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Fôra um nunca acabar se quizesse- mos registrar todos os factos que tem manchado a administração do Sr. José Bento da Cunha Figueiredo, no tocàn- te a segurança de vida e propriedade ; uão perdemos todavia a esperança de íi Íi) dia, um pouco mais tarde, orgaui- sarmos uma tabeliã dessas misérias qu-s eíemisão alai administração reeommen- dandoa ao ódio e H es preso da posteri- dade. O publico, que tem visto siiecessi- vãmente esses factos, horrorisar se-ha vendo-os'todos de utn lance d'ollíos e constituindo um grupo importante capaz de servir para coroa de louros na cabe- ça do eximi o administrador. Sabemos que o Sr. Dr. chefe de po- licia ha mostrado os melhores desejos na prevenção, assim como ua repressão dos crimes ; mas os instrumentos á sua disposição são taes, que não é possivei depositar nelles toda a confiança ; e cremos, que se S. S. podesse transpor esse circulo de ferro dentro fio qual se acjia como qoe preso, a acção da poli- cia far-se-hia. sentir de uma maneira muito efíicaz. Uma autoridade policial subalterna é •mrMlas vezes n primeira a infringir as leis e para ella não se encontra coirer- livo de qualidade alguma, porque os ho- mens da época se julgão superiores á lei, e não querem reconhecer freio de qualidade alguma. Sirva de exemplo um facto que teve lugar á pouco tempo no lugar do Ca- xangn com o Sr. Chico Lins, subdele- gado da Várzea/' No dia 14 de janeiro próximo passa- do, pelas 7 para as 8 horas da manhãa, o Sr, Chico Lins, sabendo qne um mo. ço (le 14 à IG annos estava-se banhan- do em um dos banheiros que ali existem á margem <lo Capibaribe, chamou por um preto seu e mandou espancar ao mo- ço, sem attender que era filho de uma pessoa respeitável desta provincia. O fucto se tornou publico, a tamilia E' por ficarem impunes taes crimes que nós vemos a desmoralisação qne la- vra na provincia, á ponto de não haver dia que não seja assignabidb nor um ataque á propriedade e á segurança in- dividual. Não é porque a autoridade não tenha força sufficiente ; mas porque se quer á todo o transe converter a provincia em um lendo onde meia dúzia devem ser senhores e a quasi totalidade deve ser escrava. Correspondência. PAU D'ALHO, 12 DE FEVEREIRO DE 1854. Srs. Redactores. Nada/meus caros amigos é tão dóce.é tão aprasivel ao pobre matuto quanto o descanso depois das fadigas do trabalho. Sim : quando o agricultor o sol ir es- condendo seus raios nas negras sombras do òçcâso; encosta a fonte e o arado, passa a mão pela lesta, limpa o suor que lhe goteja, e volta para o seu humilde tugurio a descançar nas palhas onde a- tira o seu corpo lasso, e dorme um som- no intiucente, um somno isempto de re- tnorsos. Oh ! qne vida feliz ! que somno ven- turoso não tem o agricultor, o pobre cum- ponez ! Feliz, o mil vezes feliz é a sua vida por que ó simples, fora dos bani- lhos do mundo, do, rebuliço da cidade, e ó mil vezes preferível a daquelles qoe nos saráos e nos bailes passão noites in- teiras respirando sim, uma atmosphera impregnada d'aromas, porém talvez com a venenosa serpe eriçáda uo coração, o remorso. Eu gozei ja por algum tempo desta tranquillidade, deste sbcego de es- pirito, desta vida innocente e pura que se respira no campo, antes q' o gênio do mal tivesse soprado o sen pestifero auto nesta comarca e que houvesse feito proselitos a quem é forçoso impor bar- reiras. Eis. meus caros amigos n razão de ter tomado, sobre mim a tarefa de correspon do moço prudenciando acercadas con- dente desta comarca, tarefa muito supe- seqüências que poderião d'ahi resultar, retirou-se immediatamente do Caxan gá, e todos que o souberão ficarão es- candalisados, de que se.ache a policia de uma freguezia importante entregue á direcçâo de uma autoridade que por sua parle precisa de ser policiada. Consta-nos que similhante aconteci- mento foi levado ao conhecimento do Sr. presidente da provincia ; mas até hoje que providencias se ha tomado á respeito X Nenhuma 1 O Sr. Chico Lins continua no exercício de sna auto- ridade, e por tanto mais habilitada a re- petir factos da mesma natureza. Parece-nos queoS Dr. chefe de po- licia não'deve tanto condescender com os mandões «Ia terra e que ao contrario deve por sua parte reagir quanto ueces- sario seja para manter a dignidade de sua posição.Depois de haver conimeitido um crime que as leis considerão como policial, o Sr. Chico Lins está inliabj- litado para proseguir no exercício de uma autoridade que elle não sabe lazer respeitar. rior as minhas forças, tanto mais difíicil quanto tenho utn hábil contendor o Y no Diário de Pernambuco. E com quanto lenha consciência de não haver em minhas missivas avançado ne- nhuma proposição, que não seja geralmen- te sentida n'esta comarca, e quiçá em to- do Pernambudo -y não ter atacado a nin- guem e ter somente faltado em generali- dades, vejo todavia desfechar-se sobre mi- nha cabeça uma tempestade, que bem me custa afrontar-lhe as iras. Pobre de mim que perdi o socego e a paz de espirito 1 Pobre J. S. que te achas mettido em talas I Obrigado a farejar noticias, obrigado a responder ao Y : porém é bem feito para não te andares mettendo em camiza de on- ze varas. Antes que principio a noti- ciar-lhe tudo quanto na Paciência ouvir, é mister dizer duas palavras ao Sr. Y de seis de fevereiro do corrente anno, visto co- mo exige S, S. que eu declare quaes os mandões d'esta comarca (que feliz Iem- branca !.. n'esta não cahe o mecum ) que a tem lyrannisado, e quaes os Gavalcantis protectores do crime sob pena de vil ca- lumniador perante o publico, etc! I ! 1 1 m © X úmero f c=c=:=r7=3ara=:: ,:nKm).,jam^rmuat»\imfK.miti,liUimattrjj,L^JSSIlSaBL wmmsizMSEmsxi&amim&BBcmmaBirsBBiii Sim : nunca mo passou pela idéa descer a personalidades, e nem o Diabo me tentará por certo para este Gm, pois que macaco velho nao mette mão em combuca, e com quanto o meu illustre collega atire com os nomes de seus Ídolos para que eu os discu- ta, com tudo não lhe aceilo a luva. não porque gosto muito de respeitar a religião dos outros, porque faço serviço n estes deuses de meu illustre collega. como tam- bem porque quero deixar á S. S. o tempo bastante para adora-los. Continue, pois, a thurifera-los, e faça- lhes profundíssimas venias que no mundo é mister que ludo haja... pois que eu fico no meu posto de honra com a consciência pura e a verdade nos lábios. Nunca foi de minha mente, dizia eu, descer a personalidades, visto como é mui- to alheio de mim atirar-me ao campo dos convicios e doestos, deixando essas immun- dicies para qnem gosta de chafurdar-se : essa arena não é própria de qualquer edu- cação vulgar ; e muito estigmaliso ao meu illustre collega por me querer arraslar pa- ra este campo tão immundo, que por cal- culo, e na deficiência de razões que oppo- nha á força da verdade de minhas missi- vas, me offerece, para por esta guisa me impor silencio 3ob pena de vil calumnia- dor / neiia que mais merece o riso do des- prezo dp que as considerações, que lhe po- de prestar o homem que preza sua repula- ção e honra. Estof publico para quem o meu illustre collega me empraza, sabe bellamente que o matto é diabo ; sabe que no matto não se pôde fallar com franqueza ; sabe que no malto qualquer labaréo é um regulo, espe- cialmente n'esta comarca feudataria e cias- sica do "=- sic volo sicjubeo e me absol- vera ua pena que ome-, me impõe «=* vil calumniador sem que me seja forçoso lhe apresentar factos, que por certo o fa- rião emmudecer. Quanto ao processo do Cutia, melhor pode o meu illustre collega denuncia-lo ao publico, tal qual se verifi- cou a fuga, como amigo da potestadeque produzio tal milagre ; denuncia-lo, djgo, não ao publico, como ao promotor que é uma essência com S. S., a fim de que não fique impune crime tão horrendo. Espero, pois, este serviço de S. S. á hu- manidode para então poder acreditar na sinceridade de suas palavras em sua supra- dita correspondência. Findo de responder ao Y, rogando-lbe mais um pouco de gene- rosidade para com este seu criado, que, lendo consciência de não o ter oggredido e nem insultado, não merece por certo tanio desabrimento ; mas em fim cada um o que tem. Seja mais cavalheiro, e não quei- ra esmagar a minha pequenhez com a força de sua furibunda dialética, que lhe dou palavra de nüo tocar no selleiro de seu amor, nas filhas de seu bem querer, e nos louros de seus encantos, o que tudo junto forma uma deidade sellelra cujos atlractivos aGvellados bem no extremo do rabicho põe o meu illustre collega sellado no seu amor, magnelisado, e entregue à poesia e á musica, tocando o seu violão «=» bem de- fronte da matriz s Vamos agora ao que nos diz respeito, isto é, áquillo que me in- cumbe noticiar. Fui, meu caro amigo, á Paciência no dia em que estive mais li- vre, e contra toda a minha expectativa vi uns prophetas, ou para dizer melhor, si- ganos, oecupados em advinhar o meu po- bre nome. Que birra ? Que se importão estes meus senhores quem eu seja ! Melhor fora não se oecuparem ahi da vida alheia j porém que digo !.. vejão como sou eu uni pedaço d'asno ! reprebender e encholar os freguezes da minha loja ! Nada : eu estou gracejando, continuem, mas não mo quei- rão advinhar pois que é tempo perdido, Eu não sou allecnm, e nem manjerona, quero dizer que não sou estas doas pessoas que os senhores supõe anlipoda uma da outra ; anlipoda,sim,pois uma é agulha e o outro didal sem analogia entre si ; são do mesmo credito porém ambos tíbios, e frouchos, que em boa linguagem quer dizer mofinos. Ouvi tombem muitos dissabores com os commandantesda guarda nacional, dissabores digo, queixas, lamentações,pro- teslos, fúrias, ameaças e... o diabo a qua- torze d'aquelles que ficarão mamados nas posturas das guardas. Dizião elles, e com razão o dizem que, nomearão até gente do Recife para officiaes, gente que não mora nesta co- marca, e deixarão os velhos servidores da alta nobreza ! Digo eu agora : bem feito, quem os mandou ser bestas de car- gas? colhão agora os friíctòs de sna ser- vidão ; bem deverão saber que no Páo ri'Alho Cavalcanti.tènha ou deixe de ter as habilitações, será pessoa (hoje ) e tudo mais é cousa, e nada mais. Deu-se agora um íacto bem engraçado com um tal Barbosa do Rosarinlio, e um outro Barbosa do Sipó ( Cavalcanti) e que merece ser contado pelo meu illustre collega o —Y„ Foi acaso: o Barbosa do Rozarinlio, porque «mandarão tirar a sua patente de ofíicial, e quando passada ella, faltando ser pelo presidente assignada o tenente coronel que havia feito a pro- posta apparece na secretaria, e diz não ser aquella pessoa o Barbosa proposto, mas sim o Barbosa Cavalcanti /li Então Sr. Y, eu sou uui calumniador não ó ^assiin '! vamos ver em que fica este ne- gocio, em outra missiva lhe darei escla- recimentos mais amplos a respeito : as- sim como também das mortes, do recru- lamento, o que agora não posso fazer por ir muito longo. J. S. RmATIV!S'. A'S DAMAS. ( Conclusão i) Consagramos, como se disse, uma parte das suas columnas ás damas, á se- manawào teve por único fito diverti-las com futilidades. Testando do oroato es- terno, teve em consideração as condi- ções do seu sexo ; mas nem por isso es- quecen as necessidades do seu espirito. Podem-se facilmente alliar as preoceu- pações do toucador e os cuidados do ga- binete. Uma coisa não estorva a pptnj.j Porque não ha de sahir d'entre as dobras do regalo um livrinho de poesias melin- drosas \ Porque não ha de a mão, gra- ciosa, alvejando entre as rendas, menos finas do que ella, lançar em papel perfu- mado alguns trechos sentidos, como os de Malvina ou de Mahtilde \ Porque não ha de .uma nova Madame Cotin fazer boibulhar, com a pena, as mesmas lagri- mas que taivez faça rebantar com os olhos? Porque não lia de o coração^, MO

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O LIBERAL 2*7^ 7Í Ar/l j1/ /í Í7 (7 yllV O" j) 111) I i õ; t - s (;"(l i a Fi; 1111 ü n to, e subsorevê-se mi typographia da. rua do Collegio riu moro 14 a 3$ por 3 rnezes pagos adiantados: os aniiiíncios para os Srs. assignanlcs são pagoa 20 róis por linha, corrc.spondencias_o_oiUra__qualqii.or publicaçao_paga_-seJia_o_que se_cojivoiici_onar . oseiUcrcçados se_dcvcrão eulcnder com o Editor na mesma typographia. _

T ©é&

0 LIBERAL j____f|||A nossa {policia.

Fôra um nunca acabar se quizesse-mos registrar todos os factos que temmanchado a administração do Sr. JoséBento da Cunha Figueiredo, no tocàn-te a segurança de vida e propriedade ;uão perdemos todavia a esperança deíi Íi) dia, um pouco mais tarde, orgaui-sarmos uma tabeliã dessas misérias qu-seíemisão alai administração reeommen-dandoa ao ódio e H es preso da posteri-dade. O publico, que tem visto siiecessi-vãmente esses factos, horrorisar se-havendo-os'todos de utn lance d'ollíos econstituindo um grupo importante capazde servir para coroa de louros na cabe-ça do eximi o administrador.

Sabemos que o Sr. Dr. chefe de po-licia ha mostrado os melhores desejosna prevenção, assim como ua repressãodos crimes ; mas os instrumentos á suadisposição são taes, que não é possiveidepositar nelles toda a confiança ; ecremos, que se S. S. podesse transporesse circulo de ferro dentro fio qual seacjia como qoe preso, a acção da poli-cia far-se-hia. sentir de uma maneiramuito efíicaz.

Uma autoridade policial subalterna é•mrMlas vezes n primeira a infringir asleis e para ella não se encontra coirer-livo de qualidade alguma, porque os ho-mens da época se julgão superiores álei, e não querem reconhecer freio dequalidade alguma.

Sirva de exemplo um facto que tevelugar á pouco tempo no lugar do Ca-xangn com o Sr. Chico Lins, subdele-

gado da Várzea/'No dia 14 de janeiro próximo passa-

do, pelas 7 para as 8 horas da manhãa,o Sr, Chico Lins, sabendo qne um mo.ço (le 14 à IG annos estava-se banhan-do em um dos banheiros que ali existemá margem <lo Capibaribe, chamou porum preto seu e mandou espancar ao mo-ço, sem attender que era filho de umapessoa respeitável desta provincia.

O fucto se tornou publico, a tamilia

E' por ficarem impunes taes crimesque nós vemos a desmoralisação qne la-vra na provincia, á ponto de não haverdia que não seja assignabidb nor umataque á propriedade e á segurança in-dividual. Não é porque a autoridadenão tenha força sufficiente ; mas porquese quer á todo o transe converter aprovincia em um lendo onde meia dúziadevem ser senhores e a quasi totalidadedeve ser escrava.

Correspondência.

PAU D'ALHO, 12 DE FEVEREIRODE 1854.

Srs. Redactores.

Nada/meus caros amigos é tão dóce.étão aprasivel ao pobre matuto quanto odescanso depois das fadigas do trabalho.Sim : quando o agricultor vô o sol ir es-condendo seus raios nas negras sombrasdo òçcâso; encosta a fonte e o arado,passa a mão pela lesta, limpa o suor quelhe goteja, e volta para o seu humildetugurio a descançar nas palhas onde a-tira o seu corpo lasso, e dorme um som-no intiucente, um somno isempto de re-tnorsos.

Oh ! qne vida feliz ! que somno ven-turoso não tem o agricultor, o pobre cum-ponez ! Feliz, o mil vezes feliz é a suavida por que ó simples, fora dos bani-lhos do mundo, do, rebuliço da cidade, eó mil vezes preferível a daquelles qoenos saráos e nos bailes passão noites in-teiras respirando sim, uma atmospheraimpregnada d'aromas, porém talvez coma venenosa serpe eriçáda uo coração, oremorso. Eu gozei ja por algum tempodesta tranquillidade, deste sbcego de es-pirito, desta vida innocente e pura quesó se respira no campo, antes q' o gêniodo mal tivesse soprado o sen pestiferoauto nesta comarca e que houvesse feitoproselitos a quem é forçoso impor bar-reiras.

Eis. meus caros amigos n razão de tertomado, sobre mim a tarefa de correspon

do moço prudenciando acercadas con- dente desta comarca, tarefa muito supe-seqüências que poderião d'ahi resultar,retirou-se immediatamente do Caxangá, e todos que o souberão ficarão es-candalisados, de que se.ache a policiade uma freguezia importante entregue ádirecçâo de uma autoridade que por suaparle precisa de ser policiada.

Consta-nos que similhante aconteci-mento foi levado ao conhecimento doSr. presidente da provincia ; mas atéhoje que providencias se ha tomado árespeito X Nenhuma 1 O Sr. ChicoLins continua no exercício de sna auto-ridade, e por tanto mais habilitada a re-petir factos da mesma natureza.

Parece-nos queoS Dr. chefe de po-licia não'deve tanto condescender comos mandões «Ia terra e que ao contrariodeve por sua parte reagir quanto ueces-sario seja para manter a dignidade desua posição.Depois de haver conimeitidoum crime que as leis considerão comopolicial, o Sr. Chico Lins está inliabj-litado para proseguir no exercício deuma autoridade que elle não sabe lazerrespeitar.

rior as minhas forças, tanto mais difíicilquanto tenho utn hábil contendor — oY — no Diário de Pernambuco.

E com quanto lenha consciência de nãohaver em minhas missivas avançado ne-nhuma proposição, que não seja geralmen-te sentida n'esta comarca, e quiçá em to-do Pernambudo -y não ter atacado a nin-guem e ter somente faltado em generali-dades, vejo todavia desfechar-se sobre mi-nha cabeça uma tempestade, que bem mecusta afrontar-lhe as iras. Pobre de mimque perdi o socego e a paz de espirito 1Pobre J. S. que te achas mettido em talas I

Obrigado a farejar noticias, obrigado aresponder ao Y : porém é bem feito paranão te andares mettendo em camiza de on-ze varas. Antes que dô principio a noti-ciar-lhe tudo quanto na Paciência ouvir, émister dizer duas palavras ao Sr. Y — deseis de fevereiro do corrente anno, visto co-mo exige S, S. que eu declare quaes osmandões d'esta comarca (que feliz Iem-branca !.. n'esta não cahe o mecum ) quea tem lyrannisado, e quaes os Gavalcantisprotectores do crime sob pena de vil ca-lumniador perante o publico, etc! I ! 1 1

Xúmero f

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Sim : nunca mo passou pela idéa descer apersonalidades, e nem o Diabo me tentarápor certo para este Gm, pois que macacovelho nao mette mão em combuca, e comquanto o meu illustre collega atire com osnomes de seus Ídolos para que eu os discu-ta, com tudo não lhe aceilo a luva. não sóporque gosto muito de respeitar a religiãodos outros, porque faço serviço n estesdeuses de meu illustre collega. como tam-bem porque quero deixar á S. S. o tempobastante para adora-los.

Continue, pois, a thurifera-los, e faça-lhes profundíssimas venias que no mundoé mister que ludo haja... pois que eu ficono meu posto de honra com a consciênciapura e a verdade nos lábios.

Nunca foi de minha mente, dizia eu,descer a personalidades, visto como é mui-to alheio de mim atirar-me ao campo dosconvicios e doestos, deixando essas immun-dicies para qnem gosta de chafurdar-se :essa arena não é própria de qualquer edu-cação vulgar ; e muito estigmaliso ao meuillustre collega por me querer arraslar pa-ra este campo tão immundo, que por cal-culo, e na deficiência de razões que oppo-nha á força da verdade de minhas missi-vas, me offerece, para por esta guisa meimpor silencio 3ob pena de vil calumnia-dor / neiia que mais merece o riso do des-prezo dp que as considerações, que lhe po-de prestar o homem que preza sua repula-ção e honra.

Estof publico para quem o meu illustrecollega me empraza, sabe bellamente queo matto é diabo ; sabe que no matto nãose pôde fallar com franqueza ; sabe que nomalto qualquer labaréo é um regulo, espe-cialmente n'esta comarca feudataria e cias-sica do "=- sic volo sicjubeo — e me absol-vera ua pena que ome-, me impõe «=* vilcalumniador — sem que me seja forçosolhe apresentar factos, que por certo o fa-rião emmudecer. Quanto ao processo doCutia, melhor pode o meu illustre collegadenuncia-lo ao publico, tal qual se verifi-cou a fuga, como amigo da potestadequeproduzio tal milagre ; denuncia-lo, djgo,não só ao publico, como ao promotor queé uma essência com S. S., a fim de quenão fique impune crime tão horrendo.Espero, pois, este serviço de S. S. á hu-manidode para então poder acreditar nasinceridade de suas palavras em sua supra-dita correspondência. Findo de responderao Y, rogando-lbe mais um pouco de gene-rosidade para com este seu criado, que,lendo consciência de não o ter oggredido enem insultado, não merece por certo taniodesabrimento ; mas em fim cada um dá oque tem. Seja mais cavalheiro, e não quei-ra esmagar a minha pequenhez com a forçade sua furibunda dialética, que lhe doupalavra de nüo tocar no selleiro de seuamor, nas filhas de seu bem querer, e noslouros de seus encantos, o que tudo juntoforma uma deidade sellelra cujos atlractivosaGvellados bem no extremo do rabichopõe o meu illustre collega sellado no seuamor, magnelisado, e entregue à poesia eá musica, tocando o seu violão «=» bem de-fronte da matriz — s Vamos agora ao quenos diz respeito, isto é, áquillo que me in-cumbe noticiar. Fui, meu caro amigo,á Paciência no dia em que estive mais li-vre, e contra toda a minha expectativa viuns prophetas, ou para dizer melhor, si-ganos, oecupados em advinhar o meu po-bre nome. Que birra ? Que se importãoestes meus senhores quem eu seja ! Melhorfora não se oecuparem ahi da vida alheia j

porém que digo !.. vejão como sou eu unipedaço d'asno ! reprebender e encholar osfreguezes da minha loja ! Nada : eu estougracejando, continuem, mas não mo quei-rão advinhar pois que é tempo perdido,

Eu não sou allecnm, e nem manjerona,quero dizer que não sou estas doas pessoasque os senhores supõe anlipoda uma daoutra ; anlipoda,sim,pois uma é agulha e ooutro didal sem analogia entre si ; sãodo mesmo credito porém ambos tíbios, efrouchos, que em boa linguagem quer dizermofinos. Ouvi tombem muitos dissaborescom os commandantesda guarda nacional,dissabores digo, queixas, lamentações,pro-teslos, fúrias, ameaças e... o diabo a qua-torze d'aquelles que ficarão mamados nasposturas das guardas.

Dizião elles, e com razão o dizemque, nomearão até gente do Recife paraofficiaes, gente que não mora nesta co-marca, e deixarão os velhos servidoresda alta nobreza ! Digo eu agora : bemfeito, quem os mandou ser bestas de car-gas? colhão agora os friíctòs de sna ser-vidão ; bem deverão saber que no Páori'Alho só Cavalcanti.tènha ou deixe deter as habilitações, será pessoa (hoje ) etudo mais é cousa, e nada mais. Deu-seagora um íacto bem engraçado com umtal Barbosa do Rosarinlio, e um outroBarbosa do Sipó ( Cavalcanti) e quemerece ser contado pelo meu illustrecollega o —Y„

Foi acaso: o Barbosa do Rozarinlio,porque «mandarão tirar a sua patentede ofíicial, e quando passada ella, sófaltando ser pelo presidente assignada otenente coronel que havia feito a pro-posta apparece na secretaria, e diz nãoser aquella pessoa o Barbosa proposto,mas sim o Barbosa Cavalcanti /li EntãoSr. Y, eu sou uui calumniador não ó

^assiin '! vamos ver em que fica este ne-

gocio, em outra missiva lhe darei escla-recimentos mais amplos a respeito : as-sim como também das mortes, do recru-lamento, o que agora não posso fazerpor já ir muito longo.

J. S.

RmATIV!S'.

A'S DAMAS.

( Conclusão i)

Consagramos, como se disse, umaparte das suas columnas ás damas, á se-manawào teve por único fito diverti-lascom futilidades. Testando do oroato es-terno, teve em consideração as condi-ções do seu sexo ; mas nem por isso es-quecen as necessidades do seu espirito.Podem-se facilmente alliar as preoceu-pações do toucador e os cuidados do ga-binete. Uma coisa não estorva a pptnj.jPorque não ha de sahir d'entre as dobrasdo regalo um livrinho de poesias melin-drosas \ Porque não ha de a mão, gra-ciosa, alvejando entre as rendas, menosfinas do que ella, lançar em papel perfu-mado alguns trechos sentidos, como osde Malvina ou de Mahtilde \ Porque nãoha de .uma nova Madame Cotin fazerboibulhar, com a pena, as mesmas lagri-mas que taivez faça rebantar com osolhos? Porque não lia de o coração^,

MO

lertado debaixo do espartilho, florejarfará fora em strophes, amenas ou ex-

fplendidas, maviosas ou candentes X Por-que hão de os mil mysterios do senti-mento ficar sumidos nas almas que me-llior os sabem comprehender, e nos la-bios que melhor os saberião definir? Per-tenderão acaso que o colete de barbasseja um arnez inacessível, ou que o queo toucado de plumas seja um eluio im-penetravel? Não. A cabeça cingida deflores ambem pensa, o peito ondulandoentre gazes também sente: e para q' siri-ta e pense, não é preciso arrancar as flo-res, como a Niobe. nem despadaçar as ga-zescomo a Baccante. Que a mulher fiquesempre mulher pelo coração. A formusu-ra do talento realça-se pelos apuros daprópria formosura : é uma dupla poesia,duplamente perfumada de admiração ede amor. Esta comprehendema todos 2o que nem todo spoderião comprehenderserião as veleidades viris de quem des-mentisse as exterioridades do sexo cominvasões pouco orthodoxas; o que senão comprehenderia sobretudo, seriaque o tinteiro litterario desse logo car-ta de alforria á sua proprietária, e lhepassasse dispensa geral. A essas, se ai-guma houvesse, pederia eu á Semanaque fechasse depressa a janella e muitomais depressa a porta* O culto da lor-mosnra não prejudica o espirito das for-mosas. Bem alta e sublime coisa é a re-ligiâo e tem o seu culto, e as suas poui-pas e o seu luxo também. Não perde, ga-nha com isso. Ora se as formosas, porserem formosas, não devem despresar oculto da formosura.com muito mais ra-zão as que o não forem..,. para ao me-nos o parecerem.

Se eu tivesse a sciencia de Ia Mothele Vayer, aconselharia ás damas a for-mação de uma pequena biblioteca naproporção dos cem volumes daquelle in-genboso bibliographo.v. sem excluir deliauma collecção completa do Courrier desDames Terião ahi o seu lugar os Ama-dis de GauU e os Esplandioens, para sa-tisfação dus imaginações aventurosas.Mostrar-lhes-hia asAstréas, as Polyxan-dras, as Arianas, as Cleopatras, com mr.dé Ia Calpendre. e alé as Clelias, commadamoiselle de Scudery.como os Spar-tanos tu ostra vão a embriaguez aos fi-Ihos para se acautellarem delia :indicar-lhes-hia, para modelos de delica-deza e bom gosto Zaida e a princeza deCleves; resumiria em sumuia tudo o quedesde uiadamoiselle des Jardins ale ma-dame Desbordes Valmore, o talento fe-miniüo tem produzido, ameno e suave,instruetivo e deleitoso, e para que oexemplo as inictasse apontar-lhes.-hialambem senhoras jornalistas, tão distinc-tas como madame Goméz e madoiselledeLussân, folhas variadas e agradáveis,escriptas por ellas, como as Joumées

resolvido — desejo-o com todos os votose com todas as forças da minha alma.O uleuto em flor sei eu que existe, reca-tado, timjdo e modesto, como tudo o quese receia das próprias aspirações. Seique existe e poderá ate apontar onde :receio porém offender pudibuudas sus-ceptibilidades, e prefiro npplaudilas, asflores quando ellas desabrocharem e«ifructos, como firmemente espero que hade sueceder.

J, da S. Mendes Leal.(Da Semana.)

Sobre o trabalho.

Já ninguém hoje duvida que o tra-balho é o meio único com que a Provi-dencia dotou os homens na sociedadepara satisfazerem suas necessidades,accumularem bens, e serem felizes. Ospovos que mais adiantados se achão nacarreira da civilisação conhecem istoperfeitamente ; e rivalisão entre si sobreo emprego das suas forças physicas e in-tellectuaes para obterem os prodoctosagrícolas ou fabris. -

Os governos mais esclarecidos teemtomado uma parte uctiva no desenvol-vimeuto d'esie principio fecundo : tra-ctão de proteger e honrar o trabalho,garantindo o direito de propriedade,animando a associação das intelligen-cias e dos capitães, excitando o gênioa novos inventos, preservando as industrias menos adiantadas de uma amplaconcorrência que as aniquilaria, e final-mente acabando com as classificaçõesodiosas da antiga sociedade quando otrabalho era votado ao desprezo, e aindolência ou a rapina titulos.. reeom-mendaveis' 1

Mas do grande desenvolvimento d'esteprincipio nasceu a divisão do tifabalho.N"s antigos tempos, o cultivadprédio rústico não somenteinstrumentos agrícolas, mas acava os tecidos de que elle e sua faniilia carecião : o vestuário e calçado erãoigualmente leitos em sua casa. Esta reu-oião de trabalhos difíerentes ainda hojeexiste em maior ou menor escala nas pe-quenas localidades. Nas grandes povoa-ções, porém, ou nos grandes focos deproducção fabril, a divisão do trabalhoacha=se estabelecida de maneira que umindivíduo já muitas vezes se não appli-ca a uma industria, mas a um ramo oua um trabalho especial d'ella.

A divisão do trabalho tornou-o maisproduetivo ; foi um grande passo para obem estar e civilisação das sociedades,mas por outro lado deu origem ás pre-tençõesda classe—muitas vezes difficeisde se conciliarem. Parece que as difíe-rentes insdustrias não são corpos de um

Amusantes e a Centes Nouvelles. Nesta I exercito creador, mas corpos inimigosgraciosa lição poderião ver as damas que le destruidores um dos outros. Todasa bellesa e a graça não são incompati-

iranaino.lfi- de umjazia os

ifé .'abrir

veis com a collaboração de um jornal,achando, ao mesmo passo, autoridadesque lhes jusiiflcarião e ennobrecerião astentativas:

E se fossem precisos uoaies de casa,porque lhes não citaríamos os das duasSigeas, ou de uma infante D. Maria, oude uma Paula Vicente, e os de tantas ou-trás com que ainda boja se ufanão as le-trás pátrias, como se exalta nas artes oAn, r: n\ r_ T.-,_ôí *, A il\\t A *+r> /UO UUId JOàtOd u v/uiuuo •

E não havarã ainda actualmente Si-geas, excellentes nas prendas do espiritocomo nas do corpoo, respeitáveis pelavirtude como pelo taiento X Ha. Não asconhecem, nem ellas teem quem as co-nheça, nem até agora lhes teem appare-cido o modo e o como se facão conhe-cidas — mas ha. Começarão a se-lo ? E'o problema que a Semana vai tentar re-solver, e que eu ardentemente desejo ver

fazem valer a sua importância, toda,querem favor e protecçâo: e querembem, porque favor e protecçâo lhes sãodevidos. Mas como X Deve-so por ven-tura e beneficio da industria agrícolasacrificar os interesses da industria fabrilou vice-versa ? eis a graude questão:

Assim como da divisão do trabalhoentre os indivíduos resultou consideri-;velincremento de producção e de bem estarentre as nações, assim também algunseconomistas enteüüerao que essa uivisãode trabalho se deveria esteuder ás ua-ções: que umas deverião exercer exclu-sivamente era grande escala a indastriaagrícola, em quanto outras a industriafabril; e por isso propuzerão a amplaliberdade de commercio. Este systema,na verdade bello e humanitário, e parao qual a primeira nação industrial daEuropa acaba de dar um grande passo,oão uos parece inteiramente adoptavel,

e muito menos [para as nações poucoadiantadas nas difíerentes industrias.Nem temos por conveniente que umanação essencialmente fabricante despre-ze os meios de fazer prosperar a suaagricultura, tornando a sua substanciaem grande parte dependente da abun-dancia das colheitas dos outros paizes,nem nos parece acertado q' em um paizessencialmente agrícola se desprezemos meios de fazer prosperar a sua in-dustria fabril obrigando quasi toda asua população aos trabalhos agrícolas, etrocando os excedentes do consumoiuteruo com as manufacturas estrangei-ras. A industria agrícola demanda umdeterminado numero de braços, pelamaior porte das classes interiores da so-ciedade, e não é como a industria fabrilcujo desenvolvimento e variedade deproducção podem ser infinitos com oauxilio das rnachinas. Em que se po-derão pois empregar grande numero debraços que, ou não são aptos para ostrabalhos agrigolas, ou não são uecessa-rios X E evidente que* segundo este sys-tema, adoptado sem modificação algo-ma, considerável numero de pessoasque pertencem á classe média terião deemigrar, ou de morrer á miseria.que umanação meramente agrícola se tornariaem poços aunos um aggredado de ai-deias e pequenas villas, que as cidadesficarião quasi desertas, e que a civilisa-ção retrocederia consideravelmente.

Já que não é possível que todos ospovos sejão regidos pelas mesmas leis,formando uma única familia já que asnacionalidades crearãi» interesses pecu-liares a cada paiz, é forçoso convir queos governos devein simultaneamente ani-mar todas as industrias que prometterenibom resultado.

A industria agrícola exerce uma con-sideravel influencia uo bem estar dasnações; o seu desenvolvimento trazcomsigo o emprego de grande numerode braços, e o barateamento dos gene-ros mais necessários,, á vida ; sem essedesenvolvimento nem a população aug-menta nem é possível melhorar-se acondição das classes jornaleiras. A agri-cultura tem pois direito á sollidtude dosgovernos; é innegavel que ella entrenós prosperou nestes últimos tempos ásombra das leis que a libertarão de peza-dissimos impostos e alcavalas, mas lãobem á certo que está ainda muito lougedo que pode vir a ser. O derramanentode conhecimentos agrônomos sobre processos e instrumentos mais simples eperfeitos — a construcção de pontes eestradas—a animação da industria fabrile do commercio interno são a nosso vercondições essenciaes para o desenvolvi-mento da agricultura*

Os processos e instrumentos agráriosquando mais simples e perfeitos economi-são tempo e despezas, e podem tambémconcorrer para a melhor qualidade da pro-ducção. As boas estradas, e em geral asboas vias ede communicação facilitão otransporte dos gêneros aos grandes mer-cados, barateão n'estes o 9eu custo, e a-cabão com o isolamento das povoações tãofatal á sua riqueza como á sua civilisação.A industria fabril, creando produetos ne-cessorios ao cultivador, e muitas vezes atépara a sua cultura, favorece por outro ladoa venda dos produetos agrícolas nas loca-lidades. E o commercio, tractando de co-lher das localidades o excedente do consu-mo para os grandes mercados, d'estes lbesleva o dinheiro e os gêneros que lá se pro-duzenii f

Se lançarmos os olhos sobre os princi-pães estados da Europa, veremos que emtoda a porte onde a industria e as relaçõescommerciaes prosperão a agricultura vaiem progresso, e que polo contrario estadefinha n'aquelles paizes pouco adiantadosna industria fabril, e que teem difficeismeios de communicação para o commer-

cio interno. Vemos pois a Inglaterra, aBélgica e a França serem os paizes maisbem cultivados; ao mesmo tempo que naIlespanha, na Itália e na Rusna, onde aindustria fabril eslá pouco desenvolvida, fiagricultura acha-se ainda na sua infância,não obstante, note-se bem, ser o solo daHespanlia e da Itália muito mais fértil queo da França e Inglaterra*

A influencia da industria fabril e docommercio sobre o desenvolvimento daagricultura pode ser demonstrada até aevidencia^ Figuremos uma aldeia com ter-ras fertilissimas no centro de um paiz agri-cola, e sem relações commerciaes, ou porestar muito distante dos grandes mercados,ou por se achar quasi incommunicavelcom elles por falta de estradas. Esta ai-deia não produzirá nem tractará de produ-zir senão para o sustento dos seus mora-dores.

Mas estabeleçamos n'ella uma fabrica,Ievemos-lhe quatrocentos operários, vere-mos como cada cultivador tracta de me-Ihorar as suas culturas e de obter mais doque até então alcançava,estimulado pela es-perança de poder veuder com lucro os seusproduetos. Além de que a accumulaçãodos lucros permittirá ao cultivador fazeros avanços necessários e tirar de suas ter*ras toda o partido possível. E se era lu-gar da fabrica se abrir uma boa estrada pa-ra uma cidade ou vilia marítima, ou mes-mo para algum grande mercado 110 inle-rior do paiz, vereis como o commercio iráprocurar á aldeia, até então isolada e des-conhecida, os produetos que lhe sobraremdo seu consumo locai, levando-lbe outrosde que alli carecem : e esta nova procuraterá o mesmo resultado que o estabeleci-mento da fabrica. Assim, se quereis enri-quecer um paiz agrícola, dai-lhe consumi-dores, dai-lhe fabricas, e abri n'elle boasestradas para a livre e fácil circulação dosproduetos.

Por outro lado, a industria fabril depen-de lambem muito do desenvolvimento daagricultura e do commerçju,. Aonde aagricultura prosperar, os gêneros da pri-meira necessidade serão baratos; as mate-rias primas custarão menos, os salários se-rão menores, e os operários, sendo maisrobustos, trabalharão mais. Mas sem aintervenção do commercio, a industria fa-bril não poderá uunca subir de ponto,mesmo dada a favorável circumslancia dodesenvolvimento da agricultura : os seusproduetos, quando vendidos só na locali-dade, serão incomparavelmente menos ini-porlantes do que, quando possão ser leva-dos com vantagens aos differenles merca-dos nacionaes e estrangeiros.

Finalmente o commercio para poderprosperar é indispensável que tombemprosperem a agricultura e as fabricas, por-quanto sem produetos agrícolas e fabris1180 sao possíveis as trocas, e sem boas viasde communicação lornão-se ellas mui dif-ficeis entre as differentes localidades pelaexcessiva dispeza dos transportes.

Em summa, a industria agrícola, a in-dustria fabril e a industria commercial li-gão-se intimamente como partes do mesmocorpo. Se uma vai bem, as outras prospe-rüo. se uma vai mal, u& outras soffremlambem. Estas tres industrias são igual-imente necessárias, igualmente indispensa-veis para o bem estar do paiz; e assimnão devem ser consideradas e troctadas co-mo inimigas umas das outras, mas prole-gidas com igualdade, porque todos con-correm para o grande fim da feliicdadedas nações»

Algumas providencias repressivas nos

Estados- Unidos.

Em nenhuma parte o poder da socie-dade sobre o indivíduo foi levado a tãosubido auge como em a Nova-Inglaterra.No Conoecticot havia leis para regularo lempo que era permittido demorar-sequalquer na taberna (meia hora,) o ma. fi *

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sximum que podia beber (meia canada ;)depois das nove e meia da tarde as es-talagens^e taberuas devião fechar-se.Não era permitiido aos celibatarios tercasa sem consentimento dos habitantesda communa ; nenhum pai de famíliapodia receber na sua casa um celibatariosem a mesma formalidade. — Era pro-hibido praguejar, mentir, espalhar noti-cias, e até era defeso usar do tabacosem ter auctorisação do medico, decla-rando que era por bem da saúde; e paraisso era precisa ainda em cima a licençado tribunal. Outros regulamentos sim-plesmente vedavão fumar em publico.Ainda no anno de. 1836 os magistradosde .Boston prohihirão fumar nu passeiopublico da cidade (Malt,) que é umacerca mui vasta.

Inútil é dizer que as leis das colôniasda Nova-Inglaterra erão de grande se-veridade religiosa ; todos erão obrigadose pertencer a uma igreja congregauista,e não podião obter empregos sem estacondição : os dissidentes pagavão paraas despezas do culto da igreja dominan-te. Os judeus e quakers erão banidose sujeitos a pena de morte se se appre-sentassem no território do estado. — Asleis chamadas azues de Counecticuf con-tinhão também prescripções mui curió-sas acerca de matrimônios.

Não restou d'esta legislação, que jácaducou, senão uma forte orgauisaçãomunicipal. Comtudo, ainda hoje a com-muuidade intervém algumas vezes navida privada do indivíduo, a ponto de odespojarem de direitos qne nos parecemos mais natoraes e imprescriptiveis. EmTaunton, no Mass-achusetts, em J836,dous juizes de paz prohihirão a pnbli-cação dos banhos ou denuncias para ca-samento a um homem e ã uma mulher,porque os hieturos cônjuges não tinhãomeios de subsistência depois de casados, epor .conseqüência não tinhão assaz dis-cernimento para contrahir um contractotão importante. — Estados ha em Alie-manha, oude as autoridades exerciiãoigual íiscalisação sobre os mattimo-nios,

A lei de muitos Estados vedava anti-gamente viajar ao domingo : era prbíii-bido fazer n'èssè dia cousa alguma quenão fosse de absoluta necessidade (o/Qiecessity ór metcy.) Cremos que eatalei íoi abrogada em todos os Estados semexcepção ; porém n'alguns ficou a pra-tica, e para grandíssimo numero de pes-soas viajar ao domiugo é uma grave que-bra da lei religiosa.

N'alguns Estados da Nova-Inglaterra,no Conneciicut por exemplo, e atén'alguns Estados do centro, como em aNova-Jersey, expor-se-hia a :>er retiradopela genle popular quem quizesse viajarao domingo ; por toda aparte se achainterompiilo o serviço das carruagenspublicas e das embarcações de transpor-te: Não ha circulação ao domiugo,uem mesmo entre Philadelohia e Nova-Yórk, e entre Philadelphia e Balti-more.

Os transportes dos correios parlem aodomingo, como nos mais dias, Nume-rosas petições se teem dirigido ao con-gresso a esle respeito. Os requerentespretendião que não honvesse malas deposta ao domingo, e mesmo que os res-pecüvos escriptorios estivessem fecha-dos. Comtudo forão rebatidos. Noentanto, de ires companhias dos cami-nhos de ferro que vão dar a Boston,duas não abrem a circulação ao domin-go ; esão as de Lovell e Worcester ;tal é o respeito ao habito inveterado dopovo, que prescindem dos lucros nãopequenos que lhe podião provir do trau-sito naquelle dia.

0 EMIGRADO RICO E 0 EMIGRADOPOBRE.

A seguinte anedocta é exlrahida°de umlivro muito engraçado e instructivo, escrip-to por Mr. L, B. Picard, da Academiafranceza. 0 livro chama-se Gil Braz da Re-volução : devera ser lido e meditado pormuita genle. Desde Jacob, que rebateuEsaú o direito de primogenitura por umprato de lentilhas em oceasião de fome, atéo dia de hoje ainda não mudarão os pen-samentos, palavras e obras do usurario.Quer enriquecesse no vergonhoso e arísca-do trafico da escravatura, quer enlbesou-rasse, eslirado nos molles sofás de gomma-elástica, sem outro trabalho mais que o derecolher o que os outros semearão e ceifa-rão suando suor e sangue, é sempre o ho-mem que, ainda quando o convidem parasalvar a seu pai d'um incêndio, pergunta-rá primeiro : « Com quantos por centode- desconto? » — « Tomara, dizia umd'esles, vèr todo o gênero humano bemdesgraçado... para lhe valer com o meudinheiro. » — Como porém o mal já vemmuito de trás e é quasi sem remédio, vamosao nosso conto, o qual mostra que o usu-rario, como vulgarmente se diz, nunca dáponto sem nó.

Mr. Dervilé, que fora juiz e conselheirod'um parlamento, tinha-se preparado paraemigrar desde o principio da revolução.Reduziu u dinheiro os .seus prédios rusti-cos, estabeleceu-se em Stullgard e haviafeilo especulações tão vantajosas com capi-taes que moltêranos bancos de Vienna,Londres e Hamburgo, que estava muitomais rico do que em França, onde tinhafama de ouzeneiro.

Chegou um dia a estalagem onde eu mo-rava um homem que fora soldado razo daminha companhia no principio da campa-nha. Era Mr. Darnal, ex-conselheiro domesmo parlamento a que pertencera Mr.Darvilè. Depois de ler gasto todo o seu pe-culio para poder emigrar, e de pelejar comdonodo, ia agora para Vienna, onde espe-rava valer-se de uma parenta de sua mu-lher; e como fora insigne dançante nasassembléas, fazia tençâo de dar lições dedança. Renovámos o nosso conhecimento*Mr. Darnal vinha na maior penúria, e nãosabia como havia de continuar a sua jorna-da. Conversando eu com elle, dei-lho anoticia de que eslava em Stutlnard Mr.Dervilé, o rico Mr. Dervilé.

« Que ventura ! o meu antigo colle-go I um amigo velho 1 »

Ei-los livre de cuidados ; não duvida deque Mr. Dervilé lhe acuda á pressa ; dou-lhe a morada do seu opulento collega ;corre a procura-lo.

« Ai I que é o meu presado Darnal,amigo certo e verdadeiro 1 exclama Mr.Dervilé apertoodo-o nos braços. Quem ha-via de dizer, quando nos sentávamos nascadeiras do nosso tribunal, que nos havia-mos de encontrar assim na Allemanha, am-bos deslerrrados ?»

E começou o sensível Dervilé a amaldi-coara revolução e osjacobinos, e a inqui-rir com o maior interesse o estado do seuconslanle e velho amigo. Este, commovi-do, muito esperançado, narra as suas aven-turas, explica os motivos da sua jornada aVienna, a miséria extrema em que se acha,a gratidão a que obriga tão cordeal acolhi-mento, e por fim abalança-se a pedir em-prestados vinte e cinco luizes, declarandonão poder dar em penhor senão a sua pa-lavra e as «mus esperanças. Em quanto is-to dizia, tinha Mn Dervilé posto os olhosno céu; chegarão-lhe a correr as lagrimas;cortou o üiscurso oo conega coíd eseiOiiin-ções que ainda continuavão depois de Mr.Darnal se ter calado.

—« Valha-me o céul um conselheiro doparlamento obrigado a andar de espingar-da ás costas Ique desacato 1 corta o cora-ção ! E agora vai para Vienna implorar aa compaixão d'uma parenta ? »

—« Que remédio tenho eul »—« E faz lenção de dar por lá lições de

dança? »

« Sim.«*¦ « lirn magistrado antigo í obrigado a

andar ern cata de bilhetes de lições de dan-ça 1 E esta no maior aperto por não podercontinuar a jornada!»« Sim: »

« E queria que lhe emprestasse viu-e cinco luizes ? »

« Sim, aeisceníos francos.« E não me pode dar outra hypolhc-

ca senão esperança e a sua palavra ? »« Nada mais; »« Oh ! eu não duvido de que o meu

amigo, se acaso se viesse algum dia n'umestado mais prospero, correira logo a pa-gar-me: Aqui tem, todavia, a que está re-duzida uma multidão de fidalgos, de ma-gistrados, de prelados, de abbades, de pes-soas decentes, que se virão constrangidas adeixar os seus palácios, os seus tribunaes,ou as suas dioceses. Tome lá, veja, leia,'meu caro amigo, meu presado collega,corra os olhos comigo por cima d'esta listaque provera a Deus não fosse authenlica.»

Dixendo isto abriu uma secretaria e ti-rou um canhenho, cujo titulo dou a lôr aMr. Darnal; 0 titulo dia assim : Lista dosenfelizes emigrados que vierão valer-se doconselheiro Dervilé.

« Veja, veja, meu querido amigo ;começão os pedidos em 4791; veja: o con-selheiro Je... mil escudos ; o senhor bispode.,, quatro mil francos; o senhor duquede... seis mil francos; o senhor marquezde..; mil e duzentos francos; e vai por abifora... Tome sentido, vá vendo, vá vendo:os nomes mais illuslres da França 1 obri-gados a pedirem emprestadas umas quan-tias insignificantes, como se fossem ahi unspobres fieis de feitos.

Mr. Darnal sentia-se desopprimido deum peso ; admirava o gênio serviçal e aprodigalidade bemfazeja do desinteressadoMr. Dervilé, a quem tinhão ousado aceu-sar de avárento e usurario, e principiava adirigir-llie os mais vivos e sinceros agrade-cimenloi

«rçkpere ; veja a somma, disse-lheDervilé ;«oventa e oito mil e quatrocentosfrancos ;{sim, senhor, noventa e oito mil equatrocentos francos. Que tal I amigo docoração, aceresceniou elle, pegando de no-vo nas mãos de Mr. Darnal ; sempre queroque me diga oque seria feito de mim se eutivesse emprestado aos meus queridos com-patrícios a somma de noventa e oito mile quairoceníos francos. Doeu-nie n'aimanão os soecorrer, e pareceu-me convenieu-te tomar nota dos seus pedidos para mepremunir, para me armar contra as fra-quezas do meu coração, contra os conse-lhos imprudentes da minha compaixão, os-sim como cá vou tomar nota do seu, queleva a totalidade á conta redonda de noven-Ia e nove mil francos. »

0 infeliz Darnal ficou aterrado. Levan-lou-se em quanto Mr. Dervilé escrevia, elançando-lho um olhar de indignação, dei-xou-o sem dizer palavra:

—• Disso um celebre naturalista queos animaes mais perfeitos são muito in-feriores ao homem nas faculdades intel-lectuaes; e a pesar disso ó certo que asua iutelligencia realisa operações domesmo geoeromovem-se em resultadodas sensações que recebem, são suscep-tiveis de afíeições duradouras adquirempela experiência um certo conhecimentodas cousas, conforme o qual procedem,indepeudentimente da dor ou praser queexperimentão no próprio momento, e

expressão das suas sensações de mo-mento, porém o homem et-isiua-llies aeòmpreheudèr uma linguagem maiscomplicada por meio da qual lhes dáa conhecer a sua vontade e os leva acumpr-la.

Poderíamos citar mil exemplos emapoio desta asserção ; bastará porém quenarremos um facto que presenciamos hadias. Um habitante desta cidade (Ma-drid) tinha um cão em cuja educaçãoconsumiu muitas horas, porém diça-se averdade, o discípulo faz honra ao mes-ire; o cão serve-lhe de creado. E'sol-teiro, e unicamente tem uma mulheridosa que o serve ; Buli, tal é o nome docão serve lhe á mesa faz recados, exer-ce o encargo de porteiro, escreve o seunome com letras moveis, conhece osnomes dos amigos do seu dono, é peritonagjmnasíica, escolhe entre vários me-taes o do maior valor, toca diversos ins-tnimentos, e finalmente responde porgestos, gritos e movimentos ás per<*un-tas que se lhe dirijão.

(Exlr.)

)edido.cação a j

Ei-lo o tygre infernal, o ty»re ousadoDo sangue Goiannense ornais sedentoEi Io o gênio do chaus, gênio cruentoRegulo sem igual, monstro damnado.

Miserável, mim, podre, satadoEntre os podres reptis o mais nogentoNa ordem cios baxás quer ter assentoQuer a c'roa cingir de excommungado.

Das leis zombando em sua autoridade?ordous vis instrumentos comprehendidoVai com força ferindo a humanidade.

Oh ! que fado p'ra nós escurecido !Nos vermos dependentes da vontadeDe um mísero sandeo.de um vil bandido!!

PorJ.N. R. C.

JHíitArAí

Na poesia publicada nonj 703, em vezde—Que dor sobre o leito dos grandes,— leia-se — Que dormir sobre o leitodos grandes.

miW.ufragSa3aS3r.SB? "^SiamsamaítSixSi í,^.^<a^m 8S6B3B>

CIO.¦TINI I.U.I.IT«Mil «EHJSs

au urwrvuvjy «o CuijogüuciK:ias, AT _ _J.NU es-tado doméstico conhecem a subordina-ção, sabem que aquelle que os castigapode livremente usar desse direito, to-mando na sua presença um ar suppli-cante quando se reconhecem culpados,ou quando o vêem agastado. A perfei-çoão-se ou corrompem-se na sociedadedo homem, são susceptíveis de emula-ção ou ciúme, usão entre si uma lin-guageui natural que é na verdade a

ALFÂNDEGA.

Rendimento do dia A a 45 469:500$464Dito do dia 46 I5:475$260

Somma 484:675^260

CONSULADO GERAL:

Rendimento do dia 4 a 45 46:564#886Dito do dia 46 6:808#242

Somma 55:575^098

DIVERSAS PROVÍNCIAS.

Rendimento do dia 4 a 45Dito do dia 46

Somma

o.Hfva ttninr.

527^429

5:077^572

jgjgBg! pPW^^^^^^^^B^^^BWgEDITAL.

Pela inspeciona da alfândega se fazpublico, qne hoje (17J do corrente, de-pois do meio dia se hão de arrematar emhasta publica a porta da mesma reparti-

IIHM0__L_jp_ «c&mam "MÈÊT-. ... r\'!"*!mmaàÉÉà

s;-.

,§3»^^

ção 22 caixas de pinho yasi.as que con-tinhão castanhas arruinadas, vindas deLisboa uo brigue portuguez Laia se-gundo; a 200 rs„ total 4#409 rs., abati-donadas aos direitos por José da CostaAmorim, sendo a arremntação livre dedireitos ao*arrematante.

Allandega de Pernambuco, 15 de Fe-vereiro de 1855. ¦— O inspector, BentoJosé Fernandes Barros*

mmmãmSãmm

AVISO MARÍTIMO.

Para o Rio da Prata seguirá dentroem poucos dias a barca brasileira Florde Oliveira, quem nella quizer carregaipode dirigir-se ao escriptorio de viuvaAmorim & Filhos, na rna da Cruz ti. 45jim -—

. — - —.¦ ¦ . ......

AVISOS DIVERSOS.Precisa-se de um homem yue tenha

pouca familia ou nenhuma, e que estejahabilitado para ensinar alguns prepara-toríos perto da praça : a tratar na rua daGloria n. 70.

da tVegaezià de S. José, com tres pesca-dores, sendo um escravo de nome Tlieo-doro, crioulo de Pedro Antônio TeixeiraGuimarães, e dois homens livres os quaesaportarão na praia de Tambaú Provinciada Parahiba,' e dalli remetterão peixe adona da jangada, mandando dizer queaté sabbàdo dessa semana vinhão, sãopassados dois sàbbados sem que tenbaòapparecidoi roga-se, portanto asautori-dades marítimas a captura destes indivi-duos e jangada, e facão constar ao donodo escravo ou a dona da jangada, na ri-beira da cidade do Recife.

Vende-se um sitio na estrada de Joãode Barros, confronte ao bécco do espi-nbeiro com 100 palmos de frente, e im-menso comprimento, com casa e bastan-tes Iructeiras, sendo dito sitio foreiro;quem pretender dirija-se a rna do Ara-gão n. 35, que achará com quem tratar

KlMEDIO"lNCOMPAMVÉLr~"

DO

JLU i Jafiiit.¦i

DO

SENPIOR BOM JESUS DOS

MARTYR.ÍOS.

AOS 5:000?), 2:000?) E J:000?>.

O cautelista Salustiano de AquinoFerreira avisa ao respeitável publico,qne a referida loteria corre indubitavel-mente no dia 24 do corrente mez. Osseus bilhetes e cautéllas não soffrem odesconto de 8 por cento do imposto ge-vai nos tres primeiros prêmios grandes.Achão-se á venda nas suas lojas : ruada cadêa do Recife n. 24 e 45, na Pra-ça dá Independência, ri'. 37 e 39; rna doLivramento u. 22 ; rua Nova n. 16; ruado Queimado n. 39 e 44, e rua'do Ca-bugá n, 1J.Bilhetes 5$500 recebe por inteiro 5:Meios 2#S00 » » » 2:5'

Achão-se á venda ainda um resto debilhetes da loteria 1.- da Gloria, as listasvem no vapor Guanabara, a 17 ou 18 docorrente Os prêmios são pagos á vistasem desconto algum, logo quesedistri-buão as mesmas listas.

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COMPRA.Compra-se duas casas térreas, ua rua

das Cruzes n. 30.

Quartos 1^440 1:250^Oitavos 720 6250Décimos 600 5000Vigésimos 320 2500

VENDAS.

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carros, livre de despeza : os preços sãoos mais commodos.

Vende-se rape superior de variasqualidades: Lisboa, Paulo Cordeiro,Gasse, grosso, meio grosso, Prioceza doRio; na Praça da Independência ti. 3.

Vende-se a coclieiro da rua da Florinti-na com 50 a 40 Cavallos 5 carros todos embom estado : também vende um ou douscarros ou os Cavallos que quizerem a tra-tar no rua do Caburjá loja de ourives n, 7,de Vicente de Paula Oliveira Vilai-Boa.PECHINCHA.

'No loja n. -17 da rua do Qb(e'fcad6 ao

pé da botica, vende-se cortes 'e case-mira preta fina pelo barato preço de6$)000 rs. cada umPARA^AS^SENHORÃ^DÊ^IÍÕM

GOSTO.

COMPANHIA PERNAMBUCANADE VAPORES.

O conselho de direcção previne aospoocos Srss accionistas que ainda nãofizerão a entrada da tercera prestação de15 por cento, pedida desde o dia 30 domez de dezembro p. p., que hajão de sa-tisfazela até 20 do corrente para nãoincorrerem nas penas impostas pelos es-,tatutos. O encarregado dos recebimentosó o Sr. F. Còulòu, na ma da Cruz n. 26

O cautelista Antônio José Rodriguesde Souza Júnior avisa ao respèilatel pu-blico qne tem resolvido vender daqui pordiante as suas cautéllas e bilhetes aospreços abaixo declarados obrigando-se apagar sem desconto dos oito por cento dalei os prêmios grandes que seus ditos bi-lhetes e cautéllas obtiverem.Bilhetes 5'.f)500 recebe 5:000Í>000Meios 2j)800 2:500f)000Quartos 1?440 1:250 $0.0.0Oitavos 720 62S|)00ÔDécimos 600 500f)000Vigésimos 320 250j)000

E por isso acaba de expor á venda nasMM Cl O UV.' tuoi II UJV. f*o COMO IllJ.nOfrtb t\ *i •• ;¦»

íellas da 1.' parte da lv loteria a Uebe.fi-cio da igreja dos Martyrios, cujas rodasandaráõ a 24 do presente mez.

íí* e gaum escravo.

Saliio deste porto em dias do mez pas-sado janeiro, uma jangada com marcaua vela Q n, 26 pertencente a estação

A 8$)000 o corte, vende-se na.rua doQueimado, loja n. 17, ao pé da botica,os modernos cortes de vestidos de tarla-tana de seda com quadros de lindos de-zenhos com oito varas e meia, pelo ba-ato preço de 8$)000 rs,

UNGUENTO HOLLOWAjYi

Milhares d-mdividuos de todas as nações podem 5testemunhar as virtudes deste remédio incompára-ve/, e provar, cm caso necessário, que, pelo uso quedelle fizerão, tem seu corpo c membros inteiramentesãos, depois de haver empregado inutilmente outrostratamentos. Cada pessoa poder-sc-ha convencerdessas curas maravilhosas pela leitura dos periodi-cos, que lh'as rclatão todos os dias lia muitos annos;e, a maior parte dellas são tão surprendentes queadmirão os médicos mais celebres. Quantas pessoasrecobrarão com este soberano remédio o uso de seusbraços e pernas, depois dc ter permanecido longotempo nos hospitacs, onde devião solirer a amputa-ção ! Dellas ha muitas que havendo deixado essesasylos de padecimento, para se não submctlerem aessa operação dolorosa, forão curadas completaincn-te, mediante o uso desse precioso remédio. Algu-mas das taes pessoas,na efusão de seu reconhecimento,declararão estes resultados benéficos diante do lordcorregidor, e outros magistrados dc Londres, a fimdc mais authcnticarcm sua aílirmativa.

Ninguém desesperaria do estado de sua saude setivesse bastante, confiança para ensaiar este remédioconstantemento, seguindo algum tempo o tratamentoque necessitasse a natureza do mal, cujo resultadoseria provar inconlestavelmentc: que tudo cuha !O unguento é útil, mas particularmente nos se-

guintes casos .Alporcas.Gaimbras.Callos.Cancercs.Çòrtaduras.Dores dc cabeça.

das costas.dos membros.

Enfermidades da cutis cm Queimadclas.geral. Sarna.Enfermidades do ânus. Supuraçôcs pútridas.Erupções escorbuticas. Tinha cm qualquer parteFislúlas no obdomen. • que seja. , . .._^. .

Friakladcou falta dc calor Tremor de nervos.nas extremidades Ulccras na boca.

Fileiras. — do figadoGengivas escaldadas. — das articulações.Inchaçõcs. Veias torcidas, ou nodadasInílammação no figado. nas pernas.— da bexiga.

Yendc-sc este unguento no estabelecimento ger-de Londres, %íí, Slrand, e na loja de todos os hoti-carios, drogüistas c outras pessoas encarregadas desua venda em toda a America do Sul, Havana e lies-panha.

As bocetas vendem-se a 800 réis. Cada bocetacontém uma instrucção cm portuguez para explicar o

Inílammação da matiz.Lepra.Males das pernas.dos peitos.de olhos.Mordeduras de reptis.Pirjadurás de mosquitos.Pulmões.

DEPOSITO DE MACH1NASNA RUA DO BRUM.

C. STARR & C. annuueião, que pa-ra commodo de seus numerosos iregue-zes, e do publico em geral, tem estabe-lecido em um dos armazéns do Sr. Mes-quita na rua do Brum uni deposito dernachinas construídas na sua fundiçãod'Aurora. Ali acharão os comprado-res um completo sortimento de moen-das com todos os melhoramentos, quea experiência de muitos annos tem mos-trado aos fabricantes ; rnachinas de va-por de baixa e alta pressão, taixas deferro batido e fundido ; carros de mão,ditos para conduzir formas d'assucar,rnachinas para moer mandioca ; pren-sas para óleo de mamona ; arados deferro das mais approvadas cpnstrucções,e uma infinidade de outras obras de fer-ro, que é inútil enumerar. No mesmodeposito existe uma pessoa inteiligente,e habilitada para receber todas as en-commendas, que C. Starr& C, contan-do com a perícia deseus officiaes, secompromettem a fazer executar com amaior presteza, perfeição, e exactá con-tormidade com os modelos, ou instruo-ções qne lhes forem dadas^nõva~orleans"de^êda

a 400 rs. o covado.

Vende-se orleans com listras de sedapelo barato preço de 400 rs, cada cova-do na loja de Faria & Lopes, rua doQueimado n. 17.Ç_________________a&&___Wfeg___\

NOVAS ALPACAS A 500 RS.O COVADO !!

Vendem-se na ma do Queimado lojan. 17 de Faria & Lopes, alpacas de se-da de quadros de novos e lindos dese-nhospélo barato preço de 500 rs. cadacovado a dinheiro á vista.

a 4,00© k§. o corte.

Vende-se riscados Warsovianos dequadros fazenda novri e muito fina, imi-tando ú seda escoceza vindos pelo ultimonavio de Hamburgo, com 13 \\2 cova-dos pelo barato preço de 4$)GG0 cadacorte na loja de Faria & Lopes, rna doQueimado u. 17.

Vende-se farinha de mandioca muitosuperior, a 3j).5G0 rs, a sacca, no arma-zem de Luiz yutonio Atines JaeònVe, eno de José Joaquim Pereira de Mello,no caez d'üllandeí>a, e em porção no

• r . i* I f\cscripiuiiü ue Arsnaga ^6 jjryan, na rnado Trapiche Novo, n. 6 segundo andar.MELPOMENE DE LA' DE QUA-

DROSA400 RS. O COVADO 1!Vende-se para fechar contas na loja

ds Faria & Lopes, rua do Queimado n.17, a lazeniia nova com o nome de Mel-pomenedelã de quadro ao gosto escocezpróprio para ropões e vestidos de senho-ra, pelo barato preço de 400 rs, o cova-do,

modo dc fazer uso deste unguento.O deposito geral é em casa do senhro J. Souin

Pharmaceutico; ¦

mchamWpWeWeIíõ;NA FÜNDIÇA'0 DE FERRO DO ENGE-

NHEIRO DAV1D W. BOWMAN, NARUA DO BRÜM, PASSANDO O CHA-FARIZ

ha sempre um grande sortimento dos se-guintes objectos de macliinismos própriospara engenhos, a saber: moendas emeiasmoendas da mais moderna coustrucção,taixas de ferro lundido e batido, de su-perior qualidade, e de todo os tamanhos,rodas dentadas para água ou animaesde todas as proporções ; crivos e bocea,de fornalha e registros de boeiros, agui-IhÕes, bronzes paraíuzos e cavilhões,moinhos de mandioca, etc. etc,

NA MESMA FUNDIÇÃOseexectuão todas as encommendas coma'superioridade já conhecida, e com adevida presteza e commcdidade donronnl"~vr '

TAIXAS DE FERRO.Na fundição d'Auiora em Santo

Amaro e também no DEPOSITO narua do Brum logo na entrada, e defron-te do arsenal de marinha lia sempre umgrande sortimento de taixas tanto de fa-lírica nacional, como a estrangeira, bati-das, fundidas, grandes, pequenas, razase

ESCRAVO» FL1GIDO»100,000 rs. de gratificação.

Fugio no dia 8 de setembro de 4854,o escravo crioulo de nome Antônio, corfula, representa ter 30 a 35 annos pou-co mais ou menos, é muito ladino, cos-tuma trocar o nume, e intitular-se forro,e quando se Vê perseguido diz que édesertor, foi escravo de Antônio José deSanta Anna, morador tio engenho Cuité,na comarca de S. Antão do poder dequem fugio, e sendo capturado e reco-Ihido a cadeia desta cidade, com o nomede Pedro Seieno, em 9 de agosto foi ahiembargado por execução de José Diasda Silva Guimarães, e ultimamente arre-matado em praça publica do juizo dasegunda vara desta cidade em 30 domesmo mez pelo abaixo assgnado ; sosignaes são os seguintes: idade 30 a 35annos, estatura regular, cabellos pretose carapinhados, cor amtilatada, olhos es-curos, nariz grande e.grosso, beiços gros-sos, o semblante fechado, bem barbadocom todos os dentes na frente : roga-seas autoridades policiaes, capitães de cam-jos pessoas paniurlares o apprehendão

o mandem nesta praça do Recife na ni»'larga do Rosário n. 24, que receberá agratificação acima, e. protesta usar con-tra quem o tiver em seu poder.'

Manoel de Almeida Lopes.Fugio do engenho Utiaquioha

na noite do dia 12 do corren-te, um escravo crioulo de no-me Leandio. alto. cheio do

corpo, pés e mãos grandes, nariz chato,côr meia lula, olhos um tanro vesgos;levou camisa de baeta .< roga-se aos capi-tães de campo ou qualquer pessoa do po-vo que o apprehendão e levem ao mes-mo engenho, ou na rua Direita, n. 3, queserá generosamente gratificado.

laKív*-/

e em ambos os lugares exis-fundastem guindastes para carregar canoas ou

PERNAMBUCO « TYP. NACIONAL,

Rua do Collegio n, Ah,

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