinho sendo assim ele natildeo se preocupa com a sua

residecircncia Neste mesmo sentido Giratildeo et al (2012) afirmam que devido agrave

adaptaccedilatildeo do vetor as aacutereas domiciliares e peridomiciliares o controle da doenccedila

sem a participaccedilatildeo da populaccedilatildeo estaacute fadado ao fracasso As accedilotildees educaccedilatildeo em

sauacutede satildeo uma ferramenta essencial nessa estrateacutegia proporcionando ao cidadatildeo

uma autonomia para cuidar da sua sauacutede e da prevenccedilatildeo e eliminaccedilatildeo do vetor

Portanto uma proposta de intervenccedilatildeo que enfatize esta participaccedilatildeo da

comunidade conhecendo suas potencialidades e suas necessidades justifica a

realizaccedilatildeo deste trabalho

22

3 OBJETIVOS

31 Objetivo Geral

Elaborar um plano de accedilatildeo com ecircnfase em educaccedilatildeo e sauacutede com vistas agrave

reduccedilatildeo do nuacutemero de casos de dengue no municiacutepio de Divinoacutepolis e

especificamente na aacuterea de abrangecircncia da Unidade de Sauacutede Santos

Dumont

32 Objetivos Especiacuteficos

Organizar um grupo comunitaacuterio de controle e combate ao mosquito

Aedes Aegypti

Despertar na comunidade adscrita da Unidade de Sauacutede Santos Dumont uma

visatildeo criacutetica sobre os novos processos de sauacutede e doenccedila com a priorizaccedilatildeo

de accedilotildees educativas

Descrever os passos de uma proposta de intervenccedilatildeo e acompanhamento de

resultados com ecircnfase em educaccedilatildeo e sauacutede com vista na reduccedilatildeo dos focos

do vetor transmissor da dengue

23

4 BASES CONCEITUAIS

41 Aspectos Gerais da Doenccedila

A dengue eacute atualmente a mais importante arbovirose que acomete o ser

humano no continente americano distribuiacuteda segundo Ferreira et al (2009) desde o

Uruguai ateacute a costa sul dos Estados Unidos abrangendo principalmente Venezuela

Cuba Brasil e Paraguai contaminando cerca de mais de 3 bilhotildees de pessoas em

todo mundo

Segundo Penna (2003) embora o vetor Aedes Aegypti natildeo seja natural das

Ameacutericas encontrou aqui um ambiente favoraacutevel agrave sua multiplicaccedilatildeo Introduzido no

Brasil possivelmente pela Aacutefrica em meados do seacuteculo XIX invadiu o paiacutes e se

expandiu para todo o territoacuterio nacional

Segundo Penna (2003) o vetor chegou a ser erradicado de 1967 a 1973 pelo

meacutetodo de aplicaccedilatildeo de inseticida de accedilatildeo residual que prevalecia por ateacute seis

meses a aplicaccedilatildeo se deu em depoacutesitos que continham ou natildeo aacutegua parada e

tambeacutem ateacute um metro dos potenciais focos do mosquito Atualmente com os

grandes aglomerados urbanos e com a infestaccedilatildeo em todo continente americano a

erradicaccedilatildeo do mosquito natildeo eacute mais viaacutevel por isso o Ministeacuterio da Sauacutede em

parceria com Organizaccedilatildeo Pan-americana da Sauacutede (OPAS) aderiu o ldquoPlano de

Intensificaccedilatildeo das Accedilotildees de Controle da Denguerdquo (PIACD) que trabalha com a

universalidade regional sincronicidade e continuidade das accedilotildees e natildeo na

erradicaccedilatildeo (FERREIRA et al 2009 p 963)

Valente et al (2012) Giratildeo et al (2014) salientam que eacute de fundamental

importacircncia entender que as atuais estrateacutegias de controle vetorial onde haacute

responsabilizaccedilatildeo dos cidadatildeos e eliminaccedilatildeo focal parecem natildeo ter mais efeito

efetivo no combate ao mosquito Aedes Aegypti Diante das seguidas epidemias haacute

necessidade de uma abordagem mais ampla do problema com a participaccedilatildeo efetiva

de toda populaccedilatildeo e de todos os setores da sociedade ldquoenfocando a determinaccedilatildeo

social do processo sauacutede-doenccedila e a transdisciplinalidade das accedilotildeesrdquo (VALENTE et

al 2012 p 2988)

No Brasil segundo Ferreira et al (2009) as condiccedilotildees socioambientais a

falta de saneamento a ausecircncia da coleta seletiva de lixo a maacute distribuiccedilatildeo de

24

renda e a baixa escolaridade criaram um ambiente muito favoraacutevel agrave multiplicaccedilatildeo

do vetor Aedes Aegypti

42 Etiologia

Segundo Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2002) a Dengue eacute uma doenccedila febril

que em sua forma claacutessica apresenta como sinais cliacutenicos dores musculares e nas

articulaccedilotildees cefaleia e dor retro-orbitaacuteria vocircmitos e diarreia Para Almeida et al

(2008) a dengue eacute uma doenccedila de curso que varia de forma benigna a grave pode

apresentar a forma claacutessica a forma hemorraacutegica e o choque sendo que esta uacuteltima

pode levar ao oacutebito

No Brasil segundo a Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz (BRASIL 2008) satildeo

encontrados dois vetores da doenccedila o Aedes aegypti e Aedes albopictus A

transmissatildeo ocorre quando uma fecircmea do inseto pica uma pessoa portadora do

viacuterus e esta passa por periacuteodo de incubaccedilatildeo e logo apoacutes 10 a 14 dias a fecircmea estaacute

apta a transmitir o viacuterus por toda vida em meacutedia vive em torno de 35 a 40 dias

43 Aspectos Epidemioloacutegicos

Segundo Gonccedilalves Neto et al (2006) a dengue eacute considerada como a mais

importante arbovirose transmitida por insetos das uacuteltimas deacutecadas atinge a cada

ano um maior contingente de pessoas com o vetor aparecendo em mais de 100

paiacuteses de clima tropical e subtropical

Em face dessa realidade Ferreira Veras e Silva (2009) salientam que as

sucessivas epidemias de dengue no mundo especialmente no Brasil tecircm

mobilizado e preocupado autoridades e a populaccedilatildeo em geral No estado de Satildeo

Paulo houve um grande aumento dos quadros de dengue hemorraacutegica Cerca de

80 dos municiacutepios paulistas estatildeo totalmente infestados pelo mosquito aedes

aegypti Os motivos pelo quais a sua populaccedilatildeo aumenta significativamente

pontuam os autores satildeo a dificuldade em utilizaccedilatildeo de inseticidas a contrataccedilatildeo de

matildeo de obra qualificada a precaacuteria coleta de lixo especialmente nas grandes

cidades e nas suas regiotildees perifeacutericas aleacutem de fatores como o clima criando o

ambiente cada vez mais favoraacutevel agrave reproduccedilatildeo do mosquito

25

Segundo Mayo et al (2011) em estudo semelhante salienta que a

populaccedilatildeo brasileira vem sofrendo com seguidas epidemias de dengue haacute mais de

duas deacutecadas os autores seguem chamando a atenccedilatildeo para o progressivo aumento

de nuacutemero de casos com complicaccedilotildees seguindo a mesma loacutegica um nuacutemero

maior de municiacutepios vem sofrendo com o aparecimento e o aumento de casos de

dengue hemorraacutegica e o aumento dos oacutebitos por complicaccedilotildees da dengue

Havendo a predominacircncia de tais caracteriacutesticas a dengue tem levado ao alto

nuacutemero de oacutebitos Segundo Figueiroacute et al (2011) isso estaacute associado ainda agrave

imensa massa da populaccedilatildeo exposta Contudo salientam os autores que a doenccedila

tem se tornado um dos problemas de sauacutede reemergentes mais importantes da

histoacuteria Estima-se que 25 bilhotildees de pessoas estatildeo em risco de contrair a doenccedila

ainda que por ano satildeo 50 milhotildees de novos casos Destes cerca 550 mil necessitam

de hospitalizaccedilatildeo e pelo menos 20 mil evoluem para oacutebito Dados epidemioloacutegicos

do Ministeacuterio da Sauacutede tem apontado segundo Figueiro et al (2011) um crescente

aumento dos casos de Febre Hemorraacutegica por Dengue (FHD) e em uma deacutecada a

taxa de letalidade atingiu 68 destacando-se a regiatildeo nordeste com maior iacutendice

de casos entre 1981 a 2007

Contudo salientam Giratildeo et al (2014) que devido agrave adaptaccedilatildeo muito

acentuada do vetor nos peridomiciacutelios e domiciacutelios corroborando estudos da

Secretaria Municipal de Sauacutede de Divinoacutepolis (2014) apontaram que 9415 dos

focos de dengue estatildeo dentro das residecircncias sendo assim a participaccedilatildeo do

cidadatildeo no controle eacute de suma importacircncia no controle da doenccedila

Segundo dados do Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2014) em Minas Gerais a

taxa de incidecircncia da doenccedila foi de foi 2856 casos para cada 100000 habitantes

os 45 oacutebitos indicam um aumento de 3333 casos fatais em relaccedilatildeo a 2013 que

teve um nuacutemero de casos maior Quanto ao tipo de viacuterus circulante verificou-se a

incidecircncia de DENV1 (882) seguido de DENV4 (115) DENV3 (03) e DENV2

(00)

Para implantar as accedilotildees de vigilacircncia em sauacutede o Ministeacuterio da Sauacutede

(BRASIL 2014) por meio da Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede repassou para os

estados e municiacutepios 30 do valor a ser gasto em todo ano de 2014 cerca de R$

3634 milhotildees No mecircs de dezembro de 2013 a fim de intensificar as accedilotildees de

combate agrave dengue no periacuteodo de maior incidecircncia foram fornecidos 100 mil kg de

larvicidas 227 mil litros de adulticida e 104 mil kits para diagnoacutestico

26

Segundo a Secretaria Municipal de Sauacutede (DIVINOacutePOLIS 2014) haacute em

atividade 94 agentes de sauacutede puacuteblicos efetivos e 14 contratados sendo a cidade eacute

dividida em setores De acordo com levantamento raacutepido do iacutendice de infestaccedilatildeo do

aedes aegypti realizado em marccedilo de 2014 obteve-se um percentual de infestaccedilatildeo

do mosquito de 37 nos domiciacutelios visitados em Divinoacutepolis que representam risco

meacutedio para epidemia Em outubro de 2014 o novo levantamento raacutepido do iacutendice de

infestaccedilatildeo apresentou um iacutendice de 09 preocupante visto que o valor muito estaacute

muito proacuteximo do tolerado pela Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede que eacute de 1 Aleacutem

disso as condiccedilotildees climaacuteticas nesse periacuteodo natildeo favorecem a proliferaccedilatildeo do

mosquito por isso pode-se considerar esse valor alto

Em face dos dados apresentados conforme afirmam Ferreira Veras e Silva

(2009) para o controle da dengue a participaccedilatildeo popular eacute indiscutivelmente

essencial visto que o vetor habita os domiciacutelios sendo assim todos tem condiccedilotildees

de colaborar fiscalizando suas moradias O PNCD destaca as accedilotildees educativas

como forma de preparar a comunidade para adoccedilatildeo de comportamentos que

protejam a sauacutede coletiva Ainda segundo os autores durante as epidemias haacute todo

um clamor da miacutedia e do poder puacuteblico no sentido de mobilizar a comunidade para o

controle da doenccedila poreacutem nos periacuteodos de menor incidecircncia esse apelo perde a

intensidade o tema acaba no esquecimento sendo apresentado somente no

proacuteximo periacuteodo de infestaccedilatildeo e transmissatildeo da doenccedila

Ferreira Veras e Silva (2009) em anaacutelise do iacutendice de participaccedilatildeo da

populaccedilatildeo de 16 municiacutepios paulistas detectaram que em mais da metade destes

municiacutepios a participaccedilatildeo era muito baixa em consequecircncia o nuacutemero de pessoas

que contraiacuteram a doenccedila era maior onde haacute menos participaccedilatildeo popular

A educaccedilatildeo permanente segundo Ribeiro Sousa e Arauacutejo (2007) visa

acelerar o processo de adesatildeo da populaccedilatildeo agraves medidas preventivas abordando as

questotildees que envolvem condiccedilotildees de sauacutede moradia saneamento baacutesico indo

aleacutem de accedilotildees pontuais e campanhistas que perdem forccedila nos periacuteodos de baixa

notificaccedilatildeo de casos Eacute preciso buscar parceiros na sociedade civil como nos meios

de comunicaccedilatildeo para divulgaccedilatildeo do enfrentamento da doenccedila o ano inteiro

27

44 Medidas Educativas

Giratildeo et al (2014) destacam que somente com a educaccedilatildeo em sauacutede eacute que

se pode despertar na comunidade uma autonomia para que a populaccedilatildeo se sinta

como uma parte do processo que passa pela prevenccedilatildeo cujo controle depende da

eliminaccedilatildeo dos focos do mosquito dentro dos domiciacutelios

Neste sentido Alves (2005) afirma que a educaccedilatildeo em sauacutede eacute uma

ferramenta capaz de produzir intermediada pelos profissionais de sauacutede uma

compreensatildeo nova do processo sauacutede doenccedila oferecendo agrave populaccedilatildeo subsiacutedios

para adoccedilatildeo de novos haacutebitos de vida com ecircnfase na promoccedilatildeo e prevenccedilatildeo de

situaccedilotildees que podem trazer prejuiacutezos agrave sua sauacutede

Segundo Figueiroacute et al (2011) a doenccedila atinge a cada ano um maior

contingente de pessoas Nesse sentido priorizando a reduccedilatildeo dos casos de dengue

e dengue grave o Ministeacuterio da Sauacutede implantou no paiacutes o Plano Nacional de

Controle da Dengue ndash PNCD O programa eacute gerido de forma tripartite ou seja com

a participaccedilatildeo das trecircs esferas de governos uniatildeo estados e municiacutepios

ldquocompreendendo accedilotildees operacionais de vigilacircncia integrada entomoloacutegica e sobre o

meio ambiente de assistecircncia aos pacientes de educaccedilatildeo em sauacutede comunicaccedilatildeo

e mobilizaccedilatildeo socialrdquo (FIGUEIROacute et al 2011 p 2374) O PNCD compreende ainda

o controle e avaliaccedilatildeo dos agentes comunitaacuterios de sauacutede - ACS entretanto

segundo dados epidemioloacutegicos haacute uma grande dificuldade na realizaccedilatildeo das accedilotildees

e no alcance dos resultados esperados devido agrave baixa participaccedilatildeo da populaccedilatildeo

Para Ferreira Veras e Silva (2009) de acordo com a OPAS uma das maiores

dificuldades das autoridades de sauacutede em articulaccedilatildeo das accedilotildees eacute a parceria com a

comunidade o PNCD tem como um dos eixos a participaccedilatildeo comunitaacuteria para

reduccedilatildeo dos criadouros domiciliares Segundo Ferreira Veras e Silva (2009) a

participaccedilatildeo popular no combate eacute fundamental e defendida pelos organismos

nacionais e internacionais Pode estar inserida a capacitaccedilatildeo da populaccedilatildeo na

promoccedilatildeo e prevenccedilatildeo com o objetivo da melhoria da comunidade tanto na sauacutede

individual quanto coletiva favorecendo a construccedilatildeo de um modelo de sauacutede

compartilhada No controle das epidemias especialmente da dengue cujo vetor vive

na maioria das vezes nas casas das pessoas o PNDC visa o desenvolvimento de

accedilotildees educativas que tem como objetivo a mudanccedila de comportamento das

pessoas na manutenccedilatildeo de um ambiente de vida saudaacutevel Contudo a criteriosa

28

tarefa de evitar epidemias vai muito aleacutem do setor de sauacutede consistem em um

conjunto de accedilotildees poliacuteticas teacutecnicas e sociais que inclui prioritariamente a

participaccedilatildeo popular aliada agrave vigilacircncia epidemioloacutegica

Segundo Gonccedilalves Neto et al (2006) as condiccedilotildees sanitaacuterias prejudicadas

ausecircncia de coleta seletiva de lixo ausecircncia de saneamento baacutesico e um

crescimento desordenado em aacutereas tropicais propiciou raacutepida adaptaccedilatildeo do vetor

nas residecircncias levando o aedes aegpyti aproveitar se dos criadouros

providenciados pelo proacuteprio homem para aumentar sua populaccedilatildeo Contudo salienta

o autor praticamente impossiacutevel desenvolver um trabalho de controle do vetor sem a

participaccedilatildeo da comunidade

Tais afirmaccedilotildees explicam a situaccedilatildeo da populaccedilatildeo adscrita da UBS Santos

Dumont onde ocorreu uma grande expansatildeo de domiciacutelios sem um planejamento

adequado deixando um grande nuacutemero de terrenos baldios uma ocupaccedilatildeo sem a

infraestrutura necessaacuteria falta da coleta seletiva de lixo saneamento baacutesico e

pavimentaccedilatildeo Soma-se a isso a deficiecircncia do Estado em garantir uma coleta de

lixo eficiente deixando margem para a proliferaccedilatildeo da doenccedila

Segundo Almeida et al (2008) a adaptaccedilatildeo do mosquito aedes aegypti cuja

sobrevivecircncia depende de aacutegua parada ocorre principalmente nas aacutereas urbanas

em domiciacutelios e peridomiciacutelios Contudo o vetor eacute muito sensiacutevel agraves condiccedilotildees

ambientais poreacutem seus ovos resistem a longos periacuteodos de dissecaccedilatildeo o que

garante a perpetuaccedilatildeo da espeacutecie Com haacutebito diurno preferencialmente tem uma

especial atraccedilatildeo pelo sangue humano seu deslocamento eacute em meacutedia durante um

voo em condiccedilotildees normais de ambiente sem a interferecircncia de vento de cinquenta

metros portanto sua caracteriacutestica de habitar os domiciacutelios e peridomiciacutelios

permanecendo proacuteximo ao local de ldquopastordquo e postura dos ovos

Segundo Almeida et al (2008) com a ausecircncia de uma vacina eficaz capaz

de evitar a doenccedila a principal profilaxia tem sido o controle vetorial por meio de

identificaccedilatildeo dos focos e aplicaccedilatildeo de inseticidas de accedilatildeo residual para eliminaccedilatildeo

das larvas ou seja o combate focal

Contudo afirmam Almeida et al (2008) o conhecimento do dinamismo do

periacuteodo de maior transmissibilidade e latecircncia tem permitido a organizaccedilatildeo de accedilotildees

mais ou menos acentuadas dependendo do momento da epidemia e das condiccedilotildees

climaacuteticas A presenccedila do vetor em variadas partes das cidades jaacute foi identificada por

meio de estudos o que comprova que a doenccedila natildeo atinge somente uma classe

29

social Quanto agrave diminuiccedilatildeo dos casos dentro de um contexto epidemioloacutegico trecircs

fatores tecircm um papel muito importante as condiccedilotildees climaacuteticas desfavoraacuteveis agrave

viabilidade do vetor esgotamento de hospedeiros susceptiacuteveis e o controle quiacutemico

do vetor

45 Controle

Segundo Mayo et al (2011) existem duas formas de atuaccedilatildeo no controle da

doenccedila o bloqueio e o controle de criadouros Estas medidas tecircm por objetivo a

reduccedilatildeo dos criadouros na aacuterea de atuaccedilatildeo dos agentes de sauacutede o controle por

bloqueio e nebulizaccedilatildeo ocorre agrave aplicaccedilatildeo de inseticida com aplicadores Ultra Baixo

Volume - UBV A atuaccedilatildeo nesse tipo de trabalho em relaccedilatildeo ao feito pelo municiacutepio

diz respeito agrave qualidade do serviccedilo realizado bem como a agilidade na realizaccedilatildeo da

tarefa e o grande alcance da aacuterea coberta e o tipo de equipamento empregado

Para realizaccedilatildeo das tarefas o meacutetodo segue o preconizado pelo PNCD divide

as cidades em aacutereas setores e quarteirotildees Segundo Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL

2001) o bloqueio consiste em parar a transmissatildeo da dengue em municiacutepios com

epidemia instalada e tem como objetivo ainda a identificaccedilatildeo do sorotipo de viacuterus

circulante a aplicaccedilatildeo do UBV sem prejuiacutezo do controle larvaacuterio Quanto agrave

delimitaccedilatildeo de um foco isolado nos casos onde natildeo haacute infestaccedilatildeo deveratildeo ser

tratados todos os imoacuteveis no raio de 300 metros do entorno do local

Na fase de ataque segundo Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2001) deveraacute ser

tratado 100 dos imoacuteveis aleacutem de pontos estrateacutegicos terrenos baldios das zonas

infestadas e todos os potenciais focos devem ser eliminados Na fase de

consolidaccedilatildeo o objetivo eacute a erradicaccedilatildeo do mosquito satildeo desenvolvidas vaacuterias

accedilotildees semelhantes agrave fase de ataque com exceccedilatildeo do tratamento de focos Na fase

de manutenccedilatildeo satildeo visitadas todas as aacutereas positivas e negativas mesmo onde o

vetor foi erradicado as medidas satildeo o uso de armadilhas de oviposiccedilatildeo e inspeccedilotildees

de pontos estrateacutegicos

46 Atuaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Baacutesica no Controle da Dengue

As atividades de controle devem ter uma sinergia com todos os setores

envolvidos no tocante a vigilacircncia epidemioloacutegica haacute necessidade de manter a

30

vistoria em imoacuteveis terrenos depoacutesitos oficinas entre outros locais Teixeira et al

(2010) verificaram que os domiciacutelios com terrenos baldios no entorno apresentaram

maior concentraccedilatildeo da doenccedila

Lima e Vilasboas (2011) salientam que a sauacutede eacute um direito e a maneira que

o Estado tem de garantir esse direito eacute por meio de poliacuteticas puacuteblicas de proteccedilatildeo

prevenccedilatildeo e recuperaccedilatildeo de agravos a simples ausecircncia de doenccedila natildeo pode ser

considerada um conceito de sauacutede visto que as condiccedilotildees sociais de saneamento

baacutesico meio ambiente educaccedilatildeo moradia e renda satildeo fatores determinantes no

processo de adoecimento de um povo A sauacutede deve ser pensada no contexto

ampliado com integraccedilatildeo formando uma rede interssetorial na perspectiva de troca

de ajuda muacutetua na troca de experiecircncias com uma construccedilatildeo muacutetua de saberes

facilitando a resoluccedilatildeo dos problemas enfrentados

Para Lima e Vilasboas (2011) a interssetorialidade pode ser um facilitador

para construccedilatildeo de um sistema de sauacutede efetivo contudo aliado a poliacuteticas puacuteblicas

que possam contribuir para ganho na melhoria da qualidade de vida das pessoas A

interssetorialidade extrapola os limites do poder estatal e envolve a sociedade nas

decisotildees poliacuteticas evita a subordinaccedilatildeo de um setor a outro e diminui as resistecircncias

de alguns membros

Segundo Lefegravevre et al (2007) a populaccedilatildeo tem informaccedilotildees sobre a doenccedila

e do ciclo de vida do transmissor poreacutem esse conhecimento ainda natildeo eacute capaz de

produzir nas pessoas atitudes e comportamento para impedir ou reduzir os

criadouros do mosquito A probabilidade eacute que esse conhecimento vindo de origem

externa fragmentado ou pouco organizado configure um conflito entre o saber

sanitaacuterio e o senso comum Ainda segundo o autor o programa educativo tem sido

aplicado haacute muitos anos mas ateacute hoje ainda natildeo obteve o resultado esperado

contudo haacute necessidade de aprofundar neste contexto para identificar onde estatildeo as

falhas para que possa realmente ter uma populaccedilatildeo engajada no controle do vetor

Para a populaccedilatildeo segundo Lefegravevre et al (2007) haacute uma relaccedilatildeo entre sujo

que seria a doenccedila e limpo que seria a sauacutede levando a ideacuteia equivocada que o lixo

eacute o uacutenico meio de procriaccedilatildeo do mosquito Neste sentido haacute uma sinalizaccedilatildeo para

que o poder puacuteblico perceba a necessidade de informar educar e comunicar

Informar no que diz respeito aos constantes dados epidemioloacutegicos sobre a doenccedila

no Paiacutes no Estado e na sua Comunidade no sentido de incentivar a participaccedilatildeo

popular no controle da doenccedila Educar esclarecendo a forma de transmissibilidade

31

da doenccedila estabelecendo um diaacutelogo de faacutecil entendimento na loacutegica sanitaacuteria sem

confrontar o senso comum buscando construir um relacionamento entre o teacutecnico e

o cidadatildeo e agrave adoccedilatildeo de alternativas na reduccedilatildeo das viacutetimas da dengue

Neste sentido a ESF tem papel fundamental no desenvolvimento de accedilotildees de

prevenccedilatildeo e controle da dengue considerando a relaccedilatildeo de confianccedila que a

populaccedilatildeo manteacutem com a equipe de sauacutede da famiacutelia possibilitando o contato com

o ambiente domeacutestico por meio dos ACSs promovendo um ambiente seguro e livre

do Aedes aegypti (BRASIL 2002) A ESF pode ainda promover accedilotildees educativas

com a populaccedilatildeo mobilizando-a para adotar accedilotildees preventivas realizando tambeacutem a

notificaccedilatildeo imediata dos casos suspeitos possibilitando as medidas tratamento

adequado agraves situaccedilotildees de dengue claacutessica e dengue grave reduzindo os casos

letais e possibilitando o bloqueio dos focos pela vigilacircncia epidemioloacutegica

32

5 PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO

O diagnoacutestico situacional foi realizado com base nas informaccedilotildees contidas em

dados oficiais do IBGE do Sistema Integrado de Sauacutede e embasado no relato dos

problemas levantados pela Equipe de Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia da UBS

Santos Dumont

Foi utilizado o Planejamento Estrateacutegico Situacional ndash PES como referecircncia

para a proposta de intervenccedilatildeo Este meacutetodo possibilita que os atores atraveacutes de

sua proacutepria visatildeo identifiquem as causas possiacuteveis dos problemas como nascem e

se desenvolvem A partir deste ponto de vista podem propor soluccedilotildees para atacar

suas causas e a viabilidade destas soluccedilotildees (CAMPOS FARIA SANTOS 2010)

Assim a partir do diagnoacutestico situacional os 10 passos segundo os autores

mencionados e suas atividades satildeo descritas a seguir

51 Primeiro Passo Definiccedilatildeo dos Problemas

Hipertensatildeo Arterial

Diabetes

Drogas

Gravidez na Adolescecircncia

Dengue

Transtorno Depressivo

Doenccedilas Sexualmente Transmissiacuteveis AIDS

Falta de Saneamento Baacutesico

52 Segundo Passo Priorizaccedilatildeo dos Problemas

Dengue

Falta de Saneamento Baacutesico

53 Terceiro Passo Descriccedilatildeo do Problema Selecionado

Segundo o Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2002) o nosso paiacutes eacute

predominantemente de clima tropical e este eacute um ambiente favoraacutevel agrave proliferaccedilatildeo

do mosquito aedes aegypti principal transmissor da dengue em nosso continente A

33

doenccedila eacute a uma arbovirose transmitida por um artroacutepode que pode apresentar-se

de forma benigna claacutessica ou grave na forma de febre hemorraacutegica

Durante o ano de 2014 segundo o Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2014) mais

meio milhatildeo de casos da doenccedila (591080) 528 soacute na regiatildeo Sudeste em Minas

Gerais foram 59222 com 45 oacutebitos confirmados em Divinoacutepolis segundo a

Secretaria Municipal de Sauacutede (2014) ocorreram 4680 notificaccedilotildees de casos da

doenccedila e confirmados 4139 casos de dengue com 06 oacutebitos sendo que os bairros

Nossa Senhora das Graccedilas Centro Satildeo Joseacute Interlagos Niteroacutei Porto Velho

Planalto Santos Dumont Belvedere e Bom Pastor foram responsaacuteveis por 3027

dos casos de dengue da cidade

Ferreira et al (2009) Lima e Vilasboas (2011) chamam a atenccedilatildeo para a falta

de saneamento baacutesico como um fator agravante que pode elevar a multiplicaccedilatildeo do

vetor da doenccedila Para Gonccedilalves Neto et al (2006) as condiccedilotildees sanitaacuterias

prejudicadas o crescimento desordenado levaram agrave raacutepida adaptaccedilatildeo do vetor agraves

residecircncias causando a disseminaccedilatildeo do viacuterus Tais situaccedilotildees satildeo rotineiras na

populaccedilatildeo adscrita da UBS Santos Dumont

54 Quarto passo Explicaccedilatildeo do Problema

A explicaccedilatildeo para o problema selecionado foi qualificado do ponto de vista

social coletivo e individual

Niacutevel Social Refere-se agrave ausecircncia de poliacuteticas puacuteblicas para melhoria de qualidade

de vida da populaccedilatildeo que convive com a ausecircncia de saneamento baacutesico esgoto a

ceacuteu aberto falta de coleta seletiva e lixo acumulado nas ruas e terrenos baldios

Niacutevel Coletivo Falta de consciecircncia da gravidade da doenccedila que pode acometer a

qualquer pessoa e todas as faixas etaacuterias falta de colaboraccedilatildeo entre os vizinhos que

sempre potildeem a culpa das maacutes condiccedilotildees uns nos outros mas ningueacutem assume a

responsabilidade pelo seu quintal

Niacutevel Individual Falta de compromisso pois segundo dados da SEMUSA

(DIVINOacutePOLIS 2014) 9415 dos focos de Dengue estatildeo dentro das residecircncias

esses focos foram identificados em vasilhas de aacutegua para cachorro galinha calhas

mal projetadas e caixas drsquoaacutegua sem tampa

55 Quinto Passo Seleccedilatildeo dos ldquoNoacutes Criacuteticosrdquo

34

Foram selecionados os seguintes ldquonoacutes criacuteticosrdquo que podem ter relaccedilatildeo direta com o

alto nuacutemero de casos de dengue

Lixo nas ruas falta de conscientizaccedilatildeo da populaccedilatildeo para evitar descarte

incorreto de lixo nas ruas e terrenos baldios

Responsabilizaccedilatildeo do outro falta agrave comunidade assumir que o problema da

dengue natildeo eacute do meu vizinho mas eacute de todos

Lotes sujos falta cobranccedila por parte do poder puacuteblico aos proprietaacuterios de

terrenos vazios que mantenham os lotes limpos e conservados

56 Sexto Passo Desenho de Operaccedilotildees para os ldquoNoacutes Criacuteticosrdquo do Problema

Como soluccedilatildeo dos ldquonoacutes criacuteticosrdquo foram apresentadas as seguintes propostas

contidas no Quadro 6 a seguir

Quadro 6 ndash Desenho das Operaccedilotildees para os Noacutes Criacuteticos Selecionados

ldquoNoacute

Criacuteticordquo

Operaccedilatildeo

Projeto

Resultados

Esperados

Produtos

Esperados

Recursos

Necessaacuterios

Lixo nas ruas Reeducaccedilatildeo conscientizaccedilatildeo ambiental

Ausecircncia de lixo nas ruas e lotes vazios

Bairro limpo sem dengue

Datashow e computador

Responsabiliza ccedilatildeo do outro

Conscientizaccedilatildeo

sobre sauacutede

coletiva

Que todos

unidos com

objetivo de

diminuir os

casos de

dengue

Reduccedilatildeo da

doenccedila

Datashow e computador Panfletos informativos

Lotes sujos Limpeza de

lotes e terrenos

Lotes limpos

e sem focos

da dengue

Diminuiccedilatildeo

do nuacutemero do

mosquito

transmissor

da dengue

Palestras sobre

conservaccedilatildeo

dos terrenos e

lotes vazios

Fiscalizaccedilatildeo da

prefeitura

57 Seacutetimo Passo Identificaccedilatildeo dos Recursos Criacuteticos

35

Para iniacutecio das operaccedilotildees foram apresentados os recursos necessaacuterios e

indispensaacuteveis para o sucesso do processo

Quadro 7 ndash Identificaccedilatildeo dos Recursos Criacuteticos

Operaccedilatildeo

Projeto

Recursos Criacuteticos

Controle dos recursos criacuteticos

Accedilatildeo estrateacutegica

Ator que controla

Motivaccedilatildeo

ldquoMutiratildeo da

limpezardquo

realizar um dia

por mecircs para

limpeza em

parceria com a

populaccedilatildeo

Poliacutetico Veiculo e pessoal para limpeza das ruas

Empresa Municipal de Obras Puacuteblicas

Evitar que lixo se acumule nas ruas

Criaccedilatildeo do dia da limpeza e apresentaccedilatildeo da administraccedilatildeo para apreciaccedilatildeo

ldquoFora Denguerdquo Intensificaccedilatildeo das accedilotildees educativas nas escolas e nos grupos e associaccedilatildeo de bairro

Poliacutetico Articulaccedilatildeo interssetorial Financeiro Disponibilizaccedilatildeo de material informativo

Secretaria Municipal de Sauacutede Secretaria Municipal de Educaccedilatildeo Associaccedilatildeo de bairros

Despertar na comunidade a consciecircncia de sauacutede coletiva

Despertar nos discentes e na comunidade o desejo de erradicar os focos da dengue

ldquoMapeamento

dos lotes sujosrdquo

Realizar o

mapeamento

dos terrenos

sujos

Poliacutetico Notificar os

proprietaacuterios para limpeza do

terreno Financeiro

Recurso para impressatildeo das

notificaccedilotildees

Secretaria Municipal de

Sauacutede

Evitar que as pessoas joguem lixo e entulho em lotes vagos

Conservaccedilatildeo e limpeza dos lotes vazios

58 Oitavo Passo Anaacutelise de Viabilidade do Plano

A proposta a seguir (Quadro 3) apresenta a motivaccedilatildeo para a viabilidade do plano

visto que alguns dos recursos necessaacuterios fogem agrave governabilidade da ESF

36

Quadro 8 ndash Viabilidade do Plano

Operaccedilatildeo

Projeto

Recursos Criacuteticos

Controle dos recursos criacuteticos

Accedilatildeo estrateacutegica

Ator que controla

Motivaccedilatildeo

ldquoMutiratildeo da

limpezardquo

realizar um dia

por mecircs para

limpeza em

parceria com a

populaccedilatildeo

Poliacutetico Veiculo e pessoal para limpeza das ruas

Empresa Municipal de Obras Puacuteblicas

Favoraacutevel Criaccedilatildeo do dia da limpeza e apresentaccedilatildeo agrave administraccedilatildeo para apreciaccedilatildeo

ldquoFora Denguerdquo Intensificaccedilatildeo das accedilotildees educativas nas escolas e nos grupos e associaccedilatildeo de bairro

Poliacutetico Articulaccedilatildeo interssetorial Financeiro Disponibilizaccedilatildeo de material informativo

Secretaria Municipal de Sauacutede Secretaria Municipal de Educaccedilatildeo Associaccedilatildeo de bairros

Favoraacutevel

Despertar nos escolares e na comunidade o desejo de erradicar os focos da dengue

ldquoMapeamento

dos lotes sujosrdquo

Realizar o

mapeamento

dos terrenos

sujos

Poliacutetico Notificar os

proprietaacuterios para limpeza do

terreno Financeiro

Recurso para impressatildeo das

notificaccedilotildees

Secretaria Municipal de

Sauacutede

Indiferente

Conservaccedilatildeo e limpeza dos lotes vazios

37

59 Nono Passo Elaboraccedilatildeo do Plano Operativo

A proposta a seguir no Quadro 9 identifica os atores envolvidos lhes atribuiacutedo

responsabilidades e prazos a cumprir

Quadro 9 ndash Plano Operativo

Operaccedilotildees Resultados Accedilotildees Estrateacutegicas

Responsaacutevel Prazo

ldquoMutiratildeo da limpezardquo realizar um dia por mecircs para limpeza em parceria com a populaccedilatildeo

Limpeza das ruas

e quintais

Coleta de lixo

das ruas Incentivo a limpeza de

lotes e quintais

Equipe de ACS

Durante todo ano

ldquoFora Denguerdquo Intensificaccedilatildeo das accedilotildees educativas nas escolas e nos grupos e associaccedilatildeo de bairro

Uma comunidade

consciente das suas

responsabilidades

Insistir e reforccedilar com

accedilotildees educativas para que

populaccedilatildeo mantenha as ruas limpas e coloque o lixo

para ser recolhido

Enfermeiro ESF

Durante todo o ano

ldquoMapeamento dos lotes

sujosrdquo Realizar o

mapeamento dos terrenos

sujos

Identificar os focos e eliminaacute-

los

Criaccedilatildeo de um mapa onde ocorreram focos do mosquito

ACS e

Enfermeiro

Trecircs meses

510 Deacutecimo Passo Gestatildeo do Plano

Com a gestatildeo do plano eacute possiacutevel aos responsaacuteveis acompanhar e monitorar as

accedilotildees avaliando e sempre que necessaacuterio readequando as eventuais falhas do

processo

38

Quadro 10ndash Gestatildeo do Plano

Produtos Responsaacutevel Prazo Situaccedilatildeo Atual

Justificativa Novo Prazo

ldquoMutiratildeo da

limpezardquo

realizar um

dia por mecircs

para limpeza

em parceria

com a

populaccedilatildeo

Enfermeiro da ESF

Inicio imediatamente

(logo apoacutes apresentaccedilatildeo

do projeto)

ldquoFora Denguerdquo Intensificaccedilatildeo das accedilotildees educativas nas escolas e nos grupos e associaccedilatildeo de bairro

Enfermeiro Provab

Durante todo ano

ldquoMapeamento

dos lotes

sujosrdquo

Realizar o

mapeamento

dos terrenos

sujos

ECS e Equipe

de Epidemiologia

Um mecircs para

inicio das atividades

Aleacutem dos 10 passos do Planejamento Estrateacutegico Situacional optei por incluir outros

02 passos que tecircm a finalidade de contribuir para o processo de avaliaccedilatildeo da

Proposta de Intervenccedilatildeo Estatildeo contidos nos itens 511 e 512 a seguir

511 Avaliaccedilatildeo dos Resultados

O instrumento para avaliaccedilatildeo seraacute o Sistema de Informaccedilotildees de Agravos de

Notificaccedilatildeo ndash SINAN

ldquoque tem por objetivo o registro e processamento dos dados sobre agravos

de notificaccedilatildeo em todo o territoacuterio nacional fornecendo informaccedilotildees para

anaacutelise do perfil da morbidade e contribuindo desta forma para a tomada

de decisotildees em niacutevel municipal estadual e federalrdquo (IBGE 2014)

39

Segundo Moraes e Duarte (2009) o SINAN tem sido principal fonte de dados

para coordenaccedilatildeo das accedilotildees de vigilacircncia epidemioloacutegica tanto no sentido de

controle da doenccedila quando como fonte de pesquisa

512 Resultados Eesperados

O resultado esperado eacute

Estabelecer a construccedilatildeo de conhecimento que favoreccedila o autocuidado e a

capacidade de emancipaccedilatildeo da comunidade criando um ambiente seguro com

ecircnfase na educaccedilatildeo e sauacutede com vistas agrave reduccedilatildeo dos casos de dengue na

populaccedilatildeo adscrita da UBS Santos Dumont

40

6 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

O Programa de Valorizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Baacutesica (PROVAB) abriu muitos

caminhos para um horizonte promissor no desenvolvimento da promoccedilatildeo da sauacutede

e da prevenccedilatildeo no campo de atuaccedilatildeo do Programa Sauacutede na Escola criando um

viacutenculo de amizade e confianccedila uma verdadeira parceria com os alunos essencial

na construccedilatildeo de uma sociedade consciente e capaz de cuidar da sua sauacutede de

maneira preventiva loacutegica essa defendida pelo Sistema Uacutenico de Sauacutede

Para noacutes enfermeiros eacute oportunidade de ampliar o horizonte de atuaccedilatildeo

ensinando e aprendendo com o comportamento das crianccedilas dos adolescentes e

jovens vendo de maneira impar o grande desafio da educaccedilatildeo em formar cidadatildeos

com mais sauacutede Como gratificaccedilatildeo recebemos o reconhecimento dos alunos

professores e diretores algo que fica marcado para sempre na formaccedilatildeo do

profissional os laccedilos de confianccedila amizade e reconhecimento satildeo a maior

recompensa e certeza de missatildeo cumprida

Como a Equipe de Sauacutede da Famiacutelia tem como principal objetivo trabalhar na

prevenccedilatildeo de doenccedilas e agravos criando viacutenculos com a clientela a missatildeo de

promover a emancipaccedilatildeo de seus usuaacuterios com ecircnfase no autocuidado exige de

noacutes muita articulaccedilatildeo e intensificaccedilatildeo de accedilotildees educativas Especificamente no caso

da dengue o cumprimento desta missatildeo pode evitar que as constantes epidemias

se tornem parte do cotidiano das pessoas auxiliando os moradores da comunidade

na adoccedilatildeo de medidas responsaacuteveis que visem o cuidado com a sua sauacutede e da

sauacutede da comunidade

Neste sentido a educaccedilatildeo em sauacutede desempenha um papel importante em

manter a comunidade sempre vigilante e em alerta pois o perigo eacute eminente e vive

dentro dos lares das pessoas esperando apenas o momento oportuno e condiccedilotildees

favoraacuteveis para transmitir a dengue

O trabalho dos agentes de controle de endemias e da ESF deve ser

constante focado na eliminaccedilatildeo dos criadouros do mosquito transmissor da dengue

A comunidade deve colaborar com livre acesso dos agentes agraves residecircncias na

colaboraccedilatildeo para eliminaccedilatildeo dos focos nos domiciacutelios e peridomiciacutelios e

multiplicaccedilatildeo das informaccedilotildees sobre o ciclo de vida do vetor entre os vizinhos

amigos e parentes informando que todos estatildeo expostos agrave doenccedila e a mudanccedila de

comportamento pode diminuir os riscos de contrair a dengue

41

Ao poder puacuteblico eacute necessaacuterio adotar um planejamento adequado para

garantir aos cidadatildeos a infraestrutura miacutenima necessaacuteria para viver em comunidade

serviccedilos essenciais como saneamento coleta de lixo e mobilidade que favorecem a

criaccedilatildeo de um ambiente seguro com sauacutede e qualidade de vida

42

REFEREcircNCIAS

ALMEIDA M CM et al Dinacircmica intra-urbana das epidemias de dengue em Belo Horizonte Minas Gerais Brasil 1996-2002 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2008 vol24 n10 pp 2385-2395 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv24n1019pdf Acesso em 02 de out de 2014 ALVES V S A Um modelo de educaccedilatildeo em sauacutede para o Programa Sauacutede da Famiacutelia pela integralidade da atenccedilatildeo e reorientaccedilatildeo do modelo assistencial Interface - Comunic Sauacutede Educ v9 n16 p39-52 set2004fev2005 Disponiacutevel em httpswwwnesconmedicinaufmgbrbibliotecaimagem0303pdf Acesso de jun de 2014 BACKES DS et al (2012) O papel profissional do enfermeiro no Sistema Uacutenico de Sauacutede da sauacutede comunitaacuteria agrave estrateacutegia de sauacutede da famiacutelia Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva

17(1)223-230 2012 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcscv17n1a24v17n1pdf Acesso em 12 de jan 2015 BRASIL Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sauacutede Consulta Estabelecimento - Modulo Profissional - Profissional por Estabelecimento Disponiacutevel em httpcnesdatasusgovbrMod_ProfissionalaspVCo_Unidade=3122302159651 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Cadernos de Informaccedilotildees de Sauacutede Minas Gerais DATASUS TABNET (2010) Disponiacutevel em httptabnetdatasusgovbrtabdatacadernosmghtm Acesso em16 de maio de 2014 BRASIL Dengue - instruccedilotildees para pessoal de combate ao vetor Manual de Normas teacutecnicas - 3 ed rev - Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede 2001 84 p il 30 cm Disponiacutevel em httpbvsmssaudegovbrbvspublicacoesfunasaman_denguepdf acesso em 15 de out de 2014 BRASIL Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz Vetor da dengue na Aacutesia A albopictus eacute alvo de estudos Publicada em 18122008 agraves 1249 Disponiacutevel em httpwwwfiocruzbrioccgicgiluaexesysstarthtminfoid=576ampsid=32amptpl=printerview Acesso em 12 de jan de 2015 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Censo demograacutefico 2010 sinopse Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=1ampsearch=minas-gerais|divinopolis|censo-demografico-2010-sinopse- Acesso em 15 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Divinoacutepolis morbidades hospitalares ndash 2012 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=114ampsearch=minas-gerais|divinopolis|morbidades-hospitalares-2012 Acesso em 12 de maio de 2014

43

BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estaacutetica Divisatildeo Territorial do Brasil e Limites Territoriais Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE) (1 de julho de 2008) Disponiacutevel em httpwwwibgegovbrhomegeocienciascartografiadefault_dtb_intshtm Acesso em16 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Ensino - matriacuteculas docentes e rede escolar ndash 2012 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=117ampsearch=minas-gerais|divinopolis|ensino-matriculas-docentes-e-rede-escolar-2012 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estaacutetica Histoacuterico do Municiacutepio disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrpainelhistoricophplang=ampcodmun=312230ampsearch=minas-gerais|divinopolis|infograficos-historico Acesso 10 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Informaccedilotildees completas Populaccedilatildeo em 2010 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrasperfilphplang=ampcodmun=312230 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Serviccedilos de sauacutede ndash 2009 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=5ampsearch=minas-gerais|divinopolis|servicos-de-saude-2009 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Sistema de informaccedilotildees de agravos de notificaccedilatildeo ndash SINAN Disponiacutevel em httpcesibgegovbrbase-de-dadosmetadadosministerio-da-saudesistema-de-informacoes-de-agravos-de-notificacao-sinan Acesso em 16 de Nov de 2014 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede Dengue aspectos epidemioloacutegicos diagnoacutestico e tratamento Ministeacuterio da Sauacutede Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede ndash Brasiacutelia Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede 2002 Disponiacutevel em httpbvsmssaudegovbrbvspublicacoesdengue_aspecto_epidemiologicos_diagnostico_tratamentopdf Acesso em 02 de out de 2014 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede FUNSA Programa Nacional de Combate a Dengue PNCD Disponiacutevel em httpbvsmssaudegovbrbvspublicacoespncd_2002pdf Acesso em 21 de jun de 2014 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portal Brasil Disponiacutevel em httpwwwbrasilgovbrsaude201311saude-libera-mais-de-r-360-mi-para-combate-a-dengue Acesso em 10 de Nov de 2014

44

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede Departamento de Vigilacircncia Epidemioloacutegica Diretrizes nacionais para prevenccedilatildeo e controle de epidemias de dengue Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede Departamento de Vigilacircncia Epidemioloacutegica ndash Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2009 160 p Disponiacutevel em httpwwwansgovbrportalimgemaildiretrizes_reimpressao_webpdf Acesso em 16 de Nov de 2014

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede (2014) Monitoramento dos casos de dengue e febre de chikungunya ateacute a Semana Epidemioloacutegica (SE) 53 de 2014 Dengue Boletim Epidemioloacutegico ISSN 2358-9450 Volume 46 Ndeg 3 ndash 2015 Disponiacutevel em httpportalsaudesaudegovbrimagespdf2015janeiro192015-002---BE-at---SE-53pdf Acesso em 22 mar de 2015 BRASILSINANONLINE e DVASVEASTSub VPSSES-MG (20122013) Disponiacutevel em httpwwwsaudemggovbrcomponentgmgstory6489-informe-epidemiologico-da-dengue-30-05-2014 Acesso em 08 de jun de 2014 CAMPOS FCC FARIA H P SANTOS MA Planejamento e avaliaccedilatildeo das accedilotildees em sauacutede Curso de Especializaccedilatildeo em Atenccedilatildeo Baacutesica em Sauacutede da Famiacutelia NESCONUFMG Curso de Especializaccedilatildeo em Atenccedilatildeo Baacutesica agrave Sauacutede da Famiacutelia 2ed Belo Horizonte NesconUFMG 2010 Disponiacutevel em lthttpswwwnesconmedicinaufmgbrbibliotecaregistroPlanejamento_e_avaliacao_das_acoes_de_saude_23gt Acesso em Dezembro 2014 DIVINOacutePOLIS Estatuto dos Conselhos Distritais de Sauacutede Conselho Municipal de Sauacutede 1998 DIVINOacutePOLIS Mapa da cidade Disponiacutevel em httpwwwdivinopolismggovbrportalpaginasgeograficosimagensmapadacidadepdf Acesso em 08 de jun de 2014 DIVINOPOLIS Secretaria Municipal de Sauacutede SEMUSA Sistema Integrado de Sauacutede Paciente Famiacutelia Acesso Local Acesso em 15 de maio de 2014 FERREIRA B J et al Evoluccedilatildeo histoacuterica dos programas de prevenccedilatildeo e controle da dengue no Brasil Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2009 vol14 n3 pp 961-972 ISSN 1413-8123 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcscv14n332pdf Acesso em 21 de jun de 2014 FERREIRA IT RN VERAS M A S M and SILVA RA Participaccedilatildeo da populaccedilatildeo no controle da dengue uma anaacutelise da sensibilidade dos planos de sauacutede de municiacutepios do Estado de Satildeo Paulo BrasilCad Sauacutede Puacuteblica [online] 2009 vol25 n12 pp 2683-2694 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielosporgpdfcspv25n1215pdf Acesso em 10 de out de 2014 FIGUEIREDO LT M OWA M A CARLUCCI R H and OLIVEIRA L de Estudo sobre o diagnoacutestico laboratorial e sintomas do dengue durante epidemia ocorrida na regiatildeo de Ribeiratildeo Preto SP Brasil Rev Inst Med trop S Paulo [online] 1992

45

vol34 n2 pp 121-130 ISSN 0036-4665 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfrimtspv34n2a07v34n2pdf Acesso em 13 ago de 2014 FIGUEIROacute AC et al Oacutebito por dengue como evento sentinela para avaliaccedilatildeo da qualidade da assistecircncia estudo de caso em dois municiacutepios da Regiatildeo Nordeste Brasil 2008 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2011 vol27 n12 pp 2373-2385 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv27n1209pdf Acesso em 12 de out de 2014 GIRAtildeO RV et al Educaccedilatildeo em sauacutede sobre a dengue contribuiccedilotildees para o desenvolvimento de competecircncias J res fundam care online 2014 janmar 6(1) 38-46 Disponiacutevel em httpwwwseeruniriobrindexphpcuidadofundamentalarticleview2659pdf_1043 Acesso em 21 de jun de 2014 GONCcedilALVES NETO V S et al Conhecimentos e atitudes da populaccedilatildeo sobre dengue no Municiacutepio de Satildeo Luiacutes Maranhatildeo Brasil 2004 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2006 vol22 n10 pp 2191-2200 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv22n1018pdf Acesso em 10 de out de 2014 LEFEVRE A MC et al Representaccedilotildees sobre dengue seu vetor e accedilotildees de controle por moradores do municiacutepio de Satildeo Sebastiatildeo litoral Norte do Estado de Satildeo Paulo Brasil Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2007 vol23 n7 pp 1696-1706 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv23n722pdf Acesso em 16 de out de 2014 LIMA E C VILASBOAS ALQ Implantaccedilatildeo das Accedilotildees Interssetoriais de Mobilizaccedilatildeo Social do Paraacute o Controle da dengue na Bahia Brasil Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2011 vol27 n8 pp 1507-1519 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv27n806pdf Acesso em 16 de out de 2014 MACHADO RM et al (2013) HISTORIA DA SAUacuteDE MENTAL DE DIVINOacutePOLIS-MG Revista de Enfermagem do Centro Oeste Mineiro 2013 maiago 3 (2) 752-760 httpwwwseerufsjedubrindexphprecomarticleview228439 Acesso em 08 de abr de 2015 MAYO R C et al BEPA - Boletim Epidemioloacutegico Paulista 8(88) 4-12 abr 2011 tab Graf Disponiacutevel em fileCUsersnoteDownloadsv8n88a0120(1)pdf Acesso em 12 de out de 2014 MINAS GERAIS Secretaria Estadual de Sauacutede Programa Estadual de Controle Permanente da Dengue SITUACcedilAtildeO ATUAL DA DENGUE EM MINAS GERAIS RESUMO INFORMATIVO - 15122014 Disponiacutevel em httpwwwsaudemggovbrimagesdocumentosAnaliseDengue15-12-2014pdf Acesso em 10 de jan de 2015 MINAS GERAIS Secretaria de Estado da Sauacutede de Minas Gerais Programa Sauacutede em Casa Disponiacutevel em httpwwwsaudemggovbrpoliacuteticas_de_saudeprograma-saude-em-casa Acesso em 10 de maio de 2014

46

MORAES GH and DUARTE E C Anaacutelise da concordacircncia dos dados de mortalidade por dengue em dois sistemas nacionais de informaccedilatildeo em sauacutede Brasil 2000-2005 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2009 vol25 n11 pp 2354-2364 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielosporgpdfcspv25n1106pdf Acesso em 29 de Nov de 2014 PENNA M L F Um desafio para a sauacutede puacuteblica brasileira o controle do dengue Cad Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro 19(1) 305-309 jan-fev 2003 Disponiacutevel em httpwwwscielosporgpdfcspv19n114932pdf Acesso em 21 de jun de 2014

PREFEITURA MUNICIPAL DE DIVINOacutePOLIS BALANCcedilO DA DENGUE Disponiacutevel em httpwwwdivinopolismggovbrportalnoticiaphpid=11507 Acesso em 19 jan de 2015

RIBEIRO P C SOUSA DC ARAUJO TME Perfil cliacutenico-epidemioloacutegico dos casos suspeitos de Dengue em um bairro da zona sul de Teresina PI Brasil Rev bras enferm [online] 2008 vol61 n2 pp 227-232 ISSN 0034-7167 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfrebenv61n2a13v61n2pdf Acesso em 28 de jul de 2014 VALENTE G SC et al Problematizaccedilatildeo Como Estrateacutegia de Educaccedilatildeo em Sauacutede no Combate a Dengue Um Relato de Experiecircncia R Pesq cuid Fundam Online 2012 outdez 4(4)2987-94 Disponiacutevel em httpwwwseeruniriobrindexphpcuidadofundamentalarticleview1888pdf_641 Acesso em 08 jun de 2014 TEIXEIRA LAS et al Persistecircncia dos sintomas de dengue em uma populaccedilatildeo de Uberaba Minas Gerais Brasil Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2010 vol26 n3 pp 624-630 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv26n319pdf Acesso em 16 de out de 2014

Page 15: PLANO DE AÇÃO NO COMBATE A DENGUE: EDUCAR PARA EVITAR · 2019-11-14 · The Divinopolis follows the same trend, with 4680 notifications and 4139 confirmed ... banhado pelas bacias

15

Mapa 2 - Aacuterea de Abrangecircncia da UBS Santos Dumont ndash Divinoacutepolis-MG 2014

Fonte Prefeitura Municipal de Divinoacutepolis fileCUsersnoteDesktopmapadacidade20(1)20(1)pdf

122 Recursos Humanos

Segundo o Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sauacutede (2014) a

equipe eacute composta por um enfermeiro da estrateacutegia de sauacutede da famiacutelia com 40

horas semanais um cirurgiatildeo dentista com carga horaacuteria de 40 horas semanais um

meacutedico cliacutenico com 40 horas semanais um agente de serviccedilos gerais de 40 horas

semanais 4 agentes comunitaacuterios de sauacutede com 40 horas semanais e um auxiliar de

sauacutede bucal de 40 horas semanais Conforme quadro abaixo

Quadro 1 - Equipe de Sauacutede do UBS Santos Dumont 2014

Fonte Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sauacutede

Segundo o Sistema Integrado de Sauacutede - SIS a Unidade Santos Dumont tem

uma populaccedilatildeo cadastrada de 2208 habitantes com um nuacutemero estimado de 673

16

famiacutelias Quanto ao niacutevel de escolaridade da populaccedilatildeo adscrita assim estaacute

distribuiacuteda doutorado 2 mestrado 1 poacutes-graduaccedilatildeo 1 superior completo 22

superior incompleto 9 fundamental incompleto 123 ensino meacutedio completo 287

fundamental incompleto 1105 meacutedio incompleto 424 analfabetos 226 e natildeo

informado 08 sendo assim a taxa de analfabetismo eacute 1023 acima da meacutedia

nacional conforme o censo do IBGE (BRASIL 2010) que foi de 96 conforme

quadro abaixo

Quadro 2 - Niacutevel de escolaridade da populaccedilatildeo de referecircncia da UBS Santos

Dumont 2014

NIacuteVEL DE ESCOLARIDADE

Doutorado Mestrado Poacutes- graduaccedilatildeo

Superior Superior Incompleto

Fundamental Completo

Ensino meacutedio

Ensino meacutedio incompleto

Fundamental incompleto

Analfabeto Outros

M1 0 0 0 2

20 33 52 240 39 3

M2 1 1 1 15 5 62 102 90 228 47 3

M3 0 0 0 4 2 11 38 252 164 54 1

M4 1

1 2 30 114 30 473 86 1

Sub total 2 1 1 22 9 123 287 424 1105 226 8

POPULACcedilAtildeO TOTAL 2208

Fonte Sistema Integrado de Sauacutede 2014

123 Doenccedilas Crocircnicas

Com relaccedilatildeo agraves doenccedilas crocircnicas segundo o Sistema Integrado de Sauacutede haacute na

comunidade 199 clientes com hipertensatildeo arterial com diabetes 68 clientes com

alguma deficiecircncia 6 com doenccedila de chagas 1 alcoolismo 1 epilepsia 3 e com 8

gestantes

Quadro 3 - Total de Hipertensos e Diabeacuteticos da UBS por Microaacuterea Divinoacutepolis ndash MG 2014

HIPERTENSOS E DIABEacuteTICOS POR MICROAacuteREA

ACS Gracielle Suzana Rosana Rosilene TOTAL

MICROAacuteREA M1 M2 M3 M4

Hipertensatildeo 22 58 16 103 199

Diabeacuteticos 5 21 3 39 68 Fonte Sistema Integrado de Sauacutede de Divinoacutepolis SIS 2014

17

124 Doenccedilas Endecircmicas ndash A Dengue

A Dengue eacute uma doenccedila de origem africana que foi introduzida no paiacutes

segundo Valente et al (2012) por volta do seacuteculo XIX encontrando no Brasil um

clima e condiccedilotildees muito favoraacuteveis a sua multiplicaccedilatildeo mesmo sendo uma doenccedila

antiga o mosquito transmissor da dengue se mostra cada vez mais de difiacutecil controle

Todo ano atinge milhotildees de pessoas em todo mundo e no Brasil As seguidas

epidemias levaram o tema a ser discutido em vaacuterios setores como escolas veiacuteculos

de comunicaccedilatildeo nos setores de sauacutede e tambeacutem pela sociedade civil Segundo o

Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2014) de acordo com os dados contidos no Boletim

Epidemioloacutegico da 53ordf Semana Epidemioloacutegica foram registrados no paiacutes 591080

casos da doenccedila sendo que a regiatildeo Sudeste teve o maior nuacutemero de casos

312318 casos 528 Minas Gerais aparece com 1896 deste total A cidade de

Divinoacutepolis apresentou segundo a Secretaria Municipal de Sauacutede 4680 casos

notificados e segundo a Secretaria de Estado da Sauacutede foram notificados 06 oacutebitos

confirmados conforme quadro abaixo sendo que assim a cidade vem enfrentando

seguidas epidemias de Dengue tornando-se um dos problemas que mais preocupa

a comunidade

Quadro 4 - Casos de Oacutebitos por Dengue Grave em Minas Gerais - 2014

Municiacutepios Oacutebitos

confirmados

Araxaacute Arauacutejos

1 1

Campo Belo Candeias

1 1

Curvelo Divinoacutepolis

1 6

Dores do Indaiaacute 1 Formiga Fronteira Frutal

1 1 1

Itabira Itauacutena

1 2

Ituiutaba Juiz de Fora

1 4

Natalacircndia Nova Serrana

1 1

Passos 8

18

Paracatu 3 Prata Sabaraacute

1 1

Santa Barbara Santa Luzia Santos Dumont

1 1 1

Santa Margarida Uberlacircndia

1 3

Trecircs Coraccedilotildees 1

Total 47

Fonte SINAN ONLINE e DVASVEASTSubVPSSES MG

O grande nuacutemero de terrenos baldios e lotes vagos satildeo apontados pelos

moradores como principal causa do aumento dos focos do mosquito Aedes Aegypti

A foto abaixo mostra o aglomerado ainda pouco habitado onde existem muitas

aacutereas onde haacute somente vegetaccedilatildeo nativa o que favorece o descarte inadequado de

lixo e entulhos recipientes que acumulam aacutegua se tornando grande criadouro do

mosquito transmissor da dengue

Foto 2 - Aacuterea de abrangecircncia da Unidade Baacutesica de Sauacutede Santos Dumont 2014

Fonte httpswwwgooglecombrmaps-201840183-448801014180mdata=3m11e3

19

A regiatildeo ocupada pela populaccedilatildeo da aacuterea de abrangecircncia da UBS Santos

Dumont eacute uma regiatildeo de cerrado Segundo o IBGE (BRASIL 2010) o Iacutendice de

Desenvolvimento Humano - IDH eacute 0764 acima da meacutedia nacional que de 0730 A

cidade apresentou crescimento populacional no periacuteodo de 1991 a 2010

correspondentes a 2889 poreacutem os investimentos em infraestrutura como

pavimentaccedilatildeo e saneamento baacutesico natildeo acompanharam a taxa de crescimento da

cidade algo comum em grandes cidades e cidades de meacutedio porte no paiacutes Na aacuterea

do bairro ainda haacute presenccedila de mata nativa com ocupaccedilatildeo natildeo planejada a

populaccedilatildeo convive com riscos eminentes para a sua sauacutede

Segundo Valente et al (2012) diante do aumento dos casos de dengue

estrateacutegias tradicionais parecem natildeo terem mais o mesmo efeito de outrora Eacute

necessaacuterio o envolvimento de todos os setores sociais para buscar o controle da

situaccedilatildeo com accedilotildees de educaccedilatildeo e sauacutede que podem ser mais efetivas do que

apenas medidas unilaterais baseada em estatiacutesticas ministeriais

Apoacutes os vaacuterios casos atendidos na UBS o que se percebe eacute que ningueacutem

assume que o foco do mosquito possa estar na sua casa conforme afirmam Valente

et al (2012) que a culpa eacute sempre dos vizinhos que natildeo fazem a sua parte o que

torna relevante afirmar ser a negaccedilatildeo da ldquoquestatildeo da culpabilizaccedilatildeo individual e a

culpabilizaccedilatildeo do outrordquo (VALENTE 2012 p2990) Outro dado que chama a

atenccedilatildeo segundo a Secretaria Municipal de Sauacutede (DIVINOacutePOLIS 2014) eacute que os

levantamentos indicam que 9415 dos focos de dengue estatildeo dentro das

residecircncias O relato que os criadouros estatildeo sempre na casa do vizinho esse eacute

com certeza o maior ldquonoacute criacuteticordquo que precisa ser desconstruiacutedo o cidadatildeo se

preocupa com o vizinho e se esquece do seu domiciacutelio

Segundo balanccedilo divulgado pela Secretaria Municipal de Sauacutede

(DIVINOacutePOLIS 2014) os 4139 casos confirmados mais os exames que ainda

aguardam os resultados sinalizam para cidade que tem muito trabalho para

enfrentar esse grave problema de sauacutede puacuteblica Os bairros Nossa Senhora das

Graccedilas Centro Satildeo Joseacute Interlagos Niteroacutei Porto Velho Planalto Santos Dumont

Belvedere e Bom Pastor foram responsaacuteveis por 3027 dos casos notificados na

cidade Em meacutedia a UBS Santos Dumont em relaccedilatildeo agrave populaccedilatildeo adscrita

apresentou um percentual de 215 da populaccedilatildeo total com casos notificados como

se pode observar no quadro abaixo

20

Quadro 5 - Nuacutemero de casos de Dengue em Divinoacutepolis ndash 2014

NOSSA SENHORA DAS GRACcedilAS Fonte Prefeitura Municipal de Divinoacutepolishttpwwwdivinopolismggovbrportalnoticiaphpid=109802014

Segundo Valente et al (2012) a praacutetica de jogar lixo nas ruas como algo do

cotidiano mesmo sabendo que essa accedilatildeo remete aos proacuteprios moradores e a falta

de coleta seletiva regular levam ao acuacutemulo de recipientes de plaacutesticos que durante

o periacuteodo chuvoso tornam-se criadouros do mosquito Esse tambeacutem eacute um

importante tema que necessita ser trabalhado desde a preacute-escola em vaacuterias

oportunidades como reuniatildeo de bairros em eventos esportivos e festivos pois

somente com educaccedilatildeo da populaccedilatildeo se pode mudar essa realidade

BAIRROS COM MAIORES NUacuteMEROS DE CASOS DE DENGUE EM DIVINOacutePOLIS

Bairros NSG CENTRO Satildeo JOSEacute INTERLAGOS NITEROacuteI

PORTO VELHO PLANALTO

SANTOS DUMONT BELVEDERE

BOM PASTOR

307 350 192 123 124 1O8 104 101 98 96

TOTAL 1417

21

2 JUSTIFICATIVA

A enfermagem eacute uma arte cuidar prevenir e proteger a sauacutede o enfermeiro

que atua na equipe de sauacutede da famiacutelia tem importante papel na educaccedilatildeo e na

proteccedilatildeo de sua populaccedilatildeo adscrita por estar perto e conhecer a realidade de sua

comunidade Backes et al (2012)

O conhecimento dos problemas de uma populaccedilatildeo permite a equipe de

Sauacutede da Estrateacutegia da Famiacutelia o planejamento de accedilotildees efetivas e eficazes nas

principais causas de adoecimento de uma comunidade aleacutem de organizar de

maneira ordenada o atendimento da demanda e rotina dos serviccedilos ofertados na

Unidade Baacutesica de Sauacutede Backes et al (2012)

O tema dengue tem relevacircncia por ser a mais importante arbovirose que

atinge o ser humano na atualidade trazendo um enorme prejuiacutezo socioeconocircmico

para toda sociedade

Segundo Figueiredo et al (1992) a dengue eacute uma doenccedila com alta

morbidade e pode evoluir para um quadro grave de hemorragia podendo levar ao

oacutebito Ainda conforme Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2009) em oito paiacuteses do

continente americano e asiaacutetico incluindo o Brasil em 2009 foram gastos U$ 18

bilhotildees somente com despesas ambulatoriais e hospitalares sem contar os recursos

despendidos para vigilacircncia epidemioloacutegica

Em Divinoacutepolis em 2014 foram notificados 4680 notificaccedilotildees e 4139 casos

confirmados e os demais aguardando confirmaccedilatildeo segundo a Secretaria Municipal

de Sauacutede

Ainda outro ponto muito importante eacute que as pessoas acreditam que o

problema eacute sempre do outro conforme salientam Valente et al (2012) que a culpa

dos casos de dengue eacute do vizinho sendo assim ele natildeo se preocupa com a sua

residecircncia Neste mesmo sentido Giratildeo et al (2012) afirmam que devido agrave

adaptaccedilatildeo do vetor as aacutereas domiciliares e peridomiciliares o controle da doenccedila

sem a participaccedilatildeo da populaccedilatildeo estaacute fadado ao fracasso As accedilotildees educaccedilatildeo em

sauacutede satildeo uma ferramenta essencial nessa estrateacutegia proporcionando ao cidadatildeo

uma autonomia para cuidar da sua sauacutede e da prevenccedilatildeo e eliminaccedilatildeo do vetor

Portanto uma proposta de intervenccedilatildeo que enfatize esta participaccedilatildeo da

comunidade conhecendo suas potencialidades e suas necessidades justifica a

realizaccedilatildeo deste trabalho

22

3 OBJETIVOS

31 Objetivo Geral

Elaborar um plano de accedilatildeo com ecircnfase em educaccedilatildeo e sauacutede com vistas agrave

reduccedilatildeo do nuacutemero de casos de dengue no municiacutepio de Divinoacutepolis e

especificamente na aacuterea de abrangecircncia da Unidade de Sauacutede Santos

Dumont

32 Objetivos Especiacuteficos

Organizar um grupo comunitaacuterio de controle e combate ao mosquito

Aedes Aegypti

Despertar na comunidade adscrita da Unidade de Sauacutede Santos Dumont uma

visatildeo criacutetica sobre os novos processos de sauacutede e doenccedila com a priorizaccedilatildeo

de accedilotildees educativas

Descrever os passos de uma proposta de intervenccedilatildeo e acompanhamento de

resultados com ecircnfase em educaccedilatildeo e sauacutede com vista na reduccedilatildeo dos focos

do vetor transmissor da dengue

23

4 BASES CONCEITUAIS

41 Aspectos Gerais da Doenccedila

A dengue eacute atualmente a mais importante arbovirose que acomete o ser

humano no continente americano distribuiacuteda segundo Ferreira et al (2009) desde o

Uruguai ateacute a costa sul dos Estados Unidos abrangendo principalmente Venezuela

Cuba Brasil e Paraguai contaminando cerca de mais de 3 bilhotildees de pessoas em

todo mundo

Segundo Penna (2003) embora o vetor Aedes Aegypti natildeo seja natural das

Ameacutericas encontrou aqui um ambiente favoraacutevel agrave sua multiplicaccedilatildeo Introduzido no

Brasil possivelmente pela Aacutefrica em meados do seacuteculo XIX invadiu o paiacutes e se

expandiu para todo o territoacuterio nacional

Segundo Penna (2003) o vetor chegou a ser erradicado de 1967 a 1973 pelo

meacutetodo de aplicaccedilatildeo de inseticida de accedilatildeo residual que prevalecia por ateacute seis

meses a aplicaccedilatildeo se deu em depoacutesitos que continham ou natildeo aacutegua parada e

tambeacutem ateacute um metro dos potenciais focos do mosquito Atualmente com os

grandes aglomerados urbanos e com a infestaccedilatildeo em todo continente americano a

erradicaccedilatildeo do mosquito natildeo eacute mais viaacutevel por isso o Ministeacuterio da Sauacutede em

parceria com Organizaccedilatildeo Pan-americana da Sauacutede (OPAS) aderiu o ldquoPlano de

Intensificaccedilatildeo das Accedilotildees de Controle da Denguerdquo (PIACD) que trabalha com a

universalidade regional sincronicidade e continuidade das accedilotildees e natildeo na

erradicaccedilatildeo (FERREIRA et al 2009 p 963)

Valente et al (2012) Giratildeo et al (2014) salientam que eacute de fundamental

importacircncia entender que as atuais estrateacutegias de controle vetorial onde haacute

responsabilizaccedilatildeo dos cidadatildeos e eliminaccedilatildeo focal parecem natildeo ter mais efeito

efetivo no combate ao mosquito Aedes Aegypti Diante das seguidas epidemias haacute

necessidade de uma abordagem mais ampla do problema com a participaccedilatildeo efetiva

de toda populaccedilatildeo e de todos os setores da sociedade ldquoenfocando a determinaccedilatildeo

social do processo sauacutede-doenccedila e a transdisciplinalidade das accedilotildeesrdquo (VALENTE et

al 2012 p 2988)

No Brasil segundo Ferreira et al (2009) as condiccedilotildees socioambientais a

falta de saneamento a ausecircncia da coleta seletiva de lixo a maacute distribuiccedilatildeo de

24

renda e a baixa escolaridade criaram um ambiente muito favoraacutevel agrave multiplicaccedilatildeo

do vetor Aedes Aegypti

42 Etiologia

Segundo Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2002) a Dengue eacute uma doenccedila febril

que em sua forma claacutessica apresenta como sinais cliacutenicos dores musculares e nas

articulaccedilotildees cefaleia e dor retro-orbitaacuteria vocircmitos e diarreia Para Almeida et al

(2008) a dengue eacute uma doenccedila de curso que varia de forma benigna a grave pode

apresentar a forma claacutessica a forma hemorraacutegica e o choque sendo que esta uacuteltima

pode levar ao oacutebito

No Brasil segundo a Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz (BRASIL 2008) satildeo

encontrados dois vetores da doenccedila o Aedes aegypti e Aedes albopictus A

transmissatildeo ocorre quando uma fecircmea do inseto pica uma pessoa portadora do

viacuterus e esta passa por periacuteodo de incubaccedilatildeo e logo apoacutes 10 a 14 dias a fecircmea estaacute

apta a transmitir o viacuterus por toda vida em meacutedia vive em torno de 35 a 40 dias

43 Aspectos Epidemioloacutegicos

Segundo Gonccedilalves Neto et al (2006) a dengue eacute considerada como a mais

importante arbovirose transmitida por insetos das uacuteltimas deacutecadas atinge a cada

ano um maior contingente de pessoas com o vetor aparecendo em mais de 100

paiacuteses de clima tropical e subtropical

Em face dessa realidade Ferreira Veras e Silva (2009) salientam que as

sucessivas epidemias de dengue no mundo especialmente no Brasil tecircm

mobilizado e preocupado autoridades e a populaccedilatildeo em geral No estado de Satildeo

Paulo houve um grande aumento dos quadros de dengue hemorraacutegica Cerca de

80 dos municiacutepios paulistas estatildeo totalmente infestados pelo mosquito aedes

aegypti Os motivos pelo quais a sua populaccedilatildeo aumenta significativamente

pontuam os autores satildeo a dificuldade em utilizaccedilatildeo de inseticidas a contrataccedilatildeo de

matildeo de obra qualificada a precaacuteria coleta de lixo especialmente nas grandes

cidades e nas suas regiotildees perifeacutericas aleacutem de fatores como o clima criando o

ambiente cada vez mais favoraacutevel agrave reproduccedilatildeo do mosquito

25

Segundo Mayo et al (2011) em estudo semelhante salienta que a

populaccedilatildeo brasileira vem sofrendo com seguidas epidemias de dengue haacute mais de

duas deacutecadas os autores seguem chamando a atenccedilatildeo para o progressivo aumento

de nuacutemero de casos com complicaccedilotildees seguindo a mesma loacutegica um nuacutemero

maior de municiacutepios vem sofrendo com o aparecimento e o aumento de casos de

dengue hemorraacutegica e o aumento dos oacutebitos por complicaccedilotildees da dengue

Havendo a predominacircncia de tais caracteriacutesticas a dengue tem levado ao alto

nuacutemero de oacutebitos Segundo Figueiroacute et al (2011) isso estaacute associado ainda agrave

imensa massa da populaccedilatildeo exposta Contudo salientam os autores que a doenccedila

tem se tornado um dos problemas de sauacutede reemergentes mais importantes da

histoacuteria Estima-se que 25 bilhotildees de pessoas estatildeo em risco de contrair a doenccedila

ainda que por ano satildeo 50 milhotildees de novos casos Destes cerca 550 mil necessitam

de hospitalizaccedilatildeo e pelo menos 20 mil evoluem para oacutebito Dados epidemioloacutegicos

do Ministeacuterio da Sauacutede tem apontado segundo Figueiro et al (2011) um crescente

aumento dos casos de Febre Hemorraacutegica por Dengue (FHD) e em uma deacutecada a

taxa de letalidade atingiu 68 destacando-se a regiatildeo nordeste com maior iacutendice

de casos entre 1981 a 2007

Contudo salientam Giratildeo et al (2014) que devido agrave adaptaccedilatildeo muito

acentuada do vetor nos peridomiciacutelios e domiciacutelios corroborando estudos da

Secretaria Municipal de Sauacutede de Divinoacutepolis (2014) apontaram que 9415 dos

focos de dengue estatildeo dentro das residecircncias sendo assim a participaccedilatildeo do

cidadatildeo no controle eacute de suma importacircncia no controle da doenccedila

Segundo dados do Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2014) em Minas Gerais a

taxa de incidecircncia da doenccedila foi de foi 2856 casos para cada 100000 habitantes

os 45 oacutebitos indicam um aumento de 3333 casos fatais em relaccedilatildeo a 2013 que

teve um nuacutemero de casos maior Quanto ao tipo de viacuterus circulante verificou-se a

incidecircncia de DENV1 (882) seguido de DENV4 (115) DENV3 (03) e DENV2

(00)

Para implantar as accedilotildees de vigilacircncia em sauacutede o Ministeacuterio da Sauacutede

(BRASIL 2014) por meio da Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede repassou para os

estados e municiacutepios 30 do valor a ser gasto em todo ano de 2014 cerca de R$

3634 milhotildees No mecircs de dezembro de 2013 a fim de intensificar as accedilotildees de

combate agrave dengue no periacuteodo de maior incidecircncia foram fornecidos 100 mil kg de

larvicidas 227 mil litros de adulticida e 104 mil kits para diagnoacutestico

26

Segundo a Secretaria Municipal de Sauacutede (DIVINOacutePOLIS 2014) haacute em

atividade 94 agentes de sauacutede puacuteblicos efetivos e 14 contratados sendo a cidade eacute

dividida em setores De acordo com levantamento raacutepido do iacutendice de infestaccedilatildeo do

aedes aegypti realizado em marccedilo de 2014 obteve-se um percentual de infestaccedilatildeo

do mosquito de 37 nos domiciacutelios visitados em Divinoacutepolis que representam risco

meacutedio para epidemia Em outubro de 2014 o novo levantamento raacutepido do iacutendice de

infestaccedilatildeo apresentou um iacutendice de 09 preocupante visto que o valor muito estaacute

muito proacuteximo do tolerado pela Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede que eacute de 1 Aleacutem

disso as condiccedilotildees climaacuteticas nesse periacuteodo natildeo favorecem a proliferaccedilatildeo do

mosquito por isso pode-se considerar esse valor alto

Em face dos dados apresentados conforme afirmam Ferreira Veras e Silva

(2009) para o controle da dengue a participaccedilatildeo popular eacute indiscutivelmente

essencial visto que o vetor habita os domiciacutelios sendo assim todos tem condiccedilotildees

de colaborar fiscalizando suas moradias O PNCD destaca as accedilotildees educativas

como forma de preparar a comunidade para adoccedilatildeo de comportamentos que

protejam a sauacutede coletiva Ainda segundo os autores durante as epidemias haacute todo

um clamor da miacutedia e do poder puacuteblico no sentido de mobilizar a comunidade para o

controle da doenccedila poreacutem nos periacuteodos de menor incidecircncia esse apelo perde a

intensidade o tema acaba no esquecimento sendo apresentado somente no

proacuteximo periacuteodo de infestaccedilatildeo e transmissatildeo da doenccedila

Ferreira Veras e Silva (2009) em anaacutelise do iacutendice de participaccedilatildeo da

populaccedilatildeo de 16 municiacutepios paulistas detectaram que em mais da metade destes

municiacutepios a participaccedilatildeo era muito baixa em consequecircncia o nuacutemero de pessoas

que contraiacuteram a doenccedila era maior onde haacute menos participaccedilatildeo popular

A educaccedilatildeo permanente segundo Ribeiro Sousa e Arauacutejo (2007) visa

acelerar o processo de adesatildeo da populaccedilatildeo agraves medidas preventivas abordando as

questotildees que envolvem condiccedilotildees de sauacutede moradia saneamento baacutesico indo

aleacutem de accedilotildees pontuais e campanhistas que perdem forccedila nos periacuteodos de baixa

notificaccedilatildeo de casos Eacute preciso buscar parceiros na sociedade civil como nos meios

de comunicaccedilatildeo para divulgaccedilatildeo do enfrentamento da doenccedila o ano inteiro

27

44 Medidas Educativas

Giratildeo et al (2014) destacam que somente com a educaccedilatildeo em sauacutede eacute que

se pode despertar na comunidade uma autonomia para que a populaccedilatildeo se sinta

como uma parte do processo que passa pela prevenccedilatildeo cujo controle depende da

eliminaccedilatildeo dos focos do mosquito dentro dos domiciacutelios

Neste sentido Alves (2005) afirma que a educaccedilatildeo em sauacutede eacute uma

ferramenta capaz de produzir intermediada pelos profissionais de sauacutede uma

compreensatildeo nova do processo sauacutede doenccedila oferecendo agrave populaccedilatildeo subsiacutedios

para adoccedilatildeo de novos haacutebitos de vida com ecircnfase na promoccedilatildeo e prevenccedilatildeo de

situaccedilotildees que podem trazer prejuiacutezos agrave sua sauacutede

Segundo Figueiroacute et al (2011) a doenccedila atinge a cada ano um maior

contingente de pessoas Nesse sentido priorizando a reduccedilatildeo dos casos de dengue

e dengue grave o Ministeacuterio da Sauacutede implantou no paiacutes o Plano Nacional de

Controle da Dengue ndash PNCD O programa eacute gerido de forma tripartite ou seja com

a participaccedilatildeo das trecircs esferas de governos uniatildeo estados e municiacutepios

ldquocompreendendo accedilotildees operacionais de vigilacircncia integrada entomoloacutegica e sobre o

meio ambiente de assistecircncia aos pacientes de educaccedilatildeo em sauacutede comunicaccedilatildeo

e mobilizaccedilatildeo socialrdquo (FIGUEIROacute et al 2011 p 2374) O PNCD compreende ainda

o controle e avaliaccedilatildeo dos agentes comunitaacuterios de sauacutede - ACS entretanto

segundo dados epidemioloacutegicos haacute uma grande dificuldade na realizaccedilatildeo das accedilotildees

e no alcance dos resultados esperados devido agrave baixa participaccedilatildeo da populaccedilatildeo

Para Ferreira Veras e Silva (2009) de acordo com a OPAS uma das maiores

dificuldades das autoridades de sauacutede em articulaccedilatildeo das accedilotildees eacute a parceria com a

comunidade o PNCD tem como um dos eixos a participaccedilatildeo comunitaacuteria para

reduccedilatildeo dos criadouros domiciliares Segundo Ferreira Veras e Silva (2009) a

participaccedilatildeo popular no combate eacute fundamental e defendida pelos organismos

nacionais e internacionais Pode estar inserida a capacitaccedilatildeo da populaccedilatildeo na

promoccedilatildeo e prevenccedilatildeo com o objetivo da melhoria da comunidade tanto na sauacutede

individual quanto coletiva favorecendo a construccedilatildeo de um modelo de sauacutede

compartilhada No controle das epidemias especialmente da dengue cujo vetor vive

na maioria das vezes nas casas das pessoas o PNDC visa o desenvolvimento de

accedilotildees educativas que tem como objetivo a mudanccedila de comportamento das

pessoas na manutenccedilatildeo de um ambiente de vida saudaacutevel Contudo a criteriosa

28

tarefa de evitar epidemias vai muito aleacutem do setor de sauacutede consistem em um

conjunto de accedilotildees poliacuteticas teacutecnicas e sociais que inclui prioritariamente a

participaccedilatildeo popular aliada agrave vigilacircncia epidemioloacutegica

Segundo Gonccedilalves Neto et al (2006) as condiccedilotildees sanitaacuterias prejudicadas

ausecircncia de coleta seletiva de lixo ausecircncia de saneamento baacutesico e um

crescimento desordenado em aacutereas tropicais propiciou raacutepida adaptaccedilatildeo do vetor

nas residecircncias levando o aedes aegpyti aproveitar se dos criadouros

providenciados pelo proacuteprio homem para aumentar sua populaccedilatildeo Contudo salienta

o autor praticamente impossiacutevel desenvolver um trabalho de controle do vetor sem a

participaccedilatildeo da comunidade

Tais afirmaccedilotildees explicam a situaccedilatildeo da populaccedilatildeo adscrita da UBS Santos

Dumont onde ocorreu uma grande expansatildeo de domiciacutelios sem um planejamento

adequado deixando um grande nuacutemero de terrenos baldios uma ocupaccedilatildeo sem a

infraestrutura necessaacuteria falta da coleta seletiva de lixo saneamento baacutesico e

pavimentaccedilatildeo Soma-se a isso a deficiecircncia do Estado em garantir uma coleta de

lixo eficiente deixando margem para a proliferaccedilatildeo da doenccedila

Segundo Almeida et al (2008) a adaptaccedilatildeo do mosquito aedes aegypti cuja

sobrevivecircncia depende de aacutegua parada ocorre principalmente nas aacutereas urbanas

em domiciacutelios e peridomiciacutelios Contudo o vetor eacute muito sensiacutevel agraves condiccedilotildees

ambientais poreacutem seus ovos resistem a longos periacuteodos de dissecaccedilatildeo o que

garante a perpetuaccedilatildeo da espeacutecie Com haacutebito diurno preferencialmente tem uma

especial atraccedilatildeo pelo sangue humano seu deslocamento eacute em meacutedia durante um

voo em condiccedilotildees normais de ambiente sem a interferecircncia de vento de cinquenta

metros portanto sua caracteriacutestica de habitar os domiciacutelios e peridomiciacutelios

permanecendo proacuteximo ao local de ldquopastordquo e postura dos ovos

Segundo Almeida et al (2008) com a ausecircncia de uma vacina eficaz capaz

de evitar a doenccedila a principal profilaxia tem sido o controle vetorial por meio de

identificaccedilatildeo dos focos e aplicaccedilatildeo de inseticidas de accedilatildeo residual para eliminaccedilatildeo

das larvas ou seja o combate focal

Contudo afirmam Almeida et al (2008) o conhecimento do dinamismo do

periacuteodo de maior transmissibilidade e latecircncia tem permitido a organizaccedilatildeo de accedilotildees

mais ou menos acentuadas dependendo do momento da epidemia e das condiccedilotildees

climaacuteticas A presenccedila do vetor em variadas partes das cidades jaacute foi identificada por

meio de estudos o que comprova que a doenccedila natildeo atinge somente uma classe

29

social Quanto agrave diminuiccedilatildeo dos casos dentro de um contexto epidemioloacutegico trecircs

fatores tecircm um papel muito importante as condiccedilotildees climaacuteticas desfavoraacuteveis agrave

viabilidade do vetor esgotamento de hospedeiros susceptiacuteveis e o controle quiacutemico

do vetor

45 Controle

Segundo Mayo et al (2011) existem duas formas de atuaccedilatildeo no controle da

doenccedila o bloqueio e o controle de criadouros Estas medidas tecircm por objetivo a

reduccedilatildeo dos criadouros na aacuterea de atuaccedilatildeo dos agentes de sauacutede o controle por

bloqueio e nebulizaccedilatildeo ocorre agrave aplicaccedilatildeo de inseticida com aplicadores Ultra Baixo

Volume - UBV A atuaccedilatildeo nesse tipo de trabalho em relaccedilatildeo ao feito pelo municiacutepio

diz respeito agrave qualidade do serviccedilo realizado bem como a agilidade na realizaccedilatildeo da

tarefa e o grande alcance da aacuterea coberta e o tipo de equipamento empregado

Para realizaccedilatildeo das tarefas o meacutetodo segue o preconizado pelo PNCD divide

as cidades em aacutereas setores e quarteirotildees Segundo Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL

2001) o bloqueio consiste em parar a transmissatildeo da dengue em municiacutepios com

epidemia instalada e tem como objetivo ainda a identificaccedilatildeo do sorotipo de viacuterus

circulante a aplicaccedilatildeo do UBV sem prejuiacutezo do controle larvaacuterio Quanto agrave

delimitaccedilatildeo de um foco isolado nos casos onde natildeo haacute infestaccedilatildeo deveratildeo ser

tratados todos os imoacuteveis no raio de 300 metros do entorno do local

Na fase de ataque segundo Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2001) deveraacute ser

tratado 100 dos imoacuteveis aleacutem de pontos estrateacutegicos terrenos baldios das zonas

infestadas e todos os potenciais focos devem ser eliminados Na fase de

consolidaccedilatildeo o objetivo eacute a erradicaccedilatildeo do mosquito satildeo desenvolvidas vaacuterias

accedilotildees semelhantes agrave fase de ataque com exceccedilatildeo do tratamento de focos Na fase

de manutenccedilatildeo satildeo visitadas todas as aacutereas positivas e negativas mesmo onde o

vetor foi erradicado as medidas satildeo o uso de armadilhas de oviposiccedilatildeo e inspeccedilotildees

de pontos estrateacutegicos

46 Atuaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Baacutesica no Controle da Dengue

As atividades de controle devem ter uma sinergia com todos os setores

envolvidos no tocante a vigilacircncia epidemioloacutegica haacute necessidade de manter a

30

vistoria em imoacuteveis terrenos depoacutesitos oficinas entre outros locais Teixeira et al

(2010) verificaram que os domiciacutelios com terrenos baldios no entorno apresentaram

maior concentraccedilatildeo da doenccedila

Lima e Vilasboas (2011) salientam que a sauacutede eacute um direito e a maneira que

o Estado tem de garantir esse direito eacute por meio de poliacuteticas puacuteblicas de proteccedilatildeo

prevenccedilatildeo e recuperaccedilatildeo de agravos a simples ausecircncia de doenccedila natildeo pode ser

considerada um conceito de sauacutede visto que as condiccedilotildees sociais de saneamento

baacutesico meio ambiente educaccedilatildeo moradia e renda satildeo fatores determinantes no

processo de adoecimento de um povo A sauacutede deve ser pensada no contexto

ampliado com integraccedilatildeo formando uma rede interssetorial na perspectiva de troca

de ajuda muacutetua na troca de experiecircncias com uma construccedilatildeo muacutetua de saberes

facilitando a resoluccedilatildeo dos problemas enfrentados

Para Lima e Vilasboas (2011) a interssetorialidade pode ser um facilitador

para construccedilatildeo de um sistema de sauacutede efetivo contudo aliado a poliacuteticas puacuteblicas

que possam contribuir para ganho na melhoria da qualidade de vida das pessoas A

interssetorialidade extrapola os limites do poder estatal e envolve a sociedade nas

decisotildees poliacuteticas evita a subordinaccedilatildeo de um setor a outro e diminui as resistecircncias

de alguns membros

Segundo Lefegravevre et al (2007) a populaccedilatildeo tem informaccedilotildees sobre a doenccedila

e do ciclo de vida do transmissor poreacutem esse conhecimento ainda natildeo eacute capaz de

produzir nas pessoas atitudes e comportamento para impedir ou reduzir os

criadouros do mosquito A probabilidade eacute que esse conhecimento vindo de origem

externa fragmentado ou pouco organizado configure um conflito entre o saber

sanitaacuterio e o senso comum Ainda segundo o autor o programa educativo tem sido

aplicado haacute muitos anos mas ateacute hoje ainda natildeo obteve o resultado esperado

contudo haacute necessidade de aprofundar neste contexto para identificar onde estatildeo as

falhas para que possa realmente ter uma populaccedilatildeo engajada no controle do vetor

Para a populaccedilatildeo segundo Lefegravevre et al (2007) haacute uma relaccedilatildeo entre sujo

que seria a doenccedila e limpo que seria a sauacutede levando a ideacuteia equivocada que o lixo

eacute o uacutenico meio de procriaccedilatildeo do mosquito Neste sentido haacute uma sinalizaccedilatildeo para

que o poder puacuteblico perceba a necessidade de informar educar e comunicar

Informar no que diz respeito aos constantes dados epidemioloacutegicos sobre a doenccedila

no Paiacutes no Estado e na sua Comunidade no sentido de incentivar a participaccedilatildeo

popular no controle da doenccedila Educar esclarecendo a forma de transmissibilidade

31

da doenccedila estabelecendo um diaacutelogo de faacutecil entendimento na loacutegica sanitaacuteria sem

confrontar o senso comum buscando construir um relacionamento entre o teacutecnico e

o cidadatildeo e agrave adoccedilatildeo de alternativas na reduccedilatildeo das viacutetimas da dengue

Neste sentido a ESF tem papel fundamental no desenvolvimento de accedilotildees de

prevenccedilatildeo e controle da dengue considerando a relaccedilatildeo de confianccedila que a

populaccedilatildeo manteacutem com a equipe de sauacutede da famiacutelia possibilitando o contato com

o ambiente domeacutestico por meio dos ACSs promovendo um ambiente seguro e livre

do Aedes aegypti (BRASIL 2002) A ESF pode ainda promover accedilotildees educativas

com a populaccedilatildeo mobilizando-a para adotar accedilotildees preventivas realizando tambeacutem a

notificaccedilatildeo imediata dos casos suspeitos possibilitando as medidas tratamento

adequado agraves situaccedilotildees de dengue claacutessica e dengue grave reduzindo os casos

letais e possibilitando o bloqueio dos focos pela vigilacircncia epidemioloacutegica

32

5 PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO

O diagnoacutestico situacional foi realizado com base nas informaccedilotildees contidas em

dados oficiais do IBGE do Sistema Integrado de Sauacutede e embasado no relato dos

problemas levantados pela Equipe de Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia da UBS

Santos Dumont

Foi utilizado o Planejamento Estrateacutegico Situacional ndash PES como referecircncia

para a proposta de intervenccedilatildeo Este meacutetodo possibilita que os atores atraveacutes de

sua proacutepria visatildeo identifiquem as causas possiacuteveis dos problemas como nascem e

se desenvolvem A partir deste ponto de vista podem propor soluccedilotildees para atacar

suas causas e a viabilidade destas soluccedilotildees (CAMPOS FARIA SANTOS 2010)

Assim a partir do diagnoacutestico situacional os 10 passos segundo os autores

mencionados e suas atividades satildeo descritas a seguir

51 Primeiro Passo Definiccedilatildeo dos Problemas

Hipertensatildeo Arterial

Diabetes

Drogas

Gravidez na Adolescecircncia

Dengue

Transtorno Depressivo

Doenccedilas Sexualmente Transmissiacuteveis AIDS

Falta de Saneamento Baacutesico

52 Segundo Passo Priorizaccedilatildeo dos Problemas

Dengue

Falta de Saneamento Baacutesico

53 Terceiro Passo Descriccedilatildeo do Problema Selecionado

Segundo o Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2002) o nosso paiacutes eacute

predominantemente de clima tropical e este eacute um ambiente favoraacutevel agrave proliferaccedilatildeo

do mosquito aedes aegypti principal transmissor da dengue em nosso continente A

33

doenccedila eacute a uma arbovirose transmitida por um artroacutepode que pode apresentar-se

de forma benigna claacutessica ou grave na forma de febre hemorraacutegica

Durante o ano de 2014 segundo o Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2014) mais

meio milhatildeo de casos da doenccedila (591080) 528 soacute na regiatildeo Sudeste em Minas

Gerais foram 59222 com 45 oacutebitos confirmados em Divinoacutepolis segundo a

Secretaria Municipal de Sauacutede (2014) ocorreram 4680 notificaccedilotildees de casos da

doenccedila e confirmados 4139 casos de dengue com 06 oacutebitos sendo que os bairros

Nossa Senhora das Graccedilas Centro Satildeo Joseacute Interlagos Niteroacutei Porto Velho

Planalto Santos Dumont Belvedere e Bom Pastor foram responsaacuteveis por 3027

dos casos de dengue da cidade

Ferreira et al (2009) Lima e Vilasboas (2011) chamam a atenccedilatildeo para a falta

de saneamento baacutesico como um fator agravante que pode elevar a multiplicaccedilatildeo do

vetor da doenccedila Para Gonccedilalves Neto et al (2006) as condiccedilotildees sanitaacuterias

prejudicadas o crescimento desordenado levaram agrave raacutepida adaptaccedilatildeo do vetor agraves

residecircncias causando a disseminaccedilatildeo do viacuterus Tais situaccedilotildees satildeo rotineiras na

populaccedilatildeo adscrita da UBS Santos Dumont

54 Quarto passo Explicaccedilatildeo do Problema

A explicaccedilatildeo para o problema selecionado foi qualificado do ponto de vista

social coletivo e individual

Niacutevel Social Refere-se agrave ausecircncia de poliacuteticas puacuteblicas para melhoria de qualidade

de vida da populaccedilatildeo que convive com a ausecircncia de saneamento baacutesico esgoto a

ceacuteu aberto falta de coleta seletiva e lixo acumulado nas ruas e terrenos baldios

Niacutevel Coletivo Falta de consciecircncia da gravidade da doenccedila que pode acometer a

qualquer pessoa e todas as faixas etaacuterias falta de colaboraccedilatildeo entre os vizinhos que

sempre potildeem a culpa das maacutes condiccedilotildees uns nos outros mas ningueacutem assume a

responsabilidade pelo seu quintal

Niacutevel Individual Falta de compromisso pois segundo dados da SEMUSA

(DIVINOacutePOLIS 2014) 9415 dos focos de Dengue estatildeo dentro das residecircncias

esses focos foram identificados em vasilhas de aacutegua para cachorro galinha calhas

mal projetadas e caixas drsquoaacutegua sem tampa

55 Quinto Passo Seleccedilatildeo dos ldquoNoacutes Criacuteticosrdquo

34

Foram selecionados os seguintes ldquonoacutes criacuteticosrdquo que podem ter relaccedilatildeo direta com o

alto nuacutemero de casos de dengue

Lixo nas ruas falta de conscientizaccedilatildeo da populaccedilatildeo para evitar descarte

incorreto de lixo nas ruas e terrenos baldios

Responsabilizaccedilatildeo do outro falta agrave comunidade assumir que o problema da

dengue natildeo eacute do meu vizinho mas eacute de todos

Lotes sujos falta cobranccedila por parte do poder puacuteblico aos proprietaacuterios de

terrenos vazios que mantenham os lotes limpos e conservados

56 Sexto Passo Desenho de Operaccedilotildees para os ldquoNoacutes Criacuteticosrdquo do Problema

Como soluccedilatildeo dos ldquonoacutes criacuteticosrdquo foram apresentadas as seguintes propostas

contidas no Quadro 6 a seguir

Quadro 6 ndash Desenho das Operaccedilotildees para os Noacutes Criacuteticos Selecionados

ldquoNoacute

Criacuteticordquo

Operaccedilatildeo

Projeto

Resultados

Esperados

Produtos

Esperados

Recursos

Necessaacuterios

Lixo nas ruas Reeducaccedilatildeo conscientizaccedilatildeo ambiental

Ausecircncia de lixo nas ruas e lotes vazios

Bairro limpo sem dengue

Datashow e computador

Responsabiliza ccedilatildeo do outro

Conscientizaccedilatildeo

sobre sauacutede

coletiva

Que todos

unidos com

objetivo de

diminuir os

casos de

dengue

Reduccedilatildeo da

doenccedila

Datashow e computador Panfletos informativos

Lotes sujos Limpeza de

lotes e terrenos

Lotes limpos

e sem focos

da dengue

Diminuiccedilatildeo

do nuacutemero do

mosquito

transmissor

da dengue

Palestras sobre

conservaccedilatildeo

dos terrenos e

lotes vazios

Fiscalizaccedilatildeo da

prefeitura

57 Seacutetimo Passo Identificaccedilatildeo dos Recursos Criacuteticos

35

Para iniacutecio das operaccedilotildees foram apresentados os recursos necessaacuterios e

indispensaacuteveis para o sucesso do processo

Quadro 7 ndash Identificaccedilatildeo dos Recursos Criacuteticos

Operaccedilatildeo

Projeto

Recursos Criacuteticos

Controle dos recursos criacuteticos

Accedilatildeo estrateacutegica

Ator que controla

Motivaccedilatildeo

ldquoMutiratildeo da

limpezardquo

realizar um dia

por mecircs para

limpeza em

parceria com a

populaccedilatildeo

Poliacutetico Veiculo e pessoal para limpeza das ruas

Empresa Municipal de Obras Puacuteblicas

Evitar que lixo se acumule nas ruas

Criaccedilatildeo do dia da limpeza e apresentaccedilatildeo da administraccedilatildeo para apreciaccedilatildeo

ldquoFora Denguerdquo Intensificaccedilatildeo das accedilotildees educativas nas escolas e nos grupos e associaccedilatildeo de bairro

Poliacutetico Articulaccedilatildeo interssetorial Financeiro Disponibilizaccedilatildeo de material informativo

Secretaria Municipal de Sauacutede Secretaria Municipal de Educaccedilatildeo Associaccedilatildeo de bairros

Despertar na comunidade a consciecircncia de sauacutede coletiva

Despertar nos discentes e na comunidade o desejo de erradicar os focos da dengue

ldquoMapeamento

dos lotes sujosrdquo

Realizar o

mapeamento

dos terrenos

sujos

Poliacutetico Notificar os

proprietaacuterios para limpeza do

terreno Financeiro

Recurso para impressatildeo das

notificaccedilotildees

Secretaria Municipal de

Sauacutede

Evitar que as pessoas joguem lixo e entulho em lotes vagos

Conservaccedilatildeo e limpeza dos lotes vazios

58 Oitavo Passo Anaacutelise de Viabilidade do Plano

A proposta a seguir (Quadro 3) apresenta a motivaccedilatildeo para a viabilidade do plano

visto que alguns dos recursos necessaacuterios fogem agrave governabilidade da ESF

36

Quadro 8 ndash Viabilidade do Plano

Operaccedilatildeo

Projeto

Recursos Criacuteticos

Controle dos recursos criacuteticos

Accedilatildeo estrateacutegica

Ator que controla

Motivaccedilatildeo

ldquoMutiratildeo da

limpezardquo

realizar um dia

por mecircs para

limpeza em

parceria com a

populaccedilatildeo

Poliacutetico Veiculo e pessoal para limpeza das ruas

Empresa Municipal de Obras Puacuteblicas

Favoraacutevel Criaccedilatildeo do dia da limpeza e apresentaccedilatildeo agrave administraccedilatildeo para apreciaccedilatildeo

ldquoFora Denguerdquo Intensificaccedilatildeo das accedilotildees educativas nas escolas e nos grupos e associaccedilatildeo de bairro

Poliacutetico Articulaccedilatildeo interssetorial Financeiro Disponibilizaccedilatildeo de material informativo

Secretaria Municipal de Sauacutede Secretaria Municipal de Educaccedilatildeo Associaccedilatildeo de bairros

Favoraacutevel

Despertar nos escolares e na comunidade o desejo de erradicar os focos da dengue

ldquoMapeamento

dos lotes sujosrdquo

Realizar o

mapeamento

dos terrenos

sujos

Poliacutetico Notificar os

proprietaacuterios para limpeza do

terreno Financeiro

Recurso para impressatildeo das

notificaccedilotildees

Secretaria Municipal de

Sauacutede

Indiferente

Conservaccedilatildeo e limpeza dos lotes vazios

37

59 Nono Passo Elaboraccedilatildeo do Plano Operativo

A proposta a seguir no Quadro 9 identifica os atores envolvidos lhes atribuiacutedo

responsabilidades e prazos a cumprir

Quadro 9 ndash Plano Operativo

Operaccedilotildees Resultados Accedilotildees Estrateacutegicas

Responsaacutevel Prazo

ldquoMutiratildeo da limpezardquo realizar um dia por mecircs para limpeza em parceria com a populaccedilatildeo

Limpeza das ruas

e quintais

Coleta de lixo

das ruas Incentivo a limpeza de

lotes e quintais

Equipe de ACS

Durante todo ano

ldquoFora Denguerdquo Intensificaccedilatildeo das accedilotildees educativas nas escolas e nos grupos e associaccedilatildeo de bairro

Uma comunidade

consciente das suas

responsabilidades

Insistir e reforccedilar com

accedilotildees educativas para que

populaccedilatildeo mantenha as ruas limpas e coloque o lixo

para ser recolhido

Enfermeiro ESF

Durante todo o ano

ldquoMapeamento dos lotes

sujosrdquo Realizar o

mapeamento dos terrenos

sujos

Identificar os focos e eliminaacute-

los

Criaccedilatildeo de um mapa onde ocorreram focos do mosquito

ACS e

Enfermeiro

Trecircs meses

510 Deacutecimo Passo Gestatildeo do Plano

Com a gestatildeo do plano eacute possiacutevel aos responsaacuteveis acompanhar e monitorar as

accedilotildees avaliando e sempre que necessaacuterio readequando as eventuais falhas do

processo

38

Quadro 10ndash Gestatildeo do Plano

Produtos Responsaacutevel Prazo Situaccedilatildeo Atual

Justificativa Novo Prazo

ldquoMutiratildeo da

limpezardquo

realizar um

dia por mecircs

para limpeza

em parceria

com a

populaccedilatildeo

Enfermeiro da ESF

Inicio imediatamente

(logo apoacutes apresentaccedilatildeo

do projeto)

ldquoFora Denguerdquo Intensificaccedilatildeo das accedilotildees educativas nas escolas e nos grupos e associaccedilatildeo de bairro

Enfermeiro Provab

Durante todo ano

ldquoMapeamento

dos lotes

sujosrdquo

Realizar o

mapeamento

dos terrenos

sujos

ECS e Equipe

de Epidemiologia

Um mecircs para

inicio das atividades

Aleacutem dos 10 passos do Planejamento Estrateacutegico Situacional optei por incluir outros

02 passos que tecircm a finalidade de contribuir para o processo de avaliaccedilatildeo da

Proposta de Intervenccedilatildeo Estatildeo contidos nos itens 511 e 512 a seguir

511 Avaliaccedilatildeo dos Resultados

O instrumento para avaliaccedilatildeo seraacute o Sistema de Informaccedilotildees de Agravos de

Notificaccedilatildeo ndash SINAN

ldquoque tem por objetivo o registro e processamento dos dados sobre agravos

de notificaccedilatildeo em todo o territoacuterio nacional fornecendo informaccedilotildees para

anaacutelise do perfil da morbidade e contribuindo desta forma para a tomada

de decisotildees em niacutevel municipal estadual e federalrdquo (IBGE 2014)

39

Segundo Moraes e Duarte (2009) o SINAN tem sido principal fonte de dados

para coordenaccedilatildeo das accedilotildees de vigilacircncia epidemioloacutegica tanto no sentido de

controle da doenccedila quando como fonte de pesquisa

512 Resultados Eesperados

O resultado esperado eacute

Estabelecer a construccedilatildeo de conhecimento que favoreccedila o autocuidado e a

capacidade de emancipaccedilatildeo da comunidade criando um ambiente seguro com

ecircnfase na educaccedilatildeo e sauacutede com vistas agrave reduccedilatildeo dos casos de dengue na

populaccedilatildeo adscrita da UBS Santos Dumont

40

6 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

O Programa de Valorizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Baacutesica (PROVAB) abriu muitos

caminhos para um horizonte promissor no desenvolvimento da promoccedilatildeo da sauacutede

e da prevenccedilatildeo no campo de atuaccedilatildeo do Programa Sauacutede na Escola criando um

viacutenculo de amizade e confianccedila uma verdadeira parceria com os alunos essencial

na construccedilatildeo de uma sociedade consciente e capaz de cuidar da sua sauacutede de

maneira preventiva loacutegica essa defendida pelo Sistema Uacutenico de Sauacutede

Para noacutes enfermeiros eacute oportunidade de ampliar o horizonte de atuaccedilatildeo

ensinando e aprendendo com o comportamento das crianccedilas dos adolescentes e

jovens vendo de maneira impar o grande desafio da educaccedilatildeo em formar cidadatildeos

com mais sauacutede Como gratificaccedilatildeo recebemos o reconhecimento dos alunos

professores e diretores algo que fica marcado para sempre na formaccedilatildeo do

profissional os laccedilos de confianccedila amizade e reconhecimento satildeo a maior

recompensa e certeza de missatildeo cumprida

Como a Equipe de Sauacutede da Famiacutelia tem como principal objetivo trabalhar na

prevenccedilatildeo de doenccedilas e agravos criando viacutenculos com a clientela a missatildeo de

promover a emancipaccedilatildeo de seus usuaacuterios com ecircnfase no autocuidado exige de

noacutes muita articulaccedilatildeo e intensificaccedilatildeo de accedilotildees educativas Especificamente no caso

da dengue o cumprimento desta missatildeo pode evitar que as constantes epidemias

se tornem parte do cotidiano das pessoas auxiliando os moradores da comunidade

na adoccedilatildeo de medidas responsaacuteveis que visem o cuidado com a sua sauacutede e da

sauacutede da comunidade

Neste sentido a educaccedilatildeo em sauacutede desempenha um papel importante em

manter a comunidade sempre vigilante e em alerta pois o perigo eacute eminente e vive

dentro dos lares das pessoas esperando apenas o momento oportuno e condiccedilotildees

favoraacuteveis para transmitir a dengue

O trabalho dos agentes de controle de endemias e da ESF deve ser

constante focado na eliminaccedilatildeo dos criadouros do mosquito transmissor da dengue

A comunidade deve colaborar com livre acesso dos agentes agraves residecircncias na

colaboraccedilatildeo para eliminaccedilatildeo dos focos nos domiciacutelios e peridomiciacutelios e

multiplicaccedilatildeo das informaccedilotildees sobre o ciclo de vida do vetor entre os vizinhos

amigos e parentes informando que todos estatildeo expostos agrave doenccedila e a mudanccedila de

comportamento pode diminuir os riscos de contrair a dengue

41

Ao poder puacuteblico eacute necessaacuterio adotar um planejamento adequado para

garantir aos cidadatildeos a infraestrutura miacutenima necessaacuteria para viver em comunidade

serviccedilos essenciais como saneamento coleta de lixo e mobilidade que favorecem a

criaccedilatildeo de um ambiente seguro com sauacutede e qualidade de vida

42

REFEREcircNCIAS

ALMEIDA M CM et al Dinacircmica intra-urbana das epidemias de dengue em Belo Horizonte Minas Gerais Brasil 1996-2002 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2008 vol24 n10 pp 2385-2395 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv24n1019pdf Acesso em 02 de out de 2014 ALVES V S A Um modelo de educaccedilatildeo em sauacutede para o Programa Sauacutede da Famiacutelia pela integralidade da atenccedilatildeo e reorientaccedilatildeo do modelo assistencial Interface - Comunic Sauacutede Educ v9 n16 p39-52 set2004fev2005 Disponiacutevel em httpswwwnesconmedicinaufmgbrbibliotecaimagem0303pdf Acesso de jun de 2014 BACKES DS et al (2012) O papel profissional do enfermeiro no Sistema Uacutenico de Sauacutede da sauacutede comunitaacuteria agrave estrateacutegia de sauacutede da famiacutelia Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva

17(1)223-230 2012 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcscv17n1a24v17n1pdf Acesso em 12 de jan 2015 BRASIL Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sauacutede Consulta Estabelecimento - Modulo Profissional - Profissional por Estabelecimento Disponiacutevel em httpcnesdatasusgovbrMod_ProfissionalaspVCo_Unidade=3122302159651 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Cadernos de Informaccedilotildees de Sauacutede Minas Gerais DATASUS TABNET (2010) Disponiacutevel em httptabnetdatasusgovbrtabdatacadernosmghtm Acesso em16 de maio de 2014 BRASIL Dengue - instruccedilotildees para pessoal de combate ao vetor Manual de Normas teacutecnicas - 3 ed rev - Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede 2001 84 p il 30 cm Disponiacutevel em httpbvsmssaudegovbrbvspublicacoesfunasaman_denguepdf acesso em 15 de out de 2014 BRASIL Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz Vetor da dengue na Aacutesia A albopictus eacute alvo de estudos Publicada em 18122008 agraves 1249 Disponiacutevel em httpwwwfiocruzbrioccgicgiluaexesysstarthtminfoid=576ampsid=32amptpl=printerview Acesso em 12 de jan de 2015 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Censo demograacutefico 2010 sinopse Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=1ampsearch=minas-gerais|divinopolis|censo-demografico-2010-sinopse- Acesso em 15 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Divinoacutepolis morbidades hospitalares ndash 2012 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=114ampsearch=minas-gerais|divinopolis|morbidades-hospitalares-2012 Acesso em 12 de maio de 2014

43

BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estaacutetica Divisatildeo Territorial do Brasil e Limites Territoriais Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE) (1 de julho de 2008) Disponiacutevel em httpwwwibgegovbrhomegeocienciascartografiadefault_dtb_intshtm Acesso em16 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Ensino - matriacuteculas docentes e rede escolar ndash 2012 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=117ampsearch=minas-gerais|divinopolis|ensino-matriculas-docentes-e-rede-escolar-2012 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estaacutetica Histoacuterico do Municiacutepio disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrpainelhistoricophplang=ampcodmun=312230ampsearch=minas-gerais|divinopolis|infograficos-historico Acesso 10 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Informaccedilotildees completas Populaccedilatildeo em 2010 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrasperfilphplang=ampcodmun=312230 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Serviccedilos de sauacutede ndash 2009 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=5ampsearch=minas-gerais|divinopolis|servicos-de-saude-2009 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Sistema de informaccedilotildees de agravos de notificaccedilatildeo ndash SINAN Disponiacutevel em httpcesibgegovbrbase-de-dadosmetadadosministerio-da-saudesistema-de-informacoes-de-agravos-de-notificacao-sinan Acesso em 16 de Nov de 2014 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede Dengue aspectos epidemioloacutegicos diagnoacutestico e tratamento Ministeacuterio da Sauacutede Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede ndash Brasiacutelia Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede 2002 Disponiacutevel em httpbvsmssaudegovbrbvspublicacoesdengue_aspecto_epidemiologicos_diagnostico_tratamentopdf Acesso em 02 de out de 2014 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede FUNSA Programa Nacional de Combate a Dengue PNCD Disponiacutevel em httpbvsmssaudegovbrbvspublicacoespncd_2002pdf Acesso em 21 de jun de 2014 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portal Brasil Disponiacutevel em httpwwwbrasilgovbrsaude201311saude-libera-mais-de-r-360-mi-para-combate-a-dengue Acesso em 10 de Nov de 2014

44

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede Departamento de Vigilacircncia Epidemioloacutegica Diretrizes nacionais para prevenccedilatildeo e controle de epidemias de dengue Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede Departamento de Vigilacircncia Epidemioloacutegica ndash Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2009 160 p Disponiacutevel em httpwwwansgovbrportalimgemaildiretrizes_reimpressao_webpdf Acesso em 16 de Nov de 2014

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede (2014) Monitoramento dos casos de dengue e febre de chikungunya ateacute a Semana Epidemioloacutegica (SE) 53 de 2014 Dengue Boletim Epidemioloacutegico ISSN 2358-9450 Volume 46 Ndeg 3 ndash 2015 Disponiacutevel em httpportalsaudesaudegovbrimagespdf2015janeiro192015-002---BE-at---SE-53pdf Acesso em 22 mar de 2015 BRASILSINANONLINE e DVASVEASTSub VPSSES-MG (20122013) Disponiacutevel em httpwwwsaudemggovbrcomponentgmgstory6489-informe-epidemiologico-da-dengue-30-05-2014 Acesso em 08 de jun de 2014 CAMPOS FCC FARIA H P SANTOS MA Planejamento e avaliaccedilatildeo das accedilotildees em sauacutede Curso de Especializaccedilatildeo em Atenccedilatildeo Baacutesica em Sauacutede da Famiacutelia NESCONUFMG Curso de Especializaccedilatildeo em Atenccedilatildeo Baacutesica agrave Sauacutede da Famiacutelia 2ed Belo Horizonte NesconUFMG 2010 Disponiacutevel em lthttpswwwnesconmedicinaufmgbrbibliotecaregistroPlanejamento_e_avaliacao_das_acoes_de_saude_23gt Acesso em Dezembro 2014 DIVINOacutePOLIS Estatuto dos Conselhos Distritais de Sauacutede Conselho Municipal de Sauacutede 1998 DIVINOacutePOLIS Mapa da cidade Disponiacutevel em httpwwwdivinopolismggovbrportalpaginasgeograficosimagensmapadacidadepdf Acesso em 08 de jun de 2014 DIVINOPOLIS Secretaria Municipal de Sauacutede SEMUSA Sistema Integrado de Sauacutede Paciente Famiacutelia Acesso Local Acesso em 15 de maio de 2014 FERREIRA B J et al Evoluccedilatildeo histoacuterica dos programas de prevenccedilatildeo e controle da dengue no Brasil Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2009 vol14 n3 pp 961-972 ISSN 1413-8123 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcscv14n332pdf Acesso em 21 de jun de 2014 FERREIRA IT RN VERAS M A S M and SILVA RA Participaccedilatildeo da populaccedilatildeo no controle da dengue uma anaacutelise da sensibilidade dos planos de sauacutede de municiacutepios do Estado de Satildeo Paulo BrasilCad Sauacutede Puacuteblica [online] 2009 vol25 n12 pp 2683-2694 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielosporgpdfcspv25n1215pdf Acesso em 10 de out de 2014 FIGUEIREDO LT M OWA M A CARLUCCI R H and OLIVEIRA L de Estudo sobre o diagnoacutestico laboratorial e sintomas do dengue durante epidemia ocorrida na regiatildeo de Ribeiratildeo Preto SP Brasil Rev Inst Med trop S Paulo [online] 1992

45

vol34 n2 pp 121-130 ISSN 0036-4665 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfrimtspv34n2a07v34n2pdf Acesso em 13 ago de 2014 FIGUEIROacute AC et al Oacutebito por dengue como evento sentinela para avaliaccedilatildeo da qualidade da assistecircncia estudo de caso em dois municiacutepios da Regiatildeo Nordeste Brasil 2008 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2011 vol27 n12 pp 2373-2385 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv27n1209pdf Acesso em 12 de out de 2014 GIRAtildeO RV et al Educaccedilatildeo em sauacutede sobre a dengue contribuiccedilotildees para o desenvolvimento de competecircncias J res fundam care online 2014 janmar 6(1) 38-46 Disponiacutevel em httpwwwseeruniriobrindexphpcuidadofundamentalarticleview2659pdf_1043 Acesso em 21 de jun de 2014 GONCcedilALVES NETO V S et al Conhecimentos e atitudes da populaccedilatildeo sobre dengue no Municiacutepio de Satildeo Luiacutes Maranhatildeo Brasil 2004 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2006 vol22 n10 pp 2191-2200 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv22n1018pdf Acesso em 10 de out de 2014 LEFEVRE A MC et al Representaccedilotildees sobre dengue seu vetor e accedilotildees de controle por moradores do municiacutepio de Satildeo Sebastiatildeo litoral Norte do Estado de Satildeo Paulo Brasil Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2007 vol23 n7 pp 1696-1706 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv23n722pdf Acesso em 16 de out de 2014 LIMA E C VILASBOAS ALQ Implantaccedilatildeo das Accedilotildees Interssetoriais de Mobilizaccedilatildeo Social do Paraacute o Controle da dengue na Bahia Brasil Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2011 vol27 n8 pp 1507-1519 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv27n806pdf Acesso em 16 de out de 2014 MACHADO RM et al (2013) HISTORIA DA SAUacuteDE MENTAL DE DIVINOacutePOLIS-MG Revista de Enfermagem do Centro Oeste Mineiro 2013 maiago 3 (2) 752-760 httpwwwseerufsjedubrindexphprecomarticleview228439 Acesso em 08 de abr de 2015 MAYO R C et al BEPA - Boletim Epidemioloacutegico Paulista 8(88) 4-12 abr 2011 tab Graf Disponiacutevel em fileCUsersnoteDownloadsv8n88a0120(1)pdf Acesso em 12 de out de 2014 MINAS GERAIS Secretaria Estadual de Sauacutede Programa Estadual de Controle Permanente da Dengue SITUACcedilAtildeO ATUAL DA DENGUE EM MINAS GERAIS RESUMO INFORMATIVO - 15122014 Disponiacutevel em httpwwwsaudemggovbrimagesdocumentosAnaliseDengue15-12-2014pdf Acesso em 10 de jan de 2015 MINAS GERAIS Secretaria de Estado da Sauacutede de Minas Gerais Programa Sauacutede em Casa Disponiacutevel em httpwwwsaudemggovbrpoliacuteticas_de_saudeprograma-saude-em-casa Acesso em 10 de maio de 2014

46

MORAES GH and DUARTE E C Anaacutelise da concordacircncia dos dados de mortalidade por dengue em dois sistemas nacionais de informaccedilatildeo em sauacutede Brasil 2000-2005 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2009 vol25 n11 pp 2354-2364 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielosporgpdfcspv25n1106pdf Acesso em 29 de Nov de 2014 PENNA M L F Um desafio para a sauacutede puacuteblica brasileira o controle do dengue Cad Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro 19(1) 305-309 jan-fev 2003 Disponiacutevel em httpwwwscielosporgpdfcspv19n114932pdf Acesso em 21 de jun de 2014

PREFEITURA MUNICIPAL DE DIVINOacutePOLIS BALANCcedilO DA DENGUE Disponiacutevel em httpwwwdivinopolismggovbrportalnoticiaphpid=11507 Acesso em 19 jan de 2015

RIBEIRO P C SOUSA DC ARAUJO TME Perfil cliacutenico-epidemioloacutegico dos casos suspeitos de Dengue em um bairro da zona sul de Teresina PI Brasil Rev bras enferm [online] 2008 vol61 n2 pp 227-232 ISSN 0034-7167 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfrebenv61n2a13v61n2pdf Acesso em 28 de jul de 2014 VALENTE G SC et al Problematizaccedilatildeo Como Estrateacutegia de Educaccedilatildeo em Sauacutede no Combate a Dengue Um Relato de Experiecircncia R Pesq cuid Fundam Online 2012 outdez 4(4)2987-94 Disponiacutevel em httpwwwseeruniriobrindexphpcuidadofundamentalarticleview1888pdf_641 Acesso em 08 jun de 2014 TEIXEIRA LAS et al Persistecircncia dos sintomas de dengue em uma populaccedilatildeo de Uberaba Minas Gerais Brasil Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2010 vol26 n3 pp 624-630 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv26n319pdf Acesso em 16 de out de 2014

Page 16: PLANO DE AÇÃO NO COMBATE A DENGUE: EDUCAR PARA EVITAR · 2019-11-14 · The Divinopolis follows the same trend, with 4680 notifications and 4139 confirmed ... banhado pelas bacias

16

famiacutelias Quanto ao niacutevel de escolaridade da populaccedilatildeo adscrita assim estaacute

distribuiacuteda doutorado 2 mestrado 1 poacutes-graduaccedilatildeo 1 superior completo 22

superior incompleto 9 fundamental incompleto 123 ensino meacutedio completo 287

fundamental incompleto 1105 meacutedio incompleto 424 analfabetos 226 e natildeo

informado 08 sendo assim a taxa de analfabetismo eacute 1023 acima da meacutedia

nacional conforme o censo do IBGE (BRASIL 2010) que foi de 96 conforme

quadro abaixo

Quadro 2 - Niacutevel de escolaridade da populaccedilatildeo de referecircncia da UBS Santos

Dumont 2014

NIacuteVEL DE ESCOLARIDADE

Doutorado Mestrado Poacutes- graduaccedilatildeo

Superior Superior Incompleto

Fundamental Completo

Ensino meacutedio

Ensino meacutedio incompleto

Fundamental incompleto

Analfabeto Outros

M1 0 0 0 2

20 33 52 240 39 3

M2 1 1 1 15 5 62 102 90 228 47 3

M3 0 0 0 4 2 11 38 252 164 54 1

M4 1

1 2 30 114 30 473 86 1

Sub total 2 1 1 22 9 123 287 424 1105 226 8

POPULACcedilAtildeO TOTAL 2208

Fonte Sistema Integrado de Sauacutede 2014

123 Doenccedilas Crocircnicas

Com relaccedilatildeo agraves doenccedilas crocircnicas segundo o Sistema Integrado de Sauacutede haacute na

comunidade 199 clientes com hipertensatildeo arterial com diabetes 68 clientes com

alguma deficiecircncia 6 com doenccedila de chagas 1 alcoolismo 1 epilepsia 3 e com 8

gestantes

Quadro 3 - Total de Hipertensos e Diabeacuteticos da UBS por Microaacuterea Divinoacutepolis ndash MG 2014

HIPERTENSOS E DIABEacuteTICOS POR MICROAacuteREA

ACS Gracielle Suzana Rosana Rosilene TOTAL

MICROAacuteREA M1 M2 M3 M4

Hipertensatildeo 22 58 16 103 199

Diabeacuteticos 5 21 3 39 68 Fonte Sistema Integrado de Sauacutede de Divinoacutepolis SIS 2014

17

124 Doenccedilas Endecircmicas ndash A Dengue

A Dengue eacute uma doenccedila de origem africana que foi introduzida no paiacutes

segundo Valente et al (2012) por volta do seacuteculo XIX encontrando no Brasil um

clima e condiccedilotildees muito favoraacuteveis a sua multiplicaccedilatildeo mesmo sendo uma doenccedila

antiga o mosquito transmissor da dengue se mostra cada vez mais de difiacutecil controle

Todo ano atinge milhotildees de pessoas em todo mundo e no Brasil As seguidas

epidemias levaram o tema a ser discutido em vaacuterios setores como escolas veiacuteculos

de comunicaccedilatildeo nos setores de sauacutede e tambeacutem pela sociedade civil Segundo o

Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2014) de acordo com os dados contidos no Boletim

Epidemioloacutegico da 53ordf Semana Epidemioloacutegica foram registrados no paiacutes 591080

casos da doenccedila sendo que a regiatildeo Sudeste teve o maior nuacutemero de casos

312318 casos 528 Minas Gerais aparece com 1896 deste total A cidade de

Divinoacutepolis apresentou segundo a Secretaria Municipal de Sauacutede 4680 casos

notificados e segundo a Secretaria de Estado da Sauacutede foram notificados 06 oacutebitos

confirmados conforme quadro abaixo sendo que assim a cidade vem enfrentando

seguidas epidemias de Dengue tornando-se um dos problemas que mais preocupa

a comunidade

Quadro 4 - Casos de Oacutebitos por Dengue Grave em Minas Gerais - 2014

Municiacutepios Oacutebitos

confirmados

Araxaacute Arauacutejos

1 1

Campo Belo Candeias

1 1

Curvelo Divinoacutepolis

1 6

Dores do Indaiaacute 1 Formiga Fronteira Frutal

1 1 1

Itabira Itauacutena

1 2

Ituiutaba Juiz de Fora

1 4

Natalacircndia Nova Serrana

1 1

Passos 8

18

Paracatu 3 Prata Sabaraacute

1 1

Santa Barbara Santa Luzia Santos Dumont

1 1 1

Santa Margarida Uberlacircndia

1 3

Trecircs Coraccedilotildees 1

Total 47

Fonte SINAN ONLINE e DVASVEASTSubVPSSES MG

O grande nuacutemero de terrenos baldios e lotes vagos satildeo apontados pelos

moradores como principal causa do aumento dos focos do mosquito Aedes Aegypti

A foto abaixo mostra o aglomerado ainda pouco habitado onde existem muitas

aacutereas onde haacute somente vegetaccedilatildeo nativa o que favorece o descarte inadequado de

lixo e entulhos recipientes que acumulam aacutegua se tornando grande criadouro do

mosquito transmissor da dengue

Foto 2 - Aacuterea de abrangecircncia da Unidade Baacutesica de Sauacutede Santos Dumont 2014

Fonte httpswwwgooglecombrmaps-201840183-448801014180mdata=3m11e3

19

A regiatildeo ocupada pela populaccedilatildeo da aacuterea de abrangecircncia da UBS Santos

Dumont eacute uma regiatildeo de cerrado Segundo o IBGE (BRASIL 2010) o Iacutendice de

Desenvolvimento Humano - IDH eacute 0764 acima da meacutedia nacional que de 0730 A

cidade apresentou crescimento populacional no periacuteodo de 1991 a 2010

correspondentes a 2889 poreacutem os investimentos em infraestrutura como

pavimentaccedilatildeo e saneamento baacutesico natildeo acompanharam a taxa de crescimento da

cidade algo comum em grandes cidades e cidades de meacutedio porte no paiacutes Na aacuterea

do bairro ainda haacute presenccedila de mata nativa com ocupaccedilatildeo natildeo planejada a

populaccedilatildeo convive com riscos eminentes para a sua sauacutede

Segundo Valente et al (2012) diante do aumento dos casos de dengue

estrateacutegias tradicionais parecem natildeo terem mais o mesmo efeito de outrora Eacute

necessaacuterio o envolvimento de todos os setores sociais para buscar o controle da

situaccedilatildeo com accedilotildees de educaccedilatildeo e sauacutede que podem ser mais efetivas do que

apenas medidas unilaterais baseada em estatiacutesticas ministeriais

Apoacutes os vaacuterios casos atendidos na UBS o que se percebe eacute que ningueacutem

assume que o foco do mosquito possa estar na sua casa conforme afirmam Valente

et al (2012) que a culpa eacute sempre dos vizinhos que natildeo fazem a sua parte o que

torna relevante afirmar ser a negaccedilatildeo da ldquoquestatildeo da culpabilizaccedilatildeo individual e a

culpabilizaccedilatildeo do outrordquo (VALENTE 2012 p2990) Outro dado que chama a

atenccedilatildeo segundo a Secretaria Municipal de Sauacutede (DIVINOacutePOLIS 2014) eacute que os

levantamentos indicam que 9415 dos focos de dengue estatildeo dentro das

residecircncias O relato que os criadouros estatildeo sempre na casa do vizinho esse eacute

com certeza o maior ldquonoacute criacuteticordquo que precisa ser desconstruiacutedo o cidadatildeo se

preocupa com o vizinho e se esquece do seu domiciacutelio

Segundo balanccedilo divulgado pela Secretaria Municipal de Sauacutede

(DIVINOacutePOLIS 2014) os 4139 casos confirmados mais os exames que ainda

aguardam os resultados sinalizam para cidade que tem muito trabalho para

enfrentar esse grave problema de sauacutede puacuteblica Os bairros Nossa Senhora das

Graccedilas Centro Satildeo Joseacute Interlagos Niteroacutei Porto Velho Planalto Santos Dumont

Belvedere e Bom Pastor foram responsaacuteveis por 3027 dos casos notificados na

cidade Em meacutedia a UBS Santos Dumont em relaccedilatildeo agrave populaccedilatildeo adscrita

apresentou um percentual de 215 da populaccedilatildeo total com casos notificados como

se pode observar no quadro abaixo

20

Quadro 5 - Nuacutemero de casos de Dengue em Divinoacutepolis ndash 2014

NOSSA SENHORA DAS GRACcedilAS Fonte Prefeitura Municipal de Divinoacutepolishttpwwwdivinopolismggovbrportalnoticiaphpid=109802014

Segundo Valente et al (2012) a praacutetica de jogar lixo nas ruas como algo do

cotidiano mesmo sabendo que essa accedilatildeo remete aos proacuteprios moradores e a falta

de coleta seletiva regular levam ao acuacutemulo de recipientes de plaacutesticos que durante

o periacuteodo chuvoso tornam-se criadouros do mosquito Esse tambeacutem eacute um

importante tema que necessita ser trabalhado desde a preacute-escola em vaacuterias

oportunidades como reuniatildeo de bairros em eventos esportivos e festivos pois

somente com educaccedilatildeo da populaccedilatildeo se pode mudar essa realidade

BAIRROS COM MAIORES NUacuteMEROS DE CASOS DE DENGUE EM DIVINOacutePOLIS

Bairros NSG CENTRO Satildeo JOSEacute INTERLAGOS NITEROacuteI

PORTO VELHO PLANALTO

SANTOS DUMONT BELVEDERE

BOM PASTOR

307 350 192 123 124 1O8 104 101 98 96

TOTAL 1417

21

2 JUSTIFICATIVA

A enfermagem eacute uma arte cuidar prevenir e proteger a sauacutede o enfermeiro

que atua na equipe de sauacutede da famiacutelia tem importante papel na educaccedilatildeo e na

proteccedilatildeo de sua populaccedilatildeo adscrita por estar perto e conhecer a realidade de sua

comunidade Backes et al (2012)

O conhecimento dos problemas de uma populaccedilatildeo permite a equipe de

Sauacutede da Estrateacutegia da Famiacutelia o planejamento de accedilotildees efetivas e eficazes nas

principais causas de adoecimento de uma comunidade aleacutem de organizar de

maneira ordenada o atendimento da demanda e rotina dos serviccedilos ofertados na

Unidade Baacutesica de Sauacutede Backes et al (2012)

O tema dengue tem relevacircncia por ser a mais importante arbovirose que

atinge o ser humano na atualidade trazendo um enorme prejuiacutezo socioeconocircmico

para toda sociedade

Segundo Figueiredo et al (1992) a dengue eacute uma doenccedila com alta

morbidade e pode evoluir para um quadro grave de hemorragia podendo levar ao

oacutebito Ainda conforme Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2009) em oito paiacuteses do

continente americano e asiaacutetico incluindo o Brasil em 2009 foram gastos U$ 18

bilhotildees somente com despesas ambulatoriais e hospitalares sem contar os recursos

despendidos para vigilacircncia epidemioloacutegica

Em Divinoacutepolis em 2014 foram notificados 4680 notificaccedilotildees e 4139 casos

confirmados e os demais aguardando confirmaccedilatildeo segundo a Secretaria Municipal

de Sauacutede

Ainda outro ponto muito importante eacute que as pessoas acreditam que o

problema eacute sempre do outro conforme salientam Valente et al (2012) que a culpa

dos casos de dengue eacute do vizinho sendo assim ele natildeo se preocupa com a sua

residecircncia Neste mesmo sentido Giratildeo et al (2012) afirmam que devido agrave

adaptaccedilatildeo do vetor as aacutereas domiciliares e peridomiciliares o controle da doenccedila

sem a participaccedilatildeo da populaccedilatildeo estaacute fadado ao fracasso As accedilotildees educaccedilatildeo em

sauacutede satildeo uma ferramenta essencial nessa estrateacutegia proporcionando ao cidadatildeo

uma autonomia para cuidar da sua sauacutede e da prevenccedilatildeo e eliminaccedilatildeo do vetor

Portanto uma proposta de intervenccedilatildeo que enfatize esta participaccedilatildeo da

comunidade conhecendo suas potencialidades e suas necessidades justifica a

realizaccedilatildeo deste trabalho

22

3 OBJETIVOS

31 Objetivo Geral

Elaborar um plano de accedilatildeo com ecircnfase em educaccedilatildeo e sauacutede com vistas agrave

reduccedilatildeo do nuacutemero de casos de dengue no municiacutepio de Divinoacutepolis e

especificamente na aacuterea de abrangecircncia da Unidade de Sauacutede Santos

Dumont

32 Objetivos Especiacuteficos

Organizar um grupo comunitaacuterio de controle e combate ao mosquito

Aedes Aegypti

Despertar na comunidade adscrita da Unidade de Sauacutede Santos Dumont uma

visatildeo criacutetica sobre os novos processos de sauacutede e doenccedila com a priorizaccedilatildeo

de accedilotildees educativas

Descrever os passos de uma proposta de intervenccedilatildeo e acompanhamento de

resultados com ecircnfase em educaccedilatildeo e sauacutede com vista na reduccedilatildeo dos focos

do vetor transmissor da dengue

23

4 BASES CONCEITUAIS

41 Aspectos Gerais da Doenccedila

A dengue eacute atualmente a mais importante arbovirose que acomete o ser

humano no continente americano distribuiacuteda segundo Ferreira et al (2009) desde o

Uruguai ateacute a costa sul dos Estados Unidos abrangendo principalmente Venezuela

Cuba Brasil e Paraguai contaminando cerca de mais de 3 bilhotildees de pessoas em

todo mundo

Segundo Penna (2003) embora o vetor Aedes Aegypti natildeo seja natural das

Ameacutericas encontrou aqui um ambiente favoraacutevel agrave sua multiplicaccedilatildeo Introduzido no

Brasil possivelmente pela Aacutefrica em meados do seacuteculo XIX invadiu o paiacutes e se

expandiu para todo o territoacuterio nacional

Segundo Penna (2003) o vetor chegou a ser erradicado de 1967 a 1973 pelo

meacutetodo de aplicaccedilatildeo de inseticida de accedilatildeo residual que prevalecia por ateacute seis

meses a aplicaccedilatildeo se deu em depoacutesitos que continham ou natildeo aacutegua parada e

tambeacutem ateacute um metro dos potenciais focos do mosquito Atualmente com os

grandes aglomerados urbanos e com a infestaccedilatildeo em todo continente americano a

erradicaccedilatildeo do mosquito natildeo eacute mais viaacutevel por isso o Ministeacuterio da Sauacutede em

parceria com Organizaccedilatildeo Pan-americana da Sauacutede (OPAS) aderiu o ldquoPlano de

Intensificaccedilatildeo das Accedilotildees de Controle da Denguerdquo (PIACD) que trabalha com a

universalidade regional sincronicidade e continuidade das accedilotildees e natildeo na

erradicaccedilatildeo (FERREIRA et al 2009 p 963)

Valente et al (2012) Giratildeo et al (2014) salientam que eacute de fundamental

importacircncia entender que as atuais estrateacutegias de controle vetorial onde haacute

responsabilizaccedilatildeo dos cidadatildeos e eliminaccedilatildeo focal parecem natildeo ter mais efeito

efetivo no combate ao mosquito Aedes Aegypti Diante das seguidas epidemias haacute

necessidade de uma abordagem mais ampla do problema com a participaccedilatildeo efetiva

de toda populaccedilatildeo e de todos os setores da sociedade ldquoenfocando a determinaccedilatildeo

social do processo sauacutede-doenccedila e a transdisciplinalidade das accedilotildeesrdquo (VALENTE et

al 2012 p 2988)

No Brasil segundo Ferreira et al (2009) as condiccedilotildees socioambientais a

falta de saneamento a ausecircncia da coleta seletiva de lixo a maacute distribuiccedilatildeo de

24

renda e a baixa escolaridade criaram um ambiente muito favoraacutevel agrave multiplicaccedilatildeo

do vetor Aedes Aegypti

42 Etiologia

Segundo Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2002) a Dengue eacute uma doenccedila febril

que em sua forma claacutessica apresenta como sinais cliacutenicos dores musculares e nas

articulaccedilotildees cefaleia e dor retro-orbitaacuteria vocircmitos e diarreia Para Almeida et al

(2008) a dengue eacute uma doenccedila de curso que varia de forma benigna a grave pode

apresentar a forma claacutessica a forma hemorraacutegica e o choque sendo que esta uacuteltima

pode levar ao oacutebito

No Brasil segundo a Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz (BRASIL 2008) satildeo

encontrados dois vetores da doenccedila o Aedes aegypti e Aedes albopictus A

transmissatildeo ocorre quando uma fecircmea do inseto pica uma pessoa portadora do

viacuterus e esta passa por periacuteodo de incubaccedilatildeo e logo apoacutes 10 a 14 dias a fecircmea estaacute

apta a transmitir o viacuterus por toda vida em meacutedia vive em torno de 35 a 40 dias

43 Aspectos Epidemioloacutegicos

Segundo Gonccedilalves Neto et al (2006) a dengue eacute considerada como a mais

importante arbovirose transmitida por insetos das uacuteltimas deacutecadas atinge a cada

ano um maior contingente de pessoas com o vetor aparecendo em mais de 100

paiacuteses de clima tropical e subtropical

Em face dessa realidade Ferreira Veras e Silva (2009) salientam que as

sucessivas epidemias de dengue no mundo especialmente no Brasil tecircm

mobilizado e preocupado autoridades e a populaccedilatildeo em geral No estado de Satildeo

Paulo houve um grande aumento dos quadros de dengue hemorraacutegica Cerca de

80 dos municiacutepios paulistas estatildeo totalmente infestados pelo mosquito aedes

aegypti Os motivos pelo quais a sua populaccedilatildeo aumenta significativamente

pontuam os autores satildeo a dificuldade em utilizaccedilatildeo de inseticidas a contrataccedilatildeo de

matildeo de obra qualificada a precaacuteria coleta de lixo especialmente nas grandes

cidades e nas suas regiotildees perifeacutericas aleacutem de fatores como o clima criando o

ambiente cada vez mais favoraacutevel agrave reproduccedilatildeo do mosquito

25

Segundo Mayo et al (2011) em estudo semelhante salienta que a

populaccedilatildeo brasileira vem sofrendo com seguidas epidemias de dengue haacute mais de

duas deacutecadas os autores seguem chamando a atenccedilatildeo para o progressivo aumento

de nuacutemero de casos com complicaccedilotildees seguindo a mesma loacutegica um nuacutemero

maior de municiacutepios vem sofrendo com o aparecimento e o aumento de casos de

dengue hemorraacutegica e o aumento dos oacutebitos por complicaccedilotildees da dengue

Havendo a predominacircncia de tais caracteriacutesticas a dengue tem levado ao alto

nuacutemero de oacutebitos Segundo Figueiroacute et al (2011) isso estaacute associado ainda agrave

imensa massa da populaccedilatildeo exposta Contudo salientam os autores que a doenccedila

tem se tornado um dos problemas de sauacutede reemergentes mais importantes da

histoacuteria Estima-se que 25 bilhotildees de pessoas estatildeo em risco de contrair a doenccedila

ainda que por ano satildeo 50 milhotildees de novos casos Destes cerca 550 mil necessitam

de hospitalizaccedilatildeo e pelo menos 20 mil evoluem para oacutebito Dados epidemioloacutegicos

do Ministeacuterio da Sauacutede tem apontado segundo Figueiro et al (2011) um crescente

aumento dos casos de Febre Hemorraacutegica por Dengue (FHD) e em uma deacutecada a

taxa de letalidade atingiu 68 destacando-se a regiatildeo nordeste com maior iacutendice

de casos entre 1981 a 2007

Contudo salientam Giratildeo et al (2014) que devido agrave adaptaccedilatildeo muito

acentuada do vetor nos peridomiciacutelios e domiciacutelios corroborando estudos da

Secretaria Municipal de Sauacutede de Divinoacutepolis (2014) apontaram que 9415 dos

focos de dengue estatildeo dentro das residecircncias sendo assim a participaccedilatildeo do

cidadatildeo no controle eacute de suma importacircncia no controle da doenccedila

Segundo dados do Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2014) em Minas Gerais a

taxa de incidecircncia da doenccedila foi de foi 2856 casos para cada 100000 habitantes

os 45 oacutebitos indicam um aumento de 3333 casos fatais em relaccedilatildeo a 2013 que

teve um nuacutemero de casos maior Quanto ao tipo de viacuterus circulante verificou-se a

incidecircncia de DENV1 (882) seguido de DENV4 (115) DENV3 (03) e DENV2

(00)

Para implantar as accedilotildees de vigilacircncia em sauacutede o Ministeacuterio da Sauacutede

(BRASIL 2014) por meio da Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede repassou para os

estados e municiacutepios 30 do valor a ser gasto em todo ano de 2014 cerca de R$

3634 milhotildees No mecircs de dezembro de 2013 a fim de intensificar as accedilotildees de

combate agrave dengue no periacuteodo de maior incidecircncia foram fornecidos 100 mil kg de

larvicidas 227 mil litros de adulticida e 104 mil kits para diagnoacutestico

26

Segundo a Secretaria Municipal de Sauacutede (DIVINOacutePOLIS 2014) haacute em

atividade 94 agentes de sauacutede puacuteblicos efetivos e 14 contratados sendo a cidade eacute

dividida em setores De acordo com levantamento raacutepido do iacutendice de infestaccedilatildeo do

aedes aegypti realizado em marccedilo de 2014 obteve-se um percentual de infestaccedilatildeo

do mosquito de 37 nos domiciacutelios visitados em Divinoacutepolis que representam risco

meacutedio para epidemia Em outubro de 2014 o novo levantamento raacutepido do iacutendice de

infestaccedilatildeo apresentou um iacutendice de 09 preocupante visto que o valor muito estaacute

muito proacuteximo do tolerado pela Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede que eacute de 1 Aleacutem

disso as condiccedilotildees climaacuteticas nesse periacuteodo natildeo favorecem a proliferaccedilatildeo do

mosquito por isso pode-se considerar esse valor alto

Em face dos dados apresentados conforme afirmam Ferreira Veras e Silva

(2009) para o controle da dengue a participaccedilatildeo popular eacute indiscutivelmente

essencial visto que o vetor habita os domiciacutelios sendo assim todos tem condiccedilotildees

de colaborar fiscalizando suas moradias O PNCD destaca as accedilotildees educativas

como forma de preparar a comunidade para adoccedilatildeo de comportamentos que

protejam a sauacutede coletiva Ainda segundo os autores durante as epidemias haacute todo

um clamor da miacutedia e do poder puacuteblico no sentido de mobilizar a comunidade para o

controle da doenccedila poreacutem nos periacuteodos de menor incidecircncia esse apelo perde a

intensidade o tema acaba no esquecimento sendo apresentado somente no

proacuteximo periacuteodo de infestaccedilatildeo e transmissatildeo da doenccedila

Ferreira Veras e Silva (2009) em anaacutelise do iacutendice de participaccedilatildeo da

populaccedilatildeo de 16 municiacutepios paulistas detectaram que em mais da metade destes

municiacutepios a participaccedilatildeo era muito baixa em consequecircncia o nuacutemero de pessoas

que contraiacuteram a doenccedila era maior onde haacute menos participaccedilatildeo popular

A educaccedilatildeo permanente segundo Ribeiro Sousa e Arauacutejo (2007) visa

acelerar o processo de adesatildeo da populaccedilatildeo agraves medidas preventivas abordando as

questotildees que envolvem condiccedilotildees de sauacutede moradia saneamento baacutesico indo

aleacutem de accedilotildees pontuais e campanhistas que perdem forccedila nos periacuteodos de baixa

notificaccedilatildeo de casos Eacute preciso buscar parceiros na sociedade civil como nos meios

de comunicaccedilatildeo para divulgaccedilatildeo do enfrentamento da doenccedila o ano inteiro

27

44 Medidas Educativas

Giratildeo et al (2014) destacam que somente com a educaccedilatildeo em sauacutede eacute que

se pode despertar na comunidade uma autonomia para que a populaccedilatildeo se sinta

como uma parte do processo que passa pela prevenccedilatildeo cujo controle depende da

eliminaccedilatildeo dos focos do mosquito dentro dos domiciacutelios

Neste sentido Alves (2005) afirma que a educaccedilatildeo em sauacutede eacute uma

ferramenta capaz de produzir intermediada pelos profissionais de sauacutede uma

compreensatildeo nova do processo sauacutede doenccedila oferecendo agrave populaccedilatildeo subsiacutedios

para adoccedilatildeo de novos haacutebitos de vida com ecircnfase na promoccedilatildeo e prevenccedilatildeo de

situaccedilotildees que podem trazer prejuiacutezos agrave sua sauacutede

Segundo Figueiroacute et al (2011) a doenccedila atinge a cada ano um maior

contingente de pessoas Nesse sentido priorizando a reduccedilatildeo dos casos de dengue

e dengue grave o Ministeacuterio da Sauacutede implantou no paiacutes o Plano Nacional de

Controle da Dengue ndash PNCD O programa eacute gerido de forma tripartite ou seja com

a participaccedilatildeo das trecircs esferas de governos uniatildeo estados e municiacutepios

ldquocompreendendo accedilotildees operacionais de vigilacircncia integrada entomoloacutegica e sobre o

meio ambiente de assistecircncia aos pacientes de educaccedilatildeo em sauacutede comunicaccedilatildeo

e mobilizaccedilatildeo socialrdquo (FIGUEIROacute et al 2011 p 2374) O PNCD compreende ainda

o controle e avaliaccedilatildeo dos agentes comunitaacuterios de sauacutede - ACS entretanto

segundo dados epidemioloacutegicos haacute uma grande dificuldade na realizaccedilatildeo das accedilotildees

e no alcance dos resultados esperados devido agrave baixa participaccedilatildeo da populaccedilatildeo

Para Ferreira Veras e Silva (2009) de acordo com a OPAS uma das maiores

dificuldades das autoridades de sauacutede em articulaccedilatildeo das accedilotildees eacute a parceria com a

comunidade o PNCD tem como um dos eixos a participaccedilatildeo comunitaacuteria para

reduccedilatildeo dos criadouros domiciliares Segundo Ferreira Veras e Silva (2009) a

participaccedilatildeo popular no combate eacute fundamental e defendida pelos organismos

nacionais e internacionais Pode estar inserida a capacitaccedilatildeo da populaccedilatildeo na

promoccedilatildeo e prevenccedilatildeo com o objetivo da melhoria da comunidade tanto na sauacutede

individual quanto coletiva favorecendo a construccedilatildeo de um modelo de sauacutede

compartilhada No controle das epidemias especialmente da dengue cujo vetor vive

na maioria das vezes nas casas das pessoas o PNDC visa o desenvolvimento de

accedilotildees educativas que tem como objetivo a mudanccedila de comportamento das

pessoas na manutenccedilatildeo de um ambiente de vida saudaacutevel Contudo a criteriosa

28

tarefa de evitar epidemias vai muito aleacutem do setor de sauacutede consistem em um

conjunto de accedilotildees poliacuteticas teacutecnicas e sociais que inclui prioritariamente a

participaccedilatildeo popular aliada agrave vigilacircncia epidemioloacutegica

Segundo Gonccedilalves Neto et al (2006) as condiccedilotildees sanitaacuterias prejudicadas

ausecircncia de coleta seletiva de lixo ausecircncia de saneamento baacutesico e um

crescimento desordenado em aacutereas tropicais propiciou raacutepida adaptaccedilatildeo do vetor

nas residecircncias levando o aedes aegpyti aproveitar se dos criadouros

providenciados pelo proacuteprio homem para aumentar sua populaccedilatildeo Contudo salienta

o autor praticamente impossiacutevel desenvolver um trabalho de controle do vetor sem a

participaccedilatildeo da comunidade

Tais afirmaccedilotildees explicam a situaccedilatildeo da populaccedilatildeo adscrita da UBS Santos

Dumont onde ocorreu uma grande expansatildeo de domiciacutelios sem um planejamento

adequado deixando um grande nuacutemero de terrenos baldios uma ocupaccedilatildeo sem a

infraestrutura necessaacuteria falta da coleta seletiva de lixo saneamento baacutesico e

pavimentaccedilatildeo Soma-se a isso a deficiecircncia do Estado em garantir uma coleta de

lixo eficiente deixando margem para a proliferaccedilatildeo da doenccedila

Segundo Almeida et al (2008) a adaptaccedilatildeo do mosquito aedes aegypti cuja

sobrevivecircncia depende de aacutegua parada ocorre principalmente nas aacutereas urbanas

em domiciacutelios e peridomiciacutelios Contudo o vetor eacute muito sensiacutevel agraves condiccedilotildees

ambientais poreacutem seus ovos resistem a longos periacuteodos de dissecaccedilatildeo o que

garante a perpetuaccedilatildeo da espeacutecie Com haacutebito diurno preferencialmente tem uma

especial atraccedilatildeo pelo sangue humano seu deslocamento eacute em meacutedia durante um

voo em condiccedilotildees normais de ambiente sem a interferecircncia de vento de cinquenta

metros portanto sua caracteriacutestica de habitar os domiciacutelios e peridomiciacutelios

permanecendo proacuteximo ao local de ldquopastordquo e postura dos ovos

Segundo Almeida et al (2008) com a ausecircncia de uma vacina eficaz capaz

de evitar a doenccedila a principal profilaxia tem sido o controle vetorial por meio de

identificaccedilatildeo dos focos e aplicaccedilatildeo de inseticidas de accedilatildeo residual para eliminaccedilatildeo

das larvas ou seja o combate focal

Contudo afirmam Almeida et al (2008) o conhecimento do dinamismo do

periacuteodo de maior transmissibilidade e latecircncia tem permitido a organizaccedilatildeo de accedilotildees

mais ou menos acentuadas dependendo do momento da epidemia e das condiccedilotildees

climaacuteticas A presenccedila do vetor em variadas partes das cidades jaacute foi identificada por

meio de estudos o que comprova que a doenccedila natildeo atinge somente uma classe

29

social Quanto agrave diminuiccedilatildeo dos casos dentro de um contexto epidemioloacutegico trecircs

fatores tecircm um papel muito importante as condiccedilotildees climaacuteticas desfavoraacuteveis agrave

viabilidade do vetor esgotamento de hospedeiros susceptiacuteveis e o controle quiacutemico

do vetor

45 Controle

Segundo Mayo et al (2011) existem duas formas de atuaccedilatildeo no controle da

doenccedila o bloqueio e o controle de criadouros Estas medidas tecircm por objetivo a

reduccedilatildeo dos criadouros na aacuterea de atuaccedilatildeo dos agentes de sauacutede o controle por

bloqueio e nebulizaccedilatildeo ocorre agrave aplicaccedilatildeo de inseticida com aplicadores Ultra Baixo

Volume - UBV A atuaccedilatildeo nesse tipo de trabalho em relaccedilatildeo ao feito pelo municiacutepio

diz respeito agrave qualidade do serviccedilo realizado bem como a agilidade na realizaccedilatildeo da

tarefa e o grande alcance da aacuterea coberta e o tipo de equipamento empregado

Para realizaccedilatildeo das tarefas o meacutetodo segue o preconizado pelo PNCD divide

as cidades em aacutereas setores e quarteirotildees Segundo Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL

2001) o bloqueio consiste em parar a transmissatildeo da dengue em municiacutepios com

epidemia instalada e tem como objetivo ainda a identificaccedilatildeo do sorotipo de viacuterus

circulante a aplicaccedilatildeo do UBV sem prejuiacutezo do controle larvaacuterio Quanto agrave

delimitaccedilatildeo de um foco isolado nos casos onde natildeo haacute infestaccedilatildeo deveratildeo ser

tratados todos os imoacuteveis no raio de 300 metros do entorno do local

Na fase de ataque segundo Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2001) deveraacute ser

tratado 100 dos imoacuteveis aleacutem de pontos estrateacutegicos terrenos baldios das zonas

infestadas e todos os potenciais focos devem ser eliminados Na fase de

consolidaccedilatildeo o objetivo eacute a erradicaccedilatildeo do mosquito satildeo desenvolvidas vaacuterias

accedilotildees semelhantes agrave fase de ataque com exceccedilatildeo do tratamento de focos Na fase

de manutenccedilatildeo satildeo visitadas todas as aacutereas positivas e negativas mesmo onde o

vetor foi erradicado as medidas satildeo o uso de armadilhas de oviposiccedilatildeo e inspeccedilotildees

de pontos estrateacutegicos

46 Atuaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Baacutesica no Controle da Dengue

As atividades de controle devem ter uma sinergia com todos os setores

envolvidos no tocante a vigilacircncia epidemioloacutegica haacute necessidade de manter a

30

vistoria em imoacuteveis terrenos depoacutesitos oficinas entre outros locais Teixeira et al

(2010) verificaram que os domiciacutelios com terrenos baldios no entorno apresentaram

maior concentraccedilatildeo da doenccedila

Lima e Vilasboas (2011) salientam que a sauacutede eacute um direito e a maneira que

o Estado tem de garantir esse direito eacute por meio de poliacuteticas puacuteblicas de proteccedilatildeo

prevenccedilatildeo e recuperaccedilatildeo de agravos a simples ausecircncia de doenccedila natildeo pode ser

considerada um conceito de sauacutede visto que as condiccedilotildees sociais de saneamento

baacutesico meio ambiente educaccedilatildeo moradia e renda satildeo fatores determinantes no

processo de adoecimento de um povo A sauacutede deve ser pensada no contexto

ampliado com integraccedilatildeo formando uma rede interssetorial na perspectiva de troca

de ajuda muacutetua na troca de experiecircncias com uma construccedilatildeo muacutetua de saberes

facilitando a resoluccedilatildeo dos problemas enfrentados

Para Lima e Vilasboas (2011) a interssetorialidade pode ser um facilitador

para construccedilatildeo de um sistema de sauacutede efetivo contudo aliado a poliacuteticas puacuteblicas

que possam contribuir para ganho na melhoria da qualidade de vida das pessoas A

interssetorialidade extrapola os limites do poder estatal e envolve a sociedade nas

decisotildees poliacuteticas evita a subordinaccedilatildeo de um setor a outro e diminui as resistecircncias

de alguns membros

Segundo Lefegravevre et al (2007) a populaccedilatildeo tem informaccedilotildees sobre a doenccedila

e do ciclo de vida do transmissor poreacutem esse conhecimento ainda natildeo eacute capaz de

produzir nas pessoas atitudes e comportamento para impedir ou reduzir os

criadouros do mosquito A probabilidade eacute que esse conhecimento vindo de origem

externa fragmentado ou pouco organizado configure um conflito entre o saber

sanitaacuterio e o senso comum Ainda segundo o autor o programa educativo tem sido

aplicado haacute muitos anos mas ateacute hoje ainda natildeo obteve o resultado esperado

contudo haacute necessidade de aprofundar neste contexto para identificar onde estatildeo as

falhas para que possa realmente ter uma populaccedilatildeo engajada no controle do vetor

Para a populaccedilatildeo segundo Lefegravevre et al (2007) haacute uma relaccedilatildeo entre sujo

que seria a doenccedila e limpo que seria a sauacutede levando a ideacuteia equivocada que o lixo

eacute o uacutenico meio de procriaccedilatildeo do mosquito Neste sentido haacute uma sinalizaccedilatildeo para

que o poder puacuteblico perceba a necessidade de informar educar e comunicar

Informar no que diz respeito aos constantes dados epidemioloacutegicos sobre a doenccedila

no Paiacutes no Estado e na sua Comunidade no sentido de incentivar a participaccedilatildeo

popular no controle da doenccedila Educar esclarecendo a forma de transmissibilidade

31

da doenccedila estabelecendo um diaacutelogo de faacutecil entendimento na loacutegica sanitaacuteria sem

confrontar o senso comum buscando construir um relacionamento entre o teacutecnico e

o cidadatildeo e agrave adoccedilatildeo de alternativas na reduccedilatildeo das viacutetimas da dengue

Neste sentido a ESF tem papel fundamental no desenvolvimento de accedilotildees de

prevenccedilatildeo e controle da dengue considerando a relaccedilatildeo de confianccedila que a

populaccedilatildeo manteacutem com a equipe de sauacutede da famiacutelia possibilitando o contato com

o ambiente domeacutestico por meio dos ACSs promovendo um ambiente seguro e livre

do Aedes aegypti (BRASIL 2002) A ESF pode ainda promover accedilotildees educativas

com a populaccedilatildeo mobilizando-a para adotar accedilotildees preventivas realizando tambeacutem a

notificaccedilatildeo imediata dos casos suspeitos possibilitando as medidas tratamento

adequado agraves situaccedilotildees de dengue claacutessica e dengue grave reduzindo os casos

letais e possibilitando o bloqueio dos focos pela vigilacircncia epidemioloacutegica

32

5 PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO

O diagnoacutestico situacional foi realizado com base nas informaccedilotildees contidas em

dados oficiais do IBGE do Sistema Integrado de Sauacutede e embasado no relato dos

problemas levantados pela Equipe de Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia da UBS

Santos Dumont

Foi utilizado o Planejamento Estrateacutegico Situacional ndash PES como referecircncia

para a proposta de intervenccedilatildeo Este meacutetodo possibilita que os atores atraveacutes de

sua proacutepria visatildeo identifiquem as causas possiacuteveis dos problemas como nascem e

se desenvolvem A partir deste ponto de vista podem propor soluccedilotildees para atacar

suas causas e a viabilidade destas soluccedilotildees (CAMPOS FARIA SANTOS 2010)

Assim a partir do diagnoacutestico situacional os 10 passos segundo os autores

mencionados e suas atividades satildeo descritas a seguir

51 Primeiro Passo Definiccedilatildeo dos Problemas

Hipertensatildeo Arterial

Diabetes

Drogas

Gravidez na Adolescecircncia

Dengue

Transtorno Depressivo

Doenccedilas Sexualmente Transmissiacuteveis AIDS

Falta de Saneamento Baacutesico

52 Segundo Passo Priorizaccedilatildeo dos Problemas

Dengue

Falta de Saneamento Baacutesico

53 Terceiro Passo Descriccedilatildeo do Problema Selecionado

Segundo o Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2002) o nosso paiacutes eacute

predominantemente de clima tropical e este eacute um ambiente favoraacutevel agrave proliferaccedilatildeo

do mosquito aedes aegypti principal transmissor da dengue em nosso continente A

33

doenccedila eacute a uma arbovirose transmitida por um artroacutepode que pode apresentar-se

de forma benigna claacutessica ou grave na forma de febre hemorraacutegica

Durante o ano de 2014 segundo o Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2014) mais

meio milhatildeo de casos da doenccedila (591080) 528 soacute na regiatildeo Sudeste em Minas

Gerais foram 59222 com 45 oacutebitos confirmados em Divinoacutepolis segundo a

Secretaria Municipal de Sauacutede (2014) ocorreram 4680 notificaccedilotildees de casos da

doenccedila e confirmados 4139 casos de dengue com 06 oacutebitos sendo que os bairros

Nossa Senhora das Graccedilas Centro Satildeo Joseacute Interlagos Niteroacutei Porto Velho

Planalto Santos Dumont Belvedere e Bom Pastor foram responsaacuteveis por 3027

dos casos de dengue da cidade

Ferreira et al (2009) Lima e Vilasboas (2011) chamam a atenccedilatildeo para a falta

de saneamento baacutesico como um fator agravante que pode elevar a multiplicaccedilatildeo do

vetor da doenccedila Para Gonccedilalves Neto et al (2006) as condiccedilotildees sanitaacuterias

prejudicadas o crescimento desordenado levaram agrave raacutepida adaptaccedilatildeo do vetor agraves

residecircncias causando a disseminaccedilatildeo do viacuterus Tais situaccedilotildees satildeo rotineiras na

populaccedilatildeo adscrita da UBS Santos Dumont

54 Quarto passo Explicaccedilatildeo do Problema

A explicaccedilatildeo para o problema selecionado foi qualificado do ponto de vista

social coletivo e individual

Niacutevel Social Refere-se agrave ausecircncia de poliacuteticas puacuteblicas para melhoria de qualidade

de vida da populaccedilatildeo que convive com a ausecircncia de saneamento baacutesico esgoto a

ceacuteu aberto falta de coleta seletiva e lixo acumulado nas ruas e terrenos baldios

Niacutevel Coletivo Falta de consciecircncia da gravidade da doenccedila que pode acometer a

qualquer pessoa e todas as faixas etaacuterias falta de colaboraccedilatildeo entre os vizinhos que

sempre potildeem a culpa das maacutes condiccedilotildees uns nos outros mas ningueacutem assume a

responsabilidade pelo seu quintal

Niacutevel Individual Falta de compromisso pois segundo dados da SEMUSA

(DIVINOacutePOLIS 2014) 9415 dos focos de Dengue estatildeo dentro das residecircncias

esses focos foram identificados em vasilhas de aacutegua para cachorro galinha calhas

mal projetadas e caixas drsquoaacutegua sem tampa

55 Quinto Passo Seleccedilatildeo dos ldquoNoacutes Criacuteticosrdquo

34

Foram selecionados os seguintes ldquonoacutes criacuteticosrdquo que podem ter relaccedilatildeo direta com o

alto nuacutemero de casos de dengue

Lixo nas ruas falta de conscientizaccedilatildeo da populaccedilatildeo para evitar descarte

incorreto de lixo nas ruas e terrenos baldios

Responsabilizaccedilatildeo do outro falta agrave comunidade assumir que o problema da

dengue natildeo eacute do meu vizinho mas eacute de todos

Lotes sujos falta cobranccedila por parte do poder puacuteblico aos proprietaacuterios de

terrenos vazios que mantenham os lotes limpos e conservados

56 Sexto Passo Desenho de Operaccedilotildees para os ldquoNoacutes Criacuteticosrdquo do Problema

Como soluccedilatildeo dos ldquonoacutes criacuteticosrdquo foram apresentadas as seguintes propostas

contidas no Quadro 6 a seguir

Quadro 6 ndash Desenho das Operaccedilotildees para os Noacutes Criacuteticos Selecionados

ldquoNoacute

Criacuteticordquo

Operaccedilatildeo

Projeto

Resultados

Esperados

Produtos

Esperados

Recursos

Necessaacuterios

Lixo nas ruas Reeducaccedilatildeo conscientizaccedilatildeo ambiental

Ausecircncia de lixo nas ruas e lotes vazios

Bairro limpo sem dengue

Datashow e computador

Responsabiliza ccedilatildeo do outro

Conscientizaccedilatildeo

sobre sauacutede

coletiva

Que todos

unidos com

objetivo de

diminuir os

casos de

dengue

Reduccedilatildeo da

doenccedila

Datashow e computador Panfletos informativos

Lotes sujos Limpeza de

lotes e terrenos

Lotes limpos

e sem focos

da dengue

Diminuiccedilatildeo

do nuacutemero do

mosquito

transmissor

da dengue

Palestras sobre

conservaccedilatildeo

dos terrenos e

lotes vazios

Fiscalizaccedilatildeo da

prefeitura

57 Seacutetimo Passo Identificaccedilatildeo dos Recursos Criacuteticos

35

Para iniacutecio das operaccedilotildees foram apresentados os recursos necessaacuterios e

indispensaacuteveis para o sucesso do processo

Quadro 7 ndash Identificaccedilatildeo dos Recursos Criacuteticos

Operaccedilatildeo

Projeto

Recursos Criacuteticos

Controle dos recursos criacuteticos

Accedilatildeo estrateacutegica

Ator que controla

Motivaccedilatildeo

ldquoMutiratildeo da

limpezardquo

realizar um dia

por mecircs para

limpeza em

parceria com a

populaccedilatildeo

Poliacutetico Veiculo e pessoal para limpeza das ruas

Empresa Municipal de Obras Puacuteblicas

Evitar que lixo se acumule nas ruas

Criaccedilatildeo do dia da limpeza e apresentaccedilatildeo da administraccedilatildeo para apreciaccedilatildeo

ldquoFora Denguerdquo Intensificaccedilatildeo das accedilotildees educativas nas escolas e nos grupos e associaccedilatildeo de bairro

Poliacutetico Articulaccedilatildeo interssetorial Financeiro Disponibilizaccedilatildeo de material informativo

Secretaria Municipal de Sauacutede Secretaria Municipal de Educaccedilatildeo Associaccedilatildeo de bairros

Despertar na comunidade a consciecircncia de sauacutede coletiva

Despertar nos discentes e na comunidade o desejo de erradicar os focos da dengue

ldquoMapeamento

dos lotes sujosrdquo

Realizar o

mapeamento

dos terrenos

sujos

Poliacutetico Notificar os

proprietaacuterios para limpeza do

terreno Financeiro

Recurso para impressatildeo das

notificaccedilotildees

Secretaria Municipal de

Sauacutede

Evitar que as pessoas joguem lixo e entulho em lotes vagos

Conservaccedilatildeo e limpeza dos lotes vazios

58 Oitavo Passo Anaacutelise de Viabilidade do Plano

A proposta a seguir (Quadro 3) apresenta a motivaccedilatildeo para a viabilidade do plano

visto que alguns dos recursos necessaacuterios fogem agrave governabilidade da ESF

36

Quadro 8 ndash Viabilidade do Plano

Operaccedilatildeo

Projeto

Recursos Criacuteticos

Controle dos recursos criacuteticos

Accedilatildeo estrateacutegica

Ator que controla

Motivaccedilatildeo

ldquoMutiratildeo da

limpezardquo

realizar um dia

por mecircs para

limpeza em

parceria com a

populaccedilatildeo

Poliacutetico Veiculo e pessoal para limpeza das ruas

Empresa Municipal de Obras Puacuteblicas

Favoraacutevel Criaccedilatildeo do dia da limpeza e apresentaccedilatildeo agrave administraccedilatildeo para apreciaccedilatildeo

ldquoFora Denguerdquo Intensificaccedilatildeo das accedilotildees educativas nas escolas e nos grupos e associaccedilatildeo de bairro

Poliacutetico Articulaccedilatildeo interssetorial Financeiro Disponibilizaccedilatildeo de material informativo

Secretaria Municipal de Sauacutede Secretaria Municipal de Educaccedilatildeo Associaccedilatildeo de bairros

Favoraacutevel

Despertar nos escolares e na comunidade o desejo de erradicar os focos da dengue

ldquoMapeamento

dos lotes sujosrdquo

Realizar o

mapeamento

dos terrenos

sujos

Poliacutetico Notificar os

proprietaacuterios para limpeza do

terreno Financeiro

Recurso para impressatildeo das

notificaccedilotildees

Secretaria Municipal de

Sauacutede

Indiferente

Conservaccedilatildeo e limpeza dos lotes vazios

37

59 Nono Passo Elaboraccedilatildeo do Plano Operativo

A proposta a seguir no Quadro 9 identifica os atores envolvidos lhes atribuiacutedo

responsabilidades e prazos a cumprir

Quadro 9 ndash Plano Operativo

Operaccedilotildees Resultados Accedilotildees Estrateacutegicas

Responsaacutevel Prazo

ldquoMutiratildeo da limpezardquo realizar um dia por mecircs para limpeza em parceria com a populaccedilatildeo

Limpeza das ruas

e quintais

Coleta de lixo

das ruas Incentivo a limpeza de

lotes e quintais

Equipe de ACS

Durante todo ano

ldquoFora Denguerdquo Intensificaccedilatildeo das accedilotildees educativas nas escolas e nos grupos e associaccedilatildeo de bairro

Uma comunidade

consciente das suas

responsabilidades

Insistir e reforccedilar com

accedilotildees educativas para que

populaccedilatildeo mantenha as ruas limpas e coloque o lixo

para ser recolhido

Enfermeiro ESF

Durante todo o ano

ldquoMapeamento dos lotes

sujosrdquo Realizar o

mapeamento dos terrenos

sujos

Identificar os focos e eliminaacute-

los

Criaccedilatildeo de um mapa onde ocorreram focos do mosquito

ACS e

Enfermeiro

Trecircs meses

510 Deacutecimo Passo Gestatildeo do Plano

Com a gestatildeo do plano eacute possiacutevel aos responsaacuteveis acompanhar e monitorar as

accedilotildees avaliando e sempre que necessaacuterio readequando as eventuais falhas do

processo

38

Quadro 10ndash Gestatildeo do Plano

Produtos Responsaacutevel Prazo Situaccedilatildeo Atual

Justificativa Novo Prazo

ldquoMutiratildeo da

limpezardquo

realizar um

dia por mecircs

para limpeza

em parceria

com a

populaccedilatildeo

Enfermeiro da ESF

Inicio imediatamente

(logo apoacutes apresentaccedilatildeo

do projeto)

ldquoFora Denguerdquo Intensificaccedilatildeo das accedilotildees educativas nas escolas e nos grupos e associaccedilatildeo de bairro

Enfermeiro Provab

Durante todo ano

ldquoMapeamento

dos lotes

sujosrdquo

Realizar o

mapeamento

dos terrenos

sujos

ECS e Equipe

de Epidemiologia

Um mecircs para

inicio das atividades

Aleacutem dos 10 passos do Planejamento Estrateacutegico Situacional optei por incluir outros

02 passos que tecircm a finalidade de contribuir para o processo de avaliaccedilatildeo da

Proposta de Intervenccedilatildeo Estatildeo contidos nos itens 511 e 512 a seguir

511 Avaliaccedilatildeo dos Resultados

O instrumento para avaliaccedilatildeo seraacute o Sistema de Informaccedilotildees de Agravos de

Notificaccedilatildeo ndash SINAN

ldquoque tem por objetivo o registro e processamento dos dados sobre agravos

de notificaccedilatildeo em todo o territoacuterio nacional fornecendo informaccedilotildees para

anaacutelise do perfil da morbidade e contribuindo desta forma para a tomada

de decisotildees em niacutevel municipal estadual e federalrdquo (IBGE 2014)

39

Segundo Moraes e Duarte (2009) o SINAN tem sido principal fonte de dados

para coordenaccedilatildeo das accedilotildees de vigilacircncia epidemioloacutegica tanto no sentido de

controle da doenccedila quando como fonte de pesquisa

512 Resultados Eesperados

O resultado esperado eacute

Estabelecer a construccedilatildeo de conhecimento que favoreccedila o autocuidado e a

capacidade de emancipaccedilatildeo da comunidade criando um ambiente seguro com

ecircnfase na educaccedilatildeo e sauacutede com vistas agrave reduccedilatildeo dos casos de dengue na

populaccedilatildeo adscrita da UBS Santos Dumont

40

6 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

O Programa de Valorizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Baacutesica (PROVAB) abriu muitos

caminhos para um horizonte promissor no desenvolvimento da promoccedilatildeo da sauacutede

e da prevenccedilatildeo no campo de atuaccedilatildeo do Programa Sauacutede na Escola criando um

viacutenculo de amizade e confianccedila uma verdadeira parceria com os alunos essencial

na construccedilatildeo de uma sociedade consciente e capaz de cuidar da sua sauacutede de

maneira preventiva loacutegica essa defendida pelo Sistema Uacutenico de Sauacutede

Para noacutes enfermeiros eacute oportunidade de ampliar o horizonte de atuaccedilatildeo

ensinando e aprendendo com o comportamento das crianccedilas dos adolescentes e

jovens vendo de maneira impar o grande desafio da educaccedilatildeo em formar cidadatildeos

com mais sauacutede Como gratificaccedilatildeo recebemos o reconhecimento dos alunos

professores e diretores algo que fica marcado para sempre na formaccedilatildeo do

profissional os laccedilos de confianccedila amizade e reconhecimento satildeo a maior

recompensa e certeza de missatildeo cumprida

Como a Equipe de Sauacutede da Famiacutelia tem como principal objetivo trabalhar na

prevenccedilatildeo de doenccedilas e agravos criando viacutenculos com a clientela a missatildeo de

promover a emancipaccedilatildeo de seus usuaacuterios com ecircnfase no autocuidado exige de

noacutes muita articulaccedilatildeo e intensificaccedilatildeo de accedilotildees educativas Especificamente no caso

da dengue o cumprimento desta missatildeo pode evitar que as constantes epidemias

se tornem parte do cotidiano das pessoas auxiliando os moradores da comunidade

na adoccedilatildeo de medidas responsaacuteveis que visem o cuidado com a sua sauacutede e da

sauacutede da comunidade

Neste sentido a educaccedilatildeo em sauacutede desempenha um papel importante em

manter a comunidade sempre vigilante e em alerta pois o perigo eacute eminente e vive

dentro dos lares das pessoas esperando apenas o momento oportuno e condiccedilotildees

favoraacuteveis para transmitir a dengue

O trabalho dos agentes de controle de endemias e da ESF deve ser

constante focado na eliminaccedilatildeo dos criadouros do mosquito transmissor da dengue

A comunidade deve colaborar com livre acesso dos agentes agraves residecircncias na

colaboraccedilatildeo para eliminaccedilatildeo dos focos nos domiciacutelios e peridomiciacutelios e

multiplicaccedilatildeo das informaccedilotildees sobre o ciclo de vida do vetor entre os vizinhos

amigos e parentes informando que todos estatildeo expostos agrave doenccedila e a mudanccedila de

comportamento pode diminuir os riscos de contrair a dengue

41

Ao poder puacuteblico eacute necessaacuterio adotar um planejamento adequado para

garantir aos cidadatildeos a infraestrutura miacutenima necessaacuteria para viver em comunidade

serviccedilos essenciais como saneamento coleta de lixo e mobilidade que favorecem a

criaccedilatildeo de um ambiente seguro com sauacutede e qualidade de vida

42

REFEREcircNCIAS

ALMEIDA M CM et al Dinacircmica intra-urbana das epidemias de dengue em Belo Horizonte Minas Gerais Brasil 1996-2002 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2008 vol24 n10 pp 2385-2395 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv24n1019pdf Acesso em 02 de out de 2014 ALVES V S A Um modelo de educaccedilatildeo em sauacutede para o Programa Sauacutede da Famiacutelia pela integralidade da atenccedilatildeo e reorientaccedilatildeo do modelo assistencial Interface - Comunic Sauacutede Educ v9 n16 p39-52 set2004fev2005 Disponiacutevel em httpswwwnesconmedicinaufmgbrbibliotecaimagem0303pdf Acesso de jun de 2014 BACKES DS et al (2012) O papel profissional do enfermeiro no Sistema Uacutenico de Sauacutede da sauacutede comunitaacuteria agrave estrateacutegia de sauacutede da famiacutelia Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva

17(1)223-230 2012 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcscv17n1a24v17n1pdf Acesso em 12 de jan 2015 BRASIL Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sauacutede Consulta Estabelecimento - Modulo Profissional - Profissional por Estabelecimento Disponiacutevel em httpcnesdatasusgovbrMod_ProfissionalaspVCo_Unidade=3122302159651 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Cadernos de Informaccedilotildees de Sauacutede Minas Gerais DATASUS TABNET (2010) Disponiacutevel em httptabnetdatasusgovbrtabdatacadernosmghtm Acesso em16 de maio de 2014 BRASIL Dengue - instruccedilotildees para pessoal de combate ao vetor Manual de Normas teacutecnicas - 3 ed rev - Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede 2001 84 p il 30 cm Disponiacutevel em httpbvsmssaudegovbrbvspublicacoesfunasaman_denguepdf acesso em 15 de out de 2014 BRASIL Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz Vetor da dengue na Aacutesia A albopictus eacute alvo de estudos Publicada em 18122008 agraves 1249 Disponiacutevel em httpwwwfiocruzbrioccgicgiluaexesysstarthtminfoid=576ampsid=32amptpl=printerview Acesso em 12 de jan de 2015 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Censo demograacutefico 2010 sinopse Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=1ampsearch=minas-gerais|divinopolis|censo-demografico-2010-sinopse- Acesso em 15 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Divinoacutepolis morbidades hospitalares ndash 2012 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=114ampsearch=minas-gerais|divinopolis|morbidades-hospitalares-2012 Acesso em 12 de maio de 2014

43

BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estaacutetica Divisatildeo Territorial do Brasil e Limites Territoriais Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE) (1 de julho de 2008) Disponiacutevel em httpwwwibgegovbrhomegeocienciascartografiadefault_dtb_intshtm Acesso em16 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Ensino - matriacuteculas docentes e rede escolar ndash 2012 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=117ampsearch=minas-gerais|divinopolis|ensino-matriculas-docentes-e-rede-escolar-2012 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estaacutetica Histoacuterico do Municiacutepio disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrpainelhistoricophplang=ampcodmun=312230ampsearch=minas-gerais|divinopolis|infograficos-historico Acesso 10 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Informaccedilotildees completas Populaccedilatildeo em 2010 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrasperfilphplang=ampcodmun=312230 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Serviccedilos de sauacutede ndash 2009 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=5ampsearch=minas-gerais|divinopolis|servicos-de-saude-2009 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Sistema de informaccedilotildees de agravos de notificaccedilatildeo ndash SINAN Disponiacutevel em httpcesibgegovbrbase-de-dadosmetadadosministerio-da-saudesistema-de-informacoes-de-agravos-de-notificacao-sinan Acesso em 16 de Nov de 2014 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede Dengue aspectos epidemioloacutegicos diagnoacutestico e tratamento Ministeacuterio da Sauacutede Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede ndash Brasiacutelia Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede 2002 Disponiacutevel em httpbvsmssaudegovbrbvspublicacoesdengue_aspecto_epidemiologicos_diagnostico_tratamentopdf Acesso em 02 de out de 2014 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede FUNSA Programa Nacional de Combate a Dengue PNCD Disponiacutevel em httpbvsmssaudegovbrbvspublicacoespncd_2002pdf Acesso em 21 de jun de 2014 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portal Brasil Disponiacutevel em httpwwwbrasilgovbrsaude201311saude-libera-mais-de-r-360-mi-para-combate-a-dengue Acesso em 10 de Nov de 2014

44

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede Departamento de Vigilacircncia Epidemioloacutegica Diretrizes nacionais para prevenccedilatildeo e controle de epidemias de dengue Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede Departamento de Vigilacircncia Epidemioloacutegica ndash Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2009 160 p Disponiacutevel em httpwwwansgovbrportalimgemaildiretrizes_reimpressao_webpdf Acesso em 16 de Nov de 2014

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede (2014) Monitoramento dos casos de dengue e febre de chikungunya ateacute a Semana Epidemioloacutegica (SE) 53 de 2014 Dengue Boletim Epidemioloacutegico ISSN 2358-9450 Volume 46 Ndeg 3 ndash 2015 Disponiacutevel em httpportalsaudesaudegovbrimagespdf2015janeiro192015-002---BE-at---SE-53pdf Acesso em 22 mar de 2015 BRASILSINANONLINE e DVASVEASTSub VPSSES-MG (20122013) Disponiacutevel em httpwwwsaudemggovbrcomponentgmgstory6489-informe-epidemiologico-da-dengue-30-05-2014 Acesso em 08 de jun de 2014 CAMPOS FCC FARIA H P SANTOS MA Planejamento e avaliaccedilatildeo das accedilotildees em sauacutede Curso de Especializaccedilatildeo em Atenccedilatildeo Baacutesica em Sauacutede da Famiacutelia NESCONUFMG Curso de Especializaccedilatildeo em Atenccedilatildeo Baacutesica agrave Sauacutede da Famiacutelia 2ed Belo Horizonte NesconUFMG 2010 Disponiacutevel em lthttpswwwnesconmedicinaufmgbrbibliotecaregistroPlanejamento_e_avaliacao_das_acoes_de_saude_23gt Acesso em Dezembro 2014 DIVINOacutePOLIS Estatuto dos Conselhos Distritais de Sauacutede Conselho Municipal de Sauacutede 1998 DIVINOacutePOLIS Mapa da cidade Disponiacutevel em httpwwwdivinopolismggovbrportalpaginasgeograficosimagensmapadacidadepdf Acesso em 08 de jun de 2014 DIVINOPOLIS Secretaria Municipal de Sauacutede SEMUSA Sistema Integrado de Sauacutede Paciente Famiacutelia Acesso Local Acesso em 15 de maio de 2014 FERREIRA B J et al Evoluccedilatildeo histoacuterica dos programas de prevenccedilatildeo e controle da dengue no Brasil Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2009 vol14 n3 pp 961-972 ISSN 1413-8123 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcscv14n332pdf Acesso em 21 de jun de 2014 FERREIRA IT RN VERAS M A S M and SILVA RA Participaccedilatildeo da populaccedilatildeo no controle da dengue uma anaacutelise da sensibilidade dos planos de sauacutede de municiacutepios do Estado de Satildeo Paulo BrasilCad Sauacutede Puacuteblica [online] 2009 vol25 n12 pp 2683-2694 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielosporgpdfcspv25n1215pdf Acesso em 10 de out de 2014 FIGUEIREDO LT M OWA M A CARLUCCI R H and OLIVEIRA L de Estudo sobre o diagnoacutestico laboratorial e sintomas do dengue durante epidemia ocorrida na regiatildeo de Ribeiratildeo Preto SP Brasil Rev Inst Med trop S Paulo [online] 1992

45

vol34 n2 pp 121-130 ISSN 0036-4665 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfrimtspv34n2a07v34n2pdf Acesso em 13 ago de 2014 FIGUEIROacute AC et al Oacutebito por dengue como evento sentinela para avaliaccedilatildeo da qualidade da assistecircncia estudo de caso em dois municiacutepios da Regiatildeo Nordeste Brasil 2008 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2011 vol27 n12 pp 2373-2385 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv27n1209pdf Acesso em 12 de out de 2014 GIRAtildeO RV et al Educaccedilatildeo em sauacutede sobre a dengue contribuiccedilotildees para o desenvolvimento de competecircncias J res fundam care online 2014 janmar 6(1) 38-46 Disponiacutevel em httpwwwseeruniriobrindexphpcuidadofundamentalarticleview2659pdf_1043 Acesso em 21 de jun de 2014 GONCcedilALVES NETO V S et al Conhecimentos e atitudes da populaccedilatildeo sobre dengue no Municiacutepio de Satildeo Luiacutes Maranhatildeo Brasil 2004 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2006 vol22 n10 pp 2191-2200 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv22n1018pdf Acesso em 10 de out de 2014 LEFEVRE A MC et al Representaccedilotildees sobre dengue seu vetor e accedilotildees de controle por moradores do municiacutepio de Satildeo Sebastiatildeo litoral Norte do Estado de Satildeo Paulo Brasil Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2007 vol23 n7 pp 1696-1706 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv23n722pdf Acesso em 16 de out de 2014 LIMA E C VILASBOAS ALQ Implantaccedilatildeo das Accedilotildees Interssetoriais de Mobilizaccedilatildeo Social do Paraacute o Controle da dengue na Bahia Brasil Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2011 vol27 n8 pp 1507-1519 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv27n806pdf Acesso em 16 de out de 2014 MACHADO RM et al (2013) HISTORIA DA SAUacuteDE MENTAL DE DIVINOacutePOLIS-MG Revista de Enfermagem do Centro Oeste Mineiro 2013 maiago 3 (2) 752-760 httpwwwseerufsjedubrindexphprecomarticleview228439 Acesso em 08 de abr de 2015 MAYO R C et al BEPA - Boletim Epidemioloacutegico Paulista 8(88) 4-12 abr 2011 tab Graf Disponiacutevel em fileCUsersnoteDownloadsv8n88a0120(1)pdf Acesso em 12 de out de 2014 MINAS GERAIS Secretaria Estadual de Sauacutede Programa Estadual de Controle Permanente da Dengue SITUACcedilAtildeO ATUAL DA DENGUE EM MINAS GERAIS RESUMO INFORMATIVO - 15122014 Disponiacutevel em httpwwwsaudemggovbrimagesdocumentosAnaliseDengue15-12-2014pdf Acesso em 10 de jan de 2015 MINAS GERAIS Secretaria de Estado da Sauacutede de Minas Gerais Programa Sauacutede em Casa Disponiacutevel em httpwwwsaudemggovbrpoliacuteticas_de_saudeprograma-saude-em-casa Acesso em 10 de maio de 2014

46

MORAES GH and DUARTE E C Anaacutelise da concordacircncia dos dados de mortalidade por dengue em dois sistemas nacionais de informaccedilatildeo em sauacutede Brasil 2000-2005 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2009 vol25 n11 pp 2354-2364 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielosporgpdfcspv25n1106pdf Acesso em 29 de Nov de 2014 PENNA M L F Um desafio para a sauacutede puacuteblica brasileira o controle do dengue Cad Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro 19(1) 305-309 jan-fev 2003 Disponiacutevel em httpwwwscielosporgpdfcspv19n114932pdf Acesso em 21 de jun de 2014

PREFEITURA MUNICIPAL DE DIVINOacutePOLIS BALANCcedilO DA DENGUE Disponiacutevel em httpwwwdivinopolismggovbrportalnoticiaphpid=11507 Acesso em 19 jan de 2015

RIBEIRO P C SOUSA DC ARAUJO TME Perfil cliacutenico-epidemioloacutegico dos casos suspeitos de Dengue em um bairro da zona sul de Teresina PI Brasil Rev bras enferm [online] 2008 vol61 n2 pp 227-232 ISSN 0034-7167 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfrebenv61n2a13v61n2pdf Acesso em 28 de jul de 2014 VALENTE G SC et al Problematizaccedilatildeo Como Estrateacutegia de Educaccedilatildeo em Sauacutede no Combate a Dengue Um Relato de Experiecircncia R Pesq cuid Fundam Online 2012 outdez 4(4)2987-94 Disponiacutevel em httpwwwseeruniriobrindexphpcuidadofundamentalarticleview1888pdf_641 Acesso em 08 jun de 2014 TEIXEIRA LAS et al Persistecircncia dos sintomas de dengue em uma populaccedilatildeo de Uberaba Minas Gerais Brasil Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2010 vol26 n3 pp 624-630 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv26n319pdf Acesso em 16 de out de 2014

Page 17: PLANO DE AÇÃO NO COMBATE A DENGUE: EDUCAR PARA EVITAR · 2019-11-14 · The Divinopolis follows the same trend, with 4680 notifications and 4139 confirmed ... banhado pelas bacias

17

124 Doenccedilas Endecircmicas ndash A Dengue

A Dengue eacute uma doenccedila de origem africana que foi introduzida no paiacutes

segundo Valente et al (2012) por volta do seacuteculo XIX encontrando no Brasil um

clima e condiccedilotildees muito favoraacuteveis a sua multiplicaccedilatildeo mesmo sendo uma doenccedila

antiga o mosquito transmissor da dengue se mostra cada vez mais de difiacutecil controle

Todo ano atinge milhotildees de pessoas em todo mundo e no Brasil As seguidas

epidemias levaram o tema a ser discutido em vaacuterios setores como escolas veiacuteculos

de comunicaccedilatildeo nos setores de sauacutede e tambeacutem pela sociedade civil Segundo o

Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2014) de acordo com os dados contidos no Boletim

Epidemioloacutegico da 53ordf Semana Epidemioloacutegica foram registrados no paiacutes 591080

casos da doenccedila sendo que a regiatildeo Sudeste teve o maior nuacutemero de casos

312318 casos 528 Minas Gerais aparece com 1896 deste total A cidade de

Divinoacutepolis apresentou segundo a Secretaria Municipal de Sauacutede 4680 casos

notificados e segundo a Secretaria de Estado da Sauacutede foram notificados 06 oacutebitos

confirmados conforme quadro abaixo sendo que assim a cidade vem enfrentando

seguidas epidemias de Dengue tornando-se um dos problemas que mais preocupa

a comunidade

Quadro 4 - Casos de Oacutebitos por Dengue Grave em Minas Gerais - 2014

Municiacutepios Oacutebitos

confirmados

Araxaacute Arauacutejos

1 1

Campo Belo Candeias

1 1

Curvelo Divinoacutepolis

1 6

Dores do Indaiaacute 1 Formiga Fronteira Frutal

1 1 1

Itabira Itauacutena

1 2

Ituiutaba Juiz de Fora

1 4

Natalacircndia Nova Serrana

1 1

Passos 8

18

Paracatu 3 Prata Sabaraacute

1 1

Santa Barbara Santa Luzia Santos Dumont

1 1 1

Santa Margarida Uberlacircndia

1 3

Trecircs Coraccedilotildees 1

Total 47

Fonte SINAN ONLINE e DVASVEASTSubVPSSES MG

O grande nuacutemero de terrenos baldios e lotes vagos satildeo apontados pelos

moradores como principal causa do aumento dos focos do mosquito Aedes Aegypti

A foto abaixo mostra o aglomerado ainda pouco habitado onde existem muitas

aacutereas onde haacute somente vegetaccedilatildeo nativa o que favorece o descarte inadequado de

lixo e entulhos recipientes que acumulam aacutegua se tornando grande criadouro do

mosquito transmissor da dengue

Foto 2 - Aacuterea de abrangecircncia da Unidade Baacutesica de Sauacutede Santos Dumont 2014

Fonte httpswwwgooglecombrmaps-201840183-448801014180mdata=3m11e3

19

A regiatildeo ocupada pela populaccedilatildeo da aacuterea de abrangecircncia da UBS Santos

Dumont eacute uma regiatildeo de cerrado Segundo o IBGE (BRASIL 2010) o Iacutendice de

Desenvolvimento Humano - IDH eacute 0764 acima da meacutedia nacional que de 0730 A

cidade apresentou crescimento populacional no periacuteodo de 1991 a 2010

correspondentes a 2889 poreacutem os investimentos em infraestrutura como

pavimentaccedilatildeo e saneamento baacutesico natildeo acompanharam a taxa de crescimento da

cidade algo comum em grandes cidades e cidades de meacutedio porte no paiacutes Na aacuterea

do bairro ainda haacute presenccedila de mata nativa com ocupaccedilatildeo natildeo planejada a

populaccedilatildeo convive com riscos eminentes para a sua sauacutede

Segundo Valente et al (2012) diante do aumento dos casos de dengue

estrateacutegias tradicionais parecem natildeo terem mais o mesmo efeito de outrora Eacute

necessaacuterio o envolvimento de todos os setores sociais para buscar o controle da

situaccedilatildeo com accedilotildees de educaccedilatildeo e sauacutede que podem ser mais efetivas do que

apenas medidas unilaterais baseada em estatiacutesticas ministeriais

Apoacutes os vaacuterios casos atendidos na UBS o que se percebe eacute que ningueacutem

assume que o foco do mosquito possa estar na sua casa conforme afirmam Valente

et al (2012) que a culpa eacute sempre dos vizinhos que natildeo fazem a sua parte o que

torna relevante afirmar ser a negaccedilatildeo da ldquoquestatildeo da culpabilizaccedilatildeo individual e a

culpabilizaccedilatildeo do outrordquo (VALENTE 2012 p2990) Outro dado que chama a

atenccedilatildeo segundo a Secretaria Municipal de Sauacutede (DIVINOacutePOLIS 2014) eacute que os

levantamentos indicam que 9415 dos focos de dengue estatildeo dentro das

residecircncias O relato que os criadouros estatildeo sempre na casa do vizinho esse eacute

com certeza o maior ldquonoacute criacuteticordquo que precisa ser desconstruiacutedo o cidadatildeo se

preocupa com o vizinho e se esquece do seu domiciacutelio

Segundo balanccedilo divulgado pela Secretaria Municipal de Sauacutede

(DIVINOacutePOLIS 2014) os 4139 casos confirmados mais os exames que ainda

aguardam os resultados sinalizam para cidade que tem muito trabalho para

enfrentar esse grave problema de sauacutede puacuteblica Os bairros Nossa Senhora das

Graccedilas Centro Satildeo Joseacute Interlagos Niteroacutei Porto Velho Planalto Santos Dumont

Belvedere e Bom Pastor foram responsaacuteveis por 3027 dos casos notificados na

cidade Em meacutedia a UBS Santos Dumont em relaccedilatildeo agrave populaccedilatildeo adscrita

apresentou um percentual de 215 da populaccedilatildeo total com casos notificados como

se pode observar no quadro abaixo

20

Quadro 5 - Nuacutemero de casos de Dengue em Divinoacutepolis ndash 2014

NOSSA SENHORA DAS GRACcedilAS Fonte Prefeitura Municipal de Divinoacutepolishttpwwwdivinopolismggovbrportalnoticiaphpid=109802014

Segundo Valente et al (2012) a praacutetica de jogar lixo nas ruas como algo do

cotidiano mesmo sabendo que essa accedilatildeo remete aos proacuteprios moradores e a falta

de coleta seletiva regular levam ao acuacutemulo de recipientes de plaacutesticos que durante

o periacuteodo chuvoso tornam-se criadouros do mosquito Esse tambeacutem eacute um

importante tema que necessita ser trabalhado desde a preacute-escola em vaacuterias

oportunidades como reuniatildeo de bairros em eventos esportivos e festivos pois

somente com educaccedilatildeo da populaccedilatildeo se pode mudar essa realidade

BAIRROS COM MAIORES NUacuteMEROS DE CASOS DE DENGUE EM DIVINOacutePOLIS

Bairros NSG CENTRO Satildeo JOSEacute INTERLAGOS NITEROacuteI

PORTO VELHO PLANALTO

SANTOS DUMONT BELVEDERE

BOM PASTOR

307 350 192 123 124 1O8 104 101 98 96

TOTAL 1417

21

2 JUSTIFICATIVA

A enfermagem eacute uma arte cuidar prevenir e proteger a sauacutede o enfermeiro

que atua na equipe de sauacutede da famiacutelia tem importante papel na educaccedilatildeo e na

proteccedilatildeo de sua populaccedilatildeo adscrita por estar perto e conhecer a realidade de sua

comunidade Backes et al (2012)

O conhecimento dos problemas de uma populaccedilatildeo permite a equipe de

Sauacutede da Estrateacutegia da Famiacutelia o planejamento de accedilotildees efetivas e eficazes nas

principais causas de adoecimento de uma comunidade aleacutem de organizar de

maneira ordenada o atendimento da demanda e rotina dos serviccedilos ofertados na

Unidade Baacutesica de Sauacutede Backes et al (2012)

O tema dengue tem relevacircncia por ser a mais importante arbovirose que

atinge o ser humano na atualidade trazendo um enorme prejuiacutezo socioeconocircmico

para toda sociedade

Segundo Figueiredo et al (1992) a dengue eacute uma doenccedila com alta

morbidade e pode evoluir para um quadro grave de hemorragia podendo levar ao

oacutebito Ainda conforme Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2009) em oito paiacuteses do

continente americano e asiaacutetico incluindo o Brasil em 2009 foram gastos U$ 18

bilhotildees somente com despesas ambulatoriais e hospitalares sem contar os recursos

despendidos para vigilacircncia epidemioloacutegica

Em Divinoacutepolis em 2014 foram notificados 4680 notificaccedilotildees e 4139 casos

confirmados e os demais aguardando confirmaccedilatildeo segundo a Secretaria Municipal

de Sauacutede

Ainda outro ponto muito importante eacute que as pessoas acreditam que o

problema eacute sempre do outro conforme salientam Valente et al (2012) que a culpa

dos casos de dengue eacute do vizinho sendo assim ele natildeo se preocupa com a sua

residecircncia Neste mesmo sentido Giratildeo et al (2012) afirmam que devido agrave

adaptaccedilatildeo do vetor as aacutereas domiciliares e peridomiciliares o controle da doenccedila

sem a participaccedilatildeo da populaccedilatildeo estaacute fadado ao fracasso As accedilotildees educaccedilatildeo em

sauacutede satildeo uma ferramenta essencial nessa estrateacutegia proporcionando ao cidadatildeo

uma autonomia para cuidar da sua sauacutede e da prevenccedilatildeo e eliminaccedilatildeo do vetor

Portanto uma proposta de intervenccedilatildeo que enfatize esta participaccedilatildeo da

comunidade conhecendo suas potencialidades e suas necessidades justifica a

realizaccedilatildeo deste trabalho

22

3 OBJETIVOS

31 Objetivo Geral

Elaborar um plano de accedilatildeo com ecircnfase em educaccedilatildeo e sauacutede com vistas agrave

reduccedilatildeo do nuacutemero de casos de dengue no municiacutepio de Divinoacutepolis e

especificamente na aacuterea de abrangecircncia da Unidade de Sauacutede Santos

Dumont

32 Objetivos Especiacuteficos

Organizar um grupo comunitaacuterio de controle e combate ao mosquito

Aedes Aegypti

Despertar na comunidade adscrita da Unidade de Sauacutede Santos Dumont uma

visatildeo criacutetica sobre os novos processos de sauacutede e doenccedila com a priorizaccedilatildeo

de accedilotildees educativas

Descrever os passos de uma proposta de intervenccedilatildeo e acompanhamento de

resultados com ecircnfase em educaccedilatildeo e sauacutede com vista na reduccedilatildeo dos focos

do vetor transmissor da dengue

23

4 BASES CONCEITUAIS

41 Aspectos Gerais da Doenccedila

A dengue eacute atualmente a mais importante arbovirose que acomete o ser

humano no continente americano distribuiacuteda segundo Ferreira et al (2009) desde o

Uruguai ateacute a costa sul dos Estados Unidos abrangendo principalmente Venezuela

Cuba Brasil e Paraguai contaminando cerca de mais de 3 bilhotildees de pessoas em

todo mundo

Segundo Penna (2003) embora o vetor Aedes Aegypti natildeo seja natural das

Ameacutericas encontrou aqui um ambiente favoraacutevel agrave sua multiplicaccedilatildeo Introduzido no

Brasil possivelmente pela Aacutefrica em meados do seacuteculo XIX invadiu o paiacutes e se

expandiu para todo o territoacuterio nacional

Segundo Penna (2003) o vetor chegou a ser erradicado de 1967 a 1973 pelo

meacutetodo de aplicaccedilatildeo de inseticida de accedilatildeo residual que prevalecia por ateacute seis

meses a aplicaccedilatildeo se deu em depoacutesitos que continham ou natildeo aacutegua parada e

tambeacutem ateacute um metro dos potenciais focos do mosquito Atualmente com os

grandes aglomerados urbanos e com a infestaccedilatildeo em todo continente americano a

erradicaccedilatildeo do mosquito natildeo eacute mais viaacutevel por isso o Ministeacuterio da Sauacutede em

parceria com Organizaccedilatildeo Pan-americana da Sauacutede (OPAS) aderiu o ldquoPlano de

Intensificaccedilatildeo das Accedilotildees de Controle da Denguerdquo (PIACD) que trabalha com a

universalidade regional sincronicidade e continuidade das accedilotildees e natildeo na

erradicaccedilatildeo (FERREIRA et al 2009 p 963)

Valente et al (2012) Giratildeo et al (2014) salientam que eacute de fundamental

importacircncia entender que as atuais estrateacutegias de controle vetorial onde haacute

responsabilizaccedilatildeo dos cidadatildeos e eliminaccedilatildeo focal parecem natildeo ter mais efeito

efetivo no combate ao mosquito Aedes Aegypti Diante das seguidas epidemias haacute

necessidade de uma abordagem mais ampla do problema com a participaccedilatildeo efetiva

de toda populaccedilatildeo e de todos os setores da sociedade ldquoenfocando a determinaccedilatildeo

social do processo sauacutede-doenccedila e a transdisciplinalidade das accedilotildeesrdquo (VALENTE et

al 2012 p 2988)

No Brasil segundo Ferreira et al (2009) as condiccedilotildees socioambientais a

falta de saneamento a ausecircncia da coleta seletiva de lixo a maacute distribuiccedilatildeo de

24

renda e a baixa escolaridade criaram um ambiente muito favoraacutevel agrave multiplicaccedilatildeo

do vetor Aedes Aegypti

42 Etiologia

Segundo Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2002) a Dengue eacute uma doenccedila febril

que em sua forma claacutessica apresenta como sinais cliacutenicos dores musculares e nas

articulaccedilotildees cefaleia e dor retro-orbitaacuteria vocircmitos e diarreia Para Almeida et al

(2008) a dengue eacute uma doenccedila de curso que varia de forma benigna a grave pode

apresentar a forma claacutessica a forma hemorraacutegica e o choque sendo que esta uacuteltima

pode levar ao oacutebito

No Brasil segundo a Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz (BRASIL 2008) satildeo

encontrados dois vetores da doenccedila o Aedes aegypti e Aedes albopictus A

transmissatildeo ocorre quando uma fecircmea do inseto pica uma pessoa portadora do

viacuterus e esta passa por periacuteodo de incubaccedilatildeo e logo apoacutes 10 a 14 dias a fecircmea estaacute

apta a transmitir o viacuterus por toda vida em meacutedia vive em torno de 35 a 40 dias

43 Aspectos Epidemioloacutegicos

Segundo Gonccedilalves Neto et al (2006) a dengue eacute considerada como a mais

importante arbovirose transmitida por insetos das uacuteltimas deacutecadas atinge a cada

ano um maior contingente de pessoas com o vetor aparecendo em mais de 100

paiacuteses de clima tropical e subtropical

Em face dessa realidade Ferreira Veras e Silva (2009) salientam que as

sucessivas epidemias de dengue no mundo especialmente no Brasil tecircm

mobilizado e preocupado autoridades e a populaccedilatildeo em geral No estado de Satildeo

Paulo houve um grande aumento dos quadros de dengue hemorraacutegica Cerca de

80 dos municiacutepios paulistas estatildeo totalmente infestados pelo mosquito aedes

aegypti Os motivos pelo quais a sua populaccedilatildeo aumenta significativamente

pontuam os autores satildeo a dificuldade em utilizaccedilatildeo de inseticidas a contrataccedilatildeo de

matildeo de obra qualificada a precaacuteria coleta de lixo especialmente nas grandes

cidades e nas suas regiotildees perifeacutericas aleacutem de fatores como o clima criando o

ambiente cada vez mais favoraacutevel agrave reproduccedilatildeo do mosquito

25

Segundo Mayo et al (2011) em estudo semelhante salienta que a

populaccedilatildeo brasileira vem sofrendo com seguidas epidemias de dengue haacute mais de

duas deacutecadas os autores seguem chamando a atenccedilatildeo para o progressivo aumento

de nuacutemero de casos com complicaccedilotildees seguindo a mesma loacutegica um nuacutemero

maior de municiacutepios vem sofrendo com o aparecimento e o aumento de casos de

dengue hemorraacutegica e o aumento dos oacutebitos por complicaccedilotildees da dengue

Havendo a predominacircncia de tais caracteriacutesticas a dengue tem levado ao alto

nuacutemero de oacutebitos Segundo Figueiroacute et al (2011) isso estaacute associado ainda agrave

imensa massa da populaccedilatildeo exposta Contudo salientam os autores que a doenccedila

tem se tornado um dos problemas de sauacutede reemergentes mais importantes da

histoacuteria Estima-se que 25 bilhotildees de pessoas estatildeo em risco de contrair a doenccedila

ainda que por ano satildeo 50 milhotildees de novos casos Destes cerca 550 mil necessitam

de hospitalizaccedilatildeo e pelo menos 20 mil evoluem para oacutebito Dados epidemioloacutegicos

do Ministeacuterio da Sauacutede tem apontado segundo Figueiro et al (2011) um crescente

aumento dos casos de Febre Hemorraacutegica por Dengue (FHD) e em uma deacutecada a

taxa de letalidade atingiu 68 destacando-se a regiatildeo nordeste com maior iacutendice

de casos entre 1981 a 2007

Contudo salientam Giratildeo et al (2014) que devido agrave adaptaccedilatildeo muito

acentuada do vetor nos peridomiciacutelios e domiciacutelios corroborando estudos da

Secretaria Municipal de Sauacutede de Divinoacutepolis (2014) apontaram que 9415 dos

focos de dengue estatildeo dentro das residecircncias sendo assim a participaccedilatildeo do

cidadatildeo no controle eacute de suma importacircncia no controle da doenccedila

Segundo dados do Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2014) em Minas Gerais a

taxa de incidecircncia da doenccedila foi de foi 2856 casos para cada 100000 habitantes

os 45 oacutebitos indicam um aumento de 3333 casos fatais em relaccedilatildeo a 2013 que

teve um nuacutemero de casos maior Quanto ao tipo de viacuterus circulante verificou-se a

incidecircncia de DENV1 (882) seguido de DENV4 (115) DENV3 (03) e DENV2

(00)

Para implantar as accedilotildees de vigilacircncia em sauacutede o Ministeacuterio da Sauacutede

(BRASIL 2014) por meio da Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede repassou para os

estados e municiacutepios 30 do valor a ser gasto em todo ano de 2014 cerca de R$

3634 milhotildees No mecircs de dezembro de 2013 a fim de intensificar as accedilotildees de

combate agrave dengue no periacuteodo de maior incidecircncia foram fornecidos 100 mil kg de

larvicidas 227 mil litros de adulticida e 104 mil kits para diagnoacutestico

26

Segundo a Secretaria Municipal de Sauacutede (DIVINOacutePOLIS 2014) haacute em

atividade 94 agentes de sauacutede puacuteblicos efetivos e 14 contratados sendo a cidade eacute

dividida em setores De acordo com levantamento raacutepido do iacutendice de infestaccedilatildeo do

aedes aegypti realizado em marccedilo de 2014 obteve-se um percentual de infestaccedilatildeo

do mosquito de 37 nos domiciacutelios visitados em Divinoacutepolis que representam risco

meacutedio para epidemia Em outubro de 2014 o novo levantamento raacutepido do iacutendice de

infestaccedilatildeo apresentou um iacutendice de 09 preocupante visto que o valor muito estaacute

muito proacuteximo do tolerado pela Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede que eacute de 1 Aleacutem

disso as condiccedilotildees climaacuteticas nesse periacuteodo natildeo favorecem a proliferaccedilatildeo do

mosquito por isso pode-se considerar esse valor alto

Em face dos dados apresentados conforme afirmam Ferreira Veras e Silva

(2009) para o controle da dengue a participaccedilatildeo popular eacute indiscutivelmente

essencial visto que o vetor habita os domiciacutelios sendo assim todos tem condiccedilotildees

de colaborar fiscalizando suas moradias O PNCD destaca as accedilotildees educativas

como forma de preparar a comunidade para adoccedilatildeo de comportamentos que

protejam a sauacutede coletiva Ainda segundo os autores durante as epidemias haacute todo

um clamor da miacutedia e do poder puacuteblico no sentido de mobilizar a comunidade para o

controle da doenccedila poreacutem nos periacuteodos de menor incidecircncia esse apelo perde a

intensidade o tema acaba no esquecimento sendo apresentado somente no

proacuteximo periacuteodo de infestaccedilatildeo e transmissatildeo da doenccedila

Ferreira Veras e Silva (2009) em anaacutelise do iacutendice de participaccedilatildeo da

populaccedilatildeo de 16 municiacutepios paulistas detectaram que em mais da metade destes

municiacutepios a participaccedilatildeo era muito baixa em consequecircncia o nuacutemero de pessoas

que contraiacuteram a doenccedila era maior onde haacute menos participaccedilatildeo popular

A educaccedilatildeo permanente segundo Ribeiro Sousa e Arauacutejo (2007) visa

acelerar o processo de adesatildeo da populaccedilatildeo agraves medidas preventivas abordando as

questotildees que envolvem condiccedilotildees de sauacutede moradia saneamento baacutesico indo

aleacutem de accedilotildees pontuais e campanhistas que perdem forccedila nos periacuteodos de baixa

notificaccedilatildeo de casos Eacute preciso buscar parceiros na sociedade civil como nos meios

de comunicaccedilatildeo para divulgaccedilatildeo do enfrentamento da doenccedila o ano inteiro

27

44 Medidas Educativas

Giratildeo et al (2014) destacam que somente com a educaccedilatildeo em sauacutede eacute que

se pode despertar na comunidade uma autonomia para que a populaccedilatildeo se sinta

como uma parte do processo que passa pela prevenccedilatildeo cujo controle depende da

eliminaccedilatildeo dos focos do mosquito dentro dos domiciacutelios

Neste sentido Alves (2005) afirma que a educaccedilatildeo em sauacutede eacute uma

ferramenta capaz de produzir intermediada pelos profissionais de sauacutede uma

compreensatildeo nova do processo sauacutede doenccedila oferecendo agrave populaccedilatildeo subsiacutedios

para adoccedilatildeo de novos haacutebitos de vida com ecircnfase na promoccedilatildeo e prevenccedilatildeo de

situaccedilotildees que podem trazer prejuiacutezos agrave sua sauacutede

Segundo Figueiroacute et al (2011) a doenccedila atinge a cada ano um maior

contingente de pessoas Nesse sentido priorizando a reduccedilatildeo dos casos de dengue

e dengue grave o Ministeacuterio da Sauacutede implantou no paiacutes o Plano Nacional de

Controle da Dengue ndash PNCD O programa eacute gerido de forma tripartite ou seja com

a participaccedilatildeo das trecircs esferas de governos uniatildeo estados e municiacutepios

ldquocompreendendo accedilotildees operacionais de vigilacircncia integrada entomoloacutegica e sobre o

meio ambiente de assistecircncia aos pacientes de educaccedilatildeo em sauacutede comunicaccedilatildeo

e mobilizaccedilatildeo socialrdquo (FIGUEIROacute et al 2011 p 2374) O PNCD compreende ainda

o controle e avaliaccedilatildeo dos agentes comunitaacuterios de sauacutede - ACS entretanto

segundo dados epidemioloacutegicos haacute uma grande dificuldade na realizaccedilatildeo das accedilotildees

e no alcance dos resultados esperados devido agrave baixa participaccedilatildeo da populaccedilatildeo

Para Ferreira Veras e Silva (2009) de acordo com a OPAS uma das maiores

dificuldades das autoridades de sauacutede em articulaccedilatildeo das accedilotildees eacute a parceria com a

comunidade o PNCD tem como um dos eixos a participaccedilatildeo comunitaacuteria para

reduccedilatildeo dos criadouros domiciliares Segundo Ferreira Veras e Silva (2009) a

participaccedilatildeo popular no combate eacute fundamental e defendida pelos organismos

nacionais e internacionais Pode estar inserida a capacitaccedilatildeo da populaccedilatildeo na

promoccedilatildeo e prevenccedilatildeo com o objetivo da melhoria da comunidade tanto na sauacutede

individual quanto coletiva favorecendo a construccedilatildeo de um modelo de sauacutede

compartilhada No controle das epidemias especialmente da dengue cujo vetor vive

na maioria das vezes nas casas das pessoas o PNDC visa o desenvolvimento de

accedilotildees educativas que tem como objetivo a mudanccedila de comportamento das

pessoas na manutenccedilatildeo de um ambiente de vida saudaacutevel Contudo a criteriosa

28

tarefa de evitar epidemias vai muito aleacutem do setor de sauacutede consistem em um

conjunto de accedilotildees poliacuteticas teacutecnicas e sociais que inclui prioritariamente a

participaccedilatildeo popular aliada agrave vigilacircncia epidemioloacutegica

Segundo Gonccedilalves Neto et al (2006) as condiccedilotildees sanitaacuterias prejudicadas

ausecircncia de coleta seletiva de lixo ausecircncia de saneamento baacutesico e um

crescimento desordenado em aacutereas tropicais propiciou raacutepida adaptaccedilatildeo do vetor

nas residecircncias levando o aedes aegpyti aproveitar se dos criadouros

providenciados pelo proacuteprio homem para aumentar sua populaccedilatildeo Contudo salienta

o autor praticamente impossiacutevel desenvolver um trabalho de controle do vetor sem a

participaccedilatildeo da comunidade

Tais afirmaccedilotildees explicam a situaccedilatildeo da populaccedilatildeo adscrita da UBS Santos

Dumont onde ocorreu uma grande expansatildeo de domiciacutelios sem um planejamento

adequado deixando um grande nuacutemero de terrenos baldios uma ocupaccedilatildeo sem a

infraestrutura necessaacuteria falta da coleta seletiva de lixo saneamento baacutesico e

pavimentaccedilatildeo Soma-se a isso a deficiecircncia do Estado em garantir uma coleta de

lixo eficiente deixando margem para a proliferaccedilatildeo da doenccedila

Segundo Almeida et al (2008) a adaptaccedilatildeo do mosquito aedes aegypti cuja

sobrevivecircncia depende de aacutegua parada ocorre principalmente nas aacutereas urbanas

em domiciacutelios e peridomiciacutelios Contudo o vetor eacute muito sensiacutevel agraves condiccedilotildees

ambientais poreacutem seus ovos resistem a longos periacuteodos de dissecaccedilatildeo o que

garante a perpetuaccedilatildeo da espeacutecie Com haacutebito diurno preferencialmente tem uma

especial atraccedilatildeo pelo sangue humano seu deslocamento eacute em meacutedia durante um

voo em condiccedilotildees normais de ambiente sem a interferecircncia de vento de cinquenta

metros portanto sua caracteriacutestica de habitar os domiciacutelios e peridomiciacutelios

permanecendo proacuteximo ao local de ldquopastordquo e postura dos ovos

Segundo Almeida et al (2008) com a ausecircncia de uma vacina eficaz capaz

de evitar a doenccedila a principal profilaxia tem sido o controle vetorial por meio de

identificaccedilatildeo dos focos e aplicaccedilatildeo de inseticidas de accedilatildeo residual para eliminaccedilatildeo

das larvas ou seja o combate focal

Contudo afirmam Almeida et al (2008) o conhecimento do dinamismo do

periacuteodo de maior transmissibilidade e latecircncia tem permitido a organizaccedilatildeo de accedilotildees

mais ou menos acentuadas dependendo do momento da epidemia e das condiccedilotildees

climaacuteticas A presenccedila do vetor em variadas partes das cidades jaacute foi identificada por

meio de estudos o que comprova que a doenccedila natildeo atinge somente uma classe

29

social Quanto agrave diminuiccedilatildeo dos casos dentro de um contexto epidemioloacutegico trecircs

fatores tecircm um papel muito importante as condiccedilotildees climaacuteticas desfavoraacuteveis agrave

viabilidade do vetor esgotamento de hospedeiros susceptiacuteveis e o controle quiacutemico

do vetor

45 Controle

Segundo Mayo et al (2011) existem duas formas de atuaccedilatildeo no controle da

doenccedila o bloqueio e o controle de criadouros Estas medidas tecircm por objetivo a

reduccedilatildeo dos criadouros na aacuterea de atuaccedilatildeo dos agentes de sauacutede o controle por

bloqueio e nebulizaccedilatildeo ocorre agrave aplicaccedilatildeo de inseticida com aplicadores Ultra Baixo

Volume - UBV A atuaccedilatildeo nesse tipo de trabalho em relaccedilatildeo ao feito pelo municiacutepio

diz respeito agrave qualidade do serviccedilo realizado bem como a agilidade na realizaccedilatildeo da

tarefa e o grande alcance da aacuterea coberta e o tipo de equipamento empregado

Para realizaccedilatildeo das tarefas o meacutetodo segue o preconizado pelo PNCD divide

as cidades em aacutereas setores e quarteirotildees Segundo Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL

2001) o bloqueio consiste em parar a transmissatildeo da dengue em municiacutepios com

epidemia instalada e tem como objetivo ainda a identificaccedilatildeo do sorotipo de viacuterus

circulante a aplicaccedilatildeo do UBV sem prejuiacutezo do controle larvaacuterio Quanto agrave

delimitaccedilatildeo de um foco isolado nos casos onde natildeo haacute infestaccedilatildeo deveratildeo ser

tratados todos os imoacuteveis no raio de 300 metros do entorno do local

Na fase de ataque segundo Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2001) deveraacute ser

tratado 100 dos imoacuteveis aleacutem de pontos estrateacutegicos terrenos baldios das zonas

infestadas e todos os potenciais focos devem ser eliminados Na fase de

consolidaccedilatildeo o objetivo eacute a erradicaccedilatildeo do mosquito satildeo desenvolvidas vaacuterias

accedilotildees semelhantes agrave fase de ataque com exceccedilatildeo do tratamento de focos Na fase

de manutenccedilatildeo satildeo visitadas todas as aacutereas positivas e negativas mesmo onde o

vetor foi erradicado as medidas satildeo o uso de armadilhas de oviposiccedilatildeo e inspeccedilotildees

de pontos estrateacutegicos

46 Atuaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Baacutesica no Controle da Dengue

As atividades de controle devem ter uma sinergia com todos os setores

envolvidos no tocante a vigilacircncia epidemioloacutegica haacute necessidade de manter a

30

vistoria em imoacuteveis terrenos depoacutesitos oficinas entre outros locais Teixeira et al

(2010) verificaram que os domiciacutelios com terrenos baldios no entorno apresentaram

maior concentraccedilatildeo da doenccedila

Lima e Vilasboas (2011) salientam que a sauacutede eacute um direito e a maneira que

o Estado tem de garantir esse direito eacute por meio de poliacuteticas puacuteblicas de proteccedilatildeo

prevenccedilatildeo e recuperaccedilatildeo de agravos a simples ausecircncia de doenccedila natildeo pode ser

considerada um conceito de sauacutede visto que as condiccedilotildees sociais de saneamento

baacutesico meio ambiente educaccedilatildeo moradia e renda satildeo fatores determinantes no

processo de adoecimento de um povo A sauacutede deve ser pensada no contexto

ampliado com integraccedilatildeo formando uma rede interssetorial na perspectiva de troca

de ajuda muacutetua na troca de experiecircncias com uma construccedilatildeo muacutetua de saberes

facilitando a resoluccedilatildeo dos problemas enfrentados

Para Lima e Vilasboas (2011) a interssetorialidade pode ser um facilitador

para construccedilatildeo de um sistema de sauacutede efetivo contudo aliado a poliacuteticas puacuteblicas

que possam contribuir para ganho na melhoria da qualidade de vida das pessoas A

interssetorialidade extrapola os limites do poder estatal e envolve a sociedade nas

decisotildees poliacuteticas evita a subordinaccedilatildeo de um setor a outro e diminui as resistecircncias

de alguns membros

Segundo Lefegravevre et al (2007) a populaccedilatildeo tem informaccedilotildees sobre a doenccedila

e do ciclo de vida do transmissor poreacutem esse conhecimento ainda natildeo eacute capaz de

produzir nas pessoas atitudes e comportamento para impedir ou reduzir os

criadouros do mosquito A probabilidade eacute que esse conhecimento vindo de origem

externa fragmentado ou pouco organizado configure um conflito entre o saber

sanitaacuterio e o senso comum Ainda segundo o autor o programa educativo tem sido

aplicado haacute muitos anos mas ateacute hoje ainda natildeo obteve o resultado esperado

contudo haacute necessidade de aprofundar neste contexto para identificar onde estatildeo as

falhas para que possa realmente ter uma populaccedilatildeo engajada no controle do vetor

Para a populaccedilatildeo segundo Lefegravevre et al (2007) haacute uma relaccedilatildeo entre sujo

que seria a doenccedila e limpo que seria a sauacutede levando a ideacuteia equivocada que o lixo

eacute o uacutenico meio de procriaccedilatildeo do mosquito Neste sentido haacute uma sinalizaccedilatildeo para

que o poder puacuteblico perceba a necessidade de informar educar e comunicar

Informar no que diz respeito aos constantes dados epidemioloacutegicos sobre a doenccedila

no Paiacutes no Estado e na sua Comunidade no sentido de incentivar a participaccedilatildeo

popular no controle da doenccedila Educar esclarecendo a forma de transmissibilidade

31

da doenccedila estabelecendo um diaacutelogo de faacutecil entendimento na loacutegica sanitaacuteria sem

confrontar o senso comum buscando construir um relacionamento entre o teacutecnico e

o cidadatildeo e agrave adoccedilatildeo de alternativas na reduccedilatildeo das viacutetimas da dengue

Neste sentido a ESF tem papel fundamental no desenvolvimento de accedilotildees de

prevenccedilatildeo e controle da dengue considerando a relaccedilatildeo de confianccedila que a

populaccedilatildeo manteacutem com a equipe de sauacutede da famiacutelia possibilitando o contato com

o ambiente domeacutestico por meio dos ACSs promovendo um ambiente seguro e livre

do Aedes aegypti (BRASIL 2002) A ESF pode ainda promover accedilotildees educativas

com a populaccedilatildeo mobilizando-a para adotar accedilotildees preventivas realizando tambeacutem a

notificaccedilatildeo imediata dos casos suspeitos possibilitando as medidas tratamento

adequado agraves situaccedilotildees de dengue claacutessica e dengue grave reduzindo os casos

letais e possibilitando o bloqueio dos focos pela vigilacircncia epidemioloacutegica

32

5 PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO

O diagnoacutestico situacional foi realizado com base nas informaccedilotildees contidas em

dados oficiais do IBGE do Sistema Integrado de Sauacutede e embasado no relato dos

problemas levantados pela Equipe de Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia da UBS

Santos Dumont

Foi utilizado o Planejamento Estrateacutegico Situacional ndash PES como referecircncia

para a proposta de intervenccedilatildeo Este meacutetodo possibilita que os atores atraveacutes de

sua proacutepria visatildeo identifiquem as causas possiacuteveis dos problemas como nascem e

se desenvolvem A partir deste ponto de vista podem propor soluccedilotildees para atacar

suas causas e a viabilidade destas soluccedilotildees (CAMPOS FARIA SANTOS 2010)

Assim a partir do diagnoacutestico situacional os 10 passos segundo os autores

mencionados e suas atividades satildeo descritas a seguir

51 Primeiro Passo Definiccedilatildeo dos Problemas

Hipertensatildeo Arterial

Diabetes

Drogas

Gravidez na Adolescecircncia

Dengue

Transtorno Depressivo

Doenccedilas Sexualmente Transmissiacuteveis AIDS

Falta de Saneamento Baacutesico

52 Segundo Passo Priorizaccedilatildeo dos Problemas

Dengue

Falta de Saneamento Baacutesico

53 Terceiro Passo Descriccedilatildeo do Problema Selecionado

Segundo o Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2002) o nosso paiacutes eacute

predominantemente de clima tropical e este eacute um ambiente favoraacutevel agrave proliferaccedilatildeo

do mosquito aedes aegypti principal transmissor da dengue em nosso continente A

33

doenccedila eacute a uma arbovirose transmitida por um artroacutepode que pode apresentar-se

de forma benigna claacutessica ou grave na forma de febre hemorraacutegica

Durante o ano de 2014 segundo o Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2014) mais

meio milhatildeo de casos da doenccedila (591080) 528 soacute na regiatildeo Sudeste em Minas

Gerais foram 59222 com 45 oacutebitos confirmados em Divinoacutepolis segundo a

Secretaria Municipal de Sauacutede (2014) ocorreram 4680 notificaccedilotildees de casos da

doenccedila e confirmados 4139 casos de dengue com 06 oacutebitos sendo que os bairros

Nossa Senhora das Graccedilas Centro Satildeo Joseacute Interlagos Niteroacutei Porto Velho

Planalto Santos Dumont Belvedere e Bom Pastor foram responsaacuteveis por 3027

dos casos de dengue da cidade

Ferreira et al (2009) Lima e Vilasboas (2011) chamam a atenccedilatildeo para a falta

de saneamento baacutesico como um fator agravante que pode elevar a multiplicaccedilatildeo do

vetor da doenccedila Para Gonccedilalves Neto et al (2006) as condiccedilotildees sanitaacuterias

prejudicadas o crescimento desordenado levaram agrave raacutepida adaptaccedilatildeo do vetor agraves

residecircncias causando a disseminaccedilatildeo do viacuterus Tais situaccedilotildees satildeo rotineiras na

populaccedilatildeo adscrita da UBS Santos Dumont

54 Quarto passo Explicaccedilatildeo do Problema

A explicaccedilatildeo para o problema selecionado foi qualificado do ponto de vista

social coletivo e individual

Niacutevel Social Refere-se agrave ausecircncia de poliacuteticas puacuteblicas para melhoria de qualidade

de vida da populaccedilatildeo que convive com a ausecircncia de saneamento baacutesico esgoto a

ceacuteu aberto falta de coleta seletiva e lixo acumulado nas ruas e terrenos baldios

Niacutevel Coletivo Falta de consciecircncia da gravidade da doenccedila que pode acometer a

qualquer pessoa e todas as faixas etaacuterias falta de colaboraccedilatildeo entre os vizinhos que

sempre potildeem a culpa das maacutes condiccedilotildees uns nos outros mas ningueacutem assume a

responsabilidade pelo seu quintal

Niacutevel Individual Falta de compromisso pois segundo dados da SEMUSA

(DIVINOacutePOLIS 2014) 9415 dos focos de Dengue estatildeo dentro das residecircncias

esses focos foram identificados em vasilhas de aacutegua para cachorro galinha calhas

mal projetadas e caixas drsquoaacutegua sem tampa

55 Quinto Passo Seleccedilatildeo dos ldquoNoacutes Criacuteticosrdquo

34

Foram selecionados os seguintes ldquonoacutes criacuteticosrdquo que podem ter relaccedilatildeo direta com o

alto nuacutemero de casos de dengue

Lixo nas ruas falta de conscientizaccedilatildeo da populaccedilatildeo para evitar descarte

incorreto de lixo nas ruas e terrenos baldios

Responsabilizaccedilatildeo do outro falta agrave comunidade assumir que o problema da

dengue natildeo eacute do meu vizinho mas eacute de todos

Lotes sujos falta cobranccedila por parte do poder puacuteblico aos proprietaacuterios de

terrenos vazios que mantenham os lotes limpos e conservados

56 Sexto Passo Desenho de Operaccedilotildees para os ldquoNoacutes Criacuteticosrdquo do Problema

Como soluccedilatildeo dos ldquonoacutes criacuteticosrdquo foram apresentadas as seguintes propostas

contidas no Quadro 6 a seguir

Quadro 6 ndash Desenho das Operaccedilotildees para os Noacutes Criacuteticos Selecionados

ldquoNoacute

Criacuteticordquo

Operaccedilatildeo

Projeto

Resultados

Esperados

Produtos

Esperados

Recursos

Necessaacuterios

Lixo nas ruas Reeducaccedilatildeo conscientizaccedilatildeo ambiental

Ausecircncia de lixo nas ruas e lotes vazios

Bairro limpo sem dengue

Datashow e computador

Responsabiliza ccedilatildeo do outro

Conscientizaccedilatildeo

sobre sauacutede

coletiva

Que todos

unidos com

objetivo de

diminuir os

casos de

dengue

Reduccedilatildeo da

doenccedila

Datashow e computador Panfletos informativos

Lotes sujos Limpeza de

lotes e terrenos

Lotes limpos

e sem focos

da dengue

Diminuiccedilatildeo

do nuacutemero do

mosquito

transmissor

da dengue

Palestras sobre

conservaccedilatildeo

dos terrenos e

lotes vazios

Fiscalizaccedilatildeo da

prefeitura

57 Seacutetimo Passo Identificaccedilatildeo dos Recursos Criacuteticos

35

Para iniacutecio das operaccedilotildees foram apresentados os recursos necessaacuterios e

indispensaacuteveis para o sucesso do processo

Quadro 7 ndash Identificaccedilatildeo dos Recursos Criacuteticos

Operaccedilatildeo

Projeto

Recursos Criacuteticos

Controle dos recursos criacuteticos

Accedilatildeo estrateacutegica

Ator que controla

Motivaccedilatildeo

ldquoMutiratildeo da

limpezardquo

realizar um dia

por mecircs para

limpeza em

parceria com a

populaccedilatildeo

Poliacutetico Veiculo e pessoal para limpeza das ruas

Empresa Municipal de Obras Puacuteblicas

Evitar que lixo se acumule nas ruas

Criaccedilatildeo do dia da limpeza e apresentaccedilatildeo da administraccedilatildeo para apreciaccedilatildeo

ldquoFora Denguerdquo Intensificaccedilatildeo das accedilotildees educativas nas escolas e nos grupos e associaccedilatildeo de bairro

Poliacutetico Articulaccedilatildeo interssetorial Financeiro Disponibilizaccedilatildeo de material informativo

Secretaria Municipal de Sauacutede Secretaria Municipal de Educaccedilatildeo Associaccedilatildeo de bairros

Despertar na comunidade a consciecircncia de sauacutede coletiva

Despertar nos discentes e na comunidade o desejo de erradicar os focos da dengue

ldquoMapeamento

dos lotes sujosrdquo

Realizar o

mapeamento

dos terrenos

sujos

Poliacutetico Notificar os

proprietaacuterios para limpeza do

terreno Financeiro

Recurso para impressatildeo das

notificaccedilotildees

Secretaria Municipal de

Sauacutede

Evitar que as pessoas joguem lixo e entulho em lotes vagos

Conservaccedilatildeo e limpeza dos lotes vazios

58 Oitavo Passo Anaacutelise de Viabilidade do Plano

A proposta a seguir (Quadro 3) apresenta a motivaccedilatildeo para a viabilidade do plano

visto que alguns dos recursos necessaacuterios fogem agrave governabilidade da ESF

36

Quadro 8 ndash Viabilidade do Plano

Operaccedilatildeo

Projeto

Recursos Criacuteticos

Controle dos recursos criacuteticos

Accedilatildeo estrateacutegica

Ator que controla

Motivaccedilatildeo

ldquoMutiratildeo da

limpezardquo

realizar um dia

por mecircs para

limpeza em

parceria com a

populaccedilatildeo

Poliacutetico Veiculo e pessoal para limpeza das ruas

Empresa Municipal de Obras Puacuteblicas

Favoraacutevel Criaccedilatildeo do dia da limpeza e apresentaccedilatildeo agrave administraccedilatildeo para apreciaccedilatildeo

ldquoFora Denguerdquo Intensificaccedilatildeo das accedilotildees educativas nas escolas e nos grupos e associaccedilatildeo de bairro

Poliacutetico Articulaccedilatildeo interssetorial Financeiro Disponibilizaccedilatildeo de material informativo

Secretaria Municipal de Sauacutede Secretaria Municipal de Educaccedilatildeo Associaccedilatildeo de bairros

Favoraacutevel

Despertar nos escolares e na comunidade o desejo de erradicar os focos da dengue

ldquoMapeamento

dos lotes sujosrdquo

Realizar o

mapeamento

dos terrenos

sujos

Poliacutetico Notificar os

proprietaacuterios para limpeza do

terreno Financeiro

Recurso para impressatildeo das

notificaccedilotildees

Secretaria Municipal de

Sauacutede

Indiferente

Conservaccedilatildeo e limpeza dos lotes vazios

37

59 Nono Passo Elaboraccedilatildeo do Plano Operativo

A proposta a seguir no Quadro 9 identifica os atores envolvidos lhes atribuiacutedo

responsabilidades e prazos a cumprir

Quadro 9 ndash Plano Operativo

Operaccedilotildees Resultados Accedilotildees Estrateacutegicas

Responsaacutevel Prazo

ldquoMutiratildeo da limpezardquo realizar um dia por mecircs para limpeza em parceria com a populaccedilatildeo

Limpeza das ruas

e quintais

Coleta de lixo

das ruas Incentivo a limpeza de

lotes e quintais

Equipe de ACS

Durante todo ano

ldquoFora Denguerdquo Intensificaccedilatildeo das accedilotildees educativas nas escolas e nos grupos e associaccedilatildeo de bairro

Uma comunidade

consciente das suas

responsabilidades

Insistir e reforccedilar com

accedilotildees educativas para que

populaccedilatildeo mantenha as ruas limpas e coloque o lixo

para ser recolhido

Enfermeiro ESF

Durante todo o ano

ldquoMapeamento dos lotes

sujosrdquo Realizar o

mapeamento dos terrenos

sujos

Identificar os focos e eliminaacute-

los

Criaccedilatildeo de um mapa onde ocorreram focos do mosquito

ACS e

Enfermeiro

Trecircs meses

510 Deacutecimo Passo Gestatildeo do Plano

Com a gestatildeo do plano eacute possiacutevel aos responsaacuteveis acompanhar e monitorar as

accedilotildees avaliando e sempre que necessaacuterio readequando as eventuais falhas do

processo

38

Quadro 10ndash Gestatildeo do Plano

Produtos Responsaacutevel Prazo Situaccedilatildeo Atual

Justificativa Novo Prazo

ldquoMutiratildeo da

limpezardquo

realizar um

dia por mecircs

para limpeza

em parceria

com a

populaccedilatildeo

Enfermeiro da ESF

Inicio imediatamente

(logo apoacutes apresentaccedilatildeo

do projeto)

ldquoFora Denguerdquo Intensificaccedilatildeo das accedilotildees educativas nas escolas e nos grupos e associaccedilatildeo de bairro

Enfermeiro Provab

Durante todo ano

ldquoMapeamento

dos lotes

sujosrdquo

Realizar o

mapeamento

dos terrenos

sujos

ECS e Equipe

de Epidemiologia

Um mecircs para

inicio das atividades

Aleacutem dos 10 passos do Planejamento Estrateacutegico Situacional optei por incluir outros

02 passos que tecircm a finalidade de contribuir para o processo de avaliaccedilatildeo da

Proposta de Intervenccedilatildeo Estatildeo contidos nos itens 511 e 512 a seguir

511 Avaliaccedilatildeo dos Resultados

O instrumento para avaliaccedilatildeo seraacute o Sistema de Informaccedilotildees de Agravos de

Notificaccedilatildeo ndash SINAN

ldquoque tem por objetivo o registro e processamento dos dados sobre agravos

de notificaccedilatildeo em todo o territoacuterio nacional fornecendo informaccedilotildees para

anaacutelise do perfil da morbidade e contribuindo desta forma para a tomada

de decisotildees em niacutevel municipal estadual e federalrdquo (IBGE 2014)

39

Segundo Moraes e Duarte (2009) o SINAN tem sido principal fonte de dados

para coordenaccedilatildeo das accedilotildees de vigilacircncia epidemioloacutegica tanto no sentido de

controle da doenccedila quando como fonte de pesquisa

512 Resultados Eesperados

O resultado esperado eacute

Estabelecer a construccedilatildeo de conhecimento que favoreccedila o autocuidado e a

capacidade de emancipaccedilatildeo da comunidade criando um ambiente seguro com

ecircnfase na educaccedilatildeo e sauacutede com vistas agrave reduccedilatildeo dos casos de dengue na

populaccedilatildeo adscrita da UBS Santos Dumont

40

6 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

O Programa de Valorizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Baacutesica (PROVAB) abriu muitos

caminhos para um horizonte promissor no desenvolvimento da promoccedilatildeo da sauacutede

e da prevenccedilatildeo no campo de atuaccedilatildeo do Programa Sauacutede na Escola criando um

viacutenculo de amizade e confianccedila uma verdadeira parceria com os alunos essencial

na construccedilatildeo de uma sociedade consciente e capaz de cuidar da sua sauacutede de

maneira preventiva loacutegica essa defendida pelo Sistema Uacutenico de Sauacutede

Para noacutes enfermeiros eacute oportunidade de ampliar o horizonte de atuaccedilatildeo

ensinando e aprendendo com o comportamento das crianccedilas dos adolescentes e

jovens vendo de maneira impar o grande desafio da educaccedilatildeo em formar cidadatildeos

com mais sauacutede Como gratificaccedilatildeo recebemos o reconhecimento dos alunos

professores e diretores algo que fica marcado para sempre na formaccedilatildeo do

profissional os laccedilos de confianccedila amizade e reconhecimento satildeo a maior

recompensa e certeza de missatildeo cumprida

Como a Equipe de Sauacutede da Famiacutelia tem como principal objetivo trabalhar na

prevenccedilatildeo de doenccedilas e agravos criando viacutenculos com a clientela a missatildeo de

promover a emancipaccedilatildeo de seus usuaacuterios com ecircnfase no autocuidado exige de

noacutes muita articulaccedilatildeo e intensificaccedilatildeo de accedilotildees educativas Especificamente no caso

da dengue o cumprimento desta missatildeo pode evitar que as constantes epidemias

se tornem parte do cotidiano das pessoas auxiliando os moradores da comunidade

na adoccedilatildeo de medidas responsaacuteveis que visem o cuidado com a sua sauacutede e da

sauacutede da comunidade

Neste sentido a educaccedilatildeo em sauacutede desempenha um papel importante em

manter a comunidade sempre vigilante e em alerta pois o perigo eacute eminente e vive

dentro dos lares das pessoas esperando apenas o momento oportuno e condiccedilotildees

favoraacuteveis para transmitir a dengue

O trabalho dos agentes de controle de endemias e da ESF deve ser

constante focado na eliminaccedilatildeo dos criadouros do mosquito transmissor da dengue

A comunidade deve colaborar com livre acesso dos agentes agraves residecircncias na

colaboraccedilatildeo para eliminaccedilatildeo dos focos nos domiciacutelios e peridomiciacutelios e

multiplicaccedilatildeo das informaccedilotildees sobre o ciclo de vida do vetor entre os vizinhos

amigos e parentes informando que todos estatildeo expostos agrave doenccedila e a mudanccedila de

comportamento pode diminuir os riscos de contrair a dengue

41

Ao poder puacuteblico eacute necessaacuterio adotar um planejamento adequado para

garantir aos cidadatildeos a infraestrutura miacutenima necessaacuteria para viver em comunidade

serviccedilos essenciais como saneamento coleta de lixo e mobilidade que favorecem a

criaccedilatildeo de um ambiente seguro com sauacutede e qualidade de vida

42

REFEREcircNCIAS

ALMEIDA M CM et al Dinacircmica intra-urbana das epidemias de dengue em Belo Horizonte Minas Gerais Brasil 1996-2002 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2008 vol24 n10 pp 2385-2395 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv24n1019pdf Acesso em 02 de out de 2014 ALVES V S A Um modelo de educaccedilatildeo em sauacutede para o Programa Sauacutede da Famiacutelia pela integralidade da atenccedilatildeo e reorientaccedilatildeo do modelo assistencial Interface - Comunic Sauacutede Educ v9 n16 p39-52 set2004fev2005 Disponiacutevel em httpswwwnesconmedicinaufmgbrbibliotecaimagem0303pdf Acesso de jun de 2014 BACKES DS et al (2012) O papel profissional do enfermeiro no Sistema Uacutenico de Sauacutede da sauacutede comunitaacuteria agrave estrateacutegia de sauacutede da famiacutelia Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva

17(1)223-230 2012 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcscv17n1a24v17n1pdf Acesso em 12 de jan 2015 BRASIL Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sauacutede Consulta Estabelecimento - Modulo Profissional - Profissional por Estabelecimento Disponiacutevel em httpcnesdatasusgovbrMod_ProfissionalaspVCo_Unidade=3122302159651 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Cadernos de Informaccedilotildees de Sauacutede Minas Gerais DATASUS TABNET (2010) Disponiacutevel em httptabnetdatasusgovbrtabdatacadernosmghtm Acesso em16 de maio de 2014 BRASIL Dengue - instruccedilotildees para pessoal de combate ao vetor Manual de Normas teacutecnicas - 3 ed rev - Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede 2001 84 p il 30 cm Disponiacutevel em httpbvsmssaudegovbrbvspublicacoesfunasaman_denguepdf acesso em 15 de out de 2014 BRASIL Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz Vetor da dengue na Aacutesia A albopictus eacute alvo de estudos Publicada em 18122008 agraves 1249 Disponiacutevel em httpwwwfiocruzbrioccgicgiluaexesysstarthtminfoid=576ampsid=32amptpl=printerview Acesso em 12 de jan de 2015 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Censo demograacutefico 2010 sinopse Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=1ampsearch=minas-gerais|divinopolis|censo-demografico-2010-sinopse- Acesso em 15 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Divinoacutepolis morbidades hospitalares ndash 2012 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=114ampsearch=minas-gerais|divinopolis|morbidades-hospitalares-2012 Acesso em 12 de maio de 2014

43

BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estaacutetica Divisatildeo Territorial do Brasil e Limites Territoriais Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE) (1 de julho de 2008) Disponiacutevel em httpwwwibgegovbrhomegeocienciascartografiadefault_dtb_intshtm Acesso em16 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Ensino - matriacuteculas docentes e rede escolar ndash 2012 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=117ampsearch=minas-gerais|divinopolis|ensino-matriculas-docentes-e-rede-escolar-2012 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estaacutetica Histoacuterico do Municiacutepio disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrpainelhistoricophplang=ampcodmun=312230ampsearch=minas-gerais|divinopolis|infograficos-historico Acesso 10 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Informaccedilotildees completas Populaccedilatildeo em 2010 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrasperfilphplang=ampcodmun=312230 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Serviccedilos de sauacutede ndash 2009 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=5ampsearch=minas-gerais|divinopolis|servicos-de-saude-2009 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Sistema de informaccedilotildees de agravos de notificaccedilatildeo ndash SINAN Disponiacutevel em httpcesibgegovbrbase-de-dadosmetadadosministerio-da-saudesistema-de-informacoes-de-agravos-de-notificacao-sinan Acesso em 16 de Nov de 2014 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede Dengue aspectos epidemioloacutegicos diagnoacutestico e tratamento Ministeacuterio da Sauacutede Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede ndash Brasiacutelia Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede 2002 Disponiacutevel em httpbvsmssaudegovbrbvspublicacoesdengue_aspecto_epidemiologicos_diagnostico_tratamentopdf Acesso em 02 de out de 2014 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede FUNSA Programa Nacional de Combate a Dengue PNCD Disponiacutevel em httpbvsmssaudegovbrbvspublicacoespncd_2002pdf Acesso em 21 de jun de 2014 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portal Brasil Disponiacutevel em httpwwwbrasilgovbrsaude201311saude-libera-mais-de-r-360-mi-para-combate-a-dengue Acesso em 10 de Nov de 2014

44

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede Departamento de Vigilacircncia Epidemioloacutegica Diretrizes nacionais para prevenccedilatildeo e controle de epidemias de dengue Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede Departamento de Vigilacircncia Epidemioloacutegica ndash Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2009 160 p Disponiacutevel em httpwwwansgovbrportalimgemaildiretrizes_reimpressao_webpdf Acesso em 16 de Nov de 2014

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede (2014) Monitoramento dos casos de dengue e febre de chikungunya ateacute a Semana Epidemioloacutegica (SE) 53 de 2014 Dengue Boletim Epidemioloacutegico ISSN 2358-9450 Volume 46 Ndeg 3 ndash 2015 Disponiacutevel em httpportalsaudesaudegovbrimagespdf2015janeiro192015-002---BE-at---SE-53pdf Acesso em 22 mar de 2015 BRASILSINANONLINE e DVASVEASTSub VPSSES-MG (20122013) Disponiacutevel em httpwwwsaudemggovbrcomponentgmgstory6489-informe-epidemiologico-da-dengue-30-05-2014 Acesso em 08 de jun de 2014 CAMPOS FCC FARIA H P SANTOS MA Planejamento e avaliaccedilatildeo das accedilotildees em sauacutede Curso de Especializaccedilatildeo em Atenccedilatildeo Baacutesica em Sauacutede da Famiacutelia NESCONUFMG Curso de Especializaccedilatildeo em Atenccedilatildeo Baacutesica agrave Sauacutede da Famiacutelia 2ed Belo Horizonte NesconUFMG 2010 Disponiacutevel em lthttpswwwnesconmedicinaufmgbrbibliotecaregistroPlanejamento_e_avaliacao_das_acoes_de_saude_23gt Acesso em Dezembro 2014 DIVINOacutePOLIS Estatuto dos Conselhos Distritais de Sauacutede Conselho Municipal de Sauacutede 1998 DIVINOacutePOLIS Mapa da cidade Disponiacutevel em httpwwwdivinopolismggovbrportalpaginasgeograficosimagensmapadacidadepdf Acesso em 08 de jun de 2014 DIVINOPOLIS Secretaria Municipal de Sauacutede SEMUSA Sistema Integrado de Sauacutede Paciente Famiacutelia Acesso Local Acesso em 15 de maio de 2014 FERREIRA B J et al Evoluccedilatildeo histoacuterica dos programas de prevenccedilatildeo e controle da dengue no Brasil Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2009 vol14 n3 pp 961-972 ISSN 1413-8123 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcscv14n332pdf Acesso em 21 de jun de 2014 FERREIRA IT RN VERAS M A S M and SILVA RA Participaccedilatildeo da populaccedilatildeo no controle da dengue uma anaacutelise da sensibilidade dos planos de sauacutede de municiacutepios do Estado de Satildeo Paulo BrasilCad Sauacutede Puacuteblica [online] 2009 vol25 n12 pp 2683-2694 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielosporgpdfcspv25n1215pdf Acesso em 10 de out de 2014 FIGUEIREDO LT M OWA M A CARLUCCI R H and OLIVEIRA L de Estudo sobre o diagnoacutestico laboratorial e sintomas do dengue durante epidemia ocorrida na regiatildeo de Ribeiratildeo Preto SP Brasil Rev Inst Med trop S Paulo [online] 1992

45

vol34 n2 pp 121-130 ISSN 0036-4665 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfrimtspv34n2a07v34n2pdf Acesso em 13 ago de 2014 FIGUEIROacute AC et al Oacutebito por dengue como evento sentinela para avaliaccedilatildeo da qualidade da assistecircncia estudo de caso em dois municiacutepios da Regiatildeo Nordeste Brasil 2008 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2011 vol27 n12 pp 2373-2385 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv27n1209pdf Acesso em 12 de out de 2014 GIRAtildeO RV et al Educaccedilatildeo em sauacutede sobre a dengue contribuiccedilotildees para o desenvolvimento de competecircncias J res fundam care online 2014 janmar 6(1) 38-46 Disponiacutevel em httpwwwseeruniriobrindexphpcuidadofundamentalarticleview2659pdf_1043 Acesso em 21 de jun de 2014 GONCcedilALVES NETO V S et al Conhecimentos e atitudes da populaccedilatildeo sobre dengue no Municiacutepio de Satildeo Luiacutes Maranhatildeo Brasil 2004 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2006 vol22 n10 pp 2191-2200 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv22n1018pdf Acesso em 10 de out de 2014 LEFEVRE A MC et al Representaccedilotildees sobre dengue seu vetor e accedilotildees de controle por moradores do municiacutepio de Satildeo Sebastiatildeo litoral Norte do Estado de Satildeo Paulo Brasil Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2007 vol23 n7 pp 1696-1706 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv23n722pdf Acesso em 16 de out de 2014 LIMA E C VILASBOAS ALQ Implantaccedilatildeo das Accedilotildees Interssetoriais de Mobilizaccedilatildeo Social do Paraacute o Controle da dengue na Bahia Brasil Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2011 vol27 n8 pp 1507-1519 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv27n806pdf Acesso em 16 de out de 2014 MACHADO RM et al (2013) HISTORIA DA SAUacuteDE MENTAL DE DIVINOacutePOLIS-MG Revista de Enfermagem do Centro Oeste Mineiro 2013 maiago 3 (2) 752-760 httpwwwseerufsjedubrindexphprecomarticleview228439 Acesso em 08 de abr de 2015 MAYO R C et al BEPA - Boletim Epidemioloacutegico Paulista 8(88) 4-12 abr 2011 tab Graf Disponiacutevel em fileCUsersnoteDownloadsv8n88a0120(1)pdf Acesso em 12 de out de 2014 MINAS GERAIS Secretaria Estadual de Sauacutede Programa Estadual de Controle Permanente da Dengue SITUACcedilAtildeO ATUAL DA DENGUE EM MINAS GERAIS RESUMO INFORMATIVO - 15122014 Disponiacutevel em httpwwwsaudemggovbrimagesdocumentosAnaliseDengue15-12-2014pdf Acesso em 10 de jan de 2015 MINAS GERAIS Secretaria de Estado da Sauacutede de Minas Gerais Programa Sauacutede em Casa Disponiacutevel em httpwwwsaudemggovbrpoliacuteticas_de_saudeprograma-saude-em-casa Acesso em 10 de maio de 2014

46

MORAES GH and DUARTE E C Anaacutelise da concordacircncia dos dados de mortalidade por dengue em dois sistemas nacionais de informaccedilatildeo em sauacutede Brasil 2000-2005 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2009 vol25 n11 pp 2354-2364 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielosporgpdfcspv25n1106pdf Acesso em 29 de Nov de 2014 PENNA M L F Um desafio para a sauacutede puacuteblica brasileira o controle do dengue Cad Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro 19(1) 305-309 jan-fev 2003 Disponiacutevel em httpwwwscielosporgpdfcspv19n114932pdf Acesso em 21 de jun de 2014

PREFEITURA MUNICIPAL DE DIVINOacutePOLIS BALANCcedilO DA DENGUE Disponiacutevel em httpwwwdivinopolismggovbrportalnoticiaphpid=11507 Acesso em 19 jan de 2015

RIBEIRO P C SOUSA DC ARAUJO TME Perfil cliacutenico-epidemioloacutegico dos casos suspeitos de Dengue em um bairro da zona sul de Teresina PI Brasil Rev bras enferm [online] 2008 vol61 n2 pp 227-232 ISSN 0034-7167 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfrebenv61n2a13v61n2pdf Acesso em 28 de jul de 2014 VALENTE G SC et al Problematizaccedilatildeo Como Estrateacutegia de Educaccedilatildeo em Sauacutede no Combate a Dengue Um Relato de Experiecircncia R Pesq cuid Fundam Online 2012 outdez 4(4)2987-94 Disponiacutevel em httpwwwseeruniriobrindexphpcuidadofundamentalarticleview1888pdf_641 Acesso em 08 jun de 2014 TEIXEIRA LAS et al Persistecircncia dos sintomas de dengue em uma populaccedilatildeo de Uberaba Minas Gerais Brasil Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2010 vol26 n3 pp 624-630 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv26n319pdf Acesso em 16 de out de 2014

Page 18: PLANO DE AÇÃO NO COMBATE A DENGUE: EDUCAR PARA EVITAR · 2019-11-14 · The Divinopolis follows the same trend, with 4680 notifications and 4139 confirmed ... banhado pelas bacias

18

Paracatu 3 Prata Sabaraacute

1 1

Santa Barbara Santa Luzia Santos Dumont

1 1 1

Santa Margarida Uberlacircndia

1 3

Trecircs Coraccedilotildees 1

Total 47

Fonte SINAN ONLINE e DVASVEASTSubVPSSES MG

O grande nuacutemero de terrenos baldios e lotes vagos satildeo apontados pelos

moradores como principal causa do aumento dos focos do mosquito Aedes Aegypti

A foto abaixo mostra o aglomerado ainda pouco habitado onde existem muitas

aacutereas onde haacute somente vegetaccedilatildeo nativa o que favorece o descarte inadequado de

lixo e entulhos recipientes que acumulam aacutegua se tornando grande criadouro do

mosquito transmissor da dengue

Foto 2 - Aacuterea de abrangecircncia da Unidade Baacutesica de Sauacutede Santos Dumont 2014

Fonte httpswwwgooglecombrmaps-201840183-448801014180mdata=3m11e3

19

A regiatildeo ocupada pela populaccedilatildeo da aacuterea de abrangecircncia da UBS Santos

Dumont eacute uma regiatildeo de cerrado Segundo o IBGE (BRASIL 2010) o Iacutendice de

Desenvolvimento Humano - IDH eacute 0764 acima da meacutedia nacional que de 0730 A

cidade apresentou crescimento populacional no periacuteodo de 1991 a 2010

correspondentes a 2889 poreacutem os investimentos em infraestrutura como

pavimentaccedilatildeo e saneamento baacutesico natildeo acompanharam a taxa de crescimento da

cidade algo comum em grandes cidades e cidades de meacutedio porte no paiacutes Na aacuterea

do bairro ainda haacute presenccedila de mata nativa com ocupaccedilatildeo natildeo planejada a

populaccedilatildeo convive com riscos eminentes para a sua sauacutede

Segundo Valente et al (2012) diante do aumento dos casos de dengue

estrateacutegias tradicionais parecem natildeo terem mais o mesmo efeito de outrora Eacute

necessaacuterio o envolvimento de todos os setores sociais para buscar o controle da

situaccedilatildeo com accedilotildees de educaccedilatildeo e sauacutede que podem ser mais efetivas do que

apenas medidas unilaterais baseada em estatiacutesticas ministeriais

Apoacutes os vaacuterios casos atendidos na UBS o que se percebe eacute que ningueacutem

assume que o foco do mosquito possa estar na sua casa conforme afirmam Valente

et al (2012) que a culpa eacute sempre dos vizinhos que natildeo fazem a sua parte o que

torna relevante afirmar ser a negaccedilatildeo da ldquoquestatildeo da culpabilizaccedilatildeo individual e a

culpabilizaccedilatildeo do outrordquo (VALENTE 2012 p2990) Outro dado que chama a

atenccedilatildeo segundo a Secretaria Municipal de Sauacutede (DIVINOacutePOLIS 2014) eacute que os

levantamentos indicam que 9415 dos focos de dengue estatildeo dentro das

residecircncias O relato que os criadouros estatildeo sempre na casa do vizinho esse eacute

com certeza o maior ldquonoacute criacuteticordquo que precisa ser desconstruiacutedo o cidadatildeo se

preocupa com o vizinho e se esquece do seu domiciacutelio

Segundo balanccedilo divulgado pela Secretaria Municipal de Sauacutede

(DIVINOacutePOLIS 2014) os 4139 casos confirmados mais os exames que ainda

aguardam os resultados sinalizam para cidade que tem muito trabalho para

enfrentar esse grave problema de sauacutede puacuteblica Os bairros Nossa Senhora das

Graccedilas Centro Satildeo Joseacute Interlagos Niteroacutei Porto Velho Planalto Santos Dumont

Belvedere e Bom Pastor foram responsaacuteveis por 3027 dos casos notificados na

cidade Em meacutedia a UBS Santos Dumont em relaccedilatildeo agrave populaccedilatildeo adscrita

apresentou um percentual de 215 da populaccedilatildeo total com casos notificados como

se pode observar no quadro abaixo

20

Quadro 5 - Nuacutemero de casos de Dengue em Divinoacutepolis ndash 2014

NOSSA SENHORA DAS GRACcedilAS Fonte Prefeitura Municipal de Divinoacutepolishttpwwwdivinopolismggovbrportalnoticiaphpid=109802014

Segundo Valente et al (2012) a praacutetica de jogar lixo nas ruas como algo do

cotidiano mesmo sabendo que essa accedilatildeo remete aos proacuteprios moradores e a falta

de coleta seletiva regular levam ao acuacutemulo de recipientes de plaacutesticos que durante

o periacuteodo chuvoso tornam-se criadouros do mosquito Esse tambeacutem eacute um

importante tema que necessita ser trabalhado desde a preacute-escola em vaacuterias

oportunidades como reuniatildeo de bairros em eventos esportivos e festivos pois

somente com educaccedilatildeo da populaccedilatildeo se pode mudar essa realidade

BAIRROS COM MAIORES NUacuteMEROS DE CASOS DE DENGUE EM DIVINOacutePOLIS

Bairros NSG CENTRO Satildeo JOSEacute INTERLAGOS NITEROacuteI

PORTO VELHO PLANALTO

SANTOS DUMONT BELVEDERE

BOM PASTOR

307 350 192 123 124 1O8 104 101 98 96

TOTAL 1417

21

2 JUSTIFICATIVA

A enfermagem eacute uma arte cuidar prevenir e proteger a sauacutede o enfermeiro

que atua na equipe de sauacutede da famiacutelia tem importante papel na educaccedilatildeo e na

proteccedilatildeo de sua populaccedilatildeo adscrita por estar perto e conhecer a realidade de sua

comunidade Backes et al (2012)

O conhecimento dos problemas de uma populaccedilatildeo permite a equipe de

Sauacutede da Estrateacutegia da Famiacutelia o planejamento de accedilotildees efetivas e eficazes nas

principais causas de adoecimento de uma comunidade aleacutem de organizar de

maneira ordenada o atendimento da demanda e rotina dos serviccedilos ofertados na

Unidade Baacutesica de Sauacutede Backes et al (2012)

O tema dengue tem relevacircncia por ser a mais importante arbovirose que

atinge o ser humano na atualidade trazendo um enorme prejuiacutezo socioeconocircmico

para toda sociedade

Segundo Figueiredo et al (1992) a dengue eacute uma doenccedila com alta

morbidade e pode evoluir para um quadro grave de hemorragia podendo levar ao

oacutebito Ainda conforme Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2009) em oito paiacuteses do

continente americano e asiaacutetico incluindo o Brasil em 2009 foram gastos U$ 18

bilhotildees somente com despesas ambulatoriais e hospitalares sem contar os recursos

despendidos para vigilacircncia epidemioloacutegica

Em Divinoacutepolis em 2014 foram notificados 4680 notificaccedilotildees e 4139 casos

confirmados e os demais aguardando confirmaccedilatildeo segundo a Secretaria Municipal

de Sauacutede

Ainda outro ponto muito importante eacute que as pessoas acreditam que o

problema eacute sempre do outro conforme salientam Valente et al (2012) que a culpa

dos casos de dengue eacute do vizinho sendo assim ele natildeo se preocupa com a sua

residecircncia Neste mesmo sentido Giratildeo et al (2012) afirmam que devido agrave

adaptaccedilatildeo do vetor as aacutereas domiciliares e peridomiciliares o controle da doenccedila

sem a participaccedilatildeo da populaccedilatildeo estaacute fadado ao fracasso As accedilotildees educaccedilatildeo em

sauacutede satildeo uma ferramenta essencial nessa estrateacutegia proporcionando ao cidadatildeo

uma autonomia para cuidar da sua sauacutede e da prevenccedilatildeo e eliminaccedilatildeo do vetor

Portanto uma proposta de intervenccedilatildeo que enfatize esta participaccedilatildeo da

comunidade conhecendo suas potencialidades e suas necessidades justifica a

realizaccedilatildeo deste trabalho

22

3 OBJETIVOS

31 Objetivo Geral

Elaborar um plano de accedilatildeo com ecircnfase em educaccedilatildeo e sauacutede com vistas agrave

reduccedilatildeo do nuacutemero de casos de dengue no municiacutepio de Divinoacutepolis e

especificamente na aacuterea de abrangecircncia da Unidade de Sauacutede Santos

Dumont

32 Objetivos Especiacuteficos

Organizar um grupo comunitaacuterio de controle e combate ao mosquito

Aedes Aegypti

Despertar na comunidade adscrita da Unidade de Sauacutede Santos Dumont uma

visatildeo criacutetica sobre os novos processos de sauacutede e doenccedila com a priorizaccedilatildeo

de accedilotildees educativas

Descrever os passos de uma proposta de intervenccedilatildeo e acompanhamento de

resultados com ecircnfase em educaccedilatildeo e sauacutede com vista na reduccedilatildeo dos focos

do vetor transmissor da dengue

23

4 BASES CONCEITUAIS

41 Aspectos Gerais da Doenccedila

A dengue eacute atualmente a mais importante arbovirose que acomete o ser

humano no continente americano distribuiacuteda segundo Ferreira et al (2009) desde o

Uruguai ateacute a costa sul dos Estados Unidos abrangendo principalmente Venezuela

Cuba Brasil e Paraguai contaminando cerca de mais de 3 bilhotildees de pessoas em

todo mundo

Segundo Penna (2003) embora o vetor Aedes Aegypti natildeo seja natural das

Ameacutericas encontrou aqui um ambiente favoraacutevel agrave sua multiplicaccedilatildeo Introduzido no

Brasil possivelmente pela Aacutefrica em meados do seacuteculo XIX invadiu o paiacutes e se

expandiu para todo o territoacuterio nacional

Segundo Penna (2003) o vetor chegou a ser erradicado de 1967 a 1973 pelo

meacutetodo de aplicaccedilatildeo de inseticida de accedilatildeo residual que prevalecia por ateacute seis

meses a aplicaccedilatildeo se deu em depoacutesitos que continham ou natildeo aacutegua parada e

tambeacutem ateacute um metro dos potenciais focos do mosquito Atualmente com os

grandes aglomerados urbanos e com a infestaccedilatildeo em todo continente americano a

erradicaccedilatildeo do mosquito natildeo eacute mais viaacutevel por isso o Ministeacuterio da Sauacutede em

parceria com Organizaccedilatildeo Pan-americana da Sauacutede (OPAS) aderiu o ldquoPlano de

Intensificaccedilatildeo das Accedilotildees de Controle da Denguerdquo (PIACD) que trabalha com a

universalidade regional sincronicidade e continuidade das accedilotildees e natildeo na

erradicaccedilatildeo (FERREIRA et al 2009 p 963)

Valente et al (2012) Giratildeo et al (2014) salientam que eacute de fundamental

importacircncia entender que as atuais estrateacutegias de controle vetorial onde haacute

responsabilizaccedilatildeo dos cidadatildeos e eliminaccedilatildeo focal parecem natildeo ter mais efeito

efetivo no combate ao mosquito Aedes Aegypti Diante das seguidas epidemias haacute

necessidade de uma abordagem mais ampla do problema com a participaccedilatildeo efetiva

de toda populaccedilatildeo e de todos os setores da sociedade ldquoenfocando a determinaccedilatildeo

social do processo sauacutede-doenccedila e a transdisciplinalidade das accedilotildeesrdquo (VALENTE et

al 2012 p 2988)

No Brasil segundo Ferreira et al (2009) as condiccedilotildees socioambientais a

falta de saneamento a ausecircncia da coleta seletiva de lixo a maacute distribuiccedilatildeo de

24

renda e a baixa escolaridade criaram um ambiente muito favoraacutevel agrave multiplicaccedilatildeo

do vetor Aedes Aegypti

42 Etiologia

Segundo Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2002) a Dengue eacute uma doenccedila febril

que em sua forma claacutessica apresenta como sinais cliacutenicos dores musculares e nas

articulaccedilotildees cefaleia e dor retro-orbitaacuteria vocircmitos e diarreia Para Almeida et al

(2008) a dengue eacute uma doenccedila de curso que varia de forma benigna a grave pode

apresentar a forma claacutessica a forma hemorraacutegica e o choque sendo que esta uacuteltima

pode levar ao oacutebito

No Brasil segundo a Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz (BRASIL 2008) satildeo

encontrados dois vetores da doenccedila o Aedes aegypti e Aedes albopictus A

transmissatildeo ocorre quando uma fecircmea do inseto pica uma pessoa portadora do

viacuterus e esta passa por periacuteodo de incubaccedilatildeo e logo apoacutes 10 a 14 dias a fecircmea estaacute

apta a transmitir o viacuterus por toda vida em meacutedia vive em torno de 35 a 40 dias

43 Aspectos Epidemioloacutegicos

Segundo Gonccedilalves Neto et al (2006) a dengue eacute considerada como a mais

importante arbovirose transmitida por insetos das uacuteltimas deacutecadas atinge a cada

ano um maior contingente de pessoas com o vetor aparecendo em mais de 100

paiacuteses de clima tropical e subtropical

Em face dessa realidade Ferreira Veras e Silva (2009) salientam que as

sucessivas epidemias de dengue no mundo especialmente no Brasil tecircm

mobilizado e preocupado autoridades e a populaccedilatildeo em geral No estado de Satildeo

Paulo houve um grande aumento dos quadros de dengue hemorraacutegica Cerca de

80 dos municiacutepios paulistas estatildeo totalmente infestados pelo mosquito aedes

aegypti Os motivos pelo quais a sua populaccedilatildeo aumenta significativamente

pontuam os autores satildeo a dificuldade em utilizaccedilatildeo de inseticidas a contrataccedilatildeo de

matildeo de obra qualificada a precaacuteria coleta de lixo especialmente nas grandes

cidades e nas suas regiotildees perifeacutericas aleacutem de fatores como o clima criando o

ambiente cada vez mais favoraacutevel agrave reproduccedilatildeo do mosquito

25

Segundo Mayo et al (2011) em estudo semelhante salienta que a

populaccedilatildeo brasileira vem sofrendo com seguidas epidemias de dengue haacute mais de

duas deacutecadas os autores seguem chamando a atenccedilatildeo para o progressivo aumento

de nuacutemero de casos com complicaccedilotildees seguindo a mesma loacutegica um nuacutemero

maior de municiacutepios vem sofrendo com o aparecimento e o aumento de casos de

dengue hemorraacutegica e o aumento dos oacutebitos por complicaccedilotildees da dengue

Havendo a predominacircncia de tais caracteriacutesticas a dengue tem levado ao alto

nuacutemero de oacutebitos Segundo Figueiroacute et al (2011) isso estaacute associado ainda agrave

imensa massa da populaccedilatildeo exposta Contudo salientam os autores que a doenccedila

tem se tornado um dos problemas de sauacutede reemergentes mais importantes da

histoacuteria Estima-se que 25 bilhotildees de pessoas estatildeo em risco de contrair a doenccedila

ainda que por ano satildeo 50 milhotildees de novos casos Destes cerca 550 mil necessitam

de hospitalizaccedilatildeo e pelo menos 20 mil evoluem para oacutebito Dados epidemioloacutegicos

do Ministeacuterio da Sauacutede tem apontado segundo Figueiro et al (2011) um crescente

aumento dos casos de Febre Hemorraacutegica por Dengue (FHD) e em uma deacutecada a

taxa de letalidade atingiu 68 destacando-se a regiatildeo nordeste com maior iacutendice

de casos entre 1981 a 2007

Contudo salientam Giratildeo et al (2014) que devido agrave adaptaccedilatildeo muito

acentuada do vetor nos peridomiciacutelios e domiciacutelios corroborando estudos da

Secretaria Municipal de Sauacutede de Divinoacutepolis (2014) apontaram que 9415 dos

focos de dengue estatildeo dentro das residecircncias sendo assim a participaccedilatildeo do

cidadatildeo no controle eacute de suma importacircncia no controle da doenccedila

Segundo dados do Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2014) em Minas Gerais a

taxa de incidecircncia da doenccedila foi de foi 2856 casos para cada 100000 habitantes

os 45 oacutebitos indicam um aumento de 3333 casos fatais em relaccedilatildeo a 2013 que

teve um nuacutemero de casos maior Quanto ao tipo de viacuterus circulante verificou-se a

incidecircncia de DENV1 (882) seguido de DENV4 (115) DENV3 (03) e DENV2

(00)

Para implantar as accedilotildees de vigilacircncia em sauacutede o Ministeacuterio da Sauacutede

(BRASIL 2014) por meio da Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede repassou para os

estados e municiacutepios 30 do valor a ser gasto em todo ano de 2014 cerca de R$

3634 milhotildees No mecircs de dezembro de 2013 a fim de intensificar as accedilotildees de

combate agrave dengue no periacuteodo de maior incidecircncia foram fornecidos 100 mil kg de

larvicidas 227 mil litros de adulticida e 104 mil kits para diagnoacutestico

26

Segundo a Secretaria Municipal de Sauacutede (DIVINOacutePOLIS 2014) haacute em

atividade 94 agentes de sauacutede puacuteblicos efetivos e 14 contratados sendo a cidade eacute

dividida em setores De acordo com levantamento raacutepido do iacutendice de infestaccedilatildeo do

aedes aegypti realizado em marccedilo de 2014 obteve-se um percentual de infestaccedilatildeo

do mosquito de 37 nos domiciacutelios visitados em Divinoacutepolis que representam risco

meacutedio para epidemia Em outubro de 2014 o novo levantamento raacutepido do iacutendice de

infestaccedilatildeo apresentou um iacutendice de 09 preocupante visto que o valor muito estaacute

muito proacuteximo do tolerado pela Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede que eacute de 1 Aleacutem

disso as condiccedilotildees climaacuteticas nesse periacuteodo natildeo favorecem a proliferaccedilatildeo do

mosquito por isso pode-se considerar esse valor alto

Em face dos dados apresentados conforme afirmam Ferreira Veras e Silva

(2009) para o controle da dengue a participaccedilatildeo popular eacute indiscutivelmente

essencial visto que o vetor habita os domiciacutelios sendo assim todos tem condiccedilotildees

de colaborar fiscalizando suas moradias O PNCD destaca as accedilotildees educativas

como forma de preparar a comunidade para adoccedilatildeo de comportamentos que

protejam a sauacutede coletiva Ainda segundo os autores durante as epidemias haacute todo

um clamor da miacutedia e do poder puacuteblico no sentido de mobilizar a comunidade para o

controle da doenccedila poreacutem nos periacuteodos de menor incidecircncia esse apelo perde a

intensidade o tema acaba no esquecimento sendo apresentado somente no

proacuteximo periacuteodo de infestaccedilatildeo e transmissatildeo da doenccedila

Ferreira Veras e Silva (2009) em anaacutelise do iacutendice de participaccedilatildeo da

populaccedilatildeo de 16 municiacutepios paulistas detectaram que em mais da metade destes

municiacutepios a participaccedilatildeo era muito baixa em consequecircncia o nuacutemero de pessoas

que contraiacuteram a doenccedila era maior onde haacute menos participaccedilatildeo popular

A educaccedilatildeo permanente segundo Ribeiro Sousa e Arauacutejo (2007) visa

acelerar o processo de adesatildeo da populaccedilatildeo agraves medidas preventivas abordando as

questotildees que envolvem condiccedilotildees de sauacutede moradia saneamento baacutesico indo

aleacutem de accedilotildees pontuais e campanhistas que perdem forccedila nos periacuteodos de baixa

notificaccedilatildeo de casos Eacute preciso buscar parceiros na sociedade civil como nos meios

de comunicaccedilatildeo para divulgaccedilatildeo do enfrentamento da doenccedila o ano inteiro

27

44 Medidas Educativas

Giratildeo et al (2014) destacam que somente com a educaccedilatildeo em sauacutede eacute que

se pode despertar na comunidade uma autonomia para que a populaccedilatildeo se sinta

como uma parte do processo que passa pela prevenccedilatildeo cujo controle depende da

eliminaccedilatildeo dos focos do mosquito dentro dos domiciacutelios

Neste sentido Alves (2005) afirma que a educaccedilatildeo em sauacutede eacute uma

ferramenta capaz de produzir intermediada pelos profissionais de sauacutede uma

compreensatildeo nova do processo sauacutede doenccedila oferecendo agrave populaccedilatildeo subsiacutedios

para adoccedilatildeo de novos haacutebitos de vida com ecircnfase na promoccedilatildeo e prevenccedilatildeo de

situaccedilotildees que podem trazer prejuiacutezos agrave sua sauacutede

Segundo Figueiroacute et al (2011) a doenccedila atinge a cada ano um maior

contingente de pessoas Nesse sentido priorizando a reduccedilatildeo dos casos de dengue

e dengue grave o Ministeacuterio da Sauacutede implantou no paiacutes o Plano Nacional de

Controle da Dengue ndash PNCD O programa eacute gerido de forma tripartite ou seja com

a participaccedilatildeo das trecircs esferas de governos uniatildeo estados e municiacutepios

ldquocompreendendo accedilotildees operacionais de vigilacircncia integrada entomoloacutegica e sobre o

meio ambiente de assistecircncia aos pacientes de educaccedilatildeo em sauacutede comunicaccedilatildeo

e mobilizaccedilatildeo socialrdquo (FIGUEIROacute et al 2011 p 2374) O PNCD compreende ainda

o controle e avaliaccedilatildeo dos agentes comunitaacuterios de sauacutede - ACS entretanto

segundo dados epidemioloacutegicos haacute uma grande dificuldade na realizaccedilatildeo das accedilotildees

e no alcance dos resultados esperados devido agrave baixa participaccedilatildeo da populaccedilatildeo

Para Ferreira Veras e Silva (2009) de acordo com a OPAS uma das maiores

dificuldades das autoridades de sauacutede em articulaccedilatildeo das accedilotildees eacute a parceria com a

comunidade o PNCD tem como um dos eixos a participaccedilatildeo comunitaacuteria para

reduccedilatildeo dos criadouros domiciliares Segundo Ferreira Veras e Silva (2009) a

participaccedilatildeo popular no combate eacute fundamental e defendida pelos organismos

nacionais e internacionais Pode estar inserida a capacitaccedilatildeo da populaccedilatildeo na

promoccedilatildeo e prevenccedilatildeo com o objetivo da melhoria da comunidade tanto na sauacutede

individual quanto coletiva favorecendo a construccedilatildeo de um modelo de sauacutede

compartilhada No controle das epidemias especialmente da dengue cujo vetor vive

na maioria das vezes nas casas das pessoas o PNDC visa o desenvolvimento de

accedilotildees educativas que tem como objetivo a mudanccedila de comportamento das

pessoas na manutenccedilatildeo de um ambiente de vida saudaacutevel Contudo a criteriosa

28

tarefa de evitar epidemias vai muito aleacutem do setor de sauacutede consistem em um

conjunto de accedilotildees poliacuteticas teacutecnicas e sociais que inclui prioritariamente a

participaccedilatildeo popular aliada agrave vigilacircncia epidemioloacutegica

Segundo Gonccedilalves Neto et al (2006) as condiccedilotildees sanitaacuterias prejudicadas

ausecircncia de coleta seletiva de lixo ausecircncia de saneamento baacutesico e um

crescimento desordenado em aacutereas tropicais propiciou raacutepida adaptaccedilatildeo do vetor

nas residecircncias levando o aedes aegpyti aproveitar se dos criadouros

providenciados pelo proacuteprio homem para aumentar sua populaccedilatildeo Contudo salienta

o autor praticamente impossiacutevel desenvolver um trabalho de controle do vetor sem a

participaccedilatildeo da comunidade

Tais afirmaccedilotildees explicam a situaccedilatildeo da populaccedilatildeo adscrita da UBS Santos

Dumont onde ocorreu uma grande expansatildeo de domiciacutelios sem um planejamento

adequado deixando um grande nuacutemero de terrenos baldios uma ocupaccedilatildeo sem a

infraestrutura necessaacuteria falta da coleta seletiva de lixo saneamento baacutesico e

pavimentaccedilatildeo Soma-se a isso a deficiecircncia do Estado em garantir uma coleta de

lixo eficiente deixando margem para a proliferaccedilatildeo da doenccedila

Segundo Almeida et al (2008) a adaptaccedilatildeo do mosquito aedes aegypti cuja

sobrevivecircncia depende de aacutegua parada ocorre principalmente nas aacutereas urbanas

em domiciacutelios e peridomiciacutelios Contudo o vetor eacute muito sensiacutevel agraves condiccedilotildees

ambientais poreacutem seus ovos resistem a longos periacuteodos de dissecaccedilatildeo o que

garante a perpetuaccedilatildeo da espeacutecie Com haacutebito diurno preferencialmente tem uma

especial atraccedilatildeo pelo sangue humano seu deslocamento eacute em meacutedia durante um

voo em condiccedilotildees normais de ambiente sem a interferecircncia de vento de cinquenta

metros portanto sua caracteriacutestica de habitar os domiciacutelios e peridomiciacutelios

permanecendo proacuteximo ao local de ldquopastordquo e postura dos ovos

Segundo Almeida et al (2008) com a ausecircncia de uma vacina eficaz capaz

de evitar a doenccedila a principal profilaxia tem sido o controle vetorial por meio de

identificaccedilatildeo dos focos e aplicaccedilatildeo de inseticidas de accedilatildeo residual para eliminaccedilatildeo

das larvas ou seja o combate focal

Contudo afirmam Almeida et al (2008) o conhecimento do dinamismo do

periacuteodo de maior transmissibilidade e latecircncia tem permitido a organizaccedilatildeo de accedilotildees

mais ou menos acentuadas dependendo do momento da epidemia e das condiccedilotildees

climaacuteticas A presenccedila do vetor em variadas partes das cidades jaacute foi identificada por

meio de estudos o que comprova que a doenccedila natildeo atinge somente uma classe

29

social Quanto agrave diminuiccedilatildeo dos casos dentro de um contexto epidemioloacutegico trecircs

fatores tecircm um papel muito importante as condiccedilotildees climaacuteticas desfavoraacuteveis agrave

viabilidade do vetor esgotamento de hospedeiros susceptiacuteveis e o controle quiacutemico

do vetor

45 Controle

Segundo Mayo et al (2011) existem duas formas de atuaccedilatildeo no controle da

doenccedila o bloqueio e o controle de criadouros Estas medidas tecircm por objetivo a

reduccedilatildeo dos criadouros na aacuterea de atuaccedilatildeo dos agentes de sauacutede o controle por

bloqueio e nebulizaccedilatildeo ocorre agrave aplicaccedilatildeo de inseticida com aplicadores Ultra Baixo

Volume - UBV A atuaccedilatildeo nesse tipo de trabalho em relaccedilatildeo ao feito pelo municiacutepio

diz respeito agrave qualidade do serviccedilo realizado bem como a agilidade na realizaccedilatildeo da

tarefa e o grande alcance da aacuterea coberta e o tipo de equipamento empregado

Para realizaccedilatildeo das tarefas o meacutetodo segue o preconizado pelo PNCD divide

as cidades em aacutereas setores e quarteirotildees Segundo Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL

2001) o bloqueio consiste em parar a transmissatildeo da dengue em municiacutepios com

epidemia instalada e tem como objetivo ainda a identificaccedilatildeo do sorotipo de viacuterus

circulante a aplicaccedilatildeo do UBV sem prejuiacutezo do controle larvaacuterio Quanto agrave

delimitaccedilatildeo de um foco isolado nos casos onde natildeo haacute infestaccedilatildeo deveratildeo ser

tratados todos os imoacuteveis no raio de 300 metros do entorno do local

Na fase de ataque segundo Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2001) deveraacute ser

tratado 100 dos imoacuteveis aleacutem de pontos estrateacutegicos terrenos baldios das zonas

infestadas e todos os potenciais focos devem ser eliminados Na fase de

consolidaccedilatildeo o objetivo eacute a erradicaccedilatildeo do mosquito satildeo desenvolvidas vaacuterias

accedilotildees semelhantes agrave fase de ataque com exceccedilatildeo do tratamento de focos Na fase

de manutenccedilatildeo satildeo visitadas todas as aacutereas positivas e negativas mesmo onde o

vetor foi erradicado as medidas satildeo o uso de armadilhas de oviposiccedilatildeo e inspeccedilotildees

de pontos estrateacutegicos

46 Atuaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Baacutesica no Controle da Dengue

As atividades de controle devem ter uma sinergia com todos os setores

envolvidos no tocante a vigilacircncia epidemioloacutegica haacute necessidade de manter a

30

vistoria em imoacuteveis terrenos depoacutesitos oficinas entre outros locais Teixeira et al

(2010) verificaram que os domiciacutelios com terrenos baldios no entorno apresentaram

maior concentraccedilatildeo da doenccedila

Lima e Vilasboas (2011) salientam que a sauacutede eacute um direito e a maneira que

o Estado tem de garantir esse direito eacute por meio de poliacuteticas puacuteblicas de proteccedilatildeo

prevenccedilatildeo e recuperaccedilatildeo de agravos a simples ausecircncia de doenccedila natildeo pode ser

considerada um conceito de sauacutede visto que as condiccedilotildees sociais de saneamento

baacutesico meio ambiente educaccedilatildeo moradia e renda satildeo fatores determinantes no

processo de adoecimento de um povo A sauacutede deve ser pensada no contexto

ampliado com integraccedilatildeo formando uma rede interssetorial na perspectiva de troca

de ajuda muacutetua na troca de experiecircncias com uma construccedilatildeo muacutetua de saberes

facilitando a resoluccedilatildeo dos problemas enfrentados

Para Lima e Vilasboas (2011) a interssetorialidade pode ser um facilitador

para construccedilatildeo de um sistema de sauacutede efetivo contudo aliado a poliacuteticas puacuteblicas

que possam contribuir para ganho na melhoria da qualidade de vida das pessoas A

interssetorialidade extrapola os limites do poder estatal e envolve a sociedade nas

decisotildees poliacuteticas evita a subordinaccedilatildeo de um setor a outro e diminui as resistecircncias

de alguns membros

Segundo Lefegravevre et al (2007) a populaccedilatildeo tem informaccedilotildees sobre a doenccedila

e do ciclo de vida do transmissor poreacutem esse conhecimento ainda natildeo eacute capaz de

produzir nas pessoas atitudes e comportamento para impedir ou reduzir os

criadouros do mosquito A probabilidade eacute que esse conhecimento vindo de origem

externa fragmentado ou pouco organizado configure um conflito entre o saber

sanitaacuterio e o senso comum Ainda segundo o autor o programa educativo tem sido

aplicado haacute muitos anos mas ateacute hoje ainda natildeo obteve o resultado esperado

contudo haacute necessidade de aprofundar neste contexto para identificar onde estatildeo as

falhas para que possa realmente ter uma populaccedilatildeo engajada no controle do vetor

Para a populaccedilatildeo segundo Lefegravevre et al (2007) haacute uma relaccedilatildeo entre sujo

que seria a doenccedila e limpo que seria a sauacutede levando a ideacuteia equivocada que o lixo

eacute o uacutenico meio de procriaccedilatildeo do mosquito Neste sentido haacute uma sinalizaccedilatildeo para

que o poder puacuteblico perceba a necessidade de informar educar e comunicar

Informar no que diz respeito aos constantes dados epidemioloacutegicos sobre a doenccedila

no Paiacutes no Estado e na sua Comunidade no sentido de incentivar a participaccedilatildeo

popular no controle da doenccedila Educar esclarecendo a forma de transmissibilidade

31

da doenccedila estabelecendo um diaacutelogo de faacutecil entendimento na loacutegica sanitaacuteria sem

confrontar o senso comum buscando construir um relacionamento entre o teacutecnico e

o cidadatildeo e agrave adoccedilatildeo de alternativas na reduccedilatildeo das viacutetimas da dengue

Neste sentido a ESF tem papel fundamental no desenvolvimento de accedilotildees de

prevenccedilatildeo e controle da dengue considerando a relaccedilatildeo de confianccedila que a

populaccedilatildeo manteacutem com a equipe de sauacutede da famiacutelia possibilitando o contato com

o ambiente domeacutestico por meio dos ACSs promovendo um ambiente seguro e livre

do Aedes aegypti (BRASIL 2002) A ESF pode ainda promover accedilotildees educativas

com a populaccedilatildeo mobilizando-a para adotar accedilotildees preventivas realizando tambeacutem a

notificaccedilatildeo imediata dos casos suspeitos possibilitando as medidas tratamento

adequado agraves situaccedilotildees de dengue claacutessica e dengue grave reduzindo os casos

letais e possibilitando o bloqueio dos focos pela vigilacircncia epidemioloacutegica

32

5 PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO

O diagnoacutestico situacional foi realizado com base nas informaccedilotildees contidas em

dados oficiais do IBGE do Sistema Integrado de Sauacutede e embasado no relato dos

problemas levantados pela Equipe de Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia da UBS

Santos Dumont

Foi utilizado o Planejamento Estrateacutegico Situacional ndash PES como referecircncia

para a proposta de intervenccedilatildeo Este meacutetodo possibilita que os atores atraveacutes de

sua proacutepria visatildeo identifiquem as causas possiacuteveis dos problemas como nascem e

se desenvolvem A partir deste ponto de vista podem propor soluccedilotildees para atacar

suas causas e a viabilidade destas soluccedilotildees (CAMPOS FARIA SANTOS 2010)

Assim a partir do diagnoacutestico situacional os 10 passos segundo os autores

mencionados e suas atividades satildeo descritas a seguir

51 Primeiro Passo Definiccedilatildeo dos Problemas

Hipertensatildeo Arterial

Diabetes

Drogas

Gravidez na Adolescecircncia

Dengue

Transtorno Depressivo

Doenccedilas Sexualmente Transmissiacuteveis AIDS

Falta de Saneamento Baacutesico

52 Segundo Passo Priorizaccedilatildeo dos Problemas

Dengue

Falta de Saneamento Baacutesico

53 Terceiro Passo Descriccedilatildeo do Problema Selecionado

Segundo o Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2002) o nosso paiacutes eacute

predominantemente de clima tropical e este eacute um ambiente favoraacutevel agrave proliferaccedilatildeo

do mosquito aedes aegypti principal transmissor da dengue em nosso continente A

33

doenccedila eacute a uma arbovirose transmitida por um artroacutepode que pode apresentar-se

de forma benigna claacutessica ou grave na forma de febre hemorraacutegica

Durante o ano de 2014 segundo o Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2014) mais

meio milhatildeo de casos da doenccedila (591080) 528 soacute na regiatildeo Sudeste em Minas

Gerais foram 59222 com 45 oacutebitos confirmados em Divinoacutepolis segundo a

Secretaria Municipal de Sauacutede (2014) ocorreram 4680 notificaccedilotildees de casos da

doenccedila e confirmados 4139 casos de dengue com 06 oacutebitos sendo que os bairros

Nossa Senhora das Graccedilas Centro Satildeo Joseacute Interlagos Niteroacutei Porto Velho

Planalto Santos Dumont Belvedere e Bom Pastor foram responsaacuteveis por 3027

dos casos de dengue da cidade

Ferreira et al (2009) Lima e Vilasboas (2011) chamam a atenccedilatildeo para a falta

de saneamento baacutesico como um fator agravante que pode elevar a multiplicaccedilatildeo do

vetor da doenccedila Para Gonccedilalves Neto et al (2006) as condiccedilotildees sanitaacuterias

prejudicadas o crescimento desordenado levaram agrave raacutepida adaptaccedilatildeo do vetor agraves

residecircncias causando a disseminaccedilatildeo do viacuterus Tais situaccedilotildees satildeo rotineiras na

populaccedilatildeo adscrita da UBS Santos Dumont

54 Quarto passo Explicaccedilatildeo do Problema

A explicaccedilatildeo para o problema selecionado foi qualificado do ponto de vista

social coletivo e individual

Niacutevel Social Refere-se agrave ausecircncia de poliacuteticas puacuteblicas para melhoria de qualidade

de vida da populaccedilatildeo que convive com a ausecircncia de saneamento baacutesico esgoto a

ceacuteu aberto falta de coleta seletiva e lixo acumulado nas ruas e terrenos baldios

Niacutevel Coletivo Falta de consciecircncia da gravidade da doenccedila que pode acometer a

qualquer pessoa e todas as faixas etaacuterias falta de colaboraccedilatildeo entre os vizinhos que

sempre potildeem a culpa das maacutes condiccedilotildees uns nos outros mas ningueacutem assume a

responsabilidade pelo seu quintal

Niacutevel Individual Falta de compromisso pois segundo dados da SEMUSA

(DIVINOacutePOLIS 2014) 9415 dos focos de Dengue estatildeo dentro das residecircncias

esses focos foram identificados em vasilhas de aacutegua para cachorro galinha calhas

mal projetadas e caixas drsquoaacutegua sem tampa

55 Quinto Passo Seleccedilatildeo dos ldquoNoacutes Criacuteticosrdquo

34

Foram selecionados os seguintes ldquonoacutes criacuteticosrdquo que podem ter relaccedilatildeo direta com o

alto nuacutemero de casos de dengue

Lixo nas ruas falta de conscientizaccedilatildeo da populaccedilatildeo para evitar descarte

incorreto de lixo nas ruas e terrenos baldios

Responsabilizaccedilatildeo do outro falta agrave comunidade assumir que o problema da

dengue natildeo eacute do meu vizinho mas eacute de todos

Lotes sujos falta cobranccedila por parte do poder puacuteblico aos proprietaacuterios de

terrenos vazios que mantenham os lotes limpos e conservados

56 Sexto Passo Desenho de Operaccedilotildees para os ldquoNoacutes Criacuteticosrdquo do Problema

Como soluccedilatildeo dos ldquonoacutes criacuteticosrdquo foram apresentadas as seguintes propostas

contidas no Quadro 6 a seguir

Quadro 6 ndash Desenho das Operaccedilotildees para os Noacutes Criacuteticos Selecionados

ldquoNoacute

Criacuteticordquo

Operaccedilatildeo

Projeto

Resultados

Esperados

Produtos

Esperados

Recursos

Necessaacuterios

Lixo nas ruas Reeducaccedilatildeo conscientizaccedilatildeo ambiental

Ausecircncia de lixo nas ruas e lotes vazios

Bairro limpo sem dengue

Datashow e computador

Responsabiliza ccedilatildeo do outro

Conscientizaccedilatildeo

sobre sauacutede

coletiva

Que todos

unidos com

objetivo de

diminuir os

casos de

dengue

Reduccedilatildeo da

doenccedila

Datashow e computador Panfletos informativos

Lotes sujos Limpeza de

lotes e terrenos

Lotes limpos

e sem focos

da dengue

Diminuiccedilatildeo

do nuacutemero do

mosquito

transmissor

da dengue

Palestras sobre

conservaccedilatildeo

dos terrenos e

lotes vazios

Fiscalizaccedilatildeo da

prefeitura

57 Seacutetimo Passo Identificaccedilatildeo dos Recursos Criacuteticos

35

Para iniacutecio das operaccedilotildees foram apresentados os recursos necessaacuterios e

indispensaacuteveis para o sucesso do processo

Quadro 7 ndash Identificaccedilatildeo dos Recursos Criacuteticos

Operaccedilatildeo

Projeto

Recursos Criacuteticos

Controle dos recursos criacuteticos

Accedilatildeo estrateacutegica

Ator que controla

Motivaccedilatildeo

ldquoMutiratildeo da

limpezardquo

realizar um dia

por mecircs para

limpeza em

parceria com a

populaccedilatildeo

Poliacutetico Veiculo e pessoal para limpeza das ruas

Empresa Municipal de Obras Puacuteblicas

Evitar que lixo se acumule nas ruas

Criaccedilatildeo do dia da limpeza e apresentaccedilatildeo da administraccedilatildeo para apreciaccedilatildeo

ldquoFora Denguerdquo Intensificaccedilatildeo das accedilotildees educativas nas escolas e nos grupos e associaccedilatildeo de bairro

Poliacutetico Articulaccedilatildeo interssetorial Financeiro Disponibilizaccedilatildeo de material informativo

Secretaria Municipal de Sauacutede Secretaria Municipal de Educaccedilatildeo Associaccedilatildeo de bairros

Despertar na comunidade a consciecircncia de sauacutede coletiva

Despertar nos discentes e na comunidade o desejo de erradicar os focos da dengue

ldquoMapeamento

dos lotes sujosrdquo

Realizar o

mapeamento

dos terrenos

sujos

Poliacutetico Notificar os

proprietaacuterios para limpeza do

terreno Financeiro

Recurso para impressatildeo das

notificaccedilotildees

Secretaria Municipal de

Sauacutede

Evitar que as pessoas joguem lixo e entulho em lotes vagos

Conservaccedilatildeo e limpeza dos lotes vazios

58 Oitavo Passo Anaacutelise de Viabilidade do Plano

A proposta a seguir (Quadro 3) apresenta a motivaccedilatildeo para a viabilidade do plano

visto que alguns dos recursos necessaacuterios fogem agrave governabilidade da ESF

36

Quadro 8 ndash Viabilidade do Plano

Operaccedilatildeo

Projeto

Recursos Criacuteticos

Controle dos recursos criacuteticos

Accedilatildeo estrateacutegica

Ator que controla

Motivaccedilatildeo

ldquoMutiratildeo da

limpezardquo

realizar um dia

por mecircs para

limpeza em

parceria com a

populaccedilatildeo

Poliacutetico Veiculo e pessoal para limpeza das ruas

Empresa Municipal de Obras Puacuteblicas

Favoraacutevel Criaccedilatildeo do dia da limpeza e apresentaccedilatildeo agrave administraccedilatildeo para apreciaccedilatildeo

ldquoFora Denguerdquo Intensificaccedilatildeo das accedilotildees educativas nas escolas e nos grupos e associaccedilatildeo de bairro

Poliacutetico Articulaccedilatildeo interssetorial Financeiro Disponibilizaccedilatildeo de material informativo

Secretaria Municipal de Sauacutede Secretaria Municipal de Educaccedilatildeo Associaccedilatildeo de bairros

Favoraacutevel

Despertar nos escolares e na comunidade o desejo de erradicar os focos da dengue

ldquoMapeamento

dos lotes sujosrdquo

Realizar o

mapeamento

dos terrenos

sujos

Poliacutetico Notificar os

proprietaacuterios para limpeza do

terreno Financeiro

Recurso para impressatildeo das

notificaccedilotildees

Secretaria Municipal de

Sauacutede

Indiferente

Conservaccedilatildeo e limpeza dos lotes vazios

37

59 Nono Passo Elaboraccedilatildeo do Plano Operativo

A proposta a seguir no Quadro 9 identifica os atores envolvidos lhes atribuiacutedo

responsabilidades e prazos a cumprir

Quadro 9 ndash Plano Operativo

Operaccedilotildees Resultados Accedilotildees Estrateacutegicas

Responsaacutevel Prazo

ldquoMutiratildeo da limpezardquo realizar um dia por mecircs para limpeza em parceria com a populaccedilatildeo

Limpeza das ruas

e quintais

Coleta de lixo

das ruas Incentivo a limpeza de

lotes e quintais

Equipe de ACS

Durante todo ano

ldquoFora Denguerdquo Intensificaccedilatildeo das accedilotildees educativas nas escolas e nos grupos e associaccedilatildeo de bairro

Uma comunidade

consciente das suas

responsabilidades

Insistir e reforccedilar com

accedilotildees educativas para que

populaccedilatildeo mantenha as ruas limpas e coloque o lixo

para ser recolhido

Enfermeiro ESF

Durante todo o ano

ldquoMapeamento dos lotes

sujosrdquo Realizar o

mapeamento dos terrenos

sujos

Identificar os focos e eliminaacute-

los

Criaccedilatildeo de um mapa onde ocorreram focos do mosquito

ACS e

Enfermeiro

Trecircs meses

510 Deacutecimo Passo Gestatildeo do Plano

Com a gestatildeo do plano eacute possiacutevel aos responsaacuteveis acompanhar e monitorar as

accedilotildees avaliando e sempre que necessaacuterio readequando as eventuais falhas do

processo

38

Quadro 10ndash Gestatildeo do Plano

Produtos Responsaacutevel Prazo Situaccedilatildeo Atual

Justificativa Novo Prazo

ldquoMutiratildeo da

limpezardquo

realizar um

dia por mecircs

para limpeza

em parceria

com a

populaccedilatildeo

Enfermeiro da ESF

Inicio imediatamente

(logo apoacutes apresentaccedilatildeo

do projeto)

ldquoFora Denguerdquo Intensificaccedilatildeo das accedilotildees educativas nas escolas e nos grupos e associaccedilatildeo de bairro

Enfermeiro Provab

Durante todo ano

ldquoMapeamento

dos lotes

sujosrdquo

Realizar o

mapeamento

dos terrenos

sujos

ECS e Equipe

de Epidemiologia

Um mecircs para

inicio das atividades

Aleacutem dos 10 passos do Planejamento Estrateacutegico Situacional optei por incluir outros

02 passos que tecircm a finalidade de contribuir para o processo de avaliaccedilatildeo da

Proposta de Intervenccedilatildeo Estatildeo contidos nos itens 511 e 512 a seguir

511 Avaliaccedilatildeo dos Resultados

O instrumento para avaliaccedilatildeo seraacute o Sistema de Informaccedilotildees de Agravos de

Notificaccedilatildeo ndash SINAN

ldquoque tem por objetivo o registro e processamento dos dados sobre agravos

de notificaccedilatildeo em todo o territoacuterio nacional fornecendo informaccedilotildees para

anaacutelise do perfil da morbidade e contribuindo desta forma para a tomada

de decisotildees em niacutevel municipal estadual e federalrdquo (IBGE 2014)

39

Segundo Moraes e Duarte (2009) o SINAN tem sido principal fonte de dados

para coordenaccedilatildeo das accedilotildees de vigilacircncia epidemioloacutegica tanto no sentido de

controle da doenccedila quando como fonte de pesquisa

512 Resultados Eesperados

O resultado esperado eacute

Estabelecer a construccedilatildeo de conhecimento que favoreccedila o autocuidado e a

capacidade de emancipaccedilatildeo da comunidade criando um ambiente seguro com

ecircnfase na educaccedilatildeo e sauacutede com vistas agrave reduccedilatildeo dos casos de dengue na

populaccedilatildeo adscrita da UBS Santos Dumont

40

6 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

O Programa de Valorizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Baacutesica (PROVAB) abriu muitos

caminhos para um horizonte promissor no desenvolvimento da promoccedilatildeo da sauacutede

e da prevenccedilatildeo no campo de atuaccedilatildeo do Programa Sauacutede na Escola criando um

viacutenculo de amizade e confianccedila uma verdadeira parceria com os alunos essencial

na construccedilatildeo de uma sociedade consciente e capaz de cuidar da sua sauacutede de

maneira preventiva loacutegica essa defendida pelo Sistema Uacutenico de Sauacutede

Para noacutes enfermeiros eacute oportunidade de ampliar o horizonte de atuaccedilatildeo

ensinando e aprendendo com o comportamento das crianccedilas dos adolescentes e

jovens vendo de maneira impar o grande desafio da educaccedilatildeo em formar cidadatildeos

com mais sauacutede Como gratificaccedilatildeo recebemos o reconhecimento dos alunos

professores e diretores algo que fica marcado para sempre na formaccedilatildeo do

profissional os laccedilos de confianccedila amizade e reconhecimento satildeo a maior

recompensa e certeza de missatildeo cumprida

Como a Equipe de Sauacutede da Famiacutelia tem como principal objetivo trabalhar na

prevenccedilatildeo de doenccedilas e agravos criando viacutenculos com a clientela a missatildeo de

promover a emancipaccedilatildeo de seus usuaacuterios com ecircnfase no autocuidado exige de

noacutes muita articulaccedilatildeo e intensificaccedilatildeo de accedilotildees educativas Especificamente no caso

da dengue o cumprimento desta missatildeo pode evitar que as constantes epidemias

se tornem parte do cotidiano das pessoas auxiliando os moradores da comunidade

na adoccedilatildeo de medidas responsaacuteveis que visem o cuidado com a sua sauacutede e da

sauacutede da comunidade

Neste sentido a educaccedilatildeo em sauacutede desempenha um papel importante em

manter a comunidade sempre vigilante e em alerta pois o perigo eacute eminente e vive

dentro dos lares das pessoas esperando apenas o momento oportuno e condiccedilotildees

favoraacuteveis para transmitir a dengue

O trabalho dos agentes de controle de endemias e da ESF deve ser

constante focado na eliminaccedilatildeo dos criadouros do mosquito transmissor da dengue

A comunidade deve colaborar com livre acesso dos agentes agraves residecircncias na

colaboraccedilatildeo para eliminaccedilatildeo dos focos nos domiciacutelios e peridomiciacutelios e

multiplicaccedilatildeo das informaccedilotildees sobre o ciclo de vida do vetor entre os vizinhos

amigos e parentes informando que todos estatildeo expostos agrave doenccedila e a mudanccedila de

comportamento pode diminuir os riscos de contrair a dengue

41

Ao poder puacuteblico eacute necessaacuterio adotar um planejamento adequado para

garantir aos cidadatildeos a infraestrutura miacutenima necessaacuteria para viver em comunidade

serviccedilos essenciais como saneamento coleta de lixo e mobilidade que favorecem a

criaccedilatildeo de um ambiente seguro com sauacutede e qualidade de vida

42

REFEREcircNCIAS

ALMEIDA M CM et al Dinacircmica intra-urbana das epidemias de dengue em Belo Horizonte Minas Gerais Brasil 1996-2002 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2008 vol24 n10 pp 2385-2395 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv24n1019pdf Acesso em 02 de out de 2014 ALVES V S A Um modelo de educaccedilatildeo em sauacutede para o Programa Sauacutede da Famiacutelia pela integralidade da atenccedilatildeo e reorientaccedilatildeo do modelo assistencial Interface - Comunic Sauacutede Educ v9 n16 p39-52 set2004fev2005 Disponiacutevel em httpswwwnesconmedicinaufmgbrbibliotecaimagem0303pdf Acesso de jun de 2014 BACKES DS et al (2012) O papel profissional do enfermeiro no Sistema Uacutenico de Sauacutede da sauacutede comunitaacuteria agrave estrateacutegia de sauacutede da famiacutelia Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva

17(1)223-230 2012 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcscv17n1a24v17n1pdf Acesso em 12 de jan 2015 BRASIL Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sauacutede Consulta Estabelecimento - Modulo Profissional - Profissional por Estabelecimento Disponiacutevel em httpcnesdatasusgovbrMod_ProfissionalaspVCo_Unidade=3122302159651 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Cadernos de Informaccedilotildees de Sauacutede Minas Gerais DATASUS TABNET (2010) Disponiacutevel em httptabnetdatasusgovbrtabdatacadernosmghtm Acesso em16 de maio de 2014 BRASIL Dengue - instruccedilotildees para pessoal de combate ao vetor Manual de Normas teacutecnicas - 3 ed rev - Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede 2001 84 p il 30 cm Disponiacutevel em httpbvsmssaudegovbrbvspublicacoesfunasaman_denguepdf acesso em 15 de out de 2014 BRASIL Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz Vetor da dengue na Aacutesia A albopictus eacute alvo de estudos Publicada em 18122008 agraves 1249 Disponiacutevel em httpwwwfiocruzbrioccgicgiluaexesysstarthtminfoid=576ampsid=32amptpl=printerview Acesso em 12 de jan de 2015 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Censo demograacutefico 2010 sinopse Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=1ampsearch=minas-gerais|divinopolis|censo-demografico-2010-sinopse- Acesso em 15 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Divinoacutepolis morbidades hospitalares ndash 2012 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=114ampsearch=minas-gerais|divinopolis|morbidades-hospitalares-2012 Acesso em 12 de maio de 2014

43

BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estaacutetica Divisatildeo Territorial do Brasil e Limites Territoriais Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE) (1 de julho de 2008) Disponiacutevel em httpwwwibgegovbrhomegeocienciascartografiadefault_dtb_intshtm Acesso em16 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Ensino - matriacuteculas docentes e rede escolar ndash 2012 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=117ampsearch=minas-gerais|divinopolis|ensino-matriculas-docentes-e-rede-escolar-2012 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estaacutetica Histoacuterico do Municiacutepio disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrpainelhistoricophplang=ampcodmun=312230ampsearch=minas-gerais|divinopolis|infograficos-historico Acesso 10 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Informaccedilotildees completas Populaccedilatildeo em 2010 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrasperfilphplang=ampcodmun=312230 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Serviccedilos de sauacutede ndash 2009 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=5ampsearch=minas-gerais|divinopolis|servicos-de-saude-2009 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Sistema de informaccedilotildees de agravos de notificaccedilatildeo ndash SINAN Disponiacutevel em httpcesibgegovbrbase-de-dadosmetadadosministerio-da-saudesistema-de-informacoes-de-agravos-de-notificacao-sinan Acesso em 16 de Nov de 2014 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede Dengue aspectos epidemioloacutegicos diagnoacutestico e tratamento Ministeacuterio da Sauacutede Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede ndash Brasiacutelia Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede 2002 Disponiacutevel em httpbvsmssaudegovbrbvspublicacoesdengue_aspecto_epidemiologicos_diagnostico_tratamentopdf Acesso em 02 de out de 2014 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede FUNSA Programa Nacional de Combate a Dengue PNCD Disponiacutevel em httpbvsmssaudegovbrbvspublicacoespncd_2002pdf Acesso em 21 de jun de 2014 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portal Brasil Disponiacutevel em httpwwwbrasilgovbrsaude201311saude-libera-mais-de-r-360-mi-para-combate-a-dengue Acesso em 10 de Nov de 2014

44

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede Departamento de Vigilacircncia Epidemioloacutegica Diretrizes nacionais para prevenccedilatildeo e controle de epidemias de dengue Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede Departamento de Vigilacircncia Epidemioloacutegica ndash Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2009 160 p Disponiacutevel em httpwwwansgovbrportalimgemaildiretrizes_reimpressao_webpdf Acesso em 16 de Nov de 2014

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede (2014) Monitoramento dos casos de dengue e febre de chikungunya ateacute a Semana Epidemioloacutegica (SE) 53 de 2014 Dengue Boletim Epidemioloacutegico ISSN 2358-9450 Volume 46 Ndeg 3 ndash 2015 Disponiacutevel em httpportalsaudesaudegovbrimagespdf2015janeiro192015-002---BE-at---SE-53pdf Acesso em 22 mar de 2015 BRASILSINANONLINE e DVASVEASTSub VPSSES-MG (20122013) Disponiacutevel em httpwwwsaudemggovbrcomponentgmgstory6489-informe-epidemiologico-da-dengue-30-05-2014 Acesso em 08 de jun de 2014 CAMPOS FCC FARIA H P SANTOS MA Planejamento e avaliaccedilatildeo das accedilotildees em sauacutede Curso de Especializaccedilatildeo em Atenccedilatildeo Baacutesica em Sauacutede da Famiacutelia NESCONUFMG Curso de Especializaccedilatildeo em Atenccedilatildeo Baacutesica agrave Sauacutede da Famiacutelia 2ed Belo Horizonte NesconUFMG 2010 Disponiacutevel em lthttpswwwnesconmedicinaufmgbrbibliotecaregistroPlanejamento_e_avaliacao_das_acoes_de_saude_23gt Acesso em Dezembro 2014 DIVINOacutePOLIS Estatuto dos Conselhos Distritais de Sauacutede Conselho Municipal de Sauacutede 1998 DIVINOacutePOLIS Mapa da cidade Disponiacutevel em httpwwwdivinopolismggovbrportalpaginasgeograficosimagensmapadacidadepdf Acesso em 08 de jun de 2014 DIVINOPOLIS Secretaria Municipal de Sauacutede SEMUSA Sistema Integrado de Sauacutede Paciente Famiacutelia Acesso Local Acesso em 15 de maio de 2014 FERREIRA B J et al Evoluccedilatildeo histoacuterica dos programas de prevenccedilatildeo e controle da dengue no Brasil Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2009 vol14 n3 pp 961-972 ISSN 1413-8123 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcscv14n332pdf Acesso em 21 de jun de 2014 FERREIRA IT RN VERAS M A S M and SILVA RA Participaccedilatildeo da populaccedilatildeo no controle da dengue uma anaacutelise da sensibilidade dos planos de sauacutede de municiacutepios do Estado de Satildeo Paulo BrasilCad Sauacutede Puacuteblica [online] 2009 vol25 n12 pp 2683-2694 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielosporgpdfcspv25n1215pdf Acesso em 10 de out de 2014 FIGUEIREDO LT M OWA M A CARLUCCI R H and OLIVEIRA L de Estudo sobre o diagnoacutestico laboratorial e sintomas do dengue durante epidemia ocorrida na regiatildeo de Ribeiratildeo Preto SP Brasil Rev Inst Med trop S Paulo [online] 1992

45

vol34 n2 pp 121-130 ISSN 0036-4665 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfrimtspv34n2a07v34n2pdf Acesso em 13 ago de 2014 FIGUEIROacute AC et al Oacutebito por dengue como evento sentinela para avaliaccedilatildeo da qualidade da assistecircncia estudo de caso em dois municiacutepios da Regiatildeo Nordeste Brasil 2008 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2011 vol27 n12 pp 2373-2385 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv27n1209pdf Acesso em 12 de out de 2014 GIRAtildeO RV et al Educaccedilatildeo em sauacutede sobre a dengue contribuiccedilotildees para o desenvolvimento de competecircncias J res fundam care online 2014 janmar 6(1) 38-46 Disponiacutevel em httpwwwseeruniriobrindexphpcuidadofundamentalarticleview2659pdf_1043 Acesso em 21 de jun de 2014 GONCcedilALVES NETO V S et al Conhecimentos e atitudes da populaccedilatildeo sobre dengue no Municiacutepio de Satildeo Luiacutes Maranhatildeo Brasil 2004 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2006 vol22 n10 pp 2191-2200 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv22n1018pdf Acesso em 10 de out de 2014 LEFEVRE A MC et al Representaccedilotildees sobre dengue seu vetor e accedilotildees de controle por moradores do municiacutepio de Satildeo Sebastiatildeo litoral Norte do Estado de Satildeo Paulo Brasil Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2007 vol23 n7 pp 1696-1706 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv23n722pdf Acesso em 16 de out de 2014 LIMA E C VILASBOAS ALQ Implantaccedilatildeo das Accedilotildees Interssetoriais de Mobilizaccedilatildeo Social do Paraacute o Controle da dengue na Bahia Brasil Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2011 vol27 n8 pp 1507-1519 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv27n806pdf Acesso em 16 de out de 2014 MACHADO RM et al (2013) HISTORIA DA SAUacuteDE MENTAL DE DIVINOacutePOLIS-MG Revista de Enfermagem do Centro Oeste Mineiro 2013 maiago 3 (2) 752-760 httpwwwseerufsjedubrindexphprecomarticleview228439 Acesso em 08 de abr de 2015 MAYO R C et al BEPA - Boletim Epidemioloacutegico Paulista 8(88) 4-12 abr 2011 tab Graf Disponiacutevel em fileCUsersnoteDownloadsv8n88a0120(1)pdf Acesso em 12 de out de 2014 MINAS GERAIS Secretaria Estadual de Sauacutede Programa Estadual de Controle Permanente da Dengue SITUACcedilAtildeO ATUAL DA DENGUE EM MINAS GERAIS RESUMO INFORMATIVO - 15122014 Disponiacutevel em httpwwwsaudemggovbrimagesdocumentosAnaliseDengue15-12-2014pdf Acesso em 10 de jan de 2015 MINAS GERAIS Secretaria de Estado da Sauacutede de Minas Gerais Programa Sauacutede em Casa Disponiacutevel em httpwwwsaudemggovbrpoliacuteticas_de_saudeprograma-saude-em-casa Acesso em 10 de maio de 2014

46

MORAES GH and DUARTE E C Anaacutelise da concordacircncia dos dados de mortalidade por dengue em dois sistemas nacionais de informaccedilatildeo em sauacutede Brasil 2000-2005 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2009 vol25 n11 pp 2354-2364 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielosporgpdfcspv25n1106pdf Acesso em 29 de Nov de 2014 PENNA M L F Um desafio para a sauacutede puacuteblica brasileira o controle do dengue Cad Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro 19(1) 305-309 jan-fev 2003 Disponiacutevel em httpwwwscielosporgpdfcspv19n114932pdf Acesso em 21 de jun de 2014

PREFEITURA MUNICIPAL DE DIVINOacutePOLIS BALANCcedilO DA DENGUE Disponiacutevel em httpwwwdivinopolismggovbrportalnoticiaphpid=11507 Acesso em 19 jan de 2015

RIBEIRO P C SOUSA DC ARAUJO TME Perfil cliacutenico-epidemioloacutegico dos casos suspeitos de Dengue em um bairro da zona sul de Teresina PI Brasil Rev bras enferm [online] 2008 vol61 n2 pp 227-232 ISSN 0034-7167 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfrebenv61n2a13v61n2pdf Acesso em 28 de jul de 2014 VALENTE G SC et al Problematizaccedilatildeo Como Estrateacutegia de Educaccedilatildeo em Sauacutede no Combate a Dengue Um Relato de Experiecircncia R Pesq cuid Fundam Online 2012 outdez 4(4)2987-94 Disponiacutevel em httpwwwseeruniriobrindexphpcuidadofundamentalarticleview1888pdf_641 Acesso em 08 jun de 2014 TEIXEIRA LAS et al Persistecircncia dos sintomas de dengue em uma populaccedilatildeo de Uberaba Minas Gerais Brasil Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2010 vol26 n3 pp 624-630 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv26n319pdf Acesso em 16 de out de 2014

Page 19: PLANO DE AÇÃO NO COMBATE A DENGUE: EDUCAR PARA EVITAR · 2019-11-14 · The Divinopolis follows the same trend, with 4680 notifications and 4139 confirmed ... banhado pelas bacias

19

A regiatildeo ocupada pela populaccedilatildeo da aacuterea de abrangecircncia da UBS Santos

Dumont eacute uma regiatildeo de cerrado Segundo o IBGE (BRASIL 2010) o Iacutendice de

Desenvolvimento Humano - IDH eacute 0764 acima da meacutedia nacional que de 0730 A

cidade apresentou crescimento populacional no periacuteodo de 1991 a 2010

correspondentes a 2889 poreacutem os investimentos em infraestrutura como

pavimentaccedilatildeo e saneamento baacutesico natildeo acompanharam a taxa de crescimento da

cidade algo comum em grandes cidades e cidades de meacutedio porte no paiacutes Na aacuterea

do bairro ainda haacute presenccedila de mata nativa com ocupaccedilatildeo natildeo planejada a

populaccedilatildeo convive com riscos eminentes para a sua sauacutede

Segundo Valente et al (2012) diante do aumento dos casos de dengue

estrateacutegias tradicionais parecem natildeo terem mais o mesmo efeito de outrora Eacute

necessaacuterio o envolvimento de todos os setores sociais para buscar o controle da

situaccedilatildeo com accedilotildees de educaccedilatildeo e sauacutede que podem ser mais efetivas do que

apenas medidas unilaterais baseada em estatiacutesticas ministeriais

Apoacutes os vaacuterios casos atendidos na UBS o que se percebe eacute que ningueacutem

assume que o foco do mosquito possa estar na sua casa conforme afirmam Valente

et al (2012) que a culpa eacute sempre dos vizinhos que natildeo fazem a sua parte o que

torna relevante afirmar ser a negaccedilatildeo da ldquoquestatildeo da culpabilizaccedilatildeo individual e a

culpabilizaccedilatildeo do outrordquo (VALENTE 2012 p2990) Outro dado que chama a

atenccedilatildeo segundo a Secretaria Municipal de Sauacutede (DIVINOacutePOLIS 2014) eacute que os

levantamentos indicam que 9415 dos focos de dengue estatildeo dentro das

residecircncias O relato que os criadouros estatildeo sempre na casa do vizinho esse eacute

com certeza o maior ldquonoacute criacuteticordquo que precisa ser desconstruiacutedo o cidadatildeo se

preocupa com o vizinho e se esquece do seu domiciacutelio

Segundo balanccedilo divulgado pela Secretaria Municipal de Sauacutede

(DIVINOacutePOLIS 2014) os 4139 casos confirmados mais os exames que ainda

aguardam os resultados sinalizam para cidade que tem muito trabalho para

enfrentar esse grave problema de sauacutede puacuteblica Os bairros Nossa Senhora das

Graccedilas Centro Satildeo Joseacute Interlagos Niteroacutei Porto Velho Planalto Santos Dumont

Belvedere e Bom Pastor foram responsaacuteveis por 3027 dos casos notificados na

cidade Em meacutedia a UBS Santos Dumont em relaccedilatildeo agrave populaccedilatildeo adscrita

apresentou um percentual de 215 da populaccedilatildeo total com casos notificados como

se pode observar no quadro abaixo

20

Quadro 5 - Nuacutemero de casos de Dengue em Divinoacutepolis ndash 2014

NOSSA SENHORA DAS GRACcedilAS Fonte Prefeitura Municipal de Divinoacutepolishttpwwwdivinopolismggovbrportalnoticiaphpid=109802014

Segundo Valente et al (2012) a praacutetica de jogar lixo nas ruas como algo do

cotidiano mesmo sabendo que essa accedilatildeo remete aos proacuteprios moradores e a falta

de coleta seletiva regular levam ao acuacutemulo de recipientes de plaacutesticos que durante

o periacuteodo chuvoso tornam-se criadouros do mosquito Esse tambeacutem eacute um

importante tema que necessita ser trabalhado desde a preacute-escola em vaacuterias

oportunidades como reuniatildeo de bairros em eventos esportivos e festivos pois

somente com educaccedilatildeo da populaccedilatildeo se pode mudar essa realidade

BAIRROS COM MAIORES NUacuteMEROS DE CASOS DE DENGUE EM DIVINOacutePOLIS

Bairros NSG CENTRO Satildeo JOSEacute INTERLAGOS NITEROacuteI

PORTO VELHO PLANALTO

SANTOS DUMONT BELVEDERE

BOM PASTOR

307 350 192 123 124 1O8 104 101 98 96

TOTAL 1417

21

2 JUSTIFICATIVA

A enfermagem eacute uma arte cuidar prevenir e proteger a sauacutede o enfermeiro

que atua na equipe de sauacutede da famiacutelia tem importante papel na educaccedilatildeo e na

proteccedilatildeo de sua populaccedilatildeo adscrita por estar perto e conhecer a realidade de sua

comunidade Backes et al (2012)

O conhecimento dos problemas de uma populaccedilatildeo permite a equipe de

Sauacutede da Estrateacutegia da Famiacutelia o planejamento de accedilotildees efetivas e eficazes nas

principais causas de adoecimento de uma comunidade aleacutem de organizar de

maneira ordenada o atendimento da demanda e rotina dos serviccedilos ofertados na

Unidade Baacutesica de Sauacutede Backes et al (2012)

O tema dengue tem relevacircncia por ser a mais importante arbovirose que

atinge o ser humano na atualidade trazendo um enorme prejuiacutezo socioeconocircmico

para toda sociedade

Segundo Figueiredo et al (1992) a dengue eacute uma doenccedila com alta

morbidade e pode evoluir para um quadro grave de hemorragia podendo levar ao

oacutebito Ainda conforme Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2009) em oito paiacuteses do

continente americano e asiaacutetico incluindo o Brasil em 2009 foram gastos U$ 18

bilhotildees somente com despesas ambulatoriais e hospitalares sem contar os recursos

despendidos para vigilacircncia epidemioloacutegica

Em Divinoacutepolis em 2014 foram notificados 4680 notificaccedilotildees e 4139 casos

confirmados e os demais aguardando confirmaccedilatildeo segundo a Secretaria Municipal

de Sauacutede

Ainda outro ponto muito importante eacute que as pessoas acreditam que o

problema eacute sempre do outro conforme salientam Valente et al (2012) que a culpa

dos casos de dengue eacute do vizinho sendo assim ele natildeo se preocupa com a sua

residecircncia Neste mesmo sentido Giratildeo et al (2012) afirmam que devido agrave

adaptaccedilatildeo do vetor as aacutereas domiciliares e peridomiciliares o controle da doenccedila

sem a participaccedilatildeo da populaccedilatildeo estaacute fadado ao fracasso As accedilotildees educaccedilatildeo em

sauacutede satildeo uma ferramenta essencial nessa estrateacutegia proporcionando ao cidadatildeo

uma autonomia para cuidar da sua sauacutede e da prevenccedilatildeo e eliminaccedilatildeo do vetor

Portanto uma proposta de intervenccedilatildeo que enfatize esta participaccedilatildeo da

comunidade conhecendo suas potencialidades e suas necessidades justifica a

realizaccedilatildeo deste trabalho

22

3 OBJETIVOS

31 Objetivo Geral

Elaborar um plano de accedilatildeo com ecircnfase em educaccedilatildeo e sauacutede com vistas agrave

reduccedilatildeo do nuacutemero de casos de dengue no municiacutepio de Divinoacutepolis e

especificamente na aacuterea de abrangecircncia da Unidade de Sauacutede Santos

Dumont

32 Objetivos Especiacuteficos

Organizar um grupo comunitaacuterio de controle e combate ao mosquito

Aedes Aegypti

Despertar na comunidade adscrita da Unidade de Sauacutede Santos Dumont uma

visatildeo criacutetica sobre os novos processos de sauacutede e doenccedila com a priorizaccedilatildeo

de accedilotildees educativas

Descrever os passos de uma proposta de intervenccedilatildeo e acompanhamento de

resultados com ecircnfase em educaccedilatildeo e sauacutede com vista na reduccedilatildeo dos focos

do vetor transmissor da dengue

23

4 BASES CONCEITUAIS

41 Aspectos Gerais da Doenccedila

A dengue eacute atualmente a mais importante arbovirose que acomete o ser

humano no continente americano distribuiacuteda segundo Ferreira et al (2009) desde o

Uruguai ateacute a costa sul dos Estados Unidos abrangendo principalmente Venezuela

Cuba Brasil e Paraguai contaminando cerca de mais de 3 bilhotildees de pessoas em

todo mundo

Segundo Penna (2003) embora o vetor Aedes Aegypti natildeo seja natural das

Ameacutericas encontrou aqui um ambiente favoraacutevel agrave sua multiplicaccedilatildeo Introduzido no

Brasil possivelmente pela Aacutefrica em meados do seacuteculo XIX invadiu o paiacutes e se

expandiu para todo o territoacuterio nacional

Segundo Penna (2003) o vetor chegou a ser erradicado de 1967 a 1973 pelo

meacutetodo de aplicaccedilatildeo de inseticida de accedilatildeo residual que prevalecia por ateacute seis

meses a aplicaccedilatildeo se deu em depoacutesitos que continham ou natildeo aacutegua parada e

tambeacutem ateacute um metro dos potenciais focos do mosquito Atualmente com os

grandes aglomerados urbanos e com a infestaccedilatildeo em todo continente americano a

erradicaccedilatildeo do mosquito natildeo eacute mais viaacutevel por isso o Ministeacuterio da Sauacutede em

parceria com Organizaccedilatildeo Pan-americana da Sauacutede (OPAS) aderiu o ldquoPlano de

Intensificaccedilatildeo das Accedilotildees de Controle da Denguerdquo (PIACD) que trabalha com a

universalidade regional sincronicidade e continuidade das accedilotildees e natildeo na

erradicaccedilatildeo (FERREIRA et al 2009 p 963)

Valente et al (2012) Giratildeo et al (2014) salientam que eacute de fundamental

importacircncia entender que as atuais estrateacutegias de controle vetorial onde haacute

responsabilizaccedilatildeo dos cidadatildeos e eliminaccedilatildeo focal parecem natildeo ter mais efeito

efetivo no combate ao mosquito Aedes Aegypti Diante das seguidas epidemias haacute

necessidade de uma abordagem mais ampla do problema com a participaccedilatildeo efetiva

de toda populaccedilatildeo e de todos os setores da sociedade ldquoenfocando a determinaccedilatildeo

social do processo sauacutede-doenccedila e a transdisciplinalidade das accedilotildeesrdquo (VALENTE et

al 2012 p 2988)

No Brasil segundo Ferreira et al (2009) as condiccedilotildees socioambientais a

falta de saneamento a ausecircncia da coleta seletiva de lixo a maacute distribuiccedilatildeo de

24

renda e a baixa escolaridade criaram um ambiente muito favoraacutevel agrave multiplicaccedilatildeo

do vetor Aedes Aegypti

42 Etiologia

Segundo Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2002) a Dengue eacute uma doenccedila febril

que em sua forma claacutessica apresenta como sinais cliacutenicos dores musculares e nas

articulaccedilotildees cefaleia e dor retro-orbitaacuteria vocircmitos e diarreia Para Almeida et al

(2008) a dengue eacute uma doenccedila de curso que varia de forma benigna a grave pode

apresentar a forma claacutessica a forma hemorraacutegica e o choque sendo que esta uacuteltima

pode levar ao oacutebito

No Brasil segundo a Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz (BRASIL 2008) satildeo

encontrados dois vetores da doenccedila o Aedes aegypti e Aedes albopictus A

transmissatildeo ocorre quando uma fecircmea do inseto pica uma pessoa portadora do

viacuterus e esta passa por periacuteodo de incubaccedilatildeo e logo apoacutes 10 a 14 dias a fecircmea estaacute

apta a transmitir o viacuterus por toda vida em meacutedia vive em torno de 35 a 40 dias

43 Aspectos Epidemioloacutegicos

Segundo Gonccedilalves Neto et al (2006) a dengue eacute considerada como a mais

importante arbovirose transmitida por insetos das uacuteltimas deacutecadas atinge a cada

ano um maior contingente de pessoas com o vetor aparecendo em mais de 100

paiacuteses de clima tropical e subtropical

Em face dessa realidade Ferreira Veras e Silva (2009) salientam que as

sucessivas epidemias de dengue no mundo especialmente no Brasil tecircm

mobilizado e preocupado autoridades e a populaccedilatildeo em geral No estado de Satildeo

Paulo houve um grande aumento dos quadros de dengue hemorraacutegica Cerca de

80 dos municiacutepios paulistas estatildeo totalmente infestados pelo mosquito aedes

aegypti Os motivos pelo quais a sua populaccedilatildeo aumenta significativamente

pontuam os autores satildeo a dificuldade em utilizaccedilatildeo de inseticidas a contrataccedilatildeo de

matildeo de obra qualificada a precaacuteria coleta de lixo especialmente nas grandes

cidades e nas suas regiotildees perifeacutericas aleacutem de fatores como o clima criando o

ambiente cada vez mais favoraacutevel agrave reproduccedilatildeo do mosquito

25

Segundo Mayo et al (2011) em estudo semelhante salienta que a

populaccedilatildeo brasileira vem sofrendo com seguidas epidemias de dengue haacute mais de

duas deacutecadas os autores seguem chamando a atenccedilatildeo para o progressivo aumento

de nuacutemero de casos com complicaccedilotildees seguindo a mesma loacutegica um nuacutemero

maior de municiacutepios vem sofrendo com o aparecimento e o aumento de casos de

dengue hemorraacutegica e o aumento dos oacutebitos por complicaccedilotildees da dengue

Havendo a predominacircncia de tais caracteriacutesticas a dengue tem levado ao alto

nuacutemero de oacutebitos Segundo Figueiroacute et al (2011) isso estaacute associado ainda agrave

imensa massa da populaccedilatildeo exposta Contudo salientam os autores que a doenccedila

tem se tornado um dos problemas de sauacutede reemergentes mais importantes da

histoacuteria Estima-se que 25 bilhotildees de pessoas estatildeo em risco de contrair a doenccedila

ainda que por ano satildeo 50 milhotildees de novos casos Destes cerca 550 mil necessitam

de hospitalizaccedilatildeo e pelo menos 20 mil evoluem para oacutebito Dados epidemioloacutegicos

do Ministeacuterio da Sauacutede tem apontado segundo Figueiro et al (2011) um crescente

aumento dos casos de Febre Hemorraacutegica por Dengue (FHD) e em uma deacutecada a

taxa de letalidade atingiu 68 destacando-se a regiatildeo nordeste com maior iacutendice

de casos entre 1981 a 2007

Contudo salientam Giratildeo et al (2014) que devido agrave adaptaccedilatildeo muito

acentuada do vetor nos peridomiciacutelios e domiciacutelios corroborando estudos da

Secretaria Municipal de Sauacutede de Divinoacutepolis (2014) apontaram que 9415 dos

focos de dengue estatildeo dentro das residecircncias sendo assim a participaccedilatildeo do

cidadatildeo no controle eacute de suma importacircncia no controle da doenccedila

Segundo dados do Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2014) em Minas Gerais a

taxa de incidecircncia da doenccedila foi de foi 2856 casos para cada 100000 habitantes

os 45 oacutebitos indicam um aumento de 3333 casos fatais em relaccedilatildeo a 2013 que

teve um nuacutemero de casos maior Quanto ao tipo de viacuterus circulante verificou-se a

incidecircncia de DENV1 (882) seguido de DENV4 (115) DENV3 (03) e DENV2

(00)

Para implantar as accedilotildees de vigilacircncia em sauacutede o Ministeacuterio da Sauacutede

(BRASIL 2014) por meio da Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede repassou para os

estados e municiacutepios 30 do valor a ser gasto em todo ano de 2014 cerca de R$

3634 milhotildees No mecircs de dezembro de 2013 a fim de intensificar as accedilotildees de

combate agrave dengue no periacuteodo de maior incidecircncia foram fornecidos 100 mil kg de

larvicidas 227 mil litros de adulticida e 104 mil kits para diagnoacutestico

26

Segundo a Secretaria Municipal de Sauacutede (DIVINOacutePOLIS 2014) haacute em

atividade 94 agentes de sauacutede puacuteblicos efetivos e 14 contratados sendo a cidade eacute

dividida em setores De acordo com levantamento raacutepido do iacutendice de infestaccedilatildeo do

aedes aegypti realizado em marccedilo de 2014 obteve-se um percentual de infestaccedilatildeo

do mosquito de 37 nos domiciacutelios visitados em Divinoacutepolis que representam risco

meacutedio para epidemia Em outubro de 2014 o novo levantamento raacutepido do iacutendice de

infestaccedilatildeo apresentou um iacutendice de 09 preocupante visto que o valor muito estaacute

muito proacuteximo do tolerado pela Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede que eacute de 1 Aleacutem

disso as condiccedilotildees climaacuteticas nesse periacuteodo natildeo favorecem a proliferaccedilatildeo do

mosquito por isso pode-se considerar esse valor alto

Em face dos dados apresentados conforme afirmam Ferreira Veras e Silva

(2009) para o controle da dengue a participaccedilatildeo popular eacute indiscutivelmente

essencial visto que o vetor habita os domiciacutelios sendo assim todos tem condiccedilotildees

de colaborar fiscalizando suas moradias O PNCD destaca as accedilotildees educativas

como forma de preparar a comunidade para adoccedilatildeo de comportamentos que

protejam a sauacutede coletiva Ainda segundo os autores durante as epidemias haacute todo

um clamor da miacutedia e do poder puacuteblico no sentido de mobilizar a comunidade para o

controle da doenccedila poreacutem nos periacuteodos de menor incidecircncia esse apelo perde a

intensidade o tema acaba no esquecimento sendo apresentado somente no

proacuteximo periacuteodo de infestaccedilatildeo e transmissatildeo da doenccedila

Ferreira Veras e Silva (2009) em anaacutelise do iacutendice de participaccedilatildeo da

populaccedilatildeo de 16 municiacutepios paulistas detectaram que em mais da metade destes

municiacutepios a participaccedilatildeo era muito baixa em consequecircncia o nuacutemero de pessoas

que contraiacuteram a doenccedila era maior onde haacute menos participaccedilatildeo popular

A educaccedilatildeo permanente segundo Ribeiro Sousa e Arauacutejo (2007) visa

acelerar o processo de adesatildeo da populaccedilatildeo agraves medidas preventivas abordando as

questotildees que envolvem condiccedilotildees de sauacutede moradia saneamento baacutesico indo

aleacutem de accedilotildees pontuais e campanhistas que perdem forccedila nos periacuteodos de baixa

notificaccedilatildeo de casos Eacute preciso buscar parceiros na sociedade civil como nos meios

de comunicaccedilatildeo para divulgaccedilatildeo do enfrentamento da doenccedila o ano inteiro

27

44 Medidas Educativas

Giratildeo et al (2014) destacam que somente com a educaccedilatildeo em sauacutede eacute que

se pode despertar na comunidade uma autonomia para que a populaccedilatildeo se sinta

como uma parte do processo que passa pela prevenccedilatildeo cujo controle depende da

eliminaccedilatildeo dos focos do mosquito dentro dos domiciacutelios

Neste sentido Alves (2005) afirma que a educaccedilatildeo em sauacutede eacute uma

ferramenta capaz de produzir intermediada pelos profissionais de sauacutede uma

compreensatildeo nova do processo sauacutede doenccedila oferecendo agrave populaccedilatildeo subsiacutedios

para adoccedilatildeo de novos haacutebitos de vida com ecircnfase na promoccedilatildeo e prevenccedilatildeo de

situaccedilotildees que podem trazer prejuiacutezos agrave sua sauacutede

Segundo Figueiroacute et al (2011) a doenccedila atinge a cada ano um maior

contingente de pessoas Nesse sentido priorizando a reduccedilatildeo dos casos de dengue

e dengue grave o Ministeacuterio da Sauacutede implantou no paiacutes o Plano Nacional de

Controle da Dengue ndash PNCD O programa eacute gerido de forma tripartite ou seja com

a participaccedilatildeo das trecircs esferas de governos uniatildeo estados e municiacutepios

ldquocompreendendo accedilotildees operacionais de vigilacircncia integrada entomoloacutegica e sobre o

meio ambiente de assistecircncia aos pacientes de educaccedilatildeo em sauacutede comunicaccedilatildeo

e mobilizaccedilatildeo socialrdquo (FIGUEIROacute et al 2011 p 2374) O PNCD compreende ainda

o controle e avaliaccedilatildeo dos agentes comunitaacuterios de sauacutede - ACS entretanto

segundo dados epidemioloacutegicos haacute uma grande dificuldade na realizaccedilatildeo das accedilotildees

e no alcance dos resultados esperados devido agrave baixa participaccedilatildeo da populaccedilatildeo

Para Ferreira Veras e Silva (2009) de acordo com a OPAS uma das maiores

dificuldades das autoridades de sauacutede em articulaccedilatildeo das accedilotildees eacute a parceria com a

comunidade o PNCD tem como um dos eixos a participaccedilatildeo comunitaacuteria para

reduccedilatildeo dos criadouros domiciliares Segundo Ferreira Veras e Silva (2009) a

participaccedilatildeo popular no combate eacute fundamental e defendida pelos organismos

nacionais e internacionais Pode estar inserida a capacitaccedilatildeo da populaccedilatildeo na

promoccedilatildeo e prevenccedilatildeo com o objetivo da melhoria da comunidade tanto na sauacutede

individual quanto coletiva favorecendo a construccedilatildeo de um modelo de sauacutede

compartilhada No controle das epidemias especialmente da dengue cujo vetor vive

na maioria das vezes nas casas das pessoas o PNDC visa o desenvolvimento de

accedilotildees educativas que tem como objetivo a mudanccedila de comportamento das

pessoas na manutenccedilatildeo de um ambiente de vida saudaacutevel Contudo a criteriosa

28

tarefa de evitar epidemias vai muito aleacutem do setor de sauacutede consistem em um

conjunto de accedilotildees poliacuteticas teacutecnicas e sociais que inclui prioritariamente a

participaccedilatildeo popular aliada agrave vigilacircncia epidemioloacutegica

Segundo Gonccedilalves Neto et al (2006) as condiccedilotildees sanitaacuterias prejudicadas

ausecircncia de coleta seletiva de lixo ausecircncia de saneamento baacutesico e um

crescimento desordenado em aacutereas tropicais propiciou raacutepida adaptaccedilatildeo do vetor

nas residecircncias levando o aedes aegpyti aproveitar se dos criadouros

providenciados pelo proacuteprio homem para aumentar sua populaccedilatildeo Contudo salienta

o autor praticamente impossiacutevel desenvolver um trabalho de controle do vetor sem a

participaccedilatildeo da comunidade

Tais afirmaccedilotildees explicam a situaccedilatildeo da populaccedilatildeo adscrita da UBS Santos

Dumont onde ocorreu uma grande expansatildeo de domiciacutelios sem um planejamento

adequado deixando um grande nuacutemero de terrenos baldios uma ocupaccedilatildeo sem a

infraestrutura necessaacuteria falta da coleta seletiva de lixo saneamento baacutesico e

pavimentaccedilatildeo Soma-se a isso a deficiecircncia do Estado em garantir uma coleta de

lixo eficiente deixando margem para a proliferaccedilatildeo da doenccedila

Segundo Almeida et al (2008) a adaptaccedilatildeo do mosquito aedes aegypti cuja

sobrevivecircncia depende de aacutegua parada ocorre principalmente nas aacutereas urbanas

em domiciacutelios e peridomiciacutelios Contudo o vetor eacute muito sensiacutevel agraves condiccedilotildees

ambientais poreacutem seus ovos resistem a longos periacuteodos de dissecaccedilatildeo o que

garante a perpetuaccedilatildeo da espeacutecie Com haacutebito diurno preferencialmente tem uma

especial atraccedilatildeo pelo sangue humano seu deslocamento eacute em meacutedia durante um

voo em condiccedilotildees normais de ambiente sem a interferecircncia de vento de cinquenta

metros portanto sua caracteriacutestica de habitar os domiciacutelios e peridomiciacutelios

permanecendo proacuteximo ao local de ldquopastordquo e postura dos ovos

Segundo Almeida et al (2008) com a ausecircncia de uma vacina eficaz capaz

de evitar a doenccedila a principal profilaxia tem sido o controle vetorial por meio de

identificaccedilatildeo dos focos e aplicaccedilatildeo de inseticidas de accedilatildeo residual para eliminaccedilatildeo

das larvas ou seja o combate focal

Contudo afirmam Almeida et al (2008) o conhecimento do dinamismo do

periacuteodo de maior transmissibilidade e latecircncia tem permitido a organizaccedilatildeo de accedilotildees

mais ou menos acentuadas dependendo do momento da epidemia e das condiccedilotildees

climaacuteticas A presenccedila do vetor em variadas partes das cidades jaacute foi identificada por

meio de estudos o que comprova que a doenccedila natildeo atinge somente uma classe

29

social Quanto agrave diminuiccedilatildeo dos casos dentro de um contexto epidemioloacutegico trecircs

fatores tecircm um papel muito importante as condiccedilotildees climaacuteticas desfavoraacuteveis agrave

viabilidade do vetor esgotamento de hospedeiros susceptiacuteveis e o controle quiacutemico

do vetor

45 Controle

Segundo Mayo et al (2011) existem duas formas de atuaccedilatildeo no controle da

doenccedila o bloqueio e o controle de criadouros Estas medidas tecircm por objetivo a

reduccedilatildeo dos criadouros na aacuterea de atuaccedilatildeo dos agentes de sauacutede o controle por

bloqueio e nebulizaccedilatildeo ocorre agrave aplicaccedilatildeo de inseticida com aplicadores Ultra Baixo

Volume - UBV A atuaccedilatildeo nesse tipo de trabalho em relaccedilatildeo ao feito pelo municiacutepio

diz respeito agrave qualidade do serviccedilo realizado bem como a agilidade na realizaccedilatildeo da

tarefa e o grande alcance da aacuterea coberta e o tipo de equipamento empregado

Para realizaccedilatildeo das tarefas o meacutetodo segue o preconizado pelo PNCD divide

as cidades em aacutereas setores e quarteirotildees Segundo Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL

2001) o bloqueio consiste em parar a transmissatildeo da dengue em municiacutepios com

epidemia instalada e tem como objetivo ainda a identificaccedilatildeo do sorotipo de viacuterus

circulante a aplicaccedilatildeo do UBV sem prejuiacutezo do controle larvaacuterio Quanto agrave

delimitaccedilatildeo de um foco isolado nos casos onde natildeo haacute infestaccedilatildeo deveratildeo ser

tratados todos os imoacuteveis no raio de 300 metros do entorno do local

Na fase de ataque segundo Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2001) deveraacute ser

tratado 100 dos imoacuteveis aleacutem de pontos estrateacutegicos terrenos baldios das zonas

infestadas e todos os potenciais focos devem ser eliminados Na fase de

consolidaccedilatildeo o objetivo eacute a erradicaccedilatildeo do mosquito satildeo desenvolvidas vaacuterias

accedilotildees semelhantes agrave fase de ataque com exceccedilatildeo do tratamento de focos Na fase

de manutenccedilatildeo satildeo visitadas todas as aacutereas positivas e negativas mesmo onde o

vetor foi erradicado as medidas satildeo o uso de armadilhas de oviposiccedilatildeo e inspeccedilotildees

de pontos estrateacutegicos

46 Atuaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Baacutesica no Controle da Dengue

As atividades de controle devem ter uma sinergia com todos os setores

envolvidos no tocante a vigilacircncia epidemioloacutegica haacute necessidade de manter a

30

vistoria em imoacuteveis terrenos depoacutesitos oficinas entre outros locais Teixeira et al

(2010) verificaram que os domiciacutelios com terrenos baldios no entorno apresentaram

maior concentraccedilatildeo da doenccedila

Lima e Vilasboas (2011) salientam que a sauacutede eacute um direito e a maneira que

o Estado tem de garantir esse direito eacute por meio de poliacuteticas puacuteblicas de proteccedilatildeo

prevenccedilatildeo e recuperaccedilatildeo de agravos a simples ausecircncia de doenccedila natildeo pode ser

considerada um conceito de sauacutede visto que as condiccedilotildees sociais de saneamento

baacutesico meio ambiente educaccedilatildeo moradia e renda satildeo fatores determinantes no

processo de adoecimento de um povo A sauacutede deve ser pensada no contexto

ampliado com integraccedilatildeo formando uma rede interssetorial na perspectiva de troca

de ajuda muacutetua na troca de experiecircncias com uma construccedilatildeo muacutetua de saberes

facilitando a resoluccedilatildeo dos problemas enfrentados

Para Lima e Vilasboas (2011) a interssetorialidade pode ser um facilitador

para construccedilatildeo de um sistema de sauacutede efetivo contudo aliado a poliacuteticas puacuteblicas

que possam contribuir para ganho na melhoria da qualidade de vida das pessoas A

interssetorialidade extrapola os limites do poder estatal e envolve a sociedade nas

decisotildees poliacuteticas evita a subordinaccedilatildeo de um setor a outro e diminui as resistecircncias

de alguns membros

Segundo Lefegravevre et al (2007) a populaccedilatildeo tem informaccedilotildees sobre a doenccedila

e do ciclo de vida do transmissor poreacutem esse conhecimento ainda natildeo eacute capaz de

produzir nas pessoas atitudes e comportamento para impedir ou reduzir os

criadouros do mosquito A probabilidade eacute que esse conhecimento vindo de origem

externa fragmentado ou pouco organizado configure um conflito entre o saber

sanitaacuterio e o senso comum Ainda segundo o autor o programa educativo tem sido

aplicado haacute muitos anos mas ateacute hoje ainda natildeo obteve o resultado esperado

contudo haacute necessidade de aprofundar neste contexto para identificar onde estatildeo as

falhas para que possa realmente ter uma populaccedilatildeo engajada no controle do vetor

Para a populaccedilatildeo segundo Lefegravevre et al (2007) haacute uma relaccedilatildeo entre sujo

que seria a doenccedila e limpo que seria a sauacutede levando a ideacuteia equivocada que o lixo

eacute o uacutenico meio de procriaccedilatildeo do mosquito Neste sentido haacute uma sinalizaccedilatildeo para

que o poder puacuteblico perceba a necessidade de informar educar e comunicar

Informar no que diz respeito aos constantes dados epidemioloacutegicos sobre a doenccedila

no Paiacutes no Estado e na sua Comunidade no sentido de incentivar a participaccedilatildeo

popular no controle da doenccedila Educar esclarecendo a forma de transmissibilidade

31

da doenccedila estabelecendo um diaacutelogo de faacutecil entendimento na loacutegica sanitaacuteria sem

confrontar o senso comum buscando construir um relacionamento entre o teacutecnico e

o cidadatildeo e agrave adoccedilatildeo de alternativas na reduccedilatildeo das viacutetimas da dengue

Neste sentido a ESF tem papel fundamental no desenvolvimento de accedilotildees de

prevenccedilatildeo e controle da dengue considerando a relaccedilatildeo de confianccedila que a

populaccedilatildeo manteacutem com a equipe de sauacutede da famiacutelia possibilitando o contato com

o ambiente domeacutestico por meio dos ACSs promovendo um ambiente seguro e livre

do Aedes aegypti (BRASIL 2002) A ESF pode ainda promover accedilotildees educativas

com a populaccedilatildeo mobilizando-a para adotar accedilotildees preventivas realizando tambeacutem a

notificaccedilatildeo imediata dos casos suspeitos possibilitando as medidas tratamento

adequado agraves situaccedilotildees de dengue claacutessica e dengue grave reduzindo os casos

letais e possibilitando o bloqueio dos focos pela vigilacircncia epidemioloacutegica

32

5 PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO

O diagnoacutestico situacional foi realizado com base nas informaccedilotildees contidas em

dados oficiais do IBGE do Sistema Integrado de Sauacutede e embasado no relato dos

problemas levantados pela Equipe de Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia da UBS

Santos Dumont

Foi utilizado o Planejamento Estrateacutegico Situacional ndash PES como referecircncia

para a proposta de intervenccedilatildeo Este meacutetodo possibilita que os atores atraveacutes de

sua proacutepria visatildeo identifiquem as causas possiacuteveis dos problemas como nascem e

se desenvolvem A partir deste ponto de vista podem propor soluccedilotildees para atacar

suas causas e a viabilidade destas soluccedilotildees (CAMPOS FARIA SANTOS 2010)

Assim a partir do diagnoacutestico situacional os 10 passos segundo os autores

mencionados e suas atividades satildeo descritas a seguir

51 Primeiro Passo Definiccedilatildeo dos Problemas

Hipertensatildeo Arterial

Diabetes

Drogas

Gravidez na Adolescecircncia

Dengue

Transtorno Depressivo

Doenccedilas Sexualmente Transmissiacuteveis AIDS

Falta de Saneamento Baacutesico

52 Segundo Passo Priorizaccedilatildeo dos Problemas

Dengue

Falta de Saneamento Baacutesico

53 Terceiro Passo Descriccedilatildeo do Problema Selecionado

Segundo o Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2002) o nosso paiacutes eacute

predominantemente de clima tropical e este eacute um ambiente favoraacutevel agrave proliferaccedilatildeo

do mosquito aedes aegypti principal transmissor da dengue em nosso continente A

33

doenccedila eacute a uma arbovirose transmitida por um artroacutepode que pode apresentar-se

de forma benigna claacutessica ou grave na forma de febre hemorraacutegica

Durante o ano de 2014 segundo o Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2014) mais

meio milhatildeo de casos da doenccedila (591080) 528 soacute na regiatildeo Sudeste em Minas

Gerais foram 59222 com 45 oacutebitos confirmados em Divinoacutepolis segundo a

Secretaria Municipal de Sauacutede (2014) ocorreram 4680 notificaccedilotildees de casos da

doenccedila e confirmados 4139 casos de dengue com 06 oacutebitos sendo que os bairros

Nossa Senhora das Graccedilas Centro Satildeo Joseacute Interlagos Niteroacutei Porto Velho

Planalto Santos Dumont Belvedere e Bom Pastor foram responsaacuteveis por 3027

dos casos de dengue da cidade

Ferreira et al (2009) Lima e Vilasboas (2011) chamam a atenccedilatildeo para a falta

de saneamento baacutesico como um fator agravante que pode elevar a multiplicaccedilatildeo do

vetor da doenccedila Para Gonccedilalves Neto et al (2006) as condiccedilotildees sanitaacuterias

prejudicadas o crescimento desordenado levaram agrave raacutepida adaptaccedilatildeo do vetor agraves

residecircncias causando a disseminaccedilatildeo do viacuterus Tais situaccedilotildees satildeo rotineiras na

populaccedilatildeo adscrita da UBS Santos Dumont

54 Quarto passo Explicaccedilatildeo do Problema

A explicaccedilatildeo para o problema selecionado foi qualificado do ponto de vista

social coletivo e individual

Niacutevel Social Refere-se agrave ausecircncia de poliacuteticas puacuteblicas para melhoria de qualidade

de vida da populaccedilatildeo que convive com a ausecircncia de saneamento baacutesico esgoto a

ceacuteu aberto falta de coleta seletiva e lixo acumulado nas ruas e terrenos baldios

Niacutevel Coletivo Falta de consciecircncia da gravidade da doenccedila que pode acometer a

qualquer pessoa e todas as faixas etaacuterias falta de colaboraccedilatildeo entre os vizinhos que

sempre potildeem a culpa das maacutes condiccedilotildees uns nos outros mas ningueacutem assume a

responsabilidade pelo seu quintal

Niacutevel Individual Falta de compromisso pois segundo dados da SEMUSA

(DIVINOacutePOLIS 2014) 9415 dos focos de Dengue estatildeo dentro das residecircncias

esses focos foram identificados em vasilhas de aacutegua para cachorro galinha calhas

mal projetadas e caixas drsquoaacutegua sem tampa

55 Quinto Passo Seleccedilatildeo dos ldquoNoacutes Criacuteticosrdquo

34

Foram selecionados os seguintes ldquonoacutes criacuteticosrdquo que podem ter relaccedilatildeo direta com o

alto nuacutemero de casos de dengue

Lixo nas ruas falta de conscientizaccedilatildeo da populaccedilatildeo para evitar descarte

incorreto de lixo nas ruas e terrenos baldios

Responsabilizaccedilatildeo do outro falta agrave comunidade assumir que o problema da

dengue natildeo eacute do meu vizinho mas eacute de todos

Lotes sujos falta cobranccedila por parte do poder puacuteblico aos proprietaacuterios de

terrenos vazios que mantenham os lotes limpos e conservados

56 Sexto Passo Desenho de Operaccedilotildees para os ldquoNoacutes Criacuteticosrdquo do Problema

Como soluccedilatildeo dos ldquonoacutes criacuteticosrdquo foram apresentadas as seguintes propostas

contidas no Quadro 6 a seguir

Quadro 6 ndash Desenho das Operaccedilotildees para os Noacutes Criacuteticos Selecionados

ldquoNoacute

Criacuteticordquo

Operaccedilatildeo

Projeto

Resultados

Esperados

Produtos

Esperados

Recursos

Necessaacuterios

Lixo nas ruas Reeducaccedilatildeo conscientizaccedilatildeo ambiental

Ausecircncia de lixo nas ruas e lotes vazios

Bairro limpo sem dengue

Datashow e computador

Responsabiliza ccedilatildeo do outro

Conscientizaccedilatildeo

sobre sauacutede

coletiva

Que todos

unidos com

objetivo de

diminuir os

casos de

dengue

Reduccedilatildeo da

doenccedila

Datashow e computador Panfletos informativos

Lotes sujos Limpeza de

lotes e terrenos

Lotes limpos

e sem focos

da dengue

Diminuiccedilatildeo

do nuacutemero do

mosquito

transmissor

da dengue

Palestras sobre

conservaccedilatildeo

dos terrenos e

lotes vazios

Fiscalizaccedilatildeo da

prefeitura

57 Seacutetimo Passo Identificaccedilatildeo dos Recursos Criacuteticos

35

Para iniacutecio das operaccedilotildees foram apresentados os recursos necessaacuterios e

indispensaacuteveis para o sucesso do processo

Quadro 7 ndash Identificaccedilatildeo dos Recursos Criacuteticos

Operaccedilatildeo

Projeto

Recursos Criacuteticos

Controle dos recursos criacuteticos

Accedilatildeo estrateacutegica

Ator que controla

Motivaccedilatildeo

ldquoMutiratildeo da

limpezardquo

realizar um dia

por mecircs para

limpeza em

parceria com a

populaccedilatildeo

Poliacutetico Veiculo e pessoal para limpeza das ruas

Empresa Municipal de Obras Puacuteblicas

Evitar que lixo se acumule nas ruas

Criaccedilatildeo do dia da limpeza e apresentaccedilatildeo da administraccedilatildeo para apreciaccedilatildeo

ldquoFora Denguerdquo Intensificaccedilatildeo das accedilotildees educativas nas escolas e nos grupos e associaccedilatildeo de bairro

Poliacutetico Articulaccedilatildeo interssetorial Financeiro Disponibilizaccedilatildeo de material informativo

Secretaria Municipal de Sauacutede Secretaria Municipal de Educaccedilatildeo Associaccedilatildeo de bairros

Despertar na comunidade a consciecircncia de sauacutede coletiva

Despertar nos discentes e na comunidade o desejo de erradicar os focos da dengue

ldquoMapeamento

dos lotes sujosrdquo

Realizar o

mapeamento

dos terrenos

sujos

Poliacutetico Notificar os

proprietaacuterios para limpeza do

terreno Financeiro

Recurso para impressatildeo das

notificaccedilotildees

Secretaria Municipal de

Sauacutede

Evitar que as pessoas joguem lixo e entulho em lotes vagos

Conservaccedilatildeo e limpeza dos lotes vazios

58 Oitavo Passo Anaacutelise de Viabilidade do Plano

A proposta a seguir (Quadro 3) apresenta a motivaccedilatildeo para a viabilidade do plano

visto que alguns dos recursos necessaacuterios fogem agrave governabilidade da ESF

36

Quadro 8 ndash Viabilidade do Plano

Operaccedilatildeo

Projeto

Recursos Criacuteticos

Controle dos recursos criacuteticos

Accedilatildeo estrateacutegica

Ator que controla

Motivaccedilatildeo

ldquoMutiratildeo da

limpezardquo

realizar um dia

por mecircs para

limpeza em

parceria com a

populaccedilatildeo

Poliacutetico Veiculo e pessoal para limpeza das ruas

Empresa Municipal de Obras Puacuteblicas

Favoraacutevel Criaccedilatildeo do dia da limpeza e apresentaccedilatildeo agrave administraccedilatildeo para apreciaccedilatildeo

ldquoFora Denguerdquo Intensificaccedilatildeo das accedilotildees educativas nas escolas e nos grupos e associaccedilatildeo de bairro

Poliacutetico Articulaccedilatildeo interssetorial Financeiro Disponibilizaccedilatildeo de material informativo

Secretaria Municipal de Sauacutede Secretaria Municipal de Educaccedilatildeo Associaccedilatildeo de bairros

Favoraacutevel

Despertar nos escolares e na comunidade o desejo de erradicar os focos da dengue

ldquoMapeamento

dos lotes sujosrdquo

Realizar o

mapeamento

dos terrenos

sujos

Poliacutetico Notificar os

proprietaacuterios para limpeza do

terreno Financeiro

Recurso para impressatildeo das

notificaccedilotildees

Secretaria Municipal de

Sauacutede

Indiferente

Conservaccedilatildeo e limpeza dos lotes vazios

37

59 Nono Passo Elaboraccedilatildeo do Plano Operativo

A proposta a seguir no Quadro 9 identifica os atores envolvidos lhes atribuiacutedo

responsabilidades e prazos a cumprir

Quadro 9 ndash Plano Operativo

Operaccedilotildees Resultados Accedilotildees Estrateacutegicas

Responsaacutevel Prazo

ldquoMutiratildeo da limpezardquo realizar um dia por mecircs para limpeza em parceria com a populaccedilatildeo

Limpeza das ruas

e quintais

Coleta de lixo

das ruas Incentivo a limpeza de

lotes e quintais

Equipe de ACS

Durante todo ano

ldquoFora Denguerdquo Intensificaccedilatildeo das accedilotildees educativas nas escolas e nos grupos e associaccedilatildeo de bairro

Uma comunidade

consciente das suas

responsabilidades

Insistir e reforccedilar com

accedilotildees educativas para que

populaccedilatildeo mantenha as ruas limpas e coloque o lixo

para ser recolhido

Enfermeiro ESF

Durante todo o ano

ldquoMapeamento dos lotes

sujosrdquo Realizar o

mapeamento dos terrenos

sujos

Identificar os focos e eliminaacute-

los

Criaccedilatildeo de um mapa onde ocorreram focos do mosquito

ACS e

Enfermeiro

Trecircs meses

510 Deacutecimo Passo Gestatildeo do Plano

Com a gestatildeo do plano eacute possiacutevel aos responsaacuteveis acompanhar e monitorar as

accedilotildees avaliando e sempre que necessaacuterio readequando as eventuais falhas do

processo

38

Quadro 10ndash Gestatildeo do Plano

Produtos Responsaacutevel Prazo Situaccedilatildeo Atual

Justificativa Novo Prazo

ldquoMutiratildeo da

limpezardquo

realizar um

dia por mecircs

para limpeza

em parceria

com a

populaccedilatildeo

Enfermeiro da ESF

Inicio imediatamente

(logo apoacutes apresentaccedilatildeo

do projeto)

ldquoFora Denguerdquo Intensificaccedilatildeo das accedilotildees educativas nas escolas e nos grupos e associaccedilatildeo de bairro

Enfermeiro Provab

Durante todo ano

ldquoMapeamento

dos lotes

sujosrdquo

Realizar o

mapeamento

dos terrenos

sujos

ECS e Equipe

de Epidemiologia

Um mecircs para

inicio das atividades

Aleacutem dos 10 passos do Planejamento Estrateacutegico Situacional optei por incluir outros

02 passos que tecircm a finalidade de contribuir para o processo de avaliaccedilatildeo da

Proposta de Intervenccedilatildeo Estatildeo contidos nos itens 511 e 512 a seguir

511 Avaliaccedilatildeo dos Resultados

O instrumento para avaliaccedilatildeo seraacute o Sistema de Informaccedilotildees de Agravos de

Notificaccedilatildeo ndash SINAN

ldquoque tem por objetivo o registro e processamento dos dados sobre agravos

de notificaccedilatildeo em todo o territoacuterio nacional fornecendo informaccedilotildees para

anaacutelise do perfil da morbidade e contribuindo desta forma para a tomada

de decisotildees em niacutevel municipal estadual e federalrdquo (IBGE 2014)

39

Segundo Moraes e Duarte (2009) o SINAN tem sido principal fonte de dados

para coordenaccedilatildeo das accedilotildees de vigilacircncia epidemioloacutegica tanto no sentido de

controle da doenccedila quando como fonte de pesquisa

512 Resultados Eesperados

O resultado esperado eacute

Estabelecer a construccedilatildeo de conhecimento que favoreccedila o autocuidado e a

capacidade de emancipaccedilatildeo da comunidade criando um ambiente seguro com

ecircnfase na educaccedilatildeo e sauacutede com vistas agrave reduccedilatildeo dos casos de dengue na

populaccedilatildeo adscrita da UBS Santos Dumont

40

6 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

O Programa de Valorizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Baacutesica (PROVAB) abriu muitos

caminhos para um horizonte promissor no desenvolvimento da promoccedilatildeo da sauacutede

e da prevenccedilatildeo no campo de atuaccedilatildeo do Programa Sauacutede na Escola criando um

viacutenculo de amizade e confianccedila uma verdadeira parceria com os alunos essencial

na construccedilatildeo de uma sociedade consciente e capaz de cuidar da sua sauacutede de

maneira preventiva loacutegica essa defendida pelo Sistema Uacutenico de Sauacutede

Para noacutes enfermeiros eacute oportunidade de ampliar o horizonte de atuaccedilatildeo

ensinando e aprendendo com o comportamento das crianccedilas dos adolescentes e

jovens vendo de maneira impar o grande desafio da educaccedilatildeo em formar cidadatildeos

com mais sauacutede Como gratificaccedilatildeo recebemos o reconhecimento dos alunos

professores e diretores algo que fica marcado para sempre na formaccedilatildeo do

profissional os laccedilos de confianccedila amizade e reconhecimento satildeo a maior

recompensa e certeza de missatildeo cumprida

Como a Equipe de Sauacutede da Famiacutelia tem como principal objetivo trabalhar na

prevenccedilatildeo de doenccedilas e agravos criando viacutenculos com a clientela a missatildeo de

promover a emancipaccedilatildeo de seus usuaacuterios com ecircnfase no autocuidado exige de

noacutes muita articulaccedilatildeo e intensificaccedilatildeo de accedilotildees educativas Especificamente no caso

da dengue o cumprimento desta missatildeo pode evitar que as constantes epidemias

se tornem parte do cotidiano das pessoas auxiliando os moradores da comunidade

na adoccedilatildeo de medidas responsaacuteveis que visem o cuidado com a sua sauacutede e da

sauacutede da comunidade

Neste sentido a educaccedilatildeo em sauacutede desempenha um papel importante em

manter a comunidade sempre vigilante e em alerta pois o perigo eacute eminente e vive

dentro dos lares das pessoas esperando apenas o momento oportuno e condiccedilotildees

favoraacuteveis para transmitir a dengue

O trabalho dos agentes de controle de endemias e da ESF deve ser

constante focado na eliminaccedilatildeo dos criadouros do mosquito transmissor da dengue

A comunidade deve colaborar com livre acesso dos agentes agraves residecircncias na

colaboraccedilatildeo para eliminaccedilatildeo dos focos nos domiciacutelios e peridomiciacutelios e

multiplicaccedilatildeo das informaccedilotildees sobre o ciclo de vida do vetor entre os vizinhos

amigos e parentes informando que todos estatildeo expostos agrave doenccedila e a mudanccedila de

comportamento pode diminuir os riscos de contrair a dengue

41

Ao poder puacuteblico eacute necessaacuterio adotar um planejamento adequado para

garantir aos cidadatildeos a infraestrutura miacutenima necessaacuteria para viver em comunidade

serviccedilos essenciais como saneamento coleta de lixo e mobilidade que favorecem a

criaccedilatildeo de um ambiente seguro com sauacutede e qualidade de vida

42

REFEREcircNCIAS

ALMEIDA M CM et al Dinacircmica intra-urbana das epidemias de dengue em Belo Horizonte Minas Gerais Brasil 1996-2002 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2008 vol24 n10 pp 2385-2395 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv24n1019pdf Acesso em 02 de out de 2014 ALVES V S A Um modelo de educaccedilatildeo em sauacutede para o Programa Sauacutede da Famiacutelia pela integralidade da atenccedilatildeo e reorientaccedilatildeo do modelo assistencial Interface - Comunic Sauacutede Educ v9 n16 p39-52 set2004fev2005 Disponiacutevel em httpswwwnesconmedicinaufmgbrbibliotecaimagem0303pdf Acesso de jun de 2014 BACKES DS et al (2012) O papel profissional do enfermeiro no Sistema Uacutenico de Sauacutede da sauacutede comunitaacuteria agrave estrateacutegia de sauacutede da famiacutelia Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva

17(1)223-230 2012 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcscv17n1a24v17n1pdf Acesso em 12 de jan 2015 BRASIL Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sauacutede Consulta Estabelecimento - Modulo Profissional - Profissional por Estabelecimento Disponiacutevel em httpcnesdatasusgovbrMod_ProfissionalaspVCo_Unidade=3122302159651 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Cadernos de Informaccedilotildees de Sauacutede Minas Gerais DATASUS TABNET (2010) Disponiacutevel em httptabnetdatasusgovbrtabdatacadernosmghtm Acesso em16 de maio de 2014 BRASIL Dengue - instruccedilotildees para pessoal de combate ao vetor Manual de Normas teacutecnicas - 3 ed rev - Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede 2001 84 p il 30 cm Disponiacutevel em httpbvsmssaudegovbrbvspublicacoesfunasaman_denguepdf acesso em 15 de out de 2014 BRASIL Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz Vetor da dengue na Aacutesia A albopictus eacute alvo de estudos Publicada em 18122008 agraves 1249 Disponiacutevel em httpwwwfiocruzbrioccgicgiluaexesysstarthtminfoid=576ampsid=32amptpl=printerview Acesso em 12 de jan de 2015 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Censo demograacutefico 2010 sinopse Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=1ampsearch=minas-gerais|divinopolis|censo-demografico-2010-sinopse- Acesso em 15 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Divinoacutepolis morbidades hospitalares ndash 2012 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=114ampsearch=minas-gerais|divinopolis|morbidades-hospitalares-2012 Acesso em 12 de maio de 2014

43

BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estaacutetica Divisatildeo Territorial do Brasil e Limites Territoriais Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE) (1 de julho de 2008) Disponiacutevel em httpwwwibgegovbrhomegeocienciascartografiadefault_dtb_intshtm Acesso em16 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Ensino - matriacuteculas docentes e rede escolar ndash 2012 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=117ampsearch=minas-gerais|divinopolis|ensino-matriculas-docentes-e-rede-escolar-2012 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estaacutetica Histoacuterico do Municiacutepio disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrpainelhistoricophplang=ampcodmun=312230ampsearch=minas-gerais|divinopolis|infograficos-historico Acesso 10 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Informaccedilotildees completas Populaccedilatildeo em 2010 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrasperfilphplang=ampcodmun=312230 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Serviccedilos de sauacutede ndash 2009 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=5ampsearch=minas-gerais|divinopolis|servicos-de-saude-2009 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Sistema de informaccedilotildees de agravos de notificaccedilatildeo ndash SINAN Disponiacutevel em httpcesibgegovbrbase-de-dadosmetadadosministerio-da-saudesistema-de-informacoes-de-agravos-de-notificacao-sinan Acesso em 16 de Nov de 2014 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede Dengue aspectos epidemioloacutegicos diagnoacutestico e tratamento Ministeacuterio da Sauacutede Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede ndash Brasiacutelia Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede 2002 Disponiacutevel em httpbvsmssaudegovbrbvspublicacoesdengue_aspecto_epidemiologicos_diagnostico_tratamentopdf Acesso em 02 de out de 2014 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede FUNSA Programa Nacional de Combate a Dengue PNCD Disponiacutevel em httpbvsmssaudegovbrbvspublicacoespncd_2002pdf Acesso em 21 de jun de 2014 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portal Brasil Disponiacutevel em httpwwwbrasilgovbrsaude201311saude-libera-mais-de-r-360-mi-para-combate-a-dengue Acesso em 10 de Nov de 2014

44

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede Departamento de Vigilacircncia Epidemioloacutegica Diretrizes nacionais para prevenccedilatildeo e controle de epidemias de dengue Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede Departamento de Vigilacircncia Epidemioloacutegica ndash Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2009 160 p Disponiacutevel em httpwwwansgovbrportalimgemaildiretrizes_reimpressao_webpdf Acesso em 16 de Nov de 2014

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede (2014) Monitoramento dos casos de dengue e febre de chikungunya ateacute a Semana Epidemioloacutegica (SE) 53 de 2014 Dengue Boletim Epidemioloacutegico ISSN 2358-9450 Volume 46 Ndeg 3 ndash 2015 Disponiacutevel em httpportalsaudesaudegovbrimagespdf2015janeiro192015-002---BE-at---SE-53pdf Acesso em 22 mar de 2015 BRASILSINANONLINE e DVASVEASTSub VPSSES-MG (20122013) Disponiacutevel em httpwwwsaudemggovbrcomponentgmgstory6489-informe-epidemiologico-da-dengue-30-05-2014 Acesso em 08 de jun de 2014 CAMPOS FCC FARIA H P SANTOS MA Planejamento e avaliaccedilatildeo das accedilotildees em sauacutede Curso de Especializaccedilatildeo em Atenccedilatildeo Baacutesica em Sauacutede da Famiacutelia NESCONUFMG Curso de Especializaccedilatildeo em Atenccedilatildeo Baacutesica agrave Sauacutede da Famiacutelia 2ed Belo Horizonte NesconUFMG 2010 Disponiacutevel em lthttpswwwnesconmedicinaufmgbrbibliotecaregistroPlanejamento_e_avaliacao_das_acoes_de_saude_23gt Acesso em Dezembro 2014 DIVINOacutePOLIS Estatuto dos Conselhos Distritais de Sauacutede Conselho Municipal de Sauacutede 1998 DIVINOacutePOLIS Mapa da cidade Disponiacutevel em httpwwwdivinopolismggovbrportalpaginasgeograficosimagensmapadacidadepdf Acesso em 08 de jun de 2014 DIVINOPOLIS Secretaria Municipal de Sauacutede SEMUSA Sistema Integrado de Sauacutede Paciente Famiacutelia Acesso Local Acesso em 15 de maio de 2014 FERREIRA B J et al Evoluccedilatildeo histoacuterica dos programas de prevenccedilatildeo e controle da dengue no Brasil Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2009 vol14 n3 pp 961-972 ISSN 1413-8123 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcscv14n332pdf Acesso em 21 de jun de 2014 FERREIRA IT RN VERAS M A S M and SILVA RA Participaccedilatildeo da populaccedilatildeo no controle da dengue uma anaacutelise da sensibilidade dos planos de sauacutede de municiacutepios do Estado de Satildeo Paulo BrasilCad Sauacutede Puacuteblica [online] 2009 vol25 n12 pp 2683-2694 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielosporgpdfcspv25n1215pdf Acesso em 10 de out de 2014 FIGUEIREDO LT M OWA M A CARLUCCI R H and OLIVEIRA L de Estudo sobre o diagnoacutestico laboratorial e sintomas do dengue durante epidemia ocorrida na regiatildeo de Ribeiratildeo Preto SP Brasil Rev Inst Med trop S Paulo [online] 1992

45

vol34 n2 pp 121-130 ISSN 0036-4665 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfrimtspv34n2a07v34n2pdf Acesso em 13 ago de 2014 FIGUEIROacute AC et al Oacutebito por dengue como evento sentinela para avaliaccedilatildeo da qualidade da assistecircncia estudo de caso em dois municiacutepios da Regiatildeo Nordeste Brasil 2008 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2011 vol27 n12 pp 2373-2385 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv27n1209pdf Acesso em 12 de out de 2014 GIRAtildeO RV et al Educaccedilatildeo em sauacutede sobre a dengue contribuiccedilotildees para o desenvolvimento de competecircncias J res fundam care online 2014 janmar 6(1) 38-46 Disponiacutevel em httpwwwseeruniriobrindexphpcuidadofundamentalarticleview2659pdf_1043 Acesso em 21 de jun de 2014 GONCcedilALVES NETO V S et al Conhecimentos e atitudes da populaccedilatildeo sobre dengue no Municiacutepio de Satildeo Luiacutes Maranhatildeo Brasil 2004 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2006 vol22 n10 pp 2191-2200 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv22n1018pdf Acesso em 10 de out de 2014 LEFEVRE A MC et al Representaccedilotildees sobre dengue seu vetor e accedilotildees de controle por moradores do municiacutepio de Satildeo Sebastiatildeo litoral Norte do Estado de Satildeo Paulo Brasil Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2007 vol23 n7 pp 1696-1706 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv23n722pdf Acesso em 16 de out de 2014 LIMA E C VILASBOAS ALQ Implantaccedilatildeo das Accedilotildees Interssetoriais de Mobilizaccedilatildeo Social do Paraacute o Controle da dengue na Bahia Brasil Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2011 vol27 n8 pp 1507-1519 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv27n806pdf Acesso em 16 de out de 2014 MACHADO RM et al (2013) HISTORIA DA SAUacuteDE MENTAL DE DIVINOacutePOLIS-MG Revista de Enfermagem do Centro Oeste Mineiro 2013 maiago 3 (2) 752-760 httpwwwseerufsjedubrindexphprecomarticleview228439 Acesso em 08 de abr de 2015 MAYO R C et al BEPA - Boletim Epidemioloacutegico Paulista 8(88) 4-12 abr 2011 tab Graf Disponiacutevel em fileCUsersnoteDownloadsv8n88a0120(1)pdf Acesso em 12 de out de 2014 MINAS GERAIS Secretaria Estadual de Sauacutede Programa Estadual de Controle Permanente da Dengue SITUACcedilAtildeO ATUAL DA DENGUE EM MINAS GERAIS RESUMO INFORMATIVO - 15122014 Disponiacutevel em httpwwwsaudemggovbrimagesdocumentosAnaliseDengue15-12-2014pdf Acesso em 10 de jan de 2015 MINAS GERAIS Secretaria de Estado da Sauacutede de Minas Gerais Programa Sauacutede em Casa Disponiacutevel em httpwwwsaudemggovbrpoliacuteticas_de_saudeprograma-saude-em-casa Acesso em 10 de maio de 2014

46

MORAES GH and DUARTE E C Anaacutelise da concordacircncia dos dados de mortalidade por dengue em dois sistemas nacionais de informaccedilatildeo em sauacutede Brasil 2000-2005 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2009 vol25 n11 pp 2354-2364 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielosporgpdfcspv25n1106pdf Acesso em 29 de Nov de 2014 PENNA M L F Um desafio para a sauacutede puacuteblica brasileira o controle do dengue Cad Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro 19(1) 305-309 jan-fev 2003 Disponiacutevel em httpwwwscielosporgpdfcspv19n114932pdf Acesso em 21 de jun de 2014

PREFEITURA MUNICIPAL DE DIVINOacutePOLIS BALANCcedilO DA DENGUE Disponiacutevel em httpwwwdivinopolismggovbrportalnoticiaphpid=11507 Acesso em 19 jan de 2015

RIBEIRO P C SOUSA DC ARAUJO TME Perfil cliacutenico-epidemioloacutegico dos casos suspeitos de Dengue em um bairro da zona sul de Teresina PI Brasil Rev bras enferm [online] 2008 vol61 n2 pp 227-232 ISSN 0034-7167 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfrebenv61n2a13v61n2pdf Acesso em 28 de jul de 2014 VALENTE G SC et al Problematizaccedilatildeo Como Estrateacutegia de Educaccedilatildeo em Sauacutede no Combate a Dengue Um Relato de Experiecircncia R Pesq cuid Fundam Online 2012 outdez 4(4)2987-94 Disponiacutevel em httpwwwseeruniriobrindexphpcuidadofundamentalarticleview1888pdf_641 Acesso em 08 jun de 2014 TEIXEIRA LAS et al Persistecircncia dos sintomas de dengue em uma populaccedilatildeo de Uberaba Minas Gerais Brasil Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2010 vol26 n3 pp 624-630 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv26n319pdf Acesso em 16 de out de 2014

Page 20: PLANO DE AÇÃO NO COMBATE A DENGUE: EDUCAR PARA EVITAR · 2019-11-14 · The Divinopolis follows the same trend, with 4680 notifications and 4139 confirmed ... banhado pelas bacias

20

Quadro 5 - Nuacutemero de casos de Dengue em Divinoacutepolis ndash 2014

NOSSA SENHORA DAS GRACcedilAS Fonte Prefeitura Municipal de Divinoacutepolishttpwwwdivinopolismggovbrportalnoticiaphpid=109802014

Segundo Valente et al (2012) a praacutetica de jogar lixo nas ruas como algo do

cotidiano mesmo sabendo que essa accedilatildeo remete aos proacuteprios moradores e a falta

de coleta seletiva regular levam ao acuacutemulo de recipientes de plaacutesticos que durante

o periacuteodo chuvoso tornam-se criadouros do mosquito Esse tambeacutem eacute um

importante tema que necessita ser trabalhado desde a preacute-escola em vaacuterias

oportunidades como reuniatildeo de bairros em eventos esportivos e festivos pois

somente com educaccedilatildeo da populaccedilatildeo se pode mudar essa realidade

BAIRROS COM MAIORES NUacuteMEROS DE CASOS DE DENGUE EM DIVINOacutePOLIS

Bairros NSG CENTRO Satildeo JOSEacute INTERLAGOS NITEROacuteI

PORTO VELHO PLANALTO

SANTOS DUMONT BELVEDERE

BOM PASTOR

307 350 192 123 124 1O8 104 101 98 96

TOTAL 1417

21

2 JUSTIFICATIVA

A enfermagem eacute uma arte cuidar prevenir e proteger a sauacutede o enfermeiro

que atua na equipe de sauacutede da famiacutelia tem importante papel na educaccedilatildeo e na

proteccedilatildeo de sua populaccedilatildeo adscrita por estar perto e conhecer a realidade de sua

comunidade Backes et al (2012)

O conhecimento dos problemas de uma populaccedilatildeo permite a equipe de

Sauacutede da Estrateacutegia da Famiacutelia o planejamento de accedilotildees efetivas e eficazes nas

principais causas de adoecimento de uma comunidade aleacutem de organizar de

maneira ordenada o atendimento da demanda e rotina dos serviccedilos ofertados na

Unidade Baacutesica de Sauacutede Backes et al (2012)

O tema dengue tem relevacircncia por ser a mais importante arbovirose que

atinge o ser humano na atualidade trazendo um enorme prejuiacutezo socioeconocircmico

para toda sociedade

Segundo Figueiredo et al (1992) a dengue eacute uma doenccedila com alta

morbidade e pode evoluir para um quadro grave de hemorragia podendo levar ao

oacutebito Ainda conforme Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2009) em oito paiacuteses do

continente americano e asiaacutetico incluindo o Brasil em 2009 foram gastos U$ 18

bilhotildees somente com despesas ambulatoriais e hospitalares sem contar os recursos

despendidos para vigilacircncia epidemioloacutegica

Em Divinoacutepolis em 2014 foram notificados 4680 notificaccedilotildees e 4139 casos

confirmados e os demais aguardando confirmaccedilatildeo segundo a Secretaria Municipal

de Sauacutede

Ainda outro ponto muito importante eacute que as pessoas acreditam que o

problema eacute sempre do outro conforme salientam Valente et al (2012) que a culpa

dos casos de dengue eacute do vizinho sendo assim ele natildeo se preocupa com a sua

residecircncia Neste mesmo sentido Giratildeo et al (2012) afirmam que devido agrave

adaptaccedilatildeo do vetor as aacutereas domiciliares e peridomiciliares o controle da doenccedila

sem a participaccedilatildeo da populaccedilatildeo estaacute fadado ao fracasso As accedilotildees educaccedilatildeo em

sauacutede satildeo uma ferramenta essencial nessa estrateacutegia proporcionando ao cidadatildeo

uma autonomia para cuidar da sua sauacutede e da prevenccedilatildeo e eliminaccedilatildeo do vetor

Portanto uma proposta de intervenccedilatildeo que enfatize esta participaccedilatildeo da

comunidade conhecendo suas potencialidades e suas necessidades justifica a

realizaccedilatildeo deste trabalho

22

3 OBJETIVOS

31 Objetivo Geral

Elaborar um plano de accedilatildeo com ecircnfase em educaccedilatildeo e sauacutede com vistas agrave

reduccedilatildeo do nuacutemero de casos de dengue no municiacutepio de Divinoacutepolis e

especificamente na aacuterea de abrangecircncia da Unidade de Sauacutede Santos

Dumont

32 Objetivos Especiacuteficos

Organizar um grupo comunitaacuterio de controle e combate ao mosquito

Aedes Aegypti

Despertar na comunidade adscrita da Unidade de Sauacutede Santos Dumont uma

visatildeo criacutetica sobre os novos processos de sauacutede e doenccedila com a priorizaccedilatildeo

de accedilotildees educativas

Descrever os passos de uma proposta de intervenccedilatildeo e acompanhamento de

resultados com ecircnfase em educaccedilatildeo e sauacutede com vista na reduccedilatildeo dos focos

do vetor transmissor da dengue

23

4 BASES CONCEITUAIS

41 Aspectos Gerais da Doenccedila

A dengue eacute atualmente a mais importante arbovirose que acomete o ser

humano no continente americano distribuiacuteda segundo Ferreira et al (2009) desde o

Uruguai ateacute a costa sul dos Estados Unidos abrangendo principalmente Venezuela

Cuba Brasil e Paraguai contaminando cerca de mais de 3 bilhotildees de pessoas em

todo mundo

Segundo Penna (2003) embora o vetor Aedes Aegypti natildeo seja natural das

Ameacutericas encontrou aqui um ambiente favoraacutevel agrave sua multiplicaccedilatildeo Introduzido no

Brasil possivelmente pela Aacutefrica em meados do seacuteculo XIX invadiu o paiacutes e se

expandiu para todo o territoacuterio nacional

Segundo Penna (2003) o vetor chegou a ser erradicado de 1967 a 1973 pelo

meacutetodo de aplicaccedilatildeo de inseticida de accedilatildeo residual que prevalecia por ateacute seis

meses a aplicaccedilatildeo se deu em depoacutesitos que continham ou natildeo aacutegua parada e

tambeacutem ateacute um metro dos potenciais focos do mosquito Atualmente com os

grandes aglomerados urbanos e com a infestaccedilatildeo em todo continente americano a

erradicaccedilatildeo do mosquito natildeo eacute mais viaacutevel por isso o Ministeacuterio da Sauacutede em

parceria com Organizaccedilatildeo Pan-americana da Sauacutede (OPAS) aderiu o ldquoPlano de

Intensificaccedilatildeo das Accedilotildees de Controle da Denguerdquo (PIACD) que trabalha com a

universalidade regional sincronicidade e continuidade das accedilotildees e natildeo na

erradicaccedilatildeo (FERREIRA et al 2009 p 963)

Valente et al (2012) Giratildeo et al (2014) salientam que eacute de fundamental

importacircncia entender que as atuais estrateacutegias de controle vetorial onde haacute

responsabilizaccedilatildeo dos cidadatildeos e eliminaccedilatildeo focal parecem natildeo ter mais efeito

efetivo no combate ao mosquito Aedes Aegypti Diante das seguidas epidemias haacute

necessidade de uma abordagem mais ampla do problema com a participaccedilatildeo efetiva

de toda populaccedilatildeo e de todos os setores da sociedade ldquoenfocando a determinaccedilatildeo

social do processo sauacutede-doenccedila e a transdisciplinalidade das accedilotildeesrdquo (VALENTE et

al 2012 p 2988)

No Brasil segundo Ferreira et al (2009) as condiccedilotildees socioambientais a

falta de saneamento a ausecircncia da coleta seletiva de lixo a maacute distribuiccedilatildeo de

24

renda e a baixa escolaridade criaram um ambiente muito favoraacutevel agrave multiplicaccedilatildeo

do vetor Aedes Aegypti

42 Etiologia

Segundo Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2002) a Dengue eacute uma doenccedila febril

que em sua forma claacutessica apresenta como sinais cliacutenicos dores musculares e nas

articulaccedilotildees cefaleia e dor retro-orbitaacuteria vocircmitos e diarreia Para Almeida et al

(2008) a dengue eacute uma doenccedila de curso que varia de forma benigna a grave pode

apresentar a forma claacutessica a forma hemorraacutegica e o choque sendo que esta uacuteltima

pode levar ao oacutebito

No Brasil segundo a Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz (BRASIL 2008) satildeo

encontrados dois vetores da doenccedila o Aedes aegypti e Aedes albopictus A

transmissatildeo ocorre quando uma fecircmea do inseto pica uma pessoa portadora do

viacuterus e esta passa por periacuteodo de incubaccedilatildeo e logo apoacutes 10 a 14 dias a fecircmea estaacute

apta a transmitir o viacuterus por toda vida em meacutedia vive em torno de 35 a 40 dias

43 Aspectos Epidemioloacutegicos

Segundo Gonccedilalves Neto et al (2006) a dengue eacute considerada como a mais

importante arbovirose transmitida por insetos das uacuteltimas deacutecadas atinge a cada

ano um maior contingente de pessoas com o vetor aparecendo em mais de 100

paiacuteses de clima tropical e subtropical

Em face dessa realidade Ferreira Veras e Silva (2009) salientam que as

sucessivas epidemias de dengue no mundo especialmente no Brasil tecircm

mobilizado e preocupado autoridades e a populaccedilatildeo em geral No estado de Satildeo

Paulo houve um grande aumento dos quadros de dengue hemorraacutegica Cerca de

80 dos municiacutepios paulistas estatildeo totalmente infestados pelo mosquito aedes

aegypti Os motivos pelo quais a sua populaccedilatildeo aumenta significativamente

pontuam os autores satildeo a dificuldade em utilizaccedilatildeo de inseticidas a contrataccedilatildeo de

matildeo de obra qualificada a precaacuteria coleta de lixo especialmente nas grandes

cidades e nas suas regiotildees perifeacutericas aleacutem de fatores como o clima criando o

ambiente cada vez mais favoraacutevel agrave reproduccedilatildeo do mosquito

25

Segundo Mayo et al (2011) em estudo semelhante salienta que a

populaccedilatildeo brasileira vem sofrendo com seguidas epidemias de dengue haacute mais de

duas deacutecadas os autores seguem chamando a atenccedilatildeo para o progressivo aumento

de nuacutemero de casos com complicaccedilotildees seguindo a mesma loacutegica um nuacutemero

maior de municiacutepios vem sofrendo com o aparecimento e o aumento de casos de

dengue hemorraacutegica e o aumento dos oacutebitos por complicaccedilotildees da dengue

Havendo a predominacircncia de tais caracteriacutesticas a dengue tem levado ao alto

nuacutemero de oacutebitos Segundo Figueiroacute et al (2011) isso estaacute associado ainda agrave

imensa massa da populaccedilatildeo exposta Contudo salientam os autores que a doenccedila

tem se tornado um dos problemas de sauacutede reemergentes mais importantes da

histoacuteria Estima-se que 25 bilhotildees de pessoas estatildeo em risco de contrair a doenccedila

ainda que por ano satildeo 50 milhotildees de novos casos Destes cerca 550 mil necessitam

de hospitalizaccedilatildeo e pelo menos 20 mil evoluem para oacutebito Dados epidemioloacutegicos

do Ministeacuterio da Sauacutede tem apontado segundo Figueiro et al (2011) um crescente

aumento dos casos de Febre Hemorraacutegica por Dengue (FHD) e em uma deacutecada a

taxa de letalidade atingiu 68 destacando-se a regiatildeo nordeste com maior iacutendice

de casos entre 1981 a 2007

Contudo salientam Giratildeo et al (2014) que devido agrave adaptaccedilatildeo muito

acentuada do vetor nos peridomiciacutelios e domiciacutelios corroborando estudos da

Secretaria Municipal de Sauacutede de Divinoacutepolis (2014) apontaram que 9415 dos

focos de dengue estatildeo dentro das residecircncias sendo assim a participaccedilatildeo do

cidadatildeo no controle eacute de suma importacircncia no controle da doenccedila

Segundo dados do Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2014) em Minas Gerais a

taxa de incidecircncia da doenccedila foi de foi 2856 casos para cada 100000 habitantes

os 45 oacutebitos indicam um aumento de 3333 casos fatais em relaccedilatildeo a 2013 que

teve um nuacutemero de casos maior Quanto ao tipo de viacuterus circulante verificou-se a

incidecircncia de DENV1 (882) seguido de DENV4 (115) DENV3 (03) e DENV2

(00)

Para implantar as accedilotildees de vigilacircncia em sauacutede o Ministeacuterio da Sauacutede

(BRASIL 2014) por meio da Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede repassou para os

estados e municiacutepios 30 do valor a ser gasto em todo ano de 2014 cerca de R$

3634 milhotildees No mecircs de dezembro de 2013 a fim de intensificar as accedilotildees de

combate agrave dengue no periacuteodo de maior incidecircncia foram fornecidos 100 mil kg de

larvicidas 227 mil litros de adulticida e 104 mil kits para diagnoacutestico

26

Segundo a Secretaria Municipal de Sauacutede (DIVINOacutePOLIS 2014) haacute em

atividade 94 agentes de sauacutede puacuteblicos efetivos e 14 contratados sendo a cidade eacute

dividida em setores De acordo com levantamento raacutepido do iacutendice de infestaccedilatildeo do

aedes aegypti realizado em marccedilo de 2014 obteve-se um percentual de infestaccedilatildeo

do mosquito de 37 nos domiciacutelios visitados em Divinoacutepolis que representam risco

meacutedio para epidemia Em outubro de 2014 o novo levantamento raacutepido do iacutendice de

infestaccedilatildeo apresentou um iacutendice de 09 preocupante visto que o valor muito estaacute

muito proacuteximo do tolerado pela Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede que eacute de 1 Aleacutem

disso as condiccedilotildees climaacuteticas nesse periacuteodo natildeo favorecem a proliferaccedilatildeo do

mosquito por isso pode-se considerar esse valor alto

Em face dos dados apresentados conforme afirmam Ferreira Veras e Silva

(2009) para o controle da dengue a participaccedilatildeo popular eacute indiscutivelmente

essencial visto que o vetor habita os domiciacutelios sendo assim todos tem condiccedilotildees

de colaborar fiscalizando suas moradias O PNCD destaca as accedilotildees educativas

como forma de preparar a comunidade para adoccedilatildeo de comportamentos que

protejam a sauacutede coletiva Ainda segundo os autores durante as epidemias haacute todo

um clamor da miacutedia e do poder puacuteblico no sentido de mobilizar a comunidade para o

controle da doenccedila poreacutem nos periacuteodos de menor incidecircncia esse apelo perde a

intensidade o tema acaba no esquecimento sendo apresentado somente no

proacuteximo periacuteodo de infestaccedilatildeo e transmissatildeo da doenccedila

Ferreira Veras e Silva (2009) em anaacutelise do iacutendice de participaccedilatildeo da

populaccedilatildeo de 16 municiacutepios paulistas detectaram que em mais da metade destes

municiacutepios a participaccedilatildeo era muito baixa em consequecircncia o nuacutemero de pessoas

que contraiacuteram a doenccedila era maior onde haacute menos participaccedilatildeo popular

A educaccedilatildeo permanente segundo Ribeiro Sousa e Arauacutejo (2007) visa

acelerar o processo de adesatildeo da populaccedilatildeo agraves medidas preventivas abordando as

questotildees que envolvem condiccedilotildees de sauacutede moradia saneamento baacutesico indo

aleacutem de accedilotildees pontuais e campanhistas que perdem forccedila nos periacuteodos de baixa

notificaccedilatildeo de casos Eacute preciso buscar parceiros na sociedade civil como nos meios

de comunicaccedilatildeo para divulgaccedilatildeo do enfrentamento da doenccedila o ano inteiro

27

44 Medidas Educativas

Giratildeo et al (2014) destacam que somente com a educaccedilatildeo em sauacutede eacute que

se pode despertar na comunidade uma autonomia para que a populaccedilatildeo se sinta

como uma parte do processo que passa pela prevenccedilatildeo cujo controle depende da

eliminaccedilatildeo dos focos do mosquito dentro dos domiciacutelios

Neste sentido Alves (2005) afirma que a educaccedilatildeo em sauacutede eacute uma

ferramenta capaz de produzir intermediada pelos profissionais de sauacutede uma

compreensatildeo nova do processo sauacutede doenccedila oferecendo agrave populaccedilatildeo subsiacutedios

para adoccedilatildeo de novos haacutebitos de vida com ecircnfase na promoccedilatildeo e prevenccedilatildeo de

situaccedilotildees que podem trazer prejuiacutezos agrave sua sauacutede

Segundo Figueiroacute et al (2011) a doenccedila atinge a cada ano um maior

contingente de pessoas Nesse sentido priorizando a reduccedilatildeo dos casos de dengue

e dengue grave o Ministeacuterio da Sauacutede implantou no paiacutes o Plano Nacional de

Controle da Dengue ndash PNCD O programa eacute gerido de forma tripartite ou seja com

a participaccedilatildeo das trecircs esferas de governos uniatildeo estados e municiacutepios

ldquocompreendendo accedilotildees operacionais de vigilacircncia integrada entomoloacutegica e sobre o

meio ambiente de assistecircncia aos pacientes de educaccedilatildeo em sauacutede comunicaccedilatildeo

e mobilizaccedilatildeo socialrdquo (FIGUEIROacute et al 2011 p 2374) O PNCD compreende ainda

o controle e avaliaccedilatildeo dos agentes comunitaacuterios de sauacutede - ACS entretanto

segundo dados epidemioloacutegicos haacute uma grande dificuldade na realizaccedilatildeo das accedilotildees

e no alcance dos resultados esperados devido agrave baixa participaccedilatildeo da populaccedilatildeo

Para Ferreira Veras e Silva (2009) de acordo com a OPAS uma das maiores

dificuldades das autoridades de sauacutede em articulaccedilatildeo das accedilotildees eacute a parceria com a

comunidade o PNCD tem como um dos eixos a participaccedilatildeo comunitaacuteria para

reduccedilatildeo dos criadouros domiciliares Segundo Ferreira Veras e Silva (2009) a

participaccedilatildeo popular no combate eacute fundamental e defendida pelos organismos

nacionais e internacionais Pode estar inserida a capacitaccedilatildeo da populaccedilatildeo na

promoccedilatildeo e prevenccedilatildeo com o objetivo da melhoria da comunidade tanto na sauacutede

individual quanto coletiva favorecendo a construccedilatildeo de um modelo de sauacutede

compartilhada No controle das epidemias especialmente da dengue cujo vetor vive

na maioria das vezes nas casas das pessoas o PNDC visa o desenvolvimento de

accedilotildees educativas que tem como objetivo a mudanccedila de comportamento das

pessoas na manutenccedilatildeo de um ambiente de vida saudaacutevel Contudo a criteriosa

28

tarefa de evitar epidemias vai muito aleacutem do setor de sauacutede consistem em um

conjunto de accedilotildees poliacuteticas teacutecnicas e sociais que inclui prioritariamente a

participaccedilatildeo popular aliada agrave vigilacircncia epidemioloacutegica

Segundo Gonccedilalves Neto et al (2006) as condiccedilotildees sanitaacuterias prejudicadas

ausecircncia de coleta seletiva de lixo ausecircncia de saneamento baacutesico e um

crescimento desordenado em aacutereas tropicais propiciou raacutepida adaptaccedilatildeo do vetor

nas residecircncias levando o aedes aegpyti aproveitar se dos criadouros

providenciados pelo proacuteprio homem para aumentar sua populaccedilatildeo Contudo salienta

o autor praticamente impossiacutevel desenvolver um trabalho de controle do vetor sem a

participaccedilatildeo da comunidade

Tais afirmaccedilotildees explicam a situaccedilatildeo da populaccedilatildeo adscrita da UBS Santos

Dumont onde ocorreu uma grande expansatildeo de domiciacutelios sem um planejamento

adequado deixando um grande nuacutemero de terrenos baldios uma ocupaccedilatildeo sem a

infraestrutura necessaacuteria falta da coleta seletiva de lixo saneamento baacutesico e

pavimentaccedilatildeo Soma-se a isso a deficiecircncia do Estado em garantir uma coleta de

lixo eficiente deixando margem para a proliferaccedilatildeo da doenccedila

Segundo Almeida et al (2008) a adaptaccedilatildeo do mosquito aedes aegypti cuja

sobrevivecircncia depende de aacutegua parada ocorre principalmente nas aacutereas urbanas

em domiciacutelios e peridomiciacutelios Contudo o vetor eacute muito sensiacutevel agraves condiccedilotildees

ambientais poreacutem seus ovos resistem a longos periacuteodos de dissecaccedilatildeo o que

garante a perpetuaccedilatildeo da espeacutecie Com haacutebito diurno preferencialmente tem uma

especial atraccedilatildeo pelo sangue humano seu deslocamento eacute em meacutedia durante um

voo em condiccedilotildees normais de ambiente sem a interferecircncia de vento de cinquenta

metros portanto sua caracteriacutestica de habitar os domiciacutelios e peridomiciacutelios

permanecendo proacuteximo ao local de ldquopastordquo e postura dos ovos

Segundo Almeida et al (2008) com a ausecircncia de uma vacina eficaz capaz

de evitar a doenccedila a principal profilaxia tem sido o controle vetorial por meio de

identificaccedilatildeo dos focos e aplicaccedilatildeo de inseticidas de accedilatildeo residual para eliminaccedilatildeo

das larvas ou seja o combate focal

Contudo afirmam Almeida et al (2008) o conhecimento do dinamismo do

periacuteodo de maior transmissibilidade e latecircncia tem permitido a organizaccedilatildeo de accedilotildees

mais ou menos acentuadas dependendo do momento da epidemia e das condiccedilotildees

climaacuteticas A presenccedila do vetor em variadas partes das cidades jaacute foi identificada por

meio de estudos o que comprova que a doenccedila natildeo atinge somente uma classe

29

social Quanto agrave diminuiccedilatildeo dos casos dentro de um contexto epidemioloacutegico trecircs

fatores tecircm um papel muito importante as condiccedilotildees climaacuteticas desfavoraacuteveis agrave

viabilidade do vetor esgotamento de hospedeiros susceptiacuteveis e o controle quiacutemico

do vetor

45 Controle

Segundo Mayo et al (2011) existem duas formas de atuaccedilatildeo no controle da

doenccedila o bloqueio e o controle de criadouros Estas medidas tecircm por objetivo a

reduccedilatildeo dos criadouros na aacuterea de atuaccedilatildeo dos agentes de sauacutede o controle por

bloqueio e nebulizaccedilatildeo ocorre agrave aplicaccedilatildeo de inseticida com aplicadores Ultra Baixo

Volume - UBV A atuaccedilatildeo nesse tipo de trabalho em relaccedilatildeo ao feito pelo municiacutepio

diz respeito agrave qualidade do serviccedilo realizado bem como a agilidade na realizaccedilatildeo da

tarefa e o grande alcance da aacuterea coberta e o tipo de equipamento empregado

Para realizaccedilatildeo das tarefas o meacutetodo segue o preconizado pelo PNCD divide

as cidades em aacutereas setores e quarteirotildees Segundo Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL

2001) o bloqueio consiste em parar a transmissatildeo da dengue em municiacutepios com

epidemia instalada e tem como objetivo ainda a identificaccedilatildeo do sorotipo de viacuterus

circulante a aplicaccedilatildeo do UBV sem prejuiacutezo do controle larvaacuterio Quanto agrave

delimitaccedilatildeo de um foco isolado nos casos onde natildeo haacute infestaccedilatildeo deveratildeo ser

tratados todos os imoacuteveis no raio de 300 metros do entorno do local

Na fase de ataque segundo Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2001) deveraacute ser

tratado 100 dos imoacuteveis aleacutem de pontos estrateacutegicos terrenos baldios das zonas

infestadas e todos os potenciais focos devem ser eliminados Na fase de

consolidaccedilatildeo o objetivo eacute a erradicaccedilatildeo do mosquito satildeo desenvolvidas vaacuterias

accedilotildees semelhantes agrave fase de ataque com exceccedilatildeo do tratamento de focos Na fase

de manutenccedilatildeo satildeo visitadas todas as aacutereas positivas e negativas mesmo onde o

vetor foi erradicado as medidas satildeo o uso de armadilhas de oviposiccedilatildeo e inspeccedilotildees

de pontos estrateacutegicos

46 Atuaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Baacutesica no Controle da Dengue

As atividades de controle devem ter uma sinergia com todos os setores

envolvidos no tocante a vigilacircncia epidemioloacutegica haacute necessidade de manter a

30

vistoria em imoacuteveis terrenos depoacutesitos oficinas entre outros locais Teixeira et al

(2010) verificaram que os domiciacutelios com terrenos baldios no entorno apresentaram

maior concentraccedilatildeo da doenccedila

Lima e Vilasboas (2011) salientam que a sauacutede eacute um direito e a maneira que

o Estado tem de garantir esse direito eacute por meio de poliacuteticas puacuteblicas de proteccedilatildeo

prevenccedilatildeo e recuperaccedilatildeo de agravos a simples ausecircncia de doenccedila natildeo pode ser

considerada um conceito de sauacutede visto que as condiccedilotildees sociais de saneamento

baacutesico meio ambiente educaccedilatildeo moradia e renda satildeo fatores determinantes no

processo de adoecimento de um povo A sauacutede deve ser pensada no contexto

ampliado com integraccedilatildeo formando uma rede interssetorial na perspectiva de troca

de ajuda muacutetua na troca de experiecircncias com uma construccedilatildeo muacutetua de saberes

facilitando a resoluccedilatildeo dos problemas enfrentados

Para Lima e Vilasboas (2011) a interssetorialidade pode ser um facilitador

para construccedilatildeo de um sistema de sauacutede efetivo contudo aliado a poliacuteticas puacuteblicas

que possam contribuir para ganho na melhoria da qualidade de vida das pessoas A

interssetorialidade extrapola os limites do poder estatal e envolve a sociedade nas

decisotildees poliacuteticas evita a subordinaccedilatildeo de um setor a outro e diminui as resistecircncias

de alguns membros

Segundo Lefegravevre et al (2007) a populaccedilatildeo tem informaccedilotildees sobre a doenccedila

e do ciclo de vida do transmissor poreacutem esse conhecimento ainda natildeo eacute capaz de

produzir nas pessoas atitudes e comportamento para impedir ou reduzir os

criadouros do mosquito A probabilidade eacute que esse conhecimento vindo de origem

externa fragmentado ou pouco organizado configure um conflito entre o saber

sanitaacuterio e o senso comum Ainda segundo o autor o programa educativo tem sido

aplicado haacute muitos anos mas ateacute hoje ainda natildeo obteve o resultado esperado

contudo haacute necessidade de aprofundar neste contexto para identificar onde estatildeo as

falhas para que possa realmente ter uma populaccedilatildeo engajada no controle do vetor

Para a populaccedilatildeo segundo Lefegravevre et al (2007) haacute uma relaccedilatildeo entre sujo

que seria a doenccedila e limpo que seria a sauacutede levando a ideacuteia equivocada que o lixo

eacute o uacutenico meio de procriaccedilatildeo do mosquito Neste sentido haacute uma sinalizaccedilatildeo para

que o poder puacuteblico perceba a necessidade de informar educar e comunicar

Informar no que diz respeito aos constantes dados epidemioloacutegicos sobre a doenccedila

no Paiacutes no Estado e na sua Comunidade no sentido de incentivar a participaccedilatildeo

popular no controle da doenccedila Educar esclarecendo a forma de transmissibilidade

31

da doenccedila estabelecendo um diaacutelogo de faacutecil entendimento na loacutegica sanitaacuteria sem

confrontar o senso comum buscando construir um relacionamento entre o teacutecnico e

o cidadatildeo e agrave adoccedilatildeo de alternativas na reduccedilatildeo das viacutetimas da dengue

Neste sentido a ESF tem papel fundamental no desenvolvimento de accedilotildees de

prevenccedilatildeo e controle da dengue considerando a relaccedilatildeo de confianccedila que a

populaccedilatildeo manteacutem com a equipe de sauacutede da famiacutelia possibilitando o contato com

o ambiente domeacutestico por meio dos ACSs promovendo um ambiente seguro e livre

do Aedes aegypti (BRASIL 2002) A ESF pode ainda promover accedilotildees educativas

com a populaccedilatildeo mobilizando-a para adotar accedilotildees preventivas realizando tambeacutem a

notificaccedilatildeo imediata dos casos suspeitos possibilitando as medidas tratamento

adequado agraves situaccedilotildees de dengue claacutessica e dengue grave reduzindo os casos

letais e possibilitando o bloqueio dos focos pela vigilacircncia epidemioloacutegica

32

5 PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO

O diagnoacutestico situacional foi realizado com base nas informaccedilotildees contidas em

dados oficiais do IBGE do Sistema Integrado de Sauacutede e embasado no relato dos

problemas levantados pela Equipe de Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia da UBS

Santos Dumont

Foi utilizado o Planejamento Estrateacutegico Situacional ndash PES como referecircncia

para a proposta de intervenccedilatildeo Este meacutetodo possibilita que os atores atraveacutes de

sua proacutepria visatildeo identifiquem as causas possiacuteveis dos problemas como nascem e

se desenvolvem A partir deste ponto de vista podem propor soluccedilotildees para atacar

suas causas e a viabilidade destas soluccedilotildees (CAMPOS FARIA SANTOS 2010)

Assim a partir do diagnoacutestico situacional os 10 passos segundo os autores

mencionados e suas atividades satildeo descritas a seguir

51 Primeiro Passo Definiccedilatildeo dos Problemas

Hipertensatildeo Arterial

Diabetes

Drogas

Gravidez na Adolescecircncia

Dengue

Transtorno Depressivo

Doenccedilas Sexualmente Transmissiacuteveis AIDS

Falta de Saneamento Baacutesico

52 Segundo Passo Priorizaccedilatildeo dos Problemas

Dengue

Falta de Saneamento Baacutesico

53 Terceiro Passo Descriccedilatildeo do Problema Selecionado

Segundo o Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2002) o nosso paiacutes eacute

predominantemente de clima tropical e este eacute um ambiente favoraacutevel agrave proliferaccedilatildeo

do mosquito aedes aegypti principal transmissor da dengue em nosso continente A

33

doenccedila eacute a uma arbovirose transmitida por um artroacutepode que pode apresentar-se

de forma benigna claacutessica ou grave na forma de febre hemorraacutegica

Durante o ano de 2014 segundo o Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2014) mais

meio milhatildeo de casos da doenccedila (591080) 528 soacute na regiatildeo Sudeste em Minas

Gerais foram 59222 com 45 oacutebitos confirmados em Divinoacutepolis segundo a

Secretaria Municipal de Sauacutede (2014) ocorreram 4680 notificaccedilotildees de casos da

doenccedila e confirmados 4139 casos de dengue com 06 oacutebitos sendo que os bairros

Nossa Senhora das Graccedilas Centro Satildeo Joseacute Interlagos Niteroacutei Porto Velho

Planalto Santos Dumont Belvedere e Bom Pastor foram responsaacuteveis por 3027

dos casos de dengue da cidade

Ferreira et al (2009) Lima e Vilasboas (2011) chamam a atenccedilatildeo para a falta

de saneamento baacutesico como um fator agravante que pode elevar a multiplicaccedilatildeo do

vetor da doenccedila Para Gonccedilalves Neto et al (2006) as condiccedilotildees sanitaacuterias

prejudicadas o crescimento desordenado levaram agrave raacutepida adaptaccedilatildeo do vetor agraves

residecircncias causando a disseminaccedilatildeo do viacuterus Tais situaccedilotildees satildeo rotineiras na

populaccedilatildeo adscrita da UBS Santos Dumont

54 Quarto passo Explicaccedilatildeo do Problema

A explicaccedilatildeo para o problema selecionado foi qualificado do ponto de vista

social coletivo e individual

Niacutevel Social Refere-se agrave ausecircncia de poliacuteticas puacuteblicas para melhoria de qualidade

de vida da populaccedilatildeo que convive com a ausecircncia de saneamento baacutesico esgoto a

ceacuteu aberto falta de coleta seletiva e lixo acumulado nas ruas e terrenos baldios

Niacutevel Coletivo Falta de consciecircncia da gravidade da doenccedila que pode acometer a

qualquer pessoa e todas as faixas etaacuterias falta de colaboraccedilatildeo entre os vizinhos que

sempre potildeem a culpa das maacutes condiccedilotildees uns nos outros mas ningueacutem assume a

responsabilidade pelo seu quintal

Niacutevel Individual Falta de compromisso pois segundo dados da SEMUSA

(DIVINOacutePOLIS 2014) 9415 dos focos de Dengue estatildeo dentro das residecircncias

esses focos foram identificados em vasilhas de aacutegua para cachorro galinha calhas

mal projetadas e caixas drsquoaacutegua sem tampa

55 Quinto Passo Seleccedilatildeo dos ldquoNoacutes Criacuteticosrdquo

34

Foram selecionados os seguintes ldquonoacutes criacuteticosrdquo que podem ter relaccedilatildeo direta com o

alto nuacutemero de casos de dengue

Lixo nas ruas falta de conscientizaccedilatildeo da populaccedilatildeo para evitar descarte

incorreto de lixo nas ruas e terrenos baldios

Responsabilizaccedilatildeo do outro falta agrave comunidade assumir que o problema da

dengue natildeo eacute do meu vizinho mas eacute de todos

Lotes sujos falta cobranccedila por parte do poder puacuteblico aos proprietaacuterios de

terrenos vazios que mantenham os lotes limpos e conservados

56 Sexto Passo Desenho de Operaccedilotildees para os ldquoNoacutes Criacuteticosrdquo do Problema

Como soluccedilatildeo dos ldquonoacutes criacuteticosrdquo foram apresentadas as seguintes propostas

contidas no Quadro 6 a seguir

Quadro 6 ndash Desenho das Operaccedilotildees para os Noacutes Criacuteticos Selecionados

ldquoNoacute

Criacuteticordquo

Operaccedilatildeo

Projeto

Resultados

Esperados

Produtos

Esperados

Recursos

Necessaacuterios

Lixo nas ruas Reeducaccedilatildeo conscientizaccedilatildeo ambiental

Ausecircncia de lixo nas ruas e lotes vazios

Bairro limpo sem dengue

Datashow e computador

Responsabiliza ccedilatildeo do outro

Conscientizaccedilatildeo

sobre sauacutede

coletiva

Que todos

unidos com

objetivo de

diminuir os

casos de

dengue

Reduccedilatildeo da

doenccedila

Datashow e computador Panfletos informativos

Lotes sujos Limpeza de

lotes e terrenos

Lotes limpos

e sem focos

da dengue

Diminuiccedilatildeo

do nuacutemero do

mosquito

transmissor

da dengue

Palestras sobre

conservaccedilatildeo

dos terrenos e

lotes vazios

Fiscalizaccedilatildeo da

prefeitura

57 Seacutetimo Passo Identificaccedilatildeo dos Recursos Criacuteticos

35

Para iniacutecio das operaccedilotildees foram apresentados os recursos necessaacuterios e

indispensaacuteveis para o sucesso do processo

Quadro 7 ndash Identificaccedilatildeo dos Recursos Criacuteticos

Operaccedilatildeo

Projeto

Recursos Criacuteticos

Controle dos recursos criacuteticos

Accedilatildeo estrateacutegica

Ator que controla

Motivaccedilatildeo

ldquoMutiratildeo da

limpezardquo

realizar um dia

por mecircs para

limpeza em

parceria com a

populaccedilatildeo

Poliacutetico Veiculo e pessoal para limpeza das ruas

Empresa Municipal de Obras Puacuteblicas

Evitar que lixo se acumule nas ruas

Criaccedilatildeo do dia da limpeza e apresentaccedilatildeo da administraccedilatildeo para apreciaccedilatildeo

ldquoFora Denguerdquo Intensificaccedilatildeo das accedilotildees educativas nas escolas e nos grupos e associaccedilatildeo de bairro

Poliacutetico Articulaccedilatildeo interssetorial Financeiro Disponibilizaccedilatildeo de material informativo

Secretaria Municipal de Sauacutede Secretaria Municipal de Educaccedilatildeo Associaccedilatildeo de bairros

Despertar na comunidade a consciecircncia de sauacutede coletiva

Despertar nos discentes e na comunidade o desejo de erradicar os focos da dengue

ldquoMapeamento

dos lotes sujosrdquo

Realizar o

mapeamento

dos terrenos

sujos

Poliacutetico Notificar os

proprietaacuterios para limpeza do

terreno Financeiro

Recurso para impressatildeo das

notificaccedilotildees

Secretaria Municipal de

Sauacutede

Evitar que as pessoas joguem lixo e entulho em lotes vagos

Conservaccedilatildeo e limpeza dos lotes vazios

58 Oitavo Passo Anaacutelise de Viabilidade do Plano

A proposta a seguir (Quadro 3) apresenta a motivaccedilatildeo para a viabilidade do plano

visto que alguns dos recursos necessaacuterios fogem agrave governabilidade da ESF

36

Quadro 8 ndash Viabilidade do Plano

Operaccedilatildeo

Projeto

Recursos Criacuteticos

Controle dos recursos criacuteticos

Accedilatildeo estrateacutegica

Ator que controla

Motivaccedilatildeo

ldquoMutiratildeo da

limpezardquo

realizar um dia

por mecircs para

limpeza em

parceria com a

populaccedilatildeo

Poliacutetico Veiculo e pessoal para limpeza das ruas

Empresa Municipal de Obras Puacuteblicas

Favoraacutevel Criaccedilatildeo do dia da limpeza e apresentaccedilatildeo agrave administraccedilatildeo para apreciaccedilatildeo

ldquoFora Denguerdquo Intensificaccedilatildeo das accedilotildees educativas nas escolas e nos grupos e associaccedilatildeo de bairro

Poliacutetico Articulaccedilatildeo interssetorial Financeiro Disponibilizaccedilatildeo de material informativo

Secretaria Municipal de Sauacutede Secretaria Municipal de Educaccedilatildeo Associaccedilatildeo de bairros

Favoraacutevel

Despertar nos escolares e na comunidade o desejo de erradicar os focos da dengue

ldquoMapeamento

dos lotes sujosrdquo

Realizar o

mapeamento

dos terrenos

sujos

Poliacutetico Notificar os

proprietaacuterios para limpeza do

terreno Financeiro

Recurso para impressatildeo das

notificaccedilotildees

Secretaria Municipal de

Sauacutede

Indiferente

Conservaccedilatildeo e limpeza dos lotes vazios

37

59 Nono Passo Elaboraccedilatildeo do Plano Operativo

A proposta a seguir no Quadro 9 identifica os atores envolvidos lhes atribuiacutedo

responsabilidades e prazos a cumprir

Quadro 9 ndash Plano Operativo

Operaccedilotildees Resultados Accedilotildees Estrateacutegicas

Responsaacutevel Prazo

ldquoMutiratildeo da limpezardquo realizar um dia por mecircs para limpeza em parceria com a populaccedilatildeo

Limpeza das ruas

e quintais

Coleta de lixo

das ruas Incentivo a limpeza de

lotes e quintais

Equipe de ACS

Durante todo ano

ldquoFora Denguerdquo Intensificaccedilatildeo das accedilotildees educativas nas escolas e nos grupos e associaccedilatildeo de bairro

Uma comunidade

consciente das suas

responsabilidades

Insistir e reforccedilar com

accedilotildees educativas para que

populaccedilatildeo mantenha as ruas limpas e coloque o lixo

para ser recolhido

Enfermeiro ESF

Durante todo o ano

ldquoMapeamento dos lotes

sujosrdquo Realizar o

mapeamento dos terrenos

sujos

Identificar os focos e eliminaacute-

los

Criaccedilatildeo de um mapa onde ocorreram focos do mosquito

ACS e

Enfermeiro

Trecircs meses

510 Deacutecimo Passo Gestatildeo do Plano

Com a gestatildeo do plano eacute possiacutevel aos responsaacuteveis acompanhar e monitorar as

accedilotildees avaliando e sempre que necessaacuterio readequando as eventuais falhas do

processo

38

Quadro 10ndash Gestatildeo do Plano

Produtos Responsaacutevel Prazo Situaccedilatildeo Atual

Justificativa Novo Prazo

ldquoMutiratildeo da

limpezardquo

realizar um

dia por mecircs

para limpeza

em parceria

com a

populaccedilatildeo

Enfermeiro da ESF

Inicio imediatamente

(logo apoacutes apresentaccedilatildeo

do projeto)

ldquoFora Denguerdquo Intensificaccedilatildeo das accedilotildees educativas nas escolas e nos grupos e associaccedilatildeo de bairro

Enfermeiro Provab

Durante todo ano

ldquoMapeamento

dos lotes

sujosrdquo

Realizar o

mapeamento

dos terrenos

sujos

ECS e Equipe

de Epidemiologia

Um mecircs para

inicio das atividades

Aleacutem dos 10 passos do Planejamento Estrateacutegico Situacional optei por incluir outros

02 passos que tecircm a finalidade de contribuir para o processo de avaliaccedilatildeo da

Proposta de Intervenccedilatildeo Estatildeo contidos nos itens 511 e 512 a seguir

511 Avaliaccedilatildeo dos Resultados

O instrumento para avaliaccedilatildeo seraacute o Sistema de Informaccedilotildees de Agravos de

Notificaccedilatildeo ndash SINAN

ldquoque tem por objetivo o registro e processamento dos dados sobre agravos

de notificaccedilatildeo em todo o territoacuterio nacional fornecendo informaccedilotildees para

anaacutelise do perfil da morbidade e contribuindo desta forma para a tomada

de decisotildees em niacutevel municipal estadual e federalrdquo (IBGE 2014)

39

Segundo Moraes e Duarte (2009) o SINAN tem sido principal fonte de dados

para coordenaccedilatildeo das accedilotildees de vigilacircncia epidemioloacutegica tanto no sentido de

controle da doenccedila quando como fonte de pesquisa

512 Resultados Eesperados

O resultado esperado eacute

Estabelecer a construccedilatildeo de conhecimento que favoreccedila o autocuidado e a

capacidade de emancipaccedilatildeo da comunidade criando um ambiente seguro com

ecircnfase na educaccedilatildeo e sauacutede com vistas agrave reduccedilatildeo dos casos de dengue na

populaccedilatildeo adscrita da UBS Santos Dumont

40

6 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

O Programa de Valorizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Baacutesica (PROVAB) abriu muitos

caminhos para um horizonte promissor no desenvolvimento da promoccedilatildeo da sauacutede

e da prevenccedilatildeo no campo de atuaccedilatildeo do Programa Sauacutede na Escola criando um

viacutenculo de amizade e confianccedila uma verdadeira parceria com os alunos essencial

na construccedilatildeo de uma sociedade consciente e capaz de cuidar da sua sauacutede de

maneira preventiva loacutegica essa defendida pelo Sistema Uacutenico de Sauacutede

Para noacutes enfermeiros eacute oportunidade de ampliar o horizonte de atuaccedilatildeo

ensinando e aprendendo com o comportamento das crianccedilas dos adolescentes e

jovens vendo de maneira impar o grande desafio da educaccedilatildeo em formar cidadatildeos

com mais sauacutede Como gratificaccedilatildeo recebemos o reconhecimento dos alunos

professores e diretores algo que fica marcado para sempre na formaccedilatildeo do

profissional os laccedilos de confianccedila amizade e reconhecimento satildeo a maior

recompensa e certeza de missatildeo cumprida

Como a Equipe de Sauacutede da Famiacutelia tem como principal objetivo trabalhar na

prevenccedilatildeo de doenccedilas e agravos criando viacutenculos com a clientela a missatildeo de

promover a emancipaccedilatildeo de seus usuaacuterios com ecircnfase no autocuidado exige de

noacutes muita articulaccedilatildeo e intensificaccedilatildeo de accedilotildees educativas Especificamente no caso

da dengue o cumprimento desta missatildeo pode evitar que as constantes epidemias

se tornem parte do cotidiano das pessoas auxiliando os moradores da comunidade

na adoccedilatildeo de medidas responsaacuteveis que visem o cuidado com a sua sauacutede e da

sauacutede da comunidade

Neste sentido a educaccedilatildeo em sauacutede desempenha um papel importante em

manter a comunidade sempre vigilante e em alerta pois o perigo eacute eminente e vive

dentro dos lares das pessoas esperando apenas o momento oportuno e condiccedilotildees

favoraacuteveis para transmitir a dengue

O trabalho dos agentes de controle de endemias e da ESF deve ser

constante focado na eliminaccedilatildeo dos criadouros do mosquito transmissor da dengue

A comunidade deve colaborar com livre acesso dos agentes agraves residecircncias na

colaboraccedilatildeo para eliminaccedilatildeo dos focos nos domiciacutelios e peridomiciacutelios e

multiplicaccedilatildeo das informaccedilotildees sobre o ciclo de vida do vetor entre os vizinhos

amigos e parentes informando que todos estatildeo expostos agrave doenccedila e a mudanccedila de

comportamento pode diminuir os riscos de contrair a dengue

41

Ao poder puacuteblico eacute necessaacuterio adotar um planejamento adequado para

garantir aos cidadatildeos a infraestrutura miacutenima necessaacuteria para viver em comunidade

serviccedilos essenciais como saneamento coleta de lixo e mobilidade que favorecem a

criaccedilatildeo de um ambiente seguro com sauacutede e qualidade de vida

42

REFEREcircNCIAS

ALMEIDA M CM et al Dinacircmica intra-urbana das epidemias de dengue em Belo Horizonte Minas Gerais Brasil 1996-2002 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2008 vol24 n10 pp 2385-2395 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv24n1019pdf Acesso em 02 de out de 2014 ALVES V S A Um modelo de educaccedilatildeo em sauacutede para o Programa Sauacutede da Famiacutelia pela integralidade da atenccedilatildeo e reorientaccedilatildeo do modelo assistencial Interface - Comunic Sauacutede Educ v9 n16 p39-52 set2004fev2005 Disponiacutevel em httpswwwnesconmedicinaufmgbrbibliotecaimagem0303pdf Acesso de jun de 2014 BACKES DS et al (2012) O papel profissional do enfermeiro no Sistema Uacutenico de Sauacutede da sauacutede comunitaacuteria agrave estrateacutegia de sauacutede da famiacutelia Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva

17(1)223-230 2012 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcscv17n1a24v17n1pdf Acesso em 12 de jan 2015 BRASIL Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sauacutede Consulta Estabelecimento - Modulo Profissional - Profissional por Estabelecimento Disponiacutevel em httpcnesdatasusgovbrMod_ProfissionalaspVCo_Unidade=3122302159651 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Cadernos de Informaccedilotildees de Sauacutede Minas Gerais DATASUS TABNET (2010) Disponiacutevel em httptabnetdatasusgovbrtabdatacadernosmghtm Acesso em16 de maio de 2014 BRASIL Dengue - instruccedilotildees para pessoal de combate ao vetor Manual de Normas teacutecnicas - 3 ed rev - Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede 2001 84 p il 30 cm Disponiacutevel em httpbvsmssaudegovbrbvspublicacoesfunasaman_denguepdf acesso em 15 de out de 2014 BRASIL Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz Vetor da dengue na Aacutesia A albopictus eacute alvo de estudos Publicada em 18122008 agraves 1249 Disponiacutevel em httpwwwfiocruzbrioccgicgiluaexesysstarthtminfoid=576ampsid=32amptpl=printerview Acesso em 12 de jan de 2015 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Censo demograacutefico 2010 sinopse Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=1ampsearch=minas-gerais|divinopolis|censo-demografico-2010-sinopse- Acesso em 15 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Divinoacutepolis morbidades hospitalares ndash 2012 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=114ampsearch=minas-gerais|divinopolis|morbidades-hospitalares-2012 Acesso em 12 de maio de 2014

43

BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estaacutetica Divisatildeo Territorial do Brasil e Limites Territoriais Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE) (1 de julho de 2008) Disponiacutevel em httpwwwibgegovbrhomegeocienciascartografiadefault_dtb_intshtm Acesso em16 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Ensino - matriacuteculas docentes e rede escolar ndash 2012 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=117ampsearch=minas-gerais|divinopolis|ensino-matriculas-docentes-e-rede-escolar-2012 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estaacutetica Histoacuterico do Municiacutepio disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrpainelhistoricophplang=ampcodmun=312230ampsearch=minas-gerais|divinopolis|infograficos-historico Acesso 10 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Informaccedilotildees completas Populaccedilatildeo em 2010 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrasperfilphplang=ampcodmun=312230 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Serviccedilos de sauacutede ndash 2009 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=5ampsearch=minas-gerais|divinopolis|servicos-de-saude-2009 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Sistema de informaccedilotildees de agravos de notificaccedilatildeo ndash SINAN Disponiacutevel em httpcesibgegovbrbase-de-dadosmetadadosministerio-da-saudesistema-de-informacoes-de-agravos-de-notificacao-sinan Acesso em 16 de Nov de 2014 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede Dengue aspectos epidemioloacutegicos diagnoacutestico e tratamento Ministeacuterio da Sauacutede Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede ndash Brasiacutelia Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede 2002 Disponiacutevel em httpbvsmssaudegovbrbvspublicacoesdengue_aspecto_epidemiologicos_diagnostico_tratamentopdf Acesso em 02 de out de 2014 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede FUNSA Programa Nacional de Combate a Dengue PNCD Disponiacutevel em httpbvsmssaudegovbrbvspublicacoespncd_2002pdf Acesso em 21 de jun de 2014 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portal Brasil Disponiacutevel em httpwwwbrasilgovbrsaude201311saude-libera-mais-de-r-360-mi-para-combate-a-dengue Acesso em 10 de Nov de 2014

44

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede Departamento de Vigilacircncia Epidemioloacutegica Diretrizes nacionais para prevenccedilatildeo e controle de epidemias de dengue Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede Departamento de Vigilacircncia Epidemioloacutegica ndash Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2009 160 p Disponiacutevel em httpwwwansgovbrportalimgemaildiretrizes_reimpressao_webpdf Acesso em 16 de Nov de 2014

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede (2014) Monitoramento dos casos de dengue e febre de chikungunya ateacute a Semana Epidemioloacutegica (SE) 53 de 2014 Dengue Boletim Epidemioloacutegico ISSN 2358-9450 Volume 46 Ndeg 3 ndash 2015 Disponiacutevel em httpportalsaudesaudegovbrimagespdf2015janeiro192015-002---BE-at---SE-53pdf Acesso em 22 mar de 2015 BRASILSINANONLINE e DVASVEASTSub VPSSES-MG (20122013) Disponiacutevel em httpwwwsaudemggovbrcomponentgmgstory6489-informe-epidemiologico-da-dengue-30-05-2014 Acesso em 08 de jun de 2014 CAMPOS FCC FARIA H P SANTOS MA Planejamento e avaliaccedilatildeo das accedilotildees em sauacutede Curso de Especializaccedilatildeo em Atenccedilatildeo Baacutesica em Sauacutede da Famiacutelia NESCONUFMG Curso de Especializaccedilatildeo em Atenccedilatildeo Baacutesica agrave Sauacutede da Famiacutelia 2ed Belo Horizonte NesconUFMG 2010 Disponiacutevel em lthttpswwwnesconmedicinaufmgbrbibliotecaregistroPlanejamento_e_avaliacao_das_acoes_de_saude_23gt Acesso em Dezembro 2014 DIVINOacutePOLIS Estatuto dos Conselhos Distritais de Sauacutede Conselho Municipal de Sauacutede 1998 DIVINOacutePOLIS Mapa da cidade Disponiacutevel em httpwwwdivinopolismggovbrportalpaginasgeograficosimagensmapadacidadepdf Acesso em 08 de jun de 2014 DIVINOPOLIS Secretaria Municipal de Sauacutede SEMUSA Sistema Integrado de Sauacutede Paciente Famiacutelia Acesso Local Acesso em 15 de maio de 2014 FERREIRA B J et al Evoluccedilatildeo histoacuterica dos programas de prevenccedilatildeo e controle da dengue no Brasil Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2009 vol14 n3 pp 961-972 ISSN 1413-8123 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcscv14n332pdf Acesso em 21 de jun de 2014 FERREIRA IT RN VERAS M A S M and SILVA RA Participaccedilatildeo da populaccedilatildeo no controle da dengue uma anaacutelise da sensibilidade dos planos de sauacutede de municiacutepios do Estado de Satildeo Paulo BrasilCad Sauacutede Puacuteblica [online] 2009 vol25 n12 pp 2683-2694 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielosporgpdfcspv25n1215pdf Acesso em 10 de out de 2014 FIGUEIREDO LT M OWA M A CARLUCCI R H and OLIVEIRA L de Estudo sobre o diagnoacutestico laboratorial e sintomas do dengue durante epidemia ocorrida na regiatildeo de Ribeiratildeo Preto SP Brasil Rev Inst Med trop S Paulo [online] 1992

45

vol34 n2 pp 121-130 ISSN 0036-4665 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfrimtspv34n2a07v34n2pdf Acesso em 13 ago de 2014 FIGUEIROacute AC et al Oacutebito por dengue como evento sentinela para avaliaccedilatildeo da qualidade da assistecircncia estudo de caso em dois municiacutepios da Regiatildeo Nordeste Brasil 2008 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2011 vol27 n12 pp 2373-2385 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv27n1209pdf Acesso em 12 de out de 2014 GIRAtildeO RV et al Educaccedilatildeo em sauacutede sobre a dengue contribuiccedilotildees para o desenvolvimento de competecircncias J res fundam care online 2014 janmar 6(1) 38-46 Disponiacutevel em httpwwwseeruniriobrindexphpcuidadofundamentalarticleview2659pdf_1043 Acesso em 21 de jun de 2014 GONCcedilALVES NETO V S et al Conhecimentos e atitudes da populaccedilatildeo sobre dengue no Municiacutepio de Satildeo Luiacutes Maranhatildeo Brasil 2004 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2006 vol22 n10 pp 2191-2200 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv22n1018pdf Acesso em 10 de out de 2014 LEFEVRE A MC et al Representaccedilotildees sobre dengue seu vetor e accedilotildees de controle por moradores do municiacutepio de Satildeo Sebastiatildeo litoral Norte do Estado de Satildeo Paulo Brasil Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2007 vol23 n7 pp 1696-1706 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv23n722pdf Acesso em 16 de out de 2014 LIMA E C VILASBOAS ALQ Implantaccedilatildeo das Accedilotildees Interssetoriais de Mobilizaccedilatildeo Social do Paraacute o Controle da dengue na Bahia Brasil Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2011 vol27 n8 pp 1507-1519 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv27n806pdf Acesso em 16 de out de 2014 MACHADO RM et al (2013) HISTORIA DA SAUacuteDE MENTAL DE DIVINOacutePOLIS-MG Revista de Enfermagem do Centro Oeste Mineiro 2013 maiago 3 (2) 752-760 httpwwwseerufsjedubrindexphprecomarticleview228439 Acesso em 08 de abr de 2015 MAYO R C et al BEPA - Boletim Epidemioloacutegico Paulista 8(88) 4-12 abr 2011 tab Graf Disponiacutevel em fileCUsersnoteDownloadsv8n88a0120(1)pdf Acesso em 12 de out de 2014 MINAS GERAIS Secretaria Estadual de Sauacutede Programa Estadual de Controle Permanente da Dengue SITUACcedilAtildeO ATUAL DA DENGUE EM MINAS GERAIS RESUMO INFORMATIVO - 15122014 Disponiacutevel em httpwwwsaudemggovbrimagesdocumentosAnaliseDengue15-12-2014pdf Acesso em 10 de jan de 2015 MINAS GERAIS Secretaria de Estado da Sauacutede de Minas Gerais Programa Sauacutede em Casa Disponiacutevel em httpwwwsaudemggovbrpoliacuteticas_de_saudeprograma-saude-em-casa Acesso em 10 de maio de 2014

46

MORAES GH and DUARTE E C Anaacutelise da concordacircncia dos dados de mortalidade por dengue em dois sistemas nacionais de informaccedilatildeo em sauacutede Brasil 2000-2005 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2009 vol25 n11 pp 2354-2364 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielosporgpdfcspv25n1106pdf Acesso em 29 de Nov de 2014 PENNA M L F Um desafio para a sauacutede puacuteblica brasileira o controle do dengue Cad Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro 19(1) 305-309 jan-fev 2003 Disponiacutevel em httpwwwscielosporgpdfcspv19n114932pdf Acesso em 21 de jun de 2014

PREFEITURA MUNICIPAL DE DIVINOacutePOLIS BALANCcedilO DA DENGUE Disponiacutevel em httpwwwdivinopolismggovbrportalnoticiaphpid=11507 Acesso em 19 jan de 2015

RIBEIRO P C SOUSA DC ARAUJO TME Perfil cliacutenico-epidemioloacutegico dos casos suspeitos de Dengue em um bairro da zona sul de Teresina PI Brasil Rev bras enferm [online] 2008 vol61 n2 pp 227-232 ISSN 0034-7167 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfrebenv61n2a13v61n2pdf Acesso em 28 de jul de 2014 VALENTE G SC et al Problematizaccedilatildeo Como Estrateacutegia de Educaccedilatildeo em Sauacutede no Combate a Dengue Um Relato de Experiecircncia R Pesq cuid Fundam Online 2012 outdez 4(4)2987-94 Disponiacutevel em httpwwwseeruniriobrindexphpcuidadofundamentalarticleview1888pdf_641 Acesso em 08 jun de 2014 TEIXEIRA LAS et al Persistecircncia dos sintomas de dengue em uma populaccedilatildeo de Uberaba Minas Gerais Brasil Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2010 vol26 n3 pp 624-630 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv26n319pdf Acesso em 16 de out de 2014

Page 21: PLANO DE AÇÃO NO COMBATE A DENGUE: EDUCAR PARA EVITAR · 2019-11-14 · The Divinopolis follows the same trend, with 4680 notifications and 4139 confirmed ... banhado pelas bacias

21

2 JUSTIFICATIVA

A enfermagem eacute uma arte cuidar prevenir e proteger a sauacutede o enfermeiro

que atua na equipe de sauacutede da famiacutelia tem importante papel na educaccedilatildeo e na

proteccedilatildeo de sua populaccedilatildeo adscrita por estar perto e conhecer a realidade de sua

comunidade Backes et al (2012)

O conhecimento dos problemas de uma populaccedilatildeo permite a equipe de

Sauacutede da Estrateacutegia da Famiacutelia o planejamento de accedilotildees efetivas e eficazes nas

principais causas de adoecimento de uma comunidade aleacutem de organizar de

maneira ordenada o atendimento da demanda e rotina dos serviccedilos ofertados na

Unidade Baacutesica de Sauacutede Backes et al (2012)

O tema dengue tem relevacircncia por ser a mais importante arbovirose que

atinge o ser humano na atualidade trazendo um enorme prejuiacutezo socioeconocircmico

para toda sociedade

Segundo Figueiredo et al (1992) a dengue eacute uma doenccedila com alta

morbidade e pode evoluir para um quadro grave de hemorragia podendo levar ao

oacutebito Ainda conforme Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2009) em oito paiacuteses do

continente americano e asiaacutetico incluindo o Brasil em 2009 foram gastos U$ 18

bilhotildees somente com despesas ambulatoriais e hospitalares sem contar os recursos

despendidos para vigilacircncia epidemioloacutegica

Em Divinoacutepolis em 2014 foram notificados 4680 notificaccedilotildees e 4139 casos

confirmados e os demais aguardando confirmaccedilatildeo segundo a Secretaria Municipal

de Sauacutede

Ainda outro ponto muito importante eacute que as pessoas acreditam que o

problema eacute sempre do outro conforme salientam Valente et al (2012) que a culpa

dos casos de dengue eacute do vizinho sendo assim ele natildeo se preocupa com a sua

residecircncia Neste mesmo sentido Giratildeo et al (2012) afirmam que devido agrave

adaptaccedilatildeo do vetor as aacutereas domiciliares e peridomiciliares o controle da doenccedila

sem a participaccedilatildeo da populaccedilatildeo estaacute fadado ao fracasso As accedilotildees educaccedilatildeo em

sauacutede satildeo uma ferramenta essencial nessa estrateacutegia proporcionando ao cidadatildeo

uma autonomia para cuidar da sua sauacutede e da prevenccedilatildeo e eliminaccedilatildeo do vetor

Portanto uma proposta de intervenccedilatildeo que enfatize esta participaccedilatildeo da

comunidade conhecendo suas potencialidades e suas necessidades justifica a

realizaccedilatildeo deste trabalho

22

3 OBJETIVOS

31 Objetivo Geral

Elaborar um plano de accedilatildeo com ecircnfase em educaccedilatildeo e sauacutede com vistas agrave

reduccedilatildeo do nuacutemero de casos de dengue no municiacutepio de Divinoacutepolis e

especificamente na aacuterea de abrangecircncia da Unidade de Sauacutede Santos

Dumont

32 Objetivos Especiacuteficos

Organizar um grupo comunitaacuterio de controle e combate ao mosquito

Aedes Aegypti

Despertar na comunidade adscrita da Unidade de Sauacutede Santos Dumont uma

visatildeo criacutetica sobre os novos processos de sauacutede e doenccedila com a priorizaccedilatildeo

de accedilotildees educativas

Descrever os passos de uma proposta de intervenccedilatildeo e acompanhamento de

resultados com ecircnfase em educaccedilatildeo e sauacutede com vista na reduccedilatildeo dos focos

do vetor transmissor da dengue

23

4 BASES CONCEITUAIS

41 Aspectos Gerais da Doenccedila

A dengue eacute atualmente a mais importante arbovirose que acomete o ser

humano no continente americano distribuiacuteda segundo Ferreira et al (2009) desde o

Uruguai ateacute a costa sul dos Estados Unidos abrangendo principalmente Venezuela

Cuba Brasil e Paraguai contaminando cerca de mais de 3 bilhotildees de pessoas em

todo mundo

Segundo Penna (2003) embora o vetor Aedes Aegypti natildeo seja natural das

Ameacutericas encontrou aqui um ambiente favoraacutevel agrave sua multiplicaccedilatildeo Introduzido no

Brasil possivelmente pela Aacutefrica em meados do seacuteculo XIX invadiu o paiacutes e se

expandiu para todo o territoacuterio nacional

Segundo Penna (2003) o vetor chegou a ser erradicado de 1967 a 1973 pelo

meacutetodo de aplicaccedilatildeo de inseticida de accedilatildeo residual que prevalecia por ateacute seis

meses a aplicaccedilatildeo se deu em depoacutesitos que continham ou natildeo aacutegua parada e

tambeacutem ateacute um metro dos potenciais focos do mosquito Atualmente com os

grandes aglomerados urbanos e com a infestaccedilatildeo em todo continente americano a

erradicaccedilatildeo do mosquito natildeo eacute mais viaacutevel por isso o Ministeacuterio da Sauacutede em

parceria com Organizaccedilatildeo Pan-americana da Sauacutede (OPAS) aderiu o ldquoPlano de

Intensificaccedilatildeo das Accedilotildees de Controle da Denguerdquo (PIACD) que trabalha com a

universalidade regional sincronicidade e continuidade das accedilotildees e natildeo na

erradicaccedilatildeo (FERREIRA et al 2009 p 963)

Valente et al (2012) Giratildeo et al (2014) salientam que eacute de fundamental

importacircncia entender que as atuais estrateacutegias de controle vetorial onde haacute

responsabilizaccedilatildeo dos cidadatildeos e eliminaccedilatildeo focal parecem natildeo ter mais efeito

efetivo no combate ao mosquito Aedes Aegypti Diante das seguidas epidemias haacute

necessidade de uma abordagem mais ampla do problema com a participaccedilatildeo efetiva

de toda populaccedilatildeo e de todos os setores da sociedade ldquoenfocando a determinaccedilatildeo

social do processo sauacutede-doenccedila e a transdisciplinalidade das accedilotildeesrdquo (VALENTE et

al 2012 p 2988)

No Brasil segundo Ferreira et al (2009) as condiccedilotildees socioambientais a

falta de saneamento a ausecircncia da coleta seletiva de lixo a maacute distribuiccedilatildeo de

24

renda e a baixa escolaridade criaram um ambiente muito favoraacutevel agrave multiplicaccedilatildeo

do vetor Aedes Aegypti

42 Etiologia

Segundo Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2002) a Dengue eacute uma doenccedila febril

que em sua forma claacutessica apresenta como sinais cliacutenicos dores musculares e nas

articulaccedilotildees cefaleia e dor retro-orbitaacuteria vocircmitos e diarreia Para Almeida et al

(2008) a dengue eacute uma doenccedila de curso que varia de forma benigna a grave pode

apresentar a forma claacutessica a forma hemorraacutegica e o choque sendo que esta uacuteltima

pode levar ao oacutebito

No Brasil segundo a Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz (BRASIL 2008) satildeo

encontrados dois vetores da doenccedila o Aedes aegypti e Aedes albopictus A

transmissatildeo ocorre quando uma fecircmea do inseto pica uma pessoa portadora do

viacuterus e esta passa por periacuteodo de incubaccedilatildeo e logo apoacutes 10 a 14 dias a fecircmea estaacute

apta a transmitir o viacuterus por toda vida em meacutedia vive em torno de 35 a 40 dias

43 Aspectos Epidemioloacutegicos

Segundo Gonccedilalves Neto et al (2006) a dengue eacute considerada como a mais

importante arbovirose transmitida por insetos das uacuteltimas deacutecadas atinge a cada

ano um maior contingente de pessoas com o vetor aparecendo em mais de 100

paiacuteses de clima tropical e subtropical

Em face dessa realidade Ferreira Veras e Silva (2009) salientam que as

sucessivas epidemias de dengue no mundo especialmente no Brasil tecircm

mobilizado e preocupado autoridades e a populaccedilatildeo em geral No estado de Satildeo

Paulo houve um grande aumento dos quadros de dengue hemorraacutegica Cerca de

80 dos municiacutepios paulistas estatildeo totalmente infestados pelo mosquito aedes

aegypti Os motivos pelo quais a sua populaccedilatildeo aumenta significativamente

pontuam os autores satildeo a dificuldade em utilizaccedilatildeo de inseticidas a contrataccedilatildeo de

matildeo de obra qualificada a precaacuteria coleta de lixo especialmente nas grandes

cidades e nas suas regiotildees perifeacutericas aleacutem de fatores como o clima criando o

ambiente cada vez mais favoraacutevel agrave reproduccedilatildeo do mosquito

25

Segundo Mayo et al (2011) em estudo semelhante salienta que a

populaccedilatildeo brasileira vem sofrendo com seguidas epidemias de dengue haacute mais de

duas deacutecadas os autores seguem chamando a atenccedilatildeo para o progressivo aumento

de nuacutemero de casos com complicaccedilotildees seguindo a mesma loacutegica um nuacutemero

maior de municiacutepios vem sofrendo com o aparecimento e o aumento de casos de

dengue hemorraacutegica e o aumento dos oacutebitos por complicaccedilotildees da dengue

Havendo a predominacircncia de tais caracteriacutesticas a dengue tem levado ao alto

nuacutemero de oacutebitos Segundo Figueiroacute et al (2011) isso estaacute associado ainda agrave

imensa massa da populaccedilatildeo exposta Contudo salientam os autores que a doenccedila

tem se tornado um dos problemas de sauacutede reemergentes mais importantes da

histoacuteria Estima-se que 25 bilhotildees de pessoas estatildeo em risco de contrair a doenccedila

ainda que por ano satildeo 50 milhotildees de novos casos Destes cerca 550 mil necessitam

de hospitalizaccedilatildeo e pelo menos 20 mil evoluem para oacutebito Dados epidemioloacutegicos

do Ministeacuterio da Sauacutede tem apontado segundo Figueiro et al (2011) um crescente

aumento dos casos de Febre Hemorraacutegica por Dengue (FHD) e em uma deacutecada a

taxa de letalidade atingiu 68 destacando-se a regiatildeo nordeste com maior iacutendice

de casos entre 1981 a 2007

Contudo salientam Giratildeo et al (2014) que devido agrave adaptaccedilatildeo muito

acentuada do vetor nos peridomiciacutelios e domiciacutelios corroborando estudos da

Secretaria Municipal de Sauacutede de Divinoacutepolis (2014) apontaram que 9415 dos

focos de dengue estatildeo dentro das residecircncias sendo assim a participaccedilatildeo do

cidadatildeo no controle eacute de suma importacircncia no controle da doenccedila

Segundo dados do Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2014) em Minas Gerais a

taxa de incidecircncia da doenccedila foi de foi 2856 casos para cada 100000 habitantes

os 45 oacutebitos indicam um aumento de 3333 casos fatais em relaccedilatildeo a 2013 que

teve um nuacutemero de casos maior Quanto ao tipo de viacuterus circulante verificou-se a

incidecircncia de DENV1 (882) seguido de DENV4 (115) DENV3 (03) e DENV2

(00)

Para implantar as accedilotildees de vigilacircncia em sauacutede o Ministeacuterio da Sauacutede

(BRASIL 2014) por meio da Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede repassou para os

estados e municiacutepios 30 do valor a ser gasto em todo ano de 2014 cerca de R$

3634 milhotildees No mecircs de dezembro de 2013 a fim de intensificar as accedilotildees de

combate agrave dengue no periacuteodo de maior incidecircncia foram fornecidos 100 mil kg de

larvicidas 227 mil litros de adulticida e 104 mil kits para diagnoacutestico

26

Segundo a Secretaria Municipal de Sauacutede (DIVINOacutePOLIS 2014) haacute em

atividade 94 agentes de sauacutede puacuteblicos efetivos e 14 contratados sendo a cidade eacute

dividida em setores De acordo com levantamento raacutepido do iacutendice de infestaccedilatildeo do

aedes aegypti realizado em marccedilo de 2014 obteve-se um percentual de infestaccedilatildeo

do mosquito de 37 nos domiciacutelios visitados em Divinoacutepolis que representam risco

meacutedio para epidemia Em outubro de 2014 o novo levantamento raacutepido do iacutendice de

infestaccedilatildeo apresentou um iacutendice de 09 preocupante visto que o valor muito estaacute

muito proacuteximo do tolerado pela Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede que eacute de 1 Aleacutem

disso as condiccedilotildees climaacuteticas nesse periacuteodo natildeo favorecem a proliferaccedilatildeo do

mosquito por isso pode-se considerar esse valor alto

Em face dos dados apresentados conforme afirmam Ferreira Veras e Silva

(2009) para o controle da dengue a participaccedilatildeo popular eacute indiscutivelmente

essencial visto que o vetor habita os domiciacutelios sendo assim todos tem condiccedilotildees

de colaborar fiscalizando suas moradias O PNCD destaca as accedilotildees educativas

como forma de preparar a comunidade para adoccedilatildeo de comportamentos que

protejam a sauacutede coletiva Ainda segundo os autores durante as epidemias haacute todo

um clamor da miacutedia e do poder puacuteblico no sentido de mobilizar a comunidade para o

controle da doenccedila poreacutem nos periacuteodos de menor incidecircncia esse apelo perde a

intensidade o tema acaba no esquecimento sendo apresentado somente no

proacuteximo periacuteodo de infestaccedilatildeo e transmissatildeo da doenccedila

Ferreira Veras e Silva (2009) em anaacutelise do iacutendice de participaccedilatildeo da

populaccedilatildeo de 16 municiacutepios paulistas detectaram que em mais da metade destes

municiacutepios a participaccedilatildeo era muito baixa em consequecircncia o nuacutemero de pessoas

que contraiacuteram a doenccedila era maior onde haacute menos participaccedilatildeo popular

A educaccedilatildeo permanente segundo Ribeiro Sousa e Arauacutejo (2007) visa

acelerar o processo de adesatildeo da populaccedilatildeo agraves medidas preventivas abordando as

questotildees que envolvem condiccedilotildees de sauacutede moradia saneamento baacutesico indo

aleacutem de accedilotildees pontuais e campanhistas que perdem forccedila nos periacuteodos de baixa

notificaccedilatildeo de casos Eacute preciso buscar parceiros na sociedade civil como nos meios

de comunicaccedilatildeo para divulgaccedilatildeo do enfrentamento da doenccedila o ano inteiro

27

44 Medidas Educativas

Giratildeo et al (2014) destacam que somente com a educaccedilatildeo em sauacutede eacute que

se pode despertar na comunidade uma autonomia para que a populaccedilatildeo se sinta

como uma parte do processo que passa pela prevenccedilatildeo cujo controle depende da

eliminaccedilatildeo dos focos do mosquito dentro dos domiciacutelios

Neste sentido Alves (2005) afirma que a educaccedilatildeo em sauacutede eacute uma

ferramenta capaz de produzir intermediada pelos profissionais de sauacutede uma

compreensatildeo nova do processo sauacutede doenccedila oferecendo agrave populaccedilatildeo subsiacutedios

para adoccedilatildeo de novos haacutebitos de vida com ecircnfase na promoccedilatildeo e prevenccedilatildeo de

situaccedilotildees que podem trazer prejuiacutezos agrave sua sauacutede

Segundo Figueiroacute et al (2011) a doenccedila atinge a cada ano um maior

contingente de pessoas Nesse sentido priorizando a reduccedilatildeo dos casos de dengue

e dengue grave o Ministeacuterio da Sauacutede implantou no paiacutes o Plano Nacional de

Controle da Dengue ndash PNCD O programa eacute gerido de forma tripartite ou seja com

a participaccedilatildeo das trecircs esferas de governos uniatildeo estados e municiacutepios

ldquocompreendendo accedilotildees operacionais de vigilacircncia integrada entomoloacutegica e sobre o

meio ambiente de assistecircncia aos pacientes de educaccedilatildeo em sauacutede comunicaccedilatildeo

e mobilizaccedilatildeo socialrdquo (FIGUEIROacute et al 2011 p 2374) O PNCD compreende ainda

o controle e avaliaccedilatildeo dos agentes comunitaacuterios de sauacutede - ACS entretanto

segundo dados epidemioloacutegicos haacute uma grande dificuldade na realizaccedilatildeo das accedilotildees

e no alcance dos resultados esperados devido agrave baixa participaccedilatildeo da populaccedilatildeo

Para Ferreira Veras e Silva (2009) de acordo com a OPAS uma das maiores

dificuldades das autoridades de sauacutede em articulaccedilatildeo das accedilotildees eacute a parceria com a

comunidade o PNCD tem como um dos eixos a participaccedilatildeo comunitaacuteria para

reduccedilatildeo dos criadouros domiciliares Segundo Ferreira Veras e Silva (2009) a

participaccedilatildeo popular no combate eacute fundamental e defendida pelos organismos

nacionais e internacionais Pode estar inserida a capacitaccedilatildeo da populaccedilatildeo na

promoccedilatildeo e prevenccedilatildeo com o objetivo da melhoria da comunidade tanto na sauacutede

individual quanto coletiva favorecendo a construccedilatildeo de um modelo de sauacutede

compartilhada No controle das epidemias especialmente da dengue cujo vetor vive

na maioria das vezes nas casas das pessoas o PNDC visa o desenvolvimento de

accedilotildees educativas que tem como objetivo a mudanccedila de comportamento das

pessoas na manutenccedilatildeo de um ambiente de vida saudaacutevel Contudo a criteriosa

28

tarefa de evitar epidemias vai muito aleacutem do setor de sauacutede consistem em um

conjunto de accedilotildees poliacuteticas teacutecnicas e sociais que inclui prioritariamente a

participaccedilatildeo popular aliada agrave vigilacircncia epidemioloacutegica

Segundo Gonccedilalves Neto et al (2006) as condiccedilotildees sanitaacuterias prejudicadas

ausecircncia de coleta seletiva de lixo ausecircncia de saneamento baacutesico e um

crescimento desordenado em aacutereas tropicais propiciou raacutepida adaptaccedilatildeo do vetor

nas residecircncias levando o aedes aegpyti aproveitar se dos criadouros

providenciados pelo proacuteprio homem para aumentar sua populaccedilatildeo Contudo salienta

o autor praticamente impossiacutevel desenvolver um trabalho de controle do vetor sem a

participaccedilatildeo da comunidade

Tais afirmaccedilotildees explicam a situaccedilatildeo da populaccedilatildeo adscrita da UBS Santos

Dumont onde ocorreu uma grande expansatildeo de domiciacutelios sem um planejamento

adequado deixando um grande nuacutemero de terrenos baldios uma ocupaccedilatildeo sem a

infraestrutura necessaacuteria falta da coleta seletiva de lixo saneamento baacutesico e

pavimentaccedilatildeo Soma-se a isso a deficiecircncia do Estado em garantir uma coleta de

lixo eficiente deixando margem para a proliferaccedilatildeo da doenccedila

Segundo Almeida et al (2008) a adaptaccedilatildeo do mosquito aedes aegypti cuja

sobrevivecircncia depende de aacutegua parada ocorre principalmente nas aacutereas urbanas

em domiciacutelios e peridomiciacutelios Contudo o vetor eacute muito sensiacutevel agraves condiccedilotildees

ambientais poreacutem seus ovos resistem a longos periacuteodos de dissecaccedilatildeo o que

garante a perpetuaccedilatildeo da espeacutecie Com haacutebito diurno preferencialmente tem uma

especial atraccedilatildeo pelo sangue humano seu deslocamento eacute em meacutedia durante um

voo em condiccedilotildees normais de ambiente sem a interferecircncia de vento de cinquenta

metros portanto sua caracteriacutestica de habitar os domiciacutelios e peridomiciacutelios

permanecendo proacuteximo ao local de ldquopastordquo e postura dos ovos

Segundo Almeida et al (2008) com a ausecircncia de uma vacina eficaz capaz

de evitar a doenccedila a principal profilaxia tem sido o controle vetorial por meio de

identificaccedilatildeo dos focos e aplicaccedilatildeo de inseticidas de accedilatildeo residual para eliminaccedilatildeo

das larvas ou seja o combate focal

Contudo afirmam Almeida et al (2008) o conhecimento do dinamismo do

periacuteodo de maior transmissibilidade e latecircncia tem permitido a organizaccedilatildeo de accedilotildees

mais ou menos acentuadas dependendo do momento da epidemia e das condiccedilotildees

climaacuteticas A presenccedila do vetor em variadas partes das cidades jaacute foi identificada por

meio de estudos o que comprova que a doenccedila natildeo atinge somente uma classe

29

social Quanto agrave diminuiccedilatildeo dos casos dentro de um contexto epidemioloacutegico trecircs

fatores tecircm um papel muito importante as condiccedilotildees climaacuteticas desfavoraacuteveis agrave

viabilidade do vetor esgotamento de hospedeiros susceptiacuteveis e o controle quiacutemico

do vetor

45 Controle

Segundo Mayo et al (2011) existem duas formas de atuaccedilatildeo no controle da

doenccedila o bloqueio e o controle de criadouros Estas medidas tecircm por objetivo a

reduccedilatildeo dos criadouros na aacuterea de atuaccedilatildeo dos agentes de sauacutede o controle por

bloqueio e nebulizaccedilatildeo ocorre agrave aplicaccedilatildeo de inseticida com aplicadores Ultra Baixo

Volume - UBV A atuaccedilatildeo nesse tipo de trabalho em relaccedilatildeo ao feito pelo municiacutepio

diz respeito agrave qualidade do serviccedilo realizado bem como a agilidade na realizaccedilatildeo da

tarefa e o grande alcance da aacuterea coberta e o tipo de equipamento empregado

Para realizaccedilatildeo das tarefas o meacutetodo segue o preconizado pelo PNCD divide

as cidades em aacutereas setores e quarteirotildees Segundo Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL

2001) o bloqueio consiste em parar a transmissatildeo da dengue em municiacutepios com

epidemia instalada e tem como objetivo ainda a identificaccedilatildeo do sorotipo de viacuterus

circulante a aplicaccedilatildeo do UBV sem prejuiacutezo do controle larvaacuterio Quanto agrave

delimitaccedilatildeo de um foco isolado nos casos onde natildeo haacute infestaccedilatildeo deveratildeo ser

tratados todos os imoacuteveis no raio de 300 metros do entorno do local

Na fase de ataque segundo Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2001) deveraacute ser

tratado 100 dos imoacuteveis aleacutem de pontos estrateacutegicos terrenos baldios das zonas

infestadas e todos os potenciais focos devem ser eliminados Na fase de

consolidaccedilatildeo o objetivo eacute a erradicaccedilatildeo do mosquito satildeo desenvolvidas vaacuterias

accedilotildees semelhantes agrave fase de ataque com exceccedilatildeo do tratamento de focos Na fase

de manutenccedilatildeo satildeo visitadas todas as aacutereas positivas e negativas mesmo onde o

vetor foi erradicado as medidas satildeo o uso de armadilhas de oviposiccedilatildeo e inspeccedilotildees

de pontos estrateacutegicos

46 Atuaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Baacutesica no Controle da Dengue

As atividades de controle devem ter uma sinergia com todos os setores

envolvidos no tocante a vigilacircncia epidemioloacutegica haacute necessidade de manter a

30

vistoria em imoacuteveis terrenos depoacutesitos oficinas entre outros locais Teixeira et al

(2010) verificaram que os domiciacutelios com terrenos baldios no entorno apresentaram

maior concentraccedilatildeo da doenccedila

Lima e Vilasboas (2011) salientam que a sauacutede eacute um direito e a maneira que

o Estado tem de garantir esse direito eacute por meio de poliacuteticas puacuteblicas de proteccedilatildeo

prevenccedilatildeo e recuperaccedilatildeo de agravos a simples ausecircncia de doenccedila natildeo pode ser

considerada um conceito de sauacutede visto que as condiccedilotildees sociais de saneamento

baacutesico meio ambiente educaccedilatildeo moradia e renda satildeo fatores determinantes no

processo de adoecimento de um povo A sauacutede deve ser pensada no contexto

ampliado com integraccedilatildeo formando uma rede interssetorial na perspectiva de troca

de ajuda muacutetua na troca de experiecircncias com uma construccedilatildeo muacutetua de saberes

facilitando a resoluccedilatildeo dos problemas enfrentados

Para Lima e Vilasboas (2011) a interssetorialidade pode ser um facilitador

para construccedilatildeo de um sistema de sauacutede efetivo contudo aliado a poliacuteticas puacuteblicas

que possam contribuir para ganho na melhoria da qualidade de vida das pessoas A

interssetorialidade extrapola os limites do poder estatal e envolve a sociedade nas

decisotildees poliacuteticas evita a subordinaccedilatildeo de um setor a outro e diminui as resistecircncias

de alguns membros

Segundo Lefegravevre et al (2007) a populaccedilatildeo tem informaccedilotildees sobre a doenccedila

e do ciclo de vida do transmissor poreacutem esse conhecimento ainda natildeo eacute capaz de

produzir nas pessoas atitudes e comportamento para impedir ou reduzir os

criadouros do mosquito A probabilidade eacute que esse conhecimento vindo de origem

externa fragmentado ou pouco organizado configure um conflito entre o saber

sanitaacuterio e o senso comum Ainda segundo o autor o programa educativo tem sido

aplicado haacute muitos anos mas ateacute hoje ainda natildeo obteve o resultado esperado

contudo haacute necessidade de aprofundar neste contexto para identificar onde estatildeo as

falhas para que possa realmente ter uma populaccedilatildeo engajada no controle do vetor

Para a populaccedilatildeo segundo Lefegravevre et al (2007) haacute uma relaccedilatildeo entre sujo

que seria a doenccedila e limpo que seria a sauacutede levando a ideacuteia equivocada que o lixo

eacute o uacutenico meio de procriaccedilatildeo do mosquito Neste sentido haacute uma sinalizaccedilatildeo para

que o poder puacuteblico perceba a necessidade de informar educar e comunicar

Informar no que diz respeito aos constantes dados epidemioloacutegicos sobre a doenccedila

no Paiacutes no Estado e na sua Comunidade no sentido de incentivar a participaccedilatildeo

popular no controle da doenccedila Educar esclarecendo a forma de transmissibilidade

31

da doenccedila estabelecendo um diaacutelogo de faacutecil entendimento na loacutegica sanitaacuteria sem

confrontar o senso comum buscando construir um relacionamento entre o teacutecnico e

o cidadatildeo e agrave adoccedilatildeo de alternativas na reduccedilatildeo das viacutetimas da dengue

Neste sentido a ESF tem papel fundamental no desenvolvimento de accedilotildees de

prevenccedilatildeo e controle da dengue considerando a relaccedilatildeo de confianccedila que a

populaccedilatildeo manteacutem com a equipe de sauacutede da famiacutelia possibilitando o contato com

o ambiente domeacutestico por meio dos ACSs promovendo um ambiente seguro e livre

do Aedes aegypti (BRASIL 2002) A ESF pode ainda promover accedilotildees educativas

com a populaccedilatildeo mobilizando-a para adotar accedilotildees preventivas realizando tambeacutem a

notificaccedilatildeo imediata dos casos suspeitos possibilitando as medidas tratamento

adequado agraves situaccedilotildees de dengue claacutessica e dengue grave reduzindo os casos

letais e possibilitando o bloqueio dos focos pela vigilacircncia epidemioloacutegica

32

5 PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO

O diagnoacutestico situacional foi realizado com base nas informaccedilotildees contidas em

dados oficiais do IBGE do Sistema Integrado de Sauacutede e embasado no relato dos

problemas levantados pela Equipe de Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia da UBS

Santos Dumont

Foi utilizado o Planejamento Estrateacutegico Situacional ndash PES como referecircncia

para a proposta de intervenccedilatildeo Este meacutetodo possibilita que os atores atraveacutes de

sua proacutepria visatildeo identifiquem as causas possiacuteveis dos problemas como nascem e

se desenvolvem A partir deste ponto de vista podem propor soluccedilotildees para atacar

suas causas e a viabilidade destas soluccedilotildees (CAMPOS FARIA SANTOS 2010)

Assim a partir do diagnoacutestico situacional os 10 passos segundo os autores

mencionados e suas atividades satildeo descritas a seguir

51 Primeiro Passo Definiccedilatildeo dos Problemas

Hipertensatildeo Arterial

Diabetes

Drogas

Gravidez na Adolescecircncia

Dengue

Transtorno Depressivo

Doenccedilas Sexualmente Transmissiacuteveis AIDS

Falta de Saneamento Baacutesico

52 Segundo Passo Priorizaccedilatildeo dos Problemas

Dengue

Falta de Saneamento Baacutesico

53 Terceiro Passo Descriccedilatildeo do Problema Selecionado

Segundo o Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2002) o nosso paiacutes eacute

predominantemente de clima tropical e este eacute um ambiente favoraacutevel agrave proliferaccedilatildeo

do mosquito aedes aegypti principal transmissor da dengue em nosso continente A

33

doenccedila eacute a uma arbovirose transmitida por um artroacutepode que pode apresentar-se

de forma benigna claacutessica ou grave na forma de febre hemorraacutegica

Durante o ano de 2014 segundo o Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2014) mais

meio milhatildeo de casos da doenccedila (591080) 528 soacute na regiatildeo Sudeste em Minas

Gerais foram 59222 com 45 oacutebitos confirmados em Divinoacutepolis segundo a

Secretaria Municipal de Sauacutede (2014) ocorreram 4680 notificaccedilotildees de casos da

doenccedila e confirmados 4139 casos de dengue com 06 oacutebitos sendo que os bairros

Nossa Senhora das Graccedilas Centro Satildeo Joseacute Interlagos Niteroacutei Porto Velho

Planalto Santos Dumont Belvedere e Bom Pastor foram responsaacuteveis por 3027

dos casos de dengue da cidade

Ferreira et al (2009) Lima e Vilasboas (2011) chamam a atenccedilatildeo para a falta

de saneamento baacutesico como um fator agravante que pode elevar a multiplicaccedilatildeo do

vetor da doenccedila Para Gonccedilalves Neto et al (2006) as condiccedilotildees sanitaacuterias

prejudicadas o crescimento desordenado levaram agrave raacutepida adaptaccedilatildeo do vetor agraves

residecircncias causando a disseminaccedilatildeo do viacuterus Tais situaccedilotildees satildeo rotineiras na

populaccedilatildeo adscrita da UBS Santos Dumont

54 Quarto passo Explicaccedilatildeo do Problema

A explicaccedilatildeo para o problema selecionado foi qualificado do ponto de vista

social coletivo e individual

Niacutevel Social Refere-se agrave ausecircncia de poliacuteticas puacuteblicas para melhoria de qualidade

de vida da populaccedilatildeo que convive com a ausecircncia de saneamento baacutesico esgoto a

ceacuteu aberto falta de coleta seletiva e lixo acumulado nas ruas e terrenos baldios

Niacutevel Coletivo Falta de consciecircncia da gravidade da doenccedila que pode acometer a

qualquer pessoa e todas as faixas etaacuterias falta de colaboraccedilatildeo entre os vizinhos que

sempre potildeem a culpa das maacutes condiccedilotildees uns nos outros mas ningueacutem assume a

responsabilidade pelo seu quintal

Niacutevel Individual Falta de compromisso pois segundo dados da SEMUSA

(DIVINOacutePOLIS 2014) 9415 dos focos de Dengue estatildeo dentro das residecircncias

esses focos foram identificados em vasilhas de aacutegua para cachorro galinha calhas

mal projetadas e caixas drsquoaacutegua sem tampa

55 Quinto Passo Seleccedilatildeo dos ldquoNoacutes Criacuteticosrdquo

34

Foram selecionados os seguintes ldquonoacutes criacuteticosrdquo que podem ter relaccedilatildeo direta com o

alto nuacutemero de casos de dengue

Lixo nas ruas falta de conscientizaccedilatildeo da populaccedilatildeo para evitar descarte

incorreto de lixo nas ruas e terrenos baldios

Responsabilizaccedilatildeo do outro falta agrave comunidade assumir que o problema da

dengue natildeo eacute do meu vizinho mas eacute de todos

Lotes sujos falta cobranccedila por parte do poder puacuteblico aos proprietaacuterios de

terrenos vazios que mantenham os lotes limpos e conservados

56 Sexto Passo Desenho de Operaccedilotildees para os ldquoNoacutes Criacuteticosrdquo do Problema

Como soluccedilatildeo dos ldquonoacutes criacuteticosrdquo foram apresentadas as seguintes propostas

contidas no Quadro 6 a seguir

Quadro 6 ndash Desenho das Operaccedilotildees para os Noacutes Criacuteticos Selecionados

ldquoNoacute

Criacuteticordquo

Operaccedilatildeo

Projeto

Resultados

Esperados

Produtos

Esperados

Recursos

Necessaacuterios

Lixo nas ruas Reeducaccedilatildeo conscientizaccedilatildeo ambiental

Ausecircncia de lixo nas ruas e lotes vazios

Bairro limpo sem dengue

Datashow e computador

Responsabiliza ccedilatildeo do outro

Conscientizaccedilatildeo

sobre sauacutede

coletiva

Que todos

unidos com

objetivo de

diminuir os

casos de

dengue

Reduccedilatildeo da

doenccedila

Datashow e computador Panfletos informativos

Lotes sujos Limpeza de

lotes e terrenos

Lotes limpos

e sem focos

da dengue

Diminuiccedilatildeo

do nuacutemero do

mosquito

transmissor

da dengue

Palestras sobre

conservaccedilatildeo

dos terrenos e

lotes vazios

Fiscalizaccedilatildeo da

prefeitura

57 Seacutetimo Passo Identificaccedilatildeo dos Recursos Criacuteticos

35

Para iniacutecio das operaccedilotildees foram apresentados os recursos necessaacuterios e

indispensaacuteveis para o sucesso do processo

Quadro 7 ndash Identificaccedilatildeo dos Recursos Criacuteticos

Operaccedilatildeo

Projeto

Recursos Criacuteticos

Controle dos recursos criacuteticos

Accedilatildeo estrateacutegica

Ator que controla

Motivaccedilatildeo

ldquoMutiratildeo da

limpezardquo

realizar um dia

por mecircs para

limpeza em

parceria com a

populaccedilatildeo

Poliacutetico Veiculo e pessoal para limpeza das ruas

Empresa Municipal de Obras Puacuteblicas

Evitar que lixo se acumule nas ruas

Criaccedilatildeo do dia da limpeza e apresentaccedilatildeo da administraccedilatildeo para apreciaccedilatildeo

ldquoFora Denguerdquo Intensificaccedilatildeo das accedilotildees educativas nas escolas e nos grupos e associaccedilatildeo de bairro

Poliacutetico Articulaccedilatildeo interssetorial Financeiro Disponibilizaccedilatildeo de material informativo

Secretaria Municipal de Sauacutede Secretaria Municipal de Educaccedilatildeo Associaccedilatildeo de bairros

Despertar na comunidade a consciecircncia de sauacutede coletiva

Despertar nos discentes e na comunidade o desejo de erradicar os focos da dengue

ldquoMapeamento

dos lotes sujosrdquo

Realizar o

mapeamento

dos terrenos

sujos

Poliacutetico Notificar os

proprietaacuterios para limpeza do

terreno Financeiro

Recurso para impressatildeo das

notificaccedilotildees

Secretaria Municipal de

Sauacutede

Evitar que as pessoas joguem lixo e entulho em lotes vagos

Conservaccedilatildeo e limpeza dos lotes vazios

58 Oitavo Passo Anaacutelise de Viabilidade do Plano

A proposta a seguir (Quadro 3) apresenta a motivaccedilatildeo para a viabilidade do plano

visto que alguns dos recursos necessaacuterios fogem agrave governabilidade da ESF

36

Quadro 8 ndash Viabilidade do Plano

Operaccedilatildeo

Projeto

Recursos Criacuteticos

Controle dos recursos criacuteticos

Accedilatildeo estrateacutegica

Ator que controla

Motivaccedilatildeo

ldquoMutiratildeo da

limpezardquo

realizar um dia

por mecircs para

limpeza em

parceria com a

populaccedilatildeo

Poliacutetico Veiculo e pessoal para limpeza das ruas

Empresa Municipal de Obras Puacuteblicas

Favoraacutevel Criaccedilatildeo do dia da limpeza e apresentaccedilatildeo agrave administraccedilatildeo para apreciaccedilatildeo

ldquoFora Denguerdquo Intensificaccedilatildeo das accedilotildees educativas nas escolas e nos grupos e associaccedilatildeo de bairro

Poliacutetico Articulaccedilatildeo interssetorial Financeiro Disponibilizaccedilatildeo de material informativo

Secretaria Municipal de Sauacutede Secretaria Municipal de Educaccedilatildeo Associaccedilatildeo de bairros

Favoraacutevel

Despertar nos escolares e na comunidade o desejo de erradicar os focos da dengue

ldquoMapeamento

dos lotes sujosrdquo

Realizar o

mapeamento

dos terrenos

sujos

Poliacutetico Notificar os

proprietaacuterios para limpeza do

terreno Financeiro

Recurso para impressatildeo das

notificaccedilotildees

Secretaria Municipal de

Sauacutede

Indiferente

Conservaccedilatildeo e limpeza dos lotes vazios

37

59 Nono Passo Elaboraccedilatildeo do Plano Operativo

A proposta a seguir no Quadro 9 identifica os atores envolvidos lhes atribuiacutedo

responsabilidades e prazos a cumprir

Quadro 9 ndash Plano Operativo

Operaccedilotildees Resultados Accedilotildees Estrateacutegicas

Responsaacutevel Prazo

ldquoMutiratildeo da limpezardquo realizar um dia por mecircs para limpeza em parceria com a populaccedilatildeo

Limpeza das ruas

e quintais

Coleta de lixo

das ruas Incentivo a limpeza de

lotes e quintais

Equipe de ACS

Durante todo ano

ldquoFora Denguerdquo Intensificaccedilatildeo das accedilotildees educativas nas escolas e nos grupos e associaccedilatildeo de bairro

Uma comunidade

consciente das suas

responsabilidades

Insistir e reforccedilar com

accedilotildees educativas para que

populaccedilatildeo mantenha as ruas limpas e coloque o lixo

para ser recolhido

Enfermeiro ESF

Durante todo o ano

ldquoMapeamento dos lotes

sujosrdquo Realizar o

mapeamento dos terrenos

sujos

Identificar os focos e eliminaacute-

los

Criaccedilatildeo de um mapa onde ocorreram focos do mosquito

ACS e

Enfermeiro

Trecircs meses

510 Deacutecimo Passo Gestatildeo do Plano

Com a gestatildeo do plano eacute possiacutevel aos responsaacuteveis acompanhar e monitorar as

accedilotildees avaliando e sempre que necessaacuterio readequando as eventuais falhas do

processo

38

Quadro 10ndash Gestatildeo do Plano

Produtos Responsaacutevel Prazo Situaccedilatildeo Atual

Justificativa Novo Prazo

ldquoMutiratildeo da

limpezardquo

realizar um

dia por mecircs

para limpeza

em parceria

com a

populaccedilatildeo

Enfermeiro da ESF

Inicio imediatamente

(logo apoacutes apresentaccedilatildeo

do projeto)

ldquoFora Denguerdquo Intensificaccedilatildeo das accedilotildees educativas nas escolas e nos grupos e associaccedilatildeo de bairro

Enfermeiro Provab

Durante todo ano

ldquoMapeamento

dos lotes

sujosrdquo

Realizar o

mapeamento

dos terrenos

sujos

ECS e Equipe

de Epidemiologia

Um mecircs para

inicio das atividades

Aleacutem dos 10 passos do Planejamento Estrateacutegico Situacional optei por incluir outros

02 passos que tecircm a finalidade de contribuir para o processo de avaliaccedilatildeo da

Proposta de Intervenccedilatildeo Estatildeo contidos nos itens 511 e 512 a seguir

511 Avaliaccedilatildeo dos Resultados

O instrumento para avaliaccedilatildeo seraacute o Sistema de Informaccedilotildees de Agravos de

Notificaccedilatildeo ndash SINAN

ldquoque tem por objetivo o registro e processamento dos dados sobre agravos

de notificaccedilatildeo em todo o territoacuterio nacional fornecendo informaccedilotildees para

anaacutelise do perfil da morbidade e contribuindo desta forma para a tomada

de decisotildees em niacutevel municipal estadual e federalrdquo (IBGE 2014)

39

Segundo Moraes e Duarte (2009) o SINAN tem sido principal fonte de dados

para coordenaccedilatildeo das accedilotildees de vigilacircncia epidemioloacutegica tanto no sentido de

controle da doenccedila quando como fonte de pesquisa

512 Resultados Eesperados

O resultado esperado eacute

Estabelecer a construccedilatildeo de conhecimento que favoreccedila o autocuidado e a

capacidade de emancipaccedilatildeo da comunidade criando um ambiente seguro com

ecircnfase na educaccedilatildeo e sauacutede com vistas agrave reduccedilatildeo dos casos de dengue na

populaccedilatildeo adscrita da UBS Santos Dumont

40

6 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

O Programa de Valorizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Baacutesica (PROVAB) abriu muitos

caminhos para um horizonte promissor no desenvolvimento da promoccedilatildeo da sauacutede

e da prevenccedilatildeo no campo de atuaccedilatildeo do Programa Sauacutede na Escola criando um

viacutenculo de amizade e confianccedila uma verdadeira parceria com os alunos essencial

na construccedilatildeo de uma sociedade consciente e capaz de cuidar da sua sauacutede de

maneira preventiva loacutegica essa defendida pelo Sistema Uacutenico de Sauacutede

Para noacutes enfermeiros eacute oportunidade de ampliar o horizonte de atuaccedilatildeo

ensinando e aprendendo com o comportamento das crianccedilas dos adolescentes e

jovens vendo de maneira impar o grande desafio da educaccedilatildeo em formar cidadatildeos

com mais sauacutede Como gratificaccedilatildeo recebemos o reconhecimento dos alunos

professores e diretores algo que fica marcado para sempre na formaccedilatildeo do

profissional os laccedilos de confianccedila amizade e reconhecimento satildeo a maior

recompensa e certeza de missatildeo cumprida

Como a Equipe de Sauacutede da Famiacutelia tem como principal objetivo trabalhar na

prevenccedilatildeo de doenccedilas e agravos criando viacutenculos com a clientela a missatildeo de

promover a emancipaccedilatildeo de seus usuaacuterios com ecircnfase no autocuidado exige de

noacutes muita articulaccedilatildeo e intensificaccedilatildeo de accedilotildees educativas Especificamente no caso

da dengue o cumprimento desta missatildeo pode evitar que as constantes epidemias

se tornem parte do cotidiano das pessoas auxiliando os moradores da comunidade

na adoccedilatildeo de medidas responsaacuteveis que visem o cuidado com a sua sauacutede e da

sauacutede da comunidade

Neste sentido a educaccedilatildeo em sauacutede desempenha um papel importante em

manter a comunidade sempre vigilante e em alerta pois o perigo eacute eminente e vive

dentro dos lares das pessoas esperando apenas o momento oportuno e condiccedilotildees

favoraacuteveis para transmitir a dengue

O trabalho dos agentes de controle de endemias e da ESF deve ser

constante focado na eliminaccedilatildeo dos criadouros do mosquito transmissor da dengue

A comunidade deve colaborar com livre acesso dos agentes agraves residecircncias na

colaboraccedilatildeo para eliminaccedilatildeo dos focos nos domiciacutelios e peridomiciacutelios e

multiplicaccedilatildeo das informaccedilotildees sobre o ciclo de vida do vetor entre os vizinhos

amigos e parentes informando que todos estatildeo expostos agrave doenccedila e a mudanccedila de

comportamento pode diminuir os riscos de contrair a dengue

41

Ao poder puacuteblico eacute necessaacuterio adotar um planejamento adequado para

garantir aos cidadatildeos a infraestrutura miacutenima necessaacuteria para viver em comunidade

serviccedilos essenciais como saneamento coleta de lixo e mobilidade que favorecem a

criaccedilatildeo de um ambiente seguro com sauacutede e qualidade de vida

42

REFEREcircNCIAS

ALMEIDA M CM et al Dinacircmica intra-urbana das epidemias de dengue em Belo Horizonte Minas Gerais Brasil 1996-2002 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2008 vol24 n10 pp 2385-2395 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv24n1019pdf Acesso em 02 de out de 2014 ALVES V S A Um modelo de educaccedilatildeo em sauacutede para o Programa Sauacutede da Famiacutelia pela integralidade da atenccedilatildeo e reorientaccedilatildeo do modelo assistencial Interface - Comunic Sauacutede Educ v9 n16 p39-52 set2004fev2005 Disponiacutevel em httpswwwnesconmedicinaufmgbrbibliotecaimagem0303pdf Acesso de jun de 2014 BACKES DS et al (2012) O papel profissional do enfermeiro no Sistema Uacutenico de Sauacutede da sauacutede comunitaacuteria agrave estrateacutegia de sauacutede da famiacutelia Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva

17(1)223-230 2012 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcscv17n1a24v17n1pdf Acesso em 12 de jan 2015 BRASIL Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sauacutede Consulta Estabelecimento - Modulo Profissional - Profissional por Estabelecimento Disponiacutevel em httpcnesdatasusgovbrMod_ProfissionalaspVCo_Unidade=3122302159651 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Cadernos de Informaccedilotildees de Sauacutede Minas Gerais DATASUS TABNET (2010) Disponiacutevel em httptabnetdatasusgovbrtabdatacadernosmghtm Acesso em16 de maio de 2014 BRASIL Dengue - instruccedilotildees para pessoal de combate ao vetor Manual de Normas teacutecnicas - 3 ed rev - Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede 2001 84 p il 30 cm Disponiacutevel em httpbvsmssaudegovbrbvspublicacoesfunasaman_denguepdf acesso em 15 de out de 2014 BRASIL Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz Vetor da dengue na Aacutesia A albopictus eacute alvo de estudos Publicada em 18122008 agraves 1249 Disponiacutevel em httpwwwfiocruzbrioccgicgiluaexesysstarthtminfoid=576ampsid=32amptpl=printerview Acesso em 12 de jan de 2015 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Censo demograacutefico 2010 sinopse Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=1ampsearch=minas-gerais|divinopolis|censo-demografico-2010-sinopse- Acesso em 15 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Divinoacutepolis morbidades hospitalares ndash 2012 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=114ampsearch=minas-gerais|divinopolis|morbidades-hospitalares-2012 Acesso em 12 de maio de 2014

43

BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estaacutetica Divisatildeo Territorial do Brasil e Limites Territoriais Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE) (1 de julho de 2008) Disponiacutevel em httpwwwibgegovbrhomegeocienciascartografiadefault_dtb_intshtm Acesso em16 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Ensino - matriacuteculas docentes e rede escolar ndash 2012 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=117ampsearch=minas-gerais|divinopolis|ensino-matriculas-docentes-e-rede-escolar-2012 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estaacutetica Histoacuterico do Municiacutepio disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrpainelhistoricophplang=ampcodmun=312230ampsearch=minas-gerais|divinopolis|infograficos-historico Acesso 10 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Informaccedilotildees completas Populaccedilatildeo em 2010 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrasperfilphplang=ampcodmun=312230 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Serviccedilos de sauacutede ndash 2009 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=5ampsearch=minas-gerais|divinopolis|servicos-de-saude-2009 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Sistema de informaccedilotildees de agravos de notificaccedilatildeo ndash SINAN Disponiacutevel em httpcesibgegovbrbase-de-dadosmetadadosministerio-da-saudesistema-de-informacoes-de-agravos-de-notificacao-sinan Acesso em 16 de Nov de 2014 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede Dengue aspectos epidemioloacutegicos diagnoacutestico e tratamento Ministeacuterio da Sauacutede Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede ndash Brasiacutelia Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede 2002 Disponiacutevel em httpbvsmssaudegovbrbvspublicacoesdengue_aspecto_epidemiologicos_diagnostico_tratamentopdf Acesso em 02 de out de 2014 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede FUNSA Programa Nacional de Combate a Dengue PNCD Disponiacutevel em httpbvsmssaudegovbrbvspublicacoespncd_2002pdf Acesso em 21 de jun de 2014 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portal Brasil Disponiacutevel em httpwwwbrasilgovbrsaude201311saude-libera-mais-de-r-360-mi-para-combate-a-dengue Acesso em 10 de Nov de 2014

44

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede Departamento de Vigilacircncia Epidemioloacutegica Diretrizes nacionais para prevenccedilatildeo e controle de epidemias de dengue Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede Departamento de Vigilacircncia Epidemioloacutegica ndash Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2009 160 p Disponiacutevel em httpwwwansgovbrportalimgemaildiretrizes_reimpressao_webpdf Acesso em 16 de Nov de 2014

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede (2014) Monitoramento dos casos de dengue e febre de chikungunya ateacute a Semana Epidemioloacutegica (SE) 53 de 2014 Dengue Boletim Epidemioloacutegico ISSN 2358-9450 Volume 46 Ndeg 3 ndash 2015 Disponiacutevel em httpportalsaudesaudegovbrimagespdf2015janeiro192015-002---BE-at---SE-53pdf Acesso em 22 mar de 2015 BRASILSINANONLINE e DVASVEASTSub VPSSES-MG (20122013) Disponiacutevel em httpwwwsaudemggovbrcomponentgmgstory6489-informe-epidemiologico-da-dengue-30-05-2014 Acesso em 08 de jun de 2014 CAMPOS FCC FARIA H P SANTOS MA Planejamento e avaliaccedilatildeo das accedilotildees em sauacutede Curso de Especializaccedilatildeo em Atenccedilatildeo Baacutesica em Sauacutede da Famiacutelia NESCONUFMG Curso de Especializaccedilatildeo em Atenccedilatildeo Baacutesica agrave Sauacutede da Famiacutelia 2ed Belo Horizonte NesconUFMG 2010 Disponiacutevel em lthttpswwwnesconmedicinaufmgbrbibliotecaregistroPlanejamento_e_avaliacao_das_acoes_de_saude_23gt Acesso em Dezembro 2014 DIVINOacutePOLIS Estatuto dos Conselhos Distritais de Sauacutede Conselho Municipal de Sauacutede 1998 DIVINOacutePOLIS Mapa da cidade Disponiacutevel em httpwwwdivinopolismggovbrportalpaginasgeograficosimagensmapadacidadepdf Acesso em 08 de jun de 2014 DIVINOPOLIS Secretaria Municipal de Sauacutede SEMUSA Sistema Integrado de Sauacutede Paciente Famiacutelia Acesso Local Acesso em 15 de maio de 2014 FERREIRA B J et al Evoluccedilatildeo histoacuterica dos programas de prevenccedilatildeo e controle da dengue no Brasil Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2009 vol14 n3 pp 961-972 ISSN 1413-8123 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcscv14n332pdf Acesso em 21 de jun de 2014 FERREIRA IT RN VERAS M A S M and SILVA RA Participaccedilatildeo da populaccedilatildeo no controle da dengue uma anaacutelise da sensibilidade dos planos de sauacutede de municiacutepios do Estado de Satildeo Paulo BrasilCad Sauacutede Puacuteblica [online] 2009 vol25 n12 pp 2683-2694 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielosporgpdfcspv25n1215pdf Acesso em 10 de out de 2014 FIGUEIREDO LT M OWA M A CARLUCCI R H and OLIVEIRA L de Estudo sobre o diagnoacutestico laboratorial e sintomas do dengue durante epidemia ocorrida na regiatildeo de Ribeiratildeo Preto SP Brasil Rev Inst Med trop S Paulo [online] 1992

45

vol34 n2 pp 121-130 ISSN 0036-4665 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfrimtspv34n2a07v34n2pdf Acesso em 13 ago de 2014 FIGUEIROacute AC et al Oacutebito por dengue como evento sentinela para avaliaccedilatildeo da qualidade da assistecircncia estudo de caso em dois municiacutepios da Regiatildeo Nordeste Brasil 2008 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2011 vol27 n12 pp 2373-2385 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv27n1209pdf Acesso em 12 de out de 2014 GIRAtildeO RV et al Educaccedilatildeo em sauacutede sobre a dengue contribuiccedilotildees para o desenvolvimento de competecircncias J res fundam care online 2014 janmar 6(1) 38-46 Disponiacutevel em httpwwwseeruniriobrindexphpcuidadofundamentalarticleview2659pdf_1043 Acesso em 21 de jun de 2014 GONCcedilALVES NETO V S et al Conhecimentos e atitudes da populaccedilatildeo sobre dengue no Municiacutepio de Satildeo Luiacutes Maranhatildeo Brasil 2004 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2006 vol22 n10 pp 2191-2200 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv22n1018pdf Acesso em 10 de out de 2014 LEFEVRE A MC et al Representaccedilotildees sobre dengue seu vetor e accedilotildees de controle por moradores do municiacutepio de Satildeo Sebastiatildeo litoral Norte do Estado de Satildeo Paulo Brasil Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2007 vol23 n7 pp 1696-1706 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv23n722pdf Acesso em 16 de out de 2014 LIMA E C VILASBOAS ALQ Implantaccedilatildeo das Accedilotildees Interssetoriais de Mobilizaccedilatildeo Social do Paraacute o Controle da dengue na Bahia Brasil Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2011 vol27 n8 pp 1507-1519 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv27n806pdf Acesso em 16 de out de 2014 MACHADO RM et al (2013) HISTORIA DA SAUacuteDE MENTAL DE DIVINOacutePOLIS-MG Revista de Enfermagem do Centro Oeste Mineiro 2013 maiago 3 (2) 752-760 httpwwwseerufsjedubrindexphprecomarticleview228439 Acesso em 08 de abr de 2015 MAYO R C et al BEPA - Boletim Epidemioloacutegico Paulista 8(88) 4-12 abr 2011 tab Graf Disponiacutevel em fileCUsersnoteDownloadsv8n88a0120(1)pdf Acesso em 12 de out de 2014 MINAS GERAIS Secretaria Estadual de Sauacutede Programa Estadual de Controle Permanente da Dengue SITUACcedilAtildeO ATUAL DA DENGUE EM MINAS GERAIS RESUMO INFORMATIVO - 15122014 Disponiacutevel em httpwwwsaudemggovbrimagesdocumentosAnaliseDengue15-12-2014pdf Acesso em 10 de jan de 2015 MINAS GERAIS Secretaria de Estado da Sauacutede de Minas Gerais Programa Sauacutede em Casa Disponiacutevel em httpwwwsaudemggovbrpoliacuteticas_de_saudeprograma-saude-em-casa Acesso em 10 de maio de 2014

46

MORAES GH and DUARTE E C Anaacutelise da concordacircncia dos dados de mortalidade por dengue em dois sistemas nacionais de informaccedilatildeo em sauacutede Brasil 2000-2005 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2009 vol25 n11 pp 2354-2364 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielosporgpdfcspv25n1106pdf Acesso em 29 de Nov de 2014 PENNA M L F Um desafio para a sauacutede puacuteblica brasileira o controle do dengue Cad Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro 19(1) 305-309 jan-fev 2003 Disponiacutevel em httpwwwscielosporgpdfcspv19n114932pdf Acesso em 21 de jun de 2014

PREFEITURA MUNICIPAL DE DIVINOacutePOLIS BALANCcedilO DA DENGUE Disponiacutevel em httpwwwdivinopolismggovbrportalnoticiaphpid=11507 Acesso em 19 jan de 2015

RIBEIRO P C SOUSA DC ARAUJO TME Perfil cliacutenico-epidemioloacutegico dos casos suspeitos de Dengue em um bairro da zona sul de Teresina PI Brasil Rev bras enferm [online] 2008 vol61 n2 pp 227-232 ISSN 0034-7167 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfrebenv61n2a13v61n2pdf Acesso em 28 de jul de 2014 VALENTE G SC et al Problematizaccedilatildeo Como Estrateacutegia de Educaccedilatildeo em Sauacutede no Combate a Dengue Um Relato de Experiecircncia R Pesq cuid Fundam Online 2012 outdez 4(4)2987-94 Disponiacutevel em httpwwwseeruniriobrindexphpcuidadofundamentalarticleview1888pdf_641 Acesso em 08 jun de 2014 TEIXEIRA LAS et al Persistecircncia dos sintomas de dengue em uma populaccedilatildeo de Uberaba Minas Gerais Brasil Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2010 vol26 n3 pp 624-630 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv26n319pdf Acesso em 16 de out de 2014

Page 22: PLANO DE AÇÃO NO COMBATE A DENGUE: EDUCAR PARA EVITAR · 2019-11-14 · The Divinopolis follows the same trend, with 4680 notifications and 4139 confirmed ... banhado pelas bacias

22

3 OBJETIVOS

31 Objetivo Geral

Elaborar um plano de accedilatildeo com ecircnfase em educaccedilatildeo e sauacutede com vistas agrave

reduccedilatildeo do nuacutemero de casos de dengue no municiacutepio de Divinoacutepolis e

especificamente na aacuterea de abrangecircncia da Unidade de Sauacutede Santos

Dumont

32 Objetivos Especiacuteficos

Organizar um grupo comunitaacuterio de controle e combate ao mosquito

Aedes Aegypti

Despertar na comunidade adscrita da Unidade de Sauacutede Santos Dumont uma

visatildeo criacutetica sobre os novos processos de sauacutede e doenccedila com a priorizaccedilatildeo

de accedilotildees educativas

Descrever os passos de uma proposta de intervenccedilatildeo e acompanhamento de

resultados com ecircnfase em educaccedilatildeo e sauacutede com vista na reduccedilatildeo dos focos

do vetor transmissor da dengue

23

4 BASES CONCEITUAIS

41 Aspectos Gerais da Doenccedila

A dengue eacute atualmente a mais importante arbovirose que acomete o ser

humano no continente americano distribuiacuteda segundo Ferreira et al (2009) desde o

Uruguai ateacute a costa sul dos Estados Unidos abrangendo principalmente Venezuela

Cuba Brasil e Paraguai contaminando cerca de mais de 3 bilhotildees de pessoas em

todo mundo

Segundo Penna (2003) embora o vetor Aedes Aegypti natildeo seja natural das

Ameacutericas encontrou aqui um ambiente favoraacutevel agrave sua multiplicaccedilatildeo Introduzido no

Brasil possivelmente pela Aacutefrica em meados do seacuteculo XIX invadiu o paiacutes e se

expandiu para todo o territoacuterio nacional

Segundo Penna (2003) o vetor chegou a ser erradicado de 1967 a 1973 pelo

meacutetodo de aplicaccedilatildeo de inseticida de accedilatildeo residual que prevalecia por ateacute seis

meses a aplicaccedilatildeo se deu em depoacutesitos que continham ou natildeo aacutegua parada e

tambeacutem ateacute um metro dos potenciais focos do mosquito Atualmente com os

grandes aglomerados urbanos e com a infestaccedilatildeo em todo continente americano a

erradicaccedilatildeo do mosquito natildeo eacute mais viaacutevel por isso o Ministeacuterio da Sauacutede em

parceria com Organizaccedilatildeo Pan-americana da Sauacutede (OPAS) aderiu o ldquoPlano de

Intensificaccedilatildeo das Accedilotildees de Controle da Denguerdquo (PIACD) que trabalha com a

universalidade regional sincronicidade e continuidade das accedilotildees e natildeo na

erradicaccedilatildeo (FERREIRA et al 2009 p 963)

Valente et al (2012) Giratildeo et al (2014) salientam que eacute de fundamental

importacircncia entender que as atuais estrateacutegias de controle vetorial onde haacute

responsabilizaccedilatildeo dos cidadatildeos e eliminaccedilatildeo focal parecem natildeo ter mais efeito

efetivo no combate ao mosquito Aedes Aegypti Diante das seguidas epidemias haacute

necessidade de uma abordagem mais ampla do problema com a participaccedilatildeo efetiva

de toda populaccedilatildeo e de todos os setores da sociedade ldquoenfocando a determinaccedilatildeo

social do processo sauacutede-doenccedila e a transdisciplinalidade das accedilotildeesrdquo (VALENTE et

al 2012 p 2988)

No Brasil segundo Ferreira et al (2009) as condiccedilotildees socioambientais a

falta de saneamento a ausecircncia da coleta seletiva de lixo a maacute distribuiccedilatildeo de

24

renda e a baixa escolaridade criaram um ambiente muito favoraacutevel agrave multiplicaccedilatildeo

do vetor Aedes Aegypti

42 Etiologia

Segundo Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2002) a Dengue eacute uma doenccedila febril

que em sua forma claacutessica apresenta como sinais cliacutenicos dores musculares e nas

articulaccedilotildees cefaleia e dor retro-orbitaacuteria vocircmitos e diarreia Para Almeida et al

(2008) a dengue eacute uma doenccedila de curso que varia de forma benigna a grave pode

apresentar a forma claacutessica a forma hemorraacutegica e o choque sendo que esta uacuteltima

pode levar ao oacutebito

No Brasil segundo a Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz (BRASIL 2008) satildeo

encontrados dois vetores da doenccedila o Aedes aegypti e Aedes albopictus A

transmissatildeo ocorre quando uma fecircmea do inseto pica uma pessoa portadora do

viacuterus e esta passa por periacuteodo de incubaccedilatildeo e logo apoacutes 10 a 14 dias a fecircmea estaacute

apta a transmitir o viacuterus por toda vida em meacutedia vive em torno de 35 a 40 dias

43 Aspectos Epidemioloacutegicos

Segundo Gonccedilalves Neto et al (2006) a dengue eacute considerada como a mais

importante arbovirose transmitida por insetos das uacuteltimas deacutecadas atinge a cada

ano um maior contingente de pessoas com o vetor aparecendo em mais de 100

paiacuteses de clima tropical e subtropical

Em face dessa realidade Ferreira Veras e Silva (2009) salientam que as

sucessivas epidemias de dengue no mundo especialmente no Brasil tecircm

mobilizado e preocupado autoridades e a populaccedilatildeo em geral No estado de Satildeo

Paulo houve um grande aumento dos quadros de dengue hemorraacutegica Cerca de

80 dos municiacutepios paulistas estatildeo totalmente infestados pelo mosquito aedes

aegypti Os motivos pelo quais a sua populaccedilatildeo aumenta significativamente

pontuam os autores satildeo a dificuldade em utilizaccedilatildeo de inseticidas a contrataccedilatildeo de

matildeo de obra qualificada a precaacuteria coleta de lixo especialmente nas grandes

cidades e nas suas regiotildees perifeacutericas aleacutem de fatores como o clima criando o

ambiente cada vez mais favoraacutevel agrave reproduccedilatildeo do mosquito

25

Segundo Mayo et al (2011) em estudo semelhante salienta que a

populaccedilatildeo brasileira vem sofrendo com seguidas epidemias de dengue haacute mais de

duas deacutecadas os autores seguem chamando a atenccedilatildeo para o progressivo aumento

de nuacutemero de casos com complicaccedilotildees seguindo a mesma loacutegica um nuacutemero

maior de municiacutepios vem sofrendo com o aparecimento e o aumento de casos de

dengue hemorraacutegica e o aumento dos oacutebitos por complicaccedilotildees da dengue

Havendo a predominacircncia de tais caracteriacutesticas a dengue tem levado ao alto

nuacutemero de oacutebitos Segundo Figueiroacute et al (2011) isso estaacute associado ainda agrave

imensa massa da populaccedilatildeo exposta Contudo salientam os autores que a doenccedila

tem se tornado um dos problemas de sauacutede reemergentes mais importantes da

histoacuteria Estima-se que 25 bilhotildees de pessoas estatildeo em risco de contrair a doenccedila

ainda que por ano satildeo 50 milhotildees de novos casos Destes cerca 550 mil necessitam

de hospitalizaccedilatildeo e pelo menos 20 mil evoluem para oacutebito Dados epidemioloacutegicos

do Ministeacuterio da Sauacutede tem apontado segundo Figueiro et al (2011) um crescente

aumento dos casos de Febre Hemorraacutegica por Dengue (FHD) e em uma deacutecada a

taxa de letalidade atingiu 68 destacando-se a regiatildeo nordeste com maior iacutendice

de casos entre 1981 a 2007

Contudo salientam Giratildeo et al (2014) que devido agrave adaptaccedilatildeo muito

acentuada do vetor nos peridomiciacutelios e domiciacutelios corroborando estudos da

Secretaria Municipal de Sauacutede de Divinoacutepolis (2014) apontaram que 9415 dos

focos de dengue estatildeo dentro das residecircncias sendo assim a participaccedilatildeo do

cidadatildeo no controle eacute de suma importacircncia no controle da doenccedila

Segundo dados do Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2014) em Minas Gerais a

taxa de incidecircncia da doenccedila foi de foi 2856 casos para cada 100000 habitantes

os 45 oacutebitos indicam um aumento de 3333 casos fatais em relaccedilatildeo a 2013 que

teve um nuacutemero de casos maior Quanto ao tipo de viacuterus circulante verificou-se a

incidecircncia de DENV1 (882) seguido de DENV4 (115) DENV3 (03) e DENV2

(00)

Para implantar as accedilotildees de vigilacircncia em sauacutede o Ministeacuterio da Sauacutede

(BRASIL 2014) por meio da Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede repassou para os

estados e municiacutepios 30 do valor a ser gasto em todo ano de 2014 cerca de R$

3634 milhotildees No mecircs de dezembro de 2013 a fim de intensificar as accedilotildees de

combate agrave dengue no periacuteodo de maior incidecircncia foram fornecidos 100 mil kg de

larvicidas 227 mil litros de adulticida e 104 mil kits para diagnoacutestico

26

Segundo a Secretaria Municipal de Sauacutede (DIVINOacutePOLIS 2014) haacute em

atividade 94 agentes de sauacutede puacuteblicos efetivos e 14 contratados sendo a cidade eacute

dividida em setores De acordo com levantamento raacutepido do iacutendice de infestaccedilatildeo do

aedes aegypti realizado em marccedilo de 2014 obteve-se um percentual de infestaccedilatildeo

do mosquito de 37 nos domiciacutelios visitados em Divinoacutepolis que representam risco

meacutedio para epidemia Em outubro de 2014 o novo levantamento raacutepido do iacutendice de

infestaccedilatildeo apresentou um iacutendice de 09 preocupante visto que o valor muito estaacute

muito proacuteximo do tolerado pela Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede que eacute de 1 Aleacutem

disso as condiccedilotildees climaacuteticas nesse periacuteodo natildeo favorecem a proliferaccedilatildeo do

mosquito por isso pode-se considerar esse valor alto

Em face dos dados apresentados conforme afirmam Ferreira Veras e Silva

(2009) para o controle da dengue a participaccedilatildeo popular eacute indiscutivelmente

essencial visto que o vetor habita os domiciacutelios sendo assim todos tem condiccedilotildees

de colaborar fiscalizando suas moradias O PNCD destaca as accedilotildees educativas

como forma de preparar a comunidade para adoccedilatildeo de comportamentos que

protejam a sauacutede coletiva Ainda segundo os autores durante as epidemias haacute todo

um clamor da miacutedia e do poder puacuteblico no sentido de mobilizar a comunidade para o

controle da doenccedila poreacutem nos periacuteodos de menor incidecircncia esse apelo perde a

intensidade o tema acaba no esquecimento sendo apresentado somente no

proacuteximo periacuteodo de infestaccedilatildeo e transmissatildeo da doenccedila

Ferreira Veras e Silva (2009) em anaacutelise do iacutendice de participaccedilatildeo da

populaccedilatildeo de 16 municiacutepios paulistas detectaram que em mais da metade destes

municiacutepios a participaccedilatildeo era muito baixa em consequecircncia o nuacutemero de pessoas

que contraiacuteram a doenccedila era maior onde haacute menos participaccedilatildeo popular

A educaccedilatildeo permanente segundo Ribeiro Sousa e Arauacutejo (2007) visa

acelerar o processo de adesatildeo da populaccedilatildeo agraves medidas preventivas abordando as

questotildees que envolvem condiccedilotildees de sauacutede moradia saneamento baacutesico indo

aleacutem de accedilotildees pontuais e campanhistas que perdem forccedila nos periacuteodos de baixa

notificaccedilatildeo de casos Eacute preciso buscar parceiros na sociedade civil como nos meios

de comunicaccedilatildeo para divulgaccedilatildeo do enfrentamento da doenccedila o ano inteiro

27

44 Medidas Educativas

Giratildeo et al (2014) destacam que somente com a educaccedilatildeo em sauacutede eacute que

se pode despertar na comunidade uma autonomia para que a populaccedilatildeo se sinta

como uma parte do processo que passa pela prevenccedilatildeo cujo controle depende da

eliminaccedilatildeo dos focos do mosquito dentro dos domiciacutelios

Neste sentido Alves (2005) afirma que a educaccedilatildeo em sauacutede eacute uma

ferramenta capaz de produzir intermediada pelos profissionais de sauacutede uma

compreensatildeo nova do processo sauacutede doenccedila oferecendo agrave populaccedilatildeo subsiacutedios

para adoccedilatildeo de novos haacutebitos de vida com ecircnfase na promoccedilatildeo e prevenccedilatildeo de

situaccedilotildees que podem trazer prejuiacutezos agrave sua sauacutede

Segundo Figueiroacute et al (2011) a doenccedila atinge a cada ano um maior

contingente de pessoas Nesse sentido priorizando a reduccedilatildeo dos casos de dengue

e dengue grave o Ministeacuterio da Sauacutede implantou no paiacutes o Plano Nacional de

Controle da Dengue ndash PNCD O programa eacute gerido de forma tripartite ou seja com

a participaccedilatildeo das trecircs esferas de governos uniatildeo estados e municiacutepios

ldquocompreendendo accedilotildees operacionais de vigilacircncia integrada entomoloacutegica e sobre o

meio ambiente de assistecircncia aos pacientes de educaccedilatildeo em sauacutede comunicaccedilatildeo

e mobilizaccedilatildeo socialrdquo (FIGUEIROacute et al 2011 p 2374) O PNCD compreende ainda

o controle e avaliaccedilatildeo dos agentes comunitaacuterios de sauacutede - ACS entretanto

segundo dados epidemioloacutegicos haacute uma grande dificuldade na realizaccedilatildeo das accedilotildees

e no alcance dos resultados esperados devido agrave baixa participaccedilatildeo da populaccedilatildeo

Para Ferreira Veras e Silva (2009) de acordo com a OPAS uma das maiores

dificuldades das autoridades de sauacutede em articulaccedilatildeo das accedilotildees eacute a parceria com a

comunidade o PNCD tem como um dos eixos a participaccedilatildeo comunitaacuteria para

reduccedilatildeo dos criadouros domiciliares Segundo Ferreira Veras e Silva (2009) a

participaccedilatildeo popular no combate eacute fundamental e defendida pelos organismos

nacionais e internacionais Pode estar inserida a capacitaccedilatildeo da populaccedilatildeo na

promoccedilatildeo e prevenccedilatildeo com o objetivo da melhoria da comunidade tanto na sauacutede

individual quanto coletiva favorecendo a construccedilatildeo de um modelo de sauacutede

compartilhada No controle das epidemias especialmente da dengue cujo vetor vive

na maioria das vezes nas casas das pessoas o PNDC visa o desenvolvimento de

accedilotildees educativas que tem como objetivo a mudanccedila de comportamento das

pessoas na manutenccedilatildeo de um ambiente de vida saudaacutevel Contudo a criteriosa

28

tarefa de evitar epidemias vai muito aleacutem do setor de sauacutede consistem em um

conjunto de accedilotildees poliacuteticas teacutecnicas e sociais que inclui prioritariamente a

participaccedilatildeo popular aliada agrave vigilacircncia epidemioloacutegica

Segundo Gonccedilalves Neto et al (2006) as condiccedilotildees sanitaacuterias prejudicadas

ausecircncia de coleta seletiva de lixo ausecircncia de saneamento baacutesico e um

crescimento desordenado em aacutereas tropicais propiciou raacutepida adaptaccedilatildeo do vetor

nas residecircncias levando o aedes aegpyti aproveitar se dos criadouros

providenciados pelo proacuteprio homem para aumentar sua populaccedilatildeo Contudo salienta

o autor praticamente impossiacutevel desenvolver um trabalho de controle do vetor sem a

participaccedilatildeo da comunidade

Tais afirmaccedilotildees explicam a situaccedilatildeo da populaccedilatildeo adscrita da UBS Santos

Dumont onde ocorreu uma grande expansatildeo de domiciacutelios sem um planejamento

adequado deixando um grande nuacutemero de terrenos baldios uma ocupaccedilatildeo sem a

infraestrutura necessaacuteria falta da coleta seletiva de lixo saneamento baacutesico e

pavimentaccedilatildeo Soma-se a isso a deficiecircncia do Estado em garantir uma coleta de

lixo eficiente deixando margem para a proliferaccedilatildeo da doenccedila

Segundo Almeida et al (2008) a adaptaccedilatildeo do mosquito aedes aegypti cuja

sobrevivecircncia depende de aacutegua parada ocorre principalmente nas aacutereas urbanas

em domiciacutelios e peridomiciacutelios Contudo o vetor eacute muito sensiacutevel agraves condiccedilotildees

ambientais poreacutem seus ovos resistem a longos periacuteodos de dissecaccedilatildeo o que

garante a perpetuaccedilatildeo da espeacutecie Com haacutebito diurno preferencialmente tem uma

especial atraccedilatildeo pelo sangue humano seu deslocamento eacute em meacutedia durante um

voo em condiccedilotildees normais de ambiente sem a interferecircncia de vento de cinquenta

metros portanto sua caracteriacutestica de habitar os domiciacutelios e peridomiciacutelios

permanecendo proacuteximo ao local de ldquopastordquo e postura dos ovos

Segundo Almeida et al (2008) com a ausecircncia de uma vacina eficaz capaz

de evitar a doenccedila a principal profilaxia tem sido o controle vetorial por meio de

identificaccedilatildeo dos focos e aplicaccedilatildeo de inseticidas de accedilatildeo residual para eliminaccedilatildeo

das larvas ou seja o combate focal

Contudo afirmam Almeida et al (2008) o conhecimento do dinamismo do

periacuteodo de maior transmissibilidade e latecircncia tem permitido a organizaccedilatildeo de accedilotildees

mais ou menos acentuadas dependendo do momento da epidemia e das condiccedilotildees

climaacuteticas A presenccedila do vetor em variadas partes das cidades jaacute foi identificada por

meio de estudos o que comprova que a doenccedila natildeo atinge somente uma classe

29

social Quanto agrave diminuiccedilatildeo dos casos dentro de um contexto epidemioloacutegico trecircs

fatores tecircm um papel muito importante as condiccedilotildees climaacuteticas desfavoraacuteveis agrave

viabilidade do vetor esgotamento de hospedeiros susceptiacuteveis e o controle quiacutemico

do vetor

45 Controle

Segundo Mayo et al (2011) existem duas formas de atuaccedilatildeo no controle da

doenccedila o bloqueio e o controle de criadouros Estas medidas tecircm por objetivo a

reduccedilatildeo dos criadouros na aacuterea de atuaccedilatildeo dos agentes de sauacutede o controle por

bloqueio e nebulizaccedilatildeo ocorre agrave aplicaccedilatildeo de inseticida com aplicadores Ultra Baixo

Volume - UBV A atuaccedilatildeo nesse tipo de trabalho em relaccedilatildeo ao feito pelo municiacutepio

diz respeito agrave qualidade do serviccedilo realizado bem como a agilidade na realizaccedilatildeo da

tarefa e o grande alcance da aacuterea coberta e o tipo de equipamento empregado

Para realizaccedilatildeo das tarefas o meacutetodo segue o preconizado pelo PNCD divide

as cidades em aacutereas setores e quarteirotildees Segundo Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL

2001) o bloqueio consiste em parar a transmissatildeo da dengue em municiacutepios com

epidemia instalada e tem como objetivo ainda a identificaccedilatildeo do sorotipo de viacuterus

circulante a aplicaccedilatildeo do UBV sem prejuiacutezo do controle larvaacuterio Quanto agrave

delimitaccedilatildeo de um foco isolado nos casos onde natildeo haacute infestaccedilatildeo deveratildeo ser

tratados todos os imoacuteveis no raio de 300 metros do entorno do local

Na fase de ataque segundo Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2001) deveraacute ser

tratado 100 dos imoacuteveis aleacutem de pontos estrateacutegicos terrenos baldios das zonas

infestadas e todos os potenciais focos devem ser eliminados Na fase de

consolidaccedilatildeo o objetivo eacute a erradicaccedilatildeo do mosquito satildeo desenvolvidas vaacuterias

accedilotildees semelhantes agrave fase de ataque com exceccedilatildeo do tratamento de focos Na fase

de manutenccedilatildeo satildeo visitadas todas as aacutereas positivas e negativas mesmo onde o

vetor foi erradicado as medidas satildeo o uso de armadilhas de oviposiccedilatildeo e inspeccedilotildees

de pontos estrateacutegicos

46 Atuaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Baacutesica no Controle da Dengue

As atividades de controle devem ter uma sinergia com todos os setores

envolvidos no tocante a vigilacircncia epidemioloacutegica haacute necessidade de manter a

30

vistoria em imoacuteveis terrenos depoacutesitos oficinas entre outros locais Teixeira et al

(2010) verificaram que os domiciacutelios com terrenos baldios no entorno apresentaram

maior concentraccedilatildeo da doenccedila

Lima e Vilasboas (2011) salientam que a sauacutede eacute um direito e a maneira que

o Estado tem de garantir esse direito eacute por meio de poliacuteticas puacuteblicas de proteccedilatildeo

prevenccedilatildeo e recuperaccedilatildeo de agravos a simples ausecircncia de doenccedila natildeo pode ser

considerada um conceito de sauacutede visto que as condiccedilotildees sociais de saneamento

baacutesico meio ambiente educaccedilatildeo moradia e renda satildeo fatores determinantes no

processo de adoecimento de um povo A sauacutede deve ser pensada no contexto

ampliado com integraccedilatildeo formando uma rede interssetorial na perspectiva de troca

de ajuda muacutetua na troca de experiecircncias com uma construccedilatildeo muacutetua de saberes

facilitando a resoluccedilatildeo dos problemas enfrentados

Para Lima e Vilasboas (2011) a interssetorialidade pode ser um facilitador

para construccedilatildeo de um sistema de sauacutede efetivo contudo aliado a poliacuteticas puacuteblicas

que possam contribuir para ganho na melhoria da qualidade de vida das pessoas A

interssetorialidade extrapola os limites do poder estatal e envolve a sociedade nas

decisotildees poliacuteticas evita a subordinaccedilatildeo de um setor a outro e diminui as resistecircncias

de alguns membros

Segundo Lefegravevre et al (2007) a populaccedilatildeo tem informaccedilotildees sobre a doenccedila

e do ciclo de vida do transmissor poreacutem esse conhecimento ainda natildeo eacute capaz de

produzir nas pessoas atitudes e comportamento para impedir ou reduzir os

criadouros do mosquito A probabilidade eacute que esse conhecimento vindo de origem

externa fragmentado ou pouco organizado configure um conflito entre o saber

sanitaacuterio e o senso comum Ainda segundo o autor o programa educativo tem sido

aplicado haacute muitos anos mas ateacute hoje ainda natildeo obteve o resultado esperado

contudo haacute necessidade de aprofundar neste contexto para identificar onde estatildeo as

falhas para que possa realmente ter uma populaccedilatildeo engajada no controle do vetor

Para a populaccedilatildeo segundo Lefegravevre et al (2007) haacute uma relaccedilatildeo entre sujo

que seria a doenccedila e limpo que seria a sauacutede levando a ideacuteia equivocada que o lixo

eacute o uacutenico meio de procriaccedilatildeo do mosquito Neste sentido haacute uma sinalizaccedilatildeo para

que o poder puacuteblico perceba a necessidade de informar educar e comunicar

Informar no que diz respeito aos constantes dados epidemioloacutegicos sobre a doenccedila

no Paiacutes no Estado e na sua Comunidade no sentido de incentivar a participaccedilatildeo

popular no controle da doenccedila Educar esclarecendo a forma de transmissibilidade

31

da doenccedila estabelecendo um diaacutelogo de faacutecil entendimento na loacutegica sanitaacuteria sem

confrontar o senso comum buscando construir um relacionamento entre o teacutecnico e

o cidadatildeo e agrave adoccedilatildeo de alternativas na reduccedilatildeo das viacutetimas da dengue

Neste sentido a ESF tem papel fundamental no desenvolvimento de accedilotildees de

prevenccedilatildeo e controle da dengue considerando a relaccedilatildeo de confianccedila que a

populaccedilatildeo manteacutem com a equipe de sauacutede da famiacutelia possibilitando o contato com

o ambiente domeacutestico por meio dos ACSs promovendo um ambiente seguro e livre

do Aedes aegypti (BRASIL 2002) A ESF pode ainda promover accedilotildees educativas

com a populaccedilatildeo mobilizando-a para adotar accedilotildees preventivas realizando tambeacutem a

notificaccedilatildeo imediata dos casos suspeitos possibilitando as medidas tratamento

adequado agraves situaccedilotildees de dengue claacutessica e dengue grave reduzindo os casos

letais e possibilitando o bloqueio dos focos pela vigilacircncia epidemioloacutegica

32

5 PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO

O diagnoacutestico situacional foi realizado com base nas informaccedilotildees contidas em

dados oficiais do IBGE do Sistema Integrado de Sauacutede e embasado no relato dos

problemas levantados pela Equipe de Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia da UBS

Santos Dumont

Foi utilizado o Planejamento Estrateacutegico Situacional ndash PES como referecircncia

para a proposta de intervenccedilatildeo Este meacutetodo possibilita que os atores atraveacutes de

sua proacutepria visatildeo identifiquem as causas possiacuteveis dos problemas como nascem e

se desenvolvem A partir deste ponto de vista podem propor soluccedilotildees para atacar

suas causas e a viabilidade destas soluccedilotildees (CAMPOS FARIA SANTOS 2010)

Assim a partir do diagnoacutestico situacional os 10 passos segundo os autores

mencionados e suas atividades satildeo descritas a seguir

51 Primeiro Passo Definiccedilatildeo dos Problemas

Hipertensatildeo Arterial

Diabetes

Drogas

Gravidez na Adolescecircncia

Dengue

Transtorno Depressivo

Doenccedilas Sexualmente Transmissiacuteveis AIDS

Falta de Saneamento Baacutesico

52 Segundo Passo Priorizaccedilatildeo dos Problemas

Dengue

Falta de Saneamento Baacutesico

53 Terceiro Passo Descriccedilatildeo do Problema Selecionado

Segundo o Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2002) o nosso paiacutes eacute

predominantemente de clima tropical e este eacute um ambiente favoraacutevel agrave proliferaccedilatildeo

do mosquito aedes aegypti principal transmissor da dengue em nosso continente A

33

doenccedila eacute a uma arbovirose transmitida por um artroacutepode que pode apresentar-se

de forma benigna claacutessica ou grave na forma de febre hemorraacutegica

Durante o ano de 2014 segundo o Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2014) mais

meio milhatildeo de casos da doenccedila (591080) 528 soacute na regiatildeo Sudeste em Minas

Gerais foram 59222 com 45 oacutebitos confirmados em Divinoacutepolis segundo a

Secretaria Municipal de Sauacutede (2014) ocorreram 4680 notificaccedilotildees de casos da

doenccedila e confirmados 4139 casos de dengue com 06 oacutebitos sendo que os bairros

Nossa Senhora das Graccedilas Centro Satildeo Joseacute Interlagos Niteroacutei Porto Velho

Planalto Santos Dumont Belvedere e Bom Pastor foram responsaacuteveis por 3027

dos casos de dengue da cidade

Ferreira et al (2009) Lima e Vilasboas (2011) chamam a atenccedilatildeo para a falta

de saneamento baacutesico como um fator agravante que pode elevar a multiplicaccedilatildeo do

vetor da doenccedila Para Gonccedilalves Neto et al (2006) as condiccedilotildees sanitaacuterias

prejudicadas o crescimento desordenado levaram agrave raacutepida adaptaccedilatildeo do vetor agraves

residecircncias causando a disseminaccedilatildeo do viacuterus Tais situaccedilotildees satildeo rotineiras na

populaccedilatildeo adscrita da UBS Santos Dumont

54 Quarto passo Explicaccedilatildeo do Problema

A explicaccedilatildeo para o problema selecionado foi qualificado do ponto de vista

social coletivo e individual

Niacutevel Social Refere-se agrave ausecircncia de poliacuteticas puacuteblicas para melhoria de qualidade

de vida da populaccedilatildeo que convive com a ausecircncia de saneamento baacutesico esgoto a

ceacuteu aberto falta de coleta seletiva e lixo acumulado nas ruas e terrenos baldios

Niacutevel Coletivo Falta de consciecircncia da gravidade da doenccedila que pode acometer a

qualquer pessoa e todas as faixas etaacuterias falta de colaboraccedilatildeo entre os vizinhos que

sempre potildeem a culpa das maacutes condiccedilotildees uns nos outros mas ningueacutem assume a

responsabilidade pelo seu quintal

Niacutevel Individual Falta de compromisso pois segundo dados da SEMUSA

(DIVINOacutePOLIS 2014) 9415 dos focos de Dengue estatildeo dentro das residecircncias

esses focos foram identificados em vasilhas de aacutegua para cachorro galinha calhas

mal projetadas e caixas drsquoaacutegua sem tampa

55 Quinto Passo Seleccedilatildeo dos ldquoNoacutes Criacuteticosrdquo

34

Foram selecionados os seguintes ldquonoacutes criacuteticosrdquo que podem ter relaccedilatildeo direta com o

alto nuacutemero de casos de dengue

Lixo nas ruas falta de conscientizaccedilatildeo da populaccedilatildeo para evitar descarte

incorreto de lixo nas ruas e terrenos baldios

Responsabilizaccedilatildeo do outro falta agrave comunidade assumir que o problema da

dengue natildeo eacute do meu vizinho mas eacute de todos

Lotes sujos falta cobranccedila por parte do poder puacuteblico aos proprietaacuterios de

terrenos vazios que mantenham os lotes limpos e conservados

56 Sexto Passo Desenho de Operaccedilotildees para os ldquoNoacutes Criacuteticosrdquo do Problema

Como soluccedilatildeo dos ldquonoacutes criacuteticosrdquo foram apresentadas as seguintes propostas

contidas no Quadro 6 a seguir

Quadro 6 ndash Desenho das Operaccedilotildees para os Noacutes Criacuteticos Selecionados

ldquoNoacute

Criacuteticordquo

Operaccedilatildeo

Projeto

Resultados

Esperados

Produtos

Esperados

Recursos

Necessaacuterios

Lixo nas ruas Reeducaccedilatildeo conscientizaccedilatildeo ambiental

Ausecircncia de lixo nas ruas e lotes vazios

Bairro limpo sem dengue

Datashow e computador

Responsabiliza ccedilatildeo do outro

Conscientizaccedilatildeo

sobre sauacutede

coletiva

Que todos

unidos com

objetivo de

diminuir os

casos de

dengue

Reduccedilatildeo da

doenccedila

Datashow e computador Panfletos informativos

Lotes sujos Limpeza de

lotes e terrenos

Lotes limpos

e sem focos

da dengue

Diminuiccedilatildeo

do nuacutemero do

mosquito

transmissor

da dengue

Palestras sobre

conservaccedilatildeo

dos terrenos e

lotes vazios

Fiscalizaccedilatildeo da

prefeitura

57 Seacutetimo Passo Identificaccedilatildeo dos Recursos Criacuteticos

35

Para iniacutecio das operaccedilotildees foram apresentados os recursos necessaacuterios e

indispensaacuteveis para o sucesso do processo

Quadro 7 ndash Identificaccedilatildeo dos Recursos Criacuteticos

Operaccedilatildeo

Projeto

Recursos Criacuteticos

Controle dos recursos criacuteticos

Accedilatildeo estrateacutegica

Ator que controla

Motivaccedilatildeo

ldquoMutiratildeo da

limpezardquo

realizar um dia

por mecircs para

limpeza em

parceria com a

populaccedilatildeo

Poliacutetico Veiculo e pessoal para limpeza das ruas

Empresa Municipal de Obras Puacuteblicas

Evitar que lixo se acumule nas ruas

Criaccedilatildeo do dia da limpeza e apresentaccedilatildeo da administraccedilatildeo para apreciaccedilatildeo

ldquoFora Denguerdquo Intensificaccedilatildeo das accedilotildees educativas nas escolas e nos grupos e associaccedilatildeo de bairro

Poliacutetico Articulaccedilatildeo interssetorial Financeiro Disponibilizaccedilatildeo de material informativo

Secretaria Municipal de Sauacutede Secretaria Municipal de Educaccedilatildeo Associaccedilatildeo de bairros

Despertar na comunidade a consciecircncia de sauacutede coletiva

Despertar nos discentes e na comunidade o desejo de erradicar os focos da dengue

ldquoMapeamento

dos lotes sujosrdquo

Realizar o

mapeamento

dos terrenos

sujos

Poliacutetico Notificar os

proprietaacuterios para limpeza do

terreno Financeiro

Recurso para impressatildeo das

notificaccedilotildees

Secretaria Municipal de

Sauacutede

Evitar que as pessoas joguem lixo e entulho em lotes vagos

Conservaccedilatildeo e limpeza dos lotes vazios

58 Oitavo Passo Anaacutelise de Viabilidade do Plano

A proposta a seguir (Quadro 3) apresenta a motivaccedilatildeo para a viabilidade do plano

visto que alguns dos recursos necessaacuterios fogem agrave governabilidade da ESF

36

Quadro 8 ndash Viabilidade do Plano

Operaccedilatildeo

Projeto

Recursos Criacuteticos

Controle dos recursos criacuteticos

Accedilatildeo estrateacutegica

Ator que controla

Motivaccedilatildeo

ldquoMutiratildeo da

limpezardquo

realizar um dia

por mecircs para

limpeza em

parceria com a

populaccedilatildeo

Poliacutetico Veiculo e pessoal para limpeza das ruas

Empresa Municipal de Obras Puacuteblicas

Favoraacutevel Criaccedilatildeo do dia da limpeza e apresentaccedilatildeo agrave administraccedilatildeo para apreciaccedilatildeo

ldquoFora Denguerdquo Intensificaccedilatildeo das accedilotildees educativas nas escolas e nos grupos e associaccedilatildeo de bairro

Poliacutetico Articulaccedilatildeo interssetorial Financeiro Disponibilizaccedilatildeo de material informativo

Secretaria Municipal de Sauacutede Secretaria Municipal de Educaccedilatildeo Associaccedilatildeo de bairros

Favoraacutevel

Despertar nos escolares e na comunidade o desejo de erradicar os focos da dengue

ldquoMapeamento

dos lotes sujosrdquo

Realizar o

mapeamento

dos terrenos

sujos

Poliacutetico Notificar os

proprietaacuterios para limpeza do

terreno Financeiro

Recurso para impressatildeo das

notificaccedilotildees

Secretaria Municipal de

Sauacutede

Indiferente

Conservaccedilatildeo e limpeza dos lotes vazios

37

59 Nono Passo Elaboraccedilatildeo do Plano Operativo

A proposta a seguir no Quadro 9 identifica os atores envolvidos lhes atribuiacutedo

responsabilidades e prazos a cumprir

Quadro 9 ndash Plano Operativo

Operaccedilotildees Resultados Accedilotildees Estrateacutegicas

Responsaacutevel Prazo

ldquoMutiratildeo da limpezardquo realizar um dia por mecircs para limpeza em parceria com a populaccedilatildeo

Limpeza das ruas

e quintais

Coleta de lixo

das ruas Incentivo a limpeza de

lotes e quintais

Equipe de ACS

Durante todo ano

ldquoFora Denguerdquo Intensificaccedilatildeo das accedilotildees educativas nas escolas e nos grupos e associaccedilatildeo de bairro

Uma comunidade

consciente das suas

responsabilidades

Insistir e reforccedilar com

accedilotildees educativas para que

populaccedilatildeo mantenha as ruas limpas e coloque o lixo

para ser recolhido

Enfermeiro ESF

Durante todo o ano

ldquoMapeamento dos lotes

sujosrdquo Realizar o

mapeamento dos terrenos

sujos

Identificar os focos e eliminaacute-

los

Criaccedilatildeo de um mapa onde ocorreram focos do mosquito

ACS e

Enfermeiro

Trecircs meses

510 Deacutecimo Passo Gestatildeo do Plano

Com a gestatildeo do plano eacute possiacutevel aos responsaacuteveis acompanhar e monitorar as

accedilotildees avaliando e sempre que necessaacuterio readequando as eventuais falhas do

processo

38

Quadro 10ndash Gestatildeo do Plano

Produtos Responsaacutevel Prazo Situaccedilatildeo Atual

Justificativa Novo Prazo

ldquoMutiratildeo da

limpezardquo

realizar um

dia por mecircs

para limpeza

em parceria

com a

populaccedilatildeo

Enfermeiro da ESF

Inicio imediatamente

(logo apoacutes apresentaccedilatildeo

do projeto)

ldquoFora Denguerdquo Intensificaccedilatildeo das accedilotildees educativas nas escolas e nos grupos e associaccedilatildeo de bairro

Enfermeiro Provab

Durante todo ano

ldquoMapeamento

dos lotes

sujosrdquo

Realizar o

mapeamento

dos terrenos

sujos

ECS e Equipe

de Epidemiologia

Um mecircs para

inicio das atividades

Aleacutem dos 10 passos do Planejamento Estrateacutegico Situacional optei por incluir outros

02 passos que tecircm a finalidade de contribuir para o processo de avaliaccedilatildeo da

Proposta de Intervenccedilatildeo Estatildeo contidos nos itens 511 e 512 a seguir

511 Avaliaccedilatildeo dos Resultados

O instrumento para avaliaccedilatildeo seraacute o Sistema de Informaccedilotildees de Agravos de

Notificaccedilatildeo ndash SINAN

ldquoque tem por objetivo o registro e processamento dos dados sobre agravos

de notificaccedilatildeo em todo o territoacuterio nacional fornecendo informaccedilotildees para

anaacutelise do perfil da morbidade e contribuindo desta forma para a tomada

de decisotildees em niacutevel municipal estadual e federalrdquo (IBGE 2014)

39

Segundo Moraes e Duarte (2009) o SINAN tem sido principal fonte de dados

para coordenaccedilatildeo das accedilotildees de vigilacircncia epidemioloacutegica tanto no sentido de

controle da doenccedila quando como fonte de pesquisa

512 Resultados Eesperados

O resultado esperado eacute

Estabelecer a construccedilatildeo de conhecimento que favoreccedila o autocuidado e a

capacidade de emancipaccedilatildeo da comunidade criando um ambiente seguro com

ecircnfase na educaccedilatildeo e sauacutede com vistas agrave reduccedilatildeo dos casos de dengue na

populaccedilatildeo adscrita da UBS Santos Dumont

40

6 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

O Programa de Valorizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Baacutesica (PROVAB) abriu muitos

caminhos para um horizonte promissor no desenvolvimento da promoccedilatildeo da sauacutede

e da prevenccedilatildeo no campo de atuaccedilatildeo do Programa Sauacutede na Escola criando um

viacutenculo de amizade e confianccedila uma verdadeira parceria com os alunos essencial

na construccedilatildeo de uma sociedade consciente e capaz de cuidar da sua sauacutede de

maneira preventiva loacutegica essa defendida pelo Sistema Uacutenico de Sauacutede

Para noacutes enfermeiros eacute oportunidade de ampliar o horizonte de atuaccedilatildeo

ensinando e aprendendo com o comportamento das crianccedilas dos adolescentes e

jovens vendo de maneira impar o grande desafio da educaccedilatildeo em formar cidadatildeos

com mais sauacutede Como gratificaccedilatildeo recebemos o reconhecimento dos alunos

professores e diretores algo que fica marcado para sempre na formaccedilatildeo do

profissional os laccedilos de confianccedila amizade e reconhecimento satildeo a maior

recompensa e certeza de missatildeo cumprida

Como a Equipe de Sauacutede da Famiacutelia tem como principal objetivo trabalhar na

prevenccedilatildeo de doenccedilas e agravos criando viacutenculos com a clientela a missatildeo de

promover a emancipaccedilatildeo de seus usuaacuterios com ecircnfase no autocuidado exige de

noacutes muita articulaccedilatildeo e intensificaccedilatildeo de accedilotildees educativas Especificamente no caso

da dengue o cumprimento desta missatildeo pode evitar que as constantes epidemias

se tornem parte do cotidiano das pessoas auxiliando os moradores da comunidade

na adoccedilatildeo de medidas responsaacuteveis que visem o cuidado com a sua sauacutede e da

sauacutede da comunidade

Neste sentido a educaccedilatildeo em sauacutede desempenha um papel importante em

manter a comunidade sempre vigilante e em alerta pois o perigo eacute eminente e vive

dentro dos lares das pessoas esperando apenas o momento oportuno e condiccedilotildees

favoraacuteveis para transmitir a dengue

O trabalho dos agentes de controle de endemias e da ESF deve ser

constante focado na eliminaccedilatildeo dos criadouros do mosquito transmissor da dengue

A comunidade deve colaborar com livre acesso dos agentes agraves residecircncias na

colaboraccedilatildeo para eliminaccedilatildeo dos focos nos domiciacutelios e peridomiciacutelios e

multiplicaccedilatildeo das informaccedilotildees sobre o ciclo de vida do vetor entre os vizinhos

amigos e parentes informando que todos estatildeo expostos agrave doenccedila e a mudanccedila de

comportamento pode diminuir os riscos de contrair a dengue

41

Ao poder puacuteblico eacute necessaacuterio adotar um planejamento adequado para

garantir aos cidadatildeos a infraestrutura miacutenima necessaacuteria para viver em comunidade

serviccedilos essenciais como saneamento coleta de lixo e mobilidade que favorecem a

criaccedilatildeo de um ambiente seguro com sauacutede e qualidade de vida

42

REFEREcircNCIAS

ALMEIDA M CM et al Dinacircmica intra-urbana das epidemias de dengue em Belo Horizonte Minas Gerais Brasil 1996-2002 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2008 vol24 n10 pp 2385-2395 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv24n1019pdf Acesso em 02 de out de 2014 ALVES V S A Um modelo de educaccedilatildeo em sauacutede para o Programa Sauacutede da Famiacutelia pela integralidade da atenccedilatildeo e reorientaccedilatildeo do modelo assistencial Interface - Comunic Sauacutede Educ v9 n16 p39-52 set2004fev2005 Disponiacutevel em httpswwwnesconmedicinaufmgbrbibliotecaimagem0303pdf Acesso de jun de 2014 BACKES DS et al (2012) O papel profissional do enfermeiro no Sistema Uacutenico de Sauacutede da sauacutede comunitaacuteria agrave estrateacutegia de sauacutede da famiacutelia Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva

17(1)223-230 2012 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcscv17n1a24v17n1pdf Acesso em 12 de jan 2015 BRASIL Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sauacutede Consulta Estabelecimento - Modulo Profissional - Profissional por Estabelecimento Disponiacutevel em httpcnesdatasusgovbrMod_ProfissionalaspVCo_Unidade=3122302159651 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Cadernos de Informaccedilotildees de Sauacutede Minas Gerais DATASUS TABNET (2010) Disponiacutevel em httptabnetdatasusgovbrtabdatacadernosmghtm Acesso em16 de maio de 2014 BRASIL Dengue - instruccedilotildees para pessoal de combate ao vetor Manual de Normas teacutecnicas - 3 ed rev - Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede 2001 84 p il 30 cm Disponiacutevel em httpbvsmssaudegovbrbvspublicacoesfunasaman_denguepdf acesso em 15 de out de 2014 BRASIL Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz Vetor da dengue na Aacutesia A albopictus eacute alvo de estudos Publicada em 18122008 agraves 1249 Disponiacutevel em httpwwwfiocruzbrioccgicgiluaexesysstarthtminfoid=576ampsid=32amptpl=printerview Acesso em 12 de jan de 2015 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Censo demograacutefico 2010 sinopse Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=1ampsearch=minas-gerais|divinopolis|censo-demografico-2010-sinopse- Acesso em 15 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Divinoacutepolis morbidades hospitalares ndash 2012 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=114ampsearch=minas-gerais|divinopolis|morbidades-hospitalares-2012 Acesso em 12 de maio de 2014

43

BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estaacutetica Divisatildeo Territorial do Brasil e Limites Territoriais Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE) (1 de julho de 2008) Disponiacutevel em httpwwwibgegovbrhomegeocienciascartografiadefault_dtb_intshtm Acesso em16 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Ensino - matriacuteculas docentes e rede escolar ndash 2012 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=117ampsearch=minas-gerais|divinopolis|ensino-matriculas-docentes-e-rede-escolar-2012 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estaacutetica Histoacuterico do Municiacutepio disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrpainelhistoricophplang=ampcodmun=312230ampsearch=minas-gerais|divinopolis|infograficos-historico Acesso 10 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Informaccedilotildees completas Populaccedilatildeo em 2010 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrasperfilphplang=ampcodmun=312230 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Serviccedilos de sauacutede ndash 2009 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=5ampsearch=minas-gerais|divinopolis|servicos-de-saude-2009 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Sistema de informaccedilotildees de agravos de notificaccedilatildeo ndash SINAN Disponiacutevel em httpcesibgegovbrbase-de-dadosmetadadosministerio-da-saudesistema-de-informacoes-de-agravos-de-notificacao-sinan Acesso em 16 de Nov de 2014 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede Dengue aspectos epidemioloacutegicos diagnoacutestico e tratamento Ministeacuterio da Sauacutede Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede ndash Brasiacutelia Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede 2002 Disponiacutevel em httpbvsmssaudegovbrbvspublicacoesdengue_aspecto_epidemiologicos_diagnostico_tratamentopdf Acesso em 02 de out de 2014 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede FUNSA Programa Nacional de Combate a Dengue PNCD Disponiacutevel em httpbvsmssaudegovbrbvspublicacoespncd_2002pdf Acesso em 21 de jun de 2014 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portal Brasil Disponiacutevel em httpwwwbrasilgovbrsaude201311saude-libera-mais-de-r-360-mi-para-combate-a-dengue Acesso em 10 de Nov de 2014

44

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede Departamento de Vigilacircncia Epidemioloacutegica Diretrizes nacionais para prevenccedilatildeo e controle de epidemias de dengue Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede Departamento de Vigilacircncia Epidemioloacutegica ndash Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2009 160 p Disponiacutevel em httpwwwansgovbrportalimgemaildiretrizes_reimpressao_webpdf Acesso em 16 de Nov de 2014

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede (2014) Monitoramento dos casos de dengue e febre de chikungunya ateacute a Semana Epidemioloacutegica (SE) 53 de 2014 Dengue Boletim Epidemioloacutegico ISSN 2358-9450 Volume 46 Ndeg 3 ndash 2015 Disponiacutevel em httpportalsaudesaudegovbrimagespdf2015janeiro192015-002---BE-at---SE-53pdf Acesso em 22 mar de 2015 BRASILSINANONLINE e DVASVEASTSub VPSSES-MG (20122013) Disponiacutevel em httpwwwsaudemggovbrcomponentgmgstory6489-informe-epidemiologico-da-dengue-30-05-2014 Acesso em 08 de jun de 2014 CAMPOS FCC FARIA H P SANTOS MA Planejamento e avaliaccedilatildeo das accedilotildees em sauacutede Curso de Especializaccedilatildeo em Atenccedilatildeo Baacutesica em Sauacutede da Famiacutelia NESCONUFMG Curso de Especializaccedilatildeo em Atenccedilatildeo Baacutesica agrave Sauacutede da Famiacutelia 2ed Belo Horizonte NesconUFMG 2010 Disponiacutevel em lthttpswwwnesconmedicinaufmgbrbibliotecaregistroPlanejamento_e_avaliacao_das_acoes_de_saude_23gt Acesso em Dezembro 2014 DIVINOacutePOLIS Estatuto dos Conselhos Distritais de Sauacutede Conselho Municipal de Sauacutede 1998 DIVINOacutePOLIS Mapa da cidade Disponiacutevel em httpwwwdivinopolismggovbrportalpaginasgeograficosimagensmapadacidadepdf Acesso em 08 de jun de 2014 DIVINOPOLIS Secretaria Municipal de Sauacutede SEMUSA Sistema Integrado de Sauacutede Paciente Famiacutelia Acesso Local Acesso em 15 de maio de 2014 FERREIRA B J et al Evoluccedilatildeo histoacuterica dos programas de prevenccedilatildeo e controle da dengue no Brasil Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2009 vol14 n3 pp 961-972 ISSN 1413-8123 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcscv14n332pdf Acesso em 21 de jun de 2014 FERREIRA IT RN VERAS M A S M and SILVA RA Participaccedilatildeo da populaccedilatildeo no controle da dengue uma anaacutelise da sensibilidade dos planos de sauacutede de municiacutepios do Estado de Satildeo Paulo BrasilCad Sauacutede Puacuteblica [online] 2009 vol25 n12 pp 2683-2694 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielosporgpdfcspv25n1215pdf Acesso em 10 de out de 2014 FIGUEIREDO LT M OWA M A CARLUCCI R H and OLIVEIRA L de Estudo sobre o diagnoacutestico laboratorial e sintomas do dengue durante epidemia ocorrida na regiatildeo de Ribeiratildeo Preto SP Brasil Rev Inst Med trop S Paulo [online] 1992

45

vol34 n2 pp 121-130 ISSN 0036-4665 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfrimtspv34n2a07v34n2pdf Acesso em 13 ago de 2014 FIGUEIROacute AC et al Oacutebito por dengue como evento sentinela para avaliaccedilatildeo da qualidade da assistecircncia estudo de caso em dois municiacutepios da Regiatildeo Nordeste Brasil 2008 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2011 vol27 n12 pp 2373-2385 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv27n1209pdf Acesso em 12 de out de 2014 GIRAtildeO RV et al Educaccedilatildeo em sauacutede sobre a dengue contribuiccedilotildees para o desenvolvimento de competecircncias J res fundam care online 2014 janmar 6(1) 38-46 Disponiacutevel em httpwwwseeruniriobrindexphpcuidadofundamentalarticleview2659pdf_1043 Acesso em 21 de jun de 2014 GONCcedilALVES NETO V S et al Conhecimentos e atitudes da populaccedilatildeo sobre dengue no Municiacutepio de Satildeo Luiacutes Maranhatildeo Brasil 2004 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2006 vol22 n10 pp 2191-2200 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv22n1018pdf Acesso em 10 de out de 2014 LEFEVRE A MC et al Representaccedilotildees sobre dengue seu vetor e accedilotildees de controle por moradores do municiacutepio de Satildeo Sebastiatildeo litoral Norte do Estado de Satildeo Paulo Brasil Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2007 vol23 n7 pp 1696-1706 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv23n722pdf Acesso em 16 de out de 2014 LIMA E C VILASBOAS ALQ Implantaccedilatildeo das Accedilotildees Interssetoriais de Mobilizaccedilatildeo Social do Paraacute o Controle da dengue na Bahia Brasil Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2011 vol27 n8 pp 1507-1519 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv27n806pdf Acesso em 16 de out de 2014 MACHADO RM et al (2013) HISTORIA DA SAUacuteDE MENTAL DE DIVINOacutePOLIS-MG Revista de Enfermagem do Centro Oeste Mineiro 2013 maiago 3 (2) 752-760 httpwwwseerufsjedubrindexphprecomarticleview228439 Acesso em 08 de abr de 2015 MAYO R C et al BEPA - Boletim Epidemioloacutegico Paulista 8(88) 4-12 abr 2011 tab Graf Disponiacutevel em fileCUsersnoteDownloadsv8n88a0120(1)pdf Acesso em 12 de out de 2014 MINAS GERAIS Secretaria Estadual de Sauacutede Programa Estadual de Controle Permanente da Dengue SITUACcedilAtildeO ATUAL DA DENGUE EM MINAS GERAIS RESUMO INFORMATIVO - 15122014 Disponiacutevel em httpwwwsaudemggovbrimagesdocumentosAnaliseDengue15-12-2014pdf Acesso em 10 de jan de 2015 MINAS GERAIS Secretaria de Estado da Sauacutede de Minas Gerais Programa Sauacutede em Casa Disponiacutevel em httpwwwsaudemggovbrpoliacuteticas_de_saudeprograma-saude-em-casa Acesso em 10 de maio de 2014

46

MORAES GH and DUARTE E C Anaacutelise da concordacircncia dos dados de mortalidade por dengue em dois sistemas nacionais de informaccedilatildeo em sauacutede Brasil 2000-2005 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2009 vol25 n11 pp 2354-2364 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielosporgpdfcspv25n1106pdf Acesso em 29 de Nov de 2014 PENNA M L F Um desafio para a sauacutede puacuteblica brasileira o controle do dengue Cad Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro 19(1) 305-309 jan-fev 2003 Disponiacutevel em httpwwwscielosporgpdfcspv19n114932pdf Acesso em 21 de jun de 2014

PREFEITURA MUNICIPAL DE DIVINOacutePOLIS BALANCcedilO DA DENGUE Disponiacutevel em httpwwwdivinopolismggovbrportalnoticiaphpid=11507 Acesso em 19 jan de 2015

RIBEIRO P C SOUSA DC ARAUJO TME Perfil cliacutenico-epidemioloacutegico dos casos suspeitos de Dengue em um bairro da zona sul de Teresina PI Brasil Rev bras enferm [online] 2008 vol61 n2 pp 227-232 ISSN 0034-7167 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfrebenv61n2a13v61n2pdf Acesso em 28 de jul de 2014 VALENTE G SC et al Problematizaccedilatildeo Como Estrateacutegia de Educaccedilatildeo em Sauacutede no Combate a Dengue Um Relato de Experiecircncia R Pesq cuid Fundam Online 2012 outdez 4(4)2987-94 Disponiacutevel em httpwwwseeruniriobrindexphpcuidadofundamentalarticleview1888pdf_641 Acesso em 08 jun de 2014 TEIXEIRA LAS et al Persistecircncia dos sintomas de dengue em uma populaccedilatildeo de Uberaba Minas Gerais Brasil Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2010 vol26 n3 pp 624-630 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv26n319pdf Acesso em 16 de out de 2014

Page 23: PLANO DE AÇÃO NO COMBATE A DENGUE: EDUCAR PARA EVITAR · 2019-11-14 · The Divinopolis follows the same trend, with 4680 notifications and 4139 confirmed ... banhado pelas bacias

23

4 BASES CONCEITUAIS

41 Aspectos Gerais da Doenccedila

A dengue eacute atualmente a mais importante arbovirose que acomete o ser

humano no continente americano distribuiacuteda segundo Ferreira et al (2009) desde o

Uruguai ateacute a costa sul dos Estados Unidos abrangendo principalmente Venezuela

Cuba Brasil e Paraguai contaminando cerca de mais de 3 bilhotildees de pessoas em

todo mundo

Segundo Penna (2003) embora o vetor Aedes Aegypti natildeo seja natural das

Ameacutericas encontrou aqui um ambiente favoraacutevel agrave sua multiplicaccedilatildeo Introduzido no

Brasil possivelmente pela Aacutefrica em meados do seacuteculo XIX invadiu o paiacutes e se

expandiu para todo o territoacuterio nacional

Segundo Penna (2003) o vetor chegou a ser erradicado de 1967 a 1973 pelo

meacutetodo de aplicaccedilatildeo de inseticida de accedilatildeo residual que prevalecia por ateacute seis

meses a aplicaccedilatildeo se deu em depoacutesitos que continham ou natildeo aacutegua parada e

tambeacutem ateacute um metro dos potenciais focos do mosquito Atualmente com os

grandes aglomerados urbanos e com a infestaccedilatildeo em todo continente americano a

erradicaccedilatildeo do mosquito natildeo eacute mais viaacutevel por isso o Ministeacuterio da Sauacutede em

parceria com Organizaccedilatildeo Pan-americana da Sauacutede (OPAS) aderiu o ldquoPlano de

Intensificaccedilatildeo das Accedilotildees de Controle da Denguerdquo (PIACD) que trabalha com a

universalidade regional sincronicidade e continuidade das accedilotildees e natildeo na

erradicaccedilatildeo (FERREIRA et al 2009 p 963)

Valente et al (2012) Giratildeo et al (2014) salientam que eacute de fundamental

importacircncia entender que as atuais estrateacutegias de controle vetorial onde haacute

responsabilizaccedilatildeo dos cidadatildeos e eliminaccedilatildeo focal parecem natildeo ter mais efeito

efetivo no combate ao mosquito Aedes Aegypti Diante das seguidas epidemias haacute

necessidade de uma abordagem mais ampla do problema com a participaccedilatildeo efetiva

de toda populaccedilatildeo e de todos os setores da sociedade ldquoenfocando a determinaccedilatildeo

social do processo sauacutede-doenccedila e a transdisciplinalidade das accedilotildeesrdquo (VALENTE et

al 2012 p 2988)

No Brasil segundo Ferreira et al (2009) as condiccedilotildees socioambientais a

falta de saneamento a ausecircncia da coleta seletiva de lixo a maacute distribuiccedilatildeo de

24

renda e a baixa escolaridade criaram um ambiente muito favoraacutevel agrave multiplicaccedilatildeo

do vetor Aedes Aegypti

42 Etiologia

Segundo Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2002) a Dengue eacute uma doenccedila febril

que em sua forma claacutessica apresenta como sinais cliacutenicos dores musculares e nas

articulaccedilotildees cefaleia e dor retro-orbitaacuteria vocircmitos e diarreia Para Almeida et al

(2008) a dengue eacute uma doenccedila de curso que varia de forma benigna a grave pode

apresentar a forma claacutessica a forma hemorraacutegica e o choque sendo que esta uacuteltima

pode levar ao oacutebito

No Brasil segundo a Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz (BRASIL 2008) satildeo

encontrados dois vetores da doenccedila o Aedes aegypti e Aedes albopictus A

transmissatildeo ocorre quando uma fecircmea do inseto pica uma pessoa portadora do

viacuterus e esta passa por periacuteodo de incubaccedilatildeo e logo apoacutes 10 a 14 dias a fecircmea estaacute

apta a transmitir o viacuterus por toda vida em meacutedia vive em torno de 35 a 40 dias

43 Aspectos Epidemioloacutegicos

Segundo Gonccedilalves Neto et al (2006) a dengue eacute considerada como a mais

importante arbovirose transmitida por insetos das uacuteltimas deacutecadas atinge a cada

ano um maior contingente de pessoas com o vetor aparecendo em mais de 100

paiacuteses de clima tropical e subtropical

Em face dessa realidade Ferreira Veras e Silva (2009) salientam que as

sucessivas epidemias de dengue no mundo especialmente no Brasil tecircm

mobilizado e preocupado autoridades e a populaccedilatildeo em geral No estado de Satildeo

Paulo houve um grande aumento dos quadros de dengue hemorraacutegica Cerca de

80 dos municiacutepios paulistas estatildeo totalmente infestados pelo mosquito aedes

aegypti Os motivos pelo quais a sua populaccedilatildeo aumenta significativamente

pontuam os autores satildeo a dificuldade em utilizaccedilatildeo de inseticidas a contrataccedilatildeo de

matildeo de obra qualificada a precaacuteria coleta de lixo especialmente nas grandes

cidades e nas suas regiotildees perifeacutericas aleacutem de fatores como o clima criando o

ambiente cada vez mais favoraacutevel agrave reproduccedilatildeo do mosquito

25

Segundo Mayo et al (2011) em estudo semelhante salienta que a

populaccedilatildeo brasileira vem sofrendo com seguidas epidemias de dengue haacute mais de

duas deacutecadas os autores seguem chamando a atenccedilatildeo para o progressivo aumento

de nuacutemero de casos com complicaccedilotildees seguindo a mesma loacutegica um nuacutemero

maior de municiacutepios vem sofrendo com o aparecimento e o aumento de casos de

dengue hemorraacutegica e o aumento dos oacutebitos por complicaccedilotildees da dengue

Havendo a predominacircncia de tais caracteriacutesticas a dengue tem levado ao alto

nuacutemero de oacutebitos Segundo Figueiroacute et al (2011) isso estaacute associado ainda agrave

imensa massa da populaccedilatildeo exposta Contudo salientam os autores que a doenccedila

tem se tornado um dos problemas de sauacutede reemergentes mais importantes da

histoacuteria Estima-se que 25 bilhotildees de pessoas estatildeo em risco de contrair a doenccedila

ainda que por ano satildeo 50 milhotildees de novos casos Destes cerca 550 mil necessitam

de hospitalizaccedilatildeo e pelo menos 20 mil evoluem para oacutebito Dados epidemioloacutegicos

do Ministeacuterio da Sauacutede tem apontado segundo Figueiro et al (2011) um crescente

aumento dos casos de Febre Hemorraacutegica por Dengue (FHD) e em uma deacutecada a

taxa de letalidade atingiu 68 destacando-se a regiatildeo nordeste com maior iacutendice

de casos entre 1981 a 2007

Contudo salientam Giratildeo et al (2014) que devido agrave adaptaccedilatildeo muito

acentuada do vetor nos peridomiciacutelios e domiciacutelios corroborando estudos da

Secretaria Municipal de Sauacutede de Divinoacutepolis (2014) apontaram que 9415 dos

focos de dengue estatildeo dentro das residecircncias sendo assim a participaccedilatildeo do

cidadatildeo no controle eacute de suma importacircncia no controle da doenccedila

Segundo dados do Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2014) em Minas Gerais a

taxa de incidecircncia da doenccedila foi de foi 2856 casos para cada 100000 habitantes

os 45 oacutebitos indicam um aumento de 3333 casos fatais em relaccedilatildeo a 2013 que

teve um nuacutemero de casos maior Quanto ao tipo de viacuterus circulante verificou-se a

incidecircncia de DENV1 (882) seguido de DENV4 (115) DENV3 (03) e DENV2

(00)

Para implantar as accedilotildees de vigilacircncia em sauacutede o Ministeacuterio da Sauacutede

(BRASIL 2014) por meio da Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede repassou para os

estados e municiacutepios 30 do valor a ser gasto em todo ano de 2014 cerca de R$

3634 milhotildees No mecircs de dezembro de 2013 a fim de intensificar as accedilotildees de

combate agrave dengue no periacuteodo de maior incidecircncia foram fornecidos 100 mil kg de

larvicidas 227 mil litros de adulticida e 104 mil kits para diagnoacutestico

26

Segundo a Secretaria Municipal de Sauacutede (DIVINOacutePOLIS 2014) haacute em

atividade 94 agentes de sauacutede puacuteblicos efetivos e 14 contratados sendo a cidade eacute

dividida em setores De acordo com levantamento raacutepido do iacutendice de infestaccedilatildeo do

aedes aegypti realizado em marccedilo de 2014 obteve-se um percentual de infestaccedilatildeo

do mosquito de 37 nos domiciacutelios visitados em Divinoacutepolis que representam risco

meacutedio para epidemia Em outubro de 2014 o novo levantamento raacutepido do iacutendice de

infestaccedilatildeo apresentou um iacutendice de 09 preocupante visto que o valor muito estaacute

muito proacuteximo do tolerado pela Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede que eacute de 1 Aleacutem

disso as condiccedilotildees climaacuteticas nesse periacuteodo natildeo favorecem a proliferaccedilatildeo do

mosquito por isso pode-se considerar esse valor alto

Em face dos dados apresentados conforme afirmam Ferreira Veras e Silva

(2009) para o controle da dengue a participaccedilatildeo popular eacute indiscutivelmente

essencial visto que o vetor habita os domiciacutelios sendo assim todos tem condiccedilotildees

de colaborar fiscalizando suas moradias O PNCD destaca as accedilotildees educativas

como forma de preparar a comunidade para adoccedilatildeo de comportamentos que

protejam a sauacutede coletiva Ainda segundo os autores durante as epidemias haacute todo

um clamor da miacutedia e do poder puacuteblico no sentido de mobilizar a comunidade para o

controle da doenccedila poreacutem nos periacuteodos de menor incidecircncia esse apelo perde a

intensidade o tema acaba no esquecimento sendo apresentado somente no

proacuteximo periacuteodo de infestaccedilatildeo e transmissatildeo da doenccedila

Ferreira Veras e Silva (2009) em anaacutelise do iacutendice de participaccedilatildeo da

populaccedilatildeo de 16 municiacutepios paulistas detectaram que em mais da metade destes

municiacutepios a participaccedilatildeo era muito baixa em consequecircncia o nuacutemero de pessoas

que contraiacuteram a doenccedila era maior onde haacute menos participaccedilatildeo popular

A educaccedilatildeo permanente segundo Ribeiro Sousa e Arauacutejo (2007) visa

acelerar o processo de adesatildeo da populaccedilatildeo agraves medidas preventivas abordando as

questotildees que envolvem condiccedilotildees de sauacutede moradia saneamento baacutesico indo

aleacutem de accedilotildees pontuais e campanhistas que perdem forccedila nos periacuteodos de baixa

notificaccedilatildeo de casos Eacute preciso buscar parceiros na sociedade civil como nos meios

de comunicaccedilatildeo para divulgaccedilatildeo do enfrentamento da doenccedila o ano inteiro

27

44 Medidas Educativas

Giratildeo et al (2014) destacam que somente com a educaccedilatildeo em sauacutede eacute que

se pode despertar na comunidade uma autonomia para que a populaccedilatildeo se sinta

como uma parte do processo que passa pela prevenccedilatildeo cujo controle depende da

eliminaccedilatildeo dos focos do mosquito dentro dos domiciacutelios

Neste sentido Alves (2005) afirma que a educaccedilatildeo em sauacutede eacute uma

ferramenta capaz de produzir intermediada pelos profissionais de sauacutede uma

compreensatildeo nova do processo sauacutede doenccedila oferecendo agrave populaccedilatildeo subsiacutedios

para adoccedilatildeo de novos haacutebitos de vida com ecircnfase na promoccedilatildeo e prevenccedilatildeo de

situaccedilotildees que podem trazer prejuiacutezos agrave sua sauacutede

Segundo Figueiroacute et al (2011) a doenccedila atinge a cada ano um maior

contingente de pessoas Nesse sentido priorizando a reduccedilatildeo dos casos de dengue

e dengue grave o Ministeacuterio da Sauacutede implantou no paiacutes o Plano Nacional de

Controle da Dengue ndash PNCD O programa eacute gerido de forma tripartite ou seja com

a participaccedilatildeo das trecircs esferas de governos uniatildeo estados e municiacutepios

ldquocompreendendo accedilotildees operacionais de vigilacircncia integrada entomoloacutegica e sobre o

meio ambiente de assistecircncia aos pacientes de educaccedilatildeo em sauacutede comunicaccedilatildeo

e mobilizaccedilatildeo socialrdquo (FIGUEIROacute et al 2011 p 2374) O PNCD compreende ainda

o controle e avaliaccedilatildeo dos agentes comunitaacuterios de sauacutede - ACS entretanto

segundo dados epidemioloacutegicos haacute uma grande dificuldade na realizaccedilatildeo das accedilotildees

e no alcance dos resultados esperados devido agrave baixa participaccedilatildeo da populaccedilatildeo

Para Ferreira Veras e Silva (2009) de acordo com a OPAS uma das maiores

dificuldades das autoridades de sauacutede em articulaccedilatildeo das accedilotildees eacute a parceria com a

comunidade o PNCD tem como um dos eixos a participaccedilatildeo comunitaacuteria para

reduccedilatildeo dos criadouros domiciliares Segundo Ferreira Veras e Silva (2009) a

participaccedilatildeo popular no combate eacute fundamental e defendida pelos organismos

nacionais e internacionais Pode estar inserida a capacitaccedilatildeo da populaccedilatildeo na

promoccedilatildeo e prevenccedilatildeo com o objetivo da melhoria da comunidade tanto na sauacutede

individual quanto coletiva favorecendo a construccedilatildeo de um modelo de sauacutede

compartilhada No controle das epidemias especialmente da dengue cujo vetor vive

na maioria das vezes nas casas das pessoas o PNDC visa o desenvolvimento de

accedilotildees educativas que tem como objetivo a mudanccedila de comportamento das

pessoas na manutenccedilatildeo de um ambiente de vida saudaacutevel Contudo a criteriosa

28

tarefa de evitar epidemias vai muito aleacutem do setor de sauacutede consistem em um

conjunto de accedilotildees poliacuteticas teacutecnicas e sociais que inclui prioritariamente a

participaccedilatildeo popular aliada agrave vigilacircncia epidemioloacutegica

Segundo Gonccedilalves Neto et al (2006) as condiccedilotildees sanitaacuterias prejudicadas

ausecircncia de coleta seletiva de lixo ausecircncia de saneamento baacutesico e um

crescimento desordenado em aacutereas tropicais propiciou raacutepida adaptaccedilatildeo do vetor

nas residecircncias levando o aedes aegpyti aproveitar se dos criadouros

providenciados pelo proacuteprio homem para aumentar sua populaccedilatildeo Contudo salienta

o autor praticamente impossiacutevel desenvolver um trabalho de controle do vetor sem a

participaccedilatildeo da comunidade

Tais afirmaccedilotildees explicam a situaccedilatildeo da populaccedilatildeo adscrita da UBS Santos

Dumont onde ocorreu uma grande expansatildeo de domiciacutelios sem um planejamento

adequado deixando um grande nuacutemero de terrenos baldios uma ocupaccedilatildeo sem a

infraestrutura necessaacuteria falta da coleta seletiva de lixo saneamento baacutesico e

pavimentaccedilatildeo Soma-se a isso a deficiecircncia do Estado em garantir uma coleta de

lixo eficiente deixando margem para a proliferaccedilatildeo da doenccedila

Segundo Almeida et al (2008) a adaptaccedilatildeo do mosquito aedes aegypti cuja

sobrevivecircncia depende de aacutegua parada ocorre principalmente nas aacutereas urbanas

em domiciacutelios e peridomiciacutelios Contudo o vetor eacute muito sensiacutevel agraves condiccedilotildees

ambientais poreacutem seus ovos resistem a longos periacuteodos de dissecaccedilatildeo o que

garante a perpetuaccedilatildeo da espeacutecie Com haacutebito diurno preferencialmente tem uma

especial atraccedilatildeo pelo sangue humano seu deslocamento eacute em meacutedia durante um

voo em condiccedilotildees normais de ambiente sem a interferecircncia de vento de cinquenta

metros portanto sua caracteriacutestica de habitar os domiciacutelios e peridomiciacutelios

permanecendo proacuteximo ao local de ldquopastordquo e postura dos ovos

Segundo Almeida et al (2008) com a ausecircncia de uma vacina eficaz capaz

de evitar a doenccedila a principal profilaxia tem sido o controle vetorial por meio de

identificaccedilatildeo dos focos e aplicaccedilatildeo de inseticidas de accedilatildeo residual para eliminaccedilatildeo

das larvas ou seja o combate focal

Contudo afirmam Almeida et al (2008) o conhecimento do dinamismo do

periacuteodo de maior transmissibilidade e latecircncia tem permitido a organizaccedilatildeo de accedilotildees

mais ou menos acentuadas dependendo do momento da epidemia e das condiccedilotildees

climaacuteticas A presenccedila do vetor em variadas partes das cidades jaacute foi identificada por

meio de estudos o que comprova que a doenccedila natildeo atinge somente uma classe

29

social Quanto agrave diminuiccedilatildeo dos casos dentro de um contexto epidemioloacutegico trecircs

fatores tecircm um papel muito importante as condiccedilotildees climaacuteticas desfavoraacuteveis agrave

viabilidade do vetor esgotamento de hospedeiros susceptiacuteveis e o controle quiacutemico

do vetor

45 Controle

Segundo Mayo et al (2011) existem duas formas de atuaccedilatildeo no controle da

doenccedila o bloqueio e o controle de criadouros Estas medidas tecircm por objetivo a

reduccedilatildeo dos criadouros na aacuterea de atuaccedilatildeo dos agentes de sauacutede o controle por

bloqueio e nebulizaccedilatildeo ocorre agrave aplicaccedilatildeo de inseticida com aplicadores Ultra Baixo

Volume - UBV A atuaccedilatildeo nesse tipo de trabalho em relaccedilatildeo ao feito pelo municiacutepio

diz respeito agrave qualidade do serviccedilo realizado bem como a agilidade na realizaccedilatildeo da

tarefa e o grande alcance da aacuterea coberta e o tipo de equipamento empregado

Para realizaccedilatildeo das tarefas o meacutetodo segue o preconizado pelo PNCD divide

as cidades em aacutereas setores e quarteirotildees Segundo Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL

2001) o bloqueio consiste em parar a transmissatildeo da dengue em municiacutepios com

epidemia instalada e tem como objetivo ainda a identificaccedilatildeo do sorotipo de viacuterus

circulante a aplicaccedilatildeo do UBV sem prejuiacutezo do controle larvaacuterio Quanto agrave

delimitaccedilatildeo de um foco isolado nos casos onde natildeo haacute infestaccedilatildeo deveratildeo ser

tratados todos os imoacuteveis no raio de 300 metros do entorno do local

Na fase de ataque segundo Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2001) deveraacute ser

tratado 100 dos imoacuteveis aleacutem de pontos estrateacutegicos terrenos baldios das zonas

infestadas e todos os potenciais focos devem ser eliminados Na fase de

consolidaccedilatildeo o objetivo eacute a erradicaccedilatildeo do mosquito satildeo desenvolvidas vaacuterias

accedilotildees semelhantes agrave fase de ataque com exceccedilatildeo do tratamento de focos Na fase

de manutenccedilatildeo satildeo visitadas todas as aacutereas positivas e negativas mesmo onde o

vetor foi erradicado as medidas satildeo o uso de armadilhas de oviposiccedilatildeo e inspeccedilotildees

de pontos estrateacutegicos

46 Atuaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Baacutesica no Controle da Dengue

As atividades de controle devem ter uma sinergia com todos os setores

envolvidos no tocante a vigilacircncia epidemioloacutegica haacute necessidade de manter a

30

vistoria em imoacuteveis terrenos depoacutesitos oficinas entre outros locais Teixeira et al

(2010) verificaram que os domiciacutelios com terrenos baldios no entorno apresentaram

maior concentraccedilatildeo da doenccedila

Lima e Vilasboas (2011) salientam que a sauacutede eacute um direito e a maneira que

o Estado tem de garantir esse direito eacute por meio de poliacuteticas puacuteblicas de proteccedilatildeo

prevenccedilatildeo e recuperaccedilatildeo de agravos a simples ausecircncia de doenccedila natildeo pode ser

considerada um conceito de sauacutede visto que as condiccedilotildees sociais de saneamento

baacutesico meio ambiente educaccedilatildeo moradia e renda satildeo fatores determinantes no

processo de adoecimento de um povo A sauacutede deve ser pensada no contexto

ampliado com integraccedilatildeo formando uma rede interssetorial na perspectiva de troca

de ajuda muacutetua na troca de experiecircncias com uma construccedilatildeo muacutetua de saberes

facilitando a resoluccedilatildeo dos problemas enfrentados

Para Lima e Vilasboas (2011) a interssetorialidade pode ser um facilitador

para construccedilatildeo de um sistema de sauacutede efetivo contudo aliado a poliacuteticas puacuteblicas

que possam contribuir para ganho na melhoria da qualidade de vida das pessoas A

interssetorialidade extrapola os limites do poder estatal e envolve a sociedade nas

decisotildees poliacuteticas evita a subordinaccedilatildeo de um setor a outro e diminui as resistecircncias

de alguns membros

Segundo Lefegravevre et al (2007) a populaccedilatildeo tem informaccedilotildees sobre a doenccedila

e do ciclo de vida do transmissor poreacutem esse conhecimento ainda natildeo eacute capaz de

produzir nas pessoas atitudes e comportamento para impedir ou reduzir os

criadouros do mosquito A probabilidade eacute que esse conhecimento vindo de origem

externa fragmentado ou pouco organizado configure um conflito entre o saber

sanitaacuterio e o senso comum Ainda segundo o autor o programa educativo tem sido

aplicado haacute muitos anos mas ateacute hoje ainda natildeo obteve o resultado esperado

contudo haacute necessidade de aprofundar neste contexto para identificar onde estatildeo as

falhas para que possa realmente ter uma populaccedilatildeo engajada no controle do vetor

Para a populaccedilatildeo segundo Lefegravevre et al (2007) haacute uma relaccedilatildeo entre sujo

que seria a doenccedila e limpo que seria a sauacutede levando a ideacuteia equivocada que o lixo

eacute o uacutenico meio de procriaccedilatildeo do mosquito Neste sentido haacute uma sinalizaccedilatildeo para

que o poder puacuteblico perceba a necessidade de informar educar e comunicar

Informar no que diz respeito aos constantes dados epidemioloacutegicos sobre a doenccedila

no Paiacutes no Estado e na sua Comunidade no sentido de incentivar a participaccedilatildeo

popular no controle da doenccedila Educar esclarecendo a forma de transmissibilidade

31

da doenccedila estabelecendo um diaacutelogo de faacutecil entendimento na loacutegica sanitaacuteria sem

confrontar o senso comum buscando construir um relacionamento entre o teacutecnico e

o cidadatildeo e agrave adoccedilatildeo de alternativas na reduccedilatildeo das viacutetimas da dengue

Neste sentido a ESF tem papel fundamental no desenvolvimento de accedilotildees de

prevenccedilatildeo e controle da dengue considerando a relaccedilatildeo de confianccedila que a

populaccedilatildeo manteacutem com a equipe de sauacutede da famiacutelia possibilitando o contato com

o ambiente domeacutestico por meio dos ACSs promovendo um ambiente seguro e livre

do Aedes aegypti (BRASIL 2002) A ESF pode ainda promover accedilotildees educativas

com a populaccedilatildeo mobilizando-a para adotar accedilotildees preventivas realizando tambeacutem a

notificaccedilatildeo imediata dos casos suspeitos possibilitando as medidas tratamento

adequado agraves situaccedilotildees de dengue claacutessica e dengue grave reduzindo os casos

letais e possibilitando o bloqueio dos focos pela vigilacircncia epidemioloacutegica

32

5 PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO

O diagnoacutestico situacional foi realizado com base nas informaccedilotildees contidas em

dados oficiais do IBGE do Sistema Integrado de Sauacutede e embasado no relato dos

problemas levantados pela Equipe de Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia da UBS

Santos Dumont

Foi utilizado o Planejamento Estrateacutegico Situacional ndash PES como referecircncia

para a proposta de intervenccedilatildeo Este meacutetodo possibilita que os atores atraveacutes de

sua proacutepria visatildeo identifiquem as causas possiacuteveis dos problemas como nascem e

se desenvolvem A partir deste ponto de vista podem propor soluccedilotildees para atacar

suas causas e a viabilidade destas soluccedilotildees (CAMPOS FARIA SANTOS 2010)

Assim a partir do diagnoacutestico situacional os 10 passos segundo os autores

mencionados e suas atividades satildeo descritas a seguir

51 Primeiro Passo Definiccedilatildeo dos Problemas

Hipertensatildeo Arterial

Diabetes

Drogas

Gravidez na Adolescecircncia

Dengue

Transtorno Depressivo

Doenccedilas Sexualmente Transmissiacuteveis AIDS

Falta de Saneamento Baacutesico

52 Segundo Passo Priorizaccedilatildeo dos Problemas

Dengue

Falta de Saneamento Baacutesico

53 Terceiro Passo Descriccedilatildeo do Problema Selecionado

Segundo o Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2002) o nosso paiacutes eacute

predominantemente de clima tropical e este eacute um ambiente favoraacutevel agrave proliferaccedilatildeo

do mosquito aedes aegypti principal transmissor da dengue em nosso continente A

33

doenccedila eacute a uma arbovirose transmitida por um artroacutepode que pode apresentar-se

de forma benigna claacutessica ou grave na forma de febre hemorraacutegica

Durante o ano de 2014 segundo o Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2014) mais

meio milhatildeo de casos da doenccedila (591080) 528 soacute na regiatildeo Sudeste em Minas

Gerais foram 59222 com 45 oacutebitos confirmados em Divinoacutepolis segundo a

Secretaria Municipal de Sauacutede (2014) ocorreram 4680 notificaccedilotildees de casos da

doenccedila e confirmados 4139 casos de dengue com 06 oacutebitos sendo que os bairros

Nossa Senhora das Graccedilas Centro Satildeo Joseacute Interlagos Niteroacutei Porto Velho

Planalto Santos Dumont Belvedere e Bom Pastor foram responsaacuteveis por 3027

dos casos de dengue da cidade

Ferreira et al (2009) Lima e Vilasboas (2011) chamam a atenccedilatildeo para a falta

de saneamento baacutesico como um fator agravante que pode elevar a multiplicaccedilatildeo do

vetor da doenccedila Para Gonccedilalves Neto et al (2006) as condiccedilotildees sanitaacuterias

prejudicadas o crescimento desordenado levaram agrave raacutepida adaptaccedilatildeo do vetor agraves

residecircncias causando a disseminaccedilatildeo do viacuterus Tais situaccedilotildees satildeo rotineiras na

populaccedilatildeo adscrita da UBS Santos Dumont

54 Quarto passo Explicaccedilatildeo do Problema

A explicaccedilatildeo para o problema selecionado foi qualificado do ponto de vista

social coletivo e individual

Niacutevel Social Refere-se agrave ausecircncia de poliacuteticas puacuteblicas para melhoria de qualidade

de vida da populaccedilatildeo que convive com a ausecircncia de saneamento baacutesico esgoto a

ceacuteu aberto falta de coleta seletiva e lixo acumulado nas ruas e terrenos baldios

Niacutevel Coletivo Falta de consciecircncia da gravidade da doenccedila que pode acometer a

qualquer pessoa e todas as faixas etaacuterias falta de colaboraccedilatildeo entre os vizinhos que

sempre potildeem a culpa das maacutes condiccedilotildees uns nos outros mas ningueacutem assume a

responsabilidade pelo seu quintal

Niacutevel Individual Falta de compromisso pois segundo dados da SEMUSA

(DIVINOacutePOLIS 2014) 9415 dos focos de Dengue estatildeo dentro das residecircncias

esses focos foram identificados em vasilhas de aacutegua para cachorro galinha calhas

mal projetadas e caixas drsquoaacutegua sem tampa

55 Quinto Passo Seleccedilatildeo dos ldquoNoacutes Criacuteticosrdquo

34

Foram selecionados os seguintes ldquonoacutes criacuteticosrdquo que podem ter relaccedilatildeo direta com o

alto nuacutemero de casos de dengue

Lixo nas ruas falta de conscientizaccedilatildeo da populaccedilatildeo para evitar descarte

incorreto de lixo nas ruas e terrenos baldios

Responsabilizaccedilatildeo do outro falta agrave comunidade assumir que o problema da

dengue natildeo eacute do meu vizinho mas eacute de todos

Lotes sujos falta cobranccedila por parte do poder puacuteblico aos proprietaacuterios de

terrenos vazios que mantenham os lotes limpos e conservados

56 Sexto Passo Desenho de Operaccedilotildees para os ldquoNoacutes Criacuteticosrdquo do Problema

Como soluccedilatildeo dos ldquonoacutes criacuteticosrdquo foram apresentadas as seguintes propostas

contidas no Quadro 6 a seguir

Quadro 6 ndash Desenho das Operaccedilotildees para os Noacutes Criacuteticos Selecionados

ldquoNoacute

Criacuteticordquo

Operaccedilatildeo

Projeto

Resultados

Esperados

Produtos

Esperados

Recursos

Necessaacuterios

Lixo nas ruas Reeducaccedilatildeo conscientizaccedilatildeo ambiental

Ausecircncia de lixo nas ruas e lotes vazios

Bairro limpo sem dengue

Datashow e computador

Responsabiliza ccedilatildeo do outro

Conscientizaccedilatildeo

sobre sauacutede

coletiva

Que todos

unidos com

objetivo de

diminuir os

casos de

dengue

Reduccedilatildeo da

doenccedila

Datashow e computador Panfletos informativos

Lotes sujos Limpeza de

lotes e terrenos

Lotes limpos

e sem focos

da dengue

Diminuiccedilatildeo

do nuacutemero do

mosquito

transmissor

da dengue

Palestras sobre

conservaccedilatildeo

dos terrenos e

lotes vazios

Fiscalizaccedilatildeo da

prefeitura

57 Seacutetimo Passo Identificaccedilatildeo dos Recursos Criacuteticos

35

Para iniacutecio das operaccedilotildees foram apresentados os recursos necessaacuterios e

indispensaacuteveis para o sucesso do processo

Quadro 7 ndash Identificaccedilatildeo dos Recursos Criacuteticos

Operaccedilatildeo

Projeto

Recursos Criacuteticos

Controle dos recursos criacuteticos

Accedilatildeo estrateacutegica

Ator que controla

Motivaccedilatildeo

ldquoMutiratildeo da

limpezardquo

realizar um dia

por mecircs para

limpeza em

parceria com a

populaccedilatildeo

Poliacutetico Veiculo e pessoal para limpeza das ruas

Empresa Municipal de Obras Puacuteblicas

Evitar que lixo se acumule nas ruas

Criaccedilatildeo do dia da limpeza e apresentaccedilatildeo da administraccedilatildeo para apreciaccedilatildeo

ldquoFora Denguerdquo Intensificaccedilatildeo das accedilotildees educativas nas escolas e nos grupos e associaccedilatildeo de bairro

Poliacutetico Articulaccedilatildeo interssetorial Financeiro Disponibilizaccedilatildeo de material informativo

Secretaria Municipal de Sauacutede Secretaria Municipal de Educaccedilatildeo Associaccedilatildeo de bairros

Despertar na comunidade a consciecircncia de sauacutede coletiva

Despertar nos discentes e na comunidade o desejo de erradicar os focos da dengue

ldquoMapeamento

dos lotes sujosrdquo

Realizar o

mapeamento

dos terrenos

sujos

Poliacutetico Notificar os

proprietaacuterios para limpeza do

terreno Financeiro

Recurso para impressatildeo das

notificaccedilotildees

Secretaria Municipal de

Sauacutede

Evitar que as pessoas joguem lixo e entulho em lotes vagos

Conservaccedilatildeo e limpeza dos lotes vazios

58 Oitavo Passo Anaacutelise de Viabilidade do Plano

A proposta a seguir (Quadro 3) apresenta a motivaccedilatildeo para a viabilidade do plano

visto que alguns dos recursos necessaacuterios fogem agrave governabilidade da ESF

36

Quadro 8 ndash Viabilidade do Plano

Operaccedilatildeo

Projeto

Recursos Criacuteticos

Controle dos recursos criacuteticos

Accedilatildeo estrateacutegica

Ator que controla

Motivaccedilatildeo

ldquoMutiratildeo da

limpezardquo

realizar um dia

por mecircs para

limpeza em

parceria com a

populaccedilatildeo

Poliacutetico Veiculo e pessoal para limpeza das ruas

Empresa Municipal de Obras Puacuteblicas

Favoraacutevel Criaccedilatildeo do dia da limpeza e apresentaccedilatildeo agrave administraccedilatildeo para apreciaccedilatildeo

ldquoFora Denguerdquo Intensificaccedilatildeo das accedilotildees educativas nas escolas e nos grupos e associaccedilatildeo de bairro

Poliacutetico Articulaccedilatildeo interssetorial Financeiro Disponibilizaccedilatildeo de material informativo

Secretaria Municipal de Sauacutede Secretaria Municipal de Educaccedilatildeo Associaccedilatildeo de bairros

Favoraacutevel

Despertar nos escolares e na comunidade o desejo de erradicar os focos da dengue

ldquoMapeamento

dos lotes sujosrdquo

Realizar o

mapeamento

dos terrenos

sujos

Poliacutetico Notificar os

proprietaacuterios para limpeza do

terreno Financeiro

Recurso para impressatildeo das

notificaccedilotildees

Secretaria Municipal de

Sauacutede

Indiferente

Conservaccedilatildeo e limpeza dos lotes vazios

37

59 Nono Passo Elaboraccedilatildeo do Plano Operativo

A proposta a seguir no Quadro 9 identifica os atores envolvidos lhes atribuiacutedo

responsabilidades e prazos a cumprir

Quadro 9 ndash Plano Operativo

Operaccedilotildees Resultados Accedilotildees Estrateacutegicas

Responsaacutevel Prazo

ldquoMutiratildeo da limpezardquo realizar um dia por mecircs para limpeza em parceria com a populaccedilatildeo

Limpeza das ruas

e quintais

Coleta de lixo

das ruas Incentivo a limpeza de

lotes e quintais

Equipe de ACS

Durante todo ano

ldquoFora Denguerdquo Intensificaccedilatildeo das accedilotildees educativas nas escolas e nos grupos e associaccedilatildeo de bairro

Uma comunidade

consciente das suas

responsabilidades

Insistir e reforccedilar com

accedilotildees educativas para que

populaccedilatildeo mantenha as ruas limpas e coloque o lixo

para ser recolhido

Enfermeiro ESF

Durante todo o ano

ldquoMapeamento dos lotes

sujosrdquo Realizar o

mapeamento dos terrenos

sujos

Identificar os focos e eliminaacute-

los

Criaccedilatildeo de um mapa onde ocorreram focos do mosquito

ACS e

Enfermeiro

Trecircs meses

510 Deacutecimo Passo Gestatildeo do Plano

Com a gestatildeo do plano eacute possiacutevel aos responsaacuteveis acompanhar e monitorar as

accedilotildees avaliando e sempre que necessaacuterio readequando as eventuais falhas do

processo

38

Quadro 10ndash Gestatildeo do Plano

Produtos Responsaacutevel Prazo Situaccedilatildeo Atual

Justificativa Novo Prazo

ldquoMutiratildeo da

limpezardquo

realizar um

dia por mecircs

para limpeza

em parceria

com a

populaccedilatildeo

Enfermeiro da ESF

Inicio imediatamente

(logo apoacutes apresentaccedilatildeo

do projeto)

ldquoFora Denguerdquo Intensificaccedilatildeo das accedilotildees educativas nas escolas e nos grupos e associaccedilatildeo de bairro

Enfermeiro Provab

Durante todo ano

ldquoMapeamento

dos lotes

sujosrdquo

Realizar o

mapeamento

dos terrenos

sujos

ECS e Equipe

de Epidemiologia

Um mecircs para

inicio das atividades

Aleacutem dos 10 passos do Planejamento Estrateacutegico Situacional optei por incluir outros

02 passos que tecircm a finalidade de contribuir para o processo de avaliaccedilatildeo da

Proposta de Intervenccedilatildeo Estatildeo contidos nos itens 511 e 512 a seguir

511 Avaliaccedilatildeo dos Resultados

O instrumento para avaliaccedilatildeo seraacute o Sistema de Informaccedilotildees de Agravos de

Notificaccedilatildeo ndash SINAN

ldquoque tem por objetivo o registro e processamento dos dados sobre agravos

de notificaccedilatildeo em todo o territoacuterio nacional fornecendo informaccedilotildees para

anaacutelise do perfil da morbidade e contribuindo desta forma para a tomada

de decisotildees em niacutevel municipal estadual e federalrdquo (IBGE 2014)

39

Segundo Moraes e Duarte (2009) o SINAN tem sido principal fonte de dados

para coordenaccedilatildeo das accedilotildees de vigilacircncia epidemioloacutegica tanto no sentido de

controle da doenccedila quando como fonte de pesquisa

512 Resultados Eesperados

O resultado esperado eacute

Estabelecer a construccedilatildeo de conhecimento que favoreccedila o autocuidado e a

capacidade de emancipaccedilatildeo da comunidade criando um ambiente seguro com

ecircnfase na educaccedilatildeo e sauacutede com vistas agrave reduccedilatildeo dos casos de dengue na

populaccedilatildeo adscrita da UBS Santos Dumont

40

6 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

O Programa de Valorizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Baacutesica (PROVAB) abriu muitos

caminhos para um horizonte promissor no desenvolvimento da promoccedilatildeo da sauacutede

e da prevenccedilatildeo no campo de atuaccedilatildeo do Programa Sauacutede na Escola criando um

viacutenculo de amizade e confianccedila uma verdadeira parceria com os alunos essencial

na construccedilatildeo de uma sociedade consciente e capaz de cuidar da sua sauacutede de

maneira preventiva loacutegica essa defendida pelo Sistema Uacutenico de Sauacutede

Para noacutes enfermeiros eacute oportunidade de ampliar o horizonte de atuaccedilatildeo

ensinando e aprendendo com o comportamento das crianccedilas dos adolescentes e

jovens vendo de maneira impar o grande desafio da educaccedilatildeo em formar cidadatildeos

com mais sauacutede Como gratificaccedilatildeo recebemos o reconhecimento dos alunos

professores e diretores algo que fica marcado para sempre na formaccedilatildeo do

profissional os laccedilos de confianccedila amizade e reconhecimento satildeo a maior

recompensa e certeza de missatildeo cumprida

Como a Equipe de Sauacutede da Famiacutelia tem como principal objetivo trabalhar na

prevenccedilatildeo de doenccedilas e agravos criando viacutenculos com a clientela a missatildeo de

promover a emancipaccedilatildeo de seus usuaacuterios com ecircnfase no autocuidado exige de

noacutes muita articulaccedilatildeo e intensificaccedilatildeo de accedilotildees educativas Especificamente no caso

da dengue o cumprimento desta missatildeo pode evitar que as constantes epidemias

se tornem parte do cotidiano das pessoas auxiliando os moradores da comunidade

na adoccedilatildeo de medidas responsaacuteveis que visem o cuidado com a sua sauacutede e da

sauacutede da comunidade

Neste sentido a educaccedilatildeo em sauacutede desempenha um papel importante em

manter a comunidade sempre vigilante e em alerta pois o perigo eacute eminente e vive

dentro dos lares das pessoas esperando apenas o momento oportuno e condiccedilotildees

favoraacuteveis para transmitir a dengue

O trabalho dos agentes de controle de endemias e da ESF deve ser

constante focado na eliminaccedilatildeo dos criadouros do mosquito transmissor da dengue

A comunidade deve colaborar com livre acesso dos agentes agraves residecircncias na

colaboraccedilatildeo para eliminaccedilatildeo dos focos nos domiciacutelios e peridomiciacutelios e

multiplicaccedilatildeo das informaccedilotildees sobre o ciclo de vida do vetor entre os vizinhos

amigos e parentes informando que todos estatildeo expostos agrave doenccedila e a mudanccedila de

comportamento pode diminuir os riscos de contrair a dengue

41

Ao poder puacuteblico eacute necessaacuterio adotar um planejamento adequado para

garantir aos cidadatildeos a infraestrutura miacutenima necessaacuteria para viver em comunidade

serviccedilos essenciais como saneamento coleta de lixo e mobilidade que favorecem a

criaccedilatildeo de um ambiente seguro com sauacutede e qualidade de vida

42

REFEREcircNCIAS

ALMEIDA M CM et al Dinacircmica intra-urbana das epidemias de dengue em Belo Horizonte Minas Gerais Brasil 1996-2002 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2008 vol24 n10 pp 2385-2395 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv24n1019pdf Acesso em 02 de out de 2014 ALVES V S A Um modelo de educaccedilatildeo em sauacutede para o Programa Sauacutede da Famiacutelia pela integralidade da atenccedilatildeo e reorientaccedilatildeo do modelo assistencial Interface - Comunic Sauacutede Educ v9 n16 p39-52 set2004fev2005 Disponiacutevel em httpswwwnesconmedicinaufmgbrbibliotecaimagem0303pdf Acesso de jun de 2014 BACKES DS et al (2012) O papel profissional do enfermeiro no Sistema Uacutenico de Sauacutede da sauacutede comunitaacuteria agrave estrateacutegia de sauacutede da famiacutelia Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva

17(1)223-230 2012 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcscv17n1a24v17n1pdf Acesso em 12 de jan 2015 BRASIL Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sauacutede Consulta Estabelecimento - Modulo Profissional - Profissional por Estabelecimento Disponiacutevel em httpcnesdatasusgovbrMod_ProfissionalaspVCo_Unidade=3122302159651 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Cadernos de Informaccedilotildees de Sauacutede Minas Gerais DATASUS TABNET (2010) Disponiacutevel em httptabnetdatasusgovbrtabdatacadernosmghtm Acesso em16 de maio de 2014 BRASIL Dengue - instruccedilotildees para pessoal de combate ao vetor Manual de Normas teacutecnicas - 3 ed rev - Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede 2001 84 p il 30 cm Disponiacutevel em httpbvsmssaudegovbrbvspublicacoesfunasaman_denguepdf acesso em 15 de out de 2014 BRASIL Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz Vetor da dengue na Aacutesia A albopictus eacute alvo de estudos Publicada em 18122008 agraves 1249 Disponiacutevel em httpwwwfiocruzbrioccgicgiluaexesysstarthtminfoid=576ampsid=32amptpl=printerview Acesso em 12 de jan de 2015 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Censo demograacutefico 2010 sinopse Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=1ampsearch=minas-gerais|divinopolis|censo-demografico-2010-sinopse- Acesso em 15 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Divinoacutepolis morbidades hospitalares ndash 2012 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=114ampsearch=minas-gerais|divinopolis|morbidades-hospitalares-2012 Acesso em 12 de maio de 2014

43

BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estaacutetica Divisatildeo Territorial do Brasil e Limites Territoriais Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE) (1 de julho de 2008) Disponiacutevel em httpwwwibgegovbrhomegeocienciascartografiadefault_dtb_intshtm Acesso em16 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Ensino - matriacuteculas docentes e rede escolar ndash 2012 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=117ampsearch=minas-gerais|divinopolis|ensino-matriculas-docentes-e-rede-escolar-2012 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estaacutetica Histoacuterico do Municiacutepio disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrpainelhistoricophplang=ampcodmun=312230ampsearch=minas-gerais|divinopolis|infograficos-historico Acesso 10 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Informaccedilotildees completas Populaccedilatildeo em 2010 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrasperfilphplang=ampcodmun=312230 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Serviccedilos de sauacutede ndash 2009 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=5ampsearch=minas-gerais|divinopolis|servicos-de-saude-2009 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Sistema de informaccedilotildees de agravos de notificaccedilatildeo ndash SINAN Disponiacutevel em httpcesibgegovbrbase-de-dadosmetadadosministerio-da-saudesistema-de-informacoes-de-agravos-de-notificacao-sinan Acesso em 16 de Nov de 2014 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede Dengue aspectos epidemioloacutegicos diagnoacutestico e tratamento Ministeacuterio da Sauacutede Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede ndash Brasiacutelia Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede 2002 Disponiacutevel em httpbvsmssaudegovbrbvspublicacoesdengue_aspecto_epidemiologicos_diagnostico_tratamentopdf Acesso em 02 de out de 2014 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede FUNSA Programa Nacional de Combate a Dengue PNCD Disponiacutevel em httpbvsmssaudegovbrbvspublicacoespncd_2002pdf Acesso em 21 de jun de 2014 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portal Brasil Disponiacutevel em httpwwwbrasilgovbrsaude201311saude-libera-mais-de-r-360-mi-para-combate-a-dengue Acesso em 10 de Nov de 2014

44

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede Departamento de Vigilacircncia Epidemioloacutegica Diretrizes nacionais para prevenccedilatildeo e controle de epidemias de dengue Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede Departamento de Vigilacircncia Epidemioloacutegica ndash Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2009 160 p Disponiacutevel em httpwwwansgovbrportalimgemaildiretrizes_reimpressao_webpdf Acesso em 16 de Nov de 2014

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede (2014) Monitoramento dos casos de dengue e febre de chikungunya ateacute a Semana Epidemioloacutegica (SE) 53 de 2014 Dengue Boletim Epidemioloacutegico ISSN 2358-9450 Volume 46 Ndeg 3 ndash 2015 Disponiacutevel em httpportalsaudesaudegovbrimagespdf2015janeiro192015-002---BE-at---SE-53pdf Acesso em 22 mar de 2015 BRASILSINANONLINE e DVASVEASTSub VPSSES-MG (20122013) Disponiacutevel em httpwwwsaudemggovbrcomponentgmgstory6489-informe-epidemiologico-da-dengue-30-05-2014 Acesso em 08 de jun de 2014 CAMPOS FCC FARIA H P SANTOS MA Planejamento e avaliaccedilatildeo das accedilotildees em sauacutede Curso de Especializaccedilatildeo em Atenccedilatildeo Baacutesica em Sauacutede da Famiacutelia NESCONUFMG Curso de Especializaccedilatildeo em Atenccedilatildeo Baacutesica agrave Sauacutede da Famiacutelia 2ed Belo Horizonte NesconUFMG 2010 Disponiacutevel em lthttpswwwnesconmedicinaufmgbrbibliotecaregistroPlanejamento_e_avaliacao_das_acoes_de_saude_23gt Acesso em Dezembro 2014 DIVINOacutePOLIS Estatuto dos Conselhos Distritais de Sauacutede Conselho Municipal de Sauacutede 1998 DIVINOacutePOLIS Mapa da cidade Disponiacutevel em httpwwwdivinopolismggovbrportalpaginasgeograficosimagensmapadacidadepdf Acesso em 08 de jun de 2014 DIVINOPOLIS Secretaria Municipal de Sauacutede SEMUSA Sistema Integrado de Sauacutede Paciente Famiacutelia Acesso Local Acesso em 15 de maio de 2014 FERREIRA B J et al Evoluccedilatildeo histoacuterica dos programas de prevenccedilatildeo e controle da dengue no Brasil Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2009 vol14 n3 pp 961-972 ISSN 1413-8123 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcscv14n332pdf Acesso em 21 de jun de 2014 FERREIRA IT RN VERAS M A S M and SILVA RA Participaccedilatildeo da populaccedilatildeo no controle da dengue uma anaacutelise da sensibilidade dos planos de sauacutede de municiacutepios do Estado de Satildeo Paulo BrasilCad Sauacutede Puacuteblica [online] 2009 vol25 n12 pp 2683-2694 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielosporgpdfcspv25n1215pdf Acesso em 10 de out de 2014 FIGUEIREDO LT M OWA M A CARLUCCI R H and OLIVEIRA L de Estudo sobre o diagnoacutestico laboratorial e sintomas do dengue durante epidemia ocorrida na regiatildeo de Ribeiratildeo Preto SP Brasil Rev Inst Med trop S Paulo [online] 1992

45

vol34 n2 pp 121-130 ISSN 0036-4665 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfrimtspv34n2a07v34n2pdf Acesso em 13 ago de 2014 FIGUEIROacute AC et al Oacutebito por dengue como evento sentinela para avaliaccedilatildeo da qualidade da assistecircncia estudo de caso em dois municiacutepios da Regiatildeo Nordeste Brasil 2008 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2011 vol27 n12 pp 2373-2385 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv27n1209pdf Acesso em 12 de out de 2014 GIRAtildeO RV et al Educaccedilatildeo em sauacutede sobre a dengue contribuiccedilotildees para o desenvolvimento de competecircncias J res fundam care online 2014 janmar 6(1) 38-46 Disponiacutevel em httpwwwseeruniriobrindexphpcuidadofundamentalarticleview2659pdf_1043 Acesso em 21 de jun de 2014 GONCcedilALVES NETO V S et al Conhecimentos e atitudes da populaccedilatildeo sobre dengue no Municiacutepio de Satildeo Luiacutes Maranhatildeo Brasil 2004 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2006 vol22 n10 pp 2191-2200 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv22n1018pdf Acesso em 10 de out de 2014 LEFEVRE A MC et al Representaccedilotildees sobre dengue seu vetor e accedilotildees de controle por moradores do municiacutepio de Satildeo Sebastiatildeo litoral Norte do Estado de Satildeo Paulo Brasil Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2007 vol23 n7 pp 1696-1706 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv23n722pdf Acesso em 16 de out de 2014 LIMA E C VILASBOAS ALQ Implantaccedilatildeo das Accedilotildees Interssetoriais de Mobilizaccedilatildeo Social do Paraacute o Controle da dengue na Bahia Brasil Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2011 vol27 n8 pp 1507-1519 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv27n806pdf Acesso em 16 de out de 2014 MACHADO RM et al (2013) HISTORIA DA SAUacuteDE MENTAL DE DIVINOacutePOLIS-MG Revista de Enfermagem do Centro Oeste Mineiro 2013 maiago 3 (2) 752-760 httpwwwseerufsjedubrindexphprecomarticleview228439 Acesso em 08 de abr de 2015 MAYO R C et al BEPA - Boletim Epidemioloacutegico Paulista 8(88) 4-12 abr 2011 tab Graf Disponiacutevel em fileCUsersnoteDownloadsv8n88a0120(1)pdf Acesso em 12 de out de 2014 MINAS GERAIS Secretaria Estadual de Sauacutede Programa Estadual de Controle Permanente da Dengue SITUACcedilAtildeO ATUAL DA DENGUE EM MINAS GERAIS RESUMO INFORMATIVO - 15122014 Disponiacutevel em httpwwwsaudemggovbrimagesdocumentosAnaliseDengue15-12-2014pdf Acesso em 10 de jan de 2015 MINAS GERAIS Secretaria de Estado da Sauacutede de Minas Gerais Programa Sauacutede em Casa Disponiacutevel em httpwwwsaudemggovbrpoliacuteticas_de_saudeprograma-saude-em-casa Acesso em 10 de maio de 2014

46

MORAES GH and DUARTE E C Anaacutelise da concordacircncia dos dados de mortalidade por dengue em dois sistemas nacionais de informaccedilatildeo em sauacutede Brasil 2000-2005 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2009 vol25 n11 pp 2354-2364 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielosporgpdfcspv25n1106pdf Acesso em 29 de Nov de 2014 PENNA M L F Um desafio para a sauacutede puacuteblica brasileira o controle do dengue Cad Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro 19(1) 305-309 jan-fev 2003 Disponiacutevel em httpwwwscielosporgpdfcspv19n114932pdf Acesso em 21 de jun de 2014

PREFEITURA MUNICIPAL DE DIVINOacutePOLIS BALANCcedilO DA DENGUE Disponiacutevel em httpwwwdivinopolismggovbrportalnoticiaphpid=11507 Acesso em 19 jan de 2015

RIBEIRO P C SOUSA DC ARAUJO TME Perfil cliacutenico-epidemioloacutegico dos casos suspeitos de Dengue em um bairro da zona sul de Teresina PI Brasil Rev bras enferm [online] 2008 vol61 n2 pp 227-232 ISSN 0034-7167 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfrebenv61n2a13v61n2pdf Acesso em 28 de jul de 2014 VALENTE G SC et al Problematizaccedilatildeo Como Estrateacutegia de Educaccedilatildeo em Sauacutede no Combate a Dengue Um Relato de Experiecircncia R Pesq cuid Fundam Online 2012 outdez 4(4)2987-94 Disponiacutevel em httpwwwseeruniriobrindexphpcuidadofundamentalarticleview1888pdf_641 Acesso em 08 jun de 2014 TEIXEIRA LAS et al Persistecircncia dos sintomas de dengue em uma populaccedilatildeo de Uberaba Minas Gerais Brasil Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2010 vol26 n3 pp 624-630 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv26n319pdf Acesso em 16 de out de 2014

Page 24: PLANO DE AÇÃO NO COMBATE A DENGUE: EDUCAR PARA EVITAR · 2019-11-14 · The Divinopolis follows the same trend, with 4680 notifications and 4139 confirmed ... banhado pelas bacias

24

renda e a baixa escolaridade criaram um ambiente muito favoraacutevel agrave multiplicaccedilatildeo

do vetor Aedes Aegypti

42 Etiologia

Segundo Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2002) a Dengue eacute uma doenccedila febril

que em sua forma claacutessica apresenta como sinais cliacutenicos dores musculares e nas

articulaccedilotildees cefaleia e dor retro-orbitaacuteria vocircmitos e diarreia Para Almeida et al

(2008) a dengue eacute uma doenccedila de curso que varia de forma benigna a grave pode

apresentar a forma claacutessica a forma hemorraacutegica e o choque sendo que esta uacuteltima

pode levar ao oacutebito

No Brasil segundo a Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz (BRASIL 2008) satildeo

encontrados dois vetores da doenccedila o Aedes aegypti e Aedes albopictus A

transmissatildeo ocorre quando uma fecircmea do inseto pica uma pessoa portadora do

viacuterus e esta passa por periacuteodo de incubaccedilatildeo e logo apoacutes 10 a 14 dias a fecircmea estaacute

apta a transmitir o viacuterus por toda vida em meacutedia vive em torno de 35 a 40 dias

43 Aspectos Epidemioloacutegicos

Segundo Gonccedilalves Neto et al (2006) a dengue eacute considerada como a mais

importante arbovirose transmitida por insetos das uacuteltimas deacutecadas atinge a cada

ano um maior contingente de pessoas com o vetor aparecendo em mais de 100

paiacuteses de clima tropical e subtropical

Em face dessa realidade Ferreira Veras e Silva (2009) salientam que as

sucessivas epidemias de dengue no mundo especialmente no Brasil tecircm

mobilizado e preocupado autoridades e a populaccedilatildeo em geral No estado de Satildeo

Paulo houve um grande aumento dos quadros de dengue hemorraacutegica Cerca de

80 dos municiacutepios paulistas estatildeo totalmente infestados pelo mosquito aedes

aegypti Os motivos pelo quais a sua populaccedilatildeo aumenta significativamente

pontuam os autores satildeo a dificuldade em utilizaccedilatildeo de inseticidas a contrataccedilatildeo de

matildeo de obra qualificada a precaacuteria coleta de lixo especialmente nas grandes

cidades e nas suas regiotildees perifeacutericas aleacutem de fatores como o clima criando o

ambiente cada vez mais favoraacutevel agrave reproduccedilatildeo do mosquito

25

Segundo Mayo et al (2011) em estudo semelhante salienta que a

populaccedilatildeo brasileira vem sofrendo com seguidas epidemias de dengue haacute mais de

duas deacutecadas os autores seguem chamando a atenccedilatildeo para o progressivo aumento

de nuacutemero de casos com complicaccedilotildees seguindo a mesma loacutegica um nuacutemero

maior de municiacutepios vem sofrendo com o aparecimento e o aumento de casos de

dengue hemorraacutegica e o aumento dos oacutebitos por complicaccedilotildees da dengue

Havendo a predominacircncia de tais caracteriacutesticas a dengue tem levado ao alto

nuacutemero de oacutebitos Segundo Figueiroacute et al (2011) isso estaacute associado ainda agrave

imensa massa da populaccedilatildeo exposta Contudo salientam os autores que a doenccedila

tem se tornado um dos problemas de sauacutede reemergentes mais importantes da

histoacuteria Estima-se que 25 bilhotildees de pessoas estatildeo em risco de contrair a doenccedila

ainda que por ano satildeo 50 milhotildees de novos casos Destes cerca 550 mil necessitam

de hospitalizaccedilatildeo e pelo menos 20 mil evoluem para oacutebito Dados epidemioloacutegicos

do Ministeacuterio da Sauacutede tem apontado segundo Figueiro et al (2011) um crescente

aumento dos casos de Febre Hemorraacutegica por Dengue (FHD) e em uma deacutecada a

taxa de letalidade atingiu 68 destacando-se a regiatildeo nordeste com maior iacutendice

de casos entre 1981 a 2007

Contudo salientam Giratildeo et al (2014) que devido agrave adaptaccedilatildeo muito

acentuada do vetor nos peridomiciacutelios e domiciacutelios corroborando estudos da

Secretaria Municipal de Sauacutede de Divinoacutepolis (2014) apontaram que 9415 dos

focos de dengue estatildeo dentro das residecircncias sendo assim a participaccedilatildeo do

cidadatildeo no controle eacute de suma importacircncia no controle da doenccedila

Segundo dados do Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2014) em Minas Gerais a

taxa de incidecircncia da doenccedila foi de foi 2856 casos para cada 100000 habitantes

os 45 oacutebitos indicam um aumento de 3333 casos fatais em relaccedilatildeo a 2013 que

teve um nuacutemero de casos maior Quanto ao tipo de viacuterus circulante verificou-se a

incidecircncia de DENV1 (882) seguido de DENV4 (115) DENV3 (03) e DENV2

(00)

Para implantar as accedilotildees de vigilacircncia em sauacutede o Ministeacuterio da Sauacutede

(BRASIL 2014) por meio da Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede repassou para os

estados e municiacutepios 30 do valor a ser gasto em todo ano de 2014 cerca de R$

3634 milhotildees No mecircs de dezembro de 2013 a fim de intensificar as accedilotildees de

combate agrave dengue no periacuteodo de maior incidecircncia foram fornecidos 100 mil kg de

larvicidas 227 mil litros de adulticida e 104 mil kits para diagnoacutestico

26

Segundo a Secretaria Municipal de Sauacutede (DIVINOacutePOLIS 2014) haacute em

atividade 94 agentes de sauacutede puacuteblicos efetivos e 14 contratados sendo a cidade eacute

dividida em setores De acordo com levantamento raacutepido do iacutendice de infestaccedilatildeo do

aedes aegypti realizado em marccedilo de 2014 obteve-se um percentual de infestaccedilatildeo

do mosquito de 37 nos domiciacutelios visitados em Divinoacutepolis que representam risco

meacutedio para epidemia Em outubro de 2014 o novo levantamento raacutepido do iacutendice de

infestaccedilatildeo apresentou um iacutendice de 09 preocupante visto que o valor muito estaacute

muito proacuteximo do tolerado pela Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede que eacute de 1 Aleacutem

disso as condiccedilotildees climaacuteticas nesse periacuteodo natildeo favorecem a proliferaccedilatildeo do

mosquito por isso pode-se considerar esse valor alto

Em face dos dados apresentados conforme afirmam Ferreira Veras e Silva

(2009) para o controle da dengue a participaccedilatildeo popular eacute indiscutivelmente

essencial visto que o vetor habita os domiciacutelios sendo assim todos tem condiccedilotildees

de colaborar fiscalizando suas moradias O PNCD destaca as accedilotildees educativas

como forma de preparar a comunidade para adoccedilatildeo de comportamentos que

protejam a sauacutede coletiva Ainda segundo os autores durante as epidemias haacute todo

um clamor da miacutedia e do poder puacuteblico no sentido de mobilizar a comunidade para o

controle da doenccedila poreacutem nos periacuteodos de menor incidecircncia esse apelo perde a

intensidade o tema acaba no esquecimento sendo apresentado somente no

proacuteximo periacuteodo de infestaccedilatildeo e transmissatildeo da doenccedila

Ferreira Veras e Silva (2009) em anaacutelise do iacutendice de participaccedilatildeo da

populaccedilatildeo de 16 municiacutepios paulistas detectaram que em mais da metade destes

municiacutepios a participaccedilatildeo era muito baixa em consequecircncia o nuacutemero de pessoas

que contraiacuteram a doenccedila era maior onde haacute menos participaccedilatildeo popular

A educaccedilatildeo permanente segundo Ribeiro Sousa e Arauacutejo (2007) visa

acelerar o processo de adesatildeo da populaccedilatildeo agraves medidas preventivas abordando as

questotildees que envolvem condiccedilotildees de sauacutede moradia saneamento baacutesico indo

aleacutem de accedilotildees pontuais e campanhistas que perdem forccedila nos periacuteodos de baixa

notificaccedilatildeo de casos Eacute preciso buscar parceiros na sociedade civil como nos meios

de comunicaccedilatildeo para divulgaccedilatildeo do enfrentamento da doenccedila o ano inteiro

27

44 Medidas Educativas

Giratildeo et al (2014) destacam que somente com a educaccedilatildeo em sauacutede eacute que

se pode despertar na comunidade uma autonomia para que a populaccedilatildeo se sinta

como uma parte do processo que passa pela prevenccedilatildeo cujo controle depende da

eliminaccedilatildeo dos focos do mosquito dentro dos domiciacutelios

Neste sentido Alves (2005) afirma que a educaccedilatildeo em sauacutede eacute uma

ferramenta capaz de produzir intermediada pelos profissionais de sauacutede uma

compreensatildeo nova do processo sauacutede doenccedila oferecendo agrave populaccedilatildeo subsiacutedios

para adoccedilatildeo de novos haacutebitos de vida com ecircnfase na promoccedilatildeo e prevenccedilatildeo de

situaccedilotildees que podem trazer prejuiacutezos agrave sua sauacutede

Segundo Figueiroacute et al (2011) a doenccedila atinge a cada ano um maior

contingente de pessoas Nesse sentido priorizando a reduccedilatildeo dos casos de dengue

e dengue grave o Ministeacuterio da Sauacutede implantou no paiacutes o Plano Nacional de

Controle da Dengue ndash PNCD O programa eacute gerido de forma tripartite ou seja com

a participaccedilatildeo das trecircs esferas de governos uniatildeo estados e municiacutepios

ldquocompreendendo accedilotildees operacionais de vigilacircncia integrada entomoloacutegica e sobre o

meio ambiente de assistecircncia aos pacientes de educaccedilatildeo em sauacutede comunicaccedilatildeo

e mobilizaccedilatildeo socialrdquo (FIGUEIROacute et al 2011 p 2374) O PNCD compreende ainda

o controle e avaliaccedilatildeo dos agentes comunitaacuterios de sauacutede - ACS entretanto

segundo dados epidemioloacutegicos haacute uma grande dificuldade na realizaccedilatildeo das accedilotildees

e no alcance dos resultados esperados devido agrave baixa participaccedilatildeo da populaccedilatildeo

Para Ferreira Veras e Silva (2009) de acordo com a OPAS uma das maiores

dificuldades das autoridades de sauacutede em articulaccedilatildeo das accedilotildees eacute a parceria com a

comunidade o PNCD tem como um dos eixos a participaccedilatildeo comunitaacuteria para

reduccedilatildeo dos criadouros domiciliares Segundo Ferreira Veras e Silva (2009) a

participaccedilatildeo popular no combate eacute fundamental e defendida pelos organismos

nacionais e internacionais Pode estar inserida a capacitaccedilatildeo da populaccedilatildeo na

promoccedilatildeo e prevenccedilatildeo com o objetivo da melhoria da comunidade tanto na sauacutede

individual quanto coletiva favorecendo a construccedilatildeo de um modelo de sauacutede

compartilhada No controle das epidemias especialmente da dengue cujo vetor vive

na maioria das vezes nas casas das pessoas o PNDC visa o desenvolvimento de

accedilotildees educativas que tem como objetivo a mudanccedila de comportamento das

pessoas na manutenccedilatildeo de um ambiente de vida saudaacutevel Contudo a criteriosa

28

tarefa de evitar epidemias vai muito aleacutem do setor de sauacutede consistem em um

conjunto de accedilotildees poliacuteticas teacutecnicas e sociais que inclui prioritariamente a

participaccedilatildeo popular aliada agrave vigilacircncia epidemioloacutegica

Segundo Gonccedilalves Neto et al (2006) as condiccedilotildees sanitaacuterias prejudicadas

ausecircncia de coleta seletiva de lixo ausecircncia de saneamento baacutesico e um

crescimento desordenado em aacutereas tropicais propiciou raacutepida adaptaccedilatildeo do vetor

nas residecircncias levando o aedes aegpyti aproveitar se dos criadouros

providenciados pelo proacuteprio homem para aumentar sua populaccedilatildeo Contudo salienta

o autor praticamente impossiacutevel desenvolver um trabalho de controle do vetor sem a

participaccedilatildeo da comunidade

Tais afirmaccedilotildees explicam a situaccedilatildeo da populaccedilatildeo adscrita da UBS Santos

Dumont onde ocorreu uma grande expansatildeo de domiciacutelios sem um planejamento

adequado deixando um grande nuacutemero de terrenos baldios uma ocupaccedilatildeo sem a

infraestrutura necessaacuteria falta da coleta seletiva de lixo saneamento baacutesico e

pavimentaccedilatildeo Soma-se a isso a deficiecircncia do Estado em garantir uma coleta de

lixo eficiente deixando margem para a proliferaccedilatildeo da doenccedila

Segundo Almeida et al (2008) a adaptaccedilatildeo do mosquito aedes aegypti cuja

sobrevivecircncia depende de aacutegua parada ocorre principalmente nas aacutereas urbanas

em domiciacutelios e peridomiciacutelios Contudo o vetor eacute muito sensiacutevel agraves condiccedilotildees

ambientais poreacutem seus ovos resistem a longos periacuteodos de dissecaccedilatildeo o que

garante a perpetuaccedilatildeo da espeacutecie Com haacutebito diurno preferencialmente tem uma

especial atraccedilatildeo pelo sangue humano seu deslocamento eacute em meacutedia durante um

voo em condiccedilotildees normais de ambiente sem a interferecircncia de vento de cinquenta

metros portanto sua caracteriacutestica de habitar os domiciacutelios e peridomiciacutelios

permanecendo proacuteximo ao local de ldquopastordquo e postura dos ovos

Segundo Almeida et al (2008) com a ausecircncia de uma vacina eficaz capaz

de evitar a doenccedila a principal profilaxia tem sido o controle vetorial por meio de

identificaccedilatildeo dos focos e aplicaccedilatildeo de inseticidas de accedilatildeo residual para eliminaccedilatildeo

das larvas ou seja o combate focal

Contudo afirmam Almeida et al (2008) o conhecimento do dinamismo do

periacuteodo de maior transmissibilidade e latecircncia tem permitido a organizaccedilatildeo de accedilotildees

mais ou menos acentuadas dependendo do momento da epidemia e das condiccedilotildees

climaacuteticas A presenccedila do vetor em variadas partes das cidades jaacute foi identificada por

meio de estudos o que comprova que a doenccedila natildeo atinge somente uma classe

29

social Quanto agrave diminuiccedilatildeo dos casos dentro de um contexto epidemioloacutegico trecircs

fatores tecircm um papel muito importante as condiccedilotildees climaacuteticas desfavoraacuteveis agrave

viabilidade do vetor esgotamento de hospedeiros susceptiacuteveis e o controle quiacutemico

do vetor

45 Controle

Segundo Mayo et al (2011) existem duas formas de atuaccedilatildeo no controle da

doenccedila o bloqueio e o controle de criadouros Estas medidas tecircm por objetivo a

reduccedilatildeo dos criadouros na aacuterea de atuaccedilatildeo dos agentes de sauacutede o controle por

bloqueio e nebulizaccedilatildeo ocorre agrave aplicaccedilatildeo de inseticida com aplicadores Ultra Baixo

Volume - UBV A atuaccedilatildeo nesse tipo de trabalho em relaccedilatildeo ao feito pelo municiacutepio

diz respeito agrave qualidade do serviccedilo realizado bem como a agilidade na realizaccedilatildeo da

tarefa e o grande alcance da aacuterea coberta e o tipo de equipamento empregado

Para realizaccedilatildeo das tarefas o meacutetodo segue o preconizado pelo PNCD divide

as cidades em aacutereas setores e quarteirotildees Segundo Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL

2001) o bloqueio consiste em parar a transmissatildeo da dengue em municiacutepios com

epidemia instalada e tem como objetivo ainda a identificaccedilatildeo do sorotipo de viacuterus

circulante a aplicaccedilatildeo do UBV sem prejuiacutezo do controle larvaacuterio Quanto agrave

delimitaccedilatildeo de um foco isolado nos casos onde natildeo haacute infestaccedilatildeo deveratildeo ser

tratados todos os imoacuteveis no raio de 300 metros do entorno do local

Na fase de ataque segundo Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2001) deveraacute ser

tratado 100 dos imoacuteveis aleacutem de pontos estrateacutegicos terrenos baldios das zonas

infestadas e todos os potenciais focos devem ser eliminados Na fase de

consolidaccedilatildeo o objetivo eacute a erradicaccedilatildeo do mosquito satildeo desenvolvidas vaacuterias

accedilotildees semelhantes agrave fase de ataque com exceccedilatildeo do tratamento de focos Na fase

de manutenccedilatildeo satildeo visitadas todas as aacutereas positivas e negativas mesmo onde o

vetor foi erradicado as medidas satildeo o uso de armadilhas de oviposiccedilatildeo e inspeccedilotildees

de pontos estrateacutegicos

46 Atuaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Baacutesica no Controle da Dengue

As atividades de controle devem ter uma sinergia com todos os setores

envolvidos no tocante a vigilacircncia epidemioloacutegica haacute necessidade de manter a

30

vistoria em imoacuteveis terrenos depoacutesitos oficinas entre outros locais Teixeira et al

(2010) verificaram que os domiciacutelios com terrenos baldios no entorno apresentaram

maior concentraccedilatildeo da doenccedila

Lima e Vilasboas (2011) salientam que a sauacutede eacute um direito e a maneira que

o Estado tem de garantir esse direito eacute por meio de poliacuteticas puacuteblicas de proteccedilatildeo

prevenccedilatildeo e recuperaccedilatildeo de agravos a simples ausecircncia de doenccedila natildeo pode ser

considerada um conceito de sauacutede visto que as condiccedilotildees sociais de saneamento

baacutesico meio ambiente educaccedilatildeo moradia e renda satildeo fatores determinantes no

processo de adoecimento de um povo A sauacutede deve ser pensada no contexto

ampliado com integraccedilatildeo formando uma rede interssetorial na perspectiva de troca

de ajuda muacutetua na troca de experiecircncias com uma construccedilatildeo muacutetua de saberes

facilitando a resoluccedilatildeo dos problemas enfrentados

Para Lima e Vilasboas (2011) a interssetorialidade pode ser um facilitador

para construccedilatildeo de um sistema de sauacutede efetivo contudo aliado a poliacuteticas puacuteblicas

que possam contribuir para ganho na melhoria da qualidade de vida das pessoas A

interssetorialidade extrapola os limites do poder estatal e envolve a sociedade nas

decisotildees poliacuteticas evita a subordinaccedilatildeo de um setor a outro e diminui as resistecircncias

de alguns membros

Segundo Lefegravevre et al (2007) a populaccedilatildeo tem informaccedilotildees sobre a doenccedila

e do ciclo de vida do transmissor poreacutem esse conhecimento ainda natildeo eacute capaz de

produzir nas pessoas atitudes e comportamento para impedir ou reduzir os

criadouros do mosquito A probabilidade eacute que esse conhecimento vindo de origem

externa fragmentado ou pouco organizado configure um conflito entre o saber

sanitaacuterio e o senso comum Ainda segundo o autor o programa educativo tem sido

aplicado haacute muitos anos mas ateacute hoje ainda natildeo obteve o resultado esperado

contudo haacute necessidade de aprofundar neste contexto para identificar onde estatildeo as

falhas para que possa realmente ter uma populaccedilatildeo engajada no controle do vetor

Para a populaccedilatildeo segundo Lefegravevre et al (2007) haacute uma relaccedilatildeo entre sujo

que seria a doenccedila e limpo que seria a sauacutede levando a ideacuteia equivocada que o lixo

eacute o uacutenico meio de procriaccedilatildeo do mosquito Neste sentido haacute uma sinalizaccedilatildeo para

que o poder puacuteblico perceba a necessidade de informar educar e comunicar

Informar no que diz respeito aos constantes dados epidemioloacutegicos sobre a doenccedila

no Paiacutes no Estado e na sua Comunidade no sentido de incentivar a participaccedilatildeo

popular no controle da doenccedila Educar esclarecendo a forma de transmissibilidade

31

da doenccedila estabelecendo um diaacutelogo de faacutecil entendimento na loacutegica sanitaacuteria sem

confrontar o senso comum buscando construir um relacionamento entre o teacutecnico e

o cidadatildeo e agrave adoccedilatildeo de alternativas na reduccedilatildeo das viacutetimas da dengue

Neste sentido a ESF tem papel fundamental no desenvolvimento de accedilotildees de

prevenccedilatildeo e controle da dengue considerando a relaccedilatildeo de confianccedila que a

populaccedilatildeo manteacutem com a equipe de sauacutede da famiacutelia possibilitando o contato com

o ambiente domeacutestico por meio dos ACSs promovendo um ambiente seguro e livre

do Aedes aegypti (BRASIL 2002) A ESF pode ainda promover accedilotildees educativas

com a populaccedilatildeo mobilizando-a para adotar accedilotildees preventivas realizando tambeacutem a

notificaccedilatildeo imediata dos casos suspeitos possibilitando as medidas tratamento

adequado agraves situaccedilotildees de dengue claacutessica e dengue grave reduzindo os casos

letais e possibilitando o bloqueio dos focos pela vigilacircncia epidemioloacutegica

32

5 PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO

O diagnoacutestico situacional foi realizado com base nas informaccedilotildees contidas em

dados oficiais do IBGE do Sistema Integrado de Sauacutede e embasado no relato dos

problemas levantados pela Equipe de Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia da UBS

Santos Dumont

Foi utilizado o Planejamento Estrateacutegico Situacional ndash PES como referecircncia

para a proposta de intervenccedilatildeo Este meacutetodo possibilita que os atores atraveacutes de

sua proacutepria visatildeo identifiquem as causas possiacuteveis dos problemas como nascem e

se desenvolvem A partir deste ponto de vista podem propor soluccedilotildees para atacar

suas causas e a viabilidade destas soluccedilotildees (CAMPOS FARIA SANTOS 2010)

Assim a partir do diagnoacutestico situacional os 10 passos segundo os autores

mencionados e suas atividades satildeo descritas a seguir

51 Primeiro Passo Definiccedilatildeo dos Problemas

Hipertensatildeo Arterial

Diabetes

Drogas

Gravidez na Adolescecircncia

Dengue

Transtorno Depressivo

Doenccedilas Sexualmente Transmissiacuteveis AIDS

Falta de Saneamento Baacutesico

52 Segundo Passo Priorizaccedilatildeo dos Problemas

Dengue

Falta de Saneamento Baacutesico

53 Terceiro Passo Descriccedilatildeo do Problema Selecionado

Segundo o Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2002) o nosso paiacutes eacute

predominantemente de clima tropical e este eacute um ambiente favoraacutevel agrave proliferaccedilatildeo

do mosquito aedes aegypti principal transmissor da dengue em nosso continente A

33

doenccedila eacute a uma arbovirose transmitida por um artroacutepode que pode apresentar-se

de forma benigna claacutessica ou grave na forma de febre hemorraacutegica

Durante o ano de 2014 segundo o Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2014) mais

meio milhatildeo de casos da doenccedila (591080) 528 soacute na regiatildeo Sudeste em Minas

Gerais foram 59222 com 45 oacutebitos confirmados em Divinoacutepolis segundo a

Secretaria Municipal de Sauacutede (2014) ocorreram 4680 notificaccedilotildees de casos da

doenccedila e confirmados 4139 casos de dengue com 06 oacutebitos sendo que os bairros

Nossa Senhora das Graccedilas Centro Satildeo Joseacute Interlagos Niteroacutei Porto Velho

Planalto Santos Dumont Belvedere e Bom Pastor foram responsaacuteveis por 3027

dos casos de dengue da cidade

Ferreira et al (2009) Lima e Vilasboas (2011) chamam a atenccedilatildeo para a falta

de saneamento baacutesico como um fator agravante que pode elevar a multiplicaccedilatildeo do

vetor da doenccedila Para Gonccedilalves Neto et al (2006) as condiccedilotildees sanitaacuterias

prejudicadas o crescimento desordenado levaram agrave raacutepida adaptaccedilatildeo do vetor agraves

residecircncias causando a disseminaccedilatildeo do viacuterus Tais situaccedilotildees satildeo rotineiras na

populaccedilatildeo adscrita da UBS Santos Dumont

54 Quarto passo Explicaccedilatildeo do Problema

A explicaccedilatildeo para o problema selecionado foi qualificado do ponto de vista

social coletivo e individual

Niacutevel Social Refere-se agrave ausecircncia de poliacuteticas puacuteblicas para melhoria de qualidade

de vida da populaccedilatildeo que convive com a ausecircncia de saneamento baacutesico esgoto a

ceacuteu aberto falta de coleta seletiva e lixo acumulado nas ruas e terrenos baldios

Niacutevel Coletivo Falta de consciecircncia da gravidade da doenccedila que pode acometer a

qualquer pessoa e todas as faixas etaacuterias falta de colaboraccedilatildeo entre os vizinhos que

sempre potildeem a culpa das maacutes condiccedilotildees uns nos outros mas ningueacutem assume a

responsabilidade pelo seu quintal

Niacutevel Individual Falta de compromisso pois segundo dados da SEMUSA

(DIVINOacutePOLIS 2014) 9415 dos focos de Dengue estatildeo dentro das residecircncias

esses focos foram identificados em vasilhas de aacutegua para cachorro galinha calhas

mal projetadas e caixas drsquoaacutegua sem tampa

55 Quinto Passo Seleccedilatildeo dos ldquoNoacutes Criacuteticosrdquo

34

Foram selecionados os seguintes ldquonoacutes criacuteticosrdquo que podem ter relaccedilatildeo direta com o

alto nuacutemero de casos de dengue

Lixo nas ruas falta de conscientizaccedilatildeo da populaccedilatildeo para evitar descarte

incorreto de lixo nas ruas e terrenos baldios

Responsabilizaccedilatildeo do outro falta agrave comunidade assumir que o problema da

dengue natildeo eacute do meu vizinho mas eacute de todos

Lotes sujos falta cobranccedila por parte do poder puacuteblico aos proprietaacuterios de

terrenos vazios que mantenham os lotes limpos e conservados

56 Sexto Passo Desenho de Operaccedilotildees para os ldquoNoacutes Criacuteticosrdquo do Problema

Como soluccedilatildeo dos ldquonoacutes criacuteticosrdquo foram apresentadas as seguintes propostas

contidas no Quadro 6 a seguir

Quadro 6 ndash Desenho das Operaccedilotildees para os Noacutes Criacuteticos Selecionados

ldquoNoacute

Criacuteticordquo

Operaccedilatildeo

Projeto

Resultados

Esperados

Produtos

Esperados

Recursos

Necessaacuterios

Lixo nas ruas Reeducaccedilatildeo conscientizaccedilatildeo ambiental

Ausecircncia de lixo nas ruas e lotes vazios

Bairro limpo sem dengue

Datashow e computador

Responsabiliza ccedilatildeo do outro

Conscientizaccedilatildeo

sobre sauacutede

coletiva

Que todos

unidos com

objetivo de

diminuir os

casos de

dengue

Reduccedilatildeo da

doenccedila

Datashow e computador Panfletos informativos

Lotes sujos Limpeza de

lotes e terrenos

Lotes limpos

e sem focos

da dengue

Diminuiccedilatildeo

do nuacutemero do

mosquito

transmissor

da dengue

Palestras sobre

conservaccedilatildeo

dos terrenos e

lotes vazios

Fiscalizaccedilatildeo da

prefeitura

57 Seacutetimo Passo Identificaccedilatildeo dos Recursos Criacuteticos

35

Para iniacutecio das operaccedilotildees foram apresentados os recursos necessaacuterios e

indispensaacuteveis para o sucesso do processo

Quadro 7 ndash Identificaccedilatildeo dos Recursos Criacuteticos

Operaccedilatildeo

Projeto

Recursos Criacuteticos

Controle dos recursos criacuteticos

Accedilatildeo estrateacutegica

Ator que controla

Motivaccedilatildeo

ldquoMutiratildeo da

limpezardquo

realizar um dia

por mecircs para

limpeza em

parceria com a

populaccedilatildeo

Poliacutetico Veiculo e pessoal para limpeza das ruas

Empresa Municipal de Obras Puacuteblicas

Evitar que lixo se acumule nas ruas

Criaccedilatildeo do dia da limpeza e apresentaccedilatildeo da administraccedilatildeo para apreciaccedilatildeo

ldquoFora Denguerdquo Intensificaccedilatildeo das accedilotildees educativas nas escolas e nos grupos e associaccedilatildeo de bairro

Poliacutetico Articulaccedilatildeo interssetorial Financeiro Disponibilizaccedilatildeo de material informativo

Secretaria Municipal de Sauacutede Secretaria Municipal de Educaccedilatildeo Associaccedilatildeo de bairros

Despertar na comunidade a consciecircncia de sauacutede coletiva

Despertar nos discentes e na comunidade o desejo de erradicar os focos da dengue

ldquoMapeamento

dos lotes sujosrdquo

Realizar o

mapeamento

dos terrenos

sujos

Poliacutetico Notificar os

proprietaacuterios para limpeza do

terreno Financeiro

Recurso para impressatildeo das

notificaccedilotildees

Secretaria Municipal de

Sauacutede

Evitar que as pessoas joguem lixo e entulho em lotes vagos

Conservaccedilatildeo e limpeza dos lotes vazios

58 Oitavo Passo Anaacutelise de Viabilidade do Plano

A proposta a seguir (Quadro 3) apresenta a motivaccedilatildeo para a viabilidade do plano

visto que alguns dos recursos necessaacuterios fogem agrave governabilidade da ESF

36

Quadro 8 ndash Viabilidade do Plano

Operaccedilatildeo

Projeto

Recursos Criacuteticos

Controle dos recursos criacuteticos

Accedilatildeo estrateacutegica

Ator que controla

Motivaccedilatildeo

ldquoMutiratildeo da

limpezardquo

realizar um dia

por mecircs para

limpeza em

parceria com a

populaccedilatildeo

Poliacutetico Veiculo e pessoal para limpeza das ruas

Empresa Municipal de Obras Puacuteblicas

Favoraacutevel Criaccedilatildeo do dia da limpeza e apresentaccedilatildeo agrave administraccedilatildeo para apreciaccedilatildeo

ldquoFora Denguerdquo Intensificaccedilatildeo das accedilotildees educativas nas escolas e nos grupos e associaccedilatildeo de bairro

Poliacutetico Articulaccedilatildeo interssetorial Financeiro Disponibilizaccedilatildeo de material informativo

Secretaria Municipal de Sauacutede Secretaria Municipal de Educaccedilatildeo Associaccedilatildeo de bairros

Favoraacutevel

Despertar nos escolares e na comunidade o desejo de erradicar os focos da dengue

ldquoMapeamento

dos lotes sujosrdquo

Realizar o

mapeamento

dos terrenos

sujos

Poliacutetico Notificar os

proprietaacuterios para limpeza do

terreno Financeiro

Recurso para impressatildeo das

notificaccedilotildees

Secretaria Municipal de

Sauacutede

Indiferente

Conservaccedilatildeo e limpeza dos lotes vazios

37

59 Nono Passo Elaboraccedilatildeo do Plano Operativo

A proposta a seguir no Quadro 9 identifica os atores envolvidos lhes atribuiacutedo

responsabilidades e prazos a cumprir

Quadro 9 ndash Plano Operativo

Operaccedilotildees Resultados Accedilotildees Estrateacutegicas

Responsaacutevel Prazo

ldquoMutiratildeo da limpezardquo realizar um dia por mecircs para limpeza em parceria com a populaccedilatildeo

Limpeza das ruas

e quintais

Coleta de lixo

das ruas Incentivo a limpeza de

lotes e quintais

Equipe de ACS

Durante todo ano

ldquoFora Denguerdquo Intensificaccedilatildeo das accedilotildees educativas nas escolas e nos grupos e associaccedilatildeo de bairro

Uma comunidade

consciente das suas

responsabilidades

Insistir e reforccedilar com

accedilotildees educativas para que

populaccedilatildeo mantenha as ruas limpas e coloque o lixo

para ser recolhido

Enfermeiro ESF

Durante todo o ano

ldquoMapeamento dos lotes

sujosrdquo Realizar o

mapeamento dos terrenos

sujos

Identificar os focos e eliminaacute-

los

Criaccedilatildeo de um mapa onde ocorreram focos do mosquito

ACS e

Enfermeiro

Trecircs meses

510 Deacutecimo Passo Gestatildeo do Plano

Com a gestatildeo do plano eacute possiacutevel aos responsaacuteveis acompanhar e monitorar as

accedilotildees avaliando e sempre que necessaacuterio readequando as eventuais falhas do

processo

38

Quadro 10ndash Gestatildeo do Plano

Produtos Responsaacutevel Prazo Situaccedilatildeo Atual

Justificativa Novo Prazo

ldquoMutiratildeo da

limpezardquo

realizar um

dia por mecircs

para limpeza

em parceria

com a

populaccedilatildeo

Enfermeiro da ESF

Inicio imediatamente

(logo apoacutes apresentaccedilatildeo

do projeto)

ldquoFora Denguerdquo Intensificaccedilatildeo das accedilotildees educativas nas escolas e nos grupos e associaccedilatildeo de bairro

Enfermeiro Provab

Durante todo ano

ldquoMapeamento

dos lotes

sujosrdquo

Realizar o

mapeamento

dos terrenos

sujos

ECS e Equipe

de Epidemiologia

Um mecircs para

inicio das atividades

Aleacutem dos 10 passos do Planejamento Estrateacutegico Situacional optei por incluir outros

02 passos que tecircm a finalidade de contribuir para o processo de avaliaccedilatildeo da

Proposta de Intervenccedilatildeo Estatildeo contidos nos itens 511 e 512 a seguir

511 Avaliaccedilatildeo dos Resultados

O instrumento para avaliaccedilatildeo seraacute o Sistema de Informaccedilotildees de Agravos de

Notificaccedilatildeo ndash SINAN

ldquoque tem por objetivo o registro e processamento dos dados sobre agravos

de notificaccedilatildeo em todo o territoacuterio nacional fornecendo informaccedilotildees para

anaacutelise do perfil da morbidade e contribuindo desta forma para a tomada

de decisotildees em niacutevel municipal estadual e federalrdquo (IBGE 2014)

39

Segundo Moraes e Duarte (2009) o SINAN tem sido principal fonte de dados

para coordenaccedilatildeo das accedilotildees de vigilacircncia epidemioloacutegica tanto no sentido de

controle da doenccedila quando como fonte de pesquisa

512 Resultados Eesperados

O resultado esperado eacute

Estabelecer a construccedilatildeo de conhecimento que favoreccedila o autocuidado e a

capacidade de emancipaccedilatildeo da comunidade criando um ambiente seguro com

ecircnfase na educaccedilatildeo e sauacutede com vistas agrave reduccedilatildeo dos casos de dengue na

populaccedilatildeo adscrita da UBS Santos Dumont

40

6 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

O Programa de Valorizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Baacutesica (PROVAB) abriu muitos

caminhos para um horizonte promissor no desenvolvimento da promoccedilatildeo da sauacutede

e da prevenccedilatildeo no campo de atuaccedilatildeo do Programa Sauacutede na Escola criando um

viacutenculo de amizade e confianccedila uma verdadeira parceria com os alunos essencial

na construccedilatildeo de uma sociedade consciente e capaz de cuidar da sua sauacutede de

maneira preventiva loacutegica essa defendida pelo Sistema Uacutenico de Sauacutede

Para noacutes enfermeiros eacute oportunidade de ampliar o horizonte de atuaccedilatildeo

ensinando e aprendendo com o comportamento das crianccedilas dos adolescentes e

jovens vendo de maneira impar o grande desafio da educaccedilatildeo em formar cidadatildeos

com mais sauacutede Como gratificaccedilatildeo recebemos o reconhecimento dos alunos

professores e diretores algo que fica marcado para sempre na formaccedilatildeo do

profissional os laccedilos de confianccedila amizade e reconhecimento satildeo a maior

recompensa e certeza de missatildeo cumprida

Como a Equipe de Sauacutede da Famiacutelia tem como principal objetivo trabalhar na

prevenccedilatildeo de doenccedilas e agravos criando viacutenculos com a clientela a missatildeo de

promover a emancipaccedilatildeo de seus usuaacuterios com ecircnfase no autocuidado exige de

noacutes muita articulaccedilatildeo e intensificaccedilatildeo de accedilotildees educativas Especificamente no caso

da dengue o cumprimento desta missatildeo pode evitar que as constantes epidemias

se tornem parte do cotidiano das pessoas auxiliando os moradores da comunidade

na adoccedilatildeo de medidas responsaacuteveis que visem o cuidado com a sua sauacutede e da

sauacutede da comunidade

Neste sentido a educaccedilatildeo em sauacutede desempenha um papel importante em

manter a comunidade sempre vigilante e em alerta pois o perigo eacute eminente e vive

dentro dos lares das pessoas esperando apenas o momento oportuno e condiccedilotildees

favoraacuteveis para transmitir a dengue

O trabalho dos agentes de controle de endemias e da ESF deve ser

constante focado na eliminaccedilatildeo dos criadouros do mosquito transmissor da dengue

A comunidade deve colaborar com livre acesso dos agentes agraves residecircncias na

colaboraccedilatildeo para eliminaccedilatildeo dos focos nos domiciacutelios e peridomiciacutelios e

multiplicaccedilatildeo das informaccedilotildees sobre o ciclo de vida do vetor entre os vizinhos

amigos e parentes informando que todos estatildeo expostos agrave doenccedila e a mudanccedila de

comportamento pode diminuir os riscos de contrair a dengue

41

Ao poder puacuteblico eacute necessaacuterio adotar um planejamento adequado para

garantir aos cidadatildeos a infraestrutura miacutenima necessaacuteria para viver em comunidade

serviccedilos essenciais como saneamento coleta de lixo e mobilidade que favorecem a

criaccedilatildeo de um ambiente seguro com sauacutede e qualidade de vida

42

REFEREcircNCIAS

ALMEIDA M CM et al Dinacircmica intra-urbana das epidemias de dengue em Belo Horizonte Minas Gerais Brasil 1996-2002 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2008 vol24 n10 pp 2385-2395 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv24n1019pdf Acesso em 02 de out de 2014 ALVES V S A Um modelo de educaccedilatildeo em sauacutede para o Programa Sauacutede da Famiacutelia pela integralidade da atenccedilatildeo e reorientaccedilatildeo do modelo assistencial Interface - Comunic Sauacutede Educ v9 n16 p39-52 set2004fev2005 Disponiacutevel em httpswwwnesconmedicinaufmgbrbibliotecaimagem0303pdf Acesso de jun de 2014 BACKES DS et al (2012) O papel profissional do enfermeiro no Sistema Uacutenico de Sauacutede da sauacutede comunitaacuteria agrave estrateacutegia de sauacutede da famiacutelia Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva

17(1)223-230 2012 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcscv17n1a24v17n1pdf Acesso em 12 de jan 2015 BRASIL Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sauacutede Consulta Estabelecimento - Modulo Profissional - Profissional por Estabelecimento Disponiacutevel em httpcnesdatasusgovbrMod_ProfissionalaspVCo_Unidade=3122302159651 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Cadernos de Informaccedilotildees de Sauacutede Minas Gerais DATASUS TABNET (2010) Disponiacutevel em httptabnetdatasusgovbrtabdatacadernosmghtm Acesso em16 de maio de 2014 BRASIL Dengue - instruccedilotildees para pessoal de combate ao vetor Manual de Normas teacutecnicas - 3 ed rev - Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede 2001 84 p il 30 cm Disponiacutevel em httpbvsmssaudegovbrbvspublicacoesfunasaman_denguepdf acesso em 15 de out de 2014 BRASIL Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz Vetor da dengue na Aacutesia A albopictus eacute alvo de estudos Publicada em 18122008 agraves 1249 Disponiacutevel em httpwwwfiocruzbrioccgicgiluaexesysstarthtminfoid=576ampsid=32amptpl=printerview Acesso em 12 de jan de 2015 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Censo demograacutefico 2010 sinopse Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=1ampsearch=minas-gerais|divinopolis|censo-demografico-2010-sinopse- Acesso em 15 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Divinoacutepolis morbidades hospitalares ndash 2012 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=114ampsearch=minas-gerais|divinopolis|morbidades-hospitalares-2012 Acesso em 12 de maio de 2014

43

BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estaacutetica Divisatildeo Territorial do Brasil e Limites Territoriais Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE) (1 de julho de 2008) Disponiacutevel em httpwwwibgegovbrhomegeocienciascartografiadefault_dtb_intshtm Acesso em16 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Ensino - matriacuteculas docentes e rede escolar ndash 2012 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=117ampsearch=minas-gerais|divinopolis|ensino-matriculas-docentes-e-rede-escolar-2012 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estaacutetica Histoacuterico do Municiacutepio disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrpainelhistoricophplang=ampcodmun=312230ampsearch=minas-gerais|divinopolis|infograficos-historico Acesso 10 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Informaccedilotildees completas Populaccedilatildeo em 2010 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrasperfilphplang=ampcodmun=312230 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Serviccedilos de sauacutede ndash 2009 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=5ampsearch=minas-gerais|divinopolis|servicos-de-saude-2009 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Sistema de informaccedilotildees de agravos de notificaccedilatildeo ndash SINAN Disponiacutevel em httpcesibgegovbrbase-de-dadosmetadadosministerio-da-saudesistema-de-informacoes-de-agravos-de-notificacao-sinan Acesso em 16 de Nov de 2014 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede Dengue aspectos epidemioloacutegicos diagnoacutestico e tratamento Ministeacuterio da Sauacutede Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede ndash Brasiacutelia Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede 2002 Disponiacutevel em httpbvsmssaudegovbrbvspublicacoesdengue_aspecto_epidemiologicos_diagnostico_tratamentopdf Acesso em 02 de out de 2014 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede FUNSA Programa Nacional de Combate a Dengue PNCD Disponiacutevel em httpbvsmssaudegovbrbvspublicacoespncd_2002pdf Acesso em 21 de jun de 2014 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portal Brasil Disponiacutevel em httpwwwbrasilgovbrsaude201311saude-libera-mais-de-r-360-mi-para-combate-a-dengue Acesso em 10 de Nov de 2014

44

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede Departamento de Vigilacircncia Epidemioloacutegica Diretrizes nacionais para prevenccedilatildeo e controle de epidemias de dengue Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede Departamento de Vigilacircncia Epidemioloacutegica ndash Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2009 160 p Disponiacutevel em httpwwwansgovbrportalimgemaildiretrizes_reimpressao_webpdf Acesso em 16 de Nov de 2014

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede (2014) Monitoramento dos casos de dengue e febre de chikungunya ateacute a Semana Epidemioloacutegica (SE) 53 de 2014 Dengue Boletim Epidemioloacutegico ISSN 2358-9450 Volume 46 Ndeg 3 ndash 2015 Disponiacutevel em httpportalsaudesaudegovbrimagespdf2015janeiro192015-002---BE-at---SE-53pdf Acesso em 22 mar de 2015 BRASILSINANONLINE e DVASVEASTSub VPSSES-MG (20122013) Disponiacutevel em httpwwwsaudemggovbrcomponentgmgstory6489-informe-epidemiologico-da-dengue-30-05-2014 Acesso em 08 de jun de 2014 CAMPOS FCC FARIA H P SANTOS MA Planejamento e avaliaccedilatildeo das accedilotildees em sauacutede Curso de Especializaccedilatildeo em Atenccedilatildeo Baacutesica em Sauacutede da Famiacutelia NESCONUFMG Curso de Especializaccedilatildeo em Atenccedilatildeo Baacutesica agrave Sauacutede da Famiacutelia 2ed Belo Horizonte NesconUFMG 2010 Disponiacutevel em lthttpswwwnesconmedicinaufmgbrbibliotecaregistroPlanejamento_e_avaliacao_das_acoes_de_saude_23gt Acesso em Dezembro 2014 DIVINOacutePOLIS Estatuto dos Conselhos Distritais de Sauacutede Conselho Municipal de Sauacutede 1998 DIVINOacutePOLIS Mapa da cidade Disponiacutevel em httpwwwdivinopolismggovbrportalpaginasgeograficosimagensmapadacidadepdf Acesso em 08 de jun de 2014 DIVINOPOLIS Secretaria Municipal de Sauacutede SEMUSA Sistema Integrado de Sauacutede Paciente Famiacutelia Acesso Local Acesso em 15 de maio de 2014 FERREIRA B J et al Evoluccedilatildeo histoacuterica dos programas de prevenccedilatildeo e controle da dengue no Brasil Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2009 vol14 n3 pp 961-972 ISSN 1413-8123 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcscv14n332pdf Acesso em 21 de jun de 2014 FERREIRA IT RN VERAS M A S M and SILVA RA Participaccedilatildeo da populaccedilatildeo no controle da dengue uma anaacutelise da sensibilidade dos planos de sauacutede de municiacutepios do Estado de Satildeo Paulo BrasilCad Sauacutede Puacuteblica [online] 2009 vol25 n12 pp 2683-2694 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielosporgpdfcspv25n1215pdf Acesso em 10 de out de 2014 FIGUEIREDO LT M OWA M A CARLUCCI R H and OLIVEIRA L de Estudo sobre o diagnoacutestico laboratorial e sintomas do dengue durante epidemia ocorrida na regiatildeo de Ribeiratildeo Preto SP Brasil Rev Inst Med trop S Paulo [online] 1992

45

vol34 n2 pp 121-130 ISSN 0036-4665 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfrimtspv34n2a07v34n2pdf Acesso em 13 ago de 2014 FIGUEIROacute AC et al Oacutebito por dengue como evento sentinela para avaliaccedilatildeo da qualidade da assistecircncia estudo de caso em dois municiacutepios da Regiatildeo Nordeste Brasil 2008 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2011 vol27 n12 pp 2373-2385 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv27n1209pdf Acesso em 12 de out de 2014 GIRAtildeO RV et al Educaccedilatildeo em sauacutede sobre a dengue contribuiccedilotildees para o desenvolvimento de competecircncias J res fundam care online 2014 janmar 6(1) 38-46 Disponiacutevel em httpwwwseeruniriobrindexphpcuidadofundamentalarticleview2659pdf_1043 Acesso em 21 de jun de 2014 GONCcedilALVES NETO V S et al Conhecimentos e atitudes da populaccedilatildeo sobre dengue no Municiacutepio de Satildeo Luiacutes Maranhatildeo Brasil 2004 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2006 vol22 n10 pp 2191-2200 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv22n1018pdf Acesso em 10 de out de 2014 LEFEVRE A MC et al Representaccedilotildees sobre dengue seu vetor e accedilotildees de controle por moradores do municiacutepio de Satildeo Sebastiatildeo litoral Norte do Estado de Satildeo Paulo Brasil Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2007 vol23 n7 pp 1696-1706 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv23n722pdf Acesso em 16 de out de 2014 LIMA E C VILASBOAS ALQ Implantaccedilatildeo das Accedilotildees Interssetoriais de Mobilizaccedilatildeo Social do Paraacute o Controle da dengue na Bahia Brasil Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2011 vol27 n8 pp 1507-1519 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv27n806pdf Acesso em 16 de out de 2014 MACHADO RM et al (2013) HISTORIA DA SAUacuteDE MENTAL DE DIVINOacutePOLIS-MG Revista de Enfermagem do Centro Oeste Mineiro 2013 maiago 3 (2) 752-760 httpwwwseerufsjedubrindexphprecomarticleview228439 Acesso em 08 de abr de 2015 MAYO R C et al BEPA - Boletim Epidemioloacutegico Paulista 8(88) 4-12 abr 2011 tab Graf Disponiacutevel em fileCUsersnoteDownloadsv8n88a0120(1)pdf Acesso em 12 de out de 2014 MINAS GERAIS Secretaria Estadual de Sauacutede Programa Estadual de Controle Permanente da Dengue SITUACcedilAtildeO ATUAL DA DENGUE EM MINAS GERAIS RESUMO INFORMATIVO - 15122014 Disponiacutevel em httpwwwsaudemggovbrimagesdocumentosAnaliseDengue15-12-2014pdf Acesso em 10 de jan de 2015 MINAS GERAIS Secretaria de Estado da Sauacutede de Minas Gerais Programa Sauacutede em Casa Disponiacutevel em httpwwwsaudemggovbrpoliacuteticas_de_saudeprograma-saude-em-casa Acesso em 10 de maio de 2014

46

MORAES GH and DUARTE E C Anaacutelise da concordacircncia dos dados de mortalidade por dengue em dois sistemas nacionais de informaccedilatildeo em sauacutede Brasil 2000-2005 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2009 vol25 n11 pp 2354-2364 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielosporgpdfcspv25n1106pdf Acesso em 29 de Nov de 2014 PENNA M L F Um desafio para a sauacutede puacuteblica brasileira o controle do dengue Cad Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro 19(1) 305-309 jan-fev 2003 Disponiacutevel em httpwwwscielosporgpdfcspv19n114932pdf Acesso em 21 de jun de 2014

PREFEITURA MUNICIPAL DE DIVINOacutePOLIS BALANCcedilO DA DENGUE Disponiacutevel em httpwwwdivinopolismggovbrportalnoticiaphpid=11507 Acesso em 19 jan de 2015

RIBEIRO P C SOUSA DC ARAUJO TME Perfil cliacutenico-epidemioloacutegico dos casos suspeitos de Dengue em um bairro da zona sul de Teresina PI Brasil Rev bras enferm [online] 2008 vol61 n2 pp 227-232 ISSN 0034-7167 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfrebenv61n2a13v61n2pdf Acesso em 28 de jul de 2014 VALENTE G SC et al Problematizaccedilatildeo Como Estrateacutegia de Educaccedilatildeo em Sauacutede no Combate a Dengue Um Relato de Experiecircncia R Pesq cuid Fundam Online 2012 outdez 4(4)2987-94 Disponiacutevel em httpwwwseeruniriobrindexphpcuidadofundamentalarticleview1888pdf_641 Acesso em 08 jun de 2014 TEIXEIRA LAS et al Persistecircncia dos sintomas de dengue em uma populaccedilatildeo de Uberaba Minas Gerais Brasil Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2010 vol26 n3 pp 624-630 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv26n319pdf Acesso em 16 de out de 2014

Page 25: PLANO DE AÇÃO NO COMBATE A DENGUE: EDUCAR PARA EVITAR · 2019-11-14 · The Divinopolis follows the same trend, with 4680 notifications and 4139 confirmed ... banhado pelas bacias

25

Segundo Mayo et al (2011) em estudo semelhante salienta que a

populaccedilatildeo brasileira vem sofrendo com seguidas epidemias de dengue haacute mais de

duas deacutecadas os autores seguem chamando a atenccedilatildeo para o progressivo aumento

de nuacutemero de casos com complicaccedilotildees seguindo a mesma loacutegica um nuacutemero

maior de municiacutepios vem sofrendo com o aparecimento e o aumento de casos de

dengue hemorraacutegica e o aumento dos oacutebitos por complicaccedilotildees da dengue

Havendo a predominacircncia de tais caracteriacutesticas a dengue tem levado ao alto

nuacutemero de oacutebitos Segundo Figueiroacute et al (2011) isso estaacute associado ainda agrave

imensa massa da populaccedilatildeo exposta Contudo salientam os autores que a doenccedila

tem se tornado um dos problemas de sauacutede reemergentes mais importantes da

histoacuteria Estima-se que 25 bilhotildees de pessoas estatildeo em risco de contrair a doenccedila

ainda que por ano satildeo 50 milhotildees de novos casos Destes cerca 550 mil necessitam

de hospitalizaccedilatildeo e pelo menos 20 mil evoluem para oacutebito Dados epidemioloacutegicos

do Ministeacuterio da Sauacutede tem apontado segundo Figueiro et al (2011) um crescente

aumento dos casos de Febre Hemorraacutegica por Dengue (FHD) e em uma deacutecada a

taxa de letalidade atingiu 68 destacando-se a regiatildeo nordeste com maior iacutendice

de casos entre 1981 a 2007

Contudo salientam Giratildeo et al (2014) que devido agrave adaptaccedilatildeo muito

acentuada do vetor nos peridomiciacutelios e domiciacutelios corroborando estudos da

Secretaria Municipal de Sauacutede de Divinoacutepolis (2014) apontaram que 9415 dos

focos de dengue estatildeo dentro das residecircncias sendo assim a participaccedilatildeo do

cidadatildeo no controle eacute de suma importacircncia no controle da doenccedila

Segundo dados do Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2014) em Minas Gerais a

taxa de incidecircncia da doenccedila foi de foi 2856 casos para cada 100000 habitantes

os 45 oacutebitos indicam um aumento de 3333 casos fatais em relaccedilatildeo a 2013 que

teve um nuacutemero de casos maior Quanto ao tipo de viacuterus circulante verificou-se a

incidecircncia de DENV1 (882) seguido de DENV4 (115) DENV3 (03) e DENV2

(00)

Para implantar as accedilotildees de vigilacircncia em sauacutede o Ministeacuterio da Sauacutede

(BRASIL 2014) por meio da Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede repassou para os

estados e municiacutepios 30 do valor a ser gasto em todo ano de 2014 cerca de R$

3634 milhotildees No mecircs de dezembro de 2013 a fim de intensificar as accedilotildees de

combate agrave dengue no periacuteodo de maior incidecircncia foram fornecidos 100 mil kg de

larvicidas 227 mil litros de adulticida e 104 mil kits para diagnoacutestico

26

Segundo a Secretaria Municipal de Sauacutede (DIVINOacutePOLIS 2014) haacute em

atividade 94 agentes de sauacutede puacuteblicos efetivos e 14 contratados sendo a cidade eacute

dividida em setores De acordo com levantamento raacutepido do iacutendice de infestaccedilatildeo do

aedes aegypti realizado em marccedilo de 2014 obteve-se um percentual de infestaccedilatildeo

do mosquito de 37 nos domiciacutelios visitados em Divinoacutepolis que representam risco

meacutedio para epidemia Em outubro de 2014 o novo levantamento raacutepido do iacutendice de

infestaccedilatildeo apresentou um iacutendice de 09 preocupante visto que o valor muito estaacute

muito proacuteximo do tolerado pela Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede que eacute de 1 Aleacutem

disso as condiccedilotildees climaacuteticas nesse periacuteodo natildeo favorecem a proliferaccedilatildeo do

mosquito por isso pode-se considerar esse valor alto

Em face dos dados apresentados conforme afirmam Ferreira Veras e Silva

(2009) para o controle da dengue a participaccedilatildeo popular eacute indiscutivelmente

essencial visto que o vetor habita os domiciacutelios sendo assim todos tem condiccedilotildees

de colaborar fiscalizando suas moradias O PNCD destaca as accedilotildees educativas

como forma de preparar a comunidade para adoccedilatildeo de comportamentos que

protejam a sauacutede coletiva Ainda segundo os autores durante as epidemias haacute todo

um clamor da miacutedia e do poder puacuteblico no sentido de mobilizar a comunidade para o

controle da doenccedila poreacutem nos periacuteodos de menor incidecircncia esse apelo perde a

intensidade o tema acaba no esquecimento sendo apresentado somente no

proacuteximo periacuteodo de infestaccedilatildeo e transmissatildeo da doenccedila

Ferreira Veras e Silva (2009) em anaacutelise do iacutendice de participaccedilatildeo da

populaccedilatildeo de 16 municiacutepios paulistas detectaram que em mais da metade destes

municiacutepios a participaccedilatildeo era muito baixa em consequecircncia o nuacutemero de pessoas

que contraiacuteram a doenccedila era maior onde haacute menos participaccedilatildeo popular

A educaccedilatildeo permanente segundo Ribeiro Sousa e Arauacutejo (2007) visa

acelerar o processo de adesatildeo da populaccedilatildeo agraves medidas preventivas abordando as

questotildees que envolvem condiccedilotildees de sauacutede moradia saneamento baacutesico indo

aleacutem de accedilotildees pontuais e campanhistas que perdem forccedila nos periacuteodos de baixa

notificaccedilatildeo de casos Eacute preciso buscar parceiros na sociedade civil como nos meios

de comunicaccedilatildeo para divulgaccedilatildeo do enfrentamento da doenccedila o ano inteiro

27

44 Medidas Educativas

Giratildeo et al (2014) destacam que somente com a educaccedilatildeo em sauacutede eacute que

se pode despertar na comunidade uma autonomia para que a populaccedilatildeo se sinta

como uma parte do processo que passa pela prevenccedilatildeo cujo controle depende da

eliminaccedilatildeo dos focos do mosquito dentro dos domiciacutelios

Neste sentido Alves (2005) afirma que a educaccedilatildeo em sauacutede eacute uma

ferramenta capaz de produzir intermediada pelos profissionais de sauacutede uma

compreensatildeo nova do processo sauacutede doenccedila oferecendo agrave populaccedilatildeo subsiacutedios

para adoccedilatildeo de novos haacutebitos de vida com ecircnfase na promoccedilatildeo e prevenccedilatildeo de

situaccedilotildees que podem trazer prejuiacutezos agrave sua sauacutede

Segundo Figueiroacute et al (2011) a doenccedila atinge a cada ano um maior

contingente de pessoas Nesse sentido priorizando a reduccedilatildeo dos casos de dengue

e dengue grave o Ministeacuterio da Sauacutede implantou no paiacutes o Plano Nacional de

Controle da Dengue ndash PNCD O programa eacute gerido de forma tripartite ou seja com

a participaccedilatildeo das trecircs esferas de governos uniatildeo estados e municiacutepios

ldquocompreendendo accedilotildees operacionais de vigilacircncia integrada entomoloacutegica e sobre o

meio ambiente de assistecircncia aos pacientes de educaccedilatildeo em sauacutede comunicaccedilatildeo

e mobilizaccedilatildeo socialrdquo (FIGUEIROacute et al 2011 p 2374) O PNCD compreende ainda

o controle e avaliaccedilatildeo dos agentes comunitaacuterios de sauacutede - ACS entretanto

segundo dados epidemioloacutegicos haacute uma grande dificuldade na realizaccedilatildeo das accedilotildees

e no alcance dos resultados esperados devido agrave baixa participaccedilatildeo da populaccedilatildeo

Para Ferreira Veras e Silva (2009) de acordo com a OPAS uma das maiores

dificuldades das autoridades de sauacutede em articulaccedilatildeo das accedilotildees eacute a parceria com a

comunidade o PNCD tem como um dos eixos a participaccedilatildeo comunitaacuteria para

reduccedilatildeo dos criadouros domiciliares Segundo Ferreira Veras e Silva (2009) a

participaccedilatildeo popular no combate eacute fundamental e defendida pelos organismos

nacionais e internacionais Pode estar inserida a capacitaccedilatildeo da populaccedilatildeo na

promoccedilatildeo e prevenccedilatildeo com o objetivo da melhoria da comunidade tanto na sauacutede

individual quanto coletiva favorecendo a construccedilatildeo de um modelo de sauacutede

compartilhada No controle das epidemias especialmente da dengue cujo vetor vive

na maioria das vezes nas casas das pessoas o PNDC visa o desenvolvimento de

accedilotildees educativas que tem como objetivo a mudanccedila de comportamento das

pessoas na manutenccedilatildeo de um ambiente de vida saudaacutevel Contudo a criteriosa

28

tarefa de evitar epidemias vai muito aleacutem do setor de sauacutede consistem em um

conjunto de accedilotildees poliacuteticas teacutecnicas e sociais que inclui prioritariamente a

participaccedilatildeo popular aliada agrave vigilacircncia epidemioloacutegica

Segundo Gonccedilalves Neto et al (2006) as condiccedilotildees sanitaacuterias prejudicadas

ausecircncia de coleta seletiva de lixo ausecircncia de saneamento baacutesico e um

crescimento desordenado em aacutereas tropicais propiciou raacutepida adaptaccedilatildeo do vetor

nas residecircncias levando o aedes aegpyti aproveitar se dos criadouros

providenciados pelo proacuteprio homem para aumentar sua populaccedilatildeo Contudo salienta

o autor praticamente impossiacutevel desenvolver um trabalho de controle do vetor sem a

participaccedilatildeo da comunidade

Tais afirmaccedilotildees explicam a situaccedilatildeo da populaccedilatildeo adscrita da UBS Santos

Dumont onde ocorreu uma grande expansatildeo de domiciacutelios sem um planejamento

adequado deixando um grande nuacutemero de terrenos baldios uma ocupaccedilatildeo sem a

infraestrutura necessaacuteria falta da coleta seletiva de lixo saneamento baacutesico e

pavimentaccedilatildeo Soma-se a isso a deficiecircncia do Estado em garantir uma coleta de

lixo eficiente deixando margem para a proliferaccedilatildeo da doenccedila

Segundo Almeida et al (2008) a adaptaccedilatildeo do mosquito aedes aegypti cuja

sobrevivecircncia depende de aacutegua parada ocorre principalmente nas aacutereas urbanas

em domiciacutelios e peridomiciacutelios Contudo o vetor eacute muito sensiacutevel agraves condiccedilotildees

ambientais poreacutem seus ovos resistem a longos periacuteodos de dissecaccedilatildeo o que

garante a perpetuaccedilatildeo da espeacutecie Com haacutebito diurno preferencialmente tem uma

especial atraccedilatildeo pelo sangue humano seu deslocamento eacute em meacutedia durante um

voo em condiccedilotildees normais de ambiente sem a interferecircncia de vento de cinquenta

metros portanto sua caracteriacutestica de habitar os domiciacutelios e peridomiciacutelios

permanecendo proacuteximo ao local de ldquopastordquo e postura dos ovos

Segundo Almeida et al (2008) com a ausecircncia de uma vacina eficaz capaz

de evitar a doenccedila a principal profilaxia tem sido o controle vetorial por meio de

identificaccedilatildeo dos focos e aplicaccedilatildeo de inseticidas de accedilatildeo residual para eliminaccedilatildeo

das larvas ou seja o combate focal

Contudo afirmam Almeida et al (2008) o conhecimento do dinamismo do

periacuteodo de maior transmissibilidade e latecircncia tem permitido a organizaccedilatildeo de accedilotildees

mais ou menos acentuadas dependendo do momento da epidemia e das condiccedilotildees

climaacuteticas A presenccedila do vetor em variadas partes das cidades jaacute foi identificada por

meio de estudos o que comprova que a doenccedila natildeo atinge somente uma classe

29

social Quanto agrave diminuiccedilatildeo dos casos dentro de um contexto epidemioloacutegico trecircs

fatores tecircm um papel muito importante as condiccedilotildees climaacuteticas desfavoraacuteveis agrave

viabilidade do vetor esgotamento de hospedeiros susceptiacuteveis e o controle quiacutemico

do vetor

45 Controle

Segundo Mayo et al (2011) existem duas formas de atuaccedilatildeo no controle da

doenccedila o bloqueio e o controle de criadouros Estas medidas tecircm por objetivo a

reduccedilatildeo dos criadouros na aacuterea de atuaccedilatildeo dos agentes de sauacutede o controle por

bloqueio e nebulizaccedilatildeo ocorre agrave aplicaccedilatildeo de inseticida com aplicadores Ultra Baixo

Volume - UBV A atuaccedilatildeo nesse tipo de trabalho em relaccedilatildeo ao feito pelo municiacutepio

diz respeito agrave qualidade do serviccedilo realizado bem como a agilidade na realizaccedilatildeo da

tarefa e o grande alcance da aacuterea coberta e o tipo de equipamento empregado

Para realizaccedilatildeo das tarefas o meacutetodo segue o preconizado pelo PNCD divide

as cidades em aacutereas setores e quarteirotildees Segundo Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL

2001) o bloqueio consiste em parar a transmissatildeo da dengue em municiacutepios com

epidemia instalada e tem como objetivo ainda a identificaccedilatildeo do sorotipo de viacuterus

circulante a aplicaccedilatildeo do UBV sem prejuiacutezo do controle larvaacuterio Quanto agrave

delimitaccedilatildeo de um foco isolado nos casos onde natildeo haacute infestaccedilatildeo deveratildeo ser

tratados todos os imoacuteveis no raio de 300 metros do entorno do local

Na fase de ataque segundo Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2001) deveraacute ser

tratado 100 dos imoacuteveis aleacutem de pontos estrateacutegicos terrenos baldios das zonas

infestadas e todos os potenciais focos devem ser eliminados Na fase de

consolidaccedilatildeo o objetivo eacute a erradicaccedilatildeo do mosquito satildeo desenvolvidas vaacuterias

accedilotildees semelhantes agrave fase de ataque com exceccedilatildeo do tratamento de focos Na fase

de manutenccedilatildeo satildeo visitadas todas as aacutereas positivas e negativas mesmo onde o

vetor foi erradicado as medidas satildeo o uso de armadilhas de oviposiccedilatildeo e inspeccedilotildees

de pontos estrateacutegicos

46 Atuaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Baacutesica no Controle da Dengue

As atividades de controle devem ter uma sinergia com todos os setores

envolvidos no tocante a vigilacircncia epidemioloacutegica haacute necessidade de manter a

30

vistoria em imoacuteveis terrenos depoacutesitos oficinas entre outros locais Teixeira et al

(2010) verificaram que os domiciacutelios com terrenos baldios no entorno apresentaram

maior concentraccedilatildeo da doenccedila

Lima e Vilasboas (2011) salientam que a sauacutede eacute um direito e a maneira que

o Estado tem de garantir esse direito eacute por meio de poliacuteticas puacuteblicas de proteccedilatildeo

prevenccedilatildeo e recuperaccedilatildeo de agravos a simples ausecircncia de doenccedila natildeo pode ser

considerada um conceito de sauacutede visto que as condiccedilotildees sociais de saneamento

baacutesico meio ambiente educaccedilatildeo moradia e renda satildeo fatores determinantes no

processo de adoecimento de um povo A sauacutede deve ser pensada no contexto

ampliado com integraccedilatildeo formando uma rede interssetorial na perspectiva de troca

de ajuda muacutetua na troca de experiecircncias com uma construccedilatildeo muacutetua de saberes

facilitando a resoluccedilatildeo dos problemas enfrentados

Para Lima e Vilasboas (2011) a interssetorialidade pode ser um facilitador

para construccedilatildeo de um sistema de sauacutede efetivo contudo aliado a poliacuteticas puacuteblicas

que possam contribuir para ganho na melhoria da qualidade de vida das pessoas A

interssetorialidade extrapola os limites do poder estatal e envolve a sociedade nas

decisotildees poliacuteticas evita a subordinaccedilatildeo de um setor a outro e diminui as resistecircncias

de alguns membros

Segundo Lefegravevre et al (2007) a populaccedilatildeo tem informaccedilotildees sobre a doenccedila

e do ciclo de vida do transmissor poreacutem esse conhecimento ainda natildeo eacute capaz de

produzir nas pessoas atitudes e comportamento para impedir ou reduzir os

criadouros do mosquito A probabilidade eacute que esse conhecimento vindo de origem

externa fragmentado ou pouco organizado configure um conflito entre o saber

sanitaacuterio e o senso comum Ainda segundo o autor o programa educativo tem sido

aplicado haacute muitos anos mas ateacute hoje ainda natildeo obteve o resultado esperado

contudo haacute necessidade de aprofundar neste contexto para identificar onde estatildeo as

falhas para que possa realmente ter uma populaccedilatildeo engajada no controle do vetor

Para a populaccedilatildeo segundo Lefegravevre et al (2007) haacute uma relaccedilatildeo entre sujo

que seria a doenccedila e limpo que seria a sauacutede levando a ideacuteia equivocada que o lixo

eacute o uacutenico meio de procriaccedilatildeo do mosquito Neste sentido haacute uma sinalizaccedilatildeo para

que o poder puacuteblico perceba a necessidade de informar educar e comunicar

Informar no que diz respeito aos constantes dados epidemioloacutegicos sobre a doenccedila

no Paiacutes no Estado e na sua Comunidade no sentido de incentivar a participaccedilatildeo

popular no controle da doenccedila Educar esclarecendo a forma de transmissibilidade

31

da doenccedila estabelecendo um diaacutelogo de faacutecil entendimento na loacutegica sanitaacuteria sem

confrontar o senso comum buscando construir um relacionamento entre o teacutecnico e

o cidadatildeo e agrave adoccedilatildeo de alternativas na reduccedilatildeo das viacutetimas da dengue

Neste sentido a ESF tem papel fundamental no desenvolvimento de accedilotildees de

prevenccedilatildeo e controle da dengue considerando a relaccedilatildeo de confianccedila que a

populaccedilatildeo manteacutem com a equipe de sauacutede da famiacutelia possibilitando o contato com

o ambiente domeacutestico por meio dos ACSs promovendo um ambiente seguro e livre

do Aedes aegypti (BRASIL 2002) A ESF pode ainda promover accedilotildees educativas

com a populaccedilatildeo mobilizando-a para adotar accedilotildees preventivas realizando tambeacutem a

notificaccedilatildeo imediata dos casos suspeitos possibilitando as medidas tratamento

adequado agraves situaccedilotildees de dengue claacutessica e dengue grave reduzindo os casos

letais e possibilitando o bloqueio dos focos pela vigilacircncia epidemioloacutegica

32

5 PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO

O diagnoacutestico situacional foi realizado com base nas informaccedilotildees contidas em

dados oficiais do IBGE do Sistema Integrado de Sauacutede e embasado no relato dos

problemas levantados pela Equipe de Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia da UBS

Santos Dumont

Foi utilizado o Planejamento Estrateacutegico Situacional ndash PES como referecircncia

para a proposta de intervenccedilatildeo Este meacutetodo possibilita que os atores atraveacutes de

sua proacutepria visatildeo identifiquem as causas possiacuteveis dos problemas como nascem e

se desenvolvem A partir deste ponto de vista podem propor soluccedilotildees para atacar

suas causas e a viabilidade destas soluccedilotildees (CAMPOS FARIA SANTOS 2010)

Assim a partir do diagnoacutestico situacional os 10 passos segundo os autores

mencionados e suas atividades satildeo descritas a seguir

51 Primeiro Passo Definiccedilatildeo dos Problemas

Hipertensatildeo Arterial

Diabetes

Drogas

Gravidez na Adolescecircncia

Dengue

Transtorno Depressivo

Doenccedilas Sexualmente Transmissiacuteveis AIDS

Falta de Saneamento Baacutesico

52 Segundo Passo Priorizaccedilatildeo dos Problemas

Dengue

Falta de Saneamento Baacutesico

53 Terceiro Passo Descriccedilatildeo do Problema Selecionado

Segundo o Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2002) o nosso paiacutes eacute

predominantemente de clima tropical e este eacute um ambiente favoraacutevel agrave proliferaccedilatildeo

do mosquito aedes aegypti principal transmissor da dengue em nosso continente A

33

doenccedila eacute a uma arbovirose transmitida por um artroacutepode que pode apresentar-se

de forma benigna claacutessica ou grave na forma de febre hemorraacutegica

Durante o ano de 2014 segundo o Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2014) mais

meio milhatildeo de casos da doenccedila (591080) 528 soacute na regiatildeo Sudeste em Minas

Gerais foram 59222 com 45 oacutebitos confirmados em Divinoacutepolis segundo a

Secretaria Municipal de Sauacutede (2014) ocorreram 4680 notificaccedilotildees de casos da

doenccedila e confirmados 4139 casos de dengue com 06 oacutebitos sendo que os bairros

Nossa Senhora das Graccedilas Centro Satildeo Joseacute Interlagos Niteroacutei Porto Velho

Planalto Santos Dumont Belvedere e Bom Pastor foram responsaacuteveis por 3027

dos casos de dengue da cidade

Ferreira et al (2009) Lima e Vilasboas (2011) chamam a atenccedilatildeo para a falta

de saneamento baacutesico como um fator agravante que pode elevar a multiplicaccedilatildeo do

vetor da doenccedila Para Gonccedilalves Neto et al (2006) as condiccedilotildees sanitaacuterias

prejudicadas o crescimento desordenado levaram agrave raacutepida adaptaccedilatildeo do vetor agraves

residecircncias causando a disseminaccedilatildeo do viacuterus Tais situaccedilotildees satildeo rotineiras na

populaccedilatildeo adscrita da UBS Santos Dumont

54 Quarto passo Explicaccedilatildeo do Problema

A explicaccedilatildeo para o problema selecionado foi qualificado do ponto de vista

social coletivo e individual

Niacutevel Social Refere-se agrave ausecircncia de poliacuteticas puacuteblicas para melhoria de qualidade

de vida da populaccedilatildeo que convive com a ausecircncia de saneamento baacutesico esgoto a

ceacuteu aberto falta de coleta seletiva e lixo acumulado nas ruas e terrenos baldios

Niacutevel Coletivo Falta de consciecircncia da gravidade da doenccedila que pode acometer a

qualquer pessoa e todas as faixas etaacuterias falta de colaboraccedilatildeo entre os vizinhos que

sempre potildeem a culpa das maacutes condiccedilotildees uns nos outros mas ningueacutem assume a

responsabilidade pelo seu quintal

Niacutevel Individual Falta de compromisso pois segundo dados da SEMUSA

(DIVINOacutePOLIS 2014) 9415 dos focos de Dengue estatildeo dentro das residecircncias

esses focos foram identificados em vasilhas de aacutegua para cachorro galinha calhas

mal projetadas e caixas drsquoaacutegua sem tampa

55 Quinto Passo Seleccedilatildeo dos ldquoNoacutes Criacuteticosrdquo

34

Foram selecionados os seguintes ldquonoacutes criacuteticosrdquo que podem ter relaccedilatildeo direta com o

alto nuacutemero de casos de dengue

Lixo nas ruas falta de conscientizaccedilatildeo da populaccedilatildeo para evitar descarte

incorreto de lixo nas ruas e terrenos baldios

Responsabilizaccedilatildeo do outro falta agrave comunidade assumir que o problema da

dengue natildeo eacute do meu vizinho mas eacute de todos

Lotes sujos falta cobranccedila por parte do poder puacuteblico aos proprietaacuterios de

terrenos vazios que mantenham os lotes limpos e conservados

56 Sexto Passo Desenho de Operaccedilotildees para os ldquoNoacutes Criacuteticosrdquo do Problema

Como soluccedilatildeo dos ldquonoacutes criacuteticosrdquo foram apresentadas as seguintes propostas

contidas no Quadro 6 a seguir

Quadro 6 ndash Desenho das Operaccedilotildees para os Noacutes Criacuteticos Selecionados

ldquoNoacute

Criacuteticordquo

Operaccedilatildeo

Projeto

Resultados

Esperados

Produtos

Esperados

Recursos

Necessaacuterios

Lixo nas ruas Reeducaccedilatildeo conscientizaccedilatildeo ambiental

Ausecircncia de lixo nas ruas e lotes vazios

Bairro limpo sem dengue

Datashow e computador

Responsabiliza ccedilatildeo do outro

Conscientizaccedilatildeo

sobre sauacutede

coletiva

Que todos

unidos com

objetivo de

diminuir os

casos de

dengue

Reduccedilatildeo da

doenccedila

Datashow e computador Panfletos informativos

Lotes sujos Limpeza de

lotes e terrenos

Lotes limpos

e sem focos

da dengue

Diminuiccedilatildeo

do nuacutemero do

mosquito

transmissor

da dengue

Palestras sobre

conservaccedilatildeo

dos terrenos e

lotes vazios

Fiscalizaccedilatildeo da

prefeitura

57 Seacutetimo Passo Identificaccedilatildeo dos Recursos Criacuteticos

35

Para iniacutecio das operaccedilotildees foram apresentados os recursos necessaacuterios e

indispensaacuteveis para o sucesso do processo

Quadro 7 ndash Identificaccedilatildeo dos Recursos Criacuteticos

Operaccedilatildeo

Projeto

Recursos Criacuteticos

Controle dos recursos criacuteticos

Accedilatildeo estrateacutegica

Ator que controla

Motivaccedilatildeo

ldquoMutiratildeo da

limpezardquo

realizar um dia

por mecircs para

limpeza em

parceria com a

populaccedilatildeo

Poliacutetico Veiculo e pessoal para limpeza das ruas

Empresa Municipal de Obras Puacuteblicas

Evitar que lixo se acumule nas ruas

Criaccedilatildeo do dia da limpeza e apresentaccedilatildeo da administraccedilatildeo para apreciaccedilatildeo

ldquoFora Denguerdquo Intensificaccedilatildeo das accedilotildees educativas nas escolas e nos grupos e associaccedilatildeo de bairro

Poliacutetico Articulaccedilatildeo interssetorial Financeiro Disponibilizaccedilatildeo de material informativo

Secretaria Municipal de Sauacutede Secretaria Municipal de Educaccedilatildeo Associaccedilatildeo de bairros

Despertar na comunidade a consciecircncia de sauacutede coletiva

Despertar nos discentes e na comunidade o desejo de erradicar os focos da dengue

ldquoMapeamento

dos lotes sujosrdquo

Realizar o

mapeamento

dos terrenos

sujos

Poliacutetico Notificar os

proprietaacuterios para limpeza do

terreno Financeiro

Recurso para impressatildeo das

notificaccedilotildees

Secretaria Municipal de

Sauacutede

Evitar que as pessoas joguem lixo e entulho em lotes vagos

Conservaccedilatildeo e limpeza dos lotes vazios

58 Oitavo Passo Anaacutelise de Viabilidade do Plano

A proposta a seguir (Quadro 3) apresenta a motivaccedilatildeo para a viabilidade do plano

visto que alguns dos recursos necessaacuterios fogem agrave governabilidade da ESF

36

Quadro 8 ndash Viabilidade do Plano

Operaccedilatildeo

Projeto

Recursos Criacuteticos

Controle dos recursos criacuteticos

Accedilatildeo estrateacutegica

Ator que controla

Motivaccedilatildeo

ldquoMutiratildeo da

limpezardquo

realizar um dia

por mecircs para

limpeza em

parceria com a

populaccedilatildeo

Poliacutetico Veiculo e pessoal para limpeza das ruas

Empresa Municipal de Obras Puacuteblicas

Favoraacutevel Criaccedilatildeo do dia da limpeza e apresentaccedilatildeo agrave administraccedilatildeo para apreciaccedilatildeo

ldquoFora Denguerdquo Intensificaccedilatildeo das accedilotildees educativas nas escolas e nos grupos e associaccedilatildeo de bairro

Poliacutetico Articulaccedilatildeo interssetorial Financeiro Disponibilizaccedilatildeo de material informativo

Secretaria Municipal de Sauacutede Secretaria Municipal de Educaccedilatildeo Associaccedilatildeo de bairros

Favoraacutevel

Despertar nos escolares e na comunidade o desejo de erradicar os focos da dengue

ldquoMapeamento

dos lotes sujosrdquo

Realizar o

mapeamento

dos terrenos

sujos

Poliacutetico Notificar os

proprietaacuterios para limpeza do

terreno Financeiro

Recurso para impressatildeo das

notificaccedilotildees

Secretaria Municipal de

Sauacutede

Indiferente

Conservaccedilatildeo e limpeza dos lotes vazios

37

59 Nono Passo Elaboraccedilatildeo do Plano Operativo

A proposta a seguir no Quadro 9 identifica os atores envolvidos lhes atribuiacutedo

responsabilidades e prazos a cumprir

Quadro 9 ndash Plano Operativo

Operaccedilotildees Resultados Accedilotildees Estrateacutegicas

Responsaacutevel Prazo

ldquoMutiratildeo da limpezardquo realizar um dia por mecircs para limpeza em parceria com a populaccedilatildeo

Limpeza das ruas

e quintais

Coleta de lixo

das ruas Incentivo a limpeza de

lotes e quintais

Equipe de ACS

Durante todo ano

ldquoFora Denguerdquo Intensificaccedilatildeo das accedilotildees educativas nas escolas e nos grupos e associaccedilatildeo de bairro

Uma comunidade

consciente das suas

responsabilidades

Insistir e reforccedilar com

accedilotildees educativas para que

populaccedilatildeo mantenha as ruas limpas e coloque o lixo

para ser recolhido

Enfermeiro ESF

Durante todo o ano

ldquoMapeamento dos lotes

sujosrdquo Realizar o

mapeamento dos terrenos

sujos

Identificar os focos e eliminaacute-

los

Criaccedilatildeo de um mapa onde ocorreram focos do mosquito

ACS e

Enfermeiro

Trecircs meses

510 Deacutecimo Passo Gestatildeo do Plano

Com a gestatildeo do plano eacute possiacutevel aos responsaacuteveis acompanhar e monitorar as

accedilotildees avaliando e sempre que necessaacuterio readequando as eventuais falhas do

processo

38

Quadro 10ndash Gestatildeo do Plano

Produtos Responsaacutevel Prazo Situaccedilatildeo Atual

Justificativa Novo Prazo

ldquoMutiratildeo da

limpezardquo

realizar um

dia por mecircs

para limpeza

em parceria

com a

populaccedilatildeo

Enfermeiro da ESF

Inicio imediatamente

(logo apoacutes apresentaccedilatildeo

do projeto)

ldquoFora Denguerdquo Intensificaccedilatildeo das accedilotildees educativas nas escolas e nos grupos e associaccedilatildeo de bairro

Enfermeiro Provab

Durante todo ano

ldquoMapeamento

dos lotes

sujosrdquo

Realizar o

mapeamento

dos terrenos

sujos

ECS e Equipe

de Epidemiologia

Um mecircs para

inicio das atividades

Aleacutem dos 10 passos do Planejamento Estrateacutegico Situacional optei por incluir outros

02 passos que tecircm a finalidade de contribuir para o processo de avaliaccedilatildeo da

Proposta de Intervenccedilatildeo Estatildeo contidos nos itens 511 e 512 a seguir

511 Avaliaccedilatildeo dos Resultados

O instrumento para avaliaccedilatildeo seraacute o Sistema de Informaccedilotildees de Agravos de

Notificaccedilatildeo ndash SINAN

ldquoque tem por objetivo o registro e processamento dos dados sobre agravos

de notificaccedilatildeo em todo o territoacuterio nacional fornecendo informaccedilotildees para

anaacutelise do perfil da morbidade e contribuindo desta forma para a tomada

de decisotildees em niacutevel municipal estadual e federalrdquo (IBGE 2014)

39

Segundo Moraes e Duarte (2009) o SINAN tem sido principal fonte de dados

para coordenaccedilatildeo das accedilotildees de vigilacircncia epidemioloacutegica tanto no sentido de

controle da doenccedila quando como fonte de pesquisa

512 Resultados Eesperados

O resultado esperado eacute

Estabelecer a construccedilatildeo de conhecimento que favoreccedila o autocuidado e a

capacidade de emancipaccedilatildeo da comunidade criando um ambiente seguro com

ecircnfase na educaccedilatildeo e sauacutede com vistas agrave reduccedilatildeo dos casos de dengue na

populaccedilatildeo adscrita da UBS Santos Dumont

40

6 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

O Programa de Valorizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Baacutesica (PROVAB) abriu muitos

caminhos para um horizonte promissor no desenvolvimento da promoccedilatildeo da sauacutede

e da prevenccedilatildeo no campo de atuaccedilatildeo do Programa Sauacutede na Escola criando um

viacutenculo de amizade e confianccedila uma verdadeira parceria com os alunos essencial

na construccedilatildeo de uma sociedade consciente e capaz de cuidar da sua sauacutede de

maneira preventiva loacutegica essa defendida pelo Sistema Uacutenico de Sauacutede

Para noacutes enfermeiros eacute oportunidade de ampliar o horizonte de atuaccedilatildeo

ensinando e aprendendo com o comportamento das crianccedilas dos adolescentes e

jovens vendo de maneira impar o grande desafio da educaccedilatildeo em formar cidadatildeos

com mais sauacutede Como gratificaccedilatildeo recebemos o reconhecimento dos alunos

professores e diretores algo que fica marcado para sempre na formaccedilatildeo do

profissional os laccedilos de confianccedila amizade e reconhecimento satildeo a maior

recompensa e certeza de missatildeo cumprida

Como a Equipe de Sauacutede da Famiacutelia tem como principal objetivo trabalhar na

prevenccedilatildeo de doenccedilas e agravos criando viacutenculos com a clientela a missatildeo de

promover a emancipaccedilatildeo de seus usuaacuterios com ecircnfase no autocuidado exige de

noacutes muita articulaccedilatildeo e intensificaccedilatildeo de accedilotildees educativas Especificamente no caso

da dengue o cumprimento desta missatildeo pode evitar que as constantes epidemias

se tornem parte do cotidiano das pessoas auxiliando os moradores da comunidade

na adoccedilatildeo de medidas responsaacuteveis que visem o cuidado com a sua sauacutede e da

sauacutede da comunidade

Neste sentido a educaccedilatildeo em sauacutede desempenha um papel importante em

manter a comunidade sempre vigilante e em alerta pois o perigo eacute eminente e vive

dentro dos lares das pessoas esperando apenas o momento oportuno e condiccedilotildees

favoraacuteveis para transmitir a dengue

O trabalho dos agentes de controle de endemias e da ESF deve ser

constante focado na eliminaccedilatildeo dos criadouros do mosquito transmissor da dengue

A comunidade deve colaborar com livre acesso dos agentes agraves residecircncias na

colaboraccedilatildeo para eliminaccedilatildeo dos focos nos domiciacutelios e peridomiciacutelios e

multiplicaccedilatildeo das informaccedilotildees sobre o ciclo de vida do vetor entre os vizinhos

amigos e parentes informando que todos estatildeo expostos agrave doenccedila e a mudanccedila de

comportamento pode diminuir os riscos de contrair a dengue

41

Ao poder puacuteblico eacute necessaacuterio adotar um planejamento adequado para

garantir aos cidadatildeos a infraestrutura miacutenima necessaacuteria para viver em comunidade

serviccedilos essenciais como saneamento coleta de lixo e mobilidade que favorecem a

criaccedilatildeo de um ambiente seguro com sauacutede e qualidade de vida

42

REFEREcircNCIAS

ALMEIDA M CM et al Dinacircmica intra-urbana das epidemias de dengue em Belo Horizonte Minas Gerais Brasil 1996-2002 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2008 vol24 n10 pp 2385-2395 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv24n1019pdf Acesso em 02 de out de 2014 ALVES V S A Um modelo de educaccedilatildeo em sauacutede para o Programa Sauacutede da Famiacutelia pela integralidade da atenccedilatildeo e reorientaccedilatildeo do modelo assistencial Interface - Comunic Sauacutede Educ v9 n16 p39-52 set2004fev2005 Disponiacutevel em httpswwwnesconmedicinaufmgbrbibliotecaimagem0303pdf Acesso de jun de 2014 BACKES DS et al (2012) O papel profissional do enfermeiro no Sistema Uacutenico de Sauacutede da sauacutede comunitaacuteria agrave estrateacutegia de sauacutede da famiacutelia Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva

17(1)223-230 2012 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcscv17n1a24v17n1pdf Acesso em 12 de jan 2015 BRASIL Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sauacutede Consulta Estabelecimento - Modulo Profissional - Profissional por Estabelecimento Disponiacutevel em httpcnesdatasusgovbrMod_ProfissionalaspVCo_Unidade=3122302159651 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Cadernos de Informaccedilotildees de Sauacutede Minas Gerais DATASUS TABNET (2010) Disponiacutevel em httptabnetdatasusgovbrtabdatacadernosmghtm Acesso em16 de maio de 2014 BRASIL Dengue - instruccedilotildees para pessoal de combate ao vetor Manual de Normas teacutecnicas - 3 ed rev - Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede 2001 84 p il 30 cm Disponiacutevel em httpbvsmssaudegovbrbvspublicacoesfunasaman_denguepdf acesso em 15 de out de 2014 BRASIL Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz Vetor da dengue na Aacutesia A albopictus eacute alvo de estudos Publicada em 18122008 agraves 1249 Disponiacutevel em httpwwwfiocruzbrioccgicgiluaexesysstarthtminfoid=576ampsid=32amptpl=printerview Acesso em 12 de jan de 2015 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Censo demograacutefico 2010 sinopse Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=1ampsearch=minas-gerais|divinopolis|censo-demografico-2010-sinopse- Acesso em 15 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Divinoacutepolis morbidades hospitalares ndash 2012 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=114ampsearch=minas-gerais|divinopolis|morbidades-hospitalares-2012 Acesso em 12 de maio de 2014

43

BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estaacutetica Divisatildeo Territorial do Brasil e Limites Territoriais Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE) (1 de julho de 2008) Disponiacutevel em httpwwwibgegovbrhomegeocienciascartografiadefault_dtb_intshtm Acesso em16 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Ensino - matriacuteculas docentes e rede escolar ndash 2012 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=117ampsearch=minas-gerais|divinopolis|ensino-matriculas-docentes-e-rede-escolar-2012 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estaacutetica Histoacuterico do Municiacutepio disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrpainelhistoricophplang=ampcodmun=312230ampsearch=minas-gerais|divinopolis|infograficos-historico Acesso 10 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Informaccedilotildees completas Populaccedilatildeo em 2010 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrasperfilphplang=ampcodmun=312230 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Serviccedilos de sauacutede ndash 2009 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=5ampsearch=minas-gerais|divinopolis|servicos-de-saude-2009 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Sistema de informaccedilotildees de agravos de notificaccedilatildeo ndash SINAN Disponiacutevel em httpcesibgegovbrbase-de-dadosmetadadosministerio-da-saudesistema-de-informacoes-de-agravos-de-notificacao-sinan Acesso em 16 de Nov de 2014 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede Dengue aspectos epidemioloacutegicos diagnoacutestico e tratamento Ministeacuterio da Sauacutede Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede ndash Brasiacutelia Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede 2002 Disponiacutevel em httpbvsmssaudegovbrbvspublicacoesdengue_aspecto_epidemiologicos_diagnostico_tratamentopdf Acesso em 02 de out de 2014 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede FUNSA Programa Nacional de Combate a Dengue PNCD Disponiacutevel em httpbvsmssaudegovbrbvspublicacoespncd_2002pdf Acesso em 21 de jun de 2014 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portal Brasil Disponiacutevel em httpwwwbrasilgovbrsaude201311saude-libera-mais-de-r-360-mi-para-combate-a-dengue Acesso em 10 de Nov de 2014

44

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede Departamento de Vigilacircncia Epidemioloacutegica Diretrizes nacionais para prevenccedilatildeo e controle de epidemias de dengue Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede Departamento de Vigilacircncia Epidemioloacutegica ndash Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2009 160 p Disponiacutevel em httpwwwansgovbrportalimgemaildiretrizes_reimpressao_webpdf Acesso em 16 de Nov de 2014

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede (2014) Monitoramento dos casos de dengue e febre de chikungunya ateacute a Semana Epidemioloacutegica (SE) 53 de 2014 Dengue Boletim Epidemioloacutegico ISSN 2358-9450 Volume 46 Ndeg 3 ndash 2015 Disponiacutevel em httpportalsaudesaudegovbrimagespdf2015janeiro192015-002---BE-at---SE-53pdf Acesso em 22 mar de 2015 BRASILSINANONLINE e DVASVEASTSub VPSSES-MG (20122013) Disponiacutevel em httpwwwsaudemggovbrcomponentgmgstory6489-informe-epidemiologico-da-dengue-30-05-2014 Acesso em 08 de jun de 2014 CAMPOS FCC FARIA H P SANTOS MA Planejamento e avaliaccedilatildeo das accedilotildees em sauacutede Curso de Especializaccedilatildeo em Atenccedilatildeo Baacutesica em Sauacutede da Famiacutelia NESCONUFMG Curso de Especializaccedilatildeo em Atenccedilatildeo Baacutesica agrave Sauacutede da Famiacutelia 2ed Belo Horizonte NesconUFMG 2010 Disponiacutevel em lthttpswwwnesconmedicinaufmgbrbibliotecaregistroPlanejamento_e_avaliacao_das_acoes_de_saude_23gt Acesso em Dezembro 2014 DIVINOacutePOLIS Estatuto dos Conselhos Distritais de Sauacutede Conselho Municipal de Sauacutede 1998 DIVINOacutePOLIS Mapa da cidade Disponiacutevel em httpwwwdivinopolismggovbrportalpaginasgeograficosimagensmapadacidadepdf Acesso em 08 de jun de 2014 DIVINOPOLIS Secretaria Municipal de Sauacutede SEMUSA Sistema Integrado de Sauacutede Paciente Famiacutelia Acesso Local Acesso em 15 de maio de 2014 FERREIRA B J et al Evoluccedilatildeo histoacuterica dos programas de prevenccedilatildeo e controle da dengue no Brasil Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2009 vol14 n3 pp 961-972 ISSN 1413-8123 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcscv14n332pdf Acesso em 21 de jun de 2014 FERREIRA IT RN VERAS M A S M and SILVA RA Participaccedilatildeo da populaccedilatildeo no controle da dengue uma anaacutelise da sensibilidade dos planos de sauacutede de municiacutepios do Estado de Satildeo Paulo BrasilCad Sauacutede Puacuteblica [online] 2009 vol25 n12 pp 2683-2694 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielosporgpdfcspv25n1215pdf Acesso em 10 de out de 2014 FIGUEIREDO LT M OWA M A CARLUCCI R H and OLIVEIRA L de Estudo sobre o diagnoacutestico laboratorial e sintomas do dengue durante epidemia ocorrida na regiatildeo de Ribeiratildeo Preto SP Brasil Rev Inst Med trop S Paulo [online] 1992

45

vol34 n2 pp 121-130 ISSN 0036-4665 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfrimtspv34n2a07v34n2pdf Acesso em 13 ago de 2014 FIGUEIROacute AC et al Oacutebito por dengue como evento sentinela para avaliaccedilatildeo da qualidade da assistecircncia estudo de caso em dois municiacutepios da Regiatildeo Nordeste Brasil 2008 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2011 vol27 n12 pp 2373-2385 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv27n1209pdf Acesso em 12 de out de 2014 GIRAtildeO RV et al Educaccedilatildeo em sauacutede sobre a dengue contribuiccedilotildees para o desenvolvimento de competecircncias J res fundam care online 2014 janmar 6(1) 38-46 Disponiacutevel em httpwwwseeruniriobrindexphpcuidadofundamentalarticleview2659pdf_1043 Acesso em 21 de jun de 2014 GONCcedilALVES NETO V S et al Conhecimentos e atitudes da populaccedilatildeo sobre dengue no Municiacutepio de Satildeo Luiacutes Maranhatildeo Brasil 2004 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2006 vol22 n10 pp 2191-2200 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv22n1018pdf Acesso em 10 de out de 2014 LEFEVRE A MC et al Representaccedilotildees sobre dengue seu vetor e accedilotildees de controle por moradores do municiacutepio de Satildeo Sebastiatildeo litoral Norte do Estado de Satildeo Paulo Brasil Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2007 vol23 n7 pp 1696-1706 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv23n722pdf Acesso em 16 de out de 2014 LIMA E C VILASBOAS ALQ Implantaccedilatildeo das Accedilotildees Interssetoriais de Mobilizaccedilatildeo Social do Paraacute o Controle da dengue na Bahia Brasil Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2011 vol27 n8 pp 1507-1519 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv27n806pdf Acesso em 16 de out de 2014 MACHADO RM et al (2013) HISTORIA DA SAUacuteDE MENTAL DE DIVINOacutePOLIS-MG Revista de Enfermagem do Centro Oeste Mineiro 2013 maiago 3 (2) 752-760 httpwwwseerufsjedubrindexphprecomarticleview228439 Acesso em 08 de abr de 2015 MAYO R C et al BEPA - Boletim Epidemioloacutegico Paulista 8(88) 4-12 abr 2011 tab Graf Disponiacutevel em fileCUsersnoteDownloadsv8n88a0120(1)pdf Acesso em 12 de out de 2014 MINAS GERAIS Secretaria Estadual de Sauacutede Programa Estadual de Controle Permanente da Dengue SITUACcedilAtildeO ATUAL DA DENGUE EM MINAS GERAIS RESUMO INFORMATIVO - 15122014 Disponiacutevel em httpwwwsaudemggovbrimagesdocumentosAnaliseDengue15-12-2014pdf Acesso em 10 de jan de 2015 MINAS GERAIS Secretaria de Estado da Sauacutede de Minas Gerais Programa Sauacutede em Casa Disponiacutevel em httpwwwsaudemggovbrpoliacuteticas_de_saudeprograma-saude-em-casa Acesso em 10 de maio de 2014

46

MORAES GH and DUARTE E C Anaacutelise da concordacircncia dos dados de mortalidade por dengue em dois sistemas nacionais de informaccedilatildeo em sauacutede Brasil 2000-2005 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2009 vol25 n11 pp 2354-2364 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielosporgpdfcspv25n1106pdf Acesso em 29 de Nov de 2014 PENNA M L F Um desafio para a sauacutede puacuteblica brasileira o controle do dengue Cad Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro 19(1) 305-309 jan-fev 2003 Disponiacutevel em httpwwwscielosporgpdfcspv19n114932pdf Acesso em 21 de jun de 2014

PREFEITURA MUNICIPAL DE DIVINOacutePOLIS BALANCcedilO DA DENGUE Disponiacutevel em httpwwwdivinopolismggovbrportalnoticiaphpid=11507 Acesso em 19 jan de 2015

RIBEIRO P C SOUSA DC ARAUJO TME Perfil cliacutenico-epidemioloacutegico dos casos suspeitos de Dengue em um bairro da zona sul de Teresina PI Brasil Rev bras enferm [online] 2008 vol61 n2 pp 227-232 ISSN 0034-7167 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfrebenv61n2a13v61n2pdf Acesso em 28 de jul de 2014 VALENTE G SC et al Problematizaccedilatildeo Como Estrateacutegia de Educaccedilatildeo em Sauacutede no Combate a Dengue Um Relato de Experiecircncia R Pesq cuid Fundam Online 2012 outdez 4(4)2987-94 Disponiacutevel em httpwwwseeruniriobrindexphpcuidadofundamentalarticleview1888pdf_641 Acesso em 08 jun de 2014 TEIXEIRA LAS et al Persistecircncia dos sintomas de dengue em uma populaccedilatildeo de Uberaba Minas Gerais Brasil Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2010 vol26 n3 pp 624-630 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv26n319pdf Acesso em 16 de out de 2014

Page 26: PLANO DE AÇÃO NO COMBATE A DENGUE: EDUCAR PARA EVITAR · 2019-11-14 · The Divinopolis follows the same trend, with 4680 notifications and 4139 confirmed ... banhado pelas bacias

26

Segundo a Secretaria Municipal de Sauacutede (DIVINOacutePOLIS 2014) haacute em

atividade 94 agentes de sauacutede puacuteblicos efetivos e 14 contratados sendo a cidade eacute

dividida em setores De acordo com levantamento raacutepido do iacutendice de infestaccedilatildeo do

aedes aegypti realizado em marccedilo de 2014 obteve-se um percentual de infestaccedilatildeo

do mosquito de 37 nos domiciacutelios visitados em Divinoacutepolis que representam risco

meacutedio para epidemia Em outubro de 2014 o novo levantamento raacutepido do iacutendice de

infestaccedilatildeo apresentou um iacutendice de 09 preocupante visto que o valor muito estaacute

muito proacuteximo do tolerado pela Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede que eacute de 1 Aleacutem

disso as condiccedilotildees climaacuteticas nesse periacuteodo natildeo favorecem a proliferaccedilatildeo do

mosquito por isso pode-se considerar esse valor alto

Em face dos dados apresentados conforme afirmam Ferreira Veras e Silva

(2009) para o controle da dengue a participaccedilatildeo popular eacute indiscutivelmente

essencial visto que o vetor habita os domiciacutelios sendo assim todos tem condiccedilotildees

de colaborar fiscalizando suas moradias O PNCD destaca as accedilotildees educativas

como forma de preparar a comunidade para adoccedilatildeo de comportamentos que

protejam a sauacutede coletiva Ainda segundo os autores durante as epidemias haacute todo

um clamor da miacutedia e do poder puacuteblico no sentido de mobilizar a comunidade para o

controle da doenccedila poreacutem nos periacuteodos de menor incidecircncia esse apelo perde a

intensidade o tema acaba no esquecimento sendo apresentado somente no

proacuteximo periacuteodo de infestaccedilatildeo e transmissatildeo da doenccedila

Ferreira Veras e Silva (2009) em anaacutelise do iacutendice de participaccedilatildeo da

populaccedilatildeo de 16 municiacutepios paulistas detectaram que em mais da metade destes

municiacutepios a participaccedilatildeo era muito baixa em consequecircncia o nuacutemero de pessoas

que contraiacuteram a doenccedila era maior onde haacute menos participaccedilatildeo popular

A educaccedilatildeo permanente segundo Ribeiro Sousa e Arauacutejo (2007) visa

acelerar o processo de adesatildeo da populaccedilatildeo agraves medidas preventivas abordando as

questotildees que envolvem condiccedilotildees de sauacutede moradia saneamento baacutesico indo

aleacutem de accedilotildees pontuais e campanhistas que perdem forccedila nos periacuteodos de baixa

notificaccedilatildeo de casos Eacute preciso buscar parceiros na sociedade civil como nos meios

de comunicaccedilatildeo para divulgaccedilatildeo do enfrentamento da doenccedila o ano inteiro

27

44 Medidas Educativas

Giratildeo et al (2014) destacam que somente com a educaccedilatildeo em sauacutede eacute que

se pode despertar na comunidade uma autonomia para que a populaccedilatildeo se sinta

como uma parte do processo que passa pela prevenccedilatildeo cujo controle depende da

eliminaccedilatildeo dos focos do mosquito dentro dos domiciacutelios

Neste sentido Alves (2005) afirma que a educaccedilatildeo em sauacutede eacute uma

ferramenta capaz de produzir intermediada pelos profissionais de sauacutede uma

compreensatildeo nova do processo sauacutede doenccedila oferecendo agrave populaccedilatildeo subsiacutedios

para adoccedilatildeo de novos haacutebitos de vida com ecircnfase na promoccedilatildeo e prevenccedilatildeo de

situaccedilotildees que podem trazer prejuiacutezos agrave sua sauacutede

Segundo Figueiroacute et al (2011) a doenccedila atinge a cada ano um maior

contingente de pessoas Nesse sentido priorizando a reduccedilatildeo dos casos de dengue

e dengue grave o Ministeacuterio da Sauacutede implantou no paiacutes o Plano Nacional de

Controle da Dengue ndash PNCD O programa eacute gerido de forma tripartite ou seja com

a participaccedilatildeo das trecircs esferas de governos uniatildeo estados e municiacutepios

ldquocompreendendo accedilotildees operacionais de vigilacircncia integrada entomoloacutegica e sobre o

meio ambiente de assistecircncia aos pacientes de educaccedilatildeo em sauacutede comunicaccedilatildeo

e mobilizaccedilatildeo socialrdquo (FIGUEIROacute et al 2011 p 2374) O PNCD compreende ainda

o controle e avaliaccedilatildeo dos agentes comunitaacuterios de sauacutede - ACS entretanto

segundo dados epidemioloacutegicos haacute uma grande dificuldade na realizaccedilatildeo das accedilotildees

e no alcance dos resultados esperados devido agrave baixa participaccedilatildeo da populaccedilatildeo

Para Ferreira Veras e Silva (2009) de acordo com a OPAS uma das maiores

dificuldades das autoridades de sauacutede em articulaccedilatildeo das accedilotildees eacute a parceria com a

comunidade o PNCD tem como um dos eixos a participaccedilatildeo comunitaacuteria para

reduccedilatildeo dos criadouros domiciliares Segundo Ferreira Veras e Silva (2009) a

participaccedilatildeo popular no combate eacute fundamental e defendida pelos organismos

nacionais e internacionais Pode estar inserida a capacitaccedilatildeo da populaccedilatildeo na

promoccedilatildeo e prevenccedilatildeo com o objetivo da melhoria da comunidade tanto na sauacutede

individual quanto coletiva favorecendo a construccedilatildeo de um modelo de sauacutede

compartilhada No controle das epidemias especialmente da dengue cujo vetor vive

na maioria das vezes nas casas das pessoas o PNDC visa o desenvolvimento de

accedilotildees educativas que tem como objetivo a mudanccedila de comportamento das

pessoas na manutenccedilatildeo de um ambiente de vida saudaacutevel Contudo a criteriosa

28

tarefa de evitar epidemias vai muito aleacutem do setor de sauacutede consistem em um

conjunto de accedilotildees poliacuteticas teacutecnicas e sociais que inclui prioritariamente a

participaccedilatildeo popular aliada agrave vigilacircncia epidemioloacutegica

Segundo Gonccedilalves Neto et al (2006) as condiccedilotildees sanitaacuterias prejudicadas

ausecircncia de coleta seletiva de lixo ausecircncia de saneamento baacutesico e um

crescimento desordenado em aacutereas tropicais propiciou raacutepida adaptaccedilatildeo do vetor

nas residecircncias levando o aedes aegpyti aproveitar se dos criadouros

providenciados pelo proacuteprio homem para aumentar sua populaccedilatildeo Contudo salienta

o autor praticamente impossiacutevel desenvolver um trabalho de controle do vetor sem a

participaccedilatildeo da comunidade

Tais afirmaccedilotildees explicam a situaccedilatildeo da populaccedilatildeo adscrita da UBS Santos

Dumont onde ocorreu uma grande expansatildeo de domiciacutelios sem um planejamento

adequado deixando um grande nuacutemero de terrenos baldios uma ocupaccedilatildeo sem a

infraestrutura necessaacuteria falta da coleta seletiva de lixo saneamento baacutesico e

pavimentaccedilatildeo Soma-se a isso a deficiecircncia do Estado em garantir uma coleta de

lixo eficiente deixando margem para a proliferaccedilatildeo da doenccedila

Segundo Almeida et al (2008) a adaptaccedilatildeo do mosquito aedes aegypti cuja

sobrevivecircncia depende de aacutegua parada ocorre principalmente nas aacutereas urbanas

em domiciacutelios e peridomiciacutelios Contudo o vetor eacute muito sensiacutevel agraves condiccedilotildees

ambientais poreacutem seus ovos resistem a longos periacuteodos de dissecaccedilatildeo o que

garante a perpetuaccedilatildeo da espeacutecie Com haacutebito diurno preferencialmente tem uma

especial atraccedilatildeo pelo sangue humano seu deslocamento eacute em meacutedia durante um

voo em condiccedilotildees normais de ambiente sem a interferecircncia de vento de cinquenta

metros portanto sua caracteriacutestica de habitar os domiciacutelios e peridomiciacutelios

permanecendo proacuteximo ao local de ldquopastordquo e postura dos ovos

Segundo Almeida et al (2008) com a ausecircncia de uma vacina eficaz capaz

de evitar a doenccedila a principal profilaxia tem sido o controle vetorial por meio de

identificaccedilatildeo dos focos e aplicaccedilatildeo de inseticidas de accedilatildeo residual para eliminaccedilatildeo

das larvas ou seja o combate focal

Contudo afirmam Almeida et al (2008) o conhecimento do dinamismo do

periacuteodo de maior transmissibilidade e latecircncia tem permitido a organizaccedilatildeo de accedilotildees

mais ou menos acentuadas dependendo do momento da epidemia e das condiccedilotildees

climaacuteticas A presenccedila do vetor em variadas partes das cidades jaacute foi identificada por

meio de estudos o que comprova que a doenccedila natildeo atinge somente uma classe

29

social Quanto agrave diminuiccedilatildeo dos casos dentro de um contexto epidemioloacutegico trecircs

fatores tecircm um papel muito importante as condiccedilotildees climaacuteticas desfavoraacuteveis agrave

viabilidade do vetor esgotamento de hospedeiros susceptiacuteveis e o controle quiacutemico

do vetor

45 Controle

Segundo Mayo et al (2011) existem duas formas de atuaccedilatildeo no controle da

doenccedila o bloqueio e o controle de criadouros Estas medidas tecircm por objetivo a

reduccedilatildeo dos criadouros na aacuterea de atuaccedilatildeo dos agentes de sauacutede o controle por

bloqueio e nebulizaccedilatildeo ocorre agrave aplicaccedilatildeo de inseticida com aplicadores Ultra Baixo

Volume - UBV A atuaccedilatildeo nesse tipo de trabalho em relaccedilatildeo ao feito pelo municiacutepio

diz respeito agrave qualidade do serviccedilo realizado bem como a agilidade na realizaccedilatildeo da

tarefa e o grande alcance da aacuterea coberta e o tipo de equipamento empregado

Para realizaccedilatildeo das tarefas o meacutetodo segue o preconizado pelo PNCD divide

as cidades em aacutereas setores e quarteirotildees Segundo Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL

2001) o bloqueio consiste em parar a transmissatildeo da dengue em municiacutepios com

epidemia instalada e tem como objetivo ainda a identificaccedilatildeo do sorotipo de viacuterus

circulante a aplicaccedilatildeo do UBV sem prejuiacutezo do controle larvaacuterio Quanto agrave

delimitaccedilatildeo de um foco isolado nos casos onde natildeo haacute infestaccedilatildeo deveratildeo ser

tratados todos os imoacuteveis no raio de 300 metros do entorno do local

Na fase de ataque segundo Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2001) deveraacute ser

tratado 100 dos imoacuteveis aleacutem de pontos estrateacutegicos terrenos baldios das zonas

infestadas e todos os potenciais focos devem ser eliminados Na fase de

consolidaccedilatildeo o objetivo eacute a erradicaccedilatildeo do mosquito satildeo desenvolvidas vaacuterias

accedilotildees semelhantes agrave fase de ataque com exceccedilatildeo do tratamento de focos Na fase

de manutenccedilatildeo satildeo visitadas todas as aacutereas positivas e negativas mesmo onde o

vetor foi erradicado as medidas satildeo o uso de armadilhas de oviposiccedilatildeo e inspeccedilotildees

de pontos estrateacutegicos

46 Atuaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Baacutesica no Controle da Dengue

As atividades de controle devem ter uma sinergia com todos os setores

envolvidos no tocante a vigilacircncia epidemioloacutegica haacute necessidade de manter a

30

vistoria em imoacuteveis terrenos depoacutesitos oficinas entre outros locais Teixeira et al

(2010) verificaram que os domiciacutelios com terrenos baldios no entorno apresentaram

maior concentraccedilatildeo da doenccedila

Lima e Vilasboas (2011) salientam que a sauacutede eacute um direito e a maneira que

o Estado tem de garantir esse direito eacute por meio de poliacuteticas puacuteblicas de proteccedilatildeo

prevenccedilatildeo e recuperaccedilatildeo de agravos a simples ausecircncia de doenccedila natildeo pode ser

considerada um conceito de sauacutede visto que as condiccedilotildees sociais de saneamento

baacutesico meio ambiente educaccedilatildeo moradia e renda satildeo fatores determinantes no

processo de adoecimento de um povo A sauacutede deve ser pensada no contexto

ampliado com integraccedilatildeo formando uma rede interssetorial na perspectiva de troca

de ajuda muacutetua na troca de experiecircncias com uma construccedilatildeo muacutetua de saberes

facilitando a resoluccedilatildeo dos problemas enfrentados

Para Lima e Vilasboas (2011) a interssetorialidade pode ser um facilitador

para construccedilatildeo de um sistema de sauacutede efetivo contudo aliado a poliacuteticas puacuteblicas

que possam contribuir para ganho na melhoria da qualidade de vida das pessoas A

interssetorialidade extrapola os limites do poder estatal e envolve a sociedade nas

decisotildees poliacuteticas evita a subordinaccedilatildeo de um setor a outro e diminui as resistecircncias

de alguns membros

Segundo Lefegravevre et al (2007) a populaccedilatildeo tem informaccedilotildees sobre a doenccedila

e do ciclo de vida do transmissor poreacutem esse conhecimento ainda natildeo eacute capaz de

produzir nas pessoas atitudes e comportamento para impedir ou reduzir os

criadouros do mosquito A probabilidade eacute que esse conhecimento vindo de origem

externa fragmentado ou pouco organizado configure um conflito entre o saber

sanitaacuterio e o senso comum Ainda segundo o autor o programa educativo tem sido

aplicado haacute muitos anos mas ateacute hoje ainda natildeo obteve o resultado esperado

contudo haacute necessidade de aprofundar neste contexto para identificar onde estatildeo as

falhas para que possa realmente ter uma populaccedilatildeo engajada no controle do vetor

Para a populaccedilatildeo segundo Lefegravevre et al (2007) haacute uma relaccedilatildeo entre sujo

que seria a doenccedila e limpo que seria a sauacutede levando a ideacuteia equivocada que o lixo

eacute o uacutenico meio de procriaccedilatildeo do mosquito Neste sentido haacute uma sinalizaccedilatildeo para

que o poder puacuteblico perceba a necessidade de informar educar e comunicar

Informar no que diz respeito aos constantes dados epidemioloacutegicos sobre a doenccedila

no Paiacutes no Estado e na sua Comunidade no sentido de incentivar a participaccedilatildeo

popular no controle da doenccedila Educar esclarecendo a forma de transmissibilidade

31

da doenccedila estabelecendo um diaacutelogo de faacutecil entendimento na loacutegica sanitaacuteria sem

confrontar o senso comum buscando construir um relacionamento entre o teacutecnico e

o cidadatildeo e agrave adoccedilatildeo de alternativas na reduccedilatildeo das viacutetimas da dengue

Neste sentido a ESF tem papel fundamental no desenvolvimento de accedilotildees de

prevenccedilatildeo e controle da dengue considerando a relaccedilatildeo de confianccedila que a

populaccedilatildeo manteacutem com a equipe de sauacutede da famiacutelia possibilitando o contato com

o ambiente domeacutestico por meio dos ACSs promovendo um ambiente seguro e livre

do Aedes aegypti (BRASIL 2002) A ESF pode ainda promover accedilotildees educativas

com a populaccedilatildeo mobilizando-a para adotar accedilotildees preventivas realizando tambeacutem a

notificaccedilatildeo imediata dos casos suspeitos possibilitando as medidas tratamento

adequado agraves situaccedilotildees de dengue claacutessica e dengue grave reduzindo os casos

letais e possibilitando o bloqueio dos focos pela vigilacircncia epidemioloacutegica

32

5 PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO

O diagnoacutestico situacional foi realizado com base nas informaccedilotildees contidas em

dados oficiais do IBGE do Sistema Integrado de Sauacutede e embasado no relato dos

problemas levantados pela Equipe de Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia da UBS

Santos Dumont

Foi utilizado o Planejamento Estrateacutegico Situacional ndash PES como referecircncia

para a proposta de intervenccedilatildeo Este meacutetodo possibilita que os atores atraveacutes de

sua proacutepria visatildeo identifiquem as causas possiacuteveis dos problemas como nascem e

se desenvolvem A partir deste ponto de vista podem propor soluccedilotildees para atacar

suas causas e a viabilidade destas soluccedilotildees (CAMPOS FARIA SANTOS 2010)

Assim a partir do diagnoacutestico situacional os 10 passos segundo os autores

mencionados e suas atividades satildeo descritas a seguir

51 Primeiro Passo Definiccedilatildeo dos Problemas

Hipertensatildeo Arterial

Diabetes

Drogas

Gravidez na Adolescecircncia

Dengue

Transtorno Depressivo

Doenccedilas Sexualmente Transmissiacuteveis AIDS

Falta de Saneamento Baacutesico

52 Segundo Passo Priorizaccedilatildeo dos Problemas

Dengue

Falta de Saneamento Baacutesico

53 Terceiro Passo Descriccedilatildeo do Problema Selecionado

Segundo o Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2002) o nosso paiacutes eacute

predominantemente de clima tropical e este eacute um ambiente favoraacutevel agrave proliferaccedilatildeo

do mosquito aedes aegypti principal transmissor da dengue em nosso continente A

33

doenccedila eacute a uma arbovirose transmitida por um artroacutepode que pode apresentar-se

de forma benigna claacutessica ou grave na forma de febre hemorraacutegica

Durante o ano de 2014 segundo o Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2014) mais

meio milhatildeo de casos da doenccedila (591080) 528 soacute na regiatildeo Sudeste em Minas

Gerais foram 59222 com 45 oacutebitos confirmados em Divinoacutepolis segundo a

Secretaria Municipal de Sauacutede (2014) ocorreram 4680 notificaccedilotildees de casos da

doenccedila e confirmados 4139 casos de dengue com 06 oacutebitos sendo que os bairros

Nossa Senhora das Graccedilas Centro Satildeo Joseacute Interlagos Niteroacutei Porto Velho

Planalto Santos Dumont Belvedere e Bom Pastor foram responsaacuteveis por 3027

dos casos de dengue da cidade

Ferreira et al (2009) Lima e Vilasboas (2011) chamam a atenccedilatildeo para a falta

de saneamento baacutesico como um fator agravante que pode elevar a multiplicaccedilatildeo do

vetor da doenccedila Para Gonccedilalves Neto et al (2006) as condiccedilotildees sanitaacuterias

prejudicadas o crescimento desordenado levaram agrave raacutepida adaptaccedilatildeo do vetor agraves

residecircncias causando a disseminaccedilatildeo do viacuterus Tais situaccedilotildees satildeo rotineiras na

populaccedilatildeo adscrita da UBS Santos Dumont

54 Quarto passo Explicaccedilatildeo do Problema

A explicaccedilatildeo para o problema selecionado foi qualificado do ponto de vista

social coletivo e individual

Niacutevel Social Refere-se agrave ausecircncia de poliacuteticas puacuteblicas para melhoria de qualidade

de vida da populaccedilatildeo que convive com a ausecircncia de saneamento baacutesico esgoto a

ceacuteu aberto falta de coleta seletiva e lixo acumulado nas ruas e terrenos baldios

Niacutevel Coletivo Falta de consciecircncia da gravidade da doenccedila que pode acometer a

qualquer pessoa e todas as faixas etaacuterias falta de colaboraccedilatildeo entre os vizinhos que

sempre potildeem a culpa das maacutes condiccedilotildees uns nos outros mas ningueacutem assume a

responsabilidade pelo seu quintal

Niacutevel Individual Falta de compromisso pois segundo dados da SEMUSA

(DIVINOacutePOLIS 2014) 9415 dos focos de Dengue estatildeo dentro das residecircncias

esses focos foram identificados em vasilhas de aacutegua para cachorro galinha calhas

mal projetadas e caixas drsquoaacutegua sem tampa

55 Quinto Passo Seleccedilatildeo dos ldquoNoacutes Criacuteticosrdquo

34

Foram selecionados os seguintes ldquonoacutes criacuteticosrdquo que podem ter relaccedilatildeo direta com o

alto nuacutemero de casos de dengue

Lixo nas ruas falta de conscientizaccedilatildeo da populaccedilatildeo para evitar descarte

incorreto de lixo nas ruas e terrenos baldios

Responsabilizaccedilatildeo do outro falta agrave comunidade assumir que o problema da

dengue natildeo eacute do meu vizinho mas eacute de todos

Lotes sujos falta cobranccedila por parte do poder puacuteblico aos proprietaacuterios de

terrenos vazios que mantenham os lotes limpos e conservados

56 Sexto Passo Desenho de Operaccedilotildees para os ldquoNoacutes Criacuteticosrdquo do Problema

Como soluccedilatildeo dos ldquonoacutes criacuteticosrdquo foram apresentadas as seguintes propostas

contidas no Quadro 6 a seguir

Quadro 6 ndash Desenho das Operaccedilotildees para os Noacutes Criacuteticos Selecionados

ldquoNoacute

Criacuteticordquo

Operaccedilatildeo

Projeto

Resultados

Esperados

Produtos

Esperados

Recursos

Necessaacuterios

Lixo nas ruas Reeducaccedilatildeo conscientizaccedilatildeo ambiental

Ausecircncia de lixo nas ruas e lotes vazios

Bairro limpo sem dengue

Datashow e computador

Responsabiliza ccedilatildeo do outro

Conscientizaccedilatildeo

sobre sauacutede

coletiva

Que todos

unidos com

objetivo de

diminuir os

casos de

dengue

Reduccedilatildeo da

doenccedila

Datashow e computador Panfletos informativos

Lotes sujos Limpeza de

lotes e terrenos

Lotes limpos

e sem focos

da dengue

Diminuiccedilatildeo

do nuacutemero do

mosquito

transmissor

da dengue

Palestras sobre

conservaccedilatildeo

dos terrenos e

lotes vazios

Fiscalizaccedilatildeo da

prefeitura

57 Seacutetimo Passo Identificaccedilatildeo dos Recursos Criacuteticos

35

Para iniacutecio das operaccedilotildees foram apresentados os recursos necessaacuterios e

indispensaacuteveis para o sucesso do processo

Quadro 7 ndash Identificaccedilatildeo dos Recursos Criacuteticos

Operaccedilatildeo

Projeto

Recursos Criacuteticos

Controle dos recursos criacuteticos

Accedilatildeo estrateacutegica

Ator que controla

Motivaccedilatildeo

ldquoMutiratildeo da

limpezardquo

realizar um dia

por mecircs para

limpeza em

parceria com a

populaccedilatildeo

Poliacutetico Veiculo e pessoal para limpeza das ruas

Empresa Municipal de Obras Puacuteblicas

Evitar que lixo se acumule nas ruas

Criaccedilatildeo do dia da limpeza e apresentaccedilatildeo da administraccedilatildeo para apreciaccedilatildeo

ldquoFora Denguerdquo Intensificaccedilatildeo das accedilotildees educativas nas escolas e nos grupos e associaccedilatildeo de bairro

Poliacutetico Articulaccedilatildeo interssetorial Financeiro Disponibilizaccedilatildeo de material informativo

Secretaria Municipal de Sauacutede Secretaria Municipal de Educaccedilatildeo Associaccedilatildeo de bairros

Despertar na comunidade a consciecircncia de sauacutede coletiva

Despertar nos discentes e na comunidade o desejo de erradicar os focos da dengue

ldquoMapeamento

dos lotes sujosrdquo

Realizar o

mapeamento

dos terrenos

sujos

Poliacutetico Notificar os

proprietaacuterios para limpeza do

terreno Financeiro

Recurso para impressatildeo das

notificaccedilotildees

Secretaria Municipal de

Sauacutede

Evitar que as pessoas joguem lixo e entulho em lotes vagos

Conservaccedilatildeo e limpeza dos lotes vazios

58 Oitavo Passo Anaacutelise de Viabilidade do Plano

A proposta a seguir (Quadro 3) apresenta a motivaccedilatildeo para a viabilidade do plano

visto que alguns dos recursos necessaacuterios fogem agrave governabilidade da ESF

36

Quadro 8 ndash Viabilidade do Plano

Operaccedilatildeo

Projeto

Recursos Criacuteticos

Controle dos recursos criacuteticos

Accedilatildeo estrateacutegica

Ator que controla

Motivaccedilatildeo

ldquoMutiratildeo da

limpezardquo

realizar um dia

por mecircs para

limpeza em

parceria com a

populaccedilatildeo

Poliacutetico Veiculo e pessoal para limpeza das ruas

Empresa Municipal de Obras Puacuteblicas

Favoraacutevel Criaccedilatildeo do dia da limpeza e apresentaccedilatildeo agrave administraccedilatildeo para apreciaccedilatildeo

ldquoFora Denguerdquo Intensificaccedilatildeo das accedilotildees educativas nas escolas e nos grupos e associaccedilatildeo de bairro

Poliacutetico Articulaccedilatildeo interssetorial Financeiro Disponibilizaccedilatildeo de material informativo

Secretaria Municipal de Sauacutede Secretaria Municipal de Educaccedilatildeo Associaccedilatildeo de bairros

Favoraacutevel

Despertar nos escolares e na comunidade o desejo de erradicar os focos da dengue

ldquoMapeamento

dos lotes sujosrdquo

Realizar o

mapeamento

dos terrenos

sujos

Poliacutetico Notificar os

proprietaacuterios para limpeza do

terreno Financeiro

Recurso para impressatildeo das

notificaccedilotildees

Secretaria Municipal de

Sauacutede

Indiferente

Conservaccedilatildeo e limpeza dos lotes vazios

37

59 Nono Passo Elaboraccedilatildeo do Plano Operativo

A proposta a seguir no Quadro 9 identifica os atores envolvidos lhes atribuiacutedo

responsabilidades e prazos a cumprir

Quadro 9 ndash Plano Operativo

Operaccedilotildees Resultados Accedilotildees Estrateacutegicas

Responsaacutevel Prazo

ldquoMutiratildeo da limpezardquo realizar um dia por mecircs para limpeza em parceria com a populaccedilatildeo

Limpeza das ruas

e quintais

Coleta de lixo

das ruas Incentivo a limpeza de

lotes e quintais

Equipe de ACS

Durante todo ano

ldquoFora Denguerdquo Intensificaccedilatildeo das accedilotildees educativas nas escolas e nos grupos e associaccedilatildeo de bairro

Uma comunidade

consciente das suas

responsabilidades

Insistir e reforccedilar com

accedilotildees educativas para que

populaccedilatildeo mantenha as ruas limpas e coloque o lixo

para ser recolhido

Enfermeiro ESF

Durante todo o ano

ldquoMapeamento dos lotes

sujosrdquo Realizar o

mapeamento dos terrenos

sujos

Identificar os focos e eliminaacute-

los

Criaccedilatildeo de um mapa onde ocorreram focos do mosquito

ACS e

Enfermeiro

Trecircs meses

510 Deacutecimo Passo Gestatildeo do Plano

Com a gestatildeo do plano eacute possiacutevel aos responsaacuteveis acompanhar e monitorar as

accedilotildees avaliando e sempre que necessaacuterio readequando as eventuais falhas do

processo

38

Quadro 10ndash Gestatildeo do Plano

Produtos Responsaacutevel Prazo Situaccedilatildeo Atual

Justificativa Novo Prazo

ldquoMutiratildeo da

limpezardquo

realizar um

dia por mecircs

para limpeza

em parceria

com a

populaccedilatildeo

Enfermeiro da ESF

Inicio imediatamente

(logo apoacutes apresentaccedilatildeo

do projeto)

ldquoFora Denguerdquo Intensificaccedilatildeo das accedilotildees educativas nas escolas e nos grupos e associaccedilatildeo de bairro

Enfermeiro Provab

Durante todo ano

ldquoMapeamento

dos lotes

sujosrdquo

Realizar o

mapeamento

dos terrenos

sujos

ECS e Equipe

de Epidemiologia

Um mecircs para

inicio das atividades

Aleacutem dos 10 passos do Planejamento Estrateacutegico Situacional optei por incluir outros

02 passos que tecircm a finalidade de contribuir para o processo de avaliaccedilatildeo da

Proposta de Intervenccedilatildeo Estatildeo contidos nos itens 511 e 512 a seguir

511 Avaliaccedilatildeo dos Resultados

O instrumento para avaliaccedilatildeo seraacute o Sistema de Informaccedilotildees de Agravos de

Notificaccedilatildeo ndash SINAN

ldquoque tem por objetivo o registro e processamento dos dados sobre agravos

de notificaccedilatildeo em todo o territoacuterio nacional fornecendo informaccedilotildees para

anaacutelise do perfil da morbidade e contribuindo desta forma para a tomada

de decisotildees em niacutevel municipal estadual e federalrdquo (IBGE 2014)

39

Segundo Moraes e Duarte (2009) o SINAN tem sido principal fonte de dados

para coordenaccedilatildeo das accedilotildees de vigilacircncia epidemioloacutegica tanto no sentido de

controle da doenccedila quando como fonte de pesquisa

512 Resultados Eesperados

O resultado esperado eacute

Estabelecer a construccedilatildeo de conhecimento que favoreccedila o autocuidado e a

capacidade de emancipaccedilatildeo da comunidade criando um ambiente seguro com

ecircnfase na educaccedilatildeo e sauacutede com vistas agrave reduccedilatildeo dos casos de dengue na

populaccedilatildeo adscrita da UBS Santos Dumont

40

6 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

O Programa de Valorizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Baacutesica (PROVAB) abriu muitos

caminhos para um horizonte promissor no desenvolvimento da promoccedilatildeo da sauacutede

e da prevenccedilatildeo no campo de atuaccedilatildeo do Programa Sauacutede na Escola criando um

viacutenculo de amizade e confianccedila uma verdadeira parceria com os alunos essencial

na construccedilatildeo de uma sociedade consciente e capaz de cuidar da sua sauacutede de

maneira preventiva loacutegica essa defendida pelo Sistema Uacutenico de Sauacutede

Para noacutes enfermeiros eacute oportunidade de ampliar o horizonte de atuaccedilatildeo

ensinando e aprendendo com o comportamento das crianccedilas dos adolescentes e

jovens vendo de maneira impar o grande desafio da educaccedilatildeo em formar cidadatildeos

com mais sauacutede Como gratificaccedilatildeo recebemos o reconhecimento dos alunos

professores e diretores algo que fica marcado para sempre na formaccedilatildeo do

profissional os laccedilos de confianccedila amizade e reconhecimento satildeo a maior

recompensa e certeza de missatildeo cumprida

Como a Equipe de Sauacutede da Famiacutelia tem como principal objetivo trabalhar na

prevenccedilatildeo de doenccedilas e agravos criando viacutenculos com a clientela a missatildeo de

promover a emancipaccedilatildeo de seus usuaacuterios com ecircnfase no autocuidado exige de

noacutes muita articulaccedilatildeo e intensificaccedilatildeo de accedilotildees educativas Especificamente no caso

da dengue o cumprimento desta missatildeo pode evitar que as constantes epidemias

se tornem parte do cotidiano das pessoas auxiliando os moradores da comunidade

na adoccedilatildeo de medidas responsaacuteveis que visem o cuidado com a sua sauacutede e da

sauacutede da comunidade

Neste sentido a educaccedilatildeo em sauacutede desempenha um papel importante em

manter a comunidade sempre vigilante e em alerta pois o perigo eacute eminente e vive

dentro dos lares das pessoas esperando apenas o momento oportuno e condiccedilotildees

favoraacuteveis para transmitir a dengue

O trabalho dos agentes de controle de endemias e da ESF deve ser

constante focado na eliminaccedilatildeo dos criadouros do mosquito transmissor da dengue

A comunidade deve colaborar com livre acesso dos agentes agraves residecircncias na

colaboraccedilatildeo para eliminaccedilatildeo dos focos nos domiciacutelios e peridomiciacutelios e

multiplicaccedilatildeo das informaccedilotildees sobre o ciclo de vida do vetor entre os vizinhos

amigos e parentes informando que todos estatildeo expostos agrave doenccedila e a mudanccedila de

comportamento pode diminuir os riscos de contrair a dengue

41

Ao poder puacuteblico eacute necessaacuterio adotar um planejamento adequado para

garantir aos cidadatildeos a infraestrutura miacutenima necessaacuteria para viver em comunidade

serviccedilos essenciais como saneamento coleta de lixo e mobilidade que favorecem a

criaccedilatildeo de um ambiente seguro com sauacutede e qualidade de vida

42

REFEREcircNCIAS

ALMEIDA M CM et al Dinacircmica intra-urbana das epidemias de dengue em Belo Horizonte Minas Gerais Brasil 1996-2002 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2008 vol24 n10 pp 2385-2395 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv24n1019pdf Acesso em 02 de out de 2014 ALVES V S A Um modelo de educaccedilatildeo em sauacutede para o Programa Sauacutede da Famiacutelia pela integralidade da atenccedilatildeo e reorientaccedilatildeo do modelo assistencial Interface - Comunic Sauacutede Educ v9 n16 p39-52 set2004fev2005 Disponiacutevel em httpswwwnesconmedicinaufmgbrbibliotecaimagem0303pdf Acesso de jun de 2014 BACKES DS et al (2012) O papel profissional do enfermeiro no Sistema Uacutenico de Sauacutede da sauacutede comunitaacuteria agrave estrateacutegia de sauacutede da famiacutelia Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva

17(1)223-230 2012 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcscv17n1a24v17n1pdf Acesso em 12 de jan 2015 BRASIL Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sauacutede Consulta Estabelecimento - Modulo Profissional - Profissional por Estabelecimento Disponiacutevel em httpcnesdatasusgovbrMod_ProfissionalaspVCo_Unidade=3122302159651 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Cadernos de Informaccedilotildees de Sauacutede Minas Gerais DATASUS TABNET (2010) Disponiacutevel em httptabnetdatasusgovbrtabdatacadernosmghtm Acesso em16 de maio de 2014 BRASIL Dengue - instruccedilotildees para pessoal de combate ao vetor Manual de Normas teacutecnicas - 3 ed rev - Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede 2001 84 p il 30 cm Disponiacutevel em httpbvsmssaudegovbrbvspublicacoesfunasaman_denguepdf acesso em 15 de out de 2014 BRASIL Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz Vetor da dengue na Aacutesia A albopictus eacute alvo de estudos Publicada em 18122008 agraves 1249 Disponiacutevel em httpwwwfiocruzbrioccgicgiluaexesysstarthtminfoid=576ampsid=32amptpl=printerview Acesso em 12 de jan de 2015 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Censo demograacutefico 2010 sinopse Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=1ampsearch=minas-gerais|divinopolis|censo-demografico-2010-sinopse- Acesso em 15 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Divinoacutepolis morbidades hospitalares ndash 2012 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=114ampsearch=minas-gerais|divinopolis|morbidades-hospitalares-2012 Acesso em 12 de maio de 2014

43

BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estaacutetica Divisatildeo Territorial do Brasil e Limites Territoriais Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE) (1 de julho de 2008) Disponiacutevel em httpwwwibgegovbrhomegeocienciascartografiadefault_dtb_intshtm Acesso em16 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Ensino - matriacuteculas docentes e rede escolar ndash 2012 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=117ampsearch=minas-gerais|divinopolis|ensino-matriculas-docentes-e-rede-escolar-2012 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estaacutetica Histoacuterico do Municiacutepio disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrpainelhistoricophplang=ampcodmun=312230ampsearch=minas-gerais|divinopolis|infograficos-historico Acesso 10 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Informaccedilotildees completas Populaccedilatildeo em 2010 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrasperfilphplang=ampcodmun=312230 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Serviccedilos de sauacutede ndash 2009 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=5ampsearch=minas-gerais|divinopolis|servicos-de-saude-2009 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Sistema de informaccedilotildees de agravos de notificaccedilatildeo ndash SINAN Disponiacutevel em httpcesibgegovbrbase-de-dadosmetadadosministerio-da-saudesistema-de-informacoes-de-agravos-de-notificacao-sinan Acesso em 16 de Nov de 2014 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede Dengue aspectos epidemioloacutegicos diagnoacutestico e tratamento Ministeacuterio da Sauacutede Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede ndash Brasiacutelia Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede 2002 Disponiacutevel em httpbvsmssaudegovbrbvspublicacoesdengue_aspecto_epidemiologicos_diagnostico_tratamentopdf Acesso em 02 de out de 2014 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede FUNSA Programa Nacional de Combate a Dengue PNCD Disponiacutevel em httpbvsmssaudegovbrbvspublicacoespncd_2002pdf Acesso em 21 de jun de 2014 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portal Brasil Disponiacutevel em httpwwwbrasilgovbrsaude201311saude-libera-mais-de-r-360-mi-para-combate-a-dengue Acesso em 10 de Nov de 2014

44

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede Departamento de Vigilacircncia Epidemioloacutegica Diretrizes nacionais para prevenccedilatildeo e controle de epidemias de dengue Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede Departamento de Vigilacircncia Epidemioloacutegica ndash Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2009 160 p Disponiacutevel em httpwwwansgovbrportalimgemaildiretrizes_reimpressao_webpdf Acesso em 16 de Nov de 2014

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede (2014) Monitoramento dos casos de dengue e febre de chikungunya ateacute a Semana Epidemioloacutegica (SE) 53 de 2014 Dengue Boletim Epidemioloacutegico ISSN 2358-9450 Volume 46 Ndeg 3 ndash 2015 Disponiacutevel em httpportalsaudesaudegovbrimagespdf2015janeiro192015-002---BE-at---SE-53pdf Acesso em 22 mar de 2015 BRASILSINANONLINE e DVASVEASTSub VPSSES-MG (20122013) Disponiacutevel em httpwwwsaudemggovbrcomponentgmgstory6489-informe-epidemiologico-da-dengue-30-05-2014 Acesso em 08 de jun de 2014 CAMPOS FCC FARIA H P SANTOS MA Planejamento e avaliaccedilatildeo das accedilotildees em sauacutede Curso de Especializaccedilatildeo em Atenccedilatildeo Baacutesica em Sauacutede da Famiacutelia NESCONUFMG Curso de Especializaccedilatildeo em Atenccedilatildeo Baacutesica agrave Sauacutede da Famiacutelia 2ed Belo Horizonte NesconUFMG 2010 Disponiacutevel em lthttpswwwnesconmedicinaufmgbrbibliotecaregistroPlanejamento_e_avaliacao_das_acoes_de_saude_23gt Acesso em Dezembro 2014 DIVINOacutePOLIS Estatuto dos Conselhos Distritais de Sauacutede Conselho Municipal de Sauacutede 1998 DIVINOacutePOLIS Mapa da cidade Disponiacutevel em httpwwwdivinopolismggovbrportalpaginasgeograficosimagensmapadacidadepdf Acesso em 08 de jun de 2014 DIVINOPOLIS Secretaria Municipal de Sauacutede SEMUSA Sistema Integrado de Sauacutede Paciente Famiacutelia Acesso Local Acesso em 15 de maio de 2014 FERREIRA B J et al Evoluccedilatildeo histoacuterica dos programas de prevenccedilatildeo e controle da dengue no Brasil Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2009 vol14 n3 pp 961-972 ISSN 1413-8123 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcscv14n332pdf Acesso em 21 de jun de 2014 FERREIRA IT RN VERAS M A S M and SILVA RA Participaccedilatildeo da populaccedilatildeo no controle da dengue uma anaacutelise da sensibilidade dos planos de sauacutede de municiacutepios do Estado de Satildeo Paulo BrasilCad Sauacutede Puacuteblica [online] 2009 vol25 n12 pp 2683-2694 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielosporgpdfcspv25n1215pdf Acesso em 10 de out de 2014 FIGUEIREDO LT M OWA M A CARLUCCI R H and OLIVEIRA L de Estudo sobre o diagnoacutestico laboratorial e sintomas do dengue durante epidemia ocorrida na regiatildeo de Ribeiratildeo Preto SP Brasil Rev Inst Med trop S Paulo [online] 1992

45

vol34 n2 pp 121-130 ISSN 0036-4665 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfrimtspv34n2a07v34n2pdf Acesso em 13 ago de 2014 FIGUEIROacute AC et al Oacutebito por dengue como evento sentinela para avaliaccedilatildeo da qualidade da assistecircncia estudo de caso em dois municiacutepios da Regiatildeo Nordeste Brasil 2008 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2011 vol27 n12 pp 2373-2385 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv27n1209pdf Acesso em 12 de out de 2014 GIRAtildeO RV et al Educaccedilatildeo em sauacutede sobre a dengue contribuiccedilotildees para o desenvolvimento de competecircncias J res fundam care online 2014 janmar 6(1) 38-46 Disponiacutevel em httpwwwseeruniriobrindexphpcuidadofundamentalarticleview2659pdf_1043 Acesso em 21 de jun de 2014 GONCcedilALVES NETO V S et al Conhecimentos e atitudes da populaccedilatildeo sobre dengue no Municiacutepio de Satildeo Luiacutes Maranhatildeo Brasil 2004 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2006 vol22 n10 pp 2191-2200 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv22n1018pdf Acesso em 10 de out de 2014 LEFEVRE A MC et al Representaccedilotildees sobre dengue seu vetor e accedilotildees de controle por moradores do municiacutepio de Satildeo Sebastiatildeo litoral Norte do Estado de Satildeo Paulo Brasil Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2007 vol23 n7 pp 1696-1706 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv23n722pdf Acesso em 16 de out de 2014 LIMA E C VILASBOAS ALQ Implantaccedilatildeo das Accedilotildees Interssetoriais de Mobilizaccedilatildeo Social do Paraacute o Controle da dengue na Bahia Brasil Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2011 vol27 n8 pp 1507-1519 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv27n806pdf Acesso em 16 de out de 2014 MACHADO RM et al (2013) HISTORIA DA SAUacuteDE MENTAL DE DIVINOacutePOLIS-MG Revista de Enfermagem do Centro Oeste Mineiro 2013 maiago 3 (2) 752-760 httpwwwseerufsjedubrindexphprecomarticleview228439 Acesso em 08 de abr de 2015 MAYO R C et al BEPA - Boletim Epidemioloacutegico Paulista 8(88) 4-12 abr 2011 tab Graf Disponiacutevel em fileCUsersnoteDownloadsv8n88a0120(1)pdf Acesso em 12 de out de 2014 MINAS GERAIS Secretaria Estadual de Sauacutede Programa Estadual de Controle Permanente da Dengue SITUACcedilAtildeO ATUAL DA DENGUE EM MINAS GERAIS RESUMO INFORMATIVO - 15122014 Disponiacutevel em httpwwwsaudemggovbrimagesdocumentosAnaliseDengue15-12-2014pdf Acesso em 10 de jan de 2015 MINAS GERAIS Secretaria de Estado da Sauacutede de Minas Gerais Programa Sauacutede em Casa Disponiacutevel em httpwwwsaudemggovbrpoliacuteticas_de_saudeprograma-saude-em-casa Acesso em 10 de maio de 2014

46

MORAES GH and DUARTE E C Anaacutelise da concordacircncia dos dados de mortalidade por dengue em dois sistemas nacionais de informaccedilatildeo em sauacutede Brasil 2000-2005 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2009 vol25 n11 pp 2354-2364 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielosporgpdfcspv25n1106pdf Acesso em 29 de Nov de 2014 PENNA M L F Um desafio para a sauacutede puacuteblica brasileira o controle do dengue Cad Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro 19(1) 305-309 jan-fev 2003 Disponiacutevel em httpwwwscielosporgpdfcspv19n114932pdf Acesso em 21 de jun de 2014

PREFEITURA MUNICIPAL DE DIVINOacutePOLIS BALANCcedilO DA DENGUE Disponiacutevel em httpwwwdivinopolismggovbrportalnoticiaphpid=11507 Acesso em 19 jan de 2015

RIBEIRO P C SOUSA DC ARAUJO TME Perfil cliacutenico-epidemioloacutegico dos casos suspeitos de Dengue em um bairro da zona sul de Teresina PI Brasil Rev bras enferm [online] 2008 vol61 n2 pp 227-232 ISSN 0034-7167 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfrebenv61n2a13v61n2pdf Acesso em 28 de jul de 2014 VALENTE G SC et al Problematizaccedilatildeo Como Estrateacutegia de Educaccedilatildeo em Sauacutede no Combate a Dengue Um Relato de Experiecircncia R Pesq cuid Fundam Online 2012 outdez 4(4)2987-94 Disponiacutevel em httpwwwseeruniriobrindexphpcuidadofundamentalarticleview1888pdf_641 Acesso em 08 jun de 2014 TEIXEIRA LAS et al Persistecircncia dos sintomas de dengue em uma populaccedilatildeo de Uberaba Minas Gerais Brasil Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2010 vol26 n3 pp 624-630 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv26n319pdf Acesso em 16 de out de 2014

Page 27: PLANO DE AÇÃO NO COMBATE A DENGUE: EDUCAR PARA EVITAR · 2019-11-14 · The Divinopolis follows the same trend, with 4680 notifications and 4139 confirmed ... banhado pelas bacias

27

44 Medidas Educativas

Giratildeo et al (2014) destacam que somente com a educaccedilatildeo em sauacutede eacute que

se pode despertar na comunidade uma autonomia para que a populaccedilatildeo se sinta

como uma parte do processo que passa pela prevenccedilatildeo cujo controle depende da

eliminaccedilatildeo dos focos do mosquito dentro dos domiciacutelios

Neste sentido Alves (2005) afirma que a educaccedilatildeo em sauacutede eacute uma

ferramenta capaz de produzir intermediada pelos profissionais de sauacutede uma

compreensatildeo nova do processo sauacutede doenccedila oferecendo agrave populaccedilatildeo subsiacutedios

para adoccedilatildeo de novos haacutebitos de vida com ecircnfase na promoccedilatildeo e prevenccedilatildeo de

situaccedilotildees que podem trazer prejuiacutezos agrave sua sauacutede

Segundo Figueiroacute et al (2011) a doenccedila atinge a cada ano um maior

contingente de pessoas Nesse sentido priorizando a reduccedilatildeo dos casos de dengue

e dengue grave o Ministeacuterio da Sauacutede implantou no paiacutes o Plano Nacional de

Controle da Dengue ndash PNCD O programa eacute gerido de forma tripartite ou seja com

a participaccedilatildeo das trecircs esferas de governos uniatildeo estados e municiacutepios

ldquocompreendendo accedilotildees operacionais de vigilacircncia integrada entomoloacutegica e sobre o

meio ambiente de assistecircncia aos pacientes de educaccedilatildeo em sauacutede comunicaccedilatildeo

e mobilizaccedilatildeo socialrdquo (FIGUEIROacute et al 2011 p 2374) O PNCD compreende ainda

o controle e avaliaccedilatildeo dos agentes comunitaacuterios de sauacutede - ACS entretanto

segundo dados epidemioloacutegicos haacute uma grande dificuldade na realizaccedilatildeo das accedilotildees

e no alcance dos resultados esperados devido agrave baixa participaccedilatildeo da populaccedilatildeo

Para Ferreira Veras e Silva (2009) de acordo com a OPAS uma das maiores

dificuldades das autoridades de sauacutede em articulaccedilatildeo das accedilotildees eacute a parceria com a

comunidade o PNCD tem como um dos eixos a participaccedilatildeo comunitaacuteria para

reduccedilatildeo dos criadouros domiciliares Segundo Ferreira Veras e Silva (2009) a

participaccedilatildeo popular no combate eacute fundamental e defendida pelos organismos

nacionais e internacionais Pode estar inserida a capacitaccedilatildeo da populaccedilatildeo na

promoccedilatildeo e prevenccedilatildeo com o objetivo da melhoria da comunidade tanto na sauacutede

individual quanto coletiva favorecendo a construccedilatildeo de um modelo de sauacutede

compartilhada No controle das epidemias especialmente da dengue cujo vetor vive

na maioria das vezes nas casas das pessoas o PNDC visa o desenvolvimento de

accedilotildees educativas que tem como objetivo a mudanccedila de comportamento das

pessoas na manutenccedilatildeo de um ambiente de vida saudaacutevel Contudo a criteriosa

28

tarefa de evitar epidemias vai muito aleacutem do setor de sauacutede consistem em um

conjunto de accedilotildees poliacuteticas teacutecnicas e sociais que inclui prioritariamente a

participaccedilatildeo popular aliada agrave vigilacircncia epidemioloacutegica

Segundo Gonccedilalves Neto et al (2006) as condiccedilotildees sanitaacuterias prejudicadas

ausecircncia de coleta seletiva de lixo ausecircncia de saneamento baacutesico e um

crescimento desordenado em aacutereas tropicais propiciou raacutepida adaptaccedilatildeo do vetor

nas residecircncias levando o aedes aegpyti aproveitar se dos criadouros

providenciados pelo proacuteprio homem para aumentar sua populaccedilatildeo Contudo salienta

o autor praticamente impossiacutevel desenvolver um trabalho de controle do vetor sem a

participaccedilatildeo da comunidade

Tais afirmaccedilotildees explicam a situaccedilatildeo da populaccedilatildeo adscrita da UBS Santos

Dumont onde ocorreu uma grande expansatildeo de domiciacutelios sem um planejamento

adequado deixando um grande nuacutemero de terrenos baldios uma ocupaccedilatildeo sem a

infraestrutura necessaacuteria falta da coleta seletiva de lixo saneamento baacutesico e

pavimentaccedilatildeo Soma-se a isso a deficiecircncia do Estado em garantir uma coleta de

lixo eficiente deixando margem para a proliferaccedilatildeo da doenccedila

Segundo Almeida et al (2008) a adaptaccedilatildeo do mosquito aedes aegypti cuja

sobrevivecircncia depende de aacutegua parada ocorre principalmente nas aacutereas urbanas

em domiciacutelios e peridomiciacutelios Contudo o vetor eacute muito sensiacutevel agraves condiccedilotildees

ambientais poreacutem seus ovos resistem a longos periacuteodos de dissecaccedilatildeo o que

garante a perpetuaccedilatildeo da espeacutecie Com haacutebito diurno preferencialmente tem uma

especial atraccedilatildeo pelo sangue humano seu deslocamento eacute em meacutedia durante um

voo em condiccedilotildees normais de ambiente sem a interferecircncia de vento de cinquenta

metros portanto sua caracteriacutestica de habitar os domiciacutelios e peridomiciacutelios

permanecendo proacuteximo ao local de ldquopastordquo e postura dos ovos

Segundo Almeida et al (2008) com a ausecircncia de uma vacina eficaz capaz

de evitar a doenccedila a principal profilaxia tem sido o controle vetorial por meio de

identificaccedilatildeo dos focos e aplicaccedilatildeo de inseticidas de accedilatildeo residual para eliminaccedilatildeo

das larvas ou seja o combate focal

Contudo afirmam Almeida et al (2008) o conhecimento do dinamismo do

periacuteodo de maior transmissibilidade e latecircncia tem permitido a organizaccedilatildeo de accedilotildees

mais ou menos acentuadas dependendo do momento da epidemia e das condiccedilotildees

climaacuteticas A presenccedila do vetor em variadas partes das cidades jaacute foi identificada por

meio de estudos o que comprova que a doenccedila natildeo atinge somente uma classe

29

social Quanto agrave diminuiccedilatildeo dos casos dentro de um contexto epidemioloacutegico trecircs

fatores tecircm um papel muito importante as condiccedilotildees climaacuteticas desfavoraacuteveis agrave

viabilidade do vetor esgotamento de hospedeiros susceptiacuteveis e o controle quiacutemico

do vetor

45 Controle

Segundo Mayo et al (2011) existem duas formas de atuaccedilatildeo no controle da

doenccedila o bloqueio e o controle de criadouros Estas medidas tecircm por objetivo a

reduccedilatildeo dos criadouros na aacuterea de atuaccedilatildeo dos agentes de sauacutede o controle por

bloqueio e nebulizaccedilatildeo ocorre agrave aplicaccedilatildeo de inseticida com aplicadores Ultra Baixo

Volume - UBV A atuaccedilatildeo nesse tipo de trabalho em relaccedilatildeo ao feito pelo municiacutepio

diz respeito agrave qualidade do serviccedilo realizado bem como a agilidade na realizaccedilatildeo da

tarefa e o grande alcance da aacuterea coberta e o tipo de equipamento empregado

Para realizaccedilatildeo das tarefas o meacutetodo segue o preconizado pelo PNCD divide

as cidades em aacutereas setores e quarteirotildees Segundo Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL

2001) o bloqueio consiste em parar a transmissatildeo da dengue em municiacutepios com

epidemia instalada e tem como objetivo ainda a identificaccedilatildeo do sorotipo de viacuterus

circulante a aplicaccedilatildeo do UBV sem prejuiacutezo do controle larvaacuterio Quanto agrave

delimitaccedilatildeo de um foco isolado nos casos onde natildeo haacute infestaccedilatildeo deveratildeo ser

tratados todos os imoacuteveis no raio de 300 metros do entorno do local

Na fase de ataque segundo Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2001) deveraacute ser

tratado 100 dos imoacuteveis aleacutem de pontos estrateacutegicos terrenos baldios das zonas

infestadas e todos os potenciais focos devem ser eliminados Na fase de

consolidaccedilatildeo o objetivo eacute a erradicaccedilatildeo do mosquito satildeo desenvolvidas vaacuterias

accedilotildees semelhantes agrave fase de ataque com exceccedilatildeo do tratamento de focos Na fase

de manutenccedilatildeo satildeo visitadas todas as aacutereas positivas e negativas mesmo onde o

vetor foi erradicado as medidas satildeo o uso de armadilhas de oviposiccedilatildeo e inspeccedilotildees

de pontos estrateacutegicos

46 Atuaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Baacutesica no Controle da Dengue

As atividades de controle devem ter uma sinergia com todos os setores

envolvidos no tocante a vigilacircncia epidemioloacutegica haacute necessidade de manter a

30

vistoria em imoacuteveis terrenos depoacutesitos oficinas entre outros locais Teixeira et al

(2010) verificaram que os domiciacutelios com terrenos baldios no entorno apresentaram

maior concentraccedilatildeo da doenccedila

Lima e Vilasboas (2011) salientam que a sauacutede eacute um direito e a maneira que

o Estado tem de garantir esse direito eacute por meio de poliacuteticas puacuteblicas de proteccedilatildeo

prevenccedilatildeo e recuperaccedilatildeo de agravos a simples ausecircncia de doenccedila natildeo pode ser

considerada um conceito de sauacutede visto que as condiccedilotildees sociais de saneamento

baacutesico meio ambiente educaccedilatildeo moradia e renda satildeo fatores determinantes no

processo de adoecimento de um povo A sauacutede deve ser pensada no contexto

ampliado com integraccedilatildeo formando uma rede interssetorial na perspectiva de troca

de ajuda muacutetua na troca de experiecircncias com uma construccedilatildeo muacutetua de saberes

facilitando a resoluccedilatildeo dos problemas enfrentados

Para Lima e Vilasboas (2011) a interssetorialidade pode ser um facilitador

para construccedilatildeo de um sistema de sauacutede efetivo contudo aliado a poliacuteticas puacuteblicas

que possam contribuir para ganho na melhoria da qualidade de vida das pessoas A

interssetorialidade extrapola os limites do poder estatal e envolve a sociedade nas

decisotildees poliacuteticas evita a subordinaccedilatildeo de um setor a outro e diminui as resistecircncias

de alguns membros

Segundo Lefegravevre et al (2007) a populaccedilatildeo tem informaccedilotildees sobre a doenccedila

e do ciclo de vida do transmissor poreacutem esse conhecimento ainda natildeo eacute capaz de

produzir nas pessoas atitudes e comportamento para impedir ou reduzir os

criadouros do mosquito A probabilidade eacute que esse conhecimento vindo de origem

externa fragmentado ou pouco organizado configure um conflito entre o saber

sanitaacuterio e o senso comum Ainda segundo o autor o programa educativo tem sido

aplicado haacute muitos anos mas ateacute hoje ainda natildeo obteve o resultado esperado

contudo haacute necessidade de aprofundar neste contexto para identificar onde estatildeo as

falhas para que possa realmente ter uma populaccedilatildeo engajada no controle do vetor

Para a populaccedilatildeo segundo Lefegravevre et al (2007) haacute uma relaccedilatildeo entre sujo

que seria a doenccedila e limpo que seria a sauacutede levando a ideacuteia equivocada que o lixo

eacute o uacutenico meio de procriaccedilatildeo do mosquito Neste sentido haacute uma sinalizaccedilatildeo para

que o poder puacuteblico perceba a necessidade de informar educar e comunicar

Informar no que diz respeito aos constantes dados epidemioloacutegicos sobre a doenccedila

no Paiacutes no Estado e na sua Comunidade no sentido de incentivar a participaccedilatildeo

popular no controle da doenccedila Educar esclarecendo a forma de transmissibilidade

31

da doenccedila estabelecendo um diaacutelogo de faacutecil entendimento na loacutegica sanitaacuteria sem

confrontar o senso comum buscando construir um relacionamento entre o teacutecnico e

o cidadatildeo e agrave adoccedilatildeo de alternativas na reduccedilatildeo das viacutetimas da dengue

Neste sentido a ESF tem papel fundamental no desenvolvimento de accedilotildees de

prevenccedilatildeo e controle da dengue considerando a relaccedilatildeo de confianccedila que a

populaccedilatildeo manteacutem com a equipe de sauacutede da famiacutelia possibilitando o contato com

o ambiente domeacutestico por meio dos ACSs promovendo um ambiente seguro e livre

do Aedes aegypti (BRASIL 2002) A ESF pode ainda promover accedilotildees educativas

com a populaccedilatildeo mobilizando-a para adotar accedilotildees preventivas realizando tambeacutem a

notificaccedilatildeo imediata dos casos suspeitos possibilitando as medidas tratamento

adequado agraves situaccedilotildees de dengue claacutessica e dengue grave reduzindo os casos

letais e possibilitando o bloqueio dos focos pela vigilacircncia epidemioloacutegica

32

5 PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO

O diagnoacutestico situacional foi realizado com base nas informaccedilotildees contidas em

dados oficiais do IBGE do Sistema Integrado de Sauacutede e embasado no relato dos

problemas levantados pela Equipe de Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia da UBS

Santos Dumont

Foi utilizado o Planejamento Estrateacutegico Situacional ndash PES como referecircncia

para a proposta de intervenccedilatildeo Este meacutetodo possibilita que os atores atraveacutes de

sua proacutepria visatildeo identifiquem as causas possiacuteveis dos problemas como nascem e

se desenvolvem A partir deste ponto de vista podem propor soluccedilotildees para atacar

suas causas e a viabilidade destas soluccedilotildees (CAMPOS FARIA SANTOS 2010)

Assim a partir do diagnoacutestico situacional os 10 passos segundo os autores

mencionados e suas atividades satildeo descritas a seguir

51 Primeiro Passo Definiccedilatildeo dos Problemas

Hipertensatildeo Arterial

Diabetes

Drogas

Gravidez na Adolescecircncia

Dengue

Transtorno Depressivo

Doenccedilas Sexualmente Transmissiacuteveis AIDS

Falta de Saneamento Baacutesico

52 Segundo Passo Priorizaccedilatildeo dos Problemas

Dengue

Falta de Saneamento Baacutesico

53 Terceiro Passo Descriccedilatildeo do Problema Selecionado

Segundo o Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2002) o nosso paiacutes eacute

predominantemente de clima tropical e este eacute um ambiente favoraacutevel agrave proliferaccedilatildeo

do mosquito aedes aegypti principal transmissor da dengue em nosso continente A

33

doenccedila eacute a uma arbovirose transmitida por um artroacutepode que pode apresentar-se

de forma benigna claacutessica ou grave na forma de febre hemorraacutegica

Durante o ano de 2014 segundo o Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2014) mais

meio milhatildeo de casos da doenccedila (591080) 528 soacute na regiatildeo Sudeste em Minas

Gerais foram 59222 com 45 oacutebitos confirmados em Divinoacutepolis segundo a

Secretaria Municipal de Sauacutede (2014) ocorreram 4680 notificaccedilotildees de casos da

doenccedila e confirmados 4139 casos de dengue com 06 oacutebitos sendo que os bairros

Nossa Senhora das Graccedilas Centro Satildeo Joseacute Interlagos Niteroacutei Porto Velho

Planalto Santos Dumont Belvedere e Bom Pastor foram responsaacuteveis por 3027

dos casos de dengue da cidade

Ferreira et al (2009) Lima e Vilasboas (2011) chamam a atenccedilatildeo para a falta

de saneamento baacutesico como um fator agravante que pode elevar a multiplicaccedilatildeo do

vetor da doenccedila Para Gonccedilalves Neto et al (2006) as condiccedilotildees sanitaacuterias

prejudicadas o crescimento desordenado levaram agrave raacutepida adaptaccedilatildeo do vetor agraves

residecircncias causando a disseminaccedilatildeo do viacuterus Tais situaccedilotildees satildeo rotineiras na

populaccedilatildeo adscrita da UBS Santos Dumont

54 Quarto passo Explicaccedilatildeo do Problema

A explicaccedilatildeo para o problema selecionado foi qualificado do ponto de vista

social coletivo e individual

Niacutevel Social Refere-se agrave ausecircncia de poliacuteticas puacuteblicas para melhoria de qualidade

de vida da populaccedilatildeo que convive com a ausecircncia de saneamento baacutesico esgoto a

ceacuteu aberto falta de coleta seletiva e lixo acumulado nas ruas e terrenos baldios

Niacutevel Coletivo Falta de consciecircncia da gravidade da doenccedila que pode acometer a

qualquer pessoa e todas as faixas etaacuterias falta de colaboraccedilatildeo entre os vizinhos que

sempre potildeem a culpa das maacutes condiccedilotildees uns nos outros mas ningueacutem assume a

responsabilidade pelo seu quintal

Niacutevel Individual Falta de compromisso pois segundo dados da SEMUSA

(DIVINOacutePOLIS 2014) 9415 dos focos de Dengue estatildeo dentro das residecircncias

esses focos foram identificados em vasilhas de aacutegua para cachorro galinha calhas

mal projetadas e caixas drsquoaacutegua sem tampa

55 Quinto Passo Seleccedilatildeo dos ldquoNoacutes Criacuteticosrdquo

34

Foram selecionados os seguintes ldquonoacutes criacuteticosrdquo que podem ter relaccedilatildeo direta com o

alto nuacutemero de casos de dengue

Lixo nas ruas falta de conscientizaccedilatildeo da populaccedilatildeo para evitar descarte

incorreto de lixo nas ruas e terrenos baldios

Responsabilizaccedilatildeo do outro falta agrave comunidade assumir que o problema da

dengue natildeo eacute do meu vizinho mas eacute de todos

Lotes sujos falta cobranccedila por parte do poder puacuteblico aos proprietaacuterios de

terrenos vazios que mantenham os lotes limpos e conservados

56 Sexto Passo Desenho de Operaccedilotildees para os ldquoNoacutes Criacuteticosrdquo do Problema

Como soluccedilatildeo dos ldquonoacutes criacuteticosrdquo foram apresentadas as seguintes propostas

contidas no Quadro 6 a seguir

Quadro 6 ndash Desenho das Operaccedilotildees para os Noacutes Criacuteticos Selecionados

ldquoNoacute

Criacuteticordquo

Operaccedilatildeo

Projeto

Resultados

Esperados

Produtos

Esperados

Recursos

Necessaacuterios

Lixo nas ruas Reeducaccedilatildeo conscientizaccedilatildeo ambiental

Ausecircncia de lixo nas ruas e lotes vazios

Bairro limpo sem dengue

Datashow e computador

Responsabiliza ccedilatildeo do outro

Conscientizaccedilatildeo

sobre sauacutede

coletiva

Que todos

unidos com

objetivo de

diminuir os

casos de

dengue

Reduccedilatildeo da

doenccedila

Datashow e computador Panfletos informativos

Lotes sujos Limpeza de

lotes e terrenos

Lotes limpos

e sem focos

da dengue

Diminuiccedilatildeo

do nuacutemero do

mosquito

transmissor

da dengue

Palestras sobre

conservaccedilatildeo

dos terrenos e

lotes vazios

Fiscalizaccedilatildeo da

prefeitura

57 Seacutetimo Passo Identificaccedilatildeo dos Recursos Criacuteticos

35

Para iniacutecio das operaccedilotildees foram apresentados os recursos necessaacuterios e

indispensaacuteveis para o sucesso do processo

Quadro 7 ndash Identificaccedilatildeo dos Recursos Criacuteticos

Operaccedilatildeo

Projeto

Recursos Criacuteticos

Controle dos recursos criacuteticos

Accedilatildeo estrateacutegica

Ator que controla

Motivaccedilatildeo

ldquoMutiratildeo da

limpezardquo

realizar um dia

por mecircs para

limpeza em

parceria com a

populaccedilatildeo

Poliacutetico Veiculo e pessoal para limpeza das ruas

Empresa Municipal de Obras Puacuteblicas

Evitar que lixo se acumule nas ruas

Criaccedilatildeo do dia da limpeza e apresentaccedilatildeo da administraccedilatildeo para apreciaccedilatildeo

ldquoFora Denguerdquo Intensificaccedilatildeo das accedilotildees educativas nas escolas e nos grupos e associaccedilatildeo de bairro

Poliacutetico Articulaccedilatildeo interssetorial Financeiro Disponibilizaccedilatildeo de material informativo

Secretaria Municipal de Sauacutede Secretaria Municipal de Educaccedilatildeo Associaccedilatildeo de bairros

Despertar na comunidade a consciecircncia de sauacutede coletiva

Despertar nos discentes e na comunidade o desejo de erradicar os focos da dengue

ldquoMapeamento

dos lotes sujosrdquo

Realizar o

mapeamento

dos terrenos

sujos

Poliacutetico Notificar os

proprietaacuterios para limpeza do

terreno Financeiro

Recurso para impressatildeo das

notificaccedilotildees

Secretaria Municipal de

Sauacutede

Evitar que as pessoas joguem lixo e entulho em lotes vagos

Conservaccedilatildeo e limpeza dos lotes vazios

58 Oitavo Passo Anaacutelise de Viabilidade do Plano

A proposta a seguir (Quadro 3) apresenta a motivaccedilatildeo para a viabilidade do plano

visto que alguns dos recursos necessaacuterios fogem agrave governabilidade da ESF

36

Quadro 8 ndash Viabilidade do Plano

Operaccedilatildeo

Projeto

Recursos Criacuteticos

Controle dos recursos criacuteticos

Accedilatildeo estrateacutegica

Ator que controla

Motivaccedilatildeo

ldquoMutiratildeo da

limpezardquo

realizar um dia

por mecircs para

limpeza em

parceria com a

populaccedilatildeo

Poliacutetico Veiculo e pessoal para limpeza das ruas

Empresa Municipal de Obras Puacuteblicas

Favoraacutevel Criaccedilatildeo do dia da limpeza e apresentaccedilatildeo agrave administraccedilatildeo para apreciaccedilatildeo

ldquoFora Denguerdquo Intensificaccedilatildeo das accedilotildees educativas nas escolas e nos grupos e associaccedilatildeo de bairro

Poliacutetico Articulaccedilatildeo interssetorial Financeiro Disponibilizaccedilatildeo de material informativo

Secretaria Municipal de Sauacutede Secretaria Municipal de Educaccedilatildeo Associaccedilatildeo de bairros

Favoraacutevel

Despertar nos escolares e na comunidade o desejo de erradicar os focos da dengue

ldquoMapeamento

dos lotes sujosrdquo

Realizar o

mapeamento

dos terrenos

sujos

Poliacutetico Notificar os

proprietaacuterios para limpeza do

terreno Financeiro

Recurso para impressatildeo das

notificaccedilotildees

Secretaria Municipal de

Sauacutede

Indiferente

Conservaccedilatildeo e limpeza dos lotes vazios

37

59 Nono Passo Elaboraccedilatildeo do Plano Operativo

A proposta a seguir no Quadro 9 identifica os atores envolvidos lhes atribuiacutedo

responsabilidades e prazos a cumprir

Quadro 9 ndash Plano Operativo

Operaccedilotildees Resultados Accedilotildees Estrateacutegicas

Responsaacutevel Prazo

ldquoMutiratildeo da limpezardquo realizar um dia por mecircs para limpeza em parceria com a populaccedilatildeo

Limpeza das ruas

e quintais

Coleta de lixo

das ruas Incentivo a limpeza de

lotes e quintais

Equipe de ACS

Durante todo ano

ldquoFora Denguerdquo Intensificaccedilatildeo das accedilotildees educativas nas escolas e nos grupos e associaccedilatildeo de bairro

Uma comunidade

consciente das suas

responsabilidades

Insistir e reforccedilar com

accedilotildees educativas para que

populaccedilatildeo mantenha as ruas limpas e coloque o lixo

para ser recolhido

Enfermeiro ESF

Durante todo o ano

ldquoMapeamento dos lotes

sujosrdquo Realizar o

mapeamento dos terrenos

sujos

Identificar os focos e eliminaacute-

los

Criaccedilatildeo de um mapa onde ocorreram focos do mosquito

ACS e

Enfermeiro

Trecircs meses

510 Deacutecimo Passo Gestatildeo do Plano

Com a gestatildeo do plano eacute possiacutevel aos responsaacuteveis acompanhar e monitorar as

accedilotildees avaliando e sempre que necessaacuterio readequando as eventuais falhas do

processo

38

Quadro 10ndash Gestatildeo do Plano

Produtos Responsaacutevel Prazo Situaccedilatildeo Atual

Justificativa Novo Prazo

ldquoMutiratildeo da

limpezardquo

realizar um

dia por mecircs

para limpeza

em parceria

com a

populaccedilatildeo

Enfermeiro da ESF

Inicio imediatamente

(logo apoacutes apresentaccedilatildeo

do projeto)

ldquoFora Denguerdquo Intensificaccedilatildeo das accedilotildees educativas nas escolas e nos grupos e associaccedilatildeo de bairro

Enfermeiro Provab

Durante todo ano

ldquoMapeamento

dos lotes

sujosrdquo

Realizar o

mapeamento

dos terrenos

sujos

ECS e Equipe

de Epidemiologia

Um mecircs para

inicio das atividades

Aleacutem dos 10 passos do Planejamento Estrateacutegico Situacional optei por incluir outros

02 passos que tecircm a finalidade de contribuir para o processo de avaliaccedilatildeo da

Proposta de Intervenccedilatildeo Estatildeo contidos nos itens 511 e 512 a seguir

511 Avaliaccedilatildeo dos Resultados

O instrumento para avaliaccedilatildeo seraacute o Sistema de Informaccedilotildees de Agravos de

Notificaccedilatildeo ndash SINAN

ldquoque tem por objetivo o registro e processamento dos dados sobre agravos

de notificaccedilatildeo em todo o territoacuterio nacional fornecendo informaccedilotildees para

anaacutelise do perfil da morbidade e contribuindo desta forma para a tomada

de decisotildees em niacutevel municipal estadual e federalrdquo (IBGE 2014)

39

Segundo Moraes e Duarte (2009) o SINAN tem sido principal fonte de dados

para coordenaccedilatildeo das accedilotildees de vigilacircncia epidemioloacutegica tanto no sentido de

controle da doenccedila quando como fonte de pesquisa

512 Resultados Eesperados

O resultado esperado eacute

Estabelecer a construccedilatildeo de conhecimento que favoreccedila o autocuidado e a

capacidade de emancipaccedilatildeo da comunidade criando um ambiente seguro com

ecircnfase na educaccedilatildeo e sauacutede com vistas agrave reduccedilatildeo dos casos de dengue na

populaccedilatildeo adscrita da UBS Santos Dumont

40

6 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

O Programa de Valorizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Baacutesica (PROVAB) abriu muitos

caminhos para um horizonte promissor no desenvolvimento da promoccedilatildeo da sauacutede

e da prevenccedilatildeo no campo de atuaccedilatildeo do Programa Sauacutede na Escola criando um

viacutenculo de amizade e confianccedila uma verdadeira parceria com os alunos essencial

na construccedilatildeo de uma sociedade consciente e capaz de cuidar da sua sauacutede de

maneira preventiva loacutegica essa defendida pelo Sistema Uacutenico de Sauacutede

Para noacutes enfermeiros eacute oportunidade de ampliar o horizonte de atuaccedilatildeo

ensinando e aprendendo com o comportamento das crianccedilas dos adolescentes e

jovens vendo de maneira impar o grande desafio da educaccedilatildeo em formar cidadatildeos

com mais sauacutede Como gratificaccedilatildeo recebemos o reconhecimento dos alunos

professores e diretores algo que fica marcado para sempre na formaccedilatildeo do

profissional os laccedilos de confianccedila amizade e reconhecimento satildeo a maior

recompensa e certeza de missatildeo cumprida

Como a Equipe de Sauacutede da Famiacutelia tem como principal objetivo trabalhar na

prevenccedilatildeo de doenccedilas e agravos criando viacutenculos com a clientela a missatildeo de

promover a emancipaccedilatildeo de seus usuaacuterios com ecircnfase no autocuidado exige de

noacutes muita articulaccedilatildeo e intensificaccedilatildeo de accedilotildees educativas Especificamente no caso

da dengue o cumprimento desta missatildeo pode evitar que as constantes epidemias

se tornem parte do cotidiano das pessoas auxiliando os moradores da comunidade

na adoccedilatildeo de medidas responsaacuteveis que visem o cuidado com a sua sauacutede e da

sauacutede da comunidade

Neste sentido a educaccedilatildeo em sauacutede desempenha um papel importante em

manter a comunidade sempre vigilante e em alerta pois o perigo eacute eminente e vive

dentro dos lares das pessoas esperando apenas o momento oportuno e condiccedilotildees

favoraacuteveis para transmitir a dengue

O trabalho dos agentes de controle de endemias e da ESF deve ser

constante focado na eliminaccedilatildeo dos criadouros do mosquito transmissor da dengue

A comunidade deve colaborar com livre acesso dos agentes agraves residecircncias na

colaboraccedilatildeo para eliminaccedilatildeo dos focos nos domiciacutelios e peridomiciacutelios e

multiplicaccedilatildeo das informaccedilotildees sobre o ciclo de vida do vetor entre os vizinhos

amigos e parentes informando que todos estatildeo expostos agrave doenccedila e a mudanccedila de

comportamento pode diminuir os riscos de contrair a dengue

41

Ao poder puacuteblico eacute necessaacuterio adotar um planejamento adequado para

garantir aos cidadatildeos a infraestrutura miacutenima necessaacuteria para viver em comunidade

serviccedilos essenciais como saneamento coleta de lixo e mobilidade que favorecem a

criaccedilatildeo de um ambiente seguro com sauacutede e qualidade de vida

42

REFEREcircNCIAS

ALMEIDA M CM et al Dinacircmica intra-urbana das epidemias de dengue em Belo Horizonte Minas Gerais Brasil 1996-2002 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2008 vol24 n10 pp 2385-2395 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv24n1019pdf Acesso em 02 de out de 2014 ALVES V S A Um modelo de educaccedilatildeo em sauacutede para o Programa Sauacutede da Famiacutelia pela integralidade da atenccedilatildeo e reorientaccedilatildeo do modelo assistencial Interface - Comunic Sauacutede Educ v9 n16 p39-52 set2004fev2005 Disponiacutevel em httpswwwnesconmedicinaufmgbrbibliotecaimagem0303pdf Acesso de jun de 2014 BACKES DS et al (2012) O papel profissional do enfermeiro no Sistema Uacutenico de Sauacutede da sauacutede comunitaacuteria agrave estrateacutegia de sauacutede da famiacutelia Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva

17(1)223-230 2012 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcscv17n1a24v17n1pdf Acesso em 12 de jan 2015 BRASIL Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sauacutede Consulta Estabelecimento - Modulo Profissional - Profissional por Estabelecimento Disponiacutevel em httpcnesdatasusgovbrMod_ProfissionalaspVCo_Unidade=3122302159651 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Cadernos de Informaccedilotildees de Sauacutede Minas Gerais DATASUS TABNET (2010) Disponiacutevel em httptabnetdatasusgovbrtabdatacadernosmghtm Acesso em16 de maio de 2014 BRASIL Dengue - instruccedilotildees para pessoal de combate ao vetor Manual de Normas teacutecnicas - 3 ed rev - Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede 2001 84 p il 30 cm Disponiacutevel em httpbvsmssaudegovbrbvspublicacoesfunasaman_denguepdf acesso em 15 de out de 2014 BRASIL Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz Vetor da dengue na Aacutesia A albopictus eacute alvo de estudos Publicada em 18122008 agraves 1249 Disponiacutevel em httpwwwfiocruzbrioccgicgiluaexesysstarthtminfoid=576ampsid=32amptpl=printerview Acesso em 12 de jan de 2015 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Censo demograacutefico 2010 sinopse Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=1ampsearch=minas-gerais|divinopolis|censo-demografico-2010-sinopse- Acesso em 15 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Divinoacutepolis morbidades hospitalares ndash 2012 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=114ampsearch=minas-gerais|divinopolis|morbidades-hospitalares-2012 Acesso em 12 de maio de 2014

43

BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estaacutetica Divisatildeo Territorial do Brasil e Limites Territoriais Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE) (1 de julho de 2008) Disponiacutevel em httpwwwibgegovbrhomegeocienciascartografiadefault_dtb_intshtm Acesso em16 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Ensino - matriacuteculas docentes e rede escolar ndash 2012 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=117ampsearch=minas-gerais|divinopolis|ensino-matriculas-docentes-e-rede-escolar-2012 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estaacutetica Histoacuterico do Municiacutepio disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrpainelhistoricophplang=ampcodmun=312230ampsearch=minas-gerais|divinopolis|infograficos-historico Acesso 10 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Informaccedilotildees completas Populaccedilatildeo em 2010 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrasperfilphplang=ampcodmun=312230 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Serviccedilos de sauacutede ndash 2009 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=5ampsearch=minas-gerais|divinopolis|servicos-de-saude-2009 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Sistema de informaccedilotildees de agravos de notificaccedilatildeo ndash SINAN Disponiacutevel em httpcesibgegovbrbase-de-dadosmetadadosministerio-da-saudesistema-de-informacoes-de-agravos-de-notificacao-sinan Acesso em 16 de Nov de 2014 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede Dengue aspectos epidemioloacutegicos diagnoacutestico e tratamento Ministeacuterio da Sauacutede Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede ndash Brasiacutelia Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede 2002 Disponiacutevel em httpbvsmssaudegovbrbvspublicacoesdengue_aspecto_epidemiologicos_diagnostico_tratamentopdf Acesso em 02 de out de 2014 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede FUNSA Programa Nacional de Combate a Dengue PNCD Disponiacutevel em httpbvsmssaudegovbrbvspublicacoespncd_2002pdf Acesso em 21 de jun de 2014 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portal Brasil Disponiacutevel em httpwwwbrasilgovbrsaude201311saude-libera-mais-de-r-360-mi-para-combate-a-dengue Acesso em 10 de Nov de 2014

44

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede Departamento de Vigilacircncia Epidemioloacutegica Diretrizes nacionais para prevenccedilatildeo e controle de epidemias de dengue Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede Departamento de Vigilacircncia Epidemioloacutegica ndash Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2009 160 p Disponiacutevel em httpwwwansgovbrportalimgemaildiretrizes_reimpressao_webpdf Acesso em 16 de Nov de 2014

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede (2014) Monitoramento dos casos de dengue e febre de chikungunya ateacute a Semana Epidemioloacutegica (SE) 53 de 2014 Dengue Boletim Epidemioloacutegico ISSN 2358-9450 Volume 46 Ndeg 3 ndash 2015 Disponiacutevel em httpportalsaudesaudegovbrimagespdf2015janeiro192015-002---BE-at---SE-53pdf Acesso em 22 mar de 2015 BRASILSINANONLINE e DVASVEASTSub VPSSES-MG (20122013) Disponiacutevel em httpwwwsaudemggovbrcomponentgmgstory6489-informe-epidemiologico-da-dengue-30-05-2014 Acesso em 08 de jun de 2014 CAMPOS FCC FARIA H P SANTOS MA Planejamento e avaliaccedilatildeo das accedilotildees em sauacutede Curso de Especializaccedilatildeo em Atenccedilatildeo Baacutesica em Sauacutede da Famiacutelia NESCONUFMG Curso de Especializaccedilatildeo em Atenccedilatildeo Baacutesica agrave Sauacutede da Famiacutelia 2ed Belo Horizonte NesconUFMG 2010 Disponiacutevel em lthttpswwwnesconmedicinaufmgbrbibliotecaregistroPlanejamento_e_avaliacao_das_acoes_de_saude_23gt Acesso em Dezembro 2014 DIVINOacutePOLIS Estatuto dos Conselhos Distritais de Sauacutede Conselho Municipal de Sauacutede 1998 DIVINOacutePOLIS Mapa da cidade Disponiacutevel em httpwwwdivinopolismggovbrportalpaginasgeograficosimagensmapadacidadepdf Acesso em 08 de jun de 2014 DIVINOPOLIS Secretaria Municipal de Sauacutede SEMUSA Sistema Integrado de Sauacutede Paciente Famiacutelia Acesso Local Acesso em 15 de maio de 2014 FERREIRA B J et al Evoluccedilatildeo histoacuterica dos programas de prevenccedilatildeo e controle da dengue no Brasil Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2009 vol14 n3 pp 961-972 ISSN 1413-8123 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcscv14n332pdf Acesso em 21 de jun de 2014 FERREIRA IT RN VERAS M A S M and SILVA RA Participaccedilatildeo da populaccedilatildeo no controle da dengue uma anaacutelise da sensibilidade dos planos de sauacutede de municiacutepios do Estado de Satildeo Paulo BrasilCad Sauacutede Puacuteblica [online] 2009 vol25 n12 pp 2683-2694 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielosporgpdfcspv25n1215pdf Acesso em 10 de out de 2014 FIGUEIREDO LT M OWA M A CARLUCCI R H and OLIVEIRA L de Estudo sobre o diagnoacutestico laboratorial e sintomas do dengue durante epidemia ocorrida na regiatildeo de Ribeiratildeo Preto SP Brasil Rev Inst Med trop S Paulo [online] 1992

45

vol34 n2 pp 121-130 ISSN 0036-4665 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfrimtspv34n2a07v34n2pdf Acesso em 13 ago de 2014 FIGUEIROacute AC et al Oacutebito por dengue como evento sentinela para avaliaccedilatildeo da qualidade da assistecircncia estudo de caso em dois municiacutepios da Regiatildeo Nordeste Brasil 2008 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2011 vol27 n12 pp 2373-2385 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv27n1209pdf Acesso em 12 de out de 2014 GIRAtildeO RV et al Educaccedilatildeo em sauacutede sobre a dengue contribuiccedilotildees para o desenvolvimento de competecircncias J res fundam care online 2014 janmar 6(1) 38-46 Disponiacutevel em httpwwwseeruniriobrindexphpcuidadofundamentalarticleview2659pdf_1043 Acesso em 21 de jun de 2014 GONCcedilALVES NETO V S et al Conhecimentos e atitudes da populaccedilatildeo sobre dengue no Municiacutepio de Satildeo Luiacutes Maranhatildeo Brasil 2004 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2006 vol22 n10 pp 2191-2200 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv22n1018pdf Acesso em 10 de out de 2014 LEFEVRE A MC et al Representaccedilotildees sobre dengue seu vetor e accedilotildees de controle por moradores do municiacutepio de Satildeo Sebastiatildeo litoral Norte do Estado de Satildeo Paulo Brasil Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2007 vol23 n7 pp 1696-1706 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv23n722pdf Acesso em 16 de out de 2014 LIMA E C VILASBOAS ALQ Implantaccedilatildeo das Accedilotildees Interssetoriais de Mobilizaccedilatildeo Social do Paraacute o Controle da dengue na Bahia Brasil Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2011 vol27 n8 pp 1507-1519 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv27n806pdf Acesso em 16 de out de 2014 MACHADO RM et al (2013) HISTORIA DA SAUacuteDE MENTAL DE DIVINOacutePOLIS-MG Revista de Enfermagem do Centro Oeste Mineiro 2013 maiago 3 (2) 752-760 httpwwwseerufsjedubrindexphprecomarticleview228439 Acesso em 08 de abr de 2015 MAYO R C et al BEPA - Boletim Epidemioloacutegico Paulista 8(88) 4-12 abr 2011 tab Graf Disponiacutevel em fileCUsersnoteDownloadsv8n88a0120(1)pdf Acesso em 12 de out de 2014 MINAS GERAIS Secretaria Estadual de Sauacutede Programa Estadual de Controle Permanente da Dengue SITUACcedilAtildeO ATUAL DA DENGUE EM MINAS GERAIS RESUMO INFORMATIVO - 15122014 Disponiacutevel em httpwwwsaudemggovbrimagesdocumentosAnaliseDengue15-12-2014pdf Acesso em 10 de jan de 2015 MINAS GERAIS Secretaria de Estado da Sauacutede de Minas Gerais Programa Sauacutede em Casa Disponiacutevel em httpwwwsaudemggovbrpoliacuteticas_de_saudeprograma-saude-em-casa Acesso em 10 de maio de 2014

46

MORAES GH and DUARTE E C Anaacutelise da concordacircncia dos dados de mortalidade por dengue em dois sistemas nacionais de informaccedilatildeo em sauacutede Brasil 2000-2005 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2009 vol25 n11 pp 2354-2364 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielosporgpdfcspv25n1106pdf Acesso em 29 de Nov de 2014 PENNA M L F Um desafio para a sauacutede puacuteblica brasileira o controle do dengue Cad Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro 19(1) 305-309 jan-fev 2003 Disponiacutevel em httpwwwscielosporgpdfcspv19n114932pdf Acesso em 21 de jun de 2014

PREFEITURA MUNICIPAL DE DIVINOacutePOLIS BALANCcedilO DA DENGUE Disponiacutevel em httpwwwdivinopolismggovbrportalnoticiaphpid=11507 Acesso em 19 jan de 2015

RIBEIRO P C SOUSA DC ARAUJO TME Perfil cliacutenico-epidemioloacutegico dos casos suspeitos de Dengue em um bairro da zona sul de Teresina PI Brasil Rev bras enferm [online] 2008 vol61 n2 pp 227-232 ISSN 0034-7167 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfrebenv61n2a13v61n2pdf Acesso em 28 de jul de 2014 VALENTE G SC et al Problematizaccedilatildeo Como Estrateacutegia de Educaccedilatildeo em Sauacutede no Combate a Dengue Um Relato de Experiecircncia R Pesq cuid Fundam Online 2012 outdez 4(4)2987-94 Disponiacutevel em httpwwwseeruniriobrindexphpcuidadofundamentalarticleview1888pdf_641 Acesso em 08 jun de 2014 TEIXEIRA LAS et al Persistecircncia dos sintomas de dengue em uma populaccedilatildeo de Uberaba Minas Gerais Brasil Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2010 vol26 n3 pp 624-630 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv26n319pdf Acesso em 16 de out de 2014

Page 28: PLANO DE AÇÃO NO COMBATE A DENGUE: EDUCAR PARA EVITAR · 2019-11-14 · The Divinopolis follows the same trend, with 4680 notifications and 4139 confirmed ... banhado pelas bacias

28

tarefa de evitar epidemias vai muito aleacutem do setor de sauacutede consistem em um

conjunto de accedilotildees poliacuteticas teacutecnicas e sociais que inclui prioritariamente a

participaccedilatildeo popular aliada agrave vigilacircncia epidemioloacutegica

Segundo Gonccedilalves Neto et al (2006) as condiccedilotildees sanitaacuterias prejudicadas

ausecircncia de coleta seletiva de lixo ausecircncia de saneamento baacutesico e um

crescimento desordenado em aacutereas tropicais propiciou raacutepida adaptaccedilatildeo do vetor

nas residecircncias levando o aedes aegpyti aproveitar se dos criadouros

providenciados pelo proacuteprio homem para aumentar sua populaccedilatildeo Contudo salienta

o autor praticamente impossiacutevel desenvolver um trabalho de controle do vetor sem a

participaccedilatildeo da comunidade

Tais afirmaccedilotildees explicam a situaccedilatildeo da populaccedilatildeo adscrita da UBS Santos

Dumont onde ocorreu uma grande expansatildeo de domiciacutelios sem um planejamento

adequado deixando um grande nuacutemero de terrenos baldios uma ocupaccedilatildeo sem a

infraestrutura necessaacuteria falta da coleta seletiva de lixo saneamento baacutesico e

pavimentaccedilatildeo Soma-se a isso a deficiecircncia do Estado em garantir uma coleta de

lixo eficiente deixando margem para a proliferaccedilatildeo da doenccedila

Segundo Almeida et al (2008) a adaptaccedilatildeo do mosquito aedes aegypti cuja

sobrevivecircncia depende de aacutegua parada ocorre principalmente nas aacutereas urbanas

em domiciacutelios e peridomiciacutelios Contudo o vetor eacute muito sensiacutevel agraves condiccedilotildees

ambientais poreacutem seus ovos resistem a longos periacuteodos de dissecaccedilatildeo o que

garante a perpetuaccedilatildeo da espeacutecie Com haacutebito diurno preferencialmente tem uma

especial atraccedilatildeo pelo sangue humano seu deslocamento eacute em meacutedia durante um

voo em condiccedilotildees normais de ambiente sem a interferecircncia de vento de cinquenta

metros portanto sua caracteriacutestica de habitar os domiciacutelios e peridomiciacutelios

permanecendo proacuteximo ao local de ldquopastordquo e postura dos ovos

Segundo Almeida et al (2008) com a ausecircncia de uma vacina eficaz capaz

de evitar a doenccedila a principal profilaxia tem sido o controle vetorial por meio de

identificaccedilatildeo dos focos e aplicaccedilatildeo de inseticidas de accedilatildeo residual para eliminaccedilatildeo

das larvas ou seja o combate focal

Contudo afirmam Almeida et al (2008) o conhecimento do dinamismo do

periacuteodo de maior transmissibilidade e latecircncia tem permitido a organizaccedilatildeo de accedilotildees

mais ou menos acentuadas dependendo do momento da epidemia e das condiccedilotildees

climaacuteticas A presenccedila do vetor em variadas partes das cidades jaacute foi identificada por

meio de estudos o que comprova que a doenccedila natildeo atinge somente uma classe

29

social Quanto agrave diminuiccedilatildeo dos casos dentro de um contexto epidemioloacutegico trecircs

fatores tecircm um papel muito importante as condiccedilotildees climaacuteticas desfavoraacuteveis agrave

viabilidade do vetor esgotamento de hospedeiros susceptiacuteveis e o controle quiacutemico

do vetor

45 Controle

Segundo Mayo et al (2011) existem duas formas de atuaccedilatildeo no controle da

doenccedila o bloqueio e o controle de criadouros Estas medidas tecircm por objetivo a

reduccedilatildeo dos criadouros na aacuterea de atuaccedilatildeo dos agentes de sauacutede o controle por

bloqueio e nebulizaccedilatildeo ocorre agrave aplicaccedilatildeo de inseticida com aplicadores Ultra Baixo

Volume - UBV A atuaccedilatildeo nesse tipo de trabalho em relaccedilatildeo ao feito pelo municiacutepio

diz respeito agrave qualidade do serviccedilo realizado bem como a agilidade na realizaccedilatildeo da

tarefa e o grande alcance da aacuterea coberta e o tipo de equipamento empregado

Para realizaccedilatildeo das tarefas o meacutetodo segue o preconizado pelo PNCD divide

as cidades em aacutereas setores e quarteirotildees Segundo Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL

2001) o bloqueio consiste em parar a transmissatildeo da dengue em municiacutepios com

epidemia instalada e tem como objetivo ainda a identificaccedilatildeo do sorotipo de viacuterus

circulante a aplicaccedilatildeo do UBV sem prejuiacutezo do controle larvaacuterio Quanto agrave

delimitaccedilatildeo de um foco isolado nos casos onde natildeo haacute infestaccedilatildeo deveratildeo ser

tratados todos os imoacuteveis no raio de 300 metros do entorno do local

Na fase de ataque segundo Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2001) deveraacute ser

tratado 100 dos imoacuteveis aleacutem de pontos estrateacutegicos terrenos baldios das zonas

infestadas e todos os potenciais focos devem ser eliminados Na fase de

consolidaccedilatildeo o objetivo eacute a erradicaccedilatildeo do mosquito satildeo desenvolvidas vaacuterias

accedilotildees semelhantes agrave fase de ataque com exceccedilatildeo do tratamento de focos Na fase

de manutenccedilatildeo satildeo visitadas todas as aacutereas positivas e negativas mesmo onde o

vetor foi erradicado as medidas satildeo o uso de armadilhas de oviposiccedilatildeo e inspeccedilotildees

de pontos estrateacutegicos

46 Atuaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Baacutesica no Controle da Dengue

As atividades de controle devem ter uma sinergia com todos os setores

envolvidos no tocante a vigilacircncia epidemioloacutegica haacute necessidade de manter a

30

vistoria em imoacuteveis terrenos depoacutesitos oficinas entre outros locais Teixeira et al

(2010) verificaram que os domiciacutelios com terrenos baldios no entorno apresentaram

maior concentraccedilatildeo da doenccedila

Lima e Vilasboas (2011) salientam que a sauacutede eacute um direito e a maneira que

o Estado tem de garantir esse direito eacute por meio de poliacuteticas puacuteblicas de proteccedilatildeo

prevenccedilatildeo e recuperaccedilatildeo de agravos a simples ausecircncia de doenccedila natildeo pode ser

considerada um conceito de sauacutede visto que as condiccedilotildees sociais de saneamento

baacutesico meio ambiente educaccedilatildeo moradia e renda satildeo fatores determinantes no

processo de adoecimento de um povo A sauacutede deve ser pensada no contexto

ampliado com integraccedilatildeo formando uma rede interssetorial na perspectiva de troca

de ajuda muacutetua na troca de experiecircncias com uma construccedilatildeo muacutetua de saberes

facilitando a resoluccedilatildeo dos problemas enfrentados

Para Lima e Vilasboas (2011) a interssetorialidade pode ser um facilitador

para construccedilatildeo de um sistema de sauacutede efetivo contudo aliado a poliacuteticas puacuteblicas

que possam contribuir para ganho na melhoria da qualidade de vida das pessoas A

interssetorialidade extrapola os limites do poder estatal e envolve a sociedade nas

decisotildees poliacuteticas evita a subordinaccedilatildeo de um setor a outro e diminui as resistecircncias

de alguns membros

Segundo Lefegravevre et al (2007) a populaccedilatildeo tem informaccedilotildees sobre a doenccedila

e do ciclo de vida do transmissor poreacutem esse conhecimento ainda natildeo eacute capaz de

produzir nas pessoas atitudes e comportamento para impedir ou reduzir os

criadouros do mosquito A probabilidade eacute que esse conhecimento vindo de origem

externa fragmentado ou pouco organizado configure um conflito entre o saber

sanitaacuterio e o senso comum Ainda segundo o autor o programa educativo tem sido

aplicado haacute muitos anos mas ateacute hoje ainda natildeo obteve o resultado esperado

contudo haacute necessidade de aprofundar neste contexto para identificar onde estatildeo as

falhas para que possa realmente ter uma populaccedilatildeo engajada no controle do vetor

Para a populaccedilatildeo segundo Lefegravevre et al (2007) haacute uma relaccedilatildeo entre sujo

que seria a doenccedila e limpo que seria a sauacutede levando a ideacuteia equivocada que o lixo

eacute o uacutenico meio de procriaccedilatildeo do mosquito Neste sentido haacute uma sinalizaccedilatildeo para

que o poder puacuteblico perceba a necessidade de informar educar e comunicar

Informar no que diz respeito aos constantes dados epidemioloacutegicos sobre a doenccedila

no Paiacutes no Estado e na sua Comunidade no sentido de incentivar a participaccedilatildeo

popular no controle da doenccedila Educar esclarecendo a forma de transmissibilidade

31

da doenccedila estabelecendo um diaacutelogo de faacutecil entendimento na loacutegica sanitaacuteria sem

confrontar o senso comum buscando construir um relacionamento entre o teacutecnico e

o cidadatildeo e agrave adoccedilatildeo de alternativas na reduccedilatildeo das viacutetimas da dengue

Neste sentido a ESF tem papel fundamental no desenvolvimento de accedilotildees de

prevenccedilatildeo e controle da dengue considerando a relaccedilatildeo de confianccedila que a

populaccedilatildeo manteacutem com a equipe de sauacutede da famiacutelia possibilitando o contato com

o ambiente domeacutestico por meio dos ACSs promovendo um ambiente seguro e livre

do Aedes aegypti (BRASIL 2002) A ESF pode ainda promover accedilotildees educativas

com a populaccedilatildeo mobilizando-a para adotar accedilotildees preventivas realizando tambeacutem a

notificaccedilatildeo imediata dos casos suspeitos possibilitando as medidas tratamento

adequado agraves situaccedilotildees de dengue claacutessica e dengue grave reduzindo os casos

letais e possibilitando o bloqueio dos focos pela vigilacircncia epidemioloacutegica

32

5 PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO

O diagnoacutestico situacional foi realizado com base nas informaccedilotildees contidas em

dados oficiais do IBGE do Sistema Integrado de Sauacutede e embasado no relato dos

problemas levantados pela Equipe de Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia da UBS

Santos Dumont

Foi utilizado o Planejamento Estrateacutegico Situacional ndash PES como referecircncia

para a proposta de intervenccedilatildeo Este meacutetodo possibilita que os atores atraveacutes de

sua proacutepria visatildeo identifiquem as causas possiacuteveis dos problemas como nascem e

se desenvolvem A partir deste ponto de vista podem propor soluccedilotildees para atacar

suas causas e a viabilidade destas soluccedilotildees (CAMPOS FARIA SANTOS 2010)

Assim a partir do diagnoacutestico situacional os 10 passos segundo os autores

mencionados e suas atividades satildeo descritas a seguir

51 Primeiro Passo Definiccedilatildeo dos Problemas

Hipertensatildeo Arterial

Diabetes

Drogas

Gravidez na Adolescecircncia

Dengue

Transtorno Depressivo

Doenccedilas Sexualmente Transmissiacuteveis AIDS

Falta de Saneamento Baacutesico

52 Segundo Passo Priorizaccedilatildeo dos Problemas

Dengue

Falta de Saneamento Baacutesico

53 Terceiro Passo Descriccedilatildeo do Problema Selecionado

Segundo o Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2002) o nosso paiacutes eacute

predominantemente de clima tropical e este eacute um ambiente favoraacutevel agrave proliferaccedilatildeo

do mosquito aedes aegypti principal transmissor da dengue em nosso continente A

33

doenccedila eacute a uma arbovirose transmitida por um artroacutepode que pode apresentar-se

de forma benigna claacutessica ou grave na forma de febre hemorraacutegica

Durante o ano de 2014 segundo o Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2014) mais

meio milhatildeo de casos da doenccedila (591080) 528 soacute na regiatildeo Sudeste em Minas

Gerais foram 59222 com 45 oacutebitos confirmados em Divinoacutepolis segundo a

Secretaria Municipal de Sauacutede (2014) ocorreram 4680 notificaccedilotildees de casos da

doenccedila e confirmados 4139 casos de dengue com 06 oacutebitos sendo que os bairros

Nossa Senhora das Graccedilas Centro Satildeo Joseacute Interlagos Niteroacutei Porto Velho

Planalto Santos Dumont Belvedere e Bom Pastor foram responsaacuteveis por 3027

dos casos de dengue da cidade

Ferreira et al (2009) Lima e Vilasboas (2011) chamam a atenccedilatildeo para a falta

de saneamento baacutesico como um fator agravante que pode elevar a multiplicaccedilatildeo do

vetor da doenccedila Para Gonccedilalves Neto et al (2006) as condiccedilotildees sanitaacuterias

prejudicadas o crescimento desordenado levaram agrave raacutepida adaptaccedilatildeo do vetor agraves

residecircncias causando a disseminaccedilatildeo do viacuterus Tais situaccedilotildees satildeo rotineiras na

populaccedilatildeo adscrita da UBS Santos Dumont

54 Quarto passo Explicaccedilatildeo do Problema

A explicaccedilatildeo para o problema selecionado foi qualificado do ponto de vista

social coletivo e individual

Niacutevel Social Refere-se agrave ausecircncia de poliacuteticas puacuteblicas para melhoria de qualidade

de vida da populaccedilatildeo que convive com a ausecircncia de saneamento baacutesico esgoto a

ceacuteu aberto falta de coleta seletiva e lixo acumulado nas ruas e terrenos baldios

Niacutevel Coletivo Falta de consciecircncia da gravidade da doenccedila que pode acometer a

qualquer pessoa e todas as faixas etaacuterias falta de colaboraccedilatildeo entre os vizinhos que

sempre potildeem a culpa das maacutes condiccedilotildees uns nos outros mas ningueacutem assume a

responsabilidade pelo seu quintal

Niacutevel Individual Falta de compromisso pois segundo dados da SEMUSA

(DIVINOacutePOLIS 2014) 9415 dos focos de Dengue estatildeo dentro das residecircncias

esses focos foram identificados em vasilhas de aacutegua para cachorro galinha calhas

mal projetadas e caixas drsquoaacutegua sem tampa

55 Quinto Passo Seleccedilatildeo dos ldquoNoacutes Criacuteticosrdquo

34

Foram selecionados os seguintes ldquonoacutes criacuteticosrdquo que podem ter relaccedilatildeo direta com o

alto nuacutemero de casos de dengue

Lixo nas ruas falta de conscientizaccedilatildeo da populaccedilatildeo para evitar descarte

incorreto de lixo nas ruas e terrenos baldios

Responsabilizaccedilatildeo do outro falta agrave comunidade assumir que o problema da

dengue natildeo eacute do meu vizinho mas eacute de todos

Lotes sujos falta cobranccedila por parte do poder puacuteblico aos proprietaacuterios de

terrenos vazios que mantenham os lotes limpos e conservados

56 Sexto Passo Desenho de Operaccedilotildees para os ldquoNoacutes Criacuteticosrdquo do Problema

Como soluccedilatildeo dos ldquonoacutes criacuteticosrdquo foram apresentadas as seguintes propostas

contidas no Quadro 6 a seguir

Quadro 6 ndash Desenho das Operaccedilotildees para os Noacutes Criacuteticos Selecionados

ldquoNoacute

Criacuteticordquo

Operaccedilatildeo

Projeto

Resultados

Esperados

Produtos

Esperados

Recursos

Necessaacuterios

Lixo nas ruas Reeducaccedilatildeo conscientizaccedilatildeo ambiental

Ausecircncia de lixo nas ruas e lotes vazios

Bairro limpo sem dengue

Datashow e computador

Responsabiliza ccedilatildeo do outro

Conscientizaccedilatildeo

sobre sauacutede

coletiva

Que todos

unidos com

objetivo de

diminuir os

casos de

dengue

Reduccedilatildeo da

doenccedila

Datashow e computador Panfletos informativos

Lotes sujos Limpeza de

lotes e terrenos

Lotes limpos

e sem focos

da dengue

Diminuiccedilatildeo

do nuacutemero do

mosquito

transmissor

da dengue

Palestras sobre

conservaccedilatildeo

dos terrenos e

lotes vazios

Fiscalizaccedilatildeo da

prefeitura

57 Seacutetimo Passo Identificaccedilatildeo dos Recursos Criacuteticos

35

Para iniacutecio das operaccedilotildees foram apresentados os recursos necessaacuterios e

indispensaacuteveis para o sucesso do processo

Quadro 7 ndash Identificaccedilatildeo dos Recursos Criacuteticos

Operaccedilatildeo

Projeto

Recursos Criacuteticos

Controle dos recursos criacuteticos

Accedilatildeo estrateacutegica

Ator que controla

Motivaccedilatildeo

ldquoMutiratildeo da

limpezardquo

realizar um dia

por mecircs para

limpeza em

parceria com a

populaccedilatildeo

Poliacutetico Veiculo e pessoal para limpeza das ruas

Empresa Municipal de Obras Puacuteblicas

Evitar que lixo se acumule nas ruas

Criaccedilatildeo do dia da limpeza e apresentaccedilatildeo da administraccedilatildeo para apreciaccedilatildeo

ldquoFora Denguerdquo Intensificaccedilatildeo das accedilotildees educativas nas escolas e nos grupos e associaccedilatildeo de bairro

Poliacutetico Articulaccedilatildeo interssetorial Financeiro Disponibilizaccedilatildeo de material informativo

Secretaria Municipal de Sauacutede Secretaria Municipal de Educaccedilatildeo Associaccedilatildeo de bairros

Despertar na comunidade a consciecircncia de sauacutede coletiva

Despertar nos discentes e na comunidade o desejo de erradicar os focos da dengue

ldquoMapeamento

dos lotes sujosrdquo

Realizar o

mapeamento

dos terrenos

sujos

Poliacutetico Notificar os

proprietaacuterios para limpeza do

terreno Financeiro

Recurso para impressatildeo das

notificaccedilotildees

Secretaria Municipal de

Sauacutede

Evitar que as pessoas joguem lixo e entulho em lotes vagos

Conservaccedilatildeo e limpeza dos lotes vazios

58 Oitavo Passo Anaacutelise de Viabilidade do Plano

A proposta a seguir (Quadro 3) apresenta a motivaccedilatildeo para a viabilidade do plano

visto que alguns dos recursos necessaacuterios fogem agrave governabilidade da ESF

36

Quadro 8 ndash Viabilidade do Plano

Operaccedilatildeo

Projeto

Recursos Criacuteticos

Controle dos recursos criacuteticos

Accedilatildeo estrateacutegica

Ator que controla

Motivaccedilatildeo

ldquoMutiratildeo da

limpezardquo

realizar um dia

por mecircs para

limpeza em

parceria com a

populaccedilatildeo

Poliacutetico Veiculo e pessoal para limpeza das ruas

Empresa Municipal de Obras Puacuteblicas

Favoraacutevel Criaccedilatildeo do dia da limpeza e apresentaccedilatildeo agrave administraccedilatildeo para apreciaccedilatildeo

ldquoFora Denguerdquo Intensificaccedilatildeo das accedilotildees educativas nas escolas e nos grupos e associaccedilatildeo de bairro

Poliacutetico Articulaccedilatildeo interssetorial Financeiro Disponibilizaccedilatildeo de material informativo

Secretaria Municipal de Sauacutede Secretaria Municipal de Educaccedilatildeo Associaccedilatildeo de bairros

Favoraacutevel

Despertar nos escolares e na comunidade o desejo de erradicar os focos da dengue

ldquoMapeamento

dos lotes sujosrdquo

Realizar o

mapeamento

dos terrenos

sujos

Poliacutetico Notificar os

proprietaacuterios para limpeza do

terreno Financeiro

Recurso para impressatildeo das

notificaccedilotildees

Secretaria Municipal de

Sauacutede

Indiferente

Conservaccedilatildeo e limpeza dos lotes vazios

37

59 Nono Passo Elaboraccedilatildeo do Plano Operativo

A proposta a seguir no Quadro 9 identifica os atores envolvidos lhes atribuiacutedo

responsabilidades e prazos a cumprir

Quadro 9 ndash Plano Operativo

Operaccedilotildees Resultados Accedilotildees Estrateacutegicas

Responsaacutevel Prazo

ldquoMutiratildeo da limpezardquo realizar um dia por mecircs para limpeza em parceria com a populaccedilatildeo

Limpeza das ruas

e quintais

Coleta de lixo

das ruas Incentivo a limpeza de

lotes e quintais

Equipe de ACS

Durante todo ano

ldquoFora Denguerdquo Intensificaccedilatildeo das accedilotildees educativas nas escolas e nos grupos e associaccedilatildeo de bairro

Uma comunidade

consciente das suas

responsabilidades

Insistir e reforccedilar com

accedilotildees educativas para que

populaccedilatildeo mantenha as ruas limpas e coloque o lixo

para ser recolhido

Enfermeiro ESF

Durante todo o ano

ldquoMapeamento dos lotes

sujosrdquo Realizar o

mapeamento dos terrenos

sujos

Identificar os focos e eliminaacute-

los

Criaccedilatildeo de um mapa onde ocorreram focos do mosquito

ACS e

Enfermeiro

Trecircs meses

510 Deacutecimo Passo Gestatildeo do Plano

Com a gestatildeo do plano eacute possiacutevel aos responsaacuteveis acompanhar e monitorar as

accedilotildees avaliando e sempre que necessaacuterio readequando as eventuais falhas do

processo

38

Quadro 10ndash Gestatildeo do Plano

Produtos Responsaacutevel Prazo Situaccedilatildeo Atual

Justificativa Novo Prazo

ldquoMutiratildeo da

limpezardquo

realizar um

dia por mecircs

para limpeza

em parceria

com a

populaccedilatildeo

Enfermeiro da ESF

Inicio imediatamente

(logo apoacutes apresentaccedilatildeo

do projeto)

ldquoFora Denguerdquo Intensificaccedilatildeo das accedilotildees educativas nas escolas e nos grupos e associaccedilatildeo de bairro

Enfermeiro Provab

Durante todo ano

ldquoMapeamento

dos lotes

sujosrdquo

Realizar o

mapeamento

dos terrenos

sujos

ECS e Equipe

de Epidemiologia

Um mecircs para

inicio das atividades

Aleacutem dos 10 passos do Planejamento Estrateacutegico Situacional optei por incluir outros

02 passos que tecircm a finalidade de contribuir para o processo de avaliaccedilatildeo da

Proposta de Intervenccedilatildeo Estatildeo contidos nos itens 511 e 512 a seguir

511 Avaliaccedilatildeo dos Resultados

O instrumento para avaliaccedilatildeo seraacute o Sistema de Informaccedilotildees de Agravos de

Notificaccedilatildeo ndash SINAN

ldquoque tem por objetivo o registro e processamento dos dados sobre agravos

de notificaccedilatildeo em todo o territoacuterio nacional fornecendo informaccedilotildees para

anaacutelise do perfil da morbidade e contribuindo desta forma para a tomada

de decisotildees em niacutevel municipal estadual e federalrdquo (IBGE 2014)

39

Segundo Moraes e Duarte (2009) o SINAN tem sido principal fonte de dados

para coordenaccedilatildeo das accedilotildees de vigilacircncia epidemioloacutegica tanto no sentido de

controle da doenccedila quando como fonte de pesquisa

512 Resultados Eesperados

O resultado esperado eacute

Estabelecer a construccedilatildeo de conhecimento que favoreccedila o autocuidado e a

capacidade de emancipaccedilatildeo da comunidade criando um ambiente seguro com

ecircnfase na educaccedilatildeo e sauacutede com vistas agrave reduccedilatildeo dos casos de dengue na

populaccedilatildeo adscrita da UBS Santos Dumont

40

6 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

O Programa de Valorizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Baacutesica (PROVAB) abriu muitos

caminhos para um horizonte promissor no desenvolvimento da promoccedilatildeo da sauacutede

e da prevenccedilatildeo no campo de atuaccedilatildeo do Programa Sauacutede na Escola criando um

viacutenculo de amizade e confianccedila uma verdadeira parceria com os alunos essencial

na construccedilatildeo de uma sociedade consciente e capaz de cuidar da sua sauacutede de

maneira preventiva loacutegica essa defendida pelo Sistema Uacutenico de Sauacutede

Para noacutes enfermeiros eacute oportunidade de ampliar o horizonte de atuaccedilatildeo

ensinando e aprendendo com o comportamento das crianccedilas dos adolescentes e

jovens vendo de maneira impar o grande desafio da educaccedilatildeo em formar cidadatildeos

com mais sauacutede Como gratificaccedilatildeo recebemos o reconhecimento dos alunos

professores e diretores algo que fica marcado para sempre na formaccedilatildeo do

profissional os laccedilos de confianccedila amizade e reconhecimento satildeo a maior

recompensa e certeza de missatildeo cumprida

Como a Equipe de Sauacutede da Famiacutelia tem como principal objetivo trabalhar na

prevenccedilatildeo de doenccedilas e agravos criando viacutenculos com a clientela a missatildeo de

promover a emancipaccedilatildeo de seus usuaacuterios com ecircnfase no autocuidado exige de

noacutes muita articulaccedilatildeo e intensificaccedilatildeo de accedilotildees educativas Especificamente no caso

da dengue o cumprimento desta missatildeo pode evitar que as constantes epidemias

se tornem parte do cotidiano das pessoas auxiliando os moradores da comunidade

na adoccedilatildeo de medidas responsaacuteveis que visem o cuidado com a sua sauacutede e da

sauacutede da comunidade

Neste sentido a educaccedilatildeo em sauacutede desempenha um papel importante em

manter a comunidade sempre vigilante e em alerta pois o perigo eacute eminente e vive

dentro dos lares das pessoas esperando apenas o momento oportuno e condiccedilotildees

favoraacuteveis para transmitir a dengue

O trabalho dos agentes de controle de endemias e da ESF deve ser

constante focado na eliminaccedilatildeo dos criadouros do mosquito transmissor da dengue

A comunidade deve colaborar com livre acesso dos agentes agraves residecircncias na

colaboraccedilatildeo para eliminaccedilatildeo dos focos nos domiciacutelios e peridomiciacutelios e

multiplicaccedilatildeo das informaccedilotildees sobre o ciclo de vida do vetor entre os vizinhos

amigos e parentes informando que todos estatildeo expostos agrave doenccedila e a mudanccedila de

comportamento pode diminuir os riscos de contrair a dengue

41

Ao poder puacuteblico eacute necessaacuterio adotar um planejamento adequado para

garantir aos cidadatildeos a infraestrutura miacutenima necessaacuteria para viver em comunidade

serviccedilos essenciais como saneamento coleta de lixo e mobilidade que favorecem a

criaccedilatildeo de um ambiente seguro com sauacutede e qualidade de vida

42

REFEREcircNCIAS

ALMEIDA M CM et al Dinacircmica intra-urbana das epidemias de dengue em Belo Horizonte Minas Gerais Brasil 1996-2002 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2008 vol24 n10 pp 2385-2395 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv24n1019pdf Acesso em 02 de out de 2014 ALVES V S A Um modelo de educaccedilatildeo em sauacutede para o Programa Sauacutede da Famiacutelia pela integralidade da atenccedilatildeo e reorientaccedilatildeo do modelo assistencial Interface - Comunic Sauacutede Educ v9 n16 p39-52 set2004fev2005 Disponiacutevel em httpswwwnesconmedicinaufmgbrbibliotecaimagem0303pdf Acesso de jun de 2014 BACKES DS et al (2012) O papel profissional do enfermeiro no Sistema Uacutenico de Sauacutede da sauacutede comunitaacuteria agrave estrateacutegia de sauacutede da famiacutelia Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva

17(1)223-230 2012 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcscv17n1a24v17n1pdf Acesso em 12 de jan 2015 BRASIL Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sauacutede Consulta Estabelecimento - Modulo Profissional - Profissional por Estabelecimento Disponiacutevel em httpcnesdatasusgovbrMod_ProfissionalaspVCo_Unidade=3122302159651 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Cadernos de Informaccedilotildees de Sauacutede Minas Gerais DATASUS TABNET (2010) Disponiacutevel em httptabnetdatasusgovbrtabdatacadernosmghtm Acesso em16 de maio de 2014 BRASIL Dengue - instruccedilotildees para pessoal de combate ao vetor Manual de Normas teacutecnicas - 3 ed rev - Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede 2001 84 p il 30 cm Disponiacutevel em httpbvsmssaudegovbrbvspublicacoesfunasaman_denguepdf acesso em 15 de out de 2014 BRASIL Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz Vetor da dengue na Aacutesia A albopictus eacute alvo de estudos Publicada em 18122008 agraves 1249 Disponiacutevel em httpwwwfiocruzbrioccgicgiluaexesysstarthtminfoid=576ampsid=32amptpl=printerview Acesso em 12 de jan de 2015 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Censo demograacutefico 2010 sinopse Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=1ampsearch=minas-gerais|divinopolis|censo-demografico-2010-sinopse- Acesso em 15 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Divinoacutepolis morbidades hospitalares ndash 2012 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=114ampsearch=minas-gerais|divinopolis|morbidades-hospitalares-2012 Acesso em 12 de maio de 2014

43

BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estaacutetica Divisatildeo Territorial do Brasil e Limites Territoriais Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE) (1 de julho de 2008) Disponiacutevel em httpwwwibgegovbrhomegeocienciascartografiadefault_dtb_intshtm Acesso em16 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Ensino - matriacuteculas docentes e rede escolar ndash 2012 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=117ampsearch=minas-gerais|divinopolis|ensino-matriculas-docentes-e-rede-escolar-2012 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estaacutetica Histoacuterico do Municiacutepio disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrpainelhistoricophplang=ampcodmun=312230ampsearch=minas-gerais|divinopolis|infograficos-historico Acesso 10 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Informaccedilotildees completas Populaccedilatildeo em 2010 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrasperfilphplang=ampcodmun=312230 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Serviccedilos de sauacutede ndash 2009 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=5ampsearch=minas-gerais|divinopolis|servicos-de-saude-2009 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Sistema de informaccedilotildees de agravos de notificaccedilatildeo ndash SINAN Disponiacutevel em httpcesibgegovbrbase-de-dadosmetadadosministerio-da-saudesistema-de-informacoes-de-agravos-de-notificacao-sinan Acesso em 16 de Nov de 2014 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede Dengue aspectos epidemioloacutegicos diagnoacutestico e tratamento Ministeacuterio da Sauacutede Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede ndash Brasiacutelia Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede 2002 Disponiacutevel em httpbvsmssaudegovbrbvspublicacoesdengue_aspecto_epidemiologicos_diagnostico_tratamentopdf Acesso em 02 de out de 2014 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede FUNSA Programa Nacional de Combate a Dengue PNCD Disponiacutevel em httpbvsmssaudegovbrbvspublicacoespncd_2002pdf Acesso em 21 de jun de 2014 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portal Brasil Disponiacutevel em httpwwwbrasilgovbrsaude201311saude-libera-mais-de-r-360-mi-para-combate-a-dengue Acesso em 10 de Nov de 2014

44

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede Departamento de Vigilacircncia Epidemioloacutegica Diretrizes nacionais para prevenccedilatildeo e controle de epidemias de dengue Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede Departamento de Vigilacircncia Epidemioloacutegica ndash Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2009 160 p Disponiacutevel em httpwwwansgovbrportalimgemaildiretrizes_reimpressao_webpdf Acesso em 16 de Nov de 2014

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede (2014) Monitoramento dos casos de dengue e febre de chikungunya ateacute a Semana Epidemioloacutegica (SE) 53 de 2014 Dengue Boletim Epidemioloacutegico ISSN 2358-9450 Volume 46 Ndeg 3 ndash 2015 Disponiacutevel em httpportalsaudesaudegovbrimagespdf2015janeiro192015-002---BE-at---SE-53pdf Acesso em 22 mar de 2015 BRASILSINANONLINE e DVASVEASTSub VPSSES-MG (20122013) Disponiacutevel em httpwwwsaudemggovbrcomponentgmgstory6489-informe-epidemiologico-da-dengue-30-05-2014 Acesso em 08 de jun de 2014 CAMPOS FCC FARIA H P SANTOS MA Planejamento e avaliaccedilatildeo das accedilotildees em sauacutede Curso de Especializaccedilatildeo em Atenccedilatildeo Baacutesica em Sauacutede da Famiacutelia NESCONUFMG Curso de Especializaccedilatildeo em Atenccedilatildeo Baacutesica agrave Sauacutede da Famiacutelia 2ed Belo Horizonte NesconUFMG 2010 Disponiacutevel em lthttpswwwnesconmedicinaufmgbrbibliotecaregistroPlanejamento_e_avaliacao_das_acoes_de_saude_23gt Acesso em Dezembro 2014 DIVINOacutePOLIS Estatuto dos Conselhos Distritais de Sauacutede Conselho Municipal de Sauacutede 1998 DIVINOacutePOLIS Mapa da cidade Disponiacutevel em httpwwwdivinopolismggovbrportalpaginasgeograficosimagensmapadacidadepdf Acesso em 08 de jun de 2014 DIVINOPOLIS Secretaria Municipal de Sauacutede SEMUSA Sistema Integrado de Sauacutede Paciente Famiacutelia Acesso Local Acesso em 15 de maio de 2014 FERREIRA B J et al Evoluccedilatildeo histoacuterica dos programas de prevenccedilatildeo e controle da dengue no Brasil Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2009 vol14 n3 pp 961-972 ISSN 1413-8123 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcscv14n332pdf Acesso em 21 de jun de 2014 FERREIRA IT RN VERAS M A S M and SILVA RA Participaccedilatildeo da populaccedilatildeo no controle da dengue uma anaacutelise da sensibilidade dos planos de sauacutede de municiacutepios do Estado de Satildeo Paulo BrasilCad Sauacutede Puacuteblica [online] 2009 vol25 n12 pp 2683-2694 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielosporgpdfcspv25n1215pdf Acesso em 10 de out de 2014 FIGUEIREDO LT M OWA M A CARLUCCI R H and OLIVEIRA L de Estudo sobre o diagnoacutestico laboratorial e sintomas do dengue durante epidemia ocorrida na regiatildeo de Ribeiratildeo Preto SP Brasil Rev Inst Med trop S Paulo [online] 1992

45

vol34 n2 pp 121-130 ISSN 0036-4665 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfrimtspv34n2a07v34n2pdf Acesso em 13 ago de 2014 FIGUEIROacute AC et al Oacutebito por dengue como evento sentinela para avaliaccedilatildeo da qualidade da assistecircncia estudo de caso em dois municiacutepios da Regiatildeo Nordeste Brasil 2008 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2011 vol27 n12 pp 2373-2385 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv27n1209pdf Acesso em 12 de out de 2014 GIRAtildeO RV et al Educaccedilatildeo em sauacutede sobre a dengue contribuiccedilotildees para o desenvolvimento de competecircncias J res fundam care online 2014 janmar 6(1) 38-46 Disponiacutevel em httpwwwseeruniriobrindexphpcuidadofundamentalarticleview2659pdf_1043 Acesso em 21 de jun de 2014 GONCcedilALVES NETO V S et al Conhecimentos e atitudes da populaccedilatildeo sobre dengue no Municiacutepio de Satildeo Luiacutes Maranhatildeo Brasil 2004 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2006 vol22 n10 pp 2191-2200 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv22n1018pdf Acesso em 10 de out de 2014 LEFEVRE A MC et al Representaccedilotildees sobre dengue seu vetor e accedilotildees de controle por moradores do municiacutepio de Satildeo Sebastiatildeo litoral Norte do Estado de Satildeo Paulo Brasil Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2007 vol23 n7 pp 1696-1706 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv23n722pdf Acesso em 16 de out de 2014 LIMA E C VILASBOAS ALQ Implantaccedilatildeo das Accedilotildees Interssetoriais de Mobilizaccedilatildeo Social do Paraacute o Controle da dengue na Bahia Brasil Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2011 vol27 n8 pp 1507-1519 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv27n806pdf Acesso em 16 de out de 2014 MACHADO RM et al (2013) HISTORIA DA SAUacuteDE MENTAL DE DIVINOacutePOLIS-MG Revista de Enfermagem do Centro Oeste Mineiro 2013 maiago 3 (2) 752-760 httpwwwseerufsjedubrindexphprecomarticleview228439 Acesso em 08 de abr de 2015 MAYO R C et al BEPA - Boletim Epidemioloacutegico Paulista 8(88) 4-12 abr 2011 tab Graf Disponiacutevel em fileCUsersnoteDownloadsv8n88a0120(1)pdf Acesso em 12 de out de 2014 MINAS GERAIS Secretaria Estadual de Sauacutede Programa Estadual de Controle Permanente da Dengue SITUACcedilAtildeO ATUAL DA DENGUE EM MINAS GERAIS RESUMO INFORMATIVO - 15122014 Disponiacutevel em httpwwwsaudemggovbrimagesdocumentosAnaliseDengue15-12-2014pdf Acesso em 10 de jan de 2015 MINAS GERAIS Secretaria de Estado da Sauacutede de Minas Gerais Programa Sauacutede em Casa Disponiacutevel em httpwwwsaudemggovbrpoliacuteticas_de_saudeprograma-saude-em-casa Acesso em 10 de maio de 2014

46

MORAES GH and DUARTE E C Anaacutelise da concordacircncia dos dados de mortalidade por dengue em dois sistemas nacionais de informaccedilatildeo em sauacutede Brasil 2000-2005 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2009 vol25 n11 pp 2354-2364 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielosporgpdfcspv25n1106pdf Acesso em 29 de Nov de 2014 PENNA M L F Um desafio para a sauacutede puacuteblica brasileira o controle do dengue Cad Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro 19(1) 305-309 jan-fev 2003 Disponiacutevel em httpwwwscielosporgpdfcspv19n114932pdf Acesso em 21 de jun de 2014

PREFEITURA MUNICIPAL DE DIVINOacutePOLIS BALANCcedilO DA DENGUE Disponiacutevel em httpwwwdivinopolismggovbrportalnoticiaphpid=11507 Acesso em 19 jan de 2015

RIBEIRO P C SOUSA DC ARAUJO TME Perfil cliacutenico-epidemioloacutegico dos casos suspeitos de Dengue em um bairro da zona sul de Teresina PI Brasil Rev bras enferm [online] 2008 vol61 n2 pp 227-232 ISSN 0034-7167 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfrebenv61n2a13v61n2pdf Acesso em 28 de jul de 2014 VALENTE G SC et al Problematizaccedilatildeo Como Estrateacutegia de Educaccedilatildeo em Sauacutede no Combate a Dengue Um Relato de Experiecircncia R Pesq cuid Fundam Online 2012 outdez 4(4)2987-94 Disponiacutevel em httpwwwseeruniriobrindexphpcuidadofundamentalarticleview1888pdf_641 Acesso em 08 jun de 2014 TEIXEIRA LAS et al Persistecircncia dos sintomas de dengue em uma populaccedilatildeo de Uberaba Minas Gerais Brasil Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2010 vol26 n3 pp 624-630 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv26n319pdf Acesso em 16 de out de 2014

Page 29: PLANO DE AÇÃO NO COMBATE A DENGUE: EDUCAR PARA EVITAR · 2019-11-14 · The Divinopolis follows the same trend, with 4680 notifications and 4139 confirmed ... banhado pelas bacias

29

social Quanto agrave diminuiccedilatildeo dos casos dentro de um contexto epidemioloacutegico trecircs

fatores tecircm um papel muito importante as condiccedilotildees climaacuteticas desfavoraacuteveis agrave

viabilidade do vetor esgotamento de hospedeiros susceptiacuteveis e o controle quiacutemico

do vetor

45 Controle

Segundo Mayo et al (2011) existem duas formas de atuaccedilatildeo no controle da

doenccedila o bloqueio e o controle de criadouros Estas medidas tecircm por objetivo a

reduccedilatildeo dos criadouros na aacuterea de atuaccedilatildeo dos agentes de sauacutede o controle por

bloqueio e nebulizaccedilatildeo ocorre agrave aplicaccedilatildeo de inseticida com aplicadores Ultra Baixo

Volume - UBV A atuaccedilatildeo nesse tipo de trabalho em relaccedilatildeo ao feito pelo municiacutepio

diz respeito agrave qualidade do serviccedilo realizado bem como a agilidade na realizaccedilatildeo da

tarefa e o grande alcance da aacuterea coberta e o tipo de equipamento empregado

Para realizaccedilatildeo das tarefas o meacutetodo segue o preconizado pelo PNCD divide

as cidades em aacutereas setores e quarteirotildees Segundo Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL

2001) o bloqueio consiste em parar a transmissatildeo da dengue em municiacutepios com

epidemia instalada e tem como objetivo ainda a identificaccedilatildeo do sorotipo de viacuterus

circulante a aplicaccedilatildeo do UBV sem prejuiacutezo do controle larvaacuterio Quanto agrave

delimitaccedilatildeo de um foco isolado nos casos onde natildeo haacute infestaccedilatildeo deveratildeo ser

tratados todos os imoacuteveis no raio de 300 metros do entorno do local

Na fase de ataque segundo Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2001) deveraacute ser

tratado 100 dos imoacuteveis aleacutem de pontos estrateacutegicos terrenos baldios das zonas

infestadas e todos os potenciais focos devem ser eliminados Na fase de

consolidaccedilatildeo o objetivo eacute a erradicaccedilatildeo do mosquito satildeo desenvolvidas vaacuterias

accedilotildees semelhantes agrave fase de ataque com exceccedilatildeo do tratamento de focos Na fase

de manutenccedilatildeo satildeo visitadas todas as aacutereas positivas e negativas mesmo onde o

vetor foi erradicado as medidas satildeo o uso de armadilhas de oviposiccedilatildeo e inspeccedilotildees

de pontos estrateacutegicos

46 Atuaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Baacutesica no Controle da Dengue

As atividades de controle devem ter uma sinergia com todos os setores

envolvidos no tocante a vigilacircncia epidemioloacutegica haacute necessidade de manter a

30

vistoria em imoacuteveis terrenos depoacutesitos oficinas entre outros locais Teixeira et al

(2010) verificaram que os domiciacutelios com terrenos baldios no entorno apresentaram

maior concentraccedilatildeo da doenccedila

Lima e Vilasboas (2011) salientam que a sauacutede eacute um direito e a maneira que

o Estado tem de garantir esse direito eacute por meio de poliacuteticas puacuteblicas de proteccedilatildeo

prevenccedilatildeo e recuperaccedilatildeo de agravos a simples ausecircncia de doenccedila natildeo pode ser

considerada um conceito de sauacutede visto que as condiccedilotildees sociais de saneamento

baacutesico meio ambiente educaccedilatildeo moradia e renda satildeo fatores determinantes no

processo de adoecimento de um povo A sauacutede deve ser pensada no contexto

ampliado com integraccedilatildeo formando uma rede interssetorial na perspectiva de troca

de ajuda muacutetua na troca de experiecircncias com uma construccedilatildeo muacutetua de saberes

facilitando a resoluccedilatildeo dos problemas enfrentados

Para Lima e Vilasboas (2011) a interssetorialidade pode ser um facilitador

para construccedilatildeo de um sistema de sauacutede efetivo contudo aliado a poliacuteticas puacuteblicas

que possam contribuir para ganho na melhoria da qualidade de vida das pessoas A

interssetorialidade extrapola os limites do poder estatal e envolve a sociedade nas

decisotildees poliacuteticas evita a subordinaccedilatildeo de um setor a outro e diminui as resistecircncias

de alguns membros

Segundo Lefegravevre et al (2007) a populaccedilatildeo tem informaccedilotildees sobre a doenccedila

e do ciclo de vida do transmissor poreacutem esse conhecimento ainda natildeo eacute capaz de

produzir nas pessoas atitudes e comportamento para impedir ou reduzir os

criadouros do mosquito A probabilidade eacute que esse conhecimento vindo de origem

externa fragmentado ou pouco organizado configure um conflito entre o saber

sanitaacuterio e o senso comum Ainda segundo o autor o programa educativo tem sido

aplicado haacute muitos anos mas ateacute hoje ainda natildeo obteve o resultado esperado

contudo haacute necessidade de aprofundar neste contexto para identificar onde estatildeo as

falhas para que possa realmente ter uma populaccedilatildeo engajada no controle do vetor

Para a populaccedilatildeo segundo Lefegravevre et al (2007) haacute uma relaccedilatildeo entre sujo

que seria a doenccedila e limpo que seria a sauacutede levando a ideacuteia equivocada que o lixo

eacute o uacutenico meio de procriaccedilatildeo do mosquito Neste sentido haacute uma sinalizaccedilatildeo para

que o poder puacuteblico perceba a necessidade de informar educar e comunicar

Informar no que diz respeito aos constantes dados epidemioloacutegicos sobre a doenccedila

no Paiacutes no Estado e na sua Comunidade no sentido de incentivar a participaccedilatildeo

popular no controle da doenccedila Educar esclarecendo a forma de transmissibilidade

31

da doenccedila estabelecendo um diaacutelogo de faacutecil entendimento na loacutegica sanitaacuteria sem

confrontar o senso comum buscando construir um relacionamento entre o teacutecnico e

o cidadatildeo e agrave adoccedilatildeo de alternativas na reduccedilatildeo das viacutetimas da dengue

Neste sentido a ESF tem papel fundamental no desenvolvimento de accedilotildees de

prevenccedilatildeo e controle da dengue considerando a relaccedilatildeo de confianccedila que a

populaccedilatildeo manteacutem com a equipe de sauacutede da famiacutelia possibilitando o contato com

o ambiente domeacutestico por meio dos ACSs promovendo um ambiente seguro e livre

do Aedes aegypti (BRASIL 2002) A ESF pode ainda promover accedilotildees educativas

com a populaccedilatildeo mobilizando-a para adotar accedilotildees preventivas realizando tambeacutem a

notificaccedilatildeo imediata dos casos suspeitos possibilitando as medidas tratamento

adequado agraves situaccedilotildees de dengue claacutessica e dengue grave reduzindo os casos

letais e possibilitando o bloqueio dos focos pela vigilacircncia epidemioloacutegica

32

5 PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO

O diagnoacutestico situacional foi realizado com base nas informaccedilotildees contidas em

dados oficiais do IBGE do Sistema Integrado de Sauacutede e embasado no relato dos

problemas levantados pela Equipe de Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia da UBS

Santos Dumont

Foi utilizado o Planejamento Estrateacutegico Situacional ndash PES como referecircncia

para a proposta de intervenccedilatildeo Este meacutetodo possibilita que os atores atraveacutes de

sua proacutepria visatildeo identifiquem as causas possiacuteveis dos problemas como nascem e

se desenvolvem A partir deste ponto de vista podem propor soluccedilotildees para atacar

suas causas e a viabilidade destas soluccedilotildees (CAMPOS FARIA SANTOS 2010)

Assim a partir do diagnoacutestico situacional os 10 passos segundo os autores

mencionados e suas atividades satildeo descritas a seguir

51 Primeiro Passo Definiccedilatildeo dos Problemas

Hipertensatildeo Arterial

Diabetes

Drogas

Gravidez na Adolescecircncia

Dengue

Transtorno Depressivo

Doenccedilas Sexualmente Transmissiacuteveis AIDS

Falta de Saneamento Baacutesico

52 Segundo Passo Priorizaccedilatildeo dos Problemas

Dengue

Falta de Saneamento Baacutesico

53 Terceiro Passo Descriccedilatildeo do Problema Selecionado

Segundo o Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2002) o nosso paiacutes eacute

predominantemente de clima tropical e este eacute um ambiente favoraacutevel agrave proliferaccedilatildeo

do mosquito aedes aegypti principal transmissor da dengue em nosso continente A

33

doenccedila eacute a uma arbovirose transmitida por um artroacutepode que pode apresentar-se

de forma benigna claacutessica ou grave na forma de febre hemorraacutegica

Durante o ano de 2014 segundo o Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2014) mais

meio milhatildeo de casos da doenccedila (591080) 528 soacute na regiatildeo Sudeste em Minas

Gerais foram 59222 com 45 oacutebitos confirmados em Divinoacutepolis segundo a

Secretaria Municipal de Sauacutede (2014) ocorreram 4680 notificaccedilotildees de casos da

doenccedila e confirmados 4139 casos de dengue com 06 oacutebitos sendo que os bairros

Nossa Senhora das Graccedilas Centro Satildeo Joseacute Interlagos Niteroacutei Porto Velho

Planalto Santos Dumont Belvedere e Bom Pastor foram responsaacuteveis por 3027

dos casos de dengue da cidade

Ferreira et al (2009) Lima e Vilasboas (2011) chamam a atenccedilatildeo para a falta

de saneamento baacutesico como um fator agravante que pode elevar a multiplicaccedilatildeo do

vetor da doenccedila Para Gonccedilalves Neto et al (2006) as condiccedilotildees sanitaacuterias

prejudicadas o crescimento desordenado levaram agrave raacutepida adaptaccedilatildeo do vetor agraves

residecircncias causando a disseminaccedilatildeo do viacuterus Tais situaccedilotildees satildeo rotineiras na

populaccedilatildeo adscrita da UBS Santos Dumont

54 Quarto passo Explicaccedilatildeo do Problema

A explicaccedilatildeo para o problema selecionado foi qualificado do ponto de vista

social coletivo e individual

Niacutevel Social Refere-se agrave ausecircncia de poliacuteticas puacuteblicas para melhoria de qualidade

de vida da populaccedilatildeo que convive com a ausecircncia de saneamento baacutesico esgoto a

ceacuteu aberto falta de coleta seletiva e lixo acumulado nas ruas e terrenos baldios

Niacutevel Coletivo Falta de consciecircncia da gravidade da doenccedila que pode acometer a

qualquer pessoa e todas as faixas etaacuterias falta de colaboraccedilatildeo entre os vizinhos que

sempre potildeem a culpa das maacutes condiccedilotildees uns nos outros mas ningueacutem assume a

responsabilidade pelo seu quintal

Niacutevel Individual Falta de compromisso pois segundo dados da SEMUSA

(DIVINOacutePOLIS 2014) 9415 dos focos de Dengue estatildeo dentro das residecircncias

esses focos foram identificados em vasilhas de aacutegua para cachorro galinha calhas

mal projetadas e caixas drsquoaacutegua sem tampa

55 Quinto Passo Seleccedilatildeo dos ldquoNoacutes Criacuteticosrdquo

34

Foram selecionados os seguintes ldquonoacutes criacuteticosrdquo que podem ter relaccedilatildeo direta com o

alto nuacutemero de casos de dengue

Lixo nas ruas falta de conscientizaccedilatildeo da populaccedilatildeo para evitar descarte

incorreto de lixo nas ruas e terrenos baldios

Responsabilizaccedilatildeo do outro falta agrave comunidade assumir que o problema da

dengue natildeo eacute do meu vizinho mas eacute de todos

Lotes sujos falta cobranccedila por parte do poder puacuteblico aos proprietaacuterios de

terrenos vazios que mantenham os lotes limpos e conservados

56 Sexto Passo Desenho de Operaccedilotildees para os ldquoNoacutes Criacuteticosrdquo do Problema

Como soluccedilatildeo dos ldquonoacutes criacuteticosrdquo foram apresentadas as seguintes propostas

contidas no Quadro 6 a seguir

Quadro 6 ndash Desenho das Operaccedilotildees para os Noacutes Criacuteticos Selecionados

ldquoNoacute

Criacuteticordquo

Operaccedilatildeo

Projeto

Resultados

Esperados

Produtos

Esperados

Recursos

Necessaacuterios

Lixo nas ruas Reeducaccedilatildeo conscientizaccedilatildeo ambiental

Ausecircncia de lixo nas ruas e lotes vazios

Bairro limpo sem dengue

Datashow e computador

Responsabiliza ccedilatildeo do outro

Conscientizaccedilatildeo

sobre sauacutede

coletiva

Que todos

unidos com

objetivo de

diminuir os

casos de

dengue

Reduccedilatildeo da

doenccedila

Datashow e computador Panfletos informativos

Lotes sujos Limpeza de

lotes e terrenos

Lotes limpos

e sem focos

da dengue

Diminuiccedilatildeo

do nuacutemero do

mosquito

transmissor

da dengue

Palestras sobre

conservaccedilatildeo

dos terrenos e

lotes vazios

Fiscalizaccedilatildeo da

prefeitura

57 Seacutetimo Passo Identificaccedilatildeo dos Recursos Criacuteticos

35

Para iniacutecio das operaccedilotildees foram apresentados os recursos necessaacuterios e

indispensaacuteveis para o sucesso do processo

Quadro 7 ndash Identificaccedilatildeo dos Recursos Criacuteticos

Operaccedilatildeo

Projeto

Recursos Criacuteticos

Controle dos recursos criacuteticos

Accedilatildeo estrateacutegica

Ator que controla

Motivaccedilatildeo

ldquoMutiratildeo da

limpezardquo

realizar um dia

por mecircs para

limpeza em

parceria com a

populaccedilatildeo

Poliacutetico Veiculo e pessoal para limpeza das ruas

Empresa Municipal de Obras Puacuteblicas

Evitar que lixo se acumule nas ruas

Criaccedilatildeo do dia da limpeza e apresentaccedilatildeo da administraccedilatildeo para apreciaccedilatildeo

ldquoFora Denguerdquo Intensificaccedilatildeo das accedilotildees educativas nas escolas e nos grupos e associaccedilatildeo de bairro

Poliacutetico Articulaccedilatildeo interssetorial Financeiro Disponibilizaccedilatildeo de material informativo

Secretaria Municipal de Sauacutede Secretaria Municipal de Educaccedilatildeo Associaccedilatildeo de bairros

Despertar na comunidade a consciecircncia de sauacutede coletiva

Despertar nos discentes e na comunidade o desejo de erradicar os focos da dengue

ldquoMapeamento

dos lotes sujosrdquo

Realizar o

mapeamento

dos terrenos

sujos

Poliacutetico Notificar os

proprietaacuterios para limpeza do

terreno Financeiro

Recurso para impressatildeo das

notificaccedilotildees

Secretaria Municipal de

Sauacutede

Evitar que as pessoas joguem lixo e entulho em lotes vagos

Conservaccedilatildeo e limpeza dos lotes vazios

58 Oitavo Passo Anaacutelise de Viabilidade do Plano

A proposta a seguir (Quadro 3) apresenta a motivaccedilatildeo para a viabilidade do plano

visto que alguns dos recursos necessaacuterios fogem agrave governabilidade da ESF

36

Quadro 8 ndash Viabilidade do Plano

Operaccedilatildeo

Projeto

Recursos Criacuteticos

Controle dos recursos criacuteticos

Accedilatildeo estrateacutegica

Ator que controla

Motivaccedilatildeo

ldquoMutiratildeo da

limpezardquo

realizar um dia

por mecircs para

limpeza em

parceria com a

populaccedilatildeo

Poliacutetico Veiculo e pessoal para limpeza das ruas

Empresa Municipal de Obras Puacuteblicas

Favoraacutevel Criaccedilatildeo do dia da limpeza e apresentaccedilatildeo agrave administraccedilatildeo para apreciaccedilatildeo

ldquoFora Denguerdquo Intensificaccedilatildeo das accedilotildees educativas nas escolas e nos grupos e associaccedilatildeo de bairro

Poliacutetico Articulaccedilatildeo interssetorial Financeiro Disponibilizaccedilatildeo de material informativo

Secretaria Municipal de Sauacutede Secretaria Municipal de Educaccedilatildeo Associaccedilatildeo de bairros

Favoraacutevel

Despertar nos escolares e na comunidade o desejo de erradicar os focos da dengue

ldquoMapeamento

dos lotes sujosrdquo

Realizar o

mapeamento

dos terrenos

sujos

Poliacutetico Notificar os

proprietaacuterios para limpeza do

terreno Financeiro

Recurso para impressatildeo das

notificaccedilotildees

Secretaria Municipal de

Sauacutede

Indiferente

Conservaccedilatildeo e limpeza dos lotes vazios

37

59 Nono Passo Elaboraccedilatildeo do Plano Operativo

A proposta a seguir no Quadro 9 identifica os atores envolvidos lhes atribuiacutedo

responsabilidades e prazos a cumprir

Quadro 9 ndash Plano Operativo

Operaccedilotildees Resultados Accedilotildees Estrateacutegicas

Responsaacutevel Prazo

ldquoMutiratildeo da limpezardquo realizar um dia por mecircs para limpeza em parceria com a populaccedilatildeo

Limpeza das ruas

e quintais

Coleta de lixo

das ruas Incentivo a limpeza de

lotes e quintais

Equipe de ACS

Durante todo ano

ldquoFora Denguerdquo Intensificaccedilatildeo das accedilotildees educativas nas escolas e nos grupos e associaccedilatildeo de bairro

Uma comunidade

consciente das suas

responsabilidades

Insistir e reforccedilar com

accedilotildees educativas para que

populaccedilatildeo mantenha as ruas limpas e coloque o lixo

para ser recolhido

Enfermeiro ESF

Durante todo o ano

ldquoMapeamento dos lotes

sujosrdquo Realizar o

mapeamento dos terrenos

sujos

Identificar os focos e eliminaacute-

los

Criaccedilatildeo de um mapa onde ocorreram focos do mosquito

ACS e

Enfermeiro

Trecircs meses

510 Deacutecimo Passo Gestatildeo do Plano

Com a gestatildeo do plano eacute possiacutevel aos responsaacuteveis acompanhar e monitorar as

accedilotildees avaliando e sempre que necessaacuterio readequando as eventuais falhas do

processo

38

Quadro 10ndash Gestatildeo do Plano

Produtos Responsaacutevel Prazo Situaccedilatildeo Atual

Justificativa Novo Prazo

ldquoMutiratildeo da

limpezardquo

realizar um

dia por mecircs

para limpeza

em parceria

com a

populaccedilatildeo

Enfermeiro da ESF

Inicio imediatamente

(logo apoacutes apresentaccedilatildeo

do projeto)

ldquoFora Denguerdquo Intensificaccedilatildeo das accedilotildees educativas nas escolas e nos grupos e associaccedilatildeo de bairro

Enfermeiro Provab

Durante todo ano

ldquoMapeamento

dos lotes

sujosrdquo

Realizar o

mapeamento

dos terrenos

sujos

ECS e Equipe

de Epidemiologia

Um mecircs para

inicio das atividades

Aleacutem dos 10 passos do Planejamento Estrateacutegico Situacional optei por incluir outros

02 passos que tecircm a finalidade de contribuir para o processo de avaliaccedilatildeo da

Proposta de Intervenccedilatildeo Estatildeo contidos nos itens 511 e 512 a seguir

511 Avaliaccedilatildeo dos Resultados

O instrumento para avaliaccedilatildeo seraacute o Sistema de Informaccedilotildees de Agravos de

Notificaccedilatildeo ndash SINAN

ldquoque tem por objetivo o registro e processamento dos dados sobre agravos

de notificaccedilatildeo em todo o territoacuterio nacional fornecendo informaccedilotildees para

anaacutelise do perfil da morbidade e contribuindo desta forma para a tomada

de decisotildees em niacutevel municipal estadual e federalrdquo (IBGE 2014)

39

Segundo Moraes e Duarte (2009) o SINAN tem sido principal fonte de dados

para coordenaccedilatildeo das accedilotildees de vigilacircncia epidemioloacutegica tanto no sentido de

controle da doenccedila quando como fonte de pesquisa

512 Resultados Eesperados

O resultado esperado eacute

Estabelecer a construccedilatildeo de conhecimento que favoreccedila o autocuidado e a

capacidade de emancipaccedilatildeo da comunidade criando um ambiente seguro com

ecircnfase na educaccedilatildeo e sauacutede com vistas agrave reduccedilatildeo dos casos de dengue na

populaccedilatildeo adscrita da UBS Santos Dumont

40

6 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

O Programa de Valorizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Baacutesica (PROVAB) abriu muitos

caminhos para um horizonte promissor no desenvolvimento da promoccedilatildeo da sauacutede

e da prevenccedilatildeo no campo de atuaccedilatildeo do Programa Sauacutede na Escola criando um

viacutenculo de amizade e confianccedila uma verdadeira parceria com os alunos essencial

na construccedilatildeo de uma sociedade consciente e capaz de cuidar da sua sauacutede de

maneira preventiva loacutegica essa defendida pelo Sistema Uacutenico de Sauacutede

Para noacutes enfermeiros eacute oportunidade de ampliar o horizonte de atuaccedilatildeo

ensinando e aprendendo com o comportamento das crianccedilas dos adolescentes e

jovens vendo de maneira impar o grande desafio da educaccedilatildeo em formar cidadatildeos

com mais sauacutede Como gratificaccedilatildeo recebemos o reconhecimento dos alunos

professores e diretores algo que fica marcado para sempre na formaccedilatildeo do

profissional os laccedilos de confianccedila amizade e reconhecimento satildeo a maior

recompensa e certeza de missatildeo cumprida

Como a Equipe de Sauacutede da Famiacutelia tem como principal objetivo trabalhar na

prevenccedilatildeo de doenccedilas e agravos criando viacutenculos com a clientela a missatildeo de

promover a emancipaccedilatildeo de seus usuaacuterios com ecircnfase no autocuidado exige de

noacutes muita articulaccedilatildeo e intensificaccedilatildeo de accedilotildees educativas Especificamente no caso

da dengue o cumprimento desta missatildeo pode evitar que as constantes epidemias

se tornem parte do cotidiano das pessoas auxiliando os moradores da comunidade

na adoccedilatildeo de medidas responsaacuteveis que visem o cuidado com a sua sauacutede e da

sauacutede da comunidade

Neste sentido a educaccedilatildeo em sauacutede desempenha um papel importante em

manter a comunidade sempre vigilante e em alerta pois o perigo eacute eminente e vive

dentro dos lares das pessoas esperando apenas o momento oportuno e condiccedilotildees

favoraacuteveis para transmitir a dengue

O trabalho dos agentes de controle de endemias e da ESF deve ser

constante focado na eliminaccedilatildeo dos criadouros do mosquito transmissor da dengue

A comunidade deve colaborar com livre acesso dos agentes agraves residecircncias na

colaboraccedilatildeo para eliminaccedilatildeo dos focos nos domiciacutelios e peridomiciacutelios e

multiplicaccedilatildeo das informaccedilotildees sobre o ciclo de vida do vetor entre os vizinhos

amigos e parentes informando que todos estatildeo expostos agrave doenccedila e a mudanccedila de

comportamento pode diminuir os riscos de contrair a dengue

41

Ao poder puacuteblico eacute necessaacuterio adotar um planejamento adequado para

garantir aos cidadatildeos a infraestrutura miacutenima necessaacuteria para viver em comunidade

serviccedilos essenciais como saneamento coleta de lixo e mobilidade que favorecem a

criaccedilatildeo de um ambiente seguro com sauacutede e qualidade de vida

42

REFEREcircNCIAS

ALMEIDA M CM et al Dinacircmica intra-urbana das epidemias de dengue em Belo Horizonte Minas Gerais Brasil 1996-2002 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2008 vol24 n10 pp 2385-2395 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv24n1019pdf Acesso em 02 de out de 2014 ALVES V S A Um modelo de educaccedilatildeo em sauacutede para o Programa Sauacutede da Famiacutelia pela integralidade da atenccedilatildeo e reorientaccedilatildeo do modelo assistencial Interface - Comunic Sauacutede Educ v9 n16 p39-52 set2004fev2005 Disponiacutevel em httpswwwnesconmedicinaufmgbrbibliotecaimagem0303pdf Acesso de jun de 2014 BACKES DS et al (2012) O papel profissional do enfermeiro no Sistema Uacutenico de Sauacutede da sauacutede comunitaacuteria agrave estrateacutegia de sauacutede da famiacutelia Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva

17(1)223-230 2012 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcscv17n1a24v17n1pdf Acesso em 12 de jan 2015 BRASIL Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sauacutede Consulta Estabelecimento - Modulo Profissional - Profissional por Estabelecimento Disponiacutevel em httpcnesdatasusgovbrMod_ProfissionalaspVCo_Unidade=3122302159651 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Cadernos de Informaccedilotildees de Sauacutede Minas Gerais DATASUS TABNET (2010) Disponiacutevel em httptabnetdatasusgovbrtabdatacadernosmghtm Acesso em16 de maio de 2014 BRASIL Dengue - instruccedilotildees para pessoal de combate ao vetor Manual de Normas teacutecnicas - 3 ed rev - Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede 2001 84 p il 30 cm Disponiacutevel em httpbvsmssaudegovbrbvspublicacoesfunasaman_denguepdf acesso em 15 de out de 2014 BRASIL Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz Vetor da dengue na Aacutesia A albopictus eacute alvo de estudos Publicada em 18122008 agraves 1249 Disponiacutevel em httpwwwfiocruzbrioccgicgiluaexesysstarthtminfoid=576ampsid=32amptpl=printerview Acesso em 12 de jan de 2015 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Censo demograacutefico 2010 sinopse Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=1ampsearch=minas-gerais|divinopolis|censo-demografico-2010-sinopse- Acesso em 15 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Divinoacutepolis morbidades hospitalares ndash 2012 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=114ampsearch=minas-gerais|divinopolis|morbidades-hospitalares-2012 Acesso em 12 de maio de 2014

43

BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estaacutetica Divisatildeo Territorial do Brasil e Limites Territoriais Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE) (1 de julho de 2008) Disponiacutevel em httpwwwibgegovbrhomegeocienciascartografiadefault_dtb_intshtm Acesso em16 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Ensino - matriacuteculas docentes e rede escolar ndash 2012 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=117ampsearch=minas-gerais|divinopolis|ensino-matriculas-docentes-e-rede-escolar-2012 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estaacutetica Histoacuterico do Municiacutepio disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrpainelhistoricophplang=ampcodmun=312230ampsearch=minas-gerais|divinopolis|infograficos-historico Acesso 10 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Informaccedilotildees completas Populaccedilatildeo em 2010 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrasperfilphplang=ampcodmun=312230 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Serviccedilos de sauacutede ndash 2009 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=5ampsearch=minas-gerais|divinopolis|servicos-de-saude-2009 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Sistema de informaccedilotildees de agravos de notificaccedilatildeo ndash SINAN Disponiacutevel em httpcesibgegovbrbase-de-dadosmetadadosministerio-da-saudesistema-de-informacoes-de-agravos-de-notificacao-sinan Acesso em 16 de Nov de 2014 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede Dengue aspectos epidemioloacutegicos diagnoacutestico e tratamento Ministeacuterio da Sauacutede Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede ndash Brasiacutelia Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede 2002 Disponiacutevel em httpbvsmssaudegovbrbvspublicacoesdengue_aspecto_epidemiologicos_diagnostico_tratamentopdf Acesso em 02 de out de 2014 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede FUNSA Programa Nacional de Combate a Dengue PNCD Disponiacutevel em httpbvsmssaudegovbrbvspublicacoespncd_2002pdf Acesso em 21 de jun de 2014 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portal Brasil Disponiacutevel em httpwwwbrasilgovbrsaude201311saude-libera-mais-de-r-360-mi-para-combate-a-dengue Acesso em 10 de Nov de 2014

44

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede Departamento de Vigilacircncia Epidemioloacutegica Diretrizes nacionais para prevenccedilatildeo e controle de epidemias de dengue Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede Departamento de Vigilacircncia Epidemioloacutegica ndash Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2009 160 p Disponiacutevel em httpwwwansgovbrportalimgemaildiretrizes_reimpressao_webpdf Acesso em 16 de Nov de 2014

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede (2014) Monitoramento dos casos de dengue e febre de chikungunya ateacute a Semana Epidemioloacutegica (SE) 53 de 2014 Dengue Boletim Epidemioloacutegico ISSN 2358-9450 Volume 46 Ndeg 3 ndash 2015 Disponiacutevel em httpportalsaudesaudegovbrimagespdf2015janeiro192015-002---BE-at---SE-53pdf Acesso em 22 mar de 2015 BRASILSINANONLINE e DVASVEASTSub VPSSES-MG (20122013) Disponiacutevel em httpwwwsaudemggovbrcomponentgmgstory6489-informe-epidemiologico-da-dengue-30-05-2014 Acesso em 08 de jun de 2014 CAMPOS FCC FARIA H P SANTOS MA Planejamento e avaliaccedilatildeo das accedilotildees em sauacutede Curso de Especializaccedilatildeo em Atenccedilatildeo Baacutesica em Sauacutede da Famiacutelia NESCONUFMG Curso de Especializaccedilatildeo em Atenccedilatildeo Baacutesica agrave Sauacutede da Famiacutelia 2ed Belo Horizonte NesconUFMG 2010 Disponiacutevel em lthttpswwwnesconmedicinaufmgbrbibliotecaregistroPlanejamento_e_avaliacao_das_acoes_de_saude_23gt Acesso em Dezembro 2014 DIVINOacutePOLIS Estatuto dos Conselhos Distritais de Sauacutede Conselho Municipal de Sauacutede 1998 DIVINOacutePOLIS Mapa da cidade Disponiacutevel em httpwwwdivinopolismggovbrportalpaginasgeograficosimagensmapadacidadepdf Acesso em 08 de jun de 2014 DIVINOPOLIS Secretaria Municipal de Sauacutede SEMUSA Sistema Integrado de Sauacutede Paciente Famiacutelia Acesso Local Acesso em 15 de maio de 2014 FERREIRA B J et al Evoluccedilatildeo histoacuterica dos programas de prevenccedilatildeo e controle da dengue no Brasil Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2009 vol14 n3 pp 961-972 ISSN 1413-8123 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcscv14n332pdf Acesso em 21 de jun de 2014 FERREIRA IT RN VERAS M A S M and SILVA RA Participaccedilatildeo da populaccedilatildeo no controle da dengue uma anaacutelise da sensibilidade dos planos de sauacutede de municiacutepios do Estado de Satildeo Paulo BrasilCad Sauacutede Puacuteblica [online] 2009 vol25 n12 pp 2683-2694 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielosporgpdfcspv25n1215pdf Acesso em 10 de out de 2014 FIGUEIREDO LT M OWA M A CARLUCCI R H and OLIVEIRA L de Estudo sobre o diagnoacutestico laboratorial e sintomas do dengue durante epidemia ocorrida na regiatildeo de Ribeiratildeo Preto SP Brasil Rev Inst Med trop S Paulo [online] 1992

45

vol34 n2 pp 121-130 ISSN 0036-4665 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfrimtspv34n2a07v34n2pdf Acesso em 13 ago de 2014 FIGUEIROacute AC et al Oacutebito por dengue como evento sentinela para avaliaccedilatildeo da qualidade da assistecircncia estudo de caso em dois municiacutepios da Regiatildeo Nordeste Brasil 2008 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2011 vol27 n12 pp 2373-2385 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv27n1209pdf Acesso em 12 de out de 2014 GIRAtildeO RV et al Educaccedilatildeo em sauacutede sobre a dengue contribuiccedilotildees para o desenvolvimento de competecircncias J res fundam care online 2014 janmar 6(1) 38-46 Disponiacutevel em httpwwwseeruniriobrindexphpcuidadofundamentalarticleview2659pdf_1043 Acesso em 21 de jun de 2014 GONCcedilALVES NETO V S et al Conhecimentos e atitudes da populaccedilatildeo sobre dengue no Municiacutepio de Satildeo Luiacutes Maranhatildeo Brasil 2004 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2006 vol22 n10 pp 2191-2200 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv22n1018pdf Acesso em 10 de out de 2014 LEFEVRE A MC et al Representaccedilotildees sobre dengue seu vetor e accedilotildees de controle por moradores do municiacutepio de Satildeo Sebastiatildeo litoral Norte do Estado de Satildeo Paulo Brasil Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2007 vol23 n7 pp 1696-1706 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv23n722pdf Acesso em 16 de out de 2014 LIMA E C VILASBOAS ALQ Implantaccedilatildeo das Accedilotildees Interssetoriais de Mobilizaccedilatildeo Social do Paraacute o Controle da dengue na Bahia Brasil Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2011 vol27 n8 pp 1507-1519 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv27n806pdf Acesso em 16 de out de 2014 MACHADO RM et al (2013) HISTORIA DA SAUacuteDE MENTAL DE DIVINOacutePOLIS-MG Revista de Enfermagem do Centro Oeste Mineiro 2013 maiago 3 (2) 752-760 httpwwwseerufsjedubrindexphprecomarticleview228439 Acesso em 08 de abr de 2015 MAYO R C et al BEPA - Boletim Epidemioloacutegico Paulista 8(88) 4-12 abr 2011 tab Graf Disponiacutevel em fileCUsersnoteDownloadsv8n88a0120(1)pdf Acesso em 12 de out de 2014 MINAS GERAIS Secretaria Estadual de Sauacutede Programa Estadual de Controle Permanente da Dengue SITUACcedilAtildeO ATUAL DA DENGUE EM MINAS GERAIS RESUMO INFORMATIVO - 15122014 Disponiacutevel em httpwwwsaudemggovbrimagesdocumentosAnaliseDengue15-12-2014pdf Acesso em 10 de jan de 2015 MINAS GERAIS Secretaria de Estado da Sauacutede de Minas Gerais Programa Sauacutede em Casa Disponiacutevel em httpwwwsaudemggovbrpoliacuteticas_de_saudeprograma-saude-em-casa Acesso em 10 de maio de 2014

46

MORAES GH and DUARTE E C Anaacutelise da concordacircncia dos dados de mortalidade por dengue em dois sistemas nacionais de informaccedilatildeo em sauacutede Brasil 2000-2005 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2009 vol25 n11 pp 2354-2364 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielosporgpdfcspv25n1106pdf Acesso em 29 de Nov de 2014 PENNA M L F Um desafio para a sauacutede puacuteblica brasileira o controle do dengue Cad Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro 19(1) 305-309 jan-fev 2003 Disponiacutevel em httpwwwscielosporgpdfcspv19n114932pdf Acesso em 21 de jun de 2014

PREFEITURA MUNICIPAL DE DIVINOacutePOLIS BALANCcedilO DA DENGUE Disponiacutevel em httpwwwdivinopolismggovbrportalnoticiaphpid=11507 Acesso em 19 jan de 2015

RIBEIRO P C SOUSA DC ARAUJO TME Perfil cliacutenico-epidemioloacutegico dos casos suspeitos de Dengue em um bairro da zona sul de Teresina PI Brasil Rev bras enferm [online] 2008 vol61 n2 pp 227-232 ISSN 0034-7167 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfrebenv61n2a13v61n2pdf Acesso em 28 de jul de 2014 VALENTE G SC et al Problematizaccedilatildeo Como Estrateacutegia de Educaccedilatildeo em Sauacutede no Combate a Dengue Um Relato de Experiecircncia R Pesq cuid Fundam Online 2012 outdez 4(4)2987-94 Disponiacutevel em httpwwwseeruniriobrindexphpcuidadofundamentalarticleview1888pdf_641 Acesso em 08 jun de 2014 TEIXEIRA LAS et al Persistecircncia dos sintomas de dengue em uma populaccedilatildeo de Uberaba Minas Gerais Brasil Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2010 vol26 n3 pp 624-630 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv26n319pdf Acesso em 16 de out de 2014

Page 30: PLANO DE AÇÃO NO COMBATE A DENGUE: EDUCAR PARA EVITAR · 2019-11-14 · The Divinopolis follows the same trend, with 4680 notifications and 4139 confirmed ... banhado pelas bacias

30

vistoria em imoacuteveis terrenos depoacutesitos oficinas entre outros locais Teixeira et al

(2010) verificaram que os domiciacutelios com terrenos baldios no entorno apresentaram

maior concentraccedilatildeo da doenccedila

Lima e Vilasboas (2011) salientam que a sauacutede eacute um direito e a maneira que

o Estado tem de garantir esse direito eacute por meio de poliacuteticas puacuteblicas de proteccedilatildeo

prevenccedilatildeo e recuperaccedilatildeo de agravos a simples ausecircncia de doenccedila natildeo pode ser

considerada um conceito de sauacutede visto que as condiccedilotildees sociais de saneamento

baacutesico meio ambiente educaccedilatildeo moradia e renda satildeo fatores determinantes no

processo de adoecimento de um povo A sauacutede deve ser pensada no contexto

ampliado com integraccedilatildeo formando uma rede interssetorial na perspectiva de troca

de ajuda muacutetua na troca de experiecircncias com uma construccedilatildeo muacutetua de saberes

facilitando a resoluccedilatildeo dos problemas enfrentados

Para Lima e Vilasboas (2011) a interssetorialidade pode ser um facilitador

para construccedilatildeo de um sistema de sauacutede efetivo contudo aliado a poliacuteticas puacuteblicas

que possam contribuir para ganho na melhoria da qualidade de vida das pessoas A

interssetorialidade extrapola os limites do poder estatal e envolve a sociedade nas

decisotildees poliacuteticas evita a subordinaccedilatildeo de um setor a outro e diminui as resistecircncias

de alguns membros

Segundo Lefegravevre et al (2007) a populaccedilatildeo tem informaccedilotildees sobre a doenccedila

e do ciclo de vida do transmissor poreacutem esse conhecimento ainda natildeo eacute capaz de

produzir nas pessoas atitudes e comportamento para impedir ou reduzir os

criadouros do mosquito A probabilidade eacute que esse conhecimento vindo de origem

externa fragmentado ou pouco organizado configure um conflito entre o saber

sanitaacuterio e o senso comum Ainda segundo o autor o programa educativo tem sido

aplicado haacute muitos anos mas ateacute hoje ainda natildeo obteve o resultado esperado

contudo haacute necessidade de aprofundar neste contexto para identificar onde estatildeo as

falhas para que possa realmente ter uma populaccedilatildeo engajada no controle do vetor

Para a populaccedilatildeo segundo Lefegravevre et al (2007) haacute uma relaccedilatildeo entre sujo

que seria a doenccedila e limpo que seria a sauacutede levando a ideacuteia equivocada que o lixo

eacute o uacutenico meio de procriaccedilatildeo do mosquito Neste sentido haacute uma sinalizaccedilatildeo para

que o poder puacuteblico perceba a necessidade de informar educar e comunicar

Informar no que diz respeito aos constantes dados epidemioloacutegicos sobre a doenccedila

no Paiacutes no Estado e na sua Comunidade no sentido de incentivar a participaccedilatildeo

popular no controle da doenccedila Educar esclarecendo a forma de transmissibilidade

31

da doenccedila estabelecendo um diaacutelogo de faacutecil entendimento na loacutegica sanitaacuteria sem

confrontar o senso comum buscando construir um relacionamento entre o teacutecnico e

o cidadatildeo e agrave adoccedilatildeo de alternativas na reduccedilatildeo das viacutetimas da dengue

Neste sentido a ESF tem papel fundamental no desenvolvimento de accedilotildees de

prevenccedilatildeo e controle da dengue considerando a relaccedilatildeo de confianccedila que a

populaccedilatildeo manteacutem com a equipe de sauacutede da famiacutelia possibilitando o contato com

o ambiente domeacutestico por meio dos ACSs promovendo um ambiente seguro e livre

do Aedes aegypti (BRASIL 2002) A ESF pode ainda promover accedilotildees educativas

com a populaccedilatildeo mobilizando-a para adotar accedilotildees preventivas realizando tambeacutem a

notificaccedilatildeo imediata dos casos suspeitos possibilitando as medidas tratamento

adequado agraves situaccedilotildees de dengue claacutessica e dengue grave reduzindo os casos

letais e possibilitando o bloqueio dos focos pela vigilacircncia epidemioloacutegica

32

5 PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO

O diagnoacutestico situacional foi realizado com base nas informaccedilotildees contidas em

dados oficiais do IBGE do Sistema Integrado de Sauacutede e embasado no relato dos

problemas levantados pela Equipe de Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia da UBS

Santos Dumont

Foi utilizado o Planejamento Estrateacutegico Situacional ndash PES como referecircncia

para a proposta de intervenccedilatildeo Este meacutetodo possibilita que os atores atraveacutes de

sua proacutepria visatildeo identifiquem as causas possiacuteveis dos problemas como nascem e

se desenvolvem A partir deste ponto de vista podem propor soluccedilotildees para atacar

suas causas e a viabilidade destas soluccedilotildees (CAMPOS FARIA SANTOS 2010)

Assim a partir do diagnoacutestico situacional os 10 passos segundo os autores

mencionados e suas atividades satildeo descritas a seguir

51 Primeiro Passo Definiccedilatildeo dos Problemas

Hipertensatildeo Arterial

Diabetes

Drogas

Gravidez na Adolescecircncia

Dengue

Transtorno Depressivo

Doenccedilas Sexualmente Transmissiacuteveis AIDS

Falta de Saneamento Baacutesico

52 Segundo Passo Priorizaccedilatildeo dos Problemas

Dengue

Falta de Saneamento Baacutesico

53 Terceiro Passo Descriccedilatildeo do Problema Selecionado

Segundo o Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2002) o nosso paiacutes eacute

predominantemente de clima tropical e este eacute um ambiente favoraacutevel agrave proliferaccedilatildeo

do mosquito aedes aegypti principal transmissor da dengue em nosso continente A

33

doenccedila eacute a uma arbovirose transmitida por um artroacutepode que pode apresentar-se

de forma benigna claacutessica ou grave na forma de febre hemorraacutegica

Durante o ano de 2014 segundo o Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2014) mais

meio milhatildeo de casos da doenccedila (591080) 528 soacute na regiatildeo Sudeste em Minas

Gerais foram 59222 com 45 oacutebitos confirmados em Divinoacutepolis segundo a

Secretaria Municipal de Sauacutede (2014) ocorreram 4680 notificaccedilotildees de casos da

doenccedila e confirmados 4139 casos de dengue com 06 oacutebitos sendo que os bairros

Nossa Senhora das Graccedilas Centro Satildeo Joseacute Interlagos Niteroacutei Porto Velho

Planalto Santos Dumont Belvedere e Bom Pastor foram responsaacuteveis por 3027

dos casos de dengue da cidade

Ferreira et al (2009) Lima e Vilasboas (2011) chamam a atenccedilatildeo para a falta

de saneamento baacutesico como um fator agravante que pode elevar a multiplicaccedilatildeo do

vetor da doenccedila Para Gonccedilalves Neto et al (2006) as condiccedilotildees sanitaacuterias

prejudicadas o crescimento desordenado levaram agrave raacutepida adaptaccedilatildeo do vetor agraves

residecircncias causando a disseminaccedilatildeo do viacuterus Tais situaccedilotildees satildeo rotineiras na

populaccedilatildeo adscrita da UBS Santos Dumont

54 Quarto passo Explicaccedilatildeo do Problema

A explicaccedilatildeo para o problema selecionado foi qualificado do ponto de vista

social coletivo e individual

Niacutevel Social Refere-se agrave ausecircncia de poliacuteticas puacuteblicas para melhoria de qualidade

de vida da populaccedilatildeo que convive com a ausecircncia de saneamento baacutesico esgoto a

ceacuteu aberto falta de coleta seletiva e lixo acumulado nas ruas e terrenos baldios

Niacutevel Coletivo Falta de consciecircncia da gravidade da doenccedila que pode acometer a

qualquer pessoa e todas as faixas etaacuterias falta de colaboraccedilatildeo entre os vizinhos que

sempre potildeem a culpa das maacutes condiccedilotildees uns nos outros mas ningueacutem assume a

responsabilidade pelo seu quintal

Niacutevel Individual Falta de compromisso pois segundo dados da SEMUSA

(DIVINOacutePOLIS 2014) 9415 dos focos de Dengue estatildeo dentro das residecircncias

esses focos foram identificados em vasilhas de aacutegua para cachorro galinha calhas

mal projetadas e caixas drsquoaacutegua sem tampa

55 Quinto Passo Seleccedilatildeo dos ldquoNoacutes Criacuteticosrdquo

34

Foram selecionados os seguintes ldquonoacutes criacuteticosrdquo que podem ter relaccedilatildeo direta com o

alto nuacutemero de casos de dengue

Lixo nas ruas falta de conscientizaccedilatildeo da populaccedilatildeo para evitar descarte

incorreto de lixo nas ruas e terrenos baldios

Responsabilizaccedilatildeo do outro falta agrave comunidade assumir que o problema da

dengue natildeo eacute do meu vizinho mas eacute de todos

Lotes sujos falta cobranccedila por parte do poder puacuteblico aos proprietaacuterios de

terrenos vazios que mantenham os lotes limpos e conservados

56 Sexto Passo Desenho de Operaccedilotildees para os ldquoNoacutes Criacuteticosrdquo do Problema

Como soluccedilatildeo dos ldquonoacutes criacuteticosrdquo foram apresentadas as seguintes propostas

contidas no Quadro 6 a seguir

Quadro 6 ndash Desenho das Operaccedilotildees para os Noacutes Criacuteticos Selecionados

ldquoNoacute

Criacuteticordquo

Operaccedilatildeo

Projeto

Resultados

Esperados

Produtos

Esperados

Recursos

Necessaacuterios

Lixo nas ruas Reeducaccedilatildeo conscientizaccedilatildeo ambiental

Ausecircncia de lixo nas ruas e lotes vazios

Bairro limpo sem dengue

Datashow e computador

Responsabiliza ccedilatildeo do outro

Conscientizaccedilatildeo

sobre sauacutede

coletiva

Que todos

unidos com

objetivo de

diminuir os

casos de

dengue

Reduccedilatildeo da

doenccedila

Datashow e computador Panfletos informativos

Lotes sujos Limpeza de

lotes e terrenos

Lotes limpos

e sem focos

da dengue

Diminuiccedilatildeo

do nuacutemero do

mosquito

transmissor

da dengue

Palestras sobre

conservaccedilatildeo

dos terrenos e

lotes vazios

Fiscalizaccedilatildeo da

prefeitura

57 Seacutetimo Passo Identificaccedilatildeo dos Recursos Criacuteticos

35

Para iniacutecio das operaccedilotildees foram apresentados os recursos necessaacuterios e

indispensaacuteveis para o sucesso do processo

Quadro 7 ndash Identificaccedilatildeo dos Recursos Criacuteticos

Operaccedilatildeo

Projeto

Recursos Criacuteticos

Controle dos recursos criacuteticos

Accedilatildeo estrateacutegica

Ator que controla

Motivaccedilatildeo

ldquoMutiratildeo da

limpezardquo

realizar um dia

por mecircs para

limpeza em

parceria com a

populaccedilatildeo

Poliacutetico Veiculo e pessoal para limpeza das ruas

Empresa Municipal de Obras Puacuteblicas

Evitar que lixo se acumule nas ruas

Criaccedilatildeo do dia da limpeza e apresentaccedilatildeo da administraccedilatildeo para apreciaccedilatildeo

ldquoFora Denguerdquo Intensificaccedilatildeo das accedilotildees educativas nas escolas e nos grupos e associaccedilatildeo de bairro

Poliacutetico Articulaccedilatildeo interssetorial Financeiro Disponibilizaccedilatildeo de material informativo

Secretaria Municipal de Sauacutede Secretaria Municipal de Educaccedilatildeo Associaccedilatildeo de bairros

Despertar na comunidade a consciecircncia de sauacutede coletiva

Despertar nos discentes e na comunidade o desejo de erradicar os focos da dengue

ldquoMapeamento

dos lotes sujosrdquo

Realizar o

mapeamento

dos terrenos

sujos

Poliacutetico Notificar os

proprietaacuterios para limpeza do

terreno Financeiro

Recurso para impressatildeo das

notificaccedilotildees

Secretaria Municipal de

Sauacutede

Evitar que as pessoas joguem lixo e entulho em lotes vagos

Conservaccedilatildeo e limpeza dos lotes vazios

58 Oitavo Passo Anaacutelise de Viabilidade do Plano

A proposta a seguir (Quadro 3) apresenta a motivaccedilatildeo para a viabilidade do plano

visto que alguns dos recursos necessaacuterios fogem agrave governabilidade da ESF

36

Quadro 8 ndash Viabilidade do Plano

Operaccedilatildeo

Projeto

Recursos Criacuteticos

Controle dos recursos criacuteticos

Accedilatildeo estrateacutegica

Ator que controla

Motivaccedilatildeo

ldquoMutiratildeo da

limpezardquo

realizar um dia

por mecircs para

limpeza em

parceria com a

populaccedilatildeo

Poliacutetico Veiculo e pessoal para limpeza das ruas

Empresa Municipal de Obras Puacuteblicas

Favoraacutevel Criaccedilatildeo do dia da limpeza e apresentaccedilatildeo agrave administraccedilatildeo para apreciaccedilatildeo

ldquoFora Denguerdquo Intensificaccedilatildeo das accedilotildees educativas nas escolas e nos grupos e associaccedilatildeo de bairro

Poliacutetico Articulaccedilatildeo interssetorial Financeiro Disponibilizaccedilatildeo de material informativo

Secretaria Municipal de Sauacutede Secretaria Municipal de Educaccedilatildeo Associaccedilatildeo de bairros

Favoraacutevel

Despertar nos escolares e na comunidade o desejo de erradicar os focos da dengue

ldquoMapeamento

dos lotes sujosrdquo

Realizar o

mapeamento

dos terrenos

sujos

Poliacutetico Notificar os

proprietaacuterios para limpeza do

terreno Financeiro

Recurso para impressatildeo das

notificaccedilotildees

Secretaria Municipal de

Sauacutede

Indiferente

Conservaccedilatildeo e limpeza dos lotes vazios

37

59 Nono Passo Elaboraccedilatildeo do Plano Operativo

A proposta a seguir no Quadro 9 identifica os atores envolvidos lhes atribuiacutedo

responsabilidades e prazos a cumprir

Quadro 9 ndash Plano Operativo

Operaccedilotildees Resultados Accedilotildees Estrateacutegicas

Responsaacutevel Prazo

ldquoMutiratildeo da limpezardquo realizar um dia por mecircs para limpeza em parceria com a populaccedilatildeo

Limpeza das ruas

e quintais

Coleta de lixo

das ruas Incentivo a limpeza de

lotes e quintais

Equipe de ACS

Durante todo ano

ldquoFora Denguerdquo Intensificaccedilatildeo das accedilotildees educativas nas escolas e nos grupos e associaccedilatildeo de bairro

Uma comunidade

consciente das suas

responsabilidades

Insistir e reforccedilar com

accedilotildees educativas para que

populaccedilatildeo mantenha as ruas limpas e coloque o lixo

para ser recolhido

Enfermeiro ESF

Durante todo o ano

ldquoMapeamento dos lotes

sujosrdquo Realizar o

mapeamento dos terrenos

sujos

Identificar os focos e eliminaacute-

los

Criaccedilatildeo de um mapa onde ocorreram focos do mosquito

ACS e

Enfermeiro

Trecircs meses

510 Deacutecimo Passo Gestatildeo do Plano

Com a gestatildeo do plano eacute possiacutevel aos responsaacuteveis acompanhar e monitorar as

accedilotildees avaliando e sempre que necessaacuterio readequando as eventuais falhas do

processo

38

Quadro 10ndash Gestatildeo do Plano

Produtos Responsaacutevel Prazo Situaccedilatildeo Atual

Justificativa Novo Prazo

ldquoMutiratildeo da

limpezardquo

realizar um

dia por mecircs

para limpeza

em parceria

com a

populaccedilatildeo

Enfermeiro da ESF

Inicio imediatamente

(logo apoacutes apresentaccedilatildeo

do projeto)

ldquoFora Denguerdquo Intensificaccedilatildeo das accedilotildees educativas nas escolas e nos grupos e associaccedilatildeo de bairro

Enfermeiro Provab

Durante todo ano

ldquoMapeamento

dos lotes

sujosrdquo

Realizar o

mapeamento

dos terrenos

sujos

ECS e Equipe

de Epidemiologia

Um mecircs para

inicio das atividades

Aleacutem dos 10 passos do Planejamento Estrateacutegico Situacional optei por incluir outros

02 passos que tecircm a finalidade de contribuir para o processo de avaliaccedilatildeo da

Proposta de Intervenccedilatildeo Estatildeo contidos nos itens 511 e 512 a seguir

511 Avaliaccedilatildeo dos Resultados

O instrumento para avaliaccedilatildeo seraacute o Sistema de Informaccedilotildees de Agravos de

Notificaccedilatildeo ndash SINAN

ldquoque tem por objetivo o registro e processamento dos dados sobre agravos

de notificaccedilatildeo em todo o territoacuterio nacional fornecendo informaccedilotildees para

anaacutelise do perfil da morbidade e contribuindo desta forma para a tomada

de decisotildees em niacutevel municipal estadual e federalrdquo (IBGE 2014)

39

Segundo Moraes e Duarte (2009) o SINAN tem sido principal fonte de dados

para coordenaccedilatildeo das accedilotildees de vigilacircncia epidemioloacutegica tanto no sentido de

controle da doenccedila quando como fonte de pesquisa

512 Resultados Eesperados

O resultado esperado eacute

Estabelecer a construccedilatildeo de conhecimento que favoreccedila o autocuidado e a

capacidade de emancipaccedilatildeo da comunidade criando um ambiente seguro com

ecircnfase na educaccedilatildeo e sauacutede com vistas agrave reduccedilatildeo dos casos de dengue na

populaccedilatildeo adscrita da UBS Santos Dumont

40

6 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

O Programa de Valorizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Baacutesica (PROVAB) abriu muitos

caminhos para um horizonte promissor no desenvolvimento da promoccedilatildeo da sauacutede

e da prevenccedilatildeo no campo de atuaccedilatildeo do Programa Sauacutede na Escola criando um

viacutenculo de amizade e confianccedila uma verdadeira parceria com os alunos essencial

na construccedilatildeo de uma sociedade consciente e capaz de cuidar da sua sauacutede de

maneira preventiva loacutegica essa defendida pelo Sistema Uacutenico de Sauacutede

Para noacutes enfermeiros eacute oportunidade de ampliar o horizonte de atuaccedilatildeo

ensinando e aprendendo com o comportamento das crianccedilas dos adolescentes e

jovens vendo de maneira impar o grande desafio da educaccedilatildeo em formar cidadatildeos

com mais sauacutede Como gratificaccedilatildeo recebemos o reconhecimento dos alunos

professores e diretores algo que fica marcado para sempre na formaccedilatildeo do

profissional os laccedilos de confianccedila amizade e reconhecimento satildeo a maior

recompensa e certeza de missatildeo cumprida

Como a Equipe de Sauacutede da Famiacutelia tem como principal objetivo trabalhar na

prevenccedilatildeo de doenccedilas e agravos criando viacutenculos com a clientela a missatildeo de

promover a emancipaccedilatildeo de seus usuaacuterios com ecircnfase no autocuidado exige de

noacutes muita articulaccedilatildeo e intensificaccedilatildeo de accedilotildees educativas Especificamente no caso

da dengue o cumprimento desta missatildeo pode evitar que as constantes epidemias

se tornem parte do cotidiano das pessoas auxiliando os moradores da comunidade

na adoccedilatildeo de medidas responsaacuteveis que visem o cuidado com a sua sauacutede e da

sauacutede da comunidade

Neste sentido a educaccedilatildeo em sauacutede desempenha um papel importante em

manter a comunidade sempre vigilante e em alerta pois o perigo eacute eminente e vive

dentro dos lares das pessoas esperando apenas o momento oportuno e condiccedilotildees

favoraacuteveis para transmitir a dengue

O trabalho dos agentes de controle de endemias e da ESF deve ser

constante focado na eliminaccedilatildeo dos criadouros do mosquito transmissor da dengue

A comunidade deve colaborar com livre acesso dos agentes agraves residecircncias na

colaboraccedilatildeo para eliminaccedilatildeo dos focos nos domiciacutelios e peridomiciacutelios e

multiplicaccedilatildeo das informaccedilotildees sobre o ciclo de vida do vetor entre os vizinhos

amigos e parentes informando que todos estatildeo expostos agrave doenccedila e a mudanccedila de

comportamento pode diminuir os riscos de contrair a dengue

41

Ao poder puacuteblico eacute necessaacuterio adotar um planejamento adequado para

garantir aos cidadatildeos a infraestrutura miacutenima necessaacuteria para viver em comunidade

serviccedilos essenciais como saneamento coleta de lixo e mobilidade que favorecem a

criaccedilatildeo de um ambiente seguro com sauacutede e qualidade de vida

42

REFEREcircNCIAS

ALMEIDA M CM et al Dinacircmica intra-urbana das epidemias de dengue em Belo Horizonte Minas Gerais Brasil 1996-2002 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2008 vol24 n10 pp 2385-2395 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv24n1019pdf Acesso em 02 de out de 2014 ALVES V S A Um modelo de educaccedilatildeo em sauacutede para o Programa Sauacutede da Famiacutelia pela integralidade da atenccedilatildeo e reorientaccedilatildeo do modelo assistencial Interface - Comunic Sauacutede Educ v9 n16 p39-52 set2004fev2005 Disponiacutevel em httpswwwnesconmedicinaufmgbrbibliotecaimagem0303pdf Acesso de jun de 2014 BACKES DS et al (2012) O papel profissional do enfermeiro no Sistema Uacutenico de Sauacutede da sauacutede comunitaacuteria agrave estrateacutegia de sauacutede da famiacutelia Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva

17(1)223-230 2012 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcscv17n1a24v17n1pdf Acesso em 12 de jan 2015 BRASIL Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sauacutede Consulta Estabelecimento - Modulo Profissional - Profissional por Estabelecimento Disponiacutevel em httpcnesdatasusgovbrMod_ProfissionalaspVCo_Unidade=3122302159651 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Cadernos de Informaccedilotildees de Sauacutede Minas Gerais DATASUS TABNET (2010) Disponiacutevel em httptabnetdatasusgovbrtabdatacadernosmghtm Acesso em16 de maio de 2014 BRASIL Dengue - instruccedilotildees para pessoal de combate ao vetor Manual de Normas teacutecnicas - 3 ed rev - Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede 2001 84 p il 30 cm Disponiacutevel em httpbvsmssaudegovbrbvspublicacoesfunasaman_denguepdf acesso em 15 de out de 2014 BRASIL Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz Vetor da dengue na Aacutesia A albopictus eacute alvo de estudos Publicada em 18122008 agraves 1249 Disponiacutevel em httpwwwfiocruzbrioccgicgiluaexesysstarthtminfoid=576ampsid=32amptpl=printerview Acesso em 12 de jan de 2015 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Censo demograacutefico 2010 sinopse Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=1ampsearch=minas-gerais|divinopolis|censo-demografico-2010-sinopse- Acesso em 15 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Divinoacutepolis morbidades hospitalares ndash 2012 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=114ampsearch=minas-gerais|divinopolis|morbidades-hospitalares-2012 Acesso em 12 de maio de 2014

43

BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estaacutetica Divisatildeo Territorial do Brasil e Limites Territoriais Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE) (1 de julho de 2008) Disponiacutevel em httpwwwibgegovbrhomegeocienciascartografiadefault_dtb_intshtm Acesso em16 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Ensino - matriacuteculas docentes e rede escolar ndash 2012 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=117ampsearch=minas-gerais|divinopolis|ensino-matriculas-docentes-e-rede-escolar-2012 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estaacutetica Histoacuterico do Municiacutepio disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrpainelhistoricophplang=ampcodmun=312230ampsearch=minas-gerais|divinopolis|infograficos-historico Acesso 10 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Informaccedilotildees completas Populaccedilatildeo em 2010 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrasperfilphplang=ampcodmun=312230 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Serviccedilos de sauacutede ndash 2009 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=5ampsearch=minas-gerais|divinopolis|servicos-de-saude-2009 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Sistema de informaccedilotildees de agravos de notificaccedilatildeo ndash SINAN Disponiacutevel em httpcesibgegovbrbase-de-dadosmetadadosministerio-da-saudesistema-de-informacoes-de-agravos-de-notificacao-sinan Acesso em 16 de Nov de 2014 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede Dengue aspectos epidemioloacutegicos diagnoacutestico e tratamento Ministeacuterio da Sauacutede Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede ndash Brasiacutelia Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede 2002 Disponiacutevel em httpbvsmssaudegovbrbvspublicacoesdengue_aspecto_epidemiologicos_diagnostico_tratamentopdf Acesso em 02 de out de 2014 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede FUNSA Programa Nacional de Combate a Dengue PNCD Disponiacutevel em httpbvsmssaudegovbrbvspublicacoespncd_2002pdf Acesso em 21 de jun de 2014 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portal Brasil Disponiacutevel em httpwwwbrasilgovbrsaude201311saude-libera-mais-de-r-360-mi-para-combate-a-dengue Acesso em 10 de Nov de 2014

44

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede Departamento de Vigilacircncia Epidemioloacutegica Diretrizes nacionais para prevenccedilatildeo e controle de epidemias de dengue Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede Departamento de Vigilacircncia Epidemioloacutegica ndash Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2009 160 p Disponiacutevel em httpwwwansgovbrportalimgemaildiretrizes_reimpressao_webpdf Acesso em 16 de Nov de 2014

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede (2014) Monitoramento dos casos de dengue e febre de chikungunya ateacute a Semana Epidemioloacutegica (SE) 53 de 2014 Dengue Boletim Epidemioloacutegico ISSN 2358-9450 Volume 46 Ndeg 3 ndash 2015 Disponiacutevel em httpportalsaudesaudegovbrimagespdf2015janeiro192015-002---BE-at---SE-53pdf Acesso em 22 mar de 2015 BRASILSINANONLINE e DVASVEASTSub VPSSES-MG (20122013) Disponiacutevel em httpwwwsaudemggovbrcomponentgmgstory6489-informe-epidemiologico-da-dengue-30-05-2014 Acesso em 08 de jun de 2014 CAMPOS FCC FARIA H P SANTOS MA Planejamento e avaliaccedilatildeo das accedilotildees em sauacutede Curso de Especializaccedilatildeo em Atenccedilatildeo Baacutesica em Sauacutede da Famiacutelia NESCONUFMG Curso de Especializaccedilatildeo em Atenccedilatildeo Baacutesica agrave Sauacutede da Famiacutelia 2ed Belo Horizonte NesconUFMG 2010 Disponiacutevel em lthttpswwwnesconmedicinaufmgbrbibliotecaregistroPlanejamento_e_avaliacao_das_acoes_de_saude_23gt Acesso em Dezembro 2014 DIVINOacutePOLIS Estatuto dos Conselhos Distritais de Sauacutede Conselho Municipal de Sauacutede 1998 DIVINOacutePOLIS Mapa da cidade Disponiacutevel em httpwwwdivinopolismggovbrportalpaginasgeograficosimagensmapadacidadepdf Acesso em 08 de jun de 2014 DIVINOPOLIS Secretaria Municipal de Sauacutede SEMUSA Sistema Integrado de Sauacutede Paciente Famiacutelia Acesso Local Acesso em 15 de maio de 2014 FERREIRA B J et al Evoluccedilatildeo histoacuterica dos programas de prevenccedilatildeo e controle da dengue no Brasil Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2009 vol14 n3 pp 961-972 ISSN 1413-8123 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcscv14n332pdf Acesso em 21 de jun de 2014 FERREIRA IT RN VERAS M A S M and SILVA RA Participaccedilatildeo da populaccedilatildeo no controle da dengue uma anaacutelise da sensibilidade dos planos de sauacutede de municiacutepios do Estado de Satildeo Paulo BrasilCad Sauacutede Puacuteblica [online] 2009 vol25 n12 pp 2683-2694 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielosporgpdfcspv25n1215pdf Acesso em 10 de out de 2014 FIGUEIREDO LT M OWA M A CARLUCCI R H and OLIVEIRA L de Estudo sobre o diagnoacutestico laboratorial e sintomas do dengue durante epidemia ocorrida na regiatildeo de Ribeiratildeo Preto SP Brasil Rev Inst Med trop S Paulo [online] 1992

45

vol34 n2 pp 121-130 ISSN 0036-4665 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfrimtspv34n2a07v34n2pdf Acesso em 13 ago de 2014 FIGUEIROacute AC et al Oacutebito por dengue como evento sentinela para avaliaccedilatildeo da qualidade da assistecircncia estudo de caso em dois municiacutepios da Regiatildeo Nordeste Brasil 2008 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2011 vol27 n12 pp 2373-2385 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv27n1209pdf Acesso em 12 de out de 2014 GIRAtildeO RV et al Educaccedilatildeo em sauacutede sobre a dengue contribuiccedilotildees para o desenvolvimento de competecircncias J res fundam care online 2014 janmar 6(1) 38-46 Disponiacutevel em httpwwwseeruniriobrindexphpcuidadofundamentalarticleview2659pdf_1043 Acesso em 21 de jun de 2014 GONCcedilALVES NETO V S et al Conhecimentos e atitudes da populaccedilatildeo sobre dengue no Municiacutepio de Satildeo Luiacutes Maranhatildeo Brasil 2004 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2006 vol22 n10 pp 2191-2200 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv22n1018pdf Acesso em 10 de out de 2014 LEFEVRE A MC et al Representaccedilotildees sobre dengue seu vetor e accedilotildees de controle por moradores do municiacutepio de Satildeo Sebastiatildeo litoral Norte do Estado de Satildeo Paulo Brasil Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2007 vol23 n7 pp 1696-1706 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv23n722pdf Acesso em 16 de out de 2014 LIMA E C VILASBOAS ALQ Implantaccedilatildeo das Accedilotildees Interssetoriais de Mobilizaccedilatildeo Social do Paraacute o Controle da dengue na Bahia Brasil Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2011 vol27 n8 pp 1507-1519 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv27n806pdf Acesso em 16 de out de 2014 MACHADO RM et al (2013) HISTORIA DA SAUacuteDE MENTAL DE DIVINOacutePOLIS-MG Revista de Enfermagem do Centro Oeste Mineiro 2013 maiago 3 (2) 752-760 httpwwwseerufsjedubrindexphprecomarticleview228439 Acesso em 08 de abr de 2015 MAYO R C et al BEPA - Boletim Epidemioloacutegico Paulista 8(88) 4-12 abr 2011 tab Graf Disponiacutevel em fileCUsersnoteDownloadsv8n88a0120(1)pdf Acesso em 12 de out de 2014 MINAS GERAIS Secretaria Estadual de Sauacutede Programa Estadual de Controle Permanente da Dengue SITUACcedilAtildeO ATUAL DA DENGUE EM MINAS GERAIS RESUMO INFORMATIVO - 15122014 Disponiacutevel em httpwwwsaudemggovbrimagesdocumentosAnaliseDengue15-12-2014pdf Acesso em 10 de jan de 2015 MINAS GERAIS Secretaria de Estado da Sauacutede de Minas Gerais Programa Sauacutede em Casa Disponiacutevel em httpwwwsaudemggovbrpoliacuteticas_de_saudeprograma-saude-em-casa Acesso em 10 de maio de 2014

46

MORAES GH and DUARTE E C Anaacutelise da concordacircncia dos dados de mortalidade por dengue em dois sistemas nacionais de informaccedilatildeo em sauacutede Brasil 2000-2005 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2009 vol25 n11 pp 2354-2364 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielosporgpdfcspv25n1106pdf Acesso em 29 de Nov de 2014 PENNA M L F Um desafio para a sauacutede puacuteblica brasileira o controle do dengue Cad Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro 19(1) 305-309 jan-fev 2003 Disponiacutevel em httpwwwscielosporgpdfcspv19n114932pdf Acesso em 21 de jun de 2014

PREFEITURA MUNICIPAL DE DIVINOacutePOLIS BALANCcedilO DA DENGUE Disponiacutevel em httpwwwdivinopolismggovbrportalnoticiaphpid=11507 Acesso em 19 jan de 2015

RIBEIRO P C SOUSA DC ARAUJO TME Perfil cliacutenico-epidemioloacutegico dos casos suspeitos de Dengue em um bairro da zona sul de Teresina PI Brasil Rev bras enferm [online] 2008 vol61 n2 pp 227-232 ISSN 0034-7167 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfrebenv61n2a13v61n2pdf Acesso em 28 de jul de 2014 VALENTE G SC et al Problematizaccedilatildeo Como Estrateacutegia de Educaccedilatildeo em Sauacutede no Combate a Dengue Um Relato de Experiecircncia R Pesq cuid Fundam Online 2012 outdez 4(4)2987-94 Disponiacutevel em httpwwwseeruniriobrindexphpcuidadofundamentalarticleview1888pdf_641 Acesso em 08 jun de 2014 TEIXEIRA LAS et al Persistecircncia dos sintomas de dengue em uma populaccedilatildeo de Uberaba Minas Gerais Brasil Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2010 vol26 n3 pp 624-630 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv26n319pdf Acesso em 16 de out de 2014

Page 31: PLANO DE AÇÃO NO COMBATE A DENGUE: EDUCAR PARA EVITAR · 2019-11-14 · The Divinopolis follows the same trend, with 4680 notifications and 4139 confirmed ... banhado pelas bacias

31

da doenccedila estabelecendo um diaacutelogo de faacutecil entendimento na loacutegica sanitaacuteria sem

confrontar o senso comum buscando construir um relacionamento entre o teacutecnico e

o cidadatildeo e agrave adoccedilatildeo de alternativas na reduccedilatildeo das viacutetimas da dengue

Neste sentido a ESF tem papel fundamental no desenvolvimento de accedilotildees de

prevenccedilatildeo e controle da dengue considerando a relaccedilatildeo de confianccedila que a

populaccedilatildeo manteacutem com a equipe de sauacutede da famiacutelia possibilitando o contato com

o ambiente domeacutestico por meio dos ACSs promovendo um ambiente seguro e livre

do Aedes aegypti (BRASIL 2002) A ESF pode ainda promover accedilotildees educativas

com a populaccedilatildeo mobilizando-a para adotar accedilotildees preventivas realizando tambeacutem a

notificaccedilatildeo imediata dos casos suspeitos possibilitando as medidas tratamento

adequado agraves situaccedilotildees de dengue claacutessica e dengue grave reduzindo os casos

letais e possibilitando o bloqueio dos focos pela vigilacircncia epidemioloacutegica

32

5 PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO

O diagnoacutestico situacional foi realizado com base nas informaccedilotildees contidas em

dados oficiais do IBGE do Sistema Integrado de Sauacutede e embasado no relato dos

problemas levantados pela Equipe de Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia da UBS

Santos Dumont

Foi utilizado o Planejamento Estrateacutegico Situacional ndash PES como referecircncia

para a proposta de intervenccedilatildeo Este meacutetodo possibilita que os atores atraveacutes de

sua proacutepria visatildeo identifiquem as causas possiacuteveis dos problemas como nascem e

se desenvolvem A partir deste ponto de vista podem propor soluccedilotildees para atacar

suas causas e a viabilidade destas soluccedilotildees (CAMPOS FARIA SANTOS 2010)

Assim a partir do diagnoacutestico situacional os 10 passos segundo os autores

mencionados e suas atividades satildeo descritas a seguir

51 Primeiro Passo Definiccedilatildeo dos Problemas

Hipertensatildeo Arterial

Diabetes

Drogas

Gravidez na Adolescecircncia

Dengue

Transtorno Depressivo

Doenccedilas Sexualmente Transmissiacuteveis AIDS

Falta de Saneamento Baacutesico

52 Segundo Passo Priorizaccedilatildeo dos Problemas

Dengue

Falta de Saneamento Baacutesico

53 Terceiro Passo Descriccedilatildeo do Problema Selecionado

Segundo o Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2002) o nosso paiacutes eacute

predominantemente de clima tropical e este eacute um ambiente favoraacutevel agrave proliferaccedilatildeo

do mosquito aedes aegypti principal transmissor da dengue em nosso continente A

33

doenccedila eacute a uma arbovirose transmitida por um artroacutepode que pode apresentar-se

de forma benigna claacutessica ou grave na forma de febre hemorraacutegica

Durante o ano de 2014 segundo o Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2014) mais

meio milhatildeo de casos da doenccedila (591080) 528 soacute na regiatildeo Sudeste em Minas

Gerais foram 59222 com 45 oacutebitos confirmados em Divinoacutepolis segundo a

Secretaria Municipal de Sauacutede (2014) ocorreram 4680 notificaccedilotildees de casos da

doenccedila e confirmados 4139 casos de dengue com 06 oacutebitos sendo que os bairros

Nossa Senhora das Graccedilas Centro Satildeo Joseacute Interlagos Niteroacutei Porto Velho

Planalto Santos Dumont Belvedere e Bom Pastor foram responsaacuteveis por 3027

dos casos de dengue da cidade

Ferreira et al (2009) Lima e Vilasboas (2011) chamam a atenccedilatildeo para a falta

de saneamento baacutesico como um fator agravante que pode elevar a multiplicaccedilatildeo do

vetor da doenccedila Para Gonccedilalves Neto et al (2006) as condiccedilotildees sanitaacuterias

prejudicadas o crescimento desordenado levaram agrave raacutepida adaptaccedilatildeo do vetor agraves

residecircncias causando a disseminaccedilatildeo do viacuterus Tais situaccedilotildees satildeo rotineiras na

populaccedilatildeo adscrita da UBS Santos Dumont

54 Quarto passo Explicaccedilatildeo do Problema

A explicaccedilatildeo para o problema selecionado foi qualificado do ponto de vista

social coletivo e individual

Niacutevel Social Refere-se agrave ausecircncia de poliacuteticas puacuteblicas para melhoria de qualidade

de vida da populaccedilatildeo que convive com a ausecircncia de saneamento baacutesico esgoto a

ceacuteu aberto falta de coleta seletiva e lixo acumulado nas ruas e terrenos baldios

Niacutevel Coletivo Falta de consciecircncia da gravidade da doenccedila que pode acometer a

qualquer pessoa e todas as faixas etaacuterias falta de colaboraccedilatildeo entre os vizinhos que

sempre potildeem a culpa das maacutes condiccedilotildees uns nos outros mas ningueacutem assume a

responsabilidade pelo seu quintal

Niacutevel Individual Falta de compromisso pois segundo dados da SEMUSA

(DIVINOacutePOLIS 2014) 9415 dos focos de Dengue estatildeo dentro das residecircncias

esses focos foram identificados em vasilhas de aacutegua para cachorro galinha calhas

mal projetadas e caixas drsquoaacutegua sem tampa

55 Quinto Passo Seleccedilatildeo dos ldquoNoacutes Criacuteticosrdquo

34

Foram selecionados os seguintes ldquonoacutes criacuteticosrdquo que podem ter relaccedilatildeo direta com o

alto nuacutemero de casos de dengue

Lixo nas ruas falta de conscientizaccedilatildeo da populaccedilatildeo para evitar descarte

incorreto de lixo nas ruas e terrenos baldios

Responsabilizaccedilatildeo do outro falta agrave comunidade assumir que o problema da

dengue natildeo eacute do meu vizinho mas eacute de todos

Lotes sujos falta cobranccedila por parte do poder puacuteblico aos proprietaacuterios de

terrenos vazios que mantenham os lotes limpos e conservados

56 Sexto Passo Desenho de Operaccedilotildees para os ldquoNoacutes Criacuteticosrdquo do Problema

Como soluccedilatildeo dos ldquonoacutes criacuteticosrdquo foram apresentadas as seguintes propostas

contidas no Quadro 6 a seguir

Quadro 6 ndash Desenho das Operaccedilotildees para os Noacutes Criacuteticos Selecionados

ldquoNoacute

Criacuteticordquo

Operaccedilatildeo

Projeto

Resultados

Esperados

Produtos

Esperados

Recursos

Necessaacuterios

Lixo nas ruas Reeducaccedilatildeo conscientizaccedilatildeo ambiental

Ausecircncia de lixo nas ruas e lotes vazios

Bairro limpo sem dengue

Datashow e computador

Responsabiliza ccedilatildeo do outro

Conscientizaccedilatildeo

sobre sauacutede

coletiva

Que todos

unidos com

objetivo de

diminuir os

casos de

dengue

Reduccedilatildeo da

doenccedila

Datashow e computador Panfletos informativos

Lotes sujos Limpeza de

lotes e terrenos

Lotes limpos

e sem focos

da dengue

Diminuiccedilatildeo

do nuacutemero do

mosquito

transmissor

da dengue

Palestras sobre

conservaccedilatildeo

dos terrenos e

lotes vazios

Fiscalizaccedilatildeo da

prefeitura

57 Seacutetimo Passo Identificaccedilatildeo dos Recursos Criacuteticos

35

Para iniacutecio das operaccedilotildees foram apresentados os recursos necessaacuterios e

indispensaacuteveis para o sucesso do processo

Quadro 7 ndash Identificaccedilatildeo dos Recursos Criacuteticos

Operaccedilatildeo

Projeto

Recursos Criacuteticos

Controle dos recursos criacuteticos

Accedilatildeo estrateacutegica

Ator que controla

Motivaccedilatildeo

ldquoMutiratildeo da

limpezardquo

realizar um dia

por mecircs para

limpeza em

parceria com a

populaccedilatildeo

Poliacutetico Veiculo e pessoal para limpeza das ruas

Empresa Municipal de Obras Puacuteblicas

Evitar que lixo se acumule nas ruas

Criaccedilatildeo do dia da limpeza e apresentaccedilatildeo da administraccedilatildeo para apreciaccedilatildeo

ldquoFora Denguerdquo Intensificaccedilatildeo das accedilotildees educativas nas escolas e nos grupos e associaccedilatildeo de bairro

Poliacutetico Articulaccedilatildeo interssetorial Financeiro Disponibilizaccedilatildeo de material informativo

Secretaria Municipal de Sauacutede Secretaria Municipal de Educaccedilatildeo Associaccedilatildeo de bairros

Despertar na comunidade a consciecircncia de sauacutede coletiva

Despertar nos discentes e na comunidade o desejo de erradicar os focos da dengue

ldquoMapeamento

dos lotes sujosrdquo

Realizar o

mapeamento

dos terrenos

sujos

Poliacutetico Notificar os

proprietaacuterios para limpeza do

terreno Financeiro

Recurso para impressatildeo das

notificaccedilotildees

Secretaria Municipal de

Sauacutede

Evitar que as pessoas joguem lixo e entulho em lotes vagos

Conservaccedilatildeo e limpeza dos lotes vazios

58 Oitavo Passo Anaacutelise de Viabilidade do Plano

A proposta a seguir (Quadro 3) apresenta a motivaccedilatildeo para a viabilidade do plano

visto que alguns dos recursos necessaacuterios fogem agrave governabilidade da ESF

36

Quadro 8 ndash Viabilidade do Plano

Operaccedilatildeo

Projeto

Recursos Criacuteticos

Controle dos recursos criacuteticos

Accedilatildeo estrateacutegica

Ator que controla

Motivaccedilatildeo

ldquoMutiratildeo da

limpezardquo

realizar um dia

por mecircs para

limpeza em

parceria com a

populaccedilatildeo

Poliacutetico Veiculo e pessoal para limpeza das ruas

Empresa Municipal de Obras Puacuteblicas

Favoraacutevel Criaccedilatildeo do dia da limpeza e apresentaccedilatildeo agrave administraccedilatildeo para apreciaccedilatildeo

ldquoFora Denguerdquo Intensificaccedilatildeo das accedilotildees educativas nas escolas e nos grupos e associaccedilatildeo de bairro

Poliacutetico Articulaccedilatildeo interssetorial Financeiro Disponibilizaccedilatildeo de material informativo

Secretaria Municipal de Sauacutede Secretaria Municipal de Educaccedilatildeo Associaccedilatildeo de bairros

Favoraacutevel

Despertar nos escolares e na comunidade o desejo de erradicar os focos da dengue

ldquoMapeamento

dos lotes sujosrdquo

Realizar o

mapeamento

dos terrenos

sujos

Poliacutetico Notificar os

proprietaacuterios para limpeza do

terreno Financeiro

Recurso para impressatildeo das

notificaccedilotildees

Secretaria Municipal de

Sauacutede

Indiferente

Conservaccedilatildeo e limpeza dos lotes vazios

37

59 Nono Passo Elaboraccedilatildeo do Plano Operativo

A proposta a seguir no Quadro 9 identifica os atores envolvidos lhes atribuiacutedo

responsabilidades e prazos a cumprir

Quadro 9 ndash Plano Operativo

Operaccedilotildees Resultados Accedilotildees Estrateacutegicas

Responsaacutevel Prazo

ldquoMutiratildeo da limpezardquo realizar um dia por mecircs para limpeza em parceria com a populaccedilatildeo

Limpeza das ruas

e quintais

Coleta de lixo

das ruas Incentivo a limpeza de

lotes e quintais

Equipe de ACS

Durante todo ano

ldquoFora Denguerdquo Intensificaccedilatildeo das accedilotildees educativas nas escolas e nos grupos e associaccedilatildeo de bairro

Uma comunidade

consciente das suas

responsabilidades

Insistir e reforccedilar com

accedilotildees educativas para que

populaccedilatildeo mantenha as ruas limpas e coloque o lixo

para ser recolhido

Enfermeiro ESF

Durante todo o ano

ldquoMapeamento dos lotes

sujosrdquo Realizar o

mapeamento dos terrenos

sujos

Identificar os focos e eliminaacute-

los

Criaccedilatildeo de um mapa onde ocorreram focos do mosquito

ACS e

Enfermeiro

Trecircs meses

510 Deacutecimo Passo Gestatildeo do Plano

Com a gestatildeo do plano eacute possiacutevel aos responsaacuteveis acompanhar e monitorar as

accedilotildees avaliando e sempre que necessaacuterio readequando as eventuais falhas do

processo

38

Quadro 10ndash Gestatildeo do Plano

Produtos Responsaacutevel Prazo Situaccedilatildeo Atual

Justificativa Novo Prazo

ldquoMutiratildeo da

limpezardquo

realizar um

dia por mecircs

para limpeza

em parceria

com a

populaccedilatildeo

Enfermeiro da ESF

Inicio imediatamente

(logo apoacutes apresentaccedilatildeo

do projeto)

ldquoFora Denguerdquo Intensificaccedilatildeo das accedilotildees educativas nas escolas e nos grupos e associaccedilatildeo de bairro

Enfermeiro Provab

Durante todo ano

ldquoMapeamento

dos lotes

sujosrdquo

Realizar o

mapeamento

dos terrenos

sujos

ECS e Equipe

de Epidemiologia

Um mecircs para

inicio das atividades

Aleacutem dos 10 passos do Planejamento Estrateacutegico Situacional optei por incluir outros

02 passos que tecircm a finalidade de contribuir para o processo de avaliaccedilatildeo da

Proposta de Intervenccedilatildeo Estatildeo contidos nos itens 511 e 512 a seguir

511 Avaliaccedilatildeo dos Resultados

O instrumento para avaliaccedilatildeo seraacute o Sistema de Informaccedilotildees de Agravos de

Notificaccedilatildeo ndash SINAN

ldquoque tem por objetivo o registro e processamento dos dados sobre agravos

de notificaccedilatildeo em todo o territoacuterio nacional fornecendo informaccedilotildees para

anaacutelise do perfil da morbidade e contribuindo desta forma para a tomada

de decisotildees em niacutevel municipal estadual e federalrdquo (IBGE 2014)

39

Segundo Moraes e Duarte (2009) o SINAN tem sido principal fonte de dados

para coordenaccedilatildeo das accedilotildees de vigilacircncia epidemioloacutegica tanto no sentido de

controle da doenccedila quando como fonte de pesquisa

512 Resultados Eesperados

O resultado esperado eacute

Estabelecer a construccedilatildeo de conhecimento que favoreccedila o autocuidado e a

capacidade de emancipaccedilatildeo da comunidade criando um ambiente seguro com

ecircnfase na educaccedilatildeo e sauacutede com vistas agrave reduccedilatildeo dos casos de dengue na

populaccedilatildeo adscrita da UBS Santos Dumont

40

6 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

O Programa de Valorizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Baacutesica (PROVAB) abriu muitos

caminhos para um horizonte promissor no desenvolvimento da promoccedilatildeo da sauacutede

e da prevenccedilatildeo no campo de atuaccedilatildeo do Programa Sauacutede na Escola criando um

viacutenculo de amizade e confianccedila uma verdadeira parceria com os alunos essencial

na construccedilatildeo de uma sociedade consciente e capaz de cuidar da sua sauacutede de

maneira preventiva loacutegica essa defendida pelo Sistema Uacutenico de Sauacutede

Para noacutes enfermeiros eacute oportunidade de ampliar o horizonte de atuaccedilatildeo

ensinando e aprendendo com o comportamento das crianccedilas dos adolescentes e

jovens vendo de maneira impar o grande desafio da educaccedilatildeo em formar cidadatildeos

com mais sauacutede Como gratificaccedilatildeo recebemos o reconhecimento dos alunos

professores e diretores algo que fica marcado para sempre na formaccedilatildeo do

profissional os laccedilos de confianccedila amizade e reconhecimento satildeo a maior

recompensa e certeza de missatildeo cumprida

Como a Equipe de Sauacutede da Famiacutelia tem como principal objetivo trabalhar na

prevenccedilatildeo de doenccedilas e agravos criando viacutenculos com a clientela a missatildeo de

promover a emancipaccedilatildeo de seus usuaacuterios com ecircnfase no autocuidado exige de

noacutes muita articulaccedilatildeo e intensificaccedilatildeo de accedilotildees educativas Especificamente no caso

da dengue o cumprimento desta missatildeo pode evitar que as constantes epidemias

se tornem parte do cotidiano das pessoas auxiliando os moradores da comunidade

na adoccedilatildeo de medidas responsaacuteveis que visem o cuidado com a sua sauacutede e da

sauacutede da comunidade

Neste sentido a educaccedilatildeo em sauacutede desempenha um papel importante em

manter a comunidade sempre vigilante e em alerta pois o perigo eacute eminente e vive

dentro dos lares das pessoas esperando apenas o momento oportuno e condiccedilotildees

favoraacuteveis para transmitir a dengue

O trabalho dos agentes de controle de endemias e da ESF deve ser

constante focado na eliminaccedilatildeo dos criadouros do mosquito transmissor da dengue

A comunidade deve colaborar com livre acesso dos agentes agraves residecircncias na

colaboraccedilatildeo para eliminaccedilatildeo dos focos nos domiciacutelios e peridomiciacutelios e

multiplicaccedilatildeo das informaccedilotildees sobre o ciclo de vida do vetor entre os vizinhos

amigos e parentes informando que todos estatildeo expostos agrave doenccedila e a mudanccedila de

comportamento pode diminuir os riscos de contrair a dengue

41

Ao poder puacuteblico eacute necessaacuterio adotar um planejamento adequado para

garantir aos cidadatildeos a infraestrutura miacutenima necessaacuteria para viver em comunidade

serviccedilos essenciais como saneamento coleta de lixo e mobilidade que favorecem a

criaccedilatildeo de um ambiente seguro com sauacutede e qualidade de vida

42

REFEREcircNCIAS

ALMEIDA M CM et al Dinacircmica intra-urbana das epidemias de dengue em Belo Horizonte Minas Gerais Brasil 1996-2002 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2008 vol24 n10 pp 2385-2395 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv24n1019pdf Acesso em 02 de out de 2014 ALVES V S A Um modelo de educaccedilatildeo em sauacutede para o Programa Sauacutede da Famiacutelia pela integralidade da atenccedilatildeo e reorientaccedilatildeo do modelo assistencial Interface - Comunic Sauacutede Educ v9 n16 p39-52 set2004fev2005 Disponiacutevel em httpswwwnesconmedicinaufmgbrbibliotecaimagem0303pdf Acesso de jun de 2014 BACKES DS et al (2012) O papel profissional do enfermeiro no Sistema Uacutenico de Sauacutede da sauacutede comunitaacuteria agrave estrateacutegia de sauacutede da famiacutelia Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva

17(1)223-230 2012 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcscv17n1a24v17n1pdf Acesso em 12 de jan 2015 BRASIL Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sauacutede Consulta Estabelecimento - Modulo Profissional - Profissional por Estabelecimento Disponiacutevel em httpcnesdatasusgovbrMod_ProfissionalaspVCo_Unidade=3122302159651 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Cadernos de Informaccedilotildees de Sauacutede Minas Gerais DATASUS TABNET (2010) Disponiacutevel em httptabnetdatasusgovbrtabdatacadernosmghtm Acesso em16 de maio de 2014 BRASIL Dengue - instruccedilotildees para pessoal de combate ao vetor Manual de Normas teacutecnicas - 3 ed rev - Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede 2001 84 p il 30 cm Disponiacutevel em httpbvsmssaudegovbrbvspublicacoesfunasaman_denguepdf acesso em 15 de out de 2014 BRASIL Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz Vetor da dengue na Aacutesia A albopictus eacute alvo de estudos Publicada em 18122008 agraves 1249 Disponiacutevel em httpwwwfiocruzbrioccgicgiluaexesysstarthtminfoid=576ampsid=32amptpl=printerview Acesso em 12 de jan de 2015 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Censo demograacutefico 2010 sinopse Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=1ampsearch=minas-gerais|divinopolis|censo-demografico-2010-sinopse- Acesso em 15 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Divinoacutepolis morbidades hospitalares ndash 2012 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=114ampsearch=minas-gerais|divinopolis|morbidades-hospitalares-2012 Acesso em 12 de maio de 2014

43

BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estaacutetica Divisatildeo Territorial do Brasil e Limites Territoriais Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE) (1 de julho de 2008) Disponiacutevel em httpwwwibgegovbrhomegeocienciascartografiadefault_dtb_intshtm Acesso em16 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Ensino - matriacuteculas docentes e rede escolar ndash 2012 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=117ampsearch=minas-gerais|divinopolis|ensino-matriculas-docentes-e-rede-escolar-2012 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estaacutetica Histoacuterico do Municiacutepio disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrpainelhistoricophplang=ampcodmun=312230ampsearch=minas-gerais|divinopolis|infograficos-historico Acesso 10 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Informaccedilotildees completas Populaccedilatildeo em 2010 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrasperfilphplang=ampcodmun=312230 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Serviccedilos de sauacutede ndash 2009 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=5ampsearch=minas-gerais|divinopolis|servicos-de-saude-2009 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Sistema de informaccedilotildees de agravos de notificaccedilatildeo ndash SINAN Disponiacutevel em httpcesibgegovbrbase-de-dadosmetadadosministerio-da-saudesistema-de-informacoes-de-agravos-de-notificacao-sinan Acesso em 16 de Nov de 2014 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede Dengue aspectos epidemioloacutegicos diagnoacutestico e tratamento Ministeacuterio da Sauacutede Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede ndash Brasiacutelia Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede 2002 Disponiacutevel em httpbvsmssaudegovbrbvspublicacoesdengue_aspecto_epidemiologicos_diagnostico_tratamentopdf Acesso em 02 de out de 2014 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede FUNSA Programa Nacional de Combate a Dengue PNCD Disponiacutevel em httpbvsmssaudegovbrbvspublicacoespncd_2002pdf Acesso em 21 de jun de 2014 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portal Brasil Disponiacutevel em httpwwwbrasilgovbrsaude201311saude-libera-mais-de-r-360-mi-para-combate-a-dengue Acesso em 10 de Nov de 2014

44

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede Departamento de Vigilacircncia Epidemioloacutegica Diretrizes nacionais para prevenccedilatildeo e controle de epidemias de dengue Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede Departamento de Vigilacircncia Epidemioloacutegica ndash Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2009 160 p Disponiacutevel em httpwwwansgovbrportalimgemaildiretrizes_reimpressao_webpdf Acesso em 16 de Nov de 2014

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede (2014) Monitoramento dos casos de dengue e febre de chikungunya ateacute a Semana Epidemioloacutegica (SE) 53 de 2014 Dengue Boletim Epidemioloacutegico ISSN 2358-9450 Volume 46 Ndeg 3 ndash 2015 Disponiacutevel em httpportalsaudesaudegovbrimagespdf2015janeiro192015-002---BE-at---SE-53pdf Acesso em 22 mar de 2015 BRASILSINANONLINE e DVASVEASTSub VPSSES-MG (20122013) Disponiacutevel em httpwwwsaudemggovbrcomponentgmgstory6489-informe-epidemiologico-da-dengue-30-05-2014 Acesso em 08 de jun de 2014 CAMPOS FCC FARIA H P SANTOS MA Planejamento e avaliaccedilatildeo das accedilotildees em sauacutede Curso de Especializaccedilatildeo em Atenccedilatildeo Baacutesica em Sauacutede da Famiacutelia NESCONUFMG Curso de Especializaccedilatildeo em Atenccedilatildeo Baacutesica agrave Sauacutede da Famiacutelia 2ed Belo Horizonte NesconUFMG 2010 Disponiacutevel em lthttpswwwnesconmedicinaufmgbrbibliotecaregistroPlanejamento_e_avaliacao_das_acoes_de_saude_23gt Acesso em Dezembro 2014 DIVINOacutePOLIS Estatuto dos Conselhos Distritais de Sauacutede Conselho Municipal de Sauacutede 1998 DIVINOacutePOLIS Mapa da cidade Disponiacutevel em httpwwwdivinopolismggovbrportalpaginasgeograficosimagensmapadacidadepdf Acesso em 08 de jun de 2014 DIVINOPOLIS Secretaria Municipal de Sauacutede SEMUSA Sistema Integrado de Sauacutede Paciente Famiacutelia Acesso Local Acesso em 15 de maio de 2014 FERREIRA B J et al Evoluccedilatildeo histoacuterica dos programas de prevenccedilatildeo e controle da dengue no Brasil Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2009 vol14 n3 pp 961-972 ISSN 1413-8123 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcscv14n332pdf Acesso em 21 de jun de 2014 FERREIRA IT RN VERAS M A S M and SILVA RA Participaccedilatildeo da populaccedilatildeo no controle da dengue uma anaacutelise da sensibilidade dos planos de sauacutede de municiacutepios do Estado de Satildeo Paulo BrasilCad Sauacutede Puacuteblica [online] 2009 vol25 n12 pp 2683-2694 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielosporgpdfcspv25n1215pdf Acesso em 10 de out de 2014 FIGUEIREDO LT M OWA M A CARLUCCI R H and OLIVEIRA L de Estudo sobre o diagnoacutestico laboratorial e sintomas do dengue durante epidemia ocorrida na regiatildeo de Ribeiratildeo Preto SP Brasil Rev Inst Med trop S Paulo [online] 1992

45

vol34 n2 pp 121-130 ISSN 0036-4665 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfrimtspv34n2a07v34n2pdf Acesso em 13 ago de 2014 FIGUEIROacute AC et al Oacutebito por dengue como evento sentinela para avaliaccedilatildeo da qualidade da assistecircncia estudo de caso em dois municiacutepios da Regiatildeo Nordeste Brasil 2008 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2011 vol27 n12 pp 2373-2385 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv27n1209pdf Acesso em 12 de out de 2014 GIRAtildeO RV et al Educaccedilatildeo em sauacutede sobre a dengue contribuiccedilotildees para o desenvolvimento de competecircncias J res fundam care online 2014 janmar 6(1) 38-46 Disponiacutevel em httpwwwseeruniriobrindexphpcuidadofundamentalarticleview2659pdf_1043 Acesso em 21 de jun de 2014 GONCcedilALVES NETO V S et al Conhecimentos e atitudes da populaccedilatildeo sobre dengue no Municiacutepio de Satildeo Luiacutes Maranhatildeo Brasil 2004 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2006 vol22 n10 pp 2191-2200 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv22n1018pdf Acesso em 10 de out de 2014 LEFEVRE A MC et al Representaccedilotildees sobre dengue seu vetor e accedilotildees de controle por moradores do municiacutepio de Satildeo Sebastiatildeo litoral Norte do Estado de Satildeo Paulo Brasil Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2007 vol23 n7 pp 1696-1706 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv23n722pdf Acesso em 16 de out de 2014 LIMA E C VILASBOAS ALQ Implantaccedilatildeo das Accedilotildees Interssetoriais de Mobilizaccedilatildeo Social do Paraacute o Controle da dengue na Bahia Brasil Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2011 vol27 n8 pp 1507-1519 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv27n806pdf Acesso em 16 de out de 2014 MACHADO RM et al (2013) HISTORIA DA SAUacuteDE MENTAL DE DIVINOacutePOLIS-MG Revista de Enfermagem do Centro Oeste Mineiro 2013 maiago 3 (2) 752-760 httpwwwseerufsjedubrindexphprecomarticleview228439 Acesso em 08 de abr de 2015 MAYO R C et al BEPA - Boletim Epidemioloacutegico Paulista 8(88) 4-12 abr 2011 tab Graf Disponiacutevel em fileCUsersnoteDownloadsv8n88a0120(1)pdf Acesso em 12 de out de 2014 MINAS GERAIS Secretaria Estadual de Sauacutede Programa Estadual de Controle Permanente da Dengue SITUACcedilAtildeO ATUAL DA DENGUE EM MINAS GERAIS RESUMO INFORMATIVO - 15122014 Disponiacutevel em httpwwwsaudemggovbrimagesdocumentosAnaliseDengue15-12-2014pdf Acesso em 10 de jan de 2015 MINAS GERAIS Secretaria de Estado da Sauacutede de Minas Gerais Programa Sauacutede em Casa Disponiacutevel em httpwwwsaudemggovbrpoliacuteticas_de_saudeprograma-saude-em-casa Acesso em 10 de maio de 2014

46

MORAES GH and DUARTE E C Anaacutelise da concordacircncia dos dados de mortalidade por dengue em dois sistemas nacionais de informaccedilatildeo em sauacutede Brasil 2000-2005 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2009 vol25 n11 pp 2354-2364 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielosporgpdfcspv25n1106pdf Acesso em 29 de Nov de 2014 PENNA M L F Um desafio para a sauacutede puacuteblica brasileira o controle do dengue Cad Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro 19(1) 305-309 jan-fev 2003 Disponiacutevel em httpwwwscielosporgpdfcspv19n114932pdf Acesso em 21 de jun de 2014

PREFEITURA MUNICIPAL DE DIVINOacutePOLIS BALANCcedilO DA DENGUE Disponiacutevel em httpwwwdivinopolismggovbrportalnoticiaphpid=11507 Acesso em 19 jan de 2015

RIBEIRO P C SOUSA DC ARAUJO TME Perfil cliacutenico-epidemioloacutegico dos casos suspeitos de Dengue em um bairro da zona sul de Teresina PI Brasil Rev bras enferm [online] 2008 vol61 n2 pp 227-232 ISSN 0034-7167 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfrebenv61n2a13v61n2pdf Acesso em 28 de jul de 2014 VALENTE G SC et al Problematizaccedilatildeo Como Estrateacutegia de Educaccedilatildeo em Sauacutede no Combate a Dengue Um Relato de Experiecircncia R Pesq cuid Fundam Online 2012 outdez 4(4)2987-94 Disponiacutevel em httpwwwseeruniriobrindexphpcuidadofundamentalarticleview1888pdf_641 Acesso em 08 jun de 2014 TEIXEIRA LAS et al Persistecircncia dos sintomas de dengue em uma populaccedilatildeo de Uberaba Minas Gerais Brasil Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2010 vol26 n3 pp 624-630 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv26n319pdf Acesso em 16 de out de 2014

Page 32: PLANO DE AÇÃO NO COMBATE A DENGUE: EDUCAR PARA EVITAR · 2019-11-14 · The Divinopolis follows the same trend, with 4680 notifications and 4139 confirmed ... banhado pelas bacias

32

5 PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO

O diagnoacutestico situacional foi realizado com base nas informaccedilotildees contidas em

dados oficiais do IBGE do Sistema Integrado de Sauacutede e embasado no relato dos

problemas levantados pela Equipe de Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia da UBS

Santos Dumont

Foi utilizado o Planejamento Estrateacutegico Situacional ndash PES como referecircncia

para a proposta de intervenccedilatildeo Este meacutetodo possibilita que os atores atraveacutes de

sua proacutepria visatildeo identifiquem as causas possiacuteveis dos problemas como nascem e

se desenvolvem A partir deste ponto de vista podem propor soluccedilotildees para atacar

suas causas e a viabilidade destas soluccedilotildees (CAMPOS FARIA SANTOS 2010)

Assim a partir do diagnoacutestico situacional os 10 passos segundo os autores

mencionados e suas atividades satildeo descritas a seguir

51 Primeiro Passo Definiccedilatildeo dos Problemas

Hipertensatildeo Arterial

Diabetes

Drogas

Gravidez na Adolescecircncia

Dengue

Transtorno Depressivo

Doenccedilas Sexualmente Transmissiacuteveis AIDS

Falta de Saneamento Baacutesico

52 Segundo Passo Priorizaccedilatildeo dos Problemas

Dengue

Falta de Saneamento Baacutesico

53 Terceiro Passo Descriccedilatildeo do Problema Selecionado

Segundo o Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2002) o nosso paiacutes eacute

predominantemente de clima tropical e este eacute um ambiente favoraacutevel agrave proliferaccedilatildeo

do mosquito aedes aegypti principal transmissor da dengue em nosso continente A

33

doenccedila eacute a uma arbovirose transmitida por um artroacutepode que pode apresentar-se

de forma benigna claacutessica ou grave na forma de febre hemorraacutegica

Durante o ano de 2014 segundo o Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2014) mais

meio milhatildeo de casos da doenccedila (591080) 528 soacute na regiatildeo Sudeste em Minas

Gerais foram 59222 com 45 oacutebitos confirmados em Divinoacutepolis segundo a

Secretaria Municipal de Sauacutede (2014) ocorreram 4680 notificaccedilotildees de casos da

doenccedila e confirmados 4139 casos de dengue com 06 oacutebitos sendo que os bairros

Nossa Senhora das Graccedilas Centro Satildeo Joseacute Interlagos Niteroacutei Porto Velho

Planalto Santos Dumont Belvedere e Bom Pastor foram responsaacuteveis por 3027

dos casos de dengue da cidade

Ferreira et al (2009) Lima e Vilasboas (2011) chamam a atenccedilatildeo para a falta

de saneamento baacutesico como um fator agravante que pode elevar a multiplicaccedilatildeo do

vetor da doenccedila Para Gonccedilalves Neto et al (2006) as condiccedilotildees sanitaacuterias

prejudicadas o crescimento desordenado levaram agrave raacutepida adaptaccedilatildeo do vetor agraves

residecircncias causando a disseminaccedilatildeo do viacuterus Tais situaccedilotildees satildeo rotineiras na

populaccedilatildeo adscrita da UBS Santos Dumont

54 Quarto passo Explicaccedilatildeo do Problema

A explicaccedilatildeo para o problema selecionado foi qualificado do ponto de vista

social coletivo e individual

Niacutevel Social Refere-se agrave ausecircncia de poliacuteticas puacuteblicas para melhoria de qualidade

de vida da populaccedilatildeo que convive com a ausecircncia de saneamento baacutesico esgoto a

ceacuteu aberto falta de coleta seletiva e lixo acumulado nas ruas e terrenos baldios

Niacutevel Coletivo Falta de consciecircncia da gravidade da doenccedila que pode acometer a

qualquer pessoa e todas as faixas etaacuterias falta de colaboraccedilatildeo entre os vizinhos que

sempre potildeem a culpa das maacutes condiccedilotildees uns nos outros mas ningueacutem assume a

responsabilidade pelo seu quintal

Niacutevel Individual Falta de compromisso pois segundo dados da SEMUSA

(DIVINOacutePOLIS 2014) 9415 dos focos de Dengue estatildeo dentro das residecircncias

esses focos foram identificados em vasilhas de aacutegua para cachorro galinha calhas

mal projetadas e caixas drsquoaacutegua sem tampa

55 Quinto Passo Seleccedilatildeo dos ldquoNoacutes Criacuteticosrdquo

34

Foram selecionados os seguintes ldquonoacutes criacuteticosrdquo que podem ter relaccedilatildeo direta com o

alto nuacutemero de casos de dengue

Lixo nas ruas falta de conscientizaccedilatildeo da populaccedilatildeo para evitar descarte

incorreto de lixo nas ruas e terrenos baldios

Responsabilizaccedilatildeo do outro falta agrave comunidade assumir que o problema da

dengue natildeo eacute do meu vizinho mas eacute de todos

Lotes sujos falta cobranccedila por parte do poder puacuteblico aos proprietaacuterios de

terrenos vazios que mantenham os lotes limpos e conservados

56 Sexto Passo Desenho de Operaccedilotildees para os ldquoNoacutes Criacuteticosrdquo do Problema

Como soluccedilatildeo dos ldquonoacutes criacuteticosrdquo foram apresentadas as seguintes propostas

contidas no Quadro 6 a seguir

Quadro 6 ndash Desenho das Operaccedilotildees para os Noacutes Criacuteticos Selecionados

ldquoNoacute

Criacuteticordquo

Operaccedilatildeo

Projeto

Resultados

Esperados

Produtos

Esperados

Recursos

Necessaacuterios

Lixo nas ruas Reeducaccedilatildeo conscientizaccedilatildeo ambiental

Ausecircncia de lixo nas ruas e lotes vazios

Bairro limpo sem dengue

Datashow e computador

Responsabiliza ccedilatildeo do outro

Conscientizaccedilatildeo

sobre sauacutede

coletiva

Que todos

unidos com

objetivo de

diminuir os

casos de

dengue

Reduccedilatildeo da

doenccedila

Datashow e computador Panfletos informativos

Lotes sujos Limpeza de

lotes e terrenos

Lotes limpos

e sem focos

da dengue

Diminuiccedilatildeo

do nuacutemero do

mosquito

transmissor

da dengue

Palestras sobre

conservaccedilatildeo

dos terrenos e

lotes vazios

Fiscalizaccedilatildeo da

prefeitura

57 Seacutetimo Passo Identificaccedilatildeo dos Recursos Criacuteticos

35

Para iniacutecio das operaccedilotildees foram apresentados os recursos necessaacuterios e

indispensaacuteveis para o sucesso do processo

Quadro 7 ndash Identificaccedilatildeo dos Recursos Criacuteticos

Operaccedilatildeo

Projeto

Recursos Criacuteticos

Controle dos recursos criacuteticos

Accedilatildeo estrateacutegica

Ator que controla

Motivaccedilatildeo

ldquoMutiratildeo da

limpezardquo

realizar um dia

por mecircs para

limpeza em

parceria com a

populaccedilatildeo

Poliacutetico Veiculo e pessoal para limpeza das ruas

Empresa Municipal de Obras Puacuteblicas

Evitar que lixo se acumule nas ruas

Criaccedilatildeo do dia da limpeza e apresentaccedilatildeo da administraccedilatildeo para apreciaccedilatildeo

ldquoFora Denguerdquo Intensificaccedilatildeo das accedilotildees educativas nas escolas e nos grupos e associaccedilatildeo de bairro

Poliacutetico Articulaccedilatildeo interssetorial Financeiro Disponibilizaccedilatildeo de material informativo

Secretaria Municipal de Sauacutede Secretaria Municipal de Educaccedilatildeo Associaccedilatildeo de bairros

Despertar na comunidade a consciecircncia de sauacutede coletiva

Despertar nos discentes e na comunidade o desejo de erradicar os focos da dengue

ldquoMapeamento

dos lotes sujosrdquo

Realizar o

mapeamento

dos terrenos

sujos

Poliacutetico Notificar os

proprietaacuterios para limpeza do

terreno Financeiro

Recurso para impressatildeo das

notificaccedilotildees

Secretaria Municipal de

Sauacutede

Evitar que as pessoas joguem lixo e entulho em lotes vagos

Conservaccedilatildeo e limpeza dos lotes vazios

58 Oitavo Passo Anaacutelise de Viabilidade do Plano

A proposta a seguir (Quadro 3) apresenta a motivaccedilatildeo para a viabilidade do plano

visto que alguns dos recursos necessaacuterios fogem agrave governabilidade da ESF

36

Quadro 8 ndash Viabilidade do Plano

Operaccedilatildeo

Projeto

Recursos Criacuteticos

Controle dos recursos criacuteticos

Accedilatildeo estrateacutegica

Ator que controla

Motivaccedilatildeo

ldquoMutiratildeo da

limpezardquo

realizar um dia

por mecircs para

limpeza em

parceria com a

populaccedilatildeo

Poliacutetico Veiculo e pessoal para limpeza das ruas

Empresa Municipal de Obras Puacuteblicas

Favoraacutevel Criaccedilatildeo do dia da limpeza e apresentaccedilatildeo agrave administraccedilatildeo para apreciaccedilatildeo

ldquoFora Denguerdquo Intensificaccedilatildeo das accedilotildees educativas nas escolas e nos grupos e associaccedilatildeo de bairro

Poliacutetico Articulaccedilatildeo interssetorial Financeiro Disponibilizaccedilatildeo de material informativo

Secretaria Municipal de Sauacutede Secretaria Municipal de Educaccedilatildeo Associaccedilatildeo de bairros

Favoraacutevel

Despertar nos escolares e na comunidade o desejo de erradicar os focos da dengue

ldquoMapeamento

dos lotes sujosrdquo

Realizar o

mapeamento

dos terrenos

sujos

Poliacutetico Notificar os

proprietaacuterios para limpeza do

terreno Financeiro

Recurso para impressatildeo das

notificaccedilotildees

Secretaria Municipal de

Sauacutede

Indiferente

Conservaccedilatildeo e limpeza dos lotes vazios

37

59 Nono Passo Elaboraccedilatildeo do Plano Operativo

A proposta a seguir no Quadro 9 identifica os atores envolvidos lhes atribuiacutedo

responsabilidades e prazos a cumprir

Quadro 9 ndash Plano Operativo

Operaccedilotildees Resultados Accedilotildees Estrateacutegicas

Responsaacutevel Prazo

ldquoMutiratildeo da limpezardquo realizar um dia por mecircs para limpeza em parceria com a populaccedilatildeo

Limpeza das ruas

e quintais

Coleta de lixo

das ruas Incentivo a limpeza de

lotes e quintais

Equipe de ACS

Durante todo ano

ldquoFora Denguerdquo Intensificaccedilatildeo das accedilotildees educativas nas escolas e nos grupos e associaccedilatildeo de bairro

Uma comunidade

consciente das suas

responsabilidades

Insistir e reforccedilar com

accedilotildees educativas para que

populaccedilatildeo mantenha as ruas limpas e coloque o lixo

para ser recolhido

Enfermeiro ESF

Durante todo o ano

ldquoMapeamento dos lotes

sujosrdquo Realizar o

mapeamento dos terrenos

sujos

Identificar os focos e eliminaacute-

los

Criaccedilatildeo de um mapa onde ocorreram focos do mosquito

ACS e

Enfermeiro

Trecircs meses

510 Deacutecimo Passo Gestatildeo do Plano

Com a gestatildeo do plano eacute possiacutevel aos responsaacuteveis acompanhar e monitorar as

accedilotildees avaliando e sempre que necessaacuterio readequando as eventuais falhas do

processo

38

Quadro 10ndash Gestatildeo do Plano

Produtos Responsaacutevel Prazo Situaccedilatildeo Atual

Justificativa Novo Prazo

ldquoMutiratildeo da

limpezardquo

realizar um

dia por mecircs

para limpeza

em parceria

com a

populaccedilatildeo

Enfermeiro da ESF

Inicio imediatamente

(logo apoacutes apresentaccedilatildeo

do projeto)

ldquoFora Denguerdquo Intensificaccedilatildeo das accedilotildees educativas nas escolas e nos grupos e associaccedilatildeo de bairro

Enfermeiro Provab

Durante todo ano

ldquoMapeamento

dos lotes

sujosrdquo

Realizar o

mapeamento

dos terrenos

sujos

ECS e Equipe

de Epidemiologia

Um mecircs para

inicio das atividades

Aleacutem dos 10 passos do Planejamento Estrateacutegico Situacional optei por incluir outros

02 passos que tecircm a finalidade de contribuir para o processo de avaliaccedilatildeo da

Proposta de Intervenccedilatildeo Estatildeo contidos nos itens 511 e 512 a seguir

511 Avaliaccedilatildeo dos Resultados

O instrumento para avaliaccedilatildeo seraacute o Sistema de Informaccedilotildees de Agravos de

Notificaccedilatildeo ndash SINAN

ldquoque tem por objetivo o registro e processamento dos dados sobre agravos

de notificaccedilatildeo em todo o territoacuterio nacional fornecendo informaccedilotildees para

anaacutelise do perfil da morbidade e contribuindo desta forma para a tomada

de decisotildees em niacutevel municipal estadual e federalrdquo (IBGE 2014)

39

Segundo Moraes e Duarte (2009) o SINAN tem sido principal fonte de dados

para coordenaccedilatildeo das accedilotildees de vigilacircncia epidemioloacutegica tanto no sentido de

controle da doenccedila quando como fonte de pesquisa

512 Resultados Eesperados

O resultado esperado eacute

Estabelecer a construccedilatildeo de conhecimento que favoreccedila o autocuidado e a

capacidade de emancipaccedilatildeo da comunidade criando um ambiente seguro com

ecircnfase na educaccedilatildeo e sauacutede com vistas agrave reduccedilatildeo dos casos de dengue na

populaccedilatildeo adscrita da UBS Santos Dumont

40

6 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

O Programa de Valorizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Baacutesica (PROVAB) abriu muitos

caminhos para um horizonte promissor no desenvolvimento da promoccedilatildeo da sauacutede

e da prevenccedilatildeo no campo de atuaccedilatildeo do Programa Sauacutede na Escola criando um

viacutenculo de amizade e confianccedila uma verdadeira parceria com os alunos essencial

na construccedilatildeo de uma sociedade consciente e capaz de cuidar da sua sauacutede de

maneira preventiva loacutegica essa defendida pelo Sistema Uacutenico de Sauacutede

Para noacutes enfermeiros eacute oportunidade de ampliar o horizonte de atuaccedilatildeo

ensinando e aprendendo com o comportamento das crianccedilas dos adolescentes e

jovens vendo de maneira impar o grande desafio da educaccedilatildeo em formar cidadatildeos

com mais sauacutede Como gratificaccedilatildeo recebemos o reconhecimento dos alunos

professores e diretores algo que fica marcado para sempre na formaccedilatildeo do

profissional os laccedilos de confianccedila amizade e reconhecimento satildeo a maior

recompensa e certeza de missatildeo cumprida

Como a Equipe de Sauacutede da Famiacutelia tem como principal objetivo trabalhar na

prevenccedilatildeo de doenccedilas e agravos criando viacutenculos com a clientela a missatildeo de

promover a emancipaccedilatildeo de seus usuaacuterios com ecircnfase no autocuidado exige de

noacutes muita articulaccedilatildeo e intensificaccedilatildeo de accedilotildees educativas Especificamente no caso

da dengue o cumprimento desta missatildeo pode evitar que as constantes epidemias

se tornem parte do cotidiano das pessoas auxiliando os moradores da comunidade

na adoccedilatildeo de medidas responsaacuteveis que visem o cuidado com a sua sauacutede e da

sauacutede da comunidade

Neste sentido a educaccedilatildeo em sauacutede desempenha um papel importante em

manter a comunidade sempre vigilante e em alerta pois o perigo eacute eminente e vive

dentro dos lares das pessoas esperando apenas o momento oportuno e condiccedilotildees

favoraacuteveis para transmitir a dengue

O trabalho dos agentes de controle de endemias e da ESF deve ser

constante focado na eliminaccedilatildeo dos criadouros do mosquito transmissor da dengue

A comunidade deve colaborar com livre acesso dos agentes agraves residecircncias na

colaboraccedilatildeo para eliminaccedilatildeo dos focos nos domiciacutelios e peridomiciacutelios e

multiplicaccedilatildeo das informaccedilotildees sobre o ciclo de vida do vetor entre os vizinhos

amigos e parentes informando que todos estatildeo expostos agrave doenccedila e a mudanccedila de

comportamento pode diminuir os riscos de contrair a dengue

41

Ao poder puacuteblico eacute necessaacuterio adotar um planejamento adequado para

garantir aos cidadatildeos a infraestrutura miacutenima necessaacuteria para viver em comunidade

serviccedilos essenciais como saneamento coleta de lixo e mobilidade que favorecem a

criaccedilatildeo de um ambiente seguro com sauacutede e qualidade de vida

42

REFEREcircNCIAS

ALMEIDA M CM et al Dinacircmica intra-urbana das epidemias de dengue em Belo Horizonte Minas Gerais Brasil 1996-2002 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2008 vol24 n10 pp 2385-2395 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv24n1019pdf Acesso em 02 de out de 2014 ALVES V S A Um modelo de educaccedilatildeo em sauacutede para o Programa Sauacutede da Famiacutelia pela integralidade da atenccedilatildeo e reorientaccedilatildeo do modelo assistencial Interface - Comunic Sauacutede Educ v9 n16 p39-52 set2004fev2005 Disponiacutevel em httpswwwnesconmedicinaufmgbrbibliotecaimagem0303pdf Acesso de jun de 2014 BACKES DS et al (2012) O papel profissional do enfermeiro no Sistema Uacutenico de Sauacutede da sauacutede comunitaacuteria agrave estrateacutegia de sauacutede da famiacutelia Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva

17(1)223-230 2012 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcscv17n1a24v17n1pdf Acesso em 12 de jan 2015 BRASIL Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sauacutede Consulta Estabelecimento - Modulo Profissional - Profissional por Estabelecimento Disponiacutevel em httpcnesdatasusgovbrMod_ProfissionalaspVCo_Unidade=3122302159651 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Cadernos de Informaccedilotildees de Sauacutede Minas Gerais DATASUS TABNET (2010) Disponiacutevel em httptabnetdatasusgovbrtabdatacadernosmghtm Acesso em16 de maio de 2014 BRASIL Dengue - instruccedilotildees para pessoal de combate ao vetor Manual de Normas teacutecnicas - 3 ed rev - Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede 2001 84 p il 30 cm Disponiacutevel em httpbvsmssaudegovbrbvspublicacoesfunasaman_denguepdf acesso em 15 de out de 2014 BRASIL Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz Vetor da dengue na Aacutesia A albopictus eacute alvo de estudos Publicada em 18122008 agraves 1249 Disponiacutevel em httpwwwfiocruzbrioccgicgiluaexesysstarthtminfoid=576ampsid=32amptpl=printerview Acesso em 12 de jan de 2015 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Censo demograacutefico 2010 sinopse Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=1ampsearch=minas-gerais|divinopolis|censo-demografico-2010-sinopse- Acesso em 15 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Divinoacutepolis morbidades hospitalares ndash 2012 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=114ampsearch=minas-gerais|divinopolis|morbidades-hospitalares-2012 Acesso em 12 de maio de 2014

43

BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estaacutetica Divisatildeo Territorial do Brasil e Limites Territoriais Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE) (1 de julho de 2008) Disponiacutevel em httpwwwibgegovbrhomegeocienciascartografiadefault_dtb_intshtm Acesso em16 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Ensino - matriacuteculas docentes e rede escolar ndash 2012 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=117ampsearch=minas-gerais|divinopolis|ensino-matriculas-docentes-e-rede-escolar-2012 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estaacutetica Histoacuterico do Municiacutepio disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrpainelhistoricophplang=ampcodmun=312230ampsearch=minas-gerais|divinopolis|infograficos-historico Acesso 10 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Informaccedilotildees completas Populaccedilatildeo em 2010 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrasperfilphplang=ampcodmun=312230 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Serviccedilos de sauacutede ndash 2009 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=5ampsearch=minas-gerais|divinopolis|servicos-de-saude-2009 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Sistema de informaccedilotildees de agravos de notificaccedilatildeo ndash SINAN Disponiacutevel em httpcesibgegovbrbase-de-dadosmetadadosministerio-da-saudesistema-de-informacoes-de-agravos-de-notificacao-sinan Acesso em 16 de Nov de 2014 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede Dengue aspectos epidemioloacutegicos diagnoacutestico e tratamento Ministeacuterio da Sauacutede Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede ndash Brasiacutelia Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede 2002 Disponiacutevel em httpbvsmssaudegovbrbvspublicacoesdengue_aspecto_epidemiologicos_diagnostico_tratamentopdf Acesso em 02 de out de 2014 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede FUNSA Programa Nacional de Combate a Dengue PNCD Disponiacutevel em httpbvsmssaudegovbrbvspublicacoespncd_2002pdf Acesso em 21 de jun de 2014 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portal Brasil Disponiacutevel em httpwwwbrasilgovbrsaude201311saude-libera-mais-de-r-360-mi-para-combate-a-dengue Acesso em 10 de Nov de 2014

44

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede Departamento de Vigilacircncia Epidemioloacutegica Diretrizes nacionais para prevenccedilatildeo e controle de epidemias de dengue Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede Departamento de Vigilacircncia Epidemioloacutegica ndash Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2009 160 p Disponiacutevel em httpwwwansgovbrportalimgemaildiretrizes_reimpressao_webpdf Acesso em 16 de Nov de 2014

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede (2014) Monitoramento dos casos de dengue e febre de chikungunya ateacute a Semana Epidemioloacutegica (SE) 53 de 2014 Dengue Boletim Epidemioloacutegico ISSN 2358-9450 Volume 46 Ndeg 3 ndash 2015 Disponiacutevel em httpportalsaudesaudegovbrimagespdf2015janeiro192015-002---BE-at---SE-53pdf Acesso em 22 mar de 2015 BRASILSINANONLINE e DVASVEASTSub VPSSES-MG (20122013) Disponiacutevel em httpwwwsaudemggovbrcomponentgmgstory6489-informe-epidemiologico-da-dengue-30-05-2014 Acesso em 08 de jun de 2014 CAMPOS FCC FARIA H P SANTOS MA Planejamento e avaliaccedilatildeo das accedilotildees em sauacutede Curso de Especializaccedilatildeo em Atenccedilatildeo Baacutesica em Sauacutede da Famiacutelia NESCONUFMG Curso de Especializaccedilatildeo em Atenccedilatildeo Baacutesica agrave Sauacutede da Famiacutelia 2ed Belo Horizonte NesconUFMG 2010 Disponiacutevel em lthttpswwwnesconmedicinaufmgbrbibliotecaregistroPlanejamento_e_avaliacao_das_acoes_de_saude_23gt Acesso em Dezembro 2014 DIVINOacutePOLIS Estatuto dos Conselhos Distritais de Sauacutede Conselho Municipal de Sauacutede 1998 DIVINOacutePOLIS Mapa da cidade Disponiacutevel em httpwwwdivinopolismggovbrportalpaginasgeograficosimagensmapadacidadepdf Acesso em 08 de jun de 2014 DIVINOPOLIS Secretaria Municipal de Sauacutede SEMUSA Sistema Integrado de Sauacutede Paciente Famiacutelia Acesso Local Acesso em 15 de maio de 2014 FERREIRA B J et al Evoluccedilatildeo histoacuterica dos programas de prevenccedilatildeo e controle da dengue no Brasil Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2009 vol14 n3 pp 961-972 ISSN 1413-8123 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcscv14n332pdf Acesso em 21 de jun de 2014 FERREIRA IT RN VERAS M A S M and SILVA RA Participaccedilatildeo da populaccedilatildeo no controle da dengue uma anaacutelise da sensibilidade dos planos de sauacutede de municiacutepios do Estado de Satildeo Paulo BrasilCad Sauacutede Puacuteblica [online] 2009 vol25 n12 pp 2683-2694 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielosporgpdfcspv25n1215pdf Acesso em 10 de out de 2014 FIGUEIREDO LT M OWA M A CARLUCCI R H and OLIVEIRA L de Estudo sobre o diagnoacutestico laboratorial e sintomas do dengue durante epidemia ocorrida na regiatildeo de Ribeiratildeo Preto SP Brasil Rev Inst Med trop S Paulo [online] 1992

45

vol34 n2 pp 121-130 ISSN 0036-4665 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfrimtspv34n2a07v34n2pdf Acesso em 13 ago de 2014 FIGUEIROacute AC et al Oacutebito por dengue como evento sentinela para avaliaccedilatildeo da qualidade da assistecircncia estudo de caso em dois municiacutepios da Regiatildeo Nordeste Brasil 2008 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2011 vol27 n12 pp 2373-2385 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv27n1209pdf Acesso em 12 de out de 2014 GIRAtildeO RV et al Educaccedilatildeo em sauacutede sobre a dengue contribuiccedilotildees para o desenvolvimento de competecircncias J res fundam care online 2014 janmar 6(1) 38-46 Disponiacutevel em httpwwwseeruniriobrindexphpcuidadofundamentalarticleview2659pdf_1043 Acesso em 21 de jun de 2014 GONCcedilALVES NETO V S et al Conhecimentos e atitudes da populaccedilatildeo sobre dengue no Municiacutepio de Satildeo Luiacutes Maranhatildeo Brasil 2004 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2006 vol22 n10 pp 2191-2200 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv22n1018pdf Acesso em 10 de out de 2014 LEFEVRE A MC et al Representaccedilotildees sobre dengue seu vetor e accedilotildees de controle por moradores do municiacutepio de Satildeo Sebastiatildeo litoral Norte do Estado de Satildeo Paulo Brasil Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2007 vol23 n7 pp 1696-1706 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv23n722pdf Acesso em 16 de out de 2014 LIMA E C VILASBOAS ALQ Implantaccedilatildeo das Accedilotildees Interssetoriais de Mobilizaccedilatildeo Social do Paraacute o Controle da dengue na Bahia Brasil Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2011 vol27 n8 pp 1507-1519 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv27n806pdf Acesso em 16 de out de 2014 MACHADO RM et al (2013) HISTORIA DA SAUacuteDE MENTAL DE DIVINOacutePOLIS-MG Revista de Enfermagem do Centro Oeste Mineiro 2013 maiago 3 (2) 752-760 httpwwwseerufsjedubrindexphprecomarticleview228439 Acesso em 08 de abr de 2015 MAYO R C et al BEPA - Boletim Epidemioloacutegico Paulista 8(88) 4-12 abr 2011 tab Graf Disponiacutevel em fileCUsersnoteDownloadsv8n88a0120(1)pdf Acesso em 12 de out de 2014 MINAS GERAIS Secretaria Estadual de Sauacutede Programa Estadual de Controle Permanente da Dengue SITUACcedilAtildeO ATUAL DA DENGUE EM MINAS GERAIS RESUMO INFORMATIVO - 15122014 Disponiacutevel em httpwwwsaudemggovbrimagesdocumentosAnaliseDengue15-12-2014pdf Acesso em 10 de jan de 2015 MINAS GERAIS Secretaria de Estado da Sauacutede de Minas Gerais Programa Sauacutede em Casa Disponiacutevel em httpwwwsaudemggovbrpoliacuteticas_de_saudeprograma-saude-em-casa Acesso em 10 de maio de 2014

46

MORAES GH and DUARTE E C Anaacutelise da concordacircncia dos dados de mortalidade por dengue em dois sistemas nacionais de informaccedilatildeo em sauacutede Brasil 2000-2005 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2009 vol25 n11 pp 2354-2364 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielosporgpdfcspv25n1106pdf Acesso em 29 de Nov de 2014 PENNA M L F Um desafio para a sauacutede puacuteblica brasileira o controle do dengue Cad Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro 19(1) 305-309 jan-fev 2003 Disponiacutevel em httpwwwscielosporgpdfcspv19n114932pdf Acesso em 21 de jun de 2014

PREFEITURA MUNICIPAL DE DIVINOacutePOLIS BALANCcedilO DA DENGUE Disponiacutevel em httpwwwdivinopolismggovbrportalnoticiaphpid=11507 Acesso em 19 jan de 2015

RIBEIRO P C SOUSA DC ARAUJO TME Perfil cliacutenico-epidemioloacutegico dos casos suspeitos de Dengue em um bairro da zona sul de Teresina PI Brasil Rev bras enferm [online] 2008 vol61 n2 pp 227-232 ISSN 0034-7167 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfrebenv61n2a13v61n2pdf Acesso em 28 de jul de 2014 VALENTE G SC et al Problematizaccedilatildeo Como Estrateacutegia de Educaccedilatildeo em Sauacutede no Combate a Dengue Um Relato de Experiecircncia R Pesq cuid Fundam Online 2012 outdez 4(4)2987-94 Disponiacutevel em httpwwwseeruniriobrindexphpcuidadofundamentalarticleview1888pdf_641 Acesso em 08 jun de 2014 TEIXEIRA LAS et al Persistecircncia dos sintomas de dengue em uma populaccedilatildeo de Uberaba Minas Gerais Brasil Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2010 vol26 n3 pp 624-630 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv26n319pdf Acesso em 16 de out de 2014

Page 33: PLANO DE AÇÃO NO COMBATE A DENGUE: EDUCAR PARA EVITAR · 2019-11-14 · The Divinopolis follows the same trend, with 4680 notifications and 4139 confirmed ... banhado pelas bacias

33

doenccedila eacute a uma arbovirose transmitida por um artroacutepode que pode apresentar-se

de forma benigna claacutessica ou grave na forma de febre hemorraacutegica

Durante o ano de 2014 segundo o Ministeacuterio da Sauacutede (BRASIL 2014) mais

meio milhatildeo de casos da doenccedila (591080) 528 soacute na regiatildeo Sudeste em Minas

Gerais foram 59222 com 45 oacutebitos confirmados em Divinoacutepolis segundo a

Secretaria Municipal de Sauacutede (2014) ocorreram 4680 notificaccedilotildees de casos da

doenccedila e confirmados 4139 casos de dengue com 06 oacutebitos sendo que os bairros

Nossa Senhora das Graccedilas Centro Satildeo Joseacute Interlagos Niteroacutei Porto Velho

Planalto Santos Dumont Belvedere e Bom Pastor foram responsaacuteveis por 3027

dos casos de dengue da cidade

Ferreira et al (2009) Lima e Vilasboas (2011) chamam a atenccedilatildeo para a falta

de saneamento baacutesico como um fator agravante que pode elevar a multiplicaccedilatildeo do

vetor da doenccedila Para Gonccedilalves Neto et al (2006) as condiccedilotildees sanitaacuterias

prejudicadas o crescimento desordenado levaram agrave raacutepida adaptaccedilatildeo do vetor agraves

residecircncias causando a disseminaccedilatildeo do viacuterus Tais situaccedilotildees satildeo rotineiras na

populaccedilatildeo adscrita da UBS Santos Dumont

54 Quarto passo Explicaccedilatildeo do Problema

A explicaccedilatildeo para o problema selecionado foi qualificado do ponto de vista

social coletivo e individual

Niacutevel Social Refere-se agrave ausecircncia de poliacuteticas puacuteblicas para melhoria de qualidade

de vida da populaccedilatildeo que convive com a ausecircncia de saneamento baacutesico esgoto a

ceacuteu aberto falta de coleta seletiva e lixo acumulado nas ruas e terrenos baldios

Niacutevel Coletivo Falta de consciecircncia da gravidade da doenccedila que pode acometer a

qualquer pessoa e todas as faixas etaacuterias falta de colaboraccedilatildeo entre os vizinhos que

sempre potildeem a culpa das maacutes condiccedilotildees uns nos outros mas ningueacutem assume a

responsabilidade pelo seu quintal

Niacutevel Individual Falta de compromisso pois segundo dados da SEMUSA

(DIVINOacutePOLIS 2014) 9415 dos focos de Dengue estatildeo dentro das residecircncias

esses focos foram identificados em vasilhas de aacutegua para cachorro galinha calhas

mal projetadas e caixas drsquoaacutegua sem tampa

55 Quinto Passo Seleccedilatildeo dos ldquoNoacutes Criacuteticosrdquo

34

Foram selecionados os seguintes ldquonoacutes criacuteticosrdquo que podem ter relaccedilatildeo direta com o

alto nuacutemero de casos de dengue

Lixo nas ruas falta de conscientizaccedilatildeo da populaccedilatildeo para evitar descarte

incorreto de lixo nas ruas e terrenos baldios

Responsabilizaccedilatildeo do outro falta agrave comunidade assumir que o problema da

dengue natildeo eacute do meu vizinho mas eacute de todos

Lotes sujos falta cobranccedila por parte do poder puacuteblico aos proprietaacuterios de

terrenos vazios que mantenham os lotes limpos e conservados

56 Sexto Passo Desenho de Operaccedilotildees para os ldquoNoacutes Criacuteticosrdquo do Problema

Como soluccedilatildeo dos ldquonoacutes criacuteticosrdquo foram apresentadas as seguintes propostas

contidas no Quadro 6 a seguir

Quadro 6 ndash Desenho das Operaccedilotildees para os Noacutes Criacuteticos Selecionados

ldquoNoacute

Criacuteticordquo

Operaccedilatildeo

Projeto

Resultados

Esperados

Produtos

Esperados

Recursos

Necessaacuterios

Lixo nas ruas Reeducaccedilatildeo conscientizaccedilatildeo ambiental

Ausecircncia de lixo nas ruas e lotes vazios

Bairro limpo sem dengue

Datashow e computador

Responsabiliza ccedilatildeo do outro

Conscientizaccedilatildeo

sobre sauacutede

coletiva

Que todos

unidos com

objetivo de

diminuir os

casos de

dengue

Reduccedilatildeo da

doenccedila

Datashow e computador Panfletos informativos

Lotes sujos Limpeza de

lotes e terrenos

Lotes limpos

e sem focos

da dengue

Diminuiccedilatildeo

do nuacutemero do

mosquito

transmissor

da dengue

Palestras sobre

conservaccedilatildeo

dos terrenos e

lotes vazios

Fiscalizaccedilatildeo da

prefeitura

57 Seacutetimo Passo Identificaccedilatildeo dos Recursos Criacuteticos

35

Para iniacutecio das operaccedilotildees foram apresentados os recursos necessaacuterios e

indispensaacuteveis para o sucesso do processo

Quadro 7 ndash Identificaccedilatildeo dos Recursos Criacuteticos

Operaccedilatildeo

Projeto

Recursos Criacuteticos

Controle dos recursos criacuteticos

Accedilatildeo estrateacutegica

Ator que controla

Motivaccedilatildeo

ldquoMutiratildeo da

limpezardquo

realizar um dia

por mecircs para

limpeza em

parceria com a

populaccedilatildeo

Poliacutetico Veiculo e pessoal para limpeza das ruas

Empresa Municipal de Obras Puacuteblicas

Evitar que lixo se acumule nas ruas

Criaccedilatildeo do dia da limpeza e apresentaccedilatildeo da administraccedilatildeo para apreciaccedilatildeo

ldquoFora Denguerdquo Intensificaccedilatildeo das accedilotildees educativas nas escolas e nos grupos e associaccedilatildeo de bairro

Poliacutetico Articulaccedilatildeo interssetorial Financeiro Disponibilizaccedilatildeo de material informativo

Secretaria Municipal de Sauacutede Secretaria Municipal de Educaccedilatildeo Associaccedilatildeo de bairros

Despertar na comunidade a consciecircncia de sauacutede coletiva

Despertar nos discentes e na comunidade o desejo de erradicar os focos da dengue

ldquoMapeamento

dos lotes sujosrdquo

Realizar o

mapeamento

dos terrenos

sujos

Poliacutetico Notificar os

proprietaacuterios para limpeza do

terreno Financeiro

Recurso para impressatildeo das

notificaccedilotildees

Secretaria Municipal de

Sauacutede

Evitar que as pessoas joguem lixo e entulho em lotes vagos

Conservaccedilatildeo e limpeza dos lotes vazios

58 Oitavo Passo Anaacutelise de Viabilidade do Plano

A proposta a seguir (Quadro 3) apresenta a motivaccedilatildeo para a viabilidade do plano

visto que alguns dos recursos necessaacuterios fogem agrave governabilidade da ESF

36

Quadro 8 ndash Viabilidade do Plano

Operaccedilatildeo

Projeto

Recursos Criacuteticos

Controle dos recursos criacuteticos

Accedilatildeo estrateacutegica

Ator que controla

Motivaccedilatildeo

ldquoMutiratildeo da

limpezardquo

realizar um dia

por mecircs para

limpeza em

parceria com a

populaccedilatildeo

Poliacutetico Veiculo e pessoal para limpeza das ruas

Empresa Municipal de Obras Puacuteblicas

Favoraacutevel Criaccedilatildeo do dia da limpeza e apresentaccedilatildeo agrave administraccedilatildeo para apreciaccedilatildeo

ldquoFora Denguerdquo Intensificaccedilatildeo das accedilotildees educativas nas escolas e nos grupos e associaccedilatildeo de bairro

Poliacutetico Articulaccedilatildeo interssetorial Financeiro Disponibilizaccedilatildeo de material informativo

Secretaria Municipal de Sauacutede Secretaria Municipal de Educaccedilatildeo Associaccedilatildeo de bairros

Favoraacutevel

Despertar nos escolares e na comunidade o desejo de erradicar os focos da dengue

ldquoMapeamento

dos lotes sujosrdquo

Realizar o

mapeamento

dos terrenos

sujos

Poliacutetico Notificar os

proprietaacuterios para limpeza do

terreno Financeiro

Recurso para impressatildeo das

notificaccedilotildees

Secretaria Municipal de

Sauacutede

Indiferente

Conservaccedilatildeo e limpeza dos lotes vazios

37

59 Nono Passo Elaboraccedilatildeo do Plano Operativo

A proposta a seguir no Quadro 9 identifica os atores envolvidos lhes atribuiacutedo

responsabilidades e prazos a cumprir

Quadro 9 ndash Plano Operativo

Operaccedilotildees Resultados Accedilotildees Estrateacutegicas

Responsaacutevel Prazo

ldquoMutiratildeo da limpezardquo realizar um dia por mecircs para limpeza em parceria com a populaccedilatildeo

Limpeza das ruas

e quintais

Coleta de lixo

das ruas Incentivo a limpeza de

lotes e quintais

Equipe de ACS

Durante todo ano

ldquoFora Denguerdquo Intensificaccedilatildeo das accedilotildees educativas nas escolas e nos grupos e associaccedilatildeo de bairro

Uma comunidade

consciente das suas

responsabilidades

Insistir e reforccedilar com

accedilotildees educativas para que

populaccedilatildeo mantenha as ruas limpas e coloque o lixo

para ser recolhido

Enfermeiro ESF

Durante todo o ano

ldquoMapeamento dos lotes

sujosrdquo Realizar o

mapeamento dos terrenos

sujos

Identificar os focos e eliminaacute-

los

Criaccedilatildeo de um mapa onde ocorreram focos do mosquito

ACS e

Enfermeiro

Trecircs meses

510 Deacutecimo Passo Gestatildeo do Plano

Com a gestatildeo do plano eacute possiacutevel aos responsaacuteveis acompanhar e monitorar as

accedilotildees avaliando e sempre que necessaacuterio readequando as eventuais falhas do

processo

38

Quadro 10ndash Gestatildeo do Plano

Produtos Responsaacutevel Prazo Situaccedilatildeo Atual

Justificativa Novo Prazo

ldquoMutiratildeo da

limpezardquo

realizar um

dia por mecircs

para limpeza

em parceria

com a

populaccedilatildeo

Enfermeiro da ESF

Inicio imediatamente

(logo apoacutes apresentaccedilatildeo

do projeto)

ldquoFora Denguerdquo Intensificaccedilatildeo das accedilotildees educativas nas escolas e nos grupos e associaccedilatildeo de bairro

Enfermeiro Provab

Durante todo ano

ldquoMapeamento

dos lotes

sujosrdquo

Realizar o

mapeamento

dos terrenos

sujos

ECS e Equipe

de Epidemiologia

Um mecircs para

inicio das atividades

Aleacutem dos 10 passos do Planejamento Estrateacutegico Situacional optei por incluir outros

02 passos que tecircm a finalidade de contribuir para o processo de avaliaccedilatildeo da

Proposta de Intervenccedilatildeo Estatildeo contidos nos itens 511 e 512 a seguir

511 Avaliaccedilatildeo dos Resultados

O instrumento para avaliaccedilatildeo seraacute o Sistema de Informaccedilotildees de Agravos de

Notificaccedilatildeo ndash SINAN

ldquoque tem por objetivo o registro e processamento dos dados sobre agravos

de notificaccedilatildeo em todo o territoacuterio nacional fornecendo informaccedilotildees para

anaacutelise do perfil da morbidade e contribuindo desta forma para a tomada

de decisotildees em niacutevel municipal estadual e federalrdquo (IBGE 2014)

39

Segundo Moraes e Duarte (2009) o SINAN tem sido principal fonte de dados

para coordenaccedilatildeo das accedilotildees de vigilacircncia epidemioloacutegica tanto no sentido de

controle da doenccedila quando como fonte de pesquisa

512 Resultados Eesperados

O resultado esperado eacute

Estabelecer a construccedilatildeo de conhecimento que favoreccedila o autocuidado e a

capacidade de emancipaccedilatildeo da comunidade criando um ambiente seguro com

ecircnfase na educaccedilatildeo e sauacutede com vistas agrave reduccedilatildeo dos casos de dengue na

populaccedilatildeo adscrita da UBS Santos Dumont

40

6 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

O Programa de Valorizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Baacutesica (PROVAB) abriu muitos

caminhos para um horizonte promissor no desenvolvimento da promoccedilatildeo da sauacutede

e da prevenccedilatildeo no campo de atuaccedilatildeo do Programa Sauacutede na Escola criando um

viacutenculo de amizade e confianccedila uma verdadeira parceria com os alunos essencial

na construccedilatildeo de uma sociedade consciente e capaz de cuidar da sua sauacutede de

maneira preventiva loacutegica essa defendida pelo Sistema Uacutenico de Sauacutede

Para noacutes enfermeiros eacute oportunidade de ampliar o horizonte de atuaccedilatildeo

ensinando e aprendendo com o comportamento das crianccedilas dos adolescentes e

jovens vendo de maneira impar o grande desafio da educaccedilatildeo em formar cidadatildeos

com mais sauacutede Como gratificaccedilatildeo recebemos o reconhecimento dos alunos

professores e diretores algo que fica marcado para sempre na formaccedilatildeo do

profissional os laccedilos de confianccedila amizade e reconhecimento satildeo a maior

recompensa e certeza de missatildeo cumprida

Como a Equipe de Sauacutede da Famiacutelia tem como principal objetivo trabalhar na

prevenccedilatildeo de doenccedilas e agravos criando viacutenculos com a clientela a missatildeo de

promover a emancipaccedilatildeo de seus usuaacuterios com ecircnfase no autocuidado exige de

noacutes muita articulaccedilatildeo e intensificaccedilatildeo de accedilotildees educativas Especificamente no caso

da dengue o cumprimento desta missatildeo pode evitar que as constantes epidemias

se tornem parte do cotidiano das pessoas auxiliando os moradores da comunidade

na adoccedilatildeo de medidas responsaacuteveis que visem o cuidado com a sua sauacutede e da

sauacutede da comunidade

Neste sentido a educaccedilatildeo em sauacutede desempenha um papel importante em

manter a comunidade sempre vigilante e em alerta pois o perigo eacute eminente e vive

dentro dos lares das pessoas esperando apenas o momento oportuno e condiccedilotildees

favoraacuteveis para transmitir a dengue

O trabalho dos agentes de controle de endemias e da ESF deve ser

constante focado na eliminaccedilatildeo dos criadouros do mosquito transmissor da dengue

A comunidade deve colaborar com livre acesso dos agentes agraves residecircncias na

colaboraccedilatildeo para eliminaccedilatildeo dos focos nos domiciacutelios e peridomiciacutelios e

multiplicaccedilatildeo das informaccedilotildees sobre o ciclo de vida do vetor entre os vizinhos

amigos e parentes informando que todos estatildeo expostos agrave doenccedila e a mudanccedila de

comportamento pode diminuir os riscos de contrair a dengue

41

Ao poder puacuteblico eacute necessaacuterio adotar um planejamento adequado para

garantir aos cidadatildeos a infraestrutura miacutenima necessaacuteria para viver em comunidade

serviccedilos essenciais como saneamento coleta de lixo e mobilidade que favorecem a

criaccedilatildeo de um ambiente seguro com sauacutede e qualidade de vida

42

REFEREcircNCIAS

ALMEIDA M CM et al Dinacircmica intra-urbana das epidemias de dengue em Belo Horizonte Minas Gerais Brasil 1996-2002 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2008 vol24 n10 pp 2385-2395 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv24n1019pdf Acesso em 02 de out de 2014 ALVES V S A Um modelo de educaccedilatildeo em sauacutede para o Programa Sauacutede da Famiacutelia pela integralidade da atenccedilatildeo e reorientaccedilatildeo do modelo assistencial Interface - Comunic Sauacutede Educ v9 n16 p39-52 set2004fev2005 Disponiacutevel em httpswwwnesconmedicinaufmgbrbibliotecaimagem0303pdf Acesso de jun de 2014 BACKES DS et al (2012) O papel profissional do enfermeiro no Sistema Uacutenico de Sauacutede da sauacutede comunitaacuteria agrave estrateacutegia de sauacutede da famiacutelia Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva

17(1)223-230 2012 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcscv17n1a24v17n1pdf Acesso em 12 de jan 2015 BRASIL Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sauacutede Consulta Estabelecimento - Modulo Profissional - Profissional por Estabelecimento Disponiacutevel em httpcnesdatasusgovbrMod_ProfissionalaspVCo_Unidade=3122302159651 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Cadernos de Informaccedilotildees de Sauacutede Minas Gerais DATASUS TABNET (2010) Disponiacutevel em httptabnetdatasusgovbrtabdatacadernosmghtm Acesso em16 de maio de 2014 BRASIL Dengue - instruccedilotildees para pessoal de combate ao vetor Manual de Normas teacutecnicas - 3 ed rev - Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede 2001 84 p il 30 cm Disponiacutevel em httpbvsmssaudegovbrbvspublicacoesfunasaman_denguepdf acesso em 15 de out de 2014 BRASIL Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz Vetor da dengue na Aacutesia A albopictus eacute alvo de estudos Publicada em 18122008 agraves 1249 Disponiacutevel em httpwwwfiocruzbrioccgicgiluaexesysstarthtminfoid=576ampsid=32amptpl=printerview Acesso em 12 de jan de 2015 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Censo demograacutefico 2010 sinopse Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=1ampsearch=minas-gerais|divinopolis|censo-demografico-2010-sinopse- Acesso em 15 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Divinoacutepolis morbidades hospitalares ndash 2012 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=114ampsearch=minas-gerais|divinopolis|morbidades-hospitalares-2012 Acesso em 12 de maio de 2014

43

BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estaacutetica Divisatildeo Territorial do Brasil e Limites Territoriais Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE) (1 de julho de 2008) Disponiacutevel em httpwwwibgegovbrhomegeocienciascartografiadefault_dtb_intshtm Acesso em16 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Ensino - matriacuteculas docentes e rede escolar ndash 2012 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=117ampsearch=minas-gerais|divinopolis|ensino-matriculas-docentes-e-rede-escolar-2012 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estaacutetica Histoacuterico do Municiacutepio disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrpainelhistoricophplang=ampcodmun=312230ampsearch=minas-gerais|divinopolis|infograficos-historico Acesso 10 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Informaccedilotildees completas Populaccedilatildeo em 2010 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrasperfilphplang=ampcodmun=312230 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Serviccedilos de sauacutede ndash 2009 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=5ampsearch=minas-gerais|divinopolis|servicos-de-saude-2009 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Sistema de informaccedilotildees de agravos de notificaccedilatildeo ndash SINAN Disponiacutevel em httpcesibgegovbrbase-de-dadosmetadadosministerio-da-saudesistema-de-informacoes-de-agravos-de-notificacao-sinan Acesso em 16 de Nov de 2014 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede Dengue aspectos epidemioloacutegicos diagnoacutestico e tratamento Ministeacuterio da Sauacutede Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede ndash Brasiacutelia Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede 2002 Disponiacutevel em httpbvsmssaudegovbrbvspublicacoesdengue_aspecto_epidemiologicos_diagnostico_tratamentopdf Acesso em 02 de out de 2014 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede FUNSA Programa Nacional de Combate a Dengue PNCD Disponiacutevel em httpbvsmssaudegovbrbvspublicacoespncd_2002pdf Acesso em 21 de jun de 2014 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portal Brasil Disponiacutevel em httpwwwbrasilgovbrsaude201311saude-libera-mais-de-r-360-mi-para-combate-a-dengue Acesso em 10 de Nov de 2014

44

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede Departamento de Vigilacircncia Epidemioloacutegica Diretrizes nacionais para prevenccedilatildeo e controle de epidemias de dengue Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede Departamento de Vigilacircncia Epidemioloacutegica ndash Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2009 160 p Disponiacutevel em httpwwwansgovbrportalimgemaildiretrizes_reimpressao_webpdf Acesso em 16 de Nov de 2014

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede (2014) Monitoramento dos casos de dengue e febre de chikungunya ateacute a Semana Epidemioloacutegica (SE) 53 de 2014 Dengue Boletim Epidemioloacutegico ISSN 2358-9450 Volume 46 Ndeg 3 ndash 2015 Disponiacutevel em httpportalsaudesaudegovbrimagespdf2015janeiro192015-002---BE-at---SE-53pdf Acesso em 22 mar de 2015 BRASILSINANONLINE e DVASVEASTSub VPSSES-MG (20122013) Disponiacutevel em httpwwwsaudemggovbrcomponentgmgstory6489-informe-epidemiologico-da-dengue-30-05-2014 Acesso em 08 de jun de 2014 CAMPOS FCC FARIA H P SANTOS MA Planejamento e avaliaccedilatildeo das accedilotildees em sauacutede Curso de Especializaccedilatildeo em Atenccedilatildeo Baacutesica em Sauacutede da Famiacutelia NESCONUFMG Curso de Especializaccedilatildeo em Atenccedilatildeo Baacutesica agrave Sauacutede da Famiacutelia 2ed Belo Horizonte NesconUFMG 2010 Disponiacutevel em lthttpswwwnesconmedicinaufmgbrbibliotecaregistroPlanejamento_e_avaliacao_das_acoes_de_saude_23gt Acesso em Dezembro 2014 DIVINOacutePOLIS Estatuto dos Conselhos Distritais de Sauacutede Conselho Municipal de Sauacutede 1998 DIVINOacutePOLIS Mapa da cidade Disponiacutevel em httpwwwdivinopolismggovbrportalpaginasgeograficosimagensmapadacidadepdf Acesso em 08 de jun de 2014 DIVINOPOLIS Secretaria Municipal de Sauacutede SEMUSA Sistema Integrado de Sauacutede Paciente Famiacutelia Acesso Local Acesso em 15 de maio de 2014 FERREIRA B J et al Evoluccedilatildeo histoacuterica dos programas de prevenccedilatildeo e controle da dengue no Brasil Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2009 vol14 n3 pp 961-972 ISSN 1413-8123 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcscv14n332pdf Acesso em 21 de jun de 2014 FERREIRA IT RN VERAS M A S M and SILVA RA Participaccedilatildeo da populaccedilatildeo no controle da dengue uma anaacutelise da sensibilidade dos planos de sauacutede de municiacutepios do Estado de Satildeo Paulo BrasilCad Sauacutede Puacuteblica [online] 2009 vol25 n12 pp 2683-2694 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielosporgpdfcspv25n1215pdf Acesso em 10 de out de 2014 FIGUEIREDO LT M OWA M A CARLUCCI R H and OLIVEIRA L de Estudo sobre o diagnoacutestico laboratorial e sintomas do dengue durante epidemia ocorrida na regiatildeo de Ribeiratildeo Preto SP Brasil Rev Inst Med trop S Paulo [online] 1992

45

vol34 n2 pp 121-130 ISSN 0036-4665 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfrimtspv34n2a07v34n2pdf Acesso em 13 ago de 2014 FIGUEIROacute AC et al Oacutebito por dengue como evento sentinela para avaliaccedilatildeo da qualidade da assistecircncia estudo de caso em dois municiacutepios da Regiatildeo Nordeste Brasil 2008 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2011 vol27 n12 pp 2373-2385 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv27n1209pdf Acesso em 12 de out de 2014 GIRAtildeO RV et al Educaccedilatildeo em sauacutede sobre a dengue contribuiccedilotildees para o desenvolvimento de competecircncias J res fundam care online 2014 janmar 6(1) 38-46 Disponiacutevel em httpwwwseeruniriobrindexphpcuidadofundamentalarticleview2659pdf_1043 Acesso em 21 de jun de 2014 GONCcedilALVES NETO V S et al Conhecimentos e atitudes da populaccedilatildeo sobre dengue no Municiacutepio de Satildeo Luiacutes Maranhatildeo Brasil 2004 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2006 vol22 n10 pp 2191-2200 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv22n1018pdf Acesso em 10 de out de 2014 LEFEVRE A MC et al Representaccedilotildees sobre dengue seu vetor e accedilotildees de controle por moradores do municiacutepio de Satildeo Sebastiatildeo litoral Norte do Estado de Satildeo Paulo Brasil Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2007 vol23 n7 pp 1696-1706 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv23n722pdf Acesso em 16 de out de 2014 LIMA E C VILASBOAS ALQ Implantaccedilatildeo das Accedilotildees Interssetoriais de Mobilizaccedilatildeo Social do Paraacute o Controle da dengue na Bahia Brasil Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2011 vol27 n8 pp 1507-1519 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv27n806pdf Acesso em 16 de out de 2014 MACHADO RM et al (2013) HISTORIA DA SAUacuteDE MENTAL DE DIVINOacutePOLIS-MG Revista de Enfermagem do Centro Oeste Mineiro 2013 maiago 3 (2) 752-760 httpwwwseerufsjedubrindexphprecomarticleview228439 Acesso em 08 de abr de 2015 MAYO R C et al BEPA - Boletim Epidemioloacutegico Paulista 8(88) 4-12 abr 2011 tab Graf Disponiacutevel em fileCUsersnoteDownloadsv8n88a0120(1)pdf Acesso em 12 de out de 2014 MINAS GERAIS Secretaria Estadual de Sauacutede Programa Estadual de Controle Permanente da Dengue SITUACcedilAtildeO ATUAL DA DENGUE EM MINAS GERAIS RESUMO INFORMATIVO - 15122014 Disponiacutevel em httpwwwsaudemggovbrimagesdocumentosAnaliseDengue15-12-2014pdf Acesso em 10 de jan de 2015 MINAS GERAIS Secretaria de Estado da Sauacutede de Minas Gerais Programa Sauacutede em Casa Disponiacutevel em httpwwwsaudemggovbrpoliacuteticas_de_saudeprograma-saude-em-casa Acesso em 10 de maio de 2014

46

MORAES GH and DUARTE E C Anaacutelise da concordacircncia dos dados de mortalidade por dengue em dois sistemas nacionais de informaccedilatildeo em sauacutede Brasil 2000-2005 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2009 vol25 n11 pp 2354-2364 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielosporgpdfcspv25n1106pdf Acesso em 29 de Nov de 2014 PENNA M L F Um desafio para a sauacutede puacuteblica brasileira o controle do dengue Cad Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro 19(1) 305-309 jan-fev 2003 Disponiacutevel em httpwwwscielosporgpdfcspv19n114932pdf Acesso em 21 de jun de 2014

PREFEITURA MUNICIPAL DE DIVINOacutePOLIS BALANCcedilO DA DENGUE Disponiacutevel em httpwwwdivinopolismggovbrportalnoticiaphpid=11507 Acesso em 19 jan de 2015

RIBEIRO P C SOUSA DC ARAUJO TME Perfil cliacutenico-epidemioloacutegico dos casos suspeitos de Dengue em um bairro da zona sul de Teresina PI Brasil Rev bras enferm [online] 2008 vol61 n2 pp 227-232 ISSN 0034-7167 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfrebenv61n2a13v61n2pdf Acesso em 28 de jul de 2014 VALENTE G SC et al Problematizaccedilatildeo Como Estrateacutegia de Educaccedilatildeo em Sauacutede no Combate a Dengue Um Relato de Experiecircncia R Pesq cuid Fundam Online 2012 outdez 4(4)2987-94 Disponiacutevel em httpwwwseeruniriobrindexphpcuidadofundamentalarticleview1888pdf_641 Acesso em 08 jun de 2014 TEIXEIRA LAS et al Persistecircncia dos sintomas de dengue em uma populaccedilatildeo de Uberaba Minas Gerais Brasil Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2010 vol26 n3 pp 624-630 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv26n319pdf Acesso em 16 de out de 2014

Page 34: PLANO DE AÇÃO NO COMBATE A DENGUE: EDUCAR PARA EVITAR · 2019-11-14 · The Divinopolis follows the same trend, with 4680 notifications and 4139 confirmed ... banhado pelas bacias

34

Foram selecionados os seguintes ldquonoacutes criacuteticosrdquo que podem ter relaccedilatildeo direta com o

alto nuacutemero de casos de dengue

Lixo nas ruas falta de conscientizaccedilatildeo da populaccedilatildeo para evitar descarte

incorreto de lixo nas ruas e terrenos baldios

Responsabilizaccedilatildeo do outro falta agrave comunidade assumir que o problema da

dengue natildeo eacute do meu vizinho mas eacute de todos

Lotes sujos falta cobranccedila por parte do poder puacuteblico aos proprietaacuterios de

terrenos vazios que mantenham os lotes limpos e conservados

56 Sexto Passo Desenho de Operaccedilotildees para os ldquoNoacutes Criacuteticosrdquo do Problema

Como soluccedilatildeo dos ldquonoacutes criacuteticosrdquo foram apresentadas as seguintes propostas

contidas no Quadro 6 a seguir

Quadro 6 ndash Desenho das Operaccedilotildees para os Noacutes Criacuteticos Selecionados

ldquoNoacute

Criacuteticordquo

Operaccedilatildeo

Projeto

Resultados

Esperados

Produtos

Esperados

Recursos

Necessaacuterios

Lixo nas ruas Reeducaccedilatildeo conscientizaccedilatildeo ambiental

Ausecircncia de lixo nas ruas e lotes vazios

Bairro limpo sem dengue

Datashow e computador

Responsabiliza ccedilatildeo do outro

Conscientizaccedilatildeo

sobre sauacutede

coletiva

Que todos

unidos com

objetivo de

diminuir os

casos de

dengue

Reduccedilatildeo da

doenccedila

Datashow e computador Panfletos informativos

Lotes sujos Limpeza de

lotes e terrenos

Lotes limpos

e sem focos

da dengue

Diminuiccedilatildeo

do nuacutemero do

mosquito

transmissor

da dengue

Palestras sobre

conservaccedilatildeo

dos terrenos e

lotes vazios

Fiscalizaccedilatildeo da

prefeitura

57 Seacutetimo Passo Identificaccedilatildeo dos Recursos Criacuteticos

35

Para iniacutecio das operaccedilotildees foram apresentados os recursos necessaacuterios e

indispensaacuteveis para o sucesso do processo

Quadro 7 ndash Identificaccedilatildeo dos Recursos Criacuteticos

Operaccedilatildeo

Projeto

Recursos Criacuteticos

Controle dos recursos criacuteticos

Accedilatildeo estrateacutegica

Ator que controla

Motivaccedilatildeo

ldquoMutiratildeo da

limpezardquo

realizar um dia

por mecircs para

limpeza em

parceria com a

populaccedilatildeo

Poliacutetico Veiculo e pessoal para limpeza das ruas

Empresa Municipal de Obras Puacuteblicas

Evitar que lixo se acumule nas ruas

Criaccedilatildeo do dia da limpeza e apresentaccedilatildeo da administraccedilatildeo para apreciaccedilatildeo

ldquoFora Denguerdquo Intensificaccedilatildeo das accedilotildees educativas nas escolas e nos grupos e associaccedilatildeo de bairro

Poliacutetico Articulaccedilatildeo interssetorial Financeiro Disponibilizaccedilatildeo de material informativo

Secretaria Municipal de Sauacutede Secretaria Municipal de Educaccedilatildeo Associaccedilatildeo de bairros

Despertar na comunidade a consciecircncia de sauacutede coletiva

Despertar nos discentes e na comunidade o desejo de erradicar os focos da dengue

ldquoMapeamento

dos lotes sujosrdquo

Realizar o

mapeamento

dos terrenos

sujos

Poliacutetico Notificar os

proprietaacuterios para limpeza do

terreno Financeiro

Recurso para impressatildeo das

notificaccedilotildees

Secretaria Municipal de

Sauacutede

Evitar que as pessoas joguem lixo e entulho em lotes vagos

Conservaccedilatildeo e limpeza dos lotes vazios

58 Oitavo Passo Anaacutelise de Viabilidade do Plano

A proposta a seguir (Quadro 3) apresenta a motivaccedilatildeo para a viabilidade do plano

visto que alguns dos recursos necessaacuterios fogem agrave governabilidade da ESF

36

Quadro 8 ndash Viabilidade do Plano

Operaccedilatildeo

Projeto

Recursos Criacuteticos

Controle dos recursos criacuteticos

Accedilatildeo estrateacutegica

Ator que controla

Motivaccedilatildeo

ldquoMutiratildeo da

limpezardquo

realizar um dia

por mecircs para

limpeza em

parceria com a

populaccedilatildeo

Poliacutetico Veiculo e pessoal para limpeza das ruas

Empresa Municipal de Obras Puacuteblicas

Favoraacutevel Criaccedilatildeo do dia da limpeza e apresentaccedilatildeo agrave administraccedilatildeo para apreciaccedilatildeo

ldquoFora Denguerdquo Intensificaccedilatildeo das accedilotildees educativas nas escolas e nos grupos e associaccedilatildeo de bairro

Poliacutetico Articulaccedilatildeo interssetorial Financeiro Disponibilizaccedilatildeo de material informativo

Secretaria Municipal de Sauacutede Secretaria Municipal de Educaccedilatildeo Associaccedilatildeo de bairros

Favoraacutevel

Despertar nos escolares e na comunidade o desejo de erradicar os focos da dengue

ldquoMapeamento

dos lotes sujosrdquo

Realizar o

mapeamento

dos terrenos

sujos

Poliacutetico Notificar os

proprietaacuterios para limpeza do

terreno Financeiro

Recurso para impressatildeo das

notificaccedilotildees

Secretaria Municipal de

Sauacutede

Indiferente

Conservaccedilatildeo e limpeza dos lotes vazios

37

59 Nono Passo Elaboraccedilatildeo do Plano Operativo

A proposta a seguir no Quadro 9 identifica os atores envolvidos lhes atribuiacutedo

responsabilidades e prazos a cumprir

Quadro 9 ndash Plano Operativo

Operaccedilotildees Resultados Accedilotildees Estrateacutegicas

Responsaacutevel Prazo

ldquoMutiratildeo da limpezardquo realizar um dia por mecircs para limpeza em parceria com a populaccedilatildeo

Limpeza das ruas

e quintais

Coleta de lixo

das ruas Incentivo a limpeza de

lotes e quintais

Equipe de ACS

Durante todo ano

ldquoFora Denguerdquo Intensificaccedilatildeo das accedilotildees educativas nas escolas e nos grupos e associaccedilatildeo de bairro

Uma comunidade

consciente das suas

responsabilidades

Insistir e reforccedilar com

accedilotildees educativas para que

populaccedilatildeo mantenha as ruas limpas e coloque o lixo

para ser recolhido

Enfermeiro ESF

Durante todo o ano

ldquoMapeamento dos lotes

sujosrdquo Realizar o

mapeamento dos terrenos

sujos

Identificar os focos e eliminaacute-

los

Criaccedilatildeo de um mapa onde ocorreram focos do mosquito

ACS e

Enfermeiro

Trecircs meses

510 Deacutecimo Passo Gestatildeo do Plano

Com a gestatildeo do plano eacute possiacutevel aos responsaacuteveis acompanhar e monitorar as

accedilotildees avaliando e sempre que necessaacuterio readequando as eventuais falhas do

processo

38

Quadro 10ndash Gestatildeo do Plano

Produtos Responsaacutevel Prazo Situaccedilatildeo Atual

Justificativa Novo Prazo

ldquoMutiratildeo da

limpezardquo

realizar um

dia por mecircs

para limpeza

em parceria

com a

populaccedilatildeo

Enfermeiro da ESF

Inicio imediatamente

(logo apoacutes apresentaccedilatildeo

do projeto)

ldquoFora Denguerdquo Intensificaccedilatildeo das accedilotildees educativas nas escolas e nos grupos e associaccedilatildeo de bairro

Enfermeiro Provab

Durante todo ano

ldquoMapeamento

dos lotes

sujosrdquo

Realizar o

mapeamento

dos terrenos

sujos

ECS e Equipe

de Epidemiologia

Um mecircs para

inicio das atividades

Aleacutem dos 10 passos do Planejamento Estrateacutegico Situacional optei por incluir outros

02 passos que tecircm a finalidade de contribuir para o processo de avaliaccedilatildeo da

Proposta de Intervenccedilatildeo Estatildeo contidos nos itens 511 e 512 a seguir

511 Avaliaccedilatildeo dos Resultados

O instrumento para avaliaccedilatildeo seraacute o Sistema de Informaccedilotildees de Agravos de

Notificaccedilatildeo ndash SINAN

ldquoque tem por objetivo o registro e processamento dos dados sobre agravos

de notificaccedilatildeo em todo o territoacuterio nacional fornecendo informaccedilotildees para

anaacutelise do perfil da morbidade e contribuindo desta forma para a tomada

de decisotildees em niacutevel municipal estadual e federalrdquo (IBGE 2014)

39

Segundo Moraes e Duarte (2009) o SINAN tem sido principal fonte de dados

para coordenaccedilatildeo das accedilotildees de vigilacircncia epidemioloacutegica tanto no sentido de

controle da doenccedila quando como fonte de pesquisa

512 Resultados Eesperados

O resultado esperado eacute

Estabelecer a construccedilatildeo de conhecimento que favoreccedila o autocuidado e a

capacidade de emancipaccedilatildeo da comunidade criando um ambiente seguro com

ecircnfase na educaccedilatildeo e sauacutede com vistas agrave reduccedilatildeo dos casos de dengue na

populaccedilatildeo adscrita da UBS Santos Dumont

40

6 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

O Programa de Valorizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Baacutesica (PROVAB) abriu muitos

caminhos para um horizonte promissor no desenvolvimento da promoccedilatildeo da sauacutede

e da prevenccedilatildeo no campo de atuaccedilatildeo do Programa Sauacutede na Escola criando um

viacutenculo de amizade e confianccedila uma verdadeira parceria com os alunos essencial

na construccedilatildeo de uma sociedade consciente e capaz de cuidar da sua sauacutede de

maneira preventiva loacutegica essa defendida pelo Sistema Uacutenico de Sauacutede

Para noacutes enfermeiros eacute oportunidade de ampliar o horizonte de atuaccedilatildeo

ensinando e aprendendo com o comportamento das crianccedilas dos adolescentes e

jovens vendo de maneira impar o grande desafio da educaccedilatildeo em formar cidadatildeos

com mais sauacutede Como gratificaccedilatildeo recebemos o reconhecimento dos alunos

professores e diretores algo que fica marcado para sempre na formaccedilatildeo do

profissional os laccedilos de confianccedila amizade e reconhecimento satildeo a maior

recompensa e certeza de missatildeo cumprida

Como a Equipe de Sauacutede da Famiacutelia tem como principal objetivo trabalhar na

prevenccedilatildeo de doenccedilas e agravos criando viacutenculos com a clientela a missatildeo de

promover a emancipaccedilatildeo de seus usuaacuterios com ecircnfase no autocuidado exige de

noacutes muita articulaccedilatildeo e intensificaccedilatildeo de accedilotildees educativas Especificamente no caso

da dengue o cumprimento desta missatildeo pode evitar que as constantes epidemias

se tornem parte do cotidiano das pessoas auxiliando os moradores da comunidade

na adoccedilatildeo de medidas responsaacuteveis que visem o cuidado com a sua sauacutede e da

sauacutede da comunidade

Neste sentido a educaccedilatildeo em sauacutede desempenha um papel importante em

manter a comunidade sempre vigilante e em alerta pois o perigo eacute eminente e vive

dentro dos lares das pessoas esperando apenas o momento oportuno e condiccedilotildees

favoraacuteveis para transmitir a dengue

O trabalho dos agentes de controle de endemias e da ESF deve ser

constante focado na eliminaccedilatildeo dos criadouros do mosquito transmissor da dengue

A comunidade deve colaborar com livre acesso dos agentes agraves residecircncias na

colaboraccedilatildeo para eliminaccedilatildeo dos focos nos domiciacutelios e peridomiciacutelios e

multiplicaccedilatildeo das informaccedilotildees sobre o ciclo de vida do vetor entre os vizinhos

amigos e parentes informando que todos estatildeo expostos agrave doenccedila e a mudanccedila de

comportamento pode diminuir os riscos de contrair a dengue

41

Ao poder puacuteblico eacute necessaacuterio adotar um planejamento adequado para

garantir aos cidadatildeos a infraestrutura miacutenima necessaacuteria para viver em comunidade

serviccedilos essenciais como saneamento coleta de lixo e mobilidade que favorecem a

criaccedilatildeo de um ambiente seguro com sauacutede e qualidade de vida

42

REFEREcircNCIAS

ALMEIDA M CM et al Dinacircmica intra-urbana das epidemias de dengue em Belo Horizonte Minas Gerais Brasil 1996-2002 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2008 vol24 n10 pp 2385-2395 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv24n1019pdf Acesso em 02 de out de 2014 ALVES V S A Um modelo de educaccedilatildeo em sauacutede para o Programa Sauacutede da Famiacutelia pela integralidade da atenccedilatildeo e reorientaccedilatildeo do modelo assistencial Interface - Comunic Sauacutede Educ v9 n16 p39-52 set2004fev2005 Disponiacutevel em httpswwwnesconmedicinaufmgbrbibliotecaimagem0303pdf Acesso de jun de 2014 BACKES DS et al (2012) O papel profissional do enfermeiro no Sistema Uacutenico de Sauacutede da sauacutede comunitaacuteria agrave estrateacutegia de sauacutede da famiacutelia Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva

17(1)223-230 2012 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcscv17n1a24v17n1pdf Acesso em 12 de jan 2015 BRASIL Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sauacutede Consulta Estabelecimento - Modulo Profissional - Profissional por Estabelecimento Disponiacutevel em httpcnesdatasusgovbrMod_ProfissionalaspVCo_Unidade=3122302159651 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Cadernos de Informaccedilotildees de Sauacutede Minas Gerais DATASUS TABNET (2010) Disponiacutevel em httptabnetdatasusgovbrtabdatacadernosmghtm Acesso em16 de maio de 2014 BRASIL Dengue - instruccedilotildees para pessoal de combate ao vetor Manual de Normas teacutecnicas - 3 ed rev - Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede 2001 84 p il 30 cm Disponiacutevel em httpbvsmssaudegovbrbvspublicacoesfunasaman_denguepdf acesso em 15 de out de 2014 BRASIL Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz Vetor da dengue na Aacutesia A albopictus eacute alvo de estudos Publicada em 18122008 agraves 1249 Disponiacutevel em httpwwwfiocruzbrioccgicgiluaexesysstarthtminfoid=576ampsid=32amptpl=printerview Acesso em 12 de jan de 2015 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Censo demograacutefico 2010 sinopse Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=1ampsearch=minas-gerais|divinopolis|censo-demografico-2010-sinopse- Acesso em 15 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Divinoacutepolis morbidades hospitalares ndash 2012 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=114ampsearch=minas-gerais|divinopolis|morbidades-hospitalares-2012 Acesso em 12 de maio de 2014

43

BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estaacutetica Divisatildeo Territorial do Brasil e Limites Territoriais Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE) (1 de julho de 2008) Disponiacutevel em httpwwwibgegovbrhomegeocienciascartografiadefault_dtb_intshtm Acesso em16 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Ensino - matriacuteculas docentes e rede escolar ndash 2012 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=117ampsearch=minas-gerais|divinopolis|ensino-matriculas-docentes-e-rede-escolar-2012 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estaacutetica Histoacuterico do Municiacutepio disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrpainelhistoricophplang=ampcodmun=312230ampsearch=minas-gerais|divinopolis|infograficos-historico Acesso 10 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Informaccedilotildees completas Populaccedilatildeo em 2010 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrasperfilphplang=ampcodmun=312230 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Serviccedilos de sauacutede ndash 2009 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=5ampsearch=minas-gerais|divinopolis|servicos-de-saude-2009 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Sistema de informaccedilotildees de agravos de notificaccedilatildeo ndash SINAN Disponiacutevel em httpcesibgegovbrbase-de-dadosmetadadosministerio-da-saudesistema-de-informacoes-de-agravos-de-notificacao-sinan Acesso em 16 de Nov de 2014 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede Dengue aspectos epidemioloacutegicos diagnoacutestico e tratamento Ministeacuterio da Sauacutede Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede ndash Brasiacutelia Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede 2002 Disponiacutevel em httpbvsmssaudegovbrbvspublicacoesdengue_aspecto_epidemiologicos_diagnostico_tratamentopdf Acesso em 02 de out de 2014 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede FUNSA Programa Nacional de Combate a Dengue PNCD Disponiacutevel em httpbvsmssaudegovbrbvspublicacoespncd_2002pdf Acesso em 21 de jun de 2014 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portal Brasil Disponiacutevel em httpwwwbrasilgovbrsaude201311saude-libera-mais-de-r-360-mi-para-combate-a-dengue Acesso em 10 de Nov de 2014

44

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede Departamento de Vigilacircncia Epidemioloacutegica Diretrizes nacionais para prevenccedilatildeo e controle de epidemias de dengue Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede Departamento de Vigilacircncia Epidemioloacutegica ndash Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2009 160 p Disponiacutevel em httpwwwansgovbrportalimgemaildiretrizes_reimpressao_webpdf Acesso em 16 de Nov de 2014

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede (2014) Monitoramento dos casos de dengue e febre de chikungunya ateacute a Semana Epidemioloacutegica (SE) 53 de 2014 Dengue Boletim Epidemioloacutegico ISSN 2358-9450 Volume 46 Ndeg 3 ndash 2015 Disponiacutevel em httpportalsaudesaudegovbrimagespdf2015janeiro192015-002---BE-at---SE-53pdf Acesso em 22 mar de 2015 BRASILSINANONLINE e DVASVEASTSub VPSSES-MG (20122013) Disponiacutevel em httpwwwsaudemggovbrcomponentgmgstory6489-informe-epidemiologico-da-dengue-30-05-2014 Acesso em 08 de jun de 2014 CAMPOS FCC FARIA H P SANTOS MA Planejamento e avaliaccedilatildeo das accedilotildees em sauacutede Curso de Especializaccedilatildeo em Atenccedilatildeo Baacutesica em Sauacutede da Famiacutelia NESCONUFMG Curso de Especializaccedilatildeo em Atenccedilatildeo Baacutesica agrave Sauacutede da Famiacutelia 2ed Belo Horizonte NesconUFMG 2010 Disponiacutevel em lthttpswwwnesconmedicinaufmgbrbibliotecaregistroPlanejamento_e_avaliacao_das_acoes_de_saude_23gt Acesso em Dezembro 2014 DIVINOacutePOLIS Estatuto dos Conselhos Distritais de Sauacutede Conselho Municipal de Sauacutede 1998 DIVINOacutePOLIS Mapa da cidade Disponiacutevel em httpwwwdivinopolismggovbrportalpaginasgeograficosimagensmapadacidadepdf Acesso em 08 de jun de 2014 DIVINOPOLIS Secretaria Municipal de Sauacutede SEMUSA Sistema Integrado de Sauacutede Paciente Famiacutelia Acesso Local Acesso em 15 de maio de 2014 FERREIRA B J et al Evoluccedilatildeo histoacuterica dos programas de prevenccedilatildeo e controle da dengue no Brasil Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2009 vol14 n3 pp 961-972 ISSN 1413-8123 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcscv14n332pdf Acesso em 21 de jun de 2014 FERREIRA IT RN VERAS M A S M and SILVA RA Participaccedilatildeo da populaccedilatildeo no controle da dengue uma anaacutelise da sensibilidade dos planos de sauacutede de municiacutepios do Estado de Satildeo Paulo BrasilCad Sauacutede Puacuteblica [online] 2009 vol25 n12 pp 2683-2694 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielosporgpdfcspv25n1215pdf Acesso em 10 de out de 2014 FIGUEIREDO LT M OWA M A CARLUCCI R H and OLIVEIRA L de Estudo sobre o diagnoacutestico laboratorial e sintomas do dengue durante epidemia ocorrida na regiatildeo de Ribeiratildeo Preto SP Brasil Rev Inst Med trop S Paulo [online] 1992

45

vol34 n2 pp 121-130 ISSN 0036-4665 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfrimtspv34n2a07v34n2pdf Acesso em 13 ago de 2014 FIGUEIROacute AC et al Oacutebito por dengue como evento sentinela para avaliaccedilatildeo da qualidade da assistecircncia estudo de caso em dois municiacutepios da Regiatildeo Nordeste Brasil 2008 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2011 vol27 n12 pp 2373-2385 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv27n1209pdf Acesso em 12 de out de 2014 GIRAtildeO RV et al Educaccedilatildeo em sauacutede sobre a dengue contribuiccedilotildees para o desenvolvimento de competecircncias J res fundam care online 2014 janmar 6(1) 38-46 Disponiacutevel em httpwwwseeruniriobrindexphpcuidadofundamentalarticleview2659pdf_1043 Acesso em 21 de jun de 2014 GONCcedilALVES NETO V S et al Conhecimentos e atitudes da populaccedilatildeo sobre dengue no Municiacutepio de Satildeo Luiacutes Maranhatildeo Brasil 2004 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2006 vol22 n10 pp 2191-2200 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv22n1018pdf Acesso em 10 de out de 2014 LEFEVRE A MC et al Representaccedilotildees sobre dengue seu vetor e accedilotildees de controle por moradores do municiacutepio de Satildeo Sebastiatildeo litoral Norte do Estado de Satildeo Paulo Brasil Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2007 vol23 n7 pp 1696-1706 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv23n722pdf Acesso em 16 de out de 2014 LIMA E C VILASBOAS ALQ Implantaccedilatildeo das Accedilotildees Interssetoriais de Mobilizaccedilatildeo Social do Paraacute o Controle da dengue na Bahia Brasil Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2011 vol27 n8 pp 1507-1519 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv27n806pdf Acesso em 16 de out de 2014 MACHADO RM et al (2013) HISTORIA DA SAUacuteDE MENTAL DE DIVINOacutePOLIS-MG Revista de Enfermagem do Centro Oeste Mineiro 2013 maiago 3 (2) 752-760 httpwwwseerufsjedubrindexphprecomarticleview228439 Acesso em 08 de abr de 2015 MAYO R C et al BEPA - Boletim Epidemioloacutegico Paulista 8(88) 4-12 abr 2011 tab Graf Disponiacutevel em fileCUsersnoteDownloadsv8n88a0120(1)pdf Acesso em 12 de out de 2014 MINAS GERAIS Secretaria Estadual de Sauacutede Programa Estadual de Controle Permanente da Dengue SITUACcedilAtildeO ATUAL DA DENGUE EM MINAS GERAIS RESUMO INFORMATIVO - 15122014 Disponiacutevel em httpwwwsaudemggovbrimagesdocumentosAnaliseDengue15-12-2014pdf Acesso em 10 de jan de 2015 MINAS GERAIS Secretaria de Estado da Sauacutede de Minas Gerais Programa Sauacutede em Casa Disponiacutevel em httpwwwsaudemggovbrpoliacuteticas_de_saudeprograma-saude-em-casa Acesso em 10 de maio de 2014

46

MORAES GH and DUARTE E C Anaacutelise da concordacircncia dos dados de mortalidade por dengue em dois sistemas nacionais de informaccedilatildeo em sauacutede Brasil 2000-2005 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2009 vol25 n11 pp 2354-2364 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielosporgpdfcspv25n1106pdf Acesso em 29 de Nov de 2014 PENNA M L F Um desafio para a sauacutede puacuteblica brasileira o controle do dengue Cad Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro 19(1) 305-309 jan-fev 2003 Disponiacutevel em httpwwwscielosporgpdfcspv19n114932pdf Acesso em 21 de jun de 2014

PREFEITURA MUNICIPAL DE DIVINOacutePOLIS BALANCcedilO DA DENGUE Disponiacutevel em httpwwwdivinopolismggovbrportalnoticiaphpid=11507 Acesso em 19 jan de 2015

RIBEIRO P C SOUSA DC ARAUJO TME Perfil cliacutenico-epidemioloacutegico dos casos suspeitos de Dengue em um bairro da zona sul de Teresina PI Brasil Rev bras enferm [online] 2008 vol61 n2 pp 227-232 ISSN 0034-7167 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfrebenv61n2a13v61n2pdf Acesso em 28 de jul de 2014 VALENTE G SC et al Problematizaccedilatildeo Como Estrateacutegia de Educaccedilatildeo em Sauacutede no Combate a Dengue Um Relato de Experiecircncia R Pesq cuid Fundam Online 2012 outdez 4(4)2987-94 Disponiacutevel em httpwwwseeruniriobrindexphpcuidadofundamentalarticleview1888pdf_641 Acesso em 08 jun de 2014 TEIXEIRA LAS et al Persistecircncia dos sintomas de dengue em uma populaccedilatildeo de Uberaba Minas Gerais Brasil Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2010 vol26 n3 pp 624-630 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv26n319pdf Acesso em 16 de out de 2014

Page 35: PLANO DE AÇÃO NO COMBATE A DENGUE: EDUCAR PARA EVITAR · 2019-11-14 · The Divinopolis follows the same trend, with 4680 notifications and 4139 confirmed ... banhado pelas bacias

35

Para iniacutecio das operaccedilotildees foram apresentados os recursos necessaacuterios e

indispensaacuteveis para o sucesso do processo

Quadro 7 ndash Identificaccedilatildeo dos Recursos Criacuteticos

Operaccedilatildeo

Projeto

Recursos Criacuteticos

Controle dos recursos criacuteticos

Accedilatildeo estrateacutegica

Ator que controla

Motivaccedilatildeo

ldquoMutiratildeo da

limpezardquo

realizar um dia

por mecircs para

limpeza em

parceria com a

populaccedilatildeo

Poliacutetico Veiculo e pessoal para limpeza das ruas

Empresa Municipal de Obras Puacuteblicas

Evitar que lixo se acumule nas ruas

Criaccedilatildeo do dia da limpeza e apresentaccedilatildeo da administraccedilatildeo para apreciaccedilatildeo

ldquoFora Denguerdquo Intensificaccedilatildeo das accedilotildees educativas nas escolas e nos grupos e associaccedilatildeo de bairro

Poliacutetico Articulaccedilatildeo interssetorial Financeiro Disponibilizaccedilatildeo de material informativo

Secretaria Municipal de Sauacutede Secretaria Municipal de Educaccedilatildeo Associaccedilatildeo de bairros

Despertar na comunidade a consciecircncia de sauacutede coletiva

Despertar nos discentes e na comunidade o desejo de erradicar os focos da dengue

ldquoMapeamento

dos lotes sujosrdquo

Realizar o

mapeamento

dos terrenos

sujos

Poliacutetico Notificar os

proprietaacuterios para limpeza do

terreno Financeiro

Recurso para impressatildeo das

notificaccedilotildees

Secretaria Municipal de

Sauacutede

Evitar que as pessoas joguem lixo e entulho em lotes vagos

Conservaccedilatildeo e limpeza dos lotes vazios

58 Oitavo Passo Anaacutelise de Viabilidade do Plano

A proposta a seguir (Quadro 3) apresenta a motivaccedilatildeo para a viabilidade do plano

visto que alguns dos recursos necessaacuterios fogem agrave governabilidade da ESF

36

Quadro 8 ndash Viabilidade do Plano

Operaccedilatildeo

Projeto

Recursos Criacuteticos

Controle dos recursos criacuteticos

Accedilatildeo estrateacutegica

Ator que controla

Motivaccedilatildeo

ldquoMutiratildeo da

limpezardquo

realizar um dia

por mecircs para

limpeza em

parceria com a

populaccedilatildeo

Poliacutetico Veiculo e pessoal para limpeza das ruas

Empresa Municipal de Obras Puacuteblicas

Favoraacutevel Criaccedilatildeo do dia da limpeza e apresentaccedilatildeo agrave administraccedilatildeo para apreciaccedilatildeo

ldquoFora Denguerdquo Intensificaccedilatildeo das accedilotildees educativas nas escolas e nos grupos e associaccedilatildeo de bairro

Poliacutetico Articulaccedilatildeo interssetorial Financeiro Disponibilizaccedilatildeo de material informativo

Secretaria Municipal de Sauacutede Secretaria Municipal de Educaccedilatildeo Associaccedilatildeo de bairros

Favoraacutevel

Despertar nos escolares e na comunidade o desejo de erradicar os focos da dengue

ldquoMapeamento

dos lotes sujosrdquo

Realizar o

mapeamento

dos terrenos

sujos

Poliacutetico Notificar os

proprietaacuterios para limpeza do

terreno Financeiro

Recurso para impressatildeo das

notificaccedilotildees

Secretaria Municipal de

Sauacutede

Indiferente

Conservaccedilatildeo e limpeza dos lotes vazios

37

59 Nono Passo Elaboraccedilatildeo do Plano Operativo

A proposta a seguir no Quadro 9 identifica os atores envolvidos lhes atribuiacutedo

responsabilidades e prazos a cumprir

Quadro 9 ndash Plano Operativo

Operaccedilotildees Resultados Accedilotildees Estrateacutegicas

Responsaacutevel Prazo

ldquoMutiratildeo da limpezardquo realizar um dia por mecircs para limpeza em parceria com a populaccedilatildeo

Limpeza das ruas

e quintais

Coleta de lixo

das ruas Incentivo a limpeza de

lotes e quintais

Equipe de ACS

Durante todo ano

ldquoFora Denguerdquo Intensificaccedilatildeo das accedilotildees educativas nas escolas e nos grupos e associaccedilatildeo de bairro

Uma comunidade

consciente das suas

responsabilidades

Insistir e reforccedilar com

accedilotildees educativas para que

populaccedilatildeo mantenha as ruas limpas e coloque o lixo

para ser recolhido

Enfermeiro ESF

Durante todo o ano

ldquoMapeamento dos lotes

sujosrdquo Realizar o

mapeamento dos terrenos

sujos

Identificar os focos e eliminaacute-

los

Criaccedilatildeo de um mapa onde ocorreram focos do mosquito

ACS e

Enfermeiro

Trecircs meses

510 Deacutecimo Passo Gestatildeo do Plano

Com a gestatildeo do plano eacute possiacutevel aos responsaacuteveis acompanhar e monitorar as

accedilotildees avaliando e sempre que necessaacuterio readequando as eventuais falhas do

processo

38

Quadro 10ndash Gestatildeo do Plano

Produtos Responsaacutevel Prazo Situaccedilatildeo Atual

Justificativa Novo Prazo

ldquoMutiratildeo da

limpezardquo

realizar um

dia por mecircs

para limpeza

em parceria

com a

populaccedilatildeo

Enfermeiro da ESF

Inicio imediatamente

(logo apoacutes apresentaccedilatildeo

do projeto)

ldquoFora Denguerdquo Intensificaccedilatildeo das accedilotildees educativas nas escolas e nos grupos e associaccedilatildeo de bairro

Enfermeiro Provab

Durante todo ano

ldquoMapeamento

dos lotes

sujosrdquo

Realizar o

mapeamento

dos terrenos

sujos

ECS e Equipe

de Epidemiologia

Um mecircs para

inicio das atividades

Aleacutem dos 10 passos do Planejamento Estrateacutegico Situacional optei por incluir outros

02 passos que tecircm a finalidade de contribuir para o processo de avaliaccedilatildeo da

Proposta de Intervenccedilatildeo Estatildeo contidos nos itens 511 e 512 a seguir

511 Avaliaccedilatildeo dos Resultados

O instrumento para avaliaccedilatildeo seraacute o Sistema de Informaccedilotildees de Agravos de

Notificaccedilatildeo ndash SINAN

ldquoque tem por objetivo o registro e processamento dos dados sobre agravos

de notificaccedilatildeo em todo o territoacuterio nacional fornecendo informaccedilotildees para

anaacutelise do perfil da morbidade e contribuindo desta forma para a tomada

de decisotildees em niacutevel municipal estadual e federalrdquo (IBGE 2014)

39

Segundo Moraes e Duarte (2009) o SINAN tem sido principal fonte de dados

para coordenaccedilatildeo das accedilotildees de vigilacircncia epidemioloacutegica tanto no sentido de

controle da doenccedila quando como fonte de pesquisa

512 Resultados Eesperados

O resultado esperado eacute

Estabelecer a construccedilatildeo de conhecimento que favoreccedila o autocuidado e a

capacidade de emancipaccedilatildeo da comunidade criando um ambiente seguro com

ecircnfase na educaccedilatildeo e sauacutede com vistas agrave reduccedilatildeo dos casos de dengue na

populaccedilatildeo adscrita da UBS Santos Dumont

40

6 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

O Programa de Valorizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Baacutesica (PROVAB) abriu muitos

caminhos para um horizonte promissor no desenvolvimento da promoccedilatildeo da sauacutede

e da prevenccedilatildeo no campo de atuaccedilatildeo do Programa Sauacutede na Escola criando um

viacutenculo de amizade e confianccedila uma verdadeira parceria com os alunos essencial

na construccedilatildeo de uma sociedade consciente e capaz de cuidar da sua sauacutede de

maneira preventiva loacutegica essa defendida pelo Sistema Uacutenico de Sauacutede

Para noacutes enfermeiros eacute oportunidade de ampliar o horizonte de atuaccedilatildeo

ensinando e aprendendo com o comportamento das crianccedilas dos adolescentes e

jovens vendo de maneira impar o grande desafio da educaccedilatildeo em formar cidadatildeos

com mais sauacutede Como gratificaccedilatildeo recebemos o reconhecimento dos alunos

professores e diretores algo que fica marcado para sempre na formaccedilatildeo do

profissional os laccedilos de confianccedila amizade e reconhecimento satildeo a maior

recompensa e certeza de missatildeo cumprida

Como a Equipe de Sauacutede da Famiacutelia tem como principal objetivo trabalhar na

prevenccedilatildeo de doenccedilas e agravos criando viacutenculos com a clientela a missatildeo de

promover a emancipaccedilatildeo de seus usuaacuterios com ecircnfase no autocuidado exige de

noacutes muita articulaccedilatildeo e intensificaccedilatildeo de accedilotildees educativas Especificamente no caso

da dengue o cumprimento desta missatildeo pode evitar que as constantes epidemias

se tornem parte do cotidiano das pessoas auxiliando os moradores da comunidade

na adoccedilatildeo de medidas responsaacuteveis que visem o cuidado com a sua sauacutede e da

sauacutede da comunidade

Neste sentido a educaccedilatildeo em sauacutede desempenha um papel importante em

manter a comunidade sempre vigilante e em alerta pois o perigo eacute eminente e vive

dentro dos lares das pessoas esperando apenas o momento oportuno e condiccedilotildees

favoraacuteveis para transmitir a dengue

O trabalho dos agentes de controle de endemias e da ESF deve ser

constante focado na eliminaccedilatildeo dos criadouros do mosquito transmissor da dengue

A comunidade deve colaborar com livre acesso dos agentes agraves residecircncias na

colaboraccedilatildeo para eliminaccedilatildeo dos focos nos domiciacutelios e peridomiciacutelios e

multiplicaccedilatildeo das informaccedilotildees sobre o ciclo de vida do vetor entre os vizinhos

amigos e parentes informando que todos estatildeo expostos agrave doenccedila e a mudanccedila de

comportamento pode diminuir os riscos de contrair a dengue

41

Ao poder puacuteblico eacute necessaacuterio adotar um planejamento adequado para

garantir aos cidadatildeos a infraestrutura miacutenima necessaacuteria para viver em comunidade

serviccedilos essenciais como saneamento coleta de lixo e mobilidade que favorecem a

criaccedilatildeo de um ambiente seguro com sauacutede e qualidade de vida

42

REFEREcircNCIAS

ALMEIDA M CM et al Dinacircmica intra-urbana das epidemias de dengue em Belo Horizonte Minas Gerais Brasil 1996-2002 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2008 vol24 n10 pp 2385-2395 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv24n1019pdf Acesso em 02 de out de 2014 ALVES V S A Um modelo de educaccedilatildeo em sauacutede para o Programa Sauacutede da Famiacutelia pela integralidade da atenccedilatildeo e reorientaccedilatildeo do modelo assistencial Interface - Comunic Sauacutede Educ v9 n16 p39-52 set2004fev2005 Disponiacutevel em httpswwwnesconmedicinaufmgbrbibliotecaimagem0303pdf Acesso de jun de 2014 BACKES DS et al (2012) O papel profissional do enfermeiro no Sistema Uacutenico de Sauacutede da sauacutede comunitaacuteria agrave estrateacutegia de sauacutede da famiacutelia Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva

17(1)223-230 2012 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcscv17n1a24v17n1pdf Acesso em 12 de jan 2015 BRASIL Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sauacutede Consulta Estabelecimento - Modulo Profissional - Profissional por Estabelecimento Disponiacutevel em httpcnesdatasusgovbrMod_ProfissionalaspVCo_Unidade=3122302159651 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Cadernos de Informaccedilotildees de Sauacutede Minas Gerais DATASUS TABNET (2010) Disponiacutevel em httptabnetdatasusgovbrtabdatacadernosmghtm Acesso em16 de maio de 2014 BRASIL Dengue - instruccedilotildees para pessoal de combate ao vetor Manual de Normas teacutecnicas - 3 ed rev - Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede 2001 84 p il 30 cm Disponiacutevel em httpbvsmssaudegovbrbvspublicacoesfunasaman_denguepdf acesso em 15 de out de 2014 BRASIL Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz Vetor da dengue na Aacutesia A albopictus eacute alvo de estudos Publicada em 18122008 agraves 1249 Disponiacutevel em httpwwwfiocruzbrioccgicgiluaexesysstarthtminfoid=576ampsid=32amptpl=printerview Acesso em 12 de jan de 2015 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Censo demograacutefico 2010 sinopse Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=1ampsearch=minas-gerais|divinopolis|censo-demografico-2010-sinopse- Acesso em 15 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Divinoacutepolis morbidades hospitalares ndash 2012 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=114ampsearch=minas-gerais|divinopolis|morbidades-hospitalares-2012 Acesso em 12 de maio de 2014

43

BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estaacutetica Divisatildeo Territorial do Brasil e Limites Territoriais Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE) (1 de julho de 2008) Disponiacutevel em httpwwwibgegovbrhomegeocienciascartografiadefault_dtb_intshtm Acesso em16 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Ensino - matriacuteculas docentes e rede escolar ndash 2012 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=117ampsearch=minas-gerais|divinopolis|ensino-matriculas-docentes-e-rede-escolar-2012 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estaacutetica Histoacuterico do Municiacutepio disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrpainelhistoricophplang=ampcodmun=312230ampsearch=minas-gerais|divinopolis|infograficos-historico Acesso 10 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Informaccedilotildees completas Populaccedilatildeo em 2010 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrasperfilphplang=ampcodmun=312230 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Serviccedilos de sauacutede ndash 2009 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=5ampsearch=minas-gerais|divinopolis|servicos-de-saude-2009 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Sistema de informaccedilotildees de agravos de notificaccedilatildeo ndash SINAN Disponiacutevel em httpcesibgegovbrbase-de-dadosmetadadosministerio-da-saudesistema-de-informacoes-de-agravos-de-notificacao-sinan Acesso em 16 de Nov de 2014 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede Dengue aspectos epidemioloacutegicos diagnoacutestico e tratamento Ministeacuterio da Sauacutede Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede ndash Brasiacutelia Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede 2002 Disponiacutevel em httpbvsmssaudegovbrbvspublicacoesdengue_aspecto_epidemiologicos_diagnostico_tratamentopdf Acesso em 02 de out de 2014 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede FUNSA Programa Nacional de Combate a Dengue PNCD Disponiacutevel em httpbvsmssaudegovbrbvspublicacoespncd_2002pdf Acesso em 21 de jun de 2014 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portal Brasil Disponiacutevel em httpwwwbrasilgovbrsaude201311saude-libera-mais-de-r-360-mi-para-combate-a-dengue Acesso em 10 de Nov de 2014

44

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede Departamento de Vigilacircncia Epidemioloacutegica Diretrizes nacionais para prevenccedilatildeo e controle de epidemias de dengue Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede Departamento de Vigilacircncia Epidemioloacutegica ndash Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2009 160 p Disponiacutevel em httpwwwansgovbrportalimgemaildiretrizes_reimpressao_webpdf Acesso em 16 de Nov de 2014

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede (2014) Monitoramento dos casos de dengue e febre de chikungunya ateacute a Semana Epidemioloacutegica (SE) 53 de 2014 Dengue Boletim Epidemioloacutegico ISSN 2358-9450 Volume 46 Ndeg 3 ndash 2015 Disponiacutevel em httpportalsaudesaudegovbrimagespdf2015janeiro192015-002---BE-at---SE-53pdf Acesso em 22 mar de 2015 BRASILSINANONLINE e DVASVEASTSub VPSSES-MG (20122013) Disponiacutevel em httpwwwsaudemggovbrcomponentgmgstory6489-informe-epidemiologico-da-dengue-30-05-2014 Acesso em 08 de jun de 2014 CAMPOS FCC FARIA H P SANTOS MA Planejamento e avaliaccedilatildeo das accedilotildees em sauacutede Curso de Especializaccedilatildeo em Atenccedilatildeo Baacutesica em Sauacutede da Famiacutelia NESCONUFMG Curso de Especializaccedilatildeo em Atenccedilatildeo Baacutesica agrave Sauacutede da Famiacutelia 2ed Belo Horizonte NesconUFMG 2010 Disponiacutevel em lthttpswwwnesconmedicinaufmgbrbibliotecaregistroPlanejamento_e_avaliacao_das_acoes_de_saude_23gt Acesso em Dezembro 2014 DIVINOacutePOLIS Estatuto dos Conselhos Distritais de Sauacutede Conselho Municipal de Sauacutede 1998 DIVINOacutePOLIS Mapa da cidade Disponiacutevel em httpwwwdivinopolismggovbrportalpaginasgeograficosimagensmapadacidadepdf Acesso em 08 de jun de 2014 DIVINOPOLIS Secretaria Municipal de Sauacutede SEMUSA Sistema Integrado de Sauacutede Paciente Famiacutelia Acesso Local Acesso em 15 de maio de 2014 FERREIRA B J et al Evoluccedilatildeo histoacuterica dos programas de prevenccedilatildeo e controle da dengue no Brasil Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2009 vol14 n3 pp 961-972 ISSN 1413-8123 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcscv14n332pdf Acesso em 21 de jun de 2014 FERREIRA IT RN VERAS M A S M and SILVA RA Participaccedilatildeo da populaccedilatildeo no controle da dengue uma anaacutelise da sensibilidade dos planos de sauacutede de municiacutepios do Estado de Satildeo Paulo BrasilCad Sauacutede Puacuteblica [online] 2009 vol25 n12 pp 2683-2694 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielosporgpdfcspv25n1215pdf Acesso em 10 de out de 2014 FIGUEIREDO LT M OWA M A CARLUCCI R H and OLIVEIRA L de Estudo sobre o diagnoacutestico laboratorial e sintomas do dengue durante epidemia ocorrida na regiatildeo de Ribeiratildeo Preto SP Brasil Rev Inst Med trop S Paulo [online] 1992

45

vol34 n2 pp 121-130 ISSN 0036-4665 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfrimtspv34n2a07v34n2pdf Acesso em 13 ago de 2014 FIGUEIROacute AC et al Oacutebito por dengue como evento sentinela para avaliaccedilatildeo da qualidade da assistecircncia estudo de caso em dois municiacutepios da Regiatildeo Nordeste Brasil 2008 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2011 vol27 n12 pp 2373-2385 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv27n1209pdf Acesso em 12 de out de 2014 GIRAtildeO RV et al Educaccedilatildeo em sauacutede sobre a dengue contribuiccedilotildees para o desenvolvimento de competecircncias J res fundam care online 2014 janmar 6(1) 38-46 Disponiacutevel em httpwwwseeruniriobrindexphpcuidadofundamentalarticleview2659pdf_1043 Acesso em 21 de jun de 2014 GONCcedilALVES NETO V S et al Conhecimentos e atitudes da populaccedilatildeo sobre dengue no Municiacutepio de Satildeo Luiacutes Maranhatildeo Brasil 2004 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2006 vol22 n10 pp 2191-2200 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv22n1018pdf Acesso em 10 de out de 2014 LEFEVRE A MC et al Representaccedilotildees sobre dengue seu vetor e accedilotildees de controle por moradores do municiacutepio de Satildeo Sebastiatildeo litoral Norte do Estado de Satildeo Paulo Brasil Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2007 vol23 n7 pp 1696-1706 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv23n722pdf Acesso em 16 de out de 2014 LIMA E C VILASBOAS ALQ Implantaccedilatildeo das Accedilotildees Interssetoriais de Mobilizaccedilatildeo Social do Paraacute o Controle da dengue na Bahia Brasil Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2011 vol27 n8 pp 1507-1519 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv27n806pdf Acesso em 16 de out de 2014 MACHADO RM et al (2013) HISTORIA DA SAUacuteDE MENTAL DE DIVINOacutePOLIS-MG Revista de Enfermagem do Centro Oeste Mineiro 2013 maiago 3 (2) 752-760 httpwwwseerufsjedubrindexphprecomarticleview228439 Acesso em 08 de abr de 2015 MAYO R C et al BEPA - Boletim Epidemioloacutegico Paulista 8(88) 4-12 abr 2011 tab Graf Disponiacutevel em fileCUsersnoteDownloadsv8n88a0120(1)pdf Acesso em 12 de out de 2014 MINAS GERAIS Secretaria Estadual de Sauacutede Programa Estadual de Controle Permanente da Dengue SITUACcedilAtildeO ATUAL DA DENGUE EM MINAS GERAIS RESUMO INFORMATIVO - 15122014 Disponiacutevel em httpwwwsaudemggovbrimagesdocumentosAnaliseDengue15-12-2014pdf Acesso em 10 de jan de 2015 MINAS GERAIS Secretaria de Estado da Sauacutede de Minas Gerais Programa Sauacutede em Casa Disponiacutevel em httpwwwsaudemggovbrpoliacuteticas_de_saudeprograma-saude-em-casa Acesso em 10 de maio de 2014

46

MORAES GH and DUARTE E C Anaacutelise da concordacircncia dos dados de mortalidade por dengue em dois sistemas nacionais de informaccedilatildeo em sauacutede Brasil 2000-2005 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2009 vol25 n11 pp 2354-2364 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielosporgpdfcspv25n1106pdf Acesso em 29 de Nov de 2014 PENNA M L F Um desafio para a sauacutede puacuteblica brasileira o controle do dengue Cad Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro 19(1) 305-309 jan-fev 2003 Disponiacutevel em httpwwwscielosporgpdfcspv19n114932pdf Acesso em 21 de jun de 2014

PREFEITURA MUNICIPAL DE DIVINOacutePOLIS BALANCcedilO DA DENGUE Disponiacutevel em httpwwwdivinopolismggovbrportalnoticiaphpid=11507 Acesso em 19 jan de 2015

RIBEIRO P C SOUSA DC ARAUJO TME Perfil cliacutenico-epidemioloacutegico dos casos suspeitos de Dengue em um bairro da zona sul de Teresina PI Brasil Rev bras enferm [online] 2008 vol61 n2 pp 227-232 ISSN 0034-7167 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfrebenv61n2a13v61n2pdf Acesso em 28 de jul de 2014 VALENTE G SC et al Problematizaccedilatildeo Como Estrateacutegia de Educaccedilatildeo em Sauacutede no Combate a Dengue Um Relato de Experiecircncia R Pesq cuid Fundam Online 2012 outdez 4(4)2987-94 Disponiacutevel em httpwwwseeruniriobrindexphpcuidadofundamentalarticleview1888pdf_641 Acesso em 08 jun de 2014 TEIXEIRA LAS et al Persistecircncia dos sintomas de dengue em uma populaccedilatildeo de Uberaba Minas Gerais Brasil Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2010 vol26 n3 pp 624-630 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv26n319pdf Acesso em 16 de out de 2014

Page 36: PLANO DE AÇÃO NO COMBATE A DENGUE: EDUCAR PARA EVITAR · 2019-11-14 · The Divinopolis follows the same trend, with 4680 notifications and 4139 confirmed ... banhado pelas bacias

36

Quadro 8 ndash Viabilidade do Plano

Operaccedilatildeo

Projeto

Recursos Criacuteticos

Controle dos recursos criacuteticos

Accedilatildeo estrateacutegica

Ator que controla

Motivaccedilatildeo

ldquoMutiratildeo da

limpezardquo

realizar um dia

por mecircs para

limpeza em

parceria com a

populaccedilatildeo

Poliacutetico Veiculo e pessoal para limpeza das ruas

Empresa Municipal de Obras Puacuteblicas

Favoraacutevel Criaccedilatildeo do dia da limpeza e apresentaccedilatildeo agrave administraccedilatildeo para apreciaccedilatildeo

ldquoFora Denguerdquo Intensificaccedilatildeo das accedilotildees educativas nas escolas e nos grupos e associaccedilatildeo de bairro

Poliacutetico Articulaccedilatildeo interssetorial Financeiro Disponibilizaccedilatildeo de material informativo

Secretaria Municipal de Sauacutede Secretaria Municipal de Educaccedilatildeo Associaccedilatildeo de bairros

Favoraacutevel

Despertar nos escolares e na comunidade o desejo de erradicar os focos da dengue

ldquoMapeamento

dos lotes sujosrdquo

Realizar o

mapeamento

dos terrenos

sujos

Poliacutetico Notificar os

proprietaacuterios para limpeza do

terreno Financeiro

Recurso para impressatildeo das

notificaccedilotildees

Secretaria Municipal de

Sauacutede

Indiferente

Conservaccedilatildeo e limpeza dos lotes vazios

37

59 Nono Passo Elaboraccedilatildeo do Plano Operativo

A proposta a seguir no Quadro 9 identifica os atores envolvidos lhes atribuiacutedo

responsabilidades e prazos a cumprir

Quadro 9 ndash Plano Operativo

Operaccedilotildees Resultados Accedilotildees Estrateacutegicas

Responsaacutevel Prazo

ldquoMutiratildeo da limpezardquo realizar um dia por mecircs para limpeza em parceria com a populaccedilatildeo

Limpeza das ruas

e quintais

Coleta de lixo

das ruas Incentivo a limpeza de

lotes e quintais

Equipe de ACS

Durante todo ano

ldquoFora Denguerdquo Intensificaccedilatildeo das accedilotildees educativas nas escolas e nos grupos e associaccedilatildeo de bairro

Uma comunidade

consciente das suas

responsabilidades

Insistir e reforccedilar com

accedilotildees educativas para que

populaccedilatildeo mantenha as ruas limpas e coloque o lixo

para ser recolhido

Enfermeiro ESF

Durante todo o ano

ldquoMapeamento dos lotes

sujosrdquo Realizar o

mapeamento dos terrenos

sujos

Identificar os focos e eliminaacute-

los

Criaccedilatildeo de um mapa onde ocorreram focos do mosquito

ACS e

Enfermeiro

Trecircs meses

510 Deacutecimo Passo Gestatildeo do Plano

Com a gestatildeo do plano eacute possiacutevel aos responsaacuteveis acompanhar e monitorar as

accedilotildees avaliando e sempre que necessaacuterio readequando as eventuais falhas do

processo

38

Quadro 10ndash Gestatildeo do Plano

Produtos Responsaacutevel Prazo Situaccedilatildeo Atual

Justificativa Novo Prazo

ldquoMutiratildeo da

limpezardquo

realizar um

dia por mecircs

para limpeza

em parceria

com a

populaccedilatildeo

Enfermeiro da ESF

Inicio imediatamente

(logo apoacutes apresentaccedilatildeo

do projeto)

ldquoFora Denguerdquo Intensificaccedilatildeo das accedilotildees educativas nas escolas e nos grupos e associaccedilatildeo de bairro

Enfermeiro Provab

Durante todo ano

ldquoMapeamento

dos lotes

sujosrdquo

Realizar o

mapeamento

dos terrenos

sujos

ECS e Equipe

de Epidemiologia

Um mecircs para

inicio das atividades

Aleacutem dos 10 passos do Planejamento Estrateacutegico Situacional optei por incluir outros

02 passos que tecircm a finalidade de contribuir para o processo de avaliaccedilatildeo da

Proposta de Intervenccedilatildeo Estatildeo contidos nos itens 511 e 512 a seguir

511 Avaliaccedilatildeo dos Resultados

O instrumento para avaliaccedilatildeo seraacute o Sistema de Informaccedilotildees de Agravos de

Notificaccedilatildeo ndash SINAN

ldquoque tem por objetivo o registro e processamento dos dados sobre agravos

de notificaccedilatildeo em todo o territoacuterio nacional fornecendo informaccedilotildees para

anaacutelise do perfil da morbidade e contribuindo desta forma para a tomada

de decisotildees em niacutevel municipal estadual e federalrdquo (IBGE 2014)

39

Segundo Moraes e Duarte (2009) o SINAN tem sido principal fonte de dados

para coordenaccedilatildeo das accedilotildees de vigilacircncia epidemioloacutegica tanto no sentido de

controle da doenccedila quando como fonte de pesquisa

512 Resultados Eesperados

O resultado esperado eacute

Estabelecer a construccedilatildeo de conhecimento que favoreccedila o autocuidado e a

capacidade de emancipaccedilatildeo da comunidade criando um ambiente seguro com

ecircnfase na educaccedilatildeo e sauacutede com vistas agrave reduccedilatildeo dos casos de dengue na

populaccedilatildeo adscrita da UBS Santos Dumont

40

6 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

O Programa de Valorizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Baacutesica (PROVAB) abriu muitos

caminhos para um horizonte promissor no desenvolvimento da promoccedilatildeo da sauacutede

e da prevenccedilatildeo no campo de atuaccedilatildeo do Programa Sauacutede na Escola criando um

viacutenculo de amizade e confianccedila uma verdadeira parceria com os alunos essencial

na construccedilatildeo de uma sociedade consciente e capaz de cuidar da sua sauacutede de

maneira preventiva loacutegica essa defendida pelo Sistema Uacutenico de Sauacutede

Para noacutes enfermeiros eacute oportunidade de ampliar o horizonte de atuaccedilatildeo

ensinando e aprendendo com o comportamento das crianccedilas dos adolescentes e

jovens vendo de maneira impar o grande desafio da educaccedilatildeo em formar cidadatildeos

com mais sauacutede Como gratificaccedilatildeo recebemos o reconhecimento dos alunos

professores e diretores algo que fica marcado para sempre na formaccedilatildeo do

profissional os laccedilos de confianccedila amizade e reconhecimento satildeo a maior

recompensa e certeza de missatildeo cumprida

Como a Equipe de Sauacutede da Famiacutelia tem como principal objetivo trabalhar na

prevenccedilatildeo de doenccedilas e agravos criando viacutenculos com a clientela a missatildeo de

promover a emancipaccedilatildeo de seus usuaacuterios com ecircnfase no autocuidado exige de

noacutes muita articulaccedilatildeo e intensificaccedilatildeo de accedilotildees educativas Especificamente no caso

da dengue o cumprimento desta missatildeo pode evitar que as constantes epidemias

se tornem parte do cotidiano das pessoas auxiliando os moradores da comunidade

na adoccedilatildeo de medidas responsaacuteveis que visem o cuidado com a sua sauacutede e da

sauacutede da comunidade

Neste sentido a educaccedilatildeo em sauacutede desempenha um papel importante em

manter a comunidade sempre vigilante e em alerta pois o perigo eacute eminente e vive

dentro dos lares das pessoas esperando apenas o momento oportuno e condiccedilotildees

favoraacuteveis para transmitir a dengue

O trabalho dos agentes de controle de endemias e da ESF deve ser

constante focado na eliminaccedilatildeo dos criadouros do mosquito transmissor da dengue

A comunidade deve colaborar com livre acesso dos agentes agraves residecircncias na

colaboraccedilatildeo para eliminaccedilatildeo dos focos nos domiciacutelios e peridomiciacutelios e

multiplicaccedilatildeo das informaccedilotildees sobre o ciclo de vida do vetor entre os vizinhos

amigos e parentes informando que todos estatildeo expostos agrave doenccedila e a mudanccedila de

comportamento pode diminuir os riscos de contrair a dengue

41

Ao poder puacuteblico eacute necessaacuterio adotar um planejamento adequado para

garantir aos cidadatildeos a infraestrutura miacutenima necessaacuteria para viver em comunidade

serviccedilos essenciais como saneamento coleta de lixo e mobilidade que favorecem a

criaccedilatildeo de um ambiente seguro com sauacutede e qualidade de vida

42

REFEREcircNCIAS

ALMEIDA M CM et al Dinacircmica intra-urbana das epidemias de dengue em Belo Horizonte Minas Gerais Brasil 1996-2002 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2008 vol24 n10 pp 2385-2395 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv24n1019pdf Acesso em 02 de out de 2014 ALVES V S A Um modelo de educaccedilatildeo em sauacutede para o Programa Sauacutede da Famiacutelia pela integralidade da atenccedilatildeo e reorientaccedilatildeo do modelo assistencial Interface - Comunic Sauacutede Educ v9 n16 p39-52 set2004fev2005 Disponiacutevel em httpswwwnesconmedicinaufmgbrbibliotecaimagem0303pdf Acesso de jun de 2014 BACKES DS et al (2012) O papel profissional do enfermeiro no Sistema Uacutenico de Sauacutede da sauacutede comunitaacuteria agrave estrateacutegia de sauacutede da famiacutelia Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva

17(1)223-230 2012 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcscv17n1a24v17n1pdf Acesso em 12 de jan 2015 BRASIL Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sauacutede Consulta Estabelecimento - Modulo Profissional - Profissional por Estabelecimento Disponiacutevel em httpcnesdatasusgovbrMod_ProfissionalaspVCo_Unidade=3122302159651 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Cadernos de Informaccedilotildees de Sauacutede Minas Gerais DATASUS TABNET (2010) Disponiacutevel em httptabnetdatasusgovbrtabdatacadernosmghtm Acesso em16 de maio de 2014 BRASIL Dengue - instruccedilotildees para pessoal de combate ao vetor Manual de Normas teacutecnicas - 3 ed rev - Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede 2001 84 p il 30 cm Disponiacutevel em httpbvsmssaudegovbrbvspublicacoesfunasaman_denguepdf acesso em 15 de out de 2014 BRASIL Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz Vetor da dengue na Aacutesia A albopictus eacute alvo de estudos Publicada em 18122008 agraves 1249 Disponiacutevel em httpwwwfiocruzbrioccgicgiluaexesysstarthtminfoid=576ampsid=32amptpl=printerview Acesso em 12 de jan de 2015 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Censo demograacutefico 2010 sinopse Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=1ampsearch=minas-gerais|divinopolis|censo-demografico-2010-sinopse- Acesso em 15 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Divinoacutepolis morbidades hospitalares ndash 2012 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=114ampsearch=minas-gerais|divinopolis|morbidades-hospitalares-2012 Acesso em 12 de maio de 2014

43

BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estaacutetica Divisatildeo Territorial do Brasil e Limites Territoriais Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE) (1 de julho de 2008) Disponiacutevel em httpwwwibgegovbrhomegeocienciascartografiadefault_dtb_intshtm Acesso em16 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Ensino - matriacuteculas docentes e rede escolar ndash 2012 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=117ampsearch=minas-gerais|divinopolis|ensino-matriculas-docentes-e-rede-escolar-2012 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estaacutetica Histoacuterico do Municiacutepio disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrpainelhistoricophplang=ampcodmun=312230ampsearch=minas-gerais|divinopolis|infograficos-historico Acesso 10 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Informaccedilotildees completas Populaccedilatildeo em 2010 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrasperfilphplang=ampcodmun=312230 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Serviccedilos de sauacutede ndash 2009 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=5ampsearch=minas-gerais|divinopolis|servicos-de-saude-2009 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Sistema de informaccedilotildees de agravos de notificaccedilatildeo ndash SINAN Disponiacutevel em httpcesibgegovbrbase-de-dadosmetadadosministerio-da-saudesistema-de-informacoes-de-agravos-de-notificacao-sinan Acesso em 16 de Nov de 2014 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede Dengue aspectos epidemioloacutegicos diagnoacutestico e tratamento Ministeacuterio da Sauacutede Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede ndash Brasiacutelia Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede 2002 Disponiacutevel em httpbvsmssaudegovbrbvspublicacoesdengue_aspecto_epidemiologicos_diagnostico_tratamentopdf Acesso em 02 de out de 2014 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede FUNSA Programa Nacional de Combate a Dengue PNCD Disponiacutevel em httpbvsmssaudegovbrbvspublicacoespncd_2002pdf Acesso em 21 de jun de 2014 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portal Brasil Disponiacutevel em httpwwwbrasilgovbrsaude201311saude-libera-mais-de-r-360-mi-para-combate-a-dengue Acesso em 10 de Nov de 2014

44

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede Departamento de Vigilacircncia Epidemioloacutegica Diretrizes nacionais para prevenccedilatildeo e controle de epidemias de dengue Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede Departamento de Vigilacircncia Epidemioloacutegica ndash Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2009 160 p Disponiacutevel em httpwwwansgovbrportalimgemaildiretrizes_reimpressao_webpdf Acesso em 16 de Nov de 2014

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede (2014) Monitoramento dos casos de dengue e febre de chikungunya ateacute a Semana Epidemioloacutegica (SE) 53 de 2014 Dengue Boletim Epidemioloacutegico ISSN 2358-9450 Volume 46 Ndeg 3 ndash 2015 Disponiacutevel em httpportalsaudesaudegovbrimagespdf2015janeiro192015-002---BE-at---SE-53pdf Acesso em 22 mar de 2015 BRASILSINANONLINE e DVASVEASTSub VPSSES-MG (20122013) Disponiacutevel em httpwwwsaudemggovbrcomponentgmgstory6489-informe-epidemiologico-da-dengue-30-05-2014 Acesso em 08 de jun de 2014 CAMPOS FCC FARIA H P SANTOS MA Planejamento e avaliaccedilatildeo das accedilotildees em sauacutede Curso de Especializaccedilatildeo em Atenccedilatildeo Baacutesica em Sauacutede da Famiacutelia NESCONUFMG Curso de Especializaccedilatildeo em Atenccedilatildeo Baacutesica agrave Sauacutede da Famiacutelia 2ed Belo Horizonte NesconUFMG 2010 Disponiacutevel em lthttpswwwnesconmedicinaufmgbrbibliotecaregistroPlanejamento_e_avaliacao_das_acoes_de_saude_23gt Acesso em Dezembro 2014 DIVINOacutePOLIS Estatuto dos Conselhos Distritais de Sauacutede Conselho Municipal de Sauacutede 1998 DIVINOacutePOLIS Mapa da cidade Disponiacutevel em httpwwwdivinopolismggovbrportalpaginasgeograficosimagensmapadacidadepdf Acesso em 08 de jun de 2014 DIVINOPOLIS Secretaria Municipal de Sauacutede SEMUSA Sistema Integrado de Sauacutede Paciente Famiacutelia Acesso Local Acesso em 15 de maio de 2014 FERREIRA B J et al Evoluccedilatildeo histoacuterica dos programas de prevenccedilatildeo e controle da dengue no Brasil Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2009 vol14 n3 pp 961-972 ISSN 1413-8123 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcscv14n332pdf Acesso em 21 de jun de 2014 FERREIRA IT RN VERAS M A S M and SILVA RA Participaccedilatildeo da populaccedilatildeo no controle da dengue uma anaacutelise da sensibilidade dos planos de sauacutede de municiacutepios do Estado de Satildeo Paulo BrasilCad Sauacutede Puacuteblica [online] 2009 vol25 n12 pp 2683-2694 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielosporgpdfcspv25n1215pdf Acesso em 10 de out de 2014 FIGUEIREDO LT M OWA M A CARLUCCI R H and OLIVEIRA L de Estudo sobre o diagnoacutestico laboratorial e sintomas do dengue durante epidemia ocorrida na regiatildeo de Ribeiratildeo Preto SP Brasil Rev Inst Med trop S Paulo [online] 1992

45

vol34 n2 pp 121-130 ISSN 0036-4665 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfrimtspv34n2a07v34n2pdf Acesso em 13 ago de 2014 FIGUEIROacute AC et al Oacutebito por dengue como evento sentinela para avaliaccedilatildeo da qualidade da assistecircncia estudo de caso em dois municiacutepios da Regiatildeo Nordeste Brasil 2008 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2011 vol27 n12 pp 2373-2385 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv27n1209pdf Acesso em 12 de out de 2014 GIRAtildeO RV et al Educaccedilatildeo em sauacutede sobre a dengue contribuiccedilotildees para o desenvolvimento de competecircncias J res fundam care online 2014 janmar 6(1) 38-46 Disponiacutevel em httpwwwseeruniriobrindexphpcuidadofundamentalarticleview2659pdf_1043 Acesso em 21 de jun de 2014 GONCcedilALVES NETO V S et al Conhecimentos e atitudes da populaccedilatildeo sobre dengue no Municiacutepio de Satildeo Luiacutes Maranhatildeo Brasil 2004 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2006 vol22 n10 pp 2191-2200 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv22n1018pdf Acesso em 10 de out de 2014 LEFEVRE A MC et al Representaccedilotildees sobre dengue seu vetor e accedilotildees de controle por moradores do municiacutepio de Satildeo Sebastiatildeo litoral Norte do Estado de Satildeo Paulo Brasil Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2007 vol23 n7 pp 1696-1706 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv23n722pdf Acesso em 16 de out de 2014 LIMA E C VILASBOAS ALQ Implantaccedilatildeo das Accedilotildees Interssetoriais de Mobilizaccedilatildeo Social do Paraacute o Controle da dengue na Bahia Brasil Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2011 vol27 n8 pp 1507-1519 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv27n806pdf Acesso em 16 de out de 2014 MACHADO RM et al (2013) HISTORIA DA SAUacuteDE MENTAL DE DIVINOacutePOLIS-MG Revista de Enfermagem do Centro Oeste Mineiro 2013 maiago 3 (2) 752-760 httpwwwseerufsjedubrindexphprecomarticleview228439 Acesso em 08 de abr de 2015 MAYO R C et al BEPA - Boletim Epidemioloacutegico Paulista 8(88) 4-12 abr 2011 tab Graf Disponiacutevel em fileCUsersnoteDownloadsv8n88a0120(1)pdf Acesso em 12 de out de 2014 MINAS GERAIS Secretaria Estadual de Sauacutede Programa Estadual de Controle Permanente da Dengue SITUACcedilAtildeO ATUAL DA DENGUE EM MINAS GERAIS RESUMO INFORMATIVO - 15122014 Disponiacutevel em httpwwwsaudemggovbrimagesdocumentosAnaliseDengue15-12-2014pdf Acesso em 10 de jan de 2015 MINAS GERAIS Secretaria de Estado da Sauacutede de Minas Gerais Programa Sauacutede em Casa Disponiacutevel em httpwwwsaudemggovbrpoliacuteticas_de_saudeprograma-saude-em-casa Acesso em 10 de maio de 2014

46

MORAES GH and DUARTE E C Anaacutelise da concordacircncia dos dados de mortalidade por dengue em dois sistemas nacionais de informaccedilatildeo em sauacutede Brasil 2000-2005 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2009 vol25 n11 pp 2354-2364 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielosporgpdfcspv25n1106pdf Acesso em 29 de Nov de 2014 PENNA M L F Um desafio para a sauacutede puacuteblica brasileira o controle do dengue Cad Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro 19(1) 305-309 jan-fev 2003 Disponiacutevel em httpwwwscielosporgpdfcspv19n114932pdf Acesso em 21 de jun de 2014

PREFEITURA MUNICIPAL DE DIVINOacutePOLIS BALANCcedilO DA DENGUE Disponiacutevel em httpwwwdivinopolismggovbrportalnoticiaphpid=11507 Acesso em 19 jan de 2015

RIBEIRO P C SOUSA DC ARAUJO TME Perfil cliacutenico-epidemioloacutegico dos casos suspeitos de Dengue em um bairro da zona sul de Teresina PI Brasil Rev bras enferm [online] 2008 vol61 n2 pp 227-232 ISSN 0034-7167 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfrebenv61n2a13v61n2pdf Acesso em 28 de jul de 2014 VALENTE G SC et al Problematizaccedilatildeo Como Estrateacutegia de Educaccedilatildeo em Sauacutede no Combate a Dengue Um Relato de Experiecircncia R Pesq cuid Fundam Online 2012 outdez 4(4)2987-94 Disponiacutevel em httpwwwseeruniriobrindexphpcuidadofundamentalarticleview1888pdf_641 Acesso em 08 jun de 2014 TEIXEIRA LAS et al Persistecircncia dos sintomas de dengue em uma populaccedilatildeo de Uberaba Minas Gerais Brasil Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2010 vol26 n3 pp 624-630 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv26n319pdf Acesso em 16 de out de 2014

Page 37: PLANO DE AÇÃO NO COMBATE A DENGUE: EDUCAR PARA EVITAR · 2019-11-14 · The Divinopolis follows the same trend, with 4680 notifications and 4139 confirmed ... banhado pelas bacias

37

59 Nono Passo Elaboraccedilatildeo do Plano Operativo

A proposta a seguir no Quadro 9 identifica os atores envolvidos lhes atribuiacutedo

responsabilidades e prazos a cumprir

Quadro 9 ndash Plano Operativo

Operaccedilotildees Resultados Accedilotildees Estrateacutegicas

Responsaacutevel Prazo

ldquoMutiratildeo da limpezardquo realizar um dia por mecircs para limpeza em parceria com a populaccedilatildeo

Limpeza das ruas

e quintais

Coleta de lixo

das ruas Incentivo a limpeza de

lotes e quintais

Equipe de ACS

Durante todo ano

ldquoFora Denguerdquo Intensificaccedilatildeo das accedilotildees educativas nas escolas e nos grupos e associaccedilatildeo de bairro

Uma comunidade

consciente das suas

responsabilidades

Insistir e reforccedilar com

accedilotildees educativas para que

populaccedilatildeo mantenha as ruas limpas e coloque o lixo

para ser recolhido

Enfermeiro ESF

Durante todo o ano

ldquoMapeamento dos lotes

sujosrdquo Realizar o

mapeamento dos terrenos

sujos

Identificar os focos e eliminaacute-

los

Criaccedilatildeo de um mapa onde ocorreram focos do mosquito

ACS e

Enfermeiro

Trecircs meses

510 Deacutecimo Passo Gestatildeo do Plano

Com a gestatildeo do plano eacute possiacutevel aos responsaacuteveis acompanhar e monitorar as

accedilotildees avaliando e sempre que necessaacuterio readequando as eventuais falhas do

processo

38

Quadro 10ndash Gestatildeo do Plano

Produtos Responsaacutevel Prazo Situaccedilatildeo Atual

Justificativa Novo Prazo

ldquoMutiratildeo da

limpezardquo

realizar um

dia por mecircs

para limpeza

em parceria

com a

populaccedilatildeo

Enfermeiro da ESF

Inicio imediatamente

(logo apoacutes apresentaccedilatildeo

do projeto)

ldquoFora Denguerdquo Intensificaccedilatildeo das accedilotildees educativas nas escolas e nos grupos e associaccedilatildeo de bairro

Enfermeiro Provab

Durante todo ano

ldquoMapeamento

dos lotes

sujosrdquo

Realizar o

mapeamento

dos terrenos

sujos

ECS e Equipe

de Epidemiologia

Um mecircs para

inicio das atividades

Aleacutem dos 10 passos do Planejamento Estrateacutegico Situacional optei por incluir outros

02 passos que tecircm a finalidade de contribuir para o processo de avaliaccedilatildeo da

Proposta de Intervenccedilatildeo Estatildeo contidos nos itens 511 e 512 a seguir

511 Avaliaccedilatildeo dos Resultados

O instrumento para avaliaccedilatildeo seraacute o Sistema de Informaccedilotildees de Agravos de

Notificaccedilatildeo ndash SINAN

ldquoque tem por objetivo o registro e processamento dos dados sobre agravos

de notificaccedilatildeo em todo o territoacuterio nacional fornecendo informaccedilotildees para

anaacutelise do perfil da morbidade e contribuindo desta forma para a tomada

de decisotildees em niacutevel municipal estadual e federalrdquo (IBGE 2014)

39

Segundo Moraes e Duarte (2009) o SINAN tem sido principal fonte de dados

para coordenaccedilatildeo das accedilotildees de vigilacircncia epidemioloacutegica tanto no sentido de

controle da doenccedila quando como fonte de pesquisa

512 Resultados Eesperados

O resultado esperado eacute

Estabelecer a construccedilatildeo de conhecimento que favoreccedila o autocuidado e a

capacidade de emancipaccedilatildeo da comunidade criando um ambiente seguro com

ecircnfase na educaccedilatildeo e sauacutede com vistas agrave reduccedilatildeo dos casos de dengue na

populaccedilatildeo adscrita da UBS Santos Dumont

40

6 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

O Programa de Valorizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Baacutesica (PROVAB) abriu muitos

caminhos para um horizonte promissor no desenvolvimento da promoccedilatildeo da sauacutede

e da prevenccedilatildeo no campo de atuaccedilatildeo do Programa Sauacutede na Escola criando um

viacutenculo de amizade e confianccedila uma verdadeira parceria com os alunos essencial

na construccedilatildeo de uma sociedade consciente e capaz de cuidar da sua sauacutede de

maneira preventiva loacutegica essa defendida pelo Sistema Uacutenico de Sauacutede

Para noacutes enfermeiros eacute oportunidade de ampliar o horizonte de atuaccedilatildeo

ensinando e aprendendo com o comportamento das crianccedilas dos adolescentes e

jovens vendo de maneira impar o grande desafio da educaccedilatildeo em formar cidadatildeos

com mais sauacutede Como gratificaccedilatildeo recebemos o reconhecimento dos alunos

professores e diretores algo que fica marcado para sempre na formaccedilatildeo do

profissional os laccedilos de confianccedila amizade e reconhecimento satildeo a maior

recompensa e certeza de missatildeo cumprida

Como a Equipe de Sauacutede da Famiacutelia tem como principal objetivo trabalhar na

prevenccedilatildeo de doenccedilas e agravos criando viacutenculos com a clientela a missatildeo de

promover a emancipaccedilatildeo de seus usuaacuterios com ecircnfase no autocuidado exige de

noacutes muita articulaccedilatildeo e intensificaccedilatildeo de accedilotildees educativas Especificamente no caso

da dengue o cumprimento desta missatildeo pode evitar que as constantes epidemias

se tornem parte do cotidiano das pessoas auxiliando os moradores da comunidade

na adoccedilatildeo de medidas responsaacuteveis que visem o cuidado com a sua sauacutede e da

sauacutede da comunidade

Neste sentido a educaccedilatildeo em sauacutede desempenha um papel importante em

manter a comunidade sempre vigilante e em alerta pois o perigo eacute eminente e vive

dentro dos lares das pessoas esperando apenas o momento oportuno e condiccedilotildees

favoraacuteveis para transmitir a dengue

O trabalho dos agentes de controle de endemias e da ESF deve ser

constante focado na eliminaccedilatildeo dos criadouros do mosquito transmissor da dengue

A comunidade deve colaborar com livre acesso dos agentes agraves residecircncias na

colaboraccedilatildeo para eliminaccedilatildeo dos focos nos domiciacutelios e peridomiciacutelios e

multiplicaccedilatildeo das informaccedilotildees sobre o ciclo de vida do vetor entre os vizinhos

amigos e parentes informando que todos estatildeo expostos agrave doenccedila e a mudanccedila de

comportamento pode diminuir os riscos de contrair a dengue

41

Ao poder puacuteblico eacute necessaacuterio adotar um planejamento adequado para

garantir aos cidadatildeos a infraestrutura miacutenima necessaacuteria para viver em comunidade

serviccedilos essenciais como saneamento coleta de lixo e mobilidade que favorecem a

criaccedilatildeo de um ambiente seguro com sauacutede e qualidade de vida

42

REFEREcircNCIAS

ALMEIDA M CM et al Dinacircmica intra-urbana das epidemias de dengue em Belo Horizonte Minas Gerais Brasil 1996-2002 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2008 vol24 n10 pp 2385-2395 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv24n1019pdf Acesso em 02 de out de 2014 ALVES V S A Um modelo de educaccedilatildeo em sauacutede para o Programa Sauacutede da Famiacutelia pela integralidade da atenccedilatildeo e reorientaccedilatildeo do modelo assistencial Interface - Comunic Sauacutede Educ v9 n16 p39-52 set2004fev2005 Disponiacutevel em httpswwwnesconmedicinaufmgbrbibliotecaimagem0303pdf Acesso de jun de 2014 BACKES DS et al (2012) O papel profissional do enfermeiro no Sistema Uacutenico de Sauacutede da sauacutede comunitaacuteria agrave estrateacutegia de sauacutede da famiacutelia Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva

17(1)223-230 2012 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcscv17n1a24v17n1pdf Acesso em 12 de jan 2015 BRASIL Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sauacutede Consulta Estabelecimento - Modulo Profissional - Profissional por Estabelecimento Disponiacutevel em httpcnesdatasusgovbrMod_ProfissionalaspVCo_Unidade=3122302159651 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Cadernos de Informaccedilotildees de Sauacutede Minas Gerais DATASUS TABNET (2010) Disponiacutevel em httptabnetdatasusgovbrtabdatacadernosmghtm Acesso em16 de maio de 2014 BRASIL Dengue - instruccedilotildees para pessoal de combate ao vetor Manual de Normas teacutecnicas - 3 ed rev - Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede 2001 84 p il 30 cm Disponiacutevel em httpbvsmssaudegovbrbvspublicacoesfunasaman_denguepdf acesso em 15 de out de 2014 BRASIL Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz Vetor da dengue na Aacutesia A albopictus eacute alvo de estudos Publicada em 18122008 agraves 1249 Disponiacutevel em httpwwwfiocruzbrioccgicgiluaexesysstarthtminfoid=576ampsid=32amptpl=printerview Acesso em 12 de jan de 2015 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Censo demograacutefico 2010 sinopse Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=1ampsearch=minas-gerais|divinopolis|censo-demografico-2010-sinopse- Acesso em 15 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Divinoacutepolis morbidades hospitalares ndash 2012 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=114ampsearch=minas-gerais|divinopolis|morbidades-hospitalares-2012 Acesso em 12 de maio de 2014

43

BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estaacutetica Divisatildeo Territorial do Brasil e Limites Territoriais Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE) (1 de julho de 2008) Disponiacutevel em httpwwwibgegovbrhomegeocienciascartografiadefault_dtb_intshtm Acesso em16 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Ensino - matriacuteculas docentes e rede escolar ndash 2012 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=117ampsearch=minas-gerais|divinopolis|ensino-matriculas-docentes-e-rede-escolar-2012 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estaacutetica Histoacuterico do Municiacutepio disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrpainelhistoricophplang=ampcodmun=312230ampsearch=minas-gerais|divinopolis|infograficos-historico Acesso 10 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Informaccedilotildees completas Populaccedilatildeo em 2010 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrasperfilphplang=ampcodmun=312230 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Serviccedilos de sauacutede ndash 2009 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=5ampsearch=minas-gerais|divinopolis|servicos-de-saude-2009 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Sistema de informaccedilotildees de agravos de notificaccedilatildeo ndash SINAN Disponiacutevel em httpcesibgegovbrbase-de-dadosmetadadosministerio-da-saudesistema-de-informacoes-de-agravos-de-notificacao-sinan Acesso em 16 de Nov de 2014 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede Dengue aspectos epidemioloacutegicos diagnoacutestico e tratamento Ministeacuterio da Sauacutede Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede ndash Brasiacutelia Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede 2002 Disponiacutevel em httpbvsmssaudegovbrbvspublicacoesdengue_aspecto_epidemiologicos_diagnostico_tratamentopdf Acesso em 02 de out de 2014 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede FUNSA Programa Nacional de Combate a Dengue PNCD Disponiacutevel em httpbvsmssaudegovbrbvspublicacoespncd_2002pdf Acesso em 21 de jun de 2014 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portal Brasil Disponiacutevel em httpwwwbrasilgovbrsaude201311saude-libera-mais-de-r-360-mi-para-combate-a-dengue Acesso em 10 de Nov de 2014

44

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede Departamento de Vigilacircncia Epidemioloacutegica Diretrizes nacionais para prevenccedilatildeo e controle de epidemias de dengue Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede Departamento de Vigilacircncia Epidemioloacutegica ndash Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2009 160 p Disponiacutevel em httpwwwansgovbrportalimgemaildiretrizes_reimpressao_webpdf Acesso em 16 de Nov de 2014

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede (2014) Monitoramento dos casos de dengue e febre de chikungunya ateacute a Semana Epidemioloacutegica (SE) 53 de 2014 Dengue Boletim Epidemioloacutegico ISSN 2358-9450 Volume 46 Ndeg 3 ndash 2015 Disponiacutevel em httpportalsaudesaudegovbrimagespdf2015janeiro192015-002---BE-at---SE-53pdf Acesso em 22 mar de 2015 BRASILSINANONLINE e DVASVEASTSub VPSSES-MG (20122013) Disponiacutevel em httpwwwsaudemggovbrcomponentgmgstory6489-informe-epidemiologico-da-dengue-30-05-2014 Acesso em 08 de jun de 2014 CAMPOS FCC FARIA H P SANTOS MA Planejamento e avaliaccedilatildeo das accedilotildees em sauacutede Curso de Especializaccedilatildeo em Atenccedilatildeo Baacutesica em Sauacutede da Famiacutelia NESCONUFMG Curso de Especializaccedilatildeo em Atenccedilatildeo Baacutesica agrave Sauacutede da Famiacutelia 2ed Belo Horizonte NesconUFMG 2010 Disponiacutevel em lthttpswwwnesconmedicinaufmgbrbibliotecaregistroPlanejamento_e_avaliacao_das_acoes_de_saude_23gt Acesso em Dezembro 2014 DIVINOacutePOLIS Estatuto dos Conselhos Distritais de Sauacutede Conselho Municipal de Sauacutede 1998 DIVINOacutePOLIS Mapa da cidade Disponiacutevel em httpwwwdivinopolismggovbrportalpaginasgeograficosimagensmapadacidadepdf Acesso em 08 de jun de 2014 DIVINOPOLIS Secretaria Municipal de Sauacutede SEMUSA Sistema Integrado de Sauacutede Paciente Famiacutelia Acesso Local Acesso em 15 de maio de 2014 FERREIRA B J et al Evoluccedilatildeo histoacuterica dos programas de prevenccedilatildeo e controle da dengue no Brasil Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2009 vol14 n3 pp 961-972 ISSN 1413-8123 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcscv14n332pdf Acesso em 21 de jun de 2014 FERREIRA IT RN VERAS M A S M and SILVA RA Participaccedilatildeo da populaccedilatildeo no controle da dengue uma anaacutelise da sensibilidade dos planos de sauacutede de municiacutepios do Estado de Satildeo Paulo BrasilCad Sauacutede Puacuteblica [online] 2009 vol25 n12 pp 2683-2694 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielosporgpdfcspv25n1215pdf Acesso em 10 de out de 2014 FIGUEIREDO LT M OWA M A CARLUCCI R H and OLIVEIRA L de Estudo sobre o diagnoacutestico laboratorial e sintomas do dengue durante epidemia ocorrida na regiatildeo de Ribeiratildeo Preto SP Brasil Rev Inst Med trop S Paulo [online] 1992

45

vol34 n2 pp 121-130 ISSN 0036-4665 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfrimtspv34n2a07v34n2pdf Acesso em 13 ago de 2014 FIGUEIROacute AC et al Oacutebito por dengue como evento sentinela para avaliaccedilatildeo da qualidade da assistecircncia estudo de caso em dois municiacutepios da Regiatildeo Nordeste Brasil 2008 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2011 vol27 n12 pp 2373-2385 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv27n1209pdf Acesso em 12 de out de 2014 GIRAtildeO RV et al Educaccedilatildeo em sauacutede sobre a dengue contribuiccedilotildees para o desenvolvimento de competecircncias J res fundam care online 2014 janmar 6(1) 38-46 Disponiacutevel em httpwwwseeruniriobrindexphpcuidadofundamentalarticleview2659pdf_1043 Acesso em 21 de jun de 2014 GONCcedilALVES NETO V S et al Conhecimentos e atitudes da populaccedilatildeo sobre dengue no Municiacutepio de Satildeo Luiacutes Maranhatildeo Brasil 2004 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2006 vol22 n10 pp 2191-2200 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv22n1018pdf Acesso em 10 de out de 2014 LEFEVRE A MC et al Representaccedilotildees sobre dengue seu vetor e accedilotildees de controle por moradores do municiacutepio de Satildeo Sebastiatildeo litoral Norte do Estado de Satildeo Paulo Brasil Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2007 vol23 n7 pp 1696-1706 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv23n722pdf Acesso em 16 de out de 2014 LIMA E C VILASBOAS ALQ Implantaccedilatildeo das Accedilotildees Interssetoriais de Mobilizaccedilatildeo Social do Paraacute o Controle da dengue na Bahia Brasil Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2011 vol27 n8 pp 1507-1519 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv27n806pdf Acesso em 16 de out de 2014 MACHADO RM et al (2013) HISTORIA DA SAUacuteDE MENTAL DE DIVINOacutePOLIS-MG Revista de Enfermagem do Centro Oeste Mineiro 2013 maiago 3 (2) 752-760 httpwwwseerufsjedubrindexphprecomarticleview228439 Acesso em 08 de abr de 2015 MAYO R C et al BEPA - Boletim Epidemioloacutegico Paulista 8(88) 4-12 abr 2011 tab Graf Disponiacutevel em fileCUsersnoteDownloadsv8n88a0120(1)pdf Acesso em 12 de out de 2014 MINAS GERAIS Secretaria Estadual de Sauacutede Programa Estadual de Controle Permanente da Dengue SITUACcedilAtildeO ATUAL DA DENGUE EM MINAS GERAIS RESUMO INFORMATIVO - 15122014 Disponiacutevel em httpwwwsaudemggovbrimagesdocumentosAnaliseDengue15-12-2014pdf Acesso em 10 de jan de 2015 MINAS GERAIS Secretaria de Estado da Sauacutede de Minas Gerais Programa Sauacutede em Casa Disponiacutevel em httpwwwsaudemggovbrpoliacuteticas_de_saudeprograma-saude-em-casa Acesso em 10 de maio de 2014

46

MORAES GH and DUARTE E C Anaacutelise da concordacircncia dos dados de mortalidade por dengue em dois sistemas nacionais de informaccedilatildeo em sauacutede Brasil 2000-2005 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2009 vol25 n11 pp 2354-2364 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielosporgpdfcspv25n1106pdf Acesso em 29 de Nov de 2014 PENNA M L F Um desafio para a sauacutede puacuteblica brasileira o controle do dengue Cad Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro 19(1) 305-309 jan-fev 2003 Disponiacutevel em httpwwwscielosporgpdfcspv19n114932pdf Acesso em 21 de jun de 2014

PREFEITURA MUNICIPAL DE DIVINOacutePOLIS BALANCcedilO DA DENGUE Disponiacutevel em httpwwwdivinopolismggovbrportalnoticiaphpid=11507 Acesso em 19 jan de 2015

RIBEIRO P C SOUSA DC ARAUJO TME Perfil cliacutenico-epidemioloacutegico dos casos suspeitos de Dengue em um bairro da zona sul de Teresina PI Brasil Rev bras enferm [online] 2008 vol61 n2 pp 227-232 ISSN 0034-7167 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfrebenv61n2a13v61n2pdf Acesso em 28 de jul de 2014 VALENTE G SC et al Problematizaccedilatildeo Como Estrateacutegia de Educaccedilatildeo em Sauacutede no Combate a Dengue Um Relato de Experiecircncia R Pesq cuid Fundam Online 2012 outdez 4(4)2987-94 Disponiacutevel em httpwwwseeruniriobrindexphpcuidadofundamentalarticleview1888pdf_641 Acesso em 08 jun de 2014 TEIXEIRA LAS et al Persistecircncia dos sintomas de dengue em uma populaccedilatildeo de Uberaba Minas Gerais Brasil Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2010 vol26 n3 pp 624-630 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv26n319pdf Acesso em 16 de out de 2014

Page 38: PLANO DE AÇÃO NO COMBATE A DENGUE: EDUCAR PARA EVITAR · 2019-11-14 · The Divinopolis follows the same trend, with 4680 notifications and 4139 confirmed ... banhado pelas bacias

38

Quadro 10ndash Gestatildeo do Plano

Produtos Responsaacutevel Prazo Situaccedilatildeo Atual

Justificativa Novo Prazo

ldquoMutiratildeo da

limpezardquo

realizar um

dia por mecircs

para limpeza

em parceria

com a

populaccedilatildeo

Enfermeiro da ESF

Inicio imediatamente

(logo apoacutes apresentaccedilatildeo

do projeto)

ldquoFora Denguerdquo Intensificaccedilatildeo das accedilotildees educativas nas escolas e nos grupos e associaccedilatildeo de bairro

Enfermeiro Provab

Durante todo ano

ldquoMapeamento

dos lotes

sujosrdquo

Realizar o

mapeamento

dos terrenos

sujos

ECS e Equipe

de Epidemiologia

Um mecircs para

inicio das atividades

Aleacutem dos 10 passos do Planejamento Estrateacutegico Situacional optei por incluir outros

02 passos que tecircm a finalidade de contribuir para o processo de avaliaccedilatildeo da

Proposta de Intervenccedilatildeo Estatildeo contidos nos itens 511 e 512 a seguir

511 Avaliaccedilatildeo dos Resultados

O instrumento para avaliaccedilatildeo seraacute o Sistema de Informaccedilotildees de Agravos de

Notificaccedilatildeo ndash SINAN

ldquoque tem por objetivo o registro e processamento dos dados sobre agravos

de notificaccedilatildeo em todo o territoacuterio nacional fornecendo informaccedilotildees para

anaacutelise do perfil da morbidade e contribuindo desta forma para a tomada

de decisotildees em niacutevel municipal estadual e federalrdquo (IBGE 2014)

39

Segundo Moraes e Duarte (2009) o SINAN tem sido principal fonte de dados

para coordenaccedilatildeo das accedilotildees de vigilacircncia epidemioloacutegica tanto no sentido de

controle da doenccedila quando como fonte de pesquisa

512 Resultados Eesperados

O resultado esperado eacute

Estabelecer a construccedilatildeo de conhecimento que favoreccedila o autocuidado e a

capacidade de emancipaccedilatildeo da comunidade criando um ambiente seguro com

ecircnfase na educaccedilatildeo e sauacutede com vistas agrave reduccedilatildeo dos casos de dengue na

populaccedilatildeo adscrita da UBS Santos Dumont

40

6 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

O Programa de Valorizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Baacutesica (PROVAB) abriu muitos

caminhos para um horizonte promissor no desenvolvimento da promoccedilatildeo da sauacutede

e da prevenccedilatildeo no campo de atuaccedilatildeo do Programa Sauacutede na Escola criando um

viacutenculo de amizade e confianccedila uma verdadeira parceria com os alunos essencial

na construccedilatildeo de uma sociedade consciente e capaz de cuidar da sua sauacutede de

maneira preventiva loacutegica essa defendida pelo Sistema Uacutenico de Sauacutede

Para noacutes enfermeiros eacute oportunidade de ampliar o horizonte de atuaccedilatildeo

ensinando e aprendendo com o comportamento das crianccedilas dos adolescentes e

jovens vendo de maneira impar o grande desafio da educaccedilatildeo em formar cidadatildeos

com mais sauacutede Como gratificaccedilatildeo recebemos o reconhecimento dos alunos

professores e diretores algo que fica marcado para sempre na formaccedilatildeo do

profissional os laccedilos de confianccedila amizade e reconhecimento satildeo a maior

recompensa e certeza de missatildeo cumprida

Como a Equipe de Sauacutede da Famiacutelia tem como principal objetivo trabalhar na

prevenccedilatildeo de doenccedilas e agravos criando viacutenculos com a clientela a missatildeo de

promover a emancipaccedilatildeo de seus usuaacuterios com ecircnfase no autocuidado exige de

noacutes muita articulaccedilatildeo e intensificaccedilatildeo de accedilotildees educativas Especificamente no caso

da dengue o cumprimento desta missatildeo pode evitar que as constantes epidemias

se tornem parte do cotidiano das pessoas auxiliando os moradores da comunidade

na adoccedilatildeo de medidas responsaacuteveis que visem o cuidado com a sua sauacutede e da

sauacutede da comunidade

Neste sentido a educaccedilatildeo em sauacutede desempenha um papel importante em

manter a comunidade sempre vigilante e em alerta pois o perigo eacute eminente e vive

dentro dos lares das pessoas esperando apenas o momento oportuno e condiccedilotildees

favoraacuteveis para transmitir a dengue

O trabalho dos agentes de controle de endemias e da ESF deve ser

constante focado na eliminaccedilatildeo dos criadouros do mosquito transmissor da dengue

A comunidade deve colaborar com livre acesso dos agentes agraves residecircncias na

colaboraccedilatildeo para eliminaccedilatildeo dos focos nos domiciacutelios e peridomiciacutelios e

multiplicaccedilatildeo das informaccedilotildees sobre o ciclo de vida do vetor entre os vizinhos

amigos e parentes informando que todos estatildeo expostos agrave doenccedila e a mudanccedila de

comportamento pode diminuir os riscos de contrair a dengue

41

Ao poder puacuteblico eacute necessaacuterio adotar um planejamento adequado para

garantir aos cidadatildeos a infraestrutura miacutenima necessaacuteria para viver em comunidade

serviccedilos essenciais como saneamento coleta de lixo e mobilidade que favorecem a

criaccedilatildeo de um ambiente seguro com sauacutede e qualidade de vida

42

REFEREcircNCIAS

ALMEIDA M CM et al Dinacircmica intra-urbana das epidemias de dengue em Belo Horizonte Minas Gerais Brasil 1996-2002 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2008 vol24 n10 pp 2385-2395 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv24n1019pdf Acesso em 02 de out de 2014 ALVES V S A Um modelo de educaccedilatildeo em sauacutede para o Programa Sauacutede da Famiacutelia pela integralidade da atenccedilatildeo e reorientaccedilatildeo do modelo assistencial Interface - Comunic Sauacutede Educ v9 n16 p39-52 set2004fev2005 Disponiacutevel em httpswwwnesconmedicinaufmgbrbibliotecaimagem0303pdf Acesso de jun de 2014 BACKES DS et al (2012) O papel profissional do enfermeiro no Sistema Uacutenico de Sauacutede da sauacutede comunitaacuteria agrave estrateacutegia de sauacutede da famiacutelia Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva

17(1)223-230 2012 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcscv17n1a24v17n1pdf Acesso em 12 de jan 2015 BRASIL Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sauacutede Consulta Estabelecimento - Modulo Profissional - Profissional por Estabelecimento Disponiacutevel em httpcnesdatasusgovbrMod_ProfissionalaspVCo_Unidade=3122302159651 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Cadernos de Informaccedilotildees de Sauacutede Minas Gerais DATASUS TABNET (2010) Disponiacutevel em httptabnetdatasusgovbrtabdatacadernosmghtm Acesso em16 de maio de 2014 BRASIL Dengue - instruccedilotildees para pessoal de combate ao vetor Manual de Normas teacutecnicas - 3 ed rev - Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede 2001 84 p il 30 cm Disponiacutevel em httpbvsmssaudegovbrbvspublicacoesfunasaman_denguepdf acesso em 15 de out de 2014 BRASIL Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz Vetor da dengue na Aacutesia A albopictus eacute alvo de estudos Publicada em 18122008 agraves 1249 Disponiacutevel em httpwwwfiocruzbrioccgicgiluaexesysstarthtminfoid=576ampsid=32amptpl=printerview Acesso em 12 de jan de 2015 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Censo demograacutefico 2010 sinopse Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=1ampsearch=minas-gerais|divinopolis|censo-demografico-2010-sinopse- Acesso em 15 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Divinoacutepolis morbidades hospitalares ndash 2012 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=114ampsearch=minas-gerais|divinopolis|morbidades-hospitalares-2012 Acesso em 12 de maio de 2014

43

BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estaacutetica Divisatildeo Territorial do Brasil e Limites Territoriais Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE) (1 de julho de 2008) Disponiacutevel em httpwwwibgegovbrhomegeocienciascartografiadefault_dtb_intshtm Acesso em16 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Ensino - matriacuteculas docentes e rede escolar ndash 2012 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=117ampsearch=minas-gerais|divinopolis|ensino-matriculas-docentes-e-rede-escolar-2012 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estaacutetica Histoacuterico do Municiacutepio disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrpainelhistoricophplang=ampcodmun=312230ampsearch=minas-gerais|divinopolis|infograficos-historico Acesso 10 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Informaccedilotildees completas Populaccedilatildeo em 2010 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrasperfilphplang=ampcodmun=312230 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Serviccedilos de sauacutede ndash 2009 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=5ampsearch=minas-gerais|divinopolis|servicos-de-saude-2009 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Sistema de informaccedilotildees de agravos de notificaccedilatildeo ndash SINAN Disponiacutevel em httpcesibgegovbrbase-de-dadosmetadadosministerio-da-saudesistema-de-informacoes-de-agravos-de-notificacao-sinan Acesso em 16 de Nov de 2014 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede Dengue aspectos epidemioloacutegicos diagnoacutestico e tratamento Ministeacuterio da Sauacutede Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede ndash Brasiacutelia Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede 2002 Disponiacutevel em httpbvsmssaudegovbrbvspublicacoesdengue_aspecto_epidemiologicos_diagnostico_tratamentopdf Acesso em 02 de out de 2014 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede FUNSA Programa Nacional de Combate a Dengue PNCD Disponiacutevel em httpbvsmssaudegovbrbvspublicacoespncd_2002pdf Acesso em 21 de jun de 2014 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portal Brasil Disponiacutevel em httpwwwbrasilgovbrsaude201311saude-libera-mais-de-r-360-mi-para-combate-a-dengue Acesso em 10 de Nov de 2014

44

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede Departamento de Vigilacircncia Epidemioloacutegica Diretrizes nacionais para prevenccedilatildeo e controle de epidemias de dengue Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede Departamento de Vigilacircncia Epidemioloacutegica ndash Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2009 160 p Disponiacutevel em httpwwwansgovbrportalimgemaildiretrizes_reimpressao_webpdf Acesso em 16 de Nov de 2014

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede (2014) Monitoramento dos casos de dengue e febre de chikungunya ateacute a Semana Epidemioloacutegica (SE) 53 de 2014 Dengue Boletim Epidemioloacutegico ISSN 2358-9450 Volume 46 Ndeg 3 ndash 2015 Disponiacutevel em httpportalsaudesaudegovbrimagespdf2015janeiro192015-002---BE-at---SE-53pdf Acesso em 22 mar de 2015 BRASILSINANONLINE e DVASVEASTSub VPSSES-MG (20122013) Disponiacutevel em httpwwwsaudemggovbrcomponentgmgstory6489-informe-epidemiologico-da-dengue-30-05-2014 Acesso em 08 de jun de 2014 CAMPOS FCC FARIA H P SANTOS MA Planejamento e avaliaccedilatildeo das accedilotildees em sauacutede Curso de Especializaccedilatildeo em Atenccedilatildeo Baacutesica em Sauacutede da Famiacutelia NESCONUFMG Curso de Especializaccedilatildeo em Atenccedilatildeo Baacutesica agrave Sauacutede da Famiacutelia 2ed Belo Horizonte NesconUFMG 2010 Disponiacutevel em lthttpswwwnesconmedicinaufmgbrbibliotecaregistroPlanejamento_e_avaliacao_das_acoes_de_saude_23gt Acesso em Dezembro 2014 DIVINOacutePOLIS Estatuto dos Conselhos Distritais de Sauacutede Conselho Municipal de Sauacutede 1998 DIVINOacutePOLIS Mapa da cidade Disponiacutevel em httpwwwdivinopolismggovbrportalpaginasgeograficosimagensmapadacidadepdf Acesso em 08 de jun de 2014 DIVINOPOLIS Secretaria Municipal de Sauacutede SEMUSA Sistema Integrado de Sauacutede Paciente Famiacutelia Acesso Local Acesso em 15 de maio de 2014 FERREIRA B J et al Evoluccedilatildeo histoacuterica dos programas de prevenccedilatildeo e controle da dengue no Brasil Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2009 vol14 n3 pp 961-972 ISSN 1413-8123 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcscv14n332pdf Acesso em 21 de jun de 2014 FERREIRA IT RN VERAS M A S M and SILVA RA Participaccedilatildeo da populaccedilatildeo no controle da dengue uma anaacutelise da sensibilidade dos planos de sauacutede de municiacutepios do Estado de Satildeo Paulo BrasilCad Sauacutede Puacuteblica [online] 2009 vol25 n12 pp 2683-2694 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielosporgpdfcspv25n1215pdf Acesso em 10 de out de 2014 FIGUEIREDO LT M OWA M A CARLUCCI R H and OLIVEIRA L de Estudo sobre o diagnoacutestico laboratorial e sintomas do dengue durante epidemia ocorrida na regiatildeo de Ribeiratildeo Preto SP Brasil Rev Inst Med trop S Paulo [online] 1992

45

vol34 n2 pp 121-130 ISSN 0036-4665 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfrimtspv34n2a07v34n2pdf Acesso em 13 ago de 2014 FIGUEIROacute AC et al Oacutebito por dengue como evento sentinela para avaliaccedilatildeo da qualidade da assistecircncia estudo de caso em dois municiacutepios da Regiatildeo Nordeste Brasil 2008 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2011 vol27 n12 pp 2373-2385 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv27n1209pdf Acesso em 12 de out de 2014 GIRAtildeO RV et al Educaccedilatildeo em sauacutede sobre a dengue contribuiccedilotildees para o desenvolvimento de competecircncias J res fundam care online 2014 janmar 6(1) 38-46 Disponiacutevel em httpwwwseeruniriobrindexphpcuidadofundamentalarticleview2659pdf_1043 Acesso em 21 de jun de 2014 GONCcedilALVES NETO V S et al Conhecimentos e atitudes da populaccedilatildeo sobre dengue no Municiacutepio de Satildeo Luiacutes Maranhatildeo Brasil 2004 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2006 vol22 n10 pp 2191-2200 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv22n1018pdf Acesso em 10 de out de 2014 LEFEVRE A MC et al Representaccedilotildees sobre dengue seu vetor e accedilotildees de controle por moradores do municiacutepio de Satildeo Sebastiatildeo litoral Norte do Estado de Satildeo Paulo Brasil Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2007 vol23 n7 pp 1696-1706 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv23n722pdf Acesso em 16 de out de 2014 LIMA E C VILASBOAS ALQ Implantaccedilatildeo das Accedilotildees Interssetoriais de Mobilizaccedilatildeo Social do Paraacute o Controle da dengue na Bahia Brasil Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2011 vol27 n8 pp 1507-1519 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv27n806pdf Acesso em 16 de out de 2014 MACHADO RM et al (2013) HISTORIA DA SAUacuteDE MENTAL DE DIVINOacutePOLIS-MG Revista de Enfermagem do Centro Oeste Mineiro 2013 maiago 3 (2) 752-760 httpwwwseerufsjedubrindexphprecomarticleview228439 Acesso em 08 de abr de 2015 MAYO R C et al BEPA - Boletim Epidemioloacutegico Paulista 8(88) 4-12 abr 2011 tab Graf Disponiacutevel em fileCUsersnoteDownloadsv8n88a0120(1)pdf Acesso em 12 de out de 2014 MINAS GERAIS Secretaria Estadual de Sauacutede Programa Estadual de Controle Permanente da Dengue SITUACcedilAtildeO ATUAL DA DENGUE EM MINAS GERAIS RESUMO INFORMATIVO - 15122014 Disponiacutevel em httpwwwsaudemggovbrimagesdocumentosAnaliseDengue15-12-2014pdf Acesso em 10 de jan de 2015 MINAS GERAIS Secretaria de Estado da Sauacutede de Minas Gerais Programa Sauacutede em Casa Disponiacutevel em httpwwwsaudemggovbrpoliacuteticas_de_saudeprograma-saude-em-casa Acesso em 10 de maio de 2014

46

MORAES GH and DUARTE E C Anaacutelise da concordacircncia dos dados de mortalidade por dengue em dois sistemas nacionais de informaccedilatildeo em sauacutede Brasil 2000-2005 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2009 vol25 n11 pp 2354-2364 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielosporgpdfcspv25n1106pdf Acesso em 29 de Nov de 2014 PENNA M L F Um desafio para a sauacutede puacuteblica brasileira o controle do dengue Cad Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro 19(1) 305-309 jan-fev 2003 Disponiacutevel em httpwwwscielosporgpdfcspv19n114932pdf Acesso em 21 de jun de 2014

PREFEITURA MUNICIPAL DE DIVINOacutePOLIS BALANCcedilO DA DENGUE Disponiacutevel em httpwwwdivinopolismggovbrportalnoticiaphpid=11507 Acesso em 19 jan de 2015

RIBEIRO P C SOUSA DC ARAUJO TME Perfil cliacutenico-epidemioloacutegico dos casos suspeitos de Dengue em um bairro da zona sul de Teresina PI Brasil Rev bras enferm [online] 2008 vol61 n2 pp 227-232 ISSN 0034-7167 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfrebenv61n2a13v61n2pdf Acesso em 28 de jul de 2014 VALENTE G SC et al Problematizaccedilatildeo Como Estrateacutegia de Educaccedilatildeo em Sauacutede no Combate a Dengue Um Relato de Experiecircncia R Pesq cuid Fundam Online 2012 outdez 4(4)2987-94 Disponiacutevel em httpwwwseeruniriobrindexphpcuidadofundamentalarticleview1888pdf_641 Acesso em 08 jun de 2014 TEIXEIRA LAS et al Persistecircncia dos sintomas de dengue em uma populaccedilatildeo de Uberaba Minas Gerais Brasil Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2010 vol26 n3 pp 624-630 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv26n319pdf Acesso em 16 de out de 2014

Page 39: PLANO DE AÇÃO NO COMBATE A DENGUE: EDUCAR PARA EVITAR · 2019-11-14 · The Divinopolis follows the same trend, with 4680 notifications and 4139 confirmed ... banhado pelas bacias

39

Segundo Moraes e Duarte (2009) o SINAN tem sido principal fonte de dados

para coordenaccedilatildeo das accedilotildees de vigilacircncia epidemioloacutegica tanto no sentido de

controle da doenccedila quando como fonte de pesquisa

512 Resultados Eesperados

O resultado esperado eacute

Estabelecer a construccedilatildeo de conhecimento que favoreccedila o autocuidado e a

capacidade de emancipaccedilatildeo da comunidade criando um ambiente seguro com

ecircnfase na educaccedilatildeo e sauacutede com vistas agrave reduccedilatildeo dos casos de dengue na

populaccedilatildeo adscrita da UBS Santos Dumont

40

6 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

O Programa de Valorizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Baacutesica (PROVAB) abriu muitos

caminhos para um horizonte promissor no desenvolvimento da promoccedilatildeo da sauacutede

e da prevenccedilatildeo no campo de atuaccedilatildeo do Programa Sauacutede na Escola criando um

viacutenculo de amizade e confianccedila uma verdadeira parceria com os alunos essencial

na construccedilatildeo de uma sociedade consciente e capaz de cuidar da sua sauacutede de

maneira preventiva loacutegica essa defendida pelo Sistema Uacutenico de Sauacutede

Para noacutes enfermeiros eacute oportunidade de ampliar o horizonte de atuaccedilatildeo

ensinando e aprendendo com o comportamento das crianccedilas dos adolescentes e

jovens vendo de maneira impar o grande desafio da educaccedilatildeo em formar cidadatildeos

com mais sauacutede Como gratificaccedilatildeo recebemos o reconhecimento dos alunos

professores e diretores algo que fica marcado para sempre na formaccedilatildeo do

profissional os laccedilos de confianccedila amizade e reconhecimento satildeo a maior

recompensa e certeza de missatildeo cumprida

Como a Equipe de Sauacutede da Famiacutelia tem como principal objetivo trabalhar na

prevenccedilatildeo de doenccedilas e agravos criando viacutenculos com a clientela a missatildeo de

promover a emancipaccedilatildeo de seus usuaacuterios com ecircnfase no autocuidado exige de

noacutes muita articulaccedilatildeo e intensificaccedilatildeo de accedilotildees educativas Especificamente no caso

da dengue o cumprimento desta missatildeo pode evitar que as constantes epidemias

se tornem parte do cotidiano das pessoas auxiliando os moradores da comunidade

na adoccedilatildeo de medidas responsaacuteveis que visem o cuidado com a sua sauacutede e da

sauacutede da comunidade

Neste sentido a educaccedilatildeo em sauacutede desempenha um papel importante em

manter a comunidade sempre vigilante e em alerta pois o perigo eacute eminente e vive

dentro dos lares das pessoas esperando apenas o momento oportuno e condiccedilotildees

favoraacuteveis para transmitir a dengue

O trabalho dos agentes de controle de endemias e da ESF deve ser

constante focado na eliminaccedilatildeo dos criadouros do mosquito transmissor da dengue

A comunidade deve colaborar com livre acesso dos agentes agraves residecircncias na

colaboraccedilatildeo para eliminaccedilatildeo dos focos nos domiciacutelios e peridomiciacutelios e

multiplicaccedilatildeo das informaccedilotildees sobre o ciclo de vida do vetor entre os vizinhos

amigos e parentes informando que todos estatildeo expostos agrave doenccedila e a mudanccedila de

comportamento pode diminuir os riscos de contrair a dengue

41

Ao poder puacuteblico eacute necessaacuterio adotar um planejamento adequado para

garantir aos cidadatildeos a infraestrutura miacutenima necessaacuteria para viver em comunidade

serviccedilos essenciais como saneamento coleta de lixo e mobilidade que favorecem a

criaccedilatildeo de um ambiente seguro com sauacutede e qualidade de vida

42

REFEREcircNCIAS

ALMEIDA M CM et al Dinacircmica intra-urbana das epidemias de dengue em Belo Horizonte Minas Gerais Brasil 1996-2002 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2008 vol24 n10 pp 2385-2395 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv24n1019pdf Acesso em 02 de out de 2014 ALVES V S A Um modelo de educaccedilatildeo em sauacutede para o Programa Sauacutede da Famiacutelia pela integralidade da atenccedilatildeo e reorientaccedilatildeo do modelo assistencial Interface - Comunic Sauacutede Educ v9 n16 p39-52 set2004fev2005 Disponiacutevel em httpswwwnesconmedicinaufmgbrbibliotecaimagem0303pdf Acesso de jun de 2014 BACKES DS et al (2012) O papel profissional do enfermeiro no Sistema Uacutenico de Sauacutede da sauacutede comunitaacuteria agrave estrateacutegia de sauacutede da famiacutelia Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva

17(1)223-230 2012 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcscv17n1a24v17n1pdf Acesso em 12 de jan 2015 BRASIL Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sauacutede Consulta Estabelecimento - Modulo Profissional - Profissional por Estabelecimento Disponiacutevel em httpcnesdatasusgovbrMod_ProfissionalaspVCo_Unidade=3122302159651 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Cadernos de Informaccedilotildees de Sauacutede Minas Gerais DATASUS TABNET (2010) Disponiacutevel em httptabnetdatasusgovbrtabdatacadernosmghtm Acesso em16 de maio de 2014 BRASIL Dengue - instruccedilotildees para pessoal de combate ao vetor Manual de Normas teacutecnicas - 3 ed rev - Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede 2001 84 p il 30 cm Disponiacutevel em httpbvsmssaudegovbrbvspublicacoesfunasaman_denguepdf acesso em 15 de out de 2014 BRASIL Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz Vetor da dengue na Aacutesia A albopictus eacute alvo de estudos Publicada em 18122008 agraves 1249 Disponiacutevel em httpwwwfiocruzbrioccgicgiluaexesysstarthtminfoid=576ampsid=32amptpl=printerview Acesso em 12 de jan de 2015 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Censo demograacutefico 2010 sinopse Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=1ampsearch=minas-gerais|divinopolis|censo-demografico-2010-sinopse- Acesso em 15 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Divinoacutepolis morbidades hospitalares ndash 2012 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=114ampsearch=minas-gerais|divinopolis|morbidades-hospitalares-2012 Acesso em 12 de maio de 2014

43

BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estaacutetica Divisatildeo Territorial do Brasil e Limites Territoriais Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE) (1 de julho de 2008) Disponiacutevel em httpwwwibgegovbrhomegeocienciascartografiadefault_dtb_intshtm Acesso em16 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Ensino - matriacuteculas docentes e rede escolar ndash 2012 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=117ampsearch=minas-gerais|divinopolis|ensino-matriculas-docentes-e-rede-escolar-2012 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estaacutetica Histoacuterico do Municiacutepio disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrpainelhistoricophplang=ampcodmun=312230ampsearch=minas-gerais|divinopolis|infograficos-historico Acesso 10 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Informaccedilotildees completas Populaccedilatildeo em 2010 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrasperfilphplang=ampcodmun=312230 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Serviccedilos de sauacutede ndash 2009 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=5ampsearch=minas-gerais|divinopolis|servicos-de-saude-2009 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Sistema de informaccedilotildees de agravos de notificaccedilatildeo ndash SINAN Disponiacutevel em httpcesibgegovbrbase-de-dadosmetadadosministerio-da-saudesistema-de-informacoes-de-agravos-de-notificacao-sinan Acesso em 16 de Nov de 2014 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede Dengue aspectos epidemioloacutegicos diagnoacutestico e tratamento Ministeacuterio da Sauacutede Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede ndash Brasiacutelia Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede 2002 Disponiacutevel em httpbvsmssaudegovbrbvspublicacoesdengue_aspecto_epidemiologicos_diagnostico_tratamentopdf Acesso em 02 de out de 2014 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede FUNSA Programa Nacional de Combate a Dengue PNCD Disponiacutevel em httpbvsmssaudegovbrbvspublicacoespncd_2002pdf Acesso em 21 de jun de 2014 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portal Brasil Disponiacutevel em httpwwwbrasilgovbrsaude201311saude-libera-mais-de-r-360-mi-para-combate-a-dengue Acesso em 10 de Nov de 2014

44

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede Departamento de Vigilacircncia Epidemioloacutegica Diretrizes nacionais para prevenccedilatildeo e controle de epidemias de dengue Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede Departamento de Vigilacircncia Epidemioloacutegica ndash Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2009 160 p Disponiacutevel em httpwwwansgovbrportalimgemaildiretrizes_reimpressao_webpdf Acesso em 16 de Nov de 2014

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede (2014) Monitoramento dos casos de dengue e febre de chikungunya ateacute a Semana Epidemioloacutegica (SE) 53 de 2014 Dengue Boletim Epidemioloacutegico ISSN 2358-9450 Volume 46 Ndeg 3 ndash 2015 Disponiacutevel em httpportalsaudesaudegovbrimagespdf2015janeiro192015-002---BE-at---SE-53pdf Acesso em 22 mar de 2015 BRASILSINANONLINE e DVASVEASTSub VPSSES-MG (20122013) Disponiacutevel em httpwwwsaudemggovbrcomponentgmgstory6489-informe-epidemiologico-da-dengue-30-05-2014 Acesso em 08 de jun de 2014 CAMPOS FCC FARIA H P SANTOS MA Planejamento e avaliaccedilatildeo das accedilotildees em sauacutede Curso de Especializaccedilatildeo em Atenccedilatildeo Baacutesica em Sauacutede da Famiacutelia NESCONUFMG Curso de Especializaccedilatildeo em Atenccedilatildeo Baacutesica agrave Sauacutede da Famiacutelia 2ed Belo Horizonte NesconUFMG 2010 Disponiacutevel em lthttpswwwnesconmedicinaufmgbrbibliotecaregistroPlanejamento_e_avaliacao_das_acoes_de_saude_23gt Acesso em Dezembro 2014 DIVINOacutePOLIS Estatuto dos Conselhos Distritais de Sauacutede Conselho Municipal de Sauacutede 1998 DIVINOacutePOLIS Mapa da cidade Disponiacutevel em httpwwwdivinopolismggovbrportalpaginasgeograficosimagensmapadacidadepdf Acesso em 08 de jun de 2014 DIVINOPOLIS Secretaria Municipal de Sauacutede SEMUSA Sistema Integrado de Sauacutede Paciente Famiacutelia Acesso Local Acesso em 15 de maio de 2014 FERREIRA B J et al Evoluccedilatildeo histoacuterica dos programas de prevenccedilatildeo e controle da dengue no Brasil Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2009 vol14 n3 pp 961-972 ISSN 1413-8123 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcscv14n332pdf Acesso em 21 de jun de 2014 FERREIRA IT RN VERAS M A S M and SILVA RA Participaccedilatildeo da populaccedilatildeo no controle da dengue uma anaacutelise da sensibilidade dos planos de sauacutede de municiacutepios do Estado de Satildeo Paulo BrasilCad Sauacutede Puacuteblica [online] 2009 vol25 n12 pp 2683-2694 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielosporgpdfcspv25n1215pdf Acesso em 10 de out de 2014 FIGUEIREDO LT M OWA M A CARLUCCI R H and OLIVEIRA L de Estudo sobre o diagnoacutestico laboratorial e sintomas do dengue durante epidemia ocorrida na regiatildeo de Ribeiratildeo Preto SP Brasil Rev Inst Med trop S Paulo [online] 1992

45

vol34 n2 pp 121-130 ISSN 0036-4665 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfrimtspv34n2a07v34n2pdf Acesso em 13 ago de 2014 FIGUEIROacute AC et al Oacutebito por dengue como evento sentinela para avaliaccedilatildeo da qualidade da assistecircncia estudo de caso em dois municiacutepios da Regiatildeo Nordeste Brasil 2008 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2011 vol27 n12 pp 2373-2385 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv27n1209pdf Acesso em 12 de out de 2014 GIRAtildeO RV et al Educaccedilatildeo em sauacutede sobre a dengue contribuiccedilotildees para o desenvolvimento de competecircncias J res fundam care online 2014 janmar 6(1) 38-46 Disponiacutevel em httpwwwseeruniriobrindexphpcuidadofundamentalarticleview2659pdf_1043 Acesso em 21 de jun de 2014 GONCcedilALVES NETO V S et al Conhecimentos e atitudes da populaccedilatildeo sobre dengue no Municiacutepio de Satildeo Luiacutes Maranhatildeo Brasil 2004 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2006 vol22 n10 pp 2191-2200 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv22n1018pdf Acesso em 10 de out de 2014 LEFEVRE A MC et al Representaccedilotildees sobre dengue seu vetor e accedilotildees de controle por moradores do municiacutepio de Satildeo Sebastiatildeo litoral Norte do Estado de Satildeo Paulo Brasil Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2007 vol23 n7 pp 1696-1706 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv23n722pdf Acesso em 16 de out de 2014 LIMA E C VILASBOAS ALQ Implantaccedilatildeo das Accedilotildees Interssetoriais de Mobilizaccedilatildeo Social do Paraacute o Controle da dengue na Bahia Brasil Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2011 vol27 n8 pp 1507-1519 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv27n806pdf Acesso em 16 de out de 2014 MACHADO RM et al (2013) HISTORIA DA SAUacuteDE MENTAL DE DIVINOacutePOLIS-MG Revista de Enfermagem do Centro Oeste Mineiro 2013 maiago 3 (2) 752-760 httpwwwseerufsjedubrindexphprecomarticleview228439 Acesso em 08 de abr de 2015 MAYO R C et al BEPA - Boletim Epidemioloacutegico Paulista 8(88) 4-12 abr 2011 tab Graf Disponiacutevel em fileCUsersnoteDownloadsv8n88a0120(1)pdf Acesso em 12 de out de 2014 MINAS GERAIS Secretaria Estadual de Sauacutede Programa Estadual de Controle Permanente da Dengue SITUACcedilAtildeO ATUAL DA DENGUE EM MINAS GERAIS RESUMO INFORMATIVO - 15122014 Disponiacutevel em httpwwwsaudemggovbrimagesdocumentosAnaliseDengue15-12-2014pdf Acesso em 10 de jan de 2015 MINAS GERAIS Secretaria de Estado da Sauacutede de Minas Gerais Programa Sauacutede em Casa Disponiacutevel em httpwwwsaudemggovbrpoliacuteticas_de_saudeprograma-saude-em-casa Acesso em 10 de maio de 2014

46

MORAES GH and DUARTE E C Anaacutelise da concordacircncia dos dados de mortalidade por dengue em dois sistemas nacionais de informaccedilatildeo em sauacutede Brasil 2000-2005 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2009 vol25 n11 pp 2354-2364 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielosporgpdfcspv25n1106pdf Acesso em 29 de Nov de 2014 PENNA M L F Um desafio para a sauacutede puacuteblica brasileira o controle do dengue Cad Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro 19(1) 305-309 jan-fev 2003 Disponiacutevel em httpwwwscielosporgpdfcspv19n114932pdf Acesso em 21 de jun de 2014

PREFEITURA MUNICIPAL DE DIVINOacutePOLIS BALANCcedilO DA DENGUE Disponiacutevel em httpwwwdivinopolismggovbrportalnoticiaphpid=11507 Acesso em 19 jan de 2015

RIBEIRO P C SOUSA DC ARAUJO TME Perfil cliacutenico-epidemioloacutegico dos casos suspeitos de Dengue em um bairro da zona sul de Teresina PI Brasil Rev bras enferm [online] 2008 vol61 n2 pp 227-232 ISSN 0034-7167 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfrebenv61n2a13v61n2pdf Acesso em 28 de jul de 2014 VALENTE G SC et al Problematizaccedilatildeo Como Estrateacutegia de Educaccedilatildeo em Sauacutede no Combate a Dengue Um Relato de Experiecircncia R Pesq cuid Fundam Online 2012 outdez 4(4)2987-94 Disponiacutevel em httpwwwseeruniriobrindexphpcuidadofundamentalarticleview1888pdf_641 Acesso em 08 jun de 2014 TEIXEIRA LAS et al Persistecircncia dos sintomas de dengue em uma populaccedilatildeo de Uberaba Minas Gerais Brasil Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2010 vol26 n3 pp 624-630 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv26n319pdf Acesso em 16 de out de 2014

Page 40: PLANO DE AÇÃO NO COMBATE A DENGUE: EDUCAR PARA EVITAR · 2019-11-14 · The Divinopolis follows the same trend, with 4680 notifications and 4139 confirmed ... banhado pelas bacias

40

6 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

O Programa de Valorizaccedilatildeo da Atenccedilatildeo Baacutesica (PROVAB) abriu muitos

caminhos para um horizonte promissor no desenvolvimento da promoccedilatildeo da sauacutede

e da prevenccedilatildeo no campo de atuaccedilatildeo do Programa Sauacutede na Escola criando um

viacutenculo de amizade e confianccedila uma verdadeira parceria com os alunos essencial

na construccedilatildeo de uma sociedade consciente e capaz de cuidar da sua sauacutede de

maneira preventiva loacutegica essa defendida pelo Sistema Uacutenico de Sauacutede

Para noacutes enfermeiros eacute oportunidade de ampliar o horizonte de atuaccedilatildeo

ensinando e aprendendo com o comportamento das crianccedilas dos adolescentes e

jovens vendo de maneira impar o grande desafio da educaccedilatildeo em formar cidadatildeos

com mais sauacutede Como gratificaccedilatildeo recebemos o reconhecimento dos alunos

professores e diretores algo que fica marcado para sempre na formaccedilatildeo do

profissional os laccedilos de confianccedila amizade e reconhecimento satildeo a maior

recompensa e certeza de missatildeo cumprida

Como a Equipe de Sauacutede da Famiacutelia tem como principal objetivo trabalhar na

prevenccedilatildeo de doenccedilas e agravos criando viacutenculos com a clientela a missatildeo de

promover a emancipaccedilatildeo de seus usuaacuterios com ecircnfase no autocuidado exige de

noacutes muita articulaccedilatildeo e intensificaccedilatildeo de accedilotildees educativas Especificamente no caso

da dengue o cumprimento desta missatildeo pode evitar que as constantes epidemias

se tornem parte do cotidiano das pessoas auxiliando os moradores da comunidade

na adoccedilatildeo de medidas responsaacuteveis que visem o cuidado com a sua sauacutede e da

sauacutede da comunidade

Neste sentido a educaccedilatildeo em sauacutede desempenha um papel importante em

manter a comunidade sempre vigilante e em alerta pois o perigo eacute eminente e vive

dentro dos lares das pessoas esperando apenas o momento oportuno e condiccedilotildees

favoraacuteveis para transmitir a dengue

O trabalho dos agentes de controle de endemias e da ESF deve ser

constante focado na eliminaccedilatildeo dos criadouros do mosquito transmissor da dengue

A comunidade deve colaborar com livre acesso dos agentes agraves residecircncias na

colaboraccedilatildeo para eliminaccedilatildeo dos focos nos domiciacutelios e peridomiciacutelios e

multiplicaccedilatildeo das informaccedilotildees sobre o ciclo de vida do vetor entre os vizinhos

amigos e parentes informando que todos estatildeo expostos agrave doenccedila e a mudanccedila de

comportamento pode diminuir os riscos de contrair a dengue

41

Ao poder puacuteblico eacute necessaacuterio adotar um planejamento adequado para

garantir aos cidadatildeos a infraestrutura miacutenima necessaacuteria para viver em comunidade

serviccedilos essenciais como saneamento coleta de lixo e mobilidade que favorecem a

criaccedilatildeo de um ambiente seguro com sauacutede e qualidade de vida

42

REFEREcircNCIAS

ALMEIDA M CM et al Dinacircmica intra-urbana das epidemias de dengue em Belo Horizonte Minas Gerais Brasil 1996-2002 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2008 vol24 n10 pp 2385-2395 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv24n1019pdf Acesso em 02 de out de 2014 ALVES V S A Um modelo de educaccedilatildeo em sauacutede para o Programa Sauacutede da Famiacutelia pela integralidade da atenccedilatildeo e reorientaccedilatildeo do modelo assistencial Interface - Comunic Sauacutede Educ v9 n16 p39-52 set2004fev2005 Disponiacutevel em httpswwwnesconmedicinaufmgbrbibliotecaimagem0303pdf Acesso de jun de 2014 BACKES DS et al (2012) O papel profissional do enfermeiro no Sistema Uacutenico de Sauacutede da sauacutede comunitaacuteria agrave estrateacutegia de sauacutede da famiacutelia Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva

17(1)223-230 2012 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcscv17n1a24v17n1pdf Acesso em 12 de jan 2015 BRASIL Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sauacutede Consulta Estabelecimento - Modulo Profissional - Profissional por Estabelecimento Disponiacutevel em httpcnesdatasusgovbrMod_ProfissionalaspVCo_Unidade=3122302159651 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Cadernos de Informaccedilotildees de Sauacutede Minas Gerais DATASUS TABNET (2010) Disponiacutevel em httptabnetdatasusgovbrtabdatacadernosmghtm Acesso em16 de maio de 2014 BRASIL Dengue - instruccedilotildees para pessoal de combate ao vetor Manual de Normas teacutecnicas - 3 ed rev - Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede 2001 84 p il 30 cm Disponiacutevel em httpbvsmssaudegovbrbvspublicacoesfunasaman_denguepdf acesso em 15 de out de 2014 BRASIL Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz Vetor da dengue na Aacutesia A albopictus eacute alvo de estudos Publicada em 18122008 agraves 1249 Disponiacutevel em httpwwwfiocruzbrioccgicgiluaexesysstarthtminfoid=576ampsid=32amptpl=printerview Acesso em 12 de jan de 2015 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Censo demograacutefico 2010 sinopse Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=1ampsearch=minas-gerais|divinopolis|censo-demografico-2010-sinopse- Acesso em 15 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Divinoacutepolis morbidades hospitalares ndash 2012 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=114ampsearch=minas-gerais|divinopolis|morbidades-hospitalares-2012 Acesso em 12 de maio de 2014

43

BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estaacutetica Divisatildeo Territorial do Brasil e Limites Territoriais Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE) (1 de julho de 2008) Disponiacutevel em httpwwwibgegovbrhomegeocienciascartografiadefault_dtb_intshtm Acesso em16 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Ensino - matriacuteculas docentes e rede escolar ndash 2012 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=117ampsearch=minas-gerais|divinopolis|ensino-matriculas-docentes-e-rede-escolar-2012 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estaacutetica Histoacuterico do Municiacutepio disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrpainelhistoricophplang=ampcodmun=312230ampsearch=minas-gerais|divinopolis|infograficos-historico Acesso 10 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Informaccedilotildees completas Populaccedilatildeo em 2010 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrasperfilphplang=ampcodmun=312230 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Serviccedilos de sauacutede ndash 2009 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=5ampsearch=minas-gerais|divinopolis|servicos-de-saude-2009 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Sistema de informaccedilotildees de agravos de notificaccedilatildeo ndash SINAN Disponiacutevel em httpcesibgegovbrbase-de-dadosmetadadosministerio-da-saudesistema-de-informacoes-de-agravos-de-notificacao-sinan Acesso em 16 de Nov de 2014 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede Dengue aspectos epidemioloacutegicos diagnoacutestico e tratamento Ministeacuterio da Sauacutede Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede ndash Brasiacutelia Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede 2002 Disponiacutevel em httpbvsmssaudegovbrbvspublicacoesdengue_aspecto_epidemiologicos_diagnostico_tratamentopdf Acesso em 02 de out de 2014 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede FUNSA Programa Nacional de Combate a Dengue PNCD Disponiacutevel em httpbvsmssaudegovbrbvspublicacoespncd_2002pdf Acesso em 21 de jun de 2014 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portal Brasil Disponiacutevel em httpwwwbrasilgovbrsaude201311saude-libera-mais-de-r-360-mi-para-combate-a-dengue Acesso em 10 de Nov de 2014

44

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede Departamento de Vigilacircncia Epidemioloacutegica Diretrizes nacionais para prevenccedilatildeo e controle de epidemias de dengue Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede Departamento de Vigilacircncia Epidemioloacutegica ndash Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2009 160 p Disponiacutevel em httpwwwansgovbrportalimgemaildiretrizes_reimpressao_webpdf Acesso em 16 de Nov de 2014

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede (2014) Monitoramento dos casos de dengue e febre de chikungunya ateacute a Semana Epidemioloacutegica (SE) 53 de 2014 Dengue Boletim Epidemioloacutegico ISSN 2358-9450 Volume 46 Ndeg 3 ndash 2015 Disponiacutevel em httpportalsaudesaudegovbrimagespdf2015janeiro192015-002---BE-at---SE-53pdf Acesso em 22 mar de 2015 BRASILSINANONLINE e DVASVEASTSub VPSSES-MG (20122013) Disponiacutevel em httpwwwsaudemggovbrcomponentgmgstory6489-informe-epidemiologico-da-dengue-30-05-2014 Acesso em 08 de jun de 2014 CAMPOS FCC FARIA H P SANTOS MA Planejamento e avaliaccedilatildeo das accedilotildees em sauacutede Curso de Especializaccedilatildeo em Atenccedilatildeo Baacutesica em Sauacutede da Famiacutelia NESCONUFMG Curso de Especializaccedilatildeo em Atenccedilatildeo Baacutesica agrave Sauacutede da Famiacutelia 2ed Belo Horizonte NesconUFMG 2010 Disponiacutevel em lthttpswwwnesconmedicinaufmgbrbibliotecaregistroPlanejamento_e_avaliacao_das_acoes_de_saude_23gt Acesso em Dezembro 2014 DIVINOacutePOLIS Estatuto dos Conselhos Distritais de Sauacutede Conselho Municipal de Sauacutede 1998 DIVINOacutePOLIS Mapa da cidade Disponiacutevel em httpwwwdivinopolismggovbrportalpaginasgeograficosimagensmapadacidadepdf Acesso em 08 de jun de 2014 DIVINOPOLIS Secretaria Municipal de Sauacutede SEMUSA Sistema Integrado de Sauacutede Paciente Famiacutelia Acesso Local Acesso em 15 de maio de 2014 FERREIRA B J et al Evoluccedilatildeo histoacuterica dos programas de prevenccedilatildeo e controle da dengue no Brasil Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2009 vol14 n3 pp 961-972 ISSN 1413-8123 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcscv14n332pdf Acesso em 21 de jun de 2014 FERREIRA IT RN VERAS M A S M and SILVA RA Participaccedilatildeo da populaccedilatildeo no controle da dengue uma anaacutelise da sensibilidade dos planos de sauacutede de municiacutepios do Estado de Satildeo Paulo BrasilCad Sauacutede Puacuteblica [online] 2009 vol25 n12 pp 2683-2694 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielosporgpdfcspv25n1215pdf Acesso em 10 de out de 2014 FIGUEIREDO LT M OWA M A CARLUCCI R H and OLIVEIRA L de Estudo sobre o diagnoacutestico laboratorial e sintomas do dengue durante epidemia ocorrida na regiatildeo de Ribeiratildeo Preto SP Brasil Rev Inst Med trop S Paulo [online] 1992

45

vol34 n2 pp 121-130 ISSN 0036-4665 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfrimtspv34n2a07v34n2pdf Acesso em 13 ago de 2014 FIGUEIROacute AC et al Oacutebito por dengue como evento sentinela para avaliaccedilatildeo da qualidade da assistecircncia estudo de caso em dois municiacutepios da Regiatildeo Nordeste Brasil 2008 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2011 vol27 n12 pp 2373-2385 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv27n1209pdf Acesso em 12 de out de 2014 GIRAtildeO RV et al Educaccedilatildeo em sauacutede sobre a dengue contribuiccedilotildees para o desenvolvimento de competecircncias J res fundam care online 2014 janmar 6(1) 38-46 Disponiacutevel em httpwwwseeruniriobrindexphpcuidadofundamentalarticleview2659pdf_1043 Acesso em 21 de jun de 2014 GONCcedilALVES NETO V S et al Conhecimentos e atitudes da populaccedilatildeo sobre dengue no Municiacutepio de Satildeo Luiacutes Maranhatildeo Brasil 2004 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2006 vol22 n10 pp 2191-2200 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv22n1018pdf Acesso em 10 de out de 2014 LEFEVRE A MC et al Representaccedilotildees sobre dengue seu vetor e accedilotildees de controle por moradores do municiacutepio de Satildeo Sebastiatildeo litoral Norte do Estado de Satildeo Paulo Brasil Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2007 vol23 n7 pp 1696-1706 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv23n722pdf Acesso em 16 de out de 2014 LIMA E C VILASBOAS ALQ Implantaccedilatildeo das Accedilotildees Interssetoriais de Mobilizaccedilatildeo Social do Paraacute o Controle da dengue na Bahia Brasil Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2011 vol27 n8 pp 1507-1519 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv27n806pdf Acesso em 16 de out de 2014 MACHADO RM et al (2013) HISTORIA DA SAUacuteDE MENTAL DE DIVINOacutePOLIS-MG Revista de Enfermagem do Centro Oeste Mineiro 2013 maiago 3 (2) 752-760 httpwwwseerufsjedubrindexphprecomarticleview228439 Acesso em 08 de abr de 2015 MAYO R C et al BEPA - Boletim Epidemioloacutegico Paulista 8(88) 4-12 abr 2011 tab Graf Disponiacutevel em fileCUsersnoteDownloadsv8n88a0120(1)pdf Acesso em 12 de out de 2014 MINAS GERAIS Secretaria Estadual de Sauacutede Programa Estadual de Controle Permanente da Dengue SITUACcedilAtildeO ATUAL DA DENGUE EM MINAS GERAIS RESUMO INFORMATIVO - 15122014 Disponiacutevel em httpwwwsaudemggovbrimagesdocumentosAnaliseDengue15-12-2014pdf Acesso em 10 de jan de 2015 MINAS GERAIS Secretaria de Estado da Sauacutede de Minas Gerais Programa Sauacutede em Casa Disponiacutevel em httpwwwsaudemggovbrpoliacuteticas_de_saudeprograma-saude-em-casa Acesso em 10 de maio de 2014

46

MORAES GH and DUARTE E C Anaacutelise da concordacircncia dos dados de mortalidade por dengue em dois sistemas nacionais de informaccedilatildeo em sauacutede Brasil 2000-2005 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2009 vol25 n11 pp 2354-2364 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielosporgpdfcspv25n1106pdf Acesso em 29 de Nov de 2014 PENNA M L F Um desafio para a sauacutede puacuteblica brasileira o controle do dengue Cad Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro 19(1) 305-309 jan-fev 2003 Disponiacutevel em httpwwwscielosporgpdfcspv19n114932pdf Acesso em 21 de jun de 2014

PREFEITURA MUNICIPAL DE DIVINOacutePOLIS BALANCcedilO DA DENGUE Disponiacutevel em httpwwwdivinopolismggovbrportalnoticiaphpid=11507 Acesso em 19 jan de 2015

RIBEIRO P C SOUSA DC ARAUJO TME Perfil cliacutenico-epidemioloacutegico dos casos suspeitos de Dengue em um bairro da zona sul de Teresina PI Brasil Rev bras enferm [online] 2008 vol61 n2 pp 227-232 ISSN 0034-7167 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfrebenv61n2a13v61n2pdf Acesso em 28 de jul de 2014 VALENTE G SC et al Problematizaccedilatildeo Como Estrateacutegia de Educaccedilatildeo em Sauacutede no Combate a Dengue Um Relato de Experiecircncia R Pesq cuid Fundam Online 2012 outdez 4(4)2987-94 Disponiacutevel em httpwwwseeruniriobrindexphpcuidadofundamentalarticleview1888pdf_641 Acesso em 08 jun de 2014 TEIXEIRA LAS et al Persistecircncia dos sintomas de dengue em uma populaccedilatildeo de Uberaba Minas Gerais Brasil Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2010 vol26 n3 pp 624-630 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv26n319pdf Acesso em 16 de out de 2014

Page 41: PLANO DE AÇÃO NO COMBATE A DENGUE: EDUCAR PARA EVITAR · 2019-11-14 · The Divinopolis follows the same trend, with 4680 notifications and 4139 confirmed ... banhado pelas bacias

41

Ao poder puacuteblico eacute necessaacuterio adotar um planejamento adequado para

garantir aos cidadatildeos a infraestrutura miacutenima necessaacuteria para viver em comunidade

serviccedilos essenciais como saneamento coleta de lixo e mobilidade que favorecem a

criaccedilatildeo de um ambiente seguro com sauacutede e qualidade de vida

42

REFEREcircNCIAS

ALMEIDA M CM et al Dinacircmica intra-urbana das epidemias de dengue em Belo Horizonte Minas Gerais Brasil 1996-2002 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2008 vol24 n10 pp 2385-2395 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv24n1019pdf Acesso em 02 de out de 2014 ALVES V S A Um modelo de educaccedilatildeo em sauacutede para o Programa Sauacutede da Famiacutelia pela integralidade da atenccedilatildeo e reorientaccedilatildeo do modelo assistencial Interface - Comunic Sauacutede Educ v9 n16 p39-52 set2004fev2005 Disponiacutevel em httpswwwnesconmedicinaufmgbrbibliotecaimagem0303pdf Acesso de jun de 2014 BACKES DS et al (2012) O papel profissional do enfermeiro no Sistema Uacutenico de Sauacutede da sauacutede comunitaacuteria agrave estrateacutegia de sauacutede da famiacutelia Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva

17(1)223-230 2012 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcscv17n1a24v17n1pdf Acesso em 12 de jan 2015 BRASIL Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sauacutede Consulta Estabelecimento - Modulo Profissional - Profissional por Estabelecimento Disponiacutevel em httpcnesdatasusgovbrMod_ProfissionalaspVCo_Unidade=3122302159651 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Cadernos de Informaccedilotildees de Sauacutede Minas Gerais DATASUS TABNET (2010) Disponiacutevel em httptabnetdatasusgovbrtabdatacadernosmghtm Acesso em16 de maio de 2014 BRASIL Dengue - instruccedilotildees para pessoal de combate ao vetor Manual de Normas teacutecnicas - 3 ed rev - Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede 2001 84 p il 30 cm Disponiacutevel em httpbvsmssaudegovbrbvspublicacoesfunasaman_denguepdf acesso em 15 de out de 2014 BRASIL Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz Vetor da dengue na Aacutesia A albopictus eacute alvo de estudos Publicada em 18122008 agraves 1249 Disponiacutevel em httpwwwfiocruzbrioccgicgiluaexesysstarthtminfoid=576ampsid=32amptpl=printerview Acesso em 12 de jan de 2015 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Censo demograacutefico 2010 sinopse Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=1ampsearch=minas-gerais|divinopolis|censo-demografico-2010-sinopse- Acesso em 15 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Divinoacutepolis morbidades hospitalares ndash 2012 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=114ampsearch=minas-gerais|divinopolis|morbidades-hospitalares-2012 Acesso em 12 de maio de 2014

43

BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estaacutetica Divisatildeo Territorial do Brasil e Limites Territoriais Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE) (1 de julho de 2008) Disponiacutevel em httpwwwibgegovbrhomegeocienciascartografiadefault_dtb_intshtm Acesso em16 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Ensino - matriacuteculas docentes e rede escolar ndash 2012 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=117ampsearch=minas-gerais|divinopolis|ensino-matriculas-docentes-e-rede-escolar-2012 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estaacutetica Histoacuterico do Municiacutepio disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrpainelhistoricophplang=ampcodmun=312230ampsearch=minas-gerais|divinopolis|infograficos-historico Acesso 10 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Informaccedilotildees completas Populaccedilatildeo em 2010 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrasperfilphplang=ampcodmun=312230 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Serviccedilos de sauacutede ndash 2009 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=5ampsearch=minas-gerais|divinopolis|servicos-de-saude-2009 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Sistema de informaccedilotildees de agravos de notificaccedilatildeo ndash SINAN Disponiacutevel em httpcesibgegovbrbase-de-dadosmetadadosministerio-da-saudesistema-de-informacoes-de-agravos-de-notificacao-sinan Acesso em 16 de Nov de 2014 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede Dengue aspectos epidemioloacutegicos diagnoacutestico e tratamento Ministeacuterio da Sauacutede Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede ndash Brasiacutelia Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede 2002 Disponiacutevel em httpbvsmssaudegovbrbvspublicacoesdengue_aspecto_epidemiologicos_diagnostico_tratamentopdf Acesso em 02 de out de 2014 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede FUNSA Programa Nacional de Combate a Dengue PNCD Disponiacutevel em httpbvsmssaudegovbrbvspublicacoespncd_2002pdf Acesso em 21 de jun de 2014 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portal Brasil Disponiacutevel em httpwwwbrasilgovbrsaude201311saude-libera-mais-de-r-360-mi-para-combate-a-dengue Acesso em 10 de Nov de 2014

44

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede Departamento de Vigilacircncia Epidemioloacutegica Diretrizes nacionais para prevenccedilatildeo e controle de epidemias de dengue Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede Departamento de Vigilacircncia Epidemioloacutegica ndash Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2009 160 p Disponiacutevel em httpwwwansgovbrportalimgemaildiretrizes_reimpressao_webpdf Acesso em 16 de Nov de 2014

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede (2014) Monitoramento dos casos de dengue e febre de chikungunya ateacute a Semana Epidemioloacutegica (SE) 53 de 2014 Dengue Boletim Epidemioloacutegico ISSN 2358-9450 Volume 46 Ndeg 3 ndash 2015 Disponiacutevel em httpportalsaudesaudegovbrimagespdf2015janeiro192015-002---BE-at---SE-53pdf Acesso em 22 mar de 2015 BRASILSINANONLINE e DVASVEASTSub VPSSES-MG (20122013) Disponiacutevel em httpwwwsaudemggovbrcomponentgmgstory6489-informe-epidemiologico-da-dengue-30-05-2014 Acesso em 08 de jun de 2014 CAMPOS FCC FARIA H P SANTOS MA Planejamento e avaliaccedilatildeo das accedilotildees em sauacutede Curso de Especializaccedilatildeo em Atenccedilatildeo Baacutesica em Sauacutede da Famiacutelia NESCONUFMG Curso de Especializaccedilatildeo em Atenccedilatildeo Baacutesica agrave Sauacutede da Famiacutelia 2ed Belo Horizonte NesconUFMG 2010 Disponiacutevel em lthttpswwwnesconmedicinaufmgbrbibliotecaregistroPlanejamento_e_avaliacao_das_acoes_de_saude_23gt Acesso em Dezembro 2014 DIVINOacutePOLIS Estatuto dos Conselhos Distritais de Sauacutede Conselho Municipal de Sauacutede 1998 DIVINOacutePOLIS Mapa da cidade Disponiacutevel em httpwwwdivinopolismggovbrportalpaginasgeograficosimagensmapadacidadepdf Acesso em 08 de jun de 2014 DIVINOPOLIS Secretaria Municipal de Sauacutede SEMUSA Sistema Integrado de Sauacutede Paciente Famiacutelia Acesso Local Acesso em 15 de maio de 2014 FERREIRA B J et al Evoluccedilatildeo histoacuterica dos programas de prevenccedilatildeo e controle da dengue no Brasil Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2009 vol14 n3 pp 961-972 ISSN 1413-8123 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcscv14n332pdf Acesso em 21 de jun de 2014 FERREIRA IT RN VERAS M A S M and SILVA RA Participaccedilatildeo da populaccedilatildeo no controle da dengue uma anaacutelise da sensibilidade dos planos de sauacutede de municiacutepios do Estado de Satildeo Paulo BrasilCad Sauacutede Puacuteblica [online] 2009 vol25 n12 pp 2683-2694 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielosporgpdfcspv25n1215pdf Acesso em 10 de out de 2014 FIGUEIREDO LT M OWA M A CARLUCCI R H and OLIVEIRA L de Estudo sobre o diagnoacutestico laboratorial e sintomas do dengue durante epidemia ocorrida na regiatildeo de Ribeiratildeo Preto SP Brasil Rev Inst Med trop S Paulo [online] 1992

45

vol34 n2 pp 121-130 ISSN 0036-4665 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfrimtspv34n2a07v34n2pdf Acesso em 13 ago de 2014 FIGUEIROacute AC et al Oacutebito por dengue como evento sentinela para avaliaccedilatildeo da qualidade da assistecircncia estudo de caso em dois municiacutepios da Regiatildeo Nordeste Brasil 2008 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2011 vol27 n12 pp 2373-2385 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv27n1209pdf Acesso em 12 de out de 2014 GIRAtildeO RV et al Educaccedilatildeo em sauacutede sobre a dengue contribuiccedilotildees para o desenvolvimento de competecircncias J res fundam care online 2014 janmar 6(1) 38-46 Disponiacutevel em httpwwwseeruniriobrindexphpcuidadofundamentalarticleview2659pdf_1043 Acesso em 21 de jun de 2014 GONCcedilALVES NETO V S et al Conhecimentos e atitudes da populaccedilatildeo sobre dengue no Municiacutepio de Satildeo Luiacutes Maranhatildeo Brasil 2004 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2006 vol22 n10 pp 2191-2200 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv22n1018pdf Acesso em 10 de out de 2014 LEFEVRE A MC et al Representaccedilotildees sobre dengue seu vetor e accedilotildees de controle por moradores do municiacutepio de Satildeo Sebastiatildeo litoral Norte do Estado de Satildeo Paulo Brasil Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2007 vol23 n7 pp 1696-1706 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv23n722pdf Acesso em 16 de out de 2014 LIMA E C VILASBOAS ALQ Implantaccedilatildeo das Accedilotildees Interssetoriais de Mobilizaccedilatildeo Social do Paraacute o Controle da dengue na Bahia Brasil Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2011 vol27 n8 pp 1507-1519 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv27n806pdf Acesso em 16 de out de 2014 MACHADO RM et al (2013) HISTORIA DA SAUacuteDE MENTAL DE DIVINOacutePOLIS-MG Revista de Enfermagem do Centro Oeste Mineiro 2013 maiago 3 (2) 752-760 httpwwwseerufsjedubrindexphprecomarticleview228439 Acesso em 08 de abr de 2015 MAYO R C et al BEPA - Boletim Epidemioloacutegico Paulista 8(88) 4-12 abr 2011 tab Graf Disponiacutevel em fileCUsersnoteDownloadsv8n88a0120(1)pdf Acesso em 12 de out de 2014 MINAS GERAIS Secretaria Estadual de Sauacutede Programa Estadual de Controle Permanente da Dengue SITUACcedilAtildeO ATUAL DA DENGUE EM MINAS GERAIS RESUMO INFORMATIVO - 15122014 Disponiacutevel em httpwwwsaudemggovbrimagesdocumentosAnaliseDengue15-12-2014pdf Acesso em 10 de jan de 2015 MINAS GERAIS Secretaria de Estado da Sauacutede de Minas Gerais Programa Sauacutede em Casa Disponiacutevel em httpwwwsaudemggovbrpoliacuteticas_de_saudeprograma-saude-em-casa Acesso em 10 de maio de 2014

46

MORAES GH and DUARTE E C Anaacutelise da concordacircncia dos dados de mortalidade por dengue em dois sistemas nacionais de informaccedilatildeo em sauacutede Brasil 2000-2005 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2009 vol25 n11 pp 2354-2364 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielosporgpdfcspv25n1106pdf Acesso em 29 de Nov de 2014 PENNA M L F Um desafio para a sauacutede puacuteblica brasileira o controle do dengue Cad Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro 19(1) 305-309 jan-fev 2003 Disponiacutevel em httpwwwscielosporgpdfcspv19n114932pdf Acesso em 21 de jun de 2014

PREFEITURA MUNICIPAL DE DIVINOacutePOLIS BALANCcedilO DA DENGUE Disponiacutevel em httpwwwdivinopolismggovbrportalnoticiaphpid=11507 Acesso em 19 jan de 2015

RIBEIRO P C SOUSA DC ARAUJO TME Perfil cliacutenico-epidemioloacutegico dos casos suspeitos de Dengue em um bairro da zona sul de Teresina PI Brasil Rev bras enferm [online] 2008 vol61 n2 pp 227-232 ISSN 0034-7167 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfrebenv61n2a13v61n2pdf Acesso em 28 de jul de 2014 VALENTE G SC et al Problematizaccedilatildeo Como Estrateacutegia de Educaccedilatildeo em Sauacutede no Combate a Dengue Um Relato de Experiecircncia R Pesq cuid Fundam Online 2012 outdez 4(4)2987-94 Disponiacutevel em httpwwwseeruniriobrindexphpcuidadofundamentalarticleview1888pdf_641 Acesso em 08 jun de 2014 TEIXEIRA LAS et al Persistecircncia dos sintomas de dengue em uma populaccedilatildeo de Uberaba Minas Gerais Brasil Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2010 vol26 n3 pp 624-630 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv26n319pdf Acesso em 16 de out de 2014

Page 42: PLANO DE AÇÃO NO COMBATE A DENGUE: EDUCAR PARA EVITAR · 2019-11-14 · The Divinopolis follows the same trend, with 4680 notifications and 4139 confirmed ... banhado pelas bacias

42

REFEREcircNCIAS

ALMEIDA M CM et al Dinacircmica intra-urbana das epidemias de dengue em Belo Horizonte Minas Gerais Brasil 1996-2002 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2008 vol24 n10 pp 2385-2395 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv24n1019pdf Acesso em 02 de out de 2014 ALVES V S A Um modelo de educaccedilatildeo em sauacutede para o Programa Sauacutede da Famiacutelia pela integralidade da atenccedilatildeo e reorientaccedilatildeo do modelo assistencial Interface - Comunic Sauacutede Educ v9 n16 p39-52 set2004fev2005 Disponiacutevel em httpswwwnesconmedicinaufmgbrbibliotecaimagem0303pdf Acesso de jun de 2014 BACKES DS et al (2012) O papel profissional do enfermeiro no Sistema Uacutenico de Sauacutede da sauacutede comunitaacuteria agrave estrateacutegia de sauacutede da famiacutelia Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva

17(1)223-230 2012 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcscv17n1a24v17n1pdf Acesso em 12 de jan 2015 BRASIL Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sauacutede Consulta Estabelecimento - Modulo Profissional - Profissional por Estabelecimento Disponiacutevel em httpcnesdatasusgovbrMod_ProfissionalaspVCo_Unidade=3122302159651 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Cadernos de Informaccedilotildees de Sauacutede Minas Gerais DATASUS TABNET (2010) Disponiacutevel em httptabnetdatasusgovbrtabdatacadernosmghtm Acesso em16 de maio de 2014 BRASIL Dengue - instruccedilotildees para pessoal de combate ao vetor Manual de Normas teacutecnicas - 3 ed rev - Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede 2001 84 p il 30 cm Disponiacutevel em httpbvsmssaudegovbrbvspublicacoesfunasaman_denguepdf acesso em 15 de out de 2014 BRASIL Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz Vetor da dengue na Aacutesia A albopictus eacute alvo de estudos Publicada em 18122008 agraves 1249 Disponiacutevel em httpwwwfiocruzbrioccgicgiluaexesysstarthtminfoid=576ampsid=32amptpl=printerview Acesso em 12 de jan de 2015 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Censo demograacutefico 2010 sinopse Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=1ampsearch=minas-gerais|divinopolis|censo-demografico-2010-sinopse- Acesso em 15 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Divinoacutepolis morbidades hospitalares ndash 2012 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=114ampsearch=minas-gerais|divinopolis|morbidades-hospitalares-2012 Acesso em 12 de maio de 2014

43

BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estaacutetica Divisatildeo Territorial do Brasil e Limites Territoriais Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE) (1 de julho de 2008) Disponiacutevel em httpwwwibgegovbrhomegeocienciascartografiadefault_dtb_intshtm Acesso em16 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Ensino - matriacuteculas docentes e rede escolar ndash 2012 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=117ampsearch=minas-gerais|divinopolis|ensino-matriculas-docentes-e-rede-escolar-2012 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estaacutetica Histoacuterico do Municiacutepio disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrpainelhistoricophplang=ampcodmun=312230ampsearch=minas-gerais|divinopolis|infograficos-historico Acesso 10 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Informaccedilotildees completas Populaccedilatildeo em 2010 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrasperfilphplang=ampcodmun=312230 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Serviccedilos de sauacutede ndash 2009 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=5ampsearch=minas-gerais|divinopolis|servicos-de-saude-2009 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Sistema de informaccedilotildees de agravos de notificaccedilatildeo ndash SINAN Disponiacutevel em httpcesibgegovbrbase-de-dadosmetadadosministerio-da-saudesistema-de-informacoes-de-agravos-de-notificacao-sinan Acesso em 16 de Nov de 2014 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede Dengue aspectos epidemioloacutegicos diagnoacutestico e tratamento Ministeacuterio da Sauacutede Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede ndash Brasiacutelia Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede 2002 Disponiacutevel em httpbvsmssaudegovbrbvspublicacoesdengue_aspecto_epidemiologicos_diagnostico_tratamentopdf Acesso em 02 de out de 2014 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede FUNSA Programa Nacional de Combate a Dengue PNCD Disponiacutevel em httpbvsmssaudegovbrbvspublicacoespncd_2002pdf Acesso em 21 de jun de 2014 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portal Brasil Disponiacutevel em httpwwwbrasilgovbrsaude201311saude-libera-mais-de-r-360-mi-para-combate-a-dengue Acesso em 10 de Nov de 2014

44

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede Departamento de Vigilacircncia Epidemioloacutegica Diretrizes nacionais para prevenccedilatildeo e controle de epidemias de dengue Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede Departamento de Vigilacircncia Epidemioloacutegica ndash Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2009 160 p Disponiacutevel em httpwwwansgovbrportalimgemaildiretrizes_reimpressao_webpdf Acesso em 16 de Nov de 2014

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede (2014) Monitoramento dos casos de dengue e febre de chikungunya ateacute a Semana Epidemioloacutegica (SE) 53 de 2014 Dengue Boletim Epidemioloacutegico ISSN 2358-9450 Volume 46 Ndeg 3 ndash 2015 Disponiacutevel em httpportalsaudesaudegovbrimagespdf2015janeiro192015-002---BE-at---SE-53pdf Acesso em 22 mar de 2015 BRASILSINANONLINE e DVASVEASTSub VPSSES-MG (20122013) Disponiacutevel em httpwwwsaudemggovbrcomponentgmgstory6489-informe-epidemiologico-da-dengue-30-05-2014 Acesso em 08 de jun de 2014 CAMPOS FCC FARIA H P SANTOS MA Planejamento e avaliaccedilatildeo das accedilotildees em sauacutede Curso de Especializaccedilatildeo em Atenccedilatildeo Baacutesica em Sauacutede da Famiacutelia NESCONUFMG Curso de Especializaccedilatildeo em Atenccedilatildeo Baacutesica agrave Sauacutede da Famiacutelia 2ed Belo Horizonte NesconUFMG 2010 Disponiacutevel em lthttpswwwnesconmedicinaufmgbrbibliotecaregistroPlanejamento_e_avaliacao_das_acoes_de_saude_23gt Acesso em Dezembro 2014 DIVINOacutePOLIS Estatuto dos Conselhos Distritais de Sauacutede Conselho Municipal de Sauacutede 1998 DIVINOacutePOLIS Mapa da cidade Disponiacutevel em httpwwwdivinopolismggovbrportalpaginasgeograficosimagensmapadacidadepdf Acesso em 08 de jun de 2014 DIVINOPOLIS Secretaria Municipal de Sauacutede SEMUSA Sistema Integrado de Sauacutede Paciente Famiacutelia Acesso Local Acesso em 15 de maio de 2014 FERREIRA B J et al Evoluccedilatildeo histoacuterica dos programas de prevenccedilatildeo e controle da dengue no Brasil Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2009 vol14 n3 pp 961-972 ISSN 1413-8123 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcscv14n332pdf Acesso em 21 de jun de 2014 FERREIRA IT RN VERAS M A S M and SILVA RA Participaccedilatildeo da populaccedilatildeo no controle da dengue uma anaacutelise da sensibilidade dos planos de sauacutede de municiacutepios do Estado de Satildeo Paulo BrasilCad Sauacutede Puacuteblica [online] 2009 vol25 n12 pp 2683-2694 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielosporgpdfcspv25n1215pdf Acesso em 10 de out de 2014 FIGUEIREDO LT M OWA M A CARLUCCI R H and OLIVEIRA L de Estudo sobre o diagnoacutestico laboratorial e sintomas do dengue durante epidemia ocorrida na regiatildeo de Ribeiratildeo Preto SP Brasil Rev Inst Med trop S Paulo [online] 1992

45

vol34 n2 pp 121-130 ISSN 0036-4665 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfrimtspv34n2a07v34n2pdf Acesso em 13 ago de 2014 FIGUEIROacute AC et al Oacutebito por dengue como evento sentinela para avaliaccedilatildeo da qualidade da assistecircncia estudo de caso em dois municiacutepios da Regiatildeo Nordeste Brasil 2008 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2011 vol27 n12 pp 2373-2385 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv27n1209pdf Acesso em 12 de out de 2014 GIRAtildeO RV et al Educaccedilatildeo em sauacutede sobre a dengue contribuiccedilotildees para o desenvolvimento de competecircncias J res fundam care online 2014 janmar 6(1) 38-46 Disponiacutevel em httpwwwseeruniriobrindexphpcuidadofundamentalarticleview2659pdf_1043 Acesso em 21 de jun de 2014 GONCcedilALVES NETO V S et al Conhecimentos e atitudes da populaccedilatildeo sobre dengue no Municiacutepio de Satildeo Luiacutes Maranhatildeo Brasil 2004 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2006 vol22 n10 pp 2191-2200 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv22n1018pdf Acesso em 10 de out de 2014 LEFEVRE A MC et al Representaccedilotildees sobre dengue seu vetor e accedilotildees de controle por moradores do municiacutepio de Satildeo Sebastiatildeo litoral Norte do Estado de Satildeo Paulo Brasil Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2007 vol23 n7 pp 1696-1706 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv23n722pdf Acesso em 16 de out de 2014 LIMA E C VILASBOAS ALQ Implantaccedilatildeo das Accedilotildees Interssetoriais de Mobilizaccedilatildeo Social do Paraacute o Controle da dengue na Bahia Brasil Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2011 vol27 n8 pp 1507-1519 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv27n806pdf Acesso em 16 de out de 2014 MACHADO RM et al (2013) HISTORIA DA SAUacuteDE MENTAL DE DIVINOacutePOLIS-MG Revista de Enfermagem do Centro Oeste Mineiro 2013 maiago 3 (2) 752-760 httpwwwseerufsjedubrindexphprecomarticleview228439 Acesso em 08 de abr de 2015 MAYO R C et al BEPA - Boletim Epidemioloacutegico Paulista 8(88) 4-12 abr 2011 tab Graf Disponiacutevel em fileCUsersnoteDownloadsv8n88a0120(1)pdf Acesso em 12 de out de 2014 MINAS GERAIS Secretaria Estadual de Sauacutede Programa Estadual de Controle Permanente da Dengue SITUACcedilAtildeO ATUAL DA DENGUE EM MINAS GERAIS RESUMO INFORMATIVO - 15122014 Disponiacutevel em httpwwwsaudemggovbrimagesdocumentosAnaliseDengue15-12-2014pdf Acesso em 10 de jan de 2015 MINAS GERAIS Secretaria de Estado da Sauacutede de Minas Gerais Programa Sauacutede em Casa Disponiacutevel em httpwwwsaudemggovbrpoliacuteticas_de_saudeprograma-saude-em-casa Acesso em 10 de maio de 2014

46

MORAES GH and DUARTE E C Anaacutelise da concordacircncia dos dados de mortalidade por dengue em dois sistemas nacionais de informaccedilatildeo em sauacutede Brasil 2000-2005 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2009 vol25 n11 pp 2354-2364 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielosporgpdfcspv25n1106pdf Acesso em 29 de Nov de 2014 PENNA M L F Um desafio para a sauacutede puacuteblica brasileira o controle do dengue Cad Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro 19(1) 305-309 jan-fev 2003 Disponiacutevel em httpwwwscielosporgpdfcspv19n114932pdf Acesso em 21 de jun de 2014

PREFEITURA MUNICIPAL DE DIVINOacutePOLIS BALANCcedilO DA DENGUE Disponiacutevel em httpwwwdivinopolismggovbrportalnoticiaphpid=11507 Acesso em 19 jan de 2015

RIBEIRO P C SOUSA DC ARAUJO TME Perfil cliacutenico-epidemioloacutegico dos casos suspeitos de Dengue em um bairro da zona sul de Teresina PI Brasil Rev bras enferm [online] 2008 vol61 n2 pp 227-232 ISSN 0034-7167 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfrebenv61n2a13v61n2pdf Acesso em 28 de jul de 2014 VALENTE G SC et al Problematizaccedilatildeo Como Estrateacutegia de Educaccedilatildeo em Sauacutede no Combate a Dengue Um Relato de Experiecircncia R Pesq cuid Fundam Online 2012 outdez 4(4)2987-94 Disponiacutevel em httpwwwseeruniriobrindexphpcuidadofundamentalarticleview1888pdf_641 Acesso em 08 jun de 2014 TEIXEIRA LAS et al Persistecircncia dos sintomas de dengue em uma populaccedilatildeo de Uberaba Minas Gerais Brasil Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2010 vol26 n3 pp 624-630 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv26n319pdf Acesso em 16 de out de 2014

Page 43: PLANO DE AÇÃO NO COMBATE A DENGUE: EDUCAR PARA EVITAR · 2019-11-14 · The Divinopolis follows the same trend, with 4680 notifications and 4139 confirmed ... banhado pelas bacias

43

BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estaacutetica Divisatildeo Territorial do Brasil e Limites Territoriais Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE) (1 de julho de 2008) Disponiacutevel em httpwwwibgegovbrhomegeocienciascartografiadefault_dtb_intshtm Acesso em16 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Ensino - matriacuteculas docentes e rede escolar ndash 2012 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=117ampsearch=minas-gerais|divinopolis|ensino-matriculas-docentes-e-rede-escolar-2012 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estaacutetica Histoacuterico do Municiacutepio disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrpainelhistoricophplang=ampcodmun=312230ampsearch=minas-gerais|divinopolis|infograficos-historico Acesso 10 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Informaccedilotildees completas Populaccedilatildeo em 2010 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrasperfilphplang=ampcodmun=312230 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Serviccedilos de sauacutede ndash 2009 Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=312230ampidtema=5ampsearch=minas-gerais|divinopolis|servicos-de-saude-2009 Acesso em 12 de maio de 2014 BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Sistema de informaccedilotildees de agravos de notificaccedilatildeo ndash SINAN Disponiacutevel em httpcesibgegovbrbase-de-dadosmetadadosministerio-da-saudesistema-de-informacoes-de-agravos-de-notificacao-sinan Acesso em 16 de Nov de 2014 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede Dengue aspectos epidemioloacutegicos diagnoacutestico e tratamento Ministeacuterio da Sauacutede Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede ndash Brasiacutelia Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede 2002 Disponiacutevel em httpbvsmssaudegovbrbvspublicacoesdengue_aspecto_epidemiologicos_diagnostico_tratamentopdf Acesso em 02 de out de 2014 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede FUNSA Programa Nacional de Combate a Dengue PNCD Disponiacutevel em httpbvsmssaudegovbrbvspublicacoespncd_2002pdf Acesso em 21 de jun de 2014 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Portal Brasil Disponiacutevel em httpwwwbrasilgovbrsaude201311saude-libera-mais-de-r-360-mi-para-combate-a-dengue Acesso em 10 de Nov de 2014

44

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede Departamento de Vigilacircncia Epidemioloacutegica Diretrizes nacionais para prevenccedilatildeo e controle de epidemias de dengue Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede Departamento de Vigilacircncia Epidemioloacutegica ndash Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2009 160 p Disponiacutevel em httpwwwansgovbrportalimgemaildiretrizes_reimpressao_webpdf Acesso em 16 de Nov de 2014

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede (2014) Monitoramento dos casos de dengue e febre de chikungunya ateacute a Semana Epidemioloacutegica (SE) 53 de 2014 Dengue Boletim Epidemioloacutegico ISSN 2358-9450 Volume 46 Ndeg 3 ndash 2015 Disponiacutevel em httpportalsaudesaudegovbrimagespdf2015janeiro192015-002---BE-at---SE-53pdf Acesso em 22 mar de 2015 BRASILSINANONLINE e DVASVEASTSub VPSSES-MG (20122013) Disponiacutevel em httpwwwsaudemggovbrcomponentgmgstory6489-informe-epidemiologico-da-dengue-30-05-2014 Acesso em 08 de jun de 2014 CAMPOS FCC FARIA H P SANTOS MA Planejamento e avaliaccedilatildeo das accedilotildees em sauacutede Curso de Especializaccedilatildeo em Atenccedilatildeo Baacutesica em Sauacutede da Famiacutelia NESCONUFMG Curso de Especializaccedilatildeo em Atenccedilatildeo Baacutesica agrave Sauacutede da Famiacutelia 2ed Belo Horizonte NesconUFMG 2010 Disponiacutevel em lthttpswwwnesconmedicinaufmgbrbibliotecaregistroPlanejamento_e_avaliacao_das_acoes_de_saude_23gt Acesso em Dezembro 2014 DIVINOacutePOLIS Estatuto dos Conselhos Distritais de Sauacutede Conselho Municipal de Sauacutede 1998 DIVINOacutePOLIS Mapa da cidade Disponiacutevel em httpwwwdivinopolismggovbrportalpaginasgeograficosimagensmapadacidadepdf Acesso em 08 de jun de 2014 DIVINOPOLIS Secretaria Municipal de Sauacutede SEMUSA Sistema Integrado de Sauacutede Paciente Famiacutelia Acesso Local Acesso em 15 de maio de 2014 FERREIRA B J et al Evoluccedilatildeo histoacuterica dos programas de prevenccedilatildeo e controle da dengue no Brasil Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2009 vol14 n3 pp 961-972 ISSN 1413-8123 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcscv14n332pdf Acesso em 21 de jun de 2014 FERREIRA IT RN VERAS M A S M and SILVA RA Participaccedilatildeo da populaccedilatildeo no controle da dengue uma anaacutelise da sensibilidade dos planos de sauacutede de municiacutepios do Estado de Satildeo Paulo BrasilCad Sauacutede Puacuteblica [online] 2009 vol25 n12 pp 2683-2694 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielosporgpdfcspv25n1215pdf Acesso em 10 de out de 2014 FIGUEIREDO LT M OWA M A CARLUCCI R H and OLIVEIRA L de Estudo sobre o diagnoacutestico laboratorial e sintomas do dengue durante epidemia ocorrida na regiatildeo de Ribeiratildeo Preto SP Brasil Rev Inst Med trop S Paulo [online] 1992

45

vol34 n2 pp 121-130 ISSN 0036-4665 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfrimtspv34n2a07v34n2pdf Acesso em 13 ago de 2014 FIGUEIROacute AC et al Oacutebito por dengue como evento sentinela para avaliaccedilatildeo da qualidade da assistecircncia estudo de caso em dois municiacutepios da Regiatildeo Nordeste Brasil 2008 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2011 vol27 n12 pp 2373-2385 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv27n1209pdf Acesso em 12 de out de 2014 GIRAtildeO RV et al Educaccedilatildeo em sauacutede sobre a dengue contribuiccedilotildees para o desenvolvimento de competecircncias J res fundam care online 2014 janmar 6(1) 38-46 Disponiacutevel em httpwwwseeruniriobrindexphpcuidadofundamentalarticleview2659pdf_1043 Acesso em 21 de jun de 2014 GONCcedilALVES NETO V S et al Conhecimentos e atitudes da populaccedilatildeo sobre dengue no Municiacutepio de Satildeo Luiacutes Maranhatildeo Brasil 2004 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2006 vol22 n10 pp 2191-2200 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv22n1018pdf Acesso em 10 de out de 2014 LEFEVRE A MC et al Representaccedilotildees sobre dengue seu vetor e accedilotildees de controle por moradores do municiacutepio de Satildeo Sebastiatildeo litoral Norte do Estado de Satildeo Paulo Brasil Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2007 vol23 n7 pp 1696-1706 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv23n722pdf Acesso em 16 de out de 2014 LIMA E C VILASBOAS ALQ Implantaccedilatildeo das Accedilotildees Interssetoriais de Mobilizaccedilatildeo Social do Paraacute o Controle da dengue na Bahia Brasil Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2011 vol27 n8 pp 1507-1519 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv27n806pdf Acesso em 16 de out de 2014 MACHADO RM et al (2013) HISTORIA DA SAUacuteDE MENTAL DE DIVINOacutePOLIS-MG Revista de Enfermagem do Centro Oeste Mineiro 2013 maiago 3 (2) 752-760 httpwwwseerufsjedubrindexphprecomarticleview228439 Acesso em 08 de abr de 2015 MAYO R C et al BEPA - Boletim Epidemioloacutegico Paulista 8(88) 4-12 abr 2011 tab Graf Disponiacutevel em fileCUsersnoteDownloadsv8n88a0120(1)pdf Acesso em 12 de out de 2014 MINAS GERAIS Secretaria Estadual de Sauacutede Programa Estadual de Controle Permanente da Dengue SITUACcedilAtildeO ATUAL DA DENGUE EM MINAS GERAIS RESUMO INFORMATIVO - 15122014 Disponiacutevel em httpwwwsaudemggovbrimagesdocumentosAnaliseDengue15-12-2014pdf Acesso em 10 de jan de 2015 MINAS GERAIS Secretaria de Estado da Sauacutede de Minas Gerais Programa Sauacutede em Casa Disponiacutevel em httpwwwsaudemggovbrpoliacuteticas_de_saudeprograma-saude-em-casa Acesso em 10 de maio de 2014

46

MORAES GH and DUARTE E C Anaacutelise da concordacircncia dos dados de mortalidade por dengue em dois sistemas nacionais de informaccedilatildeo em sauacutede Brasil 2000-2005 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2009 vol25 n11 pp 2354-2364 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielosporgpdfcspv25n1106pdf Acesso em 29 de Nov de 2014 PENNA M L F Um desafio para a sauacutede puacuteblica brasileira o controle do dengue Cad Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro 19(1) 305-309 jan-fev 2003 Disponiacutevel em httpwwwscielosporgpdfcspv19n114932pdf Acesso em 21 de jun de 2014

PREFEITURA MUNICIPAL DE DIVINOacutePOLIS BALANCcedilO DA DENGUE Disponiacutevel em httpwwwdivinopolismggovbrportalnoticiaphpid=11507 Acesso em 19 jan de 2015

RIBEIRO P C SOUSA DC ARAUJO TME Perfil cliacutenico-epidemioloacutegico dos casos suspeitos de Dengue em um bairro da zona sul de Teresina PI Brasil Rev bras enferm [online] 2008 vol61 n2 pp 227-232 ISSN 0034-7167 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfrebenv61n2a13v61n2pdf Acesso em 28 de jul de 2014 VALENTE G SC et al Problematizaccedilatildeo Como Estrateacutegia de Educaccedilatildeo em Sauacutede no Combate a Dengue Um Relato de Experiecircncia R Pesq cuid Fundam Online 2012 outdez 4(4)2987-94 Disponiacutevel em httpwwwseeruniriobrindexphpcuidadofundamentalarticleview1888pdf_641 Acesso em 08 jun de 2014 TEIXEIRA LAS et al Persistecircncia dos sintomas de dengue em uma populaccedilatildeo de Uberaba Minas Gerais Brasil Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2010 vol26 n3 pp 624-630 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv26n319pdf Acesso em 16 de out de 2014

Page 44: PLANO DE AÇÃO NO COMBATE A DENGUE: EDUCAR PARA EVITAR · 2019-11-14 · The Divinopolis follows the same trend, with 4680 notifications and 4139 confirmed ... banhado pelas bacias

44

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede Departamento de Vigilacircncia Epidemioloacutegica Diretrizes nacionais para prevenccedilatildeo e controle de epidemias de dengue Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede Departamento de Vigilacircncia Epidemioloacutegica ndash Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2009 160 p Disponiacutevel em httpwwwansgovbrportalimgemaildiretrizes_reimpressao_webpdf Acesso em 16 de Nov de 2014

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede (2014) Monitoramento dos casos de dengue e febre de chikungunya ateacute a Semana Epidemioloacutegica (SE) 53 de 2014 Dengue Boletim Epidemioloacutegico ISSN 2358-9450 Volume 46 Ndeg 3 ndash 2015 Disponiacutevel em httpportalsaudesaudegovbrimagespdf2015janeiro192015-002---BE-at---SE-53pdf Acesso em 22 mar de 2015 BRASILSINANONLINE e DVASVEASTSub VPSSES-MG (20122013) Disponiacutevel em httpwwwsaudemggovbrcomponentgmgstory6489-informe-epidemiologico-da-dengue-30-05-2014 Acesso em 08 de jun de 2014 CAMPOS FCC FARIA H P SANTOS MA Planejamento e avaliaccedilatildeo das accedilotildees em sauacutede Curso de Especializaccedilatildeo em Atenccedilatildeo Baacutesica em Sauacutede da Famiacutelia NESCONUFMG Curso de Especializaccedilatildeo em Atenccedilatildeo Baacutesica agrave Sauacutede da Famiacutelia 2ed Belo Horizonte NesconUFMG 2010 Disponiacutevel em lthttpswwwnesconmedicinaufmgbrbibliotecaregistroPlanejamento_e_avaliacao_das_acoes_de_saude_23gt Acesso em Dezembro 2014 DIVINOacutePOLIS Estatuto dos Conselhos Distritais de Sauacutede Conselho Municipal de Sauacutede 1998 DIVINOacutePOLIS Mapa da cidade Disponiacutevel em httpwwwdivinopolismggovbrportalpaginasgeograficosimagensmapadacidadepdf Acesso em 08 de jun de 2014 DIVINOPOLIS Secretaria Municipal de Sauacutede SEMUSA Sistema Integrado de Sauacutede Paciente Famiacutelia Acesso Local Acesso em 15 de maio de 2014 FERREIRA B J et al Evoluccedilatildeo histoacuterica dos programas de prevenccedilatildeo e controle da dengue no Brasil Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2009 vol14 n3 pp 961-972 ISSN 1413-8123 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcscv14n332pdf Acesso em 21 de jun de 2014 FERREIRA IT RN VERAS M A S M and SILVA RA Participaccedilatildeo da populaccedilatildeo no controle da dengue uma anaacutelise da sensibilidade dos planos de sauacutede de municiacutepios do Estado de Satildeo Paulo BrasilCad Sauacutede Puacuteblica [online] 2009 vol25 n12 pp 2683-2694 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielosporgpdfcspv25n1215pdf Acesso em 10 de out de 2014 FIGUEIREDO LT M OWA M A CARLUCCI R H and OLIVEIRA L de Estudo sobre o diagnoacutestico laboratorial e sintomas do dengue durante epidemia ocorrida na regiatildeo de Ribeiratildeo Preto SP Brasil Rev Inst Med trop S Paulo [online] 1992

45

vol34 n2 pp 121-130 ISSN 0036-4665 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfrimtspv34n2a07v34n2pdf Acesso em 13 ago de 2014 FIGUEIROacute AC et al Oacutebito por dengue como evento sentinela para avaliaccedilatildeo da qualidade da assistecircncia estudo de caso em dois municiacutepios da Regiatildeo Nordeste Brasil 2008 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2011 vol27 n12 pp 2373-2385 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv27n1209pdf Acesso em 12 de out de 2014 GIRAtildeO RV et al Educaccedilatildeo em sauacutede sobre a dengue contribuiccedilotildees para o desenvolvimento de competecircncias J res fundam care online 2014 janmar 6(1) 38-46 Disponiacutevel em httpwwwseeruniriobrindexphpcuidadofundamentalarticleview2659pdf_1043 Acesso em 21 de jun de 2014 GONCcedilALVES NETO V S et al Conhecimentos e atitudes da populaccedilatildeo sobre dengue no Municiacutepio de Satildeo Luiacutes Maranhatildeo Brasil 2004 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2006 vol22 n10 pp 2191-2200 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv22n1018pdf Acesso em 10 de out de 2014 LEFEVRE A MC et al Representaccedilotildees sobre dengue seu vetor e accedilotildees de controle por moradores do municiacutepio de Satildeo Sebastiatildeo litoral Norte do Estado de Satildeo Paulo Brasil Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2007 vol23 n7 pp 1696-1706 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv23n722pdf Acesso em 16 de out de 2014 LIMA E C VILASBOAS ALQ Implantaccedilatildeo das Accedilotildees Interssetoriais de Mobilizaccedilatildeo Social do Paraacute o Controle da dengue na Bahia Brasil Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2011 vol27 n8 pp 1507-1519 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv27n806pdf Acesso em 16 de out de 2014 MACHADO RM et al (2013) HISTORIA DA SAUacuteDE MENTAL DE DIVINOacutePOLIS-MG Revista de Enfermagem do Centro Oeste Mineiro 2013 maiago 3 (2) 752-760 httpwwwseerufsjedubrindexphprecomarticleview228439 Acesso em 08 de abr de 2015 MAYO R C et al BEPA - Boletim Epidemioloacutegico Paulista 8(88) 4-12 abr 2011 tab Graf Disponiacutevel em fileCUsersnoteDownloadsv8n88a0120(1)pdf Acesso em 12 de out de 2014 MINAS GERAIS Secretaria Estadual de Sauacutede Programa Estadual de Controle Permanente da Dengue SITUACcedilAtildeO ATUAL DA DENGUE EM MINAS GERAIS RESUMO INFORMATIVO - 15122014 Disponiacutevel em httpwwwsaudemggovbrimagesdocumentosAnaliseDengue15-12-2014pdf Acesso em 10 de jan de 2015 MINAS GERAIS Secretaria de Estado da Sauacutede de Minas Gerais Programa Sauacutede em Casa Disponiacutevel em httpwwwsaudemggovbrpoliacuteticas_de_saudeprograma-saude-em-casa Acesso em 10 de maio de 2014

46

MORAES GH and DUARTE E C Anaacutelise da concordacircncia dos dados de mortalidade por dengue em dois sistemas nacionais de informaccedilatildeo em sauacutede Brasil 2000-2005 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2009 vol25 n11 pp 2354-2364 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielosporgpdfcspv25n1106pdf Acesso em 29 de Nov de 2014 PENNA M L F Um desafio para a sauacutede puacuteblica brasileira o controle do dengue Cad Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro 19(1) 305-309 jan-fev 2003 Disponiacutevel em httpwwwscielosporgpdfcspv19n114932pdf Acesso em 21 de jun de 2014

PREFEITURA MUNICIPAL DE DIVINOacutePOLIS BALANCcedilO DA DENGUE Disponiacutevel em httpwwwdivinopolismggovbrportalnoticiaphpid=11507 Acesso em 19 jan de 2015

RIBEIRO P C SOUSA DC ARAUJO TME Perfil cliacutenico-epidemioloacutegico dos casos suspeitos de Dengue em um bairro da zona sul de Teresina PI Brasil Rev bras enferm [online] 2008 vol61 n2 pp 227-232 ISSN 0034-7167 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfrebenv61n2a13v61n2pdf Acesso em 28 de jul de 2014 VALENTE G SC et al Problematizaccedilatildeo Como Estrateacutegia de Educaccedilatildeo em Sauacutede no Combate a Dengue Um Relato de Experiecircncia R Pesq cuid Fundam Online 2012 outdez 4(4)2987-94 Disponiacutevel em httpwwwseeruniriobrindexphpcuidadofundamentalarticleview1888pdf_641 Acesso em 08 jun de 2014 TEIXEIRA LAS et al Persistecircncia dos sintomas de dengue em uma populaccedilatildeo de Uberaba Minas Gerais Brasil Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2010 vol26 n3 pp 624-630 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv26n319pdf Acesso em 16 de out de 2014

Page 45: PLANO DE AÇÃO NO COMBATE A DENGUE: EDUCAR PARA EVITAR · 2019-11-14 · The Divinopolis follows the same trend, with 4680 notifications and 4139 confirmed ... banhado pelas bacias

45

vol34 n2 pp 121-130 ISSN 0036-4665 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfrimtspv34n2a07v34n2pdf Acesso em 13 ago de 2014 FIGUEIROacute AC et al Oacutebito por dengue como evento sentinela para avaliaccedilatildeo da qualidade da assistecircncia estudo de caso em dois municiacutepios da Regiatildeo Nordeste Brasil 2008 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2011 vol27 n12 pp 2373-2385 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv27n1209pdf Acesso em 12 de out de 2014 GIRAtildeO RV et al Educaccedilatildeo em sauacutede sobre a dengue contribuiccedilotildees para o desenvolvimento de competecircncias J res fundam care online 2014 janmar 6(1) 38-46 Disponiacutevel em httpwwwseeruniriobrindexphpcuidadofundamentalarticleview2659pdf_1043 Acesso em 21 de jun de 2014 GONCcedilALVES NETO V S et al Conhecimentos e atitudes da populaccedilatildeo sobre dengue no Municiacutepio de Satildeo Luiacutes Maranhatildeo Brasil 2004 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2006 vol22 n10 pp 2191-2200 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv22n1018pdf Acesso em 10 de out de 2014 LEFEVRE A MC et al Representaccedilotildees sobre dengue seu vetor e accedilotildees de controle por moradores do municiacutepio de Satildeo Sebastiatildeo litoral Norte do Estado de Satildeo Paulo Brasil Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2007 vol23 n7 pp 1696-1706 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv23n722pdf Acesso em 16 de out de 2014 LIMA E C VILASBOAS ALQ Implantaccedilatildeo das Accedilotildees Interssetoriais de Mobilizaccedilatildeo Social do Paraacute o Controle da dengue na Bahia Brasil Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2011 vol27 n8 pp 1507-1519 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv27n806pdf Acesso em 16 de out de 2014 MACHADO RM et al (2013) HISTORIA DA SAUacuteDE MENTAL DE DIVINOacutePOLIS-MG Revista de Enfermagem do Centro Oeste Mineiro 2013 maiago 3 (2) 752-760 httpwwwseerufsjedubrindexphprecomarticleview228439 Acesso em 08 de abr de 2015 MAYO R C et al BEPA - Boletim Epidemioloacutegico Paulista 8(88) 4-12 abr 2011 tab Graf Disponiacutevel em fileCUsersnoteDownloadsv8n88a0120(1)pdf Acesso em 12 de out de 2014 MINAS GERAIS Secretaria Estadual de Sauacutede Programa Estadual de Controle Permanente da Dengue SITUACcedilAtildeO ATUAL DA DENGUE EM MINAS GERAIS RESUMO INFORMATIVO - 15122014 Disponiacutevel em httpwwwsaudemggovbrimagesdocumentosAnaliseDengue15-12-2014pdf Acesso em 10 de jan de 2015 MINAS GERAIS Secretaria de Estado da Sauacutede de Minas Gerais Programa Sauacutede em Casa Disponiacutevel em httpwwwsaudemggovbrpoliacuteticas_de_saudeprograma-saude-em-casa Acesso em 10 de maio de 2014

46

MORAES GH and DUARTE E C Anaacutelise da concordacircncia dos dados de mortalidade por dengue em dois sistemas nacionais de informaccedilatildeo em sauacutede Brasil 2000-2005 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2009 vol25 n11 pp 2354-2364 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielosporgpdfcspv25n1106pdf Acesso em 29 de Nov de 2014 PENNA M L F Um desafio para a sauacutede puacuteblica brasileira o controle do dengue Cad Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro 19(1) 305-309 jan-fev 2003 Disponiacutevel em httpwwwscielosporgpdfcspv19n114932pdf Acesso em 21 de jun de 2014

PREFEITURA MUNICIPAL DE DIVINOacutePOLIS BALANCcedilO DA DENGUE Disponiacutevel em httpwwwdivinopolismggovbrportalnoticiaphpid=11507 Acesso em 19 jan de 2015

RIBEIRO P C SOUSA DC ARAUJO TME Perfil cliacutenico-epidemioloacutegico dos casos suspeitos de Dengue em um bairro da zona sul de Teresina PI Brasil Rev bras enferm [online] 2008 vol61 n2 pp 227-232 ISSN 0034-7167 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfrebenv61n2a13v61n2pdf Acesso em 28 de jul de 2014 VALENTE G SC et al Problematizaccedilatildeo Como Estrateacutegia de Educaccedilatildeo em Sauacutede no Combate a Dengue Um Relato de Experiecircncia R Pesq cuid Fundam Online 2012 outdez 4(4)2987-94 Disponiacutevel em httpwwwseeruniriobrindexphpcuidadofundamentalarticleview1888pdf_641 Acesso em 08 jun de 2014 TEIXEIRA LAS et al Persistecircncia dos sintomas de dengue em uma populaccedilatildeo de Uberaba Minas Gerais Brasil Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2010 vol26 n3 pp 624-630 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv26n319pdf Acesso em 16 de out de 2014

Page 46: PLANO DE AÇÃO NO COMBATE A DENGUE: EDUCAR PARA EVITAR · 2019-11-14 · The Divinopolis follows the same trend, with 4680 notifications and 4139 confirmed ... banhado pelas bacias

46

MORAES GH and DUARTE E C Anaacutelise da concordacircncia dos dados de mortalidade por dengue em dois sistemas nacionais de informaccedilatildeo em sauacutede Brasil 2000-2005 Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2009 vol25 n11 pp 2354-2364 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielosporgpdfcspv25n1106pdf Acesso em 29 de Nov de 2014 PENNA M L F Um desafio para a sauacutede puacuteblica brasileira o controle do dengue Cad Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro 19(1) 305-309 jan-fev 2003 Disponiacutevel em httpwwwscielosporgpdfcspv19n114932pdf Acesso em 21 de jun de 2014

PREFEITURA MUNICIPAL DE DIVINOacutePOLIS BALANCcedilO DA DENGUE Disponiacutevel em httpwwwdivinopolismggovbrportalnoticiaphpid=11507 Acesso em 19 jan de 2015

RIBEIRO P C SOUSA DC ARAUJO TME Perfil cliacutenico-epidemioloacutegico dos casos suspeitos de Dengue em um bairro da zona sul de Teresina PI Brasil Rev bras enferm [online] 2008 vol61 n2 pp 227-232 ISSN 0034-7167 Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfrebenv61n2a13v61n2pdf Acesso em 28 de jul de 2014 VALENTE G SC et al Problematizaccedilatildeo Como Estrateacutegia de Educaccedilatildeo em Sauacutede no Combate a Dengue Um Relato de Experiecircncia R Pesq cuid Fundam Online 2012 outdez 4(4)2987-94 Disponiacutevel em httpwwwseeruniriobrindexphpcuidadofundamentalarticleview1888pdf_641 Acesso em 08 jun de 2014 TEIXEIRA LAS et al Persistecircncia dos sintomas de dengue em uma populaccedilatildeo de Uberaba Minas Gerais Brasil Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2010 vol26 n3 pp 624-630 ISSN 0102-311X Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfcspv26n319pdf Acesso em 16 de out de 2014