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O EVA COMO MÉTRICA DO BSC PARA ANÁLISE DA VIABILIDADE DE UM NOVO NEGÓCIO: UM ESTUDO EM UMA REDE VAREJISTA DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO Marino Luis Finger (SEG) [email protected] Camila Avozani Zago (UFSC/CNPQ) [email protected] Leonor Farias Abreu (UFSC/FAPEAM) [email protected] O mundo dos negócios está em constante evolução e as organizações vêm buscando alternativas para garantir a sua sobrevivência no mercado. Como alternativa há o Balanced Scorecard - BSC, que busca estabelecer a visão (o que fazer); as estrattégias (como fazer); as medidas e os indicadores do desempenho, segundo quatro perspectivas: financeira, cliente, processos internos e aprendizado. O presente estudo objetiva demonstrar simulação da análise da viabilidade de uma nova unidade de negócios por meio do Valor Econômico Agregado - EVA, como forma de agregar valor ao capital investido pelos mesmos, sendo esse um objetivo estratégico proveniente do BSC. Para isso, utiliza-se a simulação da viabilidade de retorno de um novo investimento, tendo como unidade de análise uma empresa do segmento de materiais de construção do Rio Grande do Sul. Pode-se concluir, dentre outros aspectos, que estas ferramentas de gestão se complementam com o propósito de ampliar o valor agregado pelas organizações que as utilizam. Palavras-chaves: Balanced Scorecard; Valor Econômico Agregado; Análise da Viabilidade Econômica e Financeira XXX ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO Maturidade e desafios da Engenharia de Produção: competitividade das empresas, condições de trabalho, meio ambiente. São Carlos, SP, Brasil, 12 a15 de outubro de 2010.

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O EVA COMO MÉTRICA DO BSC PARA

ANÁLISE DA VIABILIDADE DE UM

NOVO NEGÓCIO: UM ESTUDO EM UMA

REDE VAREJISTA DE MATERIAIS DE

CONSTRUÇÃO

Marino Luis Finger (SEG)

[email protected]

Camila Avozani Zago (UFSC/CNPQ)

[email protected]

Leonor Farias Abreu (UFSC/FAPEAM)

[email protected]

O mundo dos negócios está em constante evolução e as organizações

vêm buscando alternativas para garantir a sua sobrevivência no

mercado. Como alternativa há o Balanced Scorecard - BSC, que busca

estabelecer a visão (o que fazer); as estrattégias (como fazer); as

medidas e os indicadores do desempenho, segundo quatro

perspectivas: financeira, cliente, processos internos e aprendizado. O

presente estudo objetiva demonstrar simulação da análise da

viabilidade de uma nova unidade de negócios por meio do Valor

Econômico Agregado - EVA, como forma de agregar valor ao capital

investido pelos mesmos, sendo esse um objetivo estratégico proveniente

do BSC. Para isso, utiliza-se a simulação da viabilidade de retorno de

um novo investimento, tendo como unidade de análise uma empresa do

segmento de materiais de construção do Rio Grande do Sul. Pode-se

concluir, dentre outros aspectos, que estas ferramentas de gestão se

complementam com o propósito de ampliar o valor agregado pelas

organizações que as utilizam.

Palavras-chaves: Balanced Scorecard; Valor Econômico Agregado;

Análise da Viabilidade Econômica e Financeira

XXX ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO Maturidade e desafios da Engenharia de Produção: competitividade das empresas, condições de trabalho, meio ambiente.

São Carlos, SP, Brasil, 12 a15 de outubro de 2010.

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1. Introdução

As empresas vêm encontrando um mercado cada vez mais competitivo, onde a concorrência

torna-se mais agressiva a cada dia. Nesse cenário de incertezas e dificuldades, dispor de

estratégias bem elaboradas e claramente definidas é vital para a sobrevivência de qualquer

organização. Por meio do Balanced Scorecard – BSC e do Valor Econômico Agregado -

EVA, é possível traçar estratégias que possibilitem às organizações auferirem vantagem

competitiva sustentada no mercado. Além disso, com a utilização dessas ferramentas de

avaliação de desempenho percebe-se que o desempenho organizacional é resultado de uma

relação de causa e efeito entre variáveis financeiras e não financeiras.

O BSC, enquanto ferramenta gerencial possibilita aos executivos e profissionais dos

diferentes escalões da organização, mecanismos e informações seguras para a tomada de

decisões e o desenvolvimento de suas ações de forma integrada ao planejamento estratégico

da empresa. Valendo-se de ferramentas como a análise de EVA, o BSC permite avaliar com

maior probabilidade de acerto as diversas decisões que são necessárias quando se trata de

expansão dos negócios atuais, ingresso em novos mercados ou mesmo o recuo em

determinado negócio no qual a empresa esteja envolvida.

A partir do exposto, o presente estudo tem por objetivo demonstrar simulação da análise a

viabilidade de uma nova unidade de negócios por meio do EVA, sendo esse um objetivo

estratégico proveniente do BSC. A organização estudada faz parte do setor varejista de

materiais de construção, situada no Rio Grande do Sul.

Para operacionalizar o desenvolvimento desta pesquisa é utilizado como método de pesquisa

o estudo de caso, cujas ferramentas de intervenção são o BSC e o EVA. Os dados foram

coletados por meio de entrevistas semi-estruturadas com os membros da organização,

observações in loco dos pesquisadores, bem como em documentos da organização estudada.

Neste artigo será apresentada, por meio dos demosntrativos de resultado, a interrelação entre

BSC e EVA para a análise da viabilidade de uma nova unidade.

Salienta-se a relevância do estudo, em face à escassez de publicações acerca da utilização

conjunta do EVA e do BSC, inclusive para a análise da viabilidade de um novo negócio.

Além disso, o segmento de materiais de construção carece de mais pesquisas e estudos que

aprimorem os métodos de gestão e as estratégias utilizadas pelo setor, a fim de aumentar a

competitividade do mesmo.

O presente trabalho está estruturado da seguinte forma: (i) introdução, onde é apresentado o

tema, bem como o objetivo ao qual o trabalho se propõe; (ii) pressupostos teóricos, que

subdivide-se em BSC, Indicadores de Desempenho e EVA; (iii) apresentação da metodologia

de pesquisa e desenvolvimento do trabalho; (iv) estudo de caso, no qual é apresentada a

organização e a demonstração da viabilidade de um novo negócio por meio do EVA em

convergência com o BSC; (v) considerações finais e (vi) referências bibliográficas.

2. Pressupostos Teóricos

Nesta seção, que versa sobre os pressupostos teóricos, são abordados aspectos relevantes

sobre BSC e EVA, bem como a importância da utilização conjunta de uma ferramenta

gerencial do porte do BSC com uma métrica como EVA na avaliação do desempenho

organizacional.

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2.1 Balanced Scorecard – BSC

O BSC, idealizado por Kaplan e Norton, na década de 90, agrega os modelos de controle

financeiro e não financeiro na tentativa de propiciar ao administrador uma forma única de

indicadores de desempenho (PRADO, 2002). Esse sistema de gestão surgiu com a premissa de

que a exclusiva dependência de um sistema de medida financeira é insuficiente, tendo em vista

que são os indicadores de performance que informam resultados de ações passadas (KAPLAN;

NORTON, 2001).

O diferencial do BSC é que os indicadores de desempenho financeiro, os quais mostram os

resultados das ações do passado, são complementados com os indicadores operacionais

relacionados à satisfação dos clientes, aos processos internos e à capacidade da organização

de aprender e melhorar – atividades que impulsionam o desempenho financeiro futuro da

organização (KAPLAN; NORTON, 2001).

Kaplan e Norton (2001) afirmam que um dos princípios elementares do BSC é que não se

pode gerenciar aquilo que não pode ser mensurado. Com a aplicação de um modelo de BSC, a

organização aprende a formular metas, a partir de sua própria estratégia, verificar sua

mensurabilidade e levá-las aos responsáveis para a determinação de objetivos e ações

estratégicas. Este sistema de gestão pode ser entendido como um método de administração

baseado no equilíbrio organizacional, pois garante que a empresa tenha níveis de

comprometimento e, consequentemente, estratégias e ações equilibradas em todas as áreas

que afetam o seu negócio como um todo.

A criação do BSC tem início na visão e estratégias da organização, a partir das quais são

definidos os fatores críticos de sucesso por perspectiva ou dimensão. A partir de indicadores

de desempenho é possível a definição de metas e a medição dos resultados atingidos em áreas

críticas da execução das estratégias. Assim, o BSC é um sistema de gestão de desempenho

derivado da visão estratégica, refletindo os aspectos mais importantes do negócio.

O Balanced Scorecard traduz a missão e a estratégia de uma empresa em objetivos

operacionais e medidas de desempenho para quatro perspectivas diferentes: a perspectiva

financeira, a perspectiva do cliente, a perspectiva do processo interno do negócio e a

perspectiva de aprendizagem e crescimento, conforme ilustra a Figura 1.

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Figura 1 – Tradução da visão e da estratégia: quatro perspectivas

Fonte: Santana (2003, p.9).

a) perspectiva financeira – considera os aspectos relevantes para medir a repercussão

econômica de ações passadas e indicar a conformidade da estratégia com sua

implementação e execução. Deve identificar as medidas que irão proporcionar a

mensuração do valor agregado para a empresa, tanto de curto prazo como o EVA, quanto

de longo prazo como o Valor de Marcado Adicionado (M.V.A).

b) perspectiva do cliente – implica na identificação dos segmentos de clientes e mercados

nos quais a unidade de negócios competirá, bem como as medidas do desempenho da

unidade nesses segmentos-alvo.

c) perspectiva dos processos internos de negócios – consiste nos processos de negócios

internos críticos ao sucesso das organizações.

d) perspectiva do aprendizado e crescimento – identifica a infraestrutura que a organização

deve construir para criar melhorias e crescimento no longo prazo.

O BSC, segundo Miranda e Silva (2002), se desdobra em um conjunto de indicadores e

relatórios que a organização utiliza para avaliar seu desempenho perante os demais, os quais

são apresentados na sequência.

2.2 Indicadores de Desempenho

Para efetuar a avaliação de desempenho, as organizações utilizam indicadores, que são

determinados de acordo com o ramo de atuação das mesmas, que estabelecem métricas

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VISÃO e

ESTRA-

TÉGIA

Perspectiva: FINANCEIRA

Para sermos bem-sucedidos financeiramente, como

deveríamos ser vistos pelos acionistas?

Objetivos

Estratégicos Indicadores Metas Iniciativas

Perspectiva: PROCESSOS INTERNOS

Para satisfazermos nossos Acionistas e

Clientes, em quais processos devemos

alcançar a excelência?

Objetivos

Estraté-

gicos

Indica-

dores

Me-

tas

Iniciati-

vas

Perspectiva: APRENDIZADO

Para atingir nossa visão, como sustentaremos nossa

capacidade de mudar e melhorar?

Objetivos

Estratégicos Indicadores Metas Iniciativas

Perspectiva: CLIENTE

Para atingir nossa visão, como

devemos aparecer perante nossos

clientes?

Objetivos

Estraté-

gicos

Indica-

dores

Me-

tas

Iniciati-

vas

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comparáveis e mensuráveis. Os indicadores de desempenho vêm sendo aprimorados ao longo

do tempo, passando de indicadores exclusivamente financeiros a indicadores analisados sob

uma perspectiva sistêmica. Harbour (1997) conceitua indicador de desempenho como uma

medida de performance comparativa o que, para Hronec e Arthur Andersen & Co. (1993), é a

quantificação de como estão sendo realizadas as atividades, com o propósito de comparar com

as metas especificadas. Já Neely et al. (1996) expõem a visão de indicador de desempenho

como sendo um parâmetro utilizado para quantificar a eficiência e/ou eficácia de uma ação

tomada pela empresa.

O que uma organização define como indicador é o que ela vai obter como resultado. As

medidas nas organizações afetam de maneira significativa o comportamento dos gerentes e

colaboradores. Medidas tradicionais que têm sido utilizadas no mundo dos negócios, como

retorno sobre investimento e produtividade por pessoa, focalizam o controle, sendo originadas

na função financeira tradicional e relativas ao histórico empresarial.

Dessa forma, um indicador tem como finalidade informar se há necessidade de

desencadeamento de ações de melhoria no processo analisado. Kaplan e Norton (1997)

acreditam que, por derivarem da perspectiva financeira, as demais perspectivas (cliente,

interna, aprendizado e crescimento) têm por objetivo satisfazer as expectativas financeiras; o

que pode ser considerado normal, uma vez que o objetivo da empresa é o lucro.

Os objetivos e os resultados devem ser medidos por meio de um conjunto de indicadores que

reflitam, de forma balanceada, harmônica e sustentada, as necessidades e interesses de todos

os stakeholderes (partes interessadas). Cada indicador selecionado para o BSC deve fazer

parte de uma cadeia de causa e efeito, que encontra sua conclusão em um objetivo financeiro-

econômico, o qual sintetiza a principal estratégia da empresa, como por exemplo, o EVA.

Na elaboração do BSC, alguns indicadores são essenciais, dentre eles pode ser mencionado o

EVA, com o objetivo de aumentar a lucratividade e a rentabilidade da organização, o qual é

exposto na sequência.

2.2.1 Valor Econômico Agregado – EVA

Uma das mais importantes ferramentas aliadas do BSC na tarefa de medir o que é importante

na organização é representada pela EVA, visto que o principal objetivo desta é medir a

criação de valor nas operações ou em um projeto. A criação de valor é mensurada através da

relação entre o saldo líquido de caixa e o custo do capital aplicado nas operações ou no

projeto, o que equivale ao lucro residual ou agregado para os investidores.

O EVA foi desenvolvido para os gestores incorporarem dois princípios básicos de finanças

dentro de suas tomadas de decisões. O primeiro é que o objetivo financeiro primordial de

qualquer companhia deve ser o de maximizar a riqueza de seus acionistas. O segundo é que o

valor da companhia depende da extensão do que os investidores esperam como retorno futuro

- exceder o custo de capital (NAKAYASU, 2004).

O conceito do EVA tem sua origem do Resultado Econômico Residual (R.E.R), ou seja, do

lucro operacional menos o custo médio ponderado de capital. Isso implica dizer que a

empresa aufere lucro apenas após a remuneração do capital empregado pelo seu custo de

oportunidade. Os investidores, diante da expectativa de retorno com base no custo de

oportunidade, estarão levando em consideração o EVA para a decisão de efetuar determinado

investimento. O EVA não é apenas mais uma forma de somar custos e calcular lucro. Sua

importância pode ser representada pelos seguintes aspectos (NAKAYASU, 2004):

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a) se caracteriza como uma estrutura que as empresas poderão utilizar para comunicar suas

metas e realizações a investidores, bem como que investidores poderão utilizar para

identificar empresas com perspectivas de desempenho superior;

b) trata-se de um sistema interno de governança corporativa que motiva todos os gerentes e

funcionários a trabalharem de forma cooperativa e entusiasmada para alcançarem o

melhor desempenho possível.

Assim, os gestores são avaliados pela eficácia na geração de EVA que se dá quando o Retorno

do Investimento - R.O.I supera o custo de capital, sendo que este custo inclui o de terceiros e

o próprio (NAKAYASU, 2004). O que se pode perceber é que o investimento é um dos itens

mais importantes para o cálculo do EVA, pois os acionistas irão determinar uma taxa de

R.O.I. Se a taxa de retorno conseguida pela empresa for maior que a determinada pelos

acionistas, então a empresa terá agregado valor; caso contrário, ela destruiu valor. Assim, o

modelo de EVA mede o verdadeiro lucro econômico de uma corporação.

É válido lembrar que o EVA por si só não garante a boa performance da empresa. O EVA não

fornece a ferramenta ou o conceito que faz com que os investimentos sejam produtivos, visto

que essa tarefa depende dos julgamentos e talento dos gestores envolvidos no processo.

2.2.1.1 Cálculo do EVA

No presente estudo, demonstra-se o EVA pela formulação contábil do lucro gerado pelos

ativos. Sua base de cálculo é o lucro operacional líquido da empresa, menos o custo do capital

investido, que se expressa como o custo de oportunidade do acionista, ou seja, o retorno que o

mesmo teria se estivesse aplicando seus recursos em outras modalidades de negócio

(SANTANA, 2003). Assim, o cálculo do EVA é determinado da seguinte forma (SANTANA,

2003):

CapitalxWACCNOPATAVE ..

Onde:

NOPAT - Lucro Operacional Líquido depois do Imposto, em que as despesas financeiras não

estão incluídas.

WACC - Custo Médio ponderado do capital investido, tanto o capital próprio como o capital

de terceiros.

Na Tabela 1, pode-se visualizar a determinação do capital investido em uma Companhia,

visando a definição do valor a ser remunerado para fins de cálculo do EVA.

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Caixa

Aplicações no Mercado Financeiro

Contas a Receber Líquidas

(+) Provisão Devedores Duvidosos

Estoques

Outras Contas a Receber

= Ativo Circulante

Fornecedores

IR a pagar

Outras contas a pagar

= Passivo Circulante

= Ativo Circulante – Passivo Circulante

(+) Realizável a longo prazo

(+) Permanente Líquido

(-) Passivo não Oneroso de Longo Prazo

= Capital Investido

Fonte: Santana (2003, p. 8).

Tabela 1 – Determinação do Capital Investido na Companhia.

Pode-se constatar que a determinação do NOPAT não leva em consideração as despesas

financeiras, como é feito nos demonstrativos de resultados nos moldes contábeis. Isso porque

o custo de capital é cobrado após a determinação do NOPAT, por meio do encargo de capital.

Os principais efeitos, em termos práticos, que se tem gerado através da utilização do EVA

dentro das empresas são (SANTANA, 2003):

a) maior conscientização das gerências quanto ao valor do capital que é por eles gerido.

b) gestão mais empreendedora, principalmente no que tange à busca de formas alternativas

(eliminação/remoção de antigas barreiras mentais) para aumentar o valor da companhia.

Entretanto, alicerçada sob um planejamento mais detalhado, no qual os resultados

potenciais já foram simulados e refletidos nos valores futuros do EVA.

c) fim das discussões sobre parâmetros mais adequados para se medir a performance da

companhia ou unidade de negócio, sempre comparados com resultados setoriais e não em

relação a valores oferecidos pelo mercado na aplicação do capital investido. Desta forma,

muitas empresas que apresentam os melhores indicadores do setor ainda podem ter que

realizar mais esforços para atingir os valores de rentabilidade oferecidos pelo mercado e,

assim, atingir um EVA positivo.

d) possibilidade de um desdobramento do EVA, um indicador principalmente financeiro,

como indicador de gestão de unidades de negócio (como por exemplo, vendas, custos e

outros) e associá-lo a indicadores de desempenho operacional (como por exemplo, a

margem de vendas de produtos, percentual de refugo de produtos, entre outros).

Para garantir uma mudança real de postura gerencial e da implementação efetiva de todas as

alternativas e esforços de melhoria, um dos modos mais eficazes empregado pelas empresas

tem sido a inclusão do EVA no conjunto de indicadores de performance do BSC. O

importante para as empresas não é saber apenas como apurar o EVA, mas sim tirar proveito

dessa ferramenta e utilizá-la como parte de seu planejamento estratégico, bem como na

avaliação de desempenho.

Especialmente no caso do setor varejista, foco deste estudo, com o aumento da

competitividade e a redução dos ganhos, em decorrência da estabilização econômica, as

organizações que investirem em bom atendimento, na qualidade de serviços e preços

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competitivos, terão maior participação e penetração no mercado. A utilização, na perspectiva

financeira do BSC, da medida EVA mostra uma maior potencialidade da análise, já que ela

traz o quanto se agregou ou destruiu de valor para a empresa, extrapolando a perspectiva

financeira.

3. Procedimentos Metodológicos

A realização do presente estudo deu-se mediante pesquisa bibliográfica em materiais

impressos e eletrônicos, visando obter um conhecimento mais aprofundado sobre o BSC e a

análise de EVA. Conforme Lakatos e Marconi (2003) a pesquisa bibliográfica propicia o

exame de um tema sob um novo enfoque ou abordagem, chegando deste modo a conclusões

inovadoras, não sendo uma repetição do que foi anteriormente dito ou escrito sobre

determinado assunto. Isso possibilitou a busca por uma melhor compreensão sobre as

ferramentas e as possibilidades de utilização conjunta do BSC e do EVA para a análise da

viabilidade de uma nova unidade.

A perspectiva norteadora do trabalho é predominantemente de natureza exploratória,

estudando os limites por meio da pesquisa empírica na qual são utilizadas múltiplas fontes de

evidências, uma vez que a captação dos dados através deste método pode ser mais

significativa e real. O estudo exploratório aparece no intuito de levantar as informações

necessárias para a realização deste trabalho. Conforme Cervo e Bervian (1996) os estudos

exploratórios, dependendo do tipo de pesquisa, devem reunir os instrumentos, materiais ou

documentos necessários, para realizar a investigação de forma satisfatória.

Além disso, caracteriza-se por ser uma pesquisa documental, visto que o material didático não

publicado também foi utilizado como referência no desenvolvimento do presente trabalho. Gil

(1999) e Santos (2002) afirmam que a pesquisa documental é produzida a partir de material

bruto, que ainda não recebeu tratamento analítico, por parte dos pesquisadores, ou não foram

organizadas, não tendo sido publicado em livros ou periódicos, como relatórios de empresas,

correspondências, fotografias, entre outros.

Outra fonte de aprendizado utilizada neste estudo consiste de um caso prático de utilização do

BSC e do EVA para análise da viabilidade de uma nova unidade de negócio em uma empresa

do setor varejista de material de construção. Assim, a pesquisa também é classificada como

um estudo de caso, pois foram utilizados dados da empresa sem nenhuma manipulação.

A coleta de dados deu-se por meio de entrevistas semi-estruturadas com os membros da

organização, bem como observações in loco por parte dos pesquisadores e análise de

documentos da mesma. A partir disso foram construídas as demonstrações financeiras com

base no EVA e do BSC, visto que era objetivo e interesse da própria empresa verificar a

rentabilidade e o retorno para os acionistas com a abertura de uma nova loja.

4. Demonstrativo de Viabilidade Baseado no Conceito do EVA

4.1 A Empresa

A empresa Loja de Material de Construção X&Y foi fundada em 21 de setembro de 1991. Sua

sede encontra-se situada na cidade de Santo Ângelo, Rio Grande do Sul - RS, Brasil. A

atuação da empresa, desde o início de suas atividades, está centrada na comercialização de

produtos de material de construção.

Inicialmente, era apenas uma unidade de negócios e, atualmente, conta com 16 lojas, atuando

na região Missões e Grande Santa Rosa, interior do estado do Rio Grande do Sul. A filosofia

de seu fundador sempre esteve voltada para a diferenciação e bom atendimento aos seus

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clientes, focando sua atuação em oferecer um serviço altamente qualificado, bem como

produtos perfeitamente identificados com seu público alvo, pessoas das classes C, D e E.

No que diz respeito à estrutura do produto, a empresa possui um mix de produtos composto

por tijolos, areia, pedra brita, cimento, ferro, cerâmica, sanitários, torneiras, entre outros.

Desta forma, permite ao cliente adquirir todo o material do início da sua construção até o seu

acabamento. O mix é composto, ainda, pela venda de serviços financeiros, como seguro e

garantia complementar.

Os demais itens e aspectos relevantes do presente estudo de viabilidade para a abertura de

uma nova unidade de negócios da empresa fictícia Loja de Material de Construção X&Y S/A

encontram-se elencados a seguir, no demonstrativo baseado no conceito de valor de EVA. É

importante ressaltar que o modelo ora proposto, apesar de servir para análise de viabilidade de

uma nova unidade de negócio, pode perfeitamente ser aplicado para a avaliação de unidades

de negócio já em funcionamento.

4.2 Demonstrações Financeiras com base no modelo EVA

Com base no modelo de EVA foram elaboradas demonstrações para avaliar a implantação de

uma nova loja ou unidade de negócios em uma cidade da Região Missões - RS, na qual a

empresa Loja de Material de Construção X&Y ainda não está presente. A Figura 2 demonstra

os valores previstos para a implantação da nova unidade da Loja de Material de Construção

X&Y, em termos de Ativo Circulante (disponível, duplicatas a receber, estoques e outras

contas) e Ativo Permanente (Imobilizado).

ATIVO

CIRCULANTE $771.481

Disponivel $16.577

Duplicatas a receber $630.758

Estoques $120.654

Outras contas de curto prazo $3.491

PERMANENTE $17.598

Imobilizado bruto $17.598

(-)Depreciaçao acumulada $0

(=)Imobilizado líquido $17.598

TOTAL DO ATIVO $789.079

Estimativa de disponibilidades,

numerários em caixa, conta corrente

bancária, cheques com problema.

Projeção dos valores da carteira:

duplicatas e cheques pré-datados.

Projeção de valor do estoque a custo

médio fiscal.

Adiantamento de férias, 13º salário e

ordenados

Valor dos bens do ativo imobilizado

da loja.

Figura 2 – Composição do Ativo da nova Loja de Material de Construção X&Y S/A

Na Figura 2 constam as contas e as respectivas projeções de valores para o Ativo da nova

unidade da Loja de Material de Construção X&Y S/A, onde se tem:

a) o Ativo Circulante, composto pelo disponível, duplicatas a receber (resultado da venda a

prazo), estoque (necessário para as operações de venda na loja) e outras contas de curto

prazo, especialmente para a manutenção dos funcionários;

b) o Ativo Permanente, composto pelo imobilizado necessário às atividades da nova unidade,

cujo valor teve por base outra unidade do mesmo porte já em funcionamento.

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Na Figura 3 consta a composição do Passivo da nova unidade de negócios da Loja de Material

de Construção X&Y, sendo composto por: Circulante (fornecedores, impostos a pagar,

salários e encargos a pagar, outras contas) e Patrimônio Líquido.

E.V.A. - PASSIVO

Fornecedores - com base no valor

projetado do estoque da nova loja

Impostos: Icms, Pis, Cofins, Irrf

Salários e Encargos (Folha, férias e 13º

salário)

Valor dos aluguéis pendentes de

pagamento

Capital circulante líquido. Valor a ser

remunerado

PASSIVO

CIRCULANTE $260.695

Fornecedores $215.433

Impostos a pagar $3.385

Salários e encargos a pagar $38.436

Outras contas a pagar $3.441

PATRIMÔNIO LÍQUIDO $528.384

PATRIMÔNIO LÍQUIDO $528.384

TOTAL DO PASSIVO $789.079

Figura 3 – Composição do Passivo da nova Loja de Material de Construção X&Y S/A

A Figura 3 representa as contas relativas ao passivo do novo empreendimento, onde se

encontra:

a) o Passivo Circulante, composto pelos valores relativos a fornecedores (valor devido aos

fornecedores de produtos), impostos a pagar (com base na projeção de volume de

negócios), salários e encargos a pagar para a manutenção dos funcionários da nova

unidade e outras contas a pagar (no caso, valor dos aluguéis);

b) o Patrimônio Líquido, composto pelo Capital Circulante Líquido, cujo valor deve ser

remunerado para fins de geração de valor para o acionista.

A partir da apuração do Ativo e do Passivo da nova unidade da empresa fictícia Loja de

Material de Construção X&Y S/A, resta efetuar a simulação do valor de EVA gerado pelo

novo empreendimento, o qual é ilustrado na Figura 4.

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Lojas:

Venda de produtos $238.828

(=)Vendas líquidas $238.828

(-)Custo das mercadorias vendidas ($189.057)

(-)comissoes, aluguel e propaganda ($17.202)

(=)Margem de contribuicao $32.569

(-)Gastos fixos ($23.589)

(=)Lucro operacional antes IR/CSLL $8.980

(-) Imposto de renda sobre o LO ($3.053)

(=)Lucro operacional após o IR/CSLL $5.927

(=)Lucro mercantil $5.927

Venda de servicos $29.322

(=)Lucro líquido $35.249

(-)Custo do capital próprio ($10.145)

(=)EVA da Loja $25.104

(-) Custos do CD ($847)

(=) EVA apos custos do CD $24.257

(-) Custos da Sede ($4.592)

(=) EVA final $19.665

Valor da venda de mercadorias,

descontadas as devoluções

Valor do custo das mercadorias

vendidas a valor presente

Valor das comissões, aluguel e

propaganda – s/ a venda prevista

Valor das despesas fixas da loja

Valor do IRPJ/CSLL sobre o lucro

operacional gerado pela loja. A taxa é

de 34%

Percentual de remuneração

sobre o capital circulante líquido

(vide observação), exigido pelos

acionistas. Para lojas abertas até

4 anos a taxa é de 1,92% a.m

O valor dos custos do CD e da sede

são rateados proporcionalmente à

base do capital circulante líquido

de cada loja

Figura 4 – Apuração do Valor de EVA

Efetuando a análise com base no conceito de EVA pode-se verificar que a nova unidade de

negócios, mantidas as projeções que constam nas Figuras anteriores, tende a produzir um

EVA de R$19.665,00 ao final de 6 (seis) meses de atuação. Com este retorno já no sexto mês

de investimento, acredita-se que o empreendimento realmente é capaz de gerar valor para os

acionistas da empresa fictícia Loja de Material de Construção X&Y S/A.

Portanto, recomenda-se que os investimentos na nova unidade de negócios sejam realmente

efetuados pelos proprietários da empresa, uma vez que são capazes de, além de remunerar o

capital investido em 1,92% ao mês, gerar um bom valor agregado ao capital investido.

4.3 Sinergia entre BSC e EVA

Convém ressaltar que nenhuma empresa que visa o lucro irá se perpetuar sem a dimensão

financeira e, nesse sentido, procurou-se em paralelo ao BSC traçar uma linha de convergência

com o EVA, como fator de avaliação de tudo o que é produzido pela empresa.

Assim, o conceito de EVA se encaixa como importante instrumento de controle. É utilizado

para gerenciar a performance financeira, fazendo com que as empresas obtenham retorno

maior que o seu custo de capital, passando a ter uma medida de geração de valor, o que

consiste em objetivo comum entre BSC e EVA.

O EVA, sob a ótica do BSC, auxilia no gerenciamento e na mensuração dos resultados

financeiros, que convergirão para a agregação de valor não só aos acionistas mas também à

organização como um todo. Dessa forma, as duas metodologias, se utilizadas em conjunto,

fornecem aos gestores subsídios de grande valia na tomada de decisões.

5. Considerações Finais

Diante de um mercado cada vez mais competitivo, é essencial que as organizações busquem

meios de se destacar e diferenciar dos concorrentes. Tendo esse propósito, uma das

possibilidades observadas neste trabalho, é que o melhor entendimento dos contextos, das

estratégias e do valor gerado aos acionistas permite compreender quem são os fatores chaves

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para seu sucesso e como estes podem ser mensurados emergindo a partir daí um processo

transparente e fundamentado para seu gerenciamento.

Com este foco o objetivo do presente estudo foi demonstrar simulação da análise da

viabilidade de uma nova unidade de negócios por meio do Valor Econômico Agregado –

EVA, como forma de agregar valor ao capital investido pelos mesmos, sendo esse um

objetivo estratégico proveniente do BSC. Com a realização deste trabalho foi possível

entender com maior profundidade o significado e a amplitude do sistema de gestão, capaz de

converter estratégias organizacionais antes enclausuradas junto à alta administração em ação

prática nos níveis operacionais da empresa.

Aliado ao BSC, como objetivo final de toda a corporação, efetuou-se, ainda, o estudo do

indicador que avalia a capacidade de uma empresa agregar valor ao investimento de

proprietários e acionistas – EVA. O EVA tem revolucionado a forma como o mundo dos

negócios vem encarando novos empreendimentos e mesmo negócios já na fase de maturidade.

Por meio do EVA foi possível perceber que, mesmo tendo lucro contábil, determinado

negócio ou companhia pode estar deixando de gerar valor, ou seja, destruindo o valor

investido pelos acionistas.

Com tal propósito, por meio do estudo de caso, foram construídas as demonstrações

financeiras com base no EVA e no BSC, que permitiram verificar o retorno das estratégias

traçadas aos acionistas, em especial a viabilidade de instalação de uma nova loja. Foi possível

verificar, através do EVA como parte do BSC a viabilidade de expansão do negócio e a

abertura de uma nova filial, sendo que essa irá aumentar a rentabilidade da organização como

um todo e agregar valor aos seus acionistas. O estudo mostrou que é possível e extremamente

viável a utilização conjunta do EVA e do BSC.

Além de salientar a originalidade da pesquisa ora apresentada, deixa-se recomendações a

futuros trabalhos. Sugere-se a ampliação do modelo e a construção completa do BSC,

utilizando o EVA em conformidade com as demais perspectivas do modelo, bem como a

utilização dessas ferramentas a outros setores da economia, tendo em vista que o segmento de

materiais de construção possui peculiaridades nas suas atividades.

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