maquinas 72

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Março 2008

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Page 3: Maquinas 72

Rodando por aí

Máquina flamejadora

Pulverização aérea

Dimensionamento de semeadoras

Ficha Técnica - Module Express

Manutenção do sistema de corte

Perdas na colheita de algodão

Colheita de feijão

Ficha Técnica - Trator BH 185i

Matéria Expodireto 2008

Técnica 4x4

Índice Nossa Capa

John Deere

Destaques

Fio por fioSaiba como diminuir odesperdício na operaçãode colheita do algodão

04

06

08

12

14

18

22

26

30

34

38

Por falta de espaço, não publicamos as referências bibliográficas citadaspelos autores dos artigos que integram esta edição. Os interessados

podem solicitá-las à redação pelo e-mail:[email protected]

Os artigos em Cultivar não representam nenhum consenso. Não esperamos quetodos os leitores simpatizem ou concordem com o que encontrarem aqui. Muitosirão, fatalmente, discordar. Mas todos os colaboradores serão mantidos. Eles foramselecionados entre os melhores do país em cada área. Acreditamos que podemosfazer mais pelo entendimento dos assuntos quando expomos diferentes opiniões,para que o leitor julgue. Não aceitamos a responsabilidade por conceitos emitidosnos artigos. Aceitamos, apenas, a responsabilidade por ter dado aos autores a opor-tunidade de divulgar seus conhecimentos e expressar suas opiniões.

NOSSOS TELEFONESNOSSOS TELEFONESNOSSOS TELEFONESNOSSOS TELEFONESNOSSOS TELEFONES: (53): (53): (53): (53): (53)

• GERAL• GERAL• GERAL• GERAL• GERAL3028.20003028.20003028.20003028.20003028.2000• ASSINA• ASSINA• ASSINA• ASSINA• ASSINATURASTURASTURASTURASTURAS3028.20703028.20703028.20703028.20703028.2070

• Direção• Direção• Direção• Direção• DireçãoNNNNNewton Pewton Pewton Pewton Pewton PeteretereteretereterSchSchSchSchSchubert K. Pubert K. Pubert K. Pubert K. Pubert K. Peteretereteretereter

• Redação• Redação• Redação• Redação• RedaçãoGilvan QuevedGilvan QuevedGilvan QuevedGilvan QuevedGilvan QuevedoooooCharles EcherCharles EcherCharles EcherCharles EcherCharles Echer

• Revisão• Revisão• Revisão• Revisão• RevisãoAlinAlinAlinAlinAline Pe Pe Pe Pe Partzsch dartzsch dartzsch dartzsch dartzsch de Alme Alme Alme Alme Almeieieieieidddddaaaaa

• Design Gráfico e Diagramação• Design Gráfico e Diagramação• Design Gráfico e Diagramação• Design Gráfico e Diagramação• Design Gráfico e DiagramaçãoCristiano CeiaCristiano CeiaCristiano CeiaCristiano CeiaCristiano Ceia

• Comercial• Comercial• Comercial• Comercial• ComercialPPPPPedededededrrrrro Batistino Batistino Batistino Batistino BatistinSedSedSedSedSedeli Feijóeli Feijóeli Feijóeli Feijóeli Feijó

• Gerente de Circulação• Gerente de Circulação• Gerente de Circulação• Gerente de Circulação• Gerente de CirculaçãoCibele CostaCibele CostaCibele CostaCibele CostaCibele Costa

• Assinaturas• Assinaturas• Assinaturas• Assinaturas• AssinaturasSimone LopesSimone LopesSimone LopesSimone LopesSimone Lopes

• Expedição• Expedição• Expedição• Expedição• ExpediçãoDiDiDiDiDianferson Alvesanferson Alvesanferson Alvesanferson Alvesanferson Alves

Grupo Cultivar de Publicações Ltda.

www.revistacultivar.com.br

Cultivar MáquinasEdição Nº 72

Ano VIII - Março 2008ISSN - 1676-0158

[email protected]

Assinatura anual (11 edições*): Assinatura anual (11 edições*): Assinatura anual (11 edições*): Assinatura anual (11 edições*): Assinatura anual (11 edições*): R$ 119,00(*10 edições mensais + 1 edição conjunta em Dez/Jan)(*10 edições mensais + 1 edição conjunta em Dez/Jan)(*10 edições mensais + 1 edição conjunta em Dez/Jan)(*10 edições mensais + 1 edição conjunta em Dez/Jan)(*10 edições mensais + 1 edição conjunta em Dez/Jan)

Números atrasados: R$ 15,00

Assinatura Internacional:US$ 80,00

EUROS 70,00

Feijão com qualidadeConheça as máquinas queauxiliam em cada etapada colheita do feijão

Ficha TécnicaNesta edição, a colheitadeira dealgodão Module Express da CaseIH e o trator Valtra BM 185i

Matéria de capa

22

26

14 e 30

• RED• RED• RED• RED• REDAÇÃOAÇÃOAÇÃOAÇÃOAÇÃO3028.20603028.20603028.20603028.20603028.2060• MARKETING• MARKETING• MARKETING• MARKETING• MARKETING3028.20653028.20653028.20653028.20653028.2065

• Impressão:• Impressão:• Impressão:• Impressão:• Impressão:KKKKKunununununddddde Ine Ine Ine Ine Indústridústridústridústridústrias Gráfias Gráfias Gráfias Gráfias Gráficas Ltdcas Ltdcas Ltdcas Ltdcas Ltda.a.a.a.a.

Page 4: Maquinas 72

04 • Março 08

GoodyearGoodyearGoodyearGoodyearGoodyearA Goodyear do Brasiltem novo coordenadorde Marketing. Com 13anos de empresa, FabioVallejo Garcia deixa ocargo de assessor deVendas e Serviços parase dedicar à novafunção.

PPPPParkerarkerarkerarkerarkerA Parker Hannifin, lídermundial de tecnologias esistemas de movimentos econtrole, está presente noBrasil com os segmentosindustrial e de equipa-mentos móveis, comsistemas e soluções paraaplicações que requeremtecnologia e serviçosconfiáveis em pneumática,eletromecânica, refrigera-ção, instrumentação,hidráulica, filtragem evedação. Marcelo Rosa,responsável pelo marke-ting, vendas internas eatendimento a clientesesteve à frente do estandena Expodireto paraapresentar a linhahidráulica da empresa.

Massey FMassey FMassey FMassey FMassey FergusonergusonergusonergusonergusonA Massey Ferguson recebeu o prêmio destaque na categoria máquinas agrícolas, emmarço, no município de Carazinho, no Rio Grande do Sul. O diretor de Marketing,Fábio Piltcher (primeiro à esquerda), recebeu o troféu do diretor de comunicação daCotrijal, Enio Schoroeder. Ao todo foram premiadas 14 categorias na distinção ofereci-da pela Cotrijal e Grupo Record.

Marcelo Rosa

KKKKKeplereplereplereplereplerApós reestruturação na sua composição acionária, a Kepler Weber voltou a obter bonsresultados no faturamento. Apenas no último trimestre de 2007 a empresa obtevereceita líquida de R$ 60,6 milhões, um avanço em comparação a todo o ano, quesomou R$ 151,9 milhões. Em 2007 a empresa produziu 18,2 mil toneladas sendo 8,2mil toneladas (45%) apenas no 4º trimestre. O EBITDA, indicador usado como me-dida de geração de caixa, mostra que o bom desempenho nos últimos três meses de2007 atingiu R$ 4,8 milhões, em comparação ao acumulado nos nove primeiros me-ses do ano, que foi negativo em R$ 20 milhões.

New HollandNew HollandNew HollandNew HollandNew HollandMaurício Marques é o

novo diretor deNegócios da New

Holland para a AméricaLatina. O executivo

traz para o segmento demáquinas agrícolas a

larga experiênciaacumulada ao longo de

anos de trabalho emgrandes companhias de

agroquímicos.

TTTTTrapprapprapprapprappA Trapp trouxe sua linhade cortadores, aparadores

e roçadeiras para aExpodireto. Dorval

Schmitt, assessor deMarketing da empresa,destacou os modelos de

tratores da marca para ocorte de grama, com

motores de quatro temposa gasolina e potência de13,5/15,5/18,5 e 24hp.

Outro produto quechamou a atenção no

estande foi a roçadeiralateral elétrica Master

3000, segundo o fabrican-te a única no Brasil com

total isolamento contrachoques.

KFKFKFKFKFA KF lançou na Expodireto a carreta grane-leiro KF 6.0/T para transporte de grãos, for-ragens e calcário. Segundo o diretor da em-presa, Ademir Kelm, trata-se de uma má-quina bastante robusta, com tubo descarre-gador móvel, para realizar a descarga emqualquer posição ou ângulo. A carreta con-ta, ainda, com sistema de rodado em tan-dem, além de basculante para descarga deforragens.

VVVVVence Tence Tence Tence Tence TudoudoudoudoudoA Indústria de Implementos Agrí-colas Vence Tudo, expôs na Expo-direto sua linha de produtos comdestaque para a plataforma de co-lheita de milho, a Bocuda, líder devendas no segmento. Segundo Il-demar Budke, gerente comercial daempresa, o mercado está aqueci-do. Prova disso é a readmissão defuncionários para poder atender àdemanda.

Case IHCase IHCase IHCase IHCase IHA Case IH lançou em março novo projeto de qualifi-cação profissional, voltado principalmente para cana-de-açúcar. O projeto, resultado de R$ 10 milhões eminvestimentos de 2008 a 2010, é composto pelo novoCentro de Treinamento, localizado na planta paulistada montadora, e unidades móveis para treinamentono campo. “O objetivo é aumentar o atendimento aosetor sucroalcooleiro, qualificar a mão-de-obra e ofe-recer novas oportunidades de trabalho e renda paratrabalhadores do setor”, explica o gerente de Marke-ting da Case, Fábio Borgonhone.Fábio Borgonhone

Maurício Marques

Fabio Vallejo Garcia

Dorval Schmitt

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Março 08 • 05

SintagSintagSintagSintagSintagDe 14 a 16 de outubro, em Ribeirão Preto (SP), ocorre o IV Simpósio Internacional deTecnologia de Aplicação de Agrotóxicos (Sintag) e o III Simpósio de Análise de Resídu-os em Alimentos. O evento é uma promoção do Centro de Engenharia e Automação doInstituto Agronômico de Campinas (CEA/IAC) e da Faculdade “Dr. Francisco Maeda”(Fafram), em parceria com a Fundação de Apoio à Pesquisa Agrícola (Fundag). Asinscrições para trabalhos em ambas as áreas já estão abertas e mais detalhes podem serobtidos na página www.sintag.com.br ou através do e-mail [email protected].

UPFUPFUPFUPFUPFOs alunos do Programa de Pós-graduação em Agronomia da UPF, sob a coordenação doprofessor Vilson Klein, apresentaram um equipamento de incorporação de calcário emsolos sob plantio direto. O equipamento é acoplado em um trator e possui um escarifi-

cador que rompe o solo para que o calcário possaser aplicado. O produto chega a mais de dez cen-tímetros de profundidade devido ao injetor pneu-mático que realiza a aplicação. Segundo Klein, ocalcário tem uma função determinante no cresci-mento radicular das plantas e o equipamento,dotado de turbina, permite que o calcário pene-tre em todas as fissuras verticais e horizontais cau-sadas pelo sulcador.

FFFFFirestoneirestoneirestoneirestoneirestoneA Firestone trouxe para aExpodireto sua linha depneus agrícolas. RafaelFerrari, do departamentode Marketing da empresa,apresentou o ChampionGround Grip, que chegaao mercado na medida12.4/11-24 (4 lonas). Omodelo foi especialmentedesenvolvido para sistemade irrigação mecanizada(pivô) e proporcionaestabilidade lateral emterrenos inclinados, comcapacidade de tração eautolimpeza, além deresistência a impactos e acortes. Em outras medidaso mesmo pneu pode serusado também emtratores, pulverizadores ecolheitadeiras.

VVVVValtraaltraaltraaltraaltraAlém dos tratoresGeração II, plantadorase semeadoras,plataformas de milho edas novas colheitadei-ras BC 4500 e BC7500, a Valtraapresentou naExpodireto sua linhaexclusiva de roupas eacessórios da ValtraStore. A grife compõemoda masculina,feminina e infantil,resultado de parceriasentre a empresa e asprincipais fornecedorasde moda do país. Sãocamisetas, jaquetas,calças, cintos, canetas,bonés, chapéus e muitomais. Os produtos sãoencontrados apenas emexposições agropecuári-as ou na loja da fábrica,na sede em São Paulo.

Rafael Ferrari

CrescimentoCrescimentoCrescimentoCrescimentoCrescimentoO segmento de Sistemas de Acoplamento de Tratores foi o que mais cresceu em 2007, coma marca de 68%, no comparativo com 2006. Entre as empresas que atuam nesta área estáa Tuzzi, de São Joaquim da Barra (SP). Alexandre Tuzzi, diretor industrial, informa que aempresa superou o crescimento do setor devido à conquista de uma maior participação nomercado. “O desenvolvimento de novos produtos também viabilizou este cenário”, acres-centa. No desempenho geral a empresa cresceu 44% no mesmo período.

PrecisãoPrecisãoPrecisãoPrecisãoPrecisãoPaulino Jeckel, gerente

de Marketing eComunicações daMassey Ferguson,

comentou durante aExpodireto sobre o

crescimento doemprego da Agricultura

de Precisão no Brasil.Para Jeckel, atualmenteo sistema é ferramenta

indispensável para oprodutor que quer

garantir alta produtivi-dade.

Marcos Arbex e Luiz Feijó

John DeereJohn DeereJohn DeereJohn DeereJohn DeereAntoninho Rubim e filhos, clientes do concessionário Macagnan da cidade de Cruz Alta(RS), adquiriram no último dia de Expodireto, em Não-me-Toque, um pulverizador JohnDeere modelo 4730, lançamento da feira. De acordo com Rubim, a expectativa sobre oproduto é a melhor possível, devido a sua tecnologia e à confiabilidade da marca.

ZamprognaZamprognaZamprognaZamprognaZamprognaPresente na Expodireto 2008, a empresa ga-úcha Zamprogna tem consolidado seu es-paço entre as principais indústrias de trans-formação de aço do país. No mercado desde1937, industrializa, entre outros produtos,tubos industriais de aço carbono e aço ino-xidável, tubos de condução, chapas de açocarbono e de aço inoxidável, telhas de açocarbono e aço inoxidável e eletrodutos.

TTTTTramontiniramontiniramontiniramontiniramontiniEstevan Umberto

Etges, coordenador deMarketing, e Pedro

Pesqueira, engenheiromecânico, apresenta-ram na Expodireto o

novo trator Tramonti-ni, com potência de 50

cavalos. SegundoEtges, o produto tem

alavancado os negóciosda empresa.

MiacMiacMiacMiacMiacA equipe da Miac destacou durantea Expodireto sua linha de equipa-mentos para colheita, em especial osprodutos voltados para a cultura dofeijão.

Paulino Jeckel

Estevan e Pedro

Page 6: Maquinas 72

flamejador

Denomina-se “máquinas flamejado-ras” os equipamentos específicoscriados para tratamento físico nas

culturas, no caso térmico, seja para controle deplantas daninhas, seja para tratar pragas oudoenças, ou ainda outras finalidades, confor-me a necessidade e, principalmente em funçãoda viabilidade de aplicação. O princípio técni-co, um processo físico-químico, expõe a planta,trate-se de uma espécie daninha ou uma cul-tura, por um curto espaço de tempo, a umatemperatura elevada, causando a expansão daágua intracelular e ruptura da membrana celu-lar, o que destrói a capacidade de movimentoda água e realização da fotossíntese. O resulta-do é o murchamento e morte.

O uso destas máquinas no Brasil é aindainexpressivo, quase inexistente. Um esforçoconjunto de pesquisadores, professores, indús-tria da área de máquinas agrícolas e empresasdistribuidoras de GLP, começa a desenvolverum projeto para difusão da tecnologia.

Inicialmente a aplicação da tecnologia des-tinava-se aos produtores que praticam a agri-cultura orgânica, os quais limitam o uso de de-fensivos. Atualmente, com o movimento cres-cente da produção integrada, a técnica surge

como promissora alternativa, considerada umatecnologia limpa. O manejo integrado é um sis-tema de apoio à tomada de decisões para a sele-ção e uso de táticas de controle de doenças, pra-gas e plantas daninhas harmonicamente, coor-denadas em estratégias baseadas em análisesde custo e benefício. A decisão de uso conside-ra os interesses dos produtores, da sociedade edo meio ambiente. Portanto, o programa levaem conta o sistema de manejo e a capacidadedo usuário, em especial sua disponibilidade deequipamentos nas diferentes fases da cultura.A escolha e a eficiência de cada um dos méto-dos podem variar conforme as espécies existen-tes na época do controle, condições climáticas,tipo de solo, tratos culturais, rotação de cultu-

ras, disponibilidade de insumos, mão-de-obrae equipamentos.

Por fim, a produção integrada tem comoobjetivos reduzir ao máximo o uso de insumosagrícolas; utilizar, preferencialmente, tecnolo-gias adequadas ao ambiente; manter a rendada exploração agrícola; e reduzir e eliminar afonte de contaminação ambiental gerada pelaagricultura.

FUNCIONAMENTO DO SISTEMAO equipamento flamejador (protótipo),

denominado “FLAMER”, é montado no en-gate três pontos do sistema hidráulico do tra-tor. Sobre uma estrutura-chassi está instaladoum sistema para suprimento de gás, composto

Fogo comoherbicida

Fogo comoherbicida

06 • Março 08

Alternativa ainda pouco comum no Brasil, o uso de máquinas flamejadoras paracontrole de plantas daninhas e dessecação de culturas desponta como ténicapromissora, principalmente para aplicações específicas

Fotos Marcos Roberto da Silva

Detalhes da operação: aplicação do calor, expansão da água e ruptura celular, seguidas do murchamento e morte da planta

Alternativa ainda pouco comum no Brasil, o uso de máquinas flamejadoras paracontrole de plantas daninhas e dessecação de culturas desponta como ténicapromissora, principalmente para aplicações específicas

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por um cilindro reservatório de GLP (Gás Li-quefeito de Petróleo), componentes, tubulaçõese um comando eletromagnético que controla aliberação do gás para os queimadores. Na partetraseira do chassi há uma barra porta-ferramen-ta equipada com um conjunto de queimadoresde “chama direta”, de formato achatado (tiposino achatado), com bicos do tipo leque.

Quanto ao funcionamento, o gás circula dotanque até os queimadores por tubulações fle-xíveis (mangueiras para alta pressão) na faselíquida e ao chegar aos queimadores é transfor-mado para a fase gasosa, quando se realiza acombustão, gerando chamas de formato e di-mensões diferentes em função da pressão detrabalho.

NA PRÁTICAUm dos experimentos foi realizado na cul-

tura da batata. Essa cultura é colhida somenteapós o dessecamento natural ou artificial dasramas, devendo-se esperar alguns dias para queocorra a perfeita fixação da pele ao tubérculo,minimizando o risco de “esfoladura” o que re-duz o valor comercial. Ramas também provo-cam embuchamento nas colhedoras. Nos cul-tivos comerciais a antecipação da colheita seobtém com a aplicação de dessecantes quími-cos, utilizando-se produtos com forte ação decontato, que matam rapidamente os tecidosverdes, provocando a descoloração das folhas eo rompimento das membranas celulares pou-cas horas após a aplicação, princípio parecidocom o flamejamento. A dessecação da culturaatua positivamente de forma indireta na cultu-ra, impedindo a passagem de vírus das ramas efolhas para os tubérculos, no caso de áreas des-tinadas à produção de sementes, e, nas áreascomerciais, reduzindo o contágio dos tubércu-los por fungos e bactérias, eliminando as pra-gas de final de ciclo, plantas daninhas e unifor-mizando a maturação.

Uma alternativa para dessecação das ramasda batata é o uso dos equipamentos lança-cha-mas, as “máquinas flamejadoras”, quando sepode dessecar as ramas e folhas por meio docalor da chama. Ainda que pouco conhecidono Brasil, em outros países já se encontra estetipo de equipamento utilizado em diferentesculturas e estádios de desenvolvimento, princi-palmente nos EUA e Europa.

Nos EUA, por exemplo, na cultura da ba-tata, as máquinas flamejadoras são utilizadaspara o controle de um inseto, o besouro colora-do. Neste caso aplica-se na fase entre a emer-gência e 20cm de altura da planta de batata. Ocontrole pode ser efetivo tanto na forma adultacomo na redução dos ovos do inseto. Já a desse-cação das ramas com calor é uma prática mais

Detalhe da chama. A fotomostra o leque de fogo

produzido pelo flamejador

O equipamento tem projeto simples,com tanque de GLP e barras com os

queimadores arranjados em “V”

utilizada nas lavouras pelos produtores.Com a intenção de verificar o efeito do fogo

na cultura da batata, realizaram-se testes comum protótipo flamejador em uma área comer-cial de produção de batatas na fazenda SantaHelena, em Itapetininga. Para os testes foramadotados cinco tratamentos, quatro com velo-cidades de deslocamento do conjunto Trator-Flamejador, e um tratamento padrão com her-bicida dessecante para comparação. O equipa-mento foi montado com dez queimadores di-recionados para a leira da batata, em “V”.

As imagens que ilustram essa matériasão de aplicações da máquina flamejadorana cultura da batata, para dessecação dasramas.

Os testes preliminares com o protótipo fla-mejador comprovaram a eficiência do uso dofogo na dessecação das ramas da batata. Obser-vou-se que ocorreu adiantamento no murcha-mento e morte das plantas em relação ao méto-do químico. Algumas falhas observadas na des-secação ocorreram provavelmente pelo tipo dequeimador utilizado e pelo efeito “guarda-chu-va” das plantas impedindo que a chama pene-trasse no dossel.

Detalhes do momento da operação de flamejamento:o murchamento, diferenciação de cor das plantas apósaplicação da chama e a planta dias após a operação

Otermo flamejador tem suaorigem nas palavras “flame” –

substantivo: chama; verbo intransitivo:chamejar ou flamejar e “flaming” – adjetivo:chamejante ou flamejante e, de acordo como dicionário Aurélio, “flamejar” significa“lançar flamas ou chamas” ou chamejar;“flamejante” - que flameja; “flamejamento”– ato de flamejar, então máquina que lança-flamas; máquina para flamejamento,portanto “máquina flamejadora”.

O QUE É FLAMEJAR?

Marcos Roberto da Silva,Univ. Fed. do Recôncavo da Bahia

. M

“““““Os testes preliminares com o protótipo flamejador comprovaram aOs testes preliminares com o protótipo flamejador comprovaram aOs testes preliminares com o protótipo flamejador comprovaram aOs testes preliminares com o protótipo flamejador comprovaram aOs testes preliminares com o protótipo flamejador comprovaram aeficiência do uso do fogo na dessecação das ramas da batataeficiência do uso do fogo na dessecação das ramas da batataeficiência do uso do fogo na dessecação das ramas da batataeficiência do uso do fogo na dessecação das ramas da batataeficiência do uso do fogo na dessecação das ramas da batata”””””

Março 08 • 07

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aplicação aérea

Os marcadores foram utilizadostambém para verificar a deposição empulverização terrestre no café

Cor na pulverizaçãoNovas tecnologias utilizadas na aviação agrícola ajudam a melhorar a qualidade de

deposição de produtos e facilitam o acompanhamento da cobertura

Ouso de ferramentas que possi-bilitem um diagnóstico rápido,preciso e com baixo custo sobre

a qualidade de deposição, em condições prá-ticas de campo, tem sido uma busca cons-tante por parte dos técnicos durante as pul-verizações.

Para tanto, várias técnicas freqüentementetestadas e aplicadas ao longo dos tempos estãosendo adotadas, tais como o uso de papéis sen-síveis, o emprego de cromatografia e a espec-trofotometria nas análises de depósitos. O em-prego de traçantes e a pulverização com o usode produtos marcadores, entre outras formasde identificação, estão sendo utilizados por di-

ferentes pesquisadores.Entretanto, muitas destas técnicas, apesar

de eficientes, apresentam o inconveniente doalto custo, de necessitar de equipamentos auxi-liares e demoradas operações, e de nem sempreestarem disponíveis para uma observação rápi-da, visando a uma verificação da qualidade decobertura, nas mais diferentes partes da plantaem condições de campo.

O uso de um marcador de baixo custo, como qual se possa avaliar os níveis de penetraçãoda pulverização na cultura, proporcionando umdiagnóstico das condições reais de deposição emqualquer parte da planta, se torna um instru-mento muito importante para uma tomada de

decisão imediata durante as aplicações, sobrecomo se encontra o processo de pulverização, ea conseqüente aplicação do produto sobre o alvodesejado.

Muitas vezes nos questionam, produtorese técnicos, sobre as dificuldades de se observaro processo de deposições nas plantas, já que nãoexistem condições fáceis de visualização emcampo de se perceber as gotas depositadas. Emrazão disso, surgem dúvidas sobre a eficácia decertos processos, quando empregados princi-palmente menores volumes de calda, comunsnas aplicações aéreas. Muitos usuários duvidamda eficácia dessas aplicações e de que o produtoaplicado por via aérea consiga atingir a superfí-cie desejada (alvo), por se trabalhar com volu-mes tão reduzidos.

Na busca de respostas a estas questões, te-mos realizado diversos ensaios em diferentesculturas sobre o comportamento da aplicaçãoaérea e seu controle. Os resultados de controlemostram-se bastante favoráveis, comprovandoque não é o volume que define a qualidade daaplicação e, sim, uma soma de fatores, seja qual

08 • Março 08

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for a modalidade. Influenciam no resultado, porexemplo, a observação das condições meteoro-lógicas, o tipo de ponta de pulverização, a ade-quação dos tamanhos de gotas desejados, amanutenção do equipamento, além de outrosaspectos operacionais.

Com o uso de um novo marcador desen-volvido pela empresa Lanxess adicionado à cal-da, efetuamos testes em muitas regiões do país,permitindo-nos uma verificação interessantesobre a qualidade da pulverização nas mais di-ferentes partes da planta, em condições de cam-po. Esse produto é inofensivo para a planta, nãoagride o ambiente nem ao homem, tem fácilsolubilidade, baixo custo e pode ser utilizadoem qualquer tipo de mistura.

Por se tratar de um produto empregado namarcação e identificação de sementes tratadas,sem comprometer a eficácia do tratamento,despertou o interesse para sua utilização emnossos dias de campo. Inicialmente pensou-seque, adicionado às caldas, permitisse a verifica-ção da qualidade da aplicação aérea em pulve-rizações, inicialmente de maturadores. Em inú-meros dias de campo, promovidos por empre-sas de defensivos agrícolas, nas mais diferentesregiões do país, resolvemos adicionar às caldaso novo marcador e observar o seu comporta-mento na alteração da aplicação, e a possibili-dade de empregá-lo como marcador de visuali-zação nas deposições, na identificação da qua-lidade do trabalho executado.

O uso deste produto possibilitou, além daverificação dos níveis de deposição, nas maisdiferentes partes da planta, a real identificaçãodos pontos impregnados e a dificuldade dasdeposições, como também permitiu verificarpossíveis deslocamentos durante as aplicações(a chamada deriva). Com isto facilitou-se a pro-posição de ações visando à melhoria da quali-dade da aplicação.

Outro aspecto interessante detectado como uso desta tecnologia é a facilidade para o ope-rador identificar problemas nos equipamentosde aplicação, como vazamentos ou desgastes,por exemplo, eles se tornam facilmente visíveisdevido à coloração e ao contraste no ponto emque surge.

EVOLUÇÃO DA AVIAÇÃO EM MILHONão há como negar que o mercado ameri-

cano tem uma influência muito significativaem toda a cadeia produtiva mundial, com re-flexos no mercado brasileiro. Os indicadoreseconômicos para a área de milho mostram queos estoques mundiais sofreram forte queda em2007/2008 e que há uma tendência de que ospreços se mantenham firmes neste ano. Segun-do Cogo, C. citados nos informes de mercadoda empresa John Deere (2008), a maior deman-da por produção de etanol e a esperada redu-ção na área plantada de milho nos EstadosUnidos, na safra 2008/09, deverão pressionarpara cima os preços do milho esse ano.

Os autores ainda destacam que culturas demenor produção e/ou de menor rentabilidade,deverão desviar o foco da área plantada em di-reção ao milho e à soja em 2008/09. Ao mesmotempo, há previsões otimistas naquele país paraque ocorra um período de rápido crescimentona produção de etanol, com um aumento ex-

Detalhe da infestação de lagartas-do-cartucho na lavoura de milho onde foi

conduzido o experimento

“““““Na busca de respostas a estas questões, temos realizado diversos ensaios emNa busca de respostas a estas questões, temos realizado diversos ensaios emNa busca de respostas a estas questões, temos realizado diversos ensaios emNa busca de respostas a estas questões, temos realizado diversos ensaios emNa busca de respostas a estas questões, temos realizado diversos ensaios emdiferentes culturas sobre o comportamento da aplicação aérea e seu controlediferentes culturas sobre o comportamento da aplicação aérea e seu controlediferentes culturas sobre o comportamento da aplicação aérea e seu controlediferentes culturas sobre o comportamento da aplicação aérea e seu controlediferentes culturas sobre o comportamento da aplicação aérea e seu controle”””””

Março 08 • 09

Fotos Wellington Carvalho

Aer

otex

Avi

ação

Agr

ícol

a

Page 10: Maquinas 72

pressivo no consumo. Esse panorama positivo,e a fim de que se consiga atender as necessida-des requeridas de consumo mundial, levará fa-talmente ao aumento na produção.

ESTIMATIVA DE PRODUÇÃOJá para o mercado brasileiro, segundo a 5ª

estimativa da Companhia Nacional de Abas-tecimento (Conab), divulgada em fevereiro, aprodução total de grãos está estimada em 136,35milhões de toneladas, índice 3,5% superior aoda safra anterior, representando um acréscimode 4,6 milhões de toneladas. Ainda segundo aConab, a área cultivada com milho na primeirasafra terá um incremento de 2%, passando para9,7 milhões de hectares na safra 2007/08, 9,5milhões na anterior. Esse aumento se justificapelos bons preços do produto, face ao cresci-mento da demanda interna, e das exportações.A expansão só não foi maior em razão da recu-peração dos preços à soja, o principal produtoconcorrente.

Em contrapartida, diante deste quadro fa-vorável de crescimento de produção, principal-mente nos meses de dezembro e janeiro de2008, houve, em muitas regiões produtoras,ataques intensos de lagarta do cartucho, ocasi-onando severos e graves danos, gerando con-tra-ataques rápidos e precisos, para manter oscustos de produção e o nível da produção espe-rada.

Na busca de minimizar estes ataques, mui-tos produtores procuraram auxílio nas aplica-ções aéreas, com resultados satisfatórios. Emalgumas regiões do país, como na região do sul

de Minas Gerais, diversos produtores experi-mentaram com sucesso, pela primeira vez, essatecnologia, e há perspectiva de que a utilizemnovamente no próximo plantio.

Nesse sentido, a contratação de empresasqualificadas, a adoção de equipamentos ajusta-dos, com alta performance, o emprego de pro-dutos adequados com baixo impacto ambien-tal, o respeito ao momento correto de aplicaçãoe o acompanhamento técnico obrigatório, co-muns nas operações aeroagrícolas, fazem daaviação agrícola uma ótima opção para o pro-dutor.

Comparando-a com outras modalidades depulverização, a aplicação aérea proporciona,além da qualidade semelhante de controle, apossibilidade de aplicação sem danos físicos àslavouras e ao solo, associada com a rapidez e oalto rendimento operacional.

Em pulverizações com o uso de aeronaves,importa se respeitar as alturas de aplicação, di-ferente das aplicações terrestres, onde a barrade pulverização se mantém próxima ao solo.As aplicações aéreas são realizadas entre dois equatro metros acima da copa da planta, quan-do empregados bicos hidráulicos (bicos de jatoplano “leque” ou cônico), e com o uso de equi-pamentos rotativos (discos ou telas rotativas),estas aplicações devem remanejar-se para entretrês a cinco metros. Estas condições operacio-

Avaliações da aplicação aérea com oauxílio de corantes foram realizadas

também em lavouras de cana-de-açúcar

nais que têm apresentado os melhores resulta-dos para uma boa cobertura e distribuição uni-forme do produto. A observação das condiçõesmeteorológicas, das características do produto,da necessidade do ajuste do tamanho e densi-dade de gotas, do apoio técnico e, principal-mente, bom senso nas operações, tem sido achave do sucesso esperado pelos produtores.

Resultados de produção empregando-seaeronaves agrícolas em grandes áreas comerci-ais no Centro-Oeste do Brasil apresentaram,em diversas aplicações, adotando-se a técnicade baixo volume oleoso (BVO), com volumesde cinco litros de calda/ha no estado de Goiás,ganhos de produção superior a 150 sacas/hanas regiões de Montividiu e 151 sacas/ha naregião de Planalto Verde (Aerotex, 2008), con-firmando os excelentes resultados do uso destatecnologia.

Essa tecnologia é mais simples ebarata do que as já tradicionais, como papéis

hidrossensíveis

Wellington P. A. de Carvalho eDiogo Ferreira Ricardo,Ufla

Com o corante, é possível saber exatamentequal a penetração da calda emáreas “escondidas” da lavoura

. M

10 • Março 08

Fotos Wellington Carvalho

Com a ajuda do corante, fica fácilavaliar o grau de cobertura da

pulverização em qualquer cultura

Mau

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raúj

o

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Page 12: Maquinas 72

12 • Março 08

dimensionamento de discos

A medição do comprimento, espessura e larguradas sementes ajuda no dimensionamento

correto dos discos da semeadora

Para se obter maior produtividade,a pesquisa tem contribuído paracada fator de produção das cul-

turas, tais como adubação, irrigação, gené-tica, manejo de solos e arranjos especiaiscom populações e espaçamentos adequados.Um bom arranjo espacial só é possível comuma correta distribuição longitudinal de se-mentes.

Normas, procedimentos de ensaios e tra-balhos de pesquisa apontam a uniformidadede distribuição longitudinal de sementescomo uma das características operacionais desemeadoras que mais contribuem para ob-tenção de um estande adequado de plantase, conseqüentemente, de uma boa produti-vidade da cultura (Kurachi et al., 1989). Adesuniformidade de distribuição longitudi-nal pode ainda dificultar operações posterio-res, tais como pulverizações, tratos culturaise colheita, por exemplo. (Pacheco, 1994).

As semeadoras mais comuns e de menorcusto são as dotadas de mecanismo dosadordo tipo disco perfurado horizontal. As fun-ções de uma semeadora-adubadora para plan-tio direto (Asae, 1996) são: cortar a palha,

abrir o sulco, dosar a quantidade de semen-tes e adubo, posicionar tanto a semente quan-to o adubo no sulco, na profundidade e dis-tância adequadas, cobrir as sementes e o adu-bo e efetuar a compactação lateralmente.

Uma das dificuldades encontradas pe-los produtores relaciona-se com a escolhados discos com orifícios adequados às di-mensões das sementes. A pesquisa vem tra-balhando na forma de apresentar resulta-dos de ensaios e metodologias, que auxili-em na escolha do disco dosador.

A avaliação tecnológica de mecanismosdosadores de sementes depende de diversosfatores. Delafosse et al (1979), preconizapara o caso de semeadoras de precisão oude grãos grossos a seleção ou a escolha dodisco de semente adequado para cada ne-cessidade. Para isso, deve-se relacionar otamanho da semente com o do alvéolo ou

célula do correspondente disco de semea-dura; observar fundamentalmente os valo-res de comprimento, largura e profundida-de da semente, realizando um controle ouuma determinação dimensional do materi-al usado na semeadura. É fundamental dei-xar sobre essa medida (tamanho médio dasemente) uma folga semente-alvéolo de umpouco mais de 1mm para os lados.

Nas semeadoras atuais a tendência é ouso de discos de semente de maior diâme-tro, pois eles têm maior quantidade de alvé-olos, o que permite seu giro mais lento, evi-tando falhas de carregamento das células, eproporcionando maior uniformidade de se-meadura e menor possibilidade de danifi-cação das sementes.

Moreira et al. (1978), também sugeremaumentar o número de furos do dosador,podendo, assim, diminuir a velocidade pe-

Semeaduraperfeita

Semeaduraperfeita

Mesmo em sementes de uma mesma cultura encontram-se diferenças de tamanhoque acabam interferindo na correta distribuição dos grãos no solo. Saber escolher

o disco certo de acordo com cada situação é fundamental para garantir umestande perfeito e sem falhas

Mesmo em sementes de uma mesma cultura encontram-se diferenças de tamanhoque acabam interferindo na correta distribuição dos grãos no solo. Saber escolher

o disco certo de acordo com cada situação é fundamental para garantir umestande perfeito e sem falhas

Valtra

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“Um bom arranjo espacial só é possível com uma“Um bom arranjo espacial só é possível com uma“Um bom arranjo espacial só é possível com uma“Um bom arranjo espacial só é possível com uma“Um bom arranjo espacial só é possível com umacorreta distribuição longitudinal de sementes”correta distribuição longitudinal de sementes”correta distribuição longitudinal de sementes”correta distribuição longitudinal de sementes”correta distribuição longitudinal de sementes”

Março 08 • 13

PorteAlto

MédioBaixo

Relação de transmissão 3,530 : 13,116 : 13,339 : 1

Nº de furos do disco469

Tabela 1 - Relação de transmissão e número de furoscalculados em função do porte da cultura da mamona

Comprimento15,6016,6013,0017,9517,3316,69

Espessura6,587,865,407,957,607,28

Largura9,48

12,177,77

14,4713,1710,39

IAC 266IAC 80ComumRajadaBranquiGuarani

Espessura6,587,865,407,957,607,28

Diâmetro17,1618,2614,3019,7519,0618,36

Maior dimensãoda semente (mm)

Dimensão dodisco dosado

Tabela 2 - Largura máxima, comprimento máximo, espessuramáxima das sementes, espessura e diâmetro do disco dosador

riférica do disco sem a necessidade de redu-zir a velocidade de avanço da semeadora.Com a menor velocidade do disco dosador,as sementes têm mais tempo para ejeção,diminuindo a porcentagem de sementes ci-salhadas.

De acordo com Bainer et al. (1963), parase obter uma semeadura mecanizada de pre-cisão, exigem-se os seguintes requisitos: assementes com tamanhos e formatos unifor-mes, preferencialmente, esféricas e as célu-las do mecanismo dosador devem ser de ta-manho apropriado para a semente.

Com o objetivo de avaliar a qualidadede seis variedades de sementes de mamonaquanto a características físicas (tamanho,volume, peso e umidade) e dimensionar osorifícios de discos dosadores de uma seme-adora-adubadora para seis variedades da cul-tura, bem como o número de furos para cadadisco, Nagaoka et al. (2005), realizaram umexperimento e concluíram que as varieda-des de sementes variaram em suas proprie-dades físicas. O número de furos foi obtidoem função do perímetro da roda motriz,relação de transmissão e o porte da culturaa partir da seguinte expressão:

Para obter o diâmetro do furo do discodosador seguiu-se as recomendações de Kep-ner et al., citado por Pacheco (1994), segun-do as quais o diâmetro das células dosado-ras deve ser 10% maior do que a máximadimensão da semente empregada, e a espes-sura igual ao diâmetro médio ou à espessu-ra da semente.

Esta metodologia pode ser utilizada paraoutras culturas como milho, feijão, soja, des-de que a semeadura seja realizada com se-meadora de precisão.

A velocidade de semeadura tem influ-ência direta sobre a queda e cobertura dassementes, independentemente do tipo e da

marca da semeadora. A maioria das pesqui-sas aponta velocidades de cinco a sete km/hcomo corretas, de acordo com as condiçõestopográficas e da semeadora em uso.

A manutenção das semeadoras deve serfeita sempre de acordo com o manual do ope-rador, que acompanha a máquina (Silveira,1989), o que, por incrível que pareça, nemtodos fazem. Recomendam-se: antes da seme-adura – fazer uma limpeza total da semeado-ra, verificar peças gastas ou quebradas e subs-tituí-las, observar sistemas hidráulicos, reaper-tar parafusos e conferir as regulagens da má-quina. Durante a semeadura deve-se limpar amáquina periodicamente, verificar regulagense a saída de sementes e fertilizantes, lubrificardiariamente, evitar as intempéries e inspecio-nar a semeadora ao término de cada dia detrabalho. Após a semeadura fazer limpeza ge-ral, usar banho de óleo, verificar peças desgas-tadas e trocá-las, sempre que necessário, lu-brificar, apoiar a semeadora com calços e guar-dar em local protegido das intempéries.

NF = Rt x P; Eonde:

NF = número de furos do discoRt = relação de transmissãoP = perímetro da roda motrizE = espaçamento entre sementes

De cima para baixo: depósito de sementes, mediçãoda espessura do disco dosador, medição do diâmetrodo furo do disco da semeadora-adubadora avaliada

Alberto Kazushi Nagaoka,Augusto Weiss,Caetano Luis Beber eLeonardo C. Zimermann,CCA/UFSC

Fotos Alberto Nagaoka

Valtr

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14 • Março 08

Module Express

Module ExpressA Module Express que aCase IH trouxe para oBrasil não é apenas maisuma colhedora de algodão.É mais do que isso. Alémde colher, a automotrizforma o seu próprio fardo,deixando o produto prontopara o beneficiamento

Abordamos, nesta Ficha Técnica, acolhedora de algodão desenvolvidapela Case IH, que já produz o fardo

na própria máquina. É a Module Express 625,já oferecida aos clientes nos Estados Unidos em2007 e lançada no Brasil em 2008. A máquinapossui motor de370 cv, seis linhas,tração nas

quatro rodas e produz fardos de até 5.450kg.Ela chega para completar a família de colhedo-ras de algodão da Case IH, já representada noBrasil pela Cotton Express 420 e pela CottonExpress 620.

COLHE E ENFARDAA principal diferença da Module Express

625 para as outras colhedoras de algodãoé a formação, pela própria máquina,

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Março 08 • 15

“““““A nova forrageira autopropelida John Deere, modelo 7350, reúneA nova forrageira autopropelida John Deere, modelo 7350, reúneA nova forrageira autopropelida John Deere, modelo 7350, reúneA nova forrageira autopropelida John Deere, modelo 7350, reúneA nova forrageira autopropelida John Deere, modelo 7350, reúneconforto, potência, rendimento e qualidade de material picadoconforto, potência, rendimento e qualidade de material picadoconforto, potência, rendimento e qualidade de material picadoconforto, potência, rendimento e qualidade de material picadoconforto, potência, rendimento e qualidade de material picado”””””

dos fardos, o que se torna possível porque amáquina possui, em sua câmara, três roscassem-fim dotadas de sensores nas extremi-

dades. Essas peças sãoresponsáveis pela

prensagem para aformação do fardo,

movimentando-selongitudinalmente

de cima para baixo,compactando o algodãouniformemente. O fardo

é pressionado sobreuma superfície deaço, o fundo da câ-mara, e não sobre o

solo, como no processo tradicional, e dessaforma o algodão se conserva mais limpo,reduzindo as perdas na movimentação parao beneficiamento.

A descarga do fardo se faz através de cor-rentes, sincronizadas com a velocidade dedeslocamento da máquina, evitando que ofardo se quebre ao tocar o solo. O tempo dedescarregamento é o mesmo de uma má-quina convencional.

SISTEMAA colheita de algodão, com as máquinas

convencionais, comporta cinco etapas: colhei-ta, transferência do algodão para um rebo-que especial conhecido por Bass Boy, trans-

porte para a prensa, prensagem e formaçãodo fardo e transporte para o beneficiamento.Com a Module Express 625, esse processo seresume a dois passos: colheita e transportepara o beneficiamento. Considerando que oprodutor possui colhedoras convencionaistrabalhando numa área, ele precisa de BassBoys, prensas, tratores e todos os operadorese ajudantes necessários para a operação des-sas máquinas. Usando a Module Express 625a colheita é feita pelas colhedoras e seus ope-radores, gerando economia em máquinas,mão-de-obra e combustível.

As unidades de linha são as mesmas das Cotton Express420 e 620, que possibilitam a colheita pelos dois lados

O sistema de descarga dos fardos é com correntes sincronizadascom a velocidade da máquina, para evitar a quebra do fardo

A proteção nos fardos pode ser colocada fora damáquina, quando os mesmos estiverem no solo

370 cv (272 Kw)6

9,0 l

Hidrostática4 x 4

1ª Marcha – 0 – 6,3 km/h; 2ª Marcha – 0 –7,7 km/h; 3ª Marcha – 0 – 24,1 km/h

612/12

18Sensor automático

Reservatório de 302lReservatório de 1.380l

1.800 a 5.450 kgDescarregamento traseiro com correntes

sincronizadas com a velocidade da máquinaSistema inteligente de compactação

automática

500/95-32 duplo23.5-26

23.133 kg

Module Express 625Motor

Transmissão

Unidades de Linha

Câmara do fardo

Pneus

PotênciaCilindros

TipoTração

Velocidades

Números de LinhaBarras por linha(frente/atrás)

Fusos por barraControle de altura

Lubrificação da barraLimpeza dos fusos

CapacidadeTipo

Compactador

DianteirosTraseiros

Peso

TABELA CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS

Fotos Case IH

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16 • Março 08

Visão geral do projeto da novaforrageira autopropelida 7350

SEM ADAPTAÇÃOOs fardos produzidos não precisam ser en-

volvidos com uma capa em sua etapa de for-mação, ainda no interior da máquina. A prote-ção pode ser colocada sobre o fardo já no solo,depois da descarga, como é feito com os fardosconvencionais produzidos pelas prensas.

CABINEDispõe de ampla área envidraçada e ar-con-

dicionado digital, o que a torna muito confor-tável. O assento do operador é pneumático edotado de sensor de presença, que desliga ostambores caso o operador saia da posição coma máquina ainda em operação. As máquinastambém possuem um sensor que avisa o ope-rador quando as unidades de linha estiveremem operação e a rotação do motor muito baixa.Isso evita que as unidades de linha trabalhemcom rotação abaixo da recomendada. A cabinaé dotada ainda de assento para acompanhante.

A cabine da Module Express 625 apresen-ta sistemas de alta tecnologia responsável pordiversas funções relacionadas à colheita. Umdeles é o monitor de produtividade AFS Pro600, o mesmo utilizado na linha de colhedorasde grãos Axial-Flow. Esse sistema gera mapasdetalhados, que possibilitam a visualização daprodutividade de algodão em cada metro co-

lhido, auxiliando o produtor na tomada de de-cisão. O sistema ainda informa a quantidadede algodão colhido, o peso do fardo, a porcen-tagem de enchimento da câmara e o estadooperacional da máquina. Para controlar o des-carregamento do fardo, uma câmera mostratoda a operação, facilitando o trabalho do ope-rador e aumentando a segurança.

MONITOR AFS PRO 600Um sistema de piloto automático guiado

pelas próprias plantas, ao invés de GPS, en-contra-se nessas máquinas. Um sensor perce-be onde estão as plantas e atua no sistema dedireção da máquina, mantendo-a centralizadasobre as linhas de plantio. Esse tipo de equipa-mento dá ao operador uma liberdade maior parase preocupar com outras funções da máquina.

Os comandos para a operação de colheitasão semelhantes aos existentes para as demaiscolhedoras da Case IH. Sendo uma máquinahidrostática, para o deslocamento dispõe deuma alavanca que, além de controlar a veloci-dade de deslocamento tanto para frente comopara trás, também concentra alguns botões res-ponsáveis pelas funções mais acionadas duran-te a colheita, como o ajuste da altura de traba-lho das unidades de linha.

MOTORO motor eletrônico de 370 cv, seis cilin-

dros, turbo alimentado ar-ar da Module Ex-press 625 é classificado como Tier III quantoao nível de emissão de poluentes. A tela rota-tiva, colocada na parte traseira da máquina,evita a contaminação, auxiliando a resfriar o

A cabine possui grande área envidraçada. O assento temsensor de presença, que desliga alguns sistemas

O monitor AFS Pro 600 é o mesmo utilizado nalinha de colheitadeira de grãos Axial-Flow

Fotos Case IH

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Março 08 • 17

“““““As máquinas também possuem um sensor que avisa o operador quando asAs máquinas também possuem um sensor que avisa o operador quando asAs máquinas também possuem um sensor que avisa o operador quando asAs máquinas também possuem um sensor que avisa o operador quando asAs máquinas também possuem um sensor que avisa o operador quando asunidades de linha estiverem em operação e a rotação do motor muito baixa”unidades de linha estiverem em operação e a rotação do motor muito baixa”unidades de linha estiverem em operação e a rotação do motor muito baixa”unidades de linha estiverem em operação e a rotação do motor muito baixa”unidades de linha estiverem em operação e a rotação do motor muito baixa”

À esquerda, coluna onde são monitoradas as facasde corte. À direita, manche e principais comandos

motor e facilitando a manutenção. A máqui-na é equipada com acelerador eletrônico acio-nado por potenciômetro.

UNIDADE DE LINHAAs unidades de linha são as mesmas

usadas nas Cotton Express 420 e 620, emantêm o exclusivo sistema que possibi-lita a colheita dos dois lados, permitindomaior penetração nas lavouras e conse-qüentemente maior eficiência.

As unidades de linha são dotadas de 12barras na parte dianteira e 12 na parte traseira.Cada barra com 18 fusos, cada um com trêslinhas de 14 farpas. O tanque de água para alimpeza dos fusos, com capacidade de 1.380litros, tem vazão ajustada diretamente da cabi-na, conforme as condições de colheita. O con-

trole de altura, de forma automática, dispõe deum sensor que analisa as irregularidades do solo,levantando as unidades de linha e aumentan-do a eficiência da colheita. O sistema da unida-de de linha tem pouca patinagem mesmo emcondições de colheita em algodão de alta pro-dutividade.

Na manutenção nas unidades de linha,os suportes das escovas podem ser substituí-dos de forma individual. Além dessa, outrasmelhorias foram incluídas nessas máquinas,como por exemplo, a possibilidade de girar osuporte das escovas, deixando-as mais expos-tas e facilitando a limpeza. Isso reduz o tem-po com manutenção e aumenta a produtivi-dade. Outra inovação na manutenção é ocontrole com botões, que aciona tanto a ro-tação quanto o afastamento das unidades delinha a partir do nível do solo.

LUBRIFICAÇÃOA lubrificação da unidade da colheita é au-

tomática e o sistema ajustado direto da cabina,considerando tanto a duração de cada opera-ção quanto o intervalo entre cada lubrificação,

baseando-se sempre no número de horas defuncionamento do ventilador. A duração podeser ajustada de zero até 25 minutos, com incre-mento de 30 em 30 segundos. O intervalo podeser ajustado de zero até 25 horas, com incre-mento de meia em meia hora. O reservatóriopossui capacidade de 302 litros.

O sistema de lubrificação é automático eengraxa os principais pontos do chassi e unida-des de linha. O sistema garante uma lubrifica-ção eficiente em intervalos preestabelecidos,reduzindo significativamente o tempo gastocom manutenção diária.

OS FARDOSA máquina forma, dentro de uma câmara,

um bloco retangular, que pelo formato facilitao transporte. Esse fardo possui 2,4m de largurapor 2,4m de altura, e um comprimento de 4,8m.As dimensões do fardo dispensam alteraçõesno processo de beneficiamento, já tradicional-mente usado. Cada fardo pesa em média4.500kg, mas pode variar de 1.800kg a 5.450kg,dependendo das necessidades e das condiçõesda colheita.

A máquina pesa 23 mil quilos e conta com pneus de alta flutuaçãopara diminuir a compactação e aumentar a estabilidade

. M

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18 • Março 08

manutenção e ajustes

Corte e captação bem aUm dos principais pontos de perdas na colheita é o sistema de corte da colhedora. A

manutenção adequada dos componentes desse conjunto constitui-se no primeiropasso para garantir maior eficiência na operação

No momento da colheita do milhoe da soja, buscamos condições quepossam reverter o quadro de altos

índices de perdas dessas culturas no processoconstatado nas últimas safras, ou pelo menosque possam minimizar tal situação.

O Brasil perdeu nas últimas safras emtorno de 40 milhões de sacas de soja so-mente na colheita. Grande parte desse vo-lume nem chegou a entrar nas máquinascolhedoras, com as perdas causadas pelodesajuste dos mecanismos de captação ecorte. Baseado nisso, é oportuno informaronde e em que setores da colhedora ocor-rem os problemas.

É visível que a manutenção inadequada de

componentes que formam o setor industrial dacolhedora tem grande responsabilidade nos ele-vados índices de perda, o que merece um alertapara os trabalhos de preparação da máquinaantes da operação. Através de acompanhamentoa campo avaliou-se cada setor da colhedora emoperação, obtendo-se as conclusões a seguirexpostas e justificadas.

PREPARAÇÃO DA MÁQUINAOs problemas na colheita se confundem,

porque fatores determinantes das perdas po-dem estar ou não relacionados com regulagensda colhedora. Mas não se trata apenas de regu-lagem. Há casos em que os componentes estãode tal forma deteriorados, pela má conservaçãoe manutenção, que não mais podem ser regu-lados adequadamente.

A manutenção aqui referida não está rela-cionada apenas com simples troca de óleo, fil-tros, correias e rolamentos, por exemplo, quetambém são importantes, porém, na questãodas perdas, referimo-nos à eliminação de folgasem buchas do molinete, de caracol, dedos enavalhas, componentes do sistema industrialda colheitadeira. Em resumo, os componentesdo sistema industrial devem ser alvo de grandeatenção do proprietário e ou operador da co-lheitadeira. Com relação à regulagem, é impor-

tante ter o cuidado ao diagnosticar problemaspois raramente a solução está no setor ondeaparecem. Constata-se cada vez mais a impor-tância do treinamento do operador no sentidode conhecer internamente a colheitadeira e ofuncionamento de seus sistemas para que hajaum fluxo regular e contínuo do produ-to dentro da máquina, possibili-tando o processamentodo mesmo (planta,palha, grão) de formaque não haja sobrecar-ga do sistema. Esse trei-namento gera capaci-dade no operador dediagnosticarcorretamentequando al-guma regu-lagem estejaincompatí-vel com asnecessidades impostas àmaquina de acordocom as condições mo-mentâneas exigidaspela cultura.

Detalhe de buchas do molinetedesgastadas, que geram folgas no

sistema, ocasionando perdas de grãos

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Page 19: Maquinas 72

“““““O Brasil perdeu nas últimas safras em torno de 40O Brasil perdeu nas últimas safras em torno de 40O Brasil perdeu nas últimas safras em torno de 40O Brasil perdeu nas últimas safras em torno de 40O Brasil perdeu nas últimas safras em torno de 40milhões de sacas de soja somente na colheitamilhões de sacas de soja somente na colheitamilhões de sacas de soja somente na colheitamilhões de sacas de soja somente na colheitamilhões de sacas de soja somente na colheita”””””

Justifica-se a importância do conhecimen-to dos sistemas da colhedora pelo seu usuário eo acompanhamento técnico através de consul-toria durante a colheita, pois essa atividade exi-ge mudanças de regulagens várias vezes e emvários setores durante o trabalho. Existe o riscode querer buscar soluções onde o problemaaparece mesmo que a causa esteja oculta emoutro setor da máquina. Como exemplo pode-mos citar que problemas no sistema de limpe-

za (peneiras), geralmente têm origem nosistema de corte e ou de trilha.

MANUTENÇÃOA colheitadeira, pela sua complexidade tan-

to na composição como na função, requer con-servação que garanta o funcionamento adequa-do de componentes determinantes com rela-ção ao rendimento, à qualidade de grãos e aperdas na colheita, tais como molinete, con-junto de corte, sistema de trilha e peneiras.

A manutenção diária de componentescomo côncavo saca-palhas, bandejãoe peneiras é obrigatória, pois devemreceber limpeza antes da jornada ini-cial de trabalho e tantas vezes quan-tas forem necessárias de acordo comas condições impostas a colheitadei-ras, que são situações determinantespara a qualidade da colheita e os índi-ces de perdas de grãos. Qualquer um

desses setores, sem a manutenção ade-quada, compromete tanto na trilha

quanto na separação e na limpeza degrãos, resultando ainda em excesso

de retrilha, sobrecarga na colhedora e perdasatravés das peneiras.

MANUTENÇÃO PRÉ-COLHEITAO efeito das folgas nas buchas do molinete

facilita a entrada de plantas que, presas, giramjunto com o molinete provocando impacto e,como conseqüência, debulha de grãos jogadosao solo antes desses acessarem a máquina. Es-tas folgas provocam desgastes mais rápidos doconjunto devido à entrada de impurezas e com-prometendo ainda a regulagem do ângulo dopente do molinete.

Em culturas como a soja, o maior índicedas perdas acontece no sistema de captação ealimentação da colheitadeira. Nesse sistema, omolinete, sem dúvida, é o grande vilão, pois a

Folgas provocam desgastesmais rápidos, resultando em

embuchamentos e maiores perdas

Março 08 • 19

Claas

justados

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20 • Março 08

Quando a plataforma apresentar sinais de folgas edesgastes, é necessário fazer uma verificaçãocompleta de todos os componentes

falta de manutenção do mesmo provoca per-das antes da planta entrar na máquina com-prometendo ainda as regulagens.

CONJUNTO DE CORTEA manutenção do conjunto de corte

também é de fundamental importância, pois

o corte inadequado provoca o mascamentoda planta que, além de desuniformizar a ali-mentação do sistema de trilha, provoca im-pacto entre as plantas ocasionando debu-lha diretamente no solo. Essa manutençãodeve ser feita antes de se iniciar a colheita esempre que se tornar necessário. É impor-tante saber que aqui não se tem despesascom peças e sim investimento, pois o retor-no pode acontecer em poucas horas de tra-balho. Cabe salientar a importância da qua-lidade da peça a ser adquirida e da idonei-dade da empresa que vende, pois, peças demá qualidade, além de custos e transtornos,comprometem na produtividade da máqui-na e em perdas durante a colheita. É impor-tante ter cuidado com outras situações deperdas durante a colheita ocasionadas porfugas através de aberturas que existem nacolheitadeira e que estas, se não observa-das, podem confundir com perdas no saca-palhas, dificultando para o operador a solu-ção do problema.

O caracol tem a responsabilidade de pro-porcionar alimentação uniforme do cilindro, ouseja, centralizar uniformemente o produto para

Os dedos desalinhadosou com folga devem serajustados corretamente

os dedos retráteis e esses para a esteira, e daesteira ao sistema de trilha. Sempre que o cara-col apresentar problemas de regulagem e/ou demanutenção, comprometerá todo o fluxo demassa (planta, palha, grão) e demais sistemasda colheitadeira (trilha, separação, limpeza). Ébem comum problema de perdas pelas penei-ras cuja causa não está neste setor, nem mesmoa solução. Cabe, então, a avaliação de como ocaracol está alimentando o sistema de trilha eeste os demais.

Com relação à manutenção, o embucha-mento dos dedos retráteis inadequado provocao impacto contra a planta trazida pelo moline-te, causando ali a debulha de grãos, jogando-ospara fora da plataforma.

Desgaste no sem-fim, provocado pela pró-pria planta, faz com que o caracol não trans-porte uniformemente o produto até os dedosretráteis ocasionando a desuniformidade naalimentação do sistema. Já o desgaste das jane-las dos dedos retráteis, além de provocar o im-

Operação de adequação do ângulodos raios do molinete é simples

e evita problemas maiores

Desgastes nos dedos duplos e navalhas geramproblemas no corte da planta, forçando mais a

máquina e provocando embuchamentos

Fotos Plínio Pinheiro

Page 21: Maquinas 72

“““““O produtor deve sempre considerar que manutençãoO produtor deve sempre considerar que manutençãoO produtor deve sempre considerar que manutençãoO produtor deve sempre considerar que manutençãoO produtor deve sempre considerar que manutençãosignifica investimento com retorno garantidosignifica investimento com retorno garantidosignifica investimento com retorno garantidosignifica investimento com retorno garantidosignifica investimento com retorno garantido”””””

pacto desses contra a planta provocando a de-bulha, permite ainda a entrada de palha, pó,terra para o interior do caracol, sendo que, comimpureza no interior, o caracol trabalha desba-lanceado ocasionando danos no seu mecanis-mo e provocando debulha de grãos ainda naplataforma.

A não-observância da manutenção de qual-

quer um dos itens citados provocará o compro-metimento nas regulagens da esteira, ocasio-nando a má alimentação do sistema de trilha,pois ocorre debulha e quebra de grãos e essesretornam para a plataforma de corte e dali parafora da mesma. O recocheteamento de plantasembaixo da esteira e o refluxo de palha-grãoscomprometem os sistemas de trilha e de limpe-za, ocasionando ainda o alto índice de perdapela plataforma de corte.

O produtor deve sempre considerar quemanutenção significa investimento com retor-

Detalhe da operação decorreção das folgas nosfixadores e contrafacas

Diversas aberturas existentes no sistema de corteocasionam fuga do produto colhido, caso não

sejam monitoradas adequadamente

no garantido. Em todo o Brasil, existem equi-pes qualificadas que realizam cursos de manu-tenção nas fazendas ou em cooperativas e ins-tituições. No Rio Grande do Sul, por exemplo,um desses cursos é oferecido pelo Senar (RS) eoutras instituições ligadas à agricultura.

Plínio Pacheco Pinheiro,Escola Agrotécnica de Carazinho/ RS

Desgastes e folgas nos dedos retráteisprovocam embuchamento e expulsãodos grãos para fora da plataforma

. M

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22 • Março 08

perdas na colheita

Fio por fioRegulagem adequada, manutenção rotineira,

velocidade correta e treinamento adequado dosoperadores são fatores decisivos que interferem

diretamente na qualidade da fibra e naquantidade de perdas na colheita de algodão

Acotonicultura brasileira experi-mentou nos últimos tempos pro-fundas transformações, passando

de cultura familiar, com forte demanda de mão-de-obra, para a produção em grande escala, comgrandes investimentos de capital e alta tecno-logia, principalmente nos cerrados da regiãoCentro-Oeste.

Uma etapa de grande importância dentrodo processo produtivo da cultura do algodão éa colheita que, quando realizada de forma ina-dequada, pode acarretar prejuízos quali-quan-titativos no produto final. Assim, a qualidadeda colheita mecanizada depende não só das

John

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“““““Uma etapa de grande importância dentro do processo produtivo da cultura do algodão é a colheita que,Uma etapa de grande importância dentro do processo produtivo da cultura do algodão é a colheita que,Uma etapa de grande importância dentro do processo produtivo da cultura do algodão é a colheita que,Uma etapa de grande importância dentro do processo produtivo da cultura do algodão é a colheita que,Uma etapa de grande importância dentro do processo produtivo da cultura do algodão é a colheita que,quando realizada de forma inadequada, pode acarretar prejuízos quali-quantitativos no produto finalquando realizada de forma inadequada, pode acarretar prejuízos quali-quantitativos no produto finalquando realizada de forma inadequada, pode acarretar prejuízos quali-quantitativos no produto finalquando realizada de forma inadequada, pode acarretar prejuízos quali-quantitativos no produto finalquando realizada de forma inadequada, pode acarretar prejuízos quali-quantitativos no produto final”””””

Março 08 • 23

condições da lavoura, mas também da corretamanutenção das colhedoras, principalmente noque se refere à substituição de fusos desgasta-dos. Quando esses fusos estão em más condi-ções, a colhedora não consegue retirar todo al-godão do capulho, restando na planta o que sechama popularmente de “bigode”, que nadamais é do que restos de pluma de um capulho.Esse “bigode” proporciona um aspecto ruim àcolheita mecanizada, além do que, o custo parase colher esses restos é muito alto e, na ocor-rência de chuvas esses normalmente caem nosolo. A correta regulagem das máquinas e o trei-namento de operadores são fatores de extremaimportância para realização de uma boa colhei-ta, bem como a manutenção rotineira pelamanhã, para lavar as unidades da máquina eretirar o excesso de graxa, evitando a contami-nação da pluma com resíduos de graxa.

Neste contexto deve-se atentar para as per-das na colheita, que devem ser monitoradas como objetivo de se detectar os erros que podem

ocorrer durante o processo, pois a necessidadede se realizar a colheita no menor prazo possí-vel, devido principalmente à ocorrência de fa-tores climáticos adversos, pode acarretar o au-mento das perdas na hora de colher, que de-vem ser sempre monitoradas em busca de suaminimização.

Pressupondo-se que as perdas na colheitamecanizada apresentem dependência espaciale que, portanto, os pontos amostrados possaminterferir nos valores obtidos, a equipe do Lam-ma/Unesp, realizou-se uma avaliação de per-das quantitativas na cultura do algodoeiro nomomento da colheita, no solo e na planta, noano agrícola de 2006, em Ipameri (GO).

COLHEDORAS DE ALGODÃOSegundo a Embrapa (2006) existem dois

tipos de máquinas empregadas na colheita doalgodão: a colhedora de fusos “spindles”, queretira apenas o algodão em caroço, e a colhedo-ra “stripper”, dotada de um sistema de rolda-nas, que retira capulhos inteiros e os invólu-cros. A colhedora “stripper” oferece maior ren-dimento em relação às spindles, apresentando,porém, maior quantidade de impurezas. Ascolhedoras de arranque “stripper” colhem ca-pulhos e frutos abertos ou semi-abertos, o queresulta em produto de baixa qualidade, quan-do é comparado ao produto colhido manual-mente. As colhedoras de fuso “spindles”, hojeas mais usadas por colherem somente o algo-dão em caroço com menor índice de impure-zas, dependendo da cultivar, do uso adequadode desfolhantes e de maturadores, entre outros,pode colher um algodão de boa qualidade, no

Determinação das perdas nacolheita de algodão apósa passada da colhedora

Momento de retirada daamostra de teor de água

do algodão

Figura 1 - Croqui da área amostrada para a determinaçãodas perdas

Figura 2 - Perdas na colheita mecanizada de algodão

Fotos Rouverson Pereira da Silva

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24 • Março 08

Manutenção criteriosa naentressafra é fundamental para

iniciar a colheita sem perdas

entanto, deve ser bem regulada, com manu-tenção constante, para não ocorrer derrama-mento de óleo e graxa, um dos principais con-taminantes da fibra.

Atualmente as colhedoras de algodão sãoequipadas com cabines que proporcionam altoconforto ao operador, permitindo, devido ao usoda eletrônica embarcada, o monitoramentocompleto da máquina em operação, inclusiveda colheita de cada fileira e o desempenho decada unidade da colhedora, além da total con-centração do operador para manter a máquinaem velocidade adequada de trabalho, e do ma-nejo dos comandos, com eficiência e rapidez.

QUANTIFICAÇÃO DAS PERDASVisando quantificar as perdas na colheita

mecanizada do algodão o Lamma (Laborató-rio de Máquinas e mecanização Agrícola) daUnesp/Jaboticabal – SP realizou em março de2006, um levantamento em um talhão de 1,4ha,no município de Ipameri, na região sul de Goi-ás. Foram demarcados 41 pontos, distanciadosde 50m na direção das fileiras da cultura e 9mentre fileiras, resultando em uma malha irre-gular, conforme apresentado na Figura 1. Ospontos amostrados foram georreferenciadoscom auxílio de um aparelho de GPS, registran-do-se as coordenadas em UTM.

A colheita foi realizada na Fazenda SantoAntônio, localizada nas coordenadas geográfi-cas: latitude 15º43S e longitude 47º50W, comaltitude média de 837m, declividade média de1,5%. A cultivar de algodão colhida foi o DeltaOpal, com espaçamento entre fileiras de 0,90m,colhida com máquina própria, da marca JohnDeere, modelo 9960, do tipo spindles, com po-tência de 186kW (253cv), equipada com pla-taforma de cinco fileiras, de 4,5m de largura evelocidade de 5,8km/h. Em cada ponto da ma-lha, foi realizada a amostragem para a determi-nação das perdas, utilizando-se de armação de4,5m2 (4,5 x 1,0m). A amostragem foi realiza-da em duas etapas, sendo a primeira realizadaanteriormente à colheita, para estimativa doRendimento Potencial Máximo (RPM), cole-

tando-se manualmente todo o algodão presen-te nas plantas, em 5m de uma fileira, totalizan-do quatro amostras com 4,5m2 (considerandoespaçamento de 0,90m entre fileiras). Ainda naprimeira etapa, foi realizada a coleta para a de-terminação do teor de água do algodão, retiran-do-se quatro amostras de aproximadamente400g, no momento de descarga do algodão co-lhido para o transbordo (Bass Boy). Também,na primeira etapa, avaliou-se a perda natural,constatando-se que a mesma foi desprezível, nãosendo, portando, considerada neste trabalho.

Na segunda fase, foi realizada a colheita,coletando-se os dados para a estimativa de Per-das no Solo (PS), na Planta (PP) e Perdas To-tais (PT). As coletas referentes às perdas no soloforam feitas colocando-se a armação no solo ecoletando manualmente todo algodão caído nasuperfície. Na mesma área de coleta das perdasno solo, foi realizada a coleta para a estimativade perdas na planta, arrancando-se manualmen-te todo o algodão que permaneceu na plantaapós a passagem da colhedora. Todas as amos-tras foram colocadas em sacos de papel devida-mente numerados, que posteriormente forampesados em laboratório. Para a determinação dasperdas totais, procedeu-se a soma dos resulta-dos obtidos para as perdas no solo e na planta.

Para permitir a visualização geral do com-portamento dos dados, procedeu-se, inicialmen-

te, a análise descritiva, utilizando-se do progra-ma Minitab® para o cálculo das medidas detendência central (média aritmética e media-na), das medidas de dispersão (valores máximoe mínimo, desvio-padrão e coeficiente de varia-ção) e das medidas de assimetria e de curtose.Efetuou-se, também, o teste de Anderson-Dar-ling para caracterizar a normalidade dos dados(Vieira et al., 2002).

Para a verificação da dependência espacialdas variáveis, interpolação dos dados e cons-trução de mapas de isolinhas, empregou-se aanálise geoestatística, conforme recomendadopor Vieira (2000).

RESULTADOSO Rendimento Potencial Máximo na área

foi de 195 @ ha-1 (2.925kg ha-1) e o teor médiode água no momento da colheita foi de 11%.As médias das perdas na cultura do algodãoforam muito altas, correspondendo a 11,4, 5,3e 16,7%, para as perdas no solo, na planta etotais, respectivamente. Segundo Vieira (2001)o nível máximo aceitável de perdas para colhei-ta mecanizada de algodão é de 10%. Nas con-dições de cerrado, como é o caso da área emquestão, as perdas totais situam-se entre 9,4 e12,5% (Nogueira E Silva, 1993; Freire et al.,1995). É interessante notar que as perdas nosolo foram bem maiores do que as perdas na

Distribuição espacial das perdas na planta na colheita mecanizada de algodão Distribuição espacial das perdas totais na colheita mecanizada de algodão

Char

les

Eche

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“““““PPPPPara as perdas na planta, o semivariograma ajustado foi exponencial e houve dependência espacial moderada,ara as perdas na planta, o semivariograma ajustado foi exponencial e houve dependência espacial moderada,ara as perdas na planta, o semivariograma ajustado foi exponencial e houve dependência espacial moderada,ara as perdas na planta, o semivariograma ajustado foi exponencial e houve dependência espacial moderada,ara as perdas na planta, o semivariograma ajustado foi exponencial e houve dependência espacial moderada,enquanto que para as perdas totais ajustou-se o modelo esférico, com forte dependência espacialenquanto que para as perdas totais ajustou-se o modelo esférico, com forte dependência espacialenquanto que para as perdas totais ajustou-se o modelo esférico, com forte dependência espacialenquanto que para as perdas totais ajustou-se o modelo esférico, com forte dependência espacialenquanto que para as perdas totais ajustou-se o modelo esférico, com forte dependência espacial”””””

planta (Figura 2), indicando que a ação de re-colhimento da colhedora não foi eficiente obastante para proporcionar a completa colhei-ta do algodão. Comparando-se as perdas en-contradas no solo com os valores aceitáveis apre-sentados na bibliografia, nota-se que somenteessas perdas foram suficientes para alcançar olimite tolerável.

O alto índice de perdas encontrado podeser explicado pelo fato de que, no momento dacolheita, havia grande número de maçãs quenão se encontravam abertas devido à ação depragas, principalmente o bicudo do algodoeiro(Anthonomus grandis), levando-se em conside-ração os sintomas observados. Esse alto núme-ro de maçãs não-abertas fez com que o fluxo deentrada de algodão na máquina fosse reduzido,diminuindo a eficiência da colhedora, o querefletiu no aumento das perdas no momentoda colheita.

ANÁLISE ESPACIALAs Perdas no Solo (PS) não apresentaram

dependência espacial, evidenciando a dificul-dade de se chegar a um ajuste devido à fortetendência para se atingir o efeito pepita puroou à ausência total de dependência espacialpara esta variável (Eguchi et al., 2002). Se-gundo Mello e Cataneo (2001) a independên-cia espacial pode ocorrer devido à adoção deum espaçamento de amostragem grande,quando deveria ter-se adotado um menor es-paçamento para que houvesse possibilidadede revelar a dependência espacial. Silva e Cha-ves (2001) afirmam que quando ocorre umajuste menos restritivo, pode ocorrer dos va-lores serem adequados ao modelo tipo efeitopepita puro, o qual garante a total aleatorie-dade dos dados, ou seja, que a média corres-pondente a esses dados pode ser usada paradescrever o seu comportamento.

Para as perdas na planta, o semivariograma

ajustado foi exponencial e houve dependênciaespacial moderada, enquanto que para as per-das totais ajustou-se o modelo esférico, comforte dependência espacial (Landim, 1998).

O valor de alcance obtido para perdas nosolo foi de 8,2m, enquanto que para as perdastotais foi de 21,3m. Isso demonstra que os pon-tos mais próximos se correlacionam enquantoque os mais distantes apresentam total inde-pendência.

Conforme relatado por Silva e Chaves(2001), as linhas mais próximas apresentam altavariabilidade nos mapas bidimensionais, en-quanto que as mais distantes apresentam poucavariabilidade, como pode ser observado nas Fi-guras 3 e 4. A grande quantidade de cores nosmapas reflete que, apesar da dependência es-pacial encontrada, as perdas na planta e totaispouco dependem do local amostrado, chegan-

do quase ao efeito pepita.

CONCLUSÕESAs perdas encontradas na colheita mecani-

zada do algodão foram muito altas, encontran-do-se muito superiores ao preconizado na bi-bliografia para a colheita de algodão em regiõesde cerrado.

As perdas no solo não apresentaram depen-dência espacial, enquanto as perdas nas plan-tas e as totais ocasionaram dependência espa-cial moderada e forte, respectivamente.

Houve grande variabilidade espacial paraas perdas no solo, na planta e para as totais.

Rouverson Pereira da Silva,Jorge Wilson Cortez eCarlos Eduardo Angeli Furlani,Unesp/Jaboticabal

Monitoramento constante énecessário para manter a máquina

sempre ajustada corretamente

Por mais trabalhoso que possa parecer, énecessário desmontar e verificar cada

detalhe da unidade de linha

. M

Charles EcherCase IH

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opção para feijão

26 • Março 08

Oprimeiro passo para programara colheita do feijão é observar oponto de colheita. Para evitar per-

das e obter produtos de boa qualidade, as la-vouras de feijão devem ser colhidas, preferenci-almente, logo após as sementes alcançarem amaturação fisiológica, que corresponde ao es-tádio de desenvolvimento em que as plantasestão começando a amarelar as folhas baixei-ras, com as vagens mais velhas secas e com osgrãos na sua capacidade máxima de desenvol-vimento.

Nas cultivares de grãos de cor preta, a ma-turação fisiológica é alcançada ao redor de 30 a40% e nas de cor bege ao teor de umidade de38 a 44%. Com elevada umidade nos grãos, osfeijoeiros devem ser arrancados manualmenteou ceifados mecanicamente. Em ambos proce-dimentos as plantas são enleiradas e deixadasno campo expostas ao sol, para reduzir a umi-dade dos grãos cerca de 18%, quando deve seriniciada a operação de trilhamento.

A uniformidade de maturação das plantase das vagens é um fator de extrema importân-cia para que a colheita seja processada em con-dições ótimas. Fatores relacionados ao solo, àtopografia do terreno, ao ambiente, às práticas

culturais, às doenças, à disponibilidade de águapara as plantas e ao hábito de crescimento dascultivares causam desuniformidade na matu-ração do feijoeiro. As cultivares de hábito decrescimento determinado do tipo I apresentammaturação uniforme. Algumas cultivares de há-bitos indeterminados, principalmente dos ti-pos III e IV, apresentam maturação desunifor-me.

A umidade dos grãos para a trilha deve si-tuar-se entre 15 e 18%. Umidade elevada, aci-ma de 18%, dificulta o trilhamento fazendo comque as plantas se enrolem no cilindro batedor,provocando embuchamento. Além disso, podeocorrer amassamento de grãos devido à umi-dade elevada. Umidade baixa, inferior a 15%,pode provocar trincas, rachaduras e quebra dosgrãos no trilhamento, afetando a qualidade doproduto.

Para cada etapa da colheita, existem má-quinas específicas que realizam de forma ade-quada o processo necessário.

CORTE E ENLEIRAMENTOO equipamento que realiza o corte e enlei-

ramento é o ceifador enleirador de plantas. Eleopera acoplado numa colhedora automotrizdesprovida de plataforma de corte, acionado porbomba e motor hidráulico. No ceifador, a barrade corte flexível ceifa as plantas de feijoeiro e orolo recolhedor, formado por pinos metálicosflexíveis, recolhe e direciona as plantas para asesteiras transportadoras formar uma leira cen-tral. O rolo possui ajuste de velocidade, paraminimizar a deiscência das vagens. As rodasguias, juntamente com as sapatas plásticas, re-gulam a altura de operação da barra de corte.

A operação do ceifador enleirador dispensa

À esquerda, feijão enleirado emprocesso de secagem. À direita, feijão

já seco, pronto para a trilha

Feijão com qualidadeFeijão com qualidade

Grandes avanços já ocorreram na colheita do feijão. Nossitemas semimecanizado e 100% mecanizado existemdiversos detalhes que ajudam a preservar a qualidade dogrão, limpeza e diminuição nas perdas

Grandes avanços já ocorreram na colheita do feijão. Nossitemas semimecanizado e 100% mecanizado existemdiversos detalhes que ajudam a preservar a qualidade dogrão, limpeza e diminuição nas perdas

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“““““A uniformidade de maturaA uniformidade de maturaA uniformidade de maturaA uniformidade de maturaA uniformidade de maturaçãçãçãçãção das plantas e das vagens o das plantas e das vagens o das plantas e das vagens o das plantas e das vagens o das plantas e das vagens ééééé um fator de extrema um fator de extrema um fator de extrema um fator de extrema um fator de extremaimportimportimportimportimportââââância para que a colheita seja processada em condincia para que a colheita seja processada em condincia para que a colheita seja processada em condincia para que a colheita seja processada em condincia para que a colheita seja processada em condiçõçõçõçõções es es es es óóóóótimas”timas”timas”timas”timas”

Logo após a colheita, é possívelacondicionar o produto em “bigbags” ainda no campo

A operação de arranquio e enleiramento com máqui-nadispensa o uso de dessecantes, pois a uniformidade na

maturação se dará pela exposição das plantas ao sol

Março 08 • 27

a aplicação de dessecante químico no feijoeiro,pois a uniformização e a redução da umidadedos grãos se dão pela exposição das plantas aosol após serem enleiradas. Pelo fato de ceifar, enão de arrancar as plantas com raízes, o pro-cesso de secagem é mais rápido e uniforme, alémde não juntar terra na leira, de modo que osgrãos trilhados posteriormente pela recolhedo-ra trilhadora ficam limpos, sem barreamento.O rendimento da operação do ceifador é afeta-do pelo hábito de crescimento das plantas, épocae horário de colheita, produtividade da lavourae condições de nivelamento da superfície doterreno. Em geral, o equipamento deve ser ope-rado de 2 a 3km/h, resultando numa capacida-de de trabalho de cerca de 1ha/h. Em ensaiosrealizados na Embrapa Arroz e Feijão, num ter-reno plano e bem nivelado, com feijoeiros dascultivares pérola (grãos com 26% de umidade)e valente (grãos com 41% de umidade), as per-das de grãos no ceifamento e enleiramentomecânico foram de 68 e 33kg/ha, respectiva-mente.

VIRAMENTO DE LEIRASO viramento de leiras é feito por um equi-

pamento agrícola, movimentado pelo trator, quetransfere as leiras de um local para outro inver-tendo sua posição para uniformizar e acelerar asecagem natural das plantas, visando o trilha-mento. Seu uso é imprescindível em feijoeirosceifados ou arrancados com elevado teor deumidade ou quando as plantas enleiradas sãoumedecidas pela chuva. É provido de um rolorecolhedor de plantas formado por pinos me-tálicos, que recolhe e direciona a leira para aesteira transversal descarregá-la sobre o solo.

O virador apresenta elevada capacidade detrabalho, pois pode ser operado em velocidadede cerca de 5km/h. De acordo com o número

de fileiras de plantas na leira o rendimento podeatingir a 2ha/h. Na operação deve se evitar ve-locidades excessivas de deslocamento no cam-po e no rolo recolhedor do equipamento e viraras leiras nas primeiras horas da manhã paraminimizar perdas de grãos.

RECOLHIMENTO E TRILHAMENTOEssa operação é realizada pelas recolhedo-

ras trilhadoras, que recolhem no campo as plan-tas enleiradas, que foram arrancadas manual-mente ou ceifadas mecanicamente, e realizama batedura, a separação e o ensacamento ou oacondicionamento a granel dos grãos. São aco-pladas aos tratores pela barra de tração e acio-nadas pela tomada de potência.

O sistema de recolhimento das máquinas éconstituído por cilindro recolhedor, roda guia,cilindro condutor e cilindro condicionador. Ocilindro recolhedor é rotativo, no sentido anti-horário, com dedos de molas dispostos em sua

periferia, que apanham as plantas enleiradasno solo; a roda guia acompanha os desníveis dasuperfície do terreno, mantendo o cilindro re-colhedor bem próximo do solo; o cilindro con-dutor movimenta as plantas em direção ao ci-lindro condicionador para este juntar as plan-tas e alimentar o cilindro de trilha.

O sistema de trilhamento é provido de umcilindro trilhador de fluxo axial, com pinos ba-tedores dispostos na sua periferia, e de uma telacilíndrica perfurada denominada de “côncavo”.O cilindro de fluxo axial, pelo seu movimentode rotação, conduz as plantas longitudinalmen-te ao seu eixo, trilhando-as até que a palhadaseja descarregada da máquina. O ajuste dos pi-nos batedores permite controlar a intensidadee o tempo de trilha em função da maturação daplanta. Plantas parcialmente maduras necessi-tam de maior tempo de trilhamento para o des-prendimento dos grãos das vagens. Esse tempodiminui à medida que aumenta o secamento.Quanto menor o tempo de trilhamento maiorpoderá ser a capacidade de trabalho da máqui-na e a velocidade de deslocamento do conjuntotrator/recolhedora. O côncavo retém a palhadadurante o trilhamento, permitindo somente apassagem de grãos trilhados e de pequenas im-purezas.

Os grãos e as impurezas que atravessam ocôncavo caem na peneira vibratória que ostransporta para a parte traseira da máquinaonde um duto de sucção retira as impurezas.As vagens verdes caem no depósito de vagens eos grãos limpos são direcionados para o eleva-dor de grãos.

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28 • Março 08

Na operação de trilha do produtoenleirado, a máquina já espalha os

restos que servirão de cobertura

O rendimento da recolhedora trilhadora éafetado pelo seu modelo, umidade do feijoeiro,produtividade da lavoura e taxa de alimenta-ção. Em geral, a máquina deve ser operada de 4a 6km/h, resultando numa capacidade de tra-balho de 1,5 a 2ha/h. Em ensaios realizados naEmbrapa Arroz e Feijão, uma recolhedora tri-lhadora de feijão, modelo Double Master II,apresentou capacidade média de trabalho deaté 1,7ha/h. A pureza dos grãos colhidos foisuperior a 95% e a percentagem de grãos que-brados inferior a 3,8%. A perda média de grãosna operação foi de 24kg/ha, bem inferior à per-da de 71kg/ha, provocada pelo arranquio e peloenleiramento manual das plantas. Hoje, exis-tem no mercado modelos de recolhedoras tri-lhadoras que podem ser operadas em velocida-des mais elevadas, proporcionado capacidadede trabalho de até 3ha/h.

CEIFAMENTO E TRILHAMENTOAs máquinas colhedoras automotrizes rea-

lizam simultaneamente as operações de ceifa-mento e trilhamento do feijoeiro. As automo-trizes convencionais disponibilizadas no Brasilapresentam desempenho insatisfatório em re-lação à perda e à danificação de grãos de feijão.A melhoria de desempenho ocorreu com o de-senvolvimento das plataformas de corte flexí-veis e dos mecanismos para diminuir a danifi-cação e a mistura de terra nos grãos. Em geral,a plataforma da colhedora capta muita terraque se mistura com os grãos no ato do trilha-

mento, provocando o barreamento. Essa depre-ciação do produto pode ser agravada na colhei-ta dos feijoeiros cultivados em solos argilosos.Algumas colhedoras possuem ajuste do ângulode operação da plataforma de corte em relaçãoao terreno, que ajuda manter baixa a altura decorte das plantas e, conseqüentemente, a per-da de grãos.

O mecanismo de trilhamento das colhedo-ras é formado por cilindro trilhador com fluxode plantas no sentido radial ou axial. O cilin-dro radial possui barra de dedos ou de estriasque apresenta desempenho inferior aos dedospor danificar maior quantidade de feijão. O ci-lindro de fluxo axial das colhedoras tem princí-pio de funcionamento semelhante ao descritoacima para as recolhedoras trilhadoras. A velo-cidade do cilindro trilhador e o ajuste da aber-tura entre cilindro e côncavo são os mais im-portantes parâmetros operacionais em relaçãoàs perdas e à danificação aos grãos. Os valores

variam com a umidade dos grãos e com a taxade alimentação da máquina e freqüentementemudam durante o dia, à medida que as condi-ções do tempo se alteram.

Para melhorar o desempenho no feijoeiroas colhedoras automotrizes devem ser equipa-das com um conjunto de acessórios (kit) com-posto basicamente de:

a) dedos levantadores – acoplados à barrade corte e servem para levantar as plantas aca-madas antes da ceifa;

b) sapatas de plástico – facilitam o desliza-mento da plataforma de corte no solo;

c) chapa perfurada na plataforma de corte– serve para eliminar a terra antes das plantasentrarem na máquina;

d) chapa perfurada no alimentador do ci-lindro trilhador – elimina a terra antes das plan-tas entrarem no sistema de trilhamento;

e) redutor de velocidade – para reduzir avelocidade do cilindro trilhador para cerca de200rpm;

f) elevador de canecas – substitui o eleva-dor do tipo raspador para reduzir os danosmecânicos nos grãos;

g) bandejão perfurado – para eliminar a ter-ra dos grãos após o trilhamento

O rendimento da colhedora automotriz éafetado pela umidade dos grãos, produtividadeda lavoura e condições de nivelamento do ter-reno. Em geral, a máquina deve ser operada de3 a 4km/h, resultando numa capacidade de tra-balho de até 4ha/h. Em ensaios realizados numterreno com superfície nivelada, uma colhedo-ra, provida de plataforma flexível de 17 pés e decilindro de fluxo axial, ceifou as plantas de fei-joeiro numa altura média de 113mm e provo-cou perdas de grãos que variaram de 172kg/hana cultivar pérola a 435kg/ha na carioca.

Comparativamente a outros procedimen-tos, a colhedora automotriz pode causar maisperdas e danificação de grãos, além de sujá-loscom terra, o que deprecia o valor final do pro-duto. Conseqüentemente, existe resistência doagricultor em relação às colhedoras. Seu uso sedá quando o somatório dos custos, devido às

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“O uso de condicionadores vem crescendo no campo, facilitando a“O uso de condicionadores vem crescendo no campo, facilitando a“O uso de condicionadores vem crescendo no campo, facilitando a“O uso de condicionadores vem crescendo no campo, facilitando a“O uso de condicionadores vem crescendo no campo, facilitando aarmazenagem, o transporte e atarmazenagem, o transporte e atarmazenagem, o transporte e atarmazenagem, o transporte e atarmazenagem, o transporte e atééééé a comercializa a comercializa a comercializa a comercializa a comercializaçãçãçãçãção do produto”o do produto”o do produto”o do produto”o do produto”

perdas e às injúrias ao grão, for menor que aquelecom a colheita semimecanizada. É necessárioenfatizar que o feijoeiro geralmente não apre-senta maturação uniforme e que, para a colhei-ta com automotriz, é necessário dessecar asplantas com dessecante químico, o que podeonerar, ainda mais, os gastos.

Outro fator que pesa no bolso do produtorrural é o preço para aquisição das automotri-zes. A colhedora pode custar até 15 vezes maisque uma recolhedora trilhadora utilizada nosistema indireto. O ponto forte das colhedorasautomotrizes reside na sua elevada capacidadede trabalho.

Portanto, ao optar pela colhedora automo-triz, deve-se avaliar os seguintes pontos: a) sa-

zonalidade da colhedora - é preciso considerarque uma automotriz pode ser usada para a co-lheita de outras espécies como soja, milho, tri-go etc. Quanto mais usada, mais barato fica oinvestimento; b) qualidade da colhedora - deveser uma máquina provida de mecanismos pró-prios para o feijoeiro como o kit descrito anteri-ormente e c) tipo de cultivar – muitas cultiva-res não podem ser colhidas com automotrizespor possuírem as vagens próximas ao solo e,portanto, fora do alcance das lâminas de corteda máquina. A colheita desse tipo de cultivarresulta em elevado percentual de perdas, o queinviabiliza a operação.

As recolhedoras trilhadoras existentes nomercado descarregam o feijão através do bas-culamento da caçamba graneleira diretamentenos caminhões ou em carretas que fazem otransporte até o local de armazenamento. Estetipo de descarregamento, sem rosca helicoidal,reduz sensivelmente os danos mecânicos nosgrãos. A indústria nacional já disponibiliza car-retas que ensacam o feijão no campo em acon-dicionadores tipo “big bag”. Nesse caso, o des-carregamento é feito por gravidade, tambémsem rosca sem-fim, e os acondicionadores po-dem ser deixados no campo sem perigo de chuvaou empoeiramento, sendo depois transporta-dos e armazenados em galpões. O uso de con-

dicionadores vem crescendo no campo, facili-tando a armazenagem, o transporte e até a co-mercialização do produto.

As colhedoras automotrizes armazenamos grãos colhidos em seus graneleiros, quepossuem capacidade para até 100 sacos e,posteriormente, descarregam em equipa-mentos de transportes, por meio de tubocom rosca helicoidal.

Detalhe do sistemade trilha axial de

baixo impacto

O mecanismo de trilhamento das colhedoras éformado por cilindro trilhador com fluxo de plantas

no sentido radial (acima) ou axial (abaixo)

Jose Geraldo da Silva,Embrapa Arroz e Feijao

. M

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30 • Março 08

Trator BH 185i

Nesta edição, Cultivar Máquinasapresenta a Ficha Técnica dotrator Valtra BH 185i, com mo-

tor seis cilindros turbo Intercooler de 190 ca-valos. O modelo é o mais novo lançamento daLinha BH Geração II dos tratores Valtra.

O motor que equipa este modelo é o SisuDiesel 620 DSRA, de 190cv, possui torquemáximo de 675Nm a1.400rpm (normaISO 1585). O mo-tor já é preparadopara trabalhar

BH 185iO maior e mais novo integrante Geração II dos tratoresValtra vem equipado com motor de 190cv, Intercooler e

pronto para trabalhar com biodiesel B20

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“““““CCCCCom motor seis cilindros turbo Intercooler de 190 cavalos. O modelo é oom motor seis cilindros turbo Intercooler de 190 cavalos. O modelo é oom motor seis cilindros turbo Intercooler de 190 cavalos. O modelo é oom motor seis cilindros turbo Intercooler de 190 cavalos. O modelo é oom motor seis cilindros turbo Intercooler de 190 cavalos. O modelo é omais novo lançamento da Linha BH Geração II dos tratores Vmais novo lançamento da Linha BH Geração II dos tratores Vmais novo lançamento da Linha BH Geração II dos tratores Vmais novo lançamento da Linha BH Geração II dos tratores Vmais novo lançamento da Linha BH Geração II dos tratores Valtraaltraaltraaltraaltra”””””

com diesel ou biodiesel B20, ou seja, 80% dediesel e 20% de biodiesel na mistura do com-bustível, lembrando que o biodiesel a ser uti-lizado deve seguir a especificação segundo aresolução da ANP 42/2004.

Entre os diferenciais do BH 185i o princi-pal é o Intercooler, que tem como função bai-xar a temperatura do ar de admissão e comisso obter melhor eficiência na combustão, re-

sultando em melhor desempenho, econo-mia no consumo de combustível e baixosníveis de emissões de poluentes.

INTERCOOLERO Intercooler, também denominado Af-

tercooler ar/ar, é um sistema que utiliza umtrocador de calor (radiador) localizado nadianteira do trator que reduz a temperaturado ar admitido depois de ser comprimido.Mais denso, o ar frio ocupa menos espaço ecom isso, uma quantidade duas vezes maiorde ar pode ser comprimida dentro de cadapistão, o que se traduz em aumento

de eficiência de combustão do motor, geran-do, assim, maior potência. Além dos benefíci-

os econômicos de redução de con-sumo de combustíveis,o sistema prolonga a

vida útil dos compo-nentes do motor e reduz

significativamente as ta-xas de emissões de gases

ajudando a preservar o ambiente.No caso dos motores Sisu Diesel, o Inter-

cooler troca calor com o ambiente e, por isso,consegue uma redução de temperatura bemmaior que os demais sistemas que utilizam atroca de calor entre ar (admissão) e água (doradiador do motor). Isso se explica pela dife-rença de temperatura entre o ar ambiente e atemperatura da água num motor, que estáentre 90 e 100 graus.

O Intercooler é um sistema que utiliza um trocador de calor (radiador) localizado na dianteirado trator, que reduz a temperatura do ar admitido depois de ser comprimido

Fotos Valtra

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O motor Turbo-Intercooler do BH 185iconsegue atingir uma potência maior commenor consumo de combustível. Além disso,como a combustão é mais eficiente, a tempe-ratura de escape é mais baixa, a carga térmicado motor também é menor, preservando as-sim a vida útil do motor e reduzindo os custosoperacionais que você teria com outros siste-mas.

TRANSMISSÃOA Transmissão é a Heavy Duty (transmis-

são para serviços pesados) com 12 marchaspara frente e quatro à ré. O escalonamento demarchas da caixa de câmbio é excelente e ofe-rece oito opções de marchas na faixa de traba-lho das principais operações agrícolas que va-ria de quatro a 12Km/h.

O modelo possui Embreagem Simples emsua versão standard ou Dupla independenteopcional. O BH 185i oferece duas opções deTDP, 540 + 1.000rpm em sua versão stan-dard ou somente 1.000rpm como opcional.

HIDRÁULICO E TRÊS PONTOSEquipado com uma bomba de engrena-

gem exclusiva para a direção e outra para osistema hidráulico, que é acionada diretamente

pelo motor, o BH 185i possui sistema de le-vante de três pontos com excelente controlede posição, sensibilidade e profundidade quefacilita suas regulagens. Possui capacidade delevante de 7.000kg no olhal.

O controle remoto independente standardvem com até quatro válvulas de dupla ação efluxo de 51,8l/min, o que garante operaçõessimultâneas do sistema de levante de três pon-tos e das válvulas de dupla ação para aciona-mentos de implementos. Possui ainda umacompleta gama de opcionais de sistemas hi-dráulicos para atender a diferentes operaçõespara cada tipo de cultura como mostra o itemOpcionais, abaixo.

OPCIONAISCom relação aos sistemas hidráulicos, o

BH 185i ainda tem o kit Hi-Flow, um sistemaespecificamente desenvolvido para o setor ca-navieiro. Este sistema é o único capaz de tra-balhar com todas as operações do processoagrícola como transbordo, tríplice operação ecultivo, plantio de cana inteira ou picada e comcarreta distribuidora de torta de filtro. O tra-tor equipado com este sistema poderá contarcom até três saídas de fluxo controlado de até75l/min total. Com o acionamento de um úni-

O motor que equipa este modelo é o Sisu Diesel 620 DSRA, de 190cv, possui torque máximode 675Nm à 1.400rpm (norma ISO 1585), preparado para trabalhar com B20

A capacidade de levante noolhal é de 7.000 Kg

Fotos Valtra

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“O controle remoto independente “O controle remoto independente “O controle remoto independente “O controle remoto independente “O controle remoto independente standardstandardstandardstandardstandard vem com até quatro válvulas de dupla ação e fluxo de 51,8l/min, o que garante vem com até quatro válvulas de dupla ação e fluxo de 51,8l/min, o que garante vem com até quatro válvulas de dupla ação e fluxo de 51,8l/min, o que garante vem com até quatro válvulas de dupla ação e fluxo de 51,8l/min, o que garante vem com até quatro válvulas de dupla ação e fluxo de 51,8l/min, o que garanteoperações simultâneas do sistema de levante de três pontos e das válvulas de dupla ação para acionamentos de implementos”operações simultâneas do sistema de levante de três pontos e das válvulas de dupla ação para acionamentos de implementos”operações simultâneas do sistema de levante de três pontos e das válvulas de dupla ação para acionamentos de implementos”operações simultâneas do sistema de levante de três pontos e das válvulas de dupla ação para acionamentos de implementos”operações simultâneas do sistema de levante de três pontos e das válvulas de dupla ação para acionamentos de implementos”

co botão no console de operação soma-se àsvazões das bombas podendo chegar à 126l/min disponíveis para o transbordo (a maiorvazão da categoria). Possui ainda disponívelde fábrica o kit freio pneumático, engates es-pecíficos para o setor canavieiro e a opção semtomada de potência. A capacidade do sistemahidráulico de levante de três pontos é de

MOTOR

EMBREAGEM

BLOQUEIO DIFERENCIAL TRASEIRO

TOMADA DE FORÇA

TRANSMISSÃO

VELOCIDADES TEÓRICAS (km/h)

TRAÇÃO DIANTEIRA

SISTEMA HIDRÁULICO

FREIOS

DIREÇÃO

DIMENSÕES 4x2 / 4x4

CAPACIDADES

PNEU (STD)

VALTRA BH 185i4x4

Sisu Diesel 620 DS190 - 2300 (ISO 1585)675 - 1400 (ISO 1585)

186600

6 - TC intercooler108 - 120

16,5:1Bomba rotativa

Disco Simples/Disco Duplo350 - N.DMecânico

Mecânico por pedalMecânico

Dependente/IndependenteMecânico

540 - 1747 / 1000 - 2270173 - 2270

Heavy Duty - HD12+4

30.5 - 32 R1 / 2300Marcha 12+4

L1 3,3L2 4,6L3 5,4M1 6,4L4 7,6M2 9,1

M3 10,7H1 12,8M4 15,0H2 18,1H3 21,2H4 29,8R1 5,7R2 8,1R3 9,5

R4 13,3

MecânicoAutoblocante

18051,870004700

1 a 4 válvulas dupla ação com destrave automáticoND

Kit Hi-Flow, kit transbordo e kit semeadora de alta e média vazão

Multidisco em banho á óleoHidráulico

Hidrostática

28705400492010000

1813 - 2105

362

ND18.4 - 26 R1 / 30.5 L - 32 R1

Standard

Fabricante/ModeloTração

ModeloPotência Máxima cv-rpm (Norma)

Torque Máximo N.m - rpm (Norma)Reserva de Torque (%)

Cilindradada (cm³)N. de cilindros - aspiração

Diâmetro - Curso cilindro (mm)Relação de compressâoSistema de alimentação

TipoDiâmetro(mm) (Principal -TDP)

Acionamento

AcionamentoDestravamento

TipoAcionamento

Velocidade (rpm/rpm)Potência Máxima (cv) - rot.motor

Tipo de transmissãoNúmero de marchas

Rodagem/rpm no motor

AcionamentoBloqueio diferencial

Pressão Máxima (kgf/cm²)Vazão de bomba (l/min)

Capacidade de elevação máx. Olhal (kgf)610 mm do olhal (kgf)

Válvula de Controle RemotoHidráulicoOpcional

TipoAcionamento

Tipo

Distância entre eixos (mm)Comprimento total (mm)Raio de Giro Min (mm)

Peso de Embarque lastrado (kgf)Bitola Traseira min - max (mm)

Tanque de Combustível ( l )

4X24X4

CABINE

7.000kg no olhal.Como opcionais para plantio tem

o kit semeadora de alta vazão com74l/min a 2.300rpm no motor parasemeadoras de grãos com mais de ummotor hidráulco e o kit semeadorade média vazão com 55l/min a2.300rpm no motor para semeado-ras com apenas um motor hidráuli-co e baixa necessidade de vazão.

Kit transbordo com 83l/min a2.300rpm no motor para trabalharcom implementos de transborda-mento que necessitam rapidez e agi-lidade para descarregamentos.

Um kit transbordo com fluxoconstante com 83l/min a 2.300rpmno motor para operações de trans-bordo e mais 37l/min exclusivos paraoperações de fluxo contínuo comopor exemplo a tríplice operação parao setor canavieiro, também são opci-onais para esta máquina.

CABINEO design exclusivo da Geração

II, com frente inclinada, e a posi-ção elevada da cabine garantemmelhor visibilidade ao operadorquando comparados com os mode-los anteriores.

A cabine mais ampla oferece fá-cil acesso às alavancas de acionamen-tos e controles, fazendo com que aposição de operação seja mais ergo-nômica e confortável, favorecendo aslongas jornadas de trabalho e dimi-nuindo assim a fadiga do operador.O acabamento interno possui ótimavedação, reduzindo o nível de ruídoda cabine. A estrutura mais reforça-da oferece maior segurança em casode acidentes de trabalho.

A cabine é ampla, climatizada e com posicionamentoelevado para facilitar a visualização das operações

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Expodireto 2008

AExpodireto Cotrijal, realizada emmarço, no município de Não-Me-Toque, no Rio Grande do Sul, vol-

tou a superar as expectativas. Em sua 9ª ediçãoo evento reuniu mais de 153 mil visitantes, entreprodutores, pesquisadores, estudantes e empre-sários do setor. O volume de negócios ultrapas-sou R$ 268 milhões, o que, segundo os organi-zadores, representa a quebra de um recorde his-tórico de vendas na feira. O número de exposi-tores chegou a 313 e a quantidade de funcio-nários envolvidos somou 4,1 mil colaborado-res.

O presidente da Expodireto e da Cotrijal,Nei Mânica, não escondeu o entusiasmo aodivulgar os resultados. “É com muita satisfa-

ção que passamos estes números para os se-nhores, porque estes registros que mostram apujança da feira e o quanto ela cresce a cadaano”, destacou.

Como nas edições anteriores, as empresasde máquinas, pneus e implementos agrícolas

deram um show à parte, com lançamentos eapresentação de novidades tecnológicas volta-das para o segmento.

MASSEY FERGUSONUm dos destaques da Massey Ferguson foi

Paulino Jeckel, gerente de Marketing e Comunicaçõesda Massey Ferguson, apresentou o MF 291 cabinado

Outra vedete da feira foi a colheitadeira MF 9790 ATR, marco da entrada da marca em axiais e que se destaca pela facilidade de manutenção

Além das expectativasAlém das expectativas

A 9ª edição da Expodireto Cotrijal, no município de Não-Me-Toque, noRio Grande do Sul, se destaca mais uma vez pela organização, sucesso depúblico, volume de negócios e geração de empregos temporários

A 9ª edição da Expodireto Cotrijal, no município de Não-Me-Toque, noRio Grande do Sul, se destaca mais uma vez pela organização, sucesso depúblico, volume de negócios e geração de empregos temporários

Divulgação

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“““““AAAAA Expodireto Cotrijal, realizada em Expodireto Cotrijal, realizada em Expodireto Cotrijal, realizada em Expodireto Cotrijal, realizada em Expodireto Cotrijal, realizada em março, no município de Nãomarço, no município de Nãomarço, no município de Nãomarço, no município de Nãomarço, no município de Não-Me-Me-Me-Me-Me-----TTTTToque, no Rio Grande do Sul, voltou a superar as expectativasoque, no Rio Grande do Sul, voltou a superar as expectativasoque, no Rio Grande do Sul, voltou a superar as expectativasoque, no Rio Grande do Sul, voltou a superar as expectativasoque, no Rio Grande do Sul, voltou a superar as expectativas”””””

o MF 291 cabinado. Com potência de 100 ca-valos e motor de quatro cilindros turbo, o tra-tor conta com baixo nível de emissão de gases.Já a série MF 200 ganhou cabinas novas, commais espaço interno e maior ergonomia noscomandos.

Outra vedete da feira foi a colheitadeira MF9790 ATR, que representa a entrada da marcano segmento de axiais. Vencedora do 25º Prê-mio Gerdau Melhores da Terra, na categoriaNovidade, a máquina se destaca pela facilidadede manutenção dos radiadores e do motor, comabertura lateral, baixo número de correias epoucas mangueiras. Possui variador de rotaçãopara plataforma e conta com rotor com aciona-mento hidráulico, o que facilita o desembucha-mento. “Em um sistema com correias, o de-sembuchamento demora de duas a três horas,enquanto o acionamento hidráulico permitereduzir esse tempo para não mais de cinco mi-nutos”, explica o promotor técnico de colheita-deiras da Massey Ferguson, Valter Grando.

VALTRAA Valtra expôs sua linha de tratores Gera-

ção II e as novas colheitadeiras de grãos, BC4500 e BC 7500. A empresa aproveitou o even-to, também, para divulgar os resultados dos tes-tes realizados para a liberação do uso de 100%de biodiesel nos tratores da marca. Atualmentea montadora mantém a garantia de fábrica parauso de 20% de biodiesel nos tratores Valtra. Em2007, testes de campo realizados durante 18meses, na usina Catanduva, interior de SãoPaulo, comprovaram a viabilidade econômica ea segurança do emprego desse combustível al-ternativo para máquinas agrícolas equipadascom motor Sisu-Diesel da Valtra.

JOHN DEEREA John Deere mostrou sua linha ampliada

de tratores, com os modelos 5303 e 5403, vol-tados para pequenas propriedades, o 6415, de106 cavalos, e o 6615, de 121 cavalos, amboscom a opção da nova versão Classic. O 7715,com 182 cavalos, um dos primeiros produzi-dos na nova fábrica da empresa, em Montene-gro, no Rio Grande do Sul, também foi apre-sentado. Entre os equipamentos de grande por-

te, o pulverizador 7430, com barra de aplica-ção de 30 metros e altura livre de 1,57 metroacima do solo, foi outro destaque. A forrageiraautopropelida 7350, o trator 7515, de 182 ca-valos, as colheitadeiras 1175 Hydro, 1450 e9750 STS, uma plantadeira da série 1100 e ostratores 7715 e 7815 (devidamente configura-dos com o padrão Isobus) completaram os pro-dutos expostos.

NEW HOLLANDA New Holland lançou nove modelos de

máquinas agrícolas. Em tratores a marca apre-

Tratores Geração II chamaram aatenção no estande da Valtra

Colheitadeiras de grãos também forammostradas pela empresa em Não-Me-Toque

sentou o TS 6020, os modelos da Série 30, 7630e 8030, a linha TM, com o TM7010 e oTM7020, além do T7040, da linha T7000. Emcolheitadeiras os destaques ficaram por contada TC5090, CS660 Superflow e CR9060. Odiretor comercial da New Holland, Luiz Feijó,prevê bons negócios para o segmento. “O anode 2008 deve resultar num crescimento entre10% e 15% na venda de tratores e em torno de20% na comercialização de colheitadeiras emtodo o país”, estima.

GSIA GSI expôs a linha de produtos para ar-

mazenagem e também lançamentos para o seg-mento de aviários. Entre as novidades merece-ram destaque o Exaustor GSI 50, o comedou-ro Creche HD+, o bebedouro Nipple Click

Pulverizador 7430 e tratores configurados com o padrãoIsobus estiveram entre os destaques da John Deere

Luiz Feijó, diretor comercial da NH, prevê crescimentodas vendas de tratores e colheitadeiras em 2008

A GSI apresentou sua linha de produtos para arma-zenagem e lançamentos para o segmento de aviários

Fotos Cultivar

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GSI, o ninho automático Comfort Plus e o con-trolador de ambientes Integra-PRO CA-05.

GOODYEAR CORREIASFrederico Martins, analista de Marketing

da Goodyear, aproveitou a Expodireto para en-focar a linha completa de correias agrícolas daempresa, destinadas a colheitadeiras e tratores,além do conjunto de mangueiras hidráulicaspara o mesmo segmento.

GTSA GTS apresentou seu conjunto de plainas

e plataformas. O modelo Planner 510 ST pos-sui tecnologia manual, enquanto a Planner 510é hidráulica. Ambas apresentam soluções prá-ticas para pequenas áreas. A Planner 710, a es-tradeira da GTS, também esteve exposta, jun-tamente com a Planner Canavieira, projetadaespecialmente para o trabalho em áreas de cana-de-açúcar. Para os produtores interessados emequipamentos de colheita a empresa apresen-tou a Produtiva e a Top Line, duas opções deplataformas com alta tecnologia.

YANMAR AGRITECHA Yanmar Agritech focou sua linha de tra-

tores, entre eles o maior da marca, com 70 ca-valos de potência. Único no mercado com 16válvulas, o modelo 1175 é indicado para cultu-ras como maçã, manga, uva e nectarina, lavou-ras de citros, café, cereais, além do manejo nu-

tricional de bovinos criados em sistemas de con-finamento.

KOA KO destacou os pulverizadores Express,

com barras de levante hidráulico de 18 metrosou 21 metros, com capacidade para dois ou trêsmil litros. Entre os diferenciais do produto estáa altura mínima da barra em relação ao solo, de0,40m. Em caso de choque com algum obstá-culo a ponta da barra recua, evitando danificá-la. O sistema de amortecedores da barra per-mite o trabalho com pouca movimentação ver-tical e horizontal, o que garante uma pulveri-zação mais uniforme. A bitola de fácil regula-gem, através de grampos, possibilita o empregodo equipamento em diversas culturas.

GENIUSA Genius apresentou a linha de plantadei-

ras pantográficas Puma, para plantio direto econvencional. Com configurações de modelosde até 15 linhas, o produto possui, entre outrascaracterísticas, reservatórios reforçados de po-lietileno, sistema robusto de disco de corte de18", acionamento do adubo e sementes por eixoúnico e linhas totalmente desencontradas, que

permitem o fluxo de palhas com liberdade eevitam embuchamento.

SEMEATOA Semeato veio à Expodireto com sua li-

nha de semeadoras, com destaque para a Múl-tipla, SSM 23, 27, 33, SHM 11/13 e 15/17 Roto,nas versões arrozeira, pastagens, grãos finos egrãos graúdos seed.

FANKHAUSERA Fankhauser mostrou a plataforma de

milho PM 9050, com chassi robusto, acoplávela colhedoras nacionais e importadas, carena-gens em polietileno, viseira para dificultar o re-pique do material colhido e adaptador inter-cambiável de acordo com a marca e o modeloda colheitadeira utilizada.

KUHNO Grupo Kuhn, líder mundial em materi-

ais de fenação, com fábricas em vários países,ao adquirir a Metasa, de Passo Fundo, imple-mentou ainda mais sua linha de produtos enovos segmentos de mercado, como pulveriza-ção e plantio direto. Na Expodireto 2008 foiapresentado o primeiro produto 100% produ-zido no Brasil, o Cultivador Rotativo, com lar-

Frederico Martins, analista de Marketing da GoodyearCorreias, apresentou a linha de produtos agrícolas

Plainas e plataformas foram os destaquesda GTS na 9ª edição da Expodireto Cotrijal

A Yanmar Agritech focou a linha de tratores, com especial atençãoao modelo 1175, de 70 cavalos e 16 válvulas

Fotos Cultivar

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“““““O volume de negócios ultrapassou R$ 268 milhões, o que, segundo osO volume de negócios ultrapassou R$ 268 milhões, o que, segundo osO volume de negócios ultrapassou R$ 268 milhões, o que, segundo osO volume de negócios ultrapassou R$ 268 milhões, o que, segundo osO volume de negócios ultrapassou R$ 268 milhões, o que, segundo osorganizadores, representa a quebra de um recorde histórico de vendas na feiraorganizadores, representa a quebra de um recorde histórico de vendas na feiraorganizadores, representa a quebra de um recorde histórico de vendas na feiraorganizadores, representa a quebra de um recorde histórico de vendas na feiraorganizadores, representa a quebra de um recorde histórico de vendas na feira”””””

gura de trabalho de 1,3m a 3,00m, alcance deprofundidade de 5cm a 23cm, com várias velo-cidades de rotação e acionado por potentes pi-nhões em aço forjado e cimentado.

MAXA empresa de implementos agrícolas Max,

de Carazinho (RS), deu destaque especial paraa plataforma de milho Colhe Max, agora tam-bém em polietileno, com espaçamentos de45cm, 50cm e 70cm, adaptável a todas as co-lhedoras disponíveis no mercado. Os modelosCM5 e CM6 possuem espaçamento de 70cm;CM7, 8, 9, 10 e 12 têm espaçamento de 45cm,50cm e 70cm e a CM11 conta com espaça-mento de 45cm e 50cm. Outras característicasdestacadas foram plataforma leve, fácil acopla-mento, linhas mais curtas e melhor ângulo decolheita.

AGRIMECA Agrimec, especializada na fabricação de

implementos agrícolas para a lavoura de arroz,destacou suas plainas niveladoras multilâmi-nas NSA-10 e Robust, que aplainam direta-mente o terreno, sem necessidade de preparoprévio, deixando a lavoura pronta para desse-car e receber o plantio direto, eliminando osdesníveis, microrrelevos causados por imple-mentos, torrões, taipas, cupins e erosão, alémde facilitar a operação de todas as máquinasagrícolas subseqüentes.

STARAA Stara lançou o pulverizador Fênix 2000,

com barra de 18 metros a 24 metros, com op-ções de modelo completo com desligamentoautomático de sessão e controlador de vazão,ou na configuração básica. Pronto para traba-

Plantadeiras pantográficas Puma, da Genius,chamaram a atenção dos visitantes

A Semeato trouxe novidadesna sua linha de produtos

A linha de pulverizadores da KOesteve em evidência durante a feira

lhar com agricultura de precisão, o equipamentoconta com barra que trabalha em pêndulo,mantendo-se estável independentemente doterreno. Com tanque redondo, é possível usar acalda até o final, sem precisar de quebra-ondas.É equipado com tanque em polietileno e bom-ba de membrana de 200 litros por minuto devazão. A capacidade é de dois mil litros. Já otanque de água limpa conta com 300 litros deágua para limpeza da barra, sem risco de mis-turar na calda. “O produtor pode aplicar meiotanque, fazer a limpeza e voltar a pulverizar nor-malmente depois, sem entupimento dos bicos”,explica Fernando Trenepohl, gerente comerci-al da Stara.

A Fankhauser apresentou aplataforma de milho PM 9050

Plataforma Colhe Max foi apresentada em polietileno,com espaçamentos de 45 cm, 50 cm e 70 cm

Plainas niveladoras multilâminas, da Agrimec, aplainamdiretamente o terreno, sem necessidade de preparo prévio

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Pulverizadores Fênix, da Stara, oferecidosnas configurações básico e completo

Cultivador Rotativo, 100% produzidono Brasil, foi mostrado pela Kuhn

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radioamador

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João Roberto de Camargo Gaiottowww.tecnica4x4.com.br

Fotos Técnica 4x4

Este serviço de comunicação é o maiscompleto à disposição do cidadãocomum. É um passatempo que nas-

ceu de forma semelhante ao da prática do off-road, com equipamentos consideradossobras de guerra, que chegaram às mãosda população. Até a invenção da Inter-net era o meio mais eficaz para se fazeramigos pelo mundo, e mesmo com In-ternet a prática saudável do radioama-dorismo ainda cria amizades a cada dia.

Para se obter a licença de operaçãojunto à Anatel, o candidato a radioa-mador precisa fazer um curso prepara-tório de ética de operação, aprender oCódigo Fonético e Código Q. Para al-gumas classes de operação o conheci-mento de eletrônica e o Código Morsetambém são exigidos.

Classe A e BHFVHFUHFEHF

Classe CHFVHFUHF

CLASSE DVHFUHF

Tabela classes

As opções para operação em radioamado-rismo são amplas e aumentam de acordo coma categoria do licenciado. Existem atualmentequatro classes, a mais simples é a D e a maisaberta é a classe A, onde o futuro licenciadopoderá se comunicar em todas as freqüências/bandas liberadas para radioamador no mundotodo.

A classe D é preferida no Brasil pelos corre-dores de rally e off-roads em geral, porque per-mite a operação em FM (Freqüência Modula-da), nas bandas de dois metros e de 70cm, ouseja, VHF - 2m e UHF - 70cm. Os modernosequipamentos para esta faixa são pequenos ede custo “quase” acessível, pois se pode encon-trar desde modelos portáteis a partir de U$200,00 até sofisticados equipamentos com duasbandas, os dualbanders, que têm preço a partirde U$ 500,00. Com esses transceptores conse-

Radioamador

gue-se contato em um raio de até 100km emlinha reta e com visão direta entre as antenas, ede até 200km com utilização de estações repe-tidoras.

Mas o que é uma repetidora? É uma esta-ção que ouve seu rádio e retransmite seu sinalcom mais potência a partir de uma montanhaou um edifício alto no meio da cidade. Estasestações automáticas de rádio são mantidaspelas associações de radioamadores, que asmontam e dão manutenção, auxiliando a au-mentar a área de abrangência dos equipamen-tos de VHF e UHF. Se associar a um clube deradioamador também ajuda a manter estesequipamentos incríveis funcionando para quan-do forem requisitados.

Quando estiver em deslocamento por umaregião, procure saber se há alguma repetidorade VHF ou UHF nas imediações, para qual-quer emergência. E se estiver equipado com ummodelo portátil (HT) não esqueça de levar ba-terias de reserva.

Existem diversos modelos para os diferentesníveis de conhecimento dos usuários

. M

O acessório pode atéser dispensável parapráticas de off-road,

mas é a maneira maisprática e útil para

fazer contatos,podendo tornar-se um

grande aliado para anavegação em lugares

desconhecidos

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