apostila lingua portuguesa para concursos -- petrobras

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APOSTILA DE LÍNGUA PORTUGUESA PARA OPERADOR DA PETROBRAS Encontre o material de estudo para seu concurso preferido em www.acheiconcursos.com.br Conteúdo: 1. Compreensão e interpretação de textos 2. Tipologia textual 3. Ortografia oficial 4. Acentuação gráfica 5. Emprego das classes de palavras 6. Emprego do sinal indicativo de crase 7. Sintaxe da oração e do período 8. Pontuação 9. Concordância nominal e verbal 10. Regência nominal e verbal 11. Significação das palavras

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  • APOSTILA DE LNGUA PORTUGUESAPARA

    OPERADOR DA PETROBRAS

    Encontre o material de estudo para seu concurso preferido em

    www.acheiconcursos.com.br

    Contedo:

    1. Compreenso e interpretao de textos2. Tipologia textual3. Ortografia oficial4. Acentuao grfica5. Emprego das classes de palavras6. Emprego do sinal indicativo de crase7. Sintaxe da orao e do perodo8. Pontuao9. Concordncia nominal e verbal10. Regncia nominal e verbal11. Significao das palavras

  • INTERPRETAO DE TEXTOS

    ORIENTAO PARA AS QUESTES DE TEXTO1. Ler duas vezes o texto. A primeira para ter noo do assunto, a segunda para prestar ateno s partes.

    Lembrar-se de que cada pargrafo desenvolve uma idia.2. Ler duas vezes o comando da questo, para saber realmente o que se pede.3. Ler duas vezes cada alternativa para eliminar o que absurdo. Geralmente um tero das afirmativas o

    so.4. Se o comando pede a idia principal ou tema, normalmente deve situar-se no primeiro ou no ltimo

    pargrafo - introduo ou concluso.5. Se o comando busca argumentao, deve localizarse nos pargrafos intermedirios - desenvolvimento.6. Durante a leitura, pode-se sublinhar o que for mais significativo e/ou fazer observaes margem do

    texto.

    Texto 1Sinh Vitria falou assim, mas Fabiano resmungou, franziu a testa, achando a frase extravagante. As

    aves matarem bois e cabras, que lembrana! Olhou a mulher, desconfiado, julgou que ela estivesse tresvariando.(GR. Vidas Secas.)

    1. Com relao tipologia e estrutura textuais, julgue os itens abaixo.a) Trata-se de um texto predominantemente narrativo.b) No h quaisquer ndices de descrio.c) H no texto a presena do narrador externo ou com viso exterior, apenas.d) Percebe-se no texto a presena do discurso indireto livre.e) O vocbulo tresvariando traduz a idia de inferioridade.

    Leia os textos seguintes.Pausa Potica

    Texto 2Sujeito sem predicadosObjetoSem vozPassivoJ meio pretritoVendedor de artigos indefinidosProcura por subordinadaQue possua alguns adjetivosNem precisam ser superlativosDesde que no venha precedidaDe relativos e transitivosPara um encontro voclicoCom vistas a uma conjugao mais que perfeitaE possvel caso genitivo

    (S.P)

    Texto 3Sou divorciado - 56 anosdesejo conhecer uma mulher,desimpedida, que viva s, queprecise de algum muito sriopara juntos serem felizes.800.0031 (discretamente falar com Astrogildo)

    (O Popular. Goinia, 25/9/99.)

    2. Com base na leitura dos textos 2 e 3, julgue os itens subseqentes.a) No texto 2, o eu-lrico usa da metalinguagem para caracterizar o sujeito e o objeto de sua procura.b) Nos dois textos percebemos a utilizao do aspecto descritivo.c) H no texto 3 a presena da funo referencial da linguagem.d) A expresso meio pretrito, do texto 2, fica explicitada cronologicamente na linguagem referencial do texto 3.e) Na leitura dos dois textos, pode-se afirmar que ambos expressam a mesma viso idealizada e potica do amor.

    3. Ainda em relao leitura dos textos 2 e 3, julgue os itens.a) A expresso "Desde que no venha precedida de relativos e transitivos", no texto 2, tem seu correlato em"mulher desimpedida, que viva s", do texto 3.b) No texto 2 tem-se a presena ela linguagem metafrica.c) O vocbulo por (texto 2) estabelece idia de causalidade.d) A funo potica da linguagem est presente apenas no texto 3.e) A expresso "desde que" (texto 2) estabelece idia de causalidade.

  • Leia o texto a seguir e faa o que se pede.Texto 4A proteo dos inocentes

    4. Com base na leitura do texto e informaes nele contidas, julgue os itens a seguir.a) H no texto o predomnio de linguagem dissertativa-argumentativa.b) Verifica na leitura a presena do ndice de subjetividade.c) O Brasil figura entre as dez maiores economias do mundo, visto que distribui com igualdade a sua rendainterna.d) Das 174 pesquisas realizadas, o Brasil figura no setuagsimo segundo lugar em indicadores dedesenvolvimento humano.e) A expresso no obstante estabelece a idia de oposio.

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    No limiar do sculo 21. as crianas e as mu-lheres integram a maioria esmagadura das vtimas dapobreza e da violncia cm todo o mundo. As afron-tas aos direitos das crianas podem variar de regiopara regio. Nos pases pobres, elas caracterizam-sepela desnutrio, pela carncia de cuidados com asade e educao, ou pela ausncia absoluta de ou-tros indicadores de desenvolvimento humano.

    No sei se, para ventura ou desventura dos bra-sileiros, o Brasil . um pas de contrastes. Figura en-tre as dez maiores economias do mundo, e. no en-tanto. no distribui coar equanimidade a sua rendainterna. Sua Constituio tida como mais avana-da no que diz. respeito aos direitos sociais. Noobstante, seus indicadores ele desenvolvimento hu-mano, revelam que ocupa apenas o 72 lugar no es-calo dos 174 pases pesquisados, sendo poucosatisfatrios os ndices relativos aos atendimentos quenele so dispensados aos direitos da infncia e daadolescncia.

    O Estatuto da Criana e do Adolescente hojereconhecido internacionalmente como uma legisla-o de superior qualidade. Mas no posso deixar deenfatizar a exigidade desses avanos em confrontocom a magnitude da dvida social elo brasileiro paracom suas crianas e adolescentes...

    ( ... )

    (Reginaldo de Castro, Presidente nacional da Ordem elosAdvogados do Brasil.)

  • 5. Com base na leitura do texto e informaes nele contidas, julgue os itens.a) O texto apresenta o dilogo entre Arc, o marciano, e os palestinos.b) Percebe-se no texto a presena do discurso direto.c) correta gramaticalmente a re-escritura do trecho: "Arc, o marciano, lera que os povos judeus e o palestino seodeiam..."d) Mantm-se o sentido e a correo gramatical a re-escritura das linhas (13 a 15). Essa no marciano. Tmpessoas que eu pessoalmente no conheo, mas nada delas eu gosto.e) A progressividade da argumentao do texto marcada por elementos lingsticos como: "Como assim? Claroque no, marciano; Essa no, marciano; Tudo bem".

    Texto VIHelicptero da Operao Vero ficar em Santa Catarina

    Tera, 12 de maro de 2002, 19h 16.O helicptero de resgate areo da Polcia Rodoviria Federal permanecer em Santa Catarina durante

    todo o ano, mesmo aps o trmino da Operao Vero. A necessidade foi comprovada Administrao Geral emBraslia, tendo como base o relatrio de atendimentos.

    No perodo de 5 de dezembro do ano passado at o ltimo dia 7 de maro, a equipe de resgate areo foiacionada 110 vezes e atendeu acidentes de trnsito, casos clnicos e afogamentos. Neste vero, foramregistrados 2.409 acidentes nas estradas federais de Santa Catarina, que deixaram 1.637 feridos e 123 mortos,20% a menos do que na ltima temporada.

    (JB On-Line.)

    6. Com base nas estruturas morfossintticas e semnticas, julgue os itens a seguir.a) Na parfrase: O relatrio de atendimentos foi comprovado pela Administrao Geral em Braslia, tendo comobase a necessidade, houve manuteno do sentido original.b) O elemento coesivo "mesmo estabelece idia de confirmao.c) Na releitura: Acionaram 110 vezes a equipe de resgate areo, atenderam acidentes de trnsito, casos clnicos eafogamentos, houve a manuteno do sentido original.d) A expresso do que" restabelece idia de comparao.e) Verifica-se ao longo do texto o uso da funo referencial.

    Leia o texto abaixo e faa o que se pede.

    Texto VARC* e o dio Entre os Povos

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    Arc, o marciano, andou lendo que "os povosjudeu e palestino se odeiam".

    - Como dois povos podem se odiar se nem todosse conhecem de um lado e do outro?

    - Como assim ?- Todos os palestinos odeiam todos os judeus?- Claro que no, marciano. At porque VEJA

    disse que so 7 milhes de palestinos de um lado e 6milhes de judeus do outro.

    - Que absurdo dois povos se odiarem sem seconhecer! Como que se pode odiar algum que nose conhece?

    - Essa no, marciano. Tem umas pessoas que euno conheo pessoalmente, mas no gosto nadadelas...

    - Tudo bem, mas voc sabe alguma coisa delas,pela imprensa, porque lhe contaram. No o caso dosjudeus e dos palestinos.

    - Como assim?- Como assim? Como que se pode odiar al-

    gum que voc nunca viu, que podia ser seu amigomas voc no sabe nem o nome?

  • 7. Com base na leitura do texto e informaes nele contidas, julgue os itens.a) Predomina no texto a linguagem objetiva.b) Temos a linguagem metafrica nas linhas 2 e 3.c) Percebe-se no texto ndice de subjetividade.d) Da leitura do texto depreende-se um tom questionador e niilista.e) O vocbulo "informatiqus" exemplo de neologismo.

    8. Julgue os itens abaixo quanto aos aspectos morfossintticos e semnticos.a) Em "Depois de os economistas e cientistas polurem a ltima flor do lcio..." pode-se dizer: "Depois doseconomistas polurem a ltima flor do lcio.b) Na linha 4, o verbo vir pode ser utilizado na terceira pessoa do singular.c) Pode substituir "devem existir" (l. 16) por devem haver certos limites, conforme as regras de concordnciaverbal.d) Pode-se inserir o acento indicativo de crase na linha 25, de acordo com os padres da norma culta.e) A expresso "ou seja" (l. 19) estabelece no texto idia de oposio.

    9. Julgue os itens abaixo quanto releitura e correo gramatical de determinadas passagens do texto.a) Linhas 7 a 9. Porque no usar os equivalentes e portugueses simples "apagar", "religar" e "cpia desegurana".b) Linhas 10 e 11. Recebendo influncias umas das outras, evidente que as lnguas evoluem.c) De outro modo, estaramos falando a hindu-europeu, o prprio portugus no existiria ainda. (ls. 11 a 13)d) Linhas 22 a 25. No se trata de purismo ou amor incontido pelo passado, mais sim preservar o lxico quepermite comunicao de setores mais privados da sociedade.e) J o bom e velho "apagar" termo conhecido por todos aqueles que dominariam minimamente um portugus.

    Texto VII

    Lngua morta

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    Uma nova ameaa paira sobre a lngua portuguesa.Depois de os economistas e cientistas polurem a ltimaflor do lcio com termos estrangeiros de necessidadeduvidosa, vm agora os especialistas em informticacom expresses como "deletar", "ressetar (com um oudois esses?), "backup" et cetera. Por que no usar ossimples e portugueses equivalentes "apagar", "religar" e"cpia de segurana"'?

    evidente que as lnguas evoluem recebendoinfluncias umas das outras. De outro modo. o prprioportugus no existiria, e ns ainda estaramos falando oindo-europeu.

    Sem cair no extremo xenfobo dos franceses que,por fora de lei, pretendem eliminar os anglicismos, hque se reconhecer que devem existir certos limites paraa incorporao de termos de outros idiomas. Em primeirolugar, preciso que no exista um equivalentevernculo, ou seja, que a nova palavra de fato enriqueaa lngua e no a deturpe dando-lhe apenas um sotaqueestrangeiro.

    No se trata de purismo ou amor incontido pelopassado, mas sim de preservar um lxico que permita acomunicao entre os mais variados setores dasociedade. Quem chegar a um trabalhador rural, porexemplo, e pedir-lhe que "delete alguma coisa, cer-tamente no se far compreender. J o bom e velho"apagar" termo conhecido de todos os que dominamminimamente o portugus. Tentar preservar a lnguaadquire, assim, um carter socializante.

    A batalha contra o "inforrmatiqus" deve ser tra-vada enquanto tempo, ou o idioma portugus correr osrio risco de tornar-se a mais viva das lnguas mortas.

    (Folha de S. Paulo)

  • Leia o texto e faa o que se pede.

    10. Julgue os itens abaixo quanto releitura e correo gramatical de determinadas passagens do texto.a) Linhas 15 e 16. Deixe seu telefone celular na mo, com o nmero de socorro discado, pronto para chamar.b) Para evitar que relgio, pulseiras ou anis sejam arrancados, nunca coloque a mo para fora. (Is. 3 e 4)c) Linhas 5 a 7. Visto que assaltantes evitam se aproximar de pessoas atentas, mantenha-se sempre atento; apolcia informa que esse o fator de proteo principal.d) Carregar um boneco do tamanho de uma pessoa adulta na poltrona do carro a melhor alternativa paraespantar assaltantes.e) Sempre mantenha o carro engatado, pronto para arrancar.

    Texto IXSaiu na Imprensa

    Fiesp lana cartilha sobre cobrana da gua

    So Paulo - A iminncia da cobrana pelo uso da gua na bacia do rio Paraba do Sul, que corta osestados de So Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, levou a Federao das Indstrias de So Paulo (Fiesp) aelaborar a cartilha "gua e Indstria - Compreenda Esta Nova Relao". Segundo a instituio, a publicao tem oobjetivo de contribuir com a Agncia Nacional de guas (ANA) n cadastramento de todos os usurios da gua dabacia e esclarecer as principais dvidas sobre o custo e a cobrana da gua, que incidir sobre 180 cidades ecerca de 8 mil indstrias que esto localizadas na regio.

    A cartilha traz dicas para evitar o desperdcio de gua nas empresas, mostrando que possvel reduzir oconsumo de gua entre 20% a 50% e conseguir com isso um aumento nos lucros em at 10%. Segundo apublicao, o custo da gua representa, em mdia, 1% do faturamento de uma empresa, podendo chegar a maisde 4%. Mostra ainda as bases legais para a cobrana do uso da gua, quem vai pagar e quem ir cobrar por isso.

    (Por: Maura Campa - Agncia Estado, 1 de outubro de 2002)

    Texto VIIICuidados no Trnsito

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    Ande com as portas trancadas e janelas fecha-das sempre que possvel.

    Nunca coloque a mo para fora para evitarque relgio, pulseiras ou anis sejam arrancados.

    Mantenha-se sempre atento. A polcia informaque este principal fator de proteo, pois assaltantesevitam se aproximar de pessoas atentas.

    Evite andar sozinho. Nunca pare seu veculo lado a lado com outro

    veculo. Assim, se o assaltante descer do carro queestiver prximo, voc ter mais chance de enxergar efugir.

    Mantenha o carro sempre engatado, prontopara arrancar.

    Deixe seu telefone celular mo, com umnmero de socorro discado, pronto para chamar.

    Se voc sente que algum suspeito est seaproximando do seu carro e voc no pode arrancar,uma alternativa pode ser bater na traseira do carro dafrente para chamar a ateno.

    Mas se algum suspeito bater na traseira deseu carro e no houver muitas pessoas em volta ou comvoc, evite descer do carro ou mesmo abrir a janela.Esta pode ser uma ttica de assalto.

    Uma alternativa para espantar assaltantestambm pode ser carregar um boneco do tamanho deuma pessoa adulta na poltrona do carona.

    Diferente do que se im agina, o horrio maisfreqente de assaltos e seqestros-relmpagos entreas 20 e 24 horas, e no durante a madrugada.

    Ao chegar em casa: se voc estiver de carro,veja se no h ningum suspeito. Se desconfiar dealgum, d uma volta no quarteiro. Se voc estiver ap, tenha a chave na mo e no entre em casa se viralgum movimento estranho.

    (Cartilha contra a violncia)

  • 11. Com base na leitura do texto, julgue os itens e assinale a alternativa correta.

    I - Verifica-se o predomnio da linguagem denotativa - objetiva.II - A idia central da passagem gira em torno da cobrana de gua no vale do Paraba.III - A cartilha relata sobre o desperdcio de guas pela populao e apresenta orientaes a fim de reduzir oconsumo.IV - Pela leitura do trecho, correto dizer que a cobrana do uso de gua constitui-se um ato ilegal.

    a) Todos os itens esto corretos.b) Os itens I, II e III esto corretos.c) Somente o item I est correto.d) Os itens I e IV esto corretose) Os itens II e III esto corretos.

    Texto X

    Ao sobrevir das chuvas, a Terra, (...), transfigura-se em mutaes fantsticas, contrastando com adesolao anterior. Os vales secos fazem se rios. Insulam-se os cmoros escalvados, repentinamenteverdejantes. A vegetao recama de flores, cobrindo-os, os grotes escancelados, e disfara a dureza dasbarrancas (...). Cai a temperatura. Com o desaparecer das soalheiras anulase a secura anormal dos ares. Novostons na paisagem: a transparncia do espao salienta mais ligeira, em todas as variantes da forma e da cor.

    (Euclides da Cunha. Os Sertes.)

    12. Com base na leitura do texto, julgue os itens e assinale a alternativa correta.I - Trata-se de um trecho predominantemente descritivo.II - Os vocbulos "vales", cmoros", "grotes" pertencem ao mesmo campo semntico.III - Percebe-se que o articulados do texto utilizouse um tom apaixonado e irnico ao descrever a terra.IV - A idia central do trecho gira em torno da trans formao ocorridas na natureza aps as chuvas.V - Por ser um texto de natureza informativa, no h qualquer ndice de subjetividade.

    A quantidade de itens corretos equivalente aa) 1.b) 2.c) 3.d) 4.e) 5.

  • Texto XI

    Saiu na Imprensa Exportao de gua doce abre mercadopromissor para o Brasil no sculo XXI

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    Tal crena est fundada, sobretudo, no rpidocrescimento do consumo de gua engarrafada registrado nasltimas trs dcadas, alcanando uma taxa anual mdia de7% e criando um mercado que j movimenta entre US$ 20bilhes e US$ 30 bilhes anualmente. Em muitos pasesonde os suprimentos so insuficientes para atender ademanda, o preo da gua engarrafada j supera o dagasolina. Nos Estados Unidos, por exemplo, o mercado parao produto registra um crescimento acima da mdia mundial:em 2001, chegou a 10,6% em relao ao ano anterior,movimentando US$ 6,5 bilhes com a venda de 20,5 bilhesde litros.

    O setor j um dos que mais se expandem na indstriade bebidas do pas - entre 1991 e 2001, o consumo anual percapita de gua engarrafada nos EUA subiu de 35 litros para76 - levando tradicionais fabricantes de refrigerantes, comoCoca-Cola e Pepsi, a se lanarem na conquista de uma fatiado mercado.

    Vrios fatores explicam esse crescimento acelerado doconsumo, entre eles a mudana cultural acarretada pelaconscientizao cada vez maior das pessoas sobre aimportncia de ter uma vida saudvel. Uma recente pesquisana Califrnia indicou que 70% dos residentes do estado nobebem gua das torneiras. "Quando se pergunta por que nobebem gua das torneiras, eles geralmente respondem termedo de que haja algo prejudicial nela", explicou num artigoSteven Hall, diretor da Associao das Agncias de gua daCalifrnia. E depois dos atentados de 11 de setembro, omedo de atos de terror em massa direcionados contra osuprimento de gua potvel entrou na lista de preocupaes,fazendo mais consumidores migrarem da gua de torneirapara a gua engarrafada nos Estados Unidos e em outrospases.

    O crescimento vultoso do mercado est levando naesdetentoras de grandes reservas de gua doce a se lanaremna explorao econmica de seus recursos hdricos comvistas exportao. O Canad, cujo territrio recortado porlagos, assinou um contrato de 25 anos de fornecimento degua com a China. A Turquia, por sua vez, construiu umaplataforma semelhante s de petrleo para facilitar oabastecimento de navios/tanques.

    Dentro desse quadro, as imensas reservas de gua docedo Brasil pem o pas numa situao invejvel. -Se o Brasilno der uma destinao social gua, estar desperdiandouma riqueza incalculvel - alerta Joo Metello de Matos,consultor de recursos hdricos do Centro de Gesto deRecursos Estratgicos (CGEE), em Braslia.

    Ele prope a criao de "fazendas de gua" nos rios daAmaznia, onde as populaes ribeirinhas e os barcos quecruzam a regio j se abastecem de gua potvel natural.Segundo o pesquisador, necessrio delimitar o espao decada microbacia que pode ser transformado numa "fazenda"e estudar uma for ma de captar a gua em navios-cisternapara lev-la ao local de engarrafamento.

    (O Globo, 7 de agosto de 2002)

  • 13. Em relao tipologia e estruturas textuais, julgue os itens e assinale a alternativa correta.I - Predomina no texto a linguagem denotativa.II - No h ndice no texto de funo referencial da linguagem.III - Predomina no texto a estrutura dissertativaargumentativa.IV - No h no texto ndice ou subjetividade.V - Verifica-se interlocuo entre o articulador do texto e os leitores no ltimo pargrafo.

    A quantidade de itens corretos equivalente aa) 1.b) 2.c) 3.d) 4.e) 5.

    14. Com base na leitura do texto e informaes nele contidas, julgue os itens e assinale a alternativa correta. I - Opreo da gua engarrafada supera o da gasolina devido reduo de recursos hdricos no planeta.II - O crescimento do consumo de gua deve-se ao medo de diversas pessoas contrair algum tipo decontaminao.III - Infere-se da leitura do texto que o Brasil possui uma posio de destaque na exportao de gua potvel.IV - O articulador do texto sugere que o Brasil crie uma destinao social gua - criao de "fazendas de gua".

    a) Todos os itens esto errados.b) Somente o item I est errado.c) Somente o item II est errado.d) Somente o item III est errado.e) Somente o item IV est errado.

    15. Quanto aos aspectos morfossintticos e semnticos, julgue os itens. Depois assinale a alternativa correta.I - O pronome esse (l. 19) pode ser substitudo por este sem transgredir as regras gramaticais.II - O pronome eles (l. 26) refere-se a vrios fatores. (l. 19)III - O vocbulo vultoso pode ser substitudo por vultuoso sem acarretar quaisquer alteraes semnticas. IV -Pode-se retirar o acento indicativo de crase (l. 42) por ser de natureza optativa.V - O penltimo pargrafo do texto aberto pelo ndice de condio.

    A quantidade de itens corretos equivalente aa) 1.b) 2.c) 3.d) 4.e) 5.

    16. Julgue os itens abaixo quanto releitura e correo gramatical de determinadas passagens do texto. Emseguida assinale a alternativa correta.

    I - Linhas 6, 7 e 8. Em muitos pases, os suprimentos insuficientes para atender demanda, o preo dagua j supera o da gasolina.

    II - Devido ao aumento do consumo de gua engarrafada, vrios fabricantes lanaram-se na conquista domercado nos EUA. (ls. 13 a 18)

    III - Linhas 46 a 50. O Brasil desperdia uma riqueza incalculvel por no dar uma destinao social gua.

    IV - Linhas 54 e 59. necessrio, segundo o pesquisador, delimitar o espao de cada microbacia ...V - Linhas 40 a 43. ...a fim de facilitar o abastecimento de navios-tanques, construram na Turquia uma

    plataforma semelhante de petrleo.

    A quantidade de itens corretos equivalente aa) 1.b) 2.c) 3.d) 4.e) 5.

  • 17. Com base na leitura do texto XII, julgue os itens abaixo.a) Trata-se de um texto predominantemente de natureza objetiva.b) No h, no texto, quaisquer exemplos de linguagem conotativa.c) Verifica-se, ao longo do texto, o uso da funo referencial da linguagem, porm, sem ndice de subjetividade.d) Percebe-se, no texto, a presena da interlocuo entre o articulador do texto e os leitores.

    Texto XIIAlgum faltou do outro lado

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    ...A to aguardada Terceira Guerra Mundialcomeou na semana passada. irnico que, durantetodo o perodo da chamada Guerra Fria, ela no tenhadado o ar de sua graa. O panorama nunca lhe forato propcio. Havia duas superpotncias, cada umaarrastando como aliados metade do mundo, e ambasdetentoras de um arsenal nuclear que as faziacapazes de destruir uma outra, e ao resto, centenasde vezes. Tambm no faltaram as ocasies deenfrentamento: a crise de Berlim (1961), a dosfoguetes de Cuba (1962). Nesses dois episdios, osEstados Unidos de Kennedy e a Unio Sovitica deKruchev estiveram beira do grande embate. A guerrado Vietn, em que um lutava de um lado e o outroapoiava o lado contrrio, foi outra excelente ocasiopara o choque. No entanto, a Terceira no veio, emnenhuma dessas oportunidades. irnico, irnico eparadoxal, que ela no tenha vindo durante toda a erade concorrncia entre as superpotncias, parafinalmente eclodir no reinado absoluto de apenas umadelas, poca de um mundo apaziguado e de fim dahistria.

    Veio no momento errado, mas que veio, veio. Noestava, nas cenas levadas de um extremo a outro doplaneta, o conjunto dos elementos com que elasempre foi pintada'? O choque apocalptico no cu, amortandade em massa, o terror... No h dvida, era aTerceira. A grande esperada. A grande temida. Noentanto, apesar da evidncia das cenas na TV, resto, de rigor reconhecer, a sensao de que ficou faltandoalgo. Est bem, no se vai duvidar aqui de que setratava da grande guerra. O cenrio correspondia,descontados alguns exageros a mais, outros a menos,quele com que inmeros filmes nos acostumaram, aopensar nela. No entanto...

    No entanto, ainda que mal se pergunte - e esteo item que transmite a sensao de que algo estfaltando: trata-se de guerra contra quem? Eis oproblema. uma guerra em que falta o outro lado. Seo leitor tem em mente os palestinos, que raio deadversrios so esses - pouco mais que um bando defavelados, armados mais freqentemente de paus epedras que de outra coisa? Se tem em mente oAfeganisto, que raio de adversrio esse, cujas lutastribais o situam a um degrau da Idade da Pedra? No.No d para imaginar a Terceira tendo comooponentes, de um lado, a super e invencvel Amrica,e do outro os esfarrapados palestinos, ou os obscurosafegos. Eis outro paradoxo, o maior, dos eventos dasemana passada. Ao desencadear a Terceira GuerraMundial, o outro lado faltou. Foi como um encontromarcado em que um dos lados, na hora H, no d ascaras. Ou como a noiva que deixa o noivo s no altar.Um dos lados ficou sangrando sozinho, por issomesmo mais tonto ainda, e mais perplexo.

    (Roberto Pompeu de Toledo in: Veja19/set/2001, com adaptaes.)

  • e) H nas linhas 3 e 4 a presena da ironia.

    18. Com base na leitura do texto e informaes nele contidas, julgue os itensa) A terceira guerra surgiu devido a uma reao contra os palestinos, de acordo com o articulador do texto.b) Da leitura do texto, pode-se dizer que a idia central gira em torno da misria dos pases do oriente.c) Na parfrase do trecho: Na semana passada, comeou a Terceira Guerra Mundial to aguardada (Is. 1 e 2);houve a manuteno do sentido original.d) Em: Ao desencadear o outro lado, faltou a Terceira Guerra Mundial: na releitura do texto, manteve-se o sentidooriginal.e) De acordo com o articulador do texto, a guerra veio no momento errado, enigmtico - o que podemoscomprovar com o fragmento: "O choque apocalptico no cu, a mortandade em massa, o terror..."

    19. Quanto aos aspectos morfossintticos e semnticos julgue os itens abaixo.a) Nas linhas 2 e 3 as vrgulas se justificam pela presena de adjunto adverbial deslocado.b) Em "Havia duas superpotncias cada uma arrastando como aliados metade do mundo..." (Is. 5 a 7) Nasubstituio do verbo destacado obteramos: Podiam existir duas superpotncias.c) Em "... trata-se de guerra contra quem'? (l. 38) Se flexionarmos o substantivo no plural, o verbo tambm irpara o plural.d) No trecho: "... descontados alguns exageros a mais..." (ls. 33 e 34) Se substituirmos o vocbulo destacado porbastante, teremos: "descontados bastantes exageros a mais..."e) No trecho: "Ou como a noiva que deixa o noivo s no altar. Um dos lados ficou sangrando sozinho, por issomesmo mais tonto ainda, e mais perplexo (Is. 53 a 55). Se colocarmos a sentena no plural as palavras s esozinho permanecero invariveis.

    20. Quanto aos aspectos morfossintticos e semnticos, julgue os itens.a) No trecho: "A Guerra do Vietn, em que um lutava de um lado e o outro apoiava o lado contrrio, foi outraexcelente ocasio para o choque." (ls. 13 a 16) As vrgulas podem ser retiradas sem alterao de sentido visto quese trata de uma restritiva.b) Em: "Ao desencadear a Terceira Guerra Mundial, o outro lado faltou."(ls. 50 e 51) A vrgula se justifica porantecipar orao adverbial.c) No trecho: "Nesses dois episdios, os Estados Unidos de Kennedy e a Unio Sovitica de Kruchev estiveram beira do grande embate." (Is. 11 a 13) O verbo destacado poderia ser flexionado no singular a fim de concordarcom o ncleo mais prximo.d) Na passagem: "os esfarrapados palestinos, ou os obscuros afegos." (ls. 48 e 49) Caso tivssemos a estrutura:os esfarrapados palestinos e afego. Teramos as seguintes possibilidades de concordncia:- Os esfarrapados palestino e o afego. - O esfarrapado palestino e afego.e) No trecho: "... e ambas detentoras de um arsenal nuclear que as fazia capazes de destruir uma outra..." (ls.7 e 8). Se acrescentarmos o vocbulo meio antes do adjetivo capazes, teremos uma variao de gnero.

    Leia o trecho a seguir e faa o que se pede.

    21. Com base na leitura do texto e informaes nele contidas, julgue os itens.a) Percebe-se, no texto, a presena da funo conotativa da linguagem, alm da potica.b) Os adjetivos presentes no texto marcam a presena do aspecto descritivo.c) Em: "Como rosas clidas" - temos a presena da comparao.

    Texto XIIIA Rosa de Hiroshima

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    15

    Pensem nas crianasMudas telepticasPensem nas meninasCegas inexatasPensem nas mulheresRotas alteradasPensem nas feridasComo rosas clidasMas oh no se esqueamDa rosa da rosaDa rosa de HiroshimaA rosa hereditriaA rosa radioativaEstpida e invlidaA rosa com cirroseA anti-rosa atmicaSem cor sem perfumeSem rosa sem nada

  • d) Percebe-se, ao longo do texto, a presena da linguagem conotativa ou metafrica.e) Nota-se, ao longo do texto, o predomnio da coerncia, no entanto, no houve o uso de conectores a fim deestabelecer a coeso textual.

    22. A partir da leitura dos textos XII e XIII, julgue os itens.a) Verifica-se, na leitura dos dois textos, a explorao de contedos semelhantes - a guerra.b) Nos dois textos percebe-se a explorao do lado mais fraco da sociedade, ou seja, no texto XII (ltimopargrafo); no texto XIII os versos de 1 a 5.c) O texto XIII, ao contrrio do texto XII, h uma explorao de idias desfavorveis guerra.d) No trecho: O choque apocalptico no cu, a mortandade em massa, o terror... (ls. 26 e 27 - texto XII) soimagens que esto implcitas no texto Rosa de Hiroshima.e) Embora os dois textos tenham estruturas textuais distintas, convergem para o mesmo lado - uma reflexo arespeito dos efeitos da destruio provocada pela guerra.

  • Texto XIVContra a Ditadura da Beleza

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    Depila, malha, arranca, opera, fura. Passa fome,sente dor, chora de angstia. Ser gente nesses tem-pos tarefa nada fcil de cumprir. A busca pelo corpo-binico-inatingvel virou mercado. Cremes, tratamentos,remdios, vitaminas, cirurgias e roupas viraram moeda.A mulher quer virar Gisele Bndchen - o homem quer serPaulo Zulu. Em troca disso, gastamos horrores dedinheiro. Do lado de l, multinacionais, mdicos,esteticistas e tantos outros faturam s pampas. Do ladode c, milhares de com peties dessa maratona dabeleza caem pelo caminho - doentes de corpo e alma.

    "As pessoas estabelecem objetivos muito difceis,que no so naturais. Da, o organismo simplesmenteno suporta!", explica a endocrinologista, que trabalhacom distrbios alimentares h 22 anos. RosemaryMarilire. Amparado pela mdia, esse mercado encontrao espao perfeito para expandir-se. Mas tem gente queest incomodada. Prova disso a iniciativa - um tantotmida, verdade - de produes que tm procuradofazer uma inverso de valores. Filmes como Shrek, OProfessor Aloprado, O Dirio de Bridget Jones e o novoO Amor Cego so alguns exemplos. Neles, o mocinhoou mocinha teve um fim diferente do previsto em 99,9%dos enredos hollywoodianos - escolheram pessoas queno tm corpo perfeito como companheiras, que fogemtotalmente ao padro de beleza ditado pela mdia.

    At a tev brasileira, prdiga em exibir formasperfeitas, suntuosas e musculosas, est entrando nessa:a talentosa e gorduchinha personagem de CludiaGimenez faturou o modelo e garanho interpretado pelomesmssimo Reynaldo Gianechinni na ltima novela dassete da Rede Globo, As Filhas da Me. No d paradeixar de citar o caso da empresria de 27 anos,Alessandra, que participou do Big Brother Brasil. Dentrode uma casa com loiraas malhadas a moa passou aapresentar crises de bulimia - distrbio em que a pessoacome pra valer e, por culpa, fora vmito para pr tudopara fora. A magreza faz o organismo se ressentir devrias formas. "Podem ocorrer distrbios hormonais,aumento da incidncia de cncer e diminuio dalongevidade", avisa Rosemary.De onde veio isso?

    A busca da bela forma est em todas as socieda-des. S que hoje vivemos num mundo bastante di-ferente, onde imperam o capitalismo e o individua-lismo."Nesse contexto, o corpo ganha cada vez mais maisimportncia", analisa a antroploga e filsofa, OndinaPereira. Segundo ela, que professora da ps-graduao de psicologia da Universidade Catlica deBraslia, a parania, tambm pode estar ligada falsailuso de que vivemos em uma democracia. "Me diga oque distingue uma mulher que usa a burka (vestimentausada no Afeganisto) de uma brasileira que vive emfuno de se encaixar na mscara exigida pelo padroatual?", provoca Ondina.

    A pesquisadora ainda sugere o motivo pelo qual oBrasil e outros pases latinos so os que mais se curvama essa exigncia. "Nosso pas tem a autoestima muitobaixa, pois somos colonizados e queremos parecer comos colonizadores", explica. "Um exemplo disso que hum processo de branqueamento pelo qual as brasileiraspassam. Todas querem ficar loiras".

    (Correio Web. Correio Braziliense 20/2/02, com adaptaes.)

  • 23. A respeito do texto, julgue os itens subseqentes.a) "Filmes como Shrek, O Professor Aloprado, O Dirio de Bridget Jones e o novo O Amor Cego so algunsexemplos" (ls. 22 a 24) de que o homem contemporneo sacrifica-se em busca de um corpo perfeito.b) As expresses "do lado de l" (l. 8) e "do lado de c" (l. 8) fazem referncia a elementos no explicitados notexto.c) O deslocamento do pronome oblquo tono "me" (l. 55) para depois do verbo dizer tornaria o enunciadoadequado s exigncias da norma padro do portugus.d) Na releitura: "As pessoas que no so naturais estabelecem objetivos muito difceis" (ls. 13 e 14), houvemanuteno do sentido original.e) No terceiro pargrafo, o articulador utilizou expresses prprias da linguagem coloquial para tornar seu textomais informal.

    24. Com base na leitura do texto e nas informaes neles contidas, julgue os itens.a) O texto aberto por uma seqncia lgica de idias que se relacionam aos procedimentos adotados para seobter um corpo perfeito.b) Infere-se da leitura do texto que a sociedade contempornea cultua a beleza da forma fsica com intenesmercadolgicas.c) Percebe-se uma oposio semntica entre o primeiro e o segundo pargrafo do texto.d) Bulimia e anorexia so distrbios alimentares tpicos de pessoas que procuram se encaixar no esteretipo debeleza descrito no texto.e) O texto classifica-se como dissertativo-argumentativo.

    Texto XVA Seca

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    25

    Aproxima-se a seca.O sertanejo adivinha-a e prefixa-a graas ao ritmo

    singular com que se desencadeia o flagelo.

    Entretanto, no foge logo, abandonando a terra poucoa pouco invadida pelo limbo candente que irradia do Cear.

    Buckle, em pgina notvel, assinala a anomalia de seno afeioar nunca, o homem, s calamidades naturais queo rodeiam. Nenhum povo tem mais pavor aos terremotosque o peruano; e no Peru as crianas ao nascerem tm obero embalado pelas vibraes da terra. Mas o nossosertanejo faz exceo regra. A seca no o apavora. umcomplemento sua vida tormentosa, emoldurando-a emcenrios tremendos. Enfrenta-a estico. Apesar dasdolorosas tradies que conhece atravs de um sem-nmero de terrveis episdios, alimenta, a todo o transe,esperana de uma resistncia impossvel.

    Com os escassos recursos das prprias observa-ese das dos seus maiores, em que ensinamentos prticos semisturam a extravagantes crendices, tem procuradoestudar o mal, para o conhecer, suportar e suplantar.Aparelha-se com singular serenidade para a luta. Dois outrs meses antes do solstcio de vero, especa e fortaleceos muros dos audes, ou limpa as cacimbas. Faz osroados e arregoa as estreitas faixas de solo arvel orlados ribeires. Est preparado para as plantaes ligeiras vinda das primeiras chuvas.

  • VOCABULRIO DE APOIO:abolar: trabalhar com bois, guiar uma boiadaria: melodiaarpejos: execuo rpida e sucessiva de notas de um acordearregoar: abrir regos, fendas na terraaura: brisa, aragembardo: poeta, trovadorcandente: ardente, quentecrebras: freqentes, repetidasespecar: amparar, escorarestico: impassvel, rgidoflagelo: calamidadeignoto: desconhecido, obscurolimbo: orla, rebordo, edremidademavioso: afvel, afetuosoretinir: ecoar, ressoartrindades: toque das ave-orariassolstcio de vero: dias mais longos do ano

    25. Julgue os itens seguintes, considerando as idias expressas nos textos XV e XVI.a) Infere-se da argumentao presente no texto XVI que a opinio do narrador desfavorvel ao comportamentodo homem flagelado.b) No texto XVI, a relao homem-natureza est metaforicamente representada pelo canto do boiadeiro.c) A respeito dos textos XV e XVI, correto afirmar que o primeiro predominantemente narrativo, enquanto osegundo plenamente descritivo.d) O alto grau de idealizao do homem sertanejo pode ser comprovado pelo trecho: "Arrebatado pela inspirao,o bardo sertanejo fere as cordas mais afetuosas de sua alma." (Texto XVI).

    26. Em relao aos aspectos morfossintticos dos textos XV e XVI, julgue os itens.a) No texto XVI, os vocbulos afetuosas e tocantes (l. 3), so determinantes do termo ondulaes (l. 3).b) Na orao, "Enfrenta-a estico" (texto XV, l. 15), o termo destacado predicativo do objeto.c) A expresso "pouco a pouco" (texto XV Is. 4 e 5) uma locuo adverbial que intensifica a invaso da terrapelo limbo.d) No quarto pargrafo do texto XV, a palavra homem funciona como aposto de um sujeito indeterminado.e) Nas expresses: "na cano do boiadeiro" (texto XVI, l. 10) e "outra linguagem do corao", (texto XVI, ls. 11 e12) os termos destacados so adjuntos adverbiais.

    Texto XVITarde sertaneja

    5

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    15

    Ainda retiniam as ltimas badaladas das Trindades,quando longe, pela vrzea alm, comearam a ressoar asondulaes afetuosas e tocantes de uma voz que vinhaaboiando. Quem nunca ouviu essa ria rude, improvisadapelos nossos vaqueiros do serto, no imagina o encantoque produzem os seus arpejos maviosos, quando sederramam pela solido, ao pr-do-sol, nessa hora msticado crepsculo, em que o eco tem vibraes crebras eprofundas.

    No se distinguem palavras na cano do boiadeiro,nem ele as articula, pois fala do seu gado, com essa outralinguagem do corao, que enternece os animais e oscativa. Arrebatado pela inspirao, o bardo sertanejo fereas cordas mais afetuosas de sua alma, e vai soltando sauras da tarde em estrofes ignotas, o seu hino agreste.

  • 27. Com relao s idias do texto XVII, julgue os itens abaixo.a) As funes emotiva e conativa da linguagem podem ser identificadas no poema.b) O eu-lrico generoso ao oferecer o seu vinho, e sua nfora est transbordando.c) A leitura dos versos 2 e 10 permite a interpretao de "essncia" como amor.d) No texto, h uma relao de complementaridade entre poeta e interlocutor, que pode ser constatada nosfragmentos mostrados na tabela abaixo.

    poeta interlocutor

    nfora de argila (v. 1)

    cheia demais minha nfora (v. 1)

    cntaro poroso (v. 8)

    a eterna sede do teu cntaro (v. 8)

    e) De acordo com o verso 9, com o transcurso do tempo, as trocas afetivas vivenciadas transformam se emlembranas.

    28. Julgue os itens que se seguem, com referncia s idias explcitas ou implcitas no texto XVII.a) Como a argila matria bruta, a "nfora de argila" (v. l) representa, no poema, a falta de amor.b) No verso 3, em "to longe e to perto", h uma coordenao de adjuntos adverbiais de "vens".c) O pronome "te", em "chega-te" (v. 7), refere-se a "Peregrino do Acaso" (v. 6), vocativo dirigido ao interlocutor.d) Se a forma de tratamento utilizada para o interlocutor fosse "voc", ento o verso 9 estaria assim escrito:Encha-o e parta! Depois, olhe atrs... e recorde!

    Texto XVIIA nfora de argila

    1

    4

    7

    10

    ... et vinum effunditur..(MAT., IX, 7)

    Est cheia demais minha nfora de argila.Transborda a essncia: s pobre e eu posso reparti-Iacontigo, tu que vens de to longe e to pertopassas de mim! longo e estril o deserto...

    Meu vinho puro e toca os bordos do meu vaso:antes que o beba o cho Peregrino do Acaso,chega-te, e vem matar no bocal generosoa eterna sede do teu cntaro poroso!Enche-o e parte! Depois, olha atrs... e recorda!

    Todo amor no mais do que um "eu" que transborda.

    (Guilherme de Almeida, Livro de horas de Sror Dolorosa. MeusVersos mais Queridos. Rio de Janeiro: Ediouro, s.d., p. 52.)

  • 29. Considerando as idias do texto XVIII,julgue os itens abaixo.a) A posio do escritor nigeriano Soyinka acerca do conflito no Oriente Mdio ambgua, uma vez que nodefende os interesses dos rabes nem os interesses dos judeus.b) A comparao feita por Saramago entre a Cisjordnia e Auschwitz permite concluir que ele considera o territriorabe atual como um campo de concentrao onde os judeus estariam reproduzindo situaes semelhantes ssofridas por seus ancestrais durante a Segunda Guerra Mundial.c) Infere-se do texto que, se Hitler ainda estivesse vivo, ele provavelmente seria julgado por seus crimes de guerraem um tribunal internacional.d) Para o autor do texto, servir de "reservatrio de conscincia" (l. 16) tarefa para os lderes das comunidadesem confronto.e) Ariel Sharon seria candidato a ser julgado por um tribunal internacional devido ao massacre tnico que vempraticando nos campos da Cisjordnia, principalmente aps a perda do apoio dos setores religiosos e do governodos Estados Unidos da Amrica.

    30. Quanto adequao s idias gerais do texto XVIII e correo gramatical, julgue os itens a seguir.a) O nico elo de ligao comum entre Jos Saramago e Wole Soyinka o fato que ambos os dois receberam oNobel de Literatura.b) Se, segundo o jornalista, "Em bom portugus do Brasil", Saramago "apelou", diria-se no portugus culto que elepecou ao traar "paralelos demaggicos".c) Deduz-se pelo texto e pode ser comprovado nos dados histricos que Hitler, Pinochet e Milosevic sopersonalidades que muito mal causaram a Humanidade.d) Nas linhas 20 e 21, o trecho entre travesses uma intercalao e, portanto, pode ser retirado do texto semnenhum prejuzo para o texto.

    Texto XVIXAo e engajamento

    Quem v o Dalai Lama falando em meditao no pressupe que ele considere a ao e o engajamentofundamentais. E que ambos, para ele, devam andar de mos dadas com a espiritualidade. Para o Dalai, rezar importante, mas no basta. preciso arregaar as mangas, deixar de lado a preguia e o eterno libi da falta de

    Texto XVIIIA voz dos escritores

    5

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    30

    Jos Saramago e Wole Soyinka compartilham o fatode terem sido ambos agraciados com o Nobel deLiteratura: Saramago em 1998, o nigeriano Soyinka em1986. Os dois fizeram parte de um grupo de escritores queesteve em Ramallah, examinando as condies locais eentrevistando-se com Yasser Arafat. Soyinka escreveu quesente, por um lado, arrepios quando escuta os rabeschamarem de mrtires os terroristas suicidas. Mas, poroutro, conta que ouviu relatos em que "tanques arrombame atravessam paredes noite, despejando escombrossobre membros da famlia adormecidos" - e, diante disso,concluiu ser impossvel "continuar, visceralmentedesengajado ou no se sentir moralmente agredido". Eis oescritor em sua nobre dimenso de servir - para os leitores,para seu prprio povo e para o mundo em geral - dereservatrio de conscincia.

    Saramago comparou o que viu na Cisjordnia aAuschwitz. Cometeu no s um exagero, mas tambm opecado de se ter rebaixado - ele to digno e to bomescritor - vulgaridade dos paralelos demaggicos. Embom portugus do Brasil, "apelou". O.k., Hitler algumque habita esfera nica na es cala da degradao humana.Mas outras comparaes so cabveis. Milosevic, porexemplo, ou Pinochet. Milosevic est sendo julgado por umtribunal internacional. Pinochet foi denunciado na Espanhae preso na Inglaterra. So dois casos que introduziram amoda de julgar chefes de Estado em outros pases que noos seus. Ariel Sharon seria candidatssimo a igual destino.

    (Roberto Pompeu de Toledo.Veja, 17/4/2002, p. 126, com adaptaes.)

  • tempo e agir sobre as situaes. No h necessidade de atos hericos nem de uma grande alterao de rotina.Afinal, segundo o Dalai, o mundo depende mais dos pequenos do que dos grandes atos para ser transformado.Para ele, colocar a mo na massa faz toda a diferena. como cruzar uma ponte em uma noite gelada e ver umacriana passando frio. Voc pode se encher de pena e rezar para que a Providncia faa chegar a ela umagasalho. Pode tambm seguir seu caminho indignado porque o Estado no faz nada. Mas voc pode, ainda,fazer alguma coisa a respeito, que opo tem mais chances de diminuir o sofrimento imediato daquela criana?

    (Karen Gitnenez. Superinteressunte, n 8, ago./2001, p. 50, com adaptaes.)

    31. De acordo com as idias do texto acima, julgue os itens que se seguem.a) A espiritualidade pregada pelo Dalai Lama no abre mo da ao nem do engajamento.b) Engajamento, para o Dalai Lama, significa aliarse a um partido poltico, alterar sua rotina, lutar por um mundomelhor para todos.c) Segundo o Dalai Lama, no processo de transformao do mundo, os pequenos gestos so mais importantesque os grandes.d) De acordo com a autora do texto, ao se ver uma criana passando frio ao relento, em uma noite gelada, pode-se optar por uma das quatro coisas: atravessar a ponte sem fazer nada; condoer-se e pedir ajuda aos Cus;reclamar do Estado, mas no fazer nada; fazer alguma coisa de prtico em benefcio da criana.

    Texto XXOs dois quadros abaixo so fragmentos do poema O Mato Grosso de Gois, de Gilberto Mendona Teles.Saciologia Goiana In: Nominais: Poemas. Guarapari, Nejarim, 1993, pp. 28-9.

    32. Com base nos fragmentos acima, julgue os itens subseqentes.a) Pela disposio grfica das palavras no poema, deduz-se que a preocupao ecolgica tem sido grande noestado de Gois.

    b) possvel interpretar os fragmentos como um manifesto em favor da preservao das florestas.c) Como as duas partes do poema so compostas quase que exclusivamente por nomes, correto concluir queno h progressividade temtica.d) O termo "A ZERO", no final do segundo quadro, significa que a mata goiana foi quase totalmente extinta pelaao do homem.

  • 33. Considerando os textos XX e XXI, julgue os itens a seguir.a) O texto XXI expressa o amor romntico, idealizando a figura do parceiro.b) No texto XXI, a expresso "de olhos vidrados" (v. 6) um exemplo de linguagem denotativa.c) As imagens martimas do texto XXI podem ser associadas vida e morte, de modo a evidenciarem que amar gesto universal, ilimitado e instvel como a gua.d) De acordo com o texto XXI, embora nem sempre o objeto amado seja merecedor do nosso amor, o ato de amar inerente ao ser humano.e) Nas estrofes finais do texto XXI, o eu-lrico retoma o tema central do texto XVII, A nfora de argila.

    34. Com referncia aos elementos formais, temticos e estilsticos do texto XXI, julgue os itens subseqentes.a) O verbo amar, tema do poema, sempre em pregado intransitivamente, como ilustrado no ttulo.b) No verso 15, os vocbulos "inspito" e "spero" so empregados como substantivos.c) No verso 19, verifica-se o emprego estilstico de "Este", que poderia, sem prejuzo dos mecanismos dereferencial idade do trecho, ser substitudo por Esse ou Aquele.d) No poema, o eu-lrico explora a funo expressiva da linguagem.

    Texto XXIAmar

    1

    4

    7

    10

    13

    16

    19

    22

    Que pode uma criatura, seno,entre criaturas, amar'?amar e esquecer,amar e malamar,amar, desamar, amar?sempre, e at de olhos vidrados, amar?

    Que pode, pergunto, o ser amoroso,sozinho, em rotao universal,seno rodar tambm, e amar?amar o que o mar traz praia,o que ele sepulta, e o que, na brisa marinha, sal, ou preciso de amor, ou simples nsia?

    Amar solenemente as palmas do deserto,o que entrega ou adorao expectante,e amar o inspito, o spero,

    um vaso sem flor, um cho de ferro,e o peito inerte, e a rua vista em sonho, e uma ave derapina.

    Este o nosso destino: amor sem conta,distribudo pelas coisas prfidas ou nulas,doao ilimitada a uma completa ingratido,e na concha vazia do amor a procura medrosa,paciente, de mais e mais amor.

    Amar a nossa falta mesma de amor, e na secura nossaamar a gua implcita, e o beijo tcito, c a sede infinita.

    (Carlos Drummond de Andrade. Claro Enigma. In: PoesiaCompleta e Prosa. Rio de Janeiro: Jos Aguilar, 1973, p. 247)

  • 35. No texto XXII, o livro visto como uma) produto que tem um valor no mercado consumidor.b) objeto que possui poder transformador da sociedade.c) fenmeno que representa um risco para as estruturas sociais conservadoras.d) portador de mensagens que alargam os horizontes dos leitores.e) fenmeno revolucionrio no processo de produo de bens durveis.

    36. Assinale a opo correta a respeito do emprego das estruturas lingsticas no texto XXIIa) Se, em lugar da palavra "coletivo" (l. 1), tivesse sido usada a expresso sinnima de todos, a forma verbal"comea" (l. 1) deveria ter sido substituda por comeam.b) Se a expresso "o responsvel" (l. 2) fosse utilizada no plural, seria obrigatria a utilizao de comeam emlugar de "comea" (l. 1).c) Nas linhas 3 e 4, se os termos "revisores, capistas, ilustradores, tradutores" fossem empregados no singular, aforma verbal "somam" tambm deveria ser empregada no singular.d) Caso a expresso "cada um" (l. 4) fosse substituda por todos, o termo "convocado" (l. 4) deveria sersubstitudo por seu plural.e) Na linha 14, a palavra "graas" est empregada no plural para concordar com "rendimentos".

    37. O direito de propriedade, contudo, foi uma conquista dos escritores, responsveis pela elaborao do textoescrito. A luta tomou alguns sculos, _________________________ , originalmente, tipgrafos se consideravamos senhores cio produto que vendiam; depois, editores e livreiros reclamaram esse posto, que,____________________ , acabou tornando-se atributo do autor.

    (Idem, ihidem)

    Na ordem em que aparecem, as lacunas do texto acima sero preenchidas de forma coesa e coerente pelostermosa) por qual e por conseguinte.b) por que e consoante.c) porque e todavia.d) porqu e conquanto.e) pelos quais e porquanto.

    38. Os fragmentos a seguir constituem um texto, mas esto ordenados aleatoriamente.

    I - Explicando melhor: primeiro, foi a criao elos cites, depois a possibilidade de compra via rede e agora acriao dos livros eletrnicos e de uma tecnologia de suporte para facilitar sua produo e divulgao, alm doincremento s relaes editoriais.II - Hoje, por exemplo, j existem os chamados reeditores (re-publishers), que transformam livros de papel emlivros eletrnicos e comercializam-nos via Internet.III - Os livros eletrnicos e seus correlatos navegam no que tem sido chamado de a terceira onda da Web.(Fragmentos adaptados de Cludia Nina: "Idias" In: Jornal do Brasil, 28/10/2000, p.4, com adaptaes.)

    Considerando que a organizao de um texto pressupe a ordenao lgica e coerente de seus fragmentos,assinale a opo cuja seqncia, aplicada aos fragmentos acima, atende ao referido pressuposto.a) I, II e IIIb) I, III e II

    Texto XXII

    5

    10

    O livro fruto de um trabalho coletivo: comea como responsvel pelo texto verbal, e supe o empresrio eo editor, a que se somam revisores, capistas,ilustradores, tradutores, cada um convocado em umdado momento da produo; depois de pronta a obra,interferem distribuidores e livreiros. Um objeto dessaespcie tem, pois, vrios donos, destacando-se pelomenos trs: dois associam-se ao mundo do capital - oimpressor, que transforma a matria-prima em objetomanufaturado, e o mercador, que tenta vend-lo; oterceiro - o redator do texto - ocupa o lugar da mo-de-obra, ao lado dos demais trabalhadores mencionados.Os trs figurantes, por seu turno, buscam obterrendimentos graas ao exerccio de suas tarefasparticulares.

    (Regina Zilberman. Idias".In: Jornal rio Brasil. 28/10/2000, p. 1, com adaptaes.)

  • c) II, I e IIId) II, III e Ie) III, I e II

    Texto XXIIIO mercado editorial brasileiro ainda mantm um p atrs na hora de analisar o futuro do livro diante dos

    avanos tecnolgicos. Conscientes do surgimento de uma nova forma de leitura, os editores preferem evitar aeuforia que tomou conta do mundo digital e garantem que o livro de papel ainda capaz de sobreviver por muitotempo. Mas h argumentos fortes para a expanso dos livros eletrnicos.

    (Rodrigo Alves e Cludia Nina. Idias ". In. Jornal do Brasil. 28/10/2000, p. 4, com adaptaes.)

    39. Com base no texto XXIII, assinale a opo em que o argumento apresentado no favorvel ao livroeletrnico.a) O livro tradicional desaparece nas mos do leitor, amarela, envelhece. No mundo digital, no entanto, as pginaseternizam-se.b) Eletronicamente, os livros ganham aparatos que facilitam a leitura e o estudo das obras, como programas quepossibilitam a criao de notas, comentrios e at desenhos no corpo da leitura.c) Os livros eletrnicos admitem a insero de dicionrios para serem consultados durante a leitura.d) O livro eletrnico pode ser lido com o tipo de letra que o leitor desejar. Assim, quem tem problemas de visopode selecionar uma letra maior.e) O livro tradicional pode ser impresso em diversos tipos de papel e permite um trabalho editorial artsticoespecfico, perceptvel aos sentidos como a viso, o tato, o olfato e at mesmo a audio do rumor do movimentodas pginas.

    40. As informaes de um texto podem ser veiculadas por meio de estruturas lingsticas diferentes, em diferentesestilos. Assinale a opo em que a reescritura de trecho do texto XXIV, localizado nas linhas referenciadas, estincorreta do ponto de vista gramatical ou estilstico.a) Linhas de 1 a 3: Do ponto de vista dos escritores, os livros eletrnicos permanecem uma incgnita, e elesdefendem o livro tradicional imediatamente.b) Linhas de 3 a 5: A escritora Lygia Fagundes Telles disse que o livro de papel no vai desaparecer nunca. Etambm disse tratar-se de um contato quase ertico do leitor com o livro.c) Linhas de 7 a 9: A autora de As meninas, que tm quatro ttulos publicados na Alemanha, acredita que osurgimento dos livros eletrnicos sejam como veredas em um grande serto.d) Linhas de 9 a 12: A escritora afirmou: "Antes, pensava-se que a televiso iria acabar com o rdio e depois que ateleviso iria acabar com o cinema. Nada disso aconteceu".e) Linhas 12 a 14: Lygia concluiu dizendo que tudo o que matria da palavra uma paixo; a nossa ponte como prximo, seja por meio de que tcnica for.

    Texto XXIV

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    Do ponto de vista dos escritores, os livroseletrnicos permanecem uma incgnita. E a defesa dolivro tradicional imediata. O livro de papel no vaidesaparecer nunca. um contato quase ertico doleitor com o produto", diz a escritora Lygia FagundesTelles. Com quatro ttulos publicados na Alemanha, aautora de As meninas acredita que o surgimento doslivros eletrnicos seja como veredas em um grandeserto. "Antes, pensava-se que a televiso iria acabarcom o rdio e depois que a televiso iria acabar com ocinema. Nada disso aconteceu", afirma a escritora."Tudo o que matria da palavra uma paixo. anossa ponte com o prximo, seja atravs de quetcnica for", conclui Lygia.

    A arena digital est aberta. E os gladiadores dapalavra, em todo os setores, que se preparem.

    (Cludia Nina. Idias. In: Jornal elo Brasil, 28/10/2000. p. 4,com adaptaes).

  • 41. Julgue se os itens abaixo esto corretos quanto aos aspectos semnticos e gramaticais.a) "Cantar sem titulao devida um desrespeito ordem." (ls. 28 e 29). Em tal contexto, eram ordeiros apenasos entitulados.b) O segmento "o rancor encrespou a testa" (ls. 19 e 20) caracteriza uma comparao como figura de linguagem.c) O termo "gargarejaram" (l. 6) pode ser substitudo por "gargantearam" sem prejuzos de ordem semntica.d) A mudana topolgica do adjetivo acarreta variaes semnticas no segmento "Os velhos urubus" (ls. 17 e 18)assim como em: os velhos marinheiros e marinheiros velhos.

    42. Julgue os itens quanto aos aspectos morfossintticos e semnticos.a) O texto classifica-se como fbula ou um aplogo, por atribuir a seres inanimados caractersticas de sereshumanos.b) O objetivo dos urubus era coibir o direito de canto dos pintassilgos; ca-los, portanto.c) Tornou-se impossvel urubus e pintassilgos coabitaram a mesma floresta.d) Trata-se de uma estrutura exclusivamente dissertativa.

    43. Julgue os itensa) "O saber institucionalizado no aceita outras formas de saber que no as controladas por lei." A proposioidentifica-se com a moral do texto.b) O poder dos urubus pode ser comparado ao das corporaes ditatoriais que no aceitam o sucesso de quemno podem controlar.c) Considerando a ordem estabelecida na floresta pelos urubus, pode-se afirmar que os canrios, pintassilgos esabis so amorais.d) A exceo dos sabis, os outros pssaros poderiam viver na floresta desde que participassem dos concursos.

    Quanto aos aspectos morfossintticos e semnticos, julgue os itens a seguir.

    44. Releia o primeiro pargrafo do texto e julgue os itens.a) O pargrafo aberto pela presena de sujeito inexistente.b) A primeira ocorrncia da palavra que conjuno integrante.

    Texto XXIVOs urubus e sabis

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    "Tudo aconteceu numa terra distante, no tempoem que os bichos falavam... Os urubus, aves por na-tureza becadas, mas sem grandes dotes para o canto,decidiram que, mesmo contra a natureza, eles have-riam de se tornar grandes cantores. E para isto fun-daram escolas e importaram professores, gargareja-ram d-r-mi-f, mandaram imprimir diplomas, efizeram competies entre si, para ver quais delesseriam os mais importantes e teriam a permisso paramandar nos outros. Foi assim que eles organizaramconcursos e se deram nomes pomposos, e o sonho decada urubuzinho, instrutor em incio de carreira, era setornar um respeitvel urubu titular, a quem todoschamam por Vossa Excelncia. Tudo ia muito bem atque a doce tranqilidade da hierarquia dos urubus foiestremecida. A floresta foi invadida por bandos depintassilgos tagarelas, que brincavam com os canriose faziam serenatas com os sabis... Os velhos urubusentortaram o bico, o rancor encrespou a testa, e elesconvocaram pintassilgos, sabis e canrios para uminqurito. "- Onde esto os documentos dos seusconcursos?" E as pobres aves se olharam perplexas,porque nunca haviam imaginado que tais coisashouvessem. No haviam passado por escolas decanto, porque o canto nascera com elas. E nuncaapresentaram um diploma para provar que sabiamcantar, mas cantavam, simplesmente...

    "-No, assim no pode ser. Cantar sem titulaodevida um desrespeito ordem.

    E urubus, em unssono, expulsaram da floresta ospassarinhos que cantavam sem alvars...

    MORAL: Em terra de urubus diplomados no seouve canto de sabi."

  • c) O vocbulo "tudo" pronome indefinido.d) Na linha 4, o verbo haver deveria estar no singular - pois temos sujeito inexistente.e) Nas linhas 1 a 10 as formas verbais remetem a um mesmo sujeito - os urubus.

    45. Ainda em relao ao texto, julgue os itens.a) Na linha 9 o vocbulo para estabelece a idia de finalidade.b) Temos na linha 15 a presena de voz passiva.c) Em .... que brincavam com os canrios... temos a presena de orao adjetiva.d) Em ... porque nunca haviam imaginado que tais coisas houvessem... a orao de natureza consecutiva.e) Em porque o canto j nascera com eles... a orao de natureza conformativa.f) Em ... que cantavam sem alvars... a orao de natureza restritiva.

    Textos XXVILeia o texto a seguir e responda s questes 46 e 47.

    46. A partir das idias explcitas e implcitas no texto XXVI, julgue os itens abaixo.a) A grande maioria das pessoas que vivem nos centros urbanos costuma receber mensagens eletrnicasapelativas, com propagandas de instituies comerciais ou com solicitaes de auxlio, principalmente envolvendocrianas e (ou) velhos doentes.b) A circulao de algumas mensagens, como a de se ter os "rins retirados e acordar em uma banheira de gelo"(ls. 5 e 6), de carter jocoso e assustador, pode partir do princpio de que alguns usurios desse tipo decomunicao so ingnuos - acatam e divulgam, sem julgamento prvio, tudo o que lem.c) Embora os destinatrios possam ignorar a real procedncia e a veracidade das informaes dacorrespondncia, geralmente os remetentes ltimos podem ser reconhecidos pelos recebedores que, a partir dosdados do endereamento, acompanham as informaes de quem a enviou.d) Segundo os especialistas, o prazer daqueles que inventam e fazem circular histrias de fundo apelativo ouinformativo transformavam-se em destinatrios das mensagens por eles prprios criadas.e) As melhores maneiras de se prejudicar ou impedir a expanso de um boato interntico, de contedo to incertoquanto o de um boato convencional, so impedir-lhe a circulao, interrompendo o circuito comunicacional, eapagar a mensagem.47. Corra referncia ao emprego das classes gramaticais no texto XXVI, julgue os itens a seguir.a) Infere-se do texto que hoax (l. 2) um substantivo usado pelos internautas para designar notcia de fontedesconhecida, muitas vezes infundada.

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    O nome um pouco esquisito. mas se trata dealgo bastante conhecido: hoax sinnimo de boato nomundo digital. Quem nunca recebeu mensagensdifamando empresas ou noticiando o caso do garotocom cncer? Ou ento a histria de ter os rins retira-dos e acordar em uma banheira de gelo, que, no final,ainda pede para enviar o e-mail para os amigos?Nunca se sabe como os boatos surgem. Dizem os es-pecialistas que o prazer de quem envia boatos por e-mail receber as histrias escritas por eles mesmosdepois de algum tempo. Se isso serve de consolo aosusurios que um dia j acreditaram em boatosinternticos, um grande jornal impresso paulista - noa Folha - chegou a noticiar um, como se fosse umanotcia verdadeira. Tratava-se de um e-mail dizendoque as escolas norte-americanas ensinavam a suascrianas que a Amaznia no era de fato brasileira.Segundo a mensagem, essa rea era de controleinternacional. claro que, depois de sua publicao, afalsa notcia ganhou contorno de realidade. Mas umboato interntico to confivel quanto o boatoconvencional. A melhor proteo contra ele nuncapassar adiante mensagens com contedo duvidoso.Na dvida, delete a mensagem.

    (Mensagem circulada pela Internet, em dezembro de 2001,com adaptaes.)

  • b) So formas verbais flexionadas as seguintes palavras: "difamando" (l. 4), "receber (l. 10), "consolo" (l. 11),"impresso" (l. 13), "contorno" (l. 20) e "delete" (l. 24).c) Considerando que certos pronomes demonstrativos relacionam-se com passagens discursivas, o emprego de"isso" (l. 11) est inadequado: deveria ter sido usado o isto, uma vez que se est antecipando algo que vai serreferido.d) O adjetivo "internticos" (l. 13) um neologismo, composto por hibridismo do vocbulo internet com o sufixolatino ticos.e) Em cada uma das seguintes expresses, os constituintes nominais mantm, entre si, quanto classificaogramatical, a mesma seqncia: histrias escritas" (l. 10), "boatos internticos" (ls. 12 e 13), "notcia verdadeira"(l. 15), "escolas norte-americanas" (l. 16), "controle internacional" (Is. 18 e 19), "boato convencional" (l. 22) e"contedo duvidoso" (ls. 23 e 24).

    TEXTO XXVIILeia o texto a seguir e responda s questes 48 a 50.

  • 48. Comparando os textos XXVI e XXVII quanto s idias, tipologia textual e s relaes discursivas, julgue osseguintes itens.

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    Estive fazendo um levantamento de todas asmensagens que me enviaram pela Internet, e observeicomo elas mudaram a minha vida.

    Primeiro, deixei de ir a bares e boates por medode me envolver com algum ligado a alguma quadrilhade ladres de rgos, com terror ele que me roubemas crneas, arranquem-me os dois rins, ou at mesmoesperma, deixando-me estirado dentro de unia banhei-ra cheia degelo com uma mensagem: "Chame a emer-gncia ou morrer". Em seguida, deixei tambm de irao cinema, com medo de sentar-me em uma poltronacom seringa infectada com o vrus da AIDS.

    Depois, parei de atender o telefone para evitarque me pedissem para digitar *9 e minha linha serclonada e eu ter de pagar unia conta astronmica.Acabei dando o meu celular porque iriam me pre-sentear com um modelo mais novo, de outra marca, oque nunca aconteceu. Ento, tive de comprar outro,alas o abandonei em um canto com medo de que asmicroondas me dessem cncer no crebro.

    Deixei de comer vrios alimentos com medodos estrgenos. Parei de comer galinha ehambrgueres porque eles no so mais que carne elemonstros horrveis sem olhos, cabeludos e cultivadosem um laboratrio.

    Deixei de ter relaes sexuais por medo de com-prar preservativos furados que me contagiem com al-guma doena venrea. Aproveitei e abandonei o hbi-to de tomar qualquer coisa em lata para no morrerdevido aos resduos infectados pela urina de rato.

    Deixei de ir aos shoppings com medo de que se-qestrem a minha mulher e a obriguem a gastar todosos limites do carto ele crdito ou coloquem algummorto no porta-malas do automvel dela.

    Eu participei arduamente em uma campanha con-tra a tortura ele alguns ursos asiticos que tinham ablis extrada, e contra o desmatamento da florestaamaznica.

    Fiquei praticamente arruinado financeiramentepor comprar todos os antivrus existentes para evitarque a maldita r da Budweiser invadisse o meu microou que os Teletubies se apoderassem do meu protetorde tela.

    Quis fazer o meu testamento e entreg-lo ao meuadvogado para doar os meus bens para a instituiobeneficente que recebe um centavo de dlar por pes-soa que anota seu nome na corrente pela luta da in-dependncia das mulheres no Paquisto, mas nopude entregar porque tive medo de passar a lnguasobre a cola na borda do envelope e contaminar-mecom as baratas ali incubadas, segundo me haviam meinformado por e-mail.

    E acabei acreditando, como se no bastasse, quetudo de ruim e de injusto que me aconteceu porquequebrei todas as correntes ridculas que me enviarame acabei sendo amaldioado. Resultado: estou emtratamento psiquitrico.

    (Mensagem circulada pela Internet, emdezembro de 2001, com adaptaes.)

  • a) No texto XXVI, predomina a construo expositiva do tema, com o intuito de advertir o leitor acerca dos boatoscirculantes em correspondncias eletrnicas; no texto XXVII, no entanto, tem-se unia estrutura eminentementenarrativa, em que a personagem recebedora desse tipo de mensagem expe as limitaes e os vexamespassados, em decorrncia de dar crdito ao contedo dos e-mails.b) Com respeito ao assunto e ao enfoque dado ao tema, o texto XXVII constitui uma parfrase, expandida, dotexto XXVI.c) Distinta da estruturao do texto XXVI, a constituio do texto XXVII est embalada em uma seqncia derelaes de conseqncias com suas respectivas causas.d) 0 segundo pargrafo do XXVII apresenta, por meio ele uma construo perifrstica, uma referncia direta auma informao explcita no texto XXVI.e) H, em cada um dos dois textos, com referncia ao contedo dos e-mails, aluses aos seguintes aspectos:finalidades publicitrias, solicitao ele auxlios para casos de doenas graves, advertncias quanto sade, trocade mensagens de amizades, preocupao poltica e ecolgica e ampliao das fontes de consulta.

    49. Julgue se os itens que se seguem respeitam as idias bsicas elo texto XXVII e esto gramaticalmentecorretos.a) No que diz respeito s telecomunicaes, o narrador tomou as seguintes providncias: desligou o telefone, afimde evitar que pedissem para ele a digitao de asterisco 9; doou o celular, na expectativa de ser presenteado comum modelo mais recente; adquiriu outro aparelho por temer que as microondas o dessem cncer no crebro.b) No tocante rea alimentar, o narrador parou de ingerir alguns alimentos, por medo do desequilbrio hormonal:outros, tais quais frango e sanduche de carne moda, devido aparncia ou aos constituintes orgnicos,desenvolvidos em laboratrio.c) A violncia urbana denunciada nesse tipo de mensagem, por meio da referncia aos shoppings, grandeslugares comerciais onde costumam acontecer extorses financeiras e agresses liberdade, a exemplo deseqestros e gastos ilimitados em cartes de crdito, respectivamente.d) A preocupao com a preservao da fauna e ela flora est explcita na referncia s campanhas contrrias existncia da r da Budweiser; aos resduos da urina de ratos nas latas de cerveja, tortura da extirpao da blisde alguns ursos asiticos e ao desmatamento da floresta amaznica.e) Incluindo as contribuies para a luta pela independncia das mulheres paquistanesas, os boatos foram tantos,que o narrador foi procura de um advogado, para doar os bens materiais, e de um tratamento psiquitrico, parapreservar a sua sade mental.

    50. Analisando as passagens do texto XXVII sob a tica dos processos de coordenao e subordinao, julgue ositens subseqentes.a) Exercem a funo de complemento direto das formas verbais a elas relacionadas as seguintes expresses: "unilevantamento" (l. 1), "algum morto" (ls. 32 e 33), "todos os antivrus existentes" (l. 39) e "a lngua" (l. 48).b) Nos trechos "Chame a emergncia" (l. 9 e 10), "pagar uma conta astronmica" (l. 15), "dessem cncer" (l. 20) e"comprar preservativos" (Is. 25 e 26), as formas verbais no so intransitivas.c) Os seguintes nomes tm significao incompleta e carecem de uma expanso sinttica que lhes complete osentido: "medo" (l. 4), "infectada" (l. 12) e "hbito" (l. 27).d) Na construo parei de comer galinha, deixei de ter relaes sexuais, abandonei o hbito de tomarqualquer coisa em lata, deixei de ir aos shoppings, entre as oraes, estabelece-se uma relao decoordenao, mas, dentro de cada orao, d-se a subordinao dos termos.e) Em todos os pargrafos, a funo de sujeito sinttico da orao inicial marcada, flexionalmente, pelo uso daprimeira pessoa do singular, que corres ponde, semanticamente, voz do narrador.

    Texto XXVIIILeia o texto a seguir e responda s questes 51 a 53.

  • 51. Em cada um dos itens seguintes, julgue se a reescritura do trecho indicado do texto XXVIII, destacada emnegrito, mantm as idias originais desse trecho.a) "Um objeto (...) maaranduba." (Is. I a 4): A maaranduba um estranho objeto que ameaa incorporar-se elegncia masculina: seu surgimento aconteceu na Itlia, mas sua presena j se faz sentir em outros centroseuropeus.

    Objeto da moda

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    Um objeto estranho ameaa incorporar-se elegncia masculina. Seu aparecimento ocorreu na It-lia, e sua presena j se faz sentir em outras cidadeseuropias. a maaranduba.

    A primeira singularidade da maarandubaconsiste em que ela absolutamente no participa dasorte das demais peas do equipamento humano aque se junta. que a maaranduba fica perto dovesturio, sem se ligar a ele. ciosa de suaindependncia ao contrrio dos outros elementos quecolaboram na apresentao do homem em pblico.Estes seguem conosco na condio de servos dceis,ao passo que ela mantm liberdade de movimentos. Eexige de nossa parte atenes especiais, sob pena deabandonar-nos primeira distrao. Concorda emfazer-nos companhia, irias sem o compromisso deaturar-nos o dia inteiro. Dir-se-ia, mesmo, que ns que a acompanhamos no seu ir e vir pretensiosa pelasruas.

    A maaranduba est sempre mostra. ostensivae vaidosa. Sua tendncia para assumir a lideranado conjunto e exibir-se em evolues fantasiosas. queexigem certas habilidades do portador. Assim, quandono tem o que fazer (e de ordinrio no tem) descrevecrculos e volteios que pretendem ser graciosos emsua gratuidade.

    A maaranduba parece ter mau gnio? Parece,no; tem. J o demonstrou sempre que algumtranseunte lhe despertou antipatia ou lhe recordouepisdios menos agradveis. Ela no de suportaropinies contrrias s suas. A falta de melhorargumento, na polmica, ergue-se inopinadamente,avana como um raio e procura alcanar a partedoutrinria alheia nos pontos mais vulnerveis, desdeo lombo at os culos. Sua agressividade impulsivacostuma lev-la polcia, quando no se recolhe inertee indiferente a um canto deixando que seu portadorpague a nota dos estragos.

    A maaranduba basicamente feita de madeira,s vezes se beneficia de espcies vegetais no-compactas, o que lhe permite estocar recursos ofensi-vos ele grande temibilidade. Ao v-Ia aproximar-se,tome cuidado, pois sua ira no se satisfaz com simplesequimoses.

    A impertinncia da maaranduba, para no dizerarrogncia, deve-se talvez ao fato de que em outraseras foi smbolo de poder e, sob formas diversas,esteve ligada realeza e a seu irmo gmeo, oabsolutismo. Em mos governamentais, era du-plamente terrvel: pela contundncia material e pelaespiritual.

    Diga-se em favor da maaranduba, para que oretrato no fique excessivamente carregado, que al-gumas espcies so inclinadas generosidade, e secomprazem em ajudar pessoas encanecidas ou faltasde viso. Contudo, trata-se de exceo.

    (Carlos Drummond de Andrade. Folha da Tarde. 12/2/1983,com adaptaes.)

  • b) "A maaranduba (...) portador." (/s. 19 a 22): A maaranduba, ostensiva, est sempre mostra; vaidosa, tem atendncia de assumir a liderana, no conjunto do vesturio, e de exigir-se em evolues fantasiosas; exige muitashabilidades do portador.C) " falta (...) vulnerveis" (!s. 30 a 33): A maaranduba polmica! No suporta opinies contrrias s suas e,na falta de argumentos, ergue-se; avana como um raio, e procura alcanar os pontos alheios mais vulnerveis.d) "Sua (...) estragos." (Is. 34 a 37): Impulsiva, em sua agressividade, isso costuma lev-la polcia: quando nose recolhe, inerte e indiferente, a um canto; deixando que seu portador pague os estragos.C) "A maaranduba (...) temibilidade." (/s. 38 a 41): A maaranduba, produzida em madeira s vezes, beneficiada por ser feita, tambm, de espcies vegetais no-compactadas, fato que permite a ela estocar recursosofensivos de grande temibilidade.

    52. A partir da anlise do vocabulrio do texto XXVIII, julgue se as duas equivalncias de sentido apresentadascru cada um dos itens abaixo satisfazem ao contexto.a) "singularidade" (l. 5) = peculiaridade e "ostensiva" (l. 19) = ostentosa.b) "sorte" (ls. 6 e 7) = fortuna e "ciosa" (l. 9) = zeladora.c) "inopinadamente" (l. 31) = sem opinio e "impulsiva" (l. 34) = incontinente.d) "doutrinria" (l. 32) = exposta e "vulnerveis" (l. 33) = frgeis.e) "arrogncia" (l. 45) = orgulho e "encanecidas" (l. 54) = encarecidas.

    53. Analisando as relaes de referncia e de morfossintaxe e o processo coesivo do texto XXVIII, julgue os itensque se seguem.a) O pronome "ela" (l. 13) refere-se ao substantivo "independncia" (l. 9).b) A expresso "servos dceis" (l. 12) refere-se a "outros elementos" (l. 10).c) O sujeito sinttico e semntico de "abandonarnos" (Is. 14 e 15) a maaranduba, palavra principal do texto.d) A palavra enftica "mesmo" (l. 17) est se referindo a "ns" (l. 17)e) O sujeito a que est subordinada a expresso verbal "tome cuidado" (l. 42) o leitor, a quem o autor se dirige.

    54. Considere que cada um dos itens constitua um pargrafo identificado por unia expresso em negrito: estaespecifica a sua funo textual, com vistas construo de um todo coerente que trata da atuao da imprensana vida atual. Em cada item, julgue a correo gramatical e a correspondncia entre a funo do pargrafo e asidias apresentadas nele.a) Apresentao do assunto - A televiso, o rdio e principalmente a imprensa trazem inmeros benefcios vida moderna, desde a simples funo de entretenimento at as notveis colaboraes de carter educativo,poltico ou social.b) Discusso inicial do assunto - O tempo destinado aos prazeres uma das caractersticas da sociedade ps-industrial. Tudo deve ser feito para dar aos homens um pouco trais de tranqilidade e evitar os desequilbrios e asneuroses. E, nesse particular, a imprensa desempenha oportuno papel. Os momentos escolhidos, por exemplo,para a leitura constituem intervalos repousantes: o descanso aps o almoo, antes de dormir; nos transportes, nassalas de espera, nos dias feriados, quando chove etc.c) Argumentao favorvel - Essa funo educativa da imprensa exercida de diversas maneiras: publicao denoticirio internacional, debates, editoriais, pginas especializadas e reportagens atinentes s mltiplas atividadeshumanas. Muitos tm sido os acontecimentos histricos em que a imprensa tem atuao destacada. Suaparticipao, inegvel na orientao dos destinos de um pas, tanto nas democracias quanto nos pases deregimes fortes, a ao mais delicada e decisiva da imprensa consiste justamente na expresso e no controle daopinio pblica.d) Argumentao contrria - Pode a imprensa, eventualmente prestar-se a distores lamentveis, o que sacontecem em decorrncia da irresponsabilidade, com que a dirija um determinado grupo humano. Todavia, nopodemos negar paixo elo escndalo pela pura inteno de tiragem, o comrcio das emoes e as concesses svezes excessivas a determinada faixa de pblico medocre que ela tende a aceitar tal como . Felizmente, essanem sempre a regra.e) Concluso do texto - A imprensa, por excelncia, nasceu livre e deve continuar livre. Cabendo-lhe orientar aopinio pblica, ser menos desastroso o risco de errar ou distorcer os fatos que a possibilidade ele submeter-sea uma censura poderosa. Os rgos de imprensa devem assumir o controle natural da responsabilidade sobreseus atos. Alis, somente em funo dessa responsabilidade se concebem os privilgios de que geralmente gozaa imprensa em uma sociedade.

  • 55. Quanto s idias do texto XXIX, julgue os seguintes itens.a) Os recursos dos estados so inversamente proporcionais aos recursos da Unio.b) A "reduo das atividades pblicas" (Is. 3 e 4) decorrncia de uma "preocupao neoliberal de Estadomnimo" (ls. 2 e 3).c) Quanto mais antigo o Estado, mais atividades so deixadas iniciativa privada.d) Nao com governo institucionalizado + estabilidade = Estado.e) Se h estabilidade, h segurana pblica; se h Estado, h segurana pblica e estabilidade.

    56. A respeito da organizao das idias do texto XXIX, julgue os itens a seguir.a) Na linha I, o uso do acento grfico na forma verbal "tm" indica que, no texto, o verbo est concordando com osujeito simples "Unio".b) Respeita-se a idia de negao e a correo gramatical ao se substituir "nenhuma" (l. 2) por alguma".c) Para respeitar as regras de pontuao, se, no lugar da expresso "uma pergunta" (l. 5), for usada a expresso"a seguinte pergunta", ento uma vrgula deve ser usada no lugar cios dois-pontos.d) Pelo sentido textual, a forma verbal subentendida no incio da orao "A justia, administrar a Justia" (Is. 8 e 9) "Seria".e) O pronome "isso" (l. 9) tem a funo textual de retomar e resumir as idias expressas pela pergunta das linhasde 5 a 8.

    57. No texto XXIX, a correo sinttica do perodo "Se o Estado abdicar de uma dessas funes, elesimplesmente deixa de ser Estado" (ls. 9 a 11) ser mantida se suas formas verbais "abdicar" e deixa" foremsubstitudas, respectivamente, por "abdicasse" ea) deixar.b) deixaria.c) deixasse.d) iria deixar.e) ter deixado.

    Texto XXIX

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    Os estados e a Unio no tm recursos paracoisa nenhuma. Hoje em dia, com essa preocupaoneoliberal de Estado mnimo, ele reduo dasatividades pblicas, de sucateamento da mquinapblica, eu fao uma pergunta: se todas as atividadesficassem com a iniciativa privada e o Estado fossereduzido a uma nica atividade, qual seria essaatividade? A justia, administrar a Justia. E issopressupe segurana. Se o Estado abdicar de urnadessas funes, ele simplesmente deixa de serEstado. A palavra Estado existe desde Maquiavel esignifica uma nao com um governo institucionalizadoe dotada de estabilidade. Estado e estabilidade tm amesma raiz. Um Estado que deixa de ter estabilidadedeixa de ser Estado. E um Estado que deixa de tersegurana pblica deixa de ter estabilidade.

    (Flvio Bierrenbach. Entrevista. In: Folha de S. Paulo,6/8/2001, A4, com adaptaes.)

  • 58. No texto XXX, o objeto da denncia da Anistia Internacional explicitado de vrias maneiras. Em cada um dositens abaixo, julgue se o trecho destacado corresponde ao objeto da denncia.a) " prtica (...) de torturas e execues por esquadres da morte" (ls. 1 a 3)b) "violaes aos direitos humanos" (l. 5)c) "atentados contra a dignidade e incolumidade fsica das pessoas" (Is. 11 e 12)d) "legalidade democrtica" (Is. 13 e 14)e) "desrespeitos s prerrogativas humanas da pessoa" (ls. 17 e 18).

    59. Quanto correo gramatical e preservao dos sentidos textuais do texto XXX, seria correto substituira) "modo algum" (l. 3) por algum modo.b) "as violaes aos" (ls 4 e 5) por violar aos.c) "j l se vo" (l. 10) por h.d) "tm diminudo" (l. 12) por diminuiu.e) "humanas da pessoa" (l.18 ) por das pessoas humanas.

    Texto XXX

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    A denncia da Anistia Internacional quanto prtica, no Brasil, de torturas c execues por es-quadres da morte de modo algum surpreende asautoridades governamentais. E fato notrio que asviolaes aos direitos humanos se sucedem no pascom freqncia indesejvel, embora diante dareao indignada da sociedade e dos rgos oficiaise encarregados de reprimi-las. Desde a criao daComisso de Defesa de Direitos Humanos nombito do Ministrio da Justia, j l se vo mais detrs anos, os atentados contra a dignidade eincolumidade fsica das pessoas tm diminudo.

    Com o restabelecimento da legalidade demo-crtica, aps os anos de vigncia do regime militar,instalou-se outro comportamento. Leis especficas eaes concretas tm sido adotadas para prevenir epunir os desrespeitos s prerrogativas humanas dapessoa. Os inquritos de organizaesinternacionais em torno do problema passaram aservir de impulso ao sistema de garantias contraabusos do gnero.

    (Direitos humanos. "Opinio". In: Correio Braziliense,20/6/1999, p. 30. com adaptaes.)

  • 60. Quanto s estruturas sintticas empregadas no texto XXXI, julgue os itens que se seguem.a) A orao principal do primeiro pargrafo do texto "o que nos oferece o terror?" (l. 5 e 6).b) A primeira orao do texto expressa uma circunstncia, no caso, unia condio.c) Pelas ligaes sintticas, subentende-se a idia da expresso "Se o delrio capitalista" no incio da segundaorao do texto.d) Seria correto o deslocamento da orao destacada por vrgulas nas linhas de 10 a 12 para imediatamente aps"que" (l. 12), mantendo-a entre vrgulas.e) Mantm-se o sentido textual se as duas oraes sintaticamente independentes iniciadas na linha (l.15) por"Omisso" e por "Incapacidade" forem unidas pela conjuno e.

    61. A respeito dos mecanismos de coerncia c coeso na argumentao do texto XXXI, julgue os itens a seguir.a) Iniciar o texto por unia pergunta constitui um defeito de argumentao, que deve ser evitado porque levantauma expectativa no-respondida textualmente.b) O raciocnio iniciado por "Haver quem diga" (l. 7) representa a tese, a idia a ser defendida pelo autor.c) Em "a que fornos construindo" (ls. 12 e 13), o termo sublinhado refere-se a "ordem vigente no mundo" (l. 10).d) A resposta a "Corno teta sido a construo? (Is. 13 e 14) dada, at o final do texto, na forma de umaenumerao de argumentos iniciados por substantivos.e) O texto sustenta sua tese em citaes indiretas das idias de outros pensadores ou autores.

    62. Julgue os itens abaixo quanto s estruturas do texto XXXI.a) Na linha 16, a substituio do trecho reforada pela" por embora haja acarretaria prejuzo coerncia dotexto.b) A substituio da preposio "sobre" (l. 17) por a preserva a correo gramatical e as relaes semnticas daorao em que ocorre.c) Por ser opcional o uso do sinal indicativo de crase em certas expresses, preserva-se a correo gramatical aose escrever pouco pouco, na linha 19.d) O valor semntico de "como" (l. 19) explicativo, semelhante a porque.e) A preposio "contra" subentendida no incio dos seguintes termos da enumerao iniciada na linha23:"[contra] dominao", "[contra] uns", [contra] dios".

    Texto XXXI

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    Se o delrio capitalista exacerba a competioexcludente, promove a desumanizao ao trocarafetos e sentimentos por competncia desligada deconsiderao tica e potencializa a acumulaoeconmica que esvazia o significado da vida, o quenos oferece o terror?

    Haver quem diga que o capitalismo, promo-vendo a misria na lgica que implanta, tambm frio, e de forma duradoura.

    Sucede que a ordem vigente no mundo, atocorrer a barbrie planejada para ser exposta frentes cantaras de televiso mundiais, era a que fomosconstruindo - nada mais nada menos. Como temsido a construo? Iniciativa e proveito de uns.Omisso de muitos. Incapacidade de construir al-ternativas efetivas, reforada pela crtica cida edestrutiva sobre quem ousa propor e executar ino-vaes. Louvao de princpios humanos que en-goliram pouco a pouco os seres humanos, comoaqueles que colocam organizaes e suas regrasacima do humano, da defesa de Estados que pro-movem o terror do Estado em mltiplas formas,contra o cidado, dominao dos povos, uns sobreos outros, dios meramente humanos que sopotencializados invocando-se a divindade.

    (Roseli Fisclunan. Tempo de clamar por paz. ln: CorreioBraziliense, 17/9/2001, p. 4, com adaptaes.)

  • 63. Julgue os itens seguintes com relao organizao das idias no texto acima.a) A expresso "o mesmo mau" (l. 5) remete a "magnificamente" (l. 2).b) Subentende-se "Confcio" corno sujeito de "Alertava" (l. 5).c) Nas linhas 5 e 6, a concordncia ele "alertas com "devemos" gramaticalmente opcional: a tambm possvelempregar alerta.d) Nas linhas 7 e 8, a relao morfolgica entre e "vileza" semelhante que existe entre torpe e torpeza e entretriste e tristeza.e) Na linha 10, as duas ocorrncias consecutivas de "eleva" esto gramaticalmente corretas.

    64. A respeito das estruturas lingsticas do texto acima, julgue os itens subseqentes.a) Nas linhas 2 e 3, a forma verbal sustentavam" est empregada no plural porque eleve concordar com"fundadores".b) Pelo carter explicativo da orao, seria correto incluir a expresso que era imediatamente antes de"constituda" (l. 4).c) O emprego da inicial maiscula na palavra "Estado" (l. 6) constitui uma violao das regras gramaticais, umaincoerncia, j que a ocorrncia na linha 5, no plural, inicia-se por minscula.d) Na linha 7, o pronome "cujas" corresponde a em que e refere-se a "Estado".e) O emprego textual de "ltimos" (l. 8) significa que o Estado e o Direito vm antes dos seres humanos e somais importantes que eles.

    GABARITO COMENTADO

    Texto IQuesto 1Itens certos: (a), (d)Itens errados: (b), (c), (e)(b) As expresses assim, extravagante e desconfiado indicam elementos descritivos.(c) Representam ndice de narrador - onisciente: "Que lembrana" e "olhou a mulher, desconfiado, ..."(e) A expresso traduz a idia de alucinado, desvairado.

    Texto XXXII

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    Confcio ensinava que, ao observarmos um ho-mem magnificamente digno e virtuoso, podemos nosregozijar, porque qualquer um da mesma sociedade- ou da espcie humana - poder atingir o mesmograu de dignidade e virtude. Alertava, porm, que, eda mestria forma, devemos ficar alertas quandovemos algum extremamente vil, pois equivalentevileza poder ser encontrada em qualquer um. Ouseja, no estamos isolados sobre a face da Terra.Quem de ns se eleva eleva os demais, quem dens decai leva consigo todos.

    (Idem, ibidem.)

    Texto XXXIII

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    Nos sculos XVI e XVII, os escritos dos cha-mados fundadores do Direito Internacional sus-tentavam o ideal da civitas maxima gentium,constituda de seres humanos organizados soci-almente em estados e coextensiva com a prpriahumanidade. Nenhum Estado pode considerar-seacima do Direito, cujas normas tem por destinatriosltimos os seles humanos.

    (Antnio Augusto Canado Trindade. O acesso direto justia internacional. In: Correio Braziliense, 6/8/2001,

    "Direito & Justia. p. 1, com adaptaes.)

  • Textos II e IIIQuesto 2Itens certos: (a), (b), (c), (d)Item errado: (e)(e) A vida idealizada aparece no texto II.

    Questo 3Itens certos: (a), (b)Itens errados: (c), (d), (e)(c) O vocbulo por introduz complemento verbal - objeto indireto.(d) A funo potica est presente no texto II.(e) A expresso "desde que" estabelece idia de condio.

    Texto IVQuesto 4Itens certos: (a), (b), (e)Itens errados: (c), (d)(c) Trata-se de contradio, conforme as linhas 11 e 16 a 17, no h igualdade na distribuio da renda.(d) Representa contradio. Dos 174 pases pesquisados.

    Texto VQuesto 5Itens certos: (b), (e)Itens errados: (a), (c), (d)(a) O texto apresenta o dilogo entre Arc, o marciano, e o habitante da Terra.(e) Na passagem, h erro de concordncia na expres so: os povos judeus e o palestino. Seria correto setivssemos os povos judeu e palestino.(d) O emprego dos vocbulos umas, pessoalmente e nada na posio em que esto altera o sentido do texto.

    Texto VIQuesto 6Itens certos: (b), (c), (d), (e)Item errado: (a)(a) Houve alterao do sentido a partir do deslocamento do vocbulo "necessidade".

    Texto VIIQuesto 7Itens certos: (a), (b), (c), (e)Item errado: (d)(d) No h no texto tom niilista.

    Questo 8Itens certos: nenhumItens errados: todos(a) O sujeito no pode aparecer preposicionado.(b) Haveria um solecismo de concordncia - o verbo deve concordar com o sujeito em nmero e pessoa.(c) O verbo haver impessoal e dever ficar no singular.(d) No se utiliza o acento indicativo de crase antes de palavras no masculino.(e) Introduz idia de explicao.

    Questo 9Item certo: (b)Itens errados: (a), (c), (d), (e)(a) Houve desvio gramatical no emprego do vocbulo Porque e deslocamento dos vocbulos "simples" eequivalentes - altera o sentido do texto.(c) Segundo o texto: estaramos falando o