maquinas 75

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Junho 2008

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Page 3: Maquinas 75

Rodando por aí

Profundidade de adubação

Plantio de café

Adjuvantes

Espaçamento entre bicos

Como afiar roçadeiras

Ficha Técnica - Valtra BC 7500

Test Drive - Agrale BX 6180

Farm Show Bahia 2008

Tecnologia de aplicação

Terceiro ponto e tração

Técnica 4x4

Índice Nossa Capa

Charles Echer

Destaques

Potente e acessívelConfira o desempenho dotrator BX 6180, o maiorintegrante da Agrale

04

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38

Por falta de espaço, não publicamos as referências bibliográficas citadaspelos autores dos artigos que integram esta edição. Os interessados

podem solicitá-las à redação pelo e-mail:[email protected]

Os artigos em Cultivar não representam nenhum consenso. Não esperamos quetodos os leitores simpatizem ou concordem com o que encontrarem aqui. Muitosirão, fatalmente, discordar. Mas todos os colaboradores serão mantidos. Eles foramselecionados entre os melhores do país em cada área. Acreditamos que podemosfazer mais pelo entendimento dos assuntos quando expomos diferentes opiniões,para que o leitor julgue. Não aceitamos a responsabilidade por conceitos emitidosnos artigos. Aceitamos, apenas, a responsabilidade por ter dado aos autores a opor-tunidade de divulgar seus conhecimentos e expressar suas opiniões.

NOSSOS TELEFONESNOSSOS TELEFONESNOSSOS TELEFONESNOSSOS TELEFONESNOSSOS TELEFONES: (53): (53): (53): (53): (53)

• GERAL• GERAL• GERAL• GERAL• GERAL3028.20003028.20003028.20003028.20003028.2000• ASSINA• ASSINA• ASSINA• ASSINA• ASSINATURASTURASTURASTURASTURAS3028.20703028.20703028.20703028.20703028.2070

• Direção• Direção• Direção• Direção• DireçãoNNNNNewton Pewton Pewton Pewton Pewton PeteretereteretereterSchSchSchSchSchubert K. Pubert K. Pubert K. Pubert K. Pubert K. Peteretereteretereter

• Redação• Redação• Redação• Redação• RedaçãoGilvan QuevedGilvan QuevedGilvan QuevedGilvan QuevedGilvan QuevedoooooCharles EcherCharles EcherCharles EcherCharles EcherCharles Echer

• Revisão• Revisão• Revisão• Revisão• RevisãoAlinAlinAlinAlinAline Pe Pe Pe Pe Partzsch dartzsch dartzsch dartzsch dartzsch de Alme Alme Alme Alme Almeieieieieidddddaaaaa

• Design Gráfico e Diagramação• Design Gráfico e Diagramação• Design Gráfico e Diagramação• Design Gráfico e Diagramação• Design Gráfico e DiagramaçãoCristiano CeiaCristiano CeiaCristiano CeiaCristiano CeiaCristiano Ceia

• Comercial• Comercial• Comercial• Comercial• ComercialPPPPPedededededrrrrro Batistino Batistino Batistino Batistino BatistinSedSedSedSedSedeli Feijóeli Feijóeli Feijóeli Feijóeli Feijó

• Assinaturas• Assinaturas• Assinaturas• Assinaturas• AssinaturasSimone LopesSimone LopesSimone LopesSimone LopesSimone Lopes

• Expedição• Expedição• Expedição• Expedição• ExpediçãoDiDiDiDiDianferson Alvesanferson Alvesanferson Alvesanferson Alvesanferson Alves

Grupo Cultivar de Publicações Ltda.

www.revistacultivar.com.br

Cultivar MáquinasEdição Nº 75

Ano VIII - Junho 2008ISSN - 1676-0158

[email protected]

Assinatura anual (11 edições*): Assinatura anual (11 edições*): Assinatura anual (11 edições*): Assinatura anual (11 edições*): Assinatura anual (11 edições*): R$ 119,00(*10 edições mensais + 1 edição conjunta em Dez/Jan)(*10 edições mensais + 1 edição conjunta em Dez/Jan)(*10 edições mensais + 1 edição conjunta em Dez/Jan)(*10 edições mensais + 1 edição conjunta em Dez/Jan)(*10 edições mensais + 1 edição conjunta em Dez/Jan)

Números atrasados: R$ 15,00

Assinatura Internacional:US$ 90,00

EUROS 80,00

PulverizaçãoComo calcularo espaçamentocorreto entre os bicos

Ficha TécnicaNesta edição,colhedoraValtra BC 7500

Matéria de capa

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16

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• RED• RED• RED• RED• REDAÇÃOAÇÃOAÇÃOAÇÃOAÇÃO3028.20603028.20603028.20603028.20603028.2060• MARKETING• MARKETING• MARKETING• MARKETING• MARKETING3028.20653028.20653028.20653028.20653028.2065

• Impressão:• Impressão:• Impressão:• Impressão:• Impressão:KKKKKunununununddddde Ine Ine Ine Ine Indústridústridústridústridústrias Gráfias Gráfias Gráfias Gráfias Gráficas Ltdcas Ltdcas Ltdcas Ltdcas Ltda.a.a.a.a.

Page 4: Maquinas 75

04 • Junho 08

SucessoSucessoSucessoSucessoSucessoHumberto SantaCruz Filho, presiden-te do Bahia FarmShow, fez questão dedestacar que a Feira“é apenas umdetalhe”. No localestá sendo construí-do o Complexo BahiaFarm, o maior e maismoderno complexodo agronegócio daBahia, com previsãode conclusão dasobras ainda para esteano, com escolatécnica profissionali-zante, laboratórios,refeitórios e aposen-tos, concentrando oscampos experimen-tais que estãoespalhados emdiversas regiões.

Humberto Santa Cruz

ReconhecimentoReconhecimentoReconhecimentoReconhecimentoReconhecimentoO prefeito de LuisEduardo Magalhães,Oziel Oliveira, creden-ciou o sucesso absolutoda primeira edição doBahia Farm Show atodos os envolvidos noprocesso, às liderançaslocais e aos demaisnomes que auxiliaram naorganização e elaboraçãodo evento.

Oziel Oliveira

AgronegócioAgronegócioAgronegócioAgronegócioAgronegócioA deputada federal

Jusmari Oliveira,mostrando seu

contentamento como sucesso do Bahia

Farm Show, fezquestão de destacar

que o evento éestadual, totalmente

para os baianos. Eque a feira é a prova

da pujança doagronegócio baiano.

Jusmari Oliveira

LançamentoLançamentoLançamentoLançamentoLançamentoO secretário da

Agricultura de LuisEduardo Magalhães,Eduardo Yamashita,

destacou o lançamen-to mundial da

primeira usina móvelde biodiesel do

Brasil, a Bio Com-pact, que ajudará nodesenvolvimento dosprodutores regionais,já que a Petrobras irácolaborar na implan-tação da usina e na

distribuição doproduto final.

Eduardo Yamashita

CivemasaCivemasaCivemasaCivemasaCivemasaA Civemasa apresentou suas máquinaspara cultivo de cana-de-açúcar. RafaelCaetano, representante na região de LuisEduardo, José Luis Bortolucci, encarre-gado do marketing, e Luis Fernando dosSantos, supervisor de vendas da empresa,representaram a Civemasa no evento. Rafael Caetano, José Luis e Luis Fernando

AgraleAgraleAgraleAgraleAgraleSegundo Alencar de Almeida Filho, diretor co-mercial da Missioneira Comércio e Representa-ções, concessionária da Agrale, o lançamento dotrator BX 6180 superou as expectativas de ven-das. E as perspectivas daqui pra frente são ani-madoras. Jacir Samiotto, supervisor de vendas detratores, representou a matriz no evento.

Plá do BrasilPlá do BrasilPlá do BrasilPlá do BrasilPlá do BrasilEquipe da D'Agro Maqs e Equipamento, revenda exclusiva dos autopropelidos e de ar-rasto Plá para o oeste baiano, marcou presença no Bahia Farm Show, com apresentaçõesestáticas dos principaisequipamentos da em-presa. Os diretores Gil-mar Denardini e Mil-ton Hentges, além dosupervisor de vendas,Sérgio Braun, e de pós-vendas, Lean-dro............ acolheramo público no estande.

CaseCaseCaseCaseCaseFelix Antônio Lima, gerente comercial da Ma-xum Máquinas e Equipamentos Ltda, e o geren-te regional da Case, Ramiro Figueiredo, come-moraram o lançamento da Module Express 625,colhedora autopropelida de algodão que, além decolher, enfarda o produto na própria máquina.Eles estão otimistas em relação ao sucesso da má-quina no oeste baiano, já que os produtores da-quela região são altamente tecnificados.

VVVVValtraaltraaltraaltraaltraA equipe da Lavrobras, concessionária da Valtra de Luis Eduardo Magalhães, destacou acolhedora BC 7500, o trator BM 125i e trator de esteira, o Chanlleger. Segundo o gerentecomercial, Antônio Adão Ricci, os objetivos da empresa, em função do bom momento doagronegócio, estão sendo alcançados.

Green HorseGreen HorseGreen HorseGreen HorseGreen HorseEquipe da Agrivendas,concessionária da GreenHorse, com o diretor daempresa ao centro, Valde-cir Schlosser, por ocasiãodo Bahia Farm Show. Sa-tisfação com os resultadosobtidos.

Alencar Filho e Jacir Samiotto

Felix Antônio Lima Ramiro Figueiredo

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Junho 08 • 05

ReaberturaReaberturaReaberturaReaberturaReaberturaA Case IH e a Case Construction, empresas pertencentes à holding CNH Global N.V. (NYSE:CNH), subsidiária do Grupo Fiat (FIA.MI), reabriram a fábrica de Sorocaba (SP), gerando 1,2mil empregos diretos. O objetivo da companhia é aumentar a produção de máquinas agrícolas ede construção, hoje realizadas nas unidades de Curitiba (PR), Piracicaba (SP) e Contagem (MG),

respectivamente, e ainda fa-bricar componentes usadosem outras máquinas Case eCase IH. O projeto é resulta-do de um investimento dequase R$ 1 bilhão, que fazparte do plano de investi-mentos do Grupo Fiat parao período 2007-2010.

CorrentãoCorrentãoCorrentãoCorrentãoCorrentãoNury Jafar Abboudapresentou o Corren-tão Nivelador, utilizadopara incorporação decobertura, comopalhadas e forrageiras,além de ser usadotambém para nivela-mento de lavouras. Oequipamento está hámenos de um ano nomercado e já estáfazendo sucesso entreos produtores.

Cotton BlueCotton BlueCotton BlueCotton BlueCotton BlueDepois da lançamentona Agrishow Ribeirão,agora foi a vez do oesteBaiano conhecer aprimeira colhedora dealgodão, a Cotton Blue2805. Carlos Magnum,diretor comercial daempresa, está bastanteotimista com areceptividade dosprodutores. “Semdúvida a Cotton Blue2805 vai surpreender osprodutores que aindanão tiveram oportuni-dade de operar amáquina”, garante.

PresençaPresençaPresençaPresençaPresençaDiretores da John Deere marcaram presença no estande da empresa durante o Bahia FarmShow. Este ano, como já aconteceu em outras feiras, a equipe de vendas instalou um sinono estande para comemorar cada venda feita durante o evento.

Piloto automáticoPiloto automáticoPiloto automáticoPiloto automáticoPiloto automáticoRodrigo Tamani, Guillermo Perez-Iturbe e equipe apresentaram aos vi-sitantes da primeira edição do BahiaFarm Show a sua linha de produ-tos, com destaque para o piloto au-tomático, que já foi sucesso em ou-tros eventos este ano.

VVVVVendasendasendasendasendasPaulo Herrmann ocupa

agora o novo cargo dediretor de Vendas e

Experiência do Clientepara a América do Sul.Além de dirigir toda a

organização de Vendasna América do Sul,

também será responsá-vel pelas áreas relaciona-das às fases da Experiên-

cia do Cliente, como oDesenvolvimento de

Concessionários,Planejamento de Vendas

e Suporte ao Cliente.Herrmann era diretor de

Marketing para aAmérica do Sul.

MarketingMarketingMarketingMarketingMarketingTravis Becton é o

novo diretor deMarketing para a

América do Sul. Suamissão será fortalecero foco no cliente nosprocessos de marke-ting, implementar eexecutar um progra-

ma integrado demarketing para o

continente, identifi-cando novas oportu-nidades e desenvol-

vendo o entendimen-to sobre o mercado e

os clientes.

Travis Becton

TTTTTreinamentoreinamentoreinamentoreinamentoreinamentoA Van de Treinamento da Case IH continua visitando as usinas pelo interior do Brasil. Umadas últimas paradas foi na cidade de Itapagipe (MG), naUsina de Itapagipe, dia 9 de junho. A concessionária res-ponsável pelo treinamento foi a Agro New Máquinas. Ocurso aconteceu dentro da usina e contou com a presen-ça de 12 funcionários. A van, que comporta até 20 pes-soas, se transforma em uma sala de aula equipada paratreinamentos teórico e prático. O calendário dos treina-mentos é organizado de acordo com os pedidos das con-cessionárias. No final de junho a Case IH colocou maisuma van para agilizar os treinamentos.

Meio ambienteMeio ambienteMeio ambienteMeio ambienteMeio ambienteA Tuzzi, fabricante de peças automotivas e agrí-colas de São Joaquim da Barra, interior do esta-do de São Paulo, inaugurou recentemente ummoderno centro para tratamento dos efluentesde suas quatro unidades de negócios. Um inves-timento aproximado de R$ 600 mil, cada Esta-ção de Tratamento de Efluentes (ETE) tem ca-pacidade para 27 mil litros/dia, e é um modelona região. “Batalhamos muito para que nossa Es-tação estivesse devidamente de acordo com a le-gislação e entrasse logo em funcionamento”,conta Alexandre Tuzzi, diretor industrial.

Nury Jafar Abboud

Carlos Magnum

Paulo Herrmann

Page 6: Maquinas 75

qualidade de plantio

06 • Junho 08

A semeadora utilizada foi montada no sistema delevante do trator, dotada de mecanismos dosadores desementes tipo disco perfurado horizontal de duas fileiras

Acultura do feijão já foi conside-rada de subsistência. Entretan-to, devido à crescente evolução

da tecnificação e aos avanços da pesquisa,tem despertado o interesse de grandes pro-dutores.

O Brasil se destaca como o maior pro-dutor e consumidor de feijão do mundo, evi-

denciando-se a importância da pesquisapara essa cultura. Porém, para obter suces-so na implantação de determinada culturacom o mínimo revolvimento do solo, tem-se utilizado o sistema de plantio direto, emque a semeadora-adubadora realiza o corteadequado dos restos culturais na superfíciedo solo e coloca a semente e o adubo nas

profundidades adequadas.Quando se trata de plantio direto, acen-

tua-se a importância do desempenho deuma semeadora-adubadora, pois esta deveatender a alguns preceitos, como a utiliza-ção de elementos segadores apropriados paraefetuar o corte da cobertura vegetal e pro-porcionar a correta deposição da semente edo adubo no solo.

A aplicação do adubo junto ou próximoà semente constitui uma das principais cau-sas da baixa eficiência do adubo, danos àssementes e plântulas, ocasionando reduçãona população final de plantas.

O sulcador de adubo, tipo haste, pro-move maior mobilização do solo, demandamaior esforço de tração e, conseqüentemen-te, pode induzir maior patinagem dos roda-dos do trator, quando comparado com ossulcadores de discos duplos. Isso pode sercomprovado com os trabalhos de pesquisa,onde se comparou o sulcador de adubo, tipohaste, atuando nas profundidades de 0,06a 0,12m. Os resultados demonstraram umacréscimo em volume mobilizado de solo de53% e um aumento na força de tração de70 para 130% quando o sulcador atuou naprofundidade 0,12m em comparação a

Profundidade certaEstudo avalia eficiência da deposição de fertilizantes em diferentes profundidades e concluique apenas 5cm de diferença podem significar um acréscimo de 13% na produtividade final

Massey Ferguson

Page 7: Maquinas 75

“ O trabalho de pesquisa teve por objetivo avaliar a influência da profundidade de adubação“ O trabalho de pesquisa teve por objetivo avaliar a influência da profundidade de adubação“ O trabalho de pesquisa teve por objetivo avaliar a influência da profundidade de adubação“ O trabalho de pesquisa teve por objetivo avaliar a influência da profundidade de adubação“ O trabalho de pesquisa teve por objetivo avaliar a influência da profundidade de adubaçãoem relação a alguns fatores importantes na rentabilidade de uma lavoura de feijão”em relação a alguns fatores importantes na rentabilidade de uma lavoura de feijão”em relação a alguns fatores importantes na rentabilidade de uma lavoura de feijão”em relação a alguns fatores importantes na rentabilidade de uma lavoura de feijão”em relação a alguns fatores importantes na rentabilidade de uma lavoura de feijão”

ParâmetrosEspaçamento entreplântulas (m)Espaçamentosaceitáveis (%)Espaçamentosfalhos (%)Espaçamentosmúltiplos (%)Emergência dasplântulas (%)Índice de velocidade(admensinal)Tempo deemergência (dias)Estande final(número de plantas)Número de vagenspor plantaNúmero de grãospor vagemMassa de100 grãos (g)Produtividade(kg ha-1)

Profundidade (m)0,050,100,050,100,050,100,050,100,050,100,050,100,050,100,050,100,050,100,050,100,050,100,050,10

Média0,10960,107752,8154,0027,9327,5619,0018,6887,5081,599,759,198,619,00

104,18104,3713,3814,915,826,15

21,3721,44

3991,634534,47

0,06m.Alguns autores, avaliando a cultura do

milho, afirmam ter observado maior popu-lação de plantas, maior número de espigaspor metro linear e maior produtividade degrãos na profundidade de adubação a 0,10mdo solo. Com relação à cultura do feijão, pes-quisas apontam melhor desenvolvimento ra-dicular do feijoeiro na adubação mais pro-funda, em torno de 0,10m.

Diante da importância de se avaliar odesempenho das semeadoras-adubadoras etendo em vista a carência de pesquisas comrelação à profundidade de adubação, reali-zou-se na Universidade Federal de Viçosaum trabalho de pesquisa que teve por obje-tivo avaliar a influência da profundidade deadubação em relação a alguns fatores im-portantes na rentabilidade de uma lavourade feijão. Utilizou-se para isso um conjun-to trator-semeadora-adubadora atuando emduas profundidades de deposição do adubo(0,05 e 0,10m) em um sistema de plantiodireto.

A semeadora-adubadora foi montada no

O controle de profundidade foi feito atravésda mola específica para essa regulagem,

localizada na lateral da semeadora

Detalhe dos elementos de corte liso com 0,4064mde diâmetro, sulcadores para distribuição de

sementes e rodas compactadoras em “V”

sistema de levante hidráulico do trator. Osmecanismos dosadores de sementes escolhi-dos foram do tipo disco perfurado horizon-tal de duas fileiras, com 44 furos de0,00889m de diâmetro.

Os elementos de corte, sulcadores e ro-das compactadoras utilizados foram: discode corte liso com 0,4064m de diâmetro; sul-cadores, para distribuição de sementes, dediscos duplos defasados com 0,356m de di-âmetro e sulcadores de fertilizantes do tipodiscos duplos defasados com 0,356m de di-âmetro e rodas compactadoras em “V”.

A regulagem da profundidade de adu-

bação foi feita ajustando-se a mola, confor-me ilustrado na figura. Entretanto, é im-portante salientar que essa regulagem é es-pecífica para cada marca e modelo de seme-adora-adubadora que se está utilizando, fa-zendo-se assim, necessária a consulta domanual do operador da máquina em ques-tão.

As características analisadas para verifi-car a influência da profundidade de aduba-ção foram: uniformidade de distribuiçãolongitudinal de plântulas, emergência dasplântulas (porcentual de emergência de

Fotos Haroldo Fernandes

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A profundidade de adubação a 10cm teveum ganho sobre a profundidade de 5cmde R$ 1.809,50 por hectare

plântulas, índice de velocidade de emergên-cia e tempo médio de emergência de plân-tulas), estande final, rendimento e seus com-ponentes.

Dentre as características relacionadas àcultura analisada, a produtividade dos grãosfoi o parâmetro que mais se destacou, poispercebe-se uma diferença de 542,84kg ha-1

quando o mecanismo sulcador atuou na pro-fundidade de 0,10m em relação à profundi-dade de 0,05m. Para melhor visualização doquanto representa em rentabilidade essa di-ferença na produção, basta fazer um cálcu-lo simples e rápido. Como exemplo serão

Haroldo e Paula conduziram o experimento emostram que detalhes no plantio podem gerardiferenças significativas na produtividade final

considerados uma área de 20ha e o preço dasaca do feijão, no dia em que o produtordecidiu vender sua produção, de R$ 200,00.

Pelos cálculos, pode-se perceber que oprodutor, ao regular o sulcador de adubopara a profundidade de 0,05m, deixou deganhar R$ 36.190,00, ou seja, R$ 1.809,50/

ha. Sendo assim, evidencia-se a importân-cia da correta regulagem da profundida-de que o sulcador de adubo deve atuar.Porém, deve-se sempre levar em conside-ração as condições do solo, tipo da má-quina, cultura, qualidade da semente eoutros fatores que envolvam o processoprodutivo, pois esses resultados foram deacordo com as condições em que o traba-lho foi desenvolvido.

Paula Cristina Natalino Rinaldi eHaroldo Carlos Fernandes,UFV

542,84 kg - 1hax(kg) - 20ha

x = 10.856,8 kg em 20ha10.856,8kg60kg/saca

180,95 sacas x R$ 200,00/saca = R$ 36.190,00

= 180,95 sacas em 20ha

. M

Haroldo Fernandes

Div

ulga

ção

Valtr

a

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10 • Junho 08

transplantio

Dentro de uma propriedade agríco-la, o sistema mecanizado agrícola -conjunto trator-equipamento -

visa à agilidade nas tarefas, conforto ao opera-dor, aumento da capacidade de trabalho e pro-dutividade.

Devido à crescente demanda de máquinasno campo os operários passaram, na maioriados casos, de mão-de-obra de campo para ope-radores de máquinas, principalmente quandose fala de culturas como soja, milho, cana-de-açúcar. Já a cultura do café, em algumas condi-ções, é necessário uso de mão-de-obra para re-alizar determinadas operações, como o trans-plantio.

Primeiramente deve-se distinguir o que ésemeadura, plantio e transplantio. A semeadu-

ra é uma determinação utilizada quando se faza distribuição de sementes, seja realizada ma-nual ou mecanizada; o plantio refere-se à dis-tribuição de partes vegetativas, como da cultu-ra da cana-de-açúcar e da mandioca e, por fim,o transplantio refere-se à distribuição no cam-po de plântulas, ou seja, culturas que necessi-tam de um período inicial de desenvolvimentoem viveiros, com condições ambientais contro-ladas, como o café, eucalipto e fumo.

As máquinas que normalmente fazem es-sas operações são chamadas de semeadoras,quando depositam sementes no solo, e semea-doras-adubadoras, quando depositam semen-tes e adubo no solo; plantadora, quando distri-buem partes vegetativas, e transplantadoraspara a distribuição de mudas.

A maioria das máquinas para transplantioé alimentada por processo manual, o que podegerar erros de distribuição e também, como otrator é direcionado pelo operador, pode acon-tecer de as fileiras ficarem com distâncias foradas recomendadas.

Para pequenos produtores, os processos decontrole do maquinário são de forma manual,mas para grande produtores, normalmente seutiliza dispositivos associados à agricultura deprecisão, onde se pode se destacar o piloto au-tomático. É um mecanismo ligado a satélites ebombas hidráulicas que fazem o direcionamen-to automático do trator sem a intervenção dooperador, que vira mero espectador. Mas essenão é o assunto principal desse trabalho. As-sim, vamos dar ênfase na avaliação do trans-plantio, seja pela distribuição das mudas, sejapela distância entre as fileiras.

Desse modo, várias técnicas podem ser uti-lizadas para avaliar a operação de transplantio,nesse trabalho vamos comentar sobre o con-trole estatístico do processo (CEP), ferramentaque trata da qualidade da operação, ou seja, porser padrão não pode haver oscilação durante aoperação.

Vários autores já utilizaram essa técnica,Lopes et al. (1995), ao utilizarem o controleestatístico no controle da qualidade do espaça-mento entressulcos na cultura de cana-de-açú-car (Saccharum spp.), concluíram que os índi-ces de variação encontrados nas áreas analisa-das foram muito elevados, e que a variação en-tre os diversos grupos estudados estava fora decontrole, apesar da média estar próxima da de-sejada para a operação, sugerindo problemas demá regulagem do implemento ou erros na ope-ração por parte do operador.

Santos e Maciel (2006), ao avaliarem a qua-

Espaçamentoavaliado

Plataforma utilizada no plantio demudas de café, acoplada nosistema de levante do trator

Estudo avalia a variabilidadedo espaçamento no plantio demudas de café em operaçãosemimecanizada

Estudo avalia a variabilidadedo espaçamento no plantio demudas de café em operaçãosemimecanizada

Page 11: Maquinas 75

Junho 08 • 11

. M

“““““VVVVVerificou-se que a distribuição de mudas e o espaçamento entreplantas foram de boa qualidade,erificou-se que a distribuição de mudas e o espaçamento entreplantas foram de boa qualidade,erificou-se que a distribuição de mudas e o espaçamento entreplantas foram de boa qualidade,erificou-se que a distribuição de mudas e o espaçamento entreplantas foram de boa qualidade,erificou-se que a distribuição de mudas e o espaçamento entreplantas foram de boa qualidade,sendo o mínimo de 80% das plantas com espaçamentos normais, com pequena amplitude”sendo o mínimo de 80% das plantas com espaçamentos normais, com pequena amplitude”sendo o mínimo de 80% das plantas com espaçamentos normais, com pequena amplitude”sendo o mínimo de 80% das plantas com espaçamentos normais, com pequena amplitude”sendo o mínimo de 80% das plantas com espaçamentos normais, com pequena amplitude”

lidade da pulverização com técnicas de contro-le estatístico do processo, verificaram que ametodologia proposta permitiu identificar quaisfatores envolvidos no processo precisam sermelhorados, e que após o treinamento, a meto-dologia pode ser aplicada pelos cooperados naspropriedades para avaliar os fatores e corrigir asfalhas antes que o processo de pulverização sejaexecutado.

Resumidamente, o Controle Estatístico doProcesso (CEP) é uma metodologia que poten-cialmente permite conhecer o processo, man-ter o mesmo em estado de controle estatístico emelhorar a capacidade do mesmo. Tudo isto seresume à redução de variabilidade do processo(Schissatti, 1998).

Assim, foi realizado na Fazenda Marrecos,no município de Romaria (MG), o transplan-tio de mudas de café, onde foi utilizado umtrator Massey Ferguson 290, ano 1986, com67,1kW (90cv) de potência no motor. Acopla-da ao trator no sistema hidráulico de três pon-tos foi utilizada uma plataforma específica parao transplantio, com largura de 2,5m e compri-mento de 3m, apresentando no centro um sul-cador.

As mudas de café Mundo Novo foram aco-modadas em caixas plásticas e colocadas na pla-taforma de transplantio. Para distribuição dasmudas utilizou-se uma roda odométrica que, acada 0,80m, emitia um sinal para que o opera-dor depositasse a muda no sulco. Após a depo-sição da muda no sulco funcionários de campofaziam a retirada do saco plástico e colocaçãode solo ao redor da mesma.

Foram avaliados os espaçamentos entre-plantas, que objetiva avaliar a operação de de-posição da muda, e o espaçamento entrefileirasde café, que objetiva avaliar o operador do tra-tor, quanto à uniformidade da largura das filei-ras, que foi de 4m.

O espaçamento entreplantas foi obtido emcomprimento de 5m na fileira de plantio e to-mados os respectivos espaçamentos em 20 pon-

tos da área, esses, por sua vez, foram analisadossegundo as normas da ABNT (1984) e Kura-chi et al. (1989), considerando-se porcentagensde espaçamentos: “duplos” (D): <0,75 o Xref.,“normais” (A): 0,75< Xref.< 1,25, e “falhas”(F): > 1,25 o Xref. Em que, o espaçamentomédio esperado (Xref.) foi de 0,80m.

O espaçamento entrefileiras foi avaliadodeterminando-se a distância entre duas plan-tas em fileiras diferentes em 20 pontos da área.

Na Figura 1 são apresentadas as cartas decontrole para a média e amplitude para a dis-tribuição dos espaçamentos normais no trans-plantio de mudas de café. Observa-se que autilização de roda odométrica com emissão desinal sonoro para o ajudante de transplantiopermitiu que as mudas fossem colocadas den-tro de um padrão de distribuição satisfatório,pois a maioria dos espaçamentos esteve com100% dentro do permitido, apresentando mí-nimo de 80% em alguns pontos. Isso é demons-

trado na carta de amplitude com variação pró-xima de 20% com amplitude média de 6,15%.

Na Figura 2 são apresentadas as cartas decontrole da média e da amplitude para o espa-çamento entrefileiras de café. Observa-se queocorre pouca variação na distância entre as fi-leiras, o que considera o operador de boa con-dução da operação de transplantio, pois ocor-reu variação de apenas 7,9% nos espaçamen-tos, com média de 3,98m. A carta da amplitu-de apresenta média de 0,42m, ou seja, as filei-ras poderiam oscilar entre 3,58 e 4,42m.

Verificou-se que a distribuição de mudas eo espaçamento entreplantas foram de boa qua-lidade, sendo o mínimo de 80% das plantas comespaçamentos normais, com pequena ampli-tude. Nos demais espaçamentos, pela pequenapresença de pontos, não foi possível apresentaras cartas de controle. Para o espaçamento en-trefileiras, observou-se que a operação estevedentro do padrão com variação apenas de 7,9%,e média geral de 3,98m.

Para facilitar o controle de espaçamento, foiutilizada uma roda odométrica que emite sinais

no momento de depositar a muda no solo

Jorge Wilson CortezUnivasfRouverson Pereira Da Silva eCarlos Eduardo Angeli Furlani,Unesp

Figura 1 - Distribuição dos espaçamentos normais entreplantas

Legenda: LSC – Limite Superior de Controle; LIC – Limite Inferior de Controle.

Figura 2 - Distribuição dos espaçamentos entrefileiras

Legenda: LSC – Limite Superior de Controle; LIC – Limite Inferior de Controle.

Além do espaçamento entreplantas na linha,também foi avaliado o espaçamento nas

entrelinhas

Page 12: Maquinas 75

adjuvantes

12 • Junho 08

Ouso de adjuvantes na agricul-tura é um tema que despertainteresse, gera dúvidas e contro-

vérsias pelo uso inadequado. No entanto, osbenefícios obtidos com esses produtos estãocada vez mais difundidos em todo o mundo,com o crescente número de produtos comerci-ais disponíveis.

Para melhor compreensão do assunto énecessário conceituar o que são esses produtos.Adjuvante é qualquer substância que, adicio-nada a uma formulação de produto fitossani-tário (fase de fabricação) ou à calda de pulveri-zação (produto fitossanitário + diluente, viade regra a água), facilita a aplicação, pode redu-zir perdas e ou melhorar o desempenho do agen-te químico de controle.

Os adjuvantes são classificados quanto àssuas propriedades químicas em surfatantes demaneira inadequada. A palavra surfatante temsido comumente usada como adjuvante, ouvice-versa, para se referir a determinados gru-

pos de substâncias a exemplo de óleos mineraisou vegetais, poliglicóis-éter, entre outros. Noentanto, a palavra tem origem na expressão sur-face-acting agent (agente ativo de superfície) oqual apresenta a função de reduzir a tensão su-perficial da calda, diminuindo a força de atra-ção entre as moléculas do líquido, em especialda água, possibilitando, assim, maior contatodas gotas de pulverização com a superfície ve-getal. Essa propriedade promove o efeito espa-lhante, molhante, espalhante-adesivo etc. Nogeral, são nomenclaturas distintas encontradasno rótulo dos produtos, mas com finalidadessemelhantes.

Qualquer composto, ao diminuir a tensãosuperficial da água, aumenta a superfície decontato da gota e, portanto, produzirá um maiorespalhamento do líquido, que terá um maiorou menor grau de espalhamento, dependendodo tipo de surfatante e da superfície foliar àqual foi aplicada a solução. Um agente surfa-

tante possui em sua estrutura química duasregiões claramente definidas, a primeira é aporção lipofílica (não-polar), que possui afini-dade com a maioria dos compostos orgânicosnão-solúveis em água; a segunda é a hidrofíli-ca, que tem afinidade com a água. A quantida-de de moléculas hidrofílicas e lipofílicas é pre-ponderante no molhamento e espalhamentodos surfatantes. Os surfatantes mais utilizadosna agricultura são os não-iônicos (não tendema alterar o equilíbrio de cargas elétricas nas for-mulações e nas caldas) e, como exemplo, o gru-po dos etoxilados – derivados do óxido de etile-no polimerizado; propoxilados – derivados doóxido de propileno polimerizado (fazem me-nos espuma que os etoxilados); polímeros debloco – polimerizados de forma a unir molécu-

Coadjuvantena aplicação

Os adjuvantes têm a finalidade de auxiliar nafixação, absorção e no aumento da eficiência do

defensivo aplicado sobre as plantas

Além de bicos certos e máquinas bem reguladas, existemoutros fatores que ajudam a aumentar a eficácia nas

aplicações de produtos fitossanitários, como os adjuvantes.Mas você sabe diferenciá-los e qual usar em cada situação?

Valtra

Page 13: Maquinas 75

Junho 08 • 13

Os óleos vegetais e minerais, por exemplo, podem serutilizados tanto na função de produto fitossanitário,

como diluentes em aplicações de baixo volume

“““““A palavra surfatante tem sido comumente usada como adjuvante, ou viceA palavra surfatante tem sido comumente usada como adjuvante, ou viceA palavra surfatante tem sido comumente usada como adjuvante, ou viceA palavra surfatante tem sido comumente usada como adjuvante, ou viceA palavra surfatante tem sido comumente usada como adjuvante, ou vice-versa, para se-versa, para se-versa, para se-versa, para se-versa, para sereferir a determinados grupos de substâncias a exemplo de óleos minerais ou vegetais”referir a determinados grupos de substâncias a exemplo de óleos minerais ou vegetais”referir a determinados grupos de substâncias a exemplo de óleos minerais ou vegetais”referir a determinados grupos de substâncias a exemplo de óleos minerais ou vegetais”referir a determinados grupos de substâncias a exemplo de óleos minerais ou vegetais”

las heterogêneas, como etoxilados + propoxi-lados, resultando moléculas muito grandes commúltipla afinidade a compostos orgânicos (li-pofílicos) e os organosilicones – sua porção li-pofílica é composta por grupos siloxanos quepossuem um grupo de silício (Si) em sua estru-tura, derivando daí o seu nome de siliconadosou organosilicones.

ÓLEOSNo geral, os óleos são classificados em mi-

nerais ou vegetais. Possuem um amplo espec-tro de uso, sendo utilizados tanto na função deproduto fitossanitário de forma isolada (paracontrole de alguns insetos e fungos), como di-luentes para aplicações em baixo volume oleo-so e como adjuvantes adicionados às caldas depulverização. Porém, para os diferentes usospodem variar tanto em sua composição, quan-to em algum processo da fabricação. Exercen-do o papel de adjuvante os óleos podem favore-cer o espalhamento e a absorção por apresenta-rem de 5 a 9% de surfatante em sua composi-ção, reduzindo a taxa de degradação do ingre-diente ativo do produto fitossanitário e a ten-são superficial da calda. A adição de óleos pou-co purificados (degomado) como diluente empulverizações abaixo volume tornou-se práticausual na agricultura, porém pouco se tem es-tudado a respeito de sua função como adju-vante.

ADESIONANTESmelhoram a adesão do produto fitossanitá-

rio a um alvo, geralmente à superfície foliar.Deixam um filme pouco solúvel sobre as su-perfícies tratadas, mas esse deve ser permeávela trocas gasosas. Látex e PVA (polivinil aceta-to) constituem exemplos de adesionantes utili-zados em processos de formulação.

ACIDIFICANTESOs acidificantes ou redutores de pH (po-

tencial hidrogeniônico) são produtos capazesde deixar a calda ácida pelo aumento da con-centração de íons de hidrogênio (H+), sendorecomendados em mistura a caldas alcalinas,prevenindo a degradação de produtos fitossa-nitários por hidrólise (quebra da molécula pelaágua). Porém, o seu uso é bastante controver-so, pois pesquisas mostram que produtos ditos

quimicamente instáveis em determinadas fai-xas de pH, não apresentam diferenças signifi-cativas quanto a sua eficácia a campo, quandosubmetidos a diferentes níveis de pH da calda.Além disso, águas fortemente alcalinas são debaixa ocorrência no território brasileiro, sendomais freqüente em continentes como a Euro-pa. Considerando que a maioria dos produtosfitossanitários presentes no Brasil já estão di-fundidos por diversos países, é grande a proba-bilidade que suas formulações já tenham sidodesenvolvidas com a presença de adjuvantes quepermitam sua utilização em águas com dife-rentes valores de pH. Como exemplos de pro-dutos para redução do pH existem diversos áci-dos fracos, como o fosfórico, o ortofosfórico e ocítrico.

Charles Echer

Case IH

Page 14: Maquinas 75

14 • Junho 08

TAMPONANTESOs tamponantes permitem manter o pH

de uma solução em uma determinada faixa;geralmente são usados em conjunto com osacidificantes, para que, com o passar do tem-po, o pH da solução não retorne ao seu va-lor inicial. Apresentam-se, no geral, na for-ma de sais, a exemplo do fosfato ácido desódio e do citrato ácido de sódio.

ANTIESPUMANTEEsses adjuvantes reduzem a formação

de espuma na calda, evitando que a mes-ma transborde durante agitação no tan-que do pulverizador (diminuindo os ris-cos de contaminação ambiental e do apli-cador), e impede o possível erro de dosa-gem que a espuma pode acarretar, poratrapalhar a visualização adequada do ní-vel de calda no tanque.

Um produto desse tipo comumente usa-do nos EUA é um polímero de silicone/car-bono conhecido como Dimetilpolisiloxano,que pode ser disperso diretamente na espu-ma. No geral, dificilmente é encontrado essetipo de produto no comércio e o seu uso temse limitado aos produtos formulados.

ANTIEVAPORANTEOs antievaporantes reduzem a taxa de eva-

poração da água. Atualmente, não se conheceno mercado brasileiro de adjuvantes comerci-ais para pulverizações, nenhum produto quetenha ação comprovada e eficaz com essa pro-priedade. A substância OED (álcool oxietilenodocosanol) já teve essa propriedade comprova-da em pesquisas, mas como dito anteriormen-

te, não se encontra disponível como um adju-vante comercial.

FILTRO SOLARO filtro solar reduz a decomposição ou de-

sativação de substâncias, devido à ação da ra-diação solar. Esses adjuvantes têm sido me-lhor explorados em associação com produtosbiológicos. No Chile, protetores utilizados noprocesso industrial do branqueamento de pa-pel e na prevenção da descoloração de roupas,têm se mostrado promissores em pesquisas nasquais estão sendo usados em conjunto com ofungo patogênico a insetos – Metarhizium ani-sopliae – reduzindo a inviabilização do fungoquando exposto à radiação ultravioleta.

ESPESSANTESOs espessantes aumentam a viscosidade de

uma solução. Comumente utilizados no trata-mento de sementes para melhorar a homoge-neização e/ou cobertura do produto sobre assementes, a exemplo da carboxi-metil celuloseou goma xantana.

QUELETIZANTESIsolam cargas elétricas e suprimem a reati-

vidade de moléculas e íons. Os queletizantessão compostos que impedem que qualquermolécula ou íon venha reagir com o produtofitossanitário na calda. O produto etileno-dia-mina-tetracético (EDTA ou EDTA-H4) é utili-zado para controlar a concentração de íonsmetálicos em soluções aquosas.

Portanto, fica evidente que os adjuvantessão fabricados para melhorar a eficiência dapulverização agrícola, seja por um efeito dire-to, como aumentar a molhabilidade e reten-ção do produto fitossanitário no alvo de inte-resse, ou indireto, reduzindo perdas de pro-duto por evaporação ou deriva. Porém, exis-tem diversos produtos comerciais que são clas-sificados como adjuvantes, mas não cumpremeficientemente a propriedade descrita em seusrótulos. Produtos eficazes como adjuvantes,mas utilizados incorretamente, podem fazercom que os benefícios atribuídos aos adjuvan-tes, tornem-se malefícios. Por exemplo, o au-mento da concentração de um surfatante nacalda ou o uso de volume alto de aplicação(litros por hectare ou litros por planta) comadição mínima de surfatante, pode aumentarsignificativamente as perdas por escorrimen-

Gotas de pulverização com ausência desurfatante (A) e presença de surfatante

(B) na solução

Hamilton Ramos

Page 15: Maquinas 75

Demétrius e Carlos explicam ascaracterísticas dos principais adjuvantes

utilizados na pulverização agrícolaEscorrimento da calda provocado pelo uso incorretode surfactantes, ocasionou perda de produto e

contaminação do ambiente

to da calda para o solo, causando importantesprejuízos econômicos ao produtor, deficiên-cia no controle fitossanitário, bem como oaumento da contaminação ambiental.

Recomenda-se sempre, que a pessoa que seinteressar em utilizar um adjuvante para pul-verização verifique se o produto fitossanitárioapresenta na bula alguma restrição quanto àmistura com outros produtos; como esse adju-vante se comporta com a tecnologia que vai serempregada (tipo de pulverizador, ponta de pul-verização, volume de pulverização); a intera-ção desse produto e suas dosagens recomenda-

das com o alvo a ser tratado – características dasuperfície foliar, posicionamento do alvo emrelação à pulverização (vertical ou horizontal).

Assim, cada caso apresenta suas peculiari-dades e, não há receitas para o uso de adjuvan-tes. Consciente é o agricultor que realiza testesem pequena escala, antes de aplicar o produtoem toda sua área, e busca o maior número deinformações possíveis perante os que comerci-alizam esses tipos de produtos e profissionaisda área, como os engenheiros agrônomos.

Demétrius de Araújo eCarlos G. Raetano,FCA/Unesp – Botucatu/SP

“““““Produtos eficazes como adjuvantes, mas utilizados incorretamente, podemProdutos eficazes como adjuvantes, mas utilizados incorretamente, podemProdutos eficazes como adjuvantes, mas utilizados incorretamente, podemProdutos eficazes como adjuvantes, mas utilizados incorretamente, podemProdutos eficazes como adjuvantes, mas utilizados incorretamente, podemfazer com que os benefícios atribuídos aos adjuvantes, tornem-se malefíciosfazer com que os benefícios atribuídos aos adjuvantes, tornem-se malefíciosfazer com que os benefícios atribuídos aos adjuvantes, tornem-se malefíciosfazer com que os benefícios atribuídos aos adjuvantes, tornem-se malefíciosfazer com que os benefícios atribuídos aos adjuvantes, tornem-se malefícios”””””

Charles Echer Divulgação

. M

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16 • Junho 08

avaliação de ruídos

Ensaio avalia os fatoresque afetam diretamente aqualidade dapulverização, como adistância máxima possívelentre os bicos na barra

Existem vários tipos de pulveriza-dores hidráulicos, que são muitoutilizados e vão desde os mais sim-

ples, como os do tipo costal manual, até equi-pamentos maiores e mais sofisticados, como osautopropelidos equipados com controladoreseletrônicos. Nesses equipamentos os bicos depulverização representam um grupo fundamen-tal entre os principais componentes, pois influ-enciam diretamente na qualidade e na segu-rança da aplicação.

Quando se fala em bicos de pulverização,refere-se ao conjunto de peças colocado no fi-nal do circuito hidráulico, através do qual a cal-da é fragmentada em gotas. Das peças consti-tuintes do bico, a ponta de pulverização é a maisimportante delas, sendo a responsável diretapela formação e pela distribuição das gotas.

Cada bico possui uma curva característicade distribuição volumétrica e essa curva temgrande importância na determinação da dis-tância do bico em relação ao alvo e no espaça-mento entre bicos na barra, requerendo sobre-posição de cerca de 30% do jato de cada bicosubseqüente, resultando numa distribuiçãouniforme do líquido pulverizado por bicos hi-

O volume da gota é determinado pelo modelo debico, tamanho do orifício, pressão de trabalho e

formulação do produto

Cobertura total

Page 17: Maquinas 75

“Das peças constituintes do bico, a ponta de pulverização é a mais importante“Das peças constituintes do bico, a ponta de pulverização é a mais importante“Das peças constituintes do bico, a ponta de pulverização é a mais importante“Das peças constituintes do bico, a ponta de pulverização é a mais importante“Das peças constituintes do bico, a ponta de pulverização é a mais importantedelas, sendo a responsável direta pela formação e pela distribuição das gotas”delas, sendo a responsável direta pela formação e pela distribuição das gotas”delas, sendo a responsável direta pela formação e pela distribuição das gotas”delas, sendo a responsável direta pela formação e pela distribuição das gotas”delas, sendo a responsável direta pela formação e pela distribuição das gotas”

dráulicos convencionais.Uma das formas de quantificar a unifor-

midade de distribuição numa pulverização éatravés da análise da deposição do produto naárea, expressa pelo coeficiente de variação (C.V.)obtido, sendo que quanto menor esse valor, maisuniforme é a distribuição.

O cálculo do C.V. é realizado a partir dopadrão de distribuição de bicos individuais, si-mulando-se a sobreposição desses padrões embancadas de prova, onde o líquido é coletadoem canaletas a distâncias determinadas e de-positado em recipientes individuais. A distri-buição é quantificada através da determinaçãodo C.V. das leituras dos volumes coletados emcada canaleta da mesa considerando-se as so-breposições. Segundo alguns autores, os padrõesadequados de C.V. são de dez a 15%. Valoresacima deste limite indicam pontas desgastadas,pontas diferentes na barra, falha na relação en-tre espaçamento entre bicos e altura da barra

do pulverizador, espaçamento variado entrebicos ou má qualidade das pontas de pulveri-zação.

O tamanho da gota formada em bicos hi-dráulicos é determinado pelo modelo de bico,tamanho do orifício, pressão de trabalho e for-mulação do produto fitossanitário. O sucessoda pulverização depende de uma distribuiçãouniforme e de um determinado diâmetro enúmero de gotas adequadas ao alvo a ser atin-gido. Assim, cresce a importância de se conhe-cer qual é a melhor combinação de densidade ediâmetro de gotas e concentração de ingredi-ente ativo na calda, para as principais pragas,cujo controle é realizado via pulverização.

A partir dessas informações, foram rea-lizados trabalhos no Departamento de Fi-tossanidade da Unesp de Jaboticabal visan-do caracterizar o diâmetro de gotas produ-zidas por bicos de pulverização (Teejet XR110015 VS) e o seu adequado espaçamento

na barra do pulverizador.O trabalho foi realizado em duas etapas: a

primeira para determinar a distância entre osbicos na barra e a segunda caracterizando asgotas produzidas.

DISTÂNCIA ENTRE OS BICOSPara a avaliação da distribuição da calda

pulverizada pelo bico, foi utilizada uma mesade deposição. Cada bico avaliado foi posiciona-do sobre a canaleta central, a 50cm de altura.

Após a leitura dos volumes nos tubos gra-duados, os valores foram utilizados para a ob-tenção das curvas de deposição e coeficiente devariação. Também foi medido o ângulo dos bi-cos nas duas pressões.

Na Figura 1 estão apresentadas curvas dedeposição nas pressões de 200 e 300kPa. A dis-tribuição das gotas em ambas as pressões, re-sultou em um padrão de distribuição adequa-do para os bicos, com uma emissão de maiorvolume de calda no centro do jato, com redu-ção gradativa da quantidade de líquido para asextremidades.

O ângulo de pulverização dos bicos foi res-pectivamente de 110° e 115º para as pressõesde 200 e 300kPa, resultando em uma pequenadiferença nas larguras de deposição. Contudo,a distribuição dos bicos praticamente não sealterou.

Em relação à vazão, as diferentes pressõesresultaram em um aumento de 19,4% (de 0,258para 0,308l/min), respectivamente para as pres-sões de 200 e 300kPa. Apesar da diferença navazão, não se verificou alteração significativana curva de deposição para as pressões analisa-das (Figura 1).

O espaçamento correto entre os bicos depulverização é determinado pela curva dedistribuição volumétrica de cada peça

Junho 08 • 17

Fotos Charles Echer

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18 • Junho 08

A distância máxima calculada para um C.V.aceitável foi de 85cm para as pressões de 200 e300kPa, com os respectivos valores de C.V. de9,52 e 9,58% (Figura 2).

O fabricante indica uma distância de 50cm entre bicos na barra, para o modelo avalia-do. Isto indica que há uma margem de segu-rança para as variações a campo, uma vez que a55cm o C.V. esteve próximo de 5%.

DIÂMETRO DE GOTASO espectro da população de gotas foi de-

terminado de forma direta, utilizando-se umanalisador de gotas em tempo real. Esse ana-lisador baseia-se na medição da luz – feixede raio laser – que sofre difração durante apassagem das gotas pulverizadas pela regiãode amostragem do aparelho. O desvio que ofeixe de laser sofre depende do tamanho dasgotas. Quanto menor a gota, maior é o des-vio que o raio de luz sofre. Os seguintes pa-râmetros foram avaliados: Dv0,1 – diâmetro degota tal que 10% do volume do líquido pul-verizado é constituído de gotas de tamanhomenor que esse valor -; Dv0,5 – diâmetro degota tal que 50% do volume do líquido pul-verizado é constituído de gotas de tamanhomaior ou menor que esse valor, também co-nhecido como diâmetro mediano volumétri-

co (DMV) -; Dv0,9 – diâmetro de gota tal que90% do volume é constituído de gotas de ta-manho menor que esse valor – e a amplituderelativa, que representa a uniformidade.

As médias referentes ao tamanho de gotasforam comparadas estatisticamente e os resul-tados estão apresentados na Figura 3.

Em relação ao diâmetro de gotas, observa-se diferença entre as pressões para Dv0,1 e DMV,sendo que a 200kPa os respectivos diâmetrosforam maiores. Comparando as pressões, hou-ve diferença significativa para Dv0,1 e DMV, não

havendo diferença para o Dv0,9. Embora o au-mento da pressão tenha provocado uma dimi-nuição do tamanho das gotas, não houve dife-rença significativa de uniformidade entre asduas pressões de trabalho avaliadas (Figura 3).

O diâmetro mediano volumétrico das go-tas (DMV) verificado neste trabalho indica altorisco de deriva e que esta ponte deve ser usadacom critério, evitando-se condições climáticase meteorológicas adversas.

O espaçamento máximo entre bicos na bar-ra deverá ser menor que 85cm e o DMV dimi-nui com o aumento da pressão, porém sem al-teração significativa da uniformidade do diâ-metro das gotas.

O sucesso da pulverização depende de umadistribuição uniforme, de um determinado diâmetro ede número de gotas adequado ao alvo a ser atingido

Dentre os vários eventos queconstituem o processo de pro-

dução agrícola, a tecnologia de aplica-ção de produtos fitossanitários é um dosmais importantes, pois uma cultura agrí-cola somente desenvolverá o máximo doseu potencial produtivo se estiver livrede pragas, doenças e plantas daninhas.A tecnologia de aplicação é diretamenteresponsável pela correta colocação dosprodutos fitossanitários no alvo, cuidan-do da preservação do ambiente e da saú-de do trabalhador, sem descuidar da téc-nica e da rentabilidade da produção.

TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO

Ana Paula Fernandes,Renata Souza Parreira,Marcelo da Costa Ferreira eGustavo de Nobrega Romani,FCAV/Unesp

Figura 1 e 2 - Curva de deposição do bico Teejet XR 110015 VS nas pressões de (a) 200 e (b) 300kPa; Coeficientesde variação nas pressões de (C) 200 e (D) 300kPa.

Char

les

Eche

r

. M

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manutenção

20 • Junho 08

As facas das roçadeiras com opassar do tempo e o uso se tor-nam ruins para o corte, haven-

do necessidade de afiação ou reparo docorte. As facas novas originais, podem serde duas ou três pontas e são geralmente

menores que as facas do mercado parale-lo que são maiores (30 ou 33cm) e de ape-nas duas pontas. Por serem maiores emais pesadas rendem mais no momentodo corte, roçando, em média, ¾ do com-primento da faca, no entanto devem ser

manuseadas com cuidado e com uso detodos os EPIs necessários, pois são maissuscetíveis às quebras ou possíveis aci-dentes. O protetor da faca não deve serremovido da roçadeira, o operador deveusar calçado com biqueira de aço, cane-

Fio no pontoA afiação da faca da roçadeira é um processo simples, mas quedeve obedecer alguns passos para que a operação seja exitosa

Fio no pontoA afiação da faca da roçadeira é um processo simples, mas quedeve obedecer alguns passos para que a operação seja exitosa

Charles Echer

Page 21: Maquinas 75

Faça o procedimento com afaca bem presa, evitandodeslocamento e acidentes

Junho 08 • 21

“““““AAAAAs facas das roçadeiras com os facas das roçadeiras com os facas das roçadeiras com os facas das roçadeiras com os facas das roçadeiras com o passar do tempo e o uso se tornam ruinspassar do tempo e o uso se tornam ruinspassar do tempo e o uso se tornam ruinspassar do tempo e o uso se tornam ruinspassar do tempo e o uso se tornam ruinspara o corte, havendo necessidade de afiação ou reparo do cortepara o corte, havendo necessidade de afiação ou reparo do cortepara o corte, havendo necessidade de afiação ou reparo do cortepara o corte, havendo necessidade de afiação ou reparo do cortepara o corte, havendo necessidade de afiação ou reparo do corte”””””

leiras e não permitir que pessoas fiquema menos de 15 metros da faca em movi-mento.

Com o uso, é normal que a faca des-gaste na ponta, ficando arredondada e re-duzindo sua capacidade de corte. Pou-cos operadores sabem afiar corretamen-te, pois afiam ou amolam apenas as late-rais da faca, não se importando com aspontas, que é o que realmente corta avegetação.

Para afiar corretamente a faca, pri-meiro prenda-a com alicate de pressãonuma bancada, marque com uma serra oespaço a ser retirado que pode variar de1 a 2cm, dependendo do desgaste da faca.

A serra deve ser de boa qualidade e ocorte efetuado somente para frente coma serra, evitando o desgaste da mesma,

devido à dureza do material da faca.Assim que o corte atingir ¼ da espes-

sura da faca, a serra deve ser inclinadapara dentro, para que o corte fique emforma de bisel e não necessite afiamen-tos posteriores.

Efetuado o corte de um lado, o peda-ço removido dever ser usado como me-dida para o corte do outro lado, para istobasta colocar o pedaço retirado em cimada ponta oposta e marcar com a serra opróximo corte.

Terminado o corte da outra ponta,pode-se passar a lima para reparar ares-tas que ficaram nas pontas. Coloca-se afaca na roçadeira e procede-se ao traba-lho normal até a próxima afiação. Deve-se lembrar que não é necessário afiar aslaterais da faca. . M

Prenda a faca sobre a mesa, marque olocal do corte e use a serra cortando

apenas para a frente

Antônio Donizette de Oliveira,Ufla

Use a ponta cortada para marcar o corte nooutro lado. Após, acerte-o com a lima einstale a faca novamente na máquina

Fotos Antonio Donizette de Oliveira

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22 • Junho 08

colhedora Axial BC 7500

Nesta edição, apresentamos a colhei-tadeira de grãos axial BC 7500,produzida na planta da AGCO

para a América do Sul em Santa Rosa (RS).Ela conta com motor Sisu Diesel Citius 84 CTA,ecológico, de seis cilindros Turbo intercooler,injeção eletrônica Common Rail de última ge-ração, 355 cavalos de potência, tanque de grãosde 10.570 litros, rotor axial de 3,65m de com-primento e plataforma de 30 pés, característi-cas que fazem esta colheitadeira atender as maisdiversas expectativas em relação a desempenhoe à qualidade de colheita.

PLATAFORMA DE CORTEA BC 7500 axial é equipada com a plata-

forma de corte série 500, de 30 pés (9,10m). Abarra de corte das plataformas série 500 é sus-tentada por uma estrutura em paralelogramo,que visa manter o ângulo de corte sempre está-vel, sem oscilações, independentemente das ir-regularidades do terreno. A barra de navalhaspode ser inclinada em até 5º para baixo, paraaproximar o corte mais rente ao solo. A garan-tia dos cortes é feita pela caixa de navalhas commovimento contínuo, gerando 1.100 cortes/minuto.

O grande diâmetro e as hélices altas do sem-fim, somados às guias dispostas longitudinal-mente, conferem uma maior capacidade de ali-mentação e transporte do material. Os dedosretráteis localizados no centro do caracol sãoajustáveis e fazem o material fluir homogenea-mente até o canal alimentador. A rigidez e aresistência do conjunto, mesmo com grandescargas, são garantidas pela aplicação de umaparede dupla de chapas no centro do caracol.

Os controles de altura de corte e a incli-nação lateral são automáticos, os deslizado-res de poliuretano e a rotação proporcional do

molinete conferem à plataforma maior desem-penho no corte e alimentação nas mais varia-das velocidades, culturas e condições de solo.

CANAL ALIMENTADORA interface entre plataforma e colheitadei-

ra é feita através do canal alimentador e o aco-plamento entre os dois equipamentos deve sersempre o mais rápido e fácil possível.

O engate das funções elétricas e hidráuli-cas entre a plataforma e a colheitadeira é reali-zado através de um único conector (single-po-int), facilitando e agilizando a operação de aco-plamento do conjunto.

A esteira de transporte de quatro correntespossui barras tripartidas, reforçadas em forma-to de U e fixadas por parafusos de ½, proporci-onando maior robustez ao conjunto. As barraslisas evitam maiores danos aos grãos quandoda passagem da cultura pelo alimentador e ga-rantem um fluxo homogêneo de material co-lhido sem sobressaltos.

As correntes que compõem a esteira mo-vem-se em cima de anéis soldados ao rolo fron-tal em forma de “W”. Isto ajuda a manter oalinhamento e eliminar o desgaste excessivodo contato da corrente com o rolo,reduzindo o tem-po e o custo

A plataforma de corte é da série 500, de30 pés, o que equivale a 9,10 metros

Axial BC 7500A BC 7500 é a primeira axial da Valtra, uma colheitadeiraclasse VII, produzida no Brasil e destinada aos médios e

grandes produtores da América Latina

O corte é feito pela caixa de navalhas commovimento contínuo de 1.100 cortes/minuto

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Junho 08 • 23

“O grande diâmetro e as hélices altas do sem-fim“O grande diâmetro e as hélices altas do sem-fim“O grande diâmetro e as hélices altas do sem-fim“O grande diâmetro e as hélices altas do sem-fim“O grande diâmetro e as hélices altas do sem-fim,,,,, somad somad somad somad somadooooos às guias dispostass às guias dispostass às guias dispostass às guias dispostass às guias dispostaslongitudinalmente, conferem uma maior capacidade de alimentação e transporte do material”longitudinalmente, conferem uma maior capacidade de alimentação e transporte do material”longitudinalmente, conferem uma maior capacidade de alimentação e transporte do material”longitudinalmente, conferem uma maior capacidade de alimentação e transporte do material”longitudinalmente, conferem uma maior capacidade de alimentação e transporte do material”

de reparo.A velocidade da esteira e a da plataforma

pode ser ajustada através de um conjunto vari-ador (velocidade variável) diferentemente à ve-locidade de deslocamento da máquina ou dacultura a ser colhida, resultando em ganhos deprodutividade e qualidade.

ROLO ALIMENTADORA BC 7500 axial usa um sistema de ali-

mentação e transição para o rotor composto porum rolo alimentador com guias helicoidais. Esteconjunto maximiza e direciona o fluxo de en-

trada do material para o rotor, oferecendo, ain-da, a proteção contra entrada de corpos estra-nhos, como pedras. O rolo alimentador de guiashelicoidais possui três funções principais e

básicas, que são acelerar a cultura quesai do canal alimentador para o rotor,

separar as pedras da cultura com a aju-da da caixa de pedras e alimentar o rotor

em 360°.

TRILHA E SEPARAÇÃO AXIALO coração da BC 7500 é o seu sistema úni-

co de trilha e separação axial. O seu rotor é pro-jetado para maximizar todos os benefícios dis-poníveis da tecnologia de processamento axial.O rotor realiza as operações de trilha e separa-ção, mantendo a integridade e a sanidade dosgrãos colhidos com o mínimo de perdas. Comcomprimento total de 3,56m e diâmetro de70cm, o rotor pode ser configurado com bar-

A esteira de transporte do canal alimentador éde quatro correntes com barras tripartidas

O tanque de grãos tem capacidade para 10.570 litros e o sistema dedescarga de 88 litros/segundo permite a descarga total em 2,15 minutos

Fotos Valtra

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ras, facas e raspadores, permitindo a configura-ção adequada para cada condição de lavoura.O acionamento do rotor é hidrostático, um sis-tema de bombas de fluxo variável aciona ummotor hidráulico ligado diretamente a uma cai-xa de duas velocidades. Este projeto buscoumaximizar pontos como conforto, versatilida-de e confiabilidade operacional, eliminando anecessidade de controles de velocidade variá-veis por polias e correias. Em caso de leve so-brecarga, alteração da velocidade e/ou necessi-dade da reversão da rotação do rotor, a trans-missão hidrostática simplifica todas estas ope-rações e torna a operação de colheita muito maisprática e produtiva. O rotor pode operar de 175a 970rpm na caixa alta, e de 175 a 746rpm nabaixa.

Os côncavos disponíveis para a BC 7500oferecem uma trilha suave, porém, com agres-sividade suficiente para trilhar e manter lim-pos os grãos colhidos em culturas com altaumidade ou de difícil debulha. As regulagensdisponíveis para o côncavo visam prevenir aomáximo as perdas e danos ao grão. As barras earames dos côncavos são de materiais de gran-de dureza, aumentando o período de trabalhoem condições de colheitas abrasivas.

SISTEMA DE LIMPEZAO sistema de limpeza da BC 7500 está equa-

lizado com a capacidade de processamento dorotor e dos côncavos. O processo de limpezaem forma de cascata tem início através da ban-deja recolhedora de 2,30m². A bandeja, atravésde movimentos alternados, transporta o mate-rial processado até as peneiras para a separaçãodo palhiço dos grãos, não sendo necessário ouso de transportador tipo rosca sem-fim, queaumenta a complexidade e a possibilidade dedanos mecânicos aos grãos já trilhados.

O ventilador Max flow é de fluxo transver-sal e opera em uma ampla gama de velocidades(590 a 1.350rpm), as peneiras são de escamasajustáveis, com área de 2,60m² na inferior e3,10m² na superior, totalizando 5,70m² de áreade limpeza.

SISTEMA DE TRANSPORTEEsta máquina foi projetada para ter uma

das maiores capacidades de armazenamento degrãos do mercado na sua categoria. Com umtanque de grãos de 10.570 litros de capacidade,permite que as jornadas de colheita sejam mai-ores e os tempos de paradas menores. Além dis-so, as extensões do tanque foram projetadas parasuportar a exigência desta capacidade com ex-celente resistência e robustez. A abertura e ofechamento destas tampas, quando da necessi-dade de transporte ou armazenamento, sãomuito fáceis e rápidos, não exigem o uso deferramentas.

O sistema de descarga foi projetado paradescarregar o tanque de grãos de uma formarápida e eficiente, são 88l/s ou 135 segundospara a descarga completa. O tubo descarrega-

dor tipo torre, de 4,37m de altura, e os contro-les muito bem ajustados, tornam a descargafácil, sem preocupação, em qualquer lugar, emmovimento ou no final do talhão, o sistema dedescarga é eficiente e confiável.

CONFORTO OPERACIONALA cabine e os controles da BC 7500 axial

são projetados para oferecer o melhor confortoe conveniência possível. Banco do operadorajustável a ar e apoio de braço, assento lateralpara mais uma pessoa, sistema de ar-condicio-nado eletrônico, retrovisores com controles elé-tricos, vidros verdes e um layout de sistema decontrole e monitoramento fácil de usar e efici-ente visam reduzir de forma significativa a fa-diga do operador e melhorar a eficiência de per-formance do conjunto homem/máquina, asse-gurando que o local de trabalho é o melhor lo-cal da máquina.

O monitoramento das funções da colhei-tadeira é realizado através de dois painéis ele-trônicos, um montado na coluna do lado direi-to da cabine e o outro, chamado de EIP (Elec-tronic Instrument Panel), sobre o pára-brisafrontal. Na coluna são monitoradas perdas ealgumas funções do motor e do rotor. O EIP émais completo, monitora a rotação dos princi-pais eixos da máquina, área colhida, distânciapercorrida, funções elétricas e hidráulicas, umi-dade dos grãos, temperaturas e inclui ainda asproteções do motor.

O controle operacional da colheitadeira érealizado por uma alavanca multifunção, ergo-nomicamente incorporada ao console do ladodireito do operador.

A alavanca multifunção controla o deslo-camento e a velocidade da colheitadeira hidros-taticamente, além deste controle, controla ain-da as operações de colheita mais comuns comobaixar e subir a plataforma e o molinete; con-trolar a flutuação lateral e altura de corte daplataforma, variar a rotação do alimentador eda plataforma de milho; avanço e recuo domolinete; descarga, abertura e fechamento dotubo de descarregador e, ainda, fazer a navega-ção nas funções pré-reguladas do painel da co-luna lateral da cabine. O conjunto todo da ala-vanca gira mantendo o braço e a mão do opera-dor em um ângulo desejado reduzindo fadigaoperacional.

O conjunto de iluminação é composto por

Detalhes construtivos dosistema de trilha e limpeza

Detalhe do transportador degrãos para o tanque graneleiro

A cabine tem dois painéis eletrônicos paramonitoramento e alavanca multifunções

Engate entre a plataforma e a colheitadeira érealizado através de um único conector (single-point)

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“Esta máquina foi projetada para ter uma das maiores capacidades“Esta máquina foi projetada para ter uma das maiores capacidades“Esta máquina foi projetada para ter uma das maiores capacidades“Esta máquina foi projetada para ter uma das maiores capacidades“Esta máquina foi projetada para ter uma das maiores capacidadesde armazenamento de grãos do mercado na sua categoria”de armazenamento de grãos do mercado na sua categoria”de armazenamento de grãos do mercado na sua categoria”de armazenamento de grãos do mercado na sua categoria”de armazenamento de grãos do mercado na sua categoria”

14 luzes; oito luzes de trabalho, duas dianteirasna soleira, duas de apoio na traseira e mais umfarol de entrada/saída da cabine. A iluminaçãoda operação de descarga noturna é acionadaautomaticamente com a abertura do tubo.

TOMADA DE POTÊNCIAA BC 7500 axial vem equipada com o mo-

derno motor Sisu Citius 84 CTA turbo, inter-cooler, eletrônico, quatro válvulas por cilindro(24 válvulas) tipo cross-flow (aumenta a circu-lação de ar pela câmara de combustão), de 355cva 2.100rpm. Quando em alguma operação oumotivo a rpm do motor diminui para 1.900, omotor disponibiliza uma reserva de potênciade mais 25cv, elevando a potência total para380cv. Quando em rotação de trabalho, a2.100rpm e em operação de descarga de grãos,o motor automaticamente disponibiliza umapotência extra de 30cv, chegando a 385cv.

A capacidade de 600 litros do tanque decombustível é adequada para as longas jorna-das de trabalho, diminuindo consideravelmentea necessidade das freqüentes paradas para rea-bastecimento.

SISTEMA DE TRANSMISSÃOO sistema de transmissão da Valtra BC 7500

axial consiste em uma caixa de marchas de qua-tro velocidades acionada hidrostaticamente ecom reduções finais heavy-duty. O eixo traseirooferece ajustes de bitola de 3,02m para 3,63mem espaçamentos de 152mm para possibilitaratender uma ampla variedade de culturas, pos-sibilitando a manutenção de força de tração e aversatilidade da colheita em condições adver-sas, como em terreno úmido. O eixo traseiroconta ainda com a opção da tração 4X4 hidros-tática.

SISTEMA HIDRÁULICOA colheitadeira axial da Valtra usa um avan-

çado sistema de controle eletro-hidráulico quesimplifica as operações hidráulicas e oferece ain-da algumas características não disponíveis emoutros sistemas. O sistema hidráulico é de cen-tro fechado com leitura de carga (load sensing)para o controle da força hidráulica, garantindoque cada função tenha um correto fluxo de óleopara o pleno funcionamento.

Caso os requisitos de fluxo sejam alterados,

o sistema load sensing atua nas válvulas de com-pensação, aumentando ou diminuindo a pres-são e fluxo na bomba para atender às novasexigências. Com isto o sistema hidráulico ficacarregado e pronto para reagir a uma nova soli-citação de carga ou pressão.

Com o uso desta tecnologia, o sistema con-some menos potência do motor melhorando aprodutividade da colheitadeira e eficiência douso de combustível. O projeto reduz a emissãode calor no sistema hidráulico e aumenta o tem-po de vida dos componentes.

AGRICULTURA DE PRECISÃOA colheitadeira axial BC 7500 pode ser equi-

pada com o sistema Fieldstar II, ferramenta deagricultura de precisão da Valtra. Quando equi-pada com este opcional, a colheitadeira passa acontar com sensores de rendimento e umida-de, antena GPS e com um kit de interface como computador (kit de escritório). Com o Fiel-dstar II diversos dados de colheita, tais comoprodutividade (base úmida e base seca), umi-dade dos grãos, capacidade da colheitadeira,velocidade de avanço, nível do tanque de grãose outros, ficam disponíveis na tela do monitor.O Fieldstar II também permite, através do kitde escritório, gerar mapas georreferenciados deprodutividade, velocidade, perdas entre outros.

SERVICIBILIDADEA simplicidade é uma característica mar-

cante da colheitadeira axial Valtra BC 7500. Acolheitadeira foi projetada com o que há de maisnovo em tecnologia de colheita com um nívelmínimo de complexidade. O projeto procurouusar um número mínimo de correias, corren-tes, sem-fins, polias e engrenagens, buscandosempre reduzir o número total de partes mó-veis ou itens que requerem uma manutençãomais complexa, sem prejudicar a performancede colheita.

A segurança de operação depende da ma-nutenção e do monitoramento apropriado damáquina. A BC 7500 axial integra eletrônicaembarcada à simplicidade em um projeto mo-derno para reduzir o tempo e a freqüência demanutenção com baixos custos gerais de ope-ração.

O motor que equipa a BC 7500 axial é Sisu Citius 84 CTA turbo, intercooler, eletrônico,quatro válvulas por cilindro (24 válvulas) tipo cross-flow, de 355cv a 2.100rpm

Detalhe construtivo do rotor principal,responsável pela trilha e separação

. M

Fotos Valtra

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Test Drive - BX 6180

Aproveitando um dia com tempoótimo, antes do inverno, realiza-mos o Test Drive do trator Agra-

le, modelo 6180, o mais novo porém o mai-or integrante da família Agrale no momen-to. Atualmente a Agrale produz e comerci-aliza tratores agrícolas em três linhas ou fa-mílias. A linha 4000 vai até 30cv, a 5000 até85cv e a 6000 até 168cv. O trator que testa-mos é o maior da linha 6000, que tem trêsmodelos, 6110 (105cv), 6150 (140cv) e6180 (168cv), o primeiro com quatro cilin-dros turbo-aspirado e os dois últimos comseis cilindros turbo.

O 6180 foi o maior da família, que foiconcebido pela engenharia do fabricante ca-xiense, para atender às exigências de imple-mentos dimensionados para um mercadocanavieiro, de algodão e de grãos que de-mandam desempenho e robustez.

MERCADOComo referenciamos antes, este modelo

é oferecido ao mercado da cana, algodão egrãos em geral. Atualmente o mercado dacana está em expansão, pela predisposição

ao aumento da área nacional de produçãode álcool combustível e açúcar. Esta áreaagrícola, há poucos anos, era alheia à em-presa e exige tratores com maior potência,entre outras características de produto.

Também com estes modelos da série 6000,a empresa objetiva atender, principalmente naescala das empresas agrícolas, ou seja, de gran-des agricultores e prestadores de serviço.

O mercado atual é bastante promissordesde que se resolvam problemas de abaste-cimento de componentes. Atualmente emtodas as linhas há dificuldades para entregada comercialização, pois há um gargalo mun-dial, principalmente em materiais fundidos,com a falta de entrega de componentes.

Até agora este mercado vinha sendoabastecido com modelos de outros fabri-cantes, ao qual a empresa deseja compar-tilhar, aproveitando uma das principais ca-racterísticas de projeto que é o melhor cus-to-benefício.

Desde 1980 a fábrica vinha investindona produção de tratores médios, na tentati-va de fidelizar o cliente para todas as faixas,

diversificando a produção. Nos últimosanos, a influência dos produtos chinesesestragou o mercado de pequenos, mesmocom um produto de menor qualidade, emrelação aos produtos nacionais.

Em função desta alteração do perfil doproduto Agrale, cada região do país tem umperfil de concessionárias diferente, porexemplo, no Sul é de médios, em Santa Ca-tarina de pequenos e no Centro-Oeste é nafaixa dos médios grandes. Atualmente namédia de participação da Agrale no Brasil éde 6%, na faixa de médios grandes.

PONTOS A DESTACARNa avaliação que fizemos, encontramos

um trator bem-acabado e com um novo vi-sual, em que o capô dianteiro termina sobreuma frente com três faroletes quadrados, emharmonia com a logomarca da Agrale emprateado. Na lateral, a marca e o modeloem prata sobre fundo cinza e sobre a corverde foi uma feliz combinação.

Quanto à acessibilidade aos pontos de ma-

Forte e acessívelTestamos o trator BX6180, o maior integrante da Agrale, que mostrou um conceito

bastante acessível, prático e com força de sobra para realizar os trabalhos a que se propõe

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“““““Atualmente a Agrale produz e comercializaAtualmente a Agrale produz e comercializaAtualmente a Agrale produz e comercializaAtualmente a Agrale produz e comercializaAtualmente a Agrale produz e comercializatratores agrícolas em três linhas ou famílias”tratores agrícolas em três linhas ou famílias”tratores agrícolas em três linhas ou famílias”tratores agrícolas em três linhas ou famílias”tratores agrícolas em três linhas ou famílias”

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MWM seis cilindros Turbo de 168cv de potência a 2300rpm, 559Nm de torque máximo a 1.500rpm.Carraro mecânica sincronizada, de 12 velocidades à frente e quatro à ré com eixo dianteiro motriz.540rpm (seis estrias) e 1.000rpm (21 estrias), independente com embreagem.Três pontos: com posição de transporte e reação, categoria II, Capacidade máxima de 4.000kg.Controle remoto: Duplo18.4-26 R1 e 24.5-32 (standard)16.9-30 e 24.5-3214.9-28 e 23.1-3018.4-26 e 20.8-38280 litrosDistância entre eixos: 2.770mmBitola traseira: mínimo 1.650mm e máximo 2.270mmPeso: 8.800kg com lastro metálico e água nos pneusCabina, ar-condicionado, luz de ré duplaOs tratores são comercializados em diferentes versões, podendo incluir-se outras configurações.

MotorTransmissão

Tomada de potênciaSistema hidráulico

Rodados

Tanque de combustívelDimensões

Opcionais

Tabela 1 - Principais especificações do trator Agrale 6180

nutenção, tivemos uma agradável surpresa,com a facilidade da retirada das duas tampaslaterais, com encaixe na parte superior e porpressão na parte inferior, em que de um ladose tem acesso ao filtro de ar e os filtros de com-bustível e do outro, ao turbo-compressor, àbomba injetora, ao compressor do ar-condici-onado e ao filtro e sedimentador do combus-tível. Ainda em acessibilidade, a posição infe-rior do tanque, da bateria e da caixa de ferra-mentas, que estão sobre a plataforma, oferecevantagens e pode incentivar as operações demanutenção periódica.

Analisando o projeto, encontramos algu-mas novidades. A primeira é que este modelopossui longarinas no chassi, similares às queequipam os modelos maiores de outros fabri-cantes e que, embora aumentem o peso, pro-

porcionam maior rigidez ao conjunto, permi-tindo a tração de equipamentos maiores, in-clusive com as torções dinâmicas que apare-cem no trabalho de campo, principalmente

quando se cruzam terraços e outras irregula-ridades do terreno. Também este modelo estáequipado com uma combinação de bombas,cada qual destinada a uma função específica,que tornam disponível uma vazão acima de100 litros nos dois comandos hidráulicos in-dependentes (um deles apresenta controle devazão), segundo o fabricante. Finalmente, paraadequar-se às exigências do novo mercado, oprojeto proporciona condições de uma lastra-gem mais completa, que se adapte a imple-mentos e operações mais exigentes. No mo-delo testado podia ser feita com 13 peças de52kg cada na dianteira e duas peças de 60kg,

O trator que testamos é o maiorda linha 6000, o BX 6180 de168cv, com seis cilindros turbo

Fotos Charles Echer

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Figura 1 - Escalonamento de marchas e representação das velocidades (km/h) obtidas do Trator Agrale, modelo6180, a 2.300rpm com pneus dianteiros 18.4-26 R1 e traseiros 24.5-32 R1

em cada uma das rodas. Mais a água, que sepode colocar no interior das câmaras emcada pneu. Desta forma poder-se-ia chegaraos 1.500kg de lastro. Notamos que os pe-sos dianteiros estão bem avançados, em re-lação ao eixo dianteiro, provocando um bommomento de força para equilibrar o tratorem trabalho.

A plataforma deste trator repousa sobrecoxins de borracha, proporcionando o amor-tecimento das vibrações geradas no motor etransmissão, favorecendo o conforto do ope-rador.

Antes de iniciar o teste, nos pusemos abuscar quais seriam os pontos a salientarneste trator. Facilmente encontramos três:primeiro, a simplicidade para a fácil manu-tenção, pois tudo está preparado para ope-rações simples, com poucas ferramentas efácil acesso; segundo, ausência de eletrôni-ca embarcada e, terceiro, a fácil operação,com comandos simples e acessíveis.

Como forma de crítica construtiva, en-

contramos uma posição inadequada da to-mada de ar do filtro de ar, que posicionadasobre o capô dianteiro, em posição central edestacada, dificulta em alguns momentos avisão do operador.

Tivemos informação de que já se estãorealizando estudos para a utilização depneus radiais no futuro, para atender mer-cados mais exigentes como, por exemplo alavoura canavieira.

Outro ponto importante, fundamentalpara a entrada com êxito nestes novos mer-cados é a autonomia, para o qual foi proje-tado um tanque de combustível de 280 li-tros.

O trator pode ser vendido em versões,por exemplo, arrozeiro, plantio direto, cana,escolhendo a sua configuração adequadapara condições específicas. Na versão arro-zeira, o kit arrozeiro prevê a blindagem datransmissão e pneu arrozeiro. Na linha 5000há possibilidade de inversor, para esta apli-cação.

MOTORO trator que testamos tinha um motor

Diesel, marca MWM turbo, modelo TD 229Ec6 de seis cilindros em linha com 5.883cm3 e 168cv (kW) de potência máxima comuma rotação nominal de 2.300rpm e umtorque de 559Nm a 1.500rpm. Desta for-ma, aparece uma reserva de torque máximade 9%. A bomba injetora de combustível queequipa este motor é a tradicional e confiá-vel Bosch em linha.

TRANSMISSÃOA transmissão é um projeto desenvolvi-

do pela marca Carraro para o fabricante detratores Deutz. O sistema está perfeitamentecompatibilizado entre a tração dianteira comdiferencial central e a caixa de velocidades.Esta compatibilidade é imprescindível paraotimizar o desempenho e evitar o Power hop,

A plataforma do trator repousa sobre coxins deborracha, proporcionando o amortecimento das

vibrações geradas no motor e transmissão

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“O trator pode ser vendido em versões, por“O trator pode ser vendido em versões, por“O trator pode ser vendido em versões, por“O trator pode ser vendido em versões, por“O trator pode ser vendido em versões, porexemplo, arrozeiro, plantio direto, cana”exemplo, arrozeiro, plantio direto, cana”exemplo, arrozeiro, plantio direto, cana”exemplo, arrozeiro, plantio direto, cana”exemplo, arrozeiro, plantio direto, cana”

Junho 08 • 29

Semeadoras de sojaSemeadoras de algodãoSemeadoras de milhoGradeSubsolador

SubsoladorGradeCarreta transbordo

15 linhas com facão (articulada), 13 linhas para PD de soja. Com disco duplo 22 linhas em convencional.13 linhas de semeadura11 linhas de milho20 x 28 ou 16 x 32 (34)9 hastes.

4 a 5 hastes16 x 3410 toneladas líquidas mais 20 toneladas de carga.

Implementos grãos e algodão

Implementos Cana

Tabela 2 - Implementos recomendados para o trator Agrale BX 6180

que são vibrações em freqüência, comunsnos tratores com eixo dianteiro motriz(TDA). Com este mesmo objetivo, se com-patibilizam os “casais” de pneus, que nestetrator eram o 24.5-32 R1 na traseira e 18.4-26 na dianteira, porém há outras opções.Partindo de uma embreagem de disco sim-ples reforçado, apresenta-se uma transmis-são de 12 velocidades à frente e quatro à ré,dividida em quatro marchas e três grupos,com sincronização. A distribuição das mar-chas é bem concentrada até os 14km/h exis-tindo quatro marchas entre 5 e 10km/h, como trator na rotação nominal.

SISTEMA HIDRÁULICOO sistema hidráulico tem uma bomba

exclusiva para o sistema de três pontos e

outra para o restante do sistema. Comonovidade, encontramos a possibilidade deque o módulo do sistema hidráulico de trêspontos pode ser retirado para uma determi-nada versão, pois principalmente na regiãoCentro-Oeste há demanda de utilização detratores só com barra de tração. Vimos queainda no sistema hidráulico há um interes-sante sistema de sensibilidade do hidráuli-co de três pontos mecânico regulável, naparte traseira do trator. O sistema hidráuli-co de três pontos é de categoria II, com umacapacidade máxima de 4.000kg e possuicontroles de posição, transporte e reação.

O sistema auxiliar (controle remoto)para implementos é duplo, com diferencia-ção de entrada e saída com diferentes cores,atendendo à tendência mundial normaliza-da, para evitar equívocos no momento doacoplamento.

TDP, BARRA DE TRAÇÃO, FREIOSOs discos de freio deste modelo são co-

locados na carcaça do semi-eixo traseiro ebanhados com o mesmo óleo do sistema detransmissão.

A regulagem da bitola é feita pelo ajusteda posição do disco e do aro dianteiro e natraseira por uma flange móvel que se ajustaao eixo.

A tomada de potência é de acionamen-to independente, por uma embreagem mul-tidisco em banho de óleo e duas opções derotação, 540rpm (a 2.030rpm do motor) e

1.000rpm (a 2.000rpm do motor), com 6 e21 estrias, respectivamente, em um eixo de35 mm de diâmetro. O acionamento é ele-tro-hidráulico desde o painel do trator. En-volvendo a TDP há uma proteção do tipoescudo, que é altamente recomendada paraevitarem-se acidentes, principalmente commembros inferiores dos operadores.

ADAPTAÇÃO DO TRATOR AO TRABALHOSegundo informações dos técnicos da

empresa é meta nos projetos dos tratoresgrandes não ultrapassar uma relação peso/potência de 56kg/cv. Neste caso o 6.180 tem52kg/cv com o trator com lastros suplemen-tares.

Especificamente no mercado brasileirode prestação de serviço, principalmente nacana, os itens de maior importância são: ma-nutenção com economia e baixa freqüên-cia, baixo consumo de combustível e possi-bilidade de lastragens para adaptação do tra-tor aos trabalhos pesados. O prestador, peloconhecimento e maior utilização, acaba sen-do o usuário que melhor utiliza o trator, pois“arredonda” a máquina de acordo com suanecessidade específica.

ACESSÓRIOS OPCIONAISO painel, dentro da proposta do proje-

to, é muito simples, com apenas três ins-trumentos, tacômetro com horímetro, me-didor de nível de combustível e termôme-tro da água do sistema de arrefecimento da

O BX 6180 possui longarinas no chassi, queproporcionam maior rigidez ao conjunto,

permitindo tração de cargas mais pesadas

As tampas laterais se deslocam completamente, oque facilita muito a manutenção do motor, dos

filtros de ar e de combustível

Do outro lado do motor se tem acesso ao turbo-compressor, à bomba injetora, ao compressor do ar-

condicionado e ao filtro e sedimentador do combustível

Fotos Charles Echer

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O sistema de transmissão Carraro está perfeitamentecompatibilizado entre a tração dianteira com

diferencial central e a caixa de velocidades

Fotos Charles Echer

temperatura. Na lateral deste painel, temoso acelerador manual. Ao lado do assento dooperador, um pouco mais à frente, duas ala-vancas de câmbio, para velocidade e regimede trabalho.

Verificamos, neste modelo a montagemde uma cabina, que é opcional, um projetoda empresa Implemaster de Tapejara (RS).Avaliamos como um bom estilo, mas que po-deria ser melhorada funcionalmente. Estemodelo não é equipado com o arco de prote-ção contra os efeitos do capotamento(EPCC). Talvez este seja um dos itens a me-lhorar nestes modelos, pois é reconhecida avantagem desta estrutura em caso de aciden-tes, comuns na agricultura.

O 6180 é vendido originalmente na corverde, sendo opcional, o vermelho. Os mo-delos Standard vêm equipados com teto so-lar, ferramentas e farol traseiro regulável.

Entre tantos os comandos mecânicos des-taca-se o estrangulador elétrico, diretamentena chave.

TEST DRIVEO Test Drive foi conduzido com uma

plantadeira de nove linhas, com sulcador de

disco e facão e que estava regulada para tra-balhar entre 10 e 15cm de profundidade.

Fizemos trajetos longos em uma parcela,com as devidas manobras de cabeceiras. Du-rante o percurso tratamos de provocar umtrabalho resistente, deixando a semeadoralivre para aprofundar seus sulcadores, o queprovocou a imediata resposta do motorMWM, que mesmo com pouco ruído mos-trou sua reserva de torque. Foi bastante po-sitiva a nossa avaliação quanto à resposta doconjunto em trabalho. Nas manobras, nota-mos o bom raio de giro deste trator, a efici-ente direção de acionamento hidrostático e a

resposta rápida do sistema hidráulico, duran-te as elevações dos implementos nas mano-bras. Enfim, um bom conjunto que poderiainclusive ser incrementado, nas condiçõestestadas com a adição de duas linhas de se-meadura, sem problemas.

CONCLUSÃOEm forma de conclusão, a nossa avalia-

ção foi altamente positiva. O trator Agralemodelo 6180 atende à proposta para a quala empresa está trabalhando. É um tratorsimples, com facilidade de operação e ma-nutenção, com grande acessibilidade aospontos de manutenção e com comandossimples e, pela nossa observação, bastanteeficazes.

Não há como negar que haverá um bommercado para este modelo, entre os agricul-tores que buscam o que ele oferece e se pro-põe. Um bom motor, uma transmissão su-ficiente, enfim, um conjunto harmônico. Osprincipais pontos fortes que destacamos são:acessibilidade e simplicidade.

O painel é simples e tem três instrumentos, tacômetrocom horímetro, medidor de nível de combustível etermômetro da água do sistema de arrefecimento

. M

José Fernando Schlosser,Nema/UFSM

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Bahia Farm Show

Com cenário agrícola novamente fa-vorável, a cidade de Luis EduardoMagalhães, no oeste baiano, reali-

zou a primeira edição da Bahia Farm Show,Feira de Tecnologia Agrícola e Negócios, pro-movida pela Associação de Agricultores e Irri-gantes da Bahia (Aiba), Associação Baiana dosprodutores de Algodão (Abapa), FundaçãoBahia, Associação dos Revendedores de Má-quinas e Implementos Agrícolas do Oeste daBahia (Assomiba) e Prefeitura Municipal deLuis Eduardo Magalhães.

Os negócios e propostas da primeira ediçãoforam R$ 250 milhões, ante os R$ 210 milhõesda edição anterior, quando a feira estava sob oorganização Agrishow. O público de mais de26 mil visitantes também superou a expectati-va dos organizadores. Entre eles, investidoresde diversas partes do mundo visitaram a feiraem busca de informações, particularmente ocerrado baiano.

Entre os investimentos anunciados du-rante o evento, destaca-se a Conab, a qualinvestirá R$ 25 milhões para a construçãode um complexo de armazenagem com ca-pacidade para estocar 50 mil toneladas degrãos no município, além do Grupo SãoBraz, da Paraíba, que assinou um protocolode intenções para a construção de uma fá-brica em Luis Eduardo Magalhães. A pecu-ária também foi responsável por uma gran-de fatia no volume de negociações, batendo

na casa dos R$ 2 milhões, superando em70% a edição anterior.

O estande da agricultura familiar teve des-taque especial. Além de todo o empenho daslideranças locais em levar tecnologia ao peque-no produtor, foi feito o lançamento mundialda Bio Campact. primeira usina móvel de bio-diesel do Brasil.

Para Humberto Santa Cruz Filho, Presi-dente da Bahia Farm Show o evento bateurecorde em todos os sentidos. A comissão or-ganizadora teve seis meses para que “o sonhoganhasse corpo e virasse realidade”, explica.O primeiro veio o desafio foi criar uma novamarca, apresentá-la ao público e convencer o

mercado, os governos e as entidades a apostarno nosso projeto. “De concreto, apenas a cer-teza de que não partiríamos do zero: uma re-gião que se fez em menos de duas décadas,chegando ao status de grande fronteira agrí-cola nacional, tem muito o que mostrar e ne-nhuma vitrine pode ser melhor uma grandefeira”, garante Humberto. Ele garante aindaque a feira é apenas um um pequeno detalhe,pois o Complexo Bahia Farm, numa área de200 hectares está sendo estruturado para con-centrar todas as pesquisas e experimentos con-duzidos pela Fundação Bahia ao longo do ano,favorecendo o trabalho do pesquisador e apotencialização dos resultados.

Estão sendo construídos junto ao parque

ConsolidaçãoConsolidação

Produtores baianos conheceram a Module Expressda Case IH, que colhe e enfarda o algodão

Com nova apresentação, Bahia Farm Show consolida a feira de Luis EduardoMagalhães como o maior evento de tecnologia agrícola da BahiaCom nova apresentação, Bahia Farm Show consolida a feira de Luis EduardoMagalhães como o maior evento de tecnologia agrícola da Bahia

Usina Móvel de Biodiesel, da empresa QuímicaFina, foi um dos destaques da feira

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“““““O público de mais de 26 mil visitantes tambémO público de mais de 26 mil visitantes tambémO público de mais de 26 mil visitantes tambémO público de mais de 26 mil visitantes tambémO público de mais de 26 mil visitantes tambémsuperou a expectativa dos organizadoressuperou a expectativa dos organizadoressuperou a expectativa dos organizadoressuperou a expectativa dos organizadoressuperou a expectativa dos organizadores”””””

um Centro de Pesquisa e Difusão de Tecno-logia Agrícola, refeitórios, aposentos e umaescola técnica profissionalizante, com previ-são de conclusão das obras ainda neste ano,num valor estimado em R$ 7 milhões.

DESTAQUES DA FEIRAO evento chamou a atenção dos produto-

res da região por causa do grande número no-vidades que foram apresentadas no parque.

BIO COMPACTA empresa Química Fina lançou a primei-

ra Usina Móvel de Biodiesel do Brasil, a BioCompact. De fabricação nacional foi desenvol-vida para atender pequena e média produçãode biodiesel. Possui baixo custo de manuten-ção e pode ser operado por um único técnico.O equipamento tem peso inferior a 2,5 mil kg.Sua capacidade de produção é acima de 2 millitros em oito horas de trabalho.

MODULE EXPRESS 625A concessionária Max, represente da

Case IH em Luis Eduardo Magalhães lan-çou oficialmente durante a Bahia FarmShow a Module Express 625. É um novoconceito de colhedora, que resumo o pro-cesso de colheita do algodão para duas eta-pas: colheita e transporte para beneficia-

mento, uma vez que a máquina colhe e en-farda o algodão na própria colhedora. Essaredução de etapas siginfica também redu-ção nos custos de produção da cultura.

CIVEMASAA Civemasa lançou na Bahia Farm Show

o subsolador Stac, de 15 e 17 hastes para tra-tores de 300 e mais cv, além dagrade apara-dora CAPRC, de 28,30,32 e 34 discos comespaçamento de 360 mm, com disco de 34”para tratores acima de 300 cv. E ainda desta-cou a GIRC, grade intermediária de 48 a 52discos de 28” x 7,5 mm, com espaçamentoentre discos de 270 mm.

JOHN DEEREA Agrosul, concessionária John Deere na

região, com sede em Luis Eduardo Magalhães,e filias em Bom Jesus, Piauí, em Barreiras, Bahia,em Roda Velha na município de São Desidério,Bahia, e Correntina na Bahia, foi um dos maisexpressivo estandes da feira, destacando toda alinha de produtos da empresa, para o cultivode grãos e algodão.

GREEN HORSEA Agrivendas, revenda da Green Hor-

se na região de Luis Eduardo Magalhães,apresentou sua linha de tratores duran-te o Bahia Farm Show. Segundo o dire-tor da empresa, Valdecir Schlosser, os tra-tores apresentaram excelente desempe-nho nos cafezais, pela potência e econo-mia.

NEW HOLLANDAs revendas New Holland, Justi Trato-

res, Goias, e Gasparetto Tratores, Bahia, des-tacaram durante o Bahia Farm Show os tra-tores da linha T 7000, com os modelos T7060 e T 7040 com potência acima dos 200cv e específico para grandes extensões de ter-ra, como é o caso da região de Luis EduardoMagalhães.

MASSEY FERGUSONA Massey Ferguson destacou seus tra-

tores de grande porte, também destinadosao trabalho em grandes jornadas, como o6360 HD e o MF 8480, ambos com umagrande gama de tecnologia embarcada emuita potência. Os produtores da regiãopuderam conferia as novidades com o pes-soal da Jaraguá, revenda regional MasseyFerguson.

O subsolador Stac, para tratores de grande porte,foi a atração no estande Civemasa

A John Deere destacou suas linhas de tratores para agriculturade grande porte e também agricultura familiar

As linhas pesadas da Massey Ferguson foramos destaques da empresa na feira

A Green Horse apresentou seus tratores,voltados para a agricultura familiar

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adaptações

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Atualmente, o Brasil enfrenta sé-rios problemas na saúde pública,ocasionados pelas doenças transmi-

tidas por mosquitos, como é o caso da dengue.Segundo dados da Secretaria da Vigilância Sa-nitária, de janeiro a abril deste ano já ocorre-ram cerca de 130 óbitos, com mais de quatromil casos confirmados.

A necessidade de controle químico da for-ma adulta dos mosquitos se torna indispensá-vel nas situações de epidemias, quando o dese-jável é reduzir rapidamente a população destesvetores. Assim sendo, serão abordados os fato-res de influência no sucesso deste processo(Figura 1), denominados como aplicação es-pacial a ultrabaixo volume.

O PRODUTOOs inseticidas utilizados para este tipo de

controle dependem da espécie do mosquito alvo.A Organização Mundial de Saúde indica osprodutos adequados conforme o modo de apli-cação, como também, as suas doses de ingredi-ente ativo por hectare (Tabela 1). Atualmentesão disponibilizados produtos com dois princí-pios ativos diferentes, os piretróides e os orga-nofosforados. No início das aplicações a ultra-baixo volume no Brasil, o veículo mais utiliza-do era óleo vegetal refinado, com a mesma qua-lidade dos óleos para consumo humano, noentanto, houve o aperfeiçoamento dos insetici-

das, permitindo que hoje seja empregada a água,ainda mais eficaz e segura para a população.

ECOLOGIA DO ALVOA exemplo da pulverização no controle de

pragas agrícolas, é muito importante conheceras características peculiares do alvo que se pre-tende controlar, assim como a sua interação como meio em que vive, como os horários de agita-

ção na busca de alimentação, os locais de re-pouso entre outros. O estudo destes fatores éessencial para a determinação da dimensão idealde gota a ser gerada, bem como o momentocorreto da aplicação.

Segundo a Organização Mundial da Saú-de, o diâmetro de gota eficiente para o controlede mosquitos situa-se entre 10 e 30 µm, tama-nho que permite sua suspensão no ar por um

Figura 1 – Fatores de influência no sucesso da aplicação espacial a ultrabaixo volume – UBV

Tecnologia agrícolacontra a dengue

Tecnologia agrícolacontra a dengue

Tecnologia de aplicação de inseticidas a ultrabaixo volume no combate,geralmente utilizada na agricultura, torna-se opção para controlar omosquito da dengue nas cidades. Mas pode ser utilizada também nas

fazendas e instalações agrícolas para controle de outros insetos

Tecnologia de aplicação de inseticidas a ultrabaixo volume no combate,geralmente utilizada na agricultura, torna-se opção para controlar omosquito da dengue nas cidades. Mas pode ser utilizada também nas

fazendas e instalações agrícolas para controle de outros insetos

Fotos Ulisses Benedetti Baumhardt

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Nebulizador alocado sobrecaminhonete, popularmenteconhecido como UBV pesado

“““““O monitoramento da temperatura e umidade relativa do arO monitoramento da temperatura e umidade relativa do arO monitoramento da temperatura e umidade relativa do arO monitoramento da temperatura e umidade relativa do arO monitoramento da temperatura e umidade relativa do ar, bem como a velocidade e direção do vento, bem como a velocidade e direção do vento, bem como a velocidade e direção do vento, bem como a velocidade e direção do vento, bem como a velocidade e direção do ventose tornam muito importantes, visto que o tamanho reduzido das gotas facilita a evaporação e a derivase tornam muito importantes, visto que o tamanho reduzido das gotas facilita a evaporação e a derivase tornam muito importantes, visto que o tamanho reduzido das gotas facilita a evaporação e a derivase tornam muito importantes, visto que o tamanho reduzido das gotas facilita a evaporação e a derivase tornam muito importantes, visto que o tamanho reduzido das gotas facilita a evaporação e a deriva”””””

InseticidasFenitrothionMalathion

Pirimiphos-methylBioresmethrin

CyfluthrinCypermethrinCyphenothrin

d,d-trans-CyphenothrinDeltamethrinD-PhenothrinEtofenproxCyhalothrinPermethrinResmethrin

Grupo químicoOrganofosforadosOrganofosforadosOrganofosforados

PiretróidesPiretróidesPiretróidesPiretróidesPiretróidesPiretróidesPiretróidesPiretróidesPiretróidesPiretróidesPiretróides

Doses de ingrediente ativo (g/ha)250–300112–600230–330

51–21–32–51–2

0.5–1.05-20

10–201.05

2–4

Classificação toxicologicaIIIIIIIIUIIIIII

NAIIUUIIIIIII

Tabela 1 - Inseticidas utilizados na aplicação espacial em ultrabaixo volume no combate ao mosquito

determinado tempo, em função de seu peso,permitindo que possam flutuar e atingir o cor-po dos mosquitos. Para se ter uma idéia, nasaplicações para combate a pragas agrícolas, otamanho da gota varia de 50 a 200µm. ComoAedes aegypti é ativo durante o período do dia,com picos de atividades de vôo durante a ma-nhã e a tarde, a pulverização deve ser realizadano amanhecer, antes da temperatura se tornarmuito elevada, e ao anoitecer, horários que per-mitem condições climáticas favoráveis ao tra-tamento do ambiente.

EQUIPAMENTOO equipamento utilizado para o controle

químico dos mosquitos adultos é denominadode nebulizador, pois gera gotas abaixo de 50µmde diâmetro, formando uma espécie de “nu-vem”. Basicamente, a formação destas gotasocorre através do contato do líquido com umacorrente de ar, permitindo utilizar um baixovolume de calda (produto formulado) em gran-des áreas, fato que nomeia o processo em ultra-baixo volume, mais popularmente conhecidocomo UBV.

Até o momento, são empregados dois tiposde nebulizadores nos planos de controle, o UBVpesado, no qual o equipamento é alocado sobrecaminhonetas, e o costal motorizado, que tam-bém é utilizado na agricultura para combate apragas e doenças, mais corretamente chamadode atomizador, pois pode gerar gotas maioresque 50µm.

Os UBV’s pesados possuem princípio defuncionamento similar ao dos portáteis, ondeuma fonte de potência, geralmente um motora combustão, fornece energia mecânica a umsoprador, que por sua vez, gera uma vazão dear responsável pela quebra do líquido formula-do. Este fluido é previamente conduzido doreservatório por uma bomba dosadora até o

bocal nebulizador, local onde ocorre o encon-tro do produto formulado com o ar.

A particularidade entre os equipamentosrefere-se à capacidade operacional, onde o UBVpesado consegue atingir faixas de aplicação deaté 50 metros, enquanto o portátil se limita adez metros, dependendo das condições climá-ticas. Além do alcance, é necessário observar avazão, que deve ser compatível com a velocida-de de deslocamento, pois a quantidade de pro-duto aplicado por área deve ser a mesma. É im-portante ressaltar que alguns equipamentos por-táteis dispensam o uso de bomba dosadora, poiso fluido se desloca pela própria ação da gravi-dade.

APLICAÇÃOA nebulização no controle dos mosquitos

segue o princípio básico de qualquer outra, paraque o processo se torne eficiente a gota deveatingir o alvo. Desta forma, o local onde se pre-tende aplicar tem forte influência no controle.

Em estudos realizados no estado de Minas

Gerais em 2007, com nebulizadores montadossobre veículos, verificou-se através de ensaiosbiológicos, que as gaiolas posicionadas em lo-cais abertos apresentaram maiores índices demortalidade comparadas com as colocadas nointerior das casas. Nestas últimas, também foipossível perceber diferenças significativas quan-to à presença de janelas e portas fechadas.

Estas barreiras físicas podem ser classifica-das em dois tipos, as naturais como árvores ejardins, e as artificiais que são muros, paredes,portas, janelas, entre outros obstáculos que seencontram na trajetória da gota ao alvo “mos-quito”.

FATORES CLIMÁTICOSAssim como na agricultura, o processo de

aplicação espacial de inseticidas para o controlede mosquitos exige as mesmas observâncias dosfatores climáticos. O monitoramento da tem-peratura e umidade relativa do ar, bem como avelocidade e direção do vento se tornam muitoimportantes, visto que o tamanho reduzido dasgotas facilita a evaporação e a deriva. Esta últi-ma é desejável em certos limites, o necessário

Atomizador costal motorizado, equipamentousado em pomares, que também é utilizado

no controle ao Aedes Aegypti

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para que elas atinjam a faixa máxima de aplica-ção do equipamento, indicada pelo fabricante.Para tanto, são préestabelecidos velocidades devento aceitáveis, compreendendo a faixa entre3,6 a 15km/h, como também, o ângulo forma-do pela direção do vento e a faixa de desloca-mento do veículo, que não podem ser inferio-res a 25° (Figura 3).

Normalmente, o combate espacial aos mos-quitos é realizado em estações chuvosas, vistoque eles necessitam de água para completar oseu ciclo reprodutivo (ovo, larva, pupa e adul-to), fato que contribui às melhores condiçõesde aplicação, baixa temperatura, alta umidaderelativa do ar e, geralmente, baixa velocidadedo vento.

O horário de aplicação ideal para a nebuli-zação é na parte da manhã, onde o solo, que éinicialmente aquecido pelo sol, começa a refle-tir o calor para as camadas mais próximas doar, formando um gradiente térmico conformea altitude, porém, ainda proporcionando umafaixa ideal de aplicação, com baixa temperaturado ar. O mesmo ocorre ao anoitecer, quando osolo começa a perder temperatura, conseqüen-temente, iniciando o processo de resfriamento

do ar, possibilitando o início da execução dotrabalho com eficiência.

TAXA DE APLICAÇÃOA vazão da bomba de formulação deverá

ser compatível com a velocidade de deslocamen-to, a fim de permitir a dose correta de ingredi-ente ativo por hectare que é fornecida pelo fa-bricante. No entanto, é necessário ter o cuida-do de realizar a regulagem, pois conforme au-menta a vazão, surge a necessidade de ser corri-gida a pressão do ar, de modo a gerar o tama-nho de gotas ideal. Caso isto não ocorra, a gotaficará maior ou menor, resultando na reduçãodo tempo de flutuação ou em uma rápida eva-poração. Para estas regulagens, os fabricantesfornecem tabelas baseadas em testes para o cor-reto ajuste da pressão, observada em um ma-nômetro instalado na tubulação do bocalnebulizador.

OPERADORO treinamento do operador é crucial para

atingir uma melhor qualidade no processo.Atualmente, dois operadores são responsáveispor cada equipamento UBV pesado, sendo umo motorista e o outro o encarregado pela cali-bração do equipamento, assim como, coman-dar o acionamento da bomba de formulação.O motorista deve manter a velocidade de des-locamento constante de acordo com a regula-gem da bomba de formulação, normalmenteem torno de 10km/h para uma vazão de209ml/min. Como no Brasil ainda não foramadquiridos equipamentos com sensores querealizam este ajuste automaticamente, confor-me a velocidade é alterada são empregadas di-ferentes quantidades de produto químico porárea, ficando a cargo do operador a uniformi-

Figura 2 – Componentes dos equipamentos (a) nebulizador “UBV pesado” e do (b) atomizador costal motorizado

dade da aplicação.

EFICIÊNCIA NO PROCESSOA eficiência do processo sugere a necessi-

dade de maiores estudos e incentivos em buscade aperfeiçoamento de equipamentos, produ-tos e procedimentos operacionais mais técni-cos, onde o argumento norteador é a baixa pe-netração das gotas no interior das casas, fatoque viabiliza a utilização do UBV portátil. Oponto contrário ocasiona em uma baixa capa-cidade operacional (área pulverizada/tempo),necessitando elevar o número de equipamen-tos para tratar áreas grandes dentro do períodorecomendável.

O mesmo processo de evolução ocorreu comas tecnologias de aplicação focadas às lavouras,que já há algum tempo contam com máquinasespecíficas para aplicação, como é o caso dospulverizadores autopropelidos, que proporcio-nam condições mais favoráveis ao sucesso doprocesso. Entretanto, sabe-se que para atingir amáxima eficiência foi necessário um entendi-mento de todos os fatores envolvidos. O mes-mo deverá ocorrer no controle ao mosquito,visto que as perspectivas não são positivas e agravidade se torna evidente, pois abrange umfator único, a vida humana.

Ulisses, Airton e Vilnei mostram as vantagensdo equipamento adaptado para o controle

do mosquito da dengue nas cidades

Caminhonete equipada comnebulizador. Tecnologia para

agricultura, aplicada na cidade

Ulisses Benedetti Baumhardt,Airton dos Santos Alonço, eVilnei de Oliveira Dias,UFSM

(1) Tanque de inseticida; (2) Tanque de líquido de limpeza; (3) Válvula seletora de fluxo; (4)Bomba dosadora (formulação); (5) Bocal nebulizador; (6) Filtro de ar; (7) Soprador (vazãode ar a baixa pressão); (8) Motor de combustão interna (diesel ou gasolina)

(1) Tanque químico; (2) Soprador; (3) Motor de combustão interna (2 tempos); (4) Tanquede combustível; (5) Bocal de atomização UBV.

Figura 3 - Condições ideais de direção do vento em relação ao desloca-mento do veículo no processo de nebulização do ambiente

Fonte: (WHO, 2003)

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ção

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sistema hidráulico

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Sendo um equipamento padrão nostratores agrícolas de rodas, o Sis-tema de Engate de Três Pontos

com acionamento hidráulico pode ser con-siderado um dos sistemas mais importan-tes do trator, pois transmite aos implemen-tos, na maioria dos casos, a potência neces-sária à execução das tarefas agrícolas. En-tenda como o sistema funciona.

O terceiro ponto, ou seja, o braço superiordo equipamento, faz a ligação da torre do im-plemento com a viga de controle do sistema

hidráulico. A grande vantagem desse sistema éque com ele o trator pode tirar o máximo pro-veito da força do solo sobre o implemento e daforça da gravidade sobre a massa deste paramelhorar a tração.

O estabilizador, como o nome já diz, ou con-junto estabilizador telescópico, é o item respon-sável pela estabilidade lateral do implemento.Ele possui regulagens que ajustam e centrali-zam o implemento em relação à linha de traçãodo trator.

Já a barra do levante ou braço inferior do

sistema hidráulico tem a função de sustentar oimplemento, quando o mesmo está elevado paraque o trator se desloque e, através dos nivela-dores (ver item seguinte) abaixar o implemen-to para dar início à operação.

Os braços niveladores ou braços superioresdo hidráulico sustentam e permitem a regula-gem transversal do implemento. Eles possuemduas posições: uma fixa e outra variável, sendoque a maioria dos implementos utiliza a posi-ção fixa.

SISTEMA DE TRAÇÃOO Sistema de Tração é composto por barra

de tração e chassi. A barra de tração é utilizadapara tracionar os implementos ou carretas queauxiliam o trabalho no campo. A boa utilizaçãodo componente implica em bom desempenhona tração do trator e um ótimo aproveitamen-to da potência. A variação da potência dos tra-tores implica na geometria da peça dividida emcategorias. O chassi ou suporte do conjunto detração é constituído por chapas que são unidaspor solda, que, agregado ao trator por elemen-tos de fixação, possibilita a ligação da barra detração ao mesmo.

Componentes do sistema de tração

Marcelo Abreu,Tuzzi

Engate de três pontos, comhidráulico, é um dos sistemas

mais importantes do trator

Terceiro pontoTerceiro pontoSaiba exatamente

como funciona osistema de três

pontos do trator

Saiba exatamentecomo funciona o

sistema de trêspontos do trator

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pneus

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Os pneus são as botas de seu 4x4,prontas para pisar em qualquerlugar com determinação. O cuida-

do que você terá com a manutenção destesimportantes componentes de seu veículo vailhe representar segurança e economia, veja al-gumas recomendações que a DPaschoal e aGoodyear fazem para você:

1) calibre a pressão dos pneus regularmen-te. Você sabia que pressão pode cair até dez li-bras em um mês? Portanto faça a aferição comno mínimo 15 dias de intervalo. Os piores ini-migos do pneu são a pressão baixa ou em ex-cesso. A baixa pressão causa desgaste nas late-rais da banda de rodagem e aumenta o consu-mo de combustível, isto porque aumenta a re-sistência de rodagem pelo atrito dos pneus como pavimento. A pressão excessiva provoca a con-centração do peso do carro no centro da bandade rodagem, o que também provoca desgasteirregular além de deixar o carro duro e sacole-jante demais em estradas de terra e trilhas. Nestecaso a performance em lama vai ser prejudica-

da e o veículo poderá escorregar com mais faci-lidade;

2) não esqueça de fazer o balanceamento,saiba que a trepidação causa desgaste dos pneuse da suspensão, além de provocar o cansaçodesnecessário do motorista. O balanceamentosempre deve ser feito quando o pneu é monta-do pela primeira vez, após algum reparo ouquando se percebe vibração anormal no volan-te e pelo menos uma vez ao ano. É possível aperda do balanceamento após a travessia de tri-lhas com muita lama e pedras. Limpe os pneusretirando a lama após a trilha. O barro tira todoo balanceamento dos pneus;

3) em deslocamento o peso de um veículonão é distribuído regularmente para os quatropneus, razão pela qual é necessário o rodízioem determinados períodos. Para manter o bomdesempenho dos pneus radiais de seu veículovocê deve providenciar o rodízio a cada dez milquilômetros rodados e se o carro faz muita tri-lha reduza o período para cinco mil quilôme-tros. Veja o diagrama e aplique as regras con-forme seu modelo de veículo. O primeiro rodí-zio é o mais importante. Verifique o alinhamen-to de seu 4x4 e as condições dos amortecedo-res, das buchas de suspensão, das molas e seexiste folga na caixa de direção, tudo isto tam-

bém provoca desgaste irregular dos pneus di-minuindo a vida útil;

4) os pneus estão gastos? Para saber se éhora de trocar os pneus de seu 4x4, coloqueuma régua entre os sulcos e faça a aferição. Se aaltura do sulco for igual ou menor que 1,6mmde altura é hora de trocar os pneus.

Nunca negligencie os cuidados com ospneus, são eles que proporcionam o controledo veículo em off-road, nas ruas e estradas. Suavida pode depender do bom estado deles.

Cuidando dos pneusCuidando dos pneusCuidar dos pneus do seu 4x4 é uma

exigência, já que os terrenos abordadosgeralmente são cheios de surpresas

Cuidar dos pneus do seu 4x4 é umaexigência, já que os terrenos abordados

geralmente são cheios de surpresas

Um dos principais cuidados com os pneusrefere-se à pressão adequada

Esquema de rodízio de pneus radiais. (fonte: Goodyear/DPaschoal)

Após trilhas com barro e pedras, possivelmenteserá necessário um novo balanceamento dos pneus

João Roberto de C. Gaiotto,www.tecnica4x4.com.br

Fotos Técnica 4x4

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