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    Manual

    de Fiscalizaode Engenharia

    de Avaliaes

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    MANUAL DE FISCALIZAO DE ENGENHARIADE AVALIAES

    Curitiba2009

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    Manual de Fiscalizao de Engenharia de Avaliaes

    INTRODUO

    Com a criao do Manual deFiscalizao de Engenharia de Ava-liaes pretendemos coibir e tambm alertar os leigos que estodesenvolvendo trabalhos pertencentes aos Prossionais do sistema

    CREA/CONFEA.Com essas atitudes, aremos valer as prerrogativas do engenheiro e do

    arquiteto constantes na LEI art.7 5.194, de 24.12.1966, em especialas descritas no artigo 7. letra C, que tratam dos servios de avaliaes,percias e vistorias, e que so materializados atravs dos laudos e pare-

    ceres tcnicos.Nessa sintonia, e embasado na norma de engenharia de avaliaesvigente, estaremos tambm atendendo aos dispositivos legais da lei doconsumidor, cujo escopo, se voltado para situao em apreo, recomendaque os trabalhos de engenharia sejam coneccionados segundo as normasaplicveis.

    Alm dessas prescries legais, esse nosso regramento ir resgatarum parmetro tico de suma importncia para nossa sociedade, quedetermina que o Prossional que comercializa um bem, no deve ser omesmo que o avalia.

    E nesse ponto h a necessidade de se dierenciar uma mera opiniode mercado, proerida por leigos, baseada em conceitos estritamenteempricos, de um trabalho de engenharia undamentado em tratamentosmatemticos e estatsticos alicerados numa norma oriunda da ABNT.

    Dessa orma, acreditando ter suprimido uma lacuna existente nanossa engenharia e arquitetura, esperamos que a contribuio realizadapor essa Cmara possa refetir junto a nossa sociedade de orma a tornaras relaes comerciais e de servios entre as partes, mais justa, maistcnica, e harmnica.

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    1.0 OBJETIVOS DAFISCALIZAO NA READE ENGENHARIA DEAVALIAES

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    1.1 Consideraes Iniciais

    As mudanas nas relaes jurdico-comerciais, que tiverem origem coma implantao da Lei 8.078 de 11.09.1990, que concebeu o Cdigode Deesa do Consumidor, instituiu como prtica abusiva, a colocao

    no mercado de consumo, de quaisquer produtos ou servios que estejam emdesacordo com as Normas preconizadas pelos rgos habilitados.

    Atualmente, a Norma Brasileira de Engenharia de Avaliaes de Bens(NBR 14.653 e suas respectivas partes) norteia todo o processo avaliatrio,que se constitui em: bens mveis e imveis, mquinas, instalaes industriais,obras ou servios de utilidade pblica, recursos naturais e bens e direitos.

    E este mesmo cdigo, na sua Parte 1 Procedimentos Gerais explicita,embasado nas Resolues 218 e 345 do CONFEA, que so atribuiesexclusivas dos Engenheiros em suas diversas modalidades, dos arquitetos,dos engenheiros agrnomos, dos gelogos, dos gegraos e dos meteoro-logistas, registrados nos Conselhos Regionais de Engenharia, Arquiteturae Agronomia CREA as atividades de vistorias, percias, avaliaes, earbitramentos.

    1.2 Norma Brasileira de Avaliaes deBens: 14.653 da ABNT

    Sobre a ABNT:

    ABNT Associao Brasileira de Normas Tcnicas o Frum Na-cional de Normalizao.

    A As Normas Brasileiras, cujo contedo de responsabilidade dos Co-mits Brasileiros (ABNT/CB) e dos Organismos de Normalizao Setorial(ABNT/ONS), so elaboradas por Comisses de Estudo (CE), ormadas porrepresentantes dos setores envolvidos, delas azendo parte: produtores,consumidores e neutros (universidades, laboratrios e outros).

    Sobre a NBR 14.653:

    A NBR 14.653 xa as diretrizes para avaliao de imveis urbanos,quanto a:

    a) Classicao da sua natureza;b) Instituio de terminologia, denies, smbolos e abreviaturas;c) Descrio das atividades bsicas;d) Denio da metodologia bsica;e) Especicao das avaliaes;) Requisitos bsicos de laudos e pareceres tcnicos de avaliao.

    Subdiviso 14.653:A NBR 14.653 sob o ttulo geral AVALIAES DE BENS possui

    a seguinte subdiviso:Nomenclatura Par te Avaliaes de Bens (Discriminao)

    NBR 14653-1 1 Procedimentos Gerais.

    NBR 14653-2 2 Imveis Urbanos.

    NBR 14653-3 3 Imveis Rurais.

    NBR 14653-4 4 Empreendimentos.

    NBR 14653-5 5Mquinas, Equipamentos,Instalaes e Bens In-dustriais em Geral.

    NBR 14653-6 6 Recursos Naturais e Ambientais.

    NBR 14653-7 7 Patrimnios Histricos.

    Defnies segundo a NBR 14.653:

    Engenharia de Avaliaes: Conjunto de conhecimentos tcnico-cientcos especializados, aplicados avaliao de bens.

    Laudo de Avaliao: Relatrio tcnico elaborado por engenheirode avaliaes em conormidade com esta parte da NBR 14.653, paraavaliar o bem.

    Engenheiro de Avaliaes: Prossional de nvel superior, com ha-bilitao legal e capacitao tcnico-cientca para realizar avaliaes,

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    devidamente registrado no Conselho Regional de Engenharia, Arquiteturae Agronomia CREA.

    Parecer Tcnico: Relatrio circunstanciado ou esclarecimento tc-nico emitido por um prossional capacitado e legalmente habilitadosobre assunto de sua especialidade.

    Percia: Atividade que envolve a apurao das causas que motivaramdeterminado evento ou da assero de direitos.

    Vistoria: Atividade que envolve a constatao de um ato medianteexame circunstanciado e descrio minuciosa dos elementos que osconstituem, sem a indagao das causas que o motivaram.

    1.3 Exerccio da Engenharia de Avaliaes

    Exerce a Engenharia de Avaliaes o Prossional de nvel superior, comhabilitao legal e capacitao tcnico-cientca para realizar avaliaes,e que esteja devidamente registrado no Conselho Regional de Engenharia,Arquitetura e Agronomia CREA.

    1.4 Fiscalizao da Atividade

    A scalizao da atividade de Engenharia de Avaliaes realizadapelas dierentes cmaras especializadas de Engenharia, Arquitetura eAgronomia que xam normas e diretrizes para poltica de scalizao doexerccio prossional.

    1.5 Objetivo

    A atividade da Fiscalizao de Engenharia de Avaliaes tem comoescopo, garantir sociedade a prestao de servios tcnicos por pro-

    ssionais habilitados e qualicados, de orma a realizarem trabalhosavaliatrios inseridos dentro da NBR 14.653.

    De orma que, as avaliaes desenvolvidas, sejam praticadas porengenheiros e arquitetos de avaliaes, e estejam enquadradas nasnormativas vigentes, bem como, dentro das prescries do Cdigo deDeesa do Consumidor.

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    2.0 FUNDAMENTAO LEGAL

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    ALei Federal 5.194, de 24.12.1966, regula o exerccio das pros-ses de Engenheiro, Arquiteto e Engenheiro Agrnomo, e d outrasprovidncias.

    Em complementao, o Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura eAgronomia CONFEA, baixa Resolues para regulamentar a aplicao dosdispositivos previstos nessa Lei.

    A Lei 6.496, de 07.12.1977, instrumento legal de regulamentaoprossional complementar, que institui a Anotao de Responsabilidade Tcnicana prestao de servios de Engenharia, estabelecida nos arts. 1 e 3.

    A Lei 6.839, de 31.10.1980, instrumento legal de mbito geral, que instituio Cdigo de Proteo e Deesa do Consumidor, em seus arts 2, 3, 12, 39,50, 55 e 66.

    2.1 Principais Artigos daLei Federal 5.194/66

    Art.1. Caracteriza prosses pelas realizaes de interesse social e humano.

    Art.6. Do exerccio ilegal da prosso:a) exercer atividades sem possuir registro nos Conselhos;b) exercer atividades estranhas s atribuies discriminadas em seu re-

    gistro.c) emprstimo de nomes s pessoas leigas, sicas e/ou jurdicas, sem sua

    real participao;e) rma que exerce atividades reservadas aos prossionais da Engenharia,

    Arquitetura e Agronomia, sem a participao de prossional habilitado.

    Art.13. Projeto e servio de engenharia, arquitetura e agronomia exclusivode prossional habilitado.

    Art.14. Obrigatoriedade de mencionar o nome, ttulo prossional e nmeroda carteira na execuo de cada servio.

    Art.15. Nulidade de contrato quando no rmado com prossional e/ouempresa habilitados.

    Art.17. Direito autoral.

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    Art.26. Conceituao do CONFEA.

    Art.33. Conceituao do CREA.

    Art.46. Atribuies das Cmaras Especializadas.

    Art.55. Exercer a prosso somente aps o registro.

    Art.58. Obrigatoriedade de visto quando exercer atividade em outro Esta-do.

    Art.71. Penalidades aplicveis por inrao presente Lei.

    Art.72. Penalidades aplicveis aos que deixarem de cumprir o Cdigo detica.

    Art.73. Estipulao de multas.

    2.2 Principais Artigos da Lei Federal6.496/77

    Art. 1 - Obrigatoriedade da ART para quaisquer servios prossionais.Art. 3 - A alta de ART implicar multa ao prossional e/ou a empresa.

    2.3 Principais Resolues do CONFEAPertinentes Fiscalizao:

    Resoluo 205/71 Adota o Cdigo de tica Prossional.Resoluo 207/72 Dispe sobre os processos de inrao.Resoluo 218/73 Atribuies das modalidades prossionais.Resoluo 307/86 Anotaes de Responsabilidade Tcnica.

    3.0 ARRAZOADO DAEXCLUSIVIDADEDOS PROFISSIONAISDE ENGENHARIA EARQUITETURA NOEXERCCIO DAS ATIVIDADESDE AVALIAO DE IMVEIS

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    AComisso de Estudos que revisou a Parte 2 da Norma de Avaliao deBens da Associao Brasileira de Normas Tcnicas ABNT NBR 14.653 estabeleceu que as avaliaes tm os seguintes princpios:

    3.1 Formao Tcnica

    O exerccio da atividade de avaliao de imveis impe uma orma-o tcnica que incompatvel com aquela que dispe o corretor deimveis.

    Na Lei 6.530/78 da legislao em vigor, compete ao Corretor de

    Imveis exercer a intermediao na compra, venda, permuta e locaode imveis, podendo, ainda, opinar quanto comercializao imobiliria(art. 3, caput); e conclui, em seguida:

    Parece-nos lgico que dentro da competncia para opinar quanto comercializao imobiliria se insere a de avaliar o valor doimvel, o que az do corretor profssional competente para o ato.

    Nessa concluso h um grande equvoco de competncia prossional. certo que os corretores esto na linha de rente do mercado de tran-

    saes e de locaes e, por ora da habitualidade, esto amiliarizadosaos preos praticados e mesmo com o rol de inormaes histricas eperspectivas diretas nas suas reas de atuao.

    Associado habitualidade h a natural intuio que o leva escolha

    dessa atividade para o exerccio prossional. Mas no saber distinguir,alm de uma apreciao leiga, tecnicamente irresponsvel, caractersti-cas intrnsecas do bem a transacionar, quanto s tcnicas construtivase at aspectos patolgicos de uma edicao, sua interao com o soloe respectivo grau de compromisso ao uso que possam ser aeridas paraemprestar ou reduzir valor a um bem.

    Ademais, insere-se uma orte questo tica: a sua conduta de conciliarinteresses, que resultam no prprio ganho (comisses recebidas), o azparte interessada no processo transacional. O Projeto constitui-se emuma reivindicao amoral.

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    O valor mercadolgico de um imvel apresenta componentes quedevem e podem ser identicados no somente para o discernimento daspartes transacionais, mas, principalmente, para conduzir uma decisojudiciosa.

    Neste campo, de ato, os corretores no esto capacitados.Estes podero at dizer que preos esto sendo praticados, mas no

    sabero o porque, o como e em quais limites seriam tolerados, con-siderando a generalidade e a especicidade de cada bem em exame.

    Esta capacitao prossional somente encontrada nos prossionaisgraduados em Engenharia, Arquitetura e Agronomia, que tm em sua

    ormao e viso conhecimentos pertinentes a precicao de materiaise das habitaes, ao estgio tecnolgico das construes, aos custos, ormao antropolgica de aglomerados urbanos e de atividades produ-tivas rurais ou industriais, no sendo argumento para alegao de noestar explcito na Lei.

    O questionamento a respeito da competncia tendo em vista espe-cialmente o disposto no art. 7, alnea c, da Lei 5.194/66, que dispeserem atividades e atribuies de engenheiros, arquitetos e agrnomos:estudos, projetos, anlises, avaliaes, vistorias, percias, pareceres edivulgao tcnica, serve to somente como um pretexto para incutirdvidas onde elas inexistem, alegando-se: as dvidas acerca da matriageram insegurana jurdica, tanto para os consumidores quanto para ostrabalhadores do setor corretores, engenheiros e arquitetos.

    Isto, para consumidores, engenheiros, arquitetos e agrnomos,

    inverdico.De ato, com base no disposto na Lei 5.194/66, deende-se a tese de

    que a competncia para a avaliao do valor do imvel atribuio deengenheiros, arquitetos e agrnomos, e no dos corretores de imveis.

    Raciocnio anlogo aplicvel tambm para outras categorias de benscomo mquinas, instalaes e equipamentos eltricos e/ou mecnicoscujas avaliaes de mercado demandam ormao, habilitao e capaci-tao nas reas das engenharias eltrica e mecnica.

    Conorme j est demonstrado pela legislao disponvel, no hrespaldo ao argumento para alegao de no estar explcito na Lei,reitera-se, como elencado a seguir:

    a) A legislao brasileira (Cdigo de Deesa do Consumidor) impeaos ornecedores de produtos e prestadores de servios tcnicos orespeito s normas tcnicas ociais.

    b) No caso das avaliaes, a norma a ser respeitada a NBR 14.653 Ava-liaes de Bens, cuja Parte 2 NBR 14.653-2 dedicada a ImveisUrbanos e a Parte 3 NBR 14.653-3 dedicada a Imveis Rurais.

    c) A denio de avaliao contida na Parte 1 Procedimentos Gerais :

    Anlise tcnica, realizada por engenheiro de avaliaes, com oobjetivo de identicar o valor de um bem, de seus custos, rutos edireitos, e ou determinar indicadores da viabilidade de sua utilizaoeconmica, para uma determinada nalidade, situao e data.

    Entende-se por engenheiro de avaliaes ao prossional do sistemaCONFEA/CREA engenheiro, arquiteto, agrnomo.

    d) O mesmo documento dene o prossional capacitado a realizaravaliaes como:

    Prossional de nvel superior, com habilitao legal e capacitao tcnico-

    cientca para realizar avaliaes, devidamente registrado no CREA.

    e) So diversas as razes que levaram o texto a contemplar tais deni-es. Entre outros, destacam-se aspectos especcos contidos nosrequisitos e nas diversas metodologias normalizadas.

    ) Visando dar maior objetividade a este documento sero a seguirabordados os principais aspectos prescritos na NBR 14.653-2 Imveis Urbanos:

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    Mtodo Involutivo: Este mtodo obriga a concepo de umprojeto hipottico, o que somente pode ser elaborado por en-genheiro e arquiteto. A partir desse projeto, o valor do imvel denido pelo estudo da viabilidade tcnica e econmica doempreendimento, com previso de receitas, despesas (ora-mento de obra; despesas diretas e indiretas; remunerao doincorporador etc.) e prazos de obra.

    Mtodo da Renda: A aplicao deste mtodo impe ao ava-liador a estimao de receitas e despesas, inclusive de manu-teno e reorma; montagem de fuxo de caixa; anlise de taxa

    de atratividade. Tais conhecimentos so estudados em nveisadequados na grade curricular de graduao do prossionalde engenharia e arquitetura.

    Mtodo Evolutivo: A exemplo do mtodo involutivo, h neces-sidade de quanticao de custo de obra, considerao de subou superaproveitamento em decorrncia das restries de usoe ocupao, que so procedimentos de aplicao especca eexclusiva de engenheiros e arquitetos.

    g) Em complementao ao acima exposto dever ser observado que, almdo valor de mercado, existem diversos outros valores especcos (risco;patrimonial; residual; liquidao orada; indenizao etc.) para osquais os corretores de imveis no tm qualquer amiliaridade.

    3.2 Autoria IntelectualTodo o acervo tcnico existente na rea de avaliaes oi produto da

    criao de engenheiros e arquitetos.Em linhas gerais a evoluo da atividade de avaliao no Brasil pode

    ser assim resumida:

    a) 1918: So publicados os primeiros trabalhos tcnicos de avaliao(Boletins do Instituto de Engenharia; Revista Politcnica e RevistaEngenharia Mackenzie, Boletim de Engenharia da Revista do ArquivoMunicipal e da Revista Engenharia Municipal So Paulo).

    b) O trabalho mais antigo que se tem notcia tambm datado de1918: Monograa do Proessor Engenheiro Vitor da Silva Freire.

    c) Em 1920 destacam-se como precursores dos trabalhos avaliatriosos seguintes prossionais:

    Proessor Engenheiro Luiz Igncio de Anhaia MelloProessor Engenheiro Lysandro Pereira da SilvaEngenheiro Lus Carlos Berrini

    d) Ao longo da histria constituem marcos na literatura tcnica de ava-liao as seguintes obras produzidas exclusivamente por engenheirose arquitetos:

    Avaliaes de Imveis: Engenheiro Lus Carlos Berrini 1949;Construes Terrenos: Engenheiro Ruy Canteiro;Engenharia de Avaliaes: IBAPE 1974;Engenharia de Avaliaes Uma Introduo Metodologia Cientca:Engenheiro Rubens Alves Dantas 1998;Engenharia de Avaliaes: IBAPE 2007.

    e) Os principais eventos da histria das avaliaes de bens oram de

    iniciativa de engenheiros e arquitetos:

    1949: Grupo de Engenheiros que atuavam na Diviso de Avaliaoe Percias do Instituto de Engenharia de So Paulo participa daundao UPAV em Lima Peru;1953: Fundao do Instituto de Engenharia Legal no Rio de Janeiro/DF Arq. Alberto Llio Moreira;

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    1957: Congresso Panamericano de Avaliaes no Brasil e undaodo IBAPE Instituto Brasileiro de Avaliaes e Percias de Engenha-ria liderana do Eng. Hlio de Cares;1979: Fundao da ABRAP Associao Brasileira de Avaliaese Percias liderana do Eng. Eurico Ribeiro;1995: Unio IBAPE/ABRAP;2005: Fundao da SOBREA Sociedade Brasileira de Engenhariade Avaliaes.

    ) Todas as normas tcnicas de avaliao produzidas no Brasil oram

    elaboradas exclusivamente por engenheiros e arquitetos:

    P-NB-74, de 1957 ABNT;Sugestes de Normas Gerais para Avaliaes em Desapropriaes 1968;Normas para Avaliaes em Desapropriaes 1973 (IBAPE Instituto Brasileiro de Avaliaes e Percias de Engenharia);NB 502 Avaliao de Imveis Urbanos ABNT 1977;Normas de Avaliao de Imveis Urbanos do IBAPE/SP;NBR 5.676 Avaliao de Imveis Urbanos 1989;NBR 14.653 Avaliao de Bens ABNT 1998;Norma de Avaliao de Bens do IBAPE 2005.

    Toda a evoluo tcnico-cientca empreendida por Engenheiros eArquitetos nos ltimos 50 anos, visando aprimorar a Avaliao de Im-

    veis, demonstra que estes prossionais esto constantemente ampliandoas ronteiras do conhecimento, buscando uma maior conabilidade nosresultados das avaliaes.

    Neste ponto cabe comentar que a elaborao do texto normativo vigente(ABNT NBR 14.653), bem como dos anteriores, no teve a participaoda classe dos corretores.

    Cabe esclarecer que os Projetos de Normas Brasileiras so elaboradosno mbito da ABNT/CB e dos ONS e circulam para Consulta Pblica entreos associados da ABNT e demais interessados.

    A ABNT Associao Brasileira de Normas Tcnicas o FrumNacional de Normalizao. As Normas Brasileiras, cujo contedo deresponsabilidade dos Comits Brasileiros (ABNT/CB) e dos Organismosde Normalizao Setorial (ONS), so elaboradas por Comisses de Es-tudo (ABNT/CE), ormadas por representantes dos setores envolvidos,delas azendo parte: produtores, consumidores e neutros (universidades,laboratrios e outros).

    g) Todos os eventos tcnicos relevantes em mbito nacional oramrealizados exclusivamente por engenheiros e arquitetos:

    14 Congressos Brasileiros de Avaliao;Participao/organizao de 23 Congressos Panamericanos,destacando-se o primeiro na Cidade de Lima Peru;Promoo de incontveis seminrios e simpsios em todo o terri-trio nacional;Organizao de inmeros cursos de apereioamento e especiali-zao (ps-graduao).

    3.3 Elucidaes Conclusivas

    Os corretores de imveis carecem de capacitao para realizar laudosde avaliao e alta-lhes iseno, visto que o m precpuo dessa atividade a comercializao do imvel e a remunerao a ela vinculada.

    Do ponto de vista tcnico os corretores de imveis no tm capa-citao para elaborar laudos de avaliao em atendimento ao que estpreconizado na Norma de Avaliao de Bens da ABNT. Deve-se lembrarque o Cdigo de Deesa do Consumidor estabelece no seu art. 39, inc.

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    VIII, que vedado colocar no mercado qualquer produto ou servio emdesacordo com as normas tcnicas.

    Admitir que corretores possam exercer uma atividade para a qual nocontriburam e nem esto capacitados expor a risco de segurana todosos atos e consequncias decorrentes dos trabalhos avaliatrios.

    Todas as instituies nanceiras que azem uso de avaliaes imobili-rias (Caixa Econmica Federal, Banco do Brasil, BNDES, BRDE, BASA,BNB, Bradesco, Ita, Santander, Unibanco, Real, e outros), tm estruturasespeccas e especializadas constitudas por engenheiros, arquitetos eagrnomos e somente contratam trabalhos elaborados por estas catego-

    rias prossionais. Isso se d pela necessidade de haver undamentaotcnica, transparncia e validao de suas concluses, o que propiciamaior segurana s garantias hipotecrias de suas operaes.

    Todas as demais instituies que demandam trabalhos de avaliao,tais como: Petrobras, VALE, Furnas, Ches, agncias reguladoras (ANEEL,entre outras), undos de previdncia privada (PREVI, PETROS, FUNCEF,entre outros), agncias nanciadoras (FINEP, entre outras), seguradoras(IRB).

    A necessidade de undamentao e transparncia tambm se azimpositiva em demandas judiciais de diversas naturezas, tais como: desa-propriaes, sub-rogao de vnculos, instituio de servido, inventrios,execues, alncias etc.

    Fica tambm muito claro que a legislao vigente est correta aoadmitir que, para o exerccio de suas atividades prossionais, podem os

    corretores de imveis no mximo opinar sobre valor, pois avaliar algomais: cincia complexa de responsabilidade que agrega cultura especia-lizada em engenharia e arquitetura.

    Embasamento alicerado no texto do coordenador da co-misso da reviso da Norma Brasileira de Avaliaes daABNT NBR 14.653-2, Engenheiro Octavio Galvo Neto eSecretrio Engenheiro Srgio Anto Paiva.

    4.0 PARMETROS EPROCEDIMENTOS PARAA FISCALIZAO

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    4.1 Atividades a Serem Fiscalizadas

    Todas as avaliaes de bens materializadas na emisso de laudose/ou pareceres tcnicos. Bem como, todo o seminrio, curso, ousimpsio que visa diundir tcnicas avaliatrias para a realizao

    de avaliaes seguida da emisso de pareceres ou laudos.

    4.2 Ressalvas e Fatores LimitantesSendo imprescindvel, tomar a devida cautela no que diz respeito Lei

    6.530/78, que regulamenta a profsso de Corretor de Imveis, disciplina oseu uncionamento, de seus rgos e d outras providncias. Cujo oco se dno seu art. 2, seno vejamos:

    Art. 2 Compete ao Corretor de Imveis exercer a intermediao na compra, ven-da, permuta e locao de imveis e opinar quanto comercializao imobiliria.

    Desta maneira, o Corretor de Imvel que opina por um determinado valor dobem, mas no emite um parecer ou um laudo de avaliao no est exercendoilegalmente a prosso.

    4.3 Compatibilidade com aResoluo 1.010/05

    A scalizao dever ser realizada em consonncia com a nova sistemtica de atri-buies prossionais aprovada pelo CONFEA em 22.08.2005 - Resoluo 1.010/05,cujos conceitos bsicos esto descritos no item 6.1 desse manual.

    4.4 Atividades a Serem FiscalizadasProfssionais habilitados:As empresas constitudas para operarem nas reas de engenharia de avalia-

    es devem ter registro no CREA e contar com responsvel tcnico habilitado,registrado e com suas obrigaes em dia.

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    Empresas em operao sem registro no CREA ou com o seu registro cance-lado, devem ser noticadas e posteriormente autuadas por Exerccio Ilegal daProsso da Engenharia de Avaliaes, no que dispe a alnea a do art. 6da Lei Federal 5.194/66.

    Empresas em operao registradas no CREA, sem, no entanto contar comum prossional habilitado como responsvel tcnico, devem ser noticadas eposteriormente autuadas por Exerccio Ilegal da Prosso da Engenharia deAvaliaes, no que dispe a alnea e do art. 6 da Lei Federal 5.194/66.

    O prossional que exercer sua atividade sem proceder a Anotao da Responsa-bilidade Tcnica - ART a que se acha vinculado, ser noticado e posteriormenteautuado por Falta de ART, no que dispe o art. 1 da Lei Federal n 6.496/77.

    Onde fscalizar:Imobilirias e/ou corretores autnomos que esto anunciando a realizao deavaliaes, ou se propondo a realizar laudos e/ou pareceres de avaliao.

    Devero ser realizadas Fiscalizaes, em carter preventivo, junto aos dieren-tes rgos pblicos, inseridos nas eseras ederais, estaduais e municipais,bem como, prossionais e empresas pblicas ou privadas, registrados ou nojunto ao CREA-PR, e que estejam realizando trabalhos avaliatrios.

    Como fscalizar:Solicitar ao(s) Responsvel(is) Tcnico(s) do(s) trabalho(s) a(s) respectiva(s)

    ART(s).

    5.0 PROCEDIMENTOS GERAISE ADMINISTRATIVOS

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    Manual de Fiscalizao de Engenharia de Avaliaes

    5.1 Atribuies do Agente de Fiscalizao

    FiscalizarocumprimentodalegislaodasprossesabrangidaspeloSistema CONFEA/CREAs e as pessoas jurdicas (empresas) obrigadasa se registrarem no CREA-PR por ora das atividades exercidas ediscriminadas em seu objetivo social.

    Teremcontaque,noexercciodesuasatividades,suasaesde-vem sempre estar voltadas para os aspectos educativo, instrutivo epreventivo.

    Vericarsea(s)ART(s),est(o)condizentescomoescopodesenvol -vido. Observando assim, se as atribuies legais do responsvel tcnicose encontram em conormidade com as atividades exercidas.

    IdenticarservioouatividadeprivativadeprossionaldareadeEngenharia de Avaliaes, ou seja, o engenheiro, o arquiteto e oagrnomo.

    EmitirNoticaooulavrarAutodeInfraoeNoticaoAutode Inrao, quando constatadas irregularidades.

    ElaborarRelatriodeVisitaRVcircunstanciandoecaracterizandoa eetiva atividade exercida.

    Realizardilignciasprocessuaisquandodesignado.

    5.2 Conduta e Postura da Ao FiscalAtuardentrodosprincpiosquenorteiamaestruturaorganizacional

    do Sistema CONFEA/CREAs.

    Agirsempredentrodosprincpiosticoseorganizacionais.

    Conhecera legislaobsicaexigidapara exerccioda funo,emanter-se atualizado em relao mesma.

    Procederdeacordocomasdeterminaesdosetorsupervisor.

    Identicar-secomoAgenteFiscal,exibindoacarteirafuncional.

    Agircomeducao,tratandoatodoscomcortesiaerespeito.

    Esclarecereorientarosprossionais,empresasepessoasqueesto

    sendo scalizados.

    Cumprirasordensrecebidas,opondo-seporescrito,quandoentend-las em desacordo com os dispositivos legais aplicveis.

    5.3 Defnies Vlidas na Ao deFiscalizao

    RelatriodeVisita(RV):DocumentoprpriodoCREA-PRparacoletadas inormaes relativas a obras e servios tcnicos. Esse docu-mento, elaborado e numerado pelo Agente de Fiscalizao deverser encaminhado para anlise e solicitaes de esclarecimentos e/ou instrues.

    Noticao/AutodeInfraoNoticao(AI):Documentolavradocontra leigos, prossionais ou pessoas jurdicas que praticaremtransgresses de qualquer preceito legal.

    FichasCadastraisEmpresas:DocumentoprpriodoCREA-PRparacoleta de inormaes junto a empresas que apresentam indcios deatuao nas reas de Engenharia, Arquitetura ou Agronomia, coma nalidade de certicao do exerccio de atividades nestas reaspor parte daquela empresa.

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    Manual de Fiscalizao de Engenharia de Avaliaes

    5.4 Procedimentos do agente de

    fscalizao

    Por ocasio da visita obra e/ou empreendimento, o Agente de Fiscalizaodever elaborar o RV sempre que constatar a execuo de servios tcnicos narea de atuao de Engenharia de Avaliaes. Na visita, seja empreendimentopblico ou privado, o Fiscal dever solicitar a apresentao, dos laudos e/oupareceres, memoriais que complementam o trabalho tcnico, e respectivas ARTs(de avaliaes), devidamente preenchidas e autenticadas, e no caso de prestaode servios o contrato e/ou nota scal, observando:

    Seasavaliaes-parecereselaudosestodeacordocomodeclarado

    nas ARTs;

    Seoprossionalestdevidamentehabilitadoparaoexercciodasatividades;

    Vericarse asEmpresasqueprestamserviostcnicospossuemregistro ou visto no Sistema CONFEA/CREAs.

    5.5 Procedimentos AdministrativosApsaentregadoRVpeloAgentedeFiscalizao,deverserfeita

    uma vericao interna a m de se complementar as inormaesobtidas pelo Fiscal em campo.

    Servio Regular: o RV reencaminhado ao Coordenador Regionalpara anlise e determinao de arquivamento.

    Documentao: Busca no sistema para localizar as ARTs dos servi-os contratados. Na alta de apresentao da ART, vericar se existeparticipao de prossional devidamente habilitado. Caso positivo,autuar o prossional por alta de ART nos servios eetivamenteexecutados, conorme Lei 6.496/77.

    Exerccio Ilegal Regularizao: O autuado deve contratar umprossional devidamente habilitado para Regularizar os servios deacordo com a Res. 229/75 do CONFEA. Aps a Regularizao ocontratante pagar a multa com valor reduzido. Nos casos em quehouver apenas o pagamento da multa, sem a devida regularizao,

    os contratantes estaro passveis de novas autuaes at a eetivaregularizao.

    Reincidncia: A reincidncia ocorre quando o inrator praticar no-vamente o ato pelo qual or condenado, seja em outro servio ouatividade tcnica, desde que capitulado no mesmo dispositivo legaldaquele transitado em julgado*.

    *NOTA: O termo transitado em julgado signifca que o processo j percorreutodas as instncias preconizadas na Lei 5194/66, com ou sem recurso.

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    NOTA: Os valores das inraes variam em uno da data de constataodo ato gerador.

    DESCRIO INFRAO CAPITULAOFALTA DE ART LEI FED.

    6.496/77, ARTIGO 1.o LEI FED. 5.194/66ARTIGO, 73 ALNEA A

    RES. 439/CONFEAARTIGO 10, ALNEA A

    FALTA DE REG. DENVEL SUPERIOR

    LEI FED. 5.194/66,ARTIGO 16 LEI FED. 5.194/66

    ARTIGO 73, ALNEA A

    RES 439/CONFEAARTIGO 10, ALNEA A

    LEIGO(PESSOA FSICA)

    LEI FED. 5194/66, ALINEA AARTIGO 6.

    LEI FED. 5.524/68,ARTIGO 3.

    LEI FED. 5.194/66,ARTIGO 73, ALNEA D

    RES. 439/CONFEAARTIGO 10, ALNEA D

    FALTA DERESPONSVEL

    TCNICO

    LEI FED. 5.194/66,ALNEA B DODO ARTIGO 6.

    LEI FED. 5.194/66,ARTIGO 73, ALNEA E

    RES. 439/CONFEAARTIGO 10, ALINEA E

    LEIGO(PESSOA JURDICA)

    LEI FED. 5.194/66,ALNEA AARTIGO 6.

    LEI FED. 5.524/68,ARTIGO 3.

    LEI FED. 5.194/66,ARTIGO 73, ALNEA E

    RES. 439/CONFEAARTIGO 10, ALNEA E

    FALTA DE ARTCOMPL. DE REA

    LEI FED. 6.496/77ARTIGO 1.

    LEI FED. 5.194/66ARTIGO 73, ALNEA A

    RES 439/CONFEAARTIGO 10, ALNEA A

    7.0 GLOSSRIO

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    AGENTES DE FISCALIZAO So uncionrios designados pelo CREA-PRpara trabalharem em local onde haja empreendimento da Engenharia, Arquite-tura e Agronomia para coleta e obteno de dados reerentes obra ou servioem andamento.As inormaes colhidas so de vital importncia para propiciarum grande avano no trabalho da Cmara, que poder, com maior segurana esenso de justia, opinar e julgar os processos que por ela tramitem.

    ANLISE Atividade que envolve a tomada de deciso ou posio entre al-ternativas tecnicamente controversas ou que decorrem de aspectos subjetivos.

    ARBITRAMENTO Atividade que envolve a tomada de deciso ou posioentre alternativas tecnicamente controversas ou que decorrem de aspectos

    subjetivos.AVALIAO Atividade que envolve a determinao tcnica de valor quali-

    tativo ou monetrio de um bem, de um direito ou de um empreendimento.

    CMARAS ESPECIALIZADAS So rgos deliberativos do CREA-PR,institudas para julgar e deliberar sobre assuntos de scalizao pertinentes srespectivas especializaes prossionais.

    CONFEA O Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia a instncia superior da Fiscalizao do exerccio prossional da Engenharia,Arquitetura e da Agronomia.

    CONSELHEIROS So prossionais indicados por Entidades de Classe e Institui-es de Ensino Superior para compor os Conselhos Regionais atravs de suas CmarasEspecializadas, e encarregados da anlise e julgamento dos assuntos pertinentes aoexerccio da prosso da Engenharia, da Arquitetura e da Agronomia.

    COORDENADORES REGIONAIS So uncionrios com ormao de nvelsuperior pleno, responsveis pela coordenao tcnica e administrativa dasInspetorias com jurisdio da Regional.

    CREAs Os Conselhos Regionais de Engenharia, Arquitetura e Agronomiaso rgos de scalizao do exerccio das prosses de Engenharia, Arquiteturae Agronomia, em suas regies (Estados).

    FISCALIZAO Atividade que envolve o controle e a inspeo sistemticada obra ou servio, com a nalidade de examinar ou vericar se sua execuoobedece s especicaes e prazos estabelecidos e ao projeto.

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    INSPETORES So representantes do Presidente do Conselho nas reas dajurisdio das Inspetorias, sendo o elo de ligao entre a legislao e a socieda-de. Eles so escolhidos atravs de eleio direta entre prossionais da mesmamodalidade e jurisdio da Inspetoria. So compostos pelo Inspetor Chee e osInspetores Auxiliares, podendo tambm haver Inspetores Especiais para deter-minadas localidades de acordo com a necessidade de atuao do CREA-PR.

    INSPETORIAS So extenses tcnico-administrativas dos Conselhos Re-gionais criadas com a nalidade de possibilitar maior ecincia na scalizao eno pronto atendimento ao usurio e no aprimoramento do exerccio prossionalnas reas da Engenharia, da Arquitetura e da Agronomia.

    PLENRIO o rgo deliberativo do CREA-PR, constitudo pelo Presidentee Conselheiros Regionais.

    7.1 Defnies da Resoluo 1.010/05

    Atribuio profssional Ato especco de consignar direitos e responsabi-lidades para o exerccio da prosso, em reconhecimento de competncias ehabilidades derivadas de ormao prossional obtida em cursos regulares.

    Atividade profssional Ao caracterstica da prosso, exercida regularmen-te. As Atividades Prossionais so sistematizadas no Anexo I da Resoluo n1.010/05, que contm tambm um Glossrio para a sua devida caracterizaoe denio.

    Competncia profssional Capacidade de utilizao de conhecimentos,habilidades e atitudes necessrios ao desempenho de atividades em camposprossionais especcos, obedecendo a padres de qualidade e produtividade.

    Campo de atuao profssional rea em que o prossional exerce sua pro-sso, em uno de competncias adquiridas em sua ormao. Os Campos deAtuao Prossional esto sistematizados no Anexo II da Resoluo 1.010/05.

    Ttulo profssional Ttulo atribudo pelo Sistema CONFEA/CREA a portadorde diploma expedido por instituies de ensino para egressos de cursos regulares,correlacionado com o respectivo campo de atuao prossional, em uno doperl de ormao do egresso, e do projeto pedaggico do curso.

    8.0 CDIGO DE TICAPROFISSIONAL

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    Da honradez da prosso:III A prosso alto ttulo de honra e sua prtica exige conduta

    honesta, digna e cidad;

    Da eccia prossional:IV A prosso realiza-se pelo cumprimento responsvel e competente

    dos compromissos prossionais, munindo-se de tcnicas adequadas, as-segurando os resultados propostos e a qualidade satisatria nos serviose produtos e observando a segurana nos seus procedimentos;

    Do relacionamento prossional:V A prosso praticada atravs do relacionamento honesto, justo

    e com esprito progressista dos prossionais para com os gestores, or-denadores, destinatrios, benecirios e colaboradores de seus servios,com igualdade de tratamento entre os prossionais e com lealdade nacompetio;

    Da interveno prossional sobre o meio:VI A prosso exercida com base nos preceitos do desenvolvimento

    sustentvel na interveno sobre os ambientes natural e construdo e daincolumidade das pessoas, de seus bens e de seus valores;

    Da liberdade e segurana prossionais:VII A prosso de livre exerccio aos qualicados, sendo a segurana

    de sua prtica de interesse coletivo.

    5. DOS DEVERES

    Art. 9. No exerccio da prosso so deveres do prossional:I ante o ser humano e seus valores:a) oerecer seu saber para o bem da humanidade;

    b) harmonizar os interesses pessoais aos coletivos;

    c) contribuir para a preservao da incolumidade pblica;

    d) divulgar os conhecimentos cientcos, artsticos e tecnolgicos ine-rentes prosso.

    II ante prosso:a) identicar-se e dedicar-se com zelo prosso;

    b) conservar e desenvolver a cultura da prosso;

    c) preservar o bom conceito e o apreo social da prosso;

    d) desempenhar sua prosso ou uno nos limites de suas atribuiese de sua capacidade pessoal de realizao;

    e) empenhar-se junto aos organismos prossionais no sentido da con-solidao da cidadania e da solidariedade prossional e da coibiodas transgresses ticas.

    III nas relaes com os clientes, empregadores e colaboradores:a) dispensar tratamento justo a terceiros, observando o princpio da

    eqidade;

    b) resguardar o sigilo prossional quando do interesse de seu clienteou empregador, salvo em havendo a obrigao legal da divulgaoou da inormao;

    c) ornecer inormao certa, precisa e objetiva em publicidade e pro-paganda pessoal;

    d) atuar com imparcialidade e impessoalidade em atos arbitrais epericiais;

    e) considerar o direito de escolha do destinatrio dos servios, oer-tando-lhe, sempre que possvel, alternativas viveis e adequadas sdemandas em suas propostas;

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    Manual de Fiscalizao de Engenharia de Avaliaes

    ) alertar sobre os riscos e responsabilidades relativos s prescriestcnicas e s consequncias presumveis de sua inobservncia;

    g) adequar sua orma de expresso tcnica s necessidades do clientee s normas vigentes aplicveis.

    IV - nas relaes com os demais prossionais:a) atuar com lealdade no mercado de trabalho, observando o princpio

    da igualdade de condies;

    b) manter-se inormado sobre as normas que regulamentam o exerccio

    da prosso;

    c) preservar e deender os direitos prossionais;

    V ante ao meio:a) orientar o exerccio das atividades prossionais pelos preceitos do

    desenvolvimento sustentvel;

    b) atender, quando da elaborao de projetos, execuo de obras oucriao de novos produtos, aos princpios e recomendaes de con-servao de energia e de minimizao dos impactos ambientais;

    c) considerar em todos os planos, projetos e servios as diretrizes edisposies concernentes preservao e ao desenvolvimento dospatrimnios scio-cultural e ambiental.

    6. DAS CONDUTAS VEDADASArt. 10. No exerccio da prosso, so condutas vedadas ao pros-

    sional:I ante ao ser humano e a seus valores:a) descumprir voluntria e injusticadamente com os deveres do ocio;

    b) usar de privilgio prossional ou aculdade decorrente de uno de ormaabusiva, para ns discriminatrios ou para auerir vantagens pessoais;

    c) prestar de m- orientao, proposta, prescrio tcnica ou qualquerato prossional que possa resultar em dano s pessoas ou a seusbens patrimoniais;

    II ante prosso:a) aceitar trabalho, contrato, emprego, uno ou tarea para os quais

    no tenha eetiva qualicao;

    b) utilizar indevida ou abusivamente do privilgio de exclusividade dedireito prossional;

    c) omitir ou ocultar ato de seu conhecimento que transgrida a ticaprossional.

    III nas relaes com os clientes, empregadores e colaboradores:a) ormular proposta de salrios ineriores ao mnimo prossional le-

    gal;

    b) apresentar proposta de honorrios com valores vis ou extorsivos oudesrespeitando tabelas de honorrios mnimos aplicveis;

    c) usar de articios ou expedientes enganosos para a obteno devantagens indevidas, ganhos marginais ou conquista de contratos;

    d) usar de articios ou expedientes enganosos que impeam o legtimoacesso dos colaboradores s devidas promoes ou ao desenvolvi-

    mento prossional;e) descuidar com as medidas de segurana e sade do trabalho sobsua coordenao;

    ) suspender servios contratados, de orma injusticada e sem prviacomunicao;

    g) impor ritmo de trabalho excessivo ou, exercer presso psicolgicaou assdio moral sobre os colaboradores.

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    IV nas relaes com os demais prossionais:a) intervir em trabalho de outro prossional sem a devida autorizao

    de seu titular, salvo no exerccio do dever legal;

    b) reerir-se preconceituosamente a outro prossional ou prosso;

    c) agir discriminatoriamente em detrimento de outro prossional ouprosso;

    d) atentar contra a liberdade do exerccio da prosso ou contra osdireitos de outro prossional.

    V ante ao meio:a) prestar de m- orientao, proposta, prescrio tcnica ou qualquer

    ato prossional que possa resultar em dano ao ambiente natural, sade humana ou ao patrimnio cultural.

    7. DOS DIREITOS

    Art. 11. So reconhecidos os direitos coletivos universais inerentes sprosses, suas modalidades e especializaes, destacadamente:

    a) livre associao e organizao em corporaes prossionais;

    b) ao gozo da exclusividade do exerccio prossional;

    c) ao reconhecimento legal;

    d) representao institucional.

    Art. 12. So reconhecidos os direitos individuais universais inerentesaos prossionais, acultados para o pleno exerccio de sua prosso,destacadamente:

    a) liberdade de escolha de especializao;

    b) liberdade de escolha de mtodos, procedimentos e ormas deexpresso;

    c) ao uso do ttulo prossional;

    d) exclusividade do ato de ocio a que se dedicar;

    e) justa remunerao proporcional sua capacidade e dedicaoe aos graus de complexidade, risco, experincia e especializao

    requeridos por sua tarea;

    ) ao provimento de meios e condies de trabalho dignos, ecazes eseguros;

    g) recusa ou interrupo de trabalho, contrato, emprego, uno outarea quando julgar incompatvel com sua titulao, capacidade oudignidade pessoais;

    h) proteo do seu ttulo, de seus contratos e de seu trabalho;

    i) proteo da propriedade intelectual sobre sua criao;

    j) competio honesta no mercado de trabalho;

    k) liberdade de associar-se a corporaes prossionais;

    l) propriedade de seu acervo tcnico prossional.

    8. DA INFRAO TICA

    Art. 13. Constitui-se inrao tica todo ato cometido pelo prossional queatente contra os princpios ticos, descumpra os deveres do ocio, pratiquecondutas expressamente vedadas ou lese direitos reconhecidos de outrem.

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    Art. 14. A tipicao da inrao tica para eeito de processo disci-plinar ser estabelecida, a partir das disposies deste Cdigo de ticaProssional, na orma que a lei determinar.

    9.0 ENCERRAMENTO

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    Agradecimentos

    Eng.CivilPauloRobertodeOliveiraGaigaPresidenteEng.CivilGersonLuizBoldriniSecretrioEng.Mec.AdlerMachadoEng.Agr.AlexandreNunesLeiteRosasEng.Agr.DarciGonzattiEng.Agr.EriksonCamargoChandohaEng.Agr.IdemirCitadinEng.Eletr.JosOtvioBanzzattoEng.Qum.JosRaniereMazileVidalBezerra

    Eng.Qum.RenOscarPugsleyJuniorEng.CivilRogrioPintoPinheiroArq./Urb.eEng.SeguranadoTrabalhoVeraLciadeCampos

    Corra ShebaljAssessoraLucianeMericodosSantosDesenvolvimentoEng.FernandoPiechnikLeiteFerreiraMembro

    do Conselho Consultivo do IBAPE-PR

    Membros da Comisso de Engenharia de Avaliaes, Vistorias

    e Percias/2009Eng.Agr.CesarDaviVeroneseEng.Mec.AdlerMachadoEng.Civ.eEng.Seg.Trab.AnaPaulaFelippeArcoverdeDergintEng.Eletric.JosOtvioBanzzattoEng.Civ.eEng.Seg.Trab.WaldemirodeToledoPiza

    Arq.Urb.eEng.Seg.Trab.VeraLuciadeCamposCorraShebaljEng.Civ.WaldirPedroXavierTavaresEng.Mec.eEng.Seg.Trab.ElmarPessoaSilvaEng.Agr.TelmoAntonioToninEng.CivilRogrioPintoPinheiro

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    0800-410067

    www.crea-pr.org.br


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