curso de economia para diplomata

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Aula Inaugural Noções de Economia p/ CACD (Primeira e Terceira Fases) Professor: Heber Carvalho 99999999999 - Heber

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Economy & Finance


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  • Aula Inaugural

    Noes de Economia p/ CACD (Primeira e Terceira Fases)

    Professor: Heber Carvalho

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  • Noes de Economia

    Concurso de Admisso Carreira de Diplomacia

    Prof Heber Carvalho Aula 00

    Prof Heber Carvalho www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 72

    AULA 00 Microeconomia. Demanda do Consumidor. Curva de

    Demanda. Elasticidade-preo e elasticidade-renda. Oferta do Produtor. Determinao de Preos e Quantidades de Equilbrio.

    Sumrio

    1. DEMANDA 10 1.1. Fatores que afetam a demanda ......................................................... 13 1.2. Alterando a demanda ........................................................................ 15

    2. OFERTA 21 2.1. Fatores que afetam a oferta............................................................... 22

    3. O EQUILBRIO 24 3.1. Alterando o equilbrio e a dinmica de formao dos preos ............. 26

    4. ELASTICIDADES 33 4.1. ELASTICIDADE PREO DA DEMANDA (EPD) .......................................... 34

    4.1.1. A elasticidade preo da demanda e o grfico da demanda ............... 36

    4.1.3. Casos especiais da elasticidade preo da demanda .......................... 39

    4.1.4. Relao entre EPD e a Receita Total (RT) das firmas ........................... 40

    4.2. ELASTICIDADE RENDA DA DEMANDA (ERD) ......................................... 41 4.3. ELASTICIDADE-PREO CRUZADA DA DEMANDA (EXY).......................... 44 4.4. ELASTICIDADE PREO DA OFERTA (EPO) .............................................. 46

    QUESTES COBRADAS EM CONCURSOS ANTERIOES DO CACD.................... 60

    LISTA DAS QUESTES APRESENTADAS....................................................... 64

    GABARITO............................................................................................... 71

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  • Noes de Economia

    Concurso de Admisso Carreira de Diplomacia

    Prof Heber Carvalho Aula 00

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    Ol caros(as) amigos(as), com grande satisfao que lanamos este curso de Noes de Economia formatado especialmente para atender s necessidades daqueles que se preparam para o concurso de Admisso Carreira de Diplomacia.

    Para quem no me conhece, meu nome Heber Carvalho, sou bacharel em

    Cincias Militares, formado pela AMAN (Academia Militar das Agulhas Negras). Aps pouco mais de 08 anos no Exrcito, fui aprovado no concurso para Auditor Fiscal do Municpio de So Paulo (AFTM-SP, 4. Lugar), cargo que exerci atuando na fiscalizao de instituies financeiras. Ministro aulas de Economia e matrias relacionadas (Economia do Trabalho, Economia Brasileira, Micro e Macroeconomia) aqui no Estratgia Concursos. Tambm sou autor do livro Microeconomia Facilitada, pela Ed. Mtodo.

    Falemos um pouco sobre o contedo e a metodologia de nosso curso , comeando pelo primeiro. Conforme veremos a seguir, em detalhes, o contedo programtico exigido no concurso bastante extenso, incluindo os principais temas da Microeconomia e da Macroeconomia , e muito contedo de Economia Brasileira e Economia Internacional.

    Segue o contedo programtico: NOES DE ECONOMIA (Primeira e Terceira Fases): 1 Microeconomia. 1.1 Demanda do Consumidor. 1.1.1 Preferncias. 1.1.2 Equilbrio do consumidor. 1.1.3 Curva de demanda.

    1.1.4 Elasticidade-preo e elasticidade-renda. 1.2 Oferta do Produtor. 1.2.1 Fatores de

    produo. 1.2.2 Funo de produo. 1.2.3 Elasticidade-preo da oferta. 1.2.4 Rendimentos

    de fator. 1.2.5 Rendimentos de escala. 1.2.6 Custos de produo. 1.3 Concorrncia perfeita,

    monoplio e oligoplio. 1.3.1 Comportamento das empresas. 1.3.2 Determinao de preos

    e quantidades de equilbrio. 2 Macroeconomia. 2.1 Contabilidade Nacional. 2.1.1 Os conceitos de renda e produto. 2.1.2 Produto e renda das empresas e das famlias. 2.1.3

    Gastos e receitas do governo. 2.1.4 Balano de pagamentos: a conta de transaes

    correntes, a conta de capital, o conceito de dficit e supervit. 2.1.5 Contas Nacionais do

    Brasil. 2.1.6 Conceito de deflator implcito da renda. 2.1.7 Nmeros ndices, tabela de

    relaes insumo-produto. 2.1.8 Conceitos alternativos de dficit pblico. 2.2 Determinao

    da renda, do produto e dos preos. 2.2.1 Oferta e demanda agregadas. 2.2.2 Consumo,

    investimento, poupana e gasto do governo. 2.2.3 Exportao e importao. 2.2.4 Objetivos

    e instrumentos de poltica fiscal. 2.3 Teoria monetria. 2.3.1 Funes da moeda. 2.3.2

    Criao e distribuio de moeda. 2.3.3 Oferta da moeda e mecanismos de controle. 2.3.4

    Procura da moeda. 2.3.5 Papel do Banco Central. 2.3.6 Objetivos e instrumentos de poltica

    monetria. 2.3.7 Moeda e preos no longo prazo. 2.3.8 Sistema bancrio e intermediao

    financeira no Brasil. 2.4 Emprego e renda. 2.4.1 Determinao do nvel de emprego. 2.4.2

    Indicadores do mercado de trabalho. 2.4.3 Distribuio de renda no Brasil. 3 Economia internacional. 3.1 Teorias clssicas do comrcio. 3.1.1 Vantagens absolutas e comparativas. 3.1.2 Pensamento neoclssico. 3.2 A crtica de Prebisch e da Cepal. 3.2.1 Deteriorao dos

    termos de troca. 3.3 Macroeconomia aberta. 3.3.1 Os fluxos internacionais de bens e

    capital. 3.3.2 Regimes de cmbio. 3.3.3 Taxa de cmbio nominal e real. 3.3.4 A relao

    cmbiojuros. 3.4 Comrcio internacional. 3.4.1 Efeitos de tarifas, quotas e outros

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    Concurso de Admisso Carreira de Diplomacia

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    instrumentos de poltica governamental. 3.4.2 Principais caractersticas do comrcio

    internacional ao longo das dcadas. 3.4.3 Sistema multilateral de comrcio: origem e

    evoluo. 3.4.4 As rodadas negociadores do GATT. 3.4.5 A Rodada Uruguai. 3.4.6 A Rodada

    Doha. 3.5 Poltica comercial brasileira. 3.5.1 Negociaes comerciais regionais. 3.5.2

    Integrao econmica na Amrica do Sul. 3.5.3 Protecionismo e liberalizao. 3.6 Sistema

    financeiro internacional. 3.6.1 Padro-ouro. 3.6.2 Padro dlar-ouro. 3.6.3 Fim da

    conversibilidade. 3.6.4 Crises econmico-financeiras nos ltimos 20 anos. 3.6.5 Governana

    internacional e os novos atores estatais e no-estatais. 3.6.6 Caractersticas dos fluxos

    financeiros internacionais. 4 Histria econmica brasileira. 4.1 A economia brasileira no Sculo XIX. 4.1.1 A economia cafeeira. 4.2 Primeira Repblica. 4.2.1 Polticas econmicas e

    evoluo da economia brasileira 4.2.2 Crescimento industrial. 4.2.3 Polticas de valorizao

    do caf. 4.3 A Industrializao Brasileira no Perodo 1930-1945. 4.3.1 Industrializao

    restringida. 4.3.2 Substituio de importaes. 4.4 A dcada de 1950. 4.4.1 O Plano de

    Metas. 4.4.2 O ps-guerra e a Nova Fase de Industrializao. 5 O Perodo 1962-1967. 5.1 A

    desacelerao no crescimento. 5.2 Reformas no sistema fiscal e financeiro. 5.3 Polticas

    antiinflacionrias. 5.4 Poltica salarial. 6 A retomada do crescimento 1968-1973: a

    desacelerao e o segundo PND. 7 A crise dos anos oitenta. 7.1 A interrupo do

    financiamento externo e as polticas de ajuste. 7.2 Acelerao inflacionria e os planos de

    combate inflao. 7.3 O debate sobre a natureza da inflao no Brasil. 8 Economia

    Brasileira nos anos noventa. 8.1 Abertura comercial e financeira. 8.2 A indstria, a inflao e

    o balano de pagamentos. 8.3 A estabilidade econmica. 9 A economia brasileira na ltima

    dcada. 9.1 Avanos e desafios. 9.2 Pensamento econmico e desenvolvimentismo no

    Brasil. 9.3 A viso de Celso Furtado.

    Segue o cronograma com a nossa proposta de distribuio dos assuntos

    entre as aulas: Nota : cada aula ao vivo ter aproximadamente durao de 3h30. No entanto, caso no haja tempo de ministrar todo o contedo nesse perodo, o contedo da aula ser ministrado em vrias aulas ao vivo (os horrios sero avisados por mim). Isso j deve acontecer com a aula 00. De qualquer forma, se no for possvel aula no horrio ao vivo, os alunos matriculados recebero as gravaes na rea do aluno e podero retirar quaisquer dvidas no frum do curso.

    AULA 00

    09/01

    Microeconomia. Demanda do Consumidor. Curva de Demanda. Elasticidade-preo e elasticidade-renda. Oferta do Produtor. Determinao de Preos e Quantidades de Equilbrio.

    09/01 Aula ao vivo sobre o tema da Aula 00

    10/01 Treinamento de discursivas sobre Demanda, oferta, elasticidades e equilbrio. 3 temas comentados.

    AULA 01 15/01

    Aspectos Algbricos. Microeconomia. Demanda do Consumidor. Curva de Demanda. Elasticidade-preo e elasticidade-renda. Oferta do Produtor. Determinao de Preos e Quantidades de Equilbrio. 3.4 Comrcio internacional. 3.4.1 Efeitos de tarifas, quotas e outros instrumentos de poltica governamental.

    17/01 Aula ao vivo sobre o tema da Aula 01

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  • Noes de Economia

    Concurso de Admisso Carreira de Diplomacia

    Prof Heber Carvalho Aula 00

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    19/01

    Treinamento de discursivas sobre aspectos algbricos da Demanda, oferta, elasticidades e equilbrio e instrumentos de poltica governamental em comrcio internacional. 3 temas comentados.

    AULA 02

    22/01 1.1.1 Preferncias. 1.1.2 Equilbrio do consumidor.

    24/01 Aula ao vivo sobre o tema da Aula 02

    26/01 Treinamento de discursivas sobre Teoria do Consumidor. 3 temas comentados.

    AULA 03

    29/01 1.2.1 Fatores de produo. 1.2.2 Funo de produo. 1.2.4 Rendimentos de fator. 1.2.5 Rendimentos de escala.

    31/01 Aula ao vivo sobre o tema da Aula 03

    02/02 Treinamento de discursivas sobre Teoria da Produo. 3 temas comentados.

    AULA 04

    05/02 1.2.6 Custos de produo. 07/02 Aula ao vivo sobre o tema da Aula 04

    09/02 Treinamento de discursivas sobre Custos de Produo. 3 temas comentados.

    AULA 05

    13/02 1.3 Concorrncia perfeita. 1.3.1 Comportamento das empresas. 1.3.2 Determinao de preos e quantidades de equilbrio.

    15/02 Aula ao vivo sobre o tema da Aula 05

    17/02 Treinamento de discursivas sobre Concorrncia perfeita. 3 temas comentados.

    AULA 06

    20/02 1.3 Monoplio e oligoplio. 1.3.1 Comportamento das empresas. 1.3.2 Determinao de preos e quantidades de equilbrio.

    22/02 Aula ao vivo sobre o tema da Aula 06

    24/02 Treinamento de discursivas sobre Monoplio e oligoplio. 3 temas comentados.

    AULA 07

    28/02

    2 Macroeconomia. 2.1 Contabilidade Nacional. 2.1.1 Os conceitos de renda e produto. 2.1.2 Produto e renda das empresas e das famlias. 2.1.3 Gastos e receitas do governo. 2.1.5 Contas Nacionais do Brasil.

    02/03 Aula ao vivo sobre o tema da Aula 07

    04/03 Treinamento de discursivas sobre Contas Nacionais. 3 temas comentados.

    AULA 08

    10/03 2.1.6 Conceito de deflator implcito da renda. 2.1.7 Nmeros ndices, tabela de relaes insumo-produto.

    13/03 Aula ao vivo sobre o tema da Aula 08

    15/03 Treinamento de discursivas sobre Nmeros ndices e deflator implcito da renda. 3 temas comentados.

    AULA 09 18/03

    2.1.4 Balano de pagamentos: a conta de transaes correntes, a conta de capital, o conceito de dficit e supervit. 3.3 Macroeconomia aberta. 3.3.1 Os fluxos internacionais de bens e capital. 3.3.2 Regimes de cmbio.

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    3.3.3 Taxa de cmbio nominal e real. 3.3.4 A relao cmbio-juros.

    20/03 Aula ao vivo sobre o tema da Aula 09

    22/03 Treinamento de discursivas sobre Balano de Pagamentos e Cmbio. 3 temas comentados.

    AULA 10

    26/04

    2.2 Determinao da renda, do produto. 2.2.2 Consumo, investimento, poupana e gasto do governo. 2.2.3 Exportao e importao. 2.2.4 Objetivos e instrumentos de poltica fiscal.

    28/04 Aula ao vivo sobre o tema da Aula 10

    30/04 Treinamento de discursivas sobre Determinao da Renda. 3 temas comentados.

    AULA 11

    05/05

    2.3 Teoria monetria. 2.3.1 Funes da moeda. 2.3.2 Criao e distribuio de moeda. 2.3.3 Oferta da moeda e mecanismos de controle. 2.3.4 Procura da moeda. 2.3.5 Papel do Banco Central. 2.3.6 Objetivos e instrumentos de poltica monetria. 2.3.7 Moeda e preos no longo prazo. 2.3.8 Sistema bancrio e intermediao financeira no Brasil. 2.4 Emprego e renda. 2.4.1 Determinao do nvel de emprego.

    07/05 Aula ao vivo sobre o tema da Aula 11

    09/05 Treinamento de discursivas sobre Teoria Monetria. 3 temas comentados.

    AULA 12

    12/05 Demanda Agregada. 2.4 Emprego e renda. 2.4.1 Determinao do nvel de emprego.

    14/05 Aula ao vivo sobre o tema da Aula 12

    17/05 Treinamento de discursivas sobre Demanda Agregada. 3 temas comentados.

    AULA 13

    20/05 2.2 Determinao da renda, do produto e dos preos. 2.2.1 Oferta e demanda agregadas.

    22/05 Aula ao vivo sobre o tema da Aula 13

    25/05 Treinamento de discursivas sobre Oferta e Demanda Agregada. 3 temas comentados.

    AULA 14

    27/05 2.4.2 Indicadores do mercado de trabalho. 2.4.3 Distribuio de renda no Brasil.

    29/05 Aula ao vivo sobre o tema da Aula 14

    31/05 Treinamento de discursivas sobre Distribuio de Renda e Indicadores do mercado de trabalho. 3 temas comentados.

    AULA 15

    05/06

    3 Economia internacional. 3.1 Teorias clssicas do comrcio. 3.1.1 Vantagens absolutas e comparativas. 3.1.2 Pensamento neoclssico. 3.2 A crtica de Prebisch e da Cepal. 3.2.1 Deteriorao dos termos de troca.

    07/06 Aula ao vivo sobre o tema da Aula 15

    08/06 Treinamento de discursivas sobre Economia Internacional. 3 temas comentados.

    AULA 16 12/06 3.4.2 Principais caractersticas do comrcio internacional ao

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    longo das dcadas. 3.4.3 Sistema multilateral de comrcio: origem e evoluo. 3.4.4 As rodadas negociadores do GATT. 3.4.5 A Rodada Uruguai. 3.4.6 A Rodada Doha. 3.5 Poltica comercial brasileira. 3.5.1 Negociaes comerciais regionais. 3.5.2 Integrao econmica na Amrica do Sul. 3.5.3 Protecionismo e liberalizao.

    15/06 Aula ao vivo sobre o tema da Aula 16

    17/06 Treinamento de discursivas sobre Economia Internacional (parte II). 3 temas comentados.

    AULA 17

    22/06

    3.6 Sistema financeiro internacional. 3.6.1 Padro-ouro. 3.6.2 Padro dlar-ouro. 3.6.3 Fim da conversibilidade. 3.6.4 Crises econmico-financeiras nos ltimos 20 anos. 3.6.5 Governana internacional e os novos atores estatais e no-estatais. 3.6.6 Caractersticas dos fluxos financeiros internacionais.

    24/06 Aula ao vivo sobre o tema da Aula 17

    26/06 Treinamento de discursivas sobre Sistema Financeiro Internacional e crises internacionais recentes. 3 temas comentados.

    AULA 18

    30/06

    4 Histria econmica brasileira. 4.1 A economia brasileira no Sculo XIX. 4.1.1 A economia cafeeira. 4.2 Primeira Repblica. 4.2.1 Polticas econmicas e evoluo da economia brasileira 4.2.2 Crescimento industrial. 4.2.3 Polticas de valorizao do caf. 4.3 A Industrializao Brasileira no Perodo 1930-1945. 4.3.1 Industrializao restringida. 4.3.2 Substituio de importaes. 4.4 A dcada de 1950.

    02/07 Aula ao vivo sobre o tema da Aula 18

    04/07 Treinamento de discursivas sobre Histria Econmica Brasileira. 3 temas comentados.

    AULA 19

    08/07

    4.4 A dcada de 1950. 4.4.1 O Plano de Metas. 4.4.2 O ps-guerra e a Nova Fase de Industrializao. 5 O Perodo 1962-1967. 5.1 A desacelerao no crescimento. 5.2 Reformas no sistema fiscal e financeiro. 5.3 Polticas antiinflacionrias. 5.4 Poltica salarial. 6 A retomada do crescimento 1968-1973: a desacelerao e o segundo PND. 7 A crise dos anos oitenta. 7.1 A interrupo do financiamento externo e as polticas de ajuste. 7.2 Acelerao inflacionria e os planos de combate inflao. 7.3 O debate sobre a natureza da inflao no Brasil. 8 Economia Brasileira nos anos noventa. 8.1 Abertura comercial e financeira. 8.2 A indstria, a inflao e o balano de pagamentos. 8.3 A estabilidade econmica.

    10/07 Aula ao vivo sobre o tema da Aula 19

    12/07 Treinamento de discursivas sobre Histria Econmica Brasileira (parte II). 3 temas comentados.

    AULA 20 16/07 9 A economia brasileira na ltima dcada. 9.1 Avanos e

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    Concurso de Admisso Carreira de Diplomacia

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    desafios. 9.2 Pensamento econmico e desenvolvimentismo no Brasil. 9.3 A viso de Celso Furtado.

    19/07 Aula ao vivo sobre o tema da Aula 20

    22/07 Treinamento de discursivas sobre Histria Econmica Brasileira (parte III). 3 temas comentados.

    Resumo 23/07 RESUMO FINAL 23/07 Aulo ao vivo com Resumo Final

    Observe que, para cada aula, comearemos com a disponibilizao de 1 aula em PDF, depois faremos uma 1 aula em vdeo ao vivo (entre 3 a 4 horas) e depois disponibilizaremos 1 PDF com 3 questes discursivas comentadas . As aulas ao vivo sero gravadas e disponibilizadas na rea do aluno, caso voc no consiga assistir ao vivo. Entre as aulas em vdeo e as em PDF, destacamos que estas so as mais importantes. Nosso material em PDF bastante completo. Eu calculo que nosso curso ter aproximadamente 1.500 pginas. Ou seja, muita leitura. A ideia que voc consiga estudar todo o contedo da prova apenas em nossos PDFs. A meta parece ousada (e mesmo!), mas assim que o Estratgia Concursos trabalha em concursos pblicos em geral.

    Eu, particularmente, j ministrei cursos online para concursos do Banco

    Central (BACEN), Secretaria do Tesouro Nacional (STN), Tribunal de Contas da Unio (TCU) e nosso material sempre foi o suficiente para os aprovados dentro do nmero de vagas. Falo no somente do material de Economia, mas de outras matrias tambm. Pode confiar.

    Sabemos que as provas do CACD so complexas. Um estudo superficial no suficiente. Por isso, procuramos fazer PDFs bastante abrangentes. Aqui no curso de Economia, eu utilizo vrias bibliografias para uma mesma aula, na maioria das vezes. Caso queira saber mais sobre a bibliografia que eu usarei aqui no curso de Economia, leia o artigo que escrevi e assista ao vdeo que publiquei na parte aberta do site do Estratgia Concursos:

    Microeconomia (Pindyck e Rubinfeld) Macroeconomia (Mankiw) ou Macroeconomia (Blanchard) Contabilidade Nacional (Geraldo Ges e Srgio Gadelha; ou Feij; ou Leda

    Paulani) Teoria Clssica (Vasconcellos) Poltica Fiscal e Monetria em economias fechada e aberta (Froyen) Economia Internacional (Krugman e Obstfeld); Sistema Financeiro Internacional (Medeiros e Serrano Padres Monetrios

    Internacionais e crescimento); Crises financeiras recentes (ver em livros atualizados de Macro) Economia Brasileira (A Ordem do Progresso) Comrcio Internacional e Poltica Comercial Brasileira (Ricardo Vale)

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    Concurso de Admisso Carreira de Diplomacia

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    Nosso curso ser bastante aprofundado e lhe dar todas as ferramentas para voc ir muito bem (mesmo!) no TPS1 e nas provas discursivas. Trabalharemos com o edital na mo, o mais focado possvel, procurando trabalhar aquilo que a banca CESPE/UNB pede nas provas do CACD. Nossa proposta facilitar o seu trabalho e reunir toda a teoria e inmeros exerccios comentados, no que tange aos assuntos de Microeconomia, Macroeconomia, Economia Internacional e Economia Brasileira em um s material. Nosso curso ser completo (teoria aprofundada e mais de 1000 questes objetivas comentadas e 60 questes discursivas comentadas).

    Sei que muitos que esto lendo essa aula agora so iniciantes ou possuem

    muita dificuldade em Economia. Nosso curso no exigir conhecimentos prvios . Portanto, se voc nunca estudou, ou est iniciando seus estudos em Economia, ou se j estudou mas teve imensa dificuldade, fique tranquilo pois nosso curso atender aos seus anseios perfeitamente.

    Por outro lado, se voc j estudou os temas, e apenas quer revis-los, ou

    quer um maior aprofundamento em alguns itens, o curso tambm ser bastante til, pela quantidade de exerccios comentados que teremos e pelo rigor no tratamento da matria.

    Com esta aula 00, teremos 22 aulas ao total (aulas 00 a 20, mais o

    resumo). Assim, muito importante que voc faa a sua parte e estude com afinco o contedo. O objetivo do nosso curso audacioso: desenvolver em voc a autoconfiana e lhe dar as ferramentas para que voc possa acertar todas as questes de Economia do CACD. Na aula de hoje, j trataremos de inmeros temas e voc poder verificar a nossa didtica. Eu iniciarei os conceitos fundamentais com a apresentao da demanda, oferta e elasticidades. Portanto, mos obra! Aos estudos!

    CLASSIFICAO DOS MERCADOS

    Antes de tudo, vamos conceituar o que um mercado. Designa-se por mercado o local no qual agentes econmicos procedem troca de bens por uma unidade monetria ou por outros bens. Os mercados tendem a equilibrar-se pela lei da oferta e da demanda, que justamente o tema desta aula.

    Existem vrios tipos de mercado. Aqui, ns veremos apenas as diferenas de

    cada mercado. As caractersticas e especificidades de cada um deles sero vistas mais frente em nosso curso (aulas 05 e 06).

    1 Em 2016, o Teste de Pr-seleo (TPS) foi bem mais difcil que o dos anos anteriores, indicando que a banca

    talvez mudado vrios de seus examinadores. Inclusive, as questes do TPS estavam mais complicadas que as

    questes da Terceira Fase.

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    Basicamente, so trs as variveis que diferenciam as estruturas de mercado:

    Nmero de firmas produtoras no mercado; Diferenciao do produto; Existncia ou no de barreiras entrada de novas empresas.

    Alguns autores ainda colocam outras variveis2, mas, para fins de concursos, estas trs so suficientes. Podemos classificar os mercados em: concorrncia perfeita, monoplio, concorrncia monopolstica, oligoplio, oligopsnio e monopsnio. Vejamos, sucintamente, as caractersticas principais de cada um deles:

    i. Concorrncia perfeita : nmero infinito de produtores e consumidores, produto transacionado homogneo, no h barreiras entrada de firmas e consumidores, perfeita transparncia de informaes entre consumidores e vendedores, perfeita mobilidade de fatores de produo. Exemplo mais prximo: mercado agrcola.

    ii. Monoplio : o oposto da concorrncia perfeita. H apenas uma empresa

    para inmeros consumidores. O produto no possui substitutos prximos e h barreira entrada de novas firmas. Exemplo: Companhias de energia eltrica dos municpios ou estados.

    iii. Oligoplio : pequeno nmero de firmas que dominam todo o mercado, os

    produtos podem ser homogneos ou diferenciados, com barreiras entrada de novas empresas.

    iv. Concorrncia monopolstica (ou imperfeita): muito semelhante concorrncia perfeita, com a diferena que o produto transacionado no homogneo3. Isto , cada firma possui o monoplio do seu produto/marca, que diferenciado dos demais. Exemplo: lojas de roupas (muitas firmas, muitos compradores, porm o produto diferenciado, cada loja possui o monoplio da sua marca).

    v. Monopsnio : a anttese do monoplio. Neste, h apenas um vendedor,

    enquanto, no monopsnio, existe apenas um comprador. o caso, por exemplo, de regies em que h vrias fazendas de gado e apenas um frigorfico. Naturalmente, este frigorfico ser o nico comprador (monopsonista) da carne das fazendas.

    vi. Oligopsnio : de forma inversa ao oligoplio, no oligopsnio, existe um grupo

    de compradores que dominam o mercado. Temos como exemplo o mercado de peas automotivas em que um pequeno grupo de compradores (Ford, GM, Fiat, etc) adquirem grande parte da produo de peas automotivas.

    2 Mobilidade dos fatores de produo e conhecimento de tecnologia. 3 Apesar de no serem homogneos, os produtos transacionados so semelhantes e facilmente substituveis

    entre si.

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    No confunda concorrncia monopolstica com monoplio. O primeiro um mercado concorrencial, onde cada produtor detm o monoplio do seu produto/marca. Veja que, apesar de a firma inserida em uma concorrncia monopolstica deter o monoplio de seu produto, ela est inserida dentro de uma concorrncia. Ou seja, ela no a nica produtora no mercado (no monopolista).

    01. (CESPE/Unb - Analista Administrativo e Financeiro - Cinci as Econmicas SEGER/ES) - Mercados organizados sob a forma de concorrncia monopolista envolvem um nmero relativam ente grande de firmas que operam de forma no-colusiva e caracterizam -se por adotarem estratgias de diferenciao do produto . Comentrios: Operar de forma no-colusiva significa operar de forma que no seja imprpria. Desta forma, est correta a assertiva, pois as firmas inseridas em uma concorrncia monopolsitca concorrem ferozmente entre si, o que as diferencia de uma concorrncia perfeita o fato de que cada firma possui monoplio sobre o seu produto. Ou seja, elas adotam estratgias de diferenciao para seus produtos. GABARITO: Certo 02. (CESPE/Unb Analista de meio ambiente SEAMA) - Na agricultura, a presena de muitos estabelecimentos agrcolas, aliada a relativa homogeneidade do produto e inexistncia de barreira s entrada, faz que esse mercado seja uma boa ilustrao da concorrncia perfeita . Comentrios: A agricultura o exemplo clssico da existncia da concorrncia perfeita. Em qualquer livro de microeconomia, o autor exemplificar esta estrutura de mercado citando a agricultura. Gabarito: Certo

    Agora, comearemos a estudar a demanda e a oferta, levando-se em conta a

    existncia de um mercado de concorrncia perfeita. Essa suposio facilita a anlise do papel das foras da demanda e oferta sobre o preo e quantidades transacionadas no mercado. Para fins de prova, quando esse assunto cobrado, essa suposio tambm est implcita nas questes.

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    Preos

    6 A

    Curva de demanda: QD = 14 2P Figura 01

    B 2

    10 2 Quantidade de produtos

    1. DEMANDA

    A demanda ou procura de um bem simplesmente a quantidade deste bem que os consumidores/compradores desejam adquirir a determinado preo, em determinado perodo de tempo.

    Dentro desta ideia, surge o conceito fundamental de curva de demanda de um bem. Ela informa, graficamente, a quantidade que os consumidores desejam comprar medida que muda o preo unitrio. A primeira pergunta que vem cabea a seguinte: Como seria esta curva?

    Para descobrir o jeito ou formato da curva, devemos saber qual a relao que existe entre as variveis que constam no grfico em que ela est. No grfico da curva de demanda, temos a quantidade de bens demandados no eixo X (eixo horizontal ou eixo das abscissas), e temos o preo do bem no eixo Y (eixo vertical ou eixo das ordenadas), conforme vemos na figura 01. Ento, temos que descobrir qual a relao existente entre o preo do bem e a quantidade demandada.

    Imaginemos um bem qualquer. Vamos adotar, como exemplo, o bem Cerveja. O que aconteceria com a quantidade demandada de cervejas caso seu preo estivesse bastante baixo? O que aconteceria com a quantidade demandada de cervejas caso seu preo estivesse alto? As respostas so bastante bvias: teramos alta e baixa quantidade demandada, respectivamente.

    A concluso a que chegamos a seguinte: a quantidade demandada ou procurada de um bem varia inversamente em relao ao seu preo. Em outras palavras, quanto mais caro est o bem, menos ele demandado. Quanto mais barato est o bem, mais ele demandado. Esta a milenar lei da demanda, e qualquer um de ns quando vai ao mercado fazer compras aplica esta lei, ainda que inconscientemente.

    Pois bem, voltando curva de demanda, como ela seria? Quando as duas variveis do grfico atuam em sentido inverso, isto , uma aumenta e a outra diminui e/ou vice-versa, como o caso dos preos e quantidades demandadas, a curva do grfico ter inclinao para baixo. Pegue como exemplo a seguinte funo de demanda (QD = quantidade demandada e P = preo) de cervejas e seu respectivo grfico:

    QD = 14 2P (esta equao apenas um exemplo)

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    Veja que no ponto A o preo 6 e a quantidade demandada 2 cervejas (QD = 14 2P QD = 14 2.6 = 14 12 = 2). medida que reduzimos o preo de 6 para 2, a quantidade demandada aumentou de 2 para 10 (QD = 14 2P QD = 14 2.2 = 14 4 = 10). Ou seja, enquanto o preo cai, a quantidade demandada sobe. Temos uma relao inversa e quando isto acontece, a curva tem sua inclinao para baixo.

    Existem vrias outras maneiras de expressar que a curva tem sua inclinao para baixo e que existe uma relao inversa entre a varivel do eixo Y e a varivel do eixo X. Voc tem que estar familiarizado com todas estas nomenclaturas. Assim, podemos dizer que a curva de demanda tem inclinao para baixo, decrescente, descendente ou negativa.

    Do ponto de vista algbrico, sabemos que a curva de demanda ser decrescente pelo sinal negativo do nmero/coeficiente que multiplica alguma das variveis. Assim, na equao da demanda apresentada, QD = 14 2P, o sinal negativo que multiplica a varivel P (Preo) garante a relao inversa entre QD e P, indicando que quando uma varivel aumenta, a outra diminui e vice-versa, orientando, assim, a inclinao decrescente da curva de demanda.

    Voc pode estar se perguntando se esta regra ou lei (preo aumenta demanda cai) vlida indistintamente para todos os bens da economia. Ser que existe algum tipo de bem cujos consumidores decidam aumentar a demanda a partir de um aumento de preo? Ou reduzir a demanda depois de uma reduo de preo? A resposta sim!

    Exceo lei da demanda : existe um tipo de bem que no obedece lei da

    demanda: o bem de Giffen . Ele a nica exceo para a lei da demanda. Para este bem, aumentos de preo geram aumentos de quantidade demandada e redues de preo geram reduo de quantidade demandada. Ento veja que as variveis preo e quantidade demandada caminham no mesmo sentido, indicando que a curva de demanda do bem de Giffen ter inclinao positiva, direta, ascendente ou crescente. O paradoxo de Giffen uma situao muito difcil de ser verificada na prtica. Como exemplo deste tipo de bem, temos os bens de baixo valor, mas que possuem elevada importncia no consumo do indivduo. Por exemplo, suponha uma situao em que temos uma famlia pobre diante da ocorrncia de um aumento no preo do po. Como a renda da famlia bastante baixa, o aumento do preo do po far com que sobre menos renda para o consumo de outros bens, de forma que a famlia optar por aumentar o consumo de pes. Neste caso singular, ocorre o paradoxo de Giffen e o po ser um bem de Giffen, pois o aumento de preos provocou aumento das quantidades demandadas. Vimos, ento, neste tpico que a quantidade demandada de um bem

    depende de seu preo e que essa relao inversa, ocasionando uma curva de demanda negativamente inclinada, decrescente, descendente ou com inclinao para baixo. Vimos tambm que o raciocnio deve ser inverso se o bem for de Giffen.

    Por fim, devo dizer que a ideia da curva de demanda nos mostrar a

    disposio de compra do consumidor. Ou seja, a curva de demanda nos mostra qual seria a quantidade demandada de determinado produto, para cada nvel de

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    preo. Desta forma, entenda que a curva de demanda nos mostra a quantidade de determinado bem que o consumidor est disposto a adquirir . No significa, necessariamente, que o consumidor est efetivamente comprando aquela quantidade de bens.

    Aviso: ao longo da teoria da aula em PDF, eu vou colocar vrias questes

    do Cespe/Unb para voc fixar melhor o que acabou de ler. Quando voc acabar de ler a aula, haver ainda uma lista adicional de questes, ressaltando que as questes do final da aula sero exclusivamente de concursos anteriores do CACD. Assim, voc estuda a aula e j fica bem ligado de que maneira o examinador pode cobrar os assuntos estudados.

    03. (CESPE/Unb ANTAQ - Especialista em Regulao de Servios Pblicos de Telecomunicaes rea Economia ) - O paradoxo de Giffen, que constitui uma exceo regra geral da demanda, consistente c om a existncia de uma curva de demanda positivamente inclinada para determin ados bens . Comentrios: Moleza, no?! Todo bem de Giffen possuir a curva de demanda positivamente inclinada, o que significa que aumentos de preo provocaro aumentos das quantidades demandadas, e vice-versa. Gabarito: Certo 04. (CESPE/Unb Economista ECT) - A demanda do consumidor definida como a quantidade de bens e servios que o consumido r est disposto a adquirir em determinado perodo de tempo. A demanda r epresenta o desejo de comprar um bem, e no a sua efetiva realizao. Comentrios: A curva de demanda nos mostra a quantidade de determinado bem que o consumidor est disposto a adquirir . No significa, necessariamente, que o consumidor est efetivamente realizando a compra daquele bem. Gabarito: Certo

    1.1. Fatores que afetam a demanda

    A demanda de um bem depende de uma srie de outros fatores que vo alm simplesmente do preo deste bem:

    Preo : j visto no item de introduo Demanda.

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    Renda do consumidor : na maioria das vezes, o aumento de renda

    provoca o aumento da demanda.

    Preos de outros bens : se o consumidor deseja adquirir arroz, ele tambm verificar o preo do feijo, j que o consumo destes bens associado. O mesmo ocorre com o preo do DVD e do aparelho de DVD. Quando o consumo de um bem associado ao consumo de outro bem, dizemos que estes bens so complementares. De forma oposta, quando o consumo de um bem substitui ou exclui o consumo de outro bem, dizemos que estes bens so substitutos ou sucedneos. o que acontece, neste ltimo caso, com a manteiga e a margarina, refrigerante e suco, carne bovina e carne de frango, etc.

    Outros fatores : aqui entram os gostos, hbitos e expectativas dos

    consumidores que podem variar devido a inmeros fatores. Exemplos: a demanda de protetores solar aumenta no vero, a demanda de carvo para churrasco maior no Sul do Brasil, a demanda por camisas da seleo brasileira aumenta em poca de copa do mundo, a no realizao de concursos pblicos diminui a demanda de cursos, etc. Assim, podemos listar como outros fatores:

    1) Expectativas dos consumidores : quanto renda futura (se eles esperam que sua renda v aumentar, a demanda tende a aumentar). Quanto ao comportamento futuro dos preos (se eles esperam que os preos vo aumentar, a demanda tende a aumentar, para evitar comprar produtos mais caros no futuro). Quanto disponibilidade futura de bens (se o consumidor acredita que determinada mercadoria poder faltar futuramente no mercado, ele poder aumentar a demanda por esse bem, precavendo-se de sua falta no futuro).

    2) Mudana no nmero de consumidores no mercado : o aumento de consumidores aumenta a demanda pelo consumo de bens. Exemplo: os comerciantes de Campos do Jordo (SP) ou Gramado (RS) compreendem perfeitamente que, durante as frias escolares de inverno, no meio do ano, h substancial aumento da demanda por praticamente todos os servios locais. Isso ocorre devido ao aumento no nmero de consumidores. Com o trmino das frias, as famlias retornam s suas origens e a demanda pelos servios se reduz.

    3) Mudanas demogrficas : a demanda por muitos produtos est, por exemplo, estreitamente ligada composio etria da populao, bem como sua distribuio pelo pas. Exemplo: lugares onde a populao composta em sua maioria por jovens apresentaro maior demanda por produtos associados a esse pblico (calas jeans, restaurantes fast food, danceterias, etc).

    4) Mudanas climticas : a demanda por produtos estritamente ligados estao mais quente (culos de sol, sungas de banho, etc) so mais demandadas no vero e menos demandadas no inverno.

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    Preos

    P2 Deslocamento sobre a curva de demanda

    Figura 02

    D P1

    Quantidades Q1 Q2

    A demanda de um bem, portanto, depende no s dos vrios fatores listados acima, mas, sobretudo, da ao conjunta deles. Para que os economistas consigam analisar a influncia de uma varivel na demanda, utiliza-se a suposio de que todas as outras variveis permanecem constantes. No jargo econmico utilizada a hiptese do coeteris paribus , que quer dizer: todo o restante permanecendo constante.

    Por exemplo, ao afirmamos que o aumento da renda, coeteris paribus, aumenta a demanda de um bem, estamos afirmando que devemos considerar isoladamente o aumento de renda na demanda. Esta observao muito importante para questes de concursos pblicos. Assim, quando uma questo solicitar as implicaes sobre a demanda oriundas de algum acontecimento, deve-se raciocinar exclusivamente sobre aquele acontecimento em especial. Alerto ainda que a hiptese do coeteris paribus deve ser sempre adotada quando formos resolver as questes de concurso, ainda que a banca examinadora no mencione expressamente a hiptese no enunciado da questo.

    1.2. Alterando a demanda Vamos analisar agora como os fatores do item anterior afetam a curva de demanda:

    a) PREOS: quando os preos dos produtos sobem, a quantidade demandada cai, e vice-versa. A principal concluso a que chegamos que a mudana de preos ocasiona deslocamentos NA curva de demanda, AO LONGO DA CURVA.

    Na figura 02, acima, vimos que o aumento de preos (de P1 para P2) provocou uma reduo na quantidade demandada (de Q1 para Q2). Para que isto ocorresse a curva de demanda no precisou sair do lugar, pois nos deslocamos na curva, sobre a curva ou, ainda, ao longo da curva de demanda.

    b) RENDA DO CONSUMIDOR: para os bens ditos normais , aumentos de

    renda dos consumidores, coeteris paribus, provocam aumento da demanda (veja que estamos falando em aumento da demanda e NO aumento da

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    Bem normal: aps o aumento de renda, D1 se desloca para D2

    Fig. 03

    D2 P

    D1 D1 Q2 Q1 Q1

    quantidade demandada4). Veja, graficamente, o que acontece com a curva de demanda de um bem normal aps um aumento de renda dos consumidores:

    Aps o aumento de renda, TODA a curva de demanda se desloca para a direita, indicando maiores quantidades demandadas ao mesmo nvel de preos. Caso tenhamos um bem inferior, que, por definio, o bem cuja demanda diminui quando o nvel de renda do consumidor aumenta, o raciocnio diferente. Neste caso, aumentos de renda faro com que a curva de demanda se desloque para a esquerda, indicando menor demanda. Como exemplo, temos a carne de segunda. Aps um aumento de renda, o consumidor tende a diminuir o consumo da carne de segunda e a aumentar o consumo de carne de primeira (melhor qualidade). Veja, graficamente, o efeito de um aumento de renda para um bem inferior 5:

    4 Normalmente, por questes didticas, fazemos uma diferenciao entre os significados de

    SW;S; W ;S;SW SW;S;S; Q;S SWI; ; S; I; SW SW;S; SW W W ;W;N? S; ;S;SW SW;S;S; P ;S ;S SWI; S; ; I; SW SW;S; SW W = ;W;N? S; SW;S; W; W? semntica, mas que geralmente adotada nos manuais acadmicos da matria. 5 Aqui, ns exemplificamos a carne de segunda como sendo um bem inferior. Mas, na verdade, a

    definio de bem inferior depende do consumidor de que estamos tratando. No caso de voc que

    est lendo este curso, acredito que tenha ficado bastante claro que a carne de primeira seria um

    bem normal e a carne de segunda seria um inferior. No entanto, pense em uma pessoa

    extremamente pobre que s tem dinheiro para comer ovo frito, todo dia. Para ela, aumentos de

    renda podem fazer com que ela reduza o consumo de ovo frito e aumente o consumo de carne de

    segunda. Assim, para este consumidor mais pobre, em decorrncia do seu nvel de renda e de sua

    estrutura de preferncias, o ovo frito que ser o bem inferior, e a carne de segunda ser o bem

    normal. Assim, a definio de bem inferior depende da renda do consumidor e da sua estrutura de preferncias (veremos isso mais profundamente na aula de teoria do consumidor).

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    Bem inferior: aps o aumento de renda, D1 se desloca para D2

    Fig. 04

    D1 P D1

    D2

    Q1 Q1 Q2

    Aps o aumento de preo de um bem substituto

    Fig. 05

    D2 P

    D1 D1

    Q2 Q1 Q1

    Concluso: ento, vimos que o aumento de renda provocar aumento da demanda, se o bem for normal; e reduo da demanda, se o bem for inferior. Se uma questo de concurso informar apenas que h aumento de renda, sem mencionar se o bem normal ou inferior, considere que o mesmo normal, que a regra geral adotada.

    c) PREOS DE OUTROS BENS: 1) Bens substitutos : os preos de outros bens relacionados podem

    influenciar a demanda de um bem X. Quando o consumo de um bem relacionado exclui o consumo de outro bem, dizemos que estes bens so substitutos. o que acontece, por exemplo, com a carne bovina e a carne suna. O que acontecer com a demanda de carne suna se o preo da carne bovina se elevar? A lei da demanda diz que a quantidade demandada de carne bovina ir diminuir. Como as carnes bovina e suna so substitutas, os consumidores iro substituir o consumo de carne bovina por carne suna, por conseguinte, a demanda por carne suna aumentar em virtude do aumento de preos da carne bovina. Veja, graficamente, o resultado sobre a curva de demanda de carne suna aps o aumento do preo de um bem substituto:

    Caso haja diminuio do preo de um bem substituto ocorrer justamente o raciocnio inverso. Tomemos como exemplo novamente o exemplo das carnes bovina e suna. O que acontecer com a demanda de carne suna se o preo da carne bovina for reduzido? A lei da demanda nos diz que a quantidade demandada de carne bovina aumentar. Como os bens so substitutos, a maior demanda de carne bovina implicar obrigatoriamente uma menor demanda de carne suna. Observe, graficamente, o resultado provocado sobre a curva de demanda de carne suna aps a diminuio de preos da carne bovina:

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    Aps reduo de preo de um bem substituto, D1 se desloca para D2 Fig. 06

    D1 D1

    P

    D2

    Q1 Q2 Q1

    Aps a reduo de preo de um bem complementar

    Fig. 07

    D2 P

    D1 D1

    Q2 Q1 Q1

    Ento, temos as seguintes concluses considerando os bens X e Y sendo substitutos: PY aumenta QDY diminui QDX aumenta ao mesmo nvel de preos curva de demanda de X se desloca para a direita

    PY diminui QDY aumenta QDX diminui ao mesmo nvel de preos curva de demanda de X se desloca para a esquerda

    2) Bens complementares : quando o consumo de um bem associado ao

    consumo de outro bem, dizemos que estes so complementares. o que ocorre com o arroz e o feijo, terno e gravata, po e manteiga, etc. O que acontecer com a demanda de feijo se o preo do arroz diminuir? A lei da demanda nos diz que, com a diminuio do preo do arroz, a quantidade demandada de arroz deve aumentar. Como o consumo dos bens complementar, o maior consumo de arroz deve aumentar a demanda de feijo, j que as pessoas geralmente comem arroz com feijo. Veja, graficamente, o efeito sobre a curva de demanda de um bem aps a diminuio de preo de outro bem que seja complementar quele:

    Caso ocorra um aumento de preo de um bem complementar, o raciocnio justamente o inverso. O que acontecer com o consumo de feijo se o preo do arroz aumentar? A lei da demanda nos diz que a quantidade demandada de arroz deve diminuir. Esta diminuio do consumo de arroz vai provocar a diminuio do consumo de feijo, tendo em vista os bens serem complementares. Veja, graficamente, o efeito sobre a curva de

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    Aps o aumento do preo de um bem que seja complementar Fig. 08

    D1 D1 P

    D2

    Q1 Q1 Q2

    demanda de um bem aps o aumento do preo de um bem que seja complementar quele:

    Para concluir, temos as seguintes relaes para os bens X e Y, complementares: PY aumenta QDY diminui QDX tambm diminui ao mesmo nvel de preos curva de demanda de X se desloca para a esquerda.

    PY diminui QDY aumenta QDX tambm aumenta ao mesmo nvel de preos curva de demanda de X se desloca para a direita.

    d) OUTROS FATORES: aqui, conforme j comentado, podemos ter infinitas

    variveis que influenciam a curva de demanda de um bem. Entre elas, podemos destacar o clima (demanda de culos de sol aumenta no vero e diminui no inverno), a poca (no Natal, a demanda da grande maioria dos bens aumenta), a publicidade e propaganda (ter uma grande modelo como garota-propaganda pode impulsionar a demanda de determinada marca de roupas), o tamanho do mercado (se h um aumento do nmero de consumidores devido a um movimento migratrio, por exemplo, a demanda pela maioria dos bens ser maior), etc. Aqui neste item, a exemplo do que aconteceu nos itens b) e c), estamos falando do deslocamento da curva de demanda como um todo, de forma que ela se desloca para a direita ou para a esquerda. Apenas para exemplificar, imagine a curva de demanda do bem cerveja. O que aconteceria com esta curva de demanda caso fosse anunciada uma descoberta cientfica de que a cerveja previne cncer, ataques do corao e impotncia? (seria incrvel, no?!) A demanda por cerveja aumentaria e TODA a curva de demanda de cerveja se deslocaria para a direita, no sentido de aumento do consumo:

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    Aps o anncio da descoberta Fig. 09

    D2 P

    D1 D1

    Q2 Q1 Q1

    Importante : Mudanas no preo de um bem X provocam deslocamentos NA, AO LONGO, SOBRE a curva de demanda (a curva fica no mesmo lugar), enquanto qualquer mudana em quaisquer outros fatores que no seja o preo do bem p rovoca deslocamento DA curva de demanda (a curva inteira sai do lugar).

    Enunciado para as questes 03 e 04: nos ltimos anos, observou-se o crescimento substancial do mercado de produtos agrcol as orgnicos, impulsionado pela disseminao de hbitos de vida ma is saudveis. Quanto ao funcionamento desse mercado, julgue os itens. 05. (CESPE/Unb Analista de Controle Externo TCE/AC) - Estudos cientficos que mostram que os benefcios de exerccios fsicos so potencializados pelo consumo de produtos orgnicos aum entam a quantidade demandada, porm, no alteram a posio da curva de demanda de mercado para esses bens . Comentrios: Os estudos cientficos que mostram os benefcios do consumo de produtos orgnicos agem na expectativa e no gosto dos consumidores, no sentido de aumentar a demanda por esses produtos. Assim, devemos deslocar toda a curva de demanda para a direita, havendo, portanto, alterao de sua posio (lembre que somente alteraes no preo, em que h deslocamento ao longo da curva, mantm a curva no mesmo lugar). Gabarito: Errado 06. (CESPE/Unb Analista de Controle Externo TCE/AC) - Supondo- se que esses produtos sejam bens normais, o aumento na r enda dos consumidores reduzir o consumo, para qualquer nvel de preo desses alimentos .

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    Comentrios: Para os bens normais, aumentos na renda provocam aumento da demanda. H, portanto, aumento no consumo quando h aumento de renda (p/ bens normais). Gabarito: Errado 07. (CESPE/Unb ANTAQ - Especialista em Regulao de Servios Pblicos de Telecomunicaes rea Economia) - O grfico que relaciona a demanda de determinado bem com o preo de outro bem, que seja substituto ou concorrente do primeiro, apresenta uma inclinao crescente . Comentrios: Para sabermos se a inclinao de um grfico crescente (positiva) ou decrescente (negativa), devemos conhecer a relao entre a varivel do eixo das abscissas (eixo horizontal) e a varivel do eixo das ordenadas (eixo vertical). Se a relao for direta (uma varivel aumenta, a outra aumenta tambm), a inclinao ser crescente. Caso contrrio ser decrescente. Vamos analisar a relao que existe entre o preo de um bem (Y) e a demanda de outro bem que seja substituto (bem X), que so as variveis do grfico citado pela questo. Caso o preo de Y aumente, pela lei da demanda, haver reduo nas quantidades demandadas de Y. Como X e Y so substitutos, haver aumento na demanda de X. Ou seja, h uma relao direta: aumenta o preo de Y, aumenta a demanda de X. Portanto, o grfico que relaciona a demanda de um bem com o preo de outro bem que seja seu substituto possui inclinao crescente. Gabarito: Certo

    2. OFERTA

    A oferta de um bem simplesmente a quantidade deste bem que os produtores/vendedores desejam vender a determinado preo, em determinado perodo de tempo.

    Dentro desta ideia, surge o conceito fundamental de curva de oferta de um bem. Ela informa, graficamente, a quantidade que os vendedores desejam vender medida que muda o preo unitrio.

    Ns vimos, no estudo da curva de demanda, que quanto maior for o preo, menores sero as quantidades demandadas pelos consumidores. No entanto, do ponto de vista da oferta, devemos mudar a forma de raciocnio, isto porque quem dita a oferta so os produtores e no mais os consumidores.

    Do ponto de vista dos produtores, quanto maior for o preo de um bem melhor ser. Maiores preos indicam maiores lucros e maiores sero os incentivos para aumentar a produo. Desta forma, h uma relao diretamente proporcional

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    Preos

    6 B

    Curva de oferta: QO = 1 + 2P

    Figura 10

    A 2

    13 5 Quantidade de produtos

    entre os preos e as quantidades ofertadas. Assim, o grfico da curva de oferta ter inclinao para cima, ascendente, crescente ou positiva.

    Imagine a seguinte funo de oferta (QO = quantidade ofertada e P = preo) e seu respectivo grfico:

    QO = 1 + 2P (esta equao um mero exemplo)

    Veja que no ponto A o preo 2 e a quantidade ofertada 5 (QO = 1 + 2P

    QO = 1 + 2.2 = 5). medida que aumentamos o preo de 2 para 6, a quantidade ofertada aumentou de 5 para 13 (QO = 1 + 2P QO = 1 + 2.6 = 13). Ou seja, enquanto o preo sobe, a quantidade ofertada sobe. Temos uma relao direta e quando isto acontece, a curva tem sua inclinao para cima, crescente ou ascendente.

    Do ponto de vista algbrico, sabemos que a curva de oferta ser ascendente pelo sinal positivo do nmero/coeficiente que multiplica as duas variveis. Assim, na equao de oferta apresentada, QO = 1 + 2P, o sinal positivo que acompanha as variveis QO e P garante a relao direta entre QO e P, indicando que, quando uma varivel aumenta, a outra tambm aumenta e vice-versa, orientando, assim, a inclinao crescente da curva de oferta.

    2.1. Fatores que afetam a oferta Similarmente demanda, a oferta influenciada por vrios fatores alm do preo:

    Preo do bem : j visto.

    Custos de produo : quanto maiores os custos de produo, menor o estmulo para ofertar o bem ao mesmo nvel de preos. Quanto menores os custos de produo, maior ser o estmulo para ofertar o bem. Como exemplo de custos de produo, podemos apresentar os tributos, salrios dos empregados, taxas de juros, preo das matrias-primas, etc.

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    Aps o corte de tributos

    O1 O1 Fig. O2

    P

    Q1 Q2 Q1

    Tecnologia : o aumento de tecnologia estimula o aumento da oferta, tendo

    em vista que o desenvolvimento da tecnologia, geralmente, implica redues do custo de produo e aumento da produtividade.

    Preos de outros bens : se os preos de outros bens (que usam o

    mesmo mtodo de produo) subirem enquanto o preo do bem X no se altera, obviamente, os produtores procuraro ofertar aquele bem que possui o maior preo e lhe trar maiores lucros.

    Outros fatores : aqui, a exemplo da demanda, temos uma infinidade de

    fatores que podem alterar a oferta. Apenas para citar um exemplo, uma superoferta de qualquer produto agrcola pode ter sido causada por uma excelente safra, devido a boas condies climticas no campo. Outro exemplo: a expectativa de aumento da demanda por um bem tambm leva os produtores a aumentar a oferta deste bem, visando maiores lucros (um produtor, meses antes do Natal, j comea a produzir mais mercadorias, em razo da expectativa de aumento da demanda durante o ms de dezembro).

    Da mesma maneira que ocorre na curva de demanda, alteraes de preos

    provocam deslocamentos ao longo da curva de oferta (ela continua no mesmo lugar). Alteraes nos custos de produo, tecnologia, preos de outros bens e outros fatores provocam deslocamentos de toda a curva de oferta.

    O mtodo de raciocnio idntico ao da curva de demanda. Quando tivermos alguma alterao no sentido de aumentar a oferta, ela como um todo ser deslocada para a direita, com exceo de alterao nos preos em que o deslocamento ser ao longo da curva. Exemplo: vejamos na figura 11 o que acontece com a curva de oferta caso o governo decida fazer um corte de tributos sobre a produo:

    Observe que fatores que aumentam a oferta provocam deslocamentos para a

    direita, assim como ocorre na curva de demanda. A diferena bsica que, na curva de oferta, alm de ser deslocada para a direita, a curva tambm deslocada para baixo. Isto acontece porque a curva de oferta tem inclinao para cima ou ascendente, j a curva de demanda tem inclinao para baixo ou descendente.

    Memorize apenas que aumentos de oferta ou de demanda fazem com que estas curvas se desloquem para a direita, caminhando, no eixo das abscissas do grfico, para maiores quantidades demandadas ou ofertadas.

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    Se a curva ir para cima ou para baixo, isto depender da inclinao da curva. Como a curva de demanda descendente, seu deslocamento ser para a direita e para cima. Como a curva de oferta ascendente, seu deslocamento ser para a direita e para baixo. Caso haja redues de oferta ou demanda, o raciocnio inverso.

    08. (CESPE/Unb Economista ECT) - A relao indireta entre o preo de um bem de consumo e o desejo de produzi-lo verifica da na curva de oferta. Isso decorre do fato de que, ceteris paribus, um aumen to no preo de mercado do referido bem tende a aumentar a lucratividad e das empresas, estimulando-as a elevar a produo desse bem. Comentrios: O nico erro da assertiva est logo em seu incio, onde fala em relao indireta entre o preo de um bem de consumo e o desejo de produzi-lo. Na curva de oferta, a relao entre preo e quantidade ofertada direta , e no indireta como foi postado. Gabarito: Errado 09. (CESPE/Unb ANTAQ - Especialista em Regulao de Servios Pblicos de Telecomunicaes rea Economia) - Um servidor recm-nomeado da ANTAQ foi testado pelo seu supervisor, que lhe pediu que desenhasse um grfico da curva de oferta de transportes aquavirios, demonstrando uma elevao na quantidade ofertada decorr ente do aumento de preo desse tipo de servio. Nessa situao hipotti ca, para atender corretamente solicitao recebida, o referido servido r deve apresentar um grfico com deslocamento da curva de oferta para a dire ita. Comentrios: A simples alterao no preo do servio provocar deslocamento AO LONGO da curva, isto , no haver deslocamento da curva inteira. Gabarito: Errado

    3. O EQUILBRIO Agora que estudamos a demanda e oferta de bens, podemos definir o preo e quantidade de equilbrio de mercado. importante destacar que qualquer resultado do mercado de bens, seja no preo ou quantidade de equilbrio, fruto da interao entre as foras de demanda e oferta. Parafraseando o economista Alfred Marshall, um dos pioneiros no estudo da demanda e oferta: necessrio tanto a

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    Curva de oferta Preos

    E PE Figura 12

    Curva de demanda

    Quantidade de produtos QE

    Excesso O

    Figura 13

    O Preos

    P1

    PE E PE Escassez

    P0

    D D Quantidade de produtos QO QD QE QD QO QE

    PREO MENOR PREO MAIOR

    demanda como a oferta para determinar resultados econmicos, da mesma forma como so necessrias as duas lminas de uma tesoura para cortar um tecido. Pois bem, dadas duas curvas, uma de demanda e outra de oferta, o preo e a quantidade de equilbrio estaro exatamente no ponto onde a demanda iguala a oferta:

    No caso acima, o ponto E o ponto exato em que, a determinado nvel de

    preos, PE (Preo de equilbrio), as quantidades ofertadas so iguais s quantidades demandadas. Isto quer dizer que o mercado est em equilbrio, no h excesso de demanda nem de oferta.

    Veja agora o que acontece caso seja praticado um preo menor ou maior que o preo de equilbrio:

    No grfico da esquerda, temos um preo P0 abaixo do equilbrio. Neste caso, a quantidade ofertada QO menor que a quantidade demandada QD. A diferena entre a quantidade demandada QD e a quantidade ofertada QO representa a escassez no mercado deste bem. Para restabelecer o equilbrio, o preo deve ser elevado para que a quantidade ofertada aumente e a quantidade demandada diminua.

    No grfico da direita, temos um preo P1 acima do equilbrio. Neste caso, a quantidade ofertada QO maior que a quantidade demandada QD. A diferena entre

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    Novo equilbrio

    Figura 14

    Equilbrio inicial

    O O Preos

    E2

    E1

    PE2

    PE1 E1 PE1 D2

    D1 D1

    QE1 QE1 QE2 Quantidade de produtos

    a quantidade ofertada QO e a quantidade demandada QD representa o excesso no mercado deste bem. Para restabelecer o equilbrio, o preo deve ser reduzido para que a quantidade ofertada diminua e a quantidade demandada aumente.

    3.1. Alterando o equilbrio e a dinmica de formao dos preos Agora que sabemos os diversos fatores que alteram a demanda e a oferta, bem como que o preo e quantidade de equilbrio so atingidos quando a oferta iguala a demanda, vamos utilizar os conhecimentos adquiridos para saber quais os reflexos sobre o preo e quantidade de equilbrio aps o surgimento de fatores que alteram a demanda ou a oferta de bens. Veremos apenas alguns exemplos para clarear o raciocnio.

    Desde j, gostaria de dizer que no aconselhvel decorar nada do que ser dito, mas apenas aprender o mtodo de raciocnio e a forma com que as curvas so deslocadas, ora para a direita, ora para a esquerda. Aprender esta sistemtica a nossa meta, pois ela que nos permitir resolver as questes de prova com maior segurana. Exemplo 1 : Qual o efeito sobre preo e quantidade de equilbrio de um bem X, transacionado em um mercado competitivo (os mercados ainda sero estudados com mais detalhes mais frente em nosso curso), aps o aumento do preo de um bem Y, substituto de X?

    Aps o aumento de preo de Y, pela lei da demanda, a quantidade demandada de Y diminui. Como X e Y so substitutos, os consumidores substituiro o consumo de Y pelo consumo de X, isto , a demanda de X aumenta, provocando o deslocamento de toda a curva de demanda de X para a direita (de D1 para D2). Como resultado deste deslocamento, temos um novo ponto de equilbrio E2, onde temos novo preo de equilbrio PE2 e nova quantidade de equilbrio QE2. Concluso: o aumento de preo de um bem substituto Y provoca aumento de preos e quantidades transacionadas do bem X.

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    Novo equilbrio

    Equilbrio inicial

    O

    Figura 15

    O Preos

    E1

    E2 PE1 E1 PE1

    PE2

    D1 D1

    D2

    QE1 QE2 QE1 Quantidade de produtos

    Novo equilbrio

    Equilbrio inicial

    O1 O1 Preo

    s PE2 E2

    E1 PE1 E1 PE1

    D D Quantidade de produtos QE2 QE1 QE1

    Exemplo 2 : Qual o efeito sobre preo e quantidade de equilbrio de um bem X, transacionado em um mercado competitivo, aps o aumento do preo de um bem Y, complementar de X?

    Aps o aumento de preo de Y, pela lei da demanda, a quantidade demandada de Y diminui. Como X e Y so complementares, os consumidores, ao diminurem o consumo de Y, tambm diminuem o consumo de X, isto , a demanda de X diminui, provocando o deslocamento de toda a curva de demanda de X para a esquerda (de D1 para D2). Como resultado deste deslocamento, temos um novo ponto de equilbrio E2, onde temos novo preo de equilbrio PE2 e nova quantidade de equilbrio QE2. Concluso: o aumento de preo de um bem complementar provoca reduo de preos e quantidades transacionadas do bem X. Exemplo 3 : Qual o efeito sobre preo e quantidade transacionada do bem X, transacionado num mercado competitivo, aps um aumento de tributao sobre a produo?

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    Novo equilbrio O1 O1 Equilbrio

    inicial

    Figura 17 Preos

    O2 E1 PE1 E1 PE1

    PE2 E2

    D D

    QE1 QE1 QE2

    Aumentos de tributao sobre a produo aumentam os custos de produo e, como estamos falando em produo, este aumento de tributos influencia a oferta e no a demanda. Mais precisamente, reduzir a oferta. Esta diminuio da oferta provoca deslocamento de toda a curva de oferta para a esquerda. Observe que, pelo fato da curva de oferta ser positivamente inclinada, ela ser deslocada para a esquerda e para cima (de O1 para O2). Como resultado deste deslocamento, temos um novo ponto de equilbrio E2, onde temos novo preo e quantidade de equilbrio, PE2 e QE2, respectivamente. Concluso: o aumento de tributao sobre a produo provoca aumento de preos e reduo de quantidades transacionadas. ( tome cuidado! Se o aumento de tributao for sobre a renda das pessoas, esta tributao vai alterar a demanda e no a oferta). Exemplo 4: Qual o efeito sobre preo e quantidade transacionada do bem X, transacionado num mercado competitivo, aps o desenvolvimento de uma nova tecnologia de produo?

    Desenvolvimento de tecnologia afeta a produo, desta forma, influenciar a oferta. Mais precisamente, haver aumento de oferta e a curva ser deslocada para a direita. Isto acontece pois a tecnologia diminui os custos e aumenta a produtividade, elevando, assim, a oferta. Em virtude de a curva ser ascendente, ela, alm de se deslocar para a direita, ser deslocada tambm para baixo (de O1 para O2). Como resultado, teremos novo preo e quantidade de equilbrio, PE2 e QE2, respectivamente. Concluso: o desenvolvimento de nova tecnologia provocar reduo nos preos e aumento das quantidades transacionadas. Exemplo 5: Quais as consequncias de um congelamento de preos, abaixo do equilbrio, por parte do governo?

    Quantidade de produtos

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    O O Equilbrio inicial

    Figura 18

    Preos

    Escassez E1 PE1 E1 PE1

    D2 O2 PE2

    D D

    QOF QDEM QE1 QE1 Quantidade de produtos

    Antes de tudo, devemos atentar para o fato que foi falado to somente sobre alterao de preos. Desta forma, no haver deslocamento de nenhuma das duas curvas. Haver, apenas, deslocamento ao longo das curvas, conforme indicado pelas setas no grfico. Assim, quando o preo cai de PE1 para PE2, estaremos, no lado da oferta, no ponto O2, com as quantidades ofertadas QOF. No lado da demanda, estaremos no ponto D2 com as quantidades demandadas QDEM. Observe que, pelo fato de o preo estar abaixo do equilbrio6, as quantidades demandadas superam as quantidades ofertadas, havendo, portanto, escassez de bens (vocs se lembram dos congelamentos de preos na dcada de 80 e das filas nos aougues, supermercados, padarias, etc?).

    Com estes 05 exemplos, pudemos observar o efeito isolado de um aumento ou reduo da demanda, aumento ou reduo da oferta, e simples alterao de preo. No entanto, preste bem ateno, estes efeitos no devem ser decorados. Eles foram colocados apenas para efeito de ilustrao do mtodo de raciocnio, e esta sistemtica de raciocnio que voc deve adquirir e, de forma nenhuma, a simples memorizao dos efeitos. Dica estratgica : Ao se deparar com um problema em que voc tenha que

    descobrir, a partir de um acontecimento, os efeitos sobre o preo e quantidade de equilbrio de determinado bem, siga os passos abaixo :

    1 primeiro, verifique se este acontecimento uma simples alterao de preo. Se for, haver deslocamento ao longo da curva, provocando escassez se o preo estiver abaixo do equilbrio, ou excesso se o preo estiver acima do equilbrio.

    2 depois, verifique se o acontecimento afeta a demanda ou a oferta. Mudanas na renda do consumidor e nos preos de bens que tenham o consumo relacionado provocam deslocamentos da curva de demanda. Mudanas nos custos de produo (salrios, tributos, taxa de juros, preos de matrias-primas), tecnologia e

    6 Quando isto acontece o governo fixar um preo limite abaixo do equilbrio , dizemos que est ocorrendo uma poltica de preos mximos. Por outro lado, quando o governo fixa um limite mnimo de preo, que fixado acima do equilbrio, temos uma poltica de preos mnimos.

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    nos preos de bens que tenham a produo relacionada provocam deslocamentos da curva de oferta.

    3 verifique para onde vai determinada curva, se para a direita ou esquerda. Aumentos, sejam na demanda ou oferta, iro deslocar as curvas para a direita, no sentido de aumento de quantidades transacionadas, que esto representados no eixo horizontal, das abscissas. Redues, sejam na demanda ou oferta, iro deslocar as curvas para a esquerda.

    4 aps deslocar as curvas, verifique, por si s, as consequncias sobre o novo preo e quantidade transacionada do bem. Esteja habituado a esta sequncia e forma de pensar, pois elas so muito teis na hora de raciocinar durante as questes.

    Acerca do estudo da oferta e da demanda, que constitui u m importante tpico da cincia econmica, julgue os itens. 10. (CESPE/Unb - Analista de Controle Externo Cincias Econmicas TCE/AC) - A alta substancial do IBOVESPA, recentemente, aumenta a riq ueza do Brasil, provocando, assim, um deslocamento ao lon go da curva de demanda dos detentores de aes. Comentrios: A alta do IBOVESPA faz aumentar a riqueza dos consumidores que so detentores de aes (este o entendimento do CESPE: alta de aes provoca aumento de renda dos consumidores). Ou seja, h aumento de renda. Aumentos de renda, conforme vimos, provocam deslocamento de toda a curva de demanda (e no ao longo da curva). Lembre que somente alteraes de preos provocam alteraes ao longo da curva de demanda. Gabarito: Errado 11. (CESPE/Unb - Analista de Controle Externo Cincias Econmicas TCE/AC) - Os recordes sucessivos atingidos pelo preo do petrl eo no mercado internacional deslocam para baixo e para a d ireita a curva de oferta de produtos industriais. Comentrios: Os recordes nos preos do petrleo impactam diretamente a curva de oferta de produtos industriais. A alta do preo petrleo aumenta os custos de produo desses produtos industriais, j que o petrleo insumo importante nesse processo

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    (pessoal, eu sei que a questo no avisou que o petrleo insumo dos produtos industriais, mas isso algo que devemos deduzir. Esse o estilo deste tipo de questo). O aumento nos custos de produo reduz a oferta, provocando deslocamento de toda a curva para a esquerda e para cima. Gabarito: Errado Enunciado para as questes 10, 11 e 12: A teoria microeconmica estuda o processo de deciso dos agentes econmicos, incluind o-se, a, consumidores e produtores. A esse respeito, julgue o s itens a seguir. 12. (CESPE/Unb IEMA/SEAMA Analista de meio ambiente Cincias Econmicas ) - Considerando que, de acordo com o Estado de S. Paulo (31/8/2007), o Ministrio da Fazenda est preparando a i mplantao de desoneraes fiscais para o setor hoteleiro, correto afirmar que tais desoneraes, quando forem implementadas, deslocaro a curva de oferta desse setor para baixo e para a direita . Comentrios: A desonerao fiscal reduzir os custos de produo. Neste caso, haver estmulo oferta. Aumento de oferta implica dizer que a curva de oferta ser deslocada para a direta e para baixo. Gabarito: Certo 13. (CESPE/Unb IEMA/SEAMA Analista de meio ambiente Cincias Econmicas ) - A reduo da demanda por converses de veculos par a utilizao de gs natural veicular (GNV) compatvel com a baixa recente do preo do lcool, que, atualmente, em algumas regies, est praticamente igual ao preo do GNV . Comentrios: Em primeiro lugar, devemos entender que o GNV e o lcool so bens substitutos. Isto , o consumo de um substitui o consumo de outro. Neste caso, temos a seguinte situao:

    A baixa do preo do lcool, pela lei da demanda, aumenta a sua quantidade demandada. Como lcool e GNV so excludentes no consumo, haver reduo na demanda de GNV. A reduo na demanda de GNV, por fim, reduzir a demanda pelo servio de converses de veculos para utilizao de GNV. Esta ltima situao acontece porque o GNV e o servio de converso de veculos so bens complementares. Ou seja, a reduo na demanda de um (GNV) implica reduo na demanda do outro (servio de converso). Gabarito: Certo 14. (CESPE/Unb IEMA/SEAMA Analista de meio ambiente Cincias Econmicas ) - Pneus recauchutados constituem exemplos tpicos de bens inferiores. Comentrios:

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    Neste caso, a banca considerou pneus recauchutados como sendo um bem inferior. Bem inferior o bem que apresenta reduo de demanda aps o aumento de renda do consumidor. exatamente o que acontece com os pneus recauchutados. Quando h aumento de renda, a tendncia que o consumidor prefira comprar pneus novos, em melhores condies de segurana que os recauchutados. Gabarito: Certo Enunciado para as questes 13 e 14: O estudo da microe conomia, que analisa o comportamento individual dos agentes econmicos, f undamental para se avaliar a tomada de deciso no que se refere s ques tes econmicas. A esse respeito, julgue os itens a seguir. 15. (CESPE/Unb Ministro Substituto TCU) - O aumento dos salrios dos atores de televiso, por elevar o custo de produ o de seriados e telenovelas, reduz a quantidade disponvel desses prod utos e provoca um deslocamento ao longo da curva de oferta . Comentrios: O aumento dos salrios dos atores de televiso eleva os custos de produo de seriados e telenovelas. Neste caso, haver deslocamento de toda a curva de oferta para a esquerda e para cima. Gabarito: Errado 16. (CESPE/Unb Ministro Substituto TCU) - Ao contrrio da curva para os bens normais, a curva de demanda para os bens in feriores positivamente inclinada, o que se ope a lei da demanda . Comentrios: A nica exceo lei da demanda so os bens de Giffen. O bem inferior o bem cuja demanda cai com o aumento da renda. Assim, no exceo lei da demanda, que estatui que a demanda cai quando o preo sobe. Percebe-se, ento, que a lei da demanda relaciona as seguintes variveis: preo X demanda.

    A definio de bem inferior envolve a anlise de outras variveis: renda e demanda. Desta forma, no se pode concluir que necessariamente a curva de demanda de um bem inferior ser positivamente inclinada.

    Obs: na prxima aula, ns estudaremos detalhadamente os bens de Giffen e inferiores. Inclusive, veremos que todo bem de Giffen tambm um bem inferior, mas o inverso no verdadeiro (maiores esclarecimentos na prxima aula!). Gabarito: Errado

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    4. ELASTICIDADES

    No incio da aula, vimos que a demanda de um bem depende dos preos, da renda do consumidor, dos preos de bens relacionados e de outros fatores. De modo semelhante, a oferta de um bem depende dos preos, dos custos de produo, da tecnologia e igualmente de inmeros outros fatores. Tambm aprendemos a utilizar as curvas de oferta e demanda para prever como o preo e a quantidade mudam, em virtude da alterao de inmeras variveis.

    Por exemplo, se os preos dos computadores aumentam, a quantidade demandada cair e a quantidade ofertada de computadores aumentar. Isto j algo que intumos com certa facilidade. Contudo, muitas vezes desejamos saber quanto vai aumentar ou quanto vai cair a demanda ou a oferta. At que ponto a demanda por computadores poder ser afetada? Muito ou pouco? Se os preos aumentarem 20%, em quantos % a quantidade demandada diminuir? Por outro lado, qual seria a variao da oferta de computadores se os preos aumentassem somente 10%, em vez de 20%? Utilizamos as elasticidades para responder a perguntas como essas.

    Em economs, elasticidade significa sensibilidade . A elasticidade mede o quanto uma varivel pode ser afetada por outra. H muitos tipos de elasticidades e todas envolvem basicamente o mesmo raciocnio.

    Em primeiro lugar, elas medem a mudana percentual na quantidade. Em segundo lugar, a variao de alguma varivel prov ocou essa mudana percentual a que estamos nos referindo . Por exemplo, se essa varivel foi o preo, e ele provocou uma mudana na quantidade demandada, temos a elasticidade preo da demanda. Se essa varivel foi a renda, e ela provocou uma mudana na demanda, temos a elasticidade renda da demanda. Em terceiro lugar, dividimos as variaes percentuais das duas variveis em anlise.

    Assim, a elasticidade ser sempre a frao ou a diviso do efeito (mudana percentual na quantidade) pela causa (tambm medida em percentual). Por exemplo, suponha que uma mudana de 5% nos preos tenha causado um aumento de 15% na oferta . Como ficar a elasticidade?

    No denominador, sempre colocamos a causa; no numerador, sempre colocamos o efeito ou a consequncia. Neste caso, quem causou a variao na oferta foi o aumento de preos. Ento, colocamos a causa no denominador e o efeito no numerador. Ou seja, teremos a variao percentual do preo no denominador e a variao percentual da quantidade ofertada no numerador. Neste exemplo, teremos a seguinte expresso para a elasticidade preo da oferta (EPO):

    Dica estratgica : Lembre-se do seguinte: o efeito na quantidade medido em

    cima (numerador) e a causa na base (denominador). Segue uma dica de memorizao: Chegar ao fundo das coisas nos revela a causa: fundo = denominador = causa.

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    Se ainda ficou um pouco um confuso, no se preocupe, pois com as

    explicaes dentro de cada tipo de elasticidade, a tendncia que o assunto v ficando cada vez mais claro. Agora, vejamos em detalhes os vrios tipos de elasticidades.

    4.1. ELASTICIDADE PREO DA DEMANDA (EPD) Esta a mais importante das elasticidades . A elasticidade preo da demanda (E PD) indica a variao percentual da quantidade demandada de um produto em funo da variao percentual de 1% no seu preo . De modo menos tcnico, a variao percentual da demanda de um bem em funo da variao percentual do preo. Assim, temos:

    EPD =

    Onde Q significa variao (Q2 Q1), e %Q significa esta variao dividida pelo seu valor original para obtermos o percentual desta variao (exemplo: se tnhamos 20 bens demandados e agora temos 24, o Q = 24 20 = 4, j a variao percentual ser %Q = 4/20 = 0,2 ou 20%). Assim, o desenvolvimento da expresso da EPD ser:

    EPD =

    A elasticidade preo da demanda geralmente um nmero negativo. Quando o preo de uma mercadoria aumenta, a quantidade demandada em geral cai, e, dessa forma, o valor de Q/P negativo, e, portanto, EPD um valor negativo. No entanto, muito cansativo nos referirmos sempre a uma elasticidade menos isso ou menos aquilo, o que faz com que a situao comum seja nos referirmos magnitude da elasticidade preo da demanda isto , utilizamos o seu valor absoluto, ou o seu mdulo. Por exemplo, se EPD=-1, dizemos simplesmente que a elasticidade igual a 1. Esse o procedimento seguido nos livros didticos e tambm pelo CESPE nas provas de concurso.

    Importante: o CESPE se refere ao valor da elasticidade preo da demanda pelo seu mdulo ou valor absoluto. Assim, se o examinador lhe diz que a demanda igual a 01, na verdade, ele est dizendo que o mdulo (ou valor absoluto) desta elasticidade igual a 01. Essa a conveno adotada pela banca: simplesmente ignorar o sinal negativo da EPD.

    Observe na tabela abaixo o comportamento das quantidades demandadas dos bens A, B e C, quando aumentamos os seus respectivos preos:

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    DEMANDA ELSTICA, EPD > 1

    DEMANDA INELSTICA, EPD < 1

    ELASTICIDADE UNITRIA, EPD = 1

    Tabela 1 Demanda de A Demanda de B Demanda de C PA QDA PB QDB PC QDC

    Momento 1 10 100 10 100 10 100 Momento 2 11 80 11 95 11 90 Veja que, em todos os casos, aumentamos os preos dos produtos em 10%, mas as variaes nas quantidades demandadas foram diferentes. Isto significa que as elasticidades so diferentes para os trs bens, afinal a demanda de cada bem reage de um jeito diferente s variaes nos preos. Segue abaixo o clculo das elasticidades:

    EPDA =

    EPDB =

    EPDC =

    Veja que, dos trs bens, o mais sensvel variao de preos o bem A. O aumento de 10% nos preos reduziu as quantidades demandadas em 20%, ou seja, h bastante sensibilidade. Quando a EPD maior que 1, isto , a queda nas quantidades demandadas percentualmente superior ao aumento de preos, dizemos que a demanda elstica aos preos.

    J com relao ao bem B, o aumento de 10% nos preos provocou reduo de 5% nas quantidades demandadas, ou seja, h pouca sensibilidade. Quando EPD menor que 1, isto , a queda nas quantidades demandadas percentualmente inferior ao aumento de preos, dizemos que a demanda inelstica aos preos.

    Quando EPD igual 1, isto , a queda nas quantidades demandadas percentualmente igual ao aumento de preos, dizemos que a elasticidade preo da demanda unitria. importante ressaltar que o mesmo raciocnio vlido para redues nos preos, com a diferena, claro, que tais redues provocaro aumento nas quantidades demandadas ao invs de diminuio.

    As razes pelas quais as elasticidades preo demanda variam de um bem para outro so as mais variadas possveis. Podemos estabelecer as seguintes relaes existentes entre os bens e suas respectivas elasticidades:

    Quanto mais essencial o bem, mais inelstica (ou menos elstico) ser a sua demanda : se o bem for essencial para o consumidor, aumentos de preo iro provocar pouca reduo de demanda, ou seja, EPD ser menor que 1. Imagine, por exemplo, a insulina remdio para tratar o diabetes. evidente

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    que se o preo deste bem aumentar no haver muita variao na demanda, pois um bem essencial para aquelas pessoas que o consomem.

    Quanto mais bens substitutos houver, mais elstica ser a sua demanda : se o bem tiver muitos substitutos, o aumento de seus preos far com que os consumidores adquiram os bens substitutos, desta forma, a diminuio das quantidades demandadas ser grande. Imagine, por exemplo, a margarina. Se o preo dela aumentar, naturalmente, as pessoas iro consumir mais manteiga, de modo que a diminuio das quantidades demandadas de margarina ser grande, ou seja, h alta elasticidade em caso da existncia de bens substitutos.

    Quanto menor o peso do bem no oramento, mais inelsti co ser a demanda do bem: uma caneta das mais simples custa R$ 1,00 e pode durar bastante tempo. Se seu preo aumentar para R$ 1,30, seu consumo no diminuir significativamente, pois o produto muito barato, quase irrelevante no oramento das famlias. Por outro lado, se o preo dos automveis aumentar 30%, haver grande reduo das quantidades demandadas.

    No longo prazo, a elasticidade preo da demanda tende a ser mais elevada que no curto prazo : um aumento de preos de determinado produto pode no causar significativas mudanas nas quantidades demandadas, a curto prazo, pois os consumidores levam um tempo para se ajustar ou para encontrar produtos substitutos. Por exemplo, se o preo do feijo aumentar, possvel que no curto prazo no haja grandes variaes na demanda; entretanto, no longo prazo, as donas de casa j tero desenvolvido novas receitas que no usem mais o feijo ou descoberto produtos substitutos (a lentilha, por exemplo). Desta forma, no longo prazo, o Q ser bem maior, indicando maiores elasticidades no longo prazo.

    Quanto maior o nmero de possibilidades de usos de u ma mercadoria, tanto maior ser sua elasticidade: se um produto possui muitos usos, ento, ser natural que o nmero de substitutos que ele possui tambm seja alto, pois em cada uso que ele possui haver alguns substitutos. No total, ento, se um produto possui muitos usos, haver um grande nmero de substitutos. Assim, quanto mais usos tem um bem, maior a sua elasticidade, pois mais substitutos ele ter. Por exemplo, um produto como a l - que usada na produo de roupas, tapetes, estofamentos, e outros - ter, para cada uso que possui, alguns substitutos. Se somarmos todos os seus usos, haver, no total, muitos substitutos, o que aumenta a sua elasticidade.

    4.1.1. A elasticidade preo da demanda e o grfico da demanda

    Para fins didticos, utilizamos curvas menos inclinadas (mais deitadas ou horizontais) para indicar alta elasticidade, e curvas mais inclinadas (mais verticais) para indicar pouca elasticidade. Veja abaixo:

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    Quantidade de produtos

    Preos

    P1

    Figura 19

    Q1 Q1

    P=P2 - P1

    CURVAS DE DEMANDA ELSTICA E INELSTICA

    a) DEMANDA ELSTICA b) DEMANDA INELSTICA

    Q2 Q2

    P2

    Q=Q2 - Q1

    Q=Q2 - Q1

    Veja que, na curva a, uma pequena alterao nos preos (P pequeno) causou uma grande alterao na