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Portugues para concurso

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Sobre a Gramtica

A Gramtica tem como finalidade orientar e regular o uso da lngua, estabelecendo um padro de escrita e de fala baseado em diversos critrios, tais como:

Exemplo de bons escritores;

Lgica;

Tradio;

Bom senso.

Em se tratando de Gramtica, tem-se como matria-prima um sistema de normas, o qual d estrutura lngua. Tais normas definem a lngua padro, tambm chamada lngua culta ou norma culta. Assim, para falar e escrever corretamente, preciso estudar a Gramtica.

Por ser um organismo vivo, a lngua est sempre evoluindo, o que muitas vezes resulta num distanciamento entre o que se usa efetivamente e o que fixam as normas. Isso no justifica, porm, o descaso com a Gramtica. Imprecisa ou no, existe uma norma culta, a qual deve ser conhecida e aplicada por todos.

Quem desconhece a norma culta acaba tendo acesso limitado s obras literrias, artigos de jornal, discursos polticos, obras tericas e cientficas, enfim, a todo um patrimnio cultural acumulado durante sculos pela humanidade.

Tipos de Gramtica

Gramtica Normativa

aquela que busca a padronizao da lngua, estabelecendo as normas do falar e escrever corretamente. Costuma ser utilizada em sala de aula e em livros didticos. tambm o tipo adotado no S Portugus.

Gramtica Descritiva

Ocupa-se da descrio dos fatos da lngua, com o objetivo de investig-los e no de estabelecer o que certo ou errado. Enfatiza o uso oral da lngua e suas variaes.

Gramtica Histrica

Estuda a origem e a evoluo histrica de uma lngua.

Gramtica Comparativa

Dedica-se ao estudo comparado de uma famlia de lnguas. O Portugus, por exemplo, faz parte da Gramtica Comparativa das lnguas romnicas.

Diviso da Gramtica

Sabe-se que a lngua um sistema trplice: compreende um sistema de formas (mrfico), um sistema de frases (sinttico) e um sistema de sons (fnico). Por essa razo, a Gramtica tradicionalmente divide-se em:

Morfologia - abrange o sistema mrfico.

Sintaxe - enfoca o sistema sinttico.

Fonologia/Fontica - focaliza o sistema fnico.

Observao:

Alguns gramticos incluem nessa viso uma quarta parte, a Semntica, que se ocupa dos significados dos componentes de uma lngua.

MORFOLOGIA

DEFINIO

Em lingustica, Morfologia o estudo da estrutura, da formao e da classificao das palavras. A peculiaridade da morfologia estudar as palavras olhando para elas isoladamente e no dentro da sua participao na frase ou perodo. A morfologia est agrupada em dez classes, denominadas classes de palavras ou classes gramaticais. So elas: Substantivo, Artigo, Adjetivo, Numeral, Pronome, Verbo, Advrbio, Preposio, Conjuno e Interjeio.

ESTRUTURA DAS PALAVRAS

Estudar a estrutura conhecer os elementos formadores das palavras. Assim, compreendemos melhor o significado de cada uma delas. Observe os exemplos abaixo:

art-ista

brinc-a-mos

cha-l-eira

cachorr-inh-a-s

A anlise destes exemplos mostra-nos que as palavras podem ser divididas em unidades menores, a que damos o nome de elementos mrficos ou morfemas.

Vamos analisar a palavra "cachorrinhas":

Nessa palavra observamos facilmente a existncia de quatro elementos. So eles:

cachorr - este o elemento base da palavra, ou seja, aquele que contm o significado.

inh - indica que a palavra um diminutivo

a - indica que a palavra feminina

s - indica que a palavra se encontra no plural

Morfemas: unidades mnimas de carter significativo.

Obs.: existem palavras que no comportam diviso em unidades menores, tais como: mar, sol, lua, etc.

So elementos mrficos:

1) Raiz, radical, tema: elementos bsicos e significativos

2) Afixos (prefixos, sufixos), desinncia, vogal temtica: elementos modificadores da significao dos primeiros

3) Vogal de ligao, consoante de ligao: elementos de ligao ou eufnicos.

Raiz

o elemento originrio e irredutvel em que se concentra a significao das palavras, consideradas do ngulo histrico. a raiz que encerra o sentido geral, comum s palavras da mesma famlia etimolgica. Observe o exemplo:

Raiz noc [Latim nocere = prejudicar] tem a significao geral de causar dano, e a ela se prendem, pela origem comum, as palavras nocivo, nocividade, inocente, inocentar, incuo, etc.

Obs.: uma raiz pode sofrer alteraes. Veja o exemplo:

at-o

at-or

at-ivo

a-o

ac-ionar

Radical

Observe o seguinte grupo de palavras:

livr-

o

livr-

inho

livr-

eiro

livr-

eco

Voc reparou que h um elemento comum nesse grupo?

Voc reparou que o elemento livr serve de base para o significado? Esse elemento chamado de radical (ou semantema).

Radical: elemento bsico e significativo das palavras, consideradas sob o aspecto gramatical e prtico. encontrado atravs do despojo dos elementos secundrios (quando houver) da palavra.

Por Exemplo:

cert-o
cert-eza
in-cert-eza

Afixos

Afixos so elementos secundrios (geralmente sem vida autnoma) que se agregam a um radical ou tema para formar palavras derivadas. Sabemos que o acrscimo do morfema "-mente", por exemplo, cria uma nova palavra a partir de "certo": certamente, advrbio de modo. De maneira semelhante, o acrscimo dos morfemas "a-" e "-ar" forma "cert-" cria o verbo acertar. Observe que a- e -ar so morfemas capazes de operar mudana de classe gramatical na palavra a que so anexados.
Quando so colocados antes do radical, como acontece com "a-", os afixos recebem o nome de prefixos. Quando, como "-ar", surgem depois do radical, os afixos so chamados de sufixos. Veja os exemplos:

Prefixo

Radical

Sufixo

in

at

ivo

em

pobr

ecer

inter

nacion

al

Desinncias

Desinncias so os elementos terminais indicativos das flexes das palavras. Existem dois tipos:

Desinncias Nominais: indicam as flexes de gnero (masculino e feminino) e de nmero (singular e plural) dos nomes.

Exemplos:

alun-o

aluno-s

alun-a

aluna-s

Observao: s podemos falar em desinncias nominais de gneros e de nmeros em palavras que admitem tais flexes, como nos exemplos acima. Em palavras como mesa, tribo, telefonema, por exemplo, no temos desinncia nominal de gnero. J em pires, lpis, nibus no temos desinncia nominal de nmero.

Desinncias Verbais: indicam as flexes de nmero e pessoa e de modo e tempo dos verbos.

Exemplos:

compr-o

compra-s

compra-mos

compra-is

compra-m

compra-va

compra-va-s

A desinncia "-o", presente em "am-o", uma desinncia nmero-pessoal, pois indica que o verbo est na primeira pessoa do singular; "-va", de "ama-va", desinncia modo-temporal: caracteriza uma forma verbal do pretrito imperfeito do indicativo, na 1 conjugao.

Vogal Temtica

Vogal Temtica a vogal que se junta ao radical, preparando-o para receber as desinncias. Nos verbos, distinguem-se trs vogais temticas:

A

Caracteriza os verbos da 1 conjugao.

Exemplos:

buscar, buscavas, etc.

E

Caracteriza os verbos da 2 conjugao.

Exemplos:

romper, rompemos, etc.

I

Caracteriza os verbos da 3 conjugao.

Exemplos:

proibir, proibir, etc.

Tema

Tema o grupo formado pelo radical mais vogal temtica. Nos verbos citados acima, os temas so:

busca-, rompe-, proibi-

Vogais e Consoantes de Ligao

As vogais e consoantes de ligao so morfemas que surgem por motivos eufnicos, ou seja, para facilitar ou mesmo possibilitar a pronncia de uma determinada palavra.

Exemplo:

parisiense (paris= radical, ense=sufixo, vogal de ligao=i)

Outros exemplos:

gas--metro, alv-i-negro, tecn-o-cracia, pau-l-ada, cafe-t-eira, cha-l-eira, inset-i-cida, pe-z-inho, pobr-e-to, etc.

Formao das Palavras

Existem dois processos bsicos pelos quais se formam as palavras: a derivao e a composio. A diferena entre ambos consiste basicamente em que, no processo de derivao, partimos sempre de um nico radical, enquanto no processo de composio sempre haver mais de um radical.

Derivao

Derivao o processo pelo qual se obtm uma palavra nova, chamada derivada, a partir de outra j existente, chamada primitiva. Observe o quadro abaixo:

Primitiva

Derivada

mar

martimo, marinheiro, marujo

terra

enterrar, terreiro, aterrar

Observamos que "mar" e "terra" no se formam de nenhuma outra palavra, mas, ao contrrio, possibilitam a formao de outras, por meio do acrscimo de um sufixo ou prefixo. Logo, mar e terra so palavras primitivas, e as demais, derivadas.

Tipos de Derivao

Derivao Prefixal ou Prefixao

Resulta do acrscimo de prefixo palavra primitiva, que tem o seu significado alterado. Veja os exemplos:

crer- descrer
ler- reler
capaz- incapaz

Derivao Sufixal ou Sufixao

Resulta de acrscimo de sufixo palavra primitiva, que pode sofrer alterao de significado ou mudana de classe gramatical.

Por Exemplo:

alfabetizao

No exemplo acima, o sufixo -o transforma em substantivo o verbo alfabetizar. Este, por sua vez, j derivado do substantivo alfabeto pelo acrscimo do sufixo -izar.

A derivao sufixal pode ser:

a) Nominal, formando substantivos e adjetivos.

Por Exemplo:

papel - papelaria
riso - risonho

b) Verbal, formando verbos.

Por Exemplo:

atual - atualizar

c) Adverbial, formando advrbios de modo.

Por Exemplo:

feliz - felizmente

Derivao Parassinttica ou Parassntese

Ocorre quando a palavra derivada resulta do acrscimo simultneo de prefixo e sufixo palavra primitiva. Por meio da parassntese formam-se nomes (substantivos e adjetivos) e verbos.

Considere o adjetivo " triste". Do radical "trist-" formamos o verbo entristecer atravs da juno simultnea do prefixo "en-" e do sufixo "-ecer". A presena de apenas um desses afixos no suficiente para formar uma nova palavra, pois em nossa lngua no existem as palavras "entriste", nem "tristecer".

Exemplos:

Palavra Inicial

Prefixo

Radical

Sufixo

Palavra Formada

mudo

e

mud

ecer

emudecer

alma

des

alm

ado

desalmado

Ateno!

No devemos confundir derivao parassinttica, em que o acrscimo de sufixo e de prefixo obrigatoriamente simultneo, com casos como os das palavras desvalorizao e desigualdade. Nessas palavras, os afixos so acoplados em sequncia: desvalorizao provm de desvalorizar, que provm de valorizar, que por sua vez provm de valor.

impossvel fazer o mesmo com palavras formadas por parassntese: no se pode dizer que expropriar provm de "propriar" ou de "exprprio", pois tais palavras no existem. Logo, expropriar provm diretamente de prprio, pelo acrscimo concomitante de prefixo e sufixo.

Derivao Regressiva

Ocorre derivao regressiva quando uma palavra formada no por acrscimo, mas por reduo.

Exemplos:

comprar (verbo)

beijar (verbo)

compra (substantivo)

beijo (substantivo)

Saiba que:

Para descobrirmos se um substantivo deriva de um verbo ou se ocorre o contrrio, podemos seguir a seguinte orientao:

- Se o substantivo denota ao, ser palavra derivada, e o verbo palavra primitiva.

- Se o nome denota algum objeto ou substncia, verifica-se o contrrio.

Vamos observar os exemplos acima: compra e beijo indicam aes, logo, so palavras derivadas. O mesmo no ocorre, porm, com a palavra ncora, que um objeto. Neste caso, um substantivo primitivo que d origem ao verbo ancorar.

Por derivao regressiva, formam-se basicamente substantivos a partir de verbos. Por isso, recebem o nome de substantivos deverbais. Note que na linguagem popular, so frequentes os exemplos de palavras formadas por derivao regressiva. Veja:

o portuga (de portugus)
o boteco (de botequim)
o comuna (de comunista)

Ou ainda:

agito (de agitar)
amasso (de amassar)
chego (de chegar)

Obs.: o processo normal criar um verbo a partir de um substantivo. Na derivao regressiva, a lngua procede em sentido inverso: forma o substantivo a partir do verbo.

Derivao Imprpria

A derivao imprpria ocorre quando determinada palavra, sem sofrer qualquer acrscimo ou supresso em sua forma, muda de classe gramatical. Neste processo:

1) Os adjetivos passam a substantivos

Por Exemplo:

Os bons sero contemplados.

2) Os particpios passam a substantivos ou adjetivos

Por Exemplo:

Aquele garoto alcanou um feito passando no concurso.

3) Os infinitivos passam a substantivos

Por Exemplo:

O andar de Roberta era fascinante.
O badalar dos sinos soou na cidadezinha.

4) Os substantivos passam a adjetivos

Por Exemplo:

O funcionrio fantasma foi despedido.
O menino prodgio resolveu o problema.

5) Os adjetivos passam a advrbios

Por Exemplo:

Falei baixo para que ningum escutasse.

6) Palavras invariveis passam a substantivos

Por Exemplo:

No entendo o porqu disso tudo.

7) Substantivos prprios tornam-se comuns.

Por Exemplo:

Aquele coordenador um caxias! (chefe severo e exigente)

Observao: os processos de derivao vistos anteriormente fazem parte da Morfologia porque implicam alteraes na forma das palavras. No entanto, a derivao imprpria lida basicamente com seu significado, o que acaba caracterizando um processo semntico. Por essa razo, entendemos o motivo pelo qual denominada "imprpria".

Composio

Composio o processo que forma palavras compostas, a partir da juno de dois ou mais radicais. Existem dois tipos:

Composio por Justaposio

Ao juntarmos duas ou mais palavras ou radicais, no ocorre alterao fontica.

Exemplos:

passatempo, quinta-feira, girassol, couve-flor

Obs.: em "girassol" houve uma alterao na grafia (acrscimo de um "s") justamente para manter inalterada a sonoridade da palavra.

Composio por Aglutinao

Ao unirmos dois ou mais vocbulos ou radicais, ocorre supresso de um ou mais de seus elementos fonticos.

Exemplos:

embora (em boa hora)
fidalgo (filho de algo - referindo-se famlia nobre)
hidreltrico (hidro + eltrico)
planalto (plano alto)

Obs.: ao aglutinarem-se, os componentes subordinam-se a um s acento tnico, o do ltimo componente.

Reduo

Algumas palavras apresentam, ao lado de sua forma plena, uma forma reduzida. Observe:

auto - por automvel
cine - por cinema
micro - por microcomputador
Z - por Jos

Como exemplo de reduo ou simplificao de palavras, podem ser citadas tambm as siglas, muito frequentes na comunicao atual. (Se desejar, veja mais sobre siglas na seo "Extras" -> Abreviaturas e Siglas)

Hibridismo

Ocorre hibridismo na palavra em cuja formao entram elementos de lnguas diferentes.

Por Exemplo:

auto (grego) + mvel (latim)

Onomatopeia

Numerosas palavras devem sua origem a uma tendncia constante da fala humana para imitar as vozes e os rudos da natureza. As onomatopeias so vocbulos que reproduzem aproximadamente os sons e as vozes dos seres.

Exemplos:

miau, zum-zum, piar, tinir, urrar, chocalhar, cocoricar, etc.

Prefixos

Os prefixos so morfemas que se colocam antes dos radicais basicamente a fim de modificar-lhes o sentido; raramente esses morfemas produzem mudana de classe gramatical.

Os prefixos ocorrentes em palavras portuguesas se originam do latim e do grego, lnguas em que funcionavam como preposies ou advrbios, logo, como vocbulos autnomos. Alguns prefixos foram pouco ou nada produtivos em portugus. Outros, por sua vez, tiveram grande utilidade na formao de novas palavras. Veja os exemplos:

a- , contra- , des- , em- (ou en-) , es- , entre- re- , sub- , super- , anti-

Prefixos de Origem Grega

a-, an-: Afastamento, privao, negao, insuficincia, carncia. Exemplos:

annimo, amoral, ateu, afnico

ana- : Inverso, mudana, repetio. Exemplos:

analogia, anlise, anagrama, anacrnico

anfi- : Em redor, em torno, de um e outro lado, duplicidade. Exemplos:

anfiteatro, anfbio, anfibologia

anti- : Oposio, ao contrria. Exemplos:

antdoto, antipatia, antagonista, anttese

apo- : Afastamento, separao. Exemplos:

apoteose, apstolo, apocalipse, apologia

arqui-, arce- : Superioridade hierrquica, primazia, excesso. Exemplos:

arquiduque,arqutipo, arcebispo, arquimilionrio

cata- : Movimento de cima para baixo. Exemplos:

cataplasma, catlogo, catarata

di-: Duplicidade. Exemplos:

disslabo, ditongo, dilema

dia- : Movimento atravs de, afastamento. Exemplos:

dilogo, diagonal, diafragma, diagrama

dis- : Dificuldade, privao. Exemplos :

dispneia, disenteria, dispepsia, disfasia

ec-, ex-, exo-, ecto- : Movimento para fora. Exemplos:

eclipse, xodo, ectoderma, exorcismo

en-, em-, e-: Posio interior, movimento para dentro. Exemplos:

encfalo, embrio, elipse, entusiasmo

endo- : Movimento para dentro. Exemplos:

endovenoso, endocarpo, endosmose

epi- : Posio superior, movimento para. Exemplos:

epiderme, eplogo, epidemia, epitfio

eu- : Excelncia, perfeio, bondade. Exemplos:

eufemismo, euforia, eucaristia, eufonia

hemi- : Metade, meio. Exemplos:

hemisfrio, hemistquio, hemiplgico

hiper- : Posio superior, excesso. Exemplos:

hipertenso, hiprbole, hipertrofia

hipo- : Posio inferior, escassez. Exemplos:

hipocrisia, hiptese, hipodrmico

meta- : Mudana, sucesso. Exemplos:

metamorfose, metfora, metacarpo

para- : Proximidade, semelhana, intensidade. Exemplos:

paralelo, parasita, paradoxo, paradigma

peri- : Movimento ou posio em torno de. Exemplos:

periferia, peripcia, perodo, periscpio

pro- : Posio em frente, anterioridade. Exemplos:

prlogo, prognstico, profeta, programa

pros- : Adjuno, em adio a. Exemplos:

proslito, prosdia

proto- : Incio, comeo, anterioridade. Exemplos:

proto-histria, prottipo, protomrtir

poli- : Multiplicidade. Exemplos:

polisslabo, polissndeto, politesmo

sin-, sim- : Simultaneidade, companhia. Exemplos:

sntese, sinfonia, simpatia, sinopse

tele- : Distncia, afastamento. Exemplos:

televiso, telepatia, telgrafo

Prefixos de Origem Latina

a-, ab-, abs- : Afastamento, separao. Exemplos:

averso, abuso, abstinncia, abstrao

a-, ad- : Aproximao, movimento para junto. Exemplos:

adjunto,advogado, advir, aposto

ante- : Anterioridade, procedncia. Exemplos:

antebrao, antessala, anteontem, antever

ambi- : Duplicidade. Exemplos:

ambidestro, ambiente, ambiguidade, ambivalente

ben(e)-, bem- : Bem, excelncia de fato ou ao. Exemplos:

benefcio, bendito

bis-, bi-: Repetio, duas vezes. Exemplos:

bisneto, bimestral, bisav, biscoito

circu(m) - : Movimento em torno. Exemplos:

circunferncia, circunscrito, circulao

cis- : Posio aqum. Exemplos:

cisalpino, cisplatino, cisandino

co-, con-, com- : Companhia, concomitncia. Exemplos:

colgio, cooperativa, condutor

contra- : Oposio. Exemplos:

contrapeso, contrapor, contradizer

de- : Movimento de cima para baixo, separao, negao. Exemplos:

decapitar, decair, depor

de(s)-, di(s)- : Negao, ao contrria, separao. Exemplos:

desventura, discrdia, discusso

e-, es-, ex- : Movimento para fora. Exemplos:

excntrico, evaso, exportao, expelir

en-, em-, in- : Movimento para dentro, passagem para um estado ou forma, revestimento. Exemplos:

imergir, enterrar, embeber, injetar, importar

extra- : Posio exterior, excesso. Exemplos:

extradio, extraordinrio, extraviar

i-, in-, im- : Sentido contrrio, privao, negao. Exemplos:

ilegal, impossvel, improdutivo

inter-, entre- : Posio intermediria. Exemplos:

internacional, interplanetrio

intra- : Posio interior. Exemplos:

- intramuscular, intravenoso, intraverbal

intro- : Movimento para dentro. Exemplos:

introduzir, introvertido, introspectivo

justa- : Posio ao lado. Exemplos:

justapor, justalinear

ob-, o- : Posio em frente, oposio. Exemplos:

obstruir, ofuscar, ocupar, obstculo

per- : Movimento atravs. Exemplos:

percorrer, perplexo, perfurar, perverter

pos- : Posterioridade. Exemplos:

pospor, posterior, ps-graduado

pre- : Anterioridade . Exemplos:

prefcio, prever, prefixo, preliminar

pro- : Movimento para frente. Exemplos:

progresso, promover, prosseguir, projeo

re- : Repetio, reciprocidade. Exemplos:

rever, reduzir, rebater, reatar

retro- : Movimento para trs. Exemplos:

retrospectiva, retrocesso, retroagir, retrgrado

so-, sob-, sub-, su- : Movimento de baixo para cima, inferioridade. Exemplos:

soterrar, sobpor, subestimar

super-, supra-, sobre- : Posio superior, excesso. Exemplos:

superclio, suprfluo

soto-, sota- : Posio inferior. Exemplos:

soto-mestre, sota-voga, soto-pr

trans-, tras-, tres-, tra- : Movimento para alm, movimento atravs. Exemplos:

transatlntico, tresnoitar, tradio

ultra- : Posio alm do limite, excesso. Exemplos:

ultrapassar, ultrarromantismo, ultrassom, ultraleve, ultravioleta

vice-, vis- : Em lugar de. Exemplos:

vice-presidente, visconde, vice-almirante

Quadro de Correspondncia entre Prefixos Gregos e Latinos

PREFIXOS GREGOS

PREFIXOS LATINOS

SIGNIFICADO

EXEMPLOS

a, an

des, in

privao, negao

anarquia, desigual, inativo

anti

contra

oposio, ao contrria

antibitico, contraditrio

anfi

ambi

duplicidade, de um e outro lado, em torno

anfiteatro, ambivalente

apo

ab

afastamento, separao

apogeu, abstrair

di

bi(s)

duplicidade

disslabo, bicampeo

dia, meta

trans

movimento atravs

dilogo, transmitir

e(n)(m)

i(n)(m)(r)

movimento para dentro

encfalo, ingerir, irromper

endo

intra

movimento para dentro, posio interior

endovenoso, intramuscular

e(c)(x)

e(s)(x)

movimento para fora, mudana de estado

xodo, excntrico, estender

epi, super, hiper

supra

posio superior, excesso

eplogo, superviso, hiprbole, supradito

eu

bene

excelncia, perfeio, bondade

eufemismo, benfico

hemi

semi

diviso em duas partes

hemisfrio, semicrculo

hipo

sub

posio inferior

hipodrmico, submarino

para

ad

proximidade, adjuno

paralelo, adjacncia

peri

circum

em torno de

periferia, circunferncia

cata

de

movimento para baixo

catavento, derrubar

si(n)(m)

cum

simultaneidade, companhia

sinfonia, silogeu, cmplice

Sufixos

Sufixos so elementos (isoladamente insignificativos) que, acrescentados a um radical, formam nova palavra. Sua principal caracterstica a mudana de classe gramatical que geralmente opera. Dessa forma, podemos utilizar o significado de um verbo num contexto em que se deve usar um substantivo, por exemplo.

Como o sufixo colocado depois do radical, a ele so incorporadas as desinncias que indicam as flexes das palavras variveis. Existem dois grupos de sufixos formadores de substantivos extremamente importantes para o funcionamento da lngua. So os que formam nomes de ao e os que formam nomes de agente.

Sufixos que formam nomes de ao

-ada - caminhada

-ez(a) - sensatez, beleza

-ana - mudana

-ismo - civismo

-ncia - abundncia

-mento - casamento

-o - emoo

-so - compreenso

-do - solido

-tude - amplitude

-ena - presena

-ura - formatura

Sufixos que formam nomes de agente

-rio(a) - secretrio

-or - lutador

-eiro(a) - ferreiro

-nte - feirante

-ista - manobrista

Alm dos sufixos acima, tem-se:

Sufixos que formam nomes de lugar, depositrio

-aria - churrascaria

-or - corredor

-rio - herbanrio

-trio - cemitrio

-eiro - aucareiro

-trio - dormitrio

-il - covil

Sufixos que formam nomes indicadores de abundncia, aglomerao, coleo

>-ao - ricao

-ario(a) - casario, infantaria

-ada - papelada

-edo - arvoredo

-agem - folhagem

-eria - correria

-al - capinzal

-io - mulherio

-ame - gentame

-ume - negrume

Sufixos que formam nomes tcnicos usados na cincia

-ite

bronquite, hepatite (inflamao)

-oma

mioma, epitelioma, carcinoma (tumores)

-ato, eto, ito

sulfato, cloreto, sulfito (sais)

-ina

cafena, codena (alcaloides, lcalis artificiais)

-ol

fenol, naftol (derivado de hidrocarboneto)

-ite

amotite (fsseis)

-ito

granito (pedra)

-ema

morfema, fonema, semema, semantema (cincia lingustica)

-io - sdio, potssio, selnio (corpos simples)

Sufixo que forma nomes de religio, doutrinas filosficas, sistemas polticos

-ismo

budismo
kantismo
comunismo

SUFIXOS FORMADORES DE ADJETIVOS

a) de substantivos

-aco - manaco

-ento - cruento

-ado - barbado

-eo - rseo

-ceo(a) - herbceo, lilceas

-esco - pitoresco

-aico - prosaico

-este - agreste

-al - anual

-estre - terrestre

-ar - escolar

-cio - alimentcio

-rio - dirio, ordinrio

-ico - geomtrico

-tico - problemtico

-il - febril

-az - mordaz

-ino - cristalino

-engo - mulherengo

-ivo - lucrativo

-enho - ferrenho

-onho - tristonho

-eno - terreno

-oso - bondoso

-udo - barrigudo

b) de verbos

SUFIXO

SENTIDO

EXEMPLIFICAO

-(a)(e)(i)nte

ao, qualidade, estado

semelhante, doente, seguinte

-()()vel

possibilidade de praticar ou sofrer uma ao

louvvel, perecvel, punvel

-io, -(t)ivo

ao referncia, modo de ser

tardio, afirmativo, pensativo

-(d)io, -(t)cio

possibilidade de praticar ou sofrer uma ao, referncia

movedio, quebradio, factcio

-(d)ouro,-(t)rio

ao, pertinncia

casadouro, preparatrio

SUFIXOS ADVERBIAIS

Na Lngua Portuguesa, existe apenas um nico sufixo adverbial: o sufixo "-mente", derivado do substantivo feminino latino mens, mentis que pode significar "a mente, o esprito, o intento".Este sufixo juntou-se a adjetivos, na forma feminina, para indicar circunstncias, especialmente a de modo.

Exemplos:

altiva-mente, brava-mente, bondosa-mente, nervosa-mente, fraca-mente, pia-mente

J os advrbios que se derivam de adjetivos terminados em s (burgues-mente, portugues-mente, etc.) no seguem esta regra, pois esses adjetivos eram outrora uniformes.

Exemplos:

cabrito monts / cabrita monts.

SUFIXOS VERBAIS

Os sufixos verbais agregam-se, via de regra, ao radical de substantivos e adjetivos para formar novos verbos.

Em geral, os verbos novos da lngua formam-se pelo acrscimo da terminao-ar.

Exemplos:

esqui-ar; radiograf-ar; (a)do-ar; nivel-ar; (a)fin-ar; telefon-ar; (a)portugues-ar.

Os verbos exprimem, entre outras ideias, a prtica de ao. Veja:

-ar: cruzar, analisar, limpar
-ear: guerrear, golear
-entar: afugentar, amamentar
-ficar: dignificar, liquidificar
-izar: finalizar, organizar

Observe este quadro de sufixos verbais:

SUFIXOS

SENTIDO

EXEMPLOS

-ear

frequentativo, durativo

cabecear, folhear

-ejar

frequentativo, durativo

gotejar, velejar

-entar

factitivo

aformosentar, amolentar

-(i)ficar

factitivo

clarificar, dignificar

-icar

frequentativo-diminutivo

bebericar, depenicar

-ilhar

frequentativo-diminutivo

dedilhar, fervilhar

-inhar

frequentativo-diminutivo-pejorativo

escrevinhar, cuspinhar

-iscar

frequentativo-diminutivo

chuviscar, lambiscar

-itar

frequentativo-diminutivo

dormitar, saltitar

-izar

factitivo

civilizar, utilizar

Observaes:

Verbo Frequentativo: aquele que traduz ao repetida.

Verbo Factitivo: aquele que envolve ideia de fazer ou causar.

Verbo Diminutivo: aquele que exprime ao pouco intensa.

Radicais Gregos

O conhecimento dos radicais gregos de indiscutvel importncia para a exata compreenso e fcil memorizao de inmeras palavras. Apresentamos a seguir duas relaes de radicais gregos. A primeira agrupa os elementos formadores que normalmente so colocados no incio dos compostos, a segunda agrupa aqueles que costumam surgir na parte final.

Radicais que atuam como primeiro elemento

Forma

Sentido

Exemplos

Aros-

ar

Aeronave

nthropos-

homem

Antropfago

Auts-

de si mesmo

Autobiografia

Bblion-

livro

Biblioteca

Bos-

vida

Biologia

Chrma-

cor

Cromtico

Chrnos-

tempo

Cronmetro

Dktyilos-

dedo

Dactilografia

Dka-

dez

Decasslabo

Dmos-

povo

Democracia

Elktron-

(mbar)

eletricidade Eletrom

Ethnos-

raa

Etnia

Go-

terra

Geografia

Hteros-

outro

Heterogneo

Hexa-

seis

Hexgono

Hppos-

cavalo

Hipoptamo

Ichths-

peixe

Ictiografia

sos-

igual

Issceles

Lthos-

pedra

Aerlito

Makrs-

grande, longo

Macrbio

Mgas-

grande

Megalomanaco

Mikrs-

pequeno

Micrbio

Mnos-

um s

Monocultura

Nekrs-

morto

Necrotrio

Nos-

novo

Neolatino

Odntos-

dente

Odontologia

Ophthalms-

olho

Oftalmologia

noma-

nome

Onomatopeia

Orths-

reto, justo

Ortografia

Pan-

todos, tudo

Pan-americano

Pthos-

doena

Patologia

Penta-

cinco

Pentgono

Pols-

muito

Poliglota

Ptamos-

rio

Hipoptamo

Psudos-

falso

Pseudnimo

Psich-

alma,

esprito Psicologia

Riza-

raiz

Rizotnico

Techn-

arte

Tecnografia

Therms-

quente

Trmico

Tetra-

quatro

Tetraedro

Tpos-

figura, marca

Tipografia

Tpos-

lugar

Topografia

Zon-

Animal

Zoologia

Radicais que atuam como segundo elemento:

Forma

Sentido

Exemplos

-agogs

Que conduz

Pedagogo

lgos

Dor

Analgsico

-arch

Comando, governo

Monarquia

-dxa

Que opina

Ortodoxo

-drmos

Lugar para correr

Hipdromo

-gmos

Casamento

Poligamia

-gltta; -glssa

Lngua

Poliglota, glossrio

-gona

ngulo

Pentgono

-grpho

Escrita

Ortografia

-grafo

Que escreve

Calgrafo

-grmma

Escrito, peso

Telegrama, quilograma

-krtos

Poder

Democracia

-lgos

Palavra, estudo

Dilogo

-mancia

Adivinhao

Cartomancia

-mtron

Que mede

Quilmetro

-morph

Que tem a forma

Morfologia

-nmos

Que regula

Autnomo

-plis;

Cidade

Petrpolis

-ptern

Asa

Helicptero

-skopo

Instrumento para ver

Microscpio

-sophs

Sabedoria

Filosofia

-thke

Lugar onde se guarda

Biblioteca

Radicais Latinos

Radicais que atuam como primeiro elemento:

Forma

Sentido

Exemplo

Agri

Campo

Agricultura

Ambi

Ambos

Ambidestro

Arbori-

rvore

Arborcola

Bis-, bi-

Duas vezes

Bpede, bisav

Calori-

Calor

Calorfero

Cruci-

cruz

Crucifixo

Curvi-

curvo

Curvilneo

Equi-

igual

Equiltero, equidistante

Ferri-, ferro-

ferro

Ferrfero, ferrovia

Loco-

lugar

Locomotiva

Morti-

morte

Mortfero

Multi-

muito

Multiforme

Olei-, oleo-

Azeite, leo

Olegeno, oleoduto

Oni-

todo

Onipotente

Pedi-

p

Pedilvio

Pisci-

peixe

Piscicultor

Pluri-

Muitos, vrios

Pluriforme

Quadri-, quadru-

quatro

Quadrpede

Reti-

reto

Retilneo

Semi-

metade

Semimorto

Tri-

Trs

Tricolor

Radicais que atuam como segundo elemento:

Forma

Sentido

Exemplos

-cida

Que mata

Suicida, homicida

-cola

Que cultiva, ou habita

Arborcola, vincola, silvcola

-cultura

Ato de cultivar

Piscicultura, apicultura

-fero

Que contm, ou produz

Aurfero, carbonfero

-fico

Que faz, ou produz

Benefcio, frigorfico

-forme

Que tem forma de

Uniforme, cuneiforme

-fugo

Que foge, ou faz fugir

Centrfugo, febrfugo

-gero

Que contm, ou produz

Belgero, armgero

-paro

Que produz

Ovparo, multparo

-pede

P

Velocpede, palmpede

-sono

Que soa

Unssono, horrssono

-vomo

Que expele

Ignvomo, fumvomo

-voro

Que come

Carnvoro, herbvoro

1- SUBSTANTIVO

Tudo o que existe ser e cada ser tem um nome. Substantivo a classe gramatical de palavras variveis, as quais denominam os seres. Alm de objetos, pessoas e fenmenos, os substantivos tambm nomeiam:

-lugares: Alemanha, Porto Alegre...

-sentimentos: raiva, amor...

-estados: alegria, tristeza...

-qualidades: honestidade, sinceridade...

-aes: corrida, pescaria...

Morfossintaxe do substantivo

Nas oraes de lngua portuguesa, o substantivo em geral exerce funes diretamente relacionadas com o verbo: atua como ncleo do sujeito, dos complementos verbais (objeto direto ou indireto) e do agente da passiva. Pode ainda funcionar como ncleo do complemento nominal ou do aposto, como ncleo do predicativo do sujeito ou do objeto ou como ncleo do vocativo. Tambm encontramos substantivos como ncleos de adjuntos adnominais e de adjuntos adverbiais - quando essas funes so desempenhadas por grupos de palavras.

Voc sabia que a palavra substantivo tambm pode ser um adjetivo?

Reproduzimos a seguir o verbete substantivo, do Dicionrio de usos do portugus do Brasil, de Francisco S. Borba. Observe que as quatro primeiras acepes se referem palavra em sua atuao como adjetivo.

Substantivo Adj [Qualificador de nome no animado]

1- que tem substncia ou essncia: destacava-se entre os homens hbeis daquele pas o hbito de fazer uma conversa prosseguir horas a fio, sem que a proposta substantiva ganhasse clara configurao (REP); se olham as coisas no pelos resultados substantivos(VEJ);

2- essencial; profundo: eu te amo por voc mesma, de um modo substantivo e positivo(LC)

3- fundamental; essencial: o submarino foi um elemento adjetivo na I Guerra Mundial e substantivo na II Guerra (VEJ)

4- que equivale a um substantivo, ou que o traz implcito: onde que est a ideia substantiva no meio desses adjetivos?(CNT) . Nm

5- palavra que por si s designa a substncia, ou seja, um ser real ou metafsico; palavra com que se nomeiam os seres, atos ou conceitos; nome: H-kodesh na origem um substantivo feminino (VEJ); Planctus era um particpio passado e no um substantivo (ACM)

Classificao dos Substantivos

1- Substantivos Comuns e Prprios

Observe a definio:

s.f. 1: Povoao maior que vila, com muitas casas e edifcios, dispostos em ruas e avenidas (no Brasil, toda a sede de municpio cidade). 2. O centro de uma cidade (em oposio aos bairros).

Qualquer "povoao maior que vila, com muitas casas e edifcios, dispostos em ruas e avenidas" ser chamada cidade. Isso significa que a palavra cidade um substantivo comum.

Substantivo Comum: aquele que designa os seres de uma mesma espcie de forma genrica.

Por exemplo:

cidade, menino, homem, mulher, pas, cachorro.

Estamos voando para Barcelona.

O substantivo Barcelona designa apenas um ser da espcie cidade. Esse substantivo prprio.

Substantivo Prprio: aquele que designa os seres de uma mesma espcie de forma particular.

Por exemplo:

Londres, Paulinho, Pedro, Tiet, Brasil.

2 - Substantivos Concretos e Abstratos

LMPADA

MALA

Os substantivos lmpada e mala designam seres com existncia prpria, que so independentes de outros seres. So assim, substantivos concretos.

Substantivo Concreto: aquele que designa o ser que existe, independentemente de outros seres.

Obs.: os substantivos concretos designam seres do mundo real e do mundo imaginrio.

Seres do mundo real: homem, mulher, cadeira, cobra, Braslia, etc.

Seres do mundo imaginrio: saci, me-d'gua, fantasma, etc.

Observe agora:

Beleza exposta

Jovens atrizes veteranas destacam-se pelo visual.

O substantivo beleza designa uma qualidade.

Substantivo Abstrato: aquele que designa seres que dependem de outros para se manifestar ou existir.

Pense bem: a beleza no existe por si s, no pode ser observada. S podemos observar a beleza numa pessoa ou coisa que seja bela. A beleza depende de outro ser para se manifestar. Portanto, a palavra beleza um substantivo abstrato.

Os substantivos abstratos designam estados, qualidades, aes e sentimentos dos seres, dos quais podem ser abstrados, e sem os quais no podem existir.

Por exemplo: vida (estado), rapidez (qualidade), viagem (ao), saudade (sentimento).

3 - Substantivos Coletivos

Ele vinha pela estrada e foi picado por uma abelha, outra abelha, mais outra abelha.

Ele vinha pela estrada e foi picado por vrias abelhas.

Ele vinha pela estrada e foi picado por um enxame.

Note que, no primeiro caso, para indicar plural, foi necessrio repetir o substantivo: uma abelha, outra abelha, mais outra abelha...

No segundo caso, utilizaram-se duas palavras no plural.

No terceiro caso, empregou-se um substantivo no singular (enxame) para designar um conjunto de seres da mesma espcie (abelhas).

O substantivo enxame um substantivo coletivo.

Substantivo Coletivo: o substantivo comum que, mesmo estando no singular, designa um conjunto de seres da mesma espcie.

Principais Substantivos e Suas Formas Coletivas:


abelha - enxame, cortio, colmeia;

abutre - bando;

acompanhante - comitiva, cortejo, squito;

alho - (quando entrelaados) rstia, enfiada, cambada;

aluno - classe;

amigo - (quando em assembleia) tertlia;

animal - (em geral) piara, pandilha, (todos de uma regio) fauna, (manada de cavalgaduras) rcua, rcova, (de carga) tropa, (de carga, menos de 10) lote, (de raa, para reproduo) plantel, (ferozes ou selvagens) alcateia;

anjo - chusma, coro, falange, legio, teoria;

apetrecho - (quando de profissionais) ferramenta, instrumental;

aplaudidor - (quando pagos) claque;

arcabuzeiro - batalho, manga, regimento;

argumento - carrada, monte, monto, multido;

arma - (quando tomadas dos inimigos) trofu;

arroz - batelada;

artista - (quando trabalham juntos) companhia, elenco;

rvore - (quando em linha) alameda, carreira, rua, souto, (quando constituem macio) arvoredo, bosque, (quando altas, de troncos retos a aparentar parque artificial) malhada;

asneira - acervo, chorrilho, enfiada, monte;

asno - manada, rcova, rcua;

assassino - choldra, choldraboldra;

assistente - assistncia;

astro - (quando reunidos a outros do mesmo grupo) constelao;

ator - elenco;

autgrafo - (quando em lista especial de coleo) lbum;

ave - (quando em grande quantidade) bando, nuvem;

avio - esquadro, esquadra, esquadrilha;

bala - saraiva, saraivada;

bandoleiro - caterva, corja, horda, malta, scia, turba;

bbado - corja, scia, farndola;

boi - boiada, abesana, armento, cingel, jugada, jugo, junta, manada, rebanho, tropa;

bomba - bateria;

borboleta - boana, panapan;

boto - (de qualquer pea de vesturio) abotoadura, (quando em fileira) carreira;

burro - (em geral) lote, manada, rcua, tropa, (quando carregado) comboio;

busto - (quando em coleo) galeria;

cabelo - (em geral) chumao, guedelha, madeixa, (conforme a separao) marrafa, trana;

cabo - cordame, cordoalha, enxrcia;

cabra - fato, malhada, rebanho;

cadeira - (quando dispostas em linha) carreira, fileira, linha, renque;

clice - baixela;

cameleiro - caravana;

camelo - (quando em comboio) cfila;

caminho - frota;

cano - (quando reunidas em livro) cancioneiro, (quando populares de uma regio) folclore;

canho - bateria;

cantilena - salsada;

co - adua, cainalha, canzoada, chusma, matilha;

capim - feixe, braada, paveia;

cardeal - (em geral) sacro colgio, (quando reunidos para a eleio do papa) conclave, (quando reunidos sob a direo do papa) consistrio;

carneiro - chafardel, grei, malhada, ovirio, rebanho;

carro - (quando unidos para o mesmo destino) comboio, composio, (quando em desfile) corso;

carta - (em geral) correspondncia;

casa - (quando unidas em forma de quadrados) quarteiro, quadra;

castanha - (quando assadas em fogueira) magusto;

cavalariano - (de cavalaria militar) piquete;

cavaleiro - cavalgada, cavalhada, tropel;

cavalgadura - cfila, manada, piara, rcova, rcua, tropa, tropilha;

cavalo - manada, tropa;

cebola - (quando entrelaadas pelas hastes) cambada, enfiada, rstia;

cdula - bolada, bolao;

chave - (quando num cordel ou argola) molho, penca;

clula - (quando diferenciadas igualmente) tecido;

cereal - (em geral) fartadela, farto, fartura, (quando em feixes) meda, moreia;

cigano - bando, cabilda, pandilha;

cliente - clientela, freguesia;

coisa - (em geral) coisada, coisarada, ajuntamento, chusma, coleo, cpia, enfiada, (quando antigas e em coleo ordenada) museu, (quando em lista de anotao) rol, relao, (em quantidade que se pode abranger com os braos) braada, (quando em srie) sequncia, srie, sequela, coleo, (quando reunidas e sobrepostas) monte, monto, cmulo;

coluna - colunata, renque;

cnego - cabido;

copo - baixela;

corda - (em geral) cordoalha, (quando no mesmo liame) mao, (de navio) enxrcia, cordame, massame, cordagem;

correia - (em geral) correame, (de montaria) apeiragem;

credor - junta, assembleia;

crena - (quando populares) folclore;

crente - grei, rebanho;

depredador - horda;

deputado - (quando oficialmente reunidos) cmara, assembleia;

desordeiro - caterva, corja, malta, pandilha, scia, troa, turba;

diabo - legio;

dinheiro - bolada, bolao, disparate;

disco - discoteca;

doze - (coisas ou animais) dzia;

brio - Ver bbado;

gua - Ver cavalo;

elefante - manada;

erro - barda;

escravo - (quando da mesma morada) senzala, (quando para o mesmo destino) comboio, (quando aglomerados) bando;

escrito - (quando em homenagem a homem ilustre) polianteia, (quando literrios) analectos, antologia, coletnea, crestomatia, espicilgio, florilgio, seleta;

espectador - (em geral) assistncia, auditrio, plateia, (quando contratados para aplaudir) claque;

espiga - (quando atadas) amarrilho, arregaada, atado, atilho, braada, fascal, feixe, gavela, lio, molho, paveia;

estaca - (quando fincadas em forma de cerca) paliada;

estado - (quando unidos em nao) federao, confederao, repblica;

estampa - (quando selecionadas) iconoteca, (quando explicativas) atlas;

esttua - (quando selecionadas) galeria;

estrela - (quando cientificamente agrupadas) constelao, (quando em quantidade) acervo, (quando em grande quantidade) mirade;

estudante - (quando da mesma escola) classe, turma, (quando em grupo cantam ou tocam) estudantina, (quando em excurso do concertos) tuna, (quando vivem na mesma casa) repblica;

fazenda - (quando comerciveis) sortimento;

feiticeiro - (quando em assembleia secreta) concilibulo;

feno - braada, braado;

filme - filmoteca, cinemoteca;

fio - (quando dobrado) meada, mecha, (quando metlicos e reunidos em feixe) cabo;

flecha - (quando caem do ar, em poro) saraiva, saraivada;

flor - (quando atadas) antologia, arregaada, braada, fascculo, feixe, festo, capela, grinalda, ramalhete, buqu, (quando no mesmo pednculo) cacho;

foguete - (quando agrupados em roda ou num travesso) girndola;

fora naval - armada;

fora terrestre - exrcito;

formiga - cordo, correio, formigueiro;

frade - (quanto ao local em que moram) comunidade, convento;

frase - (quando desconexas) apontoado;

fregus - clientela, freguesia;

fruta - (quando ligadas ao mesmo pednculo) cacho, (quanto totalidade das colhidas num ano) colheita, safra;

fumo - malhada;

gafanhoto - nuvem, praga;

garoto - cambada, bando, chusma;

gato - cambada, gatarrada, gataria;

gente - (em geral) chusma, grupo, multido, (quando indivduos reles) magote, patuleia, povilu;

gro - manpulo, manelo, manhuo, manojo, manolho, mauna, mo, punhado;

graveto - (quando amarrados) feixe;

gravura - (quando selecionadas) iconoteca;

habitante - (em geral) povo, populao, (quando de aldeia, de lugarejo) povoao;

heri - falange;

hiena - alcateia;

hino - hinrio;

ilha - arquiplago;

imigrante - (quando em trnsito) leva, (quando radicados) colnia;

ndio - (quando formam bando) maloca, (quando em nao) tribo;

instrumento - (quando em coleo ou srie) jogo, ( quando cirrgicos) aparelho, (quando de artes e ofcios) ferramenta, (quando de trabalho grosseiro, modesto) tralha;

inseto - (quando nocivos) praga, (quando em grande quantidade) mirade, nuvem, (quando se deslocam em sucesso) correio;

javali - alcateia, malhada, vara;

jornal - hemeroteca;

jumento - rcova, rcua;

jurado - jri, conselho de sentena, corpo de jurados;

ladro - bando, cfila, malta, quadrilha, tropa, pandilha;

lmpada - (quando em fileira) carreira, (quando dispostas numa espcie de lustre) lampadrio;

leo - alcateia;

lei - (quando reunidas cientificamente) cdigo, consolidao, corpo, (quando colhidas aqui e ali) compilao;

leito - (quando nascidos de um s parto) leitegada;

livro - (quando amontoados) chusma, pilha, ruma, (quando heterogneos) choldraboldra, salgalhada, (quando reunidos para consulta) biblioteca, (quando reunidos para venda) livraria, (quando em lista metdica) catlogo;

lobo - alcateia, caterva;

macaco - bando, capela;

malfeitor - (em geral) bando, canalha, choldra, corja, hoste, joldra, malta, matilha, matula, pandilha, (quando organizados) quadrilha, sequela, scia, tropa;

maltrapilho - farndola, grupo;

mantimento - (em geral) sortimento, proviso, (quando em saco, em alforge) matula, farnel, (quando em cmodo especial) despensa;

mapa - (quando ordenados num volume) atlas, (quando selecionados) mapoteca;

mquina - maquinaria, maquinismo;

marinheiro - marujada, marinhagem, companha, equipagem, tripulao;

mdico - (quando em conferncia sobre o estado de um enfermo) junta;

menino - (em geral) grupo, bando, (depreciativamente) chusma, cambada;

mentira - (quando em sequncia) enfiada;

mercadoria - sortimento, proviso;

mercenrio - mesnada;

metal - (quando entra na construo de uma obra ou artefato) ferragem;

ministro - (quando de um mesmo governo) ministrio, (quando reunidos oficialmente) conselho;

montanha - cordilheira, serra, serrania;

mosca - moscaria, mosquedo;

mvel - moblia, aparelho, trem;

msica - (quanto a quem a conhece) repertrio;

msico - (quando com instrumento) banda, charanga, filarmnica, orquestra;

nao - (quando unidas para o mesmo fim) aliana, coligao, confederao, federao, liga, unio;

navio - (em geral) frota, (quando de guerra) frota, flotilha, esquadra, armada, marinha, (quando reunidos para o mesmo destino) comboio;

nome - lista, rol;

nota - (na acepo de dinheiro) bolada, bolao, mao, pacote, (na acepo de produo literria, cientfica) comentrio;

objeto - Ver coisa;

onda - (quando grandes e encapeladas) marouo;

rgo - (quando concorrem para uma mesma funo) aparelho, sistema;

orqudea - (quando em viveiro) orquidrio;

osso - (em geral) ossada, ossaria, ossama, (quando de um cadver) esqueleto;

ouvinte - auditrio;

ovelha - (em geral) rebanho, grei, chafardel, malhada, ovirio;

ovo - (os postos por uma ave durante certo tempo) postura, (quando no ninho) ninhada;

padre - clero, clerezia;

palavra - (em geral) vocabulrio, (quando em ordem alfabtica e seguida de significao) dicionrio, lxico, (quando proferidas sem nexo) palavrrio;

pancada - pancadaria;

pantera - alcateia;

papel - (quando no mesmo liame) bloco, mao, (em sentido lato, de folhas ligadas e em sentido estrito, de 5 folhas) caderno, (5 cadernos) mo, (20 mos) resma, (10 resmas) bala;

parente - (em geral) famlia, parentela, parentalha, (em reunio) tertlia;

partidrio - faco, partido, torcida;

partido poltico - (quando unidos para um mesmo fim) coligao, aliana, coalizo, liga;

pssaro - passaredo, passarada;

passarinho - nuvem, bando;

pau - (quando amarrados) feixe, (quando amontoados) pilha, (quando fincados ou unidos em cerca) bastida, paliada;

pea - (quando devem aparecer juntas na mesa) baixela, servio, (quando artigos comerciveis, em volume para transporte) fardo, (em grande quantidade) magote, (quando pertencentes artilharia) bateria, (de roupas, quando enroladas) trouxa, (quando pequenas e cosidas umas s outras para no se extraviarem na lavagem) apontoado, (quando literrias) antologia, florilgio, seleta, silva, crestomatia, coletnea, miscelnea;

peixe - (em geral e quando na gua) cardume, (quando midos) boana, (quando em viveiro) aqurio, (quando em fileira) cambada, espicha, enfiada, (quando tona) banco, manta;

pena - (quando de ave) plumagem;

pessoa - (em geral) aglomerao, banda, bando, chusma, colmeia, gente, legio, leva, mar, massa, m, mole, multido, pessoal, roda, rolo, troo, tropel, turba, turma, (quando reles) corja, caterva, choldra, farndola, rcua, scia, (quando em servio, em navio ou avio) tripulao, (quando em acompanhamento solene) comitiva, cortejo, prstito, procisso, squito, teoria, (quando ilustres) pliade, pugilo, punhado, (quando em promiscuidade) cortio, (quando em passeio) caravana, (quando em assembleia popular) comcio, (quando reunidas para tratar de um assunto) comisso, conselho, congresso, conclave, convnio, corporao, seminrio, (quando sujeitas ao mesmo estatuto) agremiao, associao, centro, clube, grmio, liga, sindicato, sociedade;

pilha - (quando eltricas) bateria;

planta - (quando frutferas) pomar, (quando hortalias, legumes) horta, (quando novas, para replanta) viveiro, alfobre, tabuleiro, (quando de uma regio) flora, (quando secas, para classificao) herbrio;

ponto - (de costura) apontoado;

porco - (em geral) manada, persigal, piara, vara, (quando do pasto) vezeira;

povo - (nao) aliana, coligao, confederao, liga;

prato - baixela, servio, prataria;

prelado - (quando em reunio oficial) snodo;

prisioneiro - (quando em conjunto) leva, (quando a caminho para o mesmo destino) comboio;

professor - corpo docente, professorado, congregao;

quadro - (quando em exposio) pinacoteca, galeria;

querubim - coro, falange, legio;

recruta - leva, magote;

religioso - clero regular;

roupa - (quando de cama, mesa e uso pessoal) enxoval, (quando envoltas para lavagem) trouxa;

salteador - caterva, corja, horda, quadrilha;

selo - coleo;

serra - (acidente geogrfico) cordilheira;

soldado - tropa, legio;

trabalhador - (quando reunidos para um trabalho braal) rancho, (quando em trnsito) leva;

tripulante - equipagem, guarnio, tripulao;

utenslio - (quando de cozinha) bateria, trem, (quando de mesa) aparelho, baixela;

vadio - cambada, caterva, corja, mamparra, matula, scia;

vara - (quando amarradas) feixe, ruma;

velhaco - scia, velhacada.

Obs.: na maioria dos casos, a forma coletiva se constri mediante a adaptao do sufixo conveniente: arvoredo (de rvores), cabeleira (de cabelos), freguesia (de fregueses), palavratrio (de palavras), professorado (de professores), tapearia (de tapetes), etc.

Nota: o coletivo um substantivo singular, mas com ideia de plural.

Formao dos Substantivos

4 - Substantivos Simples e Compostos

Chuva subst. Fem. 1 - gua caindo em gotas sobre a terra.

O substantivo chuva formado por um nico elemento ou radical. um substantivo simples.

Substantivo Simples: aquele formado por um nico elemento.

Outros substantivos simples: tempo, sol, sof, etc.

Veja agora:

O substantivo guarda-chuva formado por dois elementos (guarda + chuva). Esse substantivo composto.

Substantivo Composto: aquele formado por dois ou mais elementos.

Outros exemplos: beija-flor, passatempo.

5-Substantivos Primitivos e Derivados

Veja:

Meu limo meu limoeiro,

meu p de jacarand...

O substantivo limo primitivo, pois no se originou de nenhum outro dentro de lngua portuguesa.

Substantivo Primitivo: aquele que no deriva de nenhuma outra palavra da prpria lngua portuguesa.

O substantivo limoeiro derivado, pois se originou a partir da palavra limo.

Substantivo Derivado: aquele que se origina de outra palavra.

FLEXO DOS SUBSTANTIVOS

O substantivo uma classe varivel. A palavra varivel quando sofre flexo (variao). A palavra menino, por exemplo, pode sofrer variaes para indicar:

Plural: meninos

Feminino: menina

Aumentativo: menino

Diminutivo: menininho

Flexo de Gnero

Gnero a propriedade que as palavras tm de indicar sexo real ou fictcio dos seres. Na lngua portuguesa, h dois gneros: masculino e feminino.

Pertencem ao gnero masculino os substantivos que podem vir precedidos dos artigos o, os, um, uns. Veja estes ttulos de filmes:

- O velho e o mar

- Um Natal inesquecvel

- Os reis da praia

Pertencem ao gnero feminino os substantivos que podem vir precedidos dos artigos a, as, uma, umas:

A histria sem fim

Uma cidade sem passado

As tartarugas ninjas

Substantivos Biformes e Substantivos Uniformes

Substantivos Biformes (= duas formas): ao indicar nomes de seres vivos, geralmente o gnero da palavra est relacionado ao sexo do ser, havendo, portanto, duas formas, uma para o masculino e outra para o feminino. Observe:

gato - gata

homem - mulher

poeta - poetisa

prefeito - prefeita

Substantivos Uniformes: so aqueles que apresentam uma nica forma, que serve tanto para o masculino quanto para o feminino. Classificam-se em:

Epicenos: tm um s gnero e nomeiam bichos.

Por exemplo:

a cobra macho e a cobra fmea, o jacar macho e o jacar fmea.

Sobrecomuns: tm um s gnero e nomeiam pessoas.

Por exemplo:

a criana, a testemunha, a vtima, o cnjuge, o gnio, o dolo, o indivduo.

Comuns de Dois Gneros: indicam o sexo das pessoas por meio do artigo.

Por exemplo:

o colega e a colega, o doente e a doente, o artista e a artista.

Saiba que:

- Substantivos de origem grega terminados em -ema ou - oma so masculinos.

Por exemplo:

o axioma, o fonema, o poema, o sistema, o sintoma, o teorema.

- Existem certos substantivos que, variando de gnero, variam em seu significado.

Por exemplo:

o rdio (aparelho receptor) e a rdio (estao emissora)
o capital (dinheiro) e a capital (cidade)

Formao do Feminino dos Substantivos Biformes

a) Regra geral: troca-se a terminao -o por -a.

Por exemplo:

aluno - aluna

b) Substantivos terminados em -s: acrescenta-se -a ao masculino.

Por exemplo:

fregus - freguesa

c) Substantivos terminados em -o: fazem o feminino de trs formas:

- troca-se -o por -oa.

Por exemplo:

patro - patroa

- troca-se -o por -.

Por exemplo:

campeo - campe

-troca-se -o por ona.

Por exemplo:

solteiro - solteirona

Excees:

baro - baronesa
ladro- ladra
sulto - sultana

d) Substantivos terminados em -or:

- acrescenta-se -a ao masculino.

Por exemplo:

doutor - doutora

- troca-se -or por -triz:

imperador - imperatriz

e) Substantivos com feminino em -esa, -essa, -isa:

-esa -

-essa-

-isa-

cnsul - consulesa

abade - abadessa

poeta - poetisa

duque - duquesa

conde - condessa

profeta - profetisa

f) Substantivos que formam o feminino trocando o -e final por -a:

elefante - elefanta

g) Substantivos que tm radicais diferentes no masculino e no feminino:

bode - cabra
boi - vaca

h) Substantivos que formam o feminino de maneira especial, isto , no seguem nenhuma das regras anteriores:

czar - czarina
ru - r

Formao do Feminino dos Substantivos Uniformes

Epicenos:

Observe:

Novo jacar escapa de policiais no rio Pinheiros.

No possvel saber o sexo do jacar em questo. Isso ocorre porque o substantivo jacar tem apenas uma forma para indicar o masculino e o feminino.

Alguns nomes de animais apresentam uma s forma para designar os dois sexos. Esses substantivos so chamados de epicenos. No caso dos epicenos, quando houver a necessidade de especificar o sexo, utilizam-se palavras macho e fmea.

Por exemplo: a cobra

A cobra macho picou o marinheiro.

A cobra fmea escondeu-se na bananeira.

Sobrecomuns:

Entregue as crianas natureza.

A palavra crianas refere-se tanto a seres do sexo masculino, quanto a seres do sexo feminino.

Nesse caso, nem o artigo nem um possvel adjetivo permitem identificar o sexo dos seres a que se refere a palavra. Veja:

A criana chorona chamava-se Joo.
A criana chorona chamava-se Maria.

Outros substantivos sobrecomuns:

a criatura

Joo uma boa criatura.

Maria uma boa criatura.

o cnjuge

O cnjuge de Joo faleceu.

O cnjuge de Marcela faleceu

Comuns de Dois Gneros:

Observe a manchete:

Motorista tem acidente idntico 23 anos depois.

Quem sofreu o acidente: um homem ou uma mulher?

impossvel saber apenas pelo ttulo da notcia, uma vez que a palavra motorista um substantivo uniforme. O restante da notcia nos informa que se trata de um homem.

A distino de gnero pode ser feita atravs da anlise do artigo ou adjetivo, quando acompanharem o substantivo.

Exemplos:

o colega - a colega
o imigrante - a imigrante
um jovem - uma jovem
artista famoso - artista famosa
reprter francs - reprter francesa

Substantivos de Gnero Incerto

Existem numerosos substantivos de gnero incerto e flutuante, sendo usados com a mesma significao, ora como masculinos, ora como femininos.

a abuso

erro comum, superstio, crendice

a aluvio

sedimentos deixados pelas guas, inundao, grande numero

a clera ou clera-morbo

doena infecciosa

a personagem

pessoa importante, pessoa que figura numa histria

a trama

intriga, conluio, maquinao, cilada

a xerox (ou xrox)

cpia xerogrfica, xerocpia

o gape

refeio que os cristos faziam em comum, banquete de confraternizao

o caudal

torrente, rio

o diabetes ou diabete

doena

o jngal

floresta prpria da ndia

o lhama

mamfero ruminante da famlia dos cameldeos

o ordenana

soldado s ordens de um oficial

o praa

soldado raso

o pre

pequeno roedor

Note que:

1. A palavra personagem usada indistintamente nos dois gneros.

a) Entre os escritores modernos nota-se acentuada preferncia pelo masculino:

Por exemplo: O menino descobriu nas nuvens os personagens dos contos de carochinha.

b) Com referncia a mulher, deve-se preferir o feminino:

O problema est nas mulheres de mais idade, que no aceitam a personagem.

No cheguei assim, nem era minha inteno, a criar uma personagem.

2. Ordenana, praa (soldado) e sentinela (soldado, atalaia) so sentidos e usados na lngua atual, como masculinos, por se referirem, ordinariamente, a homens.

3. Diz-se: o (ou a) manequim Marcela, o (ou a) modelo fotogrfico Ana Belmonte.

Observe o gnero dos substantivos seguintes:

Masculinos

Femininos

o tapa
o eclipse
o lana-perfume
o d (pena)
o sanduche
o clarinete
o champanha
o ssia
o maracaj

o cl
o hosana
o herpes
o pijama
o suter
o soprano
o proclama
o pernoite
o pbis

a dinamite
a spide
a derme
a hlice
a alcone
a filoxera
a clmide
a omoplata
a cataplasma

a pane
a mascote
a gnese
a entorse
a libido
a cal
a faringe
a clera (doena)
a ub (canoa)

So geralmente masculinos os substantivos
de origem grega terminados em -ma:

o grama (peso)
o quilograma
o plasma
o apostema
o diagrama

o epigrama
o telefonema
o estratagema
o dilema
o teorema

o apotegma
o trema
o eczema
o edema
o magma

o antema
o estigma
o axioma
o tracoma
o hematoma

Excees: a cataplasma, a celeuma, a fleuma, etc.

Gnero dos Nomes de Cidades:

Salvo raras excees, nomes de cidades so femininos.

Por exemplo:
A histrica Ouro Preto.
A dinmica So Paulo.
A acolhedora Porto Alegre.
Uma Londres imensa e triste.

Excees: o Rio de Janeiro, o Cairo, o Porto, o Havre.

Gnero e Significao:

Muitos substantivos tm uma significao no masculino e outra no feminino. Observe:

o baliza (soldado que, que frente da tropa, indica os movimentos que se deve realizar em conjunto; o que vai frente de um bloco carnavalesco, manejando um basto)

a baliza (marco, estaca; sinal que marca um limite ou proibio de trnsito)

o cabea (chefe)

a cabea (parte do corpo)

o cisma (separao religiosa, dissidncia)

a cisma (ato de cismar, desconfiana)

o cinza (a cor cinzenta)

a cinza (resduos de combusto)

o capital (dinheiro)

a capital (cidade)

o coma (perda dos sentidos)

a coma (cabeleira)

o coral (plipo, a cor vermelha, canto em coro)

a coral (cobra venenosa)

o crisma (leo sagrado, usado na administrao da crisma e de outros sacramentos)

a crisma (sacramento da confirmao)

o cura (proco)

a cura (ato de curar)

o estepe (pneu sobressalente)

a estepe (vasta plancie de vegetao)

o guia (pessoa que guia outras)

a guia (documento, pena grande das asas das aves)

o grama (unidade de peso)

a grama (relva)

o caixa (funcionrio da caixa)

a caixa (recipiente, setor de pagamentos)

o lente (professor)

a lente (vidro de aumento)

o moral (nimo)

a moral (honestidade, bons costumes, tica)

o nascente (lado onde nasce o Sol)

a nascente (a fonte)

o maria-fumaa (trem como locomotiva a vapor)

a maria-fumaa (locomotiva movida a vapor)

o pala (poncho)

a pala (parte anterior do bon ou quepe, anteparo)

o rdio (aparelho receptor)

a rdio (estao emissora)

o voga (remador)

a voga (moda, popularidade)

Flexo de Nmero do Substantivo

Em portugus, h dois nmeros gramaticais:

O singular, que indica um ser ou um grupo de seres;

O plural, que indica mais de um ser ou grupo de seres.

A caracterstica do plural o s final.

Plural dos Substantivos Simples

a) Os substantivos terminados em vogal, ditongo oral e n fazem o plural pelo acrscimo de s.

Por exemplo:

pai - pais
m - ms
hfen - hifens (sem acento, no plural).

Exceo: cnon - cnones.

b) Os substantivos terminados em m fazem o plural em ns.

Por exemplo:

homem - homens.

c) Os substantivos terminados em r e z fazem o plural pelo acrscimo de es.

Por exemplo:

revlver - revlveres
raiz - razes

Ateno: O plural de carter caracteres.

d) Os substantivos terminados em al, el, ol, ul flexionam-se no plural, trocando o l por is.

Por exemplo:

quintal - quintais
caracol - caracis
hotel - hotis

Excees: mal e males, cnsul e cnsules.

e) Os substantivos terminados em il fazem o plural de duas maneiras:

- Quando oxtonos, em is.

Por exemplo:

canil - canis

- Quando paroxtonos, em eis.

Por exemplo:

mssil - msseis.

Obs.: a palavra rptil pode formar seu plural de duas maneiras:


rpteis ou reptis (pouco usada).

f) Os substantivos terminados em s fazem o plural de duas maneiras:

- Quando monossilbicos ou oxtonos, mediante o acrscimo de es.

Por exemplo:

s - ases
retrs - retroses

- Quando paroxtonos ou proparoxtonos, ficam invariveis.

Por exemplo:

o lpis - os lpis
o nibus - os nibus.

g) Os substantivos terminados em o fazem o plural de trs maneiras.

- substituindo o -o por -es:

Por exemplo:

ao - aes

- substituindo o -o por -es:

Por exemplo:

co - ces

- substituindo o -o por -os:

Por exemplo:

gro - gros

h) Os substantivos terminados em x ficam invariveis.

Por exemplo:

o ltex - os ltex.

Plural dos Substantivos Compostos

A formao do plural dos substantivos compostos depende da forma como so grafados, do tipo de palavras que formam o composto e da relao que estabelecem entre si. Aqueles que so grafados sem hfen comportam-se como os substantivos simples:

aguardente e aguardentes girassol e girassis

pontap e pontaps malmequer e malmequeres

O plural dos substantivos compostos cujos elementos so ligados por hfen costuma provocar muitas dvidas e discusses. Algumas orientaes so dadas a seguir:

a) Flexionam-se os dois elementos, quando formados de:

substantivo + substantivo = couve-flor e couves-flores
substantivo + adjetivo = amor-perfeito e amores-perfeitos
adjetivo + substantivo = gentil-homem e gentis-homens
numeral + substantivo = quinta-feira e quintas-feiras

b) Flexiona-se somente o segundo elemento, quando formados de:

verbo + substantivo = guarda-roupa e guarda-roupas
palavra invarivel + palavra varivel = alto-falante e alto-falantes
palavras repetidas ou imitativas = reco-reco e reco-recos

c) Flexiona-se somente o primeiro elemento, quando formados de:

substantivo + preposio clara + substantivo = gua-de-colnia e guas-de-colnia

substantivo + preposio oculta + substantivo = cavalo-vapor e cavalos-vapor

substantivo + substantivo que funciona como determinante do primeiro, ou seja, especifica a funo ou o tipo do termo anterior.

Exemplos:

palavra-chave - palavras-chave
bomba-relgio - bombas-relgio
notcia-bomba - notcias-bomba
homem-r - homens-r
peixe-espada - peixes-espada

d) Permanecem invariveis, quando formados de:

verbo + advrbio = o bota-fora e os bota-fora
verbo + substantivo no plural = o saca-rolhas e os saca-rolhas

e) Casos Especiais

o louva-a-deus e os louva-a-deus

o bem-te-vi e os bem-te-vis

o bem-me-quer e os bem-me-queres

o joo-ningum e os joes-ningum.

Plural das Palavras Substantivadas

As palavras substantivadas, isto , palavras de outras classes gramaticais usadas como substantivo, apresentam, no plural, as flexes prprias dos substantivos.

Por exemplo:

Pese bem os prs e os contras.
O aluno errou na prova dos noves.
Oua com a mesma serenidade os sins e os nos.

Obs.: numerais substantivados terminados em -s ou -z no variam no plural.

Por exemplo:

Nas provas mensais consegui muitos seis e alguns dez.

Plural dos Diminutivos

Flexiona-se o substantivo no plural, retira-se o s final e acrescenta-se o
sufixo diminutivo.

pe(s) + zinhos
animai(s) + zinhos
bote(s) + zinhos
chapu(s) + zinhos
fari(s) + zinhos
tren(s) + zinhos
colhere(s) + zinhas
flore(s) + zinhas

pezinhos
animaizinhos
botezinhos
chapeuzinhos
faroizinhos
trenzinhos
colherezinhas
florezinhas

mo(s) + zinhas
papi(s) + zinhos
nuven(s) + zinhas
funi(s) + zinhos
tnei(s) + zinhos
pai(s) + zinhos
p(s) + zinhos
p(s) + zitos

mozinhas
papeizinhos
nuvenzinhas
funizinhos
tuneizinhos
paizinhos
pezinhos
pezitos

Obs.: so anmalos os plurais pastorinhos(as), papelinhos, florzinhas, florinhas, colherzinhas e mulherzinhas, correntes na lngua popular, e usados at por escritores
de renome.

Plural dos Nomes Prprios Personativos

Devem-se pluralizar os nomes prprios de pessoas sempre que a terminao
se preste flexo.

Por exemplo:

Os Napolees tambm so derrotados.
As Raquis e Esteres.

Plural dos Substantivos Estrangeiros

Substantivos ainda no aportuguesados devem ser escritos como na lngua
original, acrescentando-se s (exceto quando terminam em s ou z).

Por exemplo:

os shows
os shorts
os jazz

Substantivos j aportuguesados flexionam-se de acordo com as regras de
nossa lngua:

Por exemplo:

os clubes

os chopes

os jipes

os esportes

as toaletes

os bibels

os garons

os rquiens

Observe o exemplo:

Este jogador faz gols toda vez que joga.

O plural correto seria gois (), mas no se usa.

Plural com Mudana de Timbre

Certos substantivos formam o plural com mudana de timbre da vogal tnica
(o fechado / o aberto). um fato fontico chamado metafonia.

Singular

Plural

Singular

Plural

corpo ()
esforo
fogo
forno
fosso
imposto
olho

corpos ()
esforos
fogos
fornos
fossos
impostos
olhos

osso ()
ovo
poo
porto
posto
rogo
tijolo

ossos ()
ovos
poos
portos
postos
rogos
tijolos

Tm a vogal tnica fechada (): adornos, almoos, bolsos, esposos, estojos,
globos, gostos, polvos, rolos, soros, etc.

Obs.: distinga-se molho (), caldo (molho de carne), de molho (), feixe (molho de lenha).

Particularidades sobre o Nmero dos Substantivos

a) H substantivos que s se usam no singular:

Por exemplo:

o sul, o norte, o leste, o oeste, a f, etc.

b) Outros s no plural:

Por exemplo:

as npcias, os vveres, os psames, as espadas/os paus (naipes de baralho), as fezes.

c) Outros, enfim, tm, no plural, sentido diferente do singular:

Por exemplo:

bem (virtude) e bens (riquezas)

honra (probidade, bom nome) e honras (homenagem, ttulos)

d) Usamos s vezes, os substantivos no singular mas com sentido de plural:

Por exemplo:

Aqui morreu muito negro.
Celebraram o sacrifcio divino muitas vezes em capelas improvisadas.
Juntou-se ali uma populao de retirantes que, entre homem, mulher e menino, ia bem cinquenta mil."

Flexo de Grau do Substantivo

Grau a propriedade que as palavras tm de exprimir as variaes de tamanho dos seres. Classifica-se em:

Grau Normal - Indica um ser de tamanho considerado normal. Por exemplo: casa

Grau Aumentativo - Indica o aumento do tamanho do ser. Classifica-se em:
Analtico = o substantivo acompanhado de um adjetivo que indica grandeza.
Por exemplo: casa grande.

Sinttico = acrescido ao substantivo um sufixo indicador de aumento.
Por exemplo: casaro.

Grau Diminutivo - Indica a diminuio do tamanho do ser. Pode ser:
Analtico = substantivo acompanhado de um adjetivo que indica pequenez.
Por exemplo: casa pequena.

Sinttico = acrescido ao substantivo um sufixo indicador de diminuio.
Por exemplo: casinha.

2 - ARTIGO

Artigo a palavra que, vindo antes de um substantivo, indica se ele est sendo empregado de maneira definida ou indefinida. Alm disso, o artigo indica, ao mesmo tempo, o gnero e o nmero dos substantivos.

Classificao dos Artigos

Artigos Definidos: determinam os substantivos de maneira precisa: o, a, os, as.

Por exemplo:

Eu matei o animal.

Artigos Indefinidos: determinam os substantivos de maneira vaga: um, uma, uns, umas.

Por exemplo:

Eu matei um animal.

Combinao dos Artigos

muito presente a combinao dos artigos definidos e indefinidos com preposies. Este quadro apresenta a forma assumida por essas combinaes:

Preposies

Artigos

o, os

a, as

um, uns

uma, umas

a

ao, aos

, s

-

-

de

do, dos

da, das

dum, duns

duma, dumas

em

no, nos

na, nas

num, nuns

numa, numas

por (per)

pelo, pelos

pela, pelas

-

-

- As formas e s indicam a fuso da preposio a com o artigo definido a. Essa fuso de vogais idnticas conhecida por crase.

- As formas pelo(s)/pela(s) resultam da combinao dos artigos definidos com a forma per, equivalente a por.

Artigos, leitura e produo de textos

O uso apropriado dos artigos definidos e indefinidos permite no apenas evitar problemas com o gnero e o nmero de determinados substantivos, mas principalmente explorar detalhes de significao bastante expressivos. Em geral, informaes novas, nos textos, so introduzidas por pronomes indefinidos e, posteriormente, retomadas pelos definidos. Assim, o referente determinado pelo artigo definido passa a fazer parte de um conjunto argumentativo que mantm a coeso dos textos. Alm disso, a sutileza de muitas modificaes de significados transmitidas pelos artigos faz com que sejam frequentemente usados pelos escritores em seus textos literrios.

3 - ADJETIVO

Adjetivo a palavra que expressa uma qualidade ou caracterstica do ser e se "encaixa" diretamente ao lado de um substantivo.

Ao analisarmos a palavra bondoso, por exemplo, percebemos que alm de expressar uma qualidade, ela pode ser "encaixada diretamente" ao lado de um substantivo: homem bondoso, moa bondosa, pessoa bondosa.

J com a palavra bondade, embora expresse uma qualidade, no acontece o mesmo; no faz sentido dizer: homem bondade, moa bondade, pessoa bondade.
Bondade, portanto, no adjetivo, mas substantivo.

Morfossintaxe do Adjetivo:

O adjetivo exerce sempre funes sintticas relativas aos substantivos, atuando como adjunto adnominal ou como predicativo (do sujeito ou do objeto).

Classificao do Adjetivo

Explicativo: exprime qualidade prpria do ser. Por exemplo: neve fria.
Restritivo: exprime qualidade que no prpria do ser. Por exemplo: fruta madura.

Formao do Adjetivo

Quanto formao, o adjetivo pode ser:

ADJETIVO SIMPLES

Formado por um s radical.

Por exemplo: brasileiro, escuro, magro, cmico.

ADJETIVO COMPOSTO

Formado por mais de um radical.

Por exemplo: luso-brasileiro, castanho-escuro, amarelo-canrio.

ADJETIVO PRIMITIVO

aquele que d origem a outros adjetivos.

Por exemplo: belo, bom, feliz, puro.

ADJETIVO DERIVADO

aquele que deriva de substantivos ou verbos.

Por exemplo: belssimo, bondoso, magrelo.

Adjetivo Ptrio

Indica a nacionalidade ou o lugar de origem do ser. Observe alguns deles:

Estados e cidades brasileiros:

Acre

acreano

Alagoas

alagoano

Amap

amapaense

Aracaju

aracajuano ou aracajuense

Amazonas

amazonense ou bar

Belm (PA)

belenense

Belo Horizonte

belo-horizontino

Boa Vista

boa-vistense

Braslia

brasiliense

Cabo Frio

cabo-friense

Campinas

campineiro ou campinense

Curitiba

curitibano

Estados Unidos

estadunidense, norte-americano ou ianque

El Salvador

salvadorenho

Guatemala

guatemalteco

ndia

indiano ou hindu (os que professam o hindusmo)

Ir

iraniano

Israel

israelense ou israelita

Moambique

moambicano

Monglia

mongol ou monglico

Panam

panamenho

Porto Rico

porto-riquenho

Somlia

somali

Adjetivo Ptrio Composto

Na formao do adjetivo ptrio composto, o primeiro elemento aparece na forma reduzida e, normalmente, erudita. Observe alguns exemplos:

frica

afro- / Por exemplo: Cultura afro-americana

Alemanha

germano- ou teuto- / Por exemplo: Competies teuto-inglesas

Amrica

amrico- / Por exemplo: Companhia amrico-africana

sia

sio- / Por exemplo: Encontros sio-europeus

ustria

austro- / Por exemplo: Peas austro-blgaras

Blgica

belgo- / Por exemplo: Acampamentos belgo-franceses

China

sino- / Por exemplo: Acordos sino-japoneses

Espanha

hispano- / Por exemplo: Mercado hispano-portugus

Europa

euro- / Por exemplo: Negociaes euro-americanas

Frana

franco- ou galo- / Por exemplo: Reunies franco-italianas

Grcia

greco- / Por exemplo: Filmes greco-romanos

ndia

indo- / Por exemplo: Guerras indo-paquistanesas

Inglaterra

anglo- / Por exemplo: Letras anglo-portuguesas

Itlia

talo- / Por exemplo: Sociedade talo-portuguesa

Japo

nipo- / Por exemplo: Associaes nipo-brasileiras

Portugal

luso- / Por exemplo: Acordos luso-brasileiros

LOCUO ADJETIVA

Locuo = reunio de palavras. Sempre que so necessrias duas ou mais palavras para contar a mesma coisa, tem-se locuo. s vezes, uma preposio + substantivo tem o mesmo valor de um adjetivo: a Locuo Adjetiva (expresso que equivale a um adjetivo.)

Por exemplo:

aves da noite (aves noturnas), paixo sem freio (paixo desenfreada).



Observe outros exemplos:

de guia

aquilino

de aluno

discente

de anjo

angelical

de ano

anual

de aranha

aracndeo

de asno

asinino

de bao

esplnico

de bispo

episcopal

de bode

hircino

de boi

bovino

de bronze

brnzeo ou neo

de cabelo

capilar

de cabra

caprino

de campo

campestre ou rural

de co

canino

de carneiro

arietino

de cavalo

cavalar, equino, equdio ou hpico

de chumbo

plmbeo

de chuva

pluvial

de cinza

cinreo

de coelho

cunicular

de cobre

cprico

de couro

coriceo

de criana

pueril

de dedo

digital

de diamante

diamantino ou adamantino

de elefante

elefantino

de enxofre

sulfrico

de esmeralda

esmeraldino

de estmago

estomacal ou gstrico

de falco

falcondeo

de farinha

farinceo

de fera

ferino

de ferro

frreo

de fgado

figadal ou heptico

de fogo

gneo

de gafanhoto

acrdeo

de garganta

gutural

de gelo

glacial

de gesso

gpseo

de guerra

blico

de homem

viril ou humano

de ilha

insular

de intestino

celaco ou entrico

de inverno

hibernal ou invernal

de lago

lacustre

de laringe

larngeo

de leo

leonino

de lebre

leporino

de lobo

lupino

de lua

lunar ou selnico

de macaco

simiesco, smio ou macacal

de madeira

lgneo

de marfim

ebrneo ou ebreo

de mestre

magistral

de monge

monacal

de neve

nveo ou nival

de nuca

occipital

de orelha

auricular

de ouro

ureo

de ovelha

ovino

de paixo

passional

de pncreas

pancretico

de pato

anserino

de peixe

psceo ou ictaco

de pombo

columbino

de porco

suno ou porcino

de prata

argnteo ou argrico

dos quadris

citico

de raposa

vulpino

de rio

fluvial

de serpente

viperino

de sonho

onrico

de terra

telrico, terrestre ou terreno

de trigo

tritcio

de urso

ursino

de vaca

vacum

de velho

senil

de vento

elico

de vero

estival

de vidro

vtreo ou hialino

de virilha

inguinal

de viso

ptico ou tico

Obs.: nem toda locuo adjetiva possui um adjetivo correspondente, com o mesmo significado.

Por exemplo:

Vi as alunas da 5 srie.
O muro de tijolos caiu.

necessrio critrio!

H muitos adjetivos que mantm certa correspondncia de significado com locues adjetivas, e vice-versa. No entanto, isso no significa que a substituio da locuo pelo adjetivo seja sempre possvel. Tampouco o contrrio sempre admissvel. Colar de marfim uma expresso cotidiana; seria pouco recomendvel passar a dizer colar ebrneo ou ebreo, pois esses adjetivos tm uso restrito linguagem literria. Contrato leonino uma expresso usada na linguagem jurdica; muito pouco provvel que os advogados passem a dizer contrato de leo. Em outros casos, a substituio perfeitamente possvel, transformando a equivalncia entre adjetivos e locues adjetivas em mais uma ferramenta para o aprimoramento dos textos, pois oferece possibilidades de variao vocabular.

Por exemplo: A populao das cidades tem aumentado. A falta de planejamento urbano faz com que isso se torne um imenso problema.

FLEXO DOS ADJETIVOS

O adjetivo varia em gnero, nmero e grau.


Gnero dos Adjetivos

Os adjetivos concordam com o substantivo a que se referem (masculino e feminino). De forma semelhante aos substantivos, classificam-se em:

Biformes - tm duas formas, sendo uma para o masculino e outra para o feminino.

Por exemplo:

ativo e ativa, mau e m, judeu e judia.

Se o adjetivo composto e biforme, ele flexiona no feminino somente o ltimo elemento.

Por exemplo:

o moo norte-americano, a moa norte-americana.
Exceo: surdo-mudo e surda-muda.

Uniformes - tm uma s forma tanto para o masculino como para o feminino.

Por exemplo:

homem feliz e mulher feliz.

Se o adjetivo composto e uniforme, fica invarivel no feminino.

Por exemplo:

conflito poltico-social e desavena poltico-social.

Nmero dos Adjetivos

Plural dos adjetivos simples

Os adjetivos simples flexionam-se no plural de acordo com as regras estabelecidas para a flexo numrica dos substantivos simples.

Por exemplo:

mau e maus

feliz e felizes

ruim e ruins

boa e boas

Caso o adjetivo seja uma palavra que tambm exera funo de substantivo, ficar invarivel, ou seja, se a palavra que estiver qualificando um elemento for, originalmente, um substantivo, ela manter sua forma primitiva. Exemplo: a palavra cinza originalmente um substantivo, porm, se estiver qualificando um elemento, funcionar como adjetivo. Ficar, ento invarivel. Logo: camisas cinza, ternos cinza.

Por exemplo: camisas cinza, ternos cinza.

Veja outros exemplos:

Motos vinho (mas: motos verdes)

Paredes musgo (mas: paredes brancas).

Comcios monstro (mas: comcios grandiosos).

Adjetivo Composto

Adjetivo composto aquele formado por dois ou mais elementos. Normalmente, esses elementos so ligados por hfen. Apenas o ltimo elemento concorda com o substantivo a que se refere; os demais ficam na forma masculina, singular. Caso um dos elementos que formam o adjetivo composto seja um substantivo adjetivado, todo o adjetivo composto ficar invarivel.

Por exemplo: a palavra rosa originalmente um substantivo, porm, se estiver qualificando um elemento, funcionar como adjetivo. Caso se ligue a outra palavra por hfen, formar um adjetivo composto; como um substantivo adjetivado, o adjetivo composto inteiro ficar invarivel.

Por exemplo:

Camisas rosa-claro.

Ternos rosa-claro.

Olhos verde-claros.

Calas azul-escuras e camisas verde-mar.

Telhados marrom-caf e paredes verde-claras.

Obs.:
- Azul-marinho, azul-celeste, ultravioleta e qualquer adjetivo composto iniciado por cor-de-... so sempre invariveis.

- Os adjetivos compostos surdo-mudo e pele-vermelha tm os dois elementos flexionados.



Grau do Adjetivo

Os adjetivos flexionam-se em grau para indicar a intensidade da qualidade do ser. So dois os graus do adjetivo: o comparativo e o superlativo.

Comparativo

Nesse grau, comparam-se a mesma caracterstica atribuda a dois ou mais seres ou duas ou mais caractersticas atribudas ao mesmo ser. O comparativo pode ser de igualdade, de superioridade ou de inferioridade. Observe os exemplos abaixo:

1) Sou to alto como voc. Comparativo De Igualdade

No comparativo de igualdade, o segundo termo da comparao introduzido pelas palavras como, quanto ou quo.

2) Sou mais alto (do) que voc. Comparativo De Superioridade Analtico

No comparativo de superioridade analtico, entre os dois substantivos comparados, um tem qualidade superior. A forma analtica porque pedimos auxlio a "mais...do que" ou "mais...que".

3) O Sol maior (do) que a Terra. Comparativo De Superioridade Sinttico

Alguns adjetivos possuem, para o comparativo de superioridade, formas sintticas, herdadas do latim. So eles:

bom-melhor

pequeno-menor

mau-pior

alto-superior

grande-maior

baixo-inferior

Observe que:

a) As formas menor e pior so comparativos de superioridade, pois equivalem a mais pequeno e mais mau, respectivamente.

b) Bom, mau, grande e pequeno tm formas sintticas (melhor, pior, maior e menor), porm, em comparaes feitas entre duas qualidades de um mesmo elemento, deve-se usar as formas analticas mais bom, mais mau, mais grande e mais pequeno.

Por exemplo: Pedro maior do que Paulo - Comparao de dois elementos.

Pedro mais grande que pequeno - comparao de duas qualidades de um mesmo elemento.

4) Sou menos alto (do) que voc. Comparativo De Inferioridade

Sou menos passivo (do) que tolerante.

Superlativo


O superlativo expressa qualidades num grau muito elevado ou em grau mximo. O grau superlativo pode ser absoluto ou relativo e apresenta as seguintes modalidades:

Superlativo Absoluto: ocorre quando a qualidade de um ser intensificada, sem relao com outros seres. Apresenta-se nas formas:

Analtica: a intensificao se faz com o auxlio de palavras que do ideia de intensidade (advrbios).

Por exemplo:

O secretrio muito inteligente.

Sinttica: a intensificao se faz por meio do acrscimo de sufixos.

Por exemplo:

O secretrio inteligentssimo.

Observe alguns superlativos sintticos: