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Junho 2003

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Page 1: Maquinas 53
Page 2: Maquinas 53
Page 3: Maquinas 53

Rodando por aí

V CLIA

Calibração de pulverizadores

Regulagem de hidro-pneumáticos

Regulagem de semeadoras passo a passo

Teste drive - Yanmar 1155 SRE

Manejo mecânico de invasoras no café

Lançamentos Agrishow 2006

Índice Nossa Capa

Vilso Júnior Santi

Destaques

Baixinho invocadoConfira o desempenho do trator 1155 SRE, da Yanmar,utilizado em lavouras de café, que se destaca pelo tamanhoreduzido e grande capacidade de tração

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13

16

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Por falta de espaço, não publicamos as referências bibliográficas citadaspelos autores dos artigos que integram esta edição. Os interessadospodem solicitá-las à redação pelo e-mail: [email protected]

Os artigos em Cultivar não representam nenhum consenso. Não esperamos quetodos os leitores simpatizem ou concordem com o que encontrarem aqui. Muitosirão, fatalmente, discordar. Mas todos os colaboradores serão mantidos. Eles foramselecionados entre os melhores do país em cada área. Acreditamos que podemosfazer mais pelo entendimento dos assuntos quando expomos diferentes opiniões,para que o leitor julgue. Não aceitamos a responsabilidade por conceitos emitidosnos artigos. Aceitamos, apenas, a responsabilidade por ter dado aos autores a opor-tunidade de divulgar seus conhecimentos e expressar suas opiniões.

NOSSOS TELEFONES: (53)

• GERAL3028.2000• ASSINATURAS3028.2070• REDAÇÃO3028.2060• MARKETING3028.2065

• EditorCharles Ricardo Echer

• RedaçãoVilso Júnior Santi

• RevisãoSilvia Maria Pinto

• Design Gráfico e DiagramaçãoCristiano Ceia

• MarketingPedro Batistin

• Gerente de CirculaçãoCibele Costa

• AssinaturasSimone Lopes

• Gerente de Assinaturas ExternaRaquel Marcos

• ExpediçãoDianferson Alves

• Impressão:Kunde Indústrias Gráficas Ltda.

Grupo Cultivar de Publicações Ltda.

www.cultivar.inf.brwww.grupocultivar.com

Cultivar MáquinasEdição Nº 52

Ano V - Maio 06ISSN - 1676-0158

[email protected]

Assinatura anual (11 edições*): R$ 119,00(*10 edições mensais + 1 edição conjunta em Dez/Jan)

Números atrasados: R$ 15,00

Assinatura Internacional:US$ 80,00• 70,00

Como calibrar hidro-pneumáticos?Saiba como regular e utilizarcorretamente os pulverizadores hidro-pneumáticos em pomares

Regulagem finaSemeadoras de grãos miúdos, ouculturas de inverno, merecem atençãoespecial na hora de realizar a regulagem

Matéria de capa

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Page 4: Maquinas 53

04 • Junho 06

Kepler WeberMilton Paulo Silva é o novopresidente da Kepler WeberIndustrial S/A. O ex-diretoradministrativo, financeiro ede relações com investido-res, na função desde agostode 2005, passa agora aacumular os cargos dediretor presidente da KeplerWeber Industrial S/A e daKepler Weber Inox Ltda.

AGRA equipe da AGR, na Agrishow, além de apresentar suatradicional linha de produtos destacou seus conjuntos re-comendados para aplicação na hortifruticultura. SegundoFlávia Siquara de Andrade, diretora comercial da empresa,é visível a necessidade de aplicação dos conceitos de agri-cultura de precisão nesse setor. Ela vê na área um rico mer-cado para seus produtos.

GSIO gerente de marketing da GSI no Brasil, Leandro André de Conto, ressaltou naAgrishow a exclusiva tecnologia de armazenagem de grãos que a empresa aplicaem seus sistemas no país. Tratam-se de conceitos mundiais que a GSI trouxe eadaptou as necessidades locais no setor de acondicionamento de grãos.

Milton Paulo Silva

NaanDanEgídio Osti Neto, gerente comercial da NaanDan sistemas de irrigação, du-rante a edição de 2006 da Agrishow, destacou as soluções que a empresadispões para irrigação das mais diferentes culturas. Conforme Egídio a li-nha de equipamento para irrigação localizada da empresa merece ser co-nhecida de perto pelos agricultores.

AgrosystemNo ano em que comemora acertificação ISO 9001/2000, aAgrosystem trouxe aoAgrishow tecnologiasdestinadas a máquinasagrícolas como o monitor deplantadeira PM 400, o pilotoautomático total FarmLap4000 RT e o controlador depulverização CanLink 3500.Em pós-colheita foramapresentados os medidores deumidade GAC 500 XT e o DJFX 2000.

AgraleA equipe da Agrale apresentou durante o Agrishow alternati-vas de tratores que contemplam da agricultura familiar a gran-des propriedades. Os modelos 4100, 4100.4, 4.118.4, 4230 e4230.4, movidos a biodiesel, são destinados a pequenos agri-cultores. Já a linha 5000 tem capacidade para atender às nes-cessidades dos produtores de pequeno, médio e grandes por-tes. Mereceram destaque, ainda, o BX 6110 e o BX 6150,ideais para as culturas de cana-de-açúcar, soja, milho e trigo.

RandonA Randon e a Jost Brasil sistemas automotivos mostraram no Agrishow solu-ções para o mercado sucroalcooleiro, como reboque para cana inteira, semi-reboque para cana picada, graneleiro bitrem basculante e os modelos de quin-ta-roda SK 38DV, SK 37C e SK 38C. Foi apresentada também a linha deengates, automático e para container, além do aparelho de levantamento sérieB 280 (AL BiTrem) e o suspensor pneumático.

AragO navegador GPS Skipper foi um dos destaques no estande da Arag. Oequipamento é destinado à agricultura de precisão. O presidente empresaGiovanni Montorsi e um dos seus diretores Claudio Apa prestigiaram afeira e ressaltaram o aumento significativo dos investimentos em tecnolo-gia para agricultura de ponta na qual a Arag é referência.

GihalA Gihal expôs sua linha de plantadeiras GA 2511 S, GA 2800 P e GA 2700 S,com novo desingner. Discos de corte pula-pedra e com sulcador fino, rodascompactadoras, distribuição de semente a disco e de grãos finos, pneu internoarticulado, rodado interno regulável e articulado e distribuição de adubo porrosca sem fim estão entre as características disponíveis nas máquinas.

DpaschoalA DPaschoal, principal rede deserviços automotivos do Brasil,levou para a feira sua linha de

pneus e acessórios paratratores, máquinas, implemen-tos agrícolas e caminhões. Foi

apresentado no estande daempresa o pneu DT 806 -Optitrac. Outra novidade

trazida pela DPaschoal foi aopção especial de financiamen-

to para o setor agropecuário.Através do Agricred, uma linha

de crédito própria, o produtorpassou a poder efetuar suascompras e pagar em até 18

vezes com tarifas competitivas.

GerdauEstimular a inovação, a criatividade e a excelência do setor de maquinas e equipamentos agrícolasé a meta na 24a edição do Prêmio Gerdau Melhores da Terra, lançada na Agrishow. A premiaçãoincentiva o aumento da produtividade no campo. O Melhores da Terra está com suas inscriçõesabertas em suas três categorias: pesquisa e desenvolvimento, novidade e destaque. As inscriçõessão gratuitas e podem ser feitas pelo site www.melhoresdaterra.com.br.

MariniA metalúrgica Marini

apresentou o kit rodado duplopara tratores e colhedoras,

indicado para evitar acompactação de solo em

plantio direto e proporcionarmelhor aderência ao solo em

condições específicas, como oemprego em lavouras de arroz

irrigado. Destacam-se comovantagens o aumento de

produtividade, economia decombustível, o menor desgastede pneus, maior vida útil para

as trações, eliminação depatinagem, aumento de até

15% na tração e melhordistribuição da força.

Triad Dan GatesA Triad Dan Gates chega aoBrasil como o único nomeem válvulas de irrigação porinundação. A nova tecnologiaé simples, rápida e fácil deinstalar. É desenhada parauso em cano de PVC oualumínio, tem padrões deencaixe com aberturasretangulares de fácilajustamento e presilha detensão no centro para lacreuniforme na frente e nofundo da válvula. Oequipamento é composto portrês partes principais: presilhade pressão, tampa da válvulae lacre do fundo da válvula.

LindsayA aplicação de vinhaça nas

lavouras de cana-de-açúcar éuma prática comum, mas que

ainda não havia sido viabilizadapor meio dos pivôs de irrigação,

em função do alto podercorrosivo do produto. A

Lindsay, no entanto, acaba dedesenvolver uma linha de

revestimentos para astubulações dos pivôs que

permite a fertirrigaçãoutilizando a vinhaça.

GoodyearA Goodyear enfatizou no Agrishow seu mais recente lançamento: o pneu radial agrícola DT 830 da família

Optitrac. O modelo, destinado a tratores e colhedoras, é fabricado namedida 800/65R32. “Esse pneu conta com tração e aderência superioresem comparação aos convencionais, o que pode refletetir numa economiade combustível de até 7% nas operações agrícolas”, explicou José CarlosMoreno, gerente de marketing e vendas de pneus agrícolas da empresa.

Apa e Montorsi

Egídio Osti Neto

Leandro de Conto

No nonono

José Roberto RossiSeminario e Walter

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V CLIA

Junho 06 • 05

Pesquisadores e cientistas de 28 pa-íses e cinco continentes participa-ram do V Congresso Internacional

de Engenharia Agrícola (CLIA) e, simultanea-mente, do VII Congresso Latino-americano edo Caribe de Engenharia Agrícola (CIACH),que aconteceu na primeira quinzena de maiona cidade de Chillán, na cordilheira dos An-des, Chile.

No encontro foram debatidos os rumos dosetor e apresentados oralmente 86 trabalhos e188 posters, distribuídos nas áreas de recursoshídricos na agricultura; engenharia de alimen-tos; mecanização agrícola; informática e auto-matização na agricultura; energia na agricul-tura; processamento de colheita; obras civis deuso agrícola; meio ambiente e agricultura sus-tentável e; engenharia de sistemas biológicos.

Na cerimônia da abertura falou, represen-tando o governo Chileno, Jorge de La FuenteOlguin, diretor nacional do Instituto de Inves-tigações Agropecuária do Chile (INIA). Ele ci-tou que foi convocado pela Presidenta do país,Michelle Bachelet, logo após a sua posse, paradefinir um plano estratégico para a política agro-alimentar e silvícola no Chile. A convocatóriaepecial levou em consideração que a economiadaquele país está baseada na produção primá-ria e agro industrial, voltada principalmente parafruticultura, cereais, pescados e seus derivados.Este plano contempla principalmente os seguin-tes pontos:

• Consolidar a Chile como potência agro-alimentar;

• Provocar um desenvolvimento de cará-ter inclusivo que contribua para diminuir a dis-tância sociocultural e econômica dos setoresmais postergados do mundo rural;

• Adequar e modernizar a instituição pú-blica silvo agropecuária;

• Contribuir para ampliar e diversificar amatriz energética do Chile, promovendo a ob-tenção de energia a partir de fontes renováveis;

• Promover o uso sustentável dos recursosnaturais renováveis e a proteção da biodiversi-dade.

Disse também que por ordem da Presiden-ta sempre haverá recursos suficientes para pes-quisas científicas em áreas abrangidas pelo pla-no estratégico de política agro alimentar e silví-cola.

Enquanto isto, muitos pesquisadores bra-sileiros, apesar de inscritos, não puderam com-parecer no evento porque as universidades pú-blicas brasileiras tiveram dificuldades em libe-rar recursos para as viagens.

Durante a realização do VII CIACH, queocorreu paralelamente, foi eleita a nova di-retoria da Associación Latinoamericana y delCaribe de Ingenieria Agrícola (ALIA), queficou composta da seguinte forma: Presiden-te: Omar Ulloa da Costa Rica; Vice-presi-dente: Horacio González da Nicarágua; Se-cretário executivo: Jose E. Hernandez da

Colômbia; Secretário executivo suplente:Wilson Esquievel do Chile; Tesoureiro: Ro-berto Spesny da Costa Rica; Tesoureiro Su-plente: Ernesto Camarena do México; Di-retor executivo: Warner Rodriguez da Cos-ta Rica; e, Diretor Executivo Suplente: Li-zardo Reina do Equador.

Engenharianos AndesEngenharianos AndesNo Chile, cientistas e pesquisadores da engenharia agrícola, representantes de 28 países,debateram acerca dos rumos do setor no maior evento latino -americano da áreaNo Chile, cientistas e pesquisadores da engenharia agrícola, representantes de 28 países,debateram acerca dos rumos do setor no maior evento latino -americano da área

Miguel Neves Camargo,Fahor

Miguel Camargo foi um dos representantesbrasileiros no evento internacional

realizado no Chile

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Miguel Neves Camargo

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06 • Junho 06

calibração

Segundo o Projeto IPP (InspeçãoPeriódica de Pulverizadores) os

maiores erros em volume de aplicaçãoocorrem por problemas de desgaste depontas de pulverização e por erros noprocesso de calibração. Estes erros po-dem superar a 30% do volume pretendi-do, acarretando aplicações com volumessuperiores (sobreaplicações) ou inferio-res (subaplicações), os quais podem re-duzir os efeitos desejados dos agroquí-micos, como a eficiência no controle depragas, doenças e plantas daninhas,como elevar aqueles efeitos indesejáveistais como; a contaminação ambiental eos custos devido às maiores perdas.

PROJETO IPP

Acalibração do pulverizadorconsiste em determinar as melhores condições operacionais da

máquina, tais como, volume de calda a seraplicado, o número de gotas por área trata-da e a quantidade de produto químico noalvo para satisfazer todas as condições ne-cessárias ao sucesso da aplicação. Pelo me-nos três aspectos importantes podem serconsiderados.

PONTA DE PULVERIZAÇÃOOs diferentes tipos de pontas oferecem

padrões de qualidade de pulverização quevisam atender os objetivos de cada aplica-ção, sendo a escolha do bico correto fatorfundamental para a eficácia do tratamento.As pontas são os componentes responsáveispela micronização do líquido, ou seja, pelaquebra da lâmina ou jato de líquido em go-tas de diferentes tamanhos e padrões. Esteefeito depende principalmente das caracte-rísticas do líquido pulverizado, da constru-ção da ponta de pulverização e da velocida-de de saída do líquido pelo orifício da pon-ta, estando este último relacionado direta-mente a pressão de trabalho.

Uma das orientações iniciais para a es-

colha da ponta correta é o uso de uma guiade pontas e aplicações oferecida normal-mente, pelos fabricantes, as quais podemindicar as alternativas de seleção destaspontas para cada situação, como mostra aFigura 1.

CLASSE DE GOTASUma vez selecionada a ponta, o usuário

deverá identificar a classe de gotas que me-lhor atenda a sua condição podendo consi-derar o seguinte:

• As gotas finas e muito finas devem serusadas para as aplicações de pós-emergen-tes que requeiram elevada penetração namassa foliar e maior cobertura do alvo. Es-tas gotas são altamente susceptíveis a per-das por deriva e evaporação devendo, por-tanto, ser evitadas nas aplicações em condi-

Aplicação de sucA calibração adequada do pulverizador é o primeiropasso para garantir o sucesso da aplicação deagroquímicos nas lavouras cultivadas

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Page 7: Maquinas 53

“A escolha da classe correta de gota a ser usada na aplicação pode estabelecer maioreficiência do agroquímico e da aplicação, e menor contaminação ambiental”

Junho 06 • 07

PRÉPPIHerbicidas

Figura 1 - Modelo de guia de utilização de pontas de pulverização

PÓSCONS SIS

FungicidasCONS SIS

FungicidasCONS SISPonta

ABCDE

E X C E L E N T E

B O M

N Ã O R E C O M E N D A D O

ções ambientais adversas (alta temperatu-ra, baixa umidade e ocorrência de vento for-te).

• As gotas médias são as mais versáteispara uso agrícola, sendo menos sujeitas àsperdas e permitindo seu uso por períodosdiários mais longos que as gotas finas e mui-to finas. Podem oferecer, inclusive, cober-turas semelhantes às gotas finas com o in-cremento da taxa de aplicação. Servem àsaplicações preferencialmente de pós-emer-gentes, podendo ser utilizadas para pré-emergentes com restrições àquelas condiçõesambientais extremas de temperatura do are umidade relativa.

• As gotas grossas devem ser utilizadaspreferencialmente para aplicações de pré-emergentes, podendo também ser aplicadasaos pós-emergentes, desde que não haja anecessidade de elevada cobertura das folhasnem alta penetração das gotas na massa fo-liar, já que apresentam algumas limitaçõesquanto a estes parâmetros. Quanto às limi-

tações ambientais, estas gotas oferecem mai-or resistência às perdas que as classes de go-tas descritas anteriormente.

• As gotas muito grossas são as mais in-dicadas para as aplicações de pré-emergen-tes e são as que melhor se comportam quan-to aos fatores ambientais adversos.

A escolha da classe correta de gota a serusada na aplicação pode estabelecer, alémda maior eficiência do agroquímico e da apli-cação, a menor contaminação ambiental de-vido a menor evaporação, deriva e escorri-mento.

TAXA DE APLICAÇÃOA escolha da classe de gotas da ponta e

sua correspondente pressão de trabalho re-sultarão em uma vazão absoluta da mesma,a qual proporcionará uma determinada taxade aplicação, segundo a velocidade de des-locamento do conjunto. A obtenção destastaxas é feita consultando a tabela de vazão epressão da ponta escolhida conforme podeser observado na Figura 2.

Caso o usuário não conheça a velocida-de de deslocamento da máquina basta ano-tar o tempo para percorrer 50 metros e apli-car a seguinte equação.

V = 180/t onde:V é a velocidade em km/h e t é o tempo

gasto para a máquina percorrer 50 metros.Tendo escolhido a ponta a ser utilizada,

assim como a velocidade de deslocamentoda máquina e a pressão correta para a refe-rida ponta, basta o usuário aplicar o méto-do do vaso calibrador descrito abaixo para oajuste da taxa de aplicação.

VASO CALIBRADORAs etapas para a calibração do pulveriza-

dor, através da utilização do vaso calibrador,são as seguintes:

A escolha da classe de gotas e da ponta depulverização é que vai determinar a vazão

absoluta final do pulverizador

esso

Page 8: Maquinas 53

08 • Junho 06

a) Abasteça a máquina com água até ametade da capacidade nominal de seu depo-sito.

Este procedimento permite que o tem-po de deslocamento seja mais próximo da-quele que a máquina trabalhará durante omaior tempo na operação. Com o depósitocompletamente vazio ou completamentecheio, o conjunto andará respectivamentemais rápido ou mais devagar, ainda que namesma marcha de trabalho e rotação domotor. Isto ocorre devido a grande diferen-ça de carga sobre o motor e pneus, promo-vendo maior diferença nas variações de ro-tação do motor e maior diferença na defor-mação dos pneus, o que resultaria em velo-cidades diferentes.

b) Determine quantos segundos o con-junto gasta para deslocar 50 metros na mar-

cha e rotação de trabalho.Nesta avaliação é importante que o tem-

po seja tomado em terreno semelhante àqueleonde a máquina fará a aplicação, pois dife-renças na deformação do solo e dos pneus doequipamento acarretarão diferenças nos tem-pos de caminhamento. Quando o conjunto

trabalhará em situações de aclive e decliveem regiões de relevo muito ondulado, o tem-po deverá ser tomado no campo com variasrepetições e o tempo real deverá ser a médiados tempos em subida e em descida.

c) Funcione o pulverizador, abra o cir-cuito de pulverização e colete o líquido nocopo calibrador em uma ponta pelo tempogasto nos 50 metros.

Após funcionar o pulverizador, aguardeum minuto antes de proceder a coleta da águapara que a pressão seja estabilizada ao longodo circuito de pulverização.

O vaso calibrador (copo), deve ser cali-brado ao menos uma vez antes de ser usadopara que o mesmo não indique volumes er-rados na coleta.

Esta calibração deve ser realizada pesan-do diferentes volumes de água indicados nocopo e comparando com suas respectivasmassas. Deve ser feita inicialmente a pesa-gem do copo vazio anotando-se a massa domesmo. Coloca-se, então, meio litro de águalimpa no copo pesando-o novamente. Estevolume deve ser observado na coluna volu-métrica correspondente a 500 ml com o copo

Antes de coletar a água ao longo docircuito de pulverização aguardeestabilizar à pressão no sistema

Gandolfo e Oliveira destacam a importânciade uma boa calibração nos pulverizadores

para aplicação de agroquímicos

Page 9: Maquinas 53

“Compare a vazão da ponta utilizada para a coleta com as demaisdo pulverizador certificando-se de que sejam semelhantes”

nivelado. Faz-se então a subtração do valorpesado do copo com água e sem água, de-vendo o resultado ser igual a 500 gramas.Sugere-se uma diferença máxima entre o va-lor observado e o esperado de 5%, ou seja, oresultado da subtração pode variar de 475 a525 gramas. Nos casos onde a diferença sejamaior, o copo deverá ser descartado. O mes-mo procedimento deverá ser realizado nomesmo copo também para 1000 ml (um li-

tro), o qual deverá pesar 1000 gramas, como mesmo percentual de erro sugerido para500 gramas.

d) Faça a leitura do nível de líquido nocopo, na escala correspondente ao espaça-mento entre pontas da máquina em calibra-ção.

O nivelamento do copo é fundamentalpara esta analise. Para isto, pode-se estabele-cer uma superfície nivelada padrão para to-das as leituras.

e) Para aumentar a vazão da ponta e ovolume de aplicação gire o volante da vál-vula reguladora de pressão no sentido horá-rio e para reduzir a vazão gire-o no sentido

Marco Antonio Gandolfo eAcir Braido de Oliveira,Unespar/Falm

oposto.Atenção: Ao variar a pressão observe se

a mesma se encontra dentro dos limites ad-mitidos pela ponta para produzir a classede gotas escolhida.

Compare a vazão da ponta utilizada paraa coleta com as demais do pulverizador cer-tificando-se de que sejam semelhantes. Casoa diferença de vazão da ponta supere a 10%da média de vazão de todas elas, a pontadevera ser substituída. M

Figura 2 - Taxa de aplicação segundo a vazão da ponta, pressão, e velocidade da máquinaFotos Marco Antônio Gandolfo

Page 10: Maquinas 53

10 • Junho 06

regulagem

Oinsucesso de alguns tratamen-tos com esses pulverizadorespode ser atribuído, em parte, à

baixa penetração do líquido no dossel daplanta, ao desvio da trajetória das gotas ouà ineficiência na regulagem e calibração dosequipamentos. Pesquisas comprovam que ospulverizadores hidro-pneumáticos em mo-vimento proporcionam velocidade de armenor, quando comparados com que o pul-verizador estacionado, uma vez que o mo-vimento do equipamento desloca a corren-te de ar no sentido contrário ao movimentodo trator, diminuindo sua intensidade aoatingir o dossel das plantas.

Outro fator importante de ser conside-rado quanto à deposição da pulverizaçãoempregando os pulverizadores hidro-pneu-máticos é o volume de calda utilizado. Co-mumente, o uso de alto volume de pulveri-zação proporciona melhor cobertura do dos-sel. Assim, não raro, pulverizações com hi-dro-pneumáticos são realizadas empregan-do-se dose e volume de calda bem acimadaquelas que normalmente seriam necessá-rias para um controle eficiente das pragas edoenças.

Dentre os problemas observados com aspulverizações inadequadas podemos citar os

riscos de contaminação do solo, em virtudeda possibilidade da não-retenção de produ-to pelas folhas. Além disso, esses equipa-mentos são muito empregados para contro-lar doenças em fruteiras cujas frutas serãoconsumidas in natura, o que aumenta bas-tante o perigo de intoxicação.

REGULAGENS E CALIBRAÇÃOEntende-se por regulagem de pulveriza-

dores o ajuste adequado de dispositivos decontroles como bicos, manômetros, regis-tros, etc. Muitas vezes a regulagem é sim-plesmente ignorada e, por conseguinte, adosagem do agrotóxico sofre grandes varia-ções durante a aplicação. Uma vez devida-mente regulado, o pulverizador pode sercalibrado. Nesta etapa, verifica-se em con-dições de campo, o volume de calda que estárealmente sendo aplicado e realizam-se osajustes finais.

A regulagem pode ser feita utilizandométodos práticos ou através de cálculos. Ovolume de pulverização, ou a quantidade decalda (água + agrotóxico) aplicada unifor-memente por unidade de área, depende dotipo de equipamento, do tipo de produtoquímico, do estádio de desenvolvimento dacultura, da formulação do produto e das

condições climáticas.De acordo com as recomendações do

fabricante do agrotóxico, o volume de pul-verização adequado para a cultura a ser tra-tada pode ser escolhido em função de tabe-las (Tabela 1) ou pelo método do volume daplanta.

O método de regulagem baseado no vo-lume da planta a ser tratada consiste emmedir o volume de vegetação presente emum hectare de terreno e depois dosar o vo-lume de calda a ser aplicado de acordo como volume de vegetação encontrado anteri-ormente. Este método de calibração tem agrande vantagem de proporcionar uma apli-

A corrente de ar formadapelo ventilador transporta

as gotas até o dossel das plantas

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Os pulverizadores hidro-pneumáticos, também conhecidos como turbo-atomizadores,constituem uma das alternativas para aplicação de agroquímicos em culturasarbustivas ou arbóreas, tais como citrus, macieira, pessegueiro, cafeeiro e eucalipto,mas necessitam de cuidados específicos na hora da regulagem

Os pulverizadores hidro-pneumáticos, também conhecidos como turbo-atomizadores,constituem uma das alternativas para aplicação de agroquímicos em culturasarbustivas ou arbóreas, tais como citrus, macieira, pessegueiro, cafeeiro e eucalipto,mas necessitam de cuidados específicos na hora da regulagem

Comocalibrar?Comocalibrar?

Page 11: Maquinas 53

“A partir da vazão total, pode-se selecionar os bicos e a pressão detrabalho com ajuda da tabela de bicos fornecida pelos fabricantes”

Junho 06 • 11

Entretanto, muitos dos problemas observados na utilização

dos hidro-pneumáticos são em virtu-de da falta de parâmetros para os di-versos tipos de aplicações. Assim, es-tudos têm sido realizados na Univer-sidade Federal de Viçosa, por equipede pós-graduandos, sob a orientaçãodo professor Mauri Martins Teixeira, nosentido de estabelecer parâmetros paraaplicações de agrotóxicos. Estes parâ-metros, além de permitir maior moni-toramento da pulverização, fornecerãopadrões para a rastreabilidade da apli-cação e conseqüentemente servirão decritérios para o processo de certifica-ção de produtos agrícolas.

PARÂMETROS

Porte das árvores ou arbustosAlto

MédioBaixo

Muito baixoUltra baixo

Volume de pulverização> 1000 l/ha

500 a 1000 l/ha200 a 500 l/ha50 a 200 l/ha

< 50 l/ha

Tabela 1 - Volumes de pulverização recomendados paraárvores e arbustos

cação mais condizente com as característi-cas de cada cultura, sendo, portanto, maisrecomendado do que o método baseado emvalores de tabelas, pois estes, não levam emconsideração características especificas dacultura. A seguir, teceremos maiores deta-lhes a respeito desse método.

Primeiramente determina-se o volumedas plantas. Para isso é necessário medir asdimensões a serem tratadas, tais como: al-tura, largura ou diâmetro das plantas e dis-tâncias entre linhas:

em que:VP = Volume de plantas, m3/ha;H = Altura da planta, m;L = Largura da planta, m;

D = Distância entre linhas, m.

As recomendações quanto ao volume depulverização ou de calda comumente reco-mendados para aplicações em árvores e ar-bustos podem variar entre 10 e 120 l/ha paracada 1000 m de vegetação, sendo mais usu-al de 30 a 50 litros por 1000 m do volumeda planta (Tabela 2). O volume de calda re-comendado por hectare pode ser determi-nado pela equação a seguir.

em que:Q = Volume de pulverização, l/ha;VP = Volume de plantas, m3/ha;i = Índice de volume, 1000 l/m3/103.

Correta aplicação requer uma velocida-de de trabalho constante, pois, como já vis-to, a mesma afeta a penetração do ar produ-zido pelo ventilador no dossel da planta. Avelocidade de trabalho está relacionada coma vazão do ventilador do pulverizador que éfornecida pelo manual. A velocidade de tra-balho (Km/h) pode ser determinada pelaseguinte fórmula:

em que:V = Velocidade de trabalho, Km/h;Qv = Vazão do ventilador, m3/min;f = Fator de adensamento;L = Distância entre linhas, m;H = Altura média das plantas, m.

O fator de adensamento está relaciona-do com a densidade da folhagem das plan-tas. A sua escolha deve ser feita conforme a

Tabela 3.Uma vez determinado o volume de apli-

cação desejado, a velocidade de trabalho e oespaçamento da cultura, calcula-se a vazãototal necessária dos bicos do pulverizador.A partir da vazão total, pode-se selecionaros bicos e a pressão de trabalho com ajudada tabela de bicos fornecida pelos fabrican-tes.

A vazão total dos bicos pode ser obtidapela seguinte fórmula:

em que:qt = Vazão total dos bicos, l/min;Q = Volume de pulverização, l/ha;V = Velocidade de trabalho, Km/h;

Um desafio para os fabricantes de semeadoras temsido desenvolver equipamentos que garantam a

precisão na colocação das semente e do fertilizante

Jact

o

Page 12: Maquinas 53

12 • Junho 06

F = Faixa de aplicação, m.

Se a aplicação for realizada, simultane-amente, nos dois lados do pulverizador afaixa de aplicação será igual à distância en-tre linhas de plantio. No caso de aplicaçãoem apenas um lado do pulverizador (unila-teral), a faixa de aplicação será igual à me-tade da distância entre as linhas de plantio.

Para uma boa aplicação de agroquími-cos, é necessário que a calda tenha distri-buição uniforme em toda a parte aérea dasplantas que, em geral, apresentam umaconformação irregular a partir do solo, por-que o maior volume de folhas situa-se nasua parte superior da planta. Isto requer

Porte das árvoresou arbustosMuito alto

AltoMédioBaixo

Muito baixoUltra Baixo

Índice de volume (Litrospor 1000 m-3 de vegetação)

12010070503010

Tabela 2 - Índice de volume em função do porte dasplantas

Fonte: Virginia Cooperative Extension Service (1989)

Tabela 3 - Fator de adensamento estimado em funçãoda densidade da folhagem das plantas

Densidade da folhagemPouco adensadaMuito adensada

Fator de adensamento3,0 a 3,52,5 a 3,0

O conhecimento das dimensões da cultura émuito importante para a regulagem e

calibração do pulverizador hidro-pneumático

que, no momento da pulverização, sejaaplicado maior volume de calda nessa aé-rea. De maneira geral, 30% da calda é apli-cada na metade superior e 20% na metadeinferior, dependendo da conformação daplanta. Para tal, recomenda-se o uso dediferentes combinações de bicos ao longoda barra porta-bicos. Os bicos mais usa-dos nos pulverizadores hidro-pneumáticossão do tipo cone vazio e do tipo leque. Aescolha do bico vai depender das condiçõesclimáticas locais e da recomendação do fa-bricante do agroquímico.

Por fim, determina-se a quantidade deagroquímico a ser adicionado no depósitodo pulverizador, o que pode ser feito de acor-do com a seguinte fórmula:

em que:Pr = Quantidade do produto a ser colo-

cado no depósito, l ou kg;

Ct = Capacidade do tanque, l;D = Dosagem recomendada do produ-

to, l/ha ou Kg/ha;Q = Volume de pulverização, l/ha.

Somente de posse dos parâmetros téc-nicos adequados à aplicação e com corretaregulagem, calibração e manutenção dopulverizador o produtor poderá obter van-tagens como redução de custos da aplica-ção, aumento da eficácia nos tratamentos,redução do volume de calda aplicado e me-nor contaminação ambiental.

Renato, Mauri e Gilton mostram quais sãoas variávies e como utilizá-las corretamentena hora de calibrar um hidro-pneumático

Mauri Martins Teixeira eRenato Adriane Alves Ruas,UFVGilton José RodriguesUFF

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Mau

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Page 13: Maquinas 53

Junho 06 • 13

passo-a-passo

Em qualquer sistema, a semea-dura deve possibilitar o estabe-lecimento rápido e uniforme

da população de plantas desejada. Paraisso, a semeadora deve formar um ambi-ente de semeadura que possibilite a ab-sorção de água pelas sementes e as con-dições de temperatura e disponibilidadede oxigênio adequadas ao processo de ger-minação. A germinação deverá ocorrer omais rápido possível para reduzir o riscode ataque de pragas de solo e, para isso,a semente necessita de um contato totalcom o solo, de modo a acelerar a absor-ção de água.

As máquinas utilizadas para a semea-dura das ditas culturas de inverno ou cul-turas de grãos miúdos (trigo, aveia, ceva-da etc), são denominadas de semeadoras

de fluxo contínuo, ou seja, apresentam sis-tema de distribuição de sementes atravésde rotores acanalados helicoidais, que dis-tribuem as sementes de forma contínua,diferentemente das semeadoras de preci-são que distribuem as sementes forma in-dividual. Outra característica marcantedas semeadoras de grãos miúdos é o espa-çamento entre linhas. Estas máquinasapresentam espaçamentos entre linhas re-duzido, normalmente de 17 cm.

TIPOS DE SEMEADORASBasicamente existem dois tipos de se-

meadoras que podem ser utilizadas paraa semeadura de grãos miúdos:

• semeadoras específicas para grãosmiúdos - tipo TD;

• semeadoras múltiplas, que realizam

tanto a semeadura de grãos miúdos comode grãos graúdos.

No caso das máquinas múltiplas, se faznecessário prepará-las para a semeaduracom espaçamento reduzido, visto que oúltimo trabalho realizado por estas má-quinas foi a semeadura de culturas degrãos graúdos (soja, milho, etc.) que seutilizam de espaçamentos entre linhasmaiores.

A transformação destas máquinas degrãos graúdos para grãos miúdos é espe-cífica para cada modelo, mas basicamen-te resume-se na retirada dos sulcadores deadubo (tipo facão) e a retirada do sistemadistribuidor de sementes de grãos graú-dos (tipo alveolado ou pneumático). Apósa retirada destes conjuntos deve-se mon-tar e reposicionar as linhas que irão reali-

Regulagem finaSemeadoras de grãos miúdos, ou culturas de inverno, merecem atenção

especial na hora de realizar a regulagem, além de uma manutençãoadequada e permanente durante todo o plantio

Semeato

Page 14: Maquinas 53

14 • Junho 06

zar a semeadura de grãos miúdos, de acor-do com o espaçamento que será utilizado.Este tipo de máquina oferece uma gamamaior de opções quando se trata do espa-çamento entre as linhas.

ADAPTAÇÕES E REGULAGEMO conhecimento da semeadora e a ve-

locidade empregada durante a semeadurasão importantes para a uniformidade po-pulacional de plantas e consequentemen-te para o rendimento de grãos. Esses fa-tores determinarão o sucesso na distribui-ção de sementes no solo e o estabeleci-mento da lavoura, que terão reflexos di-retos na produtividade final da cultura.

A recomendação oficial da quantida-de de sementes para as culturas de in-verno varia, conforme a cultura, de 200a 330 sementes aptas/m². A recomenda-ção para o trigo, por exemplo, é de 300 a330 sementes aptas/m², já para a cevada

recomenda-se de 225 a 250 sementesaptas/m². Como o peso de mil sementesdestas culturas podem variar muito emfunção das condições climáticas, da adu-bação, principalmente nitrogenada, dacultivar entre outros, o ideal é que a re-gulagem seja feita em função do númerode sementes por metro linear. Desta for-ma, em uma semeadura com espaçamen-to de 17 cm entre linhas, deverão ser dis-tribuídas, entre 50 até 60 sementes pormetro linear, o que resultará em 300 a330 plantas/m².

A regulagem de fertilizante, por suavez, segue o mesmo raciocínio utilizadopara a regulagem de sementes, por exem-plo: a quantidade desejada de fertilizanteé de 250 kg/ha e a máquina apresenta es-

paçamento entre linhas de 17 cm (cons-tante de 588,2), então teremos:

250 kg/ha : 588,2 = 425 gr/100me-tros

A máquina deverá distribuir, em 100metros percorridos, 425 gr de adubo emcada uma das linhas.

Além dos aspectos relacionados a re-gulagem de semente e fertilizante, algunsajustes se fazem necessários para o bomdesempenho da semeadora:

• Abertura de sulco: as semeadoras defluxo contínuo, sejam elas específicas paragrãos miúdos ou as múltiplas, utilizam-separa realizar a abertura do sulco o sistemade discos duplos desencontrados ou defasa-dos. O desempenho destes sulcadores estádiretamente relacionado às condições dosolo no momento da semeadura e a presen-ça de palha na superfície do solo, para issoas diferentes máquinas apresentam regula-gens destes sulcadores que podem ser reali-zadas através de pressão de molas, númerode molas, regulagem dos batentes das mo-las e curso dos cilindros hidráulicos. Acon-selha-se que as linhas que trabalharão so-bre o rastro das rodas do trator, tenham re-gulagem de pressão um pouco maior do queas demais linhas;

• A máquina deve sempre trabalhar naposição nivelada, para que possa desempe-nhar satisfatoriamente bem todas as suasfunções;

Molas para regulagem de pressãonalinha de semente de adubo

Fotos Semeato

Sulcador da linha de semente eadubo com aro limitador

A correta posição dos condutores de semente de aduboinfluencia diretamente na qualidade de semeadura

Page 15: Maquinas 53

Junho 06 • 15

• A uniformidade da profundidade dedeposição das sementes no solo é um dosprincipais fatores para a obtenção de umarápida emergência e estabelecimento dacultura. Seja através de aros limitadores oude rodas limitadoras de profundidade, ocontrole da profundidade deve ser realiza-do de forma criteriosa para que não ocor-ram erros relativos a germinação das se-mentes;

• Durante a semeadura a velocidade dedeslocamento não deve ultrapassar 8,0 km/h, pois até esta velocidade as máquinas con-seguem manter o seu desempenho de regu-laridade tanto para a distribuição de semen-tes como para a distribuição de fertilizantes.Vale ressaltar também, que no plantio direto,

alta velocidade é sinônimo de maior revolvi-mento do solo, redução da eficiência de cor-te da palhada e menor profundidade de se-meadura;

• Deve-se observar o estado geral dosdosadores de sementes e fertilizantes;

• Verificar se os dosadores estão correta-mente ajustados;

• Verificar se os sulcadores e condutoresnão estão obstruídos;

• Verificar a pressão dos pneus da seme-adora;

• Verificar se os mecanismos de trans-missão estejam perfeitamente ajustados;

• Manter a semeadora sempre em per-feitas condições mecânicas para evitar atra-sos na semeadura.

Os produtores devem estar conscientesque a semeadura é uma operação delicada,que não aceita erros e, a atenção durante aoperação é de extrema importância, pois er-ros cometidos durante a semeadura poderãoinviabilizar a produção. O sucesso de umacultura depende de uma boa semeadura, porisso, atenção especial deve ser dada a estaoperação.

Linha semente grãos finos PD - linha da sementepara grãos finos Personale Drill

O rotor helicoidal PD do tipo acanalado é um importantedispositivo que integra a semeadora

Eduardo Copetti,Semeato S.A.

M

Copetti atenta para a importância de uma boaregulagem nas semeadoras de grão miúdos

Linha semente grãos finos SSM - linha da sementepara grãos finos SSM

“O sucesso de uma cultura depende de uma boa semeadura, porisso, atenção especial deve ser dada a esta operação”

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teste drive - Yanmar 1155 SRE

16 • Junho 06

Sabe aquele baixinho invocado quearmava confusão na escola e en-frentava os colegas maiores. Pois é,

o nosso test drive desta edição tem muito aver com esta história. A Revista CultivarMáquinas foi até a região da Alta Mogiana,em Franca (SP), para avaliar o Trator Yan-mar 1155 SR dotado de um super redutor,nas duas versões, cafeeiro e super-estreito.

A região de Alta Mogiana, por informa-ções locais, conta aproximadamente com 45mil hectares cultivados com café. A produ-ção local dos cafezais alcança 1,5 milhão desacas anuais de um café de ótima qualidade.Considerando-se que a produção brasileira éde 40 milhões de sacas com um consumointerno de 20 milhões de sacas, a região éresponsável sozinha por 4% de toda a produ-ção nacional.

MECANIZAÇÃO NOS CAFEZAISConstatamos que, totalmente ao

contrário de outras culturas agríco-las, no café, atualmente, reina umotimismo. Há preço razoável paracobrir integralmente o custo deprodução e as safras tem se suce-dido favoravelmente. Atualmen-

te há máquinas para mecanizar todas as ope-rações nos cafezais. Desde o preparo do soloaté o beneficiamento do grão, sempre haveráuma opção à disposição do agricultor.

Há alguns anos se iniciou uma tendên-cia ao adensamento dos cafezais, como umasolução radical. Nessas áreas hoje é impossí-vel mecanizar - a colheita manual é a saída.

Para mecanizar totalmente a cultura adiminuição dos espaçamentos, nas linhas enas entrelinhas, deve ser feita até um certolimite. Esse limite está bem próximo de seralcançado quando a distância entre linhasfica em torno de 2,5 metros. Nestas condi-ções, sobra um espaço útil, na fase adultado cafeeiro, de 1,20 a 1,30 metros. Salien-te-se que nessas condições o uso de tratoresestreitos, a fim de não danificar as pontasonde o café efetivamente produz, é funda-mental.

Para atender essa demanda, no Brasil,geralmente se usa adaptar tra-

tores standard, estreitando-ospela redução dos semi-ei-

xos mas mantendo asoutras dimensões.

COLHEITA MECÂNICAUm importante argumento para esco-

lha da colheita mecanizada no café é que,na prática, seu custo é mais baixo em rela-ção a colheita manual - representa em mé-dia apenas de 35 a 45% do custo da colheita

manual. Porém, não é em todaa situação em que se pode

mecanizar esta etapa dociclo de produção da

cultura.Na maioria

Baixinho invocadoO trator Agritech Yanmar modelo 1155, que testamos, é dotado de super redutor etem duas versões, cafeeiro e super-estreito. Ele, além de estreito de verdade – com

bitola é inferior a 1,15 m – é muito valente. Seu motor de 55 cv lhe confere acapacidade de realizar algumas proezas na lavoura

Modelos mais estreitossão muito procurados, nasregiões produtoras de café

Page 17: Maquinas 53

“O Trator Agritech Yanmar modelo 1155 é dotado de superredutor e tem duas versões, cafeeiro e super-estreito”

Junho 06 • 17

das vezes a colheita mecanizada somente ini-cia a partir do terceiro ano. No primeiro, comcafé de um ano, ocorre a chamada cata. Comdois anos é feita a primeira colheita manual.

Na fase de colheita o grão não deve cairno chão, no caso de queda, ele deve ser reti-rado para ser aproveitado e não se decomporna linha. No café, é necessário que se enten-da que, somente a brotação nova dá fruto.Por tanto, os cuidados nos tratos culturaissão importantes, já que a ponta das varas nãodeve ser danificada, pois é ali que a plantavai realmente produzir.

Assim se o produtor dispor de um tratormuito largo para operação na lavoura ela vairoçar nos galhos, estragando os ramos e osfrutos e comprometendo a produção da pró-xima safra. Por isso, a maioria dos implemen-tos utilizados acaba sendo estreitada. Geral-mente se opta por equipamentos com bito-las iguais, trabalhando sempre no mesmorastro. No entanto, na hora do transporte, acarreta é uma exceção.

Na colheita mecânica, o cuidado deve ser

maior. Como opções, existem máquinas decolheita automotrizes e tracionadas. É usualno café o aluguel da máquina por hora traba-lhada - isso somente compensa quando o caféestá iniciando sua fase adulta e quando suaprodutividade é realmente alta. Ao final daoperação de colheita, a perda é recuperadamanualmente e com auxílio de uma máqui-na recolhedora que na verdade funciona comoum aspirador de grãos.

REALMENTE ESTREITOO Trator Agritech Yanmar modelo 1155

que testamos é dotado de super redutor e temduas versões, cafeeiro e super-estreito. E éestreito mesmo. Sua bitola é inferior á 1,15metros – exigência da normativa internacio-nal para que um trator possa ser considerado

especial, no caso estreito.

MOTORO motor é da marca Yanmar, importado

do Japão, modelo 4TNE88 RBS, com 4 ci-lindros com 2190 cm3, 40,5 kW (55 cv) a2915 rpm. O torque máximo é de 145 Nm a1700 rpm. A bomba injetora é da marca Yan-mar e o consumo de combustível estimadoem 3 e 4 L/h em operações de transporte,sendo bastante econômico para a sua cate-goria. O sistema de arrefecimento da tempe-ratura é a água, com um radiador bastantevolumoso.

SUPER-REDUÇÃOA super-redução permite que o trator

avance a velocidades inferiores a 0,5 km/h,muito útil em diversas operações, como é ocaso de acionamento de colhedoras de café econseqüentemente a tração de carretas trans-portadoras que tem que acompanhar o rit-mo da colheita. O sistema é acionado poruma alavanca posicionada entre as pernas dooperador, próximo à alavanca de marchas eque conecta um sistema de engrenagens co-locado entre a embreagem e a caixa de velo-cidades e que reduz a rotação de saída doeixo em aproximadamente quatro vezes. Éevidente que boa parte da capacidade de tra-ção que nos impressionou na operação decolheita se consegue com a redução de velo-cidade de deslocamento.

Um dos modelos testados, estavatracionando uma colhedora de café com

aproximadamente sete toneladas

Como os frutos são produzidosprincipalmente por ramos novos, o trator

deve ser estreito para não estragar a planta

O sistema de super-redução permite que otrator ande em velocidade de 500 m/h, muitoútil em operações como tração da colhedora

O motor é um 4TNE88 RBS, com 4 cilindros com2190 cm3, 40,5 kW (55 cv) a 2915 rpm. O torque

máximo é de 145 Nm a 1700 rpm

A bitola do trator testado era inferior a 1,15metros, o que enquadra o modelo na categoriaestreito, de acordo com normas internacionais

O sistema hidráulico de três pontos é acionadopor duas alavancas que permitem adaptar a

situação ao implemento pesado ou leve

Fotos Vilso Júnior Santi

Page 18: Maquinas 53

18 • Junho 06

CAIXA DE VELOCIDADE E TDANas duas versões é um trator leve, ao re-

dor de 1600 kg de peso original, com boapotência de motor, com tração dianteira au-xiliar, com uma transmissão de 12 marchas àfrente e três à ré. O engate de três pontos éda categoria II e opcionalmente pode ser dis-ponibilizado o controle remoto. A tração di-anteira auxiliar particularmente utiliza en-grenagens na extremidade do eixo, substitu-

indo as cruzetas que, além de serem mais pro-blemáticas em manutenção, limitam o raiode giro e as manobras.

A caixa de velocidades está arranjada emquatro marchas com engrenagens deslizan-tes, com um sistema de super-redução, a re-duzida normal e a direta ou simples. Comoem algumas outras marcas de trator, a lubri-ficação é feita com um único óleo para todoo sistema. O eixo dianteiro motriz é aciona-do por meio de alavanca pelo operador.

SISTEMA HIDRÁULICOO sistema hidráulico de três pontos é aci-

onado por duas alavancas, a primeira de po-sição, onde pode-se levantar e baixar os im-plementos e a segunda alavanca de ondula-ção (reação) que permite adaptar a situaçãoao implemento pesado ou leve. O sistemaconjugado existente, dá a possibilidade de usoconcomitante dos três pontos e do controleremoto quando instalado.

BITOLA X LARGURA TOTALNa versão “cafeeiro”, a bitola é de 1,12

m com uma largura total de 1,40 m, seme-lhante a outros modelos de marcas diferen-tes já existente no Brasil e que concorrementre si por este mercado específico. Por si-nal, na cultura do café, assim como em ou-tras frutíferas, o conceito de bitola tem pou-ca importância, a largura total é o que real-mente interessa. Este trator tem uma rela-ção peso/potência de aproximadamente 40kg/kW, resultado da divisão de 1600 kg depeso original por 40,5 kW, que é a potênciamáxima do motor.

Na versão super-estreito é o único nomercado, com esta potência (55 cv). Tembitola de 0,93 e largura total de 1,18 me-tros. Vimos também este trator reguladopara largura de 1,30 metros, para aumentar

a estabilidade, quando o café não é semi-adensado.

DESIGN E ERGONOMIAO Agritech Yanmar 1155 é um trator com

pouco peso original, proporcionando umapequena pressão ao solo, importante para aprodutividade do café, que é susceptível àcompactação do terreno. O design do mode-lo é bastante interessante com uma gradedianteira incorporada ao capô que pode serbasculado para frente, facilitando a manu-tenção, principalmente de filtro de ar e mo-tor.

O modelo 1155 mostrou tambémmuita agilidade nas manobras

de final de linha

O capô pode ser basculado parafrente, o que facilita a manutenção,

principalmente, do filtro de ar e motor

Page 19: Maquinas 53

“O Agritech Yanmar 1155 é um trator com pouco peso original, proporcionandouma pequena pressão ao solo, importante para a produtividade do café”

Junho 06 • 19

Velocidades de deslocamento (km/h) com diferentes pneus traseiros9.5x24 12.4x28Marcha

1.a SR2.a SR3.a SR4.a SR1.a R2.a R3.a R4.a R1.a S2.a S3.a S4.a SRé SRRé RRé S

A 2258 rpm (540 rpm na TDP)

0,3370,5370,8221,0921,3962,2233,4034,5185,5868,891

13,61318,0720,5372,2238,891

A 2700 rpm (Rotação dePotência máxima)

0,4030,6420,9831,3051,6702,6604,0705,4006,68010,63016,28021,6100,6422,658

10,631

A 2258 rpm(540 rpm na TDP)

0,4040,6440,9861,3081,6742,6644,0795,4166,69610,65916,31821,6650,6443,66410,659

A 2700 rpm (Rotação dePotência máxima)

0,4830,7701,1781,5652,0003,1904,8806,4808,010

12,75019,51025,9100,7703,186

12,745

Tabela de velocidades com super-redutor

O acelerador, como é costume em trato-res, pode ser acionado manualmente por umaalavanca colocada ao lado do painel e por umpedal na direita. O banco do operador é dotipo convencional com regulagem padrão deposição e de pressão e rebatível. O posto deoperação, um dos poucos pontos deficientesdo trator, é do tipo acavalado.

O painel é simples, porém suficiente cominstrumentos que indicam volume de com-bustível, rotação do motor e temperatura daágua de arrefecimento. O toldo e o arco desegurança são equipamentos padrão.

O comando hidráulico externo é um aces-

sório, mas nas condições em que testamos ostratores e em quase todas as aplicações mo-dernas é item indispensável.

O tubo de escape escamoteável pode sermodificado de posição somente com a inver-são da posição de um falange. Isto possibilitaque ele seja posicionando para baixo do tra-tor, servindo se auxílio contra o rebate degalhos, quando da passagem do trator emambientes de pouco largura.

ESTREITO NA FAZENDAPara testar e verificar o desempenho a

campo das duas versões do Agritech Yanmar1155, fomos diretamente para algumas fa-

zendas da região da Alta Mogiana. A primei-ra foi a Fazenda Santa Nilce, no municípiode Ribeirão Corrente.

Lá encontramos um trator 1155-4, comsuper-redutor, tracionando uma carreta agrí-cola de 6 toneladas, retirando café da lavou-ra e levando para o terreiro.

Nesta fazenda se utiliza o padrão regio-nal de espaçamento que é de 3,5 m. Porémencontramos cultivos recentemente implan-tados com 2,0 metros. Neste caso, faz-se a

Tração parece ser o principal diferencial domodelo da Yanmar, que mostrou excelente

desempenho mesmo com carretas de 6 toneladas

Fotos Vilso Júnior Santi

Page 20: Maquinas 53

20 • Junho 06

primeira colheita manualmente e o corte dalinha central na fase adulta, para proporcio-nar a mecanização da colheita a partir desteestágio. Isso proporciona um melhor apro-veitamento do terreno por dois a três anos.

O espaçamento em geral é de 4 metros,sobrando um vão livre variável, de 2,30 a 1,30metros para a passagem das máquinas. Aoperação de colheita, que é a mais importan-

AEmpresa Yanmar do Brasil S.A.tem sede no Japão, onde é um

sinônimo de qualidade, nos diversos pro-dutos que fabrica. No Brasil, antes pro-duzia somente motores diesel e depoisuma linha de pequenos tratores. Após umacordo com Grupo Stedile de Caxias doSul (RS), uma nova empresa foi criada, aAgritech, que assumiu a linha de produ-ção de tratores no Brasil, importando omotor da Yanmar do Japão.

O novo fabricante, Agritech LavraleS.A., que surgiu da fusão da Lavrale Má-quinas Agrícolas Ltda com a AgritechLtda, pela sua formação recente, aindacresce no mercado. No país, a marca ain-da sofre com falta de credibilidade, porparte dos agricultores em alguns casos,mas principalmente, pelos concorrentes.O nível de participação da empresa nacomercialização de máquinas ainda é bai-xo. A Yanmar vende por ano cerca de miltratores, num universo de aproximada-mente 40 mil máquinas da produção na-cional.

YANMAR NO BRASIL

te, é precedida de uma roçada e da passagemda trincha, que é uma espécie de enxada ro-tativa de martelo.

Na fazenda Santa Maria, no municípiode Cristais Paulistas, local denominado Cha-ve da Taquara, fomos recebidos pelo gerente,que nos deixou a vontade para a segunda

parte do teste. Na propriedade encontramosuma situação em que 70% de colheita é me-canizada. Os outros 30% da colheita são fei-tos de forma manual, preferencialmente commão-de-obra vinda do norte do estado deMinas Gerais.

A máquina de colheita que encontramos,acoplada ao Yanmar 1155 SR, é da marcaJacto, modelo KTR Advance. Ele foi tracio-nada pelo trator na marcha 1.a Super-Redu-zida a 2220 rpm, com uma velocidade atémenor a 472 m/h.

O peso desta imponente máquina chegaa 6827 kg, mesmo assim, ela é rebocada eacionada sem problemas pelo trator cafeeiroAgritech Yanmar 1155. Como agravante defato, a tração é deslocada, pois o trator per-corre as entre linhas e a máquina a linha decafé. Por isto o consideramos o “baixinhoinvocado”.

Só o sistema de bombas hidráulicas deacionamento da máquina consome em tor-no de 30 cv, deixando o restante da potên-cia do motor para o deslocamento. Estima-se em 45,6 cv a potência disponível na TDP

O trator testado estava equipado com 16 pesos de20 kg, mais o linguote de 100kg, o que dá um

total de 420 kg de lastreamento

O Yanmar 1155 SR teve o toldo superior retiradapara facilitar a comunicação entre o operador do

trator e da máquina de colher café

Page 21: Maquinas 53

“O Yanmar 1155 SR é um trator, que em suas duas versões utilizadas no café, tem grandes possibilidadesde preencher uma lacuna importante, principalmente considerando a sua dimensão e potência de motor”

Junho 06 • 21

a 540 rpm. O trator cafeeiro (SR) que traci-ona a máquina colhedora estava equipadocom 8 pesos de 12,5 kg, o que dá 100 kg nosuporte dianteiro (contrapesos originais) ecom água nos pneus traseiros 12.4 x 28 edianteiros 7.00 x 18.

Na linha ao lado, deslocava-se outro 1155SR Super-estreito (SRE), tracionando umacarreta de 4 mil kg na mesma velocidade dacolhedora. Para esta operação extremamenteexigente o trator necessita estar lastrado comcontrapesos de 420 kg, sendo 16 pesos de 20kg mais um lingote de 100 kg no suporte di-anteiro e com pneus traseiros 9.5 x 24 e di-anteiros 6.00 x 14. Esta carreta de transpor-te de grãos é basculante para a descarga gra-dual do café, que é espalhado pelo terreiroem uma camada fina.

Entendeu-se nesta propriedade que acolheita mecanizada não é sempre possível,sendo a colheita manual exigida onde a má-quina não consegue trabalhar adequadamen-te, ou seja, em linhas em que as curvas sãomuito fechadas e onde o café é adensado. Porsinal, a prática conservacionista de plantio

em curvas de nível é um dos fatores que pre-judica a mecanização.

A terceira fazenda visitada foi o Sítio daAreia, na região de Limeira, município dePedregulho. Encontramos os proprietáriosmovendo o café com um olho no terreiro eoutro no céu, pois uma boa chuva se aproxi-mava. Eles nos contaram que após a colheita

mecanizada há a necessidade de se fazer orepasse, operação realizada com a máquinarecolhedora, que aspira os grãos caídos nochão de uma maneira bem eficiente.

No caso de sua fazenda, a produção damáquina de colheita varia ao redor de 3ha/dia. Vimos também o trabalho do pul-verizador entre as linhas do café, em que opequeno espaço obriga a utilização de má-quinas e tratores estreitos que não danifi-quem os ramos. Nesta fazenda o Yanmar1155-4 é utilizado com um subsolador de3 hastes, marca Baldan modelo ASTHsemi-montado, mais uma façanha do “bai-xinho invocado”.

Enfim, o Yanmar 1155 SR é um trator,que em suas duas versões utilizadas no café,tem grandes possibilidades de preencheruma lacuna importante, principalmenteconsiderando a sua dimensão e potênciade motor.

José Fernando Schlosser testou o Yanmar1155 SRE no interior de Franca (SP), onde o

modelo é bastante utilizado

O “pequeno invocado” éutilizado em diversas

operações na lavoura de café

José Fernando Schlosser,Nema/UFSMColaboração Sami Máquinas Agrícolas

M

Fotos Vilso Júnior Santi

Page 22: Maquinas 53

22 • Junho 06

mecanização

No meio rural existe uma con-fusão quanto ao termo má-

quina e implemento, o primeiro é oconjunto de órgãos, constrangidos emseus movimentos por obstáculos fixose de resistência suficiente para trans-mitir o efeito de forças e transformarenergia e o segundo é o conjunto cons-trangido de órgãos que não apresen-tam movimentos relativos nem têmcapacidade para transformar energia;seu único movimento é o de desloca-mento, normalmente imprimido poruma máquina tratora.

MÁQUINAS XIMPLEMENTOS

Ocontrole de plantas daninhas éevidenciado durante as épocasde verão, pois devido à intensa

insolação e chuvas freqüentes propiciam ocrescimento e desenvolvimento juntamentecom a lavoura cultivada.

O controle mecanizado de planta dani-nha, feita por equipamentos de tração, apre-senta como vantagem alto rendimento e des-vantagens a necessidade de repasse e o revol-vimento do solo em alguns casos.

A existência de ervas daninhas em umalavoura pode prejudicar seu crescimento pelaconcorrência por luz, água e nutrientes pre-sentes no solo mais o gás carbônico. Normal-mente as plantas daninhas conhecidas como:“mato”, “inço” ou “erva daninha” possuemum sistema radicular eficiente explorando osolo de maneira a roubar os elementos ne-cessários ao crescimento das culturas. Asplantas daninhas também podem ser bené-ficas, pois sombreando o solo conservamumidade, melhoram a estrutura, evitam ero-são, diminuem a temperatura do solo e au-mentam o teor de matéria orgânica.

Dentre as principais culturas no Brasil ocontrole de plantas daninhas é feito basica-mente com a utilização de conjuntos moto-mecanizados, ou seja, trator-máquina ou tra-tor-implemento.

Exemplo de máquinas para o controle deplantas daninhas tem-se os pulverizadores ede implementos temos os cultivadores e mes-mo o “Chapão”, descrito mais adiante.

MANEJO NO CAFÉPara as culturas perenes, dentre elas o

café, a época de verão é de intenso controlede plantas daninhas. Pode-se verificar paraesta cultura dois sistemas de manejos: con-servacionista, sem a mobilização do solo, econvencional onde ocorre mobilização do solona entrelinha da cultura. No sistema conser-vacionista que é perfeitamente possível man-ter uma convivência pacifica entre a culturaprincipal e as plantas daninhas, quando am-bas forem manejadas corretamente.

Para as lavouras de café em sistema aden-sado de cultivo (2x2 m ou menor) o manejobasicamente é todo manual utilizando-se de

enxadas e pulverizadores costais com “Cha-péu de Napoleão” que evita contato do her-bicida com a planta recém transplantada aosolo podendo matá-la.

ManejomecânicoManejomecânico

Fotos Jorge Wilson Cortez

Nos cafezais o controle mecanizado das plantas daninhas geralmente é feitopor equipamentos tracionados. Ele apresenta como vantagem principal o altorendimento e com desvantagens a necessidade de repasse e revolvimento dosolo em alguns casos

Nos cafezais o controle mecanizado das plantas daninhas geralmente é feitopor equipamentos tracionados. Ele apresenta como vantagem principal o altorendimento e com desvantagens a necessidade de repasse e revolvimento dosolo em alguns casos

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“O controle mecanizado de planta daninha, feita por equipamentos de tração, apresenta como vantagem altorendimento e como desvantagens a necessidade de repasse e o revolvimento do solo em alguns casos”

Junho 06 • 23

O uso de herbicidas promove a desinfestaçãogradativa de plantas problemáticas e exerce o

controle por mais tempo que os outros métodos

Nas lavouras de café com espaçamentonormal (4x1 m, sendo 4m entre fileiras e 1m entre plantas na fileira), o manejo é todomecanizado. Pelos dois sistemas de manejosapresentados, no conservacionista usam-sepulverizadores e roçadoras, este sistema visamanter a cobertura vegetal no solo, para queesta camada de restos possa diminuir o es-corrimento superficial da água e evitar o im-pacto das gotas da chuva diretamente sobreo solo. O sistema convencional, utiliza-se degrades e “chapão” cuja finalidade, é picar ecortar o sistema radicular das plantas dani-nhas, neste caso deixa o solo exposto a chuvae a erosão. Quando este sistema corta as raí-zes das plantas daninhas não deixa de cortartambém as do cafeeiro.

PULVERIZADORESDentre os equipamentos para o sistema

conservacionista, os pulverizadores, baseiam-se no uso de produtos químicos que agemdiretamente sobre as plantas daninhas, ma-tando-as. O uso de herbicidas se apresentacomo uma alternativa, pois são rápidos, temalto rendimento e baixo custo operacional,mantendo o solo com cobertura vegetal.Umas das vantagens citadas por diversos pes-quisadores é que o uso de herbicidas promo-ve a desinfestação gradativa de plantas dani-nhas problemáticas e exercem o controle pormais tempo que os outros métodos. Outravantagem deste método é que as plantasmortas deixam suas raízes no solo que for-mam microporos que promovem melhor in-filtração de água, aeração e estruturação dosolo.

Os pulverizadores consistem de umabomba, normalmente de pistão, que pressu-riza a calda levando-as até os bicos que fa-zem a fragmentação do líquido em pequenasgotas depositando-os no local correto. Nestetrajeto do tanque ao bico o líquido passa por

filtros, pela turbina e por um sistema de re-gulagem que controla o retorno de água parao tanque. Possuem também o filtro de lim-peza da calda que sai do tanque retendo asimpurezas maiores que poderiam vir a entu-pir os bicos, prejudicando a aplicação.

Os bicos devem ser limpos a cada abaste-cida para evitar entupimentos, utilizam-se va-riadamente os bicos leques que formam umjato de 80º a 110º, que reproduzem gotasmaiores, menor deriva e permitem o cami-nhamento em linha reta ao longo da faixa dedeposição do produto. Um exemplo de utili-zação destes bicos seria um bico com nume-ração 110:02, ou seja, ângulo de 110º e va-zão de dois galões por minuto (1 galão = 3,8litros). Tem-se optado por bicos de menoresvazões, 1 galão por minuto o que se conse-guiria fazer um hectare com 75-150 litrosenquanto que com bicos de 2 galões por mi-nuto gastaria em torno de 400-500 litros porhectare, obtendo assim maior capacidade

operacional.Os pulverizadores para café possuem nas

suas barras laterais um conjunto de molas,como dispositivo de segurança, caso haja con-tato com a planta de café o braço retrai-separa não danificar a estrutura do pulveriza-dor. As barras são protegidas com plástico oufibra de vidro formando um chapéu que im-pede com que o herbicida atinja as folhas docafeeiro e ocorra deriva.

Para o trabalho na lavoura pode-se utili-zar toda a extensão da barra ou apenas algu-mas de suas partes (direito, esquerdo e cen-tro). A capacidade do tanque varia conformeo fabricante, mas gira em torno de 200 a 400litros. A principal vantagem desse aplicadoré a alta capacidade operacional (5-10 ha pordia), a versatilidade na aplicação da área de-sejada e a operação com uma pessoa (trato-rista).

A regulagem deve-se basear no volumede água aplicado por hectare para cada quan-tidade de infestação, tipo de plantas daninhase o estágio de desenvolvimento da planta.

A manutenção dos pulverizadores baseia-se na correta lubrificação do tubo telescópioe das juntas universais, fazer a troca do óleoda bomba conforme manual, lubrificaçãodiária dos pontos graxeiros, verificar correi-as, lavar o filtro da água que sai do tanque everificar o funcionamento do manômetro. Osbicos devem ser observados, pois quando estevariar sua vazão em 10% para mais ou me-nos com relação ao bico novo deve-se fazer atroca de um bico ou de todo o conjunto.

ROÇADEIRASAs roçadoras muito utilizadas para siste-

As roçadoras são utilizadas, geralmente, emlavouras orgânicas, substituindo o controle de

invasoras com herbicidas

Em espaçamentos convencionais, podem sernecessárias duas ou três passadas da roçadora

para limpar toda a entrelinha

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24 • Junho 06

Apresentamos a seguir dadosde custo para o controle de

plantas daninhas com diferentes ma-nejos e ficou evidenciado que os gas-tos com aplicação de herbicida ficouda ordem de R$ 147 por hectare e ocontrole com roçadora de R$ 252 porhectare. O manejo com herbicida con-teve três aplicações por anos com re-passe manual, e o manejo com roça-dora constou-se de três roçadas comrepasse manual. Deve ser levado emconsideração o preço do combustível,herbicida e a diária de cada região parafazer uma análise deste modo.

CUSTO XBENEFÍCIO

mas orgânicos de cultivo onde não utiliza-seproduto químico têm por vantagem fazer ocorte da vegetação rente ao solo devolvendoos nutrientes absorvidos por ela ao mesmo.As roçadoras constituem-se de facas com afi-amento na extremidade, acionada por um sis-tema de engrenagens ligadas a tomada de po-tência do trator pelo cardan. Possui um sis-tema de embreagem antes do diferencial paraque não ocorra o perigo de o cardan torcerpor algum obstáculo que as facas encontrem.

A largura de corte varia com tipo de ro-çadora sendo comum entre 1,0 e 1,5 m, ne-cessitando de duas passadas por rua para ocontrole da plantas daninhas. Apresenta umacapacidade operacional de um a 1,5 hectarepor hora.

Os dispositivos de regulagem da roçado-ra são o nivelamento transversal e longitudi-

nal, feito pelo segundo ponto do sistema hi-dráulico de três pontos e pelo terceiro ponto,respectivamente. Pode-se controlar a alturade corte das plantas daninhas pelo ajuste dospatins, dispositivos laterais apoiados por por-cas para ajuste da altura da lamina ao solo,estes servem também para que a roçadoradeslize sobre o solo.

A roda traseira tem por função impedirque as lâminas toquem no solo e facilitar omovimento da roçadora. As lâminas não de-vem tocar no solo, pois ira exigir mais potên-cia do trator, aumentar o desgaste das mes-mas e expor o solo os impactos das gotas dechuva. A rotação que deve chegar a tomadade potência (TDP) é de 540 rpm.

Na manutenção das roçadoras deve-seproceder à lubrificação adequada da caixa deengrenagens, do tubo telescópio (cardan) erodas. Deve-se verificar a tensão das correi-as, quando possuir, e observar o afiamentodas facas. Caso estejam gastas, é necessárioretira-las e providenciar seu afiamento outroca.

TRINCHAOutra máquina que vem sendo utilizada

nas regiões cafeeiras para o controle das plan-tas daninhas é a trincha, que tem por finali-dade cortar as plantas rente ao solo atravésde um conjunto rotativo de martelos que sedeslocam à alta velocidade, cortando assimas plantas daninhas.

Em comparação com a roçadora, é maiseficiente para cortes próximo ao solo, mas exi-ge menores velocidades de trabalho o que di-minui a capacidade de campo efetiva e con-seqüentemente o aumento no consumo decombustível. Para os sistemas conservacio-nistas a exposição do solo ocasionado pelaação dos martelos no solo, ocasiona ação daschuvas sobre o mesmo e, por seu corte ser

bem menor que o da roçadora, a porcenta-gem de cobertura do solo fica restrita a pe-quenos fragmentos que rapidamente são de-compostos pela ação dos microorganismos.

GRADESOs sistemas convencionais de produção

adotado pelos produtores mais antigos visammanter o solo limpo de qualquer planta da-ninha, e assim utilizam-se de equipamentoscomo grades e chapão.

As grades utilizadas para o manejo deplantas daninhas no cafeeiro são deslocadasa direita ou esquerda para fazer o controlemais rente à saia do cafeeiro. Estas gradespossuem dois conjuntos de discos do tipo em“V” ou “off set” com discos dianteiros recor-tados para picar e cortar as raízes das plantasdaninhas e o segundo conjunto de discos li-sos para fazer a quebra de possíveis torrões eo nivelamento do solo.

Estas possuem um total de 16 a 20 dis-

O Chapão é um equipamento com um chapade 20 mm, afiada em uma das extremidades,que faz o corte das raízes das plantas daninhas

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“ No sistema conservacionista é perfeitamente possível manter uma convivência pacifica entre a culturaprincipal e as plantas daninhas, quando ambas forem manejadas corretamente”

cos de 279 mm (11 polegadas) fazendo umacapina superficial na faixa de 1,8 a 2,2 me-tros. A velocidade de trabalho varia de 4 a 6km/hora. O controle de profundidade de cor-te dos discos é feito pelo ângulo de aberturaentre os dois conjuntos de discos, visto queesta grade já vem com ângulo de tração defi-nido pelo fabricante.

A grade pode ser montada ou de arrasto,podendo ter as duas opções na mesma má-quina deve-se optar pelo arrasto, pois apre-senta maior contato com a superfície do solo.

Devido ao espaçamento das fileiras do cafésão necessárias duas passadas por rua parase fazer o controle das plantas daninhas, de-pendendo do tamanho da grade.

A manutenção das grades é simples, poisé necessário apenas conferir o aperto dos dis-cos e fazer a lubrificação nos pontos graxei-ros que estão localizados nos mancais que su-portam o eixo com os discos.

CHAPADÃOO Chapão, nome popular adotado entre

os produtores, por ser um equipamento comum chapa de 20 mm, afiada em uma das ex-tremidades, que faz o corte das raízes dasplantas daninhas. Teve seu uso intenso emdécadas passadas onde se preconizava inten-samente que as entrefileiras do cafeeiro de-veriam estar limpas.

Sua constituição consta basicamente deuma torre para o engate no sistema hidráuli-co de três pontos, uma haste porta ferramentaque suporta a chapa que está disposta na di-agonal em relação ao deslocamento do tratorpara fazer o corte das raízes das plantas da-ninhas. Foi deixado de lado seu uso por tam-bém realizar o corte das raízes do cafeeiro jáque suas raízes estão superficialmente dis-postas.

Os diversos equipamentos e máquinasutilizadas para o controle de plantas dani-nhas são adaptados para diferentes condiçõesde local de cada produtor. Cabe a cada pro-dutor fazer uma analise das vantagens e des-vantagens para seu uso especifico. Em casode duvidas sobre o melhor equipamento emsua região deve-se proceder à consulta de umtécnico devidamente qualificado para quediscorra sobre o que seria de melhor controleambiental e financeiro.

Jorge Wilson Cortez,Carlos Eduardo A. Furlani eRouverson Pereira da Silva,UnespAlberto Carvalho Filho,Fazu

Os pesquisadores mostram quais sãoos principais métodos de controlede invasoras em lavouras de café

M

Fotos Jorge Wilson Cortez

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26 • Junho 06

Oprincipal palco da AméricaLatina para apresentação denovidades tecnológicas no

setor agropecuário, mostrou em sua úl-tima edição, todo o seu já característicodinamismo. A 13a Agrishow (Feira Inter-nacional de Tecnologia em Ação) de Ri-beirão Preto encerrou seus trabalhos comcerca de R$ 500 milhões de movimenta-ção financeira, -34% em comparação com2005. No entanto, a mostra de novas tec-nologias em insumos, máquinas, equipa-mentos e serviços para o agronegóciomais um vez chamou a atenção dos visi-tantes.

O presidente do sistema Agrishow,Sérgio Magalhães, ressaltou que a primei-ra proposta da feira não é fechamento denegócios, mas, justamente a apresenta-ção de inovações para o setor agropecuá-rio. “A Agrishow Ribeirão Preto de 2006mostrou dinamismo das empresas, quevieram ao evento, com muitos lançamen-tos e novidades tecnológicas”, enfatizouele.

Magalhães disse também que a que-da no faturamento já era prevista, tendoem vista as dificuldades enfrentadas peloagronegócio na atualidade, principal-mente no que se refere a produção de

grãos. Para Sérgio, efetivamente foi o seg-mento sucro-alcooleiro o grande respon-sável pela movimentação financeira daAgrishow Ribeirão Preto de 2006, juntocom as lavouras de café e de laranja, quetambém vivem um bom momento.

O público, segundo o dirigente, su-perou 115 mil visitantes. Em 2005, oevento tinha recebido 138 mil agriculto-res - recuo de 16,6%. No local, os pro-dutores puderam conferir estandes demais de 600 empresas expositoras, mui-tas delas fabricantes de máquinas e im-plementos para a agricultura. As princi-pais novidades do setor apresentaremosna seqüencia.

CASE IHA Case IH lançou na Agrishow seu

pulverizador autopropelido Patriot 350.A máquina que foi desenvolvida e é fa-bricada no Brasil já teve seu desempe-nho comprovado por usinas de cana eprodutores de grãos na fase de testes. Aempresa apresentou ainda a nova colhe-dora de grãos Axial-Flow 2399 Extreme.A nova máquina alia a tecnologia e per-formance das colhedoras axiais mais ven-didas no mundo com uma maior capaci-dade de colheita. Outro lançamento daCase IH é o novo trator Magnum, de 220,240 e 270 cv. Referência para o setor su-croalcooleiro, ele chega ainda mais robus-to e com novas funções operacionais.Como novidade nas colhedoras de canafoi apresentado ainda o Auto Tracker, umequipamento que funciona a partir desensores instalados no sistema hidráuli-co da suspensão, que eleva e abaixa a co-lhedora ajustando automaticamente a al-tura dos discos de corte de base, em re-lação às irregularidades do terreno.

SANTIAGO & CINTRAJá há algum tempo, os avanços tec-

nológicos vêm facilitando a vida do agri-cultor e modernizando o campo. A San-

O autopropelido Patriot 350 é mais um doslançamedntos da Case em 2006

Tecnologia em açãoTecnologia em ação

Agrishow 2006

Divulgação

Apesar da redução de 34% no volume de negócios em 2006, naAgrishow de Ribeirão Preto (SP), as empresas mostrarammuitas novidades para o setor agropecuário

Apesar da redução de 34% no volume de negócios em 2006, naAgrishow de Ribeirão Preto (SP), as empresas mostrarammuitas novidades para o setor agropecuário

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tiago & Cintra, líder no mercado brasi-leiro de geo-tecnologias, trouxe para oAgrishow o o que há de mais avançadopara a agricultura de precisão. Os siste-mas de orientação AgGPS 150 Guide®,AgGPS 150 Drive™, Taxa Variável GAP4.0 e Autopilot™, da Trimble, possuemoperações diferentes que se adequam àsnecessidades de cada agricultor. Atravésda coleta de dados por GPS, os registrossão capazes de otimizar os trabalhos, ga-rantindo maior controle da produtivida-de, da qualidade e resultados efetivos nacolheita.

NEW HOLLANDA New Holland lançou na Agrishow

seu novo trator para o setor canavieiro:o TS 90, próprio para ser equipado comcarregadeiras de cana. Ao todo, a marcaexpôs 14 máquinas, sendo tratores demotorizações que variam de 54 a 180 ca-valos, e colheitadeiras de grãos com pla-taformas de 17, 23 e 30 pés. Os desta-ques ficaram por conta dos tratores daslinhas TL Exitus, específicos para o tra-balho em pomares de laranja e canavi-ais, além dos TM, próprios para resistiràs extremas condições de trabalho exigi-das pelas lavouras de cana. A New Ho-lland também apresentou seu trator paraa agricultura familiar: o TT55, de 54 cv.Atualmente, a New Holland oferece aomercado brasileiro uma linha completade tratores e colheitadeiras, num total de40 modelos, próprios para o trabalho nasdiversas culturas.

LANDINI/MONTANAOs visitantes da Agrishow puderam

ver em exposição no estande da empresaos novos tratores Landpower com 140 e165 HP, lançamento mundial da Landi-ni, que vem substituir a linha Legend noscampos de todo o planeta. Eles possuemo sistema de escalonamento de marchas36x36, possibilitando uma alta rentabi-lidade e uma maior economia de com-bustível. Os agricultores também pude-ram conhecer nova versão da Parruda,pulverizador de alta performance e car-

ro-chefe da Montana. O autopropelidohidáulico com capacidade para 3 mil li-tros de calda apresenta novo design dascarenagens frontais e capô, nova cabine,com mais espaço e conforto interno, novabarra de pulverização, mais resistente eestável, comandos hidráulicos mais mo-dernos, leves e de fácil manutenção.

PIRELLIO lançamento de um site para o agro-

negócio e a expansão no portfólio depneus agrícolas e truck foram as novida-des da Pirelli na feira. Para a empresa, aAgrishow foi mais que uma grande vitri-ne de produtos. Foi uma oportunidadede manter contato direto com os consu-midores finais, além de consolidar o po-sicionamento inovador da marca no de-senvolvimento de pneus agrícolas. Noevento, a Pirelli lançou o pneu TM 75direcional com a tecnologia das barrassimétricas e com os diferentes planos derigidez no fundo do desenho. A primeiramedida desta linha é o 250/80-18, indi-cada para o emprego em microtratores eimplementos. A linha PD22 tambémcresceu com a inclusão da nova medida18.4-38.

VALTRAA Valtra divulgou na Agrishow impor-

tantes resultados do projeto Biodiesel.Com o aval da Agência Nacional de Pe-tróleo, a Valtra vem realizando testes comquatro tratores de 180 cv movidos a bio-diesel: B5-soja, B5 de mamona, B20 desoja, além do B100 diesel, que é o trator

referência. Os quatro tratores já comple-taram mais de duas mil horas de teste.Outro destaque foi o trator BH 180 Hi-Flow - resultado da busca constante daValtra por soluções tecnológicas para osetor canavieiro. A Linha Valtra BM comuma nova opção de rodagem (Alto VãoLivre), a versão Extra Torque do BM 100e o novo kit hidráulico para semeadoraspneumáticas (fluxo constante) são as no-vidades para a linha média que a Valtraapresentou também durante a feira. As-sim como a linha florestal onde a em-presa mostrou o trator BM 110 com gruade carregamento e um trator 1780 comuma carreta florestal auto-carregável. Jáo trator 585, de 50 cv, voltado aos pe-quenos produtores foi a novidade para aagricultura familiar.

MASSEY FERGUSONA Massey Ferguson lançou na

Agrishow sua mais nova linha de trato-

Os novos tratores Ladpawer tem motorização de140 e 165 HP de potência

O BH 180 HiFlow lançado pela Valtra é mais umadas opções para a lavoura canavieira

“No local, os produtores puderam conferir estandes de mais de 600 empresasexpositoras, muitas delas fabricantes de máquinas e implementos para a agricultura”

Fotos Vilso Júnior Santi

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28 • Junho 06

res voltados para a fruticultura brasilei-ra, a série MF 200 Compacto. Além dolançamento a empresa levou para o even-to máquinas e equipamentos para asprincipais culturas da região, em especi-al a cana-de-açucar. A Massey apresen-tou ainda o MF 250 XE, o Brasileirinho,voltado para a agricultura familiar. O MF600 HD e MF 6300 indicados para aoperação em lavouras de cana, a carrega-deira de cana montada sobre o trator MF290 e as colhedoras de grãos MF 5650,MF 34 e MF 38. A empresa na oportu-nidade, também divulgou os finalistas doseu prêmio de jornalismo na edição 2006.Em sua área exclusiva de testes a Masseydispôs seis tratores, uma colhedora e umpulverizador para Test Drives. O local,foi preparado especialmente para ofere-cer aos visitantes a possibilidade confe-rir o desempenho dos lançamentos damarca. Além comprovar o desempenhodas máquinas, os clientes puderam con-tar com a consultoria direta da equipede engenharia e vendas da marca.

YANMAR/AGRITECHA Yanmar/Agritech levou para a

Agrishow, um novo modelo de trator di-mensionado para trabalhar na agricultu-ra familiar. O trator popular de 50 cava-los modelo 1150 foi desenvolvido espe-cialmente para atender necessidades depequenas propriedades. “Esse trator éuma máquina que facilita o dia-a-dia dotrabalhador, é compacto e leve, possui umbaixo consumo de combustível e baixocusto de manutenção”, explica o gerentede pós-venda e marketing da YanmarAgritech, Pedro Cazado Lima Filho. Aempresa também lançou o único tratordo mercado desenvolvido exclusivamen-te para a cultura de café. O trator cafeei-ro super estreito, modelo 1155 SE, foicriado especialmente para atender às ne-cessidades específicas desse tipo de cul-tura, diferente dos tratores adaptados atéentão disponíveis no mercado. A máqui-na possui 55 cavalos e reduzida largurade bitola externa de 1180 mm.

JOHN DEEREA colhedora 3510, que trouxe um

conjunto de inovações que representa oinício de uma nova geração tecnológicana mecanização da colheita da cana, foia grande atração do estande da John De-ere na Agrishow. A nova colhedora é aprimeira a utilizar a marca e as cores ver-de e amarelo da John Deere na linha deequipamentos para a cana-de-açúcar.Além do motor John Deere, projetadopara uso agrícola, a colhedora apresentaaprimoramentos técnicos que garantemfacilidade de manutenção, baixo nível deperdas e alto rendimento. Estiveram tam-bém expostos dois outros produtos queintegram o sistema mecanizado JohnDeere para o cultivo da cana. A planta-dora de cana picada SMI 10000 e umafamília de veículos de transbordo de oitoa treze toneladas complementam a linhachamada GreenSystem.

PARKERA mais alta tecnologia empregada nos

produtos das divisões Fluid Connectors,Filtros, Hidráulica e Seals marcaram,mais uma vez, a participação da Parkerna Agrishow 2006. Dentre as novidadesfiguraram o lançamento das MangueirasHidráulicas 421SN e 301SN, desenvol-vidas para sistemas voltados aos merca-dos mobil e industrial. Em destaque, aDivisão Fluid Connectors trouxe tambémos Engates Rápidos Agrícolas série 2000e 9400, especialmente direcionados paraaplicações no setor, em tratores de mé-dio e grande porte. Na ocasião, a Divi-são Hidráulica fez o lançamento do Co-mando VO40, que proporciona suavida-de e precisão nos controles dos movimen-tos e manutenção facilitada, com simples

aplicação e custo efetivo. Levando aindamais vantagens aos seus clientes, a Pa-rker lançou no mercado agrícola os Ge-radores de Nitrogênio.

JACTOA linha de pulverização da Jacto mais

uma vez conta com novidades, desde ospequenos equipamentos costais até os au-topropelidos de grande proporções. Umdo lançamentos apresentado foi o pulve-rizador tipo atomizador Arbus 4000Multisprayer. Ele conta com tanque depolietileno de quatro mil litros, tem apli-cação bilateral e é indicado especialmentepara grandes pomares de citrus com plan-tas de até seis metros de altura. Dotadode seis a oito ventiladores posicionadosem duas linhas verticais ele tem ângulosreguláveis nos conjuntos o que promovea aproximação ideal dos jatos àsplantas.Os ventiladores, de 625 mm, po-dem atuar com rotações e vazões que va-riam de acordo com o perfil da planta.Esta variação e determinada por um con-trolador eletrônico de vazão e pelos sen-sores de plantas – três em cada lado damáquina.

CUMMINSO motor QSC Tier III, foi uma das

novidade tecnológica que a Cumminsapresentou na Agrishow. Com 8.3 litros,o novo motor proporciona potência de até330 cv. O QSM, ideal para quem neces-sita ou prefere um motor de maior cilin-drada também foi destaque. Destinadopara colhedora de cana e de grãos, o mo-tor alia robustez e durabilidade. A em-presa também anunciou uma nova estra-tégia global de marca. A partir de agora,todas as suas subsidiárias, nos 160 paí-

O pulverizador tipo atomizador Arbus 4000 Multis-prayer foi uma das novidades apresentadas pela Jacto

A plantadora automática de cana picada PACC2Lda Civemasa também foi destaque

A plantadeira de cana picada SMI 10000 integra alinha GreenSystem lançada pela John Deere

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ses onde atua, usarão a denominaçãoCummins. Assim, Fleetguard, que pro-duz filtros, passa a ser denominada Cum-mins Filtration, a Holset, braço da cor-poração voltada à produção de turbinas,passa a ser chamada Cummins Turbo Te-chnologies. Há ainda a Cummins Emis-sion Solutions, dedicada ao desenvolvi-mento de soluções na área de emissõesde poluentes e a Cummins Fuel Syste-ms, no segmento de combustíveis. ACummins Power Generation não sofreráalterações.

MWM INTERNATIONALA MWM International apresentou na

oportunidade suas novidades em moto-rização para aplicações agrícolas, veicu-lares e industriais. Um dos destaques daempresa é o motor eletrônico Acteon 6.12TCE que equipa a linha VM da Volvo. Omotor tem duas faixas de potência, 260e 310 cv, 7,2 litros de capacidade e seiscilindros. Os caminhões da familia Deli-very da Volkswagen, presentes no local,também utilizam motores da empresa.Eles são equipados com o Sprint eletrô-nics 4.08 TCE com três válvulas por ci-lindro. Pode-se encontrar ainda os con-juntos MWM International integrandoos grupos geradores da Germek e as pi-capes S10 e Blazer da GM. Clientes comoAgrale, Ford, Iveco, Nissan, Troller,AGCO, CNH, Valtra etc. Também utili-zam os motores da empresa em muitosde seus produtos.

VOLVOFabricante de caminhões, ônibus e

equipamentos de construção, a Volvo temum forte vínculo com o agronegócio bra-sileiro. Muitos de seus produtos e servi-ços puderam ser conferidos na Agrishow.Pincipalmente, os caminhões pesadosFH, NH e VM, voltados para o transpor-te de grãos (bitrem e rodo-trem) e cana-de-açucar e os pesados e semipesados VMcom aplicações para cargas frigoríficas eoutros segmentos. Atualmente, mais de50% das vendas de caminhões pesados

da empresa são para o agronegócio.

KOA empresa apresentou na Agrischow

o pulverizador KO 2000 IH18 hidráuli-co. A máquina é equipada com comandopneumático. O pulverizador tem capaci-dade no tanque de dois mil litros, combarras de 18 metros totalmente hidráu-licas. O comando de pulverização é feitototalmente por um sistema pneumáticoque substitui o sistema elétrico de acio-namento das válvulas. Ele apresentacomo vantagem a eliminação dos caboselétricos do conjunto e por ser pneumá-tico ele facilita localizar possíveis proble-mas quando estiver a campo. O equipa-mento é capaz de recolher parte da barrade pulverização sem alterar a altura dorestante do conjunto possibilitanto a se-qüencia da aplicação. Automaticamente,a parte da barra recolhida deixa de pul-verizar.

O novo comando pneumático de pulverização éuma das novidades do KO 2000 IH18

STARAA busca pela eficiência total na co-

lheita de milho levou a Stara a desenvol-ver e lançar a plataforma Brava. A plata-forma tem ângulo reduzido o que favo-rece o recolhimento de espigas em situa-ções críticas como milho acamado. Oângulo de ataque em relação ao solo épadronizado em relação aos diferentesmodelos de colhedoras. A Brava possui amenor distância entre a roda motriz e aroda recolhedora do mercado, o que di-minui o efeito alavanca no pescoço dacolhedora não sobrecarregando o siste-ma hidráulico da mesma. É uma plata-forma resistente e leve o que proporcio-na maior velocidade de trabalhos resul-tando no maior rendimento diário decolheita. Tem eficiente sistema reguladorda altura de colheita. Sua carenagens temsistema de articulação automática o queevita danos ao se chocar contra obstácu-los na lavoura.

CIVEMASAA Civemasa apresentou na Agrishow

a plantadora automática de cana picadaPACC2L. A plantadora visa atender a ne-cessidade de redução do custo de plan-tio e também a necessidade de proporci-onar a implantação dos canaviais no anotodo. O equipamento dispõe de sistemade acionamento individual das esteirasatravés de comando eletrônico e válvula

“A 13a Agrishow Ribeirão Preto encerrou seus trabalhos com cerca de R$ 500milhões de movimentação financeira, -34% em comparação com 2005”

A versão canavieira do Power Jet Automotriz da MetalBush chama a atenção pela relação custo x benefício

A plataforma Brava, da Stara, tem ângulo reduzido deataque o que favorece o recolhimento das espigas

Fotos Vilso Júnior Santi

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proporcional o que permite trabalharcom apenas uma esteira em caso de arre-mate de plantio e alterar a velocidade dasesteiras separadamente sem ter que pa-rar a plantadora. Também dispõe de de-fletor cônico central no compartimentode carga, que tem a função de direcionara cana para as esteiras e não permitir queem terrenos com declive acentuado a car-ga se desloque reduzindo por conseqü-ências a quantidade de gemas que serãodepositadas por metro. Planta duas li-nhas simultâneamente e tem capacidadede carga de 6.500 kg de mudas.

TORTUGAA Tortuga câmeras de ar lançou re-

centemente uma linha de produtos quepromete reduzir custos aos produtores.A linha comercial leve da empresa parapneus radiais. Ela engloba produtos paracamionetes, vans, pick-ups e furgões. Ascâmaras de ar permitem que o pneu ra-dial rode por muito mais tempo com to-tal segurança, reduzindo custos e preju-ízos causados por pequenos cortes, furose vazamentos no talão. O produto carre-ga as dimensões originais do pneu, con-sidera o perfil da roda com drop center,a posição da válvula, o aceso a mesmapara calibragem e as diferentes rodasexistentes no mercado. A Tortuga contaainda com garantia total de três anoscontra defeitos de fabricação e para re-posição do conjunto rodante, pneu e câ-mara, caso seja comprovado algum de-feito causado pela câmara.

METAL BUSHA Metal Busch apresentou sua ver-

são canavieira do pulverizador Power JetAutomotriz 4x4, desenvolvido para aten-der o cultivo da cana. O equipamento é

moderno e tem extrema versatilidade, fle-xibilidade e segurança. Com barras fron-tais de 16 metros e 35 centímetros entrebicos, totalmente hidráulicas, proporci-onam melhor visibilidade e controle porparte do operador, possibilitando assimuma operação mais rápida e eficaz. Opulverizador tem capacidade para 2,5 millitros no tanque, motor de quartro cilin-dros turbo de 130 cv, altura de vão livrede 1,20 metros e rodado com pneus 14-9x24”. A suspensão é feita por feixe demolas combinados com amortecedoresnos dois eixos. O Power Jet é o único pul-verizador do Brasil com tração 4x4 me-cânica e direcional no eixo dianteiro etraseiro.

GTSA GTS do Brasil, na Agrishow de

2006, apresentou toda sua tecnologia damaior linha de planas da América Lati-na. Com foco especial no setor canaviei-

A Planer Canavieira foi o destaqueda GTS na Agrishow

A linha comercial leve para pneus radiais daTortuga promete reduzir custos aos usuários

ro a empresa apresentou aversão da Pla-ner Canavieira. O equipamento possuideslocamento lateral inédito no merca-do. Isso lhe garante eficiência na cons-trução de canais de irrigação e terraçosembutidos. Também bom desempenhona drenagem, na conservação dos solos ena construção de bases largas. O equipa-mento também pode ser utilizado no ni-velamento e na manutenção das estra-das internas nos canaviais. A linha Pla-ner da GTS é ideal para utilização emtodos os tamanhos de propriedades. Aempresa também mostrou no evento sualinha de plataformas para colheita de mi-lho, girassol e mamona.

MIACA Miac, tradicional fabricante de má-

quinas e implementos especialmente di-recionados para cultura do feijão, apre-sentou mais uma novidade que pretendedinamizar e facilitar a colheita do pro-duto. A Master Export Múltipla recolhee trila feijão através de um sistema dotipo axial. Além disso, tem caçamba gra-neleira vasculável com capacidade de até1200 kg e barra de tração com opção detrabalho descentralizado, tanto para a es-querda como para direita. Na feira tam-bém puderam ser conferidas as inovaçõesdo Ceilex 3000T, que proporciona gran-de qualidade final do grão de feijão co-lhido, e da FZ Múltipla, a nova recolhe-dora de feijão da Miac para a agriculturafamiliar. M

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