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www.bancariosbahia.org.br bancariosbahia bancariosbahia Filiado à O BANCÁRIO O único jornal diário dos movimentos sociais no país DIA DO BANCÁRIO 28 DE AGOSTO Edição Diária 7282 | Salvador, de 25.08.2017 a 27.08.2017 Presidente Augusto Vasconcelos CORRIDA DOS BANCÁRIOS Congresso da CTB debate o combate ao neoliberalismo Página 3 Domingo, todos os caminhos levam ao Parque Costa Azul, onde acontece a largada da 21ª Corrida dos Bancários, às 7h. O evento é parte das comemorações do Dia do Bancário, em 28 de agosto. É preparar as pernas e correr. Página 4 Pernas para quê te quero JOÃO UBALDO - ARQUIVO Presidente da CTB, Adilson Araújo, condena as reformas neoliberais de Temer A 21ª Corrida dos Bancários, domingo, tem oito quilômetros de percurso. Largada é no Parque Costa Azul MANOEL PORTO

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Page 1: CORRIDA DOS BANCÁRIOS Pernas para quê te quero€¦ · de Amparo ao Trabalhador), o seguro desemprego e o PIS. Sem falar na área de crédito habita-cional, onde o banco responde

www.bancariosbahia.org.br bancariosbahia bancariosbahia

Filiado à

O BANCÁRIOO único jornal diário dos movimentos sociais no país

DIA DO BANCÁRIO 28 DE AGOSTO

Edição Diária 7282 | Salvador, de 25.08.2017 a 27.08.2017 Presidente Augusto Vasconcelos

CORRIDA DOS BANCÁRIOS

Congresso da CTB debate o combate ao neoliberalismoPágina 3

Domingo, todos os caminhos levam ao Parque Costa Azul, onde acontece a largada da 21ª Corrida dos Bancários, às 7h. O evento é parte das comemorações do Dia do Bancário, em 28 de agosto. É preparar as pernas e correr. Página 4

Pernas para quê te querojoão ubaldo - arquivo

Presidente da CTB, Adilson Araújo, condena as reformas neoliberais de Temer

A 21ª Corrida dos Bancários, domingo, tem oito quilômetros de percurso. Largada é no Parque Costa Azul

manoel porto

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o bancário• www.bancariosbahia.org.br Salvador, de 25.08.2017 a 27.08.20172 DESMONTE

Governo sucateia a instituição para entregar ao capitalrOSe [email protected]

joão ubaldo

Fundado em 30 de outubro de 1939. Edição diária desde 1º de dezembro de 1989 Fundado em 4 de fevereiro de 1933

O BANCÁRIO

Em proteção à Caixa

informativo do Sindicato dos Bancários da Bahia. editado e publicado sob a responsabilidade da diretoria da entidade - Presidente: Augusto Vasconcelos. Diretor de imprensa e Comunicação: Adelmo Andrade.endereço: Avenida Sete de Setembro, 1.001, mercês, Centro, Salvador-Bahia. CeP: 40.060-000 - Fone: (71) 3329-2333 - Fax: 3329-2309 - www.bancariosbahia.org.br - [email protected] responsável: rogaciano medeiros - reg. mTe 879 DrT-BA. Chefe de reportagem: rose Lima - reg. mTe 4645 DrT-BA. repórteres: Ana Beatriz Leal - reg. mTe 4590 DrT-BA e rafael Barreto - reg. SrTe-BA 4863. Estagiária em jornalismo: Bárbara Aguiar e Felipe Iruatã . Projeto gráfico: Márcio Lima. Diagramação: André Pitombo. Impressão: Muttigraf. Tiragem: 10 mil exemplares. Os textos assinados são de inteira responsabilidade dos autores.

TEMAS & DEBATES

O pai dos pobres

Jerônimo da Silva Júnior*

Em 24 de agosto de 1954 o povo saiu nas ruas das principais cidades do país, logo após o anúncio nas rá-dios do suicídio de Getú-lio Vargas - o "pai dos po-bres". A reação popular foi de ocupar as ruas em bus-ca de vingar os "culpados" pelo fim trágico do presi-dente que mais tempo ficou no cargo na história da Re-pública.

Aqueles que tramavam derrubar o governo, des-te 1950, passaram a condi-ção de assassinos ou inimi-gos do povo. Sede de jornais opositores, bancas de jor-nais, sede da UDN, e até a sede do partido comunista, que nesse momento fazia uma oposição à esquerda ao governo Vargas, não esca-param da reação popular e foram atacadas.

O ato do presidente de retirar sua própria vida, conjugado com a reação po-pular, retardou por 10 anos o golpe civil-militar que já vinha sendo tramado pe-las elites conservadoras e só consumado em 1964.

Vivemos um novo golpe onde de novo as elites, com a mesma matriz daquela da década de 50, construíram um golpe midiático-jurídi-co-parlamentar para enter-rar de uma vez por todas os direitos conquistados nos últimos 70 anos.

O legado Getulista, de um estado indutor do de-senvolvimento e garantidor de direitos permanecerá vivo na luta e na resistência do povo, por melhores dias e por uma nova constituin-te que refunda a República.

Fora Temer e eleições ge-rais já!

*Jerônimo da Silva Júnior é Se-cretário estadual de Combate ao racismo da CTB-BA e Diretor do Sindicato dos Bancários da Bahia.Texto com, no máximo, 1.900 caracteres

OS EMpREGADOS da Caixa intensificam as ações em defesa do banco e fazem um alerta à sociedade. Sem alarde, o gover-no Temer está acabando com a instituição financeira com a pri-vatização de setores, redução do quadro de pessoal e ainda pla-

nejando fechar agências. Pelo menos 100 unidades podem ser extintas muito em breve.

O desmonte prejudica toda a sociedade. Presente em todos os municípios do país com 57 mil pontos de atendimento e 3.412 unidades, a Caixa é essencial para a retomada do crescimen-to. Em 2016, o banco, sozinho, injetou R$ 732,7 bilhões na eco-nomia através de contratações de crédito, operações de bene-fícios sociais e de transferência de renda, como o Bolsa Família.

A Caixa ainda é responsável

por administrar o FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador), o seguro desemprego e o PIS. Sem falar na área de crédito habita-cional, onde o banco responde por 67% deste filão do mercado. Mas, tudo isso está acabando.

O governo Temer reduziu o percentual dos empréstimos para milhões de brasileiros re-alizarem o sonho da casa pró-pria, inclusive do Minha Casa, Minha Vida. A Lotex, que no ano passado destinou R$ 6 bi-lhões para programas sociais, como o Fies, será vendida.

milhares de empregados

deixaram a Caixa. O resultado

são agências superlotadas e bancários

exautos. Loucura

A CATEGORIA conquista uma grande vitória. Em reunião, on-tem, com o Comando Nacional dos Bancários, a Fenaban fi-nalmente aceitou a criação dos centros de realocação e requa-lificação profissional, uma rei-vindicação antiga que inclusive

Bancários conquistam centros de requalificaçãoficou pendente no Acordo Cole-tivo do ano passado.

A formatação dos centros de requalificação será definida pe-las representações dos trabalha-dores com as direções de cada banco. Trata-se de um significa-tivo avanço diante do contexto

de reestruturação e desmanche, no qual trabalhadores têm sido realocados e agências fechadas.

O Comando rejeitou as alte-rações nas cláusulas 37 (moni-toramento de resultados) e 65 (adiantamento emergencial de salários nos períodos transitó-rios de afastamento por doen-ça). Ambas não voltarão à mesa de negociações neste ano.

Além das pautas debatidas, foi conversado e entregue um ofício sobre a antecipação da primeira parcela da PLR (Par-ticipação dos Lucros ou Resul-tados). O diretor da Federação da Bahia e Sergipe, Hermelino Neto, participou da reunião com a Fenaban. Comando e Fenaban chegam a consenso sobre centros de requalificação

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o bancáriowww.bancariosbahia.org.br • Salvador, de 25.08.2017 a 27.08.2017 3CONGRESSO DA CTB

Delegados de diversos países traçam estratégias de luta contra o neoliberalismoAnA BeATriz LeAL [email protected]

dado galderi - bloomberg

manoel porto

Caminhos para vencer a crise

Brasileiro sofre com desempregoA AGENDA neoliberal imposta pelo gover-no Temer faz a economia nacional desandar ainda mais. A recessão interfere drastica-mente na vida do trabalhador. Mas, o que está ruim, deve piorar. Pelo menos, até 2022.

A taxa de desemprego deve levar cerca de cinco anos para voltar ao nível pré-cri-se, ou seja, cair para 6,5% como verificado em 2014. Antes, no entanto, ainda vai su-bir dois pontos percentuais, o que significa mais gente desempregada no país. A esti-mativa é do banco Credit Suisse.

No segundo trimestre deste ano, o índice de desempregados no Brasil ficou em 13%. A cada 100 brasileiros interessados em tra-balhar, 13 não conseguem se ocupar. A po-lítica neoliberal contribui para os números.

Para que a taxa de desemprego volte aos níveis de 2014, são necessários 34 semestres, com alta de 2% da economia a partir de 2018.

Temer reverte progresso em desmonteFINANCIADO pelas elites e pelo sistema financeiro, o governo Temer completa um ano com o desmonte das conquistas dos governos Lula e Dilma. Desde o impeach-ment, grande parte dos progressos foram revertidos. A começar pelo emprego. A taxa de desemprego saiu de 4,3% para 13%.

A política de valorização do salário, que elevou o mínimo em 77% desde 2003,

neoliberalismo e as desigualdadesA FORMA como o neoliberalismo interfere de maneira negativa nas condições de tra-balho do mundo e a luta para enfrentar o cenário de retrocesso foram amplamente debatidos durante o debate A crise capita-lista e os impactos no mundo do trabalho.

A mesa fez parte do Seminário Interna-cional, ocorrido ontem, dentro da progra-mação do 4º Congresso Nacional da CTB.

Enquanto o capital estiver movimen-tando a engrenagem política, as grandes empresas continuarão regendo o mundo. Disse o membro da central portuguesa CGTP-IN, José Carlos Correia Martins. Ele

iniciou o coro pelo “Fora Temer” e destacou a importância de os países mostrarem soli-dariedade à Venezuela.

também acabou. Na educação, enquanto os governos Lula e Dilma criaram 18 uni-versidades federais, 173 campi e 400 novos institutos e disponibilizaram 93 mil bol-sas no Ciência sem Fronteiras, o governo Temer congelou os investimentos públi-cos por 20 anos e encerrou o Ciência sem Fronteiras. Ainda cortou em 44% o orça-mento destinado às universidades.

A pROFuNDA instabilidade política exige que os trabalhadores apontem caminhos para reverter a situação. É a essência da fala do presidente da CTB, Adilson Araújo, du-rante a abertura dos trabalhos do congresso nacional da central. Os impactos da grave conjuntura política e econômica do país e os desafios do sindicalismo para alterar a cor-relação de forças foram abordados, ontem, durante o Seminário Internacional “A crise econômica mundial e o mundo do trabalho”.

O seminário celebra os 10 anos da Cen-tral, que representa mais de 1.200 sindicatos.

"Vamos analisar os efeitos da grave crise in-ternacional, compreendendo a importância do momento em que o país vive”, disse.

O diretor da OIT Brasil, Peter Poschen, fez uma explanação sobre a crise e o mercado de trabalho. O dirigente mostrou que o emprego no Brasil despencou. Ao mesmo tempo, a ro-tatividade e a informalidade cresceram, assim como a desigualdade de gênero e raça.

O assessor da CTB Sérgio Barroso fez

um histórico sobre a revolução industrial, sob uma perspectiva marxista, que ampliou os monopólios. Segundo ele, o capitalismo levou à nova forma de acumulação do capi-tal, em detrimento do trabalho.

O membro da CGTP-IN, Augusto Pra-ça, ressaltou que as empresas, que visam o aumento da lucratividade, reduzem os cus-tos com pessoal para aumentar os ganhos e substituem os homens por máquinas.

Congresso nacional da CTB debate crise e o futuro do trabalho. evento prossegue até sábado

em debate, ações para derrotar o neoliberalismo

Brasil tem quase 14 milhões de desempregados

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o bancário• www.bancariosbahia.org.br Salvador, de 25.08.2017 a 27.08.20174

SAQuE

CORRIDA DOS BANCÁRIOS

Prova é parte da comemoração do dia 28 de agostoreDAçã[email protected]

Sucesso certo

AGORA é pra valer. Parte da programação do Dia do Ban-cário, comemorado em 28 de agosto, a 21ª Corrida acontece domingo e promete fortes emo-ções na disputa pelo lugar mais alto do pódio. A largada é im-preterivelmente às 7h, do Par-que Costa Azul.

Mais de 1 mil atletas parti-cipam da prova, que tem oito quilômetros. Quem correu no ano passado conhece. A saída é do Parque Costa Azul, passa por um trecho da orla e entra na

avenida Magalhães Neto para fazer o último retorno. Os cor-redores passam novamente pelo retorno do colégio Integral e fi-nalizam no Costa Azul.

Os bancários sindicalizados correm em nove categorias e as bancárias, em quatro. O públi-co externo é dividido em cinco grupos, masculino e feminino. Os três primeiros colocados de cada categoria ganham prêmio.

Toda a estrutura foi pensada para garantir uma corrida tran-quila entre os participantes. Muitos serviços serão ofereci-dos, como massoterapia, postos de hidratação e espaço de re-creação infantil para que os pa-pais e mamães atletas possam se concentrar totalmente na pro-va. Um super lanche também será distribuído.

Financiários atentos à reforma trabalhistaApESAR do acordo de dois anos garantir direitos, os finan-ciários estão atentos aos perigos da lei trabalhista, aprovada em julho deste ano e que deve en-trar em vigor em novembro.

Ao todo, 36 artigos da con-venção coletiva da categoria podem ser impactados negati-vamente pela nova legislação trabalhista imposta pelo gover-no de Michel Temer. Outros 17 ficam ameaçados.

Mas, assim como os bancá-rios, os financiários já come-çaram a pressionar a Fenacrefi (Federação das Instituições de Crédito) pela manutenção das conquistas. Um documento foi redigido pelos trabalhadores e será entregue à entidade, co-brando a garantia de direitos já conquistados e a reafirmação do compromisso da Federação com a convenção coletiva até maio de 2018.

RECORDE Enquanto muitos outros aguardam há bastante tempo, o processo do tríplex do Guarujá (SP) contra o ex-presidente Lula só precisou de menos de 7 horas para o relator, desembargador João Pedro Gebran Neto, dar despacho para intimar a defesa. Tempo recorde no TRF4. A pressa, como diz o jornalista Luís Nassif, já denuncia a parcialidade.

pERSEGuIÇÃO Há mais de três anos as elites antinacio-nais investigam a fundo sem encontrar nem uma prova se-quer para justificar a condenação do ex-presidente Lula. No entanto, a cada movimento que fazem para tentar inabilitá-lo, deixam rastros que expõem o conchavo golpista. A cada lance demonstram se tratar de um julgamento político, executado por um tribunal de exceção. Dane-se o Estado de direito.

pOLÊMICA O encontro de Lula com Renan Calheiros (PMDB), em Maceió (AL), durante a caravana pelo Nordes-te, reacende, com força, a discussão sobre a conveniência de reaproximação com setores conservadores. O peemedebista, por exemplo, apoiou o impeachment. Os que são contra ale-gam que o poder pelo poder não produzirá as mudanças que o país necessita. Os que defendem dizem que o ex-presidente, no caso de ser eleito, vai precisar de um arco de aliança o mais amplo possível, a fim de evitar um novo golpe, garantir a go-vernabilidade e executar o programa aprovado nas urnas.

INACEITÁVEL As forças vivas da sociedade precisam ir além dos meros protestos e partirem para ações mais firmes, radicalizadas, a fim de conter o entreguismo desenfreado do governo. Como se não bastasse a anunciada privatização da Eletrobras, em setor tão estratégico, agora Temer extingue a Renca (Reserva Nacional de Cobre e Associados). São 47 mil quilômetros quadrados entre o Pará e o Amapá que ele está entregando ao grande capital para a extração de ouro e outros minérios considerados nobres. Trata-se de uma área oito ve-zes maior do que Brasília.

INEVITÁVEL Diante da tragédia na Baía de Todos os San-tos, onde uma embarcação virou matando dezenas de pessoas, fica em todo cidadão uma pergunta. A Capitania dos Portos está mesmo fiscalizando esse tipo de transporte, ou limita-se a proibir o tráfego das lanchas em momentos de temporais e ventos fortes? Indagação inevitável.

Financiários cobram da Fenacrefi a garantia dos direitos. mobilização