ds dia 11 04 2016

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.... PÁG. 7 Pub. SUL FUNDADOR E DIRECTOR: MANUEL MADEIRA PIÇARRA DIRECTORES ADJUNTOS: MARIA DA CONCEIÇÃO PIÇARRA e MANUEL J. PIÇARRA diário do PUBLICAÇÕES PERIÓDICAS PREÇO AVULSO: 0,75 € (75 CÊNTIMOS ) Rossio - Évora PERIODICIDADE DIÁRIA SEGUNDA-FEIRA, 11 DE ABRIL DE 2016 ANO: 47.º NÚMERO: 12.749 Pub. Poluição visual .... PÁG. 5 Reitora de Évora critica corte com cativação de verbas Universidade .... PÁG. 2 No âmbito da iniciativa c Desafio pela Saúde CMÉvora acredita que moradores deixem de pagar imposto em 2017 IMI - Centro Histórico .... ÚLT. PÁG. Outdoors da campanha eleitoral continuam de pé três meses depois Na manhã de sexta-feira, que antecedeu o arranque oficial do “Desafio pela Saúde”, cerca de dois mil alunos do 1.º ciclo do ensino básico do concelho de Évora participaram na Caminhada das Escolas. A Praça do Giraldo foi o “palco” para a partida e para a meta desta iniciativa que envolveu sobretudo alunos das escolas que se puderam deslocar a pé até ao centro da cidade. O chefe de Divisão de Juventude e Desporto do Município de Évora, José Conde, explicou ao «D.S.» os contornos da iniciativa. junta al unos do conc elho em cam inhada das esc olas Recorde-se que, apesar de ser proibido, não há praticamente estrada de acesso às principais cidades alentejanas que não exiba cartazes e outdoors, não faltando mesmo incumpridores da lei que proíbe a colocação de publicidade a menos de cinquenta metros das estradas nacionais.

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Edição Diário do SUL - dia 11Abril2016

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.... PÁG. 7

Pub.

SULFUNDADOR E DIRECTOR: MANUEL MADEIRA PIÇARRA DIRECTORES ADJUNTOS: MARIA DA CONCEIÇÃO PIÇARRA e MANUEL J. PIÇARRA

diário doPUBLICAÇÕES

PERIÓDICAS

PREÇO AVULSO: 0,75 € (75 CÊNTIMOS )

Rossio - Évora

PERIODICIDADE DIÁRIASEGUNDA-FEIRA, 11 DE ABRIL DE 2016

ANO: 47.ºNÚMERO: 12.749

Pub.Poluição visual

.... PÁG. 5

Reitora de Évoracritica cortecom cativaçãode verbas

Universidade

.... PÁG. 2

No âmbito da iniciativa conjunta com a cidade de MéridaNo âmbito da iniciativa conjunta com a cidade de MéridaNo âmbito da iniciativa conjunta com a cidade de Mérida

Desafi o pelaSaúde

CMÉvora acreditaque moradoresdeixem de pagarimposto em 2017

IMI - Centro Histórico

.... ÚLT. PÁG.

Outdoors da campanha eleitoralcontinuam de pétrês meses depois

Na manhã de sexta-feira, que antecedeu o arranque ofi cial do “Desafi o pela Saúde”, cerca de dois mil alunos do 1.º ciclo do ensino básico do concelho de Évora participaram na Caminhada das Escolas.

A Praça do Giraldo foi o “palco” para a partida e para a meta desta iniciativa que envolveu sobretudo alunos das escolas que se puderam deslocar a pé até ao centro da cidade.

O chefe de Divisão de Juventude e Desporto do Município de Évora, José Conde, explicou ao «D.S.» os contornos da iniciativa.

junta alunosdo concelhoem caminhadadas escolas

Recorde-se que, apesar de ser proibido, não há praticamente estrada de acesso às principais cidades alentejanas que não exiba cartazes e outdoors, não faltando mesmo incumpridores da lei que proíbe a colocação de publicidade a menos de cinquenta metros das estradas nacionais.

2 Tema de AberturaSEGUNDA-FEIRA , 11 DE ABRIL DE 2016 diário do SUL

DIRECTORMADEIRA PIÇARRA

NOTA DO DIANOTA DO DIA

diár

io d

o SU

L DIRECTOR E FUNDADOR: MANUEL MADEIRA PIÇARRA

PROPRIEDADE: PIÇARRA - DISTRIBUIÇÃO DE JORNAIS, LDA.

DIRECTORES ADJUNTOS:MARIA DA CONCEIÇÃO PIÇARRA; MANUEL J. PIÇARRA

EDITORES EXECUTIVOS:PAULO JORGE M. PIÇARRA (Cart. Prof. N.º 5214)JOSÉ MIGUEL S. M. PIÇARRA (Cart. Prof. N.º 5216)e-mail: [email protected]

FOTOGRAFIA - DIÁRIO DO SUL

COORDENADORES PUBLICITÁRIOS:ANTÓNIO OLIVEIRA / CARLOS EVARISTO DINIZe-mail: [email protected]

CONTACTOS (geral): Tels: 266 730 410 * 266 741 341 • Fax: 266 730 411

ASSINATURAS:ÉVORA: Trav.ª de St.º André, 6-8 — Apart.: 2037 — 7001-951 ÉVORA CodexTels. 266 730 410 • 266 741 341 • 266 744 444 e-mail: [email protected]

REDACÇÃO: Roberto Dores (Cart. Prof. N.º 2863); Maria Antónia Zacarias (Cart. Prof. N.º 4844); Bruno Calado Silva(Cart. Prof. N.º 4479); Marina Pardal (Cart. Prof. N.º 9157) e-mail: [email protected]

COLABORADORES:A. Mira Ferreira; Dr. Carlos Zorrinho; António Gomes Almeida; Dr. Carlos Almeida; Dr. Luís Galhardas; Mário Simões; João Aranha; J. Correia; A. Moreira; M. O. Diniz Sampaio; Alexandre Oliveira; Dr. Bravo Nico; Dr.ª Lurdes Pratas Nico; Pe. Rui Rosas da Silva; Dr.ª Maria Reina Martin; Marcelino Bravo; Arq.º Fernando Pinto; Major Velez Correia; António Ramiro Pedrosa Vieira; Prof. Costa Coelho; Jorge Barata Santos; Dr.ª Paula Nobre de Deus; J. Ventura Trindade; José Eduardo Carreiro; Dr. Henrique Lopes; Dr. Luís Assis; Orlando Fernandes; Pe. Madureira da Silva; José Palma Rita; Diamantino Dias; Carlos Cupeto.

ESTATUTO EDITORIAL:ver em www.diariodosul.com.pt

Impressão Rotativa: Grafi alentejo - ÉVORATIRAGEM: 4.500/EdiçãoN.º Registo: 100262 NIPC: 506 754 413 • ISSN: 1647-6816

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Piçarra - Distribuição de Jornais, Lda.

CAPITAL SOCIALManuel José Madeira ..................... 8,12%Manuel José S.M. Piçarra ............ 22,97%Paulo Jorge S. M. Piçarra ............ 22,97%Maria da Conceição Piçarra ......... 22,97%José Miguel S.M. Piçarra.............. 22,97%

DISTRIBUIÇÃODISTRIBUIÇÃO

(porta a porta)(porta a porta)

Agora também na TV

Canal 502 e escolha Rádios Nacionais

Um dia — há tantos anos — perguntei no Governo Civil de Évora ao então Presidente Marcelo Caetano uma questão que continua pertinente. Quis obter dele uma resposta sobre o que ele pensava da des-centralização do Poder Político sobre o território aqui no Continente.

Olhou-me atrás dos óculos grossos que sempre usou com o mesmo ar acutilante com que o vi a primeira vez nas aulas da Faculdade de Direito no Campo de Santana.

Recostado no maple perguntou-me logo se eu já lera Alexandre Herculano e as suas ideias sobre o Municipalismo.

Estávamos em 1971, quando então o indaguei apenas com duas questões:

Disse-me em síntese: "está lá tudo sobre o território"."Não vale a pena pensar-se em descen-tralização. O Terreiro do Paço seja qual fôr o inqui-lino nunca largará mão do Poder de Lisboa".

"Estude-se a Desconcentração dos poderes e por aí

irão a essa forma de autonomia nas decisões regionais".

Hoje as Comissões de Coordenação são instituições emergentes dessa descentralização e já vão longe em muitas áreas. Extintos os Governos Civis — o que discordo — as CCR's são o topo do Poder Regional embora possam ser vistas como as correias de transmissão do Poder Cen-tral, com ou outros afl uentes de Bruxelas.

Pretende-se hoje acelerar o Poder Regional julgo que aspirando a maior autonomia.

No caso do Alentejo, um terço do território, a ques-tão presta-se a largos debates já que é uma discussão muito sensível que envolve os interesses partidários e as próprias Autarquias.

Quem e como se governaria o Alentejo?Quais os riscos de duplicação da nomenclatura

política da região?

Isto reclama bom senso; independência democrática e acima de tudo AMOR ao futuro do Alentejo.

Veremos.

(...)Pretende-se hoje

acelerar oPoder Regional julgo que aspi-rando a maior

autonomia.Isto reclama

bom senso; independência

democráticae acima de tudo AMOR ao futuro

do Alentejo.(...)

O PSD questionou o Governo sobre o traçado da nova linha ferroviária entre Sines e Caia, considerando que vai prejudicar a cidade de Évora e degradar a qualidade de vida dos habitantes ao atravessar uma zona urbana.

Numa pergunta dirigida ao Ministro do Planeamento e Infraestruturas, um grupo de deputados sociais-democratas manifesta-se contra o traçado da linha ferroviária de transporte de mercadorias que vai ligar Sines e o Caia, entre as cidades de Elvas e Badajoz (Espanha), apresentado pela Infraestruturas de Portugal .

“Não é colocada em causa a importância do investimento, mas sim o troço urbano da linha Évora - Estremoz, que, no nosso entender, merece uma reavalia-ção”, afi rmam, na pergunta, os deputados António Costa da Silva, Luís Leite Ramos, Virgílio Macedo,

Paulo Rios e Joel Sá.Segundo os parlamentares do

PSD, o traçado previsto “vai impli-car o isolamento das populações” na cidade de Évora, mas também “agravar signifi cativamente os riscos, devido à passagem de 60 comboios por dia, muitos com 750 metros de comprimento e carregados de matérias perigo-sas provenientes da refi naria de Sines”.

Assinalando que o traçado “está a ser fortemente contestado pela população de Évora”, os deputados sociais-democratas consideram que a situação “vai prejudicar claramente Évora e degradar a qualidade de vida dos seus habitantes”.

O grupo de deputados explica que a pergunta ao Governo surgiu após a “análise do documento-base apresentado pela empresa Infraestruturas de Portugal, no qual se prevê que o traçado de

comboio de mercadorias venha a atravessar parte da zona urbana de Évora”.

O município também já contes-tou o traçado da nova linha, por passar na zona urbana da cidade, na freguesia da Senhora da Saúde, alertando que, caso avance, pro-voca “signifi cativos prejuízos” para Évora e para a “qualidade de vida dos habitantes”.

Na sua página da Internet, a IP refere que o projeto do corredor ferroviário entre Sines e Caia inclui intervenções já concluídas, entre as quais a modernização do troço Bombel/Casa Branca/Évora, e outras em planeamento.

Das obras que estão em pla-neamento, segundo a IP, está a ligação entre Évora e Caia, na zona raiana de Elvas, cuja contra-tação do projeto de execução está em curso, estando a conclusão da empreitada prevista para 2020 e a entrada em exploração em 2021.

PSD questiona Governo sobre traçadoda nova linha ferroviária entre Sines e Caia

A reitora da Universidade de Évora (UÉvora) criticou o corte entre 700 mil e 800 mil euros no orçamento da academia para este ano, devido à cativação de verbas nas dotações fi nanceiras das uni-versidades e politécnicos.

“As percentagens de cativação são diferentes entre instituições. Na UÉvora, são cerca de 2,5 por cento”, o que representa um corte de “700 mil a 800 mil euros”, adiantou a reitora da academia alentejana, Ana Costa Freitas.

O Governo, através do Ministé-rio das Finanças, decidiu cativar, em 57 milhões de euros, as dota-ções orçamentais do Estado, de 2016, para as universidades (44 milhões) e os institutos politéc-nicos (13 milhões).

Ana Costa Freitas disse que a dotação orçamental da UÉvora, com a qual a academia estava a “prever o ano”, foi comunicada

pelo ministro da tutela, em dezembro, lamentando ter sido agora confrontada com “esta cativação sem pré-aviso e com-pletamente sem nexo”.

“Tínhamos da parte do minis-tro a garantia de que teríamos o orçamento igual ao do ano passado, apesar de o orçamento para o ministério ter sido mais baixo”, sublinhou a reitora, realçando que o Orçamento do Estado foi “discutido e nunca isto foi falado”.

Alertando que “esta decisão tem efeitos na Universidade de Évora”, Ana Costa Freitas adiantou que uma das consequências é fi car sem efeito o aumento de saldos que a academia conseguiu nos últimos meses, após “um esforço muito grande”.

A reitora da UÉvora advertiu, por outro lado, que continua sem ter indicações do Governo sobre o

reforço orçamental que é devido às instituições pela reposição da massa salarial de professores e funcionários.

“Aumentámos os salários de acordo com a decisão do Governo em janeiro, vamos tor-nar a aumentar em abril e nada disto está contemplado, apesar de dever ser objeto de um reforço orçamental”, assinalou.

Ana Costa Freitas concluiu que “as duas coisas juntas” colocam a Universidade de Évora “numa situação difícil em termos orça-mentais e de insegurança sobre o futuro”.

O Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos (CCISP) e o Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP) já manifestaram o seu desagrado em relação a esta anunciada cativação de verbas para o ensino superior.

Reitora de Évora critica cortecom cativação de verbas

Regional

3OpiniãoSEGUNDA-FEIRA , 11 DE ABRIL DE 2016diário do SUL

Pub.

CRÓNICA DA SEMANAVisto do Alentejo N.º 1.196

Carta EstratégicaDr. CARLOSZORRINHO

CComo Membro da Assembleia Municipal de Montemor-o-Novo tive a oportunidade

de participar dia 1 de abril numa reunião extraordinária em que foi debatida a “Carta Estratégica” para aquele Concelho para a próxima década. Foi uma reunião com enorme signifi cado político, porque permitiu concluir algo de muito importante, sobretudo num Município governado desde que há poder local democrático pelo Partido Comunista e pela sua visão centralista democrática, ou seja, pela ideia que as políticas públicas substituem os cidadãos no comando e controlo dos caminhos de desenvolvimento. Esta abordagem já falhou no passado e no atual quadro social é inviável. A “Carta Estratégica” tem que ser debatida de forma alargada por toda a população e só terá sucesso se conseguir um compromisso forte com a execução daquilo que nela for proposto.

Com a oportunidade de acederem aos fundos do Por-tugal 2020 e a necessidade de começarem a preparar o novo ciclo de políticas de desenvol-vimento e coesão pós 2020 é provável que um pouco por todo o País os territórios estejam

a pensar o seu futuro e as suas prioridades. O Governo aliás está a dar o exemplo ao lançar um debate alargado sobre o Programa Nacional de Reformas e os eixos estratégicos para combater os constrangimentos ao crescimento económico à criação de emprego no País. As palavras-chave nestes processos têm que ser compromisso e ação. Compromisso e ação dos órgãos de poder democrático e compromisso e ação dos cida-dãos e da sociedade civil.

Publiquei há alguns anos um ensaio sobre a Gestão da Felicidade (Bnomics 2012 ) em que parti da ideia base de que o esforço quotidiano que fazemos para sermos felizes é o outro lado do espelho do combate que fazemos fugirmos ao medo. Ao medo físico de não sobrevi-vermos, ao medo social de não sermos incluídos e ao medo psi-cológico de não encontrarmos um sentido para a vida.

Nesse ensaio refl eti sobre-tudo sobre a forma como as políticas públicas deviam ser desenhadas para reduzir as condições de medo e em con-sequência para ajudarem as pessoas a serem felizes. Tudo o que aí escrevi contínua atual. As políticas públicas são muito im-portantes para mobilizar a ação.

No entanto, o principal combate tem que ser travado por cada um de nós, com a sua atitude, com a sua participação e com o seu compromisso com as respostas necessárias.

A necessidade de implicação e compromisso está em todo o lado e em todos os desafi os. Infi ltra as questões globais e também as questões das políticas de proximidade. É parte da vida e dos seus desafi os, tal como eles se confi guram neste tempo de revolução tecnológica e política.

A Política feita dos diretó-rios para os cidadãos levou ao desinteresse e ao afastamento da participação e ao medo. O melhor contributo que cada um de nós pode dar contra o medo é ser protagonista duma forma de viver que dê menos espaço aos fatores de risco quer em termos da segurança, quer em termos da exclusão, quer em termos da capacidade de realização das pessoas no quadro de comunida-des viáveis e saudáveis.

Por isso as “cartas estratégi-cas” sejam aplicadas no domí-nio ou no patamar que forem, não podem ser missivas dos “mandantes aos mandados”. Só terão sucesso se forem assinadas por todos e sentidas como um compromisso de todos na sua concretização.

As “cidadezinhas” onde vive-mos não contam para os enor-mes desafi os globais (alterações climáticas por exemplo) mas podem ser muito mais ajustadas a novos tempos: escassez de água, energia cara, subida da temperatura...

Em oposição às “fl orestas ur-banas” (em Évora há dois bons exemplos: na linha de água a jusante do lago no Bairro da Malagueira e não muito longe entre a escola do primeiro ciclo a secundária André de Gouveia e o Pingo Doce), que escrevi a semana passada, há a cultura dos relvados. Uma aberração.

O tema dos relvados, que cobrem vastas áreas entre betão, é excelente para exemplifi car o país que somos e que não pode-mos continuar a ser.

A relva serviu e serve para tudo, generalizou-se de tal ma-neira que hoje poucos lhe ligam. Exceção feita aos cães de donos mal-educados que a “fertilizam” abundantemente com dejetos.

AS RELVAS DA NOSSA INSUSTENTABILIDADE

otros mundos www.otrosmundos.cc

n Carlos A. Cupeto*

Como sempre entre nós, as contas fi zeram-se, quando se fi zeram, apenas aos custos de construção.

Entretanto, sem se saber porquê, criou-se a cultura dos relvados por todo o lado – quantos mais metros qua-drados melhor. Haverá aqui uma relação direta com o número de votos?

Chegou-se à conclusão, indiscutível, que qualifi car o meio urbano, e não só – fazem-se relvados artifi ciais no campo, nas margens dos rios, etc. - é estender tapetes de relva.

O clima do nosso país é totalmente contrário a esta opção nacional. Só é possível manter relvados à custa de muito dinheiro.

Continuamos sem fazer contas; quanto custa a ener-gia, a água tratada, o sistema de rega, o corte frequente e demais manutenção de um relvado? Alguém faz estas contas? Façam-se as contas – exige-se que os autarcas as façam – e rapidamente se chegará à conclusão da in-sustentabilidade desta opção nacional.

O passo seguinte vai ser “descobrir” que há outras opções brutalmente mais

económicas e ajustadas ao país que somos. Soluções estética, cultural e ecologicamente mui-to mais adequadas às nossas terras.

A solução não será aplicar as novas soluções aos novos espaços a construir mas optar, quanto antes, pela reconversão dos existentes. Não dá para esperar que o tempo faça a re-conversão. Cada dia que passa são muitos euros que vão por água abaixo. A água, ainda não demos por isso (?), é um bem escasso para ser mal usada, por exemplo, a regar relvados patéticos.

Portugal tem das melhores escolas de arquitetura paisagis-ta do mundo e, por isso, não há razão nenhuma para que também nesta matéria não co-mecemos a ser, rapidamente, um país mais normal, ou seja, mais sustentável.

Estamos em crer que tam-bém nesta matéria, como em outras, se não tomarmos as decisões certas, alguém nos vai ensinar, nem que seja a falta de água.

Só sem estragar dinheiro é que este nos vai chegar para o essencial – saúde, educação e cultura.

Ou alguém dúvida?

Militares do Núcleo de Proteção Ambiental de Estremoz, recuperaram, entre os dias 4 e 7 duas corujas do mato encontradas por dois cidadãos: a primeira, uma ave juvenil encontrada em Santa Vitória do Ameixal e a segunda, uma ave já adulta encontrada na Freguesia dos Arcos, ambas apre-sentando sinais de subnutrição, não conseguindo voar.

As aves foram tratadas, alimentadas e entre-gues ao Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas de Portalegre para avaliação, re-cuperação e posterior devolução ao seu habitat natural.

Militares do Núcleo de Investigação de Elvas identifi caram ontem, dia 7 de abril, um suspeito pela prática do crime de tráfi co de estupefacien-tes, em Elvas.

A ação envolveu uma busca domiciliária que permitiu apreender: 74 doses de liamba; 20 doses de haxixe; meia dose de cocaína; 9 armas brancas.

O suspeito foi sujeito a termo de identidade e residência.

ODEMIRA: Três detidos por burla e furto de objetos em ouroA GNR deteve duas mulheres e

um homem, em São Luís, no con-celho de Odemira, pelos crimes de burla e furto de objetos em ouro que foram recuperados, disse fonte da força de segurança.

A mesma fonte adiantou à Lusa que os objetos em ouro foram res-tituídos aos lesados, um casal de idosos e uma mulher idosa.

Os suspeitos foram presentes ao Tribunal de Odemira para

primeiro interrogatório judicial, tendo fi cado sujeitos a Termo de Identidade e Residência (TIR) como medida de coação, passando o processo à fase de inquérito.

Estremoz: Recuperação de aves de rapina

Elvas: Apreensão dedroga e armas brancas

[email protected]

4 domQuixoteSEGUNDA-FEIRA, 11 DE ABRIL DE 2016 diário do SUL

dom QuixoteSuplemento de Artes e Letras

Este Suplemento é parte integrante do jornal «Diário do Sul» e não pode ser vendido separadamente

Do Giraldo é teu nomeBem no centro da cidadeFoste vistas de prisão.Tens uma fonte coroadaE um local d’oração.

Os pombos que em ti habitamCarregam mágoas ancestraisDa igreja p’ró taboleiro.Nos seus vôos caprichososNum burgo de porte altaneiro.

E escutam de quem chegaElogios à sua liberdadeE ao ouvido dizem segredos.A quem desbrava por curiosidadeDo alheio!... - pecados e medos.

Do “Giraldo” é o teu nomeProteges tuas gentes nas arcadasD’Évora és praça principal.De poetas e pintores inspiradoraFazes parete dum tema musical.

Júlio Amaral

A MUI NOBREMui nobre e sempre lealCidade de Évora - Portugal

És - disse alguém - confirmo euRainha do Alentejo e cidade museu.

Teu nome é, já lendário,É velho, mas sempre belo, centenário.

Quantas etnias por ti passaram!...Quantas lutas por ti se travaram!...

Até que chegou o Sem PavorPara a lei cristã aos conquistados impor.

Desde então coisas belas e tristes se passamContigo. Desde então que és, disseram

Cidade do Alentejo, cidade de PortugalMui nobre, sempre bela, sempre leal.

Eleutério Cordeiro Santos

Breve SeparaçãoNão faz sentido chamar Morte à Vida!Simplesmente a matéria foi vencida.Eterno não existe na matériaO nosso Além está à nossa esperaUma certeza em forma de quimeraLá não existem guerras nem miséria.

Ali não há depois, há só agoraO tempo eterno sobrepõe-se à horaÉ final de missão que foi cumprida.Ali nessa morada, finalmenteDesfrutaremos paz, tranquilamenteCompreendendo então o que é a Vida!

Não chorem meus queridos, se eu morrerApenas terminei minha missãoMinha vida foi toda um bem querer...Apenas é... BREVE SEPARAÇÃO!!!

Maria Tereza Grave

Cíclica PrimaveraAo sabor da imaginação, deixei que o meu espírito se deleitasse

ao sentir no ar o sortilégio da Primavera que mais uma vez nos pre-meia.

Se há estações do ano que me motivam e encantam, a Primavera é a primeira. Vivo o projecto de esperança, talvez ingénua e utópica. A Primavera é um tempo de sonho inatingível. A brancura das amendoei-ras, o perfume das laranjeiras, o multicor das flores silvestres, o trinar das aves, a amena brandura do clima predispõem confortavelmente o meu espírito e todo o meu sentir. Os prados matizados de boninas, os tufos de verdes canas delimitando os riachos, toda esta explosão de vida mostra a verdade e o exagero da felicidade terrena, a única que a breve trecho conheço e vivo avidamente. Veementemente procura agarrar este tempo de esperança e cristalizá-lo no âmago do meu sentir. É um tempo de paz compensadora pelo sofrimento causado por invernos transactos.

José António Banha

O FadoUm cântico sentido e magoadoA voz da alma que nos faz chorarO eco dum destino malfadadoDe quem sofreu na vida, por amar.

Quem canta à guitarra acompanhadoSó nos comove e nos faz lembrarA vida do presente e do passado,Que afaga o coração e faz sonhar.

Na terra dos poetas e artistasFidalgos, marinheiros e fadistasRespira-se a saudade em todo o lado.

Já vem de longe a nossa tradiçãoFeita de poesai e de paixãoNa voz do nosso povo, que é o Fado.

Leolinda Trindade

ATÉ QUANDO?...Nos meus oitenta e três anos de existênciaVivi guerras senti muita violênciaE da Vida não descobri o mistérioPassei muitas angústias e tormentosTive bons e alguns maus pensamentosE vi ruir, a meus pés, um grande IMPÉRIO.Dum século pra outro, fiz a travessiaE foi-me dada também a primaziaDe passar dum milénio para outro tambémMas quantas vezes andei desiludidoE tantas outras me senti vencidoOlhando em volta e não ver ninguém.Andei por terras pelo sol mordidasSenti desespero e muitas horas sofridasE algumas vezes atravessei o mar salgadoDos batuques ouvi os seus lamentosFui testemunha de muitos sofrimentosE senti o perigo a espreitar ali ao lado.Há hoje, em mim, um certo cansaçoHá falta de forças no meu braçoHá muitos ais e também alguns gemidosMeus passos são de inseguro caminhantePor vezes, já pareço um astro erranteEntre muitos que nos céus andam perdidos.Mas a ser responsável ‘inda me obrigoAinda me vou encontrando comigoMas cada vez mais débil vou caminhandoE numa ansiedade doloridaVai-se desenrolando a minha vidaAté quando, meu Deus, até quando???

Velez Correia

DEAMBULARHá 38 anos por aí deambulandoPor este mundo incertoUmas vezes lá pertoOutras, sem dúvida, acertando

Sempre que a dor me procuraFaço com que não seja duraPorque o que perdura É a minha certeza pura e dura

Quando o silêncio me faz faltaProcuro-o no meu abrigoQue me traz de volta à ribalta

À vida que vivi e “curti”Envolta em alguma saudadeEu digo “Estou aqui”!

Helena Amaro Eleutério

Por entre as gotas de orvalho da manhã, Percorro um caminho sombrio,Onde, os raios de sol invadem a minha mente Sã,E o meu corpo frio.

Sem rumo a percorrer,Vou a deambular,Para assim puder, A minha alma refrescar.

Num campo florido, onde perco a razão,Cheirando a primavera,Onde, meu coração Reflete uma emoção sincera.

Foi então, enquanto estavaDivagando, me depareiCom um rouxinol que cantava,E eu até me emocionei.

Vagueando sem destino,Por esse caminho ruim,Num grande desatino,Meu coração dá o fim.

Inês Ferreira

Vou andando devagarSem pressa de crescerVivo a vida a cada momentoEstando sempre a aprender

Amo a vida hojeTal como ficou para mimEspero que assim sejaSempre até ao fim

Hoje olho para trásRevejo toda a minha vidaMesmo não tendo sido ela perfeitaFoi uma lição aprendida

Vou andando hojeConforme a vida querNão corro nem faço planosConforme o mundo prefere

Tenho a vida que queroNão que os outros queremSou eu quem manda em mimMas vagueio com os que quiserem

Ando e vou andando E aproxima- se um dia felizAmo a pessoa que está a meu ladoÉ à nossa pequena petiz

Os passos são cada vez mais curtosO cansaço já vem ao cimo Levantar de madrugadaÉ tudo pormenores que já mal consigo

Não gosto de dizer ai!Não sou nem gosto de ser fracaMas já mal posso com o corpoE só daqui a uns meses acaba.

Dina Marques

5RegionalSEGUNDA-FEIRA , 11 DE ABRIL DE 2016diário do SUL

Pub.

n Roberto DoresFotos Exclusivas

J

Queixas de poluição

Outdoors da campanha eleitoralcontinuam de pé 3 meses depois

á passaram quase três meses sobre as eleições que elegeram Marcelo

Rebelo de Sousa como novo Presidente da República, mas ainda são visíveis sinais do que restou da campanha eleitoral pelos vários concelhos alentejanos. Sobretudo os outdoors com as gigantescas caras dos candidatos a Belém continuam à espera de ser removidos, enquanto não faltam alertas sobre a poluição e o perigo que estes cartazes representam para a natureza e para quem circula na estrada.

Recorde-se que, apesar de ser proibido, não há praticamente estrada de acesso às principais cidades alentejanas que não exiba cartazes e outdoors, não faltando mesmo incumpridores da lei que proíbe a colocação de publicidade a menos de cinquenta metros das estradas nacionais.

A legislação é clara, quando diz que não é permitida publicidade à beira das estradas nacionais, em postes, árvores, sinais de trânsito ou outro qualquer suporte, mas os concelhos alentejanos exibem outdoors na beira das estradas que chegam a prejudicar a circulação do trânsito e dos peões, tapando mesmo a visibilidade dos automobilistas sobre a sinalização rodoviária.

Em declarações ao “Diário do Sul”, o presidente da Associação de Cidadãos Automobilizados (ACAM), Manuel João Ramos, alerta que as bermas das estradas portuguesas têm um “nível de publicidade só comparável à Grécia”, lamentando que se invista tanto neste género de mensagens publicitárias.

“São políticos em campanha, anúncios a cervejas, telemóveis, ouro ou feiras. O problema é que não há fiscalização e existe ainda a ambiguidade entre aquilo que é a área da responsabilidade dos municípios e a área de responsabilidade das Infraestruturas de Portugal”, recorda o dirigente, alertando que, sobretudo, os outdoors “são motivo de distração para quem vai ao volante”.

Também a Quercus já se insurgiu contra o fenómeno, sublinhando a associação ambientalista que a região é das

mais afetadas pela multiplicação destes cartazes publicitários, sendo muitos os exemplos de plásticos que não são recolhidos para reciclagem, acabando por se fragmentar e poluir o meio-ambiente. Alguns chegam mesmo ser comidos por animais, vindo a entrar na cadeia alimentar.

Quem o diz é Carmen Lima, dirigente da Quercus, contestando esta modalidade publicitária por considerar ser bastante lesiva para o meio ambiente. “Qualquer plástico que se solte de um poste ou de uma árvore e seja levado pelo vento para um descampado, pode demorar 500 anos a decompor-se”, sublinha, considerando ainda provável que ao mudarem de cor durante o processo de decomposição sejam confundidos com alimento pela fauna.

“Desde que um animal o coma, todos estamos em risco. Por isso dizemos que se trata de uma ameaça para a saúde pública”, acrescenta, aconselhando as autarquias a fazer apostas menos ameaçadoras para a natureza, justificando estar já provado que o processo de recolha dos plásticos para posterior reciclagem não se tem revelado eficaz, uma vez que têm sido encontrados muitos exemplares perdidos nos campos e rios dos três distritos alentejanos.

Santa Casa da Misericórdia de Evoramonte

“FAMÍLIA MONTE”Um projeto de envolvimento familiar

dia-a-dia ganhou velocidade devido às

exigências do mundo atual. Nos nossos dias queremos cumprir as obrigações no emprego, em casa com a família e com os nossos amigos. Queremos praticar vários desportos, passear, estar na moda e ter uma vida social ativa. Desejamos atingir os nossos sonhos, que nos foram incutidos por uma educação para o sucesso. Aceitamos muitos compromissos, sendo que por vezes nos perdemos, sem darmos conta, das nossas prioridades. Assim vivemos, enquanto ativos. Sem nos darmos conta, vamos envelhecendo e a institucionalização poderá vir a ser uma realidade para muitos de nós.

Sem podermos alterar este percurso, todos ficamos mais separados, mais culpados, mais frágeis. Institucionalizados e familiares. Estes sentimentos estão presentes no discurso de todos os dias.

Por isso nos surgiu a necessidade de um projeto, “Família Monte” que pretende ser

um projeto de aproximação efetiva entre os seniores institucionalizados e as suas famílias ou outros significativos.

Através de diversas ações, espera-se que o sénior institucionalizado possa contactar com os membros da sua família ou outros significativos, com maior regularidade, do que é habitualmente, registado. Os familiares ou significativos envolvidos serão também eles beneficiários diretos, uma vez que serão conduzidos a desenvolver atividades conjuntas, de manutenção dos laços afetivos e/

ou diminuição de possíveis conflitos.

Este projeto teve a oportunidade de ser aprovado pelo Movimento Mais para Todos da iniciativa do Lidl e Sic Esperança. Estamos muito satisfeitos em contar com esta parceria que confiou na Santa Casa da Misericórdia de Evoramonte, sendo que fomos um dos 62 projetos aprovados em 1604 candidaturas recebidas por este movimento. Iremos trabalhar para que os afetos continuem a ser um fio condutor essencial para a manutenção das relações humanas.

O

diário do SUL6 RegionalSEGUNDA-FEIRA , 11 DE ABRIL DE 2016

Évora rural é rica de igrejas, palácios, conventos, castelos, sítios e monumentos arqueo-lógicos, natureza, fauna, flora, paisagens … mas também de pessoas, costumes, lendas e tra-dições, saberes e sabores…

Por isso nasceu o AGER(E), um projeto lançado pelo Mu-nicípio de Évora em dezembro de 2014 e cuja dimensão se estende, no seu conceito de pa-trimónio, a toda a vastidão das suas vertentes material e ima-terial. O objetivo principal foi o de salvaguardar e ao mesmo tempo promover o património de maior relevância cultural existente nas freguesias rurais do Concelho de Évora.

Durante a fase de levanta-mento inicial e ao longo do estudo que nunca termina, fo-ram definidas as seguintes seis áreas temáticas, de acordo com os grandes traços de identidade histórica e cultural das fregue-sias rurais: “Paisagem Arqueo-ambiental” - megalitismo, ro-manização e renascimento; “Do Sagrado ao Profano” - lendas e tradições; “O Património da Água”; “Saberes e Sabores” - cortiça, artesanato e gastrono-mia; “Caminhos da Memória Cantada e Contada” - música e oralidade; “Cultos Antigos em Terras de Cante” - o cante tradicional alentejano.

No âmbito da criação de instrumentos de gestão foi realizado trabalho de forma-

Projeto AGER(E), lança o AGERINHOPorque a riqueza patrimonial de Évora não está apenas na Cidade

ção junto dos agentes locais, tendo em conta também o interesse na fruição do patri-mónio. Nesse sentido foram desenvolvidas várias ações de animação cultural durante o ano de 2015: visitas guiadas ao património histórico, passeios culturais, concertos de Natal, cante tradicional e brincas. Foi ainda concebido um Tour Rural em formato editável com dois percursos temáticos que ligam todas as freguesias rurais do concelho.

Sabendo que o investimento na educação é um dos mais im-portantes meios potenciadores da valorização do património, surgiu agora, no âmbito do AGER(E) um projeto educativo: o AGERINHO. Graças ao traba-lho desenvolvido em parceria com o meio escolar e agentes locais, foi possível pôr em prá-tica um projeto marcado pela originalidade e forte interação

dos mais jovens com o am-biente cultural das freguesias rurais.

O AGERINHO consiste na realização de um ciclo de visitas guiadas de escolas urbanas ao património rural, cujo acolhi-mento e dinamização será feito por alunos das escolas rurais anfitriãs. O objetivo também inclui preservar os conteúdos destas ações, editando o AGERI-NHO em forma de livro/cader-no de exploração pedagógica.

As visitas deverão ter lugar em fases, de forma a envolver todas as freguesias rurais do concelho. Assim, para além da abordagem e divulgação do património cultural existente no meio rural, estaremos a investir na educação através de instrumentos pedagógicos inovadores, despertando o in-teresse dos jovens pela cultura numa perspetiva diferente do ambiente tradicional.

Materialismo e idealismo… foi apresentado na Sala dos Leões da Câmara Municipal de Évora em quinta feira; trata-se, portanto, da publicação resultan-te de uma dissertação sobre Tese de Mestrado desenvolvida para a Universidade de Lisboa; e, ainda, mais concretamente, por quem está agora a trabalhar no Centro de Filosofia das Ciências da mes-ma Instituição de Cultura.

Ana Henriques Pato – Li-cenciada em Filosofia (2007) e Mestre em História e Filosofia das Ciências (2012) – apresen-tou-nos uma obra que tem como pano de fundo a luta conceptual que tem percorrido as duas grandes tendências na Física; e, nomeadamente, quando se refere ao demarcado período de transição entre os séculos XIX e XX; mas que, grosso modo, se pode aplicar às diferenças exis-tentes entre o Materialismo e o Idealismo – como correntes de pensamento que estão, neces-sariamente, relacionadas com a Filosofia Ocidental.

Colheu-se a impressão de que a mensagem – ou aquilo que à partida se nos afigurava como de não fácil resolução - foi bem trabalhada no sentido de uma metodologia ao alcance de não especialistas nem em Física nem em Filosofia. Tal se deve à forma como foram abordados tais tó-picos, pois, pareceu-os não ser por acaso aquela coincidência de efeméride com René Des-cartes … Ou seja, cumpriam-se exactamente quatrocentos e vinte anos de nascimento (31/03/1596-11/02/1650) sobre o Autor do Discours e la méthode recordando-nos como as coisas devem primar pela simplicidade: claras, simples, divisão e revisão nas ideias.

Empirismo e IdealismoAs teorias filosóficas que tra-

tam de se ocupar da origem do conhecimento têm-se desenvol-vido, de um modo geral, entre as que sublinham a importância da experiência – e, por isso, ditas de empíricas – e as que dão maior pendor aos domínios de ordem abstractos – e, daí, consideradas idealistas.

O livro que foi apresentado tem muitos fôlegos – e de que abriremos pulmão, brevemente, dos seguintes: - a destrinça entre materialismo e idealismo aplica-dos à Física; - um ponto de par-tida filosófico baseado em Ma-terialismo e Empiriocriticismo; - e,também, a discussão acerca da natureza do mundo subatómico corpúsculo/onda.

Trata-se de uma obra muito útil para quem se deseje fami-liarizar com questões tão im-portantes para a compreensão de conceitos nucleares próprios do nosso mundo de Filosofia Ocidental – e, particularmente, no criticismo de Vladimir Ilitch (22/04/1870-21/01/1924) ao Em-piriocriticismo: a assunção que vale a pena apostar na praxis

Física Corpuscularversus Filosofia Ondulatória

para cumprir as peugadas do Materialismo de Feuerbach - bem como para a compreensão das grandes questões em torno da Física e respectiva confrontação entre as perspectivas quer cor-pusculares quer ondulatórias que tanto trabalho teórico têm suscitado.

Senso Comum e não só...Se puséssemos as questões

nestes termos de MATERIALISMO & IDEALISMO quase apostamos que todas as Leitoras e Leitores teriam pensado que nos estáva-mos a referir a quotidianidades; pois, com efeito, quem há que, acerca do Materialismo o não re-lacione de imediato com a actu-alidade de «uma época plena de consumismo e em que os valores de aparência tenham uma grande representatividade»? Tal como, alusivamente aoIdealismose não relacione com a «emotividade de quantos acreditam nos gestos de altruísmo e dedicação a maiores causas de índole alheias que aos interesses próprios»?

Ora, do que tratámos foi de um assunto um tanto ou quanto distinto: Materialismo e idealis-mo na física do final do século XIX e início do século XX […].

Aliás, abordou-se um tema que muito tem a ver com a nossa orientação de leitura no início deste articular; assim, concreti-zemos, o que aqui nos concita é a impressão recolhida na apre-sentação de um livro, cujo, nome ainda se continua: … a partir do Materialismo e Empiriocriticis-mo de Lénine.

E, para finalizar, uma espécie de subcapítulo: O caso comple-mentar da interpretação bo-hriana da mecânica quântica; por fim, aqui a totalidade desta temática que tem uma notável extensão, não só quanto aos conteúdos apresentados, como no referente às épocas históricas; de onde poderia resultar alguma confusão ao desenrolar-se tanto de matérias.

Bem se comprova, afinal de

contas, que as palavras não eram assim tão simples de descodifi-car como, nem tão complexas, acerca da sua impossibilidade de lidação.

Mestria de ApresentaçãoA conferencista teve a virtude

de corresponder com respostas fáceis às perguntas difíceis que expressavam o complicado des-lindar natural de matérias não muito acessíveis como são as tra-tadas na obra publicada – e que versa aspectos tão especializados como as grande questões da Físi-ca: a que se somam particularida-des da Filosofia do Materialismo.

À colação vieram aspectos como os atinentes a Niels Bohr (7/10/1885-18/11/1962) e a cha-mada Escola de Compenhaga – e com outros vultos de gran-de magnitude no pensamento, sobretudo, alemães: e muitos outros Prémios Nobel da Física.

A sessão teve como apresen-tador da conferencista, Carlos Pinto de Sá, o Senhor Presidente da Câmara Municipal de Évora.

A Sala dos Leões estava re-pleta e percebeu-se a atenção e empenho de todos pelo ele-vado número de questões que conduziram a um prolongado e frutuoso debate sobre as temá-ticas abordadas pela Mestre em História e Filosofia das Ciências da Universidade de Lisboa Ana Henriques Pato (Lisboa, 16/08/1983).

Costa Coelho

Inserida nas comemorações do 30º aniversário da classificação de Évora pela UNESCO como Património Mundial, a cidade de Évora e a Expo Ibero-americana de Música – EXIB Música, apostam na Identidade como premissa para a realização da III Edição da Expo.

Após o sucesso das duas últimas edições em Bilbau, o encontro anual da música Ibe-ro-americana na Europa - EXIB Música, comemora a sua III Edi-ção numa emblemática cidade, caracterizada pelos seus valores culturais. Esta parceria pretende promover e aumentar o diálogo intercultural e fortalecer a in-dústria musical da Ibero-Améri-ca, num ambiente que valoriza particularmente a sua identida-de e que conta com o apoio de consagradas entidades como a Câmara Municipal de Évora, o Turismo do Alentejo - ERT, e a colaboração de importantes instituições locais, nacionais e internacionais.

De 4 a 7 de Maio, Évora aco-lhe a música ibero-americana,

De 04 a 07 de Maio

Cidade de Évora recebe III Edição da EXIB Música

expositores, debates, músicos e profissionais em torno de uma programação que mais uma vez, coloca especial ênfase no estí-mulo da circulação das músicas ibero-americanas, no reconheci-mento da diversidade das suas expressões, no compromisso dos seus conteúdos e no valor de cooperação como principal elemento no fortalecimento da indústria musical e cultural da Ibero-América e desta com o mundo. 18 showcases de músi-ca ao vivo irão ocupar os palcos da Praça do Giraldo e do Templo Romano, com acesso livre à po-pulação da cidade.

A programação da III Edição, destinada a profissionais credenciados, conta com importantes eventos que dãocontinuidadea conteúdos de importante relevância para a Expo.O I Encontro de

Imprensa Musical: O Jornalismo Musical na Ibero-Américapropõe um olhar inovador face às músicas ibero-americanas, revela técnicas do jornalismo de investigação aplicadas à área musical, aposta

na identidade e propõe a reflexão sobre uma profissão em constantemutação. O II Encontro de Festivais pelas Músicas da Ibero-América é um encontro orientado para convocar festivais de todo o mundo, com o objetivo de acrescentar valor à difusão e à circulação da música ibero-americana (América Latina, Portugal e Espanha).

Oito micro-conferências e/ou lançamentos de projetos, acompanham os expositores na Zona de Encontro Profissional, localizada no Palácio D. Manuel, onde irá decorrer também a II Tertúlia sobre Música e Lín-guas Originais.

A programação será igual-mente constituída pela Mas-terclass de Flautas do músico brasileiro, Carlos Malta e pelo Ciclo de Documentários de

7RegionalSEGUNDA-FEIRA , 11 DE ABRIL DE 2016diário do SUL

Fotos Exclusivas

n Marina Pardal

N

Iniciativa aconteceu no âmbito do “Desafio pela Saúde”

Cerca de duas mil crianças participaramna Caminhada das Escolas

a manhã de sexta-feira, que antecedeu o

arranque oficial do “Desafio pela Saúde”, cerca de dois mil alunos do 1.º ciclo do ensino básico do concelho de Évora participaram na Caminhada das Escolas.

A Praça do Giraldo foi o “palco” para a partida e para a meta desta iniciativa que envolveu sobretudo alunos das escolas que se puderam deslocar a pé até ao centro da cidade.

O chefe de Divisão de Juventude e Desporto do Município de Évora, José Conde, explicou que “foi proposto aos alunos e professores que participassem nesta atividade que, por um lado, proporcionava a possibilidade de caminhar e entrar no espírito do ‘Desafio pela Saúde’, por outro lado, ver a cidade com outros olhos e ficarem a conhecer um pouco mais deste património que é riquíssimo”.

Salientou ainda que “tivemos uma grande participação, que ultrapassou as nossas expectativas, pois esperávamos cerca de mil crianças e tivemos seguramente o dobro”.

Esta caminhada esteve também associada ao projeto municipal “Serpente Papa-Léguas”, que, de acordo com a vice-presidente da Câmara de Évora, Élia Mira, “pretende incentivar as crianças e os pais a deslocarem-se para a escola a pé ou de bicicleta, de modo a promover a prática de exercício físico, tendo ainda preocupações ao nível ambiental”.

Na sua perspetiva, “é essencial fazer esta aposta junto dos mais novos, de forma a apreenderem estes comportamentos que conduzam a estilos de vida saudáveis, incluindo quando foram adultos”

No final da caminhada, com um percurso de cerca de três quilómetros, os alunos e respetivos professores participaram numa coreografia na Praça do Giraldo, pelo meio-dia, assinalando-se simbolicamente o início das 24 horas do “Desafio pela Saúde”.

Este evento aconteceu em simultâneo em Évora e em Mérida, tendo sido promovido pelo município alentejano e pelo município extremenho, em conjunto com uma série de parceiros de ambos os lados da fronteira.

Da parte portuguesa destacam-se a Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares – Região Alentejo, Hospital do Espírito Santo de Évora, Administração Regional de Saúde do Alentejo, Agrupamento dos Centros de Saúde do Alentejo Central, Instituto Português do Desporto e Juventude e Universidade de Évora.

Para além da grande diversidade de atividades de exercício físico realizadas até às 12 horas de sábado, o evento incluiu rastreios de saúde, sessões de informação, seminários e mostra de produtos alusivos à dieta mediterrânica.

De acordo com a vice-presidente da Câmara de Évora, “o nosso objetivo com este projeto é alertar as pessoas para a importância de adotar estilos de vida saudáveis”.

Lembrou ainda que “o foco este ano esteve na Diabetes, já que este foi o tema escolhido pela

Organização Mundial de Saúde para assinalar o Dia Mundial da Saúde, comemorado no dia 7 de abril”.

Participantes focaram importância do evento

Durante o percurso da caminhada existiram momentos de animação, incluindo uma recriação de aspetos etnográficos ligados ao Alentejo. A “Cozinha dos Ganhões” foi um desses momentos, que contou com a participação de alunos do ensino secundário.

Ana Gomes, aluna do curso de Técnico de Apoio Psicossocial da Escola Secundária Severim de Faria, contou que “participámos na parte de mostrar a gastronomia típica da região e numa atuação com um rancho folclórico”.

Na sua opinião, “esta iniciativa permitiu mostrar um pouco do nosso curso”, considerando que “o ‘Desafio pela Saúde’ tem um

papel importante para incentivar à prática do desporto e à alimentação saudável, principalmente junto das crianças”.

Essa ideia foi partilhada por uma das professoras de 1.º ciclo que esteve presente. Ana Maurílio, professora na Escola do Bairro da Câmara, garantiu que “gostámos muito de participar na caminhada, pois incentivou a praticar

exercício físico e permitiu conhecer outros locais de Évora que não estão acessíveis, por exemplo, quando nos deslocamos de carro”.

Para além disso, frisou que “os alunos puderam provar alguns produtos da dieta mediterrânica, através de um workshop que estava a decorrer, e eles gostaram bastante.

Para a professora, “esta é uma

forma de ensinar diferentes conteúdos”, frisando que “eles aprendem bastante com estas experiências”.

O workshop de dieta mediterrânica realizado na manhã de sexta-feira na Praça do Giraldo foi desenvolvido pelo IEFP (Instituto de Emprego e Formação Profissional).

O diretor do Centro de Emprego e Formação Profissional de Évora, José Ramalho, explicou que “participámos no evento através do curso de cozinha e do curso de mesa e bar, aproveitando para divulgar a dieta mediterrânica”.

Nesse sentido, “os formandos confecionaram algumas iguarias com produtos da região, como o pão ou o azeite, que depois puderam ser apreciados por quem nos visitou”, realçou José Ramalho, frisando que “foi uma oportunidade para os alunos porem em prática aquilo que aprendem em contexto formativo”.

diário do SUL8 RegionalSEGUNDA-FEIRA , 11 DE ABRIL DE 2016

Pub.

A GARE – Associação para Promoção de uma Cultura de Segurança Rodoviária, nasce oficialmente a 11 de Abril de 2005, para tentar contribuir para a sensibilização de crianças e jovens para os valores da cidadania, apoiando as escolas e os técnicos de educação e de saúde para práticas comportamentais seguras no ambiente rodoviário muito agressivo que se vivia naquela época.

Durante este período de 11 anos de existência da GARE, muita coisa mudou, muito trabalho foi desenvolvido por muitas entidades públicas e privadas e por muitos profissionais das mais diversas áreas, pela redução do risco rodoviário, mas muita coisa ainda há para fazer.

Se em 2004 morreram 1135 pessoas nas estradas portuguesas e 4190 ficaram gra-vemente feridas, em 2014 ainda morreram 482 pessoas e 2152 ficaram gravemente feridas, apesar de termos melhores estra-das, de a generalidade dos veículos serem mais seguros, de as nossas forças de segurança, a PSP e a GNR, serem mais competentes e mais atuantes, de a legis-lação ter melhorado e a sociedade civil, em áreas como a educação, a saúde, e a comunicação social terem tido um papel muito importante na sensibilização do país para as questões das segurança rodoviária.

Parece que os responsáveis políticos de Portugal ficaram encadeados com o sucesso

dos números que citei e nos últimos anos parou completamente o investimento em segurança rodoviária, seja a nível central, seja a nível local.

Os concursos para financiamento de atividades de segurança rodoviária por ONG’s, com verbas do Fundo de Garantia Automóvel, não se fazem desde 2011 e os financiamentos diretos do Orçamento de Estado, já não há memória de quando foi o último.

Os Planos Municipais de Segurança Rodoviária, consequência da Estratégia Nacional Segurança Rodoviária, aprovada em 2009 onde estão? Talvez nem 5% dos Municípios deste país deu os primeiros passos neste sentido, isto é, nem a criação de Observatórios Municipais de Segurança Rodoviária se iniciou.

No entanto, desde há muito tempo que todos sabemos, que a sinistralidade rodovi-ária tem aumentado sistematicamente nos últimos anos, dento das localidades.

De que estamos à espera?A GARE está no terreno há 11 anos.

Muito trabalho, muitos projetos, muitos de grande qualidade e por isso alguns têm sido reconhecidos internacionalmente. Muitas dificuldades também.

Obrigado a todos os que têm estado connosco.

Venham visitar-nos no dia 11 depois das 17 horas, porque as portas estão abertas, como sempre!

A GARE está no terreno há 11 anos

Na abertura da 5.ª edição do Progra-ma Sensibilização para a Educação Pa-trimonial, dia 12 de abril, às 14h, será apresentado no Cineteatro Mouzinho da Silveira, em Castelo de Vide, o espe-táculo ‘Menina do Mar’, pela Theatron – Associação Cultural.

Tendo por base o texto de Sophia de Mello Breyner Andresen, uma das mais importantes poetisas portuguesas do século XX, este espetáculo, dirigido a alunos do 1.º Ciclo do Ensino Básico, enquadra-se nas comemorações do Dia Internacional do livro Infantil, celebrado

‘Menina do Mar’ abre 5.ª edição do ProgramaSensibilização para a Educação Patrimonial

em Castelo de Vide a 2 de abril. Nesta data nasceu o escritor dinamarquês do século XIX, Hans Chris-tian Andersen, autor de algumas das his-tórias para crianças mais lidas em todo o mundo, que é assim homenageado.

Organizado pela Direção Regional de Cultura do Alentejo (DRCAlentejo), o Programa Sensibilização para a Edu-cação Patrimonial surgiu da necessidade de formar públicos e de sensibilizar a faixa etária infanto - juvenil para a im-portância da preservação e valorização do património cultural edificado. Con-templando um conjunto de iniciativas

em diversas áreas artísticas contribui também para a dinamização dos imóveis afetos à DRCAlentejo, envolvendo esco-las e diversos municípios da região.

No âmbito da abertura desta 5.ª edi-ção, após o espetáculo ‘Menina do Mar’, apresentado pela Theatron – Associação Cultural, de Montemor – o – Novo, os alunos realizarão uma vista guiada ao castelo de Castelo de Vide, classificado como Monumento Nacional, desde 1910.

Esta iniciativa conta com o apoio da Câmara Municipal de Castelo de Vide.

Homenagem 25 de AbrilO Presidente da República vai atribuir dia 25 de Abril a

Grã-Cruz da Ordem da Liberdade ao Professor João Lobo Antunes e ao dr. António Arnaud.

•Beja: Tribunal iliba advogado

O advogado dr. Hugo Machado viu arquivado pelo Minis-tério Público as acusações sobre contratos a trabalhadores estrangeiros.

TGV Madrid-BadajozA União Europeia aprovou o projecto da linha TGV de

Madrid a Badajoz no valor de 313 milhões de euros e estará pronta até Janeiro de 2017.

•Vendas Novas: Detido em flagrante

delito por furto Militares do Posto Territorial de Vendas Novas detiveram,

em flagrante delito, um homem de 22 anos, por furto no interior de um estabelecimento comercial. O indivíduo foi detido e o material apreendido.

Breves

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9PublicidadeSEGUNDA-FEIRA , 11 DE ABRIL DE 2016diário do SUL

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diário do SUL10 SociedadeSEGUNDA-FEIRA , 11 DE ABRIL DE 2016

NECROLOGIA

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Sua esposa, fi lho, nora e restante família na impossibilidade de o fazerem pessoalmente como seria seu desejo, vêm por este meio agrade-cer a todas as pessoas das suas relações e amizade a forma como lhes manifestaram o seu pesar aquando do falecimento do seu ente querido.

Aproveitam para participar que será celebrada Missa pelo seu eterno descanso na segunda-feira dia 11 de Abril, pelas 18:30 horas, na Igreja da Sagrada Família (Alamos) , agradecendo desde já a quem se dignar assis-tir a tão piedoso ato.

Agência Funerária Maurício Évoratir a tão piedoso ato.

Agência Funerária Maurício Évoratir a tão piedoso ato.

JOSUÉ ANTÓNIO PAULOAgradecimento e Missa de 7.º Dia

A sua família participa que será celebrada Missa pelo eterno descanso dos seus saudosos familiares, amanhã, Terça-feira, dia 12 de Abril, pelas 12 horas, na Igreja de Santo Antão, agradecendo desde já a quem se dignar assistir a tão piedoso acto.

SEBASTIÃO MENDES BOLASMissa de 27.º Aniversário

do seu falecimento

JOAQUIM FILIPE PIMENTAMENDES BOLAS

Missa de 76.º Aniversário Natalício

MARIA DAS NEVESPIMENTA MENDES BOLAS

Missa de 13.º Aniversáriodo seu falecimento

Suas fi lhas, genros, netos e bisnetos e restante família, participam que será celebrada Missa pelo eterno descanso dos seus saudosos familiares amanhã, Terça-feira, dia 12 de Abril, às 12 horas, na Igreja de Santo Antão. Agradecemos desde já a quem se dignar assistir a tão piedoso acto.

JOAQUIM JOSUÉ ROCHA

Missa de 27.º Aniversáriode falecimento

MARIANA MARIADAS DORES FURTADO

Missa de 10.º Aniversáriode falecimento

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VITOR DE SOUSA RIBEIRO JUNIOR Faleceu dia 08/04/2016, em Évora o senhor Vítor de Sousa

Ribeiro Júnior de 84 anos de idade, natural de Peso da Régua, casado com a senhora Maria de Jesus Dias Ramalho Ribeiro, e que residia em Évora.

Dia 09/04/2016 na capela do hospital foi celebrada missa de corpo presente às 12 horas, seguindo o seu funeral para o cemitério de Elvas.

Tratou do Funeral a Agência Funerária Maurício

AUGUSTO ANTÓNIO MOTAFaleceu no dia 7 de Abril de 2016, em Évora, Augusto António Mota, de

60 anos, natural de Évoramonte (Santa Maria) e residente em Évora.Dia 8 de Abril de 2016, na igreja Nossa Senhora De Fátima (Bacêlo) -

Évora, pelas 15:30 horas, foi celebrada encomendação de corpo presente, seguindo-se o préstito funebre para o cemitério do Espinheiro - Évora.

Agência Funerária Pestana - Évora – Servilusa

Diário do Sul apresenta a todos os familiares as suas mais sentidas condolências.

Seu marido Miguel António Cutileiro Ricardo e restantes familiares, na impossi-bilidade de o fazerem pessoalmente como seria seu desejo, vêm por este meio participar o falecimento da sua ente querida no passado dia 7 de Abril de 2016, informam que o corpo se encontrou em câmara ardente na Igreja de Azaruja, onde dia 8 de Abril de 2016, pelas 08:30 foi celebrada emcomendação de corpo presente, seguindo-se o préstito funebre para o Crematório de Elvas. agradecendo desde já a quem se dignou a assistir a tão piedoso acto, assim como a todos os que de alguma forma lhes manifestarm o seu pesar.

MARIA DO CARMO PAES ABELHA RICARDO

Participação e Agradecimento

SERVILUSA SERVILUSA SERVILUSA (800 204 222

Agência Funerária Pestana

Seus familiares na impossibilidade de o fazerem pessoalmente como seria seu desejo, vêm por este meio participar o falecimento do seu ente querido no passado dia 2 de Abril de 2016. Informam que o corpo se encontrou em câmara ardente na Igreja da Senhora da Cabeça - Évora, onde dia 3 de Abril no passado dia 2 de Abril de 2016. Informam que o corpo se encontrou em câmara ardente na Igreja da Senhora da Cabeça - Évora, onde dia 3 de Abril no passado dia 2 de Abril de 2016. Informam que o corpo se encontrou em

de 2016, pelas 11:15 foi celebrada emcomendação de corpo presente, seguindo-se o préstito funebre para o Cemitério de Igrejinha. Agradecendo desde já a quem se dignou a assistir a tão piedoso acto, assim como a todos os que de alguma forma lhes manifestarm o seu pesar.

JOSÉ ANTÓNIO FRANCOParticipação e Agradecimento

SERVILUSA SERVILUSA SERVILUSA (800 204 222

Agência Funerária Pestana

[email protected]

11DesportoSEGUNDA-FEIRA , 11 DE ABRIL DE 2016diário do SUL

07:00 Zig Zag11:05 Coleção De Sonhos E Desilusões12:00 A Valsa dos Continentes13:00 O Alto13:30 Termas no Centro de Si14:00 Sociedade Civil15:05 A Fé Dos Homens15:39 Euronews16:00 Zig Zag20:30 Cougar Town21:00 Jornal 221:47 Página 221:55 Hora Da Sorte22:00 Uma Aldeia Francesa22:50 Visita Guiada23:30 Estilo E Sedução00:30 Portugal 3.001:30 Esec-TV02:00 Sociedade Civil03:00 Euronews

06:00 Edição Da Manhã08:45 A Vida Nas Cartas: O Dilema10:00 Queridas Manhãs13:00 Primeiro Jornal14:30 Dancin’ Days15:45 Grande Tarde19:00 I Love Paraisópolis20:00 Jornal Da Noite21:30 Coração D’Ouro22:30 Poderosas23:30 A Regra Do Jogo00:30 Mentes Criminosas01:30 Investigação Criminal02:30 Podia Acabar O Mundo03:15 Televendas

06:00 Manchetes 306:30 Bom Dia Portugal10:00 A Praça13:00 Jornal da Tarde14:15 Bem-vindos a Beirais16:00 Agora Nós18:00 Portugal em Direto19:00 O Preço Certo20:00 Telejornal21:00 The Big Picture22:00 Prós e Contras23:45 5 Para a Meia-Noite01:00 Arrow01:45 Os Números do Dinheiro02:45 Os Nossos Dias04:15 Televendas05:00 Decisão Nacional05:30 Hora dos Portugueses (Diário)05:45 Online 3

diário do sulTVPROGRAMAÇÃO TELEVISÃO

RTP 1 RTP 2 SIC TVI

Tempo

ÉvoraP. Nub. Máx.: 15º C Min.: 5º C

Segunda-feira, 11

BejaP. Nub. Máx.: 17º C Min.: 6º C

PortalegreP. Nub. Máx.: 12º C Min.: 2º C

Évora - PSP- 266760450- GNR - 266748400- Protecção Civil- 266777150- Bombeiros Voluntários- 266702122- Hospital Espírito Santo - 266740100- Taxis- 266735735- Estação Caminhos Ferro - 707210220- SEF- 266 788 190 / 808 202 653- Universidade de Évora- 266740 800- Acção Social U.E.- 266 745 610- Piscinas Municipais- 266 777 186

Elvas- Bombeiros Voluntários- 268636320- PSP - 268639470- GNR - 268637730- Hospital Santa Luzia - 268 637600- Centro Saúde - 268622719- EDP - LTE - 800505505- Serviço de Águas - 268622267- Câmara Municipal Elvas - 268639740- Táxis - 268622287- Estação Caminhos Ferro - 707210220- Rodoviária do Alentejo - 268622875- Tribunal Judicial Elvas - 268639156

Telefones de Urgência- Repartição Finanças - 268622527

Beja- PSP - 284313150- GNR - 284311670- Protecção Civil - 284313050- Bombeiros Voluntátios - 284311660- Hospital de Beja- 284310200; 284310215 (horário nocturno)- Câmara Municipal - 284311800- Serv. Protecção Civil - 284311814- Posto de Turismo - 284311913- EMAS - 284313450 / 284313455- EDP - 284005000 / 800506506- Táxis de Beja - 284 322 474- Gare Rodoviária - 284313620- Caminhos de Ferro CP - 707210220

Portalegre- PSP- 245300620- GNR -245330888- Protecção Civil- 245201203- Bombeiros Voluntários - 245300120

06:30 Diário Da Manhã

10:10 Você Na TV!

13:00 Jornal Da Uma

14:45 Mundo Meu

16:00 A Tarde É Sua

19:00 The Money Drop

20:00 Jornal Das 8

21:42 A Única Mulher

22:50 Santa Bárbara

00:00 Love On Top

00:45 Programa A Designar

01:45 O Escritório

02:45 Queridas Feras

05:00 TV Shop

IDOSOS MONTE CARVALHOJOGAM COM DESPORTALEGRE

Os utentes do Centro Social de Nossa Senhora da Esperança, usufruíram de uma actividade de recreação desportiva promovida pelo Centro Cultural e Desportivo Desportalegre.

Maria Helena Henriques foi a vencedora seguida de Martinho Nunes e José Henriques.

Os vencedores receberam prémios oferecidos pela Delta Cafés e pela Fundação PT.

Foi mais uma manhã divertida em que os idosos se empenharam para realizar com sucesso uma série de jogos individuais.

DESPORTALEGREANIMA UTENTES

CPT S. CRISTÓVÃOO Centro Cultural e Desportivo

Desportalegre, em parceria com a União de Freguesias da Sé e S. Lourenço, organizou uma actividade de recreação na sede do Centro Popular de Trabalhadores de S. Cristóvão.

Luis Crespo, foi o vencedor dos jogos seguido de António Guerra e Ernesto Figueiredo.

Os sócios do popular clube do bairro do Atalaião disputaram nove divertidos e diferenciados multi-jogos desportivos individuais.

Festa do Basquetebol Juvenil – Albufeira 2016

Basquetebol alentejano merece elogio!Terminou a festa juvenil do

basquetebol em Albufeira. A festa juvenil do basquetebol reune as selecções sub 14 e sub 16 de todo o país. Mais do que a competição em si, durante 6 dias os/as jovens tiveram oportunidade de conviver, revir amigos, fazer novas amizades. Estiveram presentes os futuros jogadores das seleções nacionais, mas que agora são crianças. Alguns destes poderão ser oriundos de regiões do interior do país e o Alentejo tem contribuído para que alguns jovens atinjam niveis mais elevados de competição.

Mas qual foi o balanço das equipas do Alentejo?

As quatro seleções tiveram sucesso, face às expectativas que cada uma levava à saída de Évora.

O maior sucesso de todas as equipas foi o do sector feminino.

A seleção de sub 16 recebeu na cerimónia de encerramento, das mãos da selecionadora Mariana Kostourkova, um prémio que destacava o comportamento de respeito pelos valores do desporto.

Com efeito, a expressão da sua

capitã Tânia Murteira, reflete uma felicidade bem maior do que os presentes poderiam supor e esta imagem vale mais do que mil palavras.

A jovem representa uma geração de raparigas que se despedem das festas juvenis. Não voltarão, a não ser como espetadoras. Começaram cedo na modalidade, empenharam-se nos seus clubes da melhor forma para evoluir nas diferentes competições. Discutiram nas competições nacionais e obtiveram resultados cada vez melhores.

Sempre que representaram a sua região foram votadas a preparações pouco ou nada cuidadas. Nunca lhes foram dadas condições de treino e competição para chegar a estas festas e obter melhores resultados. Nos quatro anos, nunca fizeram qualquer jogo treino ou torneio pelas diferentes seleções do Alentejo. Nem se esperava que esta seleção de sub 16 feminina vencesse qualquer jogo. Afinal venceram 3!

E ficámos todos com a sensação que poderiam vencer mais. Todos os que acompanharam os diferentes jogos saíram sempre do pavilhão com um respeito mais

profundo por estas jovens atletas!

A surpresa foi a equipa de sub 14 feminino.

A seleção das miúdas mais novas era constituídas por atletas que disputaram um campeonato em sistema de 4x4. A maioria nunca tinha feito um jogo 5x5 e algumas das jovens nem sequer tinham feito qualquer jogo oficial. Deste grupo não se esperava qualquer sucesso desportivo. Pedia-se apenas que não fossem cilindradas por números excessivos. Também elas nunca foram privilegiadas com a presença em jogos particulares ou torneios...

O primeiro jogo deixava prever essa possibilidade, pois a equipa apenas converteu 11 pontos. Ao longo da competição foram melhorando significativamente e venceram DUAS partidas, sendo uma dessas vitórias obtida com um cesto nos últimos segundos!

No sector masculino o destaque vai para os sub 14 masculinos.

O tridente Luís Serrano (André de Resende), vasco lança (Beja) e Pedro Leitão (Reguengos)

mostraram qualidade superior . Todos os atletas defendiam muito bem e quando os contra ataques não apareciam, as ações individuais destes 3 jovens resolvia. Ficaram a um passo de subir ao primeiro nível ao perder com Santarém, num jogo que venciam por 16 pontos ao intervalo e sofreram um parcial de 0-24 no 3º período. Ficou em todos este amargo na boca, mas tal não retira o brilho do conseguido.

A equipa de sub 16 masculina era a que tinha maiores expectativas. Foi a que treinou mais e melhor. Era igualmente a mais organizada nas diferentes fases do jogo. Defendeu sempre muito bem e não permitiu aos adversários grandes facilidades, mas falhava no ataque, marcando sempre poucos pontos.

Desportivamente foi a seleção com o pior resultado, mas na verdade foi a que mais ganhou. Trabalharam durante meses com a qualidade e exigência que todos o deveriam ter feito. Estão de parabéns os três treinadores e os atletas saíram com a noção do dever cumprido.

Luís Francisco.

DISTRITO DE ÉVORAALANDROAL – AlandroalenseARRAIOLOS – MisericórdiaBORBA – Carvalho CortesESTREMOZ – GodinhoÉVORA - Infante de SagresMONTEMOR-O-NOVO – SepúlvedaMORA – Falcão, CentralMOURÃO – CentralPORTEL – Fialho REDONDO – Xavier da CunhaREGUENGOS MONSARAZ – PaulitosVENDAS NOVAS – Santos MonteiroVIANA DO ALENTEJO – NovaVILA VIÇOSA – Torrinha

DISTRITO DE BEJAALJUSTREL – PereiraALMODÔVAR – RamosALVITO – Nobre SobrinhoBARRANCOS – BarranquenseBEJA – J. DelgadoCASTRO VERDE – AlentejanaCUBA – MisericórdiaFERREIRA DO ALENTEJO – Singa MOURA – Nataniel PedroSERPA – Serpa JardimVIDIGUEIRA – Pulido Suc.

DISTRITO DE PORTALEGREALTER DO CHÃO – Alter; PortugalARRONCHES – Esperança; BatistaAVIS – Nova de Aviz

CAMPO MAIOR – Campo MaiorCASTELO DE VIDE – RoqueCRATO – Misericórdia; MatosELVAS – CaladoFRONTEIRA – VazGAVIÃO – GaviãoMONFORTE – JardimNISA – Ferreira PintoPONTE DE SÔR – Cruz BuchoPORTALEGRE – Esteves AbreuSOUSEL – Mendes Dordio; Andrade

LITORAL ALENTEJANOALCÁCER DO SAL – AlcarenseGRÂNDOLA – CostaSANTIAGO DO CACÉM – JerónimoSINES – Atlântico

Farmácia de Serviço

meo 643891meo 7000

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ElvasForte da Graça

ANO: 47.º NÚMERO: 12.749 PVP: 0,75€ SEGUNDA-FEIRA, 11 DE ABRIL DE 2016

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Reposição da isenção do IMI em centros históricos classificados pela UNESCO

Câmara de Évora acreditaque moradores deixemde pagar imposto em 2017n Maria Antónia Zacarias

VA isenção do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) em

prédios urbanos situados em centros históricos classificados como Monumento Nacional (onde se incluem os classificados como Património da Humanidade pela UNESCO) será reposta de forma universal, embora talvez só em 2017. As Câmaras Municipais de Évora, Porto e de Guimarães, bem como os movimentos de moradores destes espaços há muito que reclamavam da decisão da Administração Tributária cobrar um imposto “ilegal”. Em declarações ao “Diário do Sul”, o presidente da Câmara de Évora afirmou que esta é uma “grande” vitória, sobretudo no ano em que esta cidade assinala três décadas como Património Mundial. Carlos Pinto Sá salientou que com este benefício fiscal e com o programa de reabilitação urbana que vai ser submetido ao Alentejo 2020, será mais fácil cumprir aquilo que considera decisivo para Évora – a requalificação do centro histórico.

ozes de protesto, sobretudo no caso

particular de Évora, faziam-se ouvir desde 2009, quer pelos municípios, quer pelos munícipes moradores no centro histórico. Recorde-se que durante estes anos, foram muitas as denúncias sobre “o não reconhecimento das isenções, na retirada de isenções anteriormente reconhecidas pelas Finanças, em reclamações de pagamentos retroativos de IMI correspondentes a períodos cobertos pela isenção, e em confisco de salários e pensões a quem procurou contestar pela via judicial o pagamento desta tributação ilegal”.

Neste momento, o presidente da Câmara Municipal de Évora

anunciou ao “Diário do Sul” que está a aguardar “informação pormenorizada sobre todo este processo” e como vai funcionar. No entanto, explicou que tendo em conta que o pagamento do IMI

está agendado para este mês de abril, “este ano, os residentes do centro histórico ainda têm que pagar o imposto, ficando isentos, assim espero, a partir de 2017”.

Carlos Pinto Sá sublinhou que

ainda está à espera de mais dados, mas congratulou-se com o facto “de ter sido reposta uma lei que não estava a ser cumprida”. Esta parece ser a “cereja em cima do bolo”, uma vez que esta decisão governamental coincide com o trigésimo aniversário do centro histórico de Évora como Património Mundial.

Recorde-se que o secretário de Estado das Autarquias Locais, Carlos Miguel, informou que os moradores dos prédios integrados nestes centros históricos passam a beneficiar da isenção da taxa de IMI. A exigência, era que “todos os edifícios que estão no perímetro classificado como Património Mundial tenham isenção” do pagamento deste imposto. Contudo, e apesar de durante anos esse princípio ter sido aplicado em algumas cidades, a verdade é que algumas

repartições de finanças começaram a cobrar o IMI a moradores. “As preocupações e exigências das três câmaras, que se reuniram em Guimarães, com a participação de Rui Moreira, parecem agora ter resultado num esclarecimento do governo que concede esse benefício aos moradores.

Benefício fiscal visaajudar à regeneraçãourbana

O presidente da Câmara Municipal de Évora evidenciou que a anulação deste imposto vai “aliviar as contas dos proprietários de edifícios”, sobretudo quando o executivo diz querer chamar, cada vez mais, residentes para este espaço, bem como para iniciar o apoio aos proprietários que queiram requalificar os edifícios.

Este programa de regeneração urbana está contemplado no Alentejo 2020 e, de acordo com o autarca, esta medida vai ajudar certamente “a que haja algum olhar para a reabilitação urbana”, garantindo que o município de Évora “vai adequar a sua atividade para poder ir buscar financiamento em parceria com outras entidades”.

Carlos Pinto Sá criticou, uma vez mais, o facto dos centros históricos estarem a sofrer “do modelo de crescimento desadequado e que apenas apostou na especulação imobiliária, passando a ideia da construção nova como imprescindível para criar família. Foi um erro crasso que vivemos nas últimas décadas e que levou à degradação ao abandono pela população destes centros históricos”.

Soares/demissão

PS compreende razõese defende que casonão tem natureza política

O líder parlamentar do PS afirmou compreender os motivos da demissão do ministro da Cultura, João Soares, aceite pelo primeiro-ministro, e salientou que o sucedido não foi uma decorrência de um evento de natureza política.

Carlos César falava aos jornalistas no final da sessão plenária na Assembleia da República, após ser interrogado sobre as consequências da demissão de João Soares do cargo de ministro da Cultura - demissão que já foi aceite pelo líder do executivo, António Costa.

“Compreendo as razões que o dr. João Soares invocou para a sua demissão e respeito-as. Agora compete ao primeiro-ministro, tendo aceite essa demissão, proceder à nomeação do novo ministro da Cultura. E o assunto está encerado”, considerou o presidente do PS.

Interrogado se este caso representou uma fragilização do executivo socialista, Carlos César respondeu: “O que aconteceu não é decorrência de qualquer evento de natureza política”, sustentou.